#palavradopresidente miguel torres na página sindical do diário de são paulo de hoje 11 de...

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Trabalho A Força Sindical e as demais Centrais desenvolveram uma série de ativida- des, em parceria com a prefeitura de São Paulo, dentro dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, campanha criada em 1991 por 23 femi- nistas de diferentes países reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), nos EUA. O objetivo é sensibilizar a comunidade internacional e denunciar as várias formas de violência praticadas contra as mulheres no mundo. Os 16 dias referem-se ao período de 25 de novembro a 10 de dezembro. “Durante este período, o foco é reforçar a luta para que acabemos com a violência contra as mulheres”, diz Maria Auxiliadora dos Santos, secretária nacional de Políticas para Mulheres da Força Sindical. As ati- vidades são realizadas em várias frentes. A técnica da subseção do Dieese (De- partamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Tami- res Silva, cita cláusulas negociadas nas Convenções Coletivas no Sistema de Acompanhamento das Contratações Coletivas do órgão. Por exemplo, o Sindicato dos Meta- lúrgicos de São Paulo conseguiu incluir na Convenção Coletiva assinada com o Sindipeças (Sindicato da Indústria de Componentes para Veículos Automoto- res) uma cláusula em que a empresa se compromete a oferecer, à empregada em situação de violência doméstica e familiar comprovada, trinta dias de licença remu- nerada, permitindo à empresa compen- sação posterior sem prejuízo das férias. No setor telefônico, as empresas abonam ausências por até três dias das empregadas vítimas de violência do- méstica mediante a apresentação de B.O. emitido pela autoridade compe- tente. Já na Convenção dos químicos, as empresas se comprometem a divulgar internamente campanhas e informati- vos sobre a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), ajudando no processo de conscientização visando coibir a vio- lência contra as mulheres. Publieditorial A proteção às mulheres consta de Convenções Coletivas de várias categorias Doze anos depois de a infla- ção atingir a casa dos dois dígitos (11,02% em novembro de 2003), o “Dragão” volta à cena, mostra suas garras e assusta a todos, em espe- cial as famílias de menor renda. Segundo dados divulgados pelo Índice Nacional de Preços ao Con- sumidor Amplo (IPCA), do IBGE, a taxa de inflação acumulada nos últimos doze meses, até novem- bro/2015, subiu para 10,48%, al- cançando os dois dígitos. Reforça- mos que havia doze anos que tal índice não era alcançado. Projeções de especialistas dão conta de que a inflação não deve permanecer por muito tempo nes- se nível. Para eles, a inflação fecha o ano em torno de 11%, mas no fim do primeiro trimestre de 2016, ou início do segundo, descerá para um dígito, mas ainda próximo dos dois. De acordo com o Dieese, em no- vembro o salário mínimo para uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.399,22, ou 4,31 vezes o valor atual, de R$ 788,00. Em novembro de 2014, o mínimo necessário era de R$ 2.923,22, ou 4,04 vezes o mínimo de então. Vale a pena lembrar que todo ín- dice inflacionário representa uma média, o que significa que alguns produtos, neste caso puxados principalmente pela alimentação e bebidas, além de serviços (a batata-inglesa, por exemplo, sal- tou para 27,46%, e a energia para 51,27%), ficaram muito mais caros do que outros. E, enquanto isto, as famílias mais pobres... Miguel Torres Presidente da Força Sindical E o “Dragão” retorna aos dois dígitos OPINIÃO Foto: Arquivo Força Sindical 16 DIAS DE ATIVISMO Para ampliar seu trabalho, a Central firmou parceria com a CTC, de Cuba Auxiliadora: “Nosso foco é acabar com a violência contra as mulheres” Foto: Arquivo Força Sindical Em 2015, a Força Sindical desenvolveu uma política de qualificação dos dirigentes sindicais nas cinco regiões do País. A Se- cretaria Nacional de Formação já formou dezesseis turmas, com a participação de 423 dirigentes de diferentes categorias. Eles estudaram temas como Revolução CURSO/ INTERCÂMBIO Industrial, papel do Sindicato e do líder sindical, negociação coletiva, política par- tidária, liderança, cidadania e oratória. Para ampliar seu trabalho, a Central fir- mou parceria com a CTC (Central de Tra- balhadores de Cuba) para intercâmbio de formação para dirigentes da Força Sindical em Havana. Segundo José Pereira dos Santos, se- cretário nacional de Formação da Central, a primeira atividade ocorreu entre 10 e 18 de novembro. “Foram quarenta horas de um aprendizado muito útil e de fraterna convivência com dirigentes preparados com elevada formação política e cultural”, disse Pereira. A luta para acabar com a violência contra mulheres Central intensifica formação de sindicalistas youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br SINDICALIZE-SE PARTICIPE DO SEU SINDICATO!

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Page 1: #PalavradoPresidente Miguel Torres na página sindical do Diário de São Paulo de hoje 11 de Dezembro

Trabalho

A Força Sindical e as demais Centrais desenvolveram uma série de ativida-

des, em parceria com a prefeitura de São Paulo, dentro dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, campanha criada em 1991 por 23 femi-nistas de diferentes países reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), nos EUA. O objetivo é sensibilizar a comunidade internacional e denunciar

as várias formas de violência praticadas contra as mulheres no mundo. Os 16 dias referem-se ao período de 25 de novembro a 10 de dezembro. “Durante este período, o foco é reforçar a luta para que acabemos com a violência contra as mulheres”, diz Maria Auxiliadora dos Santos, secretária nacional de Políticas para Mulheres da Força Sindical. As ati-vidades são realizadas em várias frentes.

A técnica da subseção do Dieese (De-partamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Tami-res Silva, cita cláusulas negociadas nas Convenções Coletivas no Sistema de Acompanhamento das Contratações Coletivas do órgão.

Por exemplo, o Sindicato dos Meta-lúrgicos de São Paulo conseguiu incluir na Convenção Coletiva assinada com

o Sindipeças (Sindicato da Indústria de Componentes para Veículos Automoto-res) uma cláusula em que a empresa se compromete a oferecer, à empregada em situação de violência doméstica e familiar comprovada, trinta dias de licença remu-nerada, permitindo à empresa compen-sação posterior sem prejuízo das férias.

No setor telefônico, as empresas abonam ausências por até três dias das empregadas vítimas de violência do-méstica mediante a apresentação de B.O. emitido pela autoridade compe-tente. Já na Convenção dos químicos, as empresas se comprometem a divulgar internamente campanhas e informati-vos sobre a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), ajudando no processo de conscientização visando coibir a vio-lência contra as mulheres.

Publieditorial

A proteção às mulheres consta de Convenções Coletivas de várias categorias

Doze anos depois de a infl a-ção atingir a casa dos dois dígitos (11,02% em novembro de 2003), o “Dragão” volta à cena, mostra suas garras e assusta a todos, em espe-cial as famílias de menor renda.

Segundo dados divulgados pelo Índice Nacional de Preços ao Con-sumidor Amplo (IPCA), do IBGE, a taxa de infl ação acumulada nos últimos doze meses, até novem-bro/2015, subiu para 10,48%, al-cançando os dois dígitos. Reforça-mos que havia doze anos que tal índice não era alcançado.

Projeções de especialistas dão conta de que a infl ação não deve permanecer por muito tempo nes-se nível. Para eles, a infl ação fecha o ano em torno de 11%, mas no fi m do primeiro trimestre de 2016, ou início do segundo, descerá para um dígito, mas ainda próximo dos dois. De acordo com o Dieese, em no-vembro o salário mínimo para uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.399,22, ou 4,31 vezes o valor atual, de R$ 788,00. Em novembro de 2014, o mínimo necessário era de R$ 2.923,22, ou 4,04 vezes o mínimo de então.

Vale a pena lembrar que todo ín-dice infl acionário representa uma média, o que signifi ca que alguns produtos, neste caso puxados principalmente pela alimentação e bebidas, além de serviços (a batata-inglesa, por exemplo, sal-tou para 27,46%, e a energia para 51,27%), fi caram muito mais caros do que outros.

E, enquanto isto, as famílias mais pobres...

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

E o “Dragão” retorna aos dois dígitos

OPINIÃO

Foto: Arquivo Força Sindical16 DIAS DE ATIVISMO

Para ampliar seu trabalho, a Central fi rmou parceria com a CTC, de Cuba

Auxiliadora: “Nosso foco é acabar com a violência contra as mulheres”

Foto

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ndica

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Em 2015, a Força Sindical desenvolveu uma política de qualifi cação dos dirigentes sindicais nas cinco regiões do País. A Se-cretaria Nacional de Formação já formou dezesseis turmas, com a participação de 423 dirigentes de diferentes categorias. Eles estudaram temas como Revolução

CURSO/INTERCÂMBIO

Industrial, papel do Sindicato e do líder sindical, negociação coletiva, política par-tidária, liderança, cidadania e oratória.

Para ampliar seu trabalho, a Central fi r-mou parceria com a CTC (Central de Tra-balhadores de Cuba) para intercâmbio de formação para dirigentes da Força Sindical em Havana.

Segundo José Pereira dos Santos, se-cretário nacional de Formação da Central, a primeira atividade ocorreu entre 10 e 18 de novembro. “Foram quarenta horas de um aprendizado muito útil e de fraterna convivência com dirigentes preparados com elevada formação política e cultural”, disse Pereira.

A luta para acabar com a violência contra mulheres

Central intensifica formação de sindicalistas

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