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14/05/14 1 Tema 5:Avaliação Participativa e Participante: Metodologia e Abordagem Profª Ma Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes PARA INÍCO DE CONVERSA A Avaliação Participativa e Emancipatória

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Tema 5:Avaliação Participativa e Participante: Metodologia e Abordagem

Profª Ma Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes

PARA INÍCO DE CONVERSA

A Avaliação Participativa e Emancipatória

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No debate sobre avaliação participativa há uma introdução ao tema, ao conceito propriamente dito da avaliação participativa.

No aprofundamento teór ico sobre a abordagem da avaliação participante há reflexões a respeito das modalidades de avaliação, do novo paradigma de avaliação e do conceito de avaliação emancipatória.

Avaliar requer um aprofundamento sobre o conceito, e, de acordo com Sul-brandt (apud CARVALHO, 2009, pág. 87), os processos tradicionais estão esvaziados “pelo seu caráter externo;

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p e l a s d e b i l i d a d e s m e t o d o l ó g i c a s apresentadas; pela sua preocupação demasiada com a eficiência e, portanto, pela sua incapacidade de apropriar-se do conjunto de fatores e variáveis contextuais e processuais”

e ainda “pelo baixo grau de relevância e de utilidade dos produtos avaliativos que não respondem às necessidades de informações dos agentes sociais envolvidos no programa”.

A avaliação participativa propriamente dita surge no mesmo contexto que a pesquisação e, segundo a autora, “guarda assim propósitos, princípios, procedimentos e estratégias muito próximas das utilizadas neste tipo de pesquisa”.

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Continuando

O principio norteador da metodologia desta avaliação está no comprometimento e na participação dos “formuladores, gestores, implementadores e beneficiários do próprio processo avaliativo de um dado programa”.

Essa avaliação tem como objetivo, de acordo com Carvalho (2009), “incorporar os sujeitos implicados nas ações públicas e desencadear um processo de aprendizagem social”.

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É, segundo a autora, este “coletivo de sujeitos implicados na ação que pode aportar a diversidade de valores, opiniões e verdade sobre o programa em avaliação”. Essa participação garante densidade ao processo.

Esse processo que muitas vezes está f ragmen t ado t em , numa ava l i a ç ão participativa, socializado e aprofundado informações e conhecimentos, que estão guardados muitas vezes em gavetas, garantido a apreensão totalitária do programa o empoderar-se do

“saber-fazer social”.

Essa avaliação, de acordo com Carvalho (2009, p. 92), requer novas competências ao avaliador, ou seja, “não dispensa as competências específicas de uma investigação avaliativa,

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mas adiciona igualmente habilidades de mediação e irrigação do processo partilhado por meio de informações, questionamentos e clarificações”.

Dessa forma, não dispensa “os tradicionais instrumentos”, tais como, segundo Carvalho (2009, p. 92), “definição de indicadores, aplicação de questionários, realização de entrevistas, observação participante”.

Mesmo assim, “estimula o conhecimento de programas similares e/ou complementares oportunizando aos envolvidos um novo processo de troca de informações e reflexão” (CARVALHO, 2009, p. 92).

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Vamos Praticar?

É sabido que até a década de 1960, no que se refere à avaliação, são encontradas as literaturas que contextualizam o tema a partir dos processos educacionais.

E, para uma reflexão sobre modalidades de avaliação, há que se ter o entendimento de que muito mais do que servir para decisões técnicas, a avaliação deve integrar elementos teóricos e políticos.

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Encontram-se com maior intensidade os tipos de processos pautados na avaliação de produtos ou resultados, que denotam uma influência positivista.

Assumir este tipo de avaliação significa dizer que se está assumindo, segundo Saul (2009, pág. 97), “uma concepção tecnicista na avaliação”, o que, nesse sentido, “conduz facilmente a uma atividade avaliativa de caráter burocrático”.

Na reação a este tipo de avaliação será apresentado um modelo com “pressupostos teórico-metodológicos e políticos” contrários aos incorporados pela experiência positivista.

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Segundo Saul (2009), fala-se pela primeira vez em Avaliação Emancipatória, que, de acordo com a literatura, é composta por três ramificações teórico-metodológicas.

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Finalizando

A primeira é a “Avaliação Democrática;

A segunda é a Crítica Institucional e Criação Coletiva;

A terceira é a Pesquisa Participante.

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Esses pressupostos teórico-metodológicos pressupõem uma avaliação democrática que, para MacDonald (apud SAUL, 2009, pág. 98), reconhece “a existência de um pluralismo de valores e procura representar uma gama variada de interesses ao formular suas indagações principais”.

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Depois, há uma crítica institucional e uma criação coletiva no sentido de que se concretiza, segundo Saul (2009), “por três momentos ou fases que se articulam em um único e harmonioso movimento: expressão e descrição da realidade, crítica do material expresso, e, criação coletiva”.

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Por fim há a pesquisa participante que, como ressalta Huynh (apud SAUL, 2009), “é a metodologia que procura incentivar o desenvolvimento autônomo (autoconfiante) a partir das bases e uma relativa independência do exterior”.

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De acordo com Saul (2009) os princípios metodológicos da pesquisa participante são: a u t e n t i c i d a d e e c o m p r o m i s s o , autodogmatismo, restituição sistemática, feedback aos intelectuais orgânicos, ritmo e equilíbrio de ação-reflexão, ciência modesta e técnicas dialogais.

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Os objetivos da Avaliação Emancipatória, de acordo com Saul (2009, p. 105), são o de “iluminar o caminho da transformação e beneficiar as audiências em termos de torná-las autodeterminantes” e os conceitos que a envolvem são “emancipação, decisão democrática, transformação e crítica educativa”.

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A Ava l iação Emanc ipatór ia tem por característica, segundo Saul (2009, p. 107), os “métodos dialógicos e participantes; predomina o uso de entrevistas livres, debates, análise de depoimentos, observação participante e análise documental”.

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Os dados de cunho quantitativo não são “desprezados”, mas o que predomina como análise, nesta experiência, são as questões qualitativas. Nesse processo o avaliador tem a função de “propor uma tarefa que favoreça o diálogo, a discussão, a busca e a análise crítica sobre o funcionamento real de um programa”.