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Apr Apr Apr Apr Apresent esent esent esent esentação ação ação ação ação DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ O tema para este trimestre é: “A Vida Cristã em Parábolas” e temos como objetivo principal o crescimento espiritual dos cristãos. Pretendemos por meio dos ensinos de Jesus, estimular os leitores a uma tomada de decisão diante dos grandes desafios que é a vida em Cristo. Sabemos que o cristianismo é uma “pedra de grande valor” e que precisa ser encontrada e tomada à força. Infelizmente temos perdido a visão do Reino e aguçado nossos sonhos em volta de muitos planos ambiciosos para esta vida efêmera, com isso perdeu-se o “sal” e ofuscou- se a “luz”. A nossa oração é para que Jesus, por meio destas lições, açoite a nossa alma fadigada com as iguarias deste mundo tenebroso, e nos faça retornar como “filhos pródigos” ao seio do Pai. Queira o Senhor nos abençoar, concedendo-nos a sua misericórdia para podermos alcançar a vida eterna em Cristo Jesus.

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AprAprAprAprApresentesentesentesentesentaçãoaçãoaçãoaçãoação

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

O tema para este trimestre é: “A Vida Cristã emParábolas” e temos como objetivo principal o crescimentoespiritual dos cristãos. Pretendemos por meio dos ensinosde Jesus, estimular os leitores a uma tomada de decisãodiante dos grandes desafios que é a vida em Cristo.

Sabemos que o cristianismo é uma “pedra de grandevalor” e que precisa ser encontrada e tomada à força.

Infelizmente temos perdido a visão do Reino e aguçadonossos sonhos em volta de muitos planos ambiciosos paraesta vida efêmera, com isso perdeu-se o “sal” e ofuscou-se a “luz”.

A nossa oração é para que Jesus, por meio destas lições,açoite a nossa alma fadigada com as iguarias deste mundotenebroso, e nos faça retornar como “filhos pródigos” aoseio do Pai.

Queira o Senhor nos abençoar, concedendo-nos a suamisericórdia para podermos alcançar a vida eterna emCristo Jesus.

LIÇÃO 01 -LIÇÃO 02 -LIÇÃO 03 -LIÇÃO 04 -LIÇÃO 05 -LIÇÃO 06 -LIÇÃO 07 -LIÇÃO 08 -LIÇÃO 09 -LIÇÃO 10 -LIÇÃO 11 -LIÇÃO 12 -LIÇÃO 13 -

EDITORAÇÃOKleber Paulo Santana

SUPERVISÃO GERALNatanael Nogueira de Sousa

Pastor Presidente

BÍBLIAEdição Revista e Corrigida

Direitos autorais reservados à Igreja Assembléia de Deus do SetorOeste do Gama - Área Especial 2/4 - DF

A VIDA CRISTÃ EM PARÁBOLAS

SUMÁRIO

“Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei emparábolas a minha boca; publicarei coisas ocultas desde a criação

do mundo” (Mateus 13.35)

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A diferença do cristãoAs atitudes do cristãoO alicerce do cristãoA vigilância do cristãoA fidelidade do cristãoAs condições do cristãoO regresso do cristãoAdvertências para o cristãoA oração do cristãoA posição do cristãoA segurança do cristãoO fruto do cristãoResumo das lições (Recapitulação)

REVISÃO ORTOGRÁFICAAntônia B. Costa Carvalho

Danusa Garcia Alves

COMENTÁRIOElaine José Alves (Coordenadora do CENAT)

Luciano da Silva Menezes (Equipe de Missões)Isaías Soares Salvador Dias (Coordenador EBD)

Evandro Arruda do Nascimento (Diretor do DEC)Maria do Socorro Magaly de O. Santos (Prof Infantil)

Culto Familiar

SUGESTÃO DE HINOS - 005 - 096 - 111 (Harpa Cristã)

Lição 01 - 06 de abril de 2008

Objetivos da Lição

Versículo Chave

A DIFERENÇA DO CRISTÃO

Mateus 13.24-30; 36-43

Segunda – (Ml 3.18) – A diferença do que serve a DeusTerça – (Mt 5.13-16) – Sal e luzQuarta – (Lc 6.44a) – O verdadeiro frutoQuinta – (At 5.1-11) – O falso cristãoSexta – (1Co 11.19) – O cristão verdadeiroSábado – (Mt 13.24-30; 36-43) – O cristão “trigo”

• Ensinar que o “trigo” e o “joio” terão que conviver juntos até o dia da colheita;• Destacar que apesar desta convivência o cristão terá que fazer a diferença.

24 - Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O Reino dos céus é semelhanteao homem que semeia boa semente no seu campo;

25 - mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio nomeio do trigo, e retirou-se.

26 - E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.

“Então, vereis outra vez a diferença entre ojusto e o ímpio; entre o que serve a

Deus e o que não o serve”(Malaquias 3.18)

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 427 - E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor,

não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem, então, joio?28 - E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram:

Queres, pois, que vamos arrancá-lo?29 - Porém ele lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis

também o trigo com ele.30 - Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi

aos ceifeiros: colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar; maso trigo, ajuntai-o no meu celeiro.

36 - Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram aopé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.

37 - E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente é oFilho do Homem,

38 - o campo é o mundo, a boa semente são os filhos do Reino, e o joiosão os filhos do Maligno.

39 - O inimigo que o semeou é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e osceifeiros são os anjos.

40 - Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será naconsumação deste mundo.

41 - Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seuReino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniqüidade.

42 - E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.43 - Então, os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai.

Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.

INTRODUÇÃO

Quando Jesus apareceu pregando e ensinando a respeito do reino, valeu-se de parábolas com o objetivo de esclarecer as verdades que oformalismo de então havia encoberto. Nestas parábolas estão contidos

os mais importantes ensinos concernentes à vida cristã.Destacaremos algumas verdades que cremos ser de grande valor para o

nosso crescimento espiritual:

I – A ORIGEM DAS MISTURAS

O papel do adversário é lutar contra a obra de Deus, fazendooposição. É assim que o diabo, “o inimigo”, é identificado na parábola(v 39). O texto deixa clara a sua existência e que ele não mede esforçospara alcançar o seu objetivo.

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 5De acordo com o texto, podemos entender como o “inimigo” semeia

suas “ervas daninhas” no seio da Igreja:

1. Aproveitando-se da sonolência dos ministros de Deus - Aproveitaras oportunidades é uma demonstração de quem leva a sério o alcance desuas metas. Diante disso, é bom frisar que, no momento em que os homensdormiam, ele se valeu da oportunidade e atacou.

Infelizmente são muitos os que dormem o sono da negligência e dadisplicência espiritual. Os ministros que deveriam vigiar em oração apropriedade de Deus e zelar dela aplicando os ensinos da Palavra estãosonolentos, envolvidos em muitas ideologias. Esqueceram-se da advertênciade que devemos vigiar e orar, pois o nosso “adversário, o diabo, anda emderredor, rugindo como leão buscando a quem possa tragar” (1Pd 5.8).

2. Lançando seus ataques oportunistas - O papel do adversário é ode minar a estrutura da Igreja, por isso espalha nos corações usura, inveja,heresias, orgulho, impiedade, falsidade, adultério e outros tipos de males.Veja o caso de Ananias e Safira. Eram cristãos e tinham toda a liberdade deofertar, desde que fosse com um coração sincero e alegre. No entanto, comodiz as escrituras, Satanás encheu seus corações de falsidade, avareza edestemor ao ponto de mentirem para Deus (At 5).

O diabo não enfrenta os cristãos de frente, mas sempre pela retaguarda.Procura sempre oportunidades e, no menor vacilo, ataca, fere e mata (Jo 10.10).

3. Usando a sua sutileza em semear e retirar-se – Quem já presenciouo ataque de uma serpente, pôde perceber duas coisas: Primeiro, a rapidezdo ataque; segundo, a estratégia. A víbora não tem interesse em segurar avítima, ela injeta o seu veneno e volta ao seu esconderijo, aguardando oefeito mortífero do veneno atuar na presa.

O diabo é chamado de “antiga serpente” (Ap 12.9), provavelmentepelas características semelhantes à da cobra venenosa. No texto vemos queo maligno semeou o joio e “retirou-se”. Depois do ato perverso, ele seesconderá aguardando o veneno fazer seu efeito. A sua “ausência” dificultaráa identificação do mal no seio da Igreja.

II – A DIFERENÇA IDENTIFICADA

Na apresentação do reino, o texto nos revela uma realidade: o bem e omal coexistem. Podemos entender melhor observando os subtópicos a seguir:

1. O trigo e o joio estão plantados no mesmo campo – “O campo éo mundo, a boa semente são os filhos do Reino, e o joio são os filhosdo Maligno” (v 38). Quando o Senhor orou pelos santos, Ele disse: “Não

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 6peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (Jo 17.15). Osfilhos do reino estão juntos com os filhos do maligno, não para sereminfluenciados, mas para influenciar por meio de suas vidas e pela pregaçãodo evangelho, que é o poder de Deus para salvar e transformar o homem.

Não podemos ignorar a presença do joio e do trigo no mesmo terrenotrabalhado pelo lavrador, isso nos leva a admitir a coexistência de filhos doreino e filhos das trevas na mesma congregação dos santos, e que somenteno dia da colheita (arrebatamento) serão de fato distinguidos.

Hoje, com as formas variadas de culto e louvor, ficou ainda mais difícildistinguir entre um cristão e o não cristão. Por vezes chegamos a confundirtrigo com joio e vice-versa.

2. O trigo e o joio são aparentemente iguais - Era comum semear joiona plantação de trigo alheio com o propósito de vingança. O joio só pode sernotado quando o trigo cresce e frutifica. Os falsos cristãos só podem seridentificados quando confrontados com os verdadeiros. Paulo chega a afirmar:“E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sincerosse manifestem entre vós” (1Co 11.19).

Assim somos nós: reunimos características comuns, porém, temos umacoisa que faz distinção entre o santo e o profano, as atitudes do nosso coraçãovisto que são elas que dizem o que realmente somos. De acordo com oSenhor, cada árvore é conhecida pelo seu fruto (Lc 6.44a).

Os “filhos do maligno”, representado pelo “joio”, promovem contendas,murmurações e cismas na igreja, mas são tão íntimos dos “filhos do Reino”,que é praticamente impossível arrancá-los sem prejudicar os inocentes (v 29).

III – A SEPARAÇÃO FINAL

Muitas vezes ouvimos questionamentos acerca de tanta injustiça eimpiedade que reinam no mundo. No entanto, o mal não reinará eternamente,pois será exterminado definitivamente. Assim também será com os quepraticam a iniqüidade, serão separados para a vergonha eterna, enquanto osque praticam a justiça herdarão o reino. E isto se dará na seguinte circunstância:

1. No tempo da ceifa (v 39) - Muitas vezes queremos efetuar, por nósmesmos, o juízo final, fazendo acepção de pessoas, excluindo-as do nossoconvívio e até mesmo taxando-as de joio. Queremos ceifá-las antes do tempo.

De acordo com o texto, os servos quiseram arrancar a erva que cresciajunto ao trigo, mas o Senhor do campo não permitiu. A razão para tal atitude éa de preservar o trigo que provavelmente seria prejudicado, por isso o Senhordeixou tudo para o momento da ceifa. Portanto, “Assim como o joio é colhidoe queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo. Mandaráo Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 7que causa escândalo e os que cometem iniqüidade” (Mt 13.40,41).

2. Na eternidade – Por fim, o joio encontrará o seu lugar definitivo.Os crentes de má qualidade não ficarão impunes para sempre. “Peloque os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores nacongregação dos justos” (Sl 1.5).

O papel dos filhos de Deus é dar bons frutos e os do maligno é darfrutos maus. Por isso se diz: “Continue o injusto fazendo injustiça,continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na práticada justiça, e o santo continue a santificar-se” (Ap 22.11). “Entãovereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio, entre o queserve a Deus e o que o não o serve” (Ml 3.18).

Na eternidade, os crentes desobedientes não poderão permanecerescondidos no meio da congregação dos santos e cada um terá o seu destino.Quanto ao “joio”: “E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá prantoe ranger de dentes” (Mt 13.42), mas o “trigo”: “Então, os justosresplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidospara ouvir, que ouça” (Mt 13.43).

CONCLUSÃO

As verdades ensinadas pelo Senhor Jesus Cristo através das parábolas nãotêm como objetivo apenas o acréscimo de conhecimento; visam, sobretudo,despertar a consciência daqueles que ambicionam herdar o reino de Deus.O cristão tem papel importante como luz do mundo. Deve, portanto, fazer adiferença pelas suas obras e conduta cristã, em contraposição ao “joio” queo inimigo semeou.

Para reflexão:♦ Você tem tido cuidado com as ciladas do inimigo?♦ Você tem influenciado, positivamente, as pessoas no mundo?♦ Você tem demonstrado na prática que é de fato um “trigo”?

Questionário para avaliação e debate:1. Estabeleça a diferença básica entre o trigo e o joio.2. Qual o significado do joio na parábola? A quem ele representa?3. Mencione algumas maneiras pelas quais o inimigo semeia joio na Igreja.

“Para fazer diferença entre o santo e o profanoe entre o imundo e o limpo” (Levítico 10.10)

Lição 02 - 13 de abril de 2008

Lucas 6.37-45

AS ATITUDES DO CRISTÃO

“Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recal-cada, sacudida e transbordando vos da-

rão; porque com a mesma medidacom que medirdes também vos

medirão de novo”(Lucas 6.38)

Segunda – (Jo 7.24) – Não julgueis segundo a aparênciaTerça – (Jo 8.1-11) – Quem não tem pecado atire a primeira pedraQuarta – (Rm 2.1-3) – Tu que julgas, fazes o mesmoQuinta – (Rm 14.1-23) – Não julgue o servo alheioSexta – (Tg 4.11,12) – Há somente um juizSábado – (Lc 6.37-45) – Não julgue a ninguém

• Ensinar que, além de antiético é um pecado julgar nosso próximo;• Mostrar que antes de corrigirmos o nosso semelhante, precisamos corrigir a nós mesmos.

37 - Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereiscondenados; soltai, e soltar-vos-ão.

38 - Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida etransbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdestambém vos medirão de novo.

Culto Familiar

SUGESTÃO DE HINOS - 005 - 400 - 432 (Harpa Cristã)

Objetivos da Lição

Versículo Chave

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 939 - E disse-lhes uma parábola: Pode, porventura, um cego guiar outro

cego? Não cairão ambos na cova?40 - O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito

será como o seu mestre.41 - E por que atentas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não

reparas na trave que está no teu próprio olho?42 - Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro

que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho?Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás bem para tirar oargueiro que está no olho de teu irmão.

43 - Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dêbom fruto.

44 - Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não secolhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos.

45 - O homem bom, do bom tesouro do seu coração, tira o bem, e ohomem mau, do mau tesouro do seu coração, tira o mal, porque da abundânciado seu coração fala a boca.

INTRODUÇÃO

As atitudes do cristão estão em evidência em grande parte das parábolasde Cristo. Nesta passagem não é diferente, embora tenha se tornadopopular por uma análise indiferente ao contexto e alcance desse

maravilhoso ensino de Jesus. Por isso, ao final desta lição, você perceberá queesta parábola não trata apenas do julgamento alheio, mas de ações que envolvema generosidade e o amor para alcançar a perfeição diante do Senhor e, atravésdos frutos, mostrarem como devem ser as atitudes do verdadeiro cristão:

I – DEVEM SER AMOROSAS

Nesta passagem, Cristo enfatiza muito bem a questão do julgamento,porém, surgiram duas concepções diferentes a respeito deste assunto: Paraalguns, o verdadeiro cristão não pode julgar; para outros, o julgamento já setornou um hábito constante em suas vidas. Mas afinal, o crente pode ou nãojulgar? Para uma atitude verdadeiramente cristã, é necessário analisar essaquestão com generosidade e amor:

1. Para não emitir julgamento indiferente – “Não julgueis, e nãosereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados” (v.37). Jesusandava com pessoas consideradas a escória do mundo (Mt 9.10-13). Não

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 10era indiferente àqueles que estavam errados por não conhecerem a verdade,pelo contrário, o seu olhar de amor O impelia a ensinar-lhes o caminho dasalvação (Mc 2.15-17).

Bem distantes do exemplo de Cristo, muitos cristãos perdem aoportunidade de angariar almas para o reino, por causa do seu julgamentopreconceituoso acerca de pessoas, que ainda não deveriam sentar-se nobanco dos réus; trazem com isso irritação e desrespeito ao Evangelho deCristo. A Palavra nos diz em João 8.32: “e conhecereis a verdade, e averdade vos libertará”. Por isso, o amor deve ser sempre o bálsamo quelimpa a nossa visão do preconceito, e nos leva a pronunciar a verdade,trazendo libertação e não julgamento.

2. Para não emitir julgamento injusto – “(...) Pode, porventura, umcego guiar outro cego? Não cairão ambos na cova?” (v.39). É impossívelcumprir alguns mandamentos sem avaliar as pessoas: Os apóstolos, porexemplo, julgavam e nos instruem a isso, traçando um perfil de todos aquelesa quem devemos nos afastar para proteger a Igreja das falsas doutrinas eoutros tipos de contaminação (1Co 5.11-13; 2 Jo 1.7-11; Jd 1.4,12-24).No que se concerne a indicação de alguém a um cargo, nós também devemosjulgar o caráter do candidato, restritamente à luz das exigências bíblicas (Tt 1e 1 Tm 3), para fortalecer a Igreja com uma liderança que honre o seu cargo.

Estes julgamentos, como observamos, devem ter alvos específicos e estarenvoltos pelo forte laço do amor para que não se cometa injustiças e não selance fora dos braços de Cristo, pessoas que estão em dificuldades e queprecisam, com amor, serem restauradas à presença do Salvador. E, ao final,é sempre bom lembrar que “com a mesma medida com que medirdestambém vos medirão de novo” (v.38).

II – DEVEM BUSCAR A PERFEIÇÃO

“O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeitoserá como o seu mestre” (v. 40). Jesus falava para um povo que se achavano ápice da perfeição, no entanto, estavam mergulhados na hipocrisia efalsidade: eram dizimistas, mas negligenciavam a justiça, misericórdia efidelidade (Mt 23.23); eram orgulhosos acerca da sua fé (Lc 18.9-14);impediam os pecadores de encontrarem o caminho da salvação (Mt 23.13)e desprezavam os ensinamentos de Cristo (Lc 11.15). Era preciso lembraràquele povo a real situação em que se encontravam, para alcançarem averdadeira perfeição em Cristo, por meio de gestos simples, mas eficazes:

1. Enxergando os próprios defeitos – “E por que atentas tu noargueiro que está no olho do teu irmão e não reparas na trave queestá no teu próprio olho?” (v.41). Muitas vezes, o homem não consegue

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 11olhar o espelho da sua alma, pois o seu reflexo fere de maneira contumaz osprincípios cristãos. Contudo, ergue-se em sua arrogância, sentindo-se capazde apontar os defeitos alheios e ainda corrigi-los. Para estes, é preciso lembraras palavras contidas em João 8.7: “Aquele que dentre vós está sem pecadoseja o primeiro que atire pedra contra ela”.

Para tentar alcançar a perfeição do Mestre é necessária uma análise diária,enxergando os próprios erros e defeitos, e com arrependimento retirar as“traves” que impedem uma vida correta diante de Deus e também doshomens. E, somente a partir daí, fazer o que nos ensina o versículo 42: “(...)e, então, verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão”.

2. Ajudando nas dificuldades alheias – “Dai, e ser-vos-á dado; boamedida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão” (v.38). Éimpossível alcançar a perfeição diante de Cristo sem ter os olhos voltadospara os que estão à nossa volta, ajudando-os a colocarem-se de pé. Comonos diz Ernest Blevins: “O melhor exercício para fortalecer o coração éabaixar-se e levantar os que estão caídos”.

A Palavra nos diz que Jesus não foi enviado para condenar o mundo, maspara salvá-lo (Jo 3.17). Em Mateus 12.20 vemos que Jesus “Não esmagaráo galho quebrado, nem apagará a luz que já está fraca.” (BLH). Até oúltimo instante, Ele cuidará dos feridos para que sejam restaurados. Por issoé preciso que as atitudes do cristão sejam superiores aos comentários, fofocase chacotas, que sempre surgem quando alguém se desvia do caminho. Épreciso sentir a real dificuldade daquele que está ao nosso lado e que precisade ajuda para erguer-se novamente diante de Deus. Isso se chama misericórdia,e tal como agimos com o nosso próximo, assim o Senhor agirá com cada deum de nós (Mt 18.23-35).

III – DEVEM DAR BONS FRUTOS

“Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore quedê bom fruto” (v. 43). É sempre possível reconhecer a qualidade de umfruto entregue a Cristo, pelas palavras e ações usadas em seu plantio. Destaforma, o cristão deve estar ciente de que:

1. Pelas palavras serão conhecidos – “(...) porque da abundânciado seu coração fala a boca” (v.45). Não há dúvidas de que o homem éconhecido por tudo o que diz, pois são as palavras que nos qualificam comosábios, ignorantes, sensíveis, arrogantes, etc. Mais que um mecanismo dafala, as palavras estão carregadas de pensamentos e sentimentos que provêmdo coração (Pv 10.19-21). É por meio delas que colhemos os nossos frutospara Cristo. Por isso é tão importante que tenhamos cuidado com tudo aquiloque dizemos, pois as palavras formulam o conceito que as pessoas têm ao

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 12nosso respeito, e também do Senhor a quem servimos (Cl. 3.8-17).

2. Pelas ações serão avaliados – “Porque cada árvore se conhecepelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nemse vindimam uvas dos abrolhos” (v. 44). Os frutos decorrentes das nossasações não serão somente avaliados por Deus, quando finalmente osentregarmos para Cristo, mas são analisados constantemente por todos aquelesque nos cercam (Fp 1.9-11).

Enganam-se aqueles que desprezam os atos corriqueiros da vida diária,como se não fossem observados. São as nossas pequenas atitudes de justiça,de amor, de colaboração e ajuda ao próximo, contadas como belos frutosque levam as pessoas a desejarem também servir ao nosso Senhor e acooperarem conosco no crescimento do Reino Celestial.

CONCLUSÃO

Ser cristão não é uma idéia, é ação, é atitude. Mas devemos tercuidado com a projeção dessas atitudes, pois elas refletem quem somos,o que pensamos e o que trazemos no mais íntimo do nosso coração. Areflexão diária sobre os nossos erros e defeitos deve ser constante,para que o amor transborde de um coração misericordioso, capaz deentender as dificuldades alheias. Somente assim conseguiremos caminharem direção ao Mestre, levando conosco vidas que, mesmo em face àsmais diferentes dificuldades em manterem-se de pé, são tão preciosasquanto cada um dos que se acham tão “perfeitos”.

Para reflexão:♦ Qual a sua postura diante daquele que está caído? Julgamento ou ajuda?♦ Você tem reconhecido os seus próprios defeitos?♦ Que espécie de frutos você tem colhido?

Questionário para avaliação e debate:1. De que tipo de julgamento Jesus está falando? Dê três exemplos.2. Cite a diferença entre “argueiro” e “trave”, mencionados por Jesus.3. Como podemos conhecer se a árvore é boa ou ruim?

“Não julgueis, e não sereis julgados; nãocondeneis, e não sereis condenados; soltai, esoltar-vos-ão” (Lucas 6.37)

Lucas 6.46-49

O ALICERCE DO CRISTÃO

Segunda – (Sl 40.1-5) – Edificados sobre a RochaTerça – (Rm 15.20) – Edificando sobre fundamento alheioQuarta – (1Co 3.11-15) – Edificando sobre o fundamento que é CristoQuinta – (Cl 2.7) – Edificados em Jesus CristoSexta – (2Tm 2.19) – Edificados sobre o fundamento de DeusSábado – (Lc 6.46-49) – Edificando sobre a Rocha

46 - E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?47 - Qualquer que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as observa,

eu vos mostrarei a quem é semelhante.48 - É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bem

fundo, e pôs os alicerces sobre rocha; e, vindo a enchente, bateu com ímpeto a

“E sede cumpridores da palavra e não so-mente ouvintes, enganando-vos com

falsos discursos” (Tiago 1.22)

• Mostrar os dois tipos de base que podemos usar para construir a nossa vida cristã;• Ensinar que a queda é grande para quem construir a sua “casa” na areia.

Culto Familiar

SUGESTÃO DE HINOS - 001 - 007 - 210 (Harpa Cristã)

Lição 03 - 20 de abril de 2008

Objetivos da Lição

Versículo Chave

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 14corrente naquela casa e não a pôde abalar, porque estava fundada sobre rocha.

49 - Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificouuma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, elogo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.

INTRODUÇÃO

Como cristãos, estamos incumbidos de trabalhar na edificação da nossaprópria vida. O Senhor já estabeleceu o fundamento para que cadaum construa ali a sua casa, “mas veja cada um como edifica sobre

ele” (1Co 3.10).Nesta lição, estudaremos estes três pontos relacionados ao alicerce do

cristão: A vida cristã desestruturada, solidificada e provada.

I – A VIDA CRISTÃ DESESTRUTURADA

O construtor insensato é assim chamado porque é um desprecavido. Elecalcula mal, perde a noção da realidade, não percebe que uma casa edificadasobre a areia fatalmente cairá.

Assim são também alguns cristãos que perderam o bom senso, nãopoderão resistir nos dias maus. (Ef 6.13) São comparados a um homeminsensato (Sl 14.1). Eis os motivos:

1. Não pratica as palavras de Cristo - Deixar de ouvir a Palavra deDeus é o primeiro erro, ouvir e não praticá-la é o erro final. Muitos estãopregando que não se deve roubar e roubam; que não se deve adulterar eadulteram; que se deve buscar as coisas do alto, mas são materialistas (Rm2.21,22). Não podemos proclamar um evangelho que desconhecemos.

2. Não se firma na verdade - Na realidade, construir sobre a areia outerra é mais fácil, pois exige menor esforço físico para cavar os alicerces, e émais barato. Por isso o homem insensato optou por este tipo de edificação.

Para alguns cristãos, este tipo de fundamento é o ideal, pois dispensaoração, contribuição, serviço, renúncia, transformação. O construtorinsensato edifica sobre a areia porque a sua vida é baseada em um outroevangelho (Gl 1.8) – É o evangelho da prosperidade e da felicidadedescompromissada com Deus e com a sua Palavra. No entanto, a Palavrade Deus afirma que ninguém pode colocar outro fundamento, além doque já está posto, o qual é Cristo (1Co 3.11).

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 15II – A VIDA CRISTÃ SOLIDIFICADA

Em um projeto deve estar incluso: as condições do terreno, o tamanho dacasa a ser construída, a boa qualidade do material a ser usado, as condiçõesdo tempo etc.

O Senhor Jesus, aplicando o assunto desta parábola, diz que no reino doscéus o homem que edifica de acordo com as normas estabelecidas pelo sábioArquiteto é prudente. Vejamos quais são estas normas:

1. Ouve as palavras de Cristo - É importante notar que o insensatotambém ouve (v 49). A diferença é que ele não pratica o que ouve. É teórico.No entanto, estas normas são aplicáveis a todos - “Todo aquele...” (Mt 7.24).

É de suma importância ouvir as palavras de Cristo pois elas são ofundamento que o verdadeiro cristão usará para edificar a sua casa. Por isso,“bem-aventurado o que ouve as palavras... e guardam” (Ap 1.3).

Paulo profetizou que, nos últimos tempos, muitos teriam comichõesnos ouvidos. (2Tm 4.3,4), que acometidos desta anomalia, se irritam aoouvir as palavras de Cristo. Existem cristãos que não apreciam a EscolaDominical e os cultos doutrinários. No entanto, quem quiser edificar asua casa de maneira adequada e duradoura, terá que ouvir as palavras deCristo. “Quem tem ouvidos, ouça...” (Mt 11.15).

2. Pratica as palavras de Cristo - Na concepção de Tiago, aquele queatenta bem para a palavra de Deus é um bem-aventurado (Tg 1.22-25).

Na parábola que estamos estudando Jesus compara o verbo “Praticar”com o verbo “edificar”. Segundo Jesus, o cristão só se tornará forte e bemestruturado se praticar a sua Palavra. “Assim, habite ricamente em vós apalavra de Cristo, ensinando-vos...” (Cl 3.16). A fim de crescermos atéatingir a estatura de varão perfeito (Ef 4.13).

3. Edifica sobre a rocha - Edificar sobre a rocha é edificar sobre Cristo.(1Co 10.4) Trata-se das nossas vidas e de nossas atividades, inclusas emCristo. “Não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20).

Uma casa, para ser firme e poder resistir à ação devastadora do tempo,precisa estar fundada sobre a rocha. Ela representa as nossas vidas quesofrerão a ação do tempo e da eternidade.

III – A VIDA CRISTÃ PROVADA

“É semelhante ao homem que edificou uma casa, e cavou, e abriu bemfundo, e pôs os alicerces sobre rocha; e, vindo a enchente, bateu comímpeto a corrente naquela casa e não a pôde abalar, porque estava fundadasobre rocha. Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 16edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto acorrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa” (v 48,49).

Todos conhecem bem a história dos três porquinhos: um construiu a suacasa com palhas, o outro usou madeira, mas o terceiro usou tijolos. No testefinal, somente a casa de tijolos ficou de pé, as duas primeiras foram destruídas.Não é por acaso que o terceiro porquinho chamava-se Prático. Desta formaas nossas vidas passarão pelo teste final:

1. Será uma ação devastadora:. Do tempo – Muitos não poderão suportar por longo tempo, e aí as suas

verdadeiras obras serão reveladas e seus segredos serão expostos (Mc 4.22);

. Das provações – Os que receberam a palavra e se entusiasmaram, masnão possuíram raízes (alicerces), desmoronaram. (Mc 4.16,17);

. Das tentações – Quem nunca ouviu falar de alguém que, depois de muitosanos servindo na obra, caiu em fracasso? Era casa construída sobre areia;

. Do julgamento – Portanto, nada julgues antes do tempo, até que oSenhor venha, “o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas,e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberáde Deus o louvor” (1Co 4.5);

. Da eternidade – A eternidade revelará se o material que usamos é ounão resistente. Se confiamos naquilo que é vaidade.

2. Muitas vidas “cristãs” ficarão em ruínas - O Senhor Jesus concluiuesta parábola dizendo que diante do teste final, a casa construída sobre aareia caiu, e completou: “... E foi grande a ruína daquela casa” (v 49).

Uma vida alicerçada no amor ao dinheiro, na cultura, na aparência exteriore no sucesso não resistirá à ação demolidora do juízo final (Ap 20.11-15).

3. Muitas vidas cristãs permanecerão inabaláveis - A resistêncianão está nas paredes da casa edificada, e sim no alicerce. O crente queouve a Palavra de Deus e a pratica, está construindo a sua vida sobre aRocha que é Cristo. A nossa vida nunca será forte o suficiente pararesistir ao mais fraco temporal, mas na Rocha, que é Cristo, ela nuncacairá nem será destruída (Sl 40.1,2; 125.1).

CONCLUSÃO

Vimos os dois tipos de alicerces. Um construído na areia e o outro sobrea rocha. Jesus Cristo, ao usar estas figuras, referia-se à vida cristã que deve

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 17ser muito bem alicerçada para que não venha a ruir.

As Palavras de Cristo ressoam por toda a parte, quem tem ouvidos ouçam-nas. Ainda há tempo de recomeçar. Abandone tudo agora mesmo e comecea viver pautado nas Palavras de Cristo.

Para reflexão:♦ Você é praticante da Palavra de Deus?♦ A tua vida está alicerçada na Palavra de Deus?♦ Como você ficará diante dos julgamentos mencionados no Tópico III?

Questionário para avaliação e debate:1. Explique: o que é edificar sobre a rocha?2. Explique o que é edificar sobre a areia?3. Diga com as tuas próprias palavras o que acontecerá com as duas “casas”e o que significa, levando em conta a eternidade.

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Lucas 12.36-40

A VIGILÂNCIA DO CRISTÃO

Segunda – (Mc 13.33) – Vigiai e oraiTerça – (Mt 26.41) – Vigiai e orai para que não entreis em tentaçãoQuarta – (At 20.28-31) – Vigiai no ministérioQuinta – (Ef 6.18) – Vigiai e perseveraiSexta – (1 Pe 5.8) – Vigiai e sede sóbriosSábado – (Lc 12.36-40) – Vigiando em todo o tempo

• Ensinar que a vinda do Senhor para ajustar contas será de imprevisto;• Mostrar que a vigilância é a maneira mais segura de estar pronto para encontrar com o Senhor.

36 - E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor,quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logopossam abrir-lhe.

37 - Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier,achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à

“Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varo-nilmente e fortalecei-vos”

(1 Coríntios 16.13)

Culto Familiar

SUGESTÃO DE HINOS - 225 - 247 - 401 (Harpa Cristã)

Lição 04 - 27 de abril de 2008

Objetivos da Lição

Versículo Chave

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 19mesa, e, chegando-se, os servirá.

38 - E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os acharassim, bem-aventurados são os tais servos.

39 - Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse a que hora havia devir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.

40 - Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho doHomem à hora que não imaginais.

INTRODUÇÃO

A Bíblia nos adverte quanto à vigilância, em todas as áreas de nossasvidas, pois a vinda de Cristo é iminente: “E, então, verão vir o Filho doHomem numa nuvem, com poder e grande glória” (Lc 21.27). Nesta

lição enfocaremos a necessidade de sermos vigilantes. Então, vejamos:

I - A VIGILÂNCIA NÃO NOS DEIXA SERPEGOS DE SURPRESA

Quando estamos em vigilância constante e esperamos sempre no Senhor,ficamos mais dependentes do Espírito Santo e apercebidos quanto àscatástrofes citadas neste texto: “Vigiai, pois, em todo o tempo, orando,para que sejais havidos por dignos de evitar todas essas coisas quehão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do Homem” (Lc21.36). Desta forma:

1. Temos que estar em constante alerta – “Bem-aventuradosaqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando...” (v.37a). A palavra vigiar quer dizer observar atentamente, velar por. O significado,na realidade, é que sempre temos que estar em vigilância: “Vigiai, pois,porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há devir” (Mt 25.13). Isso implica em termos uma vida plena diante de Deus,para que não sejamos surpreendidos.

2. Temos que estar preparados – “Fiquem preparados para tudo:estejam com a roupa bem presa com o cinto e conservem as lamparinasacesas” (Lc 12.35 NTLH). As vestes presas com o cinto representam nossavida segura em Deus, enquanto que as lamparinas acesas indicam que devemosser luz neste mundo em trevas (Mt 5.14).

3. Temos que esperar no Senhor – “Sejam como os empregados

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 20que esperam pelo patrão, que vai voltar da festa de casamento. Logoque ele bate na porta, os empregados vão abrir” (v. 36 NTLH). Comoservos vigilantes, devemos esperar e descansar no Senhor, prontos para abrira porta e recebê-lo. Assim teremos o privilégio de ouvi-lo dizer: “Bem está,servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei;entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21).

II - A VIGILÂNCIA É UM MEIO DE PREPARAÇÃOPARA ENCONTRARMOS COM O SENHOR

Sem sombra de dúvida, a vigilância é o meio mais eficaz e seguro que nosprepara para encontrarmos com o Senhor. Quando vigiamos, estamos semprede olho em tudo e analisando o que é a vontade de Deus. Sabemos o quepode embaraçar nossas vidas e nos levar à queda e à morte espiritual, poisquando isso acontece, há uma separação de Deus. Se Cristo voltar eestivermos nessa situação, não será nada bom. A Bíblia nos ensina quedevemos fugir de todo o embaraço e pecado (Hb 12.1). Sendo assim,devemos vigiar e nos preparar:

1. Por meio da veracidade das Escrituras – “Portanto, estai vóstambém apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que nãoimaginais” (v. 40). A Bíblia nos alerta com muita ênfase sobre a volta doSenhor, mostrando que da mesma forma como Ele subiu aos céus, tambémvoltará, poderoso e cheio de glória. O que será para uns motivo de alegriaeterna; para outros, condenação eterna. “Os quais lhes disseram: Varõesgalileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentrevós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu ovistes ir” (At 1.11).

2. Por meio da fidelidade – “E, se vier na segunda vigília, e se vierna terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os taisservos” (v. 38). A fidelidade é um fator de suma importância para o cristão,independente de estar no deserto ou na terra que mana leite e mel. Temosque acreditar e sermos fiéis até a volta do Senhor ou até a nossa morte, poisse agirmos assim receberemos a coroa que aguardamos (Ap 2.10). QuandoLucas fala da vigília, está se referindo aos horários entre meia noite e três damadrugada. Portanto, não importa dia e nem hora, mas o permanecermosfiéis sempre, para que Ele possa se alegrar ao nos encontrar.

3. Por meio do discernimento – “Sabei, porém, isto: se o pai defamília soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria e nãodeixaria minar a sua casa” (v. 39). Discernir quer dizer distinguir umacoisa da outra. Para nossa vida cristã isso é um termo muito válido, porque

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 21sempre temos que estar discernindo entre o certo e o errado, o bem e o mau,como o apóstolo Paulo disse: “Todas as coisas me são lícitas, mas nemtodas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não medeixarei dominar por nenhuma” (1Co 6.12). Só pela vigilância, comunhão,fidelidade, e outras atitudes já mencionadas, iremos andar em Espírito econseguiremos discernir o que pode nos edificar ou destruir.

CONCLUSÃO

Que possamos ter aprendido a ficar mais alerta e vigilantes quanto à vidacristã, a fim de sermos sempre fiéis ao Senhor e estarmos preparados porque nãosabemos o dia e nem a hora da sua volta. “Vigiai, pois, porque não sabeis oDia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir” (Mt 25.13).

Para reflexão:♦ Você se considera um cristão vigilante?♦ Você está preparado para a vinda do Senhor?♦ Para você, Jesus pode vir a qualquer dia e a qualquer hora?

Questionário para avaliação e debate:1. Explique o significado do texto: “Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias”? (Lc 12.35).2. O que representa a “segunda vigília”, no texto bíblico da lição?3. Quem são na parábola: O “pai de família”, “o ladrão” e a “casa”?

“Façam tudo isso orando a Deuse pedindo a ajuda dele. Oremsempre, guiados pelo Espírito deDeus. Fiquem alertas. Nãodesanimem e orem sempre portodo o povo de Deus” (Efésios6.18-VLH)

SUGESTÃO DE HINOS - 006 - 147 - 469 (Harpa Cristã)

Lição 05 - 04 de maio de 2008

Lucas 12.42-48

A FIDELIDADE DO CRISTÃO

Segunda – (Jr 48.10) – Maldito o que faz a obra relaxadamenteTerça – (Mt 3.10) – Fiel nos dízimosQuarta – (Mt 25.14-30) – Fiel nos talentosQuinta – (Lc 16.10) – Fiel no pouco e no muitoSexta – (Ap 2.10) – Fiel até a morteSábado – (Lc 12.42-48) – Fiel na mordomia

•Mostrar o dever do cristão de fazer a obra do Senhor com fidelidade;•Mostrar as conseqüências de uma mordomia irresponsável.

42 - E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem osenhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?

43 - Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier,achar fazendo assim.

“Quem é fiel no mínimo também é fiel nomuito; quem é injusto no mínimo

também é injusto no muito”(Lucas 16.10)

Versículo Chave

Culto Familiar

Objetivos da Lição

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 2344 - Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá.45 - Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir, e

começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se,46 - virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora

que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis.47 - E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem

fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites.48 - Mas o que a não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos

açoites será castigado. E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá,e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.

INTRODUÇÃO

A fidelidade do cristão é medida por um conjunto de práticas e por umaentrega incondicional da sua vida ao Senhor.Nesta lição veremos que o cristão fiel é, em primeiro lugar, um servo

que se mantém na sua posição. Em segundo lugar, ele sabe que, apesar deservo sem direito a qualquer reivindicação, o Senhor, pela sua grandemisericórdia, o recompensará. Portanto, vejamos:

I – ELE SE MANTÉM NA SUA POSIÇÃO DE SERVO

Estar posicionado é não deixar seu posto de atuação, nem relaxar com osdeveres previamente estabelecidos. O texto diz: “a quem o senhor pôs...”(v 42). Então o servo fiel é aquele que:

1. Exerce a sua mordomia com prudência – (v 42) – Ele faz a vontadede Deus de maneira sensata e criteriosa, pois conhece o seu Senhor e sabeque é “duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde nãoespalhaste” (Mt 25.24).

Antes de entregar tarefas aos seus servos, o Senhor faz advertências deque estamos lidando com um Deus Santo (Ex 3.5; Js 5.15).

2. Sabe suas obrigações – (v 43) - Feliz o cristão que quando o Senhorvoltar achá-lo servindo de acordo com os critérios estabelecidos na Palavra.Infelizmente a maioria dos cristãos está estabelecendo os seus próprioscritérios. No entanto, precisamos saber qual o nosso dever. Fui estabelecidona Igreja músico? Evangelista? Mestre? A felicidade do cristão está em sabera sua obrigação e cumpri-la.

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 243. Age com responsabilidade - Nadabe e Abiu morreram porque

levaram fogo estranho perante o Senhor (Nm 26.61), ou seja, tentaram fazera obra de Deus irresponsavelmente. Provavelmente estavam embriagadosquando entraram no templo para sacrificar.

O texto nos adverte dizendo: “Mas, se aquele servo disser em seucoração: O meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os criadose criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se” (v 45). Maldito todoaquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente (Jr 48.10).

4. Permanece em vigilância – “virá o Senhor daquele servo no diaem que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á...”(v 46a). Um exemplo de descuido podemos ver na atitude das cinco virgensque tentaram se preparar no último instante e não conseguiram entrar para asbodas do Cordeiro (Mt 25.10-13).

Os cristãos, atualmente, deixaram a obrigação com o Reino de Deus e estãocorrendo atrás do prêmio deste mundo. Talvez estejam planejando fazer a obrado Senhor depois que conseguirem conquistar o mundo inteiro. Mas devemossaber que o dia e a hora são surpresa para o crente descuidado. Portanto, a suasentença será: “... e lhe dará a sua parte com os infiéis” (v 46b).

II – ELE ESPERA SUA RECOMPENSA DE SERVO

A Bíblia diz que aquilo que o homem semear, isto ele colherá (Gl 6.7).Portanto, uma recompensa, de acordo com o texto que estamos estudando,pode ser boa ou má. Se alguém semeou na carne, irá colher corrupção. Sesemeou no espírito, colherá vida eterna (Gl 6.8). Tanto o cristão fiel como oinfiel receberão galardão, de justiça ou de injustiça. Sendo assim:

1. Devemos ter consciência do valor do galardão – “Em verdadevos digo que sobre todos os seus bens o porá” (v 44) – Todos nósalmejamos este tipo de prêmio. Queremos herdar as riquezas celestiais. MasJesus disse que para isto é preciso renunciar às terrenas (Mt 19.21; Lc 14.33;Hb 11.24-26). Somente aqueles que foram fiéis na obra do Senhor poderãocontar com este tipo de recompensa (Mt 25.21).

2. Devemos ter consciência do castigo que receberemos peladesobediência - “E o servo que soube a vontade do seu senhor e nãose aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado commuitos açoites” (v 47) – Quem sabe o que se deve fazer e não faz ou faz oque não se deve está cometendo o pecado da desobediência. Por todos osmeios, a Palavra do Senhor é divulgada: na EBD, nos cultos, nas reuniões deoração, e ainda deve-se levar em conta que todos os cristãos possuem umaBíblia em casa. Portanto, não fazem porque são desobedientes.

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 253. Devemos ter consciência do castigo que receberemos por causa

da omissão - “Mas o que a não soube e fez coisas dignas de açoitescom poucos açoites será castigado...” (v 48a) – Esta é outra maneira depecar contra o Senhor. Podemos denominá-lo de pecado de omissão. Nestecaso, o cristão não se interessou em saber, não freqüentou a EBD, os cultosdoutrinários e nem se importou em ler a sua Bíblia.

4. Devemos ter consciência das condições impostas naquilo queabraçamos - “... E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá,e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá” (v 48b) -Quando oramos pedindo dons e talentos a Deus, nem imaginamos que estamospedindo mais responsabilidades. Quanto maior for a capacidade, maior acobrança de resultados (Mt 25.16-18).

Se o Senhor nunca falou nada ao nosso coração e se nunca recebemosnenhuma incumbência do Espírito Santo para fazer a obra, então estamosisentos de qualquer responsabilidade; no entanto, toda atribuição querecebemos de Deus será requerida por Ele.

CONCLUSÃO

A vida cristã exige compromisso e fidelidade para com aquele que noschamou para “sermos de Jesus Cristo” (Rm 1.6). Esta fidelidade deve serabrangente, completa. Não significa cumprir alguns requisitos como seestivéssemos comprando a benevolência do Senhor, pois é, na verdade, ocumprimento com as obrigações inerentes ao Reino de Deus.

Somos chamados para exercer a mordomia cristã com responsabilidade,prudência e perseverança.

Para reflexão:♦ Você é um fiel mordomo de Jesus?♦ Você tem consciência do valor da sua recompensa que receberá na glória?♦ Como você tem usado os talentos que Deus te deu?

Questionário para avaliação e debate:1. Como podemos aplicar o v. 45 da lição em nossa vida?2. Como podemos aplicar o v. 47 da lição em nossa vida?3. Como podemos aplicar o v. 48b da lição em nossa vida?

“Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor,quando vier, achar fazendo assim” (Lucas 12.43)

SUGESTÃO DE HINOS - 077 - 131 - 394 (Harpa Cristã)

Lição 06 - 11 de maio de 2008

Lucas 14.25-35

AS CONDIÇÕES DO CRISTÃO

Segunda – (Gn 12.1) – Condições dos chamados por DeusTerça – (Lc 9.57-62) – Condições dos discípulos de Jesus CristoQuarta – (Rm 6.1-14) – Condições para andar em novidade de vidaQuinta – (Rm 8.1-17) – Condições para não andar na carneSexta – (Ap 22.11) – Condições para entrar no reino de DeusSábado – (Lc 14.25-35) – Condições para sermos salvos

• Ensinar que a vida cristã tem um preço a pagar;• Mostrar que voltar atrás nas nossas convicções cristãs é sofrer vexame e humilhação.

25 - Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:26 - Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos,

e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.27 - E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode

ser meu discípulo.

“Assim, pois, qualquer de vós que não renun-cia a tudo quanto tem não pode ser meu

discípulo” (Lucas 14.33)

Versículo Chave

Culto Familiar

Objetivos da Lição

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 2728 - Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro

a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?29 - Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não

a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,30 - dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.31 - Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se

assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontrodo que vem contra ele com vinte mil?

32 - De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadorese pede condições de paz.

33 - Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem nãopode ser meu discípulo.

34 - Bom é o sal, mas, se ele degenerar, com que se adubará?35 - Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem

tem ouvidos para ouvir, que ouça.

INTRODUÇÃO

Ao contrário do que muitos pensam, a vida cristã tem um preço a serpago. Embora a salvação seja gratuita, não se pode consegui-la, emuito menos levá-la a efeito, se não for com muito esforço (Lc 16.16).

No texto que vamos estudar, esta verdade é destacada. Podemos ver quese trata de um investimento de valor calculado, cujos meios foram previamenteavaliados. Portanto, vejamos:

I – FEZ UM INVESTIMENTO DE VALORCALCULADO – (VV 28-32)

Diante de uma grande multidão, Jesus Cristo esclareceu este fato,comparando a vida cristã com a edificação de uma torre e com os preparativosvisando uma guerra. Com isso quis mostrar que antes de aceitarmos ascondições de ingresso no Reino de Deus, precisamos fazer uma introspecçãopara saber se vamos levar adiante o novo empreendimento. Então, vejamos:

1. Ele pondera antes de começar a edificar (v 28-30) – Primeiroprecisamos observar que a vida em Cristo deve ser aceita pelo indivíduo.Ninguém é forçado a ser cristão, pois Jesus diz: “qual de vós, querendo...”(v 28). É um ato deliberado da vontade do homem receber, ou não, a condiçãode ser cristão: “quem quiser tome de graça da água da vida” (Ap 22.17).No entanto, todo aquele que tomar a decisão de “edificar” sua vida em

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 28Cristo, deverá se assentar “primeiro a fazer as contas dos gastos, paraver se tem com que a acabar”.

Muitas pessoas, um dia, decidiram seguir a Cristo, mas, para vergonhadelas, desistiram no meio do caminho. Puseram o alicerce, mas não puderamacabar. Hoje, afastadas, servem de escárnio e vergonha (v 29,30; Mt 5.13).

2. Ele não corre riscos desnecessários (v 31,32) – Sabemos que,para lutar numa guerra, precisamos estar preparados com treinamentoe armas adequadas. É necessário, também, conhecer a força do inimigoque vem contra nós. Entrar numa guerra despreparado é partir para aderrota. Desta forma, Jesus Cristo ilustrou dizendo: “Ou qual é o reique, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assentaprimeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair aoencontro do que vem contra ele com vinte mil?” (v31).

O cristão não pode correr o risco de entrar na guerra espiritual sem odevido preparo e perder a batalha. Satanás é cruel e não poupará osperdedores (Lc 11.24-26).

II - FEZ UM INVESTIMENTO CUJOS MEIOSFORAM AVALIADOS – (VV 25-27; 33-35)

Em certa ocasião, algumas pessoas eufóricas ofereceram-se para seguira Cristo, talvez sem avaliar os meios, as condições nem os riscos. O Senhoros confrontou mostrando que: Quem aceita as condições do Reino, nãodeve esperar por uma vida de conforto nesta terra (Lc 9.57,58); quem sepropõe a segui-lo, não é dono do próprio tempo (Lc 9.59,60) e, para serum discípulo de Jesus, exige-se disciplina e concentração naquilo que sepropõe a fazer (Lc 9.61,62). No texto básico da lição, extraímos trêscondições para quem quer gozar a vida cristã:

1. Estar disposto a sofrer perdas – “Se alguém vier a mim e nãoaborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, eainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (v 26) –De acordo com o contexto, a palavra aborrecer traz o sentido de“desgostar”, ou seja, perder o interesse. Paulo aplica a mesma idéia, aoensinar a igreja de corinto: “... como nada tendo e possuindo tudo” (2Co6.10b). Isso é a mesma coisa que possuir tudo, mas viver como se nadativesse. Em relação aos familiares, quer dizer que devemos nos desprenderdeles, se for o caso, para colocar o Reino de Deus em primeiro lugar. Abraãoteve de fazer isso para atender ao chamado divino (Gn 12.1).

2. Estar disposto a morrer para o mundo e para si mesmo – “Equalquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 29meu discípulo” (v 27) – A cruz fala de morte. Jesus morreu nela e nos convidasolenemente a tomar a nossa. A cruz, neste caso, não significa um instrumentode madeira, muito menos minha esposa, meus filhos ou minha sogra. Representaa morte do meu “ego”. O apóstolo Paulo explica bem esta doutrina emRomanos 6.6: “sabendo isto: que o nosso velho homem foi com elecrucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que nãosirvamos mais ao pecado”. Esta verdade torna-se realidade em nosso viverdiário, quando renunciamos a tudo o que somos e o que temos (v 33).

3. Estar disposto a manter o valor qualitativo da vida cristã – “Bomé o sal, mas, se ele degenerar, com que se adubará? Nem presta paraa terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos paraouvir, que ouça” (v 34,35) - Um efeito da mentalidade das igrejas hoje é oque tem sido chamado de “a síndrome da porta de vai-e-vem”. As igrejasestão repletas de pessoas buscando sentido para a vida, alívio para suasansiedades e preocupações. Assim, elas as escolhem como escolhemrefrigerantes. Tão logo a igreja que freqüentam deixa de satisfazer às suasnecessidades, elas saem pela porta tão facilmente quanto entraram. Buscamconforto e se esquecem de que precisam, na verdade, de uma igreja que asfaça crescer em Cristo e no amor para com os outros (2Pe 1.5-8; 3.18).

CONCLUSÃO

Ser um cristão depreende condições a serem cumpridas. Abraçar estascondições da vida cristã significa calcular o valor a ser pago e avaliar osmeios se são perfeitamente viáveis.

Não podemos começar este empreendimento sem os devidos preparos.Portanto, é por meio da renúncia e da morte do nosso egoísmo, queconseguiremos levar a termo este edifício para a glória de Deus.

Para reflexão:♦ Você fez uma decisão consciente de servir ao Senhor?♦ Você está disposto a sofrer perdas para ganhar a vida eterna?♦ Qual é o teu valor como sal?

Questionário para avaliação e debate:1. Leia o v. 31 e explique a relação do texto com a vida cristã.2. Qual o significado da cruz que temos de levar?3. O que é um crente sem sabor?

“E Jesus lhe disse: Ninguém que lança mão do arado eolha para trás é apto para o Reino de Deus” (Lucas 9.62)

SUGESTÃO DE HINOS - 036 - 076 - 169 (Harpa Cristã)

Lição 07 - 18 de maio de 2008

Lucas 15.11-24

O REGRESSO DO CRISTÃO

Segunda – (Pv 23.22) - Obedecendo aos paisTerça – (Pv 22.28) - Impondo limitesQuarta – (Pv - 16.25) - Observando o caminhoQuinta – (Ecl 11.9) - Resguardando-se na mocidadeSexta – (Lc 15.11-16) - Buscando falsa liberdadeSábado – (Lc 15.17-24) - Reconciliando com o Pai

• Ensinar que longe de Deus não existem bênçãos duradouras;• Mostrar as conseqüências de afastar-se do Senhor.

11 - E disse: Um certo homem tinha dois filhos.12 E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que

me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.13 - E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para

uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente.

“Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, edir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e

perante ti” (Lucas 15.18)

Versículo Chave

Culto Familiar

Objetivos da Lição

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 3114 - E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome,

e começou a padecer necessidades.15 - E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou

para os seus campos a apascentar porcos.16 - E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos

comiam, e ninguém lhe dava nada.17 - E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm

abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!18 - Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra

o céu e perante ti.19 - Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos

teus trabalhadores.20 - E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-

o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe aopescoço, e o beijou.

21 - E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não soudigno de ser chamado teu filho.

22 - Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, evesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés,

23 - e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos,24 - porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi

achado. E começaram a alegrar-se.

INTRODUÇÃO

Entre as parábolas contadas pelo Senhor Jesus, a do filho pródigo, talvez,seja a que melhor descreve a situação daquele que se distancia deDeus. Em contrapartida, nos esclarece a respeito do grande amor de Deus

que espera de braços abertos o que se arrepende (Lc. 15.20; Mt. 11.28-30).Esta lição se propõe a mostrar os motivos que levam muitos ao distanciamento

do Senhor, bem como as conseqüências resultantes desta atitude. Por outrolado, veremos que há a possibilidade de regressar à casa do Pai e experimentara restauração que Ele opera em nós pelo seu grande amor.

I – O QUE NOS LEVA A DISTANCIARMOS DE DEUS

Examinando o texto básico da lição, podemos entender o que levou ofilho pródigo a deixar a casa de seu pai.

1. A imaturidade cristã – “O mais moço deles” (v. 12) - Quem saiu de

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 32casa foi o mais jovem. Neste caso específico, parece que a falta de experiênciao levou a pensar nos prazeres fáceis, sem se dar conta do que poderia sofrer.

A imaturidade tem levado muitos ao fracasso nas mais diversas áreas:conjugal, financeira, social, ministerial etc.

Os prazeres mundanos como: prostituição, drogas, orgias, alucinam eatraem com facilidade os imaturos (Ef. 4.14).

2. A prática de pecado premeditado – “Poucos dias depois” (v. 13) -O moço já havia maquinado a respeito da sua saída, insistindo em seguir osdesejos da sua carne. O sábio Salomão disse: “As águas roubadas sãodoces, e o pão comido às ocultas é suave” (Pv. 9.17). O pecado é,aparentemente, agradável (Gn. 3.6), mas o seu salário é a morte. (Rm. 6.23)Deus abomina o “coração que maquina pensamentos viciosos, e pésque se apressam a correr para o mal” (Pv. 6.15-18; 24.9). Há alguns quepecaram por deslize, outros, simplesmente premeditaram. Tiveram tempopara refletir e se arrepender, mas não o fizeram. É o exemplo de Davi, quecometeu adultério e, por conseqüência, matou Urias. (2Sm. 11.1-24).Vejamos a advertência de Tiago 1.13,14.

3. O anseio por independência – “ajuntando tudo, partiu para umaterra longínqua...” (v.13) - Alguns cristãos abandonaram as suas congregaçõesem busca de um evangelho fácil. Uma vida “cristã” isenta de renúncia. Sãocrentes infrutíferos, inimigos da verdade, seguidores de fábulas (2Tm. 4.4).

4. A insensatez – Estava fora de si (v. 17) - Somente estando fora desi, alguém toma decisões como esta. A Palavra de Deus revela que uma vidapecaminosa está relacionada a falta de juízo, ou seja, quem anda errado, estáfora de si (Sl 53.1; Mc. 5.15; Lc. 12.20).

II – CONSEQÜÊNCIAS DO DISTANCIAMENTO DE DEUS

Distante do pai e sem os seus conselhos o filho pródigo se via agora malvestido e faminto, desejando comer aquilo que era oferecido aos porcos. Muitoscristãos, distanciados de Deus, estão sofrendo estas amargas conseqüências:

1. Perda de valores – “havendo ele gastado tudo” (v. 14) - O incautoveio a padecer necessidades de tudo que abundara na casa do pai. Istoindica que houve perda em todos os sentidos:

. Valores materiais – Até os empregados da casa de seu paigozavam de maiores privilégios. A pobreza não é conseqüência depecado, mas um estado miserável pode indicar distanciamento de Deus,onde os bens não são duradouros.

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 33. Valores psicológicos – O filho passou a demonstrar um estado mórbido,

sofrendo rebaixamento da auto-estima. Este é o estado daquele que sedistancia de Deus. “Havendo perdido todo o sentimento, seentregaram...” (Ef. 4.19) Passou a ter uma disposição mental reprovável,ou sentimento perverso, conforme Romanos 1.28.

. Valores espirituais – Houve perda de comunhão com o pai. Quemprocura o caminho dos prazeres desvinculados de Deus, perde os dons,enterra os talentos, apaga-se-lhe a luz do evangelho, perde o sabor a alegriae, por fim, a vida eterna.

III – REAÇÃO CORRETA PARA O DISTANCIADODE DEUS (vv. 18-24)

O jovem, ao recobrar a lucidez, foi capaz de:

1. Considerar o seu estado miserável - Saul, embora não tenha searrependido de verdade, pôde declarar: “Eis que procedi loucamente eerrei grandissimamente” (1Sm. 26.21). O filho pródigo passou a enxergarcom clareza quando recobrou a sobriedade. O homem só pode entender oseu estado miserável quando é despertado pelo poder da Palavra de Deus:“Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo teesclarecerá.” (Ef. 5.14).

3. Recomeçar - Esta foi a atitude mais nobre do jovem: mostrouprudência, inteligência, lucidez e buscou nova oportunidade para recomeçar.A atitude de “levantar” ilustra a diligência espiritual (Rm. 13.11,12).

Esta deve ser a atitude daqueles que um dia, iludidos pelo prazer do pecado,deixaram a presença do Pai (Hb 11.25). Se você, por meio desta lição, ouvehoje a voz do Espírito Santo, não endureça o seu coração (Hb. 3.7,8). Tomeesta decisão: “Levantar-me-ei e irei ter com meu Pai”.

4. Pelo perdão - Disse o pai aos seus servos: “Trazei depressa amelhor túnica e vesti-o com ela” (v.22). Isso nos fala das vestes espirituais,aponta para a justiça de Deus em Cristo Jesus (Sl. 132.9; Rm. 5.1). O anelna mão, fala de autoridade e as sandálias nos pés, de filiação (os escravosnão usavam calçados).

É uma característica do amor de Deus atrair a si homens de todos ospovos e nações para o reino do seu amor (Jr. 31.3; 2Pe. 3.9).

CONCLUSÃO

Esta lição nos desafia a uma tomada de decisão. É provável que todos

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 34nós tenhamos alguma área a ser tratada em nossas vidas. Afastar-se de Deusé cair na mediocridade e sofrer perdas de valores, muitas vezes, irreparáveis.

Deus é longânimo e amoroso, por isso devemos nos voltar a Ele, enquantohá tempo (Is 55.6). Tomemos, agora, a decisão de regressar e ser tratadospor Deus, no qual há copiosa redenção.

Para reflexão:♦ Você se considera um crente “maduro”?♦ Você tem sofrido perdas espirituais, por causa de uma vida distanciada de Deus?♦ Você está disposto a recomeçar uma vida com Deus?

Questionário para avaliação e debate:1. Quais as quatro coisas que levaram o filho a distanciar-se do pai?2. Dê dois exemplos de perdas para quem se distancia de Deus.3. Qual é o primeiro passo para quem quer recomeçar a vida cristã?

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SUGESTÃO DE HINOS - 187 - 235 - 256 (Harpa Cristã)

Lição 08 - 25 de maio de 2008

Lucas 16.19-31

ADVERTÊNCIAS PARA O CRISTÃO

Segunda – (1Co 10.11) – A Escrituras são para aviso nossoTerça – (1Tm 4.16) – Tenha cuidado da doutrinaQuarta – (1Tm 6.10) – Cuidado com o amor ao dinheiroQuinta – (Hb 12.15) – Cuidado da graçaSexta – (1Pe 5.2) – Cuidado com o rebanho de DeusSábado – (Lc 16.19-31) – Cuidado com a avareza

• Ensinar que o cristão deve observar o exemplo do “rico” evitando cairno mesmo fracasso;• Mostrar que não há como se retratar depois da morte.

19 - Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo,e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.

20 - Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheiode chagas à porta daquele.

21 - E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico;

“Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-tede que recebeste os teus bens em tua

vida, e Lázaro, somente males; e,agora, este é consolado, e tu,atormentado” (Lucas 16.25)

Versículo Chave

Culto Familiar

Objetivos da Lição

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 36e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.

22 - E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para oseio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.

23 - E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longeAbraão e Lázaro, no seu seio.

24 - E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim emanda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque alíngua, porque estou atormentado nesta chama.

25 - Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste osteus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este éconsolado, e tu, atormentado.

26 - E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorteque os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampoucoos de lá, passar para cá.

27 - E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,28 - pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que

não venham também para este lugar de tormento.29 - Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.30 - E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse

ter com eles, arrepender-se-iam.31 - Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas,

tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.

INTRODUÇÃO

Normalmente, estudamos a parábola do rico e Lázaro para extrair delaensinos concernentes ao inferno e à perdição eterna. Apesar deencontrarmos nela este tipo de ensino, seu destaque doutrinário

principal, de acordo com o contexto, foca questões como a avareza e oapego às coisas desta vida.

Veremos nesta lição algumas advertências, para as quais os cristãos devem bematentar, pois a Bíblia foi escrita para aviso nosso (1Co 10.11). Portanto, vejamos:

I – O CRISTÃO PRECISA ABDICAR-SE DESTE MUNDOEFÊMERO PARA ALCANÇAR A GLÓRIA ETERNA

Jesus estava ensinando o povo, “e os fariseus, que eram avarentos,ouviam todas essas coisas e zombavam dele” (Lc 16.14). O Senhor osrepreendeu dizendo que ninguém pode servir a Deus e às riquezas (Lc 16.13).

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 37A história contada por Jesus a seguir, dá prosseguimento à doutrina

apresentada nos textos anteriores. Duas verdades podemos observar aqui:

1. O contraste entre a vida do Rico e a de Lázaro – O textopode deixar transparecer a idéia errônea de que a riqueza é sinal depecado e a pobreza, de virtude. Ou que ser rico é estar destinado àperdição e que a salvação se consegue por meio da pobreza esofrimento. No entanto, o ensino em destaque é que o amor ao dinheiro(1Tm 6.10) e uma vida sem renúncia pode nos levar a não se importarcom a salvação. O luxo e o conforto deste mundo podem gerar em nósuma acomodação e, quando muito, apenas nos escorarmos em umareligião para assegurar à nossa consciência de que tudo vai bem.

O problema com aquele rico é que ele ignorou o seu próximo pobre, quetentava matar a fome à sua porta, para viver “regaladamente” (v 19).

Por outro lado, a pobreza de Lázaro representa, aqui, a abstinência, adependência de Deus e o sofrimento (v 20,21), que evidentemente só sãoproveitosas se vividas por causa do evangelho. São essas duas situações queformam o grande contraste.

2. O contraste entre a morte do Rico e a de Lázaro – A diferençaentre a vida do rico e a do pobre estende-se até o dia da morte de ambos.Vemos que: “... o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seiode Abraão...” (v 22a). É, sem dúvida, um solene cortejo para receberaquele que nada teve de importante neste mundo. O apóstolo Paulo esperavaeste tipo de atenção, em recompensa à sua vida abnegada (2Tm 4.7,8;18). Mas a história continua: “... e morreu também o rico e foi sepultado”(v 22b). Nem uma recepção ou cerimônia. Morreu e pronto! O que eraimportante desvaneceu, visto que: “o que entre os homens é elevadoperante Deus é abominação” (Lc 16.15b).

II – O CRISTÃO PRECISA TER CONSCIÊNCIA DECERTAS VERDADES

Esta parábola esconde ensinos muito importantes para a nossa vidaespiritual. O livro de Provérbios descreve o homem que não se importa emreceber instruções, dizendo: “Não quis” (1.25), “não aceitou, desprezou”(1.30), “rejeitou, enojou-se” (3.11), “não ouviu” (13.1) e “aborreceu”(5.12) a instrução do Senhor. Vejamos então estes ensinos:

1. Há uma grande diferença entre ser salvo e conhecer aspectos dasalvação – Por vezes, nos iludimos pensando que estamos bem com Deus,porque conhecemos os chavões e palavras ditas no meio evangélico, taiscomo: “Paz do Senhor”, “irmão”, “tá amarrado” etc. Além do mais,

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 38participamos das orações e dos louvores. No entanto, ficamos estarrecidosao observar que o homem condenado conseguiu ver Abraão, ainda que delonge (v 23), chamou Abraão de pai (v 24) e foi chamado de filho (v 25).Jesus nos advertiu quanto a este comportamento, lembrando que uma religiãosuperficial não tem proveito algum (Mt 7.21-23).

2. Há um grande abismo entre os salvos e os condenados – “E,além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte queos que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampoucoos de lá, passar para cá” (v 26) – Para Deus, é fundamental que as coisassejam bem definidas. “... e fez Deus separação entre a luz e as trevas”(Gn 1.4). Quer que a diferença entre os cristãos e os não-cristãos seja visível(Ml 3.18). Portanto, nos exorta: “Não vos prendais a um jugo desigualcom os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? Eque comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entreCristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consensotem o templo de Deus com os ídolos?...” (2Co 6.14-16).

3. Há uma grande importância entre o saber e o praticar – Comojá estudamos na lição 03, o cristão prático é semelhante ao homem queconstruiu a sua casa no rocha. O imprudente, que não pratica, construiuna areia. O homem rico mencionado na parábola conhecia a verdade,mas não praticava, como podemos notar:

a) Mesmo estando no inferno, demonstrou que tinha consciência dopecado, tanto que se lembrou dos seus irmãos e, sendo conhecedor da vidapecaminosa que possuíam, intercedeu por eles (v 27,28);

b) Sabia da existência de um evangelho que pode impedir as pessoasde ir para o inferno (v 28);

c) Acreditava na possibilidade da ressurreição (v 30);

d) Tinha consciência de que todos os que vivem errados vão para ali (v 30);

e) Tinha consciência de que a rejeição à Palavra de Deus é suficientepara que alguém seja lançado no inferno (v 30).

CONCLUSÃO

Agora que estudamos esta lição, devemos refletir e conscientizar-nos dosriscos que correm aqueles que conhecem a Palavra de Deus, mas não a obedecem.

O cristão precisa deixar o apego a este mundo e buscar as coisas celestiais,

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 39pois se quiser, “ninguém errará o caminho que conduz ao céu”, mastambém, “ninguém poderá escapar, do juízo final” (Vitorino Silva).

Tomemos uma posição diante desta séria advertência e sirvamos ao Senhorcom temor e reverência.

Para reflexão:♦ O teu modo de viver se parece com o do “rico” ou de “Lázaro”?♦ Você conhece a salvação ou sobre a salvação?♦ Você conhece o evangelho e o pratica?

Questionário para avaliação e debate:1. O que aconteceu na morte do “rico”?2. O que aconteceu na morte de “Lázaro”?3. Mencione alguns contrastes entre a situação do “rico” e a de “Lázaro”, após a morte, conforme mostrado na parábola.

VOCÊ É UM VERDADEIRO CRISTÃO?

Jonathan Edwards

"Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônioso crêem, e estremecem" (Tiago 2.19).

Como você sabe se pertence a Deus? Algumas pessoas pensam queestarão certas diante de Deus se não forem tão más como algumaspessoas ímpias. Há um sistema em uso comum que pergunta às pessoas:"Suponha que tu morras hoje. Por que Deus deveria deixar-te entrar noSeu céu?" Uma resposta muito comum é: "Eu creio em Deus".Aparentemente o apóstolo Tiago conhecia pessoas que diziam a mesmacoisa: "Eu sei que estou no favor de Deus, porque eu conheço estasdoutrinas religiosas".

Certamente Tiago admite que este conhecimento é bom. Não somenteé bom, mas é também necessário. Ninguém que não acredite em Deus,pode ser um cristão. Todos os cristãos sabem que esta crença no ÚnicoDeus é somente uma parte das boas coisas "porque é necessário queaquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoadordos que O buscam" (Hb 11.6).

Continua na página 50...

SUGESTÃO DE HINOS - 084 - 107 - 193 (Harpa Cristã)

Lição 09 - 01 de junho de 2008

Lucas 18.1-8

A ORAÇÃO DO CRISTÃO

“Bendito seja Deus, que não rejeitou a minhaoração, nem desviou de mim a sua

misericórdia” (Salmos 66.20)

Segunda – (Lc 21.36) – Vigilância na oraçãoTerça – (At 1.14) – Persistência na oraçãoQuarta – (Ef 6.18) – Contínua oraçãoQuinta – (1Ts 3.10) – Abundante oraçãoSexta – (Jd 20) – Espírito de oraçãoSábado – (Lc 18.1-8) – Insistência na oração

• Ensinar que a oração incessante é um dever do cristão;• Mostrar que aquele que insiste na oração será ouvido por Deus.

1 - E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre enunca desfalecer,

2 - dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nemrespeitava homem algum.

3 - Havia também naquela mesma cidade uma certa viúva e ia ter com ele,

Versículo Chave

Culto Familiar

Objetivos da Lição

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 41dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.

4 - E, por algum tempo, não quis; mas, depois, disse consigo: Ainda quenão temo a Deus, nem respeito os homens,

5 - todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para queenfim não volte e me importune muito.

6 - E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.7 - E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia

e de noite, ainda que tardio para com eles?8 - Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho

do Homem, porventura, achará fé na terra?

INTRODUÇÃO

A parábola da viúva e o juiz iníquo, assim como a subseqüente do mesmocapítulo, são encontradas apenas no evangelho de Lucas. Ambas foramutilizadas para discorrer sobre os deveres do cristão ao se colocar em

oração (v. 1).É claro que a oração não se trata apenas de um dever, mas de um privilégio

que somente aqueles que estão em harmonia com a Palavra conseguem desfrutar(Hb 10.19-23). Por essa razão, uma vez que estamos falando sobre vida cristã,vejamos o que Cristo nos ensina em sua parábola ao se referir à oração.

I - ILUSTRADA POR MEIO DE TRÊS FATORES

Com intuito de instruir seus servos acerca da oração perseverante, Cristomostra que mesmo diante da aparente possibilidade de não sermos ouvidos,jamais devemos nos abater. Para isto, Ele fala de três fatores que, só deimaginar, abateria o ânimo até de iniciar uma oração, que dirá de se perseverarnela. Veja quais são:

1. Uma autoridade ímpia - Imagine uma autoridade que menospreza oque Deus a nomeou e que, além disso, só se preocupa com a sua própriaposição, como foi o caso de Balaque (Nm 22 - 24). Você teria coragem desolicitar algo a uma pessoa assim? Embora seja um fator intrigante para sefalar de oração, esta foi a atmosfera em que Cristo envolveu seus ouvintes,ao inserir os atos de um juiz iníquo em sua parábola (v. 2), para queentendessem a necessidade da perseverança na oração.

2. Uma pessoa sem prestígio - Um fator que impossibilitaria ainda maiso atendimento a uma solicitação seria o baixo prestígio do requerente, pois o

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 42comum é a prontidão no atendimento àquele que é bem conceituado pelamaioria de uma classe social.

Cristo sabia que uma viúva sempre foi alguém de pouca reputaçãopara muitos que a ouvia (Ex 22.22; Jó 24.21). Por esta razão, aoadicionar tal personagem em sua parábola (v. 3), Ele acentuou aindamais a impossibilidade de ser atendido.

3. Uma causa irrelevante - Não há nada mais desanimador para a pessoaque está passando por determinado problema, que vê-lo ser tratado comoalgo irrelevante para aquele que o ouve. É como o infortúnio vivido por Jó,ao ouvir as palavras de Elifaz (Jó 15.9,10).

Quando Cristo expôs apenas a vaga expressão da viúva: “Faze-me justiçacontra o meu adversário” (v. 3), não apresentando o problema nem aargumentação plausível da solicitante, Ele deixou subentendido que esse nãoé o peso maior em uma oração.

II - EXEMPLIFICADA EM UM CENÁRIO DE INCERTEZA

Conforme vimos no tópico anterior, Cristo apenas introduziu os pontosque discorreria em sua parábola. Neste tópico, ao argumentar cada um dosfatores apresentados, levando os ouvintes a visualizarem um cenário deincerteza, Ele começa a mostrar que é em uma situação como essa que sejustifica a perseverança.

1. A fraqueza do suplicante - O Grande conhecedor da mente humanasabia muito bem que, ao referir-se a uma viúva em sua parábola, logo viria àimaginação de seus ouvintes, uma pessoa idosa e sem forças. O que Cristoqueria mostrar com isso é que a suplicante tinha motivos de sobra para desistir.

No campo da oração, o esmorecimento consiste em perda da batalha (Ex17.10-13). Assim sendo, jamais duvide das promessas de Deus em virtudeda situação em que você se encontra, pois ainda que não tenha a vasilha parareceber as bênçãos prometidas, o Senhor concederá os meios necessáriospara que se possa recebê-las (Gn 12.2; 15.2-4).

2. A indisposição do deliberante - Mesmo Cristo não tendo apontadoum problema específico para a viúva, é fácil observarmos que não se tratavade uma causa insolúvel para o juiz, pois conforme foi ilustrado simplesmentenão quis atendê-la (v. 4).

Imagine a sensação de incerteza que, embora por pouco tempo, taispalavras provocaram naquele momento. Era Cristo se valendo de umimportante recurso para ensinar sobre a perseverança na oração. Mas,infelizmente, muitos preferem acreditar que Deus simplesmente não se importacom suas causas (Is 40.27,28 BLH).

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 433. A aflição do recorrente - Quem não se afligiria em saber que a pessoa

a quem confiou o seu problema não tem interesse em ajudá-la e ainda seincomoda quando é procurada? Esta situação é bem expressa nas palavras:“Por algum tempo, não quis,... esta viúva me molesta” (v. 4, 5a). Mesmocom o peso dessas palavras, a viúva prosseguiu como se estivesse dizendo asi mesma: “Lá vamos nós de novo!”

O cristão precisa aprender que orar conforme a vontade do Pai nãosignifica resposta rápida, e sim, ser persistente até que ela venha de maneiraclara e inteligível, pois em Deus não há sombra de dúvida no sim e nem muitomenos no não (Gn 18.20-33; 1Sm 16.1; 2Co 12.7-9; Tg 5.17).

III - APLICADA POR MEIO DO CONTRASTE

Alguém pode perguntar-se: “Por que Deus está sendo representado napessoa de um ímpio?” O fato é que, diferente das outras parábolas, Cristoutilizou-se do contraste e não da comparação para ensinar, mas um ponto emcomum que prevalece é a persistência na oração. Para entender melhor,vejamos a dinâmica do contraste:

1. De autoridade ímpia para autoridade divina - Quando o Senhordisse: “Ouvi o que diz o injusto juiz.” (v. 6) se referindo às palavras queforam ditas no versículo anterior, Ele está ressaltando que aquele juiz não foimovido por sua bondade, mas pela perseverança da viúva.

A Bíblia diz: “Bom é o Senhor para os que se atém a ele, para a almaque o busca” (Lm 3.25). Sabendo disso, o impacto da explicação de Cristose torna bem mais contundente (v.7), pois não servimos a um Deus injusto, masaquele que ama a justiça e o juízo, e que também é rico em bondade (Sl 33.5).

2. De pessoa sem prestígio para pessoa escolhida - Ao discorrer naparábola que uma pessoa de pouco prestígio acabou sendo atendida porpura indignação (v. 5), Cristo mostra que os escolhidos terão muito maisêxito diante do Deus que os escolheu, pois dos tais é a vitória (Rm 8.33-37).

Por ser um escolhido de Deus (1Co 1.9), jamais duvide do valor que tenspara Ele, por pensar que demora em atendê-lo. Lembre-se, quando um paidiz não a um filho, isso não tem nada a ver com o prestígio deste, assim comonem sempre quer dizer que lhe foi pedido algo que não deseja dar-lhe, mastão somente que está querendo dizer: “Agora não, filho!”

3. De causa irrelevante para causa preeminente - Enquanto o juiztratou a causa da viúva como algo irrelevante e só depois de certo tempo,voltou sua atenção à mesma, Cristo ressalta a preeminência de nossas causascom as seguintes palavras: “... depressa, lhes fará justiça...” (v. 8).

A confusão que muitos fazem em relação à pressa de Deus, é quando a

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 44limitam ao tempo do homem e não ao do próprio Deus (2Pe 3.8). Mas osque entendem esta verdade sabem que o Senhor responde às nossas orações,bem antes de recebermos o que pedimos (Dn 10.10-13), pois esta é a maiorprova de que a nossa causa é de grande relevância para o Senhor.

CONCLUSÃO

Jamais devemos ignorar que a vida cristã tem muito mais relevância diantede Deus que aquilo que pedimos em oração. Conforme vimos, ao adicionarmosem nossas vidas o que a parábola nos ensinou, a oração não será apenas umrecurso à parte, mas a expressão contínua da nossa vida em Cristo.

O Senhor não leva em consideração o percentual crítico de umproblema para identificar a quem atenderá primeiro, pois Ele tem poderpara atender a todos ao mesmo tempo. Portanto, lembre-se que apersistência é o que indicará o grau da tua fé, e esta sim, é tida comoum referencial para a resposta das orações.

Para reflexão:♦ Você tem permitido que a intensidade dos problemas interfira na tua fé?♦ Você realmente tem se posicionado como um escolhido de Deus?♦ Você tem sido persistente em suas orações?

Questionário para avaliação e debate:1. A quem representa o “injusto juiz” e a “viúva”?2. Por que o “injusto juiz” atendeu ao pedido da viúva?3. Explique o que Jesus quis ensinar com esta parábola

No próximotrimestre estaremos

estudando o seguinte tema:CÃNTICOS BÍBLICOS.

Meditaremos em assuntos importantespara o nosso enlevo

espiritual.

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 45

ResoluçõesJonathan Edwards

1. Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e parao meu próprio proveito, durante todo tempo de minha peregrinação, semnunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agoraou pela eternidade fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu devere que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantasou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar;

2. Resolvi jamais desperdiçar um só momento do meu tempo; pelo contrário,sempre buscarei formas de torná-lo o mais proveitoso possível;

3. Resolvi jamais fazer alguma coisa que eu não faria, se soubesse queestava vivendo a última hora da minha vida;

4. Resolvi que sempre que pense em qualquer enigma sobre a salvação,fazer de tudo imediatamente para resolvê-lo e entendê-lo;

5. Resolvi, assim que sentir um mínimo de deleite de orgulho ou de vaidade,eliminá-lo de imediato;

6. Resolvi nunca fazer algo em forma de vingança;

7. Resolvi nunca falar mal de ninguém, de forma tal que afete a honra dapessoa em questão, nem para mais nem para menos honra, sob nenhumpretexto ou circunstância;

8. Resolvi examinar sempre cuidadosamente e de forma constante eprecisa, qual a coisa em mim que causa a mínima dúvida sobre o verdadeiroamor de Deus para direcionar todas as minhas fortalezas contra tal origem;

9. Resolvi estudar as Escrituras de tal modo firme, preciso, constante efreqüente que me seja tornado possível e que me aperceba em mim mesmode que estou crescendo no conhecimento real das mesmas;

10. Resolvi nada falar que não seja inquestionavelmente verídico erealmente verdadeiro em mim;

11. Resolvi que a partir daqui, até que eu morra, nunca mais agirei comose me pertencesse a mim mesmo de algum modo, mas inteiramente esobejamente pertencente a Deus, como se cada momento de minha vidafosse um normal dia de culto a Deus.

SUGESTÃO DE HINOS - 056 - 077 - 432 (Harpa Cristã)

Lição 10 - 08 de junho de 2008

Lucas 18.9-14

A POSIÇÃO DO CRISTÃO

Segunda – (Sl 44.6) – Não confio no meu arcoTerça – (Is 64.6) – Justiça como trapos de imundíciaQuarta – (Jr 17.9) – Coração enganosoQuinta – (Fp 2.3) – Nada façais por vanglóriaSexta – (Tg 4.10) – Humilhai-vos perante o SenhorSábado – (Lc 18.9-14) – Quem se humilha será exaltado

• Ensinar que o cristão deve chegar-se humildemente diante do Senhor;• Mostrar que aquele que se justifica diante de Deus, permanecerá no pecado.

9 - E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos,crendo que eram justos, e desprezavam os outros:

10 - Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano.11 - O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus,

graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos

“... qualquer que a si mesmo se exalta seráhumilhado, e qualquer que a si mesmo

se humilha será exaltado”(Lc 18.14b)

Versículo Chave

Culto Familiar

Objetivos da Lição

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 47e adúlteros; nem ainda como este publicano.

12 - Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.13 - O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria

levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, temmisericórdia de mim, pecador!

14 - Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele;porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que asi mesmo se humilha será exaltado.

INTRODUÇÃO

Avida cristã exige constante vigilância e introspecção para analisar osfatos geradores dos nossos procedimentos. No menor descuido,caímos na tentação de achar que somos melhores que todo mundo, com

isso, o nosso coração se eleva e começamos a desprezar o nosso semelhante.Nesta lição queremos avaliar as atitudes dos personagens apresentados

na parábola e tomar a decisão de seguir os exemplos corretos. Qual deve sera posição do cristão?:

I – DEVE SER DIFERENTE DA APRESENTADANA PARÁBOLA – (V 9)

Podemos perceber que o Senhor estava incriminando, principalmente, osfariseus os quais eram o alvo, porque se achavam sem pecado e moralmentecorretos (Lc 15.2). Mas o seu ensino se destina também àqueles quedemonstram semelhante comportamento, Portanto:

1. O ensino de Jesus destina-se aos auto-suficientes - “E dissetambém esta parábola a uns que confiavam em si mesmos...” –Pessoas assim, pensam que conquistaram o que têm por meio dasabedoria e esperteza própria, desconhecendo completamente acondição humana. No entanto, a Palavra de Deus nos faz lembrar que:“Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seubraço, e aparta o seu coração do Senhor!” (Jr 17.5).

O salmista nos deixa aqui uma bela recomendação: “Pois eu não confiareino meu arco, nem a minha espada me salvará” (Sl 44.6).

2. O ensino de Jesus destina-se aos que justificam a si mesmos -“... crendo que eram justos...” – Os fariseus liam e decoravam a Palavra

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 48de Deus, mas não se dispunham a cumpri-la. Burlavam os ensinos de Moisés,a quem diziam seguir e desprezavam os ensinos de Jesus, daí o motivo porquepermaneciam cegos.

As Escrituras deixam clara a nossa posição em relação à justiça divina:“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças,como trapo da imundícia...” (Is 64.6). Somos exortados a chegar aDeus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 3.22). O Senhor é anossa justiça! (Jr 33.16).

3. O ensino de Jesus destina-se aos menosprezadores - “... edesprezavam os outros” – O desprezo significa falta de apreço;desconsideração, desdém. Repulsa com nojo, era assim que os fariseus viamas pessoas em geral (Jo 9.34).

As igrejas estão cheias de pessoas assim: acham que cantam ou pregammelhor e, com este sentimento, acabam desprezando os verdadeiros humildesdo Reino. São as “panelinhas” que funcionam como “joio” no meio da igreja.

A Palavra de Deus nos diz: “Nada façais por contenda ou porvanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superioresa si mesmo” (Fp 2.3).

II – DEVE PAUTAR-SE EM EXEMPLOS CORRETOS

O cristão precisa estar posicionado corretamente diante do Senhor, comoum bom soldado que se alistou para a guerra. Os ensinos, a seguir, nos darãodiretrizes para nos adequarmos à vontade de Deus (Cl 1.10):

1. Não podemos definir a nossa posição cristã com apenas algunsgestos ou atitudes - “Dois homens subiram ao templo, a orar; um,fariseu, e o outro, publicano” (v 10) – A superficialidade é a marcaprincipal da maioria dos cristãos hoje que apóiam a sua convicção emfatos e emoções e não na Palavra de Deus. No entanto, podemos perceberque uma pessoa pode participar de muitas atividades cristãs sem ser salvo:Saul profetizou (1Sm 19.24), Judas participou da equipe de evangelização(Mc 6.7), Ananias era ofertante (At 5.1,2) e, no texto acima, podemosnotar que o fariseu subiu ao templo para orar. Além do mais, jejuava eera dizimista e, no entanto, foi reprovado por Deus (v 12).

2. Devemos examinar as intenções do nosso coração – “Ofariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus,graças te dou, porque não sou como os demais homens,roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quantopossuo” (v 11,12) – Paulo tinha muitas razões para recomendar que o

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 49cristão examine a si mesmo antes de participar da Ceia do Senhor (1Co11.28), pois: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas,e perverso; quem o conhecerá?” (Jr 17.9).

O fariseu chega ao extremo quando afirma: “não sou como os demaishomens”. Este tipo de comportamento não tem amparo na lei que ele tantodefendia, pois Tiago diz: “qualquer que guardar toda a lei e tropeçar emum só ponto tornou-se culpado de todos” (Tg 2.10).

3. Precisamos considerar o nosso próprio estado diante de Deus –“O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda querialevantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, temmisericórdia de mim, pecador!” (V 13) – O publicano, apesar de ser umpecador declarado, teve atitude mais nobre, pois considerou a sua posiçãoindigna diante do Senhor. A humildade é estampada nos seguintes gestos:“em pé”, “de longe”, “nem ainda queria levantar os olhos ao céu”. Asua oração foi simples e singela: “Tem misericórdia de mim, pecador!”.

4. Devemos estar conscientes das conseqüências do nossocomportamento – (v 14) – No final das contas, o que pesará na balançajusta de Deus são as nossas intenções, pois: “A prova pela qual toda condutaserá finalmente julgada é o motivo” - A.W.Tozer.

Quando comparecermos ante o Tribunal de Cristo (2Co 5.10; 1Co3.13,14) para prestarmos contas dos atos praticados enquanto no corpo,nos perguntarão “por que” e não “o que” fizemos, já que: “À vista deDeus, somos julgados, não tanto pelo que fazemos como por nossasrazões para fazê-lo” - A.W.Tozer.

Jesus foi taxativo ao afirmar que o fariseu foi reprovado por causa da suaatitude arrogante, enquanto que o publicano “desceu justificado”. E a razãoé: “Qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer quea si mesmo se humilha será exaltado”.

CONCLUSÃO

A posição do cristão é de humildade perante o seu Senhor porque umcoração altivo, Deus o abaterá.

Vimos na lição que a atitude do fariseu jamais deve ser copiada, enquantoque a do publicano nos serve de exemplo.

Vamos tomar cuidado com a nossa forma de olhar para nós mesmos,considerando-nos melhores que os “demais homens”. Se queremospermanecer de pé, na presença do Senhor, sigamos esta instrução:“Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará” (Tg 4.10).“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, aseu tempo, vos exalte” (1Pe 5.6).

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 50Para reflexão:♦ Você confia em Deus totalmente?♦ O teu coração pode passar por uma sondagem sem problemas?♦ O que motiva você seguir a Jesus Cristo?

Questionário para avaliação e debate:1. O que é justificar-se a si mesmo?2. O que o fariseu quis dizer com: “Não sou como os demais homens”?3. Por que o publicano saiu justificado?

... continuação...

Todavia, Tiago é claro que embora esta crença seja uma boa coisa,definitivamente ela não é prova de que uma pessoa é salva, porque osdemônios também crêem, e eles estão certos de que serão punidos noinferno. Os demônios não somente crêem que Ele existe, mas que é umDeus Santo, que odeia o pecado. Esta é a razão dos demônios"estremecerem". Eles conhecem Deus mais claramente que a maioria dosseres humanos, e estão amedrontados. Todavia, nada na experiência doshomens, que os demônios possam experimentar também, é sinal de que agraça de Deus esteja em seus corações.

A Bíblia deixa claro que os demônios não têm esperança de salvação,e que sua crença em Deus não elimina sua futura punição. Portanto, crerem Deus apenas, não é prova de salvação para os demônios e tampoucopara os seres humanos.

Os Demônios têm um Conhecimento de Deus. Isto é visto maisclaramente quando pensamos sobre o que os demônios são de fato. Elesnão são santos: qualquer coisa que eles experimentem, não pode ser umasanta experiência. O diabo é perfeitamente mau. "Vós tendes por pai aodiabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desdeo princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele.Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso,e pai da mentira" (Jo 8.44). "Quem comete o pecado é do diabo; porqueo diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou:para desfazer as obras do diabo" (1Jo 3.8). Portanto, os demônios sãochamados espíritos maus, espíritos impuros, poderes das trevas, e assimpor diante (Ef 6.12).

Continua na pág. 60...

SUGESTÃO DE HINOS - 111 - 156 - 413 (Harpa Cristã)

Lição 11 - 15 de junho de 2008

João 10.1-16

A SEGURANÇA DO CRISTÃO

“Como pastor, apascentará o seu rebanho;entre os braços, recolherá os cordeiri-

nhos e os levará no seu regaço; asque amamentam, ele as guiarámansamente” (Isaias 40.11)

Segunda – (Sl 4) – O Senhor me faz habitar em segurançaTerça – (Sl 23) – O Senhor me guia mansamenteQuarta – (Sl 46) – O Senhor é o meu refúgioQuinta – (Sl 91) – O Senhor é o meu descansoSexta – (Rm 8.31-39) – O Senhor é a minha defesaSábado – (Jo 10.1-16) – O Senhor não me lança fora

• Ensinar que como ovelhas do Bom Pastor, temos total segurança;• Mostrar os benefícios de sermos ovelhas do seu rebanho.

1 - Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela portano curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador.

2 - Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.3 - A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo

nome às suas ovelhas e as traz para fora.

Versículo Chave

Culto Familiar

Objetivos da Lição

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 524 - E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas

o seguem, porque conhecem a sua voz.5 - Mas, de modo nenhum, seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque

não conhecem a voz dos estranhos.6 - Jesus disse-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que era

que lhes dizia.7 - Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a

porta das ovelhas.8 - Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as

ovelhas não os ouviram.9 - Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e

sairá, e achará pastagens.10 - O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para

que tenham vida e a tenham com abundância.11 - Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.12 - Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê

vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.13 - Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado

das ovelhas.14 - Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas

sou conhecido.15 - Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e

dou a minha vida pelas ovelhas.16 - Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém

agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.

INTRODUÇÃO

Nesta parábola (v 1-5) surgem alguns personagens, além do próprioJesus que é a Porta e o Bom Pastor. Temos: o pastor, querepresenta os pastores chamados e comissionados por Deus para

cuidar da igreja (Ef 4.11), o porteiro representando o profeta João Batista oqual antecedeu o ministério do Senhor Jesus (Jo 1.15,27), e o salteador quetambém é chamado de ladrão, mercenário e estranho, o qual não é pastor.

O Senhor Jesus fez uso desta parábola pois os seus contemporâneoscuidavam de ovelhas e, por isso, eram chamados de pastores. As ovelhaseram protegidas por uma cerca com uma única passagem a qual, na verdade,não tinha portão. Era o pastor que ficava guardando, ou seja, ele era a porta.Da mesma forma, existiam alguns pastores contratados que cuidavam bem

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 53de suas ovelhas, mas outros não!

Nesta lição, a nossa atenção se voltará àquele pastor que também é odono do Aprisco.

I – JESUS, A PORTA DO APRISCO - (VV 7-10)

Jesus, ao declarar que é a Porta das ovelhas, se apresenta comoúnico mediador entre Deus e o homem, e que tem o poder de levar opecador de volta ao seu Criador, e torná-lo filho de Deus. Ele não ésimplesmente uma porta, mas a Única Porta, por isso quem está comJesus Cristo tem total segurança.

1. A única porta para o céu – “Eu sou a porta; se alguém entrar pormim, salvar-se-á...” (v 9a) – Jesus é o único caminho para a salvação (At4.12). Qualquer pessoa pode ser salva, precisa tão somente crer que a portaé Jesus e entrar por ela (Jo 10.9). Já os salvos, precisam resgatar a segurançada sua salvação. Um crente que acredita nela é um crente saudável, porqueestá convicto de que encontrará Jesus brevemente (Rm 14.1,12). A saúdeespiritual passa por esta certeza individual, pois aquele que verdadeiramentecrer em Jesus, e somente nEle, não será confundido (Rm 10.11).

2. A única porta para a liberdade – “... e entrará, e sairá, e acharápastagens” (v. 9b) – Jesus é a única verdade para a libertação de quem estácativo no pecado. “... e conhecereis a verdade, e a verdade voslibertará” (Jo 8.32). Entende-se que, por meio da Palavra, é possível sechegar a Ele e, então, transitar livremente, entrar e sair, e se alimentar. Por teracesso à verdade há total segurança, mesmo em meio às aflições.

3. A única porta para a vida – “... eu vim para que tenham vida e atenham com abundância” (v 10) – Jesus é o único autor da vida (Jo 1.1-5) ea promete ao invés da morte, de uma maneira abençoada. Trata-se de quantidadee qualidade, não só material, mas plena e equilibrada. Portanto, não se trata dedinheiro, mas de relacionamento com o próximo e com o Senhor, umenvolvimento harmônico com o Reino de Deus e sua justiça (Mt 6.33). Sendoele o doador da vida é, também, aquele que a sustenta (Jo 6.35,63).

II – JESUS, O BOM PASTOR - (VV 11-15)

Jesus, ao declarar que é o Bom Pastor, se apresenta como o proprietáriodo aprisco, aquele que verdadeiramente cuida e dá a vida por suas ovelhas.

1. O Bom Pastor dá a própria vida – “Eu sou o bom Pastor; o bompastor dá a sua vida pelas ovelhas” (v 11) – Os pastores das igrejas são

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 54na verdade parecidos com Jesus, pois eles entregam as suas vidas ao ministérioo qual fora outorgado pelo Senhor. Nos versos 17 e 18, Jesus faz menção àmissão do Bom Pastor – morte e ressurreição – que dará a própria vida emum grande e único sacrifício (Lc 23.46) para resgatar o homem que se encontraperdido (1Pe 3.18). Esta entrega é a verdadeira e maior expressão de amor:“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vidapelos seus amigos” (Jo 15.13).

2. O Bom Pastor cuida das ovelhas – “Ora, o mercenário foge,porque é mercenário e não tem cuidado das ovelhas” (v 13) – Aprincipal função de um pastor, ao contrário do mercenário, é cuidar, zelar etratar das suas ovelhas (Is 40.11). Se tendo 100 ovelhas e uma se desgarrar,ele deixa as 99 e vai buscar a que está perdida (Lc 15.1-6). Ora, é opróprio Jesus que cuida de nós, mas também usa as suas ovelhas parafazer o seu papel (Jo 21.15-18). É Ele quem promete e cumpre em nossasvidas os seus propósitos, por isso, estamos seguros.

Não se pode cobrar de um pastor as promessas que são de Deus, masnecessário é aprender a esperar com paciência, como uma ovelha. Contudo,o próprio Deus cobrará dos amados pastores o zelo pelas ovelhas (Zc 11.17).

3. O Bom Pastor é reconhecido por suas ovelhas – “Eu sou obom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas souconhecido” (v 14) – Não basta conhecer as religiões ou estudar a fé, épreciso se apropriar da Palavra de Deus e das suas promessas. A ovelhaouve a sua voz e literalmente reconhece o Bom Pastor e não segue vozesde estranhos (Jo 10.4-5). Agora é Jesus quem chama por meio da PalavraSanta, a qual é a sua voz. Ele é inconfundível, amável educado e jamaisentrará se não for convidado (Lc 24.28-29; Ap 3.20).

III – JESUS, O GRANDE PASTOR - (V 16)

A voz do Grande Pastor ecoa para fora do aprisco e deseja não só queolhemos para fora, mas avancemos nessa direção. É exatamente isso quesignifica originalmente a palavra igreja: “chamados para fora”.

1. O Grande Pastor e sua grande misericórdia – “... também meconvém agregar estas...” (v 16b; Is 56.8) – Aprouve a Deus olhar parafora do primeiro aprisco (Israel) e, por sua grande misericórdia, nos resgatar(Tt 3.5; 1Pe 1.3). A partir do momento que se entra pela Porta, Ele cuida desuas ovelhas, entretanto elas são chamadas para fora, o Senhor mesmo asconduz em segurança até outros povos e nações (Mt 28.19,20), simplesmenteporque a ele convém agregar outras ovelhas. Assim, a missão dessas écentrífuga, isto é, de dentro para fora. A grande misericórdia de Deus

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 55enxertada nas suas ovelhas (Mt 5.7; 2Co 1.3-4) levam-nas a anunciar asboas-novas em nome do Senhor, tendo por modelo os profetas (Tg 5.10). Aigreja primitiva era em menor número, mas a visão centrífuga de crescimentoera vivida com maior intensidade.

2. O Grande Pastor e o seu grande rebanho – “... e haverá umrebanho e um Pastor” (v 16c) – A primeira grande instituiçãomultinacional é a igreja. A Ela, desde os apóstolos, se foi agregandodiscípulos de regiões e países diversos (At 2), e apesar de enfrentar muitasadversidades durante toda a sua história, principalmente na Idade Média,conseguiu retomar o seu caminho. Hoje todas as genuínas igrejas, quevivem a Palavra, espalhadas pelo mundo pertencem ao Grande Pastor(Hb 13.20). Somos uma única família (Ef 2.19-20) e temos um grandePai que nos ampara todos os dias de nossas vidas.

CONCLUSÃO

Está escrito: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e avida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6). Não há outro peloqual temos livre acesso ao Pai e se estamos nEle, Ele também está em nós. Omundo não pode receber o Espírito da verdade, porque não o vê, nem oconhece; mas todos quantos o receberam o conhecem (Jo 14.17, 20).

A vida com Deus é sobremodo melhor! Antes era como a de uma ovelhasem pastor que andava com medo e insegura, mas hoje sabe em quem confiar,não teme mal algum e conhece a voz do seu Bom Pastor que a guiamansamente, mesmo pelo vale da sombra da morte e em terras desconhecidas.Certamente habitará no aprisco do Grande Pastor eternamente.

Para reflexão:♦ Você crê em Jesus Cristo como a única Porta para o céu?♦ Você é uma ovelha que se deixa acolher nos braços do Bom Pastor?♦ Você já tem ido para fora do aprisco ao comando do Grande Pastor?

Questionário para avaliação e debate:1. Explique o significado de “pastor”, de acordo com o texto.2. Explique o significado da palavra porta, conforme o texto.3. Quem são as outras ovelhas que o Pastor também quer agrupar?

“Deitar-me faz em verdes pastos, guia-memansamente a águas tranqüilas” (Salmos 23.2).

SUGESTÃO DE HINOS - 003 - 083 - 086111 (Harpa Cristã)

Lição 12 - 22 de junho de 2008

João 15.1-12

O FRUTO DO CRISTÃO

Segunda – (Pv 11.30) – O fruto do justoTerça – (Pv 12.14) – O fruto da bocaQuarta – (Pv 31.31) – O fruto das mãosQuinta – (Is 3.10) – O fruto das obrasSexta – (Cl 1.10) – O fruto de toda boa obraSábado – (Jo 15.1-12) – O fruto do espírito

• Ensinar que o cristão precisa estar ligado à Videira para dar frutos;• Mostrar as características do fruto cristão.

1 - Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.2 - Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá

fruto, para que dê mais fruto.3 - Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.4 - Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar

“Estai em mim, e eu, em vós; como a vara desi mesma não pode dar fruto, se não estiver

na videira, assim também vós, se nãoestiverdes em mim” (João 15.4)

Versículo Chave

Culto Familiar

Objetivos da Lição

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 57fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.

5 - Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dámuito fruto, porque sem mim nada podereis fazer.

6 - Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, esecará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.

7 - Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós,pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.

8 - Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meusdiscípulos.

9 - Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei nomeu amor.

10 - Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor,do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai epermaneço no seu amor.

11 - Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós, e avossa alegria seja completa.

12 - O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assimcomo eu vos amei.

INTRODUÇÃO

Estudaremos nessa lição sobre a importância de produzirmos frutospara a obra de Deus, através da comparação que Ele mesmo fazentre si e uma videira. Ao analisarmos as palavras de Jesus sobre a

planta no texto básico, chegamos à conclusão de que o mais importantepara Deus é o que nós produzimos: FRUTO! É isso que Deus exige docrente! Mas por que o fruto da videira?

I. O FRUTO DO CRISTÃO ADVÉM DAVIDEIRA VERDADEIRA - V 1

Existem vários tipos de plantas, mas Jesus chamando a atenção dos discípulospara si, escolheu a videira (pé de uva) por pelo menos dois motivos importantes:

1. O que é uma videira na Bíblia?- O povo judeu conhecia a videiracomo símbolo de sua nação. A videira é citada inúmeras vezes na bíbliasimbolizando o povo judeu (Sl 80.8, 9; Ez 17.6 e Is 5.1-12). Os discípuloscresceram conhecendo estes versículos e sua simbologia. Em João 15. 1, porém,Jesus inicia seu discurso falando dEle mesmo, afirmando que Ele é a videira

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 58verdadeira. Nisso, ele atiça a curiosidade de seus seguidores, pois desafia seuconhecimento sobre um símbolo de especial significado para aquele povo.

2. O que é uma videira frutífera? - Ao comparar Israel com a videira,a Bíblia menciona dois tipos. Uma delas é uma planta que não produz frutos,como a de Ezequiel 15.1-8, a outra é uma frutífera, como a de Ezequiel19.10. A videira a que Jesus refere-se é uma árvore frutífera, plantada paraproduzir muitos frutos. O responsável por esta videira é o próprio Deus, queplantou e cuida dessa árvore. O Senhor Jesus afirma que Ele é a Videiradesejada e plantada pelo Pai.

Jesus ensina, nos versículos seguintes, que os galhos dessa videira são ospróprios discípulos, ressaltando a diferença entre aqueles que produzem ounão frutos. Uma vida de frutificação é o que o Senhor deseja dos seus servos,evitando assim as conseqüências de uma vida infrutífera.

II. O FRUTO DO CRISTÃO NÃO NASCE NUMAVIDA INFRUTÍFERA – (V 2a e 6)

Como em muitas passagens e parábolas da Bíblia, existem aquelesque alcançam vitória e aqueles a quem se destina o juízo (Mt 25.31-46;Rm 6.15-23). Dos versos 2 a 6, Jesus declara o juízo destinado a ramosinfrutíferos de uma videira.

1. Conseqüência de uma vida infrutífera - O Senhor Jesus inicia suaparábola explicando sobre a conseqüência de uma vida infrutífera. A palavra“cortar” é às vezes utilizada na Bíblia dando idéia de separação (p.ex. Rm11.17-24), nesse caso da própria pessoa de Jesus Cristo. Em algumas versõesa palavra utilizada é “tirar”, com esse mesmo sentido. Uma vida separadade Cristo é condenada à improdutividade espiritual e à morte.

2. O futuro de uma vida infrutífera - Quando um agricultor sai de casaem busca de lenha para uma fogueira, ele escolhe a que incendeia maisrapidamente. Os galhos que estão no chão, secos, já estão mortos e, portanto,são melhores para acender o fogo, que na bíblia, muitas vezes, tem a conotaçãode juízo (Jr 5.14; 2Pe 3.1-7; Ap 21.6-8). O destino do ramo separado é ojuízo. Jesus nos mostra que é necessário para própria vida estarmos ligadosa Ele, permanecendo em sua palavra e produzindo bons frutos.

É uma escolha pessoal permanecer ligados a Cristo e produzir frutos.Quem não produz, deve saber que seu futuro é ser desligado de Jesus, aVideira Verdadeira, e longe dele, sem sua palavra, secar e morrer. A únicaserventia de um ramo seco é aumentar as chamas de uma fogueira. Aqueleque decide permanecer em Cristo e trabalhar em sua obra produzindo bonsfrutos, será agraciado pelo Senhor com vida e ricas bênçãos.

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 59III. O FRUTO DO CRISTÃO NASCE NUMA

VIDA FRUTÍFERA – (V 3 a 5, 7, 8)

Nesses versículos, Jesus explica sobre a responsabilidade do seu servoem manter uma vida frutífera.

1. Vida frutífera é limpa pela Palavra - Todo agricultor sabe que, parauma árvore produzir mais frutos, de vez em quando é necessário podá-la,limpá-la. O alimento que vem do solo chega a todos os galhos de igual forma,porém aqueles que produzem frutos são limpos e assim produzem mais. Nabíblia, limpeza sempre significa santificação, realizada através da Palavra deDeus (v. 3, Ef 5.26 e Jo 17.17). É apenas através da Palavra de Deus que ocrente pode ser limpo para frutificar na obra do Senhor.

2. Vida frutífera é dependente de Jesus - O ramo sem a videiranão sobrevive e não produz frutos. Jesus afirma categoricamente quesem Ele não podemos fazer nada. Portanto, como seus servos, énecessário permanecermos ligados a ele, obedecendo-lhe e nosaperfeiçoando no seu amor (1Jo 2.4-6).

A obediência aos mandamentos divinos garante a nossa permanência emCristo (1Jo 3.24). O crente deve se dispor a obedecê-lo e, consequentemente,produzir frutos em sua obra.

3. Vida frutífera tem comunhão com o Pai - Para ser atendido nasorações, o crente necessita permanecer ligado a Ele, guardando edependendo de suas palavras (Jo 14.13-15). Um ramo ligado à videiradivide com ela parte de sua estrutura, de sua vida. Assim como o ramo, odiscípulo de Jesus deve ser ávido em absorver vida em Jesus. Comodemonstração de amor a Deus, devemos guardar e obedecer a sua Palavrae assim Ele permanecerá em nós (Jo 14.23-25).

Essa é a condição imposta pelo Senhor Jesus para que possamos ser atendidosem todas as orações, e nossas vidas serão motivos de glórias a Deus.

CONCLUSÃO

Embora devamos escolher estar ligados ao Senhor Jesus, como o ramoestá ligado a Videira, a sua Palavra garante que Ele nos escolheu primeiro(1Co 1.26-29; Tg 2.5) para sermos frutíferos em sua obra. Tal fruto deveser produzido de forma perene, digno da Videira Verdadeira (Cl 1.10).Somente desta forma seremos ouvidos e atendidos em nossas orações,obedecendo sempre ao mandamento de nos amarmos uns aos outros.Jesus ordena que nos amemos, assim como Ele próprio o fez. A sua vidanão apenas explica, mas transforma-se nesse amor, quando entrega a

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 60própria vida pelo pecador (Rm 5.6-8). Incondicionalmente, é assim queDeus espera que nos amemos. Desta forma, cumpriremos seu mandamentoe produziremos bons frutos para a vida eterna.

Para reflexão:♦ Você está de fato, ligado à Videira Verdadeira?♦ Você tem dado fruto consistente?♦ Você tem comunhão permanente com Deus e com o seu próximo?

Questionário para avaliação e debate:1. O que é uma videira e a que se refere no texto bíblico?2. Mencione alguns frutos que o cristão deve produzir.3. Qual é o significado de “Videira”, “lavrador”, “ramos”, “cortar”,“fruto” e “fogo”, no texto bíblico?

... continuação.

Assim, é óbvio que qualquer coisa nas mentes dos demônios não podemser santas, ou conduzir à verdadeira santidade por si mesma. Os demôniosclaramente sabem muitas coisas sobre Deus e religião e podem atédoutrinar (1Tm 4.1). Mas, eles não possuem sentimentos santos porquenão têm nada a ver com a obra do Espírito Santo. Se esta é a verdadesobre a experiência dos demônios, isto é também verdadeiro sobre aexperiência dos homens.

Não importa quão genuínos, sinceros, e poderosos estes pensamentose sentimentos são. Os demônios, sendo criaturas espirituais, conhecemDeus em um caminho que os homens na terra não podem. Em umaocasião, Jesus expulsou alguns demônios. "Que temos nós contigo, Jesus,Filho de Deus?", eles clamaram, "Vieste aqui atormentar-nos antes dotempo?" (Mt 8.29). Que experiência pode ser mais nítida do que esta?Todavia, apesar dos pensamentos e sentimentos deles serem genuínos epoderosos, eles não são santos.

Concluímos que, pensamentos e sentimentos genuínos e sinceros sobrecoisas santas e espirituais, não são prova suficiente da graça de Deus nocoração. Os demônios têm estas coisas, e enxergam adiante a puniçãoeterna no inferno. Se os homens não têm mais do que os demônios têm,eles sofrerão do mesmo modo.

SUGESTÃO DE HINOS - 086 - 111 - 413 (Harpa Cristã)

Lição 13 - 29 de junho de 2008

RECAPITULAÇÃO

Lucas 13.6-9

Segunda – (Mt 13.24-30) – O cristão deve fazer a diferençaTerça – (Lc 6.46-49) – O cristão deve cuidar da sua estrutura espiritualQuarta – (Lc 16.19-31) – O cristão deve ter cuidado com a sua vida cristãQuinta – (Lc 18.1-8) – O cristão deve cuidar da sua vida de oraçãoSexta – (Lc 18.9-14) – O cristão deve livrar-se da exaltação própriaSábado – (Lc 13.6-9) – O cristão deve cuidar em dar frutos

• Destacar os principais ensinos ministrados no trimestre;• Incentivar os alunos a se decidirem diante do que aprenderam.

6 - E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada nasua vinha e foi procurar nela fruto, não o achando.

7 - E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nestafigueira e não o acho; corta-a. Por que ela ocupa ainda a terra inutilmente?

“Para que se cumprisse o que fora dito peloprofeta, que disse: Abrirei em parábolasa boca; publicarei coisas ocultas desde

a criação do mundo” (Mt 13.35).

Versículo Chave

Culto Familiar

Objetivos da Lição

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 628 - E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a

escave e a esterque;9 - e, se der fruto, ficará; e, se não, depois a mandarás cortar.

INTRODUÇÃO

Nesta recapitulação queremos rever os pontos principais das liçõesdo trimestre que serão de grande importância para o nosso enlevoespiritual:

I – COMO EXERCER A VIDA CRISTÃ

1. Mantendo a diferença - (Mateus 13.24-30; 36-43) - Os falsoscristãos só podem ser identificados quando confrontados com os verdadeiros.Paulo chega a afirmar: “E até importa que haja entre vós heresias, paraque os que são sinceros se manifestem entre vós” (1Co 11.19).

Assim somos nós: reunimos características comuns, porém, temos umacoisa que faz distinção entre o santo e o profano, as atitudes do nosso coraçãovisto que são elas que dizem o que realmente somos. De acordo com oSenhor, cada árvore é conhecida pelo seu fruto (Lc 6.44a).

2. Mantendo atitudes - (Lucas 6.37-45) - Jesus andava com pessoasconsideradas a escória do mundo (Mt 9.10-13). Não era indiferente àquelesque estavam errados por não conhecerem a verdade, pelo contrário, o seuolhar de amor O impelia a ensinar-lhes o caminho da salvação (Mc 2.15-17).

Bem distantes do exemplo de Cristo, muitos cristãos perdem a oportunidadede angariar almas para o reino, por causa do seu julgamento preconceituosoacerca de pessoas, que ainda não deveriam sentar-se no banco dos réus; trazemcom isso irritação e desrespeito ao Evangelho de Cristo.

3. Mantendo o alicerce - (Lucas 6.46-49) - Na parábola que estamosestudando Jesus compara o verbo “Praticar” com o verbo “edificar”.Segundo Jesus, o cristão só se tornará forte e bem estruturado se praticar asua Palavra. “Assim, habite ricamente em vós a palavra de Cristo,ensinando-vos...” (Cl 3.16). A fim de crescermos até atingir a estatura devarão perfeito (Ef 4.13).

Edificar sobre a rocha é edificar sobre Cristo. (1Co 10.4) Trata-se dasnossas vidas e de nossas atividades, inclusas em Cristo. “Não sou eu quevivo, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20).

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 634. Mantendo a vigilância - (Lucas 12.36-40) - A palavra vigiar quer

dizer observar atentamente. O significado, na realidade, é que sempre temosque estar em vigilância: “Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem ahora em que o Filho do Homem há de vir” (Mt 25.13).

“Sejam como os empregados que esperam pelo patrão, que vaivoltar da festa de casamento. Logo que ele bate na porta, osempregados vão abrir” (v. 36 NTLH). Como servos vigilantes,devemos esperar e descansar no Senhor, prontos para abrir a porta erecebê-lo. Assim teremos o privilégio de ouvi-lo dizer: “Bem está,servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei;entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21).

II – COMO MANTER A VIDA CRISTÃ

1. Por meio da fidelidade - (Lucas 12.42-48) - Feliz o cristão quequando o Senhor voltar achá-lo servindo de acordo com os critériosestabelecidos na Palavra.

O texto nos adverte dizendo: “Mas, se aquele servo disser em seucoração: O meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os criadose criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se” (v 45). Maldito todoaquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente (Jr 48.10).

2. Observando as condições - (Lucas 14.25-35) - Estar disposto amorrer para o mundo e para si mesmo. “E qualquer que não levar a suacruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo” (v 27) – A cruzfala de morte. Jesus morreu nela e nos convida solenemente a tomar a nossa.O apóstolo Paulo explica bem esta doutrina em Romanos 6.6: “sabendoisto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que ocorpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais aopecado”. Esta verdade torna-se realidade em nosso viver diário, quandorenunciamos a tudo o que somos e o que temos (v 33).

3. Regressando - (Lucas 15.11-24) - Foi nobre a atitude do jovem: mostrouprudência, inteligência, lucidez e buscou nova oportunidade para recomeçar. Aatitude de “levantar” ilustra a diligência espiritual (Rm. 13.11,12).

Esta deve ser a atitude daqueles que um dia, iludidos pelo prazer do pecado,deixaram a presença do Pai (Hb 11.25). Se você, por meio desta lição, ouvehoje a voz do Espírito Santo, não endureça o seu coração (Hb. 3.7,8). Tomeesta decisão: “Levantar-me-ei e irei ter com meu Pai”.

4. Observando as advertências - (Lucas 16.19-31) - Há um grandeabismo entre os salvos e os condenados (v 26). Para Deus, é fundamentalque as coisas sejam bem definidas. “... e fez Deus separação entre a luz e

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 64as trevas” (Gn 1.4). Quer que a diferença entre os cristãos e os não-cristãosseja visível (Ml 3.18). Portanto, nos exorta a não nos prendermos a um jugodesigual com os infiéis (2Co 6.14-16).

III – COMO OBTER OS EFEITOS DA VIDA CRISTÃ

1. Orando sem cessar - (Lucas 18.1-8) - No campo da oração, oesmorecimento consiste em perda da batalha (Ex 17.10-13). Assimsendo, jamais duvide das promessas de Deus em virtude da situaçãoem que você se encontra.

O cristão precisa aprender que orar conforme a vontade do Pai nãosignifica resposta rápida, e sim, ser persistente até que ela venha de maneiraclara e inteligível, pois em Deus não há sombra de dúvida no sim e nem muitomenos no não (Gn 18.20-33; 1Sm 16.1; 2Co 12.7-9; Tg 5.17).

2. Posicionando-se corretamente - (Lucas 18.9-14) - “O publicano,porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhosao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim,pecador!” (V 13) – Apesar de ser um pecador declarado, teve atitude maisnobre, pois considerou a sua posição indigna diante do Senhor.

Quando comparecermos ante o Tribunal de Cristo (2Co 5.10; 1Co3.13,14) para prestarmos contas dos atos praticados enquanto no corpo,nos perguntarão “por que” e não “o que” fizemos, já que: “À vista deDeus, somos julgados, não tanto pelo que fazemos como por nossasrazões para fazê-lo” - A.W.Tozer.

3. Buscando a segurança - (João 10.1-16) - “Eu sou a porta; sealguém entrar por mim, salvar-se-á...” (v 9a) – Jesus é o únicocaminho para a salvação (At 4.12). Qualquer pessoa pode ser salva,precisa tão somente crer que a porta é Jesus e entrar por ela (Jo 10.9).Já os salvos, precisam resgatar a segurança da sua salvação. Um crenteque acredita nela é um crente saudável, porque está convicto de queencontrará Jesus brevemente (Rm 14.1,12).

4. Produzindo frutos - (João 15.1-12) - Todo agricultor sabe que, parauma árvore produzir mais frutos, de vez em quando é necessário podá-la,limpá-la. O alimento que vem do solo chega a todos os galhos de igual forma,porém aqueles que produzem frutos são limpos e assim produzem mais. NaBíblia, limpeza sempre significa santificação, realizada através da Palavra deDeus (v. 3, Ef 5.26 e Jo 17.17). É apenas através da Palavra de Deus que ocrente pode ser limpo para frutificar na obra do Senhor.

O ramo sem a videira não sobrevive e não produz frutos. Jesus afirmacategoricamente que sem Ele não podemos fazer nada.

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 65CONCLUSÃO

Chegamos ao final de mais um trimestre. Cremos que as verdades ensinadasnas doze lições e relembradas nesta recapitulação, servirão de base sólidapara todos os que querem uma vida cristã mais promissora, como é o desejodo Senhor Jesus destacado nas parábolas.

Segue o questionário para debate e avaliação semestral:

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO E DEBATES

LIÇÃO UM1. Como acontecem as misturas dentro da igreja?2. Em que ocasião e como se fará a separação do “trigo” e do “joio”?

LIÇÃO DOIS1. O que é julgar o próximo de acordo com Lc 6.37?2. Explique o texto: “Com a mesma medida com que medirdes tambémvos medirão de novo” (Lc 6.38b).

LIÇÃO TRÊS1. Em que sentido Jesus Cristo usou o verbo “edificar”?2. Qual é o significado para a palavra “casa” na parábola?

LIÇÃO QUATRO1. Em que sentido Jesus Cristo aplicou a palavra “vigiar” no texto?2. Em que sentido Jesus Cristo se compara à um ladrão?

LIÇÃO CINCO1. Quais as três características que definem a posição do crente fiel no tópico I?2. Explique a diferença entre o pecado de desobediência e o de omissão?

LIÇÃO SEIS1. O que Jesus quis ensinar quando comparou a vida cristã fracassada à umaconstrução abandonada?2. Como podemos aborrecer nosso pai e nossa mãe, sem contrariarEfésios 6.1-3?

LIÇÃO SETE1. Mencione outros valores que o filho perdeu ao se distanciar do Pai.2. Por que o jovem disse: “Levantar-me-ei”?

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 66LIÇÃO OITO1. Mencione ao menos um texto que prova que Deus é contra a avareza.2. Mencione três verdades que mostram a diferença entre os que são salvose os que são apenas religiosos.

LIÇÃO NOVE1. Se toda autoridade vem de Deus, por que ele dá autoridade a homens ímpios?2. O que Jesus ensinou com a insistência da viúva?

LIÇÃO DEZ1. De que forma podemos desprezar o nosso próximo?2. Mencione nomes de pessoas na Bíblia que tinham atitudes que os faziampassarem por pessoas corretas, sem de fato serem.

LIÇÃO ONZE1. Qual é o significado de “entrará” e “saíra”, no texto básico da lição?2. De que maneira o Senhor nos conhece?

LIÇÃO DOZE1. O que acontecerá com o cristão que não produz fruto?2. Qual o meio usado por Deus para “limpar” o cristão?

GLOSSÁRIO:

Argueiro (S.m.) = Partícula leve, cisco. Coisa insignificante.

Burlar (V.t.d.) = Praticar burla contra; fraudar, defraudar, lesar. Lograr,enganar, ludibriar.

Chacotas (S.f.) = Zombaria.

Contraposição (S. f.) = Ato ou efeito de contrapor(-se); oposição.

Copiosa (Adj.) = Abundante. Grande, extensa.

Depreender (V.t.d.) = Atingir a compreensão de; perceber, compreender.

Desígnio (S.m.) = Intento, intenção, plano, projeto, propósito.

Displicência (Bras.) = Descuido, descaso, desmazelo, negligência.Escória (S.f.) = fezes. Coisa desprezível.

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 67

REVISTA "CRESCIMENTO BÍBLICO"

- A sua elaboração passo a passo -

1º Passo - Um tema que atenda a necessidade básica da Igreja é escolhido.São selecionados os textos básicos de acordo com a Versão Revista e Corrigida

Euforia (S.f.) = Sensação de perfeito bem-estar. Alegria intensa.

Joio (S.m.) = Bot. Erva anual, da família das gramíneas (Lolium temulentum),que cresce caracteristicamente nas plantações de trigo, e chega a atingir 80cmde altura. É cespitosa, de folhas lineares e ásperas, flores mínimas, associadasem espiguetas que formam espigas, e tem um princípio tóxico.

Imaturo (Adj.) = Que não é ou não está maduro. Prematuro, precoce,antecipado.

Ímpeto (S.m.) = Movimento arrebatado; arrebatamento. Manifestação súbitae violenta; impulso, ataque.

Incauto (Adj.) = Não acautelado; imprudente.

Infortúnio (S.m.) = Infelicidade, desventura, desdita, desgraça.

Insensato (Adj.) = Falto de senso ou razão; demente, louco.

Inteligível (Adj.) = Que se compreende bem.

Introspecção (S.f.) = Observação da vida interior pelo próprio sujeito; exameque alguém faz dos próprios pensamentos e sentimentos.

Mórbido (Adj.) = Enfermo, doente.

Plausível (Adj.) = Que merece aplauso. Razoável, aceitável, admissível.

Preeminente (Adj.) = Que ocupa lugar mais elevado. Superior, sublime.

Subseqüente (Adj.) = Que subsegue no tempo ou no lugar; imediato, ulterior,seguinte.

Trave (S.f.) = Grande tronco ou madeiro grosso, usado para sustentar osobrado ou o teto de uma construção.

Revista de Estudo Crescimento Bíblico 68e criados os títulos das lições de acordo com o tema central. Por fim sãoacrescentados os objetivos de cada lição;

2º Passo - É feita uma reunião com os comentaristas, previamenteselecionados, seguindo alguns critérios: Assiduidade na EBD, comprometimentocom a Revista Crescimento Bíblico, conhecimento das Escrituras, habilidadepara escrever e vida cristã exemplar.

Nesta reunião é discutido o tema e feita a distribuição das lições,determinando-se o prazo de um mês para a efetivação da mesma;

3º Passo - As lições, depois de elaboradas, são reunidas em um arquivo noWord.

4º Passo - As lições são lidas, fazendo-se pequenos ajustes paraharmonização entre elas;

5º Passo - Os textos bíblicos são cuidadosamente verificados com osseguintes objetivos: Ver se houve engano na hora da digitação, se o texto bíblicomencionado tem relação com a afirmação feita pelo comentarista;

6º Passo - Os passos seguintes são: Correção teológica, correçãoortográfica e revisão geral;

7º Passo - O arquivo do Word é exportado para o PageMaker. P65, e feitaa editoração gráfica. Neste passo são acrescentados o texto básico, o versículochave, o culto familiar e a sugestão de hinos da Harpa Cristã, escolhidos deacordo com o tema da lição;

8º Passo - A capa da revista é elaborada no Corel Draw, seguindo osseguintes critérios: Foto relacionada com o tema da revista. Designharmonizando cores, tamanho e estilo das fontes. Uma ou mais cores primáriasdeverá estar presente.

9º Passo - Uma cópia em CD da revista completa é reproduzida eencaminhada para a Gráfica do Exército;

10º Passo - A gráfica elabora uma "prova" que, depois de conferida édevolvida para correções. Um nova prova é elaborada e assinada, autorizandoa Gráfica confeccionar as revistas;

11º Passo - Por fim, as 1.100 revistas ficam prontas, e disponibilizadaspara a igreja.

Esta é a sua Revista Crescimento Bíblico. Valorize-a.

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ