os valores dos bens patrimoniais

7/17/2019 Os Valores Dos Bens Patrimoniais

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Centro de Artes e Comunicação

Departamento de Arquitetura e Urbanismo

FICHAMENTO

Fichamento do Texto:

LACERDA, Norma. “Valores dos Bens Patrimoniais .

!n: LACERDA, Norma " #ANC$ET!, %&l'io (or)s.*.

Plano de +est o de Conser'a- o r/ana: Conceitos e 01todos.

2linda: CEC!, 3453.

Reci e



!" #rincipais de iniç$es e conceitos do te%to

Bens PatrimoniaisBens 6atrimoniais s o a78eles herdados do 6assado mais distante e mais 6r9ximo, 6ortadoresde si)ni ic;ncia c8lt8ral e de 'alores 78e se alteram ao lon)o do tem6o.

Valores%istema de escalas de 6re er<ncia e im6ort;ncia atri/8&dos aos /ens 6atrimoniais, 78e 'ariamde acordo com os atores en'ol'idos no 6rocesso de decis o e se desdo/ram de ormacom6lexa e sem6re incom6leta no tem6o e es6a-o, acarretando 8ma contin8a re lex o ere'is o. Valor Pessoal% o a78eles 78e, se)8ndo =ohannes $ensen, “s9 6odem 6ertencer as 6essoas, como os 'alores1ticos.

Valor das Coisas% o a78eles 78e, se)8ndo $EN%EN, “aderem aos o/>etos o8 ?s coisas im6essoais, como odas coisas ditas 'aliosas, desi)nadas )eralmente 6ela ex6ress o “/ens (...* e 78e s9 6odemser reconhecidos 6or 6essoas inseridas social e c8lt8ralmente em 8ma certa sociedade.

Valor de Anti)8idadeCaracteri@a se 6ela 6erce6- o do 6assar do tem6o e a e'id<ncia da a- o da nat8re@a o ciclode cria- o e destr8i- o , o6ondo se ? conser'a- o, esse 'alor 6re'< a inter'en- o de modo a 6ermitir a leit8ra da destr8i- o 6or 6arte da a- o da nat8re@a como n o recente, e 6aradoxalmente 6re'enir danos 6recoces o8 8m im 6remat8ro do /em.

Arte%e)8ndo o Dictionnaire de l 8r/anisme e l am1na)ement 1 a ac8ldade h8mana es6ec& icarelacionada ao est1tico e ao se8 cam6o de cria- o.

Valor Art&sticoRe ere se ? a6recia- o est1tica, ? res6osta ?s exi)<ncias de 8ma “est1tica s86ostamenteo/>eti'a (R!E+L*, 1 8m 'alor relati'o 6ois de6ende do 6onto de 'ista de 78em o adota,assim n o sendo incontest 'el.

Valor $ist9rico todo o /em 78e “>amais 6ode ser re6rod8@ido 6or re'elar 8ma 16oca, se8s modos de 'idae “eta6as 6artic8larmente marcantes da e'ol8- o das ati'idades h8manas determinada 6or nossas 6re er<ncias at8ais, sem 6erder a 6ers6ecti'a das )era- es 8t8ras.



Valor C8lt8ralRe ere se ? 8m con>8nto de coisas 8m modo de 'ida de 8ma determinada com8nidade, s8asartes, se8 sistema social, se8s h /itos e cost8mes, e s8a reli)i o 78e, se)8ndo Eliot, a)ementre si e n o 6odem ser com6reendidas de orma isolada.

Valor %im/9lico2 'alor sim/9lico 1 8ma com6et<ncia ima)in ria, 78e 'ai al1m da materialidade, se)8ndo2stroGetsHI 1 8ma i)8ra encarre)ada de 8ncionar a l9)ica do sentido. 2s /ens 6atrimoniaiss o sim/9licos ? medida 78e “res6ondem ?s necessidades mJlti6las dos se8s ha/itantes emtermos de conhecimento e rememora- o, e 6or extens o, do 6ermanente 6rocesso de cria- oe recria- o da identidade coleti'a , 6rod8@indo 8ma com8nica- o 6ro 8nda com se8 6r96riomeio social e 6oss8indo a 8n- o de sociali@a- o.

Valor Co)niti'o2 /em 6atrimonial 6oss8i o 'alor co)niti'o 78ando 1 8m instr8mento de orma- o nas reashist9ricas, art&sticas e c8lt8ra, e medida 78e si)ni ica transitar 6elo 6assado e nele reconhecer os 'alores dos se8s ha/itantes.

Valor EconKmico a ca6acidade de )era- o de em6re)o e renda a 6artir de s8a 8tili@a- o, relaciona se ao

6otencial do /em en78anto onte de crescimento econKmico.

Valor de soRe ere se a ca6acidade de ser 8tili@ado 6ara a/ri)ar ati'idades ha/itacionais, administrati'as,comerciais, c8lt8rais, dentre o8tras.

Valor de 26- o%e)8ndo eis/rod 1 o “'alor dado 6or 6oss&'eis cons8midores de /ens o8 ser'i-os 6ara 6reser'ar a 6ossi/ilidade de cons8mi los o8 8s los no 8t8ro. (...* 1 8m con>8nto de todas asalternati'as 6oss&'eis 78e, mesmo 78e n o escolhidas 6or indi'&d8os na78ele momento 6ermanecem, entretanto, acess&'eis, a etando assim se8 com6ortamento. .

Valor de Exist<ncia%e caracteri@a 6or t8do 78e 'ale en78anto 6assado, 78e oi transmitido e de'er ser deixadocomo heran-a 6ara as )era- es 8t8ras 6elo sim6les ato de existir o8 'i'er, 6ela s8asin)8laridade e irre'ersi/ilidade.

!" A re&ação e a 'ierarquia entre (a&oresTodos os 'alores de inidos acima 6odem ser condensados em tr<s 'alores, sem 6erder

se8s si)ni icados, o 'alor de 8so (at8al*, o 'alor de o6- o (8so 8t8ro* e o 'alor de exist<nciasendo este Jltimo condensador de todos os demais.



A rela- o entre o 'alor de anti)8idade e o 'alor de exist<ncia se d de'ido ao ato dasim6les exist<ncia do /em le'ar, com toda a 68re@a, a leit8ra dos tra-os da a- o destr8idorada nat8re@a e, conse78entemente, o reconhecimento de tais tra-os como n o recentes. 2 'alor art&stico, 6or s8a 'e@, 6ode se 8ndamentar no 'alor de o6- o, de'ido ? s8a s8/>eti'idade e

n o d8ra- o de se8 conteJdo 6or n o existir 8m 'alor de arte eterno , considerara se 78e o /om 6ode o8 n o ter 8m 'alor 6ara as )era- es 8t8ras, 'alor este desconhecido eim6onder 'el, retornando ent o ao 'alor de exist<ncia.

2 'alor hist9rico se relaciona com o 'alor c8lt8ral a 6artir da 6remissa de 78e o 6assado 1 c8lt8ralmente constr8&do ? medida em 78e re or-a a identidade social 6ois 1 a“consci<ncia do 6assado 78e 6ermite criar 8ma identidade com8m entre este, o 6resente e o8t8ro . 2s /ens de 'alor c8lt8ral s o 6lenos de 'alores sim/9licos 6ois “res6ondem ?snecessidades mJlti6las dos se8s ha/itantes em termos de conhecimento e rememora- o, e 6or extens o, do 6ermanente 6rocesso de cria- o e recria- o da identidade coleti'a , 6rod8@indo8ma com8nica- o 6ro 8nda com se8 6r96rio meio social e 6oss8indo a 8n- o desociali@a- o. Por im, considerar o /em 6atrimonial “como im6re)nado de 'alores hist9ricos,art&stico, c8lt8ral e sim/9lico si)ni ica reconhece lo como s86orte narrati'o de s8a mem9riae, 6ortanto, considerar 78e ele 1 6ortador de 8m 'alor co)niti'o. .

%e o /em 6atrimonial 1 6ortador de 'alor hist9rico, c8lt8ral e, conse78entemente,sim/9lico, 1 o se8 'alor de exist<ncia, en78anto cria- o sin)8lar de 8ma dada sociedade em8ma determinada 16oca, o elemento de s8stenta- o, 6ois se o 6atrimKnio 'ale en78anto 6assado, n o resta dJ'ida de 78e 8ma )ama si)ni icati'a de elementos de'e ser reconhecidacomo 6ortadora desse 'alor social 78e oi transmitido, e 6oder ser deixado como heran-a 6ara as )era- es 8t8ras, le'ando ao 'alor de o6- o (8so 8t8ro*.

2 'alor econKmico se 8ndamenta no 'alor de 8so at8al 6or de6ender da 8tilidade do /em 78e acom6anha a 'eri ica- o do a8mento do 'alor de mercado, do em6re)o e da renda.= o 'alor de 8so 8t8ro se relacionada ao 'alor de o6- o 6ois, a6esar do /em n o estar )erando 8tilidade no 6resente, h a 6ossi/ilidade de )erar /ene &cios no 8t8ro. Por s8a 'e@, o'alor de 8so 8t8ro ('alor de o6- o* 6ode ter 8m 'alor inestim 'el 6ara a h8manidade 6elosim6les ato da exist<ncia do /em, se mantendo, assim, ? es6era de 78e 8m 8so 8t8ro 6ossaser dado sem 6re>8dicar s8a exist<ncia.

2s conceitos de 'alor de anti)8idade, hist9rico, art&stico, c8lt8ral e co)niti'o, 6ortanto, n o 6oderiam ser considerados se os /ens n o ti'essem d8rado, s8/sistido e 6ermanecido, o8 se>a, todos inserem se no conceito do 'alor de exist<ncia. Assim, asinter'en- es em tais /ens de'em )arantir a s8a transmiss o, sem com6rometer a s8aexist<ncia, e se8s limites, de acordo com os 'alores hist9rico, art&stico e c8lt8ral, de'e ser delimitado 6elo 'alor de 8so 8t8ro, restrin)indo, de certa orma, as 6ossi/ilidades, e /8scando, assim, im6edir inter'en- es desastrosas.

Assim, $essen, 8ndamenta se em %cheller e de ine 78atro crit1rios 6ara hierar78i@ar os 'alores: o 'alor 1 mais alto 78anto maior s8a ca6acidade de se 6rolon)ar no tem6oM o 'alor 1 mais alto 78anto menor di'is&'el orM o 'alor 78e ser'e de 8ndamento 1 mais alto do 78e os78e se 8ndam neleM e o 'alor 1 mais alto 78anto maior or a satis a- o 78e a s8a reali@a- o 6rod8@ nas 6essoas. Le'ando em considera- o o crit1rio de 78e o 'alor 78e ser'e de8ndamento 1 mais alto do 78e os 78e se 8ndam nele, o 'alor de exist<ncia 1 o de maior 'alor 6or a/ran)er todos os demais 'alores, se)8idos 6elo de 8so (at8al* e o de o6- o (8so



8t8ro*, 78e se)8em o de anti)8idade, art&stico e hist9rico, 78e 8ndamentam os 'aloresc8lt8ral, sim/9lico e co)niti'o, 78e 6or s8a 'e@ de'e 8ndamentar o 'alor econKmico.

)" O bem patrimonia&* o mercado e a mem+ria"

Na reali@a- o de inter'en- es em /ens 6atrimoniais de interesse hist9rico, art&stico ec8lt8ral 1 im6ortante 'eri icar o 6otencial de moderni@a- o 6ara ade78a- o desse /em aosno'os 8sos, trata se de con erir 8ma 8n- o tem6oral ao 78e est “ ora do tem6o . 2 78e estem >o)o na inter'en- o 1 o con lito entre a 6erman<ncia (contin8idade* de s8ascaracter&sticas &sicas 78e ser o o8 n o transmitidas ?s 6r9ximas )era- es e as m8dan-as(trans orma- es* exi)idas 6ara res6onder aos im6erati'os econKmicos.

A an lise c8sto /ene &cio a6ro 8nda os ar)8mentos e ornece elementos 6ara orientar as escolhas, 6odendo demonstrar 78e certos /ens 6atrimoniais n o 6oss8em 6otencial 6araincrementar as ati'idades econKmicas. Por1m, o m1todo econKmico 1 inca6a@ de atender 8ma

demanda em termos de coleti'idade, 78ando os 'alores n o s o materiais e transitam entre aemo- o hist9rica e art&stica e a necessidade de 6reser'a- o da mem9ria e 6or conse78<ncia aidentidade.

A di eren-a ente a 8tilidade social e o relati'amente raco retorno das in'ers es de'e im6edir decis es altamente 6ro'eitosas 6ara a sociedade2 mercado i)nora o 'alor de exist<ncia.2 'alor econKmico de'eria ter como 8ndamento todos os o8tros 'alores. Por1m, 'alorar economicamente 8m /em 6ode colocar em risco os o8tros 'alores 6ois constit8i se em 8m ato

6reciso, en78anto os /ene &cios n o 6odem ter como re er<ncia a6enas c lc8los econKmicos /aseados em demandas indi'id8ais.

," Toda cidade - 'ist+rica. As ormas de ocupação urbana como mani estaçãocu&tura&

=. R8sHin, . 0orris e C. %itte reconhecem no tecido 8r/ano 8m 'alor de 6atrimKniohist9rico de'ido ao stat8s de mem9ria social, de 6assado c8lt8ralmente constr8&do. Assim,“toda cidade 1 hist9rica .0ario de Andrade: “determinados l8)ares a)enciados 6ela indJstria 6o68lar , a)enciamentos

de ha/ita- es 6o68lares, m8itas 'e@es 6rec rias, con orma'am 8m 6atrimKnio, o stat8s de /ens c8lt8rais, 6or estarem re'estidas de 'alores.2 ha/itat 1 8m ato c8lt8ral 6or com6reender 8ma “totalidade com6lexa eita de normas, deh /itos, de re6ert9rios, de a- es e de re6resenta- es de se8s ha/itantes en78anto mem/ros de8ma determinada com8nidade .Fernando Carri9n: “o todo da cidade , “ ormada 6or ' rias 6artes re'eladoras de di'ersos 6rocessos hist9ricos , “e todas as cidades s o hist9ricas 6or re'elarem “di'ersos tem6os edi'ersas mani esta- es c8lt8rais nas ormas dos se8s ha/itantes a constr8&rem. Todas as 6artes da cidade a)em entre si, e 6ara com6reender 8ma 1 necess rio com6reender

todas.



/" Consideraç$es Finais

os valores dos bens patrimoniais

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