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Os recursos humanos:Dos custos aos ativos

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Enquanto CFOs focam nos números, e os CHROs em pessoas, ambos têm o objetivo final de maximizar a rentabilidade.

Os recursos humanos: Dos custos aos ativos

Julien Schmidt, vice-presidente de RHna empresa de produtos para o corpo L'Occitane, constatou um desafio iminente em 2015. Um rápido crescimento expandiu o efetivo global da L'Occitanepara 10.000, mas a empresa precisava de um sistema central de TI em recursos humanos para ajudar a recrutar, reter eavaliar funcionários. Isso comprometeu a competitividade da L'Occitane eretardou a implementação de processosglobais. "É difícil quando não temosferramentas comuns", alega Schmidt. Eleprecisava de um sistema de TI para recursos humanos, e um CFO reconheceu esta necessidade.

Apesar da área de finanças geralmente focar nos números e os recursos humanos em pessoas, ambos têm o objetivo final de maximizar a rentabilidade, diz Schmidt. Com este objetivo compartilhado em mente, o CFO aprovou um investimento para o RH no sentido de potenciar o crescimento da empresa. CFOs informados, alega Schmidt, reúnem-se com os líderes de RH "porque estamos totalmente cientes do fato de que as pessoas fazem a diferença."

Esta visão foi compartilhada por Jack Welch, que gerencia a GE há duas décadas. De acordo com Welch, as empresas subordinarem os recursos humanos a CFOs é um retrocesso. Os líderes de RH devem figurar proeminentemente nos corpos executivos porque nada influencia mais o desempenho do que a introdução de pessoas certas nos locais certos e o incentivo adequado. "O departamento de RH deveria ser o mais valioso de qualquer empresa", disse Welch à publicação Leadership & Management. "Porém, olhando para as empresas atuais, onde o CFO é valorizado e o departamento de RH é deixado em segundo plano, ninguém diria. Isto não faz sentido".

Este artigo abrange a função evolutiva do Diretor financeiro a partir de três pontos de vista: Diretor de recursos humanos, Diretor executivo e Diretor de informação/tecnologia.

Estas informações têm como base entrevistas junto a dirigentes, analistas, pesquisas de mercado e e literatura administrativa, abrangendo uma diversa gama de setores: recursos naturais, tecnologia, bens de consumo, serviços financeiros, TIC e a indústria automotiva – tendências interligadas, incluindo o crescente papel da tecnologia nas empresas, a retenção de talentos, os desafios da corporação em uma era digital 24/7 e as compensações em torno das estruturas organizacionais (internalização/terceirização) e entre as despesas operacionais de hoje versus as despesas de capital de amanhã.

Os desafios hoje incluem:

Retenção de talentos

O papel crescente da tecnologia

Relatórios corporativos em uma era digital 24/7

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Para CFOs menos informados, o capital humano é visto como um custo a ser gerenciado. Mesmo após muitos avanços em produtividade, os custos médios de capital humano são, reconhecidamente, ainda uma grande despesa operacional. Mas na economia mundial atual, onde as ideias e habilidades digitais – em vez dos recursos físicos – crescem cada vez mais e onde se conhece o valor econômico, as pessoas podem ser o melhor ativo da empresa.

Quando a Apple superou a Exxon em 2011, tornando-se a empresa mais valiosa do mundo, foi um acontecimento marcante no capitalismo pós-industrial. Uma empresa de produtos de consumo, cuja tecnologia não era uma necessidade fundamental para ninguém, tornou-se mais valiosa do que uma empresa de petróleo e gás dos quais a economia mundial depende. Mais tarde, aquisições e avaliações multibilionárias, em dólares, de redes sociais como o LinkedIn e o WhatsApp, demonstraram o valor comercial de opiniões que, por sua vez, destacam a importância das pessoas: incentivar eficazmente os trabalhadores mais talentosos e garantir que estes permaneçam. Longe de ver os funcionários como uma despesa, os CFOs devem vê-los como uma máquina em crescimento.

Visto que o capital humano é atualmente fundamental para a criação de valor na organização atual, isso, por sua vez, torna-o relevante para a rentabilidade e para o acionista. Deste modo, os CFOs precisam encarar a força de trabalho da empresa como uma máquina de inovação, em vez de um custo a ser gerenciado.

Um vínculo mais estreito

Os CFOs precisam encarar a força de trabalho da empresa como uma máquina de inovação, em vez de um custo a ser gerenciado. Na economia mundial atual, onde as ideias

e habilidades digitais – em vez dos recursos físicos – crescem cada vez mais e onde se conhece o valor econômico, as pessoas podem ser o melhor ativo da empresa.

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"Com empresas e força de trabalho cada vez mais globais, a parceria de RH torna-se essencial."

Karen Quint, Spencer Stuart

85% dos CFOs disseram que suas funções já foram além das atividades tradicionais relacionadas com finanças e contabilidade nos últimos três anos1

Os recursos humanos: Dos custos aos ativos

Desde 1970, o papel do CFO vem expandindo constantemente conforme as empresas tornam-se mais complexas. Quarenta anos de globalização transformaram a função do CFO, passando da contabilidade à gestão de atividades de estratégia de alto nível, transações e até relações públicas.

Em uma pesquisa realizada recentemente pela empresa Robert Half Management Resources, 85% dos CFOs disseram que suas funções já foram além das atividades tradicionais de finanças e contabilidade nos últimos três anos.1

Os recursos humanos ficaram no topo da lista de novas competências, seguidos por operações de TI e marketing e vendas. De fato, quando procura CFOs, a Spencer Stuart, empresa de executive search, dá importância às capacidades de colaboração em todos os segmentos da empresa. "Com empresas e força de trabalho cada vez mais globais, podemos perceber que a parceria com o RH é essencial", comenta Karen Quint, consultora na gestão de práticas financeiras da Spencer Stuart.

Conhecendo as habilidades pessoais

1. Pesquisa de 2014 da Robert Half Management Resources

85%

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Os recursos humanos: Dos custos aos ativos

A experiência da L'Occitane mostra como os silos que separavam os CFOs e chefes de RH começaram a cair. De acordo com a EY, há quatro indutores de grande colaboração: escassez de talentos e elevados custos de trabalho; ascensão do RH dentro da hierarquia das empresas; mudanças na estratégia e na criação de novos produtos e serviços; e alterações nos modelos operacionais na busca por maior eficiência, normalização e escala.2

Como resultado, os dois respectivos chefes crescem cada vez mais em igualdade. "Agora será possível ver ambos em reuniões do comitê dirigente, com muita mais regularidade", comenta Kerstin Renard, vice-presidente sênior de recursos humanos no Grupo Volvo, uma empresa do setor automobilístico .

Um quarto fator impulsionando esta colaboração é o papel variável do CEO. Eles se tornaram figuras mais públicas na última década, direcionando investidores para a a mídia 24/7 e o mercado. Por sua vez, eles passaram algumas das suas funções a outros no corpo de diretores.

"Meu CFO e eu assumimos uma maior responsabilidade no desenvolvimento organizacional estratégico."

Kerstin Renard, Grupo Volvo

Principais indutores desta grande colaboração:

Ascensão do RH dentro da hierarquia das empresas

Escassez de talentos e elevados custos de trabalho

A criação de novos produtos e serviços

2. EY "Partnering for performance. Part two: the CFO and HR", 2014

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Uma maior colaboração entre os líderes de finanças e de RH dá frutos, dizem os estudos.

3. IRRC Institute "The Materiality of Human Capital to Corporate Financial Performance", 2015

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Aaron Bernstein e Larry Beeferman daUniversidade de Direito de Harvard estudaram a ligação entre pessoas elucros. O relatório deles mostrouevidências "suficientemente convincentes"de que o capital humano impulsiona a lucratividade.3

Towers Perrin, uma consultoria de gestão, também descobriu que uma forte relação entre o CFO e o CHRO está relacionada a um melhor desempenho. Quando as relações foram cooperativas em relação aos três anos anteriores, as empresas "relataram crescimento médio superior do EBITDA e uma melhoria mais acentuada em uma gama de indicadores de capital humano, incluindo o engajamento e a produtividade dos funcionários."

Os CFOs que não reconhecem a importância de talentos para obter sucesso colocam a sua organização em desvantagem. Se a empresa não conseguir atrair as pessoas mais talentosas, devido a investimentos inadequados, seus concorrentes irão fazê-lo. E empresas que não conseguem manter seus funcionários perdem experiências valiosas e desperdiçam recursos ministrando o mesmo treinamento várias vezes.

Uma parceria produtiva

Os CFOs que não reconhecem a importância de talentos para o sucesso da empresa estão colocando a sua organização em desvantagem.

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