patologia e dietoterapia nas enfermidades músculo- esqueléticas ii gota, osteosporose,...
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Patologia e dietoterapia nas enfermidades
músculo-esqueléticas II
Gota, Osteosporose, Osteomalácia
Profª Nutti.MSc Maria de Lourdes Marques Camargo
GOTA É uma das mais antigas doenças nos registros
históricos. Distúrbio do metabolismo das purinas
Altas taxas de ácido úrico no sangue Hiperurecemia Formação de uratos de sódio Depósitos nas articulações e tecidos circundantes
Pode estar associada a nefrolitíase Sintomas crônicos de artrite Geralmente ocorre após os 35 anos de idade Predominância no sexo masculino Início súbito e agudo de dor
GOTA / cuidado nutricional Tradicionalmente dietas com restrição de purinas Formação endógena – 85% da formação de
uratos (pouco influenciada pela regulação dietética)
Ainda assim, regulagem dietética + medicamentos
Estágio agudo: restrição de alimentos contendo purinas
Evitar acréscimo de purinas de origem exógena Ingestão de 3 l líquidos/dia para excreção de
ácido úrico A excreção de ácido úrico é reduzida pelas
gorduras e aumentada pelos carboidratos
GOTA / cuidado nutricional Dieta ligeiramente hiperglicídica,
hipolipídica e e moderada em proteínas
Uso de Tofu como fonte proteica parece ser favorável
Dieta de manutenção = equilibrada Dieta de baixo teor de purinas 600 a 1000 mg de purinas /dia Gota avançada = 100 a 150 mg de
purinas /dia Restrição de colesterol = 300 mg/dia
TEOR DE PURINASALTO CONTEÚDO DE PURINAS
Anchovas Arenque Carne moída Coração Caldos Extratos de carne Levedo Mexilhão Molhos
Miolos Pães doces Pato Perdiz Rim Sardinha Sopas de carne
TEOR DE PURINASMODERADO CONTEÚDO DE PURINAS
Aves Carnes Mariscos Peixes Aspargos
Cogumelos Ervilhas secas Espinafre Feijões secos Lentilhas
TEOR DE PURINAINSIGNIFICANTE CONTEÚDO DE PURINAS
Açúcar e doces Arroz Azeitonas Bebidas carbonatadas Bolos e biscoitos Cereais Chá Chocolate Frutas Leite Margarina e manteiga
Nozes Ovos Pão branco Bolachas Pipoca Macarrão Queijo Vegetais Sorvetes vegetais
Osteoporose:• Causas:
Primária - dieta (desnutrição)
Secundária – distúrbios gastrintestinais (enterite, parasitas, etc)
• Outras: • def. de Ca
• inatividade física,
• administração descontrolada de estrógenos, menopausa (incorporação inadequada do Ca)
Formação Óssea Maior do que a Perda Óssea:
Até os 30 anos de idade Igual à Perda Óssea:
Dos 30 aos 35 anos de Idade – é onde se atinge o Pico de Massa Óssea
Menor do que a Perda Óssea: Após os 35 anos de idade
Fatores de RiscoIndividuais
Idade Sexo Feminino Branca Menopausa Aparecimento prematuro de
cabelos brancos Tipo constitucional pequeno História familiar
Fatores de RiscoAmbientais Fumo (diminui a função
ovariana) Inibição dos osteoblastos
Álcool (diminui a formação óssea) Inibição dos osteoblastos
Fatores de Risco Ingesta de Cálcio inadequada
Má nutrição Dieta rica em fibras,
proteínas e sódio (diminuem a absorção de cálcio)
Uso de medicamentos Heparina Glicocorticóides – supressão
dos osteoblastos e inibição da absorção intestinal de cálcio
Fatores de Risco
Ingestão excessiva de alimentação ácida (o cálcio é um tampão para o ácido)
Imobilização prolongada – Inatividade Cafeína – aumenta a excreção de cálcio Nuliparidade Amenorréia por exercícios Menopausa precoce
Osteoporose: Evolução:
Jovens (reversível) Adultos (+ irreversível)
Sintomas São decorrentes das
fraturas
Sintomas Colapso vertebral
agudo Inatividade de 4 a 6
semanas Sintomas: dor forte na
coluna; irradiação para o abdomen
Sintomas Grandes Fraturas
Quadril Fêmur (Coxa) Óbito agudo: 3 a 4% Óbito em 1 ano: 20 a
25%
Sintomas Fraturas
Prevenção Pico de Massa Óssea Alto
Ingesta de cálcio adequada desde a infância
Após os 35 anos de idade: suplementação de cálcio OMS Sem reposição hormonal:
1500 mg Com reposição hormonal:
1000 mg Gravidez e Lactação: 1000 mg EUA: Média de Ingesta é de
600 a 800 mg por dia
Prevenção Atividade Física
Exposição Solar – 15 minutos por dia
Tratamento A principal forma de tratamento da
osteoporose é a prevenção São elementos críticos:
Pico de massa óssea Prevenção da reabsorção pós-menopausa.
Fontes de Cálcio A principal fonte de cálcio na dieta é o
leite e seus derivados, mas existe também em vegetais como espinafre, agrião, brócolis e couve-manteiga
Muitas vezes é difícil obter a quantia necessária apenas com a dieta alimentar, nesses casos pode estar indicada a suplementação.
Suplementação
Os suplementos mais comumente utilizados são de carbonato de cálcio. Estes contém 40% de cálcio elementar e precisam de meio ácido para ser solubilizado, portanto, devem ser ingerido às refeições
Magnésio associado melhora a tendência à constipação e serve como um facilitador para a chegada do cálcio no osso
Teoricamente a suplementação isolada do cálcio pode reduzir os riscos de fratura em 10%; a suplementação de cálcio em mulheres entre 35 e 43 anos previne a perda óssea e permite a entrada na menopausa com massa óssea maior
Há uma melhor fixação do cálcio no período de repouso noturno
Atividade Física Os exercícios aeróbios de
baixo impacto, como caminhadas, estimulam a formação osteoblástica e previnem a reabsorção; exercícios com pesos leves aumentam a massa muscular e a força dos músculos esqueléticos e também estimulam a formação óssea.
Tratamento Vitamina D
Nos indivíduos deficientes dessa vitamina, a suplementação aumenta a massa óssea e diminui o risco de fraturas; nesses casos é recomendada suplementação de 400 a 800 UI/dia
Prevenindo Quedas A maioria das fraturas de quadril e de punho são causadas
por quedas, que podem ser prevenidas: prendendo tapetes soltos e fios elétricos. instalando corrimões nas escadas instalando corrimões de segurança nos banheiros assegurando boa iluminação e a presença de luzes de
emergência usando sapatos com saltos baixos e solas de borracha evitando pisos escorregadios utilizando uma bengala ou andador se
necessário/recomendado evitando objetos soltos no meio da sala e nas passagens
RAQUITISMO E RAQUITISMO E
OSTEOMALÁCIAOSTEOMALÁCIA
Raquitismo x Osteomalácia Raquitismo é uma doença
decorrente da mineralização inadequada do osso em crescimento, ou seja, da placa epifisária.
Está entre as doenças mais freqüentes da infância em muitos países em desenvolvimento.
A causa predominante é a deficiência de vitamina D, seja por exposição insuficiente à luz solar ou baixa ingestão através da dieta; mas a deficiência de cálcio na dieta também pode gerar um quadro de raquitismo.
Osteomalacia é o termo usado para descrever uma condição semelhante que ocorre em adultos, geralmente devido à falta de vitamina D
RAQUITISMO E OSTEOMALÁCIARAQUITISMO E OSTEOMALÁCIA
RAQUITISMO: doença óssea caracterizada pela diminuição da mineralização da placa epifisária
OSTEOMALÁCIA: doença óssea que se caracteriza pela redução da mineralização do osso cortical e trabecular
Em geral estes dois processos ocorrem associadamente - após o fechamento das epífises permanece apenas a osteomalácia
Fisiopatologia A VITAMINA D conjuntamente com a CALCITONINA têm a
função de manter a concentração de fosfato, sulfato em níveis adequados para permitir a mineralização óssea.
A vitamina D é proveniente da dieta, seja de origem animal (ergocalciferol - D2), seja de origem vegetal (colecalciferol - D3),
Estas são transportadas para o fígado e transformadas em CALCIDIOL (reserva de vitamina D)
Este é levado para os rins e transformados em CALCITRIOL. A função deste é de aumentar a absorção intestinal de cálcio e
fósforo e também de promover o depósito de cálcio e fósforo no osso.
Na sua falta o mecanismo não ocorre e se tem diminuição da mineralização óssea.
Etiologia
Criança que sofre de raquitismo.
Note as perna em arco e o pulso direito alargado.
A vitamina D é necessária para absorção adequada do cálcio nos intestinos.
Na ausência de vitamina D, o cálcio da dieta não é absorvido adequadamente, resultando em HIPOCALCEMIA, levando a deformidades no esqueleto e dentes, além de sintomas neuromusculares, como hiperexcitabilidade.
RAQUITISMO POR DEFICIÊNCIARAQUITISMO POR DEFICIÊNCIA DA VITAMINA D DA VITAMINA D
EXPOSIÇÃO SOLAR INSUFICIENTE INGESTÃO INSUFICIENTE DE
VITAMINA D SÍNDROME DE MAL-ABSORÇÃO ALTERAÇÃO DO METABOLISMO DA
VITAMINA D CAUSAS GENÉTICAS
RAQUITISMO POR DEFICIÊNCIA RAQUITISMO POR DEFICIÊNCIA DE FÓSFORODE FÓSFORO
PERDA RENAL
SÍNDROME DE MAL-ABSORÇÃO
USO DE MEDICAMENTOS: anti-ácidos (hidróxido de alumínio, glicocorticóides)
GENÉTICAS
Deformidades Ósseas
Geno Varo
Alargamento Epifisário
Rosário Raquítico
Outros: proeminência frontal, craniotabes, fraqueza muscular, déficit pôndero-estatural, alopécia, alterações relacionadas à hipocalcemia
Reposição de Cálcio e Vitamina D nas formas carenciais e genéticas
Alimento ricos em ricos em vitamina D óleo de fígado de peixe peixes gordurosos (salmão, bagre, sardinha,
atum, cavalinha) cogumelos e ovos.
Alimentos ricos em Cálcio e Fósforo
Alimentos Ricos em Fósforo
Diversos são os alimentos capazes de prover-nos quantidade suficiente de fósforo:
Leite e seus derivados, como os diversos tipos de queijo; Carne bovina; Aves (e ovos); Peixes; Cereais; Leguminosas; Frutas; Chás e café; Abaixo, uma tabela mostrando quanto fósforo alguns
alimentos ricos no mesmo podem nos prover:
Teor de Fósforo dos alimentos
Alimento (100 g) mg de Fósforo
Queijo tipo parma 781
Queijo tipo prato 630
Castanha-do-pará 577
Amêndoa 485
Castanha de caju 462
Queijo tipo minas 430
Amendoim 409
Carne de aves defumada 394
Avelã 337
Teor de Fósforo dos alimentosCarne magra de porco 226
Ovo de galinha 222
Ovo de pata 220
Leite condensado 206
Carne magra de galinha 203
Carne de Siri 192
Carne gorda de porco 188
Carne bovina gorda 180
Alho 134
Cogumelo 116
Tamarindo 108
Leite de vaca, in natura 102
Pimenta 101
RAQUITISMO
Osteomalácia
ESTA É A MELHOR
PREVENÇÃO !