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Pastor, Capelão e Juiz de Paz Eclesiástico: Odilon Gonzaga de Campos. Curso de Capelania Geral. Pág 1

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CAPELANIA HOSPITALAR - Projeto de Ministério de Visitação Hospitalar para Voluntários

OBJETIVOS: Atender a deficiência e necessidade de mais pessoas ajudarem no ministério pastoral de visitação na Capelania e proporcionar uma formação espiritual, emocional e técnica para o trabalho de visitação e atendimento hospitalar à pacientes e seus familiares que enfrentam crises em função da doença. Destina-se à cristãos que desejam se preparar melhor para esse ministério e desejam ser voluntários do trabalho de Capelania do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon, por uma hora por semana. METODO DO CURSO: O curso terá aulas teóricas e práticas, sendo as aulas teóricas, com apostilha e discussão da matéria e relatório das visitas na aula pratica. As aulas práticas serão realizadas pelos alunos, com visita aos pacientes, trazendo relatórios para ser examinados nas aulas teóricas. A apostila será entregue todas as aulas com conteúdo da aula anterior, devendo o aluno ler durante a semana, fazendo suas observações. No final do curso teremos todas as aulas em uma só apostila. O Projeto do Ministério de Visitação Hospitalar está divido em quatro modulo: I - O Paciente, Seus Sentimentos e Suas Necessidades II - O Visitador, Sua Função e Suas Atividades

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III - A Visita, Suas Regras e Sua Prática IV - Os Benefícios, ao Paciente e Família, ao Hospital e Comunidade. LIVROS RECOMENDADOS: 1. Rosas de Setembro, Marylyn Willett Heavilin, Candeia, 1989. 2. Deus sabe que sofremos, Philip Yancey, Vida, 1999. 3. Mulheres ajudando Mulheres, Elyse Fitzpatrick, CPAD, 2001 4. Decepcionado com Deus, Philip Yancey, Mundo Cristão, 1996. 5. Parceiros de Oração, John Maxwell. Editora Betania, 1999. 6. Igreja: Por que me importar?, Philip Yancey, Editora Sepal, 2000 7. No Leito da Enfermidade, Eleny Vassão, Cultura Cristã, 1997. CAPELANIA HOSPITALAR - INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

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Levando o amor de Cristo aos enfermos e necessitados

Atuar nos hospitais levando o amor de Deus, Seu consolo e alívio num momento de dor. Esta é a

principal missão da Capelania Hospitalar, que, através de gestos de solidariedade e compaixão, tem

levado a Palavra de Deus não só aos pacientes, mas também aos seus familiares, sem esquecer ainda

dos profissionais de saúde, tantas vezes vivendo situações de estresse ou mesmo passando por

momentos difíceis. Os capelãos respeitam a religião de cada paciente sem impor nada, apenas

levando a Palavra àqueles que desejarem.

O que faz um capelão?

O capelão, integrante da equipe multidisciplinar de saúde, é uma pessoa capacitada e sensível às

necessidades humanas, dispondo-se a dar ouvidos, confortar e encorajar, ajudando o enfermo a lutar

pela vida com esperança em Deus e na medicina. Oferece aconselhamento espiritual e apoio

emocional tanto ao paciente e seus familiares, como aos profissionais da saúde. É importante elo com

a comunidade local.

REAÇÕES DO ENFERMO PERANTE A DOENÇA

Diante da enfermidade a pessoa se vê tolhida de sua liberdade de ser ela mesma, não pode

desempenhar suas atividades e sente-se ameaçada quanto a seu viver ou futuro. A reação diante de

tudo isso é uma atitude psicológica chamada de MECANISMO DE DEFESA, classificada como

inconsciente.

Eis algumas reações dessa natureza:

- REGRESSÃO – O paciente se torna dependente dos outros, sem autonomia, adotando atitudes

infantis, exagerando desproporcionalmente a gravidade do seu caso; reclama sem fundamento e

constantemente do atendimento e da alimentação; queixa-se que os parentes ou conhecidos não o

visitam.

- FORMAÇÃO REATIVA – Os impulsos e as emoções censuradas como impróprias assumem uma

forma de expressão contrária, aceitável para o consciente. No caso de doenças longas ou piora

gradativa, o paciente afirma que está sendo perseguido pelos funcionários do hospital, adotando uma

atitude defensiva e agressiva, pois estes representam sofrimento para ele.

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Pragueja, xinga, acusa os familiares de falta de interesse, que os médicos são irresponsáveis.

- NEGAÇÃO – Ao tomar conhecimento do diagnóstico, o paciente se recusa a aceitar que esse

problema de saúde é dele. A negação funciona como uma proteção contra a angústia. Ele acha que o

resultado está errado, que outro médico deve ser procurado e continua tentando viver como se a

enfermidade não existisse, evitando falar sobre o assunto. A negação pode ocorrer em crentes que

adotam uma atitude triunfalista ao afirmarem: “Em nome de Jesus já estou curado, Deus não permitirá

que eu seja operado”.

REAÇÕES DOS FAMILIARES DO ENFERMO:

A família acaba sendo afetada e as reações negativas podem ser a de estresse psíquico, ocorrendo

desgaste físico e até depressão. A família se organiza nas suas funções, ocorrendo sobrecarga para

alguns membros familiares e até a omissão de cuidados. A vida sócio-econômica também pode mudar

radicalmente devido as perdas. Os familiares prejudicam o tratamento se forem excessivamente

desconfiados em relação à equipe do hospital, com muitos questionamentos ou palpites. Alguns

familiares se sentem culpados ou transferem a culpa ao paciente. Também podem se sentir vítimas do

destino, castigo de Deus ou retaliação do inimigo. O enfermo muitas vezes precisa se esforçar para

acalmar a família. Conforme a enfermidade, alguns familiares entram em crise de desespero, tirando a

tranqüilidade do paciente.

QUALIFICAÇÕES PARA VISITAÇÃO:

Vários requisitos necessários do visitador:

- Ter sabedoria e humildade para saber que você não é melhor do que ninguém;

- Cultivar uma personalidade amável, agradável, cativante;

- Ter habilidade de comunicar-se;

- Ter humor estável;

- Ter respeito as opiniões religiosas divergentes;

- Ter discernimento e sensibilidade na conversação;

- Saber guardar as confidências dos pacientes;

- Saber usar a linguagem e forma de abordagem a cada pessoa;

- Dar tempo e atenção ao paciente visitado;

- Ter sensibilidade para com discrição, sentir quando é o momento mais oportuno para visitar;

- Saber evitar a intimidade e não invadir a privacidade alheia;

- Saber ouvir.

PRINCÍPIOS A SEREM OBSERVADOS NA VISITAÇÃO A ENFERMOS:

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- Bater à porta.

- Pedir licença ou cumprimentar só verbalmente (a menos que o paciente estenda a mão).

- Se apresentar como pastor(a); obreiro(a).

- Se oferecer para orar (respeitar as negativas) pedindo o favor de abaixar o volume do rádio ou TV.

- Convidar as pessoas do ambiente pra ouvirem a leitura bíblica e oração.

- Caso o enfermo estiver no banho, fazendo curativos ou algum exame, RETORNE POSTERIORMENTE.

- Se a enfermeira estiver atendendo o paciente ou o médico estiver presente no quarto, RETORNAR

POSTERIORMENTE.

- Se o paciente está com algum mal-estar (vômito, dor, confuso), abreviar a visita.

- Às vezes o paciente faz as seguintes solicitações: para ajeitá-lo no leito, pede água ou algum

alimento, solicita medicação. TODAS essas solicitações devem ser atendidas pelo serviço de

enfermagem. Por isso, responda ao paciente que ele deve fazer esse pedido a enfermeira, ou em

alguns casos (queda do paciente, escapou o soro) avisar o ocorrido no posto de enfermagem.

- Em alguns casos quando o paciente apresenta um quadro de contaminação, é colocado um cartaz de

alerta e de instruções na porta do quarto. Na dúvida, perguntar no posto de enfermagem e que deve

fazer para entrar no quarto (utilizar máscara, luva, etc).

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

O objetivo da visita NÃO É doutrinação, mas atender à necessidade do paciente; a visita deve ter um

propósito: conforto, consolo para quem sofre. Muitas vezes, a tentação de “pregar” e apresentar o seu

discurso faz com que muitos se esqueçam de que estão num hospital, desvirtuando, assim, todo o

propósito da visita;

- Quando tiver dúvidas sobre a situação do paciente, procure a enfermeira.

- Ter discernimento para dosar o tempo da visita;

- Não demonstre “pena” do paciente;- Mostre seu interesse pelo paciente, mas sem exageros;

- Preste atenção naquilo que o paciente está falando, verificando quais são suas preocupações;

- Não conduza a sua conversa de tal maneira que exija do paciente grande concentração e esforço

mental para acompanhar (ele pode estar sob o efeito de medicamentos);

Ao paciente que acha que não será curado, encoraje. Mas, faça-o com prudência, sem promessas

infundadas;

- Não fale sobre assuntos pavorosos;

- Nunca pratique atos exclusivos de auxiliar de enfermagem, tais como: dar água ou qualquer

alimento, ou locomover o paciente, mesmo que seja a pedido dele;

- Nunca discuta sobre a medicação com os pacientes;

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- Mantenha os segredos profissionais (num leito de hospital o paciente fala muita coisa de si mesmo e

de sua vida pessoal);

- Nunca comente nos corredores do hospital, ou fora deles, o tipo de conversa ou encaminhamento de

sua entrevista mantida com o paciente;

- A ética deve ser rigorosamente observada. Tome muito cuidado!

- Não cochiche ! Pacientes apresentam alto nível de desconfiança;

- Aproveite a oportunidade como se fosse a única. Na medida do possível, o ministério junto ao

enfermo, dentro de um hospital deve ser completo, numa “dose única”;

- Evite a intimidade excessiva, não invadindo a privacidade alheia (tanto do paciente quanto do seu

acompanhante);

- Respeite a liberdade do paciente quando ele não quiser (ou não estiver preparado para) falar sobre

seus problemas;

- Nunca tente ministrar o enfermo quando ele está sendo atendido pelo médico ou pela enfermeira, ou

quando estiver em horários de refeições, ou quando a situação impossibilite (familiares, telefonando

ou algo importante que ele está assistindo na TV);

- ð Não faça promessas de qualquer espécie (cura, conseguir medicação, maior atenção dos

profissionais de saúde, transferências, conseguir entrevista com o diretor). O próprio hospital tem

meios de solucionar essas solicitações;

- Em caso de possessão demoníaca, elas precisam ser discernidas;

- Preste atenção nos cartazes afixados na porta do quarto, pois eles orientam por qual motivo você

não pode entrar naquele momento ou quais os cuidados você deve tomar ao entrar no quarto. Talvez

seja proibida a entrada por causa de curativo, troca de bolsa em pacientes renais, proibição de visita

por ordem médica. O paciente pode estar isolado por causa de problemas de contágio e o cartaz

estará orientando se for necessário utilizar mascaram jaleco, luvas ou evitar tocar no paciente.

Também pode estar tomando banho;

- Evitar apertar a mão do paciente, a não ser que a iniciativa seja dele;

- Nunca sentar-se na cama do paciente, evitando assim contaminar o doente ou ser contaminado por

ele. Quando o paciente está em cirurgia, os lençóis ficam enrolados, não devendo NINGUÉM sentar ali;

- Procurar estar numa posição em que o paciente veja você;- Cuidado se a sua voz for estridente;

- Se for insultado, reaja com espírito cristão;- Em suas conversas, orações, leituras de textos, fale em

tom normal. Evite a forma discursiva e com voz estridente, a não ser que seja em ambiente amplo.

- Observar se o paciente está com mal-estar (náuseas ou dor), procurando abreviar ao máximo a visita.

ATITUDES ADOTADAS PERANTE O PACIENTE E O CORPO CLÍNICO:

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Para o paciente, o médico é a pessoa mais importante no hospital, em quem ele deposita a sua

confiança. É a visita que ele deseja ansiosamente; portanto, quando chegar o médico, procure

encerrar o assunto ou oração ou retirar-se discretamente. Evite dar palpites sobre o tratamento do

paciente ou sobre a conduta do médico. Procure trabalhar em harmonia com o pessoal da

enfermagem, pois os pacientes dependem deles.

APLICAÇÃO BÍBLICA:

Sabemos que a enfermidade é proveniente da raça humana em pecado. Em muitas situações a

enfermidade surge por culpa direta do próprio indivíduo que não cuida do seu corpo como deveria, ou

por causa da violência urbana. Mesmo que o indivíduo seja culpado de sua situação, devemos levar-

lhe uma mensagem que Jesus deseja lhe dar saúde total, tanto no corpo como na alma, pois Ele disse:

“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância“ (João 10:10).

A mensagem que se deve trazer ao enfermo é a mensagem bíblica de esperança e consolo. Essa

mensagem é verbal através da leitura bíblica, oração e aconselhamento. Também, através de

expressão corporal, tais como expressão de carinho, sorriso e demonstração de empatia.

Encontraremos na Bíblia textos relacionados às mais diversas necessidades do ser humano. São

esses textos que devem ser apresentados aos pacientes na esperança de despertamento de fé nas

promessas de vida.

Eis alguns assuntos relacionados ao estado de espírito dos pacientes:

- Aflição – Salmos 34:19 – 86:1 – 119:107 – João 14:1,27

- Angústia – Naum 1:7 – Salmo 4:1 – 18:6 – 60:11 – 119:50

- Ansiedade – Salmos 46:10 – Mateus 6:31-34 – Filipenses 4:6-7 – I Pedro 1:7

- Cansaço – Mateus 11:28-30

- Choro – Salmos 30:2-5 – Apocalipse 21:4

- Desânimo – Salmos 42:11 – Provérbios 18:14 – Filipenses 4:13 – Hebreus 12:3

- Deus se compadece – Isaías 38:18 – Lamentações 3:22-26 – 2 Coríntios 1:3-5

- Direção divina – Salmos 37:5 – João 3:27- Dor – Salmos 41:3 – Isaías 43:4,5

- Fraqueza – Deuteronômio 32:39 – Salmos 31:24 – Isaías 12:2 – 41:10 – Oséias 6:1 – 2 Coríntios 12:7-

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- Impaciência – Salmos 27:13-14 – 37:8

- Medo – Salmos 34:4- Morte – Ezequiel 18:32 – Salmos 68:20 – Hebreus 2:14-15

- Oração – Salmo 5:1-3 – 66:20 – Lucas 11:9-13

- Pobreza – Salmos 40:17 – 70:5

- Preocupações – Salmos 55:22

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- Raiva – Salmos 37:8 – I Tessalonicenses 5:16-18.

- Sofrimento – Salmos 22:11 – 34:6 – 57:1 – 2 Coríntios 16:18 – Hebreus 12:4-13

- Solidão – Salmos 16:1

- Presença divina – Deuteronômio 31:8

CAPELANIA HOSPITALAR - MODULO I - O Paciente, seus sentimentos e suas necessidades

MODULO I O PACIENTE, SEUS SENTIMENTOS E SUAS NECESSIDADES. 1. Fundamentação Bíblica-Teologica do Enfermo e a Enfermidade. A maneira como vê a enfermidade tem grande influencia na maneira como você ira tratar o paciente que visita, por isso, é necessário temos uma visão clara dos que a Bíblia nos diz sobre a enfermidade. A doença é uma questão que a Bíblia menciona em muitos textos. A doença de Naamã, Nabucodonosor, o filho de Davi, Jó, Paulo, Timóteo, a sogra de Pedro, e vários outros e descrito tanto no Velho como no Novo Testamento. Quando Jesus veio pessoalmente à terra, seu interesse pelos doentes se destacou tanto que praticamente um quinto dos evangelhos é dedicado ao tema da cura, e o Livro de Atos registra como a primeira igreja cuidou dos enfermos. A Bíblia nos fornece sofre a enfermidade pelo menos quatro conclusões que podem ser úteis nas visitas hospitalares.

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1.1. A Enfermidade faz parte da Vida. Poucas pessoas, se é que existe alguém atravessam a vida sem experimentar periodicamente pelos menos uma doença. Parece provável que a doença tenha entrado na raça humana como resultado da Quedam, e desta essa época os homens ficaram sabendo o que é não ter saúde. A Bíblia nos menciona várias enfermidade como alcoolismo, cegueira, tumores, inflamações, febre, hemorragia, surdez, mudez, insanidade, lepra, paralisia e várias outras enfermidade. Fica claro de cada uma delas causa tensão psicológica e física, e todas são mencionadas de modo a insinuar que a doença faz parte da vida neste mundo. 1.2. Os Cristãos são responsáveis pelo cuidado dos enfermos. Através de suas palavras e atos, Jesus ensinou que doença, embora comum, é também indesejável. Ele passou grande parte do seu tempo curando os enfermos, encorajaram outros a fazerem o mesmo e mostrou a importância do cuidado cheio de amor daqueles que são necessitados e doentes. Mesmo dar a alguém um gole de água era considerado digno de elogios e Jesus indicou que ajudar um doente era o mesmo que ministrar a Ele, Jesus[1]. 1.3. A Enfermidade não é necessariamente um sinal de pecado ou manifestação de falta de fé. Quando Jó perdeu sua família, bens e saúde, três amigos vieram visitar com a boa intenção de consolar, apesar da boa vontade, foram ineficaz, argumentou que todos esses problemas eram resultados do pecado. Jó descobriu, porém, que a doença nem sempre é resultado do pecado do indivíduo - cuja verdade Jesus ensinou claramente[2]. Toda doença tem origem, em análise final, na queda da humanidade no pecado, mas os casos individuais de doença não são necessariamente resultantes dos pecados da pessoa doente - embora haja ocasiões em que o pecado e a doença têm realmente relação[3]. Ao examinar as curas do Novo Testamento temos os seguintes esclarecimentos

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com respeito à enfermidade: Algumas vezes as pessoas melhoravam por crerem pessoalmente que Cristo operaria a cura, por exemplo: A mulher com o fluxo de sangue é um bom exemplo[4]. Houve vezes, no entanto, em que uma pessoa além do paciente teve fé: Vários pais procuraram Jesus, por exemplo, e falaram de seus filhos doentes, sendo estes curados[5]. Em outra ocasião, no Jardim do Getsêmani, a orelha de um servo foi curada embora ninguém tivesse fé, além de Jesus. Em contraste, vemos Paulo, homem de grande fé em Cristo cujo “espinho na carne nunca foi tirado”. Outros ainda não tiveram fé e não foram curados[6]. Com base nesses exemplos fica bastante evidente que a doença não é necessariamente um sinal de pecado ou manifestação de falta de fé. A Bíblia não apóia os cristãos que afirmam que os doentes estão fora da vontade de Deus ou lhes falta fé. Deus jamais prometeu curar todas as nossas moléstias nesta vida e é tanto incorreto como cruel ensinar que a saúde instantânea sempre virá para aqueles cuja fé é forte. 1.4. A Enfermidade faz surgir questões difíceis e cruciais sobre o sofrimento. C.S. Lewis no seu livro, Problema do Sofrimento, resumiu duas questões básicas que enfrentam todos os que sofrem e que são geralmente levantadas nas visitas: Se Deus é bom, porque ele permite o sofrimento? Se ele é Todo-Poderoso,

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porque não suspende o sofrimento? Volumes inteiros têm sido escritos para responder a essas perguntas e o visitador cristão poderia beneficiar-se com a leitura de alguns deles[7]. 1.5. A Enfermidade diante dos problemas éticos. Hoje existe uma questão polêmica. É o problema da eutanásia junto com o direito de morrer com dignidade. Esta problemática levanta questões tais como: O que é vida? Vale a pena viver com tanto sofrimento? Qual é o valor de prolongar uma vida que vai morrer mesmo? Quem tem direito para um tratamento médico? Como crentes precisamos de nos envolver nestas questões para defender e resgatar os princípios e valores bíblicos. 2. O Paciente e outros problemas associados à enfermidade Uma enfermidade pode acontecer por uma variedade de causas. Algumas doenças surgem por meio de um vírus; por falta de higiene; por causa de defeitos genéticos; por causa de um acidente; por falta de uma alimentação correta ou adequada; ou velhice. Mas uma enfermidade envolve mais do que um problema físico. Junto com a enfermidade pode acontecer problemas emocionais, psicológicos, ou espirituais. Quem trabalha com os enfermos deve saber lidar com os seguintes problemas: 2.1 A dor física Pessoas reagem de formas diferentes quando há uma dor. Com certas doenças há pessoas que sofrem muita dor enquanto outras pessoas não sentem nada. A diferença pode se atribuída para as experiências com dor, os valores culturais sobre a dor, ou até uma crença religiosa. Certas pessoas acham que quando alguém reagiu com a dor, isto representa uma fraqueza. Outras acreditam que Deus permite a dor e assim a dor deve ser aceita. Há, ainda, indivíduos onde a dor está relacionada com a ansiedade. Pessoas que trabalham com os enfermos devem saber lidar com o problema da dor.

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O visitante deve reconhecer a aceitar essas diferenças individuais. Elas influenciam as emoções da pessoa doente, as reações e o prognóstico de recuperação. 2.2. As emoções do paciente Não é fácil ficar doente especialmente quando nossas rotinas são interrompidas, quando não compreendemos o que está errado com nossos corpos, ou não sabemos quando ou se iremos sarar. Quando ficamos doentes o bastante para procurar ajuda médica, devemos nos submeter ao cuidado de estranhos, alguns dos quais são mais indiferentes ou científicos do que compassivos e sensíveis. Tudo isto aumenta nossa sensação de desânimo em face da doença. O Dr. James Strain, no seu livro Psychological Care of the Medically III, nos sugere que os doentes, especialmente os hospitalizados, experimentam sete categorias de tensão psicológica: 1. Tensão da ameaça à nossa Integridade Os enfermos são submetidos para uma série de experiências onde eles não têm controle sobre as circunstâncias. O paciente tem que obedecer um médico, ouvir uma enfermeira, se submeter a estrutura de um hospital ou agenda estabelecida pelo tratamento médico, aceitar ordens para dormir, receber orientações para tomar medicamentos, ser instruído sobre o que deve ou não deve comer, etc. Um enfermo volta a ser uma "criança" e isto não é fácil. 2. Tensão do Medo de Estranhos Os pacientes têm medo de que suas vidas e seus corpos tenham que ser colocados nas mãos de estranhos com quem talvez não tenham qualquer laço pessoal. 3. Tensão da Ansiedade pela Separação A enfermidade nos separa: amigos, lar, rotina costumeira, trabalho. Durante a internação no hospital ficamos separados das pessoas e das coisas que nos são familiares, no momento em que mais precisamos delas. 4. Tensão do Medo de Perder a Aceitação. A doença e os ferimentos podem deixar as pessoas fisicamente deformadas, obrigando a moderar suas atividades e tornar dependentes de outros. Tudo isto

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pode ameaçar a sua auto-estima e levar a temer que devido a essas mudanças as pessoas não irão mais amá-los ou respeitá-los. 5. Tensão do Medo de Perder o Controle. Perder o controle de força física, agilidade mental, controle dos intestinos e bexiga, controle dos membros da fala, ou a capacidade de dominar as suas emoções é uma ameaça para os pacientes. E estas ameaças se tornam maiores quando o pacientes está exposto em um leito de hospital. 6. Tensão do Medo de expor ou perder partes do Corpo. As pessoas doentes precisam expor as partes do corpo que doem e submeter-se ao exame visitual e toque por parte da pessoa do médico. Isto pode ser embaraçoso e por vezes ameaçador, especialmente quando se torna aparente que uma parte de nosso corpo este doente, tem que ser operada ou mesmo removida. 7. Tensão da Culpa e Medo do Castigo. A doença ou acidentes levam muitas vezes a pessoa a pensar que seu sofrimento possa ser um castigo por pecados ou faltas cometidas no passado. Como vimos, esta era a opinião dos amigos de Jó e tem sido aceita por milhares de pessoa deste então. Deitados na cama e se perguntando “Por que?” essas pessoas podem se deixar vencer pela culpa, especialmente se não houver restabelecimento. Apesar de essas tensões serem comuns aos enfermos, temos que saber que existem diferenças no modo das pessoas reagirem. Algumas sentem ainda outras emoções: Deprimidas com a doença. Desanimadas com o tratamento Frustradas com a vida. Iradas com médicos e com Deus. Culpadas por não cuidarem da saúde. Confusas com o prognóstico. 3. A reação da família. Quando uma pessoa fica enferma, sua família é afetada e, percebendo isto, o

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paciente se perturba. As mudanças na rotina familiar devido a doença, problemas financeiros, dificuldades em organizar as visitas ao hospital, e até a perda da oportunidade de manter relações sexuais para o casal, podem criar tensão que ocasionalmente redunda em fadiga, irritabilidade e preocupação. Numa tentativa de se animarem mutualmente e evitarem a preocupação, o paciente e a família algumas vezes se recusam a discutir seus verdadeiros temores e sentimentos uns com os outros, e como resultado, cada um sofre sozinho. 4. Sentimento de esperança A Dor Física, as emoções do paciente, e as reações da família, nos dão a impressão de um quadro sombrio da enfermidade. Mas em todas as fases da enfermidade, o paciente passa pelo sentimento de esperança. O ditado popular “a esperança é a última que morre”, é real no momento na doença, e quando o paciente deixa de manifestar esperança, trata-se geralmente de um sinal que a morte se aproxima. Mesmo pessoas gravemente enfermas, que têm uma idéia real sobre a sua condição, descobrem que a esperança as sustenta e encoraja especialmente em momentos difíceis. Pesquisas médicas verificaram que os pacientes sentem-se melhor quando há pelo menos um raio de esperança. Isto não significa que devamos mentir sobre a condição do paciente. Mas, a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross em seu livro, Sobre a Morte e o Morrer, escreve que “partilhamos com eles a esperança de que algo imprevisto pode acontecer, que podem ter uma melhora, vindo a viver mais do que o esperado”. O cristão tem ainda mais esperança no conhecimento de que o Deus cheio de amor, o soberano do universo, se interesse por ele tanto agora com na eternidade. Por isso, a grande missão do visitador é levar consolo e esperança aos pacientes, e o visitador cristão tem como recuperar a esperança daqueles que passa por tantas dores e sentimentos variados. ¨

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CAPELANIA HOSPITALAR - MODULO II - O Visitador, sua Função e suas Atividades

MODULO II O VISITADOR, SUA FUNÇAO E SUAS ATIVIDADES Assuntos que devem ser avaliados com respeito ao trabalho com os enfermos: * O hospital é uma instituição que busca uma cura física. Temos que respeitar o ambiente, a estrutura hospitalar e trabalhar dentro das normas estabelecidas. Como evangélicos a Constituição Brasileiro nos da direitos de atender os doentes, porém não é um direito absoluto. Devemos fazer nosso trabalho numa forma que não atinga os direitos dos outros. * Como é que você encara uma doença ou o sofrimento humano? Tem que avaliar suas atitudes, seus medos, suas ansiedades, etc. Nem todos podem entrar numa enfermaria ou visitar um doente no lar, porque não é fácil lidar com situações que envolve o sofrimento humano.

* Quando visitamos os enfermos devemos estar atentos aos sentimentos e preocupações deles. Nossa agenda precisa priorizar os assuntos que eles desejam abordar.

* Como crente em Jesus temos algo que todos desejam: esperança. Deve expressar esta esperança de maneira realística e com integridade. Tenha cuidado com promessas feitas em nome de Deus. Podemos levar palavras seguras, mas devemos evitar a criação de uma esperança falsa.

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* Observar e respeitar as visitas de outros grupos. Faça seu ministério sem competir ou entrar em conflitos. Seja uma boa testemunha.

* Saiba utilizar bem nossos instrumentos de apoio que são: oração, a Bíblia, apoio da igreja, e a esperança em Jesus Cristo, o Médico dos Médicos.

* Ore e confie no Espírito Santo para lhe ajudar.

* Aprenda os textos Bíblicos apropriados para usar nas visitas hospitalares ou nos lares dos enfermos. *Aprenda algumas normas, regras, e orientações para visitar os enfermos.

A Prática Como capelão por mais de 20 anos do Hospital Presbiteriano Dr. Gordon, procurei desenvolver um ministério prático de visitação. Este projeto de Voluntários para a Capelania do Hospital que segue representa o aprendizado da teoria que foi confirmada e ampliada na prática. Cada experiência de Capelania Hospitalar ou cada visita aos enfermos são experiências distintas. Porém, os princípios, os valores, as regras, e as normas são semelhantes e válidos para todos os casos. 1. Como criar seu espaço de trabalho: * Entender seu propósito * Ganhar seu direito * Trabalhar com equipe médica 2. Deve: * Identificar-se apropriadamente. * Reconhecer que o doente pode apresentar muita dor, ansiedade, culpa, frustrações, desespero, ou outros problemas emocionais e religiosas. Seja preparado para enfrentar estas circunstâncias. * Usar os recursos da vida Cristã que são: oração, Bíblia; palavras de apoio, esperança, e encorajamento; e a comunhão da igreja. Se orar, seja breve e objetivo. É melhor sugerir que a oração seja feita. Uma oração deve depender da

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liderança do Espírito Santo, levando em consideração as circunstâncias do momento, as condições do paciente, o nível espiritual do paciente, as pessoas presentes, e as necessidades citadas. * Deixar material devocional para leitura: folheto, Evangelho de João, Novo Testamento, etc. * Visitar obedecendo as normas do Hospital ou pedir de antemão, se uma visita no lar é possível e o horário conveniente. * Dar liberdade para o paciente falar. Ele tem suas necessidades que devem tornar-se as prioridades para sua visita. * Demonstrar amor, carinho, segurança, confiança, conforto, esperança, bondade, e interesse na pessoa. Você vai em nome de Jesus. * Ficar numa posição onde o paciente possa lhe olhar bem. Isto vai facilitar o diálogo. * Dar prioridade ao tratamento médico e também respeitar o horário das refeições. * Saber que os efeitos da dor ou dos remédios podem alterar o comportamento ou a receptividade do paciente a qualquer momento. * Tomar as precauções para evitar contato com uma doença contagiosa, sem ofender ou distanciar-se do paciente. * Aproveitar a capela do hospital para fazer um culto. Se fizer um culto numa enfermaria pode atrapalhar o atendimento médico de outros pacientes ou incomodá-los. Deve ficar sensível aos sentimentos e direitos dos outros. * Avaliar cada visita para melhorar sua atuação.

3. Não deve: * Visitar se você estiver doente. * Falar de suas doenças ou suas experiências hospitalares. Você não é o paciente. * Criticar ou questionar o hospital, tratamento médico e o diagnóstico. * Sentar-se no leito do paciente ou buscar apoio de alguma forma no leito. * Entrar numa enfermaria sem bater na porta. * Prometer que Deus vai curar alguém. As vezes Deus usa a continuação da doença para outros fins. Podemos falar por Deus, mas nós não somos o Deus Verdadeiro. * Falar num tom alto ou cochichar. Fale num tom normal para não chamar atenção

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para si mesmo. * Espalhar detalhes ou informação íntima ou o paciente. Pode orienta-los, mas deixe eles tomarem as decisões cabíveis e sobre o paciente ao sair da visita. * Tomar decisões para a família ou o paciente. Pode orienta-los, mas deixe eles tomarem as decisões cabíveis e sob a orientação médica. * Forçar o paciente falar ou se sentir alegre, e nem desanime o paciente. Seja natural no falar e agir. Deixe o paciente a vontade. Numa visita hospitalar ou numa visitação em casa para atender um doente, sempre observamos vários níveis de comportamento. Cada visita precisa ser norteada pelas circunstâncias, os nossos objetivos ou alvos, e as necessidades da pessoa doente. As perguntas servem como boa base para cultivar um relacionamento pessoal. As perguntas foram elaboradas pelo Dr. Roger Johnson num curso de Clinical Pastoral Education em Phoenix, Arizona, EUA . Dr. Johnson nos lembra que há perguntas que devemos evitar. Perguntas que comecem com "por que" e perguntas que pedem uma resposta "sim"ou "não" podem limitar ou inibir nossa conversa pastoral. Segue uma lista de perguntas próprias. A lista não é exaustiva e as pessoas podem criar outras perguntas. A lista serve como ponto de partida para uma conversa pastoral. * O que aconteceu para você encontrar-se no hospital? * O que está esperando, uma vez que está aqui? * Como está sentindo-se com o tratamento? * Como está evoluindo o tratamento? * O que está impedindo seu progresso? * Quanto tempo levará para sentir-se melhor? * Quais são as coisas que precipitaram sua enfermidade? * Ao sair do hospital ou se recuperar, quais são seus planos? * Como sua família está reagindo com sua doença? * O que você está falando com seus familiares? * O que seus familiares estão falando para você? * O que você espera fazer nas próximas férias (outro evento ou data importante)?

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Os enfermos passam por momentos críticos. Devemos ficar abertos e preparados para ajudar com visitas e conversas pastorais. Os membros de nossas igrejas podem atuar nessa área. Uma visita pastoral ou conversa pastoral serve para dois aspectos de nossa vida. Primeiro, uma visita demonstra nossa identificação humana com o paciente. Como ser humano nós podemos levar uma palavra de compreensão, compaixão, amor, solidariedade e carinho. Segundo, na função de uma visita ou conversa pastoral representamos o povo de Deus (Igreja) e o próprio Deus na vida do paciente. Assim, levamos uma palavra de perdão, esperança, confiança, fé, e a oportunidade de confissão. O trabalho pastoral visa o paciente como um "ser humano completo, holístico" e não apenas como um corpo ou um caso patológico para ser tratado.

CAPELANIA HOSPITALAR - MODULO III - A Visita, suas Regras e sua Prática MODULO III A VISITA, SUAS REGRAS E SUA PRÁTICA 1. Dez maneiras de tornar agradável a visita ao Hospital. Sugestões a serem consideradas ao visitar alguém no hospital. · A permanência no hospital pode ser uma experiência de isolamento e desumanização. A privacidade e a modéstia são considerações importantes que precisam ser respeitadas. Lembre-se de que durante toda a hospitalização, o quarto do paciente é o seu local de dormir. Este espaço deve ser tratado com o mesmo respeito que a sua casa. Não hesite em perguntar se não estiver certa do que é apropriado ou do que pode perturbar o paciente. Não sente na cama, a não ser que seja convidada a isso. Mesmo assim, tenha cuidado para não interferir com qualquer tratamento ou exigências de isolamento, Lembre-se de que uma infecção que você nem notou pode ser fatal ao paciente que tiver imunodeficiência. · Seja amável com a equipe do hospital e respeite as normas estabelecidas. · Faça com que a sua visita ajude o paciente de modo significativo para ele no momento. Peça sugestões se tiver dúvidas. A simples disposição de passar tempo

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com alguém hospitalizado é um dom precioso. A duração de sua visita deve ser apropriada à situação do paciente. Não demore demais. Várias visitas podem ser menos cansativas para alguém que está muito doente. As visitas mais demoradas ajudam a passar o tempo para os pacientes ativos confinados ao leito ou ao quarto numa hospitalização prolongada. · Pergunte ao paciente/família qual a melhor hora para uma visita. Você talvez possa fazer companhia a ele num horário em que os membros da família não tenham condições de fazê-lo. Desse modo estará ministrando tanto ao paciente como aos que cuidam dele. · Presença silenciosa e ouvir em silêncio são maneiras poderosas de apoiar alguém que está doente. Procure observar seus sinais de fadiga ou desconforto. · As atividades podem tornar-se diversões esplêndidas. Um piquenique os desta de aniversário no saguão pode reanimar o doente. Quer seja uma ocasião particular compartilhada com a família ou um convite aberto para todo andar, certifique-se de informar a equipe do hospital sobre todos os preparativos. Planos cuidadosos talvez tenham de ser montados de acordo com o regime ou nível de energia do paciente. Um pouco de criatividade quase sempre ajuda muito a tornar a ocasião uma lembrança muito especial para todos os envolvidos. · Manter contato com a família e os amigos é importante para os hospitalizados. Quando, porém, você está doente e sofrendo, a menor tarefa é um sacrifício - por mais que deseje o contrário. · Se possível leve o paciente para uma visita fora do hospital. Sol e ar fresco podem ser terapêuticos. Isso ajudará os doentes a longo tempo a manterem contato com a natureza e o mundo fora do hospital. · Empenhe-se para que o paciente receba o jornal diariamente. Se necessário, leia-o para ele todos os dias. Tome cuidado para anotar itens que possam ser de particular interesse do paciente ou algo que ele queira acompanhar. Tome tempo para discutir pontos de interesse do paciente. Você está dando a ele uma oportunidade de interagir com o mundo fora de sua cama do hospital. Estão também reforçando a sua individualidade e propósitos, coisas que se perdem facilmente durante uma hospitalização prolongada. · Ajude alguém do hospital nos de eleição. Cédulas para confirmar a ausência podem ser obtidas na cidade de origem do paciente.

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2. Normas práticas para a Visitação Hospitalar. · Não entre em qualquer quarto ou apartamento sem antes bater na porta. · Verifique se há qualquer sinal expresso de: "proibido visitas" · Respeite sempre o horário pré-estabelecido para sua atuação. · Observe se à luz está acesa e a porta do quarto fechada. Em caso de positivo, espere que o doente seja atendido pela enfermeira ou médico, antes de você entrar. · Tome cuidado com qualquer aparelhagem em volta da cama. Evite esbarrar na cama ou sentar-se nela. · Avalie a situação logo ao entrar, a fim de poder agir objetivamente quanto ao tipo e duração da visita. (Se o paciente está disposto, indisposto). · Procure se colocar numa posição ao nível visual do paciente, para que ele possa conversar com você sem se esforçar. Em quartos onde há mais enfermos, cumprimente os outros, mas se concentre naquele com quem você deseja conversar. · Fale num tom de voz normal. Não cochiche com outras pessoas no quarto. Também não é conveniente gritar na hora da oração. · Se a pessoa ainda não o conhece, apresente-se com clareza. · Deixe com o doente a iniciativa do aperto de mão e faça-o com clareza. · Dê prioridade ao atendimento dos médicos e enfermeiras, assim como no horário das refeições, saia do quarto. · Ao contemplar alguém sofrendo, lembre-se de que as reações emocionais negativas podem ser detectadas pelo doente e seus familiares. Sem afetações, procure descobrir o que seu tom de voz e sua expressão facial e seus gestos estão comunicando. · Concentre-se em atender às necessidades daquela pessoa diante de você. Não adianta falar do outro nem de si mesmo. · Não queira forçar o doente a se sentir alegre, nem o desanime. Aja com naturalidade, pois se você se sentir à vontade ele terá maior probabilidade de ficar à vontade. · Não dê a impressão de estar com pressa, nem se demore até cansar o doente. Encontre a duração exata para cada situação.

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· Não tente movimentar um doente, na cama ou fora dela. Chame a enfermeira se ele o desejar. · Fique sabendo que os efeitos da dor e dos remédios podem alterar o comportamento ou a receptividade do paciente de um momento para outro. · Se você mesmo está doente, não faça visitas. · Utilize os recursos da religião sem constrangimentos, mas com inteligência. Não fira a sensibilidade de um ateu, agnóstico ou comungante de outra religião. · Lembre-se das regras fundamentais de assistência pastoral: · O ponto de partida para o seu trabalho é a situação e o estado em que a outra pessoa se encontra. · Seu objetivo primário é conduzi-la a um estágio de sã condição físico-emocional-religiosa atual. · Sua contribuição no processo terapêutico é singular e necessário, mesmo que você nem sempre sinta assim. 3. Ajudando através da arte de escutar. Escutar é uma arte que pode ser desenvolvida. Os princípios abaixo relacionados, se posto em prática, ajudarão você a crescer na arte de escutar e, conseqüentemente, na habilidade de ajudar a outras pessoas. 3.1. Analise sua atitude íntima. Quais os seus sentimentos em relação à pessoa com quem você está conversando? Você tem algum preconceito em relação a ela? Ela lhe é repugnante? Há hospitalidade entre vocês? Tudo isto vai afetar o significado de que você ouvirá dela. As palavras perdem seu sentido quando nossas emoções não nos permitem escutar com objetividade. Precisamos desenvolver uma atitude de aceitação da pessoa, do que ela diz, sem julgá-la ou condená-la. Não estamos defendendo qualquer posição, mas tentando ouvir os verdadeiros sentimentos de quem fala. Por outro lado, não devemos insistir para que o entrevistado defenda seu ponto de vista, ou utilize determinado vocabulário ou estilo de linguagem. Não devemos expressar julgamento para não tolher a fluência de seus sentimentos.

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3. 2. Preste bastante atenção Repare o tom de voz. Que estado emocional ele revela? Uma voz baixa, um fala monótona, pode indicar depressão emocional. Falar rapidamente, de forma agitada, pode se uma depressão extrema. Falar depressa e em voz alta pode indicar o efeito de drogas. Você poderá dizer: - "Pela sua voz, tenho a impressão de que você está muito..." Se a pessoa chora enquanto fala, permita-lhe este privilégio. 3.3. Desenvolva a capacidade de avaliar as emoções. Na linguagem comum, há palavras que expressam emoções diversas: convicção, perturbação, irritação, alegria, felicidade. O tom de voz em que elas são proferidas, lhes dão um significado maior que o dicionário não pode definir. Cabe a nós avaliar este conteúdo emocional da comunicação. 3.4. Reflita as emoções que você está percebendo. É preciso fornecer ao entrevistado uma "retro visão" das emoções que ele está transmitindo. A pessoa ficará satisfeita se você revelar que entendeu qual o problema dela. Isto não é apenas repetir o que a pessoa já disse, literalmente, mas refletir seus sentimentos com nossas próprias palavras. 3.5. Evite a agressividade. · Não domine a conversa. · Quando falamos muito a pessoa se confunde. · Não discuta nem revele hostilidade ou ressentimento. · Não tente manipular as pessoas, nem as enganar . 3.6. Evite a passividade e a timidez exagerada. · Não há necessidade de concordar com tudo o que a pessoa diz. · É mais importante entender o que ela diz do que criar uma impressão favorável. · Não é necessário que a pessoa fique totalmente despreocupada. A solução dos problemas vem por meio das tensões. · Não seja passivo como uma esponja. Demonstre interesses na participação do

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diálogo. Esteja preparado para responder. · Não se prenda aos detalhes da conversa. Identifique as informações básicas para compreender o interlocutor. 3.7. Normas para escutar: · Escutar é um processo. Não é discursar. Você precisa identificar-se com a pessoa que fala. · Demonstre compaixão e aceitação, ainda que suas convicções pessoais sejam diferentes. · A pessoa está apresentando um problema que lhe parece insolúvel. Aceite seu estado de confusão e ajude-a observar os diferentes aspectos do problema: sua origem, quem está envolvido nele, possível soluções etc. · Demonstre amizade e interesse. O problema é grande. Leve a carga com a pessoa até que ela possa levá-la sozinha. · As vezes, a pessoa tenta diminuir o problema. Isto pode revelar falta de confiança em sua ajuda ou ausência de auto-estima. As vezes, o problema não nos parece sério, mas devemos reconhecer que ele é sério para a pessoa que está sofrendo com ele. · Procure dividir o problema em várias partes para atacá-las separadamente. · Dê oportunidade para a pessoa esclarecer sua posição. Isto facilitará a compreensão dos problemas e como solucioná-los. · Se descobrir contradições na conversa, revele-as à pessoa. Isto a ajudará a se sentir menos confusa e ansiosa. · Pergunte se ela já enfrentou um problema semelhante no passado. Ela vai recordar que tem habilidade para superar a situação como já aconteceu. · Discuta as várias alternativas para resolver o problema. Evite conselhos estereotipados. Anime a pessoa a restabelecer relações com pessoas de importância em sua vida (parente, amigos, pastor). · Evite fazer perguntas com respostas predeterminadas. São mais válidas as perguntas que despertam o sentido do relacionamento. · Dê ênfase ao tempo presente e objetivo da entrevista. Veja se tem possibilidade de ajudar essa pessoa nessa circunstância, ou encaminhe-a a outra pessoa. · Não se deve alimentar esperanças infundadas. Evite dizer: "Não se preocupe,

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está tudo bem". · Termine a conversa apresentando objetivamente o que deverá ser feito. Deixe a pessoa tomar a decisão adequada e assumir a responsabilidade. · Admita suas capacidades e limitações, você é humano e finito. Deixe Deus agir onde você é suficiente. CAPELANIA HOSPITALAR - Modulo IV - Os Benefícios: ao Paciente e sua Família, ao Hospital e a Comunidade. MODULO IV OS BENEFÍCIOS: AO PACIENTE E SUA FAMÍLIA, AO HOSPITAL E A COMUNIDADE. A visita hospitalar e o cuidado espiritual oferecem benefícios distintos para os pacientes e seus familiares, o pessoal de cuidado médico profissional, a próprio hospital, e a comunidade dentro os quais reside. Estes benefícios crescentemente são demonstrados através de estudos de pesquisa. 1. Os Benefícios para os pacientes e sua família. Seis áreas de pesquisa estão resumidas aqui, que descreve os benefícios de atenção à espiritualidade de pacientes e seus familiares. 1.1. Apoio Espiritual e sua Prática. Um corpo crescente de pesquisa demonstra os benefícios da saúde relacionados a religião, fé e sua prática. Um estudo foi publicado com de 42 mortalidades envolvendo aproximadamente 126.000 participantes demonstrou que as pessoas que ajudadas com envolvimentos religiosos freqüentes foram significativamente provado viver mais tempo comparado a pessoas que eram não freqüentemente envolvidas(1). Em um estudo de quase 600 pacientes idosos, severamente doentes, hospitalizados, esses buscaram um envolvimento com o amor de Deus, com também apoio de pastores e voluntários, visitantes membros da igreja, estavam

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menos deprimido e com qualidade de vida melhor, até mesmo depois de saber da severidade da doença deles(2). No estudo de 1.600 pacientes de câncer, a contribuição espiritual ao paciente que tinha boa qualidade de vida era semelhante ao seu bem estar físico. Entre pacientes com sintomas significantes como fadiga e dor, esses com vida espiritual atuante é tido com uma qualidade significativamente mais alta de vida(3). CONCLUSÃO: Estes e outros estudos demonstram que a fé traz impacto de bem estar prático emocional e físico. Capelães, pastores e voluntários fazem um papel integrante de apoio e fortalecimento destes recursos religiosos e espirituais. 1.2. A Importância do Cuidado Espiritual para enfrentar a Doença. Um estudo de adultos mais velhos achou que mais da metade informou que a religião deles era o recurso mais importante que os ajudou na luta com doença(4). Em outro estudo, 44 % dos pacientes informaram que a religião era o fator mais importante que os ajudou na luta com a doença deles ou hospitalização(5). Em um estudo de mulheres com câncer de peito, 88 % informaram que religião era importante para elas e 85 % indicaram que a religião ajudou a enfrentar(6). Semelhantemente, 93 % das mulheres em um estudo de pacientes de câncer ginecológicos informaram que a religião aumentou a sua esperança(7). Um estudo com pacientes de câncer de peito informou que 76 % tinham orado sobre a situação deles como um modo para enfrentar o diagnostico(8). Estudos demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas a moderar os sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade(9), desesperança(10), e isolamento(11).

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Muitos pacientes esperam que os capelães e voluntários os ajudem com tais sentimentos infelizes(12). O estudioso Paragment cita muitos estudos adicionais que demonstram a importância do cuidado espiritual na luta das pessoas que lidam com doença. CONCLUSÃO: As pessoas procuram cuidados espirituais durante doença e em outras experiências dolorosas. Capelães e voluntários devem estar prontos para dar ajuda espiritual na luta das enfermidades. 1.3. Respondendo a Angústia Espiritual Estudos apontam à importância de angústia espiritual, quer dizer, conflitos religiosos ou espirituais não resolvidos e dúvidas. Esta angústia é associada com a perda de saúde, recuperação, e ajuste com a doença(13). CONCLUSÃO: Capelães e visitantes tem um papel especialmente importante identificando os pacientes em angústia espiritual e os ajudando solucionar os problemas religiosos ou espirituais deles, enquanto melhorando a saúde deles e ajustando assim. 1.4. Aumentando estratégias para enfrentar a doença. Estudos demonstram que estar bem espiritualmente ajuda as pessoas a moderar os sentimentos dolorosos que acompanham a doença: ansiedade(14), desesperança(15), e isolamento(16). Muitos pacientes esperam que os capelães e voluntários os ajudem com tais sentimentos infelizes(17). CONCLUSÃO: As pessoas querem cuidados espirituais durante doença e outras experiências dolorosas, procurando ajuda. Capelães e voluntários devem estar preparados para dar ajuda espiritual na luta com estes sentimentos. 1.5. Cuidando das Famílias Freqüentemente os familiares sofrem angústia semelhante ou mais intensa que os

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que estão hospitalizados. Em alguns estudos, pacientes indicaram que as funções da capelania mais importantes são aquelas que estão ajudando os seus familiares com os sentimentos associados com doença e hospitalização(18). Em um estudo, 56 % das famílias identificaram a religião como o fator mais importante para ajudar a enfrentar a doença de um ente querido deles(19). Um outro estudo indicou que os familiares queriam o cuidado espiritual dos capelães mais que os pacientes(20). Comparado a esses, os familiares dos pacientes de Alzheimer que adoravam a Deus regularmente e que sentia as necessidades espirituais satisfeitas informaram que diminuíram a tensão(21). CONCLUSÃO: Famílias confiam em religiosos e recursos espirituais para enfrentar com os níveis altos de angústia durante a doença de um querido. O cuidado de um capelão e voluntários para os familiares tem um impacto positivo. 1.6. A satisfação do paciente e sua família com o cuidado espiritual provido por capelães. Estudos indicam que 70 % dos pacientes está atento as necessidades espirituais relacionados à doença deles(22). Estudos de pacientes em hospitais de cuidado agudos indicam que entre um terço e dois terços de todos os pacientes queira receber cuidado espiritual(23). Quando os capelães ajudam a família de um paciente, o mais provável é que o paciente vai escolher aquela instituição novamente para hospitalização futura(24). Um grande estudo de VandeCreek e Lyon mostrou a satisfação dos pacientes e familiares com as atividades dos capelães: A maioria dos pacientes estava satisfeita com o cuidado espiritual provido por capelães(25). A satisfação com a

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assistência da capelania pelos familiares dos enfermos era até mais alta do que informado pelos pacientes. As visitas do capelão "fizeram a hospitalização mais fácil" porque a visita proveu "conforto" e ajudou para o paciente a relaxar. O capelão ajudou para os pacientes "a melhorar mais rápido" e aumentou a prontidão dos pacientes para voltar para casa" porque as visitas lhes ajudaram a sentir mais esperançoso. CONCLUSÃO: Os pacientes e seus familiares estão freqüentemente atentos as suas necessidades espirituais durante hospitalização, desejam a atenção espiritual profissional a essas necessidades, e respondem positivamente quando recebem atenção - influenciando na sua recomendação do hospital a outros. 2. Os Benefícios para o Hospital e Comunidade. 2.1. Para os Profissionais de Saúde Profissionais da Saúde, inclusive os médicos e enfermeiras, às vezes experimentam tensão ao trabalhar com os pacientes e familiares. Esta tensão aumentou recentemente porque mudanças econômicas conduziram a menos profissionais que provêem cuidado pelos pacientes seriamente doentes. Capelães podem prover cuidado espiritual sensível, encorajador a estes pacientes e as suas famílias por períodos de tempo estendidos, permitindo assim para outros profissionais prestar atenção a outros deveres. Capelães fazem um papel importante ajudando profissionais de saúde a enfrentar os seus problemas pessoais. A palavra encorajadora pode aumentar a moral e bom senso do pessoal. Um estudo relata que 73 % de médicos de UTI e enfermeiras acreditam que prover conforto a eles é um papel importante do capelão, e 32 % acreditam que os capelães deveriam estar disponíveis ajudar pessoal com problemas pessoais(26). 2.2. Para os Hospitais Os serviços de capelães e voluntários beneficiam hospitais pelo menos em 9

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meios. Os capelães e voluntários ajudam hospitais a satisfazer as expectativas dos pacientes com serviços de cuidado espirituais competentes, compassivos, enquanto melhoram assim a imagem do hospital. Em uma época de medicamento de alta tecnologia, hospitalizações breves, e breves contatos com os médicos e outros profissionais de saúde, os capelães e voluntários oferecem um das poucas oportunidades para os pacientes discutirem as suas preocupações pessoais e espirituais. Os capelães e voluntários que especializaram na área de capelania por organizações profissionais. Podem oferecer curso de visitação a voluntários das igrejas. Desde participantes em programas, podem ter vários voluntários prestando cuidado espiritual ao hospital sem custo para a instituição. Os capelães e voluntários estabelecem e mantêm relações importantes com os pastores da comunidade. Os capelães e voluntários fazem um papel importante abrandando situações de descontentamento de pacientes e seus familiares que envolvem com o hospital. Quando pacientes se tornam nervosos e impacientes os capelães podem mediar estes intensos sentimentos de modos que conservam valiosos recursos organizacionais. A presença deles pode servir como um veículo por reduzir risco. Os capelães e voluntários podem reduzir e podem prevenir abuso espiritual, agindo como guarda para proteger os pacientes de proselitismo. Códigos de éticas profissionais estipulam que os capelães eles têm que respeitar as convicções de fé e práticas de pacientes e famílias. Os capelães e voluntários ajudam para os pacientes e seus familiares a identificar os seus valores relativos a escolhas de tratamento no fim da vida e comunicam esta informação ao pessoal de saúde(27).

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Os capelães e voluntários ajudam os hospitais a desenvolver a sua missão, valor, e declarações de justiça sociais que promovem curando para o corpo, mente e espírito. Especialmente para hospitais que sãos suportados por igrejas, eles promovem consciência de missão. Os capelães e voluntários ajudam hospitais cumprirem uma variedade de cuidado espiritual e apoio para os pacientes e seus familiares. É de muito valor o cuidado espiritual provido por capelães eficientes. Um estudo do custo de capelania foi publicado informando que os serviços de capelães profissionais variam entre US$ 2,71 e US$ 6,43 por visita de paciente(28). Adicionalmente, aproximadamente três quartos de executivos de HMO informou em uma pesquisa que a espiritualidade (expressou pela oração pessoal, meditação espiritual e religiosa) pode ter um impacto no bem estar, então pode ajudar no impacto do custo(29). 2.3. Para a Comunidade Hospitais são crescentemente sensíveis sobre a sua relação para com a comunidade e os capelães fazem contribuições sem igual provendo muitos serviços da comunidade. Estes incluem: Liderança e participação em programas de sociais da comunidade. Liderança de grupos de apoio para ajudar para os membros da comunidade a enfrentar a perda ou crise e viver com a doença. Liderança e participação na comunidade em respostas as crises, desastre, pobreza. Participação do cuidado espiritual que enfatiza conexões a pastores locais e igrejas. Orientação e apoio para programas das igrejas e da comunidade como ajuda a alcoólatras, drogados. Programas educacionais estabelecendo voluntários das igrejas que se ocuparão de visitação espiritual nas casas e a igrejas.

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Relações ativas mantendo com associações evangélicas locais. Comunidade provendo seminários educacionais em tópicos de espiritualidade, perda e doença, e luta com a crise. CONCLUSÕES: Nos tumultos dos hospitais, os diretores estão procurando constantemente modos para prover ótimos serviços aos pacientes dentro de suas dificuldades financeiras. Eles buscam manter os funcionários de qualidade e manter relações positivas dentro dos hospitais e a comunidade. Os capelães respondem a estas preocupações de modo sem igual, enquanto utilizando as tradições históricas de espiritualidade que contribui à cura de corpo, mente, coração e alma.

CAPELANIA PRISIONAL

"Lembrai-vos dos presos como se estivésseis presos com eles e dos maltratados,como sendo-o vós mesmo também no corpo” Hebreus 13.3

CAPELÃO PRISIONAL É O AGENTE DE DEUS PARA UMA MISSÃO NOBRE QUE VISA ALCANÇAR AQUELES QUE ESTÃO ATRÁS DAS GRADES COM A PALAVRA DE DEUS,EVANGELIZANDO-OS,ACONSELHANDO-OS E DESPERTANDO-OS PARA UMA NOVA VIDA.

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Segundo as palavras de Jesus Cristo em Hebreus 13.3, quando Ele nos lembra para nos preocupar e empenhar na visitação aos presos, dizendo assim: "lembrai-vos dos presos, como se estiveseis presos com eles, e dos mal tratados, como sendo-o vós mesmo também no corpo". Com estes ensinamentos o ministério da capelania prisional, entende que o Senhor quer alcançar não somente as pessoas enfermas e em tratamentos nas internações hospitalares, mas também, as pessoas que se encontram em regime prisional. Voce sabia?No Estado do Rio de Janeiro, existem mais de vinte mil detentos?No Estado de São Paulo , são mais de noventa mil?Em todo Brasil, o numero de detentos chega a mais de meio milhão?E que indiretamente, juntando os familiares, que também são vitimas,chegamos aproximadamente a mais ou menos quatro milhões de pessoas? O QUE NÓS ESTAMOS FAZENDO OU PODEMOS FAZER PARA MUDAR ESSE QUADRO? Objetivo da Capelania: Levar as pessoas encarceradas nos presídios e delegacias o tão grande amor de Deus através da visitação dos capelães e também com a ministração da poderosa Palavra de Deus; acompanhada de poderosa oração e aconselhamento pessoal, sabendo que o Senhor Jesus tem por objetivo alcançar estas vidas dando a elas a oportunidade de conhecer melhor o Reino de Deus através das ações dos capelães evangélicos. O CAPELÃO PRECISA SER: a)Chamado para este ministério. b)Cheio do Espírito Santo. c)Preparado para este ministério. d)Amável.

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e)Tratável. f) Comprometido. g) Firme. O PÚBLICO ALVO DO CAPELÃO PRISIONAL 1º- DETENTOS 2º- FAMILIARES 3º- AGENTES 4º- FUNCIONÁRIOS O ALVO PRINCIPAL DO CAPELÃO PRISIONAL SÃO OS DETENTOS, E ESTES NECESSITAM SEREM CONHECIDOS E ANALISADOS. OS TIPOS DE DETENTOS a) Os que estão atrás das grades b) Os que presos dentro de si mesmo c) Os que estão do lado de fora das delegacias e presídios(familiares). CUIDADOS A SEREM TOMADOS PELO CAPELÃO PRISIONAL. 1º ENVOLVIMENTO EMOCIONAL 2º ENVOLVIMENTO SENTIMENTAL 3º ENVOLVIMENTO JURÍDICO 4º ENVOLVIMENTO FINANCEIRO 5º ENVOLVIMENTO COM O SISTEMA (ouvido e não boca).

Capelania Empresarial

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O que é um capelão empresarial?

É um homem ou mulher de Deus, treinado, capacitado, ético que tenha o espirito de excelência, de sabedoria e conselho que vai se relacionar com o pequeno e o grande empresario, com os fucionários das empresas, desde o menor até o maior cargo e na maneira como estes lidam com seus consumidores para que haja melhor desempenho e comprimisso entre produtores e consumidores melhorando nossa sociedade.

O capelão empresarial usará a biblia para trazer valores espirituais, para que os principios de todas as partes sejam justos, lembrando que tudo o que é produzido e comercializado depende de uma só fonte (vida) que só Deus pode mante-la.

Capelão empresarial é um agente de Deus dentro das empresas para atravez da prevensão evitar crises e solucionar as já existentes, trabalha para que a empresa alcance todos seus alvos.

Sua Postura deverá ser

-Postura de um CONSELHEIRO: que tem espirito de Deus e conhecimento na área que vai atuar.

-Postura ÉTICA: respeitando todas as ideias tanto do empregador como do empregado, sujerindo só na hora que for solicitado.

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-Postura de CONFIANÇA = FIDELIDADE: saber ouvir e aconselhar sem causar nenhum mal estar dentro da empressa. -Postura AMIGAVEL: trazendo paz ao ambiente de trabalho, promovendo reconcolhação entre os que estao vivendo em inimizade. -Postura OTIMISTA: Capelão sempre terá uma palavra de vitória e superação. Ele sempre diz que tudo vai terminar bem. Nunca se une ao pessimista. -Postura de FÉ: cria um ambiente de dependencia de Deus, para alcançar o melhor. -Postura VISUAL: sempre bem vestido , nunca usando roupas ou aderesos que chamem atencao. O que faz um capelão empresarial. -Um capelão empresarial não e um pregador, ele presta assistencia espiritual e emocional. -Capelão empresarial nao pode impor suas próprias crenças aos outros, tem que ter sensibilidade para conviver com todos. -Capelão empresarial estará disponivel a qualquer hora para intermediar uma crise. -Fazer com que o empresario entenda, que a maior segurança deverá estar em Deus : Salmos Cap. 127: Vers. 1,2 -Levá-los a entender que toda semente vai gerar. Se plantar injustiça a seu tempo ele colherá.Êxodo Cap. 3: Ver. 7,Deuteronômio Cap. 25: Vers.13 a 16, Prov érbiosCap. 14: Ver. 31Tiago Cap. 5: Ver.4.

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-Fazer o empressario saber que os ventos, tempestades e as crises que atingem a todos, são circustanciais e ajuda-los a recomeçar. -Ajudar no padrão de qualidade avaliando o comportamento dos empregados, em relação a sua satisfacao em trabalhar nesta empressa reduzindo assim insatisfação e o stress na relação funcionário empregador. Eclesiastes Cap. 4: Ver.1 -Leva-los a entender que o maior patrimônio que o homem pode ter é a sua familia. Não deixando a empresa tomar todo seu tempo. -Criar relacionamento familiar comprometido. Curiosidade -Nos Estados Unidos, o maior índice de divórcio está no meio empressarial.

O que faz o capelão empresarial em relação aos funcionarios

-Promover a ética no ambiente de trabalho, encorajando ao respeito as normas de trabalhos estabelecidos pelas empresas, horário, segurança, produtividade,etc., para que possam desfrutar de melhor carreira dentro da empresa,obtendo assim boas recomendações em caso de transferências..

-Ajuda-os a equilibrar tempo de trabalho, vida familiar, e vida espiritual evitando consequencias desastrosas.

O que faz o capelão em relação as empresas

-Faz com que patrões e empregados entendam que as empresas são um bem comum da sociedade. Elas são geradas por homens e mulheres de bem que investiram conhecimento, trabalho e finanças. São mantidas pelos trabalhadores e pela sociedade que consome todo bem produzido. Assim

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tanto o proprietario, como o trabalhador, como a sociedade de consumo, devem entender que todos dependem um do outro.

Referente a Capalenia Empresarial.

- Campo muito grande de evangelização. -Empresarios estão entre os seres humanos mais solitarios mundo. -Grande índice de uso drogas. -Grande índice de divórcio. -Em sua maioria não conseguem lidar com fracasso. -Na crise extremas,muitos são levados suicidio.

Capelania Assistencial

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O que é um Capelão assistencial?

Um capelão assistencial é um profissional interdenominacional treinado e capacitado para atender a sociedade como um todo, como um bom samaritano, conselheiro e amigo de todos os feridos e machucados .

Por que utilizar um capelão para ajudar as pessoas na comunidade?

O Capelão e o Aconselhamento

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Parte divina – “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (Is 11:2). Parte humana – “Onde não há conselho os projetos saem vãos, mas, com a multidão de conselheiros, se confirmarão” (Pv 15:22). “Não havendo sábia direção, o povo cai, mas, na multidão de conselheiros, há segurança” (Pv 11:14). “Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe 5:2, 3). Aconselhar pode ser definido como proclamação do perdão dos pecados. Para um Capelão Evangélico, o aconselhamento é, antes de tudo, a comunicação da Palavra de Deus. No aconselhamento, o Capelão desenvolve diálogo que visa levar a pessoa ao rompimento com a vida nas trevas. No aconselhamento o Capelão utilizará os princípios bíblicos e habilidades diplomáticas para a orientação da conduta e das decisões que a pessoa terá que tomar. Aconselhar é a arte de ajudar a fazer ver as coisas que não podem ser vistas. É no entanto, no fazer ver as coisas ocultas aos olhos dos que sofrem que está a arte de ajudar. E a potencialidade conferida a cada um de nós por Deus e a habilidade de discernimento em campos obscuros. “O navegador depende de uma bussula para traçar seu curso. Por que a bússula? Porque ela lhe mostra o rumo. “William Flecher”

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Aconselhar é como guiar um cego que sabe o que quer, mas não sabe como chegar lá. Assim, o papel do Capelão-conselheiro é ajudar alguém a chegar a algum lugar, num porto seguro, sempre à luz da Palavra de Deus e de um compromisso com as questões eternas.

“O papel do Capelão é semelhante a um clínico geral, que quando não resolve o problema, encaminha para um especialista”.

Tudo é importante: Agenda, construção, administração, mas o Aconselhamento é cura e milagre para as pessoas. Mesmo sabendo que diante de algumas situações teremos que reconhecer a nossa limitação, confiamos na suficiência da GRAÇA de Deus, que opera em nós e através de nós. Devemos seguir o exemplo de Jesus. O Mestre amado fez isso com: · A mulher samaritana no poço de Jacó (João 4) · Pedro após a ressurreição (João 21:15). Os Apóstolos por diversas vezes – João 14 e 16 · Com a mulher de fluxo de sangue e com Jairo (Marcos 5:21). · O Mestre parou a multidão para atender apenas um ser que estava sofrendo as angústias e as perdas dessa vida.

“Atender é parar as multidões dos nossos projetos, correrias, reuniões, viagens e dar atenção a quem precisa”.

PENSE NISSO “Será que estamos mais ocupados que Jesus? Ou nos achamos tão importante que não dá para parar? E se a doença chegar? E a morte?” Por que negligenciamos o Aconselhamento Individualizado? · Creio que nós não valorizamos muito o aconselhamento individualizado, porque nós não recorremos a este expediente quando precisamos. Mas todos nós precisamos de aconselhamento, somos pessoas que passamos pelas mais diversas situações. Assim findamos por achar que cada um deve fazer o mesmo. ·Muitas pessoas também evitam serem aconselhadas pelo medo de se expor, aliada ao grande temor de ter sua vida exposta, pela falta de ética de quem vai aconselhar. Porque não sabemos ouvir, não fomos treinados para

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isso. “Às vezes, a solução está mais no ouvir do que no falar”. As pessoas necessitam serem ouvidas por dois motivos: a) Neste mundo elas são um número: RG, CPF, Empresa, Escola, Estatísticas. Não podemos continuar sendo um número no rol de membros ou um valor no rol de dizimistas. É uma questão mais sociológica do que espiritual. David Cho escreveu: “As pessoas neste mundo são um número. Quando vem à igreja querem se sentir gente” (irmão). b) Vivemos numa época em que as vozes deste mundo nos sufocam, confundem a mente, abalam a alma, embrutecem o espírito, cauterizam a consciência. Pai, filho, marido, esposa, empregado, patrão, professor, televisão, rádio, político, internet, ruídos dos carros, igreja, pastor, liderança, tele-evangelistas – Todo mundo está falando. Mas quem está pronto a escutar? Deus? Sim. Mas através de quem? Do Capelão preparado, fiel a Deus, maduro (a). Se não podemos ou não sabemos, permitamos ao menos que outros o façam, o bem de pessoas feridas. Recomendações gerais no aconselhamento - Ouça o suficiente antes de tecer qualquer comentário, conselho ou parecer; não se precipite. Procure a raiz do problema. Faça perguntas adequadas. - Incentive-o (a) a falar, deixe-o (a) à vontade e seguro (a) para colocar para fora aquilo que o (a) está sufocando. Divida o assunto em partes (família, trabalho, coração, finanças, relacionamentos); faça um mapeamento e defina prioridades. -Não deixe a espiritualidade em segundo plano, ore e use a Bíblia. - Cultive a credibilidade moral, espiritual e emocional. Você está sendo observado. - Seja sensível, porém não se entregue aos sentimentos alheios. - Veja no aconselhando um ser em potencial para mudar e ser abençoado por Deus. Não o evite. - Utilize de diversas ferramentas para extrair informações (perguntas, cartas, inventário, família, comportamento), mas nunca recorra a fofocas. Quem trás também leva, isso pode colocar tudo a perder.

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- Planeje a melhor estratégia. Exemplo: Atender o casal em separado, depois juntos, falar com os pais depois com os filhos etc. -Seja humilde para reconhecer as suas limitações e tentações. Trabalhe em parceria. Exemplo: Aconselhamento Pastoral x Psicoterapia, Serviço Social, Advocacia, Medicina, até mesmo outros conselheiros espirituais etc. Seja ético com as pessoas que você atender. Não use isso como forma de proselitismo. Cuidado em compartilhar experiências particulares. Sua vida e intimidades podem ficar na “boca do povo”. Lembre-se: Aconselhar é diferente de ordenar! Nunca decida por ninguém, e quando emitir uma opinião ou parecer, faça com segurança, não se deve brincar com a vida ou sentimento alheio Conclusão O exercício da Capelania Evangélica não deve ser feito de qualquer maneira e por qualquer pessoa. Aconselhamento é um instrumento poderoso, uma ferramenta substancial para desfazer os NÓS na vida das pessoas. O Capelão Evangélico NÃO PODE OPTAR entre aconselhar e não aconselhar, mas pode sim preparar-se para aconselhar bem ou então fazê-lo de maneira despreparada! O desafio é grande, mas não intransponível. Com a graça de Deus aliada à busca do preparo bíblico, teológico e técnico, poderemos servir a Deus, oferecendo um aconselhamento com qualidade aos que nos procurarem.