participação no congresso pré-olímpico · timóteo leandro araújo, maurício santos e victor...

32

Upload: nguyendiep

Post on 09-Dec-2018

226 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas
Page 2: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

2

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Carta

Participação no Congresso Pré-Olímpico de Ciências do Esporte (Pequim/2008)“Foi um momento clímax. Minha primeira tentativa de apresentação em inglês, o contato com o mundo acadêmico de nossa área, muitos trabalhos relaciona-dos ao Kung-Fu, salas de apresentações imensas, porém vazias [pois eram muitos assuntos ao mesmo tempo]...

O impacto da palestra do Dr. Victor também foi inesquecível para nós, que estávamos distribuindo os materiais do Programa Agita São Paulo antes e depois da sua apresentação. Recordo-me que num momento em que sentei para tomar café, estava na mesa um professor da Inglaterra, que me perguntou onde eu mo-rava. Quando respondi, imediatamente ele disse que conhecia o Programa Agita São Paulo e o Dr. Victor Matsudo. Foi a primeira vez que falei Brasil e não recebi como resposta a palavra futebol.

O Congresso contou com mais 2500 participantes representando 40 países diferentes. O Programa Científico foi absolutamente completo, de fazer inveja a qualquer ilustre pesquisador de nossa área. Foram quatro frenéticos dias de overdose de conhecimento, contando com 958 trabalhos apresentados em forma de pôster divididos entre as sessões: Intervenções Cirúrgicas e Diagnósticos; Fisiologia Cardiopulmonar e Exercício; Estratégia de Treinamento, Respos-ta e Performance; Atividade Física Adaptada; Exercício e Saúde Psicológica; Globalização; Ética e Desenvolvimento Moral; Políticas Esportivas, Economia e Marketing; Estudos Olímpicos; Esportes e Questões Sociais; Fisiologia, Mecânica do Músculo Esquelético e Tecido Ósseo Conjuntivo; Análise da Biomecânica na Lesão Esportiva e Reabilitação; Exercício e Nutrição; Exercício Obesidade e Composição Corporal; Deficiência no Currículo; Esporte, Sociedade e Questões Culturais; Direito ao Esporte; Mecanismo de Treinamento de Força; Programa de Promoção de Atividade Física; Mídia Esportiva; Neurociência; Controle de Doping; Tecnologia e Esporte Paraolímpico; Metodologia e Biomecânica; Adap-tação e Supervisão do Treinamento.

Também foram realizados seminários com os seguintes temas: Medicina Esportiva, Multidisciplinaridade, Sociologia, Pedagogia, Psicologia, Biomecânica, Nutrição, Atividade Física Adaptada e Promoção de Saúde, no qual o Dr. Victor Matsudo, do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul – CELAFISCS, palestrou sobre o tema ‘Construção de Saúde através da Ati-vidade Física: uma experiência do Agita São Paulo e Agita Mundo’.

Neste ano o prêmio de melhor pesquisador jovem foi para uma estudante de doutorado de um país asiático.

O trabalho de pesquisa que eu apresentei pela equipe de autores do CELAFISCS, Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas e Dança Laboral no Nível de Atividade Física de Colaboradores do Setor Administrativo], teve sua continuidade no XXXI Simpósio Internacional de Ciência do Esporte realizado no Centro de Convenções Rebouças em outubro, sob o tema ‘Manutenção de Longo Prazo no Nível de Atividade Física de Trabalhadores do Setor Administrativo’.

Só posso agradecer pela grande oportunidade e incentivar que outros profis-sionais também se dediquem à pesquisa. Vale a pena!”

Raquel Ponchio [CREF 042771-G/SP]

O principal leitor da Revista do CREF de São Paulo são os

profissionais de Educação Física e as empresas registradas do

Estado de São Paulo.

Destaques Da eDição 2176.500 exemplares

COMEMORAÇÃO – A matéria abor-dou os 10 anos do Sistema CONFEF/CREFs e os 8 anos de existência do CREF4/SP, com entrevistas com pro-fissionais de Educação Física que participaram do processo de regula-mentação da profissão.

FISCALIZAÇÃO – A equipe de Agen-tes de Orientação e Fiscalização foi apresentada, bem como as novas aquisições para a realização dos trabalhos do departamento.

EVENTO – O auditório do CREF4/SP foi inaugurado com um workshop para os profissionais sobre “Reciclagem e Atualização em Atividade Física para Terceira Idade”, com a conselheira Maria Alice Corazza. As inscrições foram feitas pela interatividade do portal do Conselho. Os participantes doaram alimentos não-perecíveis ao Grupo Mãos Amigas.

NOTÍCIAS – Foram publicadas no-tícias sobre a união dos conselhos regionais e a lei que fala dobre o desfibrilador.

EM AÇÃO – O CREF4/SP participou de audiência com o Ministério Público do Trabalho para discutir o treina-mento adequado no futebol, para os atletas mirins dos clubes. O Grupo de Estudos Técnicos de Ginástica Labo-ral elaborou documento que pode ser acessado pelo www.crefsp.org.br

Page 3: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

3

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

ExpEdiEntE / Editorial

Revista CReF de são PauloPeriodicidade ...........................................................TrimestralTiragem .................................................... 77.000 exemplares

Publicação oficial doConselho Regional de educação Física

da 4ª Região - CReF4/sPRua Líbero Badaró, 377 - 3 º andarCentro - 01009-000 São Paulo, SP

Telefax: 11 [email protected]

www.crefsp.org.brAtendimento: de segunda a sexta-feira

das 8 às 17 horas

diretoriaPresidente ..................................................... Flavio Delmanto1º Vice-presidente...................................Margareth Anderáos2º Vice-presidente.............................. Márcio Tadashi Ishizaki1º Secretário .....................................Marcelo Vasques Casati2º Secretário ..................................Antonio Lourival Lourenço1º Tesoureiro ........................................... Vlademir Fernandes2º Tesoureiro ..........................................Nestor Soares Publio

ConselheirosAndréa Ferreira Barros Vidal ..................CREF 002619-G/SPAntonio Lourival Lourenço ......................CREF 003040-G/SPCícero Theresiano Barros .......................CREF 000107-G/SPFlavio Delmanto ......................................CREF 000002-G/SPGeorgios Stylianos Hatzidakis ................CREF 000688-G/SPHudson Ventura Teixeira .........................CREF 000016-G/SPJoão Omar Gambini ................................CREF 005302-G/SPJose Cintra Torres de Carvalho .............. CREF 000110-G/SPMarcelo Vasques Casati ......................... CREF 015211-G/SPMárcio Tadashi Ishizaki ...........................CREF 001739-G/SPMargareth Anderáos ...............................CREF 000076-G/SPMaria Alice Aparecida Corazza ...............CREF 012851-G/SPMilton Kazuo Hidaka ...............................CREF 001014-G/SPNelson Gil de Oliveira .............................CREF 009008-G/SPNelson Guerra Junior ..............................CREF 000006-G/SPNestor Soares Publio .............................. CREF 005511-G/SPRoberto Jorge Saad ................................CREF 000018-G/SPRodrigo Rosa Koprowski ........................CREF 005297-G/SPSebastião Gobbi .....................................CREF 000183-G/SPSolange Guerra Bueno ........................... CREF 011236-G/SPVlademir Fernandes ...............................CREF 000021-G/SPWalter Giro Giordano ..............................CREF 000004-G/SP

ComissõesControle e Finanças

Documentação e InformaçãoÉtica Profissional

EventosLegislação e Normas

Orientação e FiscalizaçãoPreparação Profissional

Especial de Lutas, Artes Marciais e Esportes de Combate

Especial Editorial

Jornalista e editora ResponsávelCélia Sueli Gennari - MTB 21.650 / CREF 05000-G/SP

Tel.: (11) 9252-3379

Projeto Gráfico e EditoraçãoEditora Via Lettera

www.vialettera.com.brDesigner Gráfico

Alex Andrade

FotógrafoCésar Viégas

impressãoGráfica Esdeva

Sumário

2008: mais um ano de realizações

O CREF4/SP, cada dia mais estruturado, parti-

cipou de várias reuniões e ações com o obje-

tivo de dar maior visibilidade ao Profissional

de Educação Física. Dentro de suas atribui-

ções que é fiscalizar, orientar e disciplinar legal, téc-

nica e eticamente o exercício da profissão e defender

a sociedade em sua área de atuação, o Conselho está

evoluindo ano a ano e se destacando entre os conselhos

regionais de outras categorias, na sociedade e chaman-

do a atenção dos órgãos governamentais relacionados à nossa área.

Neste ano, a Unidade Móvel de Atendimento – UMA mostrou a que veio e foi bem

recebida pelos profissionais em todos os locais por onde passou.

O apoio a criação da Associação Brasileira de Ginástica Laboral – ABGL pro-

porcionou encontros com representantes da FUNDACENTRO e estudos têm sido

feitos para lançar uma campanha sobre os benefícios da GL. Também junto com

o Grupo de Estudos Técnicos em Ginástica Laboral do CREF4/SP, foi elaborado

um documento que presta esclarecimentos sobre a GL que pode ser acessado no

portal do Conselho.

A Educação Física conseguiu papel de destaque na área de saúde e hoje o pro-

fissional participa nas UBSs [Unidades Básicas de Saúde], nos Núcleos de Apoio à

Saúde da Família – NASF do Sistema Único de Saúde – SUS e tem mais um campo

aberto de mercado de trabalho nas assistências médicas privadas.

Parcerias foram muitas e outras tantas virão. Uma delas com o CREMESP, para

a elaboração de um projeto conjunto para proteger a população, outras com as

secretarias estadual e municipal de Esportes e Lazer, além do contato constante

com representantes do Ministério dos Esportes.

Comemoramos os 10 anos de Sistema e 8 anos de CREF4/SP com muita alegria e

esperamos atender sempre e melhor todos os interesses, dentro das atribuições do

Conselho, dos profissionais de Educação Física do Estado de São Paulo.

Flavio Delmanto

Comemoração ................................4

evento ...........................................8

olimpíadas ...................................12

eduCação FísiCa esColar ............16

atuação ......................................20

em ação ......................................23

notíCias .......................................29

unidade móvel de atendimento ....30

registro ......................................31

Page 4: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

4

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Comemoração

Inauguração oficial da sede marca o Dia do ProfissionalDurante as comemorações, foi realizada a cerimônia de inauguração oficial da sede da entidade, com moderna estrutura para atender aos mais de 65 mil profissionais registrados no Estado. Além disso, a data marcou os 10 anos de regulamentação profissional no Brasil e 8 anos de atividades do CREF4/SP

A implantação dos Conselhos Re-gionais teve início logo após a aprovação da lei que regula-mentou a profissão. No ano se-

guinte, o presidente Flavio Delmanto, com o apoio do Prof. Antonio Carlos Pe-reira, da Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo do Estado de São Paulo, con-seguiu a primeira sala para o CREF4/SP, sob as arquibancadas do ginásio do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera. Em junho

inclusive com o já reconhecido traba-lho da Unidade Móvel de Atendimento.

Antonio Carlos Pereira contou que esteve pela primeira vez na sede do Con-selho no momento da renovação de sua Cédula de Identidade Profissional e quan-do a porta do elevador se abriu, ele ficou emocionado. “Eu disse: - ‘Essa é a sede que o Flavio sonhava’. Eu me lembrava claramente da salinha ao lado da minha, debaixo de uma arquibancada... É a rea-lização de um sonho”.

de 2000, a entidade locava seu pró-prio espaço: uma sala subsolo da rua Galvão Bueno, no bairro da Liberdade. Dois anos depois, transferiu-se para o 27º andar do número 377 da rua Líbero Badaró, no Centro da capital. E, final-mente, em 2006, com 54 mil profissio-nais registrados, conquistou a sua sede própria no 3º andar do mesmo edifí-cio. Hoje, com 80 funcionários, a sede está totalmente equipada para prestar pronto atendimento aos profissionais,

As autoridades presentes na mesa de abertura, (da esq. para dir.) Claury Alves da Silva, Orlando Silva, Flavio Delmanto, Jorge Steinhilber e Walter Feldman, foram os responsáveis pelo descerramento da placa de inauguração do CREF4/SP

Por Célia Gennari

Page 5: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

5

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

PERSONALIDADESAlém do vereador Aurélio Miguel –

ex-atleta medalhista olímpico de judô, que prestou homenagem ao CREF4/SP na Câmara Municipal de São Pau-lo, no dia 29 de agosto – o presidente Flávio Delmanto recepcionou na sede do Conselho, entre os 80 presentes, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, o secretário estadual de Esporte e Turis-mo, Claury Alves da Silva, o secretário municipal de Esportes, Lazer e Recre-ação, Walter Feldman, o presidente do Conselho Federal de Educação Física – CONFEF, Jorge Steinhilber, o ex-atleta de atletismo Zequinha Barbosa e a ex-secretária municipal Nádia Campeão, entre outros presidentes e represen-tantes de federações esportivas.

Federal, “sempre muito feliz, ligado naquilo que faz, orientando ativida-des, sobretudo de crianças e, assim, construindo o futuro do Brasil”. Ele manifestou seu apoio às posições do Sistema CONFEF/CREFs em defesa da valorização da profissão, ressaltan-do a importância da regulamentação para a proteção da sociedade.

Walter Feldman, aproveitou para argumentar que o professor de Edu-cação Física precisa voltar a ser tão valorizado na escola quanto os pro-fessores de outras matérias. “Estamos recuperando o espaço das atividades físicas nas escolas. Um dos elemen-tos fundamentais para que a crian-ça tenha a sua performance escolar adequada é a atividade esportiva”. Quem muito contribuiu para a inser-ção do Profissional de Educação Física nas escolas foi o ex-vereador Nelson Guerra, lembrado por Feldman em seu discurso. “Ao elaborarmos a Lei Orgânica do Município de São Paulo, percebemos que era o momento pro-pício para incluir itens que preparas-se o caminho do desenvolvimento da

“Nos avanços no esporte tudo se tem conquistado por essa parceria

única que tem ocorrido entre

Município, Estado e União”

Walter FeldmanSecretário Municipal

“Para o futuro do esporte brasileiro, é uma conquista ter à

disposição profissionais de Educação Física bem

preparados, de alto nível. Devemos isso à

regulamentação e à organização da categoria”

Orlando SilvaMinistro dos Esportes

“O CREF4 vai ser o grande parceiro na meta de

envol ver cada vez mais o esporte nas escolas, pois

poderá nos ajudar muito com os profissionais de Educação

Física”Claury Alves

Secretário Estadual

A importância desses 10 anos de regulamentação profissional foi desta-cada pelo ministro Orlando Silva, que garante ser motivador ver a dedica-ção do Profissional de Educação Física trabalhando nos projetos do Governo

Educação Física na prefeitura”, co-mentou Guerra.

Claury Alves compartilha dessa opi-nião e destacou que a Educação Física precisa estar presente quando a crian-ça ou o jovem sentir a necessidade de se identificar com alguma atividade, não só esportiva, mas qualquer ativida-de na área cultural.

Page 6: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

6

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Comemoração

HOMENAGENS Em um momento de festa e grandes comemorações, não poderiam faltar as homenagens, inicialmente para os integran-

tes paulistas do primeiro grupo de conselheiros Federais: Flavio Delmanto, Gilberto José Bertevello, João Batista Andreotti Gomes Tojal e José Maria de Camargo Barros e, na seqüência, para aqueles que também contribuíram de forma decisiva no processo de regulamentação: Hudson Ventura Teixeira, Jorge Steinhilber e Fernando Henrique Cardoso. O ex-presidente, lembrado por ter assinado a lei que regulamentou a profissão, não pode comparecer.

Conselheira Margareth Anderáos entrega placa para o Prof. Dr. João Batista An-dreotti Gomes Tojal

Conselheiro Nestor Soares Públio entrega placa para o Prof. Jorge Steinhilber

estrutura, seria o Conselho. Para mim, é uma satisfação muito grande esse reconhecimento da instituição e tam-bém ao trabalho que eu fiz em duas gestões da APEF/SP”.

Conselheiro Marcelo Vasques Casati entrega placa para o Prof. Gilberto José Bertevello

Conselheiro Antonio Lourival Lourenço entrega placa para o Prof. Hudson Ventura Teixeira

Conselheiro Márcio Tadashi Ishizaki entrega placa para o Prof. Dr. José Maria de Camargo Barros

Outro homenageado do dia, Hudson Ventura Teixeira, ex-presidente da APEF de São Paulo, sente-se muito feliz e realizado, por saber que sem-pre esteve certo em defender a re-gulamentação da profissão. “O único órgão que poderia concretizar essa re-gulamentação, pela sua organização e

Emocionado, José Maria de Camar-go Barros, também conselheiro do CONFEF, falou sobre a necessidade de olhar para o futuro e saber que ainda há muito o que fazer, “mas já temos algo para mostrar nesses 10 anos de regula-mentação da Educação Física”.

sua preocupação com a formação dos novos profissionais. Para ele, a Instituição de Ensino Superior for-madora precisa entender que tem que formar para a atuação no mer-cado. “Enquanto a Instituição não estiver preocupada com a qualidade do aluno, não teremos mudança. A educação básica também não está preparando o jovem adequadamente para ingressar no ensino superior. O currículo não é um rol de disciplinas é uma quantidade de conhecimentos que precisam ser passados integral-mente para o futuro profissional”.

Gilberto José Bertevello, conse-lheiro do CONFEF, destacou a impor-tância do trabalho associativo, “mas a verdade é que tomamos a iniciativa quando nos sentimos incomodados. E eu me sentia incomodado por não ter uma profissão regulamentada. Então, me engajei numa luta de muitos. Com-pleto um ciclo de 10 anos. Dediquei duas vidas ao Sistema. Segundo um au-tor, que não me lembro o nome, ‘vou cuidar de outras vidas, agora’”.

O 1º vice-presidente do CONFEF, João Batista Andreotti Gomes Tojal, aproveitou para comentar sobre a

Para Jorge Steinhilber, presiden-te do CONFEF, receber homenagem em sessão solene, tanto na Câma-ra dos Deputados como no Senado Federal, deve ser uma questão de orgulho para todos os profissionais de Educação Física do País. Estar presente em hospitais, em clínicas, no SUS, fazer parte da saúde da fa-mília e de outros projetos públicos, sentando à mesa com governantes, elaborando políticas públicas e co-laborando na execução é um reco-nhecimento de que o Profissional de Educação Física não é aquele es-portista ou apenas responsável pelo exercício físico. Mas sim, é o profis-sional que faz acontecer.

Page 7: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

7

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

GARRA, DETERMINAÇÃO E TRANSPARÊNCIA

Muito lembrado pelas celebri-dades presentes e homenageados pela sua garra e determinação, Fla-

Conselheiro Vlademir Fernandes entrega placa para o Prof. Flavio Delmanto

vio Delmanto, presidente do CREF4/SP desde sua criação, fez questão de lembrar em seu discurso da importân-

cia da dedicação e colaboração de todos os conselheiros e profissionais que participaram do processo de regulamentação direta e indireta-mente, da primeira funcionária do CREF4/SP Izabel Gertrudes, e do empenho da gerente geral Clarice Pinheiro Machado a frente dos 80 funcionários do Conselho.

Delmanto encerrou a solenidade no auditório do CREF4/SP com as se-guintes palavras: “A cada ano esta-mos fazendo do Conselho Regional de Educação Física do Estado de São Pau-lo um mecanismo forte e atuante, de forma a assegurar os direitos da po-pulação, conscientizando-a dos bene-fícios promovidos pela nossa profissão e, conseqüentemente, consolidando o seu reconhecimento. Sabemos que temos ainda muito por fazer... Para-benizo a todos os profissionais que se dedicam à profissão, seguem a lei, respeitam seus alunos e clientes e prezam, acima de tudo, pelo bem-estar da sociedade, com responsabili-dade e ética”.

Além das personalidades, estiveram presentes presidentes e representantes de federações esportivas

Page 8: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

8

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

EvEnto

Encontro reúne coordenadoresde IESs de Educação Física

De 12 a 14 de setembro, o CREF4/SP realizou o Encontro de Diri­gentes de Escolas Superiores de Educação Física do Estado de

São Paulo, no Hotel Bourbon, em Atibaia. Ao todo 69 faculdades de Educação Físi­ca estiveram representadas.

O presidente do CREF4/SP, Flavio Delmanto, abriu o ciclo de palestras no dia 13 com uma apresentação do Con­selho. Na seqüência, a Profª. Drª Mar­gareth Anderáos falou sobre o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Supe­rior (SINAES); o Prof. Dr. Amauri Apare­cido Bassoli de Oliveira principalmente sobre o INEP; e o Prof. Dr. João Batista Andreotti Gomes Tojal, comentou so­bre os Procedimentos das Comissões de Avaliação e as possibilidades de autori­zação, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos superiores de Educação Física. Após as palestras aconteceu o Fórum de debates e a dis­cussão do estatuto do Conselho de Diri­gentes de Escolas de Educação Física do Estado de São Paulo (CONDEEFESP).

No dia 14, o tema foi "O perfil pro­fissional necessário frente às novas de­mandas de Mercado", com a Profª. Maria Luiza de Souza Dias [SESC], Prof. Már­cio Tadashi Ishizaki [Ginástica Laboral], Profª. Rosângela Martins de Araújo Ro­drigues [SESI], Prof. Guilherme Moscardi

[Academia], Prof. Roberto Jorge Saad [Carreira Acadêmica] e Prof. Alexandre Romero [Representante do CREF4/SP no Conselho de Saúde]. E, ainda, hou­ve tempo para debates e a divulgação do resultado da eleição da diretoria do CONDEEFESP.

INFORME-SE PELA INTERNET

É importante que os dirigentes e demais interessados, visitem diariamente os sites oficiais, onde podem obter muitas informações sobre o processo formativo, de intervenção, de capacitação de recursos, para potencializarem seus cursos e as ações que desenvolvem na direção deles. Assim, temos: INEP [www.inep.gov.br], onde está acessível o Manual de Avaliação de Reconhecimento; MEC [www.mec.gov.br], onde tem várias notícias atualizadas sobre o processo da educação; Ministério do Esporte [www.esporte.gov.br], que tem matérias sobre o Programa Segundo Tempo, coordenado pedagogicamente pelo Prof. Amauri Bassoli desde 2007, um programa que emprega 4 mil profissionais da área e coloca 12 mil aca­dêmicos fazendo seus estágios com programas sociais.

Também não deixe de consultar o site do Conselho Nacional de Desenvolvi­mento Científico e Tecnológico (CNPq) [www.cnpq.br] e o da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) [www.capes.gov.br].

Page 9: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

9

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

O SINAES [criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004] é formado por três com­ponentes principais: a ava­

liação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. Os pro­ces sos avaliativos são coordenados e supervisionados pela Comissão Nacio­nal de Avaliação da Educação Superior (CONAES) e a operacionalização é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

Há dois tipos de avaliação: a auto­avaliação feita pelas Comissões Pró­prias de Avaliação (CPAs) e a avaliação realizada pelas comissões do INEP.

As CPAs, previstas no Art. 11 [Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004] e cons­tituídas no âmbito de cada instituição de educação superior, têm por atribuição a coordenação dos processos internos de avaliação da instituição, de sistemati­zação e de prestação das informações solicitadas pelo INEP. Para a Profª. Drª. Margareth Anderáos, é importante que

relação à gestão da própria instituição melhor será, pois facilita e dá clareza ao processo avaliativo.

O INEP disponibiliza o Instrumento de Avaliação de Curso para preenchi­mento, que permite Reconhecimento e Renovação de Reconhecimento de Cursos Presenciais e à Distância: Bacha­relado, Licenciatura, Tecnológico, (On line). A matriz de construção do instru­mento contempla três categorias nas quais estão presentes indicadores que atendem as dimensões constantes da lei do SINAES.

A avaliação dos cursos de graduação é realizada por Comissões Externas de Avaliação de Cursos, designadas pelo INEP, constituídas por especialistas em suas respectivas áreas do conhecimento, cadastrados e capacitados pelo INEP.

“Quando vamos fazer a visita, faze­mos contato com a CPA da IES, que já tem um relatório com as deficiências apontadas. A pergunta será, quais as ações da instituição para melhorar o que a CPA aponta em seus relatórios?”, co­mentou Prof. João Batista Tojal. Ou seja, “é preciso valorizar a CPA, porque é ela a ‘ponta da lança’ para a Comissão de Avaliação”.

Margareth chamou a atenção para o conceito final, onde a IES recebe o Instrumento com os quesitos Organiza­ção Didático­Pedagógica, Corpo docen­te, discente e técnico­administrativo e Instalações físicas.

Na Organização Didático-Peda-gógica há os seguintes Grupos de In­dicadores: Administração Acadêmica – coordenação e colegiado de curso; Projeto Pedagógico do Curso – concep­ção, currículo e avaliação; Atividades Acadêmicas Articuladas à Formação – prática profissional e/ou estágio, TCC e atividades complementares; e ENADE.

Alertou que as Comissões querem ter atas assinadas pelos profes sores e que não adianta correr o risco de inventar es­ses documentos na última hora. Também

ressaltou que é observada a coerência do projeto político pedagógico. Está na lei do SINAES que os responsáveis pela prestação de informações falsas ou pelo preenchimento de formulários e relató­rios de avaliação que impliquem omissão ou distorção de dados a serem fornecidos responderão civil, penal e administrati­vamente por essas condutas.

No Corpo docente, discente e técni-co-administrativo é preciso ver o perfil do docente. “Afinal, é muito valorizado pelas Comissões que esse professor fique na instituição”, explicou Margareth. É importante verificar como é feita a aten­ção aos discentes, tanto pelo coordena­dor do curso quanto pelos professores e saber se existe, e há quanto tempo, o Corpo Técnico­Administrativo.

Sobre as bibliotecas, no item Ins-talações físicas, Margareth comentou que hoje em dia a Comissão pede nota fiscal para comprovar a sua existência. “Elas devem ter adequação do acervo à proposta do curso. E sobre a práti­ca de serviço à comunidade, esta deve acontecer através de programas que os alunos realizem”.

Infelizmente, Margareth tem perce­bido que as Comissões autorizam cursos que não poderiam ser autorizados. De qualquer forma, afirmou que o conheci­mento gerado a partir de todo o proces­so de avaliação deve ser disponibilizado à comunidade, via boletim, explicando

as IES trabalhem de forma autônoma e independente, pois a auto­avaliação, ou avaliação interna, pode promover me­lhorias e serve para repensar a atuação e reorganizar a prática. “É um processo cíclico e permanente, criativo e renova­dor”. O Prof. Dr. Amauri Aparecido Bas­soli de Oliveira lembra que quanto mais isenta a constituição dessa comissão em

“Os coordenadores das IES precisam entender que a categoria é que fez o CREF4/

SP. A nossa preocupação é que o profissional saia

capacitado para o mercado de trabalho

”Flavio Delmanto

Page 10: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

10

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

EvEnto

o que aconteceu e o que vai ser feito a curto, médio e longo prazo.

Amauri Bassoli, fez alguns comentá­rios preliminares de grande importância. Segundo ele, falar em avaliação é sem­pre um problema, mas isso faz parte de um processo de aprendizagem.

“Quando fomos discutir as diretrizes curriculares, o CONDEEFESP Brasil tam­bém teve a sua participação, por isso é importante fortalecer essa associação, para que se possa avançar e ter repre­sentatividade nas discussões nacionais em qualquer uma das instâncias”.

Para ele, em termos de diretriz es­tamos bem amparados, mas advertiu que é muito ruim o coordenador que não sabe como essas leis [bacharelado e licenciatura] foram organizadas e in­formou que elas aconteceram em nível da Secretaria de Ensino Superior, do Ministério da Educação, e que vêm de outras áreas, especialmente da Peda­gogia. “Entendo que alijeirar esse pro­cesso significa captar mais alunos, mas as Resoluções nº 01/02 e a nº 07/04 são claras: licenciatura é um programa independente e bacharelado é outro. Trata­se de um equívoco, que tem que ser entendido pelo coordenador, para que ele consiga esclarecer adequada­mente os seus alunos”.

O coordenador tem que estar dis­cutindo essas questões legais, para que quando a comissão do INEP chegar para fazer a entrevista com os alunos eles sai­bam responder adequadamente às per­guntas sobre os cursos que estão fazen­do. “Preferimos encontrar verdades nos coordenadores e na estrutura. Se tentar enganar a comissão vai ser pior”.

Ficou a cargo do Prof. Dr. João Ba­tista Tojal, que também estava repre­sentando o presidente do CONFEF, falar sobre os procedimentos das Comissões de Avaliação e as possibilidades de au­torização, reconhecimento e renovação

de reconhecimento dos Cursos Superio­res de Educação Física. Sua palestra foi clara e precisa, fez vários alertas, co­mentou sobre ética e a visão da socie­dade. Aproveitou também para criticar a situação da Educação Física Escolar, orientou o que é preciso fazer para ser coordenador de curso de graduação de Educação Física e passou um questiona­mento para todos os presentes pensa­rem: Qual é a missão de sua institui-ção? Segundo Tojal, se a IES não tiver qualidade para conhecer sua missão, perfil e desenvolvimento, não consegui­rá aprovar o seu curso.

O que mudou? Segundo Tojal, com a criação da CONAES, do Ministério da

“Temos uma deficiência muito grande de profissionais

atuando em Programas Sociais. Como os cursos podem contribuir num

processo formativo adequado para suprir essa necessidade?

”Amauri Bassoli

Sem um processo de avaliação ade­quado não há possibilidade de um avan­ço em relação a qualquer uma das áreas que se venha a desenvolver. Essa avalia­ção é colaborativa, participativa e tem o intuito de, realmente, melhorar signi­ficativamente todo o processo, que tem que ser entendido pela comunidade. Amauri explica que é preciso ter indi­cadores adequados para que as ações e as políticas públicas possam atender às necessidades apontadas.

Um pouco de história ­ Em 1969, na Universidade Federal do Paraná co­meçaram as primeiras discussões sobre a formação do Profissional de Educação Física [a formação era de 3 anos]. Em 1979, uma comissão começa a discu­tir o currículo e em 1987, foi aprova­da uma nova diretriz [nº 03/07] para o processo de formação. “Inicialmente muito criticada e posteriormente muito elogiada”, comentou Amauri, um dos autores dessa ação, que para ele foi extremamente significativa para a área de Educação Física. “Fomos um dos pri­meiros cursos a colocar o trabalho de conclusão [monografia]”, lembrou.

Foi feita uma pesquisa nacional dos cursos de graduação sobre a Resolução nº 03/87 com retorno positivo, o que deu suporte à comissão de especialis­tas que estava no INEP e na Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) para a constituição das novas diretrizes.

“O Conselho não define regras de formação, o Conselho segue a lei

estabelecida pelo MEC na formação

”João Batista Tojal

Para Amauri Bassoli, que estuda formação pro­fissional e contribui com o INEP e a SESu desde 1997, esse encontro promovido pelo CREF4/SP tem que acontecer anualmente. A legislação é mui­to dinâmica e tem aplicação direta no exercício profissional do dirigente da IES. Um dirigente não pode assumir a direção sem estar atualizado em relação à legislação pertinente, pois ele tem que ter como base todos esses aparatos legais para que dê uma fundamentação adequada ao exercício. A questão ética também é fun­damental. “Ética é a construção de uma vida. Trabalhar eticamente significa cumprir o que a legislação determina, mas antes de tudo, enquanto profissio­nal e cidadão, atender aquilo que é o anseio da sociedade e proporcionar uma formação competente e de qualidade”, alertou.

CONCLUSÃO

Page 11: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

11

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Educação, comissão deliberativa com­posta por 13 membros, que coordena e supervisiona o SINAES, temos quem integre os instrumentos, estabeleça diretrizes para a organização e desig­nação das comissões e defina políticas

de recrutamento e capacitação de ava­liadores. “Acontece que o INEP muitas vezes tem mais agilidade do que a pró­pria CONASE”.

Lembrou que agora temos na coorde­nação do INEP e diante do processo de

avaliação de nível nacional de formação, uma representante da Educação Física. “Temos que dar todo o apoio para que ela desempenhe bem o seu papel e fortaleça o nosso reconhecimento como uma área importante dentro desse processo”.

CONDEEFESP: RESULTADO DAS ELEIÇÕES

Os coordenadores eleitos para compor o Conselho De­liberativo do CONDEEFESP foram: Margareth Anderáos – FEFISA, Valter Brighetti ­ C.U. VOTUPORANGA, Roberto Jorge Saad – UNIFRAN, Georgios Stylianos Hatzidakis – UNI­BAN, Ricardo Prado – ANHEMBI MORUMBI, Maurício Aníbal Delgado – UNIPINHAL, Viviane Kawano Dias – UNIJALES, José Carlos de Almeida Moreno – FAFIBE, Lara Azevedo Mattos – UNIMONTE, Nestor Donizette de Moura – UNICASTELO e Jorgeta Zogueib Milanezi – FIB.

Os coordenadores eleitos para compor o Conselho Fiscal: Luiz Marcelo Ribeiro da Luz – METODISTA, João Carlos Teixei­ra S. Barros – UNISANTA, Paulo Sérgio Bereoff – FAITA, Pedro Paulo A. Maneschy ­ Inst. Mairiporã, Flávio Piloto Cirillo – SA­LESIANO e Luiz Fernando Costa de Lourdes – FAAC.

Georgios Stylianos Hatzidakis informou que a data de

fundação de fato do estatuto do CONDEEFESP será considerada 1988 e a de direito passa a vi­gorar a partir da data da elei­ção – 14 de setembro de 2008. O então, presidente interino, manifestou sua alegria com a eleição do Conselho e do inco­modo que era para ele represen­tar o mesmo sem legitimidade, já que todos os outros CONDEE­FESPs do país estão organizados. “Temos o desafio de reunir os 140 coordenadores, diretores ou dirigentes de Cursos de Educação Física do Estado de São Paulo”.

Encontro contou com a participação de 69 representantes de Instituições de Ensino Superior

Roberto Jorge Saad é o presidente eleito

Page 12: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

12

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Olimpíadas

Fórum discute Esporte Olímpico

O CREF4/SP, com a Rede Record e o portal Terra, apoiou o 1º Fórum de Desenvolvimento do Esporte Olímpico no Brasil,

realizado em São Paulo, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, no Centro Universitário das Faculdades Metropoli-tanas Unidas (UniFMU). Para o presiden-te do CREF4/SP, Flavio Delmanto, um dos coordenadores do Fórum, o evento é im-portante para a discussão do Olimpismo e o legado que ele trás para um país.

Segundo Rejane Penna Rodrigues,

secretária de Desenvolvimento de Es-porte e de Lazer, paz entre os povos, alegria de viver, respeito à multidi-versidade, cultura como alicerce de uma educação olímpica, são valores centrais no humanismo, por isso, “te-mos nas Olimpíadas marcos evolutivos importantes, não só na Educação Físi-ca e nos Esportes, mas também para as nações”.

Ricardo Leyser, que representou o ministro dos Esportes, Orlando Silva, comentou que estavam ali para pro-

Brasil nos Jogos de Pequim

duzir um material acadêmico e um conteúdo que influenciará a política pública e as ações do governo federal no esporte.

De Pequim – Carol Albuquerque [vôlei], Leandro Guilheiro [judô], Da-niel Dias [natação], Paulo Cocco, au-xiliar técnico da Seleção Feminina de Vôlei e Yumi Yamamoto Sawasato, árbi-tra internacional de ginástica artística [destaque de arbitragem] estiveram presentes e colaboraram com as dis-cussões do primeiro dia do evento.

A participação do Brasil em Pequim foi a segunda melhor da história dos jogos olímpicos, excluindo o resultado de Atenas, da década de 80, quando houve o boicote. Igualamos em Pe-quim a nossa melhor performance no número de medalhas em Atlanta e em esportes que ainda não tínhamos. Des-taque para o ouro na natação, no atle-tismo, no vôlei, no judô, na vela e no tae-know-do femininos.

Entre Atenas e Pequim, aumentamos as medalhas de 10 para 15 no total e nos esportes de 6 para 7. As femininas aumen-taram de 2 para 6 e as masculinas de 8 para 9. Crescemos em medalhas de bron-ze de 3 para 7, de prata de 2 para 4 e só diminuímos em medalhas de ouro de 5 em Atenas para 3 em Pequim. Para Djan Gar-rido Madruga, secretario nacional de Es-porte de Alto Rendimento, isso se chama “fator China”, porque a China, em Ate-nas, conquistou 32 ouros e, em Pequim, aumentou para 51, ou seja, “tirou meda-lha de 13 países, inclusive do Brasil”.

A Europa é a maior medalhista de ouro [126], depois vem a Ásia [91] e, no meio estão as Américas [56]: a do Norte com 41 medalhas, a Central com 10 e a do Sul com 5. Com esses números, Djan mostrou que ganhar ouro em Olimpíadas não tem nada a ver com o desenvolvi-mento esportivo de uma nação. Segundo ele, dos 30 fracassos de Pequim só teve

o caso de um brasileiro. “Falhar, ganhar ou perder numa Olimpíadas é normal e a mídia precisa entender isso”.

PARAOLIMPÍADAS – Embora haja uma participação desde 1972 no esporte pa-raolímpico, em 2000 o Brasil foi 24º, em Atenas foi 14º e em 2008, 9º lugar com 16 ouros. Somos top 10 do planeta, atrás da China com 89 ouros, Reino Unido/In-glaterra com 42, entre outros. Canadá ficou um pouco à frente em 7º lugar e no Pan-americano ficamos a frente do Canadá. “Isso desmistifica que jogos pan-americanos são referência para as Olimpíadas. São competições diferentes e é ruim para nós termos Pan-americano antes das Olimpíadas, porque cria uma expectativa desnecessária”.

De Atenas para Pequim aumentamos o total de 33 para 47 medalhas. De 14 para 16 ouros, de 12 para 14 pratas, de 12 para 17 bronzes. E, no masculino, de 22 para 34 medalhas. Enquanto que nas Olimpíadas conquistamos apenas 3 ouros e ficamos na 23ª posição. Parece que o Brasil se tornou a potência paraolímpi-ca enquanto que nos esportes olímpicos não chegou perto. Mas, para Djan, isso não reflete a realidade do país no que se refere a indicadores de saúde da popula-ção, quantidade de áreas desportivas e desenvolvimento científico tecnológico.

Nas Olimpíadas são distribuídas 950

medalhas entre 12 mil atletas, enquan-to que na Paraolimpíadas são 1400 para 4200 atletas. Portanto, é mais fácil ga-nhar medalhas nas Paraolimpíadas do que nas Olimpíadas e os recursos dispo-níveis são diferentes.

O resultado do Brasil fica abaixo das expectativas, primeiro por causa do re-curso insuficiente em comparação com os países top 10, segundo em razão da política inadequada para distribuição de recursos e cobranças de resultados e, por último, pela falta de centros de treina-mentos [CT]. “A ginástica conseguiu re-sultado porque tem um CT em Curitiba, o vôlei tem um em Saquarema, mas não temos ainda um CT olímpico no Brasil”, concluiu Djan Madruga.

O Fórum foi uma promoção do Ministério do Esporte em parceria com o Complexo Educacional FMU e o Centro de Estudos Olímpicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

LAnçAMEntOO livro “Legados de Megaeventos

Esportivos” é resultado de uma par-ceria entre o Ministério do Esporte e o Conselho Federal de Educação Fí-sica – CONFEF, com o apoio do SESI-DN, SESC Rio e Universidade Gama Filho-RJ. Rejane Penna Rodrigues e Lamartine P. Da Costa, dois de seus organizadores, fizeram a apresenta-ção da obra no Fórum. O livro tem distribuição gratuita em papel e acesso livre pela Internet no site do CONFEF – www.confef.org.br

Page 13: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

13

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Destaque

Treinador da medalha de ouro olímpicaNélio Alfano Moura [CREF 006442-G/SP], 45 anos, formado pela FEC do ABC [hoje UNIABC] é treinador da atleta medalhista olímpica Maurren Maggi. Maurren conquistou a primeira medalha de ouro do atletismo feminino, na história dos Jogos Olímpicos, na prova do salto em distância, com a marca de 7m04, conseguida já no primeiro salto. Com esse resultado, Nélio Moura se tornou um dos mais importantes treinadores de saltos horizontais da história do atletismo. Em Pequim, o brasileiro ajudou dois de seus atletas a conquistarem o ouro olímpico: Maurren Maggi (Brasil) e Irwin Saladino (Panamá). Atleta e treinador brasileiros são do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA.

CREF4/SP – Qual o início da sua história no atletismo?nélio Alfano Moura – Fui atleta especializado no salto triplo.

Comecei no Ibirapuera e passei pelo E.C.Pinheiros. Quando terminei a faculdade, com quase 20 anos, comecei a trabalhar e aos poucos parei de treinar. Trabalhava durante a semana inteira em São Paulo, dando aula num monte de lugar e sábado e domingo trabalhava em Lençóis Paulista. Para mim foi uma escola. Quando eu me lembro e olho para trás, pen-so “que loucura”, não sobrava um dia para mim.

CREF4/SP – Quando você começou a trabalhar com a Maurren Maggi?

nélio – Desde 1984 trabalho no Ibirapuera e em 1994 entrei no Centro de Excelência Esportiva [conhecido por “Projeto Futuro”], no mesmo ano em que Maurren

foi selecionada e passou a participar do projeto e dos treinamentos do nosso grupo.

CREF4/SP – A dedicação do treinador influi nos resultados do atleta?

nélio – Para trabalhar nesse nível, a dedicação tem que ser pelo menos tão grande quanto a do atleta. É preciso se manter atualizado e dedicar muitas horas do seu dia para um esforço que é mais invisível, porque as pessoas só vêem o trabalho realizado na pista. No entanto, talvez eu passe mais tempo fora da pista, organizando, planejando os treinos e controlando o que foi feito, do que efetivamente aplicando. Faço toda a organização da temporada, o chamado “con-trole de treino” e com ele tentamos identificar os efeitos que o treino teve ou está tendo para o atle-ta. É um processo contínuo, no qual fazemos as mo-dificações necessárias para atender os objetivos com cada um deles.

CREF4/SP – Com o que o futuro treinador tem que se pre-ocupar?

nélio – Tem que ter um bom nível de conhecimento em dife-rentes áreas. Claro que tem conteúdo específico da modalidade, as questões técnicas das provas que se escolhe trabalhar, mas junto com isso tem as ques-tões da biomecânica, da fisiologia e da psicologia. Temos de estar atualizados com as novas tendências da organização e da teoria do treinamento que são extremamente importantes e saber o que podemos aplicar na nossa realidade.

Por Célia Gennari

Page 14: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

14

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Olimpíadas

“Quando eu venho para a pista eu penso, ‘vou

plantar a minha sementinha de hoje’

CREF4/SP – O que tem sido feito no Brasil para melhorar a qualidade dos treinadores?

nélio – O Brasil está envolvido com programas de certi-ficação de treinadores da Federação Internacional. Praticamente, exigimos que nossos treinadores fa-çam os cursos da Internacional níveis I, II e assim por diante. Mas temos discutido a possibilidade de implantarmos um programa de certificação de trei-nadores feito para o Brasil, não apenas seguindo o programa da Internacional. Também esperamos a atuação das entidades, das universidades e do pró-prio CREF4/SP no estímulo à capacitação dos profis-sionais de Educação Física.

CREF4/SP – É preciso muitos anos para formar um bom treinador, da mesma forma que o atleta?

nélio – Para formar o atleta costumo dizer 10 anos, porque é um número redondo mas, no mínimo, seis anos. Não dá para pensar em ter resultados a curto pra-zo, em um ciclo. Da mesma forma, também, demo-ra para formar um treinador de alto nível, porque ele precisa de experiência, estar atuando e, além de muito conhecimento teórico, refinar o conheci-mento na prática. Então, a formação dele nos cur-sos, não só na faculdade, tem que ser contínua e vai demorar alguns anos para que ele realmente tenha competência para atuar nesse nível mais alto. A for-mação é fundamental.

CREF4/SP – Como fazer com que o jovem tenha consciên-cia do efeito das drogas ilícitas?

nélio – O fundamental é que estamos tendo a oportuni-dade de termos um envolvimento maior de jovens com a modalidade e com o esporte de maneira ge-ral. É nesse momento que você vai formar no atleta essa consciência, até ética, com relação ao que ele vai fazer dentro da pista, da quadra ou piscina. Se ele crescer achando que tudo vale vai chegar um

momento em que vai se deparar com a oportunida-de de usar droga e vai usá-la. Então, ele tem que crescer querendo competir e saber o quanto vale de verdade, seguindo as regras e sem drogas.

CREF4/SP – Qual o nível dos atletas brasileiros no cenário mundial?

nélio – O Brasil tem evoluído em todas as atividades mas, particularmente, nos saltos, somos uma das poten-cias mundiais. Se existisse um campeonato mundial só de saltos horizontais, acredito que o Brasil se-ria um dos favoritos. Temos tido grandes resultados com excelentes atletas, principalmente no salto em distância e no triplo, tanto no masculino quanto no feminino. Esse progresso não aparece muito porque a imprensa normalmente conta apenas o número de medalhas conquistadas. Agora, quando começamos a contar número de atletas ranqueados, entre os 50 ou 30 do mundo, aí podemos dizer que há, pelo menos, uma tendência de melhora. Para as Olimpíadas da China, traçamos uma meta e a atingimos. A medalha da Maurren foi a cereja no bolo.

CREF4/SP – Como melhorar esses resultados?nélio – Temos poucos programas de detecção de talentos

e desenvolvimento inicial. Talvez, hoje, tenhamos muitos professores que podem trabalhar no mais alto

SOBRE AnABOLIZAntES“Há cerca de 20 anos, quando praticamente não exis-

tia exame antidoping no país, publiquei o artigo ‘Um aler-ta: a epidemia do doping já conquistou o Brasil’*. Aliás, mesmo nas competições internacionais era muito difícil dar algo positivo com atletas de alto rendimento, porque o sistema de teste era falho. Felizmente, teve o caso do Ben Johnson e de lá pra cá ficou tudo muito mais efi-ciente. Hoje, temos um bom controle tanto internacional quanto brasileiro. Para mim, tudo tem que ser feito de uma maneira honesta. Não dá para pensar em continuar fazendo esporte se tiver gente burlando, obtendo benefí-cio indevido, em função do uso de substância ilegal”.*Moura, N.A. Um alerta: a epidemia do doping já conquis-tou o Brasil. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Volume 2, número 1, pp 43-44, 1988.

Page 15: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

15

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Destaque

Última Notícia

nível, com atletas medalhistas, campeões olímpicos. No entanto, pecamos muito nesse primeiro passo que é o básico. Para desenvolver um atleta olímpico é preciso primeiro descobri-lo.

CREF4/SP – temos condições ideais para treinamento?nélio – Temos a mesma qualidade aqui e no exterior e con-

seguido, cada vez mais, uma infra-estrutura que se assemelhe ao que encontramos lá fora, onde as instalações são melhores. No entanto, tanto a pre-paração da Maurren quanto do panamenho foi feita aqui. Passamos apenas dois meses – fevereiro e julho – treinando na Espanha, usando um centro excelen-te, mas também com algumas carências de recur-sos. Precisamos multiplicar a quantidade de centros de treinamento com boas condições aqui no Brasil. Nesses locais poderemos trabalhar do começo até a medalha olímpica.

“Nos saltos, somos uma das potencias mundiais

programas pequenos, que têm sido muito consis-tentes ao longo dos anos, mas algo mais sistemá-tico, não tenho dúvida, vai gerar uma explosão de moleques despontando.

CREF4/SP – Você participa de algum programa da Federa-ção ou da Confederação?

nélio – Sou membro do Conselho Técnico Consultivo da Con-federação Brasileira de Atletismo, um grupo de trei-nadores que assessora a presidência. É um programa bem interessante que já existe há bastante tempo.

CREF4/SP – Como é o nélio treinador?nélio – Difícil me definir. Procuro ser amigo dos atletas,

até porque convivemos por tanto tempo e se não tivermos uma relação legal, fica pesado para os dois lados. Sob o aspecto mais profissional, tento ser organizado e planejo tudo, mas sabendo que um dos pontos fortes do planejamento é justamen-te a sua flexibilidade.

CREF4/SP – Qual a importância da sua profissão?nélio – Quando eu venho para a pista eu penso, “vou plantar

a minha sementinha de hoje”. Um treino pode não fa-zer muita diferença num contexto global, mas quando você começa a plantar um monte de sementinhas, dia após dia, lá na frente você vê uma floresta crescendo. Acho que é isso que os profissionais da área têm feito. Todo dia vêm para a pista, quadra, escola, piscina, trabalhar com um monte de gente e com a preocu-pação de plantar uma sementinha e, seguramente, depois de um tempo, vamos colher muita coisa boa expressa na formação deles, não só como atleta, mas também como pessoa.

CREF4/SP – Que características seus dois medalhistas têm que chamam mais a atenção?

nélio – Acho até que eles têm características interessantes em comum mas que, na verdade, é comum para todo mundo que atinge resultados desse nível. Eles têm uma pré-disposição fantástica, um talento excepcio-nal e são muito esforçados. Mas não basta, por isso que mesmo tendo essa condição natural, eles trei-nam para valer. Não quer dizer treinar o máximo que podem, mas sim de maneira inteligente, buscando o máximo de rendimento.

CREF4/SP – Qual sua perspectiva para o atletismo brasileiro?nélio – É a mais positiva possível. Primeiro em função

da medalha da Maurren, que vai atrair mais in-vestimento para a modalidade. Segundo porque já estamos vendo uma movimentação importante no sentido de corrigir a nossa falha nos estágios iniciais. Já temos três iniciativas grandes sendo colocadas em prática em busca de talentos. Uma de um grupo de Bragança Paulista que está fazen-do um projeto de detecção de talentos em todas as áreas do Brasil. Outra se trata de um programa do SESI, em convênio com a Federação Brasileira de Atletismo. E, finalmente, um programa da Cia. do Vale do Rio Doce com atletismo, natação e, se não me engano, judô. Eles têm planos de implan-tar mais de 20 centros de detecção pelo país. Se conseguirem fazer com que isso dure pelo menos 8 anos, tenho certeza que em dois ciclos olímpicos teremos resultados muito mais expressivos do que tivemos agora em Pequim. Hoje, já existem alguns

José Roberto Guimarães [vôlei], Nélio Moura e Amaury Veríssimo [atletismo] foram escolhidos pelo Comitê Olím-pico Brasileiro (COB) e pelo Comitê Paraolímpico Brasi-leiro (CPB) como os Melhores Técnicos do Ano. Moura é o melhor técnico de esportes individuais, Zé Roberto, de esportes coletivos e Veríssimo, melhor técnico paraolím-pico. Os vencedores foram homenageados na festa do Prêmio Brasil Olímpico, organizada pelo COB no Teatro do MAM, no Rio de Janeiro, no dia 16 de dezembro. Em 2007, o prêmio foi dado ao técnico da seleção masculina de judô, Luiz Shinohara.

Os melhores atletas do ano foram escolhidos pelo público, via internet. Confira o resultado através do site www.premiobrasilolimpico.com.br, ou www.cob.org.br, do Comitê Olímpico Brasileiro.

tÉCnICOS SÃO PREMIADOS

Page 16: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

16

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Educação Física Escolar

Proposta Curricular da Secretaria da EducaçãoA Revista CREF de São Paulo esteve com Sérgio Roberto Silveira, da Secretaria da Educação e com o professor Mauro Betti, um dos autores da atual proposta curricular da rede estadual de ensino para esclarecer alguns de seus aspectos

Em meados de agosto de 2007, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo come-çou a formar uma equipe,

com assessores e membros da equipe técnica da CENP – Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas, a fim de elaborar uma proposta curricular para todas as disciplinas da rede es-tadual, ou seja, organizar e sistema-tizar o currículo, tendo em vista a ne-cessidade de melhorar o desempenho da educação no Estado, a partir dos resultados das avaliações externas de ensino.

Desde 2003, segundo Sérgio Ro-berto Silveira, que faz parte da equi-pe da CENP e é responsável pela Edu-cação Física Escolar, a Secretaria de

Educação está investindo fortemente na educação continuada de professo-res, na estruturação e na metodolo-gia de ensino a ser trabalhada, que parte da concepção do Projeto Ensi-nar e Aprender [2000], que procurava tratar da correção de fluxo de alunos em defasagem idade/série. Esse pro-jeto mostrou a possibilidade de não só trabalhar a Educação Física como a prática pela prática, mas uma prá-tica contextualizada, em que se ob-serva o ensino e a assimilação de um conhecimento. E foi dessa experiên-cia bem-sucedida que se iniciou as discussões que se esperava da rede e no que as universidades poderiam contribuir, para a nova versão da proposta curricular.

A partir de algumas diretrizes ge-rais que devem seguir todas as dis-ciplinas [*], existe a Proposta Curri-

cular específica da Educação Física, na qual estão os objetivos gerais da concepção da disciplina com quadros discriminando todos os conteú dos desde a 5ª série até o Ensino Médio. Essa proposta foi elaborada e está sendo implementada nas escolas desde março de 2008.

A Proposta Curricular anterior data de 1992, com orientações ainda muito gerais, principalmente no En-sino Médio. Houve uma tentativa de reestruturar o conhecimento a ser ensinado e “agora se contou com a oportunidade de fazer uma releitu-ra do papel e do que se entende por Educação Física na escola, e ousar em propor um currículo mínimo a ser ensinado por série e por bimestre”, explica Sérgio.

Para ele, a introdução da pro-posta de 1992 é muito enriquece-

VANTAGENS DA PROPOSTA• Conseguir configurar a Educação Física como um componente que dissemina

um conhecimento – se a Educação Física é uma disciplina no currículo esco-lar, ela tem que disseminar um conhecimento.

• Para Mauro Betti, a proposta resgatou um pouco da auto-estima dos professo-res e do status da disciplina – “Respeitadas suas especificidades, a Educação Física agora é uma disciplina igual a todos as outras: tem programa, avaliação e uma direção. Mas, o programa pode e deve ser aperfeiçoado”.

• Um grande ganho da Educação Física é a possibilidade dela se situar no mesmo nível de direito e dever de qualquer outra disciplina. “As outras disciplinas passaram a nos ver com outros olhos, pelo menos ao nível da Secretaria Estadual”, defendeu Mauro Betti.

• Exige um professor que pesquise permanentemente.

Para mais informações visite: www.rededosaber.sp.gov.br e www.educacao.sp.gov.br

Page 17: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

17

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

dora quando ela traz uma leitura da fundamentação teórica de Piaget, trabalha e explica a proposta do Construtivismo e uma possibilidade de trabalho na escola. Em princípio, era um trabalho que estava passando da década de 80 para terminar em 1992. Contudo, “os professores tive-ram grande dificuldade de implantar essa proposta e ultrapassar a prática pela prática”.

Na proposta atual, a grande dis-cussão com a equipe foi pautada para que ela não fosse a proposição de um único autor, mas sim de Educação Física para a escola, que buscasse a essência no que se constituiu, no que já foi falado e escrito ao longo des-ses anos todos sobre abordagens para a Educação Física Escolar e trouxesse uma proposta curricular que trilhas-se por essa teia de informações di-versas. “A questão era dar um salto de qualidade, superando a prática pela prática, trazendo à tona a Edu-cação Física como um componente curricular, uma disciplina e não ape-nas uma atividade. Olhar a quadra, que é nossa sala de aula, como um laboratório de experiências motoras

a serem trabalhadas, discutidas e ex-perimentadas pelo aluno”.

Para Mauro Betti, professor da UNESP, assessor da Secretaria de Educação e um dos autores da pro-posta atual, a diferença entre elas é que a recém-formulada tem uma unidade e uma diretriz que percor-re todas as disciplinas. “Por essa proposta temos a Educação Física a partir de uma perspectiva cultural”, explicou.

Segundo Sérgio Silveira, a pro-posta da Educação Física é uma ação governamental para estruturar o cur-rículo na escola. Para isso, o governo do Estado vem, desde 2007, investin-do fortemente em revalorizar o en-sino, a ação do professor e a apren-dizagem do aluno. E, nesse computo surgem as propostas curriculares, não só a de Educação Física, mas de todos os componentes, a partir do Ciclo 2 até o final do Ensino Médio. “Agora os professores estão reavaliando o que é possível, viável, difícil de ser ensinado e quais as dificuldades para as possíveis mudanças nessa propos-ta. Foi uma ousadia da Secretaria da Educação propor em Educação Física

“Uma coisa que me preo-cupa muito, enquanto pro-fessor da universidade é o

desinteresse da maioria dos ingressantes em ser

professor de escola, em grande parte por causa da experiência negativa que tiveram com a disciplina Educação Física. Por isso,

não concordo com a afirmação de que essa proposta engessa as

escolas e tira a autonomia do professor. Ela deu uma direção à rede estadual. A partir de agora, de um novo patamar, podemos discutir o que é, o que

pode ser, para que serve, o que deve ensinar e como

a Educação Física pode avaliar. Esse debate levará

ao aperfeiçoamento da proposta

”.

Mauro BettiProfessor da UNESP

AÇÕES DE CAPACITAÇÃO

A Secretaria tem planejado algumas ações de capacitação para os 14.300 professores de Educação Física da rede estadual

A Secretaria de Estado da Educação iniciou em agosto de 2008, uma ação com os professores coordenadores das Oficinas Pedagógicas [ex-ATPs]. Em meados de outubro teve inicio o processo de vídeo-aula, que são aulas que propiciam um aprofundamento teórico-metodológico da Proposta, e incluem situações de aula reais, gravadas com os próprios professores da rede, comen-tadas e analisadas pelos especialistas, que elaboraram a proposta. Depois, seguirá um processo de vídeo-conferência, com os professores coordenadores e professores das escolas.

Mauro Betti lembrou, também, que sete vídeos de 15 minutos cada, nos quais constam a apresentação, explicação e esclarecimento de cada um dos cadernos, estão disponíveis para os professores, a cada bimestre, na página eletrônica da Secretaria.

Em 2009 está programado, no formato da Teia do Saber um programa que deve ser compatível com a proposta curricular, que apresentará módulos à dis-tância e no qual está prevista também encontros presenciais. Existe também a possibilidade dos cursos extra-turno do professor, de orientações e esclare-cimento. “Esta ação será incrementada em grande proporção”, afirmou Sérgio Silveira.

Page 18: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

18

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Educação Física Escolar

uma organização hierárquica dos con-teúdos, que nunca existiu”.

De acordo com a Secretaria da Educação, existe uma flexibilidade com relação ao Caderno do Profes-sor, face aos exemplos de atividades a serem seguidas. Porém, a rede es-tadual tem a obrigação de ter uma direção, tornando obrigatório desen-volver os cinco eixos de conteúdos que estão definidos [jogo, esporte, ginástica, luta e atividade rítmica] aos quais se somam, no Ensino Mé-dio, os eixos de conteúdos temáticos [corpo, saúde e beleza, mídias, con-temporaneidade, lazer e trabalho]. Alguns conteúdos específicos são op-cionais e ficam por conta do projeto político pedagógico da escola. Por exemplo, no caso da luta, tem que ter, mas não precisa ser o boxe ne-cessariamente. Inclusive, no Cader-

no do Professor está escrito ‘o boxe será tomado como exemplo’. “Mas, em algum momento o aluno tem que vivenciar esses conteúdos, porque senão vamos ficar presos, como es-tamos há décadas, àquelas poucas modalidades esportivas, especial-mente as com bola”, explicou Mauro Betti. “O que se pretende é possibili-tar a construção de outros sentidos e significados que vão se ampliando e se inter-relacionando com temas do mundo contemporâneo”.

Mauro Betti informou que, após reunião realizada no segundo semes-tre deste ano, com os professores co-ordenadores das Oficinas Pedagógicas de cada umas das 91 diretorias de en-sino do Estado de São Paulo, foi pos-sível esclarecer dúvidas e reforçar as

“Nesses anos todos, sempre lutei muito pelos

profissionais e alunos. Valorizo e sei o quanto é

difícil fazer um bom trabalho. Vejo nessa

possibilidade da proposta curricular um instrumento

para orientar esse professor a construir um trabalho que

traga uma satisfação pessoal e profissional. É

preciso fazer um trabalho no qual o aluno possa levar o conhecimento adquirido

dentro dos muros da quadra ao longo de sua vida. Eu confio no sucesso desse Profissional de Educação

Física

”.

Sérgio SilveiraResponsável pela Educação

Física Escolar na CENP

diretrizes principais. “A proposta foi bem recebida e há uma aceitação por parte desses professores coordenado-res [ex-ATPs] no sentido de que a Edu-cação Física estava precisando de uma proposta que lhe desse direção. Há um consenso de que a Educação Física estava muito dispersa com bons pro-fessores fazendo bons trabalhos, mas isoladamente, e outros nem tanto”.

FORMAÇÃO DA EQUIPEA organização da equipe passou

pelo convite às universidades públicas. Segundo Sérgio Silveira, as universida-des públicas foram escolhidas porque têm em seus docentes uma carga de investimento em pesquisa, de dedica-ção exclusiva não só ao ensino, mas ao estudo e às investigações.

ESClARECIMENTOS

CADERNO DO PROFESSORTodas as escolas receberam a proposta curricular, geral e específica, de

cada disciplina antes de receber o Caderno do Professor. A elaboração do Caderno do Professor de Educação Física, que é dis-

tribuído bimestralmente, iniciou-se para apoiar o desenvolvimento da proposta curricular. Nele há sugestões de situações de aprendizagem, de como desenvolver o conteúdo no momento de aula, de avaliação e orien-tação de como trabalhar com aqueles conteúdos que foram ali elencados. O caderno contém subsídios teórico-metodológicos sobre o tema que se propõe a ser desenvolvido [vivência corporal], inclusive com indicação de fontes bibliográficas.

JORNAl DO AlUNO E REVISTA DO PROFESSOR Trata-se de um material que foi utilizado nos primeiros 40 dias de aula

para subsidiar uma recuperação das competências do leitor. Uma tenta-tiva de fazer com que todos os alunos e escolas começassem a proposta do mesmo ponto, através do ponto de vista de qualquer leitor/escrita ou raciocínio matemático. Esse material é episódico, não é parte da proposta curricular e foi elaborado por outra equipe.

A partir da experiência de trabalho dos professores com esse mate-rial, houve uma primeira avaliação feita com os próprios professores sobre a nova proposta curricular e foi aberto um espaço na página ele-trônica da Secretaria, para manifestação e apresentação de sugestões e críticas, que são processadas na Secretaria e enviadas para a equipe responsável pela elaboração do programa. E, assim, está sendo feito ao final de cada bimestre.

Page 19: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

19

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

CREF4/SP.O Conselho Regional de Educação

Física da 4ª Região informa que teve conhecimento das Resoluções SE nº 83 e n.º 85, ambas da Secretaria do Estado da Educação, que excluem, respectivamente, as aulas de Educa-ção Física do 1º ano do Ensino Fun-damental, 3ª ano do Ensino Médio da Educação Básica e Cursos de Edu-cação Profissional Técnica de Nível

Fazem parte da equipe profissio-nais que há décadas estudam a Edu-cação Física Escolar, que vão à qua-dra e dão aula. E a CENP, dentro da Secretaria de Estado da Educação, está representando a escola, me-diando quando algum item foge da realidade. Ela faz com que a equipe pense no aluno e na escola de forma mais concreta.

Assim, a equipe foi montada com membros convidados de duas universi-dades públicas estaduais [UNESP e UNI-CAMP], Secretaria da Educação e univer-sidades particulares. Dela fazem parte: Sérgio Roberto Silveira e Adalberto dos Santos Souza [Secretaria de Estado da Educação], Mauro Betti [UNESP], Jocimar Daolio [UNICAMP], Luiz Sanches Neto e a Luciana Venâncio [que têm históricos

como professores na prefeitura de São Paulo e na universidade particular].

Mauro Betti explicou que com essa equipe é que começou as discussões do que e quais seriam as finalidades de Educação Física. “Com exceção dos dois colegas da CENP, que são funcionários da Secretaria, os outros quatro, inclusive eu, somos assesso-res por tempo determinado”.

CREF4/SP REAGE CONTRA A PORTARIA DA SECRETARIA ESTADUAl DA EDUCAÇÃO QUE SUPRIME AS AUlAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

No momento do fechamento desta edição, o CREF4/SP recebeu a informação da publicação da Re-solução SE – 83, de 25/11/2008, no dia 26 de novembro de 2008, no Diário Oficial, Poder Executivo, Se-ção I São Paulo. No mesmo dia já começaram a chegar manifestações dos profissionais de Educação Física de várias cidades do Estado, solici-tando um posicionamento e ação do

Médio na Rede Estadual de Ensino e já está tomando as providências necessárias a fim de garantir os di-reitos e prerrogativas dos Profissio-nais de Educação Física, das crian-ças, bem como a melhor formação escolar da sociedade.

Na próxima edição da Revista CREF de São Paulo, informaremos sobre os encaminhamentos que fo-ram adotados.

Última Notícia

Page 20: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

20

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

AtuAção

Projeto serve como exemplo de Educação Física EscolarA Prefeitura do Município de Jundiaí, por meio de sua Secretaria de Educação e Esportes, mantém Projeto que inova o conceito da Educação Física nas escolas. Os professores do sistema municipal são todos formados em Educação Física e registrados no CREF4/SP, recebem orientações da coordenação e planejam atividades diferenciadas de acordo com a faixa etária das crianças.

O reconhecimento e amplia-ção de suas potencialidades e limites, a construção e aquisição de conhecimentos

que promovam reflexão, favorecendo e incentivando a manifestação de idéias, são os grandes objetivos do Projeto que relaciona Educação com Movimento. Tudo isso, leva o aluno a lidar melhor

com seu corpo, suas ações e pensa-mentos, buscando condições favoráveis para enfrentar novos desafios.

Os planos de aula são preparados pelos professores e passados aos co-ordenadores do Projeto e aos direto-res das escolas a cada início de mês, sendo analisados e, se necessário, discutidos com estes. Além dos mate-

riais tradicionais, os alternativos, tais como bolas sonoras, espaguetes de piscina [substituindo bastões de ma-deira], petecas, bolas plásticas e de borracha de diversos tamanhos, pla-cas de E.V.A., raquetes em material plástico e com peso adequado, entre outros, permitem atividades alter-nativas, tornando as dinâmicas mais

Por Célia Gennari e César Alencar

Page 21: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

21

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

AtuAção

interessantes, rompendo com as prá-ticas tradicionais da Educação Física.

O Projeto existe há mais de 15 anos na cidade, atendendo 130 esco-las da rede municipal de ensino. São 55 profissionais de Educação Física que orientam atividades a aproxima-damente 38 mil alunos de quatro me-ses a dez anos de idade, das creches ao Ensino Fundamental I. Quando ini-ciou, em 1993, atendia apenas a Edu-cação Infantil. Em 1996, com a mu-nicipalização do Ensino Fundamental, a Secretaria passou a ser responsável pelos alunos até a quarta série [crian-ças de até dez anos de idade].

Atualmente, Rosemeire Apareci-da Crema Satrapa é a coordenado-ra administrativa do Projeto, mas também participa da parte pedagó-gica que, há três anos, é comanda-da por Luiz Antonio Trientini [CREF 008069-G/SP]. O Secretário de Edu-cação e Esporte da cidade – situada a 63 Km da capital paulista – José Antonio Galego [CREF 000598-G/SP], que apóia o Projeto, tem mais de 30 anos de experiência com Educação Física, principalmente na área de recreação infantil.

Além do desenvolvimento físico e motor das crianças, os professores se preocupam em passar outros conheci-mentos, como a importância de uma alimentação saudável. Nas aulas, as crianças são convidadas a participar de decisões, como a forma que de-terminada atividade será realizada.

Simples brincadeiras, como pega-pega, sofrem adaptações sugeridas pelos próprios alunos, socializando e tornando a criança parte importante no processo.

Durante o último Pan-Americano, realizado no Brasil e as Olimpíadas de Pequim, os alunos foram levados a co-nhecer regras de esportes não muito comuns no País. O hipismo foi um de-les. Em uma escola da rede municipal, as crianças construíram uma pista que simulava um circuito e, munidas de um espaguete utilizado em piscina, tro-tavam e saltavam os obstáculos. Assis-tindo os jogos pela TV, entenderam os métodos de pontuação e levaram esse conhecimento para a escola.

O Projeto Educação do Movimento prevê também um entendimento maior por parte da criança do que vem a ser a Educação Física. É um envolvimento progressivo que o aluno absorve natu-

ralmente. Então, ele entende o que é habilidade motora, equilíbrio, reflexo, velocidade de reação e a importância do controle da freqüência cardíaca nas atividades físicas, por exemplo. “Isso facilita muito a vida dos professores. Além disso, abre espaço para a crian-ça decidir em qual esporte poderá ter melhor desempenho. A escolha passa a seguir outros padrões do que apenas o gosto pessoal. Já com as crianças do berçário, a estimulação é o ponto prin-cipal dos trabalhos”, destacou Rose, coordenadora administrativa.

PREPARAÇÃO DOS PROFESSORESA jornada de trabalho dos profes-

sores é de 25 horas trabalhando dire-tamente com os alunos, mais 5 horas extra-classe, sendo duas de capacita-ção profissional, mais três de estudo.

A capacitação é realizada todas as segundas-feiras no período noturno, quando os profissionais participam de palestras, socialização de atividades com outros professores, cursos e ofi-cinas. As quartas, três horas do dia são dedicadas ao estudo em períodos contrários ao horário de trabalho. São discutidos o planejamento, a parte pedagógica e trocadas experiências de campo. Esses encontros ocorrem tanto nas unidades de ensino como na Secretaria, junto aos coordenadores do Projeto.

Os professores recebem material da Prefeitura em forma de Kit ou criam

“Além do trabalho direto com os alunos, os

professores de Educação Física passam por cursos de

capacitação e planejamento. A prefeitura também fechou

convênio para que esses profissionais pudessem fazer

pós-graduação

”.

Rosemeire Aparecida Crema Satrapa, coordenadora

administrativa do Projeto

“Com a participação efetiva do aluno,

conhecendo seu corpo e os principais conceitos da atividade física é muito

difícil que ele se transforme em um sedentário ao atingir

a idade adulta

”.

Luiz Trientini, coordenador pedagógico do Projeto

Page 22: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

22

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

AtuAção

José Antonio Galego, secretário de Educa-ção e Esporte de Jundiaí, foi professor univer-sitário de Educação Física por 30 anos. Em toda a sua vida profissional, trabalhou com crianças na faixa dos dez anos de idade. Com muito en-tusiasmo, ele garante que Jundiaí tornou-se um celeiro de atletas competitivos para outras cidades. “Nossa preocupação é educar e for-mar. Aquele que tiver interesse em participar de competições, poderá fazê-lo nos Complexos Educacionais, Culturais e Esportivos do Municí-pio, sendo a partir daí, encaminhado para as respectivas equipes”.

O principal objetivo da Secretaria não é manter equipes de competição, mas sim dar à criança a oportunidade de aprender e se dedicar, auxiliando assim, sua formação integral. A crian-ça não pode perder o interesse pela atividade física. A introdução de regras bem definidas nas atividades, faz com que ela aprenda a respeitar as leis e os outros cidadãos.

No outro extremo, hoje, em Jundiaí, tem mais de sete mil cidadãos da terceira idade freqüentan-do os centros esportivos. “É possível sentir a importância dessas atividades, como traz felicidade, alegria e ainda mais vontade de viver para essas pessoas tão especiais. Tenho orgulho de dizer que Jundiaí avançou muito nessa área”.

JUNDIAÍ: CRIANÇAS E IDOSOS TÊM OPORTUNIDADE

seus próprios materiais nas unidades (principalmente na faixa até três anos de idade), sempre seguindo as orienta-ções transmitidas nos encontros.

Trientini destaca que os coordena-dores estão abertos para novas idéias que tragam avanços ao Projeto. “Não existe um planejamento fechado. Nas reuniões de final de ano, princi-palmente, todo o Projeto é revisto e

“Os professores da cidade são concursados e, pensando na prepara-ção desses profissionais, a Prefeitura oferece curso de pós-graduação na Escola Superior de Educação Física de Jundiaí. São 40 vagas e quem conclui recebe um adicional no salário”, des-tacou Rose.

Com todo esse suporte oferecido, a coordenação, ao visitar uma uni-dade, com a rotina de trabalho do professor em mãos, confere a ati-vidade daquele dia e caso haja di-vergência, o professor é chamado a dar explicações. Adaptações podem ocorrer, mas sem deixar a metodo-logia de lado. “O importante é o aluno sair do Ensino Fundamental tendo adquirido e melhorado suas habilidades motoras e tendo partici-pado da elaboração de diversos con-ceitos inerentes à Educação Física e à qualidade de vida, interferindo nas diversas atividades, discutin-do e construindo conhecimentos”, afirmou Trientini.

sofre novas adaptações. Quanto mais gente estiver discutindo a Educação Física, melhor!”.

“É um prazer para qualquer professor fazer

parte de um projeto que tem a criança como alvo. Toda estrutura e planejamento nos permite elaborar aulas divertidas e com grande

variedade, desenvolvendo as habilidades motoras dos alunos. Além disso, temos a oportunidade de adquirir

conhecimento para melhorar, afinal de contas,

o movimento é o nosso conteúdo de aula

”.

Felipe Pinheiro da Cunha [CREF 015854-G/SP]

Page 23: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

23

Ano IX●

nº 22●

novembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Em Ação

Pilates e o ProfissionalPor Amauri Abe*

A 9ª IHRSA - Fitness Brasil Latin American Conference contou com a presença do CREF4/SP, dia 4 de setembro, com

o 2° Fórum “Pilates e o Profissional de Educação Física”. O assunto des-pertou interesse de proprietários de estúdios de Pilates e de estudantes e profissionais de Educação Física, tanto aqueles que já trabalham com o método quanto quem ainda não o utiliza, mas acredita no potencial de mercado da modalidade. Mais de 70 pessoas assistiram ao Fórum, realiza-do na capital paulista.

Comandaram o evento as professo-ras Andréa Vidal [CREF 002619-G/SP], conselheira do CREF4/SP e diretora da Fitness Mais, Sandra Tófoli [CREF 003245-G/SP], habilitada para orien-tação desta atividade física para vá-rios grupos específicos, Mônica Tagliari [CREF 001590-G/SP], proprietária do The Pilates Studio de Porto Alegre, além da presença de Luciana Ferreira [CREF 003241-G/SP].

Os participantes foram informados

acerca da história do método Pilates, princípios e características da modali-dade. “É um controle geral do seu cor-po, uma forma diferente de mexer seu físico, uma arte, uma massagem corpo-ral”, definiu Mônica. “Não se trabalha Pilates como a musculação, pois a pri-meira se trata de um trabalho global”, afirmou Sandra.

Em um segundo momento, a con-selheira Andréa Vidal explicou a posi-ção do CREF4/SP na questão de quem tem condições de aplicar Pilates. “Um fisioterapeuta não pode usar o méto-do para melhorar o condicionamento

físico de um aluno, bem como um Profissional de Educação Física não pode usá-lo para tratar um doente”, declarou a professora, deixando claro o campo de atuação de cada forma-ção profissional.

Auxiliar os profissionais de Educação Física a estar mais bem preparados é uma atividade constante do Conselho, e a promoção do Fórum foi visando a este objetivo. Melhor qualificação também é uma forma de buscar consolidação cada vez maior da Educação Física.

*Assistente de Comunicação Júnior do CREF4/SP

I Congresso Nacional do Sistema CONFEF/CREFs

No início de novembro, aconte-ceu o I Congresso Nacional do Sistema CONFEF/CREFs reali-zado pelo Conselho Federal de

Educação Física (CONFEF). O Congresso reuniu todos os conselheiros federais e regionais e contou com a participação de diversas autoridades e personali-dades. Os conselheiros do CREF4/SP Flavio Delmanto, Roberto Jorge Saad, Georgios Stylianos Hatzidakis, Cicero Theresiano de Barros, José Cintra Tor-res de Carvalho, Walter Giro Giordano, Marcelo Vasques Casati, Marcio Tadashi Ishizaki, Nestor Soares Públio, Sebas-tião Gobbi, Vlademir Fernandes, João

Omar Gambini, Solange Guerra Bueno e Margareth Anderáos prestigiaram o evento.

Assuntos como "O Profissional de Educação Física na área da Saúde e no SUS", "Licenciatura e Bacharelado", "Campo de trabalho", "Ética e exigên-cias para o mercado", "Orientação e Fiscalização", "Os 10 anos do CONFEF - a Educação Física, seus resultados e significação" e "Conselhos Profissionais e Responsabilidades Sociais" foram apresentados por estudiosos da área.

O encontro, que contou com o apoio do SESI e da Caixa Econômica Federal, foi transmitido ao vivo pela internet.

ATENÇÃO – No portal do CONFEF é possível acessar e baixar os vídeos das palestras do Congresso. Confira no www.confef.org.br

ELEIÇÃO DO CONFEF

Flávio Delmanto e Margareth An-de ráos fazem parte da gestão do CONFEF, mandato de 08/11/2008 a 07/11/2012, como conselhei-ros efetivos. E, Georgios Stylianos Hatzidakis e Márcio Tadashi Ishizaki, como conselheiros suplentes.

Page 24: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

24

Ano IX●

nº 22●

novembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Participação em Eventos - 2008Data Local Tema Conselheiro/Representante

14/8 Universidade São Francisco - Bragança Paulista

Colação de Grau João Omar Gambini

20/8 Associação Cristã de Moços de Sorocaba

Colação de Grau Solangue Guerra Bueno

1/9 UniSant´Anna Palestra sobre o tema: O Profissional de Educação Física e o Conselho Federal de Educação Física

Hudson Ventura Teixeira

4/9 Expo Transamérica IHRSA - Fórum sobre Pilates e o Profissional de Educação Física

Andréa Vidal

12, 13 e 14/9 Hotel Bourbon Atibaia Encontro dos Dirigentes dos Cursos Superiores de Educação Física do Estado de São Paulo

Antonio Lourival Lourenço, Flavio Delmanto, Georgios Stylianos Hatzidakis, Hudson Ventura Teixeira, João Omar Gambini, Márcio Tadashi Ishi-zaki, Margareth Anderáos, Nestor Soares Públio, Roberto Jorge Saad, Sebastião Gobbi e Vlademir Fernandes

20/9 Universidade Ribeirão Preto – UNAERP

Palestra sobre o tema: Introdução à Educação Física e Caracterização da Profissão - Tema 6

Carolina Machado d'Avila

23 e 24/9 Universidade de Santo Amaro – UNISA

Palestra sobre o tema: Os Caminhos do Profissional de Educação Física

Hudson Ventura Teixeira

25/9 Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia ocupacional do Estado de São Paulo – CREFITOSP

Sessão solene de entrega do Título de Cidadão Paulistano

Pedro Claudio Bortz

26/9 Faculdades Integradas Torri-celi

Palestra sobre o tema: A situação atual do mercado de trabalho

Vlademir Fernandes

27/9 Faculdades Atibaia – FAAT Palestra sobre o tema: A Profissão de Educação Física

Geraldo Luiz de Toledo Costa

27/9 Centro Universitário de Votu-poranga – UNIFEV

Palestra sobre o tema: Introdução à Educação Física e Caracterização da Profissão - Tema 6

Carolina Machado d'Avila

8/10 Universidade Presbiteriana Mackenzie

Palestra sobre o tema: Regulamenta-ção da Profissão de Educação Física 1998-2008 – Balanço da Primeira Dé-cada

Hudson Ventura Teixeira

16/10 Conselho Regional de Farmá-cia do Estado de São Paulo

oficina de trabalho: “Viabilização das Inspeções Conjuntas Multiprofis-sionais

Márcio Tadashi Ishizaki, Fernando Izac Soares e Geraldo Luiz de Toledo Costa

25/10 UNAERP – Campus Guarujá Palestra sobre o tema: A Organização da Profissão de Educação Física no Brasil

Vlademir Fernandes

31/10 Centro Universitário Moura La-cerda - Campus Jaboticabal

Palestra sobre o tema: Regulamenta-ção da Profissão de Educação Física e Ações do Sistema CONFEF/CREFs

Carolina Machado d'Avila

6, 7, 8 e 9/11 I Congresso Nacional do Sistema CONFEF/CREFs

Flavio Delmanto,Roberto Jorge Saad, Georgios Stylianos Hatzidakis, Cicero Theresiano de Bar-ros, José Cintra Torres de Carvalho, Walter Giro Giordano, Marcelo Vasques Casati, Marcio Tadashi Ishizaki, Nestor Soares Públio, Sebastião Gobbi, Vlademir Fernandes, João Omar Gambini, Solange Guerra Bueno e Margareth Anderáos

Page 25: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

25

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Em Ação

Conselheiros fazem palestra em Congresso da ABRIESPO CREF4/SP participou do Congresso da ABRIESP – Associação Brasileira da Indústria do Esporte, realizado em setembro, no Palácio de Convenções Anhembi. O Congresso fez parte do principal evento de negócios do esporte da América Latina, a Sports Business, que chegou a sua 26ª edição. Os conselheiros João Omar Gambini, Márcio Tadashi Ishizaki, Georgios Hatzidakis e Maria Alice Corazza falaram, respectivamente, sobre os temas: lazer, ginás-tica laboral, marketing esportivo e terceira idade.

ATUAÇÃO NA ÁREA DO LAZER

Lazer: que campo de atuação é esse, para que ele serve, quais são as oportunidades e o que está disponível para que o Profissional de Educação Física assuma essa área?

O crescimento do número de co-lônias de férias, hotéis, academias com áreas de recreação e lazer, SPAs com ênfase em atividades físi-cas e recreação, cria um ambiente de potencial crescimento na procu-ra por profissionais especializados, inclusive para a gestão desses lo-cais. Esse momento é de oportuni-dade para que profissionais de Edu-cação Física se posicionem melhor no mercado.

Com a profissionalização da área, as exigências por competência e excelên-cia individual seguem a mesma curva. Por conta disso, os profissionais devem ficar atentos às demandas do mercado e serem empreendedores, sem esque-cer que, hoje em dia a sociedade cla-ma por profissionais centrados na edu-cação em busca de uma sociedade mais justa, fraterna e plural.

Para o conselheiro João Gambini, o lazer tem uma abrangência maior do que a Educação Física e o pro-fissional é uma das ferramentas im-portantes dessa área. Aliado a isso, a sociedade está cada vez mais pre-ocupada com a qualidade de vida e dos serviços prestados.

Diversidade – Como o mercado de lazer não é exclusivo do Profissional de Educação Física, há muita concorrên-cia e desvios de função, tornando-se fundamental que empresas e profis-sionais sejam orientados e fiscalizados para dirimir dúvidas e evitar a aplica-ção de punições e mesmo a interdição de funcionamento e/ou de profissio-nais que acabariam por penalizar os consumidores.

Diversos campos da área do lazer podem ser ocupados pelo Profissio-nal de Educação Física, sendo que a limitação está descrita nas Leis* do Sistema CONFEF/CREFs, ou seja, no desenvolvimento da motricidade, prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, da formação cultural e da educação e reeducação motora, do rendimento físico-espor-tivo, do lazer e recreação e da gestão de empreendimentos relacionados às atividades físicas, recreativas, es-portivas e similares. Ele deverá estar preparado para coordenar, planejar, programar, prescrever, supervisio-nar, dinamizar, dirigir, organizar, orientar, ensinar, conduzir, treinar, administrar, implantar, implementar,

ministrar, analisar, avaliar e execu-tar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como, prestar servi-ços de auditoria, consultoria e as-sessoria, realizar treinamentos es-pecializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplina-res e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas, esporti-vas, recreativas e similares.

“O lazer tem uma abrangência maior do que a

Educação Física

”João Gambini

Page 26: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

26

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

MARKETING ESPORTIVOPara o marketing interessa o ex-

pectador do esporte, por isso, cada evento esportivo deve ter seu resulta-do imprevisível, forte equilíbrio, além de concorrência e ética desportiva.

Para o conselheiro Georgios Stylia-nos Hatzidakis não tem a menor graça um campeonato sem estas caracterís-ticas. Portanto, emoção é o melhor negócio de mar keting. “O esporte no Brasil tem uma característica que também faz perder a graça: ‘eu que-ro ganhar tudo’. Não pode ser assim”, comentou.

Modalidades que são envolvidas em doping e apostas, acabam não sen-do um bom negócio para as potenciais empresas que querem usar o esporte como instrumento de marketing.

O esporte hoje não é só qualidade de vida, tem um papel sócio-cultural: é entretenimento. As pessoas jogam e praticam atividade física por dois mo-tivos básicos: entretenimento e manu-tenção da saúde.

Segundo Georgios, práticas espor-tivas com preocupação ambiental, por exemplo, atraem investimentos em-

presariais. Há uma série de fatores para construir o diferencial do seu evento. Reciclagem, alimentação saudável, sus-tentabilidade etc.

Uma definição bem atual para mar­keting foi feita por Phillip Kotler, em 2003: ‘gestão de marketing é a arte e

a ciência de escolher e de conquistar, perder e cultivar clientes, por meio da criação, comunicação e forneci-mento de um valor superior’.

Pequenos detalhes que conquistam: • Seja qual for o seu negócio, você

tem clientes. • Para manter clientes você tem que

satisfazê-los. • Você tem que ter um diferencial,

uma proposta de valor superior. A empresa que oferece a seus clientes experiência e realização de sonhos sempre estará nas mentes e nos co-rações deles, pois ela conseguiu criar atributos diferenciados.

• Tenha sempre em mente como posi-cionar seu produto, serviço ou idéia para o consumidor.

• Conhecendo a estratégia de marke-ting da empresa, é possível definir como usar o esporte para atender essa estratégia. Isto é teoria de marketing. Existem empresas que querem visibilidade, outras querem relacionamento com seus funcioná-rios, clientes, fornecedores, comu-nidades, parceiros etc.

“Emoção é o melhor negócio de marketing

”Georgios Stylianos

Hatzidakis

TERCEIRA IDADE E ATIVIDADE FÍSICAA conselheira Maria Alice Corazza lembrou que, aos 60 anos já entrou na fase de suas próprias transformações, mas se diz feliz e concluiu: “Sou o amanhã de vocês. Espero que se cuidem e tenham muito mais gás do que eu”.

As atividades psicossociais trazem muitos benefícios para os idosos: au-to­confiança, aumento da auto­esti-ma, diminuição da ansiedade, maior integração em grupo, diminuição da tensão, de medos, decepções, de-pressão, aborrecimentos e solidão

e, principalmente, a descoberta de novos amigos. Segundo Maria Alice, em pesquisa realizada com alunas de hidroginástica, para saber quais os benefícios da atividade, os resultados foram surpreendentes: ficar mais leve; esconder a barriga e, o mais citado, ‘estamos na vertical e podemos con-versar o tempo todo’.

“O aluno vai para a academia por causa de você e dos amigos”, alerta a conselheira. “Somos as pessoas mais importantes para ele naquele momen-to”. E, se o idoso perguntar, o profis-sional tem a obrigação moral de res-

ponder olhando para ele, que quer e precisa de atenção. Mas isso não sig-nifica tratar o idoso como criança.

A maior realização do idoso é ele poder ir para a aula. Portanto, a função do Profissional de Educação Física é transformar esse velho em jovem idoso e aplicar atividades que proporcionem a diminuição de que-das, principalmente aquelas por fal-ta de equilíbrio.

O Profissional de Educação Físi-ca deve elevar a auto-estima do seu aluno, ter jogo de cintura para lidar com essa faixa etária e conhecer o Estatuto do Idoso.

Mercado de Trabalho – Maria Ali-ce aconselhou os profissionais para que façam projetos visando a matu-ridade e a terceira idade, pois 43% da população brasileira tem mais de 50 anos.

“Quando envelhecemos, que remos que tudo dentro

de nós funcione bem

”Maria Alice Corazza

Page 27: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

27

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Em Ação

Ginástica LaboralO conselheiro Márcio Tadashi Ishizaki ministrou a palestra juntamente com as profissionais Cynara Cristina Pereira [CREF 002752-G/DF] e Ana Lucia Aquilas Rodrigues [CREF 050946-G/SP], membros da diretoria da Associação Brasileira de Ginástica Laboral – ABGL.

Cynara relembrou um pouco da história da GL [veja quadro] e a partir daí deu seqüência falando especifica­mente sobre os acontecimentos no Brasil. A título didático, atualmente as empresas de GL estão dividindo seus planejamentos de aulas entre promoção de saúde e prevenção de doenças. Hoje, segundo números di-vulgados pelo Ministério da Saúde, apresentados por Cynara, são gastos R$ 2 milhões por ano com problemas relacionados aos acometimentos das doenças osteomusculares no ambien-te de trabalho.

A ABGL e o Sistema CONFEF/CREFs pretendem, através de estudos cien-tíficos, comprovar a importância de se implantar programas de GL para a redução das principais sintomatolo-

gias das Lesões por Esforço Repetitivo – LERs e dos Distúrbios Osteomuscula-res Relacionados ao Trabalho – DORTs. “Não estamos falando que a GL tem como objetivo a redução dos DORTs, porque até o momento não conse-guimos comprovar essa questão, mas comprovamos que a GL contribui para a redução da dor e da fadiga, sintomas dos DORTs”.

Sedentarismo – Sedentária é a pes-soa que acumula menos de 10 minutos de atividade física por semana, contri-buindo para o surgimento de doenças crônico-degenerativas, como a obesi-dade, diabetes tipo 2, hipertensão ar-terial, osteoporose e outras.

Hoje em dia, segundo a Profª. Ana Lucia Aquilas Rodrigues o grande desa-fio dos programas de Ginástica Laboral é mudar o foco, de preocupações ape-nas com doenças ocupacionais (LER/DORT) para a promoção do estilo de vida ativo, combatendo o sedentarismo através da promoção da saúde e quali-dade de vida no ambiente de trabalho.

O sedentarismo mata e onera muito mais as empresas e o Estado do que o alcoolismo e o tabagismo. Este é um assunto tão importante que a própria Organização Mundial da Saúde – OMS, em 2004, publicou um documento estabelecendo como estratégia global para a saúde das nações o aumento da atividade física e a alimentação saudável.

Hoje, nas empresas, se comenta muito sobre o absenteísmo (falta ao trabalho), mas isso é apenas a ponta do iceberg. O presenteísmo (quando a pessoa vai trabalhar, está doente e não produz o que deveria), parece ge-rar ainda mais prejuízos.

O maior objetivo da GL à luz da promoção da saúde é fazer com que as

pessoas se movimentem, aprendam alguns exercícios e consigam gerir a sua própria atividade física fora do local de trabalho. Promoção da saúde não é apenas prevenção, mas funda-mentalmente educação. “Educação em saúde na GL é importante e dá resultado”, comentou Ana Lucia.

A qualidade de vida no trabalho resulta em aumento de produtividade e a GL faz parte dessa ação. E o Pro-fissional de Educação Física é o mais indicado e preparado para isso.

Aspectos Legais – Por ser uma ati-vidade que tem despertado muito in-teresse, a GL está sendo abordada por profissionais de outras áreas. Márcio Tadashi Ishizaki, 2º vice-presidente

Para sabre mais: sobre a ABRIESP, acesse: www.abriesp.com.br; sobre as leis www.confef.org.br

“A formação garante o direito de ter a habilitação, que só pode ser obtida pelo

registro no Conselho Profissional

”Márcio Tadashi Ishizaki2º Vice-presidente do

CREF4/SP

“Educação em saúde na Ginástica Laboral é importante e

dá resultado

”Ana Lucia Aquilas Rodrigues

Membro da ABGL

Page 28: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

28

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

UM POUCO DA HISTÓRIA

Em 1717, o italiano Dr Bernar-dino Ramazini – considerado o pai da medicina ocupacional – já falava sobre os problemas que poderiam ocorrer devido ao sedentarismo e a posição dos trabalhadores sentados, pela manutenção das posturas vi-ciosas e por falta de exercícios. Em 1925 surgiram os programas de GL na Polônia com exercícios específi-cos para os operários de indústria. A Holanda e a Rússia também implan-taram o programa. Em 1928, no Ja-pão, a gisnática pela rádio Taissô foi adotada por todos os trabalhadores japoneses. Em 1960 o Japão conso-lida os programas de GL Compensa-tória e apresenta um programa de

atividade física sistematizada que é divulgado pelo mundo. Na seqüência, alguns países como o Canadá e Ingla-terra sofreram uma forte epidemia das doenças osteomusculares rela-cionadas ao trabalho, que chegou ao Brasil e se tornou, o primeiro proble-ma a ser solucionado pelos programas de GL.

Até recentemente, a prevenção de Distúrbios Osteomusculares Rela-cionados ao Trabalho – DORTs era o grande objetivo dos programas de GL. No entanto, segundo Cynara Cristina Pereira, agora é promoção de saúde. A prevenção de doenças, não menos importante, continua a fazer parte, mas de outro objetivo.

“A GL contribui para a redução das principais

sintomatologias das LERs e DORTs que são a dor

e a fadiga

”Cynara Cristina Pereira

Membro da ABGL

Interessados em fazer parte da Associação Brasileira de Ginástica Laboral ou obter mais informações, devem acessar www.abgl.org.br

do CREF4/SP, justificou o posiciona-mento do Sistema CONFEF/CREFs de que essa é uma atividade inerente ao Profissional de Educação Física.

A Lei 9.696/98 estabelece que a orientação, dinamização e outras ações no campo da atividade física é prerrogativa dos profissionais de Edu-cação Física regularmente registrados

no Conselho, ou seja, somente quem está nessa situação tem o direito de exercer a atividade. A forma de desen-volvimento das atividades de GL, onde existe a dinamização de uma atividade física para um grupo de pessoas, sem que haja a caracterização de uma re-lação paciente/terapeuta, deixa bas-tante claro essa posição.

Atenção – É bom lembrar que não é a formação que dá a habilitação e sim o registro junto ao Conselho que controla a profissão. Ou seja, a formação garante o direito de ter a habilitação, que só pode ser obti-da através do registro no Conselho Profissional, no caso, o de Educação Física.

Última Notícia

ABGL REALIZA 1º FÓRUMA Associação Brasileira de Ginástica

Laboral (ABGL) realizou em novembro, o 1º Fórum da entidade, nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), no bairro da Liberdade, localizado na cidade de São Paulo, para discutir as várias ver-tentes da prática no Brasil. A presidente da Associação, Valquíria de Lima (CREF 000089­G/SP), afirmou que o futuro para a Ginástica Laboral é promissor no país, mas que faltam profissionais espe-cializados para atender a demanda do mercado. “Precisamos mostrar para as empresas a importância de nosso traba-lho enquanto profissionais”, declarou.

Márcio Tadashi Ishizaki, 2º vice-pre-

sidente do CREF4/SP, falou sobre a atu-ação do Profissional de Educação Física na GL e orientou os presentes a se uni-rem. “Para termos voz ativa precisamos apresentar uma coesão”, salientou.

O Fórum contou com a formação de duas mesas-redondas, a primeira discutiu os desafios e as tendências do mercado, o “ser empresário em GL”. E dela partici-param profissionais que já têm empresas atuantes nesse campo: Valquíria de Lima [Supporte], Carlos Eduardo “Dado” [La-borfit], Osvaldo Stevano [Maratona], Elia-ne Polito [Realce] e Rony Tschoeke [Pro-move]; a segunda contou com a presença das professoras Ana Lucia Rodrigues, Cy-

nara Cristina e Danielle Kallas e teve por objetivo expor o perfil e as competên-cias do Profissional de Educação Física que atua dentro das empresas.

Os cerca de 150 presentes pude-ram ainda participar de oficinas es-pecíficas para quem quer trabalhar com a GL: sobre o uso da massagem nos programas, com a Profª. Andrezza Moretti; yoga adaptada, com o Prof. Eduardo “Duda” Legal e, para finali-zar dinâmicas e jogos cooperativos, com a Profª. Andréa Frangakis.

O evento foi concluído com a cria-ção da Rede de Ginástica Laboral, pela direção da ABGL.

Page 29: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

29

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Notícias

1° Encontro Nacional da Terceira Idade em Aparecida

A conselheira Profª Maria Alice Aparecida Corazza foi respon-sável pela abertura do 1° En-contro Nacional da Terceira

Idade, na cidade de Aparecida, levan-do atividade física aos mais de mil par-ticipantes, em sua maioria, idosos. O evento, uma realização da TV Apareci-da e da Paulinas TV Produções, aconte-ceu em novembro, no auditório Padre Orlando Gambi, da TV Aparecida e in-tegra o Projeto Vozes da Igreja, evento musical e cultural que acontece todos os anos em Aparecida do Norte.

Ter uma Profissional de Educação Fí-sica abrindo um evento nacional é um indicativo da crescente importância da profissão. “Hoje, os organizadores de encontros desse tipo e porte têm soli-citado profissionais de Educação Física, algo impensável poucos anos atrás”, afirmou Maria Alice. É um sinal de que tais profissionais vão além da função de orientadores de atividades físicas e po-

dem, como atores ou cantores, se trans-formarem em ícones para o público.

A adesão a mini-aula da Profª. Ma-ria Alice foi total e, assim, ela cumpriu a tarefa de animar, motivar, integrar e socializar a platéia. “Muitos dos parti-cipantes declararam ter vindo porque souberam, pela programação do en-

contro, que eu estaria aqui”, comen-tou feliz a professora. “O Profissional de Educação Física para a terceira ida-de pode sim ser considerado uma ce-lebridade, um ídolo”, concluiu Maria Alice, especialista em atividades para idosos, com DVDs e livros já lançados sobre o assunto.

REGISTRO DESCOBRE DIPLOMAS FALSOS

O CREF4/SP analisa rigorosamen-te os documentos apresentados para a emissão de Registro Profissional. Du rante esse processo de análise três diplomas de conclusão de curso supe-rior falsificados já foram descobertos. Nesses casos, a emissão do Registro é rejeitada e caso já tenha sido emi-tida, a ocorrência é encaminhada à Comissão Especial de Processos Admi-nistrativos do CREF4/SP para que seja cancelado. Quem apresenta do-cumentos forjados está sujeito às pe-nalidades da lei, podendo responder pelos crimes de falsidade ideológica e documental. O Ministério Público foi informado sobre as ocorrências.

FISCALIZAÇÃO CONSTATA PRESENÇA DE ANABOLIZANTES EM ACADEMIA

O Agente de Orientação e Fiscalização do CREF4/SP constatou a presença de substâncias anabolizantes em academia de musculação em Praia Grande/Litoral Sul da Capital Paulista. A Polícia Militar foi acionada e apreendeu ampolas de Winstrol (esteróide anabolizante, usado para ganho de força e massa muscular), de complexo B, um frasco vazio de Equifort (anabolizante injetável desenvolvido para eqüinos) e quatro agulhas descartáveis. A denúncia já chegou ao Ministério Público através de Ocorrência Policial. A retenção, aplicação ou venda de tais substâncias em academias é ilegal. Tanto o estabelecimento quanto a pessoa que instruía os alunos também atuavam de forma irregular, sem registro no Conselho. A academia apresentou ainda diversas irregularidades em suas instalações, como manutenção deficiente dos aparelhos e sanitários inadequados, que foram fisca-lizados pela Vigilância Sanitária e os fiscais tributários do município.

O uso de esteróides anabolizantes pode causar desde desenvolvimento de bar-ba e engrossamento da voz em mulheres até câncer de próstata, atrofia dos testí-culos e alteração do colesterol. Treinar em aparelhos malcuidados e sem orienta-ção de um profissional qualificado e registrado em Educação Física também pode ter sérias conseqüências para o seu usuário.

Page 30: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

30

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

Unidade Móvel de atendiMento

2008: U.M.A. Atinge suas MetasAté novembro de 2008 18 cidades foram atendidas, com alto nível de satisfação registrado

Nos três últimos meses, a Unida-de Móvel de Atendimento – UMA esteve nas maiores cidades do Estado: Registro, São Manuel,

Rio Claro, Catanduva, Assis, Presidente Prudente, Campinas, Franca e Piracica-ba. Ao todo, 1531 profissionais de Educa-ção Física foram atendidos com o apoio das prefeituras e universidades locais.

Desde o início dos trabalhos [2007], a “seccional móvel” já pas-sou por 18 cidades no total. Entre elas, além das citadas: Ribeirão Pre-to, Santos, Sorocaba, São José dos Campos, São José do Rio Preto, São Bernardo do Campo, Dracena, Pená-polis e Bauru.

O CREF4/SP também contou, em alguns municípios, com o auxilio da mídia. O Jornal O Imparcial, do dia 19 de outubro, de Presidente Pru-dente, por exemplo, entrevistou a analista técnica Carolina Machado d’Avila, que falou sobre o objetivo desse trabalho, que “é aproximar o Conselho dos profissionais de Educa-ção Física do Estado, principalmente de regiões mais afastadas, já que a sede é na capital”.

A UMA está sob a coordenação da Comissão de Implantação de Seccio-nais, que tem a sua frente o conselhei-ro Vlademir Fernandes e tem um grupo de funcionários especificamente trei-nados para esse atendimento, que são: Eduardo Fernandes Colmenero, Paula Braz Melo Gomes Correa e Marcelo Mi-randa Machado.

A UMA já está com uma agenda definida para o primeiro semestre de 2009. Fique atento as informações pu-blicadas no portal CREF4/SP.

Nota – Em Assis foram 164 atendi-mentos; Franca, 167 atendimentos e Piracicaba, 218 atendimentos.

Para obter informações sobre os trabalhos da UMA, basta ligar para 11 3292-1700.

Campinas, 258 atendimentos

Catanduva, 138 atendimentos

Presidente Prudente, 209 atendimentos

Rio Claro, 228 atendimentos

Registro, 73 atendimentos

São Manuel, 76 atendimentos

SECCIONAL ENCERRA SUAS ATIVIDADESInstalada na cidade de Campinas desde 2002, a seccional perdeu sua utilidade,

quando da criação, em 2007, da Unidade Móvel de Atendimento – UMA, que por sua mobilidade permite atender, de acordo com sua agenda pré-determinada, um maior número de profissionais em cada região. Após a análise dos resultados obtidos pela UMA, a Plenária do CREF4/SP deliberou pelo encerramento das atividades da seccio-nal no dia 10 de outubro, dando preferência no investimento das Unidades Móveis de Atendimento.

A UMA esteve, pela primeira vez na região de Campinas, entre os dias 21 e 24 de outubro e 15 e 19 de dezembro, na Estação Cultura (Praça Mal. Floriano Peixoto, s/n°, Centro). Na primeira oportunidade foram atendidos 258 profissionais.

Page 31: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas

31

Ano IX●

nº 22●

dezembro●

2008

Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região ● CREF4/SP

RegistRo

Importante: Atualização de Cadastro

O CREF4/SP tem recebido um número significativo de correspondências devolvi-das por falta de atualiza-

ção cadastral. É dever do Profissional de Edu-

cação Física manter atualizada sua ficha cadastral no CREF4/SP, pois somente com dados corretos, o pro-fissional registrado poderá ser locali-zado, receber a Revista CREF de São Paulo e outros comunicados que se

fizerem necessários.Caso você conheça algum profis-

sional citado na lista a seguir, solicite que o mesmo entre em contato com o Setor de Registro, pelo telefone 11 3292-1700.

Total Registros : 114

Núm. Registro Nome

SP-031292 - P ADRIANO FERREIRA

SP-032072 - G ALESSANDRA FALQUEIRO BERTOLASI

SP-031213 - P ALESSANDRO FERREIRA DE SANTANA

SP-027658 - P ALEXANDRE BERTANI

SP-023358 - P ALTAIR ROBERTO TAVARES

SP-031683 - P ANDRE CARNEIRO VIEIRA

SP-023500 - P ANGELINO CAITANO HERRERO

SP-026911 - G ANNA CRISTINA DO PRADO FIEDLER QUEIROZ

SP-027817 - P ANTONIO BRAZ VIEIRA

SP-024570 - G ANTONIO CARLOS BUCATER BITRAM

SP-024880 - G ARIANA PAULA CITOLIN ORTEGA

SP-026857 - G AYRTON JOSE BRIENZE JUNIOR

SP-027845 - G CARLOS AUGUSTO CATALANO F. DE OLIVEIRA

SP-030779 - G CARLOS BERNARDO MONSALVE VARAS

SP-032199 - P CARLOS EVARISTO FERNANDES CAMARA LEAL

SP-024387 - G CARLOS FERNANDO AMARAL

SP-025383 - G CAROLINA CAMPOS DEL DEBBIO BOACNIN

SP-031032 - P CELSO LUIS MARQUES

SP-030726 - G CLAYTON JOSE SANTAREN

SP-028468 - G DANIEL FERNANDES

SP-028071 - G DANIELA ALINE PEREIRA SOUZA COSTA

SP-023219 - G DANIELA DE BORTOLI

SP-025517 - G DANILO FERNANDO RAMOS ANTUNES

SP-023610 - G DAVID EDGAR OLIVEIRA MULLER

SP-027392 - P DENILSON DE OLIVEIRA

SP-027579 - G ELIAS DE CAMPOS RODRIGUES

SP-023305 - P ELIAS PEREIRA SILVA

SP-027981 - G ELOIZA FERNANDES FERRAZ CANOILAS

SP-030553 - G EMERSON MOREIRA DA SILVA

SP-029285 - P ENIVALDO MACIEL DOS SANTOS

SP-027666 - P EUZELI RISSOLI CASADO BRIENZE

SP-024848 - G FABIO MANTOVANI ADRIANO

SP-029973 - G FERNANDO GONÇALVES DE MORAES

SP-025312 - G FLAVIA PINHEIRO CABRINI

SP-031383 - P FLORISVALDO PEREIRA DOS SANTOS

SP-029983 - G FREDERICH ANTONY HESSELBARTH

SP-031058 - P FREDERICO KADLEC

SP-028738 - G GASTAO VEIGA GUIMARAES JUNIOR

Núm. Registro Nome

SP-023737 - P GERSON FREIRES

SP-025868 - G GILBERTO DE MORAES

SP-027907 - G GILSON MIUA

SP-028620 - G HELENA GIGLIOTTI

SP-031417 - P HELIO CORREA DE ARAUJO

SP-025967 - G IACI PAES MEIRELLES

SP-029259 - P IRINEU CESAR DA SILVA

SP-030626 - G ISABEL CRISTINA RAINHA

SP-030022 - G JAIR APARECIDO DIAS DOS SANTOS

SP-030233 - P JEFFERSON PINTO VELHO

SP-027158 - P JOAO GABRIEL GRACIA

SP-025721 - G JOCIMAR APARECIDO GOULART

SP-031372 - P JORGE LUIS SIMOES SIMON

SP-028401 - G JOSE CARLOS MENIN BIFFI

SP-026586 - G JOSE FRANCISCO BRAIDA

SP-027434 - P JOSE ROQUE DE MELO

SP-027269 - G JULIANA PIRAGINE MADELLA

SP-028157 - G JULIO AUGUSTO GONÇALVES

SP-026814 - G LETICIA ORFALI VELEZ

SP-028338 - P LOURIVALDO DE OLIVEIRA

SP-031604 - P LUCIANO ASSUMPÇAO FERREIRA MENDES

SP-031264 - P LUIS CARLOS DE AGUIAR

SP-032021 - G LUIS FERREIRA DOS SANTOS

SP-029102 - G LUIZ ANTONIO DAMIAO

SP-029156 - G LUIZ ANTONIO LEITE

SP-022896 - P LUIZ CARLOS ALVES HENRIQUES

SP-025041 - G LUIZ CARLOS CATOIA

SP-030280 - P LUIZ FABIANO DOS SANTOS

SP-027053 - P LUIZ GONZAGA DE MELO COSTA

SP-023885 - P LUIZ QUIRINO DA CRUZ

SP-028980 - G MANOEL ALVES DO NASCIMENTO

SP-024751 - G MARCEL ALBUQUERQUE DE CAMARGO

SP-031402 - P MARCEL ZAMPOLI CALHEIROS

SP-026082 - G MARCELO FLOREZ GUIMARAES

SP-031928 - P MARCELO SIMONI FERRO

SP-030300 - P MARCIA APARECIDA MENDES

SP-031645 - G MARCIA MARTINS DA COSTA

SP-029881 - G MARCIA REGINA ROMANINI GOMES

Núm. Registro Nome

SP-029442 - P MARCOS MILANO FERNANDES

SP-031693 - P MARCOS RODRIGUES SILVINO

SP-030239 - P MARIA ISABEL PARDOS LASTIRI

SP-030877 - G MARIA RITA PEREIRA DE OLIVEIRA BARBERO

SP-028275 - G MARINEUZA MARQUES YOSHIZAWA

SP-026898 - G MARLENE LUIZ RODRIGUES

SP-026521 - G MIGUEL FETH JUNIOR

SP-024405 - G NANCY JEANE BUSKO BELIZOTI

SP-028156 - P NEIMAR PINHEIRO DE JESUS

SP-031511 - P NILTON DA CONCEIÇAO SANTOS JUNIOR

SP-027183 - P NORBERTO AGUILERA

SP-027272 - G PALOMA MARIA DE TORRES

SP-030255 - P PEDRO DONIZETE MARTINS

SP-032140 - P RENATA ESCUDEIRO ORTIZ DE MELLO

SP-029143 - G RODRIGO ALCALDE FLORES

SP-028491 - G RODRIGO PRESTA

SP-031837 - P ROMEU DE FARIA CASTRO

SP-030308 - P ROMILDO ROCHA DA SILVA

SP-028784 - G ROSELI SANTOS DE OLIVEIRA

SP-024433 - G SANDRA REGINA MILANI CIVOLANI

SP-024537 - G SERGIO AUGUSTO NACARATO

SP-030675 - G SILVIA MARIA LUTFI

SP-027746 - G SIMONE VECCHI SOUZA

SP-030771 - G TARCISIO AUGUSTO MARIZ PINTO

SP-024119 - P THADEU ANTONIO PINTO MORALES

SP-025274 - G THAIS MARCELINO

SP-022922 - P VALDEMAR KRIZEK FERNANDES

SP-023938 - P VALDEVINO JOSE DE MACEDO

SP-027867 - G VALDOMIRO MANOEL

SP-025788 - G VICTOR AUGUSTO DE ARAUJO LINO

SP-029804 - G VINICIUS BANDECHI LORUSSO

SP-026664 - G VITORIO LOVISETTO NETO

SP-028340 - P WALDECK SOUZA SANTOS JUNIOR

SP-028762 - G WALKYRIA DA COSTA BOMBONATO

SP-026193 - G WANESSA PUCCIARIELLO RAMOS

SP-030773 - G WILZA PAULA HAMADA

SP-029749 - G WLAMIR TONY LUCAS RIBEIRO

SP-023232 - P ZILMAR ACACIO DE OLIVEIRA

Page 32: Participação no Congresso Pré-Olímpico · Timóteo Leandro Araújo, Maurício Santos e Victor Matsudo, no Congresso de Pequim [Impacto de um Programa de Atividades Alternativas