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  • 8/6/2019 Paper Experiential Marketing - Customer Experience Management

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    Permitida a divulgao deste artigo. (2011) 0

    From CRM to CEM & CMR

    Miguel Alvadia Amaral N. 9022

    ExperientialMarketing

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    Permitida a divulgao deste artigo. (2011) 0

    Introduo

    O presente artigo procura reflectir sobre o papel, o impacto, ascondicionantes, bem como a aplicabilidade e o retorno possvel da

    adopo de uma estratgia de marketing experiencial

    estabelecendo como ponto de partida o cliente e a sua relao com

    as Marcas. Esta relao, por no ser muitas vezes procurada pelo

    cliente, leva a que as empresas e as Marcas tenham a necessidade

    de criar as condies necessrias para que esse primeiro ponto de

    contacto se estabelea e juntos caminhem na construo do valor

    da Marca. Assim, percorrem-se os principais modelos de

    enquadramento desta estratgia, e as principais tendncias que

    potenciam e suportam a sua constituio como a soluo vivel

    para um mercado em queda, bem como o papel determinante do

    cliente em todo o desenvolvimento da estratgia de marketing.

    Palavras Chave:

    Experincias; Brand Experiences; Valor; Trends; CMR (Customer

    Managed Relationships); CEM (Customer Experience

    Management); CRM (Customer Relationship Management).

    Antecedentes Histricos

    O Marketing surgiu como resposta necessidade de marcardeterminado objecto, tornando-o distinto dos demais. Porm, este

    tem vindo a acrescentar captulos sua histria decorrente quer da

    evoluo do ser humano e do seu comportamento em sociedade

    quer da evoluo da prpria sociedade em si e com isto dos

    mercados de consumo. Estar em sociedade implica o

    estabelecimento de relaes interpessoais e de trocas com

    explcitas ou implcitas interpretaes de valor. Ora, o valor das

    interpretaes que os indivduos fazem de algo que recebem,

    pensam em adquirir ou compram precisamente uma das razes

    de existir do Marketing e um dos motivos pelos quais as empresas

    apresentam resultados financeiros positivos ou negativos. Contudo

    at se encontrar o conceito de Marketing Experiencial um longo

    caminho teve de ser percorrido. Assim, e de forma a enquadrar o

    mesmo necessrio situ-lo face aos modelos estratgicos

    antecedentes. O Marketing num primeiro momento, devido

    produo massificada de produtos situava-se num mercado de

    quantidades, tendo surgido como o Marketing de massas em que,

    por no haver grande distino entre produtos, o elemento

    privilegiado era a quantidade e a diversidade de produtos e

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    servios oferecidos1. Neste contexto e segundo Rasquilha et al

    (2005)() todos os que tinham a mesma oferta competiam por

    preo, levando ao esmagamento das margens e consequente

    diminuio do lucro.Como o mercado e, especialmente as pessoas,se encontram em permanente evoluo e mudana, em certo ponto

    tambm este tipo de estratgia no obtinha o retorno esperado e

    no respondia ao predicado da satisfao do cliente. Pois ia-se

    tornando cada vez mais exigente e criterioso nas suas escolhas de

    consumo. Este facto levou o Marketing a um redireccionamento em

    termos de objecto de ateno, transitando paulatinamente para um

    modelo de Marketing Relacional onde o enfoque se centrava no

    cliente e nas transaces que este estabelecia com a Marca para

    satisfao das suas necessidades. Esta transio lanou os alicercespara a mudana efectiva de paradigma em que o cliente se

    encontra no centro das atenes das Marcas. O real desafio nos

    dias contemporneos caracteriza-se pela tentativa de

    descodificao das necessidades dos clientes e da satisfao das

    mesmas.

    1Andrs, A., Caetano, J. &Rasquilha, L. (2005) Gesto de Experience Marketing.Lisboa: QuimeraEditores

    Enfoque no Cliente

    O enfoque no cliente trouxe consigo novas perspectivas e questes

    que pela complexidade e variabilidade do ser humano tornam este

    novo captulo da histria de Marketing num dos mais desafiantes

    para o marketeer pelo nmero exponencial de variveis em jogo.

    Entramos assim no campo da incerteza, sendo que de forma a

    controlar a elevada variabilidade trazida a jogo pelo factor humano

    e pelos conceitos abstractos e intangveis que lhe subjazem

    comearam a ser delineados modelos conceptuais que diminuam

    essa variabilidade e que, de certa forma, possam servir de

    metodologias de controlo ou diminuio da contingncia para, por

    um lado potenciar os lucros, e por outro, adequar as respostas s

    necessidades do cliente.

    Marketing Relacional

    Assim o marketing relacional surge com o propsito de diferenciar o

    contacto nas transaces que os clientes estabelecem com

    determinada Marca. As Marcas aperceberam-se que a comunicao

    tipificada das caractersticas e benefcios de determinado produto

    ou servio no conseguia chegar a todas as pessoas do segmento

    alvo. Isto porque so constitudos por pessoas com diferentes

    aspiraes e necessidades, o que por sua vez enleva a necessidade

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    de comunicar diferenciadamente com o cliente. Para o efeito surge

    uma nova filosofia2 de trabalho baseada em ferramentas de CRM

    (Customer Relationship Management). Esta filosofia de trabalho

    pressupe uma gesto afincada de uma base de dados onde secolocam todos os dados possveis de recolher relativos a clientes,

    comportamentos de consumo, produtos preferenciais, modos de

    pagamento, canais privilegiados, entre outros. Onde, atravs de

    uma anlise exaustiva destas diferentes variveis podero ser

    delineados Planos Comunicacionais ajustados, na medida do

    possvel, s necessidades e expectativas dos clientes. Um dos

    desafios que este tipo de estratgia enfrenta a triagem de

    informao relevante, muito devido evoluo das tecnologias de

    informao e presena de um nmero cada vez maior de clientesem redes sociais. Por fora da evoluo dos tempos o controlo da

    relao entre a Marca e os seus Clientes inversamente

    proporcional, na medida em que os momentos de verdade so

    cada vez menos controlados pela Marca e cada vez mais criados

    pelo Cliente!

    Esta nova realidade leva a que a Marca, em determinado ponto da

    sua existncia, j no consiga controlar o que o cliente diz sobre ela

    levando-nos a entrar num novo paradigma em que a diferenciao

    na comunicao rainha, e o cliente rei! Entramos na era do

    experience marketing.

    2Rasquilha, L. (2008) Gesto de Clientes e CRM. Web Free Edition

    Marketing Experiencial

    O marketing experiencial a resposta possvel crescente

    necessidade de diferenciao das marcas que, de certa forma,

    procura contrariar a tendncia de construo de barreiras pelos

    clientes a muitas das ferramentas e meios comunicacionais

    utilizados pelas marcas. O marketing experiencial rompe com estas

    barreiras e desenvolve relaes entre a Marca e o Cliente

    potenciando a criao de Brand Advocates e Brand Evangelists.

    Naturalmente que no se dever ter a presuno de que existem

    frmulas mgicas para catapultar uma Marca, contudo, o valor

    acrescentado de uma estratgia desta ndole, pelo seu cariz de

    interactividade e estimulao multi-sensorial vai para alm da

    criao de Brand Awareness, pois procura criar uma profunda

    ligao emocional com a Marca no Target no mercado em que

    ambos se movem. O marketing experiencial procura assim criar

    estimulantes experincias interactivas e sensoriais que envolvam o

    consumidor/cliente fisicamente, mentalmente, emocionalmente,

    socialmente e espiritualmente no consumo do produto ou servio,

    de uma forma que torna essa experincia memorvel3. Joseph Pine

    e James Gilmore (1998) apontam que a soluo para a fuga

    commoditizao dos servios, bem como dos produtos, pelo que ocampo de batalha actual se situa na capacidade das empresas da

    criao de experincias memorveis para o cliente.

    3Simlansky, S. (2009) Experiential Marketing. London: Kogan Page

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    O Conceito

    De acordo com Smilansky, S. (2009), o marketing experiencial

    consiste no processo de identificar e satisfazer as necessidades e

    aspiraes dos clientes de forma rentvel, envolvendo-os numa

    comunicao bidireccional que exalte a Brand Personality e

    acrescente valor ao Target. Este conceito de Marketing experiencial

    assenta numa ideia de que uma estratgia de marketing

    experiencial dever ser construda com base numa Grande Ideia

    nomeadamente, e segundo a autora as Live Brand Experiences4,

    pelo que os restantes canais e tcnicas de comunicao do

    marketing devero ser seleccionados e integrados para cumprir um

    nico objectivo, amplificar o impacto da Grande Ideia. Esta

    perspectiva encontra-se radicada no papel estratgico e

    operacional que subjaz ao CEM (Customer Experience

    Management). Esta nova abordagem decorre do reconhecimento

    de uma crescente procura, por parte do consumidor

    contemporneo de ser envolvido em experincias fantsticas de

    consumo, conceptualizadas como embodiedexperiences5, em vez

    de uma oferta simples e impessoal. Desenvolveu-se assim a

    exigncia de atender varivel emoo no comportamento de

    consumo, de forma a responder s necessidades de prazer, edivertimento sentidas pelos clientes.

    4 (Id, Ibidem)5Paterson, M. (2006) Consumption and Everiday Life. New York: Routledge

    Os Modelos

    Arnould e Price em 1993 procurando perceber quais os elementos

    que proporcionavam experincias de consumo efectuaram um

    estudo atravs do qual definiram quatro grandes momentos para o

    desenvolvimento das mesmas:

    A Experincia de Pr-Consumo, que envolve a procura e

    planeamento, bem como o sonho e a anteviso da

    experincia de consumo;

    A Experincia de Compra, que deriva da oferta, do

    pagamento, da embalagem (packaging) e do encontro com o

    servio e o ambiente proporcionado no espao;

    A Experincia Base de Consumo, onde se incluem as

    sensaes proporcionadas, a satisfao ou insatisfao, a

    saciedade, que poder ser entendida como extino da

    necessidades, satisfao do desejo, a irritao no uso ou a

    fluidez e facilidade de utilizao e a transformao, que

    poder ser entendida como a mudana significativa

    proporcionada pela experincia;

    E, a Memria da Experincia de Consumo e a Nostalgia da

    Experincia

    J Pine, J. e Gilmore, J. (1998) definem os 5 princpios para o

    desenho de experincias para o consumidor. Segundo estes, para

    criar experincias memorveis para os consumidores, torna-se

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    necessrio atender a uma metodologia muito prpria na construo

    dessas experincias, sendo que renem os pontos principais da

    seguinte forma:

    1. Theme the Experience Pelo desenvolvimento deexperincias com uma tema de fundo que seja apelativo,

    que envolva os clientes, e, que lhes proporcione momentos

    memorveis;

    2. Harmonize Impressions Se o tema estabelece os alicercesde partida, a experincia em si dever incorporar

    impresses indelveis, pois so importantes para a criao

    do word-of-mouth pela significncia que tiveram para o

    individuo;

    3. Eliminate Negative Cues Para que a experincia marquepositivamente o individuo devero anular-se todas as

    impresses que a diminuam, contradigam ou desviem a

    ateno do consumidor do Tema da Experincia;

    4. Mix in Memorabilia Conseguidas as fases anteriores,assegurando a integridade da experincia, pertinente

    introduzir elementos (merchandising) que o consumidor

    possa levar consigo ou adquirir que faam perpetuar a

    experincia na mente do consumidor;5. Engage All Five Senses Os estmulos sensoriais que

    acompanham a experiencia devem encontrar-se na base da

    sua construo e potenciar a mensagem que se pretende

    passar. Quantos mais sentidos forem activados mais eficaz e

    memorvel se torna a experincia.

    Agrupam ainda as experincias segunda quatro grandes categorias

    separadas por dois eixos consoante a participao do individuo nas

    experincias, e o seu nvel de participao situado entre absoro e

    imerso6. De forma resumida apresentam-se as 4 dimenses:

    A esta perspectiva acrescem, identificadas em estudos mais

    recentes7, vrias outras dimenses relativas : -Experincia do

    6 Pine, J. & Gilmore, J. (1998) Welcome to the Experience Economy: HarvardBusinessReview

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    Produto pela anlise, avaliao e interaco com o mesmo; - A

    Experincia de Consumo e Servio, pela interaco do cliente com o

    ambiente fsico da loja, os seus colaboradores e as suas prticas e

    politicas organizacionais (Hui and Bateson 1991; Kerin, Jain, andHoward 2002); e, a Experincia proporcionada pela Marca Brand

    Experience8

    , conceptualizada como as respostas subjectivas

    internas do consumidor, nomeadamente, sensaes e sentimentos,

    cognies e respostas comportamentais evocadas a partir de

    estmulos proporcionados pelas Marcas.

    Com Bernd Schmitt (1999), e o seu modelo em que aponta da

    importnciados SEMS (Strategic Experience Modules), e os ExPros

    (Experience Producers) para a compreenso da experincia de

    consumo estabelece-se o enquadramento para o CEM e a criao

    de valor para o cliente assente nesta metodologia. Este, identifica

    tipos de experincias base (SEM`S), nomeadamente:

    Sentir Mdulo relacionado com os aspectos sensuais e tangveis de

    determinado produto ou servio que apele aos 5 sentidos bsicos

    (audio, tacto, paladar, cheiro e viso). Neste domnio falamos de

    estimulao de experincias multissensoriais no ponto de consumo

    ou atravs da comunicao do produto ou servio;

    7Brakus, J.J., Schmitt, B. & Zarantonello, L. (2009) Brand Experience: What IsIt? How Is It Measured? Does It Affect Loyalty?Journal of MarketingVol. 73 (May 2009), 52688(Id, Ibidem)

    Emocionar- Mdulo relacionado com o apelo implcito ou explcito

    aos sentimentos e emoes do consumidor de forma a o envolver

    afectivamente (criando estados de humor ou emoes positivas ou

    negativas em relao a um produto ou servio) com a Marca;

    Pensar Mdulo relacionado com o apelo ao intelecto do

    consumidor para a utilizao de um pensamento direccionado e

    associativo que misture surpresa, intriga e provocao apelando

    com isto a uma linha de pensamento criativo9, e a um desafio

    intelectual, confrontando-o sobretudo com a resoluo de

    problemas especficos.10

    .

    Reagir/Agir Mdulo relacionado com o apelo vivncia e

    potenciao da experiencia fsica per si, com claros apelos a

    padres comportamentais e estilos de vida11

    que enriqueam de

    forma directa ou indirecta as relaes interpessoais atravs de

    estratgias de marketing experiencial.

    Relacionar Mdulo direccionado para o estabelecimento da

    relao entre o Self Individual do consumidor ao contexto social e

    cultural mais lato representado na Marca, procurando identificar e

    analisar as relaes existentes entre os indivduos e o seu contexto

    com o produto ou servio utilizado. Procura assim a integrao das

    9 Schmitt, B. (1999) Experiential Marketing. New York: Free Press10Rasquilha, L. Andrs, A. Caetano, J. (2005) Gesto de Experience Marketing.Lisboa: Quimera11Schmitt, B. (1999) Experiential Marketing. New York: Free Press

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    quatro reas referidas de uma forma que seja passvel o

    estabelecimento de um contrato psicolgico com a Marca pela

    identificao do individuo ou grupo com esta nos seus vrios

    domnios. Os ExPros constituem-se como os veculos queproporcionam as experincias (comunicao da Marca, Branding e

    Co-Branding, Experincia Fsica dos Espaos, Web-site,

    Colaboradores, etc.), e encontram-se relacionados directamente

    com os SEM`S, pelo que da sua interaco resulta a Grelha

    Experiencial criada por Bernd Schmitt (1999):

    Esta estabelece todas as formas possveis em que as experinciaspodero ser induzidas perante o consumidor/cliente potencial.

    Perceber o mundo experiencial que envolve o cliente o ponto de

    partida para se tentar fazer a gesto das suas experincias na

    relao que este estabelece com a Marca e a Marca com ele. Os

    insights recolhidos de uma atenta observao do consumidor no

    seu ambiente natural, entenda-se o de consumo in loco, e o

    conhecimento dos meios de criao de experincias para o cliente,estabelecem a base de uma plataforma de entendimento do

    comportamento do consumidor que ir guiar ento a

    implementao da estratgia de CEM. Esta estratgia guia-se por 5

    componentes chave da experincia do consumidor, descritas no

    modelo de Schmitt, B. (2003)12

    :

    Este modelo permite definir pontos relevantes que determinam o

    sucesso desta estratgia. Nomeadamente:

    12 Schmitt, B. (2003) Customer Experience Managament. New Jersey: JohnWiley & Sons

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    1. A compreenso da Micro e da Macro Envolvente em que aempresa e os consumidores se movem, bem como a anlise

    cuidada do seu comportamento de consumo, e das Macro e

    Mega Tendncias actuais;2. A definio e implementao da estratgia de CEM pela

    caracterizao e definio do posicionamento experiencial

    (Experiential Positioning) e do valor obtido pelo cliente na

    utilizao/compra do produto ou servio (Experiential Value

    Promise), bem como a definio do tema subjecente e das

    tcnicas de marketing e comunicao a implementar;

    3. O desenho da Brand Experience atravs da identificao dascaractersticas experienciais e estticas do produto/servio

    que apelem e envolvam o cliente;4. A determinao dos pontos de contacto e interaco com o

    cliente (Customer Interface);

    5. A necessidade de a inovao empresarial permear todas ascamadas da organizao de forma a se manter consonante

    com a plataforma experiencial criada.

    Os Objectivos

    Atingidos os pontos da Estratgia de Marketing Experiencial

    expectvel que se atinja o objectivo mximo, proporcionar uma

    experincia memorvel ao cliente! Anexo a este encontram-se uma

    srie de outros objectivos alcanveis naturalmente caso a caso,

    pois esta estratgia no poder encontrar-se desligada das

    especificidades de cada Marca pelo que os objectivos podero

    variar em forma e intensidade consoante a plataforma experiencial,

    porm destacam-se os seguintes:

    Exaltar a Personalidade da Marca (Brand Personality);

    Drive Word of Mouth

    Envolver mais pessoas na procura da experincia;

    Aumentar as vendas;

    Comunicar Mensagens complexas da Marca;

    Posicionar ou re-posicionar a Marca no mercado;

    E dependendo do mbito da estratgia, poder ainda:

    Chegar a um novo Target;

    Aumentar a lealdade dos clientes;

    Aumentar a visita s instalaesGanhar credibilidade nos clientes-alvo;

    Aumentar a notoriedade da Marca

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    A Co-Produo e Co-Responsabilidade

    Prahalad, C.K. e Ramaswamy, V.13

    em 2003 defendiam que para

    atingir um valor acrescentado os produtos e/ou das Marcas teriam

    de romper com os paradigmas actuais e assumir que esse valor teria

    de ser co-construdo pelos clientes. A empresa para inovar teria

    assim de estar atenta a estas experincias de co-criao

    As experincias de co-criao de valor, por no serem lineares, nem

    terem um foco voltado para a Empresa, ou para o produto,

    ocorrem, segundo os autores numa lgica de rede em que o cliente

    13 Prahalad C.K. & Ramaswamy, V. (2003) The New Frontier ofExperience Innovation. MIT Sloan Management Review

    tem a possibilidade de definir o seu prprio caminho na construo

    da sua experincia personalizada, que, em ltima anlise, a base

    de construo de valor para o cliente. Esta perspectiva lanava j

    em 2003 a intrigante questo sobre qual o papel do consumidor na

    construo de experincias memorveis. Questo essa que

    romperia com os paradigmas at ento concebidos levando ao

    direccionamento e ao empowerment do cliente nas relaes que

    estabelece com as Marcas.

    A mudana de Paradigma

    A promoo de um maior envolvimento do cliente na construo de

    valor leva-nos a uma importante questo no modelo de interaco

    que as marcas estabelecem com os seus clientes. Ser o CEM partedo CRM ou devero ambos fazer parte de uma metodologia de CMR

    (Customer Managed Relationships)? Numa era em que a internet e

    as redes sociais levaram a profundas alteraes comportamentais,

    na forma em que os clientes comunicam com as marcas e se

    relacionam com elas, uma anlise cuidada s tendncias sociais

    emergentes fornece-nos um caminho possvel para, na medida do

    possvel, fazer face aos novos desafios emergentes. Analisando as

    Tendncias identificadas pela Science of the Time poderemos

    identificar certos padres socioculturais que subjazem

    necessidades emergentes dos clientes e que podero fornecer

    importantes pistas s marcas para a conduo das suas estratgias

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    de marketing. Assim, e de forma resumida apresentam-se as

    seguintes consideradas mais pertinentes:

    Trends e Soft Spots

    o Social Web ContinuedA emergncia das redes sociais um exemplo simples de uma das formas

    possveis para promover a co-criao e um envolvimento do consumidor

    com a Marca. A conectividade permanente e a partilha so fenmenos

    sociais que as Marcas no descuram, porm, urge a necessidade de

    compreender a melhor forma de estar presente para que tambm aqui o

    dilogo entre ambos no provoque a rejeio por excessos

    comunicacionais.

    o Give me interactive kicksA clara forma de comunicao recproca, os clientes tm algo a dizer, no

    so agentes passivos. Expressam a sua opinio quando querem, onde

    querem da forma que querem, sempre que solicitado, ou quando surge a

    oportunidade.

    o The power of the collaborative web/I Wanna FeelConnected

    A comunicao e transmisso de mensagens sem intuito comercial, a

    opinio expressa nua e crua, quer tenha efeitos positivos ou negativos na

    Marca, que promova a autenticidade e a partilha de ideias e sentimentos

    traduzidos numa conscincia colectiva, esta a fora de empatia

    cibernutica e da despersonalizao proporcionada pela capacidade de os

    clientes se encontrarem permanentemente ligados Internet.

    o Give me NarrativesAs Marcas do futuro sero aquelas que transportam consigo mais do que

    as caractersticas e benefcios dos seus produtos e servios, mas que

    trazem consigo histrias que transportem o cliente numa viagem. Como

    quem abre um livro e se alheia de tudo quanto o envolve elevando-o a

    uma verdadeira experincia intelectual.

    o Coloured mood managementA expresso mais clara da importncia da ateno dada aos estados

    emocionais do cliente. Fornecer a capacidade de este escolher o ambiente

    consoante o seu estado de esprito, ou humor, quer em espaos fsicos,

    quer virtuais.

    o Generation Search Cool Personalisation

    O exemplo claro da unicidade exigido cada vez mais pelo cliente. O

    exclusivo, pessoal, e que transparea o que sou. Fornece importantes

    insights para uma estratgia de CEM pois permite determinar padres

    passveis de serem transformados em negcio.

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    Experience economy is in our DNAA clara transformao de uma necessidade latente num movimento

    escala global. Os clientes procuram as experincias que lhes

    proporcionem momentos memorveis. Experincias multisensoriais quecriem um verdadeiro vnculo com a Marca. As empresas devem criar as

    plataformas experienciais que permitam ao cliente ser o protagonista da

    sua experincia e isto implica dar-lhe a oportunidade de decidir e a

    autonomia para o fazer.

    50+ Boomer Generation

    TV Commercials Are not for me Beyond peer group pressure Does not seduce me enough

    A emergncia de uma nova classe de consumidores que esto paraalm das presses sociais e provindas dos rgos de comunicaosocial ou da Web Social, a expresso mxima das Relaes Geridaspelos Clientes, (CMR). Eu decido o que quero, quando o quero e daforma que o quero. A expresso clara do Proporcionem-meexperincias que eu esteja disposto a receber e decidirei se me envolvoou no nelas.

    Reflexo

    O marketing experiencial encontra-se a revolucionar a forma como seestabelece o contacto com os clientes. uma estratgia que

    crescentemente tem vindo a ganhar realce nas prticas e modelos demarketing adoptados pelas empresas pois exmio na compreenso deque atravs da possibilidade oferecida de o cliente viver experinciasmemorveis, que este se pode constituir como um veiculo importanteda mensagem que a Marca pretende passar para outros clientes. Tomemos apenas como exemplo que na China e nos Estados Unidos 14,os factores principais de influncia na deciso de compra aobservao de outros no uso do produto/servio, as informaesrecolhidas atravs de amigos e familiares e stios de especialidade, e asaces de promoo empreendidas pelas empresas. a influncia de

    mensagens carregadas por pessoas que faz a diferena, pois maisfcil a potenciais clientes relacionarem-se com elas pois encontram-sedesprovidas de inputs corporativos. As experincias so importantesmotores geradores de clientes, pois criam os ditos momentos deverdade entre a Marca e o consumidor, (Se Maom no vai

    Montanha Vai a Montanha a Maom) que os induzem interaco.Estas experincias no devem contudo ser vistas como um eventosisolados, mas como um continuum que a empresa dever conseguirassegurar em cada ponto de contacto. Esta estratgia muitas vezesreferenciada como incapaz de medir com a acuidade necessria aos

    accionistas o ROI (Return on Investment), porm uma estratgia de

    14 Morton, J. (2010) Experience Brands And The New Engagement Model.2010: The Year of Experience Brands

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    marketing experiencial transcende os actos isolados, sendo que oretorno financeiro dever ser medido no mdio-longo prazo. Esta temnecessariamente que ser encarada como estratgica e como algo quedever permear todas as camadas de uma organizao, pois de nada

    serve a promoo de uma Brand Experience para criar sensibilizaoou notoriedade se depois a empresa assenta a sua gesto em modelosde marketing tradicional. O cliente sentir isso como falta deautenticidade, e com um propsito estritamente comercial. Asexperincias devero ter uma lgica de No Strings Atached, ou ForFree!, pois preciso primeiro conquistar a confiana do cliente nummundo em que todos sabemos que no h almoos grtis. Aautenticidade, a experincia de um momento verdadeiramenteagradvel e memorvel, que permita que no longo prazo se promovauma identificao com o conceito que subjaz Marca, com a sua

    Personalidade e com o estilo de vida que esta promove aquilo quemais facilmente ir parar blogosfera, ao facebook, ao twitter (citandoapenas os mais sonantes)e a todas as outras redes que gerem averdadeira revoluo social de partilha de contedos. Nunca mais doque hoje as experincias dos outros esto acessveis a toda a gente velocidade de um click, as Marcas tanto mais ganham se conseguiremque atravs do Mundo (Social) fiquem conhecidas aos seus clientes-alvo com um efeito ressonante.

    Cool Example Marketing Experiencial:

    Em comemorao dos 60 anos de histria da Marca BIC foi lanado umWebsite que possibilita-se a interaco entre os clientes e a Marca,

    com aplicaes para I-Phone e I-Pad, permitindo deixar umamensagem na Wall da Bic!

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    Fase 1 da Experincia: Fase Final:

    Notas Finais:

    Experincia Simples KISS, Consumer-Oriented, passvel de serpartilhado, gerador de Buzz, e sem EB.

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    Bibliografia:

    Andrs, A., Caetano, J., Rasquilha, L. (2005) Gesto deExperience Marketing. Lisboa: Quimera Editores

    Graves, P. (2010) Consumer.ology. London: Nicolas BrealeyPublishing

    Smilansky, S. (2009) Experiential Marketing. London: KoganPage

    Schmitt, B. (2003) Customer Experience Managament. NewJersey: John Wiley & Sons

    Schmitt, B. (1999) Experiential Marketing. New York: FreePress

    Artigos Consultados

    Brakus, J.J., Schmitt, B. & Zarantonello, L. (2009) Brand Experience: What Is It?How Is It Measured? Does It Affect Loyalty?Journal of MarketingVol. 73 (May 2009), 5268

    Morton, J. (2010) Experience Brands And The New Engagement Model.2010: The Year of Experience Brands

    Prahalad C.K. & Ramaswamy, V. (2003) The New Frontier ofExperience Innovation. MIT Sloan Management Review

    Pine, J. & Gilmore, J. (1998) Welcome to the Experience Economy:Harvard BusinessReview