palestra sobre tintas

39
Prof. Damilson Santos UFERSA – Campus Angicos

Upload: damilson-santos

Post on 14-Jul-2016

13 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Palestra sobre Tintas

TRANSCRIPT

Page 1: Palestra Sobre Tintas

Prof. Damilson SantosUFERSA – Campus

Angicos

Page 2: Palestra Sobre Tintas

Podemos dizer que a história da tinta tem início na era glacial, quando o homem

desenhava em cavernas, fazia gravuras em rochas, usando óxidos de ferro naturais, cal,

carvão, e terra verde. Abaixo descrevemos sucintamente a contribuição de algumas

civilizações ou épocas no desenvolvimento das tintas, até os dias atuais:

Egípicios (8000 a 5800 a.C.):

•faziam pintura em paredes, sarcófagos e papiros manuscritos.

•usavam pigmentos naturais como por exemplo: ocres vermelho e amarelo. hematita, calcário

amarelo, ouro em folha, carvão, negro de fumo e gesso natural.

Período Clássico (séculos VI a IV a.C. - Gregos e Romanos)•uso de pigmentos artificiais. Ex: Chumbo branco, zarcão, óxido amarelo de chumbo, etc...

•uso de pigmentos orgânicos extraídos de madeiras, plantas e misturas com argila e mel.

•piches e ceras para vedação de navios.

•resinas e óleos como linimentos.

Page 3: Palestra Sobre Tintas

Oriente:•persas: uso da goma arábica.

•chineses: uso cola fraca.

•Índia: uso de lápis de cor feitos com arroz cozido.

•China e Japão: uso de pigmentos como azurita, azul ultramarino, pó de ouro e outros

extraídos de plantas.

Índios:•uso de pigmentos. Ex:

•negros: carvão vegetal, negro de fumo natural, grafite, lignita em pó

•brancos: diatomita retirada de fundos de lagos e ossos calcinados.

• ovos de salmão e óleo de peixe com ligantes.

•uso de pinceis feitos de plumagem de pássaros (Maias)

•pinturas com excelente durabilidade.

Europa Medieval:•médico e escritor “Aetius” sugere o uso de oleo na preparação de vernizes (século IV)

•uso de cera e cola: bom para revestimentos (manuscritos de Lucas)

•século XI: verniz óleo-resinoso, obtido através do cozimento de resina natural e óleo de

linhaça, descrito pelo monge “Teophilus”.

Page 4: Palestra Sobre Tintas

Revolução Industrial• 1773: “Watin” descreve a indústria de tintas e vernizes como a conhecemos hoje.

• Fermentação de resinas e óleos para purificação

• Diluente terpeno

• Dispersão de pigmentos com uma pedra grande e cilindrica

• Primeiras fábricas de vernizes:

• 1790 – Inglaterra

• 1820 – França

• 1830 – Alemanha

• 1843 – Áustria

Século XX• Novos pigmentos sintéticos

• Melhoria dos óleos secativos, resinas celulósicas e sintéticas

• Emulsões aquosas e tintas com base em soluções aquosas

• Novos tipos de revestimentos orgânicos com o desenvolvimento de novas resinas.

• Enfim, houve neste século um impacto científico e tecnológico muito grande que permitiu

a diversidade e a complexidade dos tipos de tintas que temos hoje.

Page 5: Palestra Sobre Tintas

DEFINIÇÃO

TINTAS são misturas de um ou vários pigmentos em uma ou mais resinas (sólidas

ou líquidas), que quando aplicadas sobre um substrato, tem a capacidade de formar um

filme opaco (brilhante ou fosco) que adere ao mesmo, conferindo-lhe cor, beleza e

proteção.

VERNIZES são misturas de resinas (sólidas ou líquidas), que quando aplicados

sobre um substrato, tem a capacidade de formar um filme transparente (não

necessariamente incolor) que adere ao mesmo, conferindo-lhe beleza e proteção.

Page 6: Palestra Sobre Tintas

As tintas foram primeiramente utilizadas para melhorar a estética

dos lugares. Posteriormente, começou a ajudar a prevenir

desgastes. Hoje em dia, ambientes pintados têm até um aspecto de

higiene e conservação, fundamentais para o bem estar das pessoas

que habitam ou frequentam o local.

Page 7: Palestra Sobre Tintas

As tintas são compostas por Resinas, Pigmentos, Solventes, Cargas minerais e Componentes de funções diversas.

As Resinas são as principais responsáveis pela qualidade do filme: resistência às intempéries, química e mecânica.

Os Pigmentos são responsáveis pela cor e em alguns casos auxiliam na proteção anticorrosiva.

Os Solventes são responsáveis pela fluidez da tinta e portanto por sua aplicabilidade.

Os Componentes de funções diversas proporcionam características que somente com resinas, pigmentos e solventes não são possíveis de serem conseguidas.

Page 8: Palestra Sobre Tintas
Page 9: Palestra Sobre Tintas
Page 10: Palestra Sobre Tintas

http://www.ebah.com.br/content/ABAAABRRwAA/seminario-tintas-correlatos-andreia-fonseca

Page 11: Palestra Sobre Tintas

Processos Os processos de fabricação de tintas dependem muito do tipo de formulação que

se faz, de acordo com o produto desejado. Para uma formulação adequada, deve-

se:

*Selecionar as resinas, de forma a ter-se as propriedades adequadas;

*Selecionar os solventes, próprios tanto para as resinas, quanto para os demais

componentes da tinta, bem como nas propriedades finais do produto para

aplicação;

*Selecionar os pigmentos e cargas, de acordo com o acabamento que se deseja.

 

Page 12: Palestra Sobre Tintas

Os processos devem levar em conta a reologia (deformação e fluxo de massa) da

tinta, que, sendo um material composto, não tem o comportamento de materiais

puros.

A reologia da tinta é o que confere seu comportamento desde a fabricação até a hora

de aplicar.

A fabricação consiste em uma pré-mistura, seguida de dispersão das cargas,

homogeneização em moinho, completagem dos demais componentes e filtragem.

Page 13: Palestra Sobre Tintas

A propriedade fundamental da tinta é a tixotropia. Quando parada, a tinta tem

viscosidade alta e quando movimentamos, sua viscosidade  vai diminuindo,

facilitando a aplicação. Isto resulta em facilidade de espalhamento da tinta quando

usamos o pincel ou rolo e, quando paramos o movimento, a tinta aumenta sua

viscosidade e repousa sobre a superfície.

Depois de aplicada a tinta sobre a superfície, o solvente evapora e a resina forma

um filme plástico que manterá as cargas e pigmentos unidos, protegendo e

embelezando a superfície.

Page 14: Palestra Sobre Tintas

http://www.moinhopiramide.com.br/moagem/como-reduzir-custos/processo-de-producao-de-tinta/

Fonte

Page 15: Palestra Sobre Tintas
Page 16: Palestra Sobre Tintas

FissuraDesagregamentoEflorescência Bolhas

Principais ocorrência de defeitos

Page 17: Palestra Sobre Tintas

Aplicação: Pintura de Peças para Motos(Moto Honda da Amazônia)

Page 18: Palestra Sobre Tintas

FLUXO DO PROCESSO DE LIMPEZA DO BANHO

DESENGRAXANTE

ÁGUAQUENT..

1° TANQ. DELAVAGEM

2° TANQ. DELAVAGEM

3° TANQ. DELAVAGEM

ANTI-ESTÁTICO

VÁLVULA

Page 19: Palestra Sobre Tintas

CARREGAMENTO PRÉ TRATAMENTO SECAGEM DE ÁGUA

CABINE DE BASE SECAGEM DE TINTA

CABINE LIQUIDO CONDUTIVO

CABINE DE ACABAMENTO INSPEÇÃO

FLUXO DO PROCESSO DE PINTURA DE PEÇAS PLÁSTICAS

APÓS FEITA O PROCESSO DE LAVAGEM DAS PEÇAS, AS MESMAS SEGUEM PARA SECAGEM E, EM SEGUIDA, PARA O PROCESSO DE PINTURA

1 2 3 4

5 6 7 8

Page 20: Palestra Sobre Tintas

2 13456

1- Tanque de Água Quente;2- Desengraxante;3,4,5- Águas de Lavagem6- Anti-Estático

Page 21: Palestra Sobre Tintas

PEÇA SURFCLEANER ÒLEO

MECANISMO DE FUNCIONAMENTO DO DESENGRAXANTE

DESENGRAXANTE + ÁGUA SÃO APLICADOS À SUPERFICIE DA

PEÇA.

O DESENGRAXANTE APROXIMA-SE DO ÓLEO E FINCA SUA PARTE HIDROFIBICA NA GOTICULA DO

ÓLEO.

O DESENGRAXANTE DESPRENDE O ÓLEO DA SUPERFICIE.

LEGENDA:

Page 22: Palestra Sobre Tintas

CLASSIFICAÇÃO

Nº de componentes

APLICAÇÃODILUIÇÃO

MONOCOMPONENTE

TINTA

BICOMPONENTE

DILUIÇÃOTINTA CATALISADOR

Page 23: Palestra Sobre Tintas

TREINAMENTO DE PINTURA PINTURA CONTROLE II

APLICAÇÃO

ABSClassificação por Sistema

APLICAÇÃO

Fatores que influenciam na aplicação

E S M A L T E

M O N O C A M A D A

D U P L A C A M A D A

V E R N I Z I N C O L O R ( C L E A R C O A T )

B A S E C O A T B A S E C O A T

V E R N I Z C A N D Y ( C L E A R CO A T )

METÁLICO CANDY

LISO / SÓLIDO

P R I M E R

SUBSTRATO

Page 24: Palestra Sobre Tintas

TREINAMENTO DE PINTURA PINTURA CONTROLE II

APLICAÇÃO

ABSFatores que influenciam na aplicação

APLICAÇÃO

Funcionamento

Fluxo de tinta

Fluxo de ar

Obs: O “ar de leque” não é um fator de atomização, mais sim um meio de impulsionar e direcionar a tinta !!!!

Tinta

Ar Tinta é direcionada

Page 25: Palestra Sobre Tintas

TREINAMENTO DE PINTURA PINTURA CONTROLE II

APLICAÇÃO

ABSFatores que influenciam na aplicação

APLICAÇÃO

Fatores que influenciam na aplicação

Problemas Causas Soluções - Insuficiência de vazão do fluido - Ajustar vazão ou encher

reservatório - Perda de fluido no bico ou dano

na borracha de vedação do bico - Apertar bico ou trocar o bico e a agulha

- Sujeira entre bico, vedação e corpo da pistola - Limpar

- Conexões (roscas) frouxas ou trincadas

- Apertar ou trocar conexões (roscas)

- Cano de sucção solto (tanque ou caneca da pistola) - Apertar

- Agulha frouxa, sem lubrificação ou desgastada permitindo entrada de ar na passagem da tinta

- Apertar, Lubrificar ou trocar as peças conforme o caso

- Orífícios da capa de ar parcial- mente obstruidos , alterando o formato do leque

- Limpe com algo suave (fio de plástico) ou submergir em solvente adequado s secar/limpar

-

- Danos nos orifícios do bico e da capa de ar - Trocar partes danificadas Leque deformado 1

Problemas no Spray

Page 26: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Fatores que influenciam na aplicação

A distancia oferece uma boa aplicação

. Leque maior

. Reduz eficiência de transferência

. Menor espessura do filme de tinta

. Over spray e rechupado

. Perda de brilho e aspecto do acabamento – casca de laranja

. Maior espessura do filme de tinta:

. Escorrimento e fervura

. Manchas e divergência de cor

Distancia do leque

d= 25-30cm

Correto

d= menor 25 cm

d= maior 30 cm

NG

NG

OK

Page 27: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Fatores que influenciam na aplicação

fluxo de ar da cabine está acima do adequado:. Camadas de tinta não uniformes. Necessário aumentar o ar de leque para tentar manter o padrão de leque. Necessário aumentar a pressão da tinta (vazão).

fluxo de ar da cabine está abaixo do adequado:. O acúmulo de “over spray” causa perda de eficiência de transferência . Aumenta o nível de sujeira . Aumenta risco à saúde

Abaixo do adequado

Acima do adequado !!!

Fluxo de ar das Cabines

Page 28: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Fatores que influenciam na aplicação

. Casca de laranja

. Over spray

. Divergência de cor e manchas

. Escorrido

. Rechupado (Candy / Metálico)

. Mancha

. Escorrido

. Fervura

. Baixa dureza

. Rechupado (Candy / Metálico)

Baixa – alta espessura Alta – baixa espessura

Pressão de ar da pistola

Obs.: Padrão: 0,4 ~ 0,6 Mpa para as pistolas manuais 0,12 ~ 0,22 Mpa para as pistolas eletrostáticas

Page 29: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Fatores que influenciam na aplicação

Vazão de tinta

. Casca de laranja

. Over spray”

. Falta de cor

. Manchas

. Escorrimento

. Fervura

. Rechupado (Candy / Metálico)

. Manchas

. Alteração da cor

Alta – alta espessuraBaixa – baixa espessura

Obs.: Não existe padrão para vazão, Porém cada pintor deve verificar seu nível de Vazão e altera-lo de acordo com cada peça que irá pintar evitando o excesso ou falta de tinta.

Page 30: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Fatores que influenciam na aplicação

Distancia da Pistola

. Escorrimento .

. Fervura

. Manchas

. Divergência de tonalidade

. Over spray

. Reduz eficiência de transferência

. Over spray

. Perda de brilho (no acabamento)

. casca de laranja

. Rechupado

Menor que 25 cm alta espessura da tinta

Maior que 30 cm Baixa espessura da tinta

Obs.: Padrão 25cm ~ 30cm

Page 31: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Conceito, parâmetros e problemas

Viscosidade

Mede o grau de fluidez da tinta, a viscosidade pode variar segundo sua característica (sólidos, metálicos, candy).

1 - Quando a base superior do viscosímetro é retirada da tinta aciona-se o cronômetro que nesse momento está em zero.

2 - Observar quando na base inferior do viscosímetro (visão lateral) sair o último filet de tinta apertar simultaneamente (o máximo que puder) o cronômetro parando sua contagem.

3 - Os resultados mostrados no cronômetro é a viscosidade apresentada naquela tinta.

Como se mede a viscosidade:

Page 32: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Conceito, parâmetros e problemas

CrateraÉ a formação de uma pequena depressão arredondada sobre a superfície pintada. Essas depressões frequentemente apresentam gotículas ou traços de materiais no seu centro.

. Partícula do ar

. Partícula presente na tinta

. Vapor condensado

. Sujeira

. Over spray

. Silicone, etc...

Corte Lateral

Vista de Cima

Substrato

Contaminante Filme da tinta

Causas

Page 33: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Conceito, parâmetros e problemas

Fervura

É resultante da rápida evaporação dos solventes durante a operação de cura do filme.

. Excesso de espessura do filme

. Condições de aplicação: .subida de temperatura (estufa) muito

rápida . Pouco tempo de “flash off” . Temperatura de cabine alto ou baixo . Temperatura de flash off alto ou

baixo . Fluxo de ar da cabine baixo . U.R da cabine baixa.Produto com taxa de evaporação alta

(solventes leves)

Principais causas

Substrato

Flash off Estufa

FERVURAS

Filme de tinta

Evaporação

Page 34: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Quanto a forma

Devido aos diversos formatos e tamanho de peças que a pintura abs trabalha, torna-se difícil criar um método de aplicação para cada item, levando em conta a velocidade de linha e as variadas viscosidades e quantidade de tintas processadas. Porém existe alguns vícius relacionados à aplicação que podem ser corrigidos e uma vez executados poderão gerar melhor aproveitamento das peças após a pintura.

Fluxo do processo de aplicação de tinta

Grande parte da rejeição interna está centralizada na cabine de pintura precisamente relacionada com a forma no qual realiza o processo de aplicação de tinta resultando em peças com casca de laranja/ pouca tinta / escorrido etc...

Primer Manual AcabamentoReciprocadorAlgumas peças

Page 35: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Quanto a forma

Pintura ABSAplicação de Primer

de forma PARCIAL / TOTAL

O lixamento deixa na maioria das vezes marcas de lixa / baixo relevo nos pontos onde ocorreu a rejeição anterior, o primer retira-as essas falhas fazendo com que não apareça na tinta posterior.

A aplicação do primer cinza localizado isola a área recuperada escondendo o defeito, porém os outros pontos onde a aplicação do primer é parcial ocorre o mesmo risco da aplicação parcial do moldado (DESPLACAMENTO).

A aplicação do primer cinza de forma total na peça não oferece o risco de desplacamento devido a uniformidade do mesmo sobre o material sem deixar pontos isolados (sem primer).

Total

OKNG

Parcial

Page 36: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Quanto a forma

Manual

Abertura de

leque

A abertura do leque maior que a largura da peça:. causa over spray

A abertura do leque menor que a largura da peça:. Pouca tinta. Casca de laranja

Causas

. Over spray

. Pouca tinta

. Casca de laranja

. Baixa dureza do filme

Aplicaçãorápida em toda peça

Causas

Page 37: Palestra Sobre Tintas

APLICAÇÃO

Quanto a forma

Manual

tico-tico / mata mosca

.Pouca tinta

.Over spray

.Casca de laranja

.Divergência de tonalidade

.Manchado (no caso do candy)

.Rechupado (no caso do candy)

Causas

Page 38: Palestra Sobre Tintas

FIMGAME OVER

THE ENDZÉ FINÍ

ACABÔ!!!

Page 39: Palestra Sobre Tintas