panorama da logÍstica no brasil - valor econômico · 2018-11-28 · logÍstica no brasil pedro...
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WORKSHOP FINANCIAMENTO À INOVAÇÃO: TRANSPORTE E LOGÍSTICA
PANORAMA DA
LOGÍSTICA NO BRASIL
Pedro Moreira – Presidente da ABRALOG (Associação Brasileira de Logística)
São Paulo, 03 de outubro de 2013.
AGENDA 1. ABRALOG
2. INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
3. INVESTIMENTOS
4. IMPACTO DA INFRAESTRUTURA NAS CADEIAS PRODUTIVAS
5. EXPECTATIVAS DO MERCADO
6. LOGÍSTICA E GOVERNO FEDERAL
7. LOGÍSTICA NAS ORGANIZAÇÕES
8. INOVAÇÃO EM LOGÍSTICA
ABRALOG VISÃO Ser Referência Nacional em Logística, visando a disseminação contínua do conhecimento, de suas tendências e das melhores práticas, além de contribuir ativamente para a integração plena das diversas cadeias de valor. MISSÃO • Promover o desenvolvimento da Logística aumentando sua representatividade; • Buscar a valorização contínua do Profissional de Logística; • Participar das questões logísticas nacionais relacionadas à infraestrutura, regulamentações, marcos regulatórios, entre outras; • Fomentar oportunidades de mercado e alianças para seus associados; • Desenvolver estudos técnicos, padronizar e normatizar produtos e serviços; • Fortalecer o relacionamento com entidades afins. VALORES • Agir com ética, integridade e respeito; • Buscar a excelência nos resultados em todas as atividades desenvolvidas; • Estimular a multiplicação do conhecimento relacionado à Logística; • Reconhecer e valorizar aqueles que participam e apoiam a entidade; • Promover o desenvolvimento sustentado perante seus públicos de relacionamento.
ABRALOG E SEUS VÉRTICES
Instituições
Governamentais
Comunidade
Associados Entidades
Construir uma base
sólida de associados,
atendendo suas
demandas e ampliando a
representatividade das
Comunidades Logística
Brasileira e
Latino Americana.
Expandir o
relacionamento com
entidades afins e unir
forças na condução
de ações e causas de
interesse comum.
Participar ativamente
das questões
nacionais, como a
valorização do
profissional de
logística, infraestrutura,
regulamentações,
entre outras.
Estar sempre
atenta à comunidade,
notadamente
em relação ao meio
ambiente,
sustentabilidade e
empregabilidade.
Infraestrutura de Transportes: Diagnóstico
Desequilíbrio da matriz de transportes
Deterioração da infraestrutura
Deficiência na regulação do setor
Déficit nos investimentos
Demora no processo de licenciamento ambiental
6
Fonte: World FactBook e World Bank
Area
(million km²)
Road (Paved)
(1.000 km)
Rail
(1.000 km)
Pipeline
(1.000 km)
Waterway
(1.000 km)
BRAZIL 8,5 196 29 19 14 CHINA 9,3 1.576 77 58 110 INDIA 3,0 1.569 63 23 15 RUSSIA 17,0 755 87 247 102 USA 9,1 4.210 227 793 41 CANADA 9,0 416 47 99 0,6
Infraestrutura de Transporte e Modais
Brasil investe pouco em infraestrutura
O país investe cerca de
R$ 81 bilhões/ano.
Deveria investir no mínimo 5% do PIB
7,3%
6,2%5,6%
2,1%
China Chile Índia Brasil
Investimento em Infraestrutura
% do PIB(média 2000-2010)
Fonte: CASTELAR, Armando ."Desafios e oportunidades na infraestrutura" (2011).
Os investimentos em transportes caíram de 1.82% do PIB, em 1975, para 0.32% em 2011
,000
,200
,400
,600
,800
1,000
1,200
1,400
1,600
1,800
2,000
75 77 79 81 83 85 87 89 91 93 95 97 99 01 03 05 07 09 11
Investimentos do Ministério dos Transportes/PIB (%)%PIB
Ano
Posicionamento
• A competitividade logística do Brasil segue estagnada:
– Brasil no ranking do Banco Mundial:
4541
61
2012 2010 2007
46
37
49
2012 2010 2007
Desempenho logístico Infraestrutura
A qualidade da infraestrutura e o investimento produtivo
• A má qualidade da infraestrutura nacional vem afetando o crescimento e o perfil da indústria e, sobretudo, a competitividade da economia:
• aumenta custos e incertezas;
• reduz a taxa de retorno dos investimentos produtivos.
• A Indústria necessita de sistemas integrados de transportes e sistemas logísticos eficazes.
Logística - Carga Extra
• 1.0% do faturamento das empresas industriais é gasto devido à deficiente infraestrutura logística do país;
• Essa carga extra para a cadeia produtiva – na forma de custos com logística – é da ordem de R$17.1 bilhões anuais, sendo: • R$10.2 bilhões referentes a custos com transporte; • R$6.2 bilhões a custos com manutenção de frota; • R$675 milhões a armazenamento de mercadorias devido a
atrasos e esperas.
Fonte: FIESP/DECOMTEC 2012
Infraestrutura: o efeito dominó entre os elos da cadeia de suprimento
Infraestrutura deficiente gera ciclos longos os quais estimulam maiores custos com transportes e estoques para evitar desabastecimento no ponto de venda ou nos fluxos de exportação;
Custo Logístico Brasileiro: 12.8% do PIB:
Estados Unidos: 8.2% do PIB; Europa: próximo de 9.0% do PIB.
Fonte: Ilos
Expectativas do Mercado 1. Incremento do nível do serviço de transportes;
2. Expansão da malha ferroviária, deteriorada durante o período de monopólio público;
3. Acessibilidade aos Portos;
4. Aumento da capacidade e da eficiência dos terminais portuários;
5. Expansão do sistema de armazenamento, inclusive para fins de regulação de estoque;
6. Expansão das atividades Hidroviárias e Dutoviárias (para o álcool, principalmente);
7. Balanceamento da matriz de transportes;
8. Equilíbrio quando da avaliação dos impactos ambientais decorrentes de intervenções
logísticas;
9. Consolidação do modelo multimodal de transportes;
10. Plataformas logísticas.
Multimodalidade - a logística como instrumento estratégico
Implantação da Multimodalidade,
transferindo carga da rodovia para os demais
modais.
Competitividade na origem +
Logística (combinação dos modos de transportes) =
Competitividade no destino
Plataformas Logísticas: base para Multimodalidade
Modelo
Hub & Spokes
Substituir o modelo fragmentado por configurações do tipo hubs, onde cada hub é uma plataforma logística.
Permite a concentração de fluxos;
Se for provido de terminais multimodais poderá ensejar a transferência de cargas para vagões ferroviários ou para a hidrovia, que realizarão o transporte nas “pernas” mais extensas que ligam os hubs.
Modelo
Fragmentado
Plataformas Logísticas
S. B. CAMPO
Mairinque
Amador Bueno
Paratinga
Evangelista de
Souza
Paranapiacaba
Eng. Manuel Feio
Calmon Viana
Perequê
Rio Grande da Serra
Campo
Limpo
Plataforma Logística
Fonte: Secretaria de Logística e
Transporte do Estado de São
Paulo
Integração: Rodoanel – Ferroanel – Hidroanel – Plataformas Logísticas
Plataformas Logísticas
Agosto de 2012: O Governo Federal lança o Programa de Investimentos em Logística (PIL)
Governo dá demonstrações que quer encarar de frente o problema da infraestrutura do país;
Quer aumentar a participação do setor privado na realização dos novos investimentos para assegurar a execução das obras;
Cria a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) para racionalizar e priorizar o uso dos recursos disponíveis.
Programa de Investimentos em Logística
Investimentos previstos na ordem de R$212 bilhões:
PAC : o volume de recursos autorizados no Orçamento Geral da União aumentou, mas sua execução não alcançou o montante e a velocidade esperados.
8
5 5
9 9
1513
15
18 18 18
21
23 3
4
2
5
76
1
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012*
Investimentos do Ministério dos Transportes em Valores Constantes
R$ bilhão
Orçamento Autorizado Valor Pago do Orçamento* Até 31 de julho de 2012.
Fonte: Elaboração própria com dados do Siafi.
Há problemas na gestão e na execução
do programa
BRASIL: A LOGÍSTICA NAS ORGANIZAÇÕES ESTRATÉGIA VOLTADA PARA A EXCELÊNCIA OPERACIONAL
Variáveis EXCELÊNCIA OPERACIONAL
Proposição de Valor Pedido Perfeito dentro do Menor Custo
Logístico Total
Lei de Ouro Consistência, Padronização, Foco
A variedade, a diversificação matam a eficiência
Processos Chave Operações
Gestão de Custo Logístico
Gestão do Tempo
Tecnologia, Colaboração, Terceirização
Logística Reversa e Sustentabilidade
Gestão de Pessoas
Alavancas Melhoria e Desenvolvimento Contínuos =>
Inteligência e Conhecimento do Negócio
Soluções devem ser “evolutivas” mais que “revolucionárias”;
Concepção de produtos, embalagens e unitização de cargas (paletização) integrados a cadeia de suprimento;
Layout e fluxo de materiais;
Sistemas de movimentação e armazenagem de materiais;
Atenção para o baixo investimento alocado das organizações a equipamentos de M&A, hardware e software;
Há oferta de fornecedores e tecnologias confiáveis no mercado brasileiro.
OPERAÇÕES
TECNOLOGIA APLICADA A LOGÍSTICA
Tecnologia é um meio e não um fim para obter melhoria de um processo; Antes da implantação de qualquer tecnologia é
imperativo mapear e entender todo o processo atual;
Formula-se o processo ideal, aplica-se a tecnologia ou as tecnologias onde for viável;
Pressupõe ainda: mudança de comportamento e ajustes de cultura;
treinamento e capacitação de colaboradores;
plano de implantação concreto: pé no chão e exequível.
Estar atento as evoluções e inovações:
RFID, Picking by Voice, to Light, etc.;
E-Procurement;
Planejamento de Demanda;
Forecasting;
Planejamento e Gestão de Inventário;
Sistemas de Gestão de Transportes (TMS);
Sistemas de Gerenciamento de Depósitos (WMS);
Planejamento de Rede de Distribuição;
Entre outras.
TECNOLOGIA APLICADA A LOGÍSTICA
É um processo em franco crescimento na Logística;
Exemplos: movimentação, armazenagem, preparação de pedidos, transporte, industrialização, gestão e locação de paletes e contentores entre outras atividades;
Atenção para o surgimento de empresas que se intitulam operadores logísticos oferecendo serviços ineficientes a preços baixos.
TERCERIZAÇÃO EM LOGÍSTICA
OPERADORES LOGÍSTICOS
Em torno de 200 empresas;
Setor movimenta próximo de R$70 bilhões/ano;
Emprega em torno de 900mil funcionários;
Atende uma carteira de cerca de 35 mil clientes;
Estima-se que setor detém 12 milhões de m² de armazenagem;
O setor detém acima de mil armazéns próprios.
Fontes: Censo Anual de Operadores Logísticos Revista Tecnologística e projeções internas da ABRALOG suportado pelos seus associados do setor;
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Razões estratégicas: Melhorar o foco no negócio;
Reduzir riscos de investimentos;
Liberar recursos para outras finalidades;
Penetrar em novas regiões e mercados, etc.
Razões táticas: Reduzir e controlar os custos da operação;
Compensar a escassez de recursos internos;
Melhorar a gestão das funções e atividades complexas ou fora de controle;
Ter acesso a novas tecnologias e soluções inovadoras; etc.
TERCERIZAÇÃO EM LOGÍSTICA
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....PARA REFLETIR! Pesquisa realizada com empresas americanas
(Shuma e Twombly) mostra que 70% das parcerias e alianças, falham, principalmente, por:
Relacionamento deficiente,
Falta de confiança entre as partes envolvidas,
Contratos mal formulados;
Problemas legais.
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Aspectos importantes na seleção de provedor logístico:
Custos, Serviços e Produtos Oferecidos;
Qualidade, Criatividade e Inovação;
Recursos Humanos Qualificados;
Conhecimento, Tecnologia e Processos Logísticos;
Habilidade em Ampliar e Desenvolver TI;
Habilidade e Rapidez em se Ajustar a Sazonalidades e a Novas Operações;
Assessoria Jurídica/Tributária;
Facilidade de Integração às Culturas das Empresas.
TERCERIZAÇÃO EM LOGÍSTICA
INOVAÇÃO EM LOGÍSTICA
“O conhecimento e a habilidade humana não tem qualquer valor organizacional até que sejam aplicados para uma solução de negócios”, Fitz-enz (2000).
O setor de logística precisa incorporar a dinâmica da Inovação em suas atividades....
.....há inúmeras oportunidades!
OBRIGADO!
ABRALOG – Associação Brasileira de Logística
Tel: (11) 3668-5513
www.abralog.com.br
Pedro Moreira
Presidente
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