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Foz do Iguaçu, 22 à 28 de novembro de 2016 | Edição 207 | Ano V | R$ 3,00 Anice nunca fez parte da bancada do Reni e isso está registrado desde 2013 A CGU encaminhou a Polícia Federal, um relatório considerado “sigiloso” da Operação Pecúlio. Os contratos periciados pela CGU somam R$ 96,7 milhões em recursos utilizados pela prefeitura em obras de pavimentação e serviços em setores como de segurança. Página 11 Auditoria da CGU na “Pecúlio” confirma milhões em desvios Aumentam suspeitas sobre a campanha de Chico Brasileiro Túlio injetou R$ 2 milhões na campanha Reni/Ivone, diz delator A declaração do coordenador financeiro levanta suspeitas da existência de caixa 2 na campanha de Brasileiro, visto que o dinheiro não passou pela contabilidade da campanha. Melquizedeque de Souza afirmou em delação premiada que o advogado Tulio Bandeira impulsionou a reta final da campanha de Reni Pereira (PSB) em 2012 com R$ 2 milhões, dinheiro que salvou eleição a prefeito. Pág. 7 Pág. 3 Página 13

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Foz do Iguaçu, 22 à 28 de novembro de 2016 | Edição 207 | Ano V | R$ 3,00

Anice nunca fez parte da bancada doReni e isso está registrado desde 2013

A CGU encaminhou a PolíciaFederal, um relatórioconsiderado “sigiloso” daOperação Pecúlio. Os contratospericiados pela CGU somamR$ 96,7 milhões em recursosutilizados pela prefeitura emobras de pavimentação eserviços em setores comode segurança.

Página 11

Auditoria da CGU na “Pecúlio”confirma milhões em desvios

Aumentam suspeitas sobre acampanha de Chico Brasileiro

Túlio injetou R$ 2 milhões nacampanha Reni/Ivone, diz delator

A declaração do coordenador financeiro levantasuspeitas da existência de caixa 2 na campanhade Brasileiro, visto que o dinheiro não passou pelacontabilidade da campanha.

Melquizedeque de Souza afirmou em delaçãopremiada que o advogado Tulio Bandeiraimpulsionou a reta final da campanha de ReniPereira (PSB) em 2012 com R$ 2 milhões,dinheiro que salvou eleição a prefeito. Pág. 7 Pág. 3

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TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular2 22 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 2016

Exigência contratual é uma forma de garantir o cumprimento do horárioe impedir faltas injustificadas nos plantões

Com pagamentos atrasados, médicosse negam a assinar as escalas na UPADa RedaçãoFotos: Arquivo

Os problemas na saúdenão tem fim. Mais uma turbu-lência está ocorrendo nas uni-dades de urgência e emergên-cia, exatamente aonde as pes-soas chegam com dor, desmai-os, crises hipertensivas, febree outros sintomas que reque-rem atenção imediata. Com ospagamentos em atraso, osmédicos se negam a assinar asescalas.

A assinatura é uma exigên-cia contratual para garantir ocumprimento do plantão e evi-tar faltas injustificadas. A lei enormas éticas dos médicospreveem que ao assinar a es-cala o profissional se obriga acomparecer aos plantões, sobpena de responder perante oConselho Regional de Medi-cina.

O Tribuna Popular teveacesso a um documento emque a Secretaria de Saúde, pormeio da Diretoria de AtençãoEspecializada é informada so-bre a situação pelo diretor téc-nico da UPA, o médico DerlisCristobal Benegas Peres. Oinforme está assinado por to-

dos os médicos da unidade.Veja a íntegra:

"Informo através desta àdiretoria de Atenção Especi-alizada e ao gerente do prontoatendimento João Samek queo corpo clínico da UPA se ne-gam a assinar a escala médi-ca, assim como se negam aimplementar o regime internoe comissão de ética médica,alegando principalmente faltade pagamento dos meses deabril e maio, assim como osmeses setembro e outubro do

POLÍTICA

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seusautores e não representam a opinião do jornal

É uma publicação da Editora A Fronteira do Oeste Ltda.CNPJ 04.640.198/0001-29 | Insc. Municipal 30125

Telefone (45) 3029-4999 - Foz do Iguaçu / [email protected]

Jornalismo sem censura

REDAÇÃO

Diretor: Enrique Alliana

Claudete Desbezel

Jornalista Responsável:Eduardo Alliana - MTb: 10700/Pr

Impressão: Jornal OPARANÁ S/A

COMERCIAL

Médicos da UPMédicos da UPMédicos da UPMédicos da UPMédicos da UPA alegam que há contratA alegam que há contratA alegam que há contratA alegam que há contratA alegam que há contratos comos comos comos comos compagamentos pendentes desde abril e maiopagamentos pendentes desde abril e maiopagamentos pendentes desde abril e maiopagamentos pendentes desde abril e maiopagamentos pendentes desde abril e maio

ano em curso".O diretor técnico afirma

que esse fato "torna impossí-vel exigir assiduidade ou mes-mo tentar impor as cláusulas docontrato destes médicos coma prefeitura municipal de Fozdo Iguaçu".

Algumas unidades ficaramfechadas por falta de limpeza

Outro absurdo presenciado nos úl-timos dias no sistema de saúde de Fozdo Iguaçu foi a suspensão de atendi-mento em algumas unidades devido afalta de limpeza. O lixo contaminantecomeçou a transbordar tornando im-possível a continuidade do atendimen-to. Dentre as unidades de saúde quesuspenderam o serviço estão Vila Yo-landa e São João (em Três Lagoas).

Os pacientes que procuraram aten-dimento encontraram as portas fecha-das. As consultas tiveram que ser rea-gendadas para a semana seguinte quando eraesperada a regularização do serviço de reco-lhimento de lixo.

O problema é que há 60 dias venceu ocontrato com a empresa de limpeza e a Se-cretaria de Saúde não se programou parafazer a licitação em tempo hábil. A princípiose esperava uma prorrogação, o que não

aconteceu. A empresa entrou em divergên-cia sobre valores e não restou alternativa anão ser a licitação.

A Secretaria de Saúde pediu parecerjurídico para realização de contrato emer-gencial até que se conclua a licitação. Otema está sendo acompanhado de pertopelo Ministério Público.

DireDireDireDireDiretttttor técnico da UPor técnico da UPor técnico da UPor técnico da UPor técnico da UPA encaminhou comunicado àA encaminhou comunicado àA encaminhou comunicado àA encaminhou comunicado àA encaminhou comunicado àDiretoria de Atenção EspecializadaDiretoria de Atenção EspecializadaDiretoria de Atenção EspecializadaDiretoria de Atenção EspecializadaDiretoria de Atenção Especializada

DocumentDocumentDocumentDocumentDocumento fo fo fo fo foi assinado por toi assinado por toi assinado por toi assinado por toi assinado por todos os médicos da UPodos os médicos da UPodos os médicos da UPodos os médicos da UPodos os médicos da UPAAAAA

Uma das unidades que sofreu asUma das unidades que sofreu asUma das unidades que sofreu asUma das unidades que sofreu asUma das unidades que sofreu asconsequências fconsequências fconsequências fconsequências fconsequências foi a São João, em Toi a São João, em Toi a São João, em Toi a São João, em Toi a São João, em Três Lagoasrês Lagoasrês Lagoasrês Lagoasrês Lagoas

322 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 2016TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular

Coordenador financeiro do Chico afirmaque não viu dinheiro de Melquizedeque

POLÍTICADeclaração feita em nota de esclarecimento levanta suspeitas decaixa 2 na campanha a prefeito do deputado Chico

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Ney Patrício enviou nota de esclarecimento onde relata que oficialmenteNey Patrício enviou nota de esclarecimento onde relata que oficialmenteNey Patrício enviou nota de esclarecimento onde relata que oficialmenteNey Patrício enviou nota de esclarecimento onde relata que oficialmenteNey Patrício enviou nota de esclarecimento onde relata que oficialmentenenhum recurso de Melquizedeque foi lançado na campanha de Brasileironenhum recurso de Melquizedeque foi lançado na campanha de Brasileironenhum recurso de Melquizedeque foi lançado na campanha de Brasileironenhum recurso de Melquizedeque foi lançado na campanha de Brasileironenhum recurso de Melquizedeque foi lançado na campanha de Brasileiro

Em nota de esclarecimento envia-da à nossa redação, o contabilista NeyPatrício, coordenador financeiro dacampanha a prefeito de Chico Brasi-leiro (PSD) disse que não passou porele a doação de campanha confessadapelo ex-secretário municipal Melquize-deque de Souza, principal operador doesquema de corrupção na prefeituradesmantelado na Operação Pecúlio. Adeclaração do coordenador financeirolevanta suspeitas da existência de caixa2 na campanha de Brasileiro, visto queo dinheiro não passou pela contabili-dade da campanha.

Na delação premiada, Melquize-deque revelou que repassou de formafraudulenta dinheiro (seria em 2012)para campanha de Chico Brasileiro aprefeito de Foz do Iguaçu. O repasseé considerado fraudulento porque nãofoi declarado nas contas de campa-nha do candidato que atualmente é de-putado estadual. A origem do dinheirotambém não foi esclarecida.

A intenção, segundo Melquizede-que, era ajudar financeiramente nacampanha de Chico Brasileiro em tro-ca de vantagens no possível futurogoverno como venda de equipamen-tos de informática, incluindo um not-book para cada aluno das escolasmunicipais. A prática do grupo inves-tigado, conforme apurado na Opera-ção Pecúlio, era desviar recursos pú-blicos por meio de concorrência pú-blica direcionada a empresas ou dis-pensas fraudulentas de licitação, inclu-indo facilitações, aditivos, medições a

maior e superfaturamentos.Na delação, Melquizedeque disse

que "em junho de 2012 o empresárioPedro Anselmo Agrizzi, vulgo 'Peter',dono da Nave Informática em Ciuda-de Del Este, onde Melquizedeque eradiretor operacional trouxe a questãoda candidatura de Reni Pereira" a pre-feito de Foz do Iguaçu. Peter é co-nhecido inclusive pela Interpol por en-volvimento em esquemas de contra-bando de equipamentos de informáti-ca no Paraguai.

A intenção "era posteriormentepleitear algo no sentido de se benefi-ciar de alguma maneira". Melquizede-que contou que ele e Peter fizeram umasociedade sendo que de início cada umentrou com R$ 50 mil para campanhade Reni. "Que nesse período, vendoas pesquisas e considerando que Chi-co Brasileiro também estava bem re-solveram apostar as fichas nos doislados". Esclareceu que só ele (Melqui-zedeque) injetou dinheiro na campa-nha de Chico - Peter não fez aportenesse sentido.

Melquizedeque disse na delaçãoque inicialmente propôs um aporte deR$ 30 mil para a campanha de ChicoBrasileiro, mais um projeto de com-putador (notbook) para cada aluno."Que inclusive o colaborador (Melqui-zedeque) comprou uma peça (unida-de) desse computador e emprestoupara que ele fizesse uma apresentaçãoeleitoral do projeto", consta nas de-clarações do ex-secretário. A ideia eraque caso Chico vencesse o grupo pen-sava em se beneficiar com a venda dosequipamentos para a prefeitura, me-diante licitação dirigida.

Melquizedeque delatou injeção de dinheiro na campanha de BrasileiroMelquizedeque delatou injeção de dinheiro na campanha de BrasileiroMelquizedeque delatou injeção de dinheiro na campanha de BrasileiroMelquizedeque delatou injeção de dinheiro na campanha de BrasileiroMelquizedeque delatou injeção de dinheiro na campanha de Brasileiro

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POLÍTICA Ex-secretário confessou os acordos em depoimentos de delação premiada

“A pior opção para Foz seria o segundocolocado assumir”, diz Phelipe MansurFonte: A Gazeta do IguaçuFotos: Divulgação

A visita foi motivadapela entrevista publicada naedição de sábado (19) como deputado estadual ChicoBrasileiro (PSD). Na opor-tunidade, o parlamentarocupante da 2ª posição naseleições municipais de 2 deoutubro, com 54.488 vo-tos, declarou que, caso oTribunal Superior Eleitoral(TSE) mantenha a impugna-ção ao registro de candida-tura de Paulo Mac Donald(PDT), campeão de votosnas urnas com 58.163 vo-tos, a melhor opção para omunicípio seria a diploma-ção do segundo colocado,e não a realização de umnovo pleito.

A posição de Brasileirofoi duramente criticada porMansur ao longo de toda en-trevista. Segundo o empre-sário, o eleitorado iguaçu-ense escolheu Paulo MacDonald para governar a ci-dade e qualquer mudançaneste quadro só poderia serresolvida, de forma demo-crática, com a realização deum novo pleito.

“Se vier a serconfirmada a im-pugnação ao re-gistro de candida-tura de Paulo MacDonald pelo TSE,a pior opção paraa cidade de Foz doIguaçu seria o 2ºcolocado assumir.O eleitoradoiguaçuense fez asua escolha e a maioria con-fiou seu voto ao Paulo.Quem pode garantir que

uma campanha sem a parti-cipação do ex-prefeito se-ria de fato vencida pelo de-putado Chico Brasileiro?”,questiona Mansur para emseguida completar: “De-fender que não haja novaseleições seria nada mais doque uma tentativa de se ven-cer a disputa no tapetão”,disparou o jovem políticode 33 anos. Ao final de suaprimeira campanha em bus-ca de um cargo eletivo,Phelipe Mansur terminou opleito em 3º lugar, com23.572 votos.

Toda a discussão entreas duas partes se justificapela ansiedade, não apenasda classe política, mas detoda sociedade de Foz doIguaçu, acerca do julga-mento da situação de Pau-lo no TSE, marcado paraacontecer na próxima quin-ta-feira (24), em Brasília.

Acontece que, de acor-do com atualização da leieleitoral promovida em2015, a Justiça não prevêmais a diplomação do 2ºcolocado em casos que ovencedor do pleito tenhaseu registro cassado. En-

tretanto, parecer do Mi-nistério Público Eleitoralsobre o caso de Foz reco-

Budel aceitou plano pensando em se eleger vereador por meio doBudel aceitou plano pensando em se eleger vereador por meio doBudel aceitou plano pensando em se eleger vereador por meio doBudel aceitou plano pensando em se eleger vereador por meio doBudel aceitou plano pensando em se eleger vereador por meio doacordo político que envolveu Ivone e Reni Pereiraacordo político que envolveu Ivone e Reni Pereiraacordo político que envolveu Ivone e Reni Pereiraacordo político que envolveu Ivone e Reni Pereiraacordo político que envolveu Ivone e Reni Pereira

mendou ao TSE a posse do2º colocado sem a realiza-

ção de um novopleito. O assun-to se demonstracomplexo e temsido alvo de umamplo debatejurídico.

Diante dapossibilidade dese judicializar aquestão e onovo prefeito deFoz do Iguaçu

vier a ser escolhido nos tri-bunais, e não nas urnas,Phelipe Mansur ponderou

que isso traria mais prejuí-zos para a cidade.

“O deputado estadualChico Brasileiro já anun-ciou que se o TSE cumpriro que determina a atual le-gislação ele irá recorrer aoSupremo Tribunal de Justi-ça (STJ). Eu observo essaatitude com cautela e pre-ocupação. Afinal, essa situ-ação poderia se arrastar pormuito tempo e com isso ainstabilidade político-ad-ministrativa continuar pre-judicando ainda mais nos-sa cidade”, avaliou Mansur.

“Qual o receio de se ir

O empresário PhelipeMansur (REDE) compareceuà redação do jornal Gazetado Iguaçu na tarde destedomingo (20) para seposicionar sobre o atualcenário político atravessadopor Foz do Iguaçu

para as urnas em busca dovoto? Cabe agora decidir seo Paulo poderá ou não as-sumir o Governo que amaioria da sociedade lheconfiou por meio do voto.Caso ele não possa, a leidetermina novas eleições.A vontade popular é de fatosoberana, mas isso tem deser respeitado com a reali-zação de novas eleições.Afinal, vivemos um novomomento é somente oeleitor pode dizer quemserá o seu governante”, fi-nalizou. (Gazeta do Iguaçu - Bruno Soares

especial para a Gazeta / Foto: Roger Meireles)

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Da RedaçãoFoto: Arquivo

Legislativo devolveu recursos, mas as obras anunciadas não foram realizadas

Onde está a verba da Câmara parafarmácia popular e reforma do CNI?

POLÍTICA

A prefeitura deve esclare-cimentos sobre as verbas de-volvidas pela Câmara no fimdo ano passado "carimbadas"para implantação da farmáciapopular no TTU e reformasdo Centro de Nutrição Infan-til. Os recursos foram repas-sados pelo Legislativo comosobra de verbas, mas as obrasnão aconteceram.

O tema está na delaçãopremiada do ex-secretárioCarlos Budel que na épocado anúncio era diretor-supe-rintendente do Foztrans, res-ponsável pela administraçãodo TTU. No depoimento,Budel explicou que a Câma-ra é obrigada a encerrar o anocontábil com a conta zeradae que as sobras do orçamen-to da Câmara são devolvidasao Município. Que uma vez odinheiro à disposição do Mu-nicípio é utilizado livremente

pelo prefeito que pode ounão cumprir o carimbo polí-tico da devolução.

Esclareceu que o carimbopolítico é um compromissoassumido entre o presidenteda Câmara e o prefeito nadestinação específica do va-

lor sem execução obrigatória,como por exemplo, em 2007,foi devolvido R$ 1,3 milhãocom o carimbo da construçãoda nova sede da GuardaMunicipal, SAMU e Fo-ztrans. Que Na época a ver-ba foi repassada e não houve

Ex-secretário Ricardo Cumann foicitado em licitação fraudulenta

desvio da finalidade. Budelrevelou que em 2014, na ges-tão do vereador Zé Carlos napresidência da Câmara nego-ciou o repasse de R$ 150 milcom carimbo político de re-forma nas instalações daGuarda, Foztrans e Samu.

Na delação, Budel reve-lou "que em 2015 participou,na condição de diretor doFoztrans, de uma reuniãocom o presidente da Câma-ra, Fernando Duso e o entãosecretário de Saúde, CharlesBortolo, para tratar do repas-se de R$ 500 mil com o ca-rimbo político em favor daconstrução da Farmácia Po-pular no TTU e reforma doCentro de Nutrição Infantil,o que não chegou a ser con-cretizado".

Disse ainda que as devo-luções posteriores foram ge-renciadas pelo então secretá-rio de Tecnologia da Informa-ção, Melquizedeque de Sou-za com o presidente da Câ-mara, Fernando Duso. "Quedesconhece desvio de dinhei-ro público nesses repasses".Melquizedeque é apontadocomo braço forte de ReniPereira na organização crimi-nosa e principal operador doesquema.

O ex-secretário de Administração da pre-feitura, Ricardo Cumann, que atuou no pri-meiro ano de governo da gestão Reni Perei-ra, está citado em delação premiada. O ex-secretário Carlos Budel contou a participa-ção de Cumann em contratos, prorrogaçãoe aditivos em terceirizações investigadas.

Um dos casos é o contrato com a em-presa Intersept para atuar nas unidades desaúde. Ficou esclarecido que quando era se-cretário de governo, Budel encaminhou a Ri-cardo Cumann uma planilha contendo a re-lação de pessoas a serem contratadas pelaempresa Intersept com sede em Curitiba,indicadas pelos vereadores. "Que tomou co-nhecimento pelos bastidores que o Secre-

tário de Administração, Ricardo Cumann,foi o responsável pelo direcionamento dalicitação de serviços gerais, merendeiras eatendentes de postos de saúde, em favorda Intersept", consta na delação de Budel.

Revelou também que a Intersept eraobrigada a "contratar pessoas indicadaspoliticamente para atender a demanda dosvereadores da bancada de apoio ao pre-feito Reni Pereira. Quem em 2015, Gobbo(empresário) se apresentava como repre-sentante da empresa Intersept, possuindoplenos poderes para falar em nome daempresa. Que sabe que Ricardo Cumanné natural de Curitiba, cidade sede da In-tersept".

Supostamente, Cumann foi o responsávelSupostamente, Cumann foi o responsávelSupostamente, Cumann foi o responsávelSupostamente, Cumann foi o responsávelSupostamente, Cumann foi o responsávelpelo direcionamento da licitação de serviçospelo direcionamento da licitação de serviçospelo direcionamento da licitação de serviçospelo direcionamento da licitação de serviçospelo direcionamento da licitação de serviçosgerais, merendeiras e atendentes de postosgerais, merendeiras e atendentes de postosgerais, merendeiras e atendentes de postosgerais, merendeiras e atendentes de postosgerais, merendeiras e atendentes de postosde saúde, em favor da Interseptde saúde, em favor da Interseptde saúde, em favor da Interseptde saúde, em favor da Interseptde saúde, em favor da Intersept

Repasse de R$ 500 mil da Câmara seria para Farmácia Popular no TTU eRepasse de R$ 500 mil da Câmara seria para Farmácia Popular no TTU eRepasse de R$ 500 mil da Câmara seria para Farmácia Popular no TTU eRepasse de R$ 500 mil da Câmara seria para Farmácia Popular no TTU eRepasse de R$ 500 mil da Câmara seria para Farmácia Popular no TTU ereforma do Centro de Nutrição Infantil, o que não aconteceureforma do Centro de Nutrição Infantil, o que não aconteceureforma do Centro de Nutrição Infantil, o que não aconteceureforma do Centro de Nutrição Infantil, o que não aconteceureforma do Centro de Nutrição Infantil, o que não aconteceu

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Da RedaçãoFoto: Arquivo

Delação premiada revelou detalhes de como funcionou o esquema financeiro na campanha do prefeito

Melqui diz que Túlio trouxe R$ 2 milhõespara últimos dias da campanha de Reni

POLÍTICA

O ex-secretário Melquize-deque de Souza, principal ope-rador do esquema de corrup-ção na prefeitura desmantela-do na Operação Pecúlio, dis-se em delação premiada queo advogado Tulio Bandeiraimpulsionou a reta final dacampanha de Reni Pereira(PSB) em 2012 com R$ 2milhões. O dinheiro salvou aeleição pois devido ao altocusto de produção a campa-nha estava perdendo força ea ideia era ter recursos prin-cipalmente para a compra devotos por meio de contrata-ção de pessoas para o dia daeleição.

Consta na delação deMelquizedeque: "Ocorreuque 15 dias antes da eleição,Reni queria jogar a toalha.Daí, como eles - Tulio e Reni- são da mesma cidade deSanto Antonio Sudoeste, oTulio socorreu o Reni com oaporte de R$ 2 milhões". Oex-secretário disse tambémacreditar que esse valor per-tencia, "verdadeiramente aoCasagrande (Edson Casa-grande)" que era secretáriode Assuntos Estratégicos doGoverno do Estado, "mas porquestões de querer pressio-nar Reni a pagar a dívida decampanha, "resolveram porrelatar que o valor havia sido

pego de um agiota".Depois de assumir o car-

go de prefeito, Reni passou aser pressionado a cumprir osacordos, inclusive de arrumarmeios de reembolsar grupo deTulio. "Em algumas reuniõesna Associação da Saneparchegou a presenciar Reni con-versando com Tulio, que acre-dita que tenho sido sobre isso,delineando a maneira comoTulio receberia de volta esseaporte", consta na delação deMelquizedeque.

Na formação da Fundação

de Saúde para administraçãodo Hospital Municipal, o gru-po de Tulio pressionou Reni econseguiu entrar. Um outrogrupo, ligado a Odair Silveira(ex-secretário de saúde) aca-bou ficando fora. "Estava tudocerto para a equipe do Odairassumir, mas da noite para odia, acabou ficando para opessoal do Tulio", delatouMelquizedeque. No períodode gestão do grupo no hospi-tal surgiram denúncias de des-vios de verbas de até R$ 1milhão por mês.

Becker também soubeOutro operador do esque-

ma de corrupção desvendadona Operação Pecúlio, o ex-se-cretário de Planejamento e ge-rente da Sanepar, Rodrigo Be-cker, também citou o dinheiroque teria sido determinantepara a eleição de Reni em2012. Revelou que "Tulio apa-receu no final da campanha deReni, tendo assumido o jurídi-co, havendo comentários deque teria trazido R$ 2 milhõespara a campanha".

Melquizedeque delatMelquizedeque delatMelquizedeque delatMelquizedeque delatMelquizedeque delatou que "15 dias antou que "15 dias antou que "15 dias antou que "15 dias antou que "15 dias antes da eleição, Res da eleição, Res da eleição, Res da eleição, Res da eleição, Reni queria jogar a teni queria jogar a teni queria jogar a teni queria jogar a teni queria jogar a toalha. Daí, como eles - Toalha. Daí, como eles - Toalha. Daí, como eles - Toalha. Daí, como eles - Toalha. Daí, como eles - Tulio e Rulio e Rulio e Rulio e Rulio e Reni -eni -eni -eni -eni -são da mesma cidade de Santsão da mesma cidade de Santsão da mesma cidade de Santsão da mesma cidade de Santsão da mesma cidade de Santo Anto Anto Anto Anto Antonio Sudoestonio Sudoestonio Sudoestonio Sudoestonio Sudoeste, o Te, o Te, o Te, o Te, o Tulio socorreu o Rulio socorreu o Rulio socorreu o Rulio socorreu o Rulio socorreu o Reni com o aporeni com o aporeni com o aporeni com o aporeni com o aporttttte de R$ 2 milhões"e de R$ 2 milhões"e de R$ 2 milhões"e de R$ 2 milhões"e de R$ 2 milhões"

Becker afirmou que o es-quema foi montado já na cam-panha de Reni Pereira/IvoneBarofaldi. "Foi esclarecidoque em relação à campanhaas pessoas que tratavam comdinheiro eram Tatiane FrankivGutierrez (Casa Civil), Gian-carlo Schettini de AlmeidaTorres (então braço direito deReni), Adoaldo Lenzi Junior,Marcio de Azevedo, RenatoMayer Bueno e Alexei daCosta Santos (contador e en-tão presidente do PSB, parti-do de Reni)".

7TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular 22 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 2016

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Segundo Rodrigo Becker, doações vieram de empreiteiros que depois viriam a ter contratos na prefeitura

Esquema de caixa 2 na campanhaO ex-secretário Rodrigo

Becker entregou na delaçãotodo o esquema de alimenta-ção financeira do caixa 2 dacampanha de Reni Pereira,envolvendo principalmentedinheiro de empreiteiros e gru-pos econômicos que viriam asaquear depois os cofres daprefeitura mediante facilita-ções em troca de propinas.Segundo Rodrigo "o emprei-teiro Nilton João Beckers(que chefiava o grupo SR)doou, através de caixa 2,aproximadamente R$ 200 milentregues a Márcio e Tatianepara a campanha de Reni/Ivo-ne".

Disse que tem conhecimen-to de que Renato solicitou erecebeu R$ 50 mil de JoãoKammer, proprietário daKammer Construtora quepresta serviços para a Sane-par. Revelou ainda da Recei-ta Estadual veio doação paraa campanha de Reni/Ivonenão sabendo especificar o va-

POLÍTICA

lor nem a origem.O responsável por essa

arrecadação era Giancarlo(auditor da Receita Estadual)que já mantinha gente nome-ada no gabinete de Reni des-de quando ele era deputado.

Esse mesmo Giancarlo foi in-vestigado por envolvimentocom outra quadrilha descober-ta na Operação Dilúvio em2006 em que 33 pessoas forampresas no maior esquema defraudes no comércio exterior.

Envolvimento de IvoneOutra revelação de Becker

é que a prefeita, agora emexercício, Ivone Barofaldi, écitada em episódios, suposta-mente agindo no interesse da

Sanepar tinha interesse queReni ganhasse a eleição

De acordo com Becker, "a Sanepar tinhainteresse que Reni ganhasse a eleição para aprefeitura de Foz do Iguaçu tendo em vistaque o contrato do programa de concessão deágua e esgoto entre a Sanepar e a prefeiturade Foz do Iguaçu estava vencido ou prestesa vencer. Que havia informações de que casoChico Brasileiro ganhasse a eleição, empre-sas particulares iriam assumir o serviço".

A situação foi levada tão a sério que o en-tão gerente regional Oeste/Sudoeste da Sa-nepar, Renato Mayer Bueno, chefe de Becker,foi o coordenador geral de campanha de ReniPereira. "O primeiro escalão da campanha deReni era formado por Renato e Claudia Pe-reira (hoje primeira-dama do Município)", in-formou Becker na delação.

organização criminosa des-mantelada pela Operação Pe-cúlio. Em um deles, o ex-se-cretário Rodrigo Becker, afir-mou na delação que Ivonepediu R$ 40 mil de um esque-ma de caixa 2 da campanhaeleitoral de 2012. Disse queseria para a pessoa de Rena-to Mayer Bueno (gerente re-gional Oeste/Sudoeste da Sa-nepar) e que o valor seria de-volvido.

Relatou que dias antes daseleições a Ivone Barofaldi oprocurou "dizendo que o Re-nato pediu R$ 40 mil para elae devolveria depois da cam-panha". Ivone queria que Ro-drigo Becker avalizasse oempréstimo, porém ele nãoaceitou. O ex-secretário dis-se acreditar "que ela recebeuesse dinheiro de maneira irre-gular de fornecedores da pre-feitura, pois até meados de2016 estava dando problemacom esses R$ 40 mil", que in-clusive Renato ligou pedindoa intervenção de Becker jun-to a Reni para resolver, masele não se envolveu.

Caixa 2 da campanha Reni/Ivone foi delatado por Rodrigo BeckerCaixa 2 da campanha Reni/Ivone foi delatado por Rodrigo BeckerCaixa 2 da campanha Reni/Ivone foi delatado por Rodrigo BeckerCaixa 2 da campanha Reni/Ivone foi delatado por Rodrigo BeckerCaixa 2 da campanha Reni/Ivone foi delatado por Rodrigo Becker

Rodrigo Becker explicou como funcionava a estrutura de campanha de ReniRodrigo Becker explicou como funcionava a estrutura de campanha de ReniRodrigo Becker explicou como funcionava a estrutura de campanha de ReniRodrigo Becker explicou como funcionava a estrutura de campanha de ReniRodrigo Becker explicou como funcionava a estrutura de campanha de Reni

8 22 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 2016

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Túlio Bandeira fazia indicações e tentou emplacar empresa ligada aos interesses do grupo

Advogado agiu também no plano PPPNa delação premiada do

empresário Euclides de Mo-raes Barros Junior, homemforte do esquema de corrup-ção na saúde, que comanda-va empresas agraciadas comcontratos terceirizados, citouinteresse do advogado TulioBandeira na implantação doesquema fraudulento da Par-ceria Público-Privada. Infor-mou que "no último trimestrede 2014, esteve em Curitiba,em outro compromisso agen-dado com Tulio Bandeira, noescritório dele. Que ele co-nhecia Marcos Fatucci, médi-co que apresentou o projetoda PPP para o Hospital Mu-nicipal. Que desse encontrosaiu a ideia do projeto".

Na sequencia, Euclides re-lata: "Que ele apresentou aideia no intuito de levar a PPPpara Foz do Iguaçu e outroslocais. Que nessa época Renie Tulio já estavam se enros-cando (se desentendendo).Que conversou com Reginal-do (técnico em radiologia ebraço direito de Euclides) ealgumas pessoas, dentre asquais, Jomaa (dentista), sócioda Radio Globo. Tambémconversou com Melqui (ex-

POLÍTICA

secretário Melquizedeque deSouza) que apresentou a ideiada PPP ao prefeito Reni Pe-reira".

Revelou ainda que MarcosFatucci foi quem vendeu aideia de PPP chegando a vir aFoz do Iguaçu para tratar doprojeto. "Que Reni soube quehouve um problema com Mar-

cos Fatucci na região Sul, es-pecificamente na Cruz Verme-lha, razão pela qual não quismais ele no projeto da PPP.Que Roberto Floriani era só-cio de Marcos Fatucci, masrompeu a sociedade com elee assumiu o projeto da PPPcom anuência de Reni".

Euclides Barros Junior es-

clareceu também que no pri-meiro projeto de PPP, haviadois grupos interessados - ogrupo de Laerte, da empresaGlobomed e o grupo de Ro-berto (Atual Médica). "QueLaert, da Globomed surgiu noprojeto por meio de Reni ePatrícia Foster (secretária desaúde atualmente). Que sou-be que do grupo de Laert par-ticipavam Patrícia Foster,Sandra e Alice (ex-secretáriade saúde)".

Empresa eraligada ao grupo

Outra revelação do empre-sário na delação é que Jomaaparticipou dos dois projetosda PPP. Segundo ele, "Jo-maa, ligado a Tulio Bandeira,estava junto com a Atual Mé-dica (empresa para qual esta-va direcionada a licitação daPPP) e fazia o meio de campopara o projeto andar". O inte-resse particular de Jomaa se-ria o de prestar serviços no

âmbito da PPP emplacandoempresas do grupo para ser-viços como de limpeza, porta-ria, alimentação e laboratório.

O plano da PPP que en-volveria aproximadamente R$120 milhões por ano para ges-tão do Hospital Municipal,UPA, PA e SAMU, foi des-coberto por meio de intercep-tações telefônicas autorizadaspela justiça federal durante asinvestigações da OperaçãoPecúlio.

Atendendo a ação robus-tamente fundamentada peloMinistério Público Federal ajustiça cancelou todo o pro-cesso de licitação (dirigida),lançada pela prefeitura. Osmembros da organização cri-minosa foram flagrados emconversas onde tratavam aPPP como a "cereja do bolo"no esquema de corrupção.Todos estão processados enovas operações estão sendodeflagradas com base no teordas delações premiadas.

Projeto da PPP previa despesa de R$ 120 milhões por ano comProjeto da PPP previa despesa de R$ 120 milhões por ano comProjeto da PPP previa despesa de R$ 120 milhões por ano comProjeto da PPP previa despesa de R$ 120 milhões por ano comProjeto da PPP previa despesa de R$ 120 milhões por ano comlicitação dirigida a empresa de gestão médicalicitação dirigida a empresa de gestão médicalicitação dirigida a empresa de gestão médicalicitação dirigida a empresa de gestão médicalicitação dirigida a empresa de gestão médica

Delação reDelação reDelação reDelação reDelação revvvvvela que plano saiu de dentrela que plano saiu de dentrela que plano saiu de dentrela que plano saiu de dentrela que plano saiu de dentro de escritório de To de escritório de To de escritório de To de escritório de To de escritório de Tulio para assumir UPulio para assumir UPulio para assumir UPulio para assumir UPulio para assumir UPAAAAA, P, P, P, P, PAAAAA, S, S, S, S, SAMU e HospitalAMU e HospitalAMU e HospitalAMU e HospitalAMU e Hospital

22 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 2016 9

Da RedaçãoFoto: Arquivo

Participações do advogado e ex-candidato a prefeito estão detalhadas em delações premiadas

Tulio Bandeira aparece como figuraimportante no esquema do hospital

Em delações como dosex-secretários municipaisMelquizedeque de Souza eRodrigo Becker e do técnicoem radiologia Reginaldo daSilveira Sobrinho (todos es-tavam presos na OperaçãoPecúlio), o advogado e ex-candidato a prefeito TulioBandeira é citado como figu-ra importante nos esquemasinvestigados no Hospital Mu-nicipal.

Tulio é dono de um com-plexo de advocacia em San-to Antonio Sudoeste com es-critórios em várias cidades. Éligado politicamente ao gru-po do ex-secretário de Esta-do, Edson Casagrande. Foitrazido para atuar em Foz doIguaçu pelo prefeito afasta-do Reni Pereira, que fez oconchavo já na época dacampanha.

Conforme as investigaçõesda Pecúlio, o advogado foi umdos financiadores da campa-nha de Reni. Delatores reve-laram que nos últimos dias decampanha, Tulio baixou emFoz do Iguaçu com uma malatrazendo R$ 2 milhões. Nosdepoimentos ao MinistérioPúblico, na condição de co-laboradores, os réus obtive-ram direito de responder aoprocesso em liberdade medi-ante delações premiadas.

Reginaldo da Silveira, porexemplo, descreveu Tuliocomo figura importante noesquema que se instalou noHospital Municipal logo queReni assumiu a prefeitura.Disse que na mudança daPró-Saúde para a Fundaçãode Saúde no hospital, em2013, a gestão da unidadecomeçou a ser chamada de"República de Pato Branco",termo que à época começoua ser usado nas redes sociais

POLÍTICA

em referencia ao grupo queReni trouxe de Santo AntonioSudoeste e Pato Branco parafazer parte da administração.

Gestão no hospitalSegundo a delação de Re-

ginaldo, essas "pessoas reu-nidas para o mesmo fim eram,na grande maioria, oriundasda região centro-oeste, nocaso específico, as pessoasnominadas de Tulio Bandeira,Maurício Bernardi (Biocenter)e o enfermeiro chefe Diogo,além de uma técnica em radi-ologia, que acabaram admi-

nistrando o hospital. Que Tu-lio Bandeira se apresentavacomo diretor-jurídico (do hos-pital), dava pareceres jurídi-cos em contratos emergenci-ais e também dava ordens".

Denúncias de desviosConsta ainda que "poste-

riormente ficou sabendo quese tratava apenas de um car-go voluntário, dando parece-res". (...) Que Jorge Ya-makoshi foi o primeiro presi-dente da Fundação e muitocriticado porque tinha experi-ência apenas na revenda de

DelatDelatDelatDelatDelator diz que Tor diz que Tor diz que Tor diz que Tor diz que Tulio Bandeira era quem daulio Bandeira era quem daulio Bandeira era quem daulio Bandeira era quem daulio Bandeira era quem davvvvva as ordens na primeira gestão do hospital na gestão de Ra as ordens na primeira gestão do hospital na gestão de Ra as ordens na primeira gestão do hospital na gestão de Ra as ordens na primeira gestão do hospital na gestão de Ra as ordens na primeira gestão do hospital na gestão de Renienienienieni

equipamentos médicos. QueJorge se envolveu em notíci-as de altos salários e ao queparece foi condenado a de-volver valores pelo fato dehaver pagamento de saláriosacima da remuneração de pre-feito". Na época da gestão daTurma de Pato Branco e San-to Antonio Sudoeste surgiramdenúncias de desvios de R$ 1milhão por mês.

Disse também que na inter-venção, em novembro de2015, quando a turma de TulioBandeira foi afastada do hos-pital, Dr Gilber Trindade, seria

o administrador por ser o se-cretário de Saúde, mas quempassou a administrar de fato, foiPatrícia Foster, atual secretariade saúde (que até ontem esta-va na corda bamba).

Reginaldo afirmou que DrGilber foi preterido porquenão era do grupo de PatríciaFoster. "Que a intenção dePatrícia era ficar como chefeda gestão de saúde. Que Re-nan Baez é conhecido comoassessor direto de PatríciaFoster, sendo visto no HotelVialle, com ela, em reuniõessobre a PPP.

TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular10 22 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 2016

POLÍTICA

Da redaçãoFotos: Divulgação

Prefeita tentou aprovar projeto a toque de caixa, mas comissõesreunidas travaram tramitação da proposta

Projeto do Refis sofre atraso na Câmara

Os planos da prefeitaIvone Barofaldi (PSDB) deobter mais arrecadação nes-te fim de ano se complica-ram. Ela encaminhou a Câ-mara um projeto de lei paraser aprovado a toque de cai-xa liberando o Refis muni-cipal, ou seja, facilidadespara quitação de dívidas como Município. Ocorre queesse é um ano eleitoral e osvereadores sabem que háentendimentos jurídicos deque esse tipo de benefícioé proibido por lei em anoeleitoral. Por conta disso,as comissões reunidas tra-varam a tramitação do pro-jeto e encaminharam pedi-do de parecer ao IBAM -Instituto Brasileiro de Ad-ministração Municipal.

Consta na lei eleitoral nº9.504/97: Art. 73. São proi-bidas aos agentes públicos,servidores ou não, as se-guintes condutas tendentesa afetar a igualdade de opor-tunidades entre candidatosnos pleitos eleitorais: (...) §10 No ano em que se reali-zar eleição, fica proibida adistribuição gratuita debens, valores ou benefíciospor parte da AdministraçãoPública, exceto nos casosde calamidade pública, deestado de emergência ou deprogramas sociais autoriza-dos em lei e já em execu-ção orçamentária no exer-cício anterior, casos em queo Ministério Público pode-rá promover o acompanha-mento de sua execução fi-nanceira e administrativa.(Incluído pela Lei nº11.300, de 2006).

Sobre esse assunto, oportal Consultor Municipaldivulgou: "Não resta dúvidade que o propósito do dis-

positivo é o de evitar abu-sos das autoridades políti-cas no uso de seus poderesadministrativos, a favor desuas candidaturas ou de seuspartidos e provocar dese-quilíbrios na disputa eleito-ral. As distribuições de be-nefícios através de excessi-vas liberalidades dos gesto-res, sem motivos que as jus-tifiquem como atos de ges-tão, seriam ações vedadaspela Lei n. 9.504/97".

"A entender, deste modo,que ofertas de benefícios,por meio de bens ou valo-res, que não redundem emrespostas diretas de cum-primento de metas da Admi-nistração Pública, não sãopermitidas, mas, as açõesplanejadas que visem a exe-cução de programas pré-es-tabelecidos, estas merecemuma análise mais profunda.Neste contexto, observa-seque o Tribunal SuperiorEleitoral já se pronunciouno sentido de que não ca-racteriza abuso da Adminis-tração a redução de impos-to para determinado setoreconômico, por não se tra-tar de ato episódico do Po-der Público, mas, sim, de

ato complementar no plane-jamento governamental"

Aguardando parecerQuando o IBAM enviar o

parecer, as comissões reu-nidas da Câmara vão se ma-nifestar e encaminhar a vo-tação em plenário. Enquan-to isso, Ivone fica na expec-tativa. A assessoria jurídicada prefeita deu um parecerfavorável, entendendo queela não concorreu às elei-ções, nem apoiou direta-mente candidato algum. En-tretanto, diante da ativa açãodo Judiciário na gestão pú-blica, muitos vereadores te-mem responder processo. Orelator do projeto nas co-missões reunidas, vereadorHermógenes de Oliveira(PSC) solicitou o parecerdo IBAM para fundamentarse o projeto está ou nãodentro da legalidade.

Benefícios fiscais

O projeto estabelece oPrograma de RecuperaçãoFiscal do Município. O ob-jetivo é promover a regu-larização dos créditos tri-butários e créditos não tri-

butários de pessoas físicase jurídicas vencidos até 31de dezembro de 2015, ins-critos em dívida ativa, ajui-zados ou não, com exigibi-lidade suspensa ou não, parapagamento à vista. Prevêque empresas ou pessoasfísicas que aderirem aoRefis e fizerem pagamen-to em parcela única vão terbenefício de alguns des-contos das multas de mora,juros de mora e multa dedívida ativa.

O texto original previadescontos de 100% até odia 10 de novembro de2016; 90% até o dia 9 dedezembro de 2016 e 80%até o dia 20 de dezembro de2016. Com o atraso as da-tas podem ficar prejudica-das. Nesse sentido o verea-dor Luiz Queiroga (DEM)apresentou emenda alteran-do os prazos para descontode 100% até 2 de dezem-bro; 90% até o dia 9; 80%até o dia 20 de dezembro.No caso em que houver anecessidade de análise es-pecífica ou ainda, nos casosde reparcelamento que en-volvam rescisões de Ter-mos de Parcelamento, cujos

procedimentos demandemtempo de atendimento mai-or que o previsto, as solici-tações de pagamento pode-rão ser protocolizadas noProtocolo Geral do Muni-cípio.

A vereadora Anice Ga-zzaoui (PTN) também apre-sentou emendas sugerindoque caso o débito supere R$1 milhão, é facultado ao de-vedor pagar o valor exce-dente, mantidas tais redu-ções, em até 180 dias emparcelas iguais, mensais esucessivas, acrescidas decorreção monetária peloIPCA/IBGE. Em caso deatraso no pagamento dequalquer das parcelas, inci-dirão sobre o débito umamulta de 10% e juros adici-onais de 1% ao mês. O atra-so de três parcelas, conse-cutivas ou não, implicará narescisão do parcelamento.

A finalidade do projeto,conforme argumento doExecutivo é, principalmen-te, de incrementar a arreca-dação, uma vez que, de acor-do com a justificativa doprojeto, já se mostrou ins-trumento eficaz de recupe-ração de receitas.

Vereadores devem analisar o projeto só a partir da próxima semanaVereadores devem analisar o projeto só a partir da próxima semanaVereadores devem analisar o projeto só a partir da próxima semanaVereadores devem analisar o projeto só a partir da próxima semanaVereadores devem analisar o projeto só a partir da próxima semana

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Anice nunca fez parte da bancada doReni e isso está registrado desde 2013Enrique AllianaFotos: Arquivo

Na época vereadora anunciou publicamente suadesvinculação com as nomeações do governo ReniPOLÍTICA

A vereadora Anice Ga-zzaoui (PTN) não tem ne-nhum vínculo com cargos naadministração do prefeitoafastado Reni Pereira. Já em2013 ela anunciou publica-mente, na tribuna da Câma-ra, a dispensa de qualquernomeação. O fato está regis-trado na sessão do dia 10 desetembro de 2013, quandodeixou clara a total desvincu-lação política com a bancadade apoio ao prefeito.

A explanação da vereado-ra Anice ocorreu durante a dis-cussão de emendas que elaapresentou ao projeto de con-cessão de oito referências sa-lariais aos guardas municipais.Anice pediu a palavra e reba-teu o então líder do prefeito naCâmara, vereador Hermóge-nes de Oliveira (PSC), que li-derou os membros da banca-da governista para derrubar asemendas e ao mesmo tempotentar pressionar a vereadora.

Anice declarou na tribuna:"Fora do microfone o verea-dor Mogênio vem me dizeraqui que tenho seis cargos naprefeitura. Eu digo, se tem al-guém conhecido meu lá sópode ser por competência. Ese for por indicação minha,então que o prefeito exonereagora". A afirmação está re-

gistrada nos atos da sessão eem vídeo oficial gravado pelaCâmara.

As emendas de Anice ser-viriam para evitar a enrolaçãodo prefeito no pagamento dasreferências dos guardas mu-nicipais, tanto que com asemendas derrubadas, foi exa-tamente isso que aconteceu.Reni pagou quatro referênci-as e outras quatro estão pen-dentes. A vice, Ivone Barofal-di, assumiu o governo e nestemês declarou que não vaicumprir com as referenciaspendentes.

Quando a lei foi aprovada,o texto não garantiu quando oExecutivo deveria cumprir ospagamentos, apenas os anos.Sem as emendas também fi-cou em aberto a obrigação depagar porque só seria cumpri-do quando houvesse dotaçãoorçamentária para coberturada despesa.

Compromisso com apopulação

A postura da vereadoraAnice na Câmara sempre foide compromisso com a popu-lação, o que ela mesma fezquestão de ressaltar durante adiscussão. No caso em ques-tão, Anice defendeu os interes-ses dos guardas municipais emrelação a uma promessa doprefeito Reni Pereira, que naépoca de campanha eleitoral

prometeu aos Guardas Muni-cipais dez referências paraequiparação salarial. Apóseleito e assumir a prefeitura, elese reuniu novamente com osguardas, vereadores e repre-sentantes do Sindicato da ca-tegoria no Boolevard para de-bater o assunto e, devido à si-tuação financeira do município,acordou oito referências divi-didas em três anos.

No projeto encaminhado a

Câmara Municipal ficaramdefinidas duas referências noano de 2013, quatro no anode 2014 e mais duas no anode 2015, não mencionandodatas para o pagamento e in-cluindo que o pagamento se-ria efetuado em havendo do-tação financeira.

A primeira emenda de Ani-ce rejeitada na época por 8votos a 4, estabelecia os me-ses de março, abril, maio e

junho para pagamento das re-ferências de 2014 e os mesesde março e abril para 2015.E a segunda emenda rejeita-da por 9 votos a 4, pretendiaestabelecer que o pagamentodeveria ser feito mesmo sema dotação financeira.

As emendas foram rejeita-das mesmo com a pressão dedezenas de guardas queacompanharam a sessão naépoca.

Anice fez declaração pública sobre postura em nãoAnice fez declaração pública sobre postura em nãoAnice fez declaração pública sobre postura em nãoAnice fez declaração pública sobre postura em nãoAnice fez declaração pública sobre postura em nãoaceitar indicações de cargos na prefeituraaceitar indicações de cargos na prefeituraaceitar indicações de cargos na prefeituraaceitar indicações de cargos na prefeituraaceitar indicações de cargos na prefeitura

Em 2013 bancada do prefeito já era maioria esmagadoraEm 2013 bancada do prefeito já era maioria esmagadoraEm 2013 bancada do prefeito já era maioria esmagadoraEm 2013 bancada do prefeito já era maioria esmagadoraEm 2013 bancada do prefeito já era maioria esmagadorae Anice se posicionou como oposiçãoe Anice se posicionou como oposiçãoe Anice se posicionou como oposiçãoe Anice se posicionou como oposiçãoe Anice se posicionou como oposição

À época guardas fizeram pressão na Câmara emÀ época guardas fizeram pressão na Câmara emÀ época guardas fizeram pressão na Câmara emÀ época guardas fizeram pressão na Câmara emÀ época guardas fizeram pressão na Câmara emdefesa das emendas apresentadas por Anicedefesa das emendas apresentadas por Anicedefesa das emendas apresentadas por Anicedefesa das emendas apresentadas por Anicedefesa das emendas apresentadas por Anice

TTTTTribuna Pribuna Pribuna Pribuna Pribuna Popularopularopularopularopular12 22 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 201622 à 28 de novembro de 2016

A prefeitura diz que pre-parou um orçamento enxu-to e projetando déficit deR$ 46 milhões não conse-gue atender solicitações dealguns setores que cobramaumento dos valores. OExecutivo alega que alterarda forma como a ComissãoMista da Câmara desejaafetará programas comverbas pré-estabelecidas.As alegações foram feitasdurante reunião no Legis-lativo em que não houveentendimento entre as par-tes.

Participaram da reuniãona sala de comissões doLegislativo, a prefeita inte-rina Ivone Barofaldi; a As-sessora Especial de Gover-no, Arialba Freire; e o Di-retor de Gestão Orçamen-tária do Executivo, ErtonRené Neuhauss. A reuniãofoi chamada a partir da au-diência pública da propos-

Aumenta a polêmica sobre orçamentoDa RedaçãoFotos: Arquivo

Alguns setores pedem aumento de valores, mas prefeitura resiste alegando déficit para 2017POLÍTICA

ta de Lei OrçamentáriaAnual para 2017, oportuni-dade em que a sociedade eentidades presentes mos-traram insatisfação com oorçamento para o ano sub-sequente.

A Comissão Mista, for-mada pelos vereadores Dil-to Vitorassi (PV), PauloCesar Coquinho (SD) eHermógenes de Oliveira(PSC) está solicitando umanova reunião. Uma das pro-postas é a retirada do pro-jeto para adequações, masa prefeitura alega que nãohá esse tipo de previsão naLei Orgânica. O entendi-mento jurídico em relaçãoà Lei Orgânica é de que nãohá mais prazo. A Câmaratem até o dia 15 de dezem-bro para aprovar o projetode lei n°63/2016 da LOA.

Na audiência pública, apopulação fez vários ques-tionamentos ao orçamento."O presidente da Câmara,que devolve todo final deano cerca de R$ 5 milhões

Ivone foi chamada à reunião na Câmara de Vereadores para dar explicaçõesIvone foi chamada à reunião na Câmara de Vereadores para dar explicaçõesIvone foi chamada à reunião na Câmara de Vereadores para dar explicaçõesIvone foi chamada à reunião na Câmara de Vereadores para dar explicaçõesIvone foi chamada à reunião na Câmara de Vereadores para dar explicações

do orçamento da Câmara,resolveu se propor a fazerum orçamento mais enxu-to economizando na fonte.Entendemos que temos dedar uma resposta à socie-dade porque o dinheiro é

A prefeita disse que a peça orça-mentária é justa. "Estamos retoman-do os estudos referentes às secreta-rias e ao orçamento aplicado. Nãopodemos fazer o mesmo orçamentodo ano passado. Nesse orçamento ti-vemos de tirar de algumas pastas. Agente procurou fazer um estudo pro-fundo. Os compromissos desse or-çamento já estão todos inclusos e seeles tentarem mexer vão ver que o or-çamento está muito apertado", afir-mou Ivone.

Os cortes realizados em algumasáreas como Assistência Social, Tu-rismo, Educação e Esporte, foram osprincipais pontos de discussão dareunião. Erton, que coordena a equi-pe de elaboração do orçamento, dis-se que a comissão se manifestou su-gerindo que se fizesse alterações,porém, não há nada significativo paramexer. "Se a Comissão Mista se ma-

Orçamento apertado

muito escasso. A assistên-cia social no nosso modode entender é prioritária, aquestão dos programas emandamento da área do es-porte também não pode sermexida. O Fozhabita cortar

66% também é complicado.Há outros setores, no nos-so modo de entender que sepossa fazer esses cortes"destacou o Presidente daComissão Mista - VereadorDilto Vitorassi (PV).

nifestar formalmente, poderemos justi-ficar cada valor que lá está. Modificar oorçamento do Executivo como preten-dem, seria comprometer o custeio bá-sico de 2017. Não falamos em investi-mentos, apenas o custeio da máquina eos serviços básicos, como a dívida, porexemplo", esclareceu.

O diretor comentou também que o or-çamento tem algumas áreas deficitáriasque necessitam de atenção à partir de Ja-neiro. "Conforme audiência do Execu-tivo em 6 de outubro, temos um déficitde R$ 46 milhões. Para as alterações su-geridas, os questionamentos não são denatureza técnica e sim, de valores nasdiversas pastas. A alocação de valores ematividades diversas é de prerrogativa dochefe do executivo. Além disso não hou-ve prejuízo de nenhum programa emexecução. Todos os programas em exe-cução foram mantidos e com os valoresdeste ano", concluiu.Prefeita com sua equipe técnica anunciaram déficitPrefeita com sua equipe técnica anunciaram déficitPrefeita com sua equipe técnica anunciaram déficitPrefeita com sua equipe técnica anunciaram déficitPrefeita com sua equipe técnica anunciaram déficit

de R$ 46 milhões no orçamentode R$ 46 milhões no orçamentode R$ 46 milhões no orçamentode R$ 46 milhões no orçamentode R$ 46 milhões no orçamento

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Desvios foram comprovados pelas equipes técnicas que analisaram contratosda prefeitura em obras financiadas pelo governo do Estado

CGU envia à PF conclusões da auditoriaem contratos de R$ 96,7 mi na Pecúlio

POLÍTICA

Enrique AllianaFoto: Reprodução

O chefe da ControladoriaRegional da União no Estadodo Paraná, Moacir Rodriguesde Oliveira, encaminhou aodelegado da Polícia Federal,Fabio Seiji Tamura, o relató-rio final de operações especi-ais elaborado no âmbito daOperação Pecúlio. Os contra-tos periciados pela CGU so-mam R$ 96,7 milhões em re-cursos federais utilizados pelaprefeitura em obras de pavi-mentação e serviços em seto-res como segurança pública.Os desvios foram comprova-dos devendo servir como pro-vas no processo e para desen-cadear novos inquéritos e ope-rações.

A fiscalização teve comoobjetivo analisar a execução detrês contratos do PAC Pró-Transporte e um do Ministérioda Justiça para fins de amplia-ção do sistema de videomoni-toramento. Foram auditados ocontrato de R$ 68,22 milhõesassinado em 5 de maio de 2014para duplicação da AvenidaFelipe Wandscheer, aberturada Avenida Andradina e im-plantação das vias marginais daBR-277 para atender o siste-ma de transporte coletivo. Ou-tro de R$ 6,59 milhões assi-nado em 31 de março de 2014

para pavimentação poliédricaem diversos bairros.

O terceiro contrato é de17,9 milhões, também assina-do em 31 de março de 2014,para pavimentação asfálticaem diversos bairros. Para am-pliação do sistema de video-monotoramento foi assinadoum contrato de R$ 4 milhõesem 27 de dezembro de 2013."Os exames foram realizadosem estrita observância às nor-mas de fiscalização aplicáveisao Serviço Público Federal,tendo sido utilizadas, dentreoutras, técnicas de inspeçãofísica e registros fotográficos eanálise documental", consta norelatório da CGU.

As situações evidenciadasnos trabalhos de campo foramsegmentadas de acordo com acompetência de monitoramen-to a ser realizado pela Contro-ladoria-Geral da União. A pri-meira parte do relatório apre-senta "situações evidenciadasque, a princípio, demandarãoa adoção de medidas preven-tivas e corretivas dos gestores,visando à melhoria da execu-ção dos Programas de Gover-no ou à instauração da com-petente tomada de contas es-peciais, as quais serão moni-toradas pela ControladoriaGeral da União. Na segundaparte serão apresentadas assituações evidenciadas decor-rentes de levantamentos neces-

sários à adequada contextua-lização das constatações rela-tadas na primeira parte".

Muito dinheiro desviadoDurante os trabalhos de fis-

calização, "constataram-se di-versas falhas relativas à aplica-ção dos recursos federais exa-minados, sendo demonstradaspor Ministério e Programa deGoverno. Do montante fiscali-zado de R$ 96.718.028,00(noventa e seis milhões, sete-centos e dezoito mil e vinte eseis reais), foi identificado umpotencial prejuízo de R$4.996.321,44 (quatro milhões,novecentos e noventa e seis mil,

trezentos e vinte e um mil reais,e quarenta e quatro centavos)".

No contrato da duplicaçãoda Felipe Wandscheer e melho-rias de outras avenidas os téc-nicos da CGU constataram "su-perfaturamento de R$ 77,9 milpela execução de calçadas eciclovias executadas com es-pessura de concreto inferior ado projeto, implicando prejuí-zo potencial de R$ 3,7 mi-lhões".

No contrato da pavimenta-ção poliédrica a prefeituraatestou serviços que não foramrealizados "representando po-tencial superfaturamento".Além disso, verificou-se "su-

perfaturamento de R$ 47,1 milpela execução de calçadas deconcreto em espessura menorque o padrão de projeto, re-presentando um prejuízo po-tencial de R$ 1 milhão".

Quanto ao contrato de pa-vimentação asfáltica a audito-ria concluiu "potencial prejuí-zo de R$ 168,5 mil pela exe-cução de ciclovias com espes-sura de concreto e lastro infe-rior ao previsto no contrato".Já o contrato de ampliação dosistema de videomonitoramen-to a fiscalização da CGUapontou "indícios de conluio,simulação e direcionamento"da licitação.

Só das obras da Felipe Wandscheer e vias marginais da BRSó das obras da Felipe Wandscheer e vias marginais da BRSó das obras da Felipe Wandscheer e vias marginais da BRSó das obras da Felipe Wandscheer e vias marginais da BRSó das obras da Felipe Wandscheer e vias marginais da BRforam desviados R$ 3,7 milhõesforam desviados R$ 3,7 milhõesforam desviados R$ 3,7 milhõesforam desviados R$ 3,7 milhõesforam desviados R$ 3,7 milhões

Segundo a CGU, ampliação do sistema de videomonitoramento temSegundo a CGU, ampliação do sistema de videomonitoramento temSegundo a CGU, ampliação do sistema de videomonitoramento temSegundo a CGU, ampliação do sistema de videomonitoramento temSegundo a CGU, ampliação do sistema de videomonitoramento temindícios de conluio e direcionamento de licitaçãoindícios de conluio e direcionamento de licitaçãoindícios de conluio e direcionamento de licitaçãoindícios de conluio e direcionamento de licitaçãoindícios de conluio e direcionamento de licitação

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POLÍCIA

Da redaçãoFotos: Arquivo

Servidores estão indignados com descaso da administração Reni/Ivone

Guardas vão acampar na prefeituraEm estado de greve, os

guardas municipais e decidirammontar acampamento e promo-ver manifestações na frente daprefeitura. O movimento é portempo indeterminado, confor-me decidido em assembleia ge-ral na última sexta-feira (18).Outros vários protestos estãosendo programados.

O diretor do Sindicato dosServidores Municipais de Fozdo Iguaçu, Marcelo Arruda, in-formou que na quinta-feira (24)a mobilização será intensifica-da no acampamento em frenteà Prefeitura, onde a partir das8h ocorrem manifestações."Vamos montar acampamentoque pode durar um ou dois dias,como pode se estender até oNatal e o ano novo. Tudo vaidepender da categoria. O sin-dicato dará toda a estruturanecessária para que eles per-maneçam no local por tempoindeterminado", afirmou.

Prometeram e nãocumpriram

A categoria reivindica o pa-gamento das referências salari-ais aprovadas em 2013 na Pre-

feitura, o que foi promessa decampanha de Reni e Ivone. Naépoca, o prefeito Reni Pereirase comprometeu em reajustaros salários dos servidores em24%, sendo pagos em 8 parce-las de 3% até 2015. Porém, atéagora apenas 4 parcelas forampagas, o que equivale a 12%.

No dia 11 de novembroaconteceu uma reunião onde aprefeita disse que iria analisarcom a equipe técnica e voltariaa dialogar com a comissão.Ocorre que poucas horas de-pois, sem chamar a comissãopara a nova rodada de conver-sa, Ivone avisou pela imprensaque não iria pagar as referênci-as pendentes por falta de re-cursos.

Em documento assinado, aadministração alega, dentre ou-tras questões que no final dagestão o município possui diver-sos compromissos financeiros acumprir, atendendo a Lei deResponsabilidade Fiscal, e ain-da sugere que seja transferidaa reivindicação para a próximagestão.

Guardas não aceitam adesculpa

"Com essa justificativa apre-sentada pela administração de

que não tem recursos paraatender a reivindicação, a ca-tegoria elaborou um estudo elevou para a prefeita compro-vando que é possível sim pa-gar. Nós fizemos da mesma for-ma como foi feito o estudo parapagamento das referências aosprofessores, considerando o

número de servidores que seaposentaram", disse Eliane deOliveira Souza, representanteda comissão de negociação.

Marcelo Arruda alega en-tende que a justificativa da pre-feitura não é plausível, e infor-ma que o estado de greve serámantido até que o novo prefei-

to assuma o cargo. "A Prefei-tura alega que a folha de paga-mento está inchada, mas elesnão estão considerando as pes-soas que se aposentaram. Es-tão usando o dinheiro públicopara outra coisa. Entendemosque a justificativa foi fantasio-sa", desabafou.

Comando escala guardas sem

porte para cuidar da prainhaÉ incrível a forma amadora e infantil com

que estão tratando a Guarda Municipal nes-sa gestão de Reni Pereira e Ivone Barofaldi.Em mais um absurdo do comando, o Tribu-na Popular recebeu a denúncia de que guar-das municipais sem porte de arma por vári-os motivos foram escalados cuidar da prai-nha durante o período de interdição. Algunsentenderam o fato como uma brincadeira demau gosto.

Um dos guardas desabafou que devido agravidade da situação que a GM se encon-tra pede a colaboração de todos. "Quandoouvirem ou serem questionados o porquedesta manifestação digam que os guardas

estão com uma lei aprovada que lhes garante12% de reposição ( lei de 2013), e que nãolhes foi pago".

Também "estão com problemas estruturaiscomo falta de coletes balísticos (foram com-prados e a maioria devolvidos devido teremsido entregues de má qualidade); que as via-turas estão sucateadas; que não temos uni-formes que foram comprados foram devolvi-dos devido má qualidade; que das 121 câ-meras de monitoramento apenas 9 estão fun-cionando". Então, "não é só dinheiro é direi-to a dignidade dos servidores é o direito deprestar um bom atendimento aos munícipesque pagam nossos salários".

Protesto é devido a promessas não cumpridas de pagamento de referênciasProtesto é devido a promessas não cumpridas de pagamento de referênciasProtesto é devido a promessas não cumpridas de pagamento de referênciasProtesto é devido a promessas não cumpridas de pagamento de referênciasProtesto é devido a promessas não cumpridas de pagamento de referências

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Canarinho ficou com o segundo lugar; partida decisiva foidisputada ontem no Estádio Pedro BassoESPORTE

Três Lagoas conquista oCampeonato Amador de FozDa Assessoriacom DM Esportes

A equipe de Três Lagoasestá comemorando a conquis-ta do Campeonato Amador daprimeira divisão, competiçãooficial da Liga Iguaçuense deFutebol (LIF). O time do téc-nico Paulinho Ferreira levantoua taça ontem, 20, no início datarde, depois de empatar emum gol com o Canarinho empartida disputada no EstádioPedro Basso e assistida por umpúblico de mais de três mil tor-cedores. Por ter a melhor cam-panha do campeonato, a equi-pe de Três Lagoas, só preci-sava de um placar igual.

Zé Carlos marcou para otime campeão aos 5 minutos dejogo; Cirilo empatou para oCanarinho aos 7 minutos. Asduas equipes alternaram bonsmomentos. O Canarinho valo-rizou a conquista do adversá-rio. "Nos dois jogos que dispu-tamos com eles, empatamos, oque confirma que fizemos tam-bém um grande campeonato",argumentou Arif Osman, técni-co da equipe Amarela.

O Três Lagoas, além dePaulo Ferreira contou na co-missão técnica com o auxiliarAndré Garcia e com o prepa-rador físico, Eliseu Moura. Otime titular contou com os jo-gadores Dida; Diego Zóio,Willian Rigue, Marcão e Luan;Gleizer, Bahia e Roger; LéoBartollo, Cleitinho e Zé Car-los. No elenco também contou

com os atletass Batata, Lelo,Peterson, Alex Franco, Silmar,Jales, William PM, Branquinho,Sérgio Bonetti, Matheus Bo-netti, Jonas, Mirim e João Fá-bri. O time campeão

O Canarinho do treinadorArif Osman contou na comis-são com Giovani Pereira eHenrique "Sapinho" Sampaio. Aequipe começou a partida com:Bizu; Robinho, Marcelo Loko,Maurício e Esquerdinha; Cris-tiano Maracanã, Betão e Bráu-lio; Negreiros, Cirilo e DiegoSilva. Integraram o plantel osjogadores, Gabriel, Divino, Ra-fam, Elissonm, Baby, DarleiVidotti,Volnei, Felipe, Brito,Tatinha e Alex Verê.

O jogo contou com arbitra-gem de Elvio Legnani, auxilia-do pelos assistentes Luiz Soa-res e Avelino Gonçalves. Ra-fael Becker atuou como dele-

gado da LIF.

PremiaçãoAlém do campeão Três La-

goas e do vice Canarinho fo-ram premiados com troféus oUnião São Francisco, terceirocolocado e o artilheiro DiegoSilva do Canarinho, autor de12 gols. A solenidade de pre-miação contou com o presiden-te da Liga, Alekssandro Fo-gagnoli, diretor da LIF, SérgioMathias, diretor de arbitragemReinaldo Kolman, represen-tante da Itaipu e Itamed (pa-trocinadores), Gilmar Piolla erepresentante da RPC TV, Li-neu Saldanha.

A equipe de jornalismo daRPC (parceira da LIF no cam-peonato) também esteve pre-sente com o apresentador Ro-naldo Ragadali e os repórteresGilvan Valiatti e Grazi Batista

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