paralisia cerebral
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PARALISIA CEREBRALProf. Andra Cristina de Lima
Definio
A paralisia cerebral um distrbio do movimento e do tnus persistente, mas no imutvel causado por um leso no progressiva do encfalo imaturo. A paralisia cerebral no um diagnstico especfico, mas um termo amplo (Bache, 2003) .
Incidncia
Elevada no Brasil, devido situao precria do sistema de sade geral Nos Estados Unidos existem cerca de 500 mil americanos com PC O,5-1/100 nascimentos
EtiologiaFatores pr-natais (exclui-se doenas hereditrias, erros inatos do metabolismo, etc) Fatores neonatais Fatores ps-natais
Fatores pr-natais
Infeces congnitas Hipoxemia (anemia na gestante, m circulao no cordo umbilical, descolamento prematuro da placenta, hemorragias, eclmpsia, hipotenso) Distrbios metablicos materno (diabetes mellitus, subnutrio materna, eclmpsia) Transtornos txicos (drogas, etc) Exposio RX
Fatores neonataisHemorragias intracranianas Anxia neonatal Traumas durante o parto Prematuridade Baixo peso Ictercia neonatal
Fatores ps-nataisMeningoencefalites Encefalopatias desmilienizantes psinfecciosas e ps-vacinais Traumatismos crnio-enceflicos Convulses de vrias etiologias Hipocalcemia Quase afogamento
Classificao quanto ao tnusEspstica (leso do crtex motor) = 75% Atetsica (leso nos ncleos da base) = 18% Atxica = (leso no cerebelo) 2% Mista = associao de espasticidade com atetose Hipotnica = transitria ou relacionado ataxia ou atetose
AtetoseAcomete os ncleos da base Causa principal Hiperbilirrubinemia Kernicterus Movimentos involuntrios distais Pode associar-se com espasticidade
Ncleos da base
AtaxiaAcometimento do cerebelo Tremores de ao Pode ser distal ou proximal, dependendo da rea lesada do cerebelo Hipotonia
Cerebelo
EspasticidadeLeso dos tractos ctico-espinhais Exarcebao do reflexo de estiramento Aumento da contrao da musculatura antigravitria Resistncia aumentada movimentao passiva da articulao Relaciona-se com hiperreflexia, clnus e babinski
Classificao topogrficaQuadriparesia (acometimento dos quatro membros e tronco) = a mais freqente e grave Hemiparesia (acometimento de um hemicorpo) Diparesia (acometimento dos quatro membros, principalmente dos MMII) Monoparesia = raro
Homnculo motor
Homnculo Motor
QuadriparesiaNormalmente so espsticos, porm esta espasticidade pode estar associada uma atetose Disfunes associadas: auditiva, fala, deglutio (disfagia), convulses, sialorria, cognio e emocional
Quadriparesia espsticaPode haver grau de comprometimento diferente em cada hemicorpo Como so graves, quase no se movimentam H presena de movimentos estereotipados e em pouca quantidade
Quadro motor - supino
Extenso da coluna (padro extensor crniocaudal) MMII em extenso, rotao interna de quadris, plantiflexo (aumentado nesta posio) Ombros rodados internamente, cotovelos fletidos, mos fechadas
* A RI de quadris aumenta quando a criana tenta se movimentar
Quadro motor - pronoEspasticidade flexora MMSS e MMII sob o corpo Incapacidade de elevar a cabea A criana no suporta esta postura
Quadriparesia espstica
Complicaes da quadriparesia espsticaEscoliose Luxao de quadril Problemas respiratrios
Quadro motor - sentada
No fica sentada sem apoio, devido interferncia do RTCA, rotao interna de quadris e falta de controle postural
Objetivos e tratamento
Usar muito movimento Movimentos rotacionais (altera tnus) Pontos-chave (Bobath) Trabalhar tronco contra membros Prevenir e minimizar encurtamento Prevenir deformidades Facilitar movimentos ativos Facilitar reaes de equilbrio para diminuir medo e realizar o movimento
Tratamento fisioteraputico
DIPARESIA ESPSTICAAfeta principalmente os MMII. Atinge cerca de 17,7% de pacientes com PC (Diament, 1996; Bache et al., 2003). A espasticidade tem incidncia de 85% (Bache, 2003).
A diparesia espstica o principal tipo de paralisia cerebral nos pr-termos (YOKOCHI, 2001)
Causa principalLeucomalcea periventricular Leso em regio de controle motor dos MMII
Sinais clnicosLiberao piramidal Atraso no DNPM Persistncia da marcha reflexa QI mdio = 71-74 Fala normal em 50% dos casos Distrbio de aprendizagem e disartria Raros casos com convulses
Importante
Por volta dos 6 meses de idade, o beb normal ativa os flexores de quadris, levando as mos aos ps. Com isso alonga-se os squio-tibiais e extensores de quadris. O alongamento desta musculatura, permite a extenso ativa do quadril, condio bsica para a postura bpede e marcha. ISTO NO OCORRE COM O PACIENTE DIPARTICO, DEVIDO ESPASTICIDADE DE MMII
CRIANA NORMAL
Tipos de marcha
Quadro Clnico
ComplicaesLuxao de quadris Escoliose Encurtamentos Deformidades em MMII (prinicipalmente)
Objetivos principaisGanho de mobilidade plvica Extenso de quadris Modulao de tnus de MMII Alongamento Fortalecimento
Hemiparesia
Leso de um hemisfrio cerebral, principalmente por hemorragia subdural Acomete principalmente os bebs de baixo peso Ocorre prinicpalmente a forma espstica, mas pode ser atetsica mais comum do que a diparesia espstica 1/3 apresenta distrbios convulsivos 25% com anormalidades cognitivas
Causa da hemiparesia
Hemiparesia Quadro motorAcomete principalmente o MS Primeiros sinais por volta dos 4 meses (falta de simetria e juno das mos) Menos movimento do lado afetado Atraso na marcha (ocorre entre os 18 e 24 meses)
Criana normal por volta dos 4 meses
Hemiparesia quadro motor
O exame fsico demonstra parada do crescimento dos segmentos do lado acometido MS = ombro em RI, cotovelo em flexo, pronao de antebrao, flexo de punho e dedos MI = RI de quadril, extenso de joelho, plantiflexo e inverso Clnus e Babinski em MI acometido
Hemiparesia espstica
Objetivos principaisProprocionar simetria Conscincia corporal Alongamento Preveno de deformidades de tronco e pelve
Diagnstico da Paralisia CerebralPredominantemente clnico US TC RM
Principais problemas motoresFraqueza muscular Co-contrao Recrutamento inadequado dos agonistas Alteraes msculo-esquelticas Comprometendo a eficincia da motricidade voluntria, dentre elas a MARCHA Alteraes no plano sagital
TratamentoRizotomia dorsal Toxina botulnica tipo A Cirurgias ortopdicas rteses Fisioterapia