patrimonio edificado e artistico

Upload: claudia-tomas

Post on 07-Jul-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    1/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    2/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    BIBLIOGRAFIA

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    RIBEIRO, João; Leonel Azevedo (2001), Os Jardins Paço Episcopal de Castelo Branco, CâmaraMunicipal de Castelo Branco.

    SILVEIRA, António; Leonel Azevedo; Pedro Quintela d’Oliveira (2003), O Programa Polis em CasteloBranco – Álbum Histórico, Polis Castelo Branco.

    MARTINS, Manuel A. De Morais (2004), Castelo Branco, Um Século na Vida da Cidade 1830 – 1930, Volume I, Câmara Municipal de Castelo Branco.

    MARTINS, Manuel A. De Morais (2004), Castelo Branco, Um Século na Vida da Cidade 1830 – 1930,

     Volume II, Câmara Municipal de Castelo Branco.

    http://www.monumentos.pt/ (sítio da antiga DGEMN)

    http://www.monumentos.pt/http://www.monumentos.pt/http://www.monumentos.pt/http://www.monumentos.pt/http://www.monumentos.pt/http://www.monumentos.pt/http://www.monumentos.pt/http://www.monumentos.pt/

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    3/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

     AS ORIGENS… 

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     Apesar de existirem vestígios datáveis da Pré-história (entende-se por pré-história todo o período queabrange a actividade humana desde as suas origens até ao aparecimento da escrita) e da Proto-História (é operíodo do desenvolvimento da humanidade entre a pré-história e a história, que antecede o surgimentoda escrita, mas que nos é permitido conhecer por ser descrito em algumas das primeiras fontes escritas.Praticamente coincide com a Idade dos Metais), encontrados no cimo da Colina da Cardosa, onde hoje seencontra o Castelo de Castelo Branco. Pouco se sabe sobre as vivências dos seus povos.

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    4/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

     AS ORIGENS… 

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     A cerca de três quilómetros da cidade de Castelo Branco, num local de aprazível beleza natural, ergue-seum imponente morro de formação quartzítica, com densa vegetação endógena, o Monte de São Martinho.

    Do cabeço, avista-se em seu redor toda a planície do Vale do Tejo e, do lado poente, ergue-se CasteloBranco. (imagens da Ermita de São Martinho)

    Reza a lenda que as origens de Castelo Branco "jazem" soterradas naquele local. A investigaçãoarqueológica vem dar sustento a estas crenças antigas. Por toda a parte, na base e no morro de S. Martinho,submergem de um passado longínquo vestígios não só da presença romana na região, como também marcasde um passado pré-histórico. Os primeiros vestígios remontam a um povoado fortificado da Idade do Bronze

    (castro), pelas muralhas e fragmentos de cerâmica e material lítico (instrumentos em pedra polida) aliencontrados.

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    5/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

     AS ORIGENS… 

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Tavares Proença Júnior, ele próprio proprietário do monte e seu perímetro, numa extensãoaproximada de 250 hectares, foi o primeiro arqueólogo a interessar-se pelas origens da cidade de Castelo

    Branco.

    No Outono de 1903, o conhecido arqueólogo encetou uma série de escavações no local, descobrindotrês estelas epigrafadas da Idade do Bronze. A estela da gravura em granito de grão fino, mede 2,22 metrosde altura e 40 centímetros de largura. Pela sua estrutura, esta poderá assemelhar-se a um menir, no entanto,não se deverá confundir com monumentos megalíticos. A gravura gravada na estela representa uma figurahumana, talvez de um guerreiro, de que parecem sair quatro cornos curtos, ou talvez, um capacete

    adornado com quatro plumas. A figura sustenta um arco e flecha sobre a cabeça. No lado esquerdo doguerreiro temos uma espada e no lado direito, um cinturão e um espelho.

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    6/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

     AS ORIGENS… 

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Monte de S. Martinho e o Santuário de Nossa Senhora de Mércoles (IIP - Imóvel de InteressePúblico, Decreto n.º 42692, DG n.º 276 de 29 novembro 1959), constituem um rico espaço emrecursos arqueológicos, religiosos, ecológicos, rurais, geomorfológicos e visuais. O Monte de S. Martinho estáinserido no denominado "Triângulo Arqueológico de Castelo Branco" que engloba a área entre as capelas daSenhora de Mércoles (1), de Santa Ana (2) e o referido monte (3).

    O interesse arqueológico do local ficou reforçado pela descoberta de uma barragem romana junto àCapela de Sr.ª de Mércoles, pela existência de uma via romana/medieval e pela abundância de fragmentoscerâmicos e estruturas arquitectónicas do Período Romano. Segundo Jorge Alarcão, da Universidade deCoimbra, talvez esteja soterrada uma cidade romana nesta área.

    1. Sr.ª de Mércoles 2. Stª AnaTriângulo Arqueológico

    1 2 

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    7/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

     AS ORIGENS… 

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     A Capela de Nossa Senhora de Mércoles, apesar de remontar ao séc. XIII, com alterações nos séc. XVI, XVII e XVIII, actualmente apresenta Planta retangular irregular, composta por nave única, com proporçõesde duplo quadrado, tendo alpendres adossados, capela-mor, sacristia retangular e anexo adossados e doistorreões simétrico, quadrados e adossados a muro de ligação à fachada, mas avançados relativamente a

    esta; volumes articulados e escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de uma, duas e trêságuas, rematadas em beiradas simples ou duplas (nave), sendo em coruchéus piramidais, rebocados epintados de branco sobre os torreões, rematados por pináculos de bola. Fachadas rebocadas e pintadas debranco.

    Nas proximidades da Capela de Santa Ana (séc. XVIII) realizou-se simultaneamente uma escavação deemergência, durante a qual se detectaram estruturas da parte rústica de uma Villa  , cuja função principalestaria ligada à actividade agrícola. Neste local foram exumadas peças de grande interesse.

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    8/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

     AS ORIGENS… 

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Para os vários investigadores que se debruçaram sobre a História e a Fundação de CasteloBranco é incontornável uma pré-existência romana na região, demonstrado por algumascampanhas arqueológicas realizadas nesta zona, existência de uma Villa Romana  , que seestendia entre os campos de Mércules (actual Sra. De Mércoles*) e a residência na encosta doCastelo.

    De relembrar a importância Regional da Egitânia (Idanha-a-Velha), Villa Romana de grandeimportância com ligação às principais localidades da Beira entre as quais Castelo Branco.

    *Nossa Senhora de Mércoles – Feriado Municipal, terceira Terça-feira depois do Domingo de Páscoa

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    9/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    10/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

     AS ORIGENS… (SÉC. XII – XIII)

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Castelo Branco deve o seu nome à existência de um Castro Luso-Romano, Castra Leuca , no Cimoda Colina da Cardosa, em cuja a encosta se desenrolou o povoamento da área, originalmente a localidadeera denominada por Vila Franca da Cardosa.

    Em 1165 o território é conquistado aos Mouros e doado aos Templários, por D. Afonso Henriques,renovada em 1198 por D. Sancho I. Como administrador da comenda surge Fernando Sanches, com foralatribuído em data desconhecida.

     A 1 de Novembro de 1214 D. Afonso II doava a totalidade da Cardosa aos Templários, tendo sidoefectivada esta confirmação pela Bula Papal de Inocêncio III em 1245. Sendo que é a primeira vez que otopónimo Castelo Branco aparece num registo documental.

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    11/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

     AS ORIGENS… (SÉC. XII – XIII)

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Qual a importância para D. Afonso II de Vila Franca da Cardosa?

    D. Afonso II para defender a Beira Baixa das investidas mouras, vindas de Cáceres e Badajoz, apoia osTemplários na defesa do território que pretende manter e alargar. É neste contexto, que a 430 metros dealtura é erigido o Castelo Templário de Castelo Branco, no alto do cerro da Cardosa, sob a planícieenvolvente, durante o mestrado de Pedro Alvito.

    O Castelo Templário de Castelo Branco, é uma cópia fiel do Castelo Sírio de Chastel Blanc.

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    12/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    SÉC. XIII - XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Para o investigador Nuno Villamariz “terá   existido, primitivamente, uma torre de menagem onde sealbergava, no piso inferior, a igreja, demonstrando-se esta situação pela presença de seteiras no alçado norteda igreja de Santa Maria ( … ) destruída (…) nos finais do século XIII” .

    O Castelo Românico (Séc. X – XI) apresentava uma planta quadrangular de pedra aparelhadavocacionada para a defesa passiva, onde nos finais do séc. XIII foi introduzida a Torre de Menagem.

     A partir do reinado de D. Dinis, em termos arquitectónicos, o Castelo deixa as característicasMedievais e assume as características do estilo Gótico (Séc. XII – XV) vigente. A Torre de Menagemdeixa a sua localização central no pátio de armas, e passa a estar adossada ao pano de muralhas, assumindouma posição estratégica e defensiva. Não há imagens ou descrições conhecidas deste período.

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    13/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O CASTELO - SÉC. XIII – XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Primitivo Castelo com um pano continuo de muralha, tinha no seu cerco muralhado quatro portas;Ouro, Santiago, Traição e  Pelame, para além desta estrutura defensiva possuía ainda sete torresameiadas e a imponente Torre de Menagem. A Torre de Menagem, cuja forma, dimensão e localizaçãoa diferenciavam das demais estruturas defensivas, era o último reduto de resistência em caso de ataque,sendo o último piso destinado ao Alcaide.

     A Vila de Castelo Branco possuía duas zonas distintas bem delimitadas, por um lado na Alcáçovatínhamos alojados as autoridades e o poder militar, no ponto mais alto, imediatamente abaixo tínhamos aMedina onde se localizava o casario. Segundo os investigadores, o cerco amuralhado do burgo foi erguidoem duas fases.

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    14/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O CASTELO - SÉC. XIII - XVI

    MÓDULO II – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016 – ANTIGO EDIFÍCIO

    Ó Í

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    15/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O CASTELO - SÉC. XIII - XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    1 – Recinto inferior (pessoal menor)

    2 – Pátio nobre do Palácio dos Alcaides ecomendadores

    3 – Recinto superior com a Torre de Menagem

    4 – Porta em arco, de ligação aos recintos 1 e 2

    5 – Igreja Românica de Santa Maria

    6 – Troneiras de defesa da Torre de Menagem

    7 – Cisterna8 – Sinos da Igreja de Santa Maria

    9 – Troços finais da Cerca da Vila

    10 – Barbacã

    11 – Palácio dos Alcaides e Comendadores

    T1 – Torre de Menagem

    T2 – Torreão Românico com seteiras

    T3 – Torreão do Palácio dos Alcaides e

    Comendadores

    T4 – Porta Principal do castelo

    T5 – Torreão de apoio à Porta do Castelo

    T6 – Torreão

    T7 – Torreão com porta de traição

    1

    2

    3

    45

    6

    7 8

    910

    11

    9

    10

    T1

    T2

    T3

    T4

    T5

    T6

    T7

    Ó Í

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    16/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O CASTELO - SÉC. XIII - XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Ó Í

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    17/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O BURGO - SÉC. XIII - XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Com o crescimento do burgo e com as politicas de expansão do próprio território nacional, há anecessidade de se alargar o perímetro amuralhado do burgo. Nesse sentido e de acordo com documentos daépoca, D. Afonso IV encarrega a Ordem de Cristo de levar a cabo a expansão da cerca de muralhasexistente, em Janeiro de 1343. Este alargamento origina ajustes no estatuto dos cidadãos e consequentesalterações na administração do burgo.

    Esta expansão levou ao aumento do número de entradas na vila, expansão essa que resultou numacréscimo de espaços para habitação e cultura. Em 1509, das quatro portas existentes até então, sãoconstruídas mais quatro, Espirito Santo (ou Santa Maria), Relógio,  Vila e Esteval, a juntar às jáexistentes Ouro, Santiago, Traição e Pelame.

    Séc. XII – Fundação da Cidade

    Séc. XIV – 2.ª Cintura de Muralhas

    Séc. XVI - Expansão da Cidade

    Ó Í

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    18/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O BURGO - SÉC. XIII - XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     A expansão do burgo quer populacional quer residencial nos Séc.s XV e XVI, é marcado tambémem Castelo Branco, pela vinda de Judeus fugidos de Espanha, originando este êxodo, um aumento dapopulação da Vila de Castelo Branco. Desse período, encontramos também na Arquitectura, marcas queperduram até aos dias de hoje.

    No mapa estão marcados a vermelho osedifícios com elementos exteriores

    quinhentistas

    Ó Í

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    19/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O BURGO - SÉC. XIII - XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Com as alterações estratégico-militares e as constantes modificações na arte de construir fortificações enas técnicas militares, para defesa das localidades, também Castelo Branco foi alvo de alterações nas suasestruturas. Assim, ainda no século  XV foi construída uma segunda cintura de muralhas muito próxima daexistente, construída em pedra e barro ou só em pedra, denominada por Barbacã. A Barbacã servia parabarrar o fogo, disparado a rasante contra as bases dos panos de muralha. (A Barbacã já é visível nosdesenhos de Duarte D’armas de 1509, encomendados por D. Manuel)

    Ó Í

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    20/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O BURGO - SÉC. XIII - XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     VISTA NOROESTE DE DUARTE D’ARMASLIVRO DAS FORTALEZAS (1509-1510)

     VISTA SUESTE DE DUARTE D’ARMASLIVRO DAS FORTALEZAS (1509-1510)

    Ó Í

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    21/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O BURGO - SÉC. XVII - XX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Castelo Branco tem duas datas perfeitamente notáveis já com a toponímia actual, a primeira em1535, quando lhe foi atribuído o titulo de  Vila Notável , concedido por D. João III, e a 20 de Março de1771, quando é elevada a Cidade e a sede de Bispado, através de alvará de D. José e do Marquês dePombal.

    Pela negativa, assinalamos a data do início do declínio das Muralhas de Castelo Branco e do seu Castelo,que coincide com a primeira vaga de ataques das invasões Francesas, em 1807, das três (1807, 1809 e1810), a mais destruidora para a estrutura fortificada da cidade.

    Ó Í

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    22/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O CASTELO - SÉC. XVII - XX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Com a sua estrutura defensiva parcialmente destruída, e com o país a atravessar uma grave criseeconómica, sem recurso para voltar a erguer esta estrutura defensiva, inicia-se o processo de

    desmantelamento da Muralha. Os investigadores encontram um documento de 1821, onde é autorizada aremoção de silhares da muralha para a construção de habitações particulares na zona do Espirito Santo.

    Uns anos mais tarde, em 1834, são dados os últimos passos para a destruição de um património tãovasto e de tamanha importância para a cidade, e precisamente pela própria Câmara Municipal, que é adestruição de todos os Arcos das Portas de Muralha existentes, alegando questões de salubridade paratal.

    Todo este processo de destruição do Património mostrou que durante muito tempo, e só muito

    recentemente se começou a olhar para o Património de uma forma diferente, a valoriza-lo e a preserva-lo.

    Casa do Professor e Torreão anexo emruínas - 1936

    Demolição da Casa do Professor1937|38

    Torreão após intervençãoDGEMN – 1941

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    23/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    24/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    IGREJA DE SANTA MARIA DO CASTELO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Com 800 anos de história e sucessivas alterações, a Igreja de Santa Maria do Castelo encontra-se

    bastante descaracterizada em relação à sua construção inicial. Construída sob a égide dos Templários,referenciada no Foral de Pedro Alvito, já em 1213, seguindo os preceitos arquitectónicos da época, oEstilo Românico. Vestígios esses que se podem observar ainda hoje, na fachada lateral norte, na partesuperior de um arco de volta inteira. Originalmente com planta rectangular com uma abside redonda (naveúnica com cabeceira em abside).

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    25/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    IGREJA DE SANTA MARIA DO CASTELO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O estilo Românico prevaleceu na Europa no período da Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII).

    Na arquitetura, principalmente de mosteiros e basílicas, prevaleceu o uso dos arcos de volta-perfeita eabóbadas (influências da arte romana). Os castelos seguiram um estilo voltado para o aspecto de defesa. As paredes eram grossas e existiam poucas e pequenas janelas.

    Em relação às esculturas  e pinturas podemos destacar o caráter didático-religioso. Numa época emque poucos sabiam ler, a Igreja utilizou as esculturas, vitrais e pinturas, principalmente dentro das igrejas ecatedrais, para ensinar os princípios da religião católica. Os temas mais abordados foram: vida de

    Jesus e dos santos, passagens da Bíblia e outrostemas cristãos.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    26/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    IGREJA DE SANTA MARIA DO CASTELO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Como já referido, aquando da construção do Castelo, possivelmente na Torre de Menagem, existiria no

    piso inferior da torre o edifício religioso, como o modelo sírio, com altar-mor e uma abside semicircular.Para o investigador José Hormigo, originalmente existiria um templo pré-românico, como demonstraa planta de Duarte D’Armas  já apresentada, mostrando a evolução de um Edifício Basilical Romano,comprovado por vários achados no local de implantação da actual Igreja.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    27/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    IGREJA DE SANTA MARIA DO CASTELO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Pela documentação encontrada no Tombo da Ordem (1706) , podemos encontrar algumas descriçõesde elementos que se perderam com o tempo.

     A sua fachada era caracterizada com um “portal  principal guarnecido com um círculo de meia laranja depedra, fundado em quatro colunas –  obra antiga que dizem ser dos templários, com uma janela exterior.”  .

    “Existia   uma porta travessa, a sul, e seis frestas gateiras “três   por cada banda que dam luz à ditaigreja”  .

    “No  seu interior, à direita, uma escada de seis degraus levava ao coro situado sobre o portal principal; àesquerda situava-se a pia baptismal”    em frente à qual se encontravam algumas sepulturas, junto a umadestas sepulturas encontrava-se o Púlpito, onde se veio a incrustar uma Cruz de Malta (Ordem de Malta).

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    28/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    IGREJA DE SANTA MARIA DO CASTELO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    “ Seguia-se a porta travessa que tinha na parede exterior “forma  três circullos de meya laranja fundadossobre seis colunas tres por cada banda tudo obra antiga”  .”  .

     A Igreja dispunha ainda de um varandim onde os Alcaides e Comendadores podiam assistir à missa.Estas descrições permitem-nos perceber que a Igreja de Santa Maria do Castelo foi alvo de sucessivos

    ataques, incêndios e pilhagens que originaram a sua constante transformação.Em 1640 foi destruída quase na sua totalidade pelos Castelhanos na Guerra da Independência, em 1704

    volta a ser devastada por um incêndio durante a Guerra da Sucessão em Castela, sendo reconstruída em1753.

    Durante as invasões franco-espanholas a Igreja foi utilizada como Caserna e Cavalariça.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    29/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    IGREJA DE SANTA MARIA DO CASTELO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Em 1867, a Igreja apresenta um adiantado estado de degradação e são feitas obras para colmatar esse

    estado, é nesta altura, que se procede à terraplanagem que vem a tapar parte do alçado lateral NE. Ocampanário e a ampliação da Igreja foram começadas em 1871. Actualmente a Igreja apresenta, planta longitudinal com nave, capela-mor, torre sineira com pináculo e

    sacristia, estas duas adossadas ao lado direito da Igreja, numa fase posterior.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    30/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    31/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCOO PALÁCIO DOS ALCAIDES-MORES

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Uma das grandes construções que o Castelo teve, e que hoje em dia nada resta da sua estrutura, foi osumptuoso Paço dos Alcaides-Mores ou dos Comendadores.

    Localizado em frente à Igreja de Santa Maria do Castelo, tinha lugar de destaque na alcáçovaquadrangular, não só pela sua volumetria como também pela sua complexidade arquitectónica.

    Mandado construir em 1229, por D. Simão Mendes, Mestre do Templo, para os Comendadores daOrdem, tendo-se posteriormente transformado em residência dos Alcaides-Mores. Sendo a primeirareferência oficial, datada de 1357.

     Aos Comendadores cabia a responsabilidade de garantir os meios humanos e materiais para a defesa doCastelo. A escolha dos Comendadores recaia em pessoas com: boa linhagem familiar, fortuna, lealdade ao

    Rei e coragem, assim como inteligência e experiência.O Palácio dos Alcaides em Castelo Branco, era descrito na época como um dos mais faustosos e ricos,comparado ao de Vila da Feira.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    32/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    33/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    ESCOLA PRIMÁRIA – CONDE FERREIRA (1867)

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Para além de algumas obras de beneficiação nos panos de Muralha, a zona da Alcáçova encontra-se por

    esta altura em completo abandono. A grande obra de requalificação que se leva a cabo nesta zona é aconstrução em 1867, da escola primária do sexo masculino a expensas do Conde Ferreira. Tendo esta sidoinaugurada 8 anos depois a 27.07.1875, a escola funcionou neste local por breves anos, tendo o edifíciodesde então tido ocupações várias.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    34/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    35/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCOCASA DO ARCO DO BISPO – SÉC. XIII

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     A casa* já existe desde o meados do séc. XIII e está situada na Praça Velha ou Praça Camões.Trata-se de um ex-libris arquitectónico , por se tratar dum edifício com grandes arcos de volta perfeita,

    assentes em pilastras facetadas.Foi a primeira residência temporária dos Bispos da Guarda, nesta cidade. Até 1771, data da elevação

    a cidade e, consequentemente, a sede de Bispado, a notável vila de Castelo Branco pertenceu á dioceseEgitaniense. Existe a possibilidade de, originalmente, este túnel/casa ter sido a Porta de Pelame, umas dasportas de defesa da cidade. Na fachada posterior mantem-se visível a Porta Monumental, acesso á residênciado Bispo.

    *IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 5/2002, DR n.º 42 de 19 fevereiro 2002

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    36/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    37/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    TORRE DO RELÓGIO – SÉC. XV

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    DESENHO DE CUMBERLAND - 1812 TORRE DO RELÓGIO ANTES DE 1903

     ANTES DA ÚLTIMA INTERVENÇÃO 2015

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    38/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    TORRE DO RELÓGIO – SÉC. XV

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     A Torre do Relógio edificada após a construção da 2ª

    Cintura de Muralhas, datada de 1343, e inserida nas novasportas construídas, nomeadamente a Porta do Relógio. ATorre originalmente piramidal, apresenta “planta  quadrangular, constituindo um volume simples, comestrutura em cantaria de granito aparente e alvenariarebocada, rematada por cornija e com cobertura emcoruchéu cónico, rebocado e pintado de branco,

    sobrepujado por grimpa metálica. Fachada virada a E.rasgada por pequena fresta de volta perfeita e moldurasaliente, encimada por orifício circular, surgindo o mesmotipo de vãos na fachada N.. As demais fachadas apenasostentam orifício circular. Sobre a cornija do remate, ergue- se uma torre em alvenaria de granito, rebocada e pintada debranco, rasgada por oito ventanas em arco apontado,

    assentes em impostas salientes, que se prolongam em friso,unindo todos os vãos; estes têm molduras de cantaria degranito, apresentando as juntas pintadas de branco, e, emcada um deles, surge um sino em bronze. A estruturaremata em friso, cornija e beiral, que se alteiam e curvamsobre os ângulos da torre, dando lugar ao aparecimento dequatro relógios circulares.”   (DGEMN)  

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    39/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    40/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCODOMMUS MUNICIPALIS – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Na Praça Velha, centro do burgo medieval, encontrava- se a antiga Dommus Municipalis, obra dosprincípios do séc. XVI, alvo de várias reconstruções.

    Hoje, o que de melhor se conserva é a sua escadaria, assente em arcos adiantados ao edifício quetermina num balcão com guardas de ferro apoiadas em balaustres de granito. Na fachada conservam-se umaesfera armilar, as armas de D. Manuel e uma lápide epigrafada em Latim, datada de 1646, que evoca o factode D. João IV ter entregue a protecção do reino á Imaculada Conceição. Resta, sobre a porta principal, umcampanário, já sem sino, que anunciaria o fecho das portas da cidade.

    Este edifício funcionou como Casa da Câmara, tribunal e cadeia  e posteriormente, acolheu aBiblioteca Municipal.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    41/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    42/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

     ANTIGO CELEIRO DA ORDEM DE CRISTO – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Edifico foi construídoprovavelmente no Séc. XVI, e duranteséculos, utilizado como celeiropúblico, propriedade da Ordem deCristo. A partir de finais do Séc.

     XVIII, passa a pertencer e a ser geridopela Câmara Municipal de CasteloBranco, já que os celeiros municipaisfaziam parte de uma das maioresatribuições camarárias: '' oabastecimento em quantidade,qualidade e preço justo dos bens

    comercializados na sua área deintervenção ''.

    Na segunda metade do Séc. XIX, oceleiro passa a ser propriedade privada.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    43/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    44/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    45/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    46/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOSOLARDOS CAVALEIROS – SÉC. XVIII

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     A fundação do Recolhimento (ou Conservatório)

    de Santa Maria Madalena, passou por variadasperipécias e histórias, até que visse a luz do dia.

    Numa primeira fase instalada numas casasdentro das Muralhas (1753), cinco convertidas,sobrevivendo à custa de beneméritos.

    Pouco depois a fundação passa a ocupar umimóvel luxuoso para época, concluído em finais doSéc. XVIII, o Solar dos Cavaleiros. O edifícioapesenta o Brazão pertença do Bispo da Guarda D.Bernardo de Mello Ozório.

    Edifício de  Arquitectura Barroca, edifício de

    dois pisos, com janelas de sacada no original(transformadas em janelas de peito), com capela nointerior (lado direito) , já demolida, e óculo deentrada de luz por cima da porta da Capela, jádemolido. Com duas gárgulas em forma de jarrão nafachada, e na cobertura apresentava uma torresineira.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    47/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOSOLARDOS CAVALEIROS – SÉC. XVIII

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Barroco na verdade não sente grande falta

    de edifícios porque permite transformar através datalha dourada, (pintura, azulejo) espaços áridos emaparatosos cenários decorativos. Permiteposteriormente aplicar decoração ou simplesmenteconstruir o mesmo tipo de edifício adaptando adecoração ao gosto da época e do local.

     A função do edifício subsistiu até finais do séc. XIX ( em 1886  ainda tinha recolhidas), no pisosuperior. Uma vez que, o piso inferior foi arrendadoao Asilo Distrital da Infância Desvalida, fundadoem 1865, pelo então Governador Civil Guilherminode Barros.

    O asilo destinava-se a internar gratuitamentecrianças desvalidas, de ambos os sexos, e aindareceber pensionista internos e externos. O que vem aacontecer em Novembro de 1866, quando recebedezassete crianças de ambos os sexos.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    48/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOSOLARDOS CAVALEIROS – SÉC. XVIII

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Em 1941, o ciclone que assola Castelo Branco

    deixa-o em muito mau estado, tendo anos mais tardeo asilo deixado o edifício, deixando ao abandono, atéser vendido em 1974.

    Em 1977, o edifício já em mãos privadas éadaptado a edifício residencial, tendo parte do seuinterior sido destruído, sendo mantida a sua fachada

    por indicação da Câmara Municipal da época.O Edifício apesar da destruição de que foi alvo, é

    classificado como imóvel de interesse concelhio comproposta de Julho de 1978, e classificação de 28 deFevereiro de 1997.

    Em 2005, começa uma nova etapa para esteedifício já com uma história tão vasta, que é acriação da Fundação/Museu Manuel Cargaleiro.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    49/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOSOLARDOS CAVALEIROS – SÉC. XVIII

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Museu Cargaleiro é um equipamento culturalmunicipal, tutelado pela Câmara Municipal de Castelo

    Branco, cujo objectivo central é a divulgação, estudo econservação das peças que integram o acervo da Colecçãode Arte da Fundação Manuel Cargaleiro.

    Constituído por dois edifícios contíguos  – o Solar dosCavaleiros*, um palacete construído no séc. XVIII,Inauguração do 1º Polo do Museu Cargaleiro  (dia 9 de

    Setembro de 2005), e um edifício contemporâneo inaugurado a (10 Junho de 2011)  –  o Museu Cargaleirositua-se no coração da Zona Histórica da Cidade, nasimediações da Praça de Camões, popularmente conhecidacomo Praça Velha.

    O Museu Cargaleiro complementa a sua oferta com um

    conjunto de serviços, com destaque para o ServiçoEducativo, Biblioteca de Arte/Centro Documental e Loja,para além de um pequeno anfiteatro ao ar livre, comcondições para acolher as mais diversas actividades eespetáculos.

    *IM - Interesse Municipal, Deliberação da Assembleia

    Municipal de Castelo Branco de 04 julho 2003

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    50/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    51/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOIGREJA DE SANTO ANTÓNIO – SÉC. XVII

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     A primeira edificação de 1512-1513, era dedicadaa Santa Isabel, hoje, a Igreja de Santo António

    que já foi da Misericórdia  apresenta “Igreja   deplanta longitudinal, composta por nave, capela-mormais estreita e baixa, anexos e dependências *1.Volumes articulados de disposição na horizontal comcobertura em telhado de uma, duas, três e quatroáguas. Fachadas rebocadas e pintadas a branco, comembasamento marcado no volume da igreja. Fogaréus

    sobre todos os cunhais do edifício. IGREJA comfachada principal voltada a O., de três panos limitadospor pilastras. Ao centro, portal de lintel recto,recortado no extradorso e encimado por frontãointerrompido assente em consola e com pináculos.Ladeiam-no, superiormente, dois painéis de cantaria,decorados com acantos. No segundo registo, três

     janelas com lintel recto, sobrepujadas por frontãosemicircular, o central interrompido, com vieira. Osdois laterais têm o tímpano decorado com concheado.Remate da fachada em frontão triangular, tendo notímpano o escudo nacional e coroa régia em altorelevo, sendo rematado pela imagem da Rainha SantaIsabel”  .(DGEMN)

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    52/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    53/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOCRUZEIRO DE SÃO JOÃO – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Cruzeiro de São João*caracteriza-se por soco constituído por trêsdegraus octogonais, onde se implanta abase troncocónica, decorada com figurashumanas estilizadas acorrentadas decabeça para abaixo. Coluna de fuste torsoencimada por capitel de secção cilíndricadecorado com motivos vegetalistasestilizados e motivos em forma de cabo.Cruz grega com hastes de secçãocilíndrica, decoradas com motivosvegetalistas estilizados configurandorendilhado contínuo, apresentando, numadas faces, figuração de Cristo comtratamento anatómico rudimentar(decoração Manuelina).

    * MN - Monumento Nacional, Decreto de 16 junho 1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    54/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    55/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOPAÇO EPISCOPAL – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Paço Episcopal - hoje Museu Francisco Tavares Proença Júnior - é um exemplar da ArquitecturaReligiosa Residencial, do período Renascentista, Barroca e Rococó.

    Em finais do século XVI, D. Nuno de Noronha, bispo da Guarda, mandou construir o PaçoEpiscopal de Castelo Branco. Através das gravação lapidar e brasonada podemos verificar que obra deedificação teve início em Maio de 1596 concluindo-se dois anos mais tarde.

    O edifício destinava-se a moradia temporária dos prelados, durante os períodos do Inverno, uma vezque o clima de Castelo Branco era um pouco mais ameno que o da Guarda. Em 1771, com a criação dadiocese, o Paço de Castelo Branco tornou-se, então, residência episcopal de carácter permanente.Foi apenas em 1711, que a residência de Castelo Branco foi objecto de obras de reedificação, por D. João

    de Mendonça.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    56/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOPAÇO EPISCOPAL – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Nesta altura foi então construído o jardim, e ainda uma quinta ajardinada. A partir da data da sua tomada de posse, 1782, o segundo bispo de Castelo Branco, D. Frei VicenteFerrer da Rocha realizou logo obras de melhoramento no paço e algumas intervenções nos jardins e naorganização espacial do bosque. Com a colaboração do arquitecto e frade dominicano Daniel da SagradaFamília foram realizadas intervenções no corpo erguido a norte que inclui a escadaria e a porta nobre, avaranda, a colunata e o salão de entrada o que conferiu ao paço uma maior capacidade.

    Em 1786, deu-se grande incremento à aquisição de peças ornamentais para a quinta e os jardins.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    57/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOPAÇO EPISCOPAL – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     Antecede o paço um enorme pátio murado, para onde está voltada a fachada principal. Esta é de doispisos, tendo todo o piso superior características de andar nobre, pelo emprego de janelas de sacada

    rematadas por frontões contracurvados, em oposição às janelas simples, quadrangulares do piso térreo. A fachada voltada para o jardim é mais pobre, e apresenta ainda elementos do antigo edifício

    quinhentista, onde se evidencia uma loggia. Também no interior se podem ver ainda estruturas do século XVI, hoje ocupadas por salas de exposição e já muito empobrecida, a antiga capela com tecto emcaixotões de talha dourada com pinturas, do século XVIII, que representam as Litanias da Virgem eoutras alegorias às Armas da Castidade.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    58/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOPAÇO EPISCOPAL – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O jardim articula-se em vários planos, terraços, cada um decorado de forma diversa, com diferentesimaginários. Para além da zona do designado "Jardim Alagado" formado por um tanque de planta

    quadrilátera irregular, existe um terraço superior, sobranceiro a todas as áreas. A tipologia construtiva do paço influenciou muitas das construções da época e posteriores, tendo-se

    tornado numa referência para a arquitectura daquela zona.

    *MN - Monumento Nacional, Decreto 16 junho 1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910

    *Estilo Rococó - A sucessão de D. João V é assegurada pelo seu filho D. José. A abundância de recursos

    mantém a política de esplendor e ostentação, graças aos diamantes e metais preciosos do Brasil, permitindouma Arquitectura de luxo, bem como programas decorativos modernos, seguindo o gosto da época.

     Apesar de ser uma época de esplendor, o Rococó em Portugal é marcado pela pior catástrofenatural do país e uma das piores acontecida na Europa – o Terramoto de 1755.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    59/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    60/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOJARDIM DO PAÇO EPISCOPAL – SÉC. XVIII

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Jardim do Paço Episcopal de Castelo Branco revela-se como um dos mais originais exemplaresdo Barroco em Portugal. Em especial no que respeita à estatuária: aos aspectos simbólicos e à disposiçãodos seus elementos em percursos temáticos.

    Foi o Bispo da Guarda, D. João de Mendonça (1711-1736)  que encomendou e provavelmenteorientou as obras do Jardim. Mais tarde, já no fim do séc. XVIII, o segundo bispo da Diocese de CasteloBranco, D. Vicente Ferrer da Rocha fez ali obras de algum relevo. Em 1911, o Jardim passa para asmãos da Câmara Municipal por arrendamento e em 1919 adquiri-o a título definitivo.

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    61/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    62/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOJARDIM DO PAÇO EPISCOPAL – SÉC. XVIII

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    No patim superior, encontram-se estátuas alusivas ao Antigo Testamento e à simbologia da água comoelemento purificador. O Jardim Alagado, tanque floreado de curvas bem delineadas e canteiros de flores, temao centro um repuxo de cantaria por três golfinhos entrelaçados e encimados por uma coroa.

    O interesse e curiosidade da iconografia do conjunto escultórico resulta do facto de haver uma aliançasingular entre o universo religioso e universo panteísta (percepção da natureza e do Universocomo divindade). 

    Este jardim beneficiou de uma profunda e complexa intervenção de restauro e conservação, no âmbitodo Programa Polis - 2003, a nível de tratamento de vegetação, reintrodução de espécies vegetaisoriginais, recuperação dos sistemas de águas, iluminação cénica e drenagem.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    63/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    64/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOJARDIM DO PAÇO EPISCOPAL | PASSADIÇO – SÉC. XVIII

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Outro dos elementos arquitetónicosque se destaca neste conjunto Paço,Jardim, Bosque, é o Passadiço do Jardimdo Paço, envolto em histórias e lendas. A

    permissão para a sua construção, estádocumentada e remonta a 1726.

    O Passadiço era utilizado pelo Bispopara se movimentar entre o Jardim e oBosque sem ser visto pela população.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    65/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    66/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOIGREJA DE SÃO MIGUEL, SÉ CONCATEDRAL – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     A Igreja de São Miguel* situada noLargo da Sé, nem sempre teve este

    topónimo, foi Adro de São Miguel, Adro dosEstrangeiros, Largo do Príncipe Real (após1906) e Largo do Município após ainstalação dos Paços do Concelho noEdifício do Teatro, actual ConservatórioRegional. 

     Apesar de datarmos a Igreja de SãoMiguel, no Séc. XVI, a primitiva construçãoremonta provavelmente ao Séc. XIII ou XIV,sem documentação que o comprove.Havendo apenas alusões a instituiçãoresponsáveis pela sua construção contudocom outras designações, uma de 1289(Morgado de Santa Eulália  – Santa Olaya),

    e a 1361 (Capela e Hospital de SantaOlaya).

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    67/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOIGREJA DE SÃO MIGUEL, SÉ CONCATEDRAL – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Nos desenhos de Duarte D’Armas  (1509 –10) ascaracterísticas construtivas e arquitectónica não são

    muito fiáveis, uma vez que não há a certeza se estesdesenhos retratam a Igreja Original, mencionada, ou já anova entretanto erigida.

    Estes desenhos no entanto realçam dois elementosde relevo, são eles o campanário e o sepulcro na fachadaposterior, ambos os elementos perdidos entretanto.

    O templo de São Miguel como comprovam ostextos que o descrevem e as imagens dos diferentesperíodos, sofreu várias remodelações de grandeamplitude.

    Edifício de Arquitectura religiosa, maneirista,barroca e rococó.

    1594|1626   –  Bispo, D. Nuno de Noronha, profundatransformação com ampliação do edifício, ao estilo doRenascimento Filipino (período do Renascimento, onde aantiguidade clássica é recuperada, aqui com a influenciaFilipina, no período em que estivemos sob o seu domínio1580-1640).

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1509

    Duarte D’Armas 

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1808Cumberland

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1840

    J. Pires da Fonseca

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1907Foto Beleza | Porto

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    68/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOIGREJA DE SÃO MIGUEL, SÉ CONCATEDRAL – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Finais Séc. XVII  –  Bispo, D. Martim de Mello,pedraria, ornamentação de altar e talhas douradas e

    retábulos.

     As grandes obras que foram levadas a cabo no templo,foram quase sempre precedidas de grandes derrocadas.

    1720-1722  – Obras de Vulto que fizeram com que aParóquia foi transferida para a Igreja da Misericórdia, oque se veio a repetir entre 1803-1806.

    1771   –  Tal como a Vila que é elevada a Cidade,também a Igreja de São Miguel, é elevada a Catedralneste ano.

    1773  – Desabamento, entra novamente em obras.

    1785  - obras pelo mestre Pedro Gonçalves, comreconstrução da capela-mor, feitura do retábulo-mor porManuel Francisco, e do órgão, da sacristia e Capela doSantíssimo Sacramento, execução do sacrário, sendo odesenho atribuído a Frei Daniel Joaquim do Rosário,execução da sacristia.

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1509

    Duarte D’Armas 

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1808Cumberland

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1840

    J. Pires da Fonseca

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1907Foto Beleza | Porto

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    69/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOIGREJA DE SÃO MIGUEL, SÉ CONCATEDRAL – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    1791  - Feitura das telas do retábulo-mor e Capela doSantíssimo.

    1804  - 19 Março, temporal provoca a derrocada dacobertura da nave e do coro, ruína das torres e fachadaprincipal; início da reedificação sob a tutela de D. VicenteFerrer da Rocha, com a elevação das paredes,reconstrução da cobertura e coro; o culto é transferidopara a Misericórdia.

    1803 - 1806 - Construção da sacristia grande, ereabertura ao culto (1806).

    1810  - Execução do órgão por Joaquim António PeresFontanes.

    1816 - construção do cemitério anexo.

    1858  - Arborização do adro, com choupos, plátanos eacácias.

    1865  - Reparação do retábulo e estuques da Capela doSantíssimo.

    1870 - Construção do coro.

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1509

    Duarte D’Armas 

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1808Cumberland

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1840

    J. Pires da Fonseca

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1907Foto Beleza | Porto

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    70/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOIGREJA DE SÃO MIGUEL, SÉ CONCATEDRAL – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    1878   –  16 de Março, início da colocação degradeamento no adro.

    1939  - O Governo Civil de Castelo Branco envia oprojecto de restauro do edifício para a DGEMN.

    1956  - Reconstrução da fachada, e das duas torrespelo engenheiro João Marçal Carrega.

    2002 - 11 Março, protocolo entre a Câmara Municipale o IPPAR para promover obras de recuperação doimóvel.

    2004   –  Março, durante as obras de restauro, édescoberta uma necrópole medieval junto à cabeceirada igreja, com 32 sepulturas antropomórficas.

    IGREJA DE SÃO MIGUEL- Emobras 1956/57

    IGREJA DE SÃO MIGUEL- Após

    as obras de 1957/58

    IGREJA DE SÃO MIGUEL-1907

    Foto Beleza | Porto

     Aspecto actual da Igreja de SãoMiguel

    *Sé Concatedral - Igreja com categoria de catedral que divide a sede de uma diocese com outra igreja.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    71/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOIGREJA DE SÃO MIGUEL, SÉ CONCATEDRAL – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     Actualmente apresenta planta poligonalcomposta por nave, capela-mor, duas torres

    sineiras, corpo adossado no lado esquerdo,correspondente à Capela do Santíssimo, coma respetiva sacristia, a primeira de plantaretangular, com ângulos internos truncados;no lado oposto, a sacristia grande, de plantaretangular. De volumes articulados eescalonados, de massas dispostas

    verticalmente, tem coberturas diferenciadasem telhados de duas águas no templo e dequatro águas nos anexos, sendo de seis nasacristia grande, todos rematados embeiradas simples; as torres sineiras têmcoberturas em domo. Fachadas do templo emcantaria de granito aparente, em aparelho

    isódomo, sendo os anexos rebocados epintados de branco, percorridas por socos decantaria, flanqueadas por cunhaisapilastrados e rematadas em frisos e cornijas. 

    * IIP - Imóvel de Interesse Público, Decretonº 95/78, DR n.º 210 de 12 setembro 1978

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    72/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    73/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOCONVENTO DA GRAÇA, SCMCB – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Convento da Graça e Igreja*construído em 1519, segundo a inscrição

    existente junto ao Portal Manuelino aíexistente, tinha inicialmente uma utilizaçãoreligiosa como convento Masculino daOrdem de S. Francisco. Em 1526 passa paraa Ordem de Santo Agostinho (ou Graça),mantendo esta irmandade a sua posse até1834. No ano seguinte passa para a posse

    da Misericórdia, situação que se mantématé aos dias de hoje. O conjuntocaracteriza-se actualmente pela plantarectangular composta por igreja, lar emuseu da Misericórdia, desenvolvendo-seem redor de claustro central. Volumesarticulados de disposição na horizontal comcobertura em telhado de 2 águas na nave,

    capela mor e capela dos Fonsecas e de 4águas nas demais dependências. Igreja comfachada principal virada a O., composta porpano único emoldurado por pilastrastoscanas, tendo 2 registos marcados porfriso de cantaria.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    74/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOCONVENTO DA GRAÇA, SCMCB – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    No 1º, arco em asa de cesto, comimpostas demarcadas e pedra de fecho

    decorada, acede a 1 galilé profunda. No 2º, janela de peitoril centralizada, de vãorectilíneo com moldura de cantaria. Oconjunto é coroado por frontão triangularcom acrotérios.

    Fachada S. composta por 4 volumes,relativos à galilé, nave, capela-mor e capela

    dos Fonsecas. No 1º surge arco em asa decesto, com pedra de fecho decorada, tendo,no 2º registo cego, a inscrição SANTA CASADA MISERICÓRDIA. Nos restantes volumes,surgem 5 janelas, de perfil rectilíneo,excepto a correspondente à capela dosfonsecas, em forma de pequena fresta em

    capialço.

    * Incluído na Zona Especial de Proteção doMuseu Tavares Proença Júnior

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    75/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    76/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOCAPELA DO ESPÍRITO SANTO – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     A Capela do Espírito Santo, é umedifício de “  Arquitectura Religiosa  ,

    Vernácula   e Barroca . Capela de plantalongitudinal composta por nave e capela-mormais estreita e baixa, com sacristia adossadaà fachada lateral direita, com coberturasdiferenciada, de madeira em masseira nanave e em falsa abóbada de berço na capela- mor; uma torre sineira de planta quadradaadossa-se à mesma fachada, com cobertura

    em coruchéu piramidal. Fachada principal emempena com cruz no vértice, rasgada porportal em arco de volta perfeita, assente emcolunelos com capitéis decorados, de talhemanuelino, tendo moldura externa emcantaria. Fachadas rasgadas por portastravessas e por janelas rectilíneas, demolduras simples. Interior com coro-alto earco triunfal de volta perfeita, tendo púlpitono lado da Epístola e retábulos laterais detalha dourada, neogóticos. bada de berçorebocada. Retábulo-mor sobre supedâneo degranito, em talha dourada do estilo nacional,de planta côncava e um eixo.”   

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    77/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOCAPELA DO ESPÍRITO SANTO – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    1877 / 1878 / 1879 / 1880 / 1881 /1882 - Obras de restauro pelo mestreManuel da Silva Trabalhinho.

     Anos 80 do Séc. XX - obras com carácterdescaracterizador, picagem dos rebocos ecimentação das juntas da alvenaria,substituição da cobertura com colocação deplaca em betão.

    2012/13  –  Requalificação da Igreja,exterior e interior, com reposição de rebocosbastardos e pintura, arranjo de vão, soalhosem madeira e cobertura, assim como toda aenvolvente.

    IM - Interesse Municipal, Decreto n.º 28/82,DR, 1.ª série, n.º 47 de 26 fevereiro 1982

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    78/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    79/101

    DO CONCELHO DE CASTELO BRANCOCAPELA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     A Capela De Nossa Senhora daPiedade, é um edifício de “  Arquitectura

    Religiosa  , Quinhentista   e Barroca .Capela de planta longitudinal composta pordois rectângulos justapostos; doiscampanários simétricos adossados àfachada; sacristia de planta rectangularadossada à capela-mor. Portal em arco

     pleno com impostas salientes. Nave única e

    capela-mor com as  paredesintegralmente revestidas por painéisde azulejos figurativos joaninos .Cobertura: tecto tripartido de madeira.

     Arco triunfal de volta inteira revestidoa talha dourada e policromada .Retábulo do altar-mor em talha dourada

     joanina.”   

     A colecção de  Azulejos Artísticos,datados de 1773  deve-se ao Dr.Francisco Rafeiro, representa cenasreligiosas, imagens dos  Apóstolos  e daÚltima Ceia, entre outras.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    80/101

    CAPELA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE – SÉC. XVI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    1889 / 1890 - Obras de remodelação.

    1919  - Intervenção no imóvel. (imagemantiga)

    1989  - Obras de reparação e substituiçãode rebocos (Junta de Freguesia).

    2007  - Conservação do tecto da capela-mor, em estuque relevado, restauro doguarda-vento. Obras acompanhadas peloentão IPPAR, realizadas pelo AtelierSamthiago, de Viana do Castelo.

    IM - Interesse Municipal, Decreto n.º 28/82,DR n.º 47 de 26 fevereiro 1982

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    81/101

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    82/101

    OS CHAFARIZES DA CIDADE. XVI e XIX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Chafariz de São Marcos o mais antigo da cidade e datado do Séc. XVI, foi construído entre as Ermidas de S. Pedro e S. Marcos.

    Fonte em granito com uma bica simples ao centro, com tubo de chumbo.

     Apresenta superfície parietal delimitada por pilastras ladeadas por volutas naparte inferior. Apresenta, ao centro, escudo nacional encimado por coroareal e lateralizado por esfera armilar fuselada, elementos do estilo e períodoManuelino, e a Cruz de Cristo encimando flores-de-lis. Coroada porentablamento recto. Tanque de planta rectangular.

    No Séc. XIX denominado de São Pedro, da Devesa ou Fonte Santa. A suaágua nunca serviu para consumo da população, era usada para lavagem e paraos animais beberem. A sua nascente localiza-se na encosta do Castelo.

    IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 95/78, DR n.º 210 de 12setembro 1978.

    O Chafariz da Mina datado de 1825, com pedraria que fora adquiridapara as obras da Sé e doadas à Câmara. 1851, abertura de uma galeria paramelhorar o abastecimento de água, mas que não obteve o efeito pretendido.

     “Fonte de espaldar, com acesso por dois lanços de degraus laterais, comguarda de cantaria, e marcado por dois pilares, rematados por urnas. Tanquerectangular. Espaldar dividido em três panos, divididos por pilastras e decoradopor apainelado. Superiormente, cornija, friso e, no centro, frontãocontracurvado, de influência borromínica (planta baixa rectangular), assentesobre duas pequenas pilastras, tendo aletas volutadas.”   

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    83/101

    OS CHAFARIZES DA CIDADE. XVI e XIX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O  Chafariz da Graça o original datado do Séc. XVI, construção doprimitivo Chafariz da Devesa  – 7 de Abril de 1655, a Câmara lança multas aquem lavar roupa na fonte.

    1830 - Reconstrução do imóvel, segundo data constante no frontão.

    “   Fonte de espaldar, constituído por três panos, o central proeminente,com remate em frontão triangular e os laterais, formando aletas, enquadradas

    por pilastras com pináculos no remate. Tanque quadrangular.”      

    O Chafariz da Granja, construído em 1874 é um Chafariz de espaldar,com braços laterais, com bailéus, rodeando um tanque rectangular. 

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    84/101

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    Í É

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    85/101

    EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS SÉC. XVI XIX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Existem em Castelo Branco muitos Edifícios Senhoriais, desde o Séc. XVI, na impossibilidade de referirtodos, deixo os mais notáveis, e que serviram outros fins na sua História. 

    O Palácio dos Viscondes de Oleiros, edifício do Séc. XVI, de  “ Arquitectura Residencial, Barroca. Casa senhorial deplanta em U. Dois pisos. Disposição horizontalista dasmassas. Composição dos alçados regular e simétrica.Fachada principal com escadaria central com dois lanços

    convergentes e guarda em ferro forjado de barras verticais.Loggia composta por colunas toscanas. Vãos: portal principalde lintel recto rematado por frontão curvo irregular; portasde lintel recto e janelas jacentes ou quadrangulares no 1ºpiso; janelas de lintel recto rematadas por friso saliente, porvezes alternadas com janelas de sacada no 2º piso. Empenasrectas com cornija. Corpos avançados rematados com frontãoangular. Apresentava pátio fronteiro à fachada principal.”   

     Actual edifício da Câmara Municipal de CasteloBranco.

    IM - Interesse Municipal, Decreto n.º 95/78, DR n.º 210de 12 setembro 1978 

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    Í É

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    86/101

    EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS SÉC. XVI XIX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Solar dos Cardosos  –  Palácio dos Barões deCastelo Novo, edifício do Séc. XVIII, de  ArquitecturaResidencial, Barroca. Casa senhorial, “ de Planta simples,longitudinal. Massa de disposição na horizontal com coberturaem telhado de 2 águas. Fachadas rebocadas corridas por sococom aparelho almofadado, limitadas por pilastras comaparelho almofadado e rematada por cornija e beiral. Fachada

    principal orientada a O. com 2 pisos. 1º piso com uma portacocheira de 2 folhas com bandeira, 1 porta de 2 folhasencimada por frontão curvo quebrado e pedra de armas dafamília com brasão partido e 7 janelas de 2 folhas combandeira a que correspondem no 2º piso a janelas de sacadade 2 folhas com bandeira. A totalidade dos vãos caracteriza-sepor possuir lintéis em arco abatido e encimados por cornijasimples, sendo as portas e janelas encimadas por frontão

    curvo quebrado com motivos decorados ao centro.”   

    Séc. XVIII - Edificado o Solar, na Quinta da Devesa. 1767 - Pertencia a D. Isabel de Ordaz. 1818 - Pertenciaao Barão de Castelo Novo, José Caldeira de Ordaz, possuía cocheira e cavalariças, que abriam para a R. do Pina. 

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    Í É

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    87/101

    EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS SÉC. XVI XIX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Palácio dos Viscondes de Portalegre, construído noSéc. XVIII, edifício de  “ Arquitectura Residencial,Maneirista, Barroca. Palácio de estilo chão, com elementosbarroquizantes. Planta em U, com 2 pisos com diferenciaçãofuncional. Disposição horizontalista das massas. Cobertura a4 águas. Composição regular dos alçados. Vãos, constituídospor portal centralizado de lintel recto rematado por frontãoangular interrompido, janelas de lintel recto no 1º piso, janelas de sacada rematadas por entablamento no 2º piso.Reamtes em cornija. Átrio e escadaria interior de 3 lançosparalelos de direcção oposta. Pavimentos em madeira. Tectos

    planos, de masseira e estucados. Jardim de plantarectangular composto por canteiros de buxo formandopadrão geométrico e integrando lago central.” . Tendo tidocomo última ocupação o Governo Cívil.

    IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 95/78,DR n.º 210 de 12 setembro 1978 

    1743 - Provável construção do edifício, residência dos Fonsecas Coutinhos, segundo inscrição no mesmo; possuiapátio fronteiro ou lateral à fachada principal; o solar teria inicialmente planta rectangular, sendo-lheposteriormente acrescentados os braços laterais, formando a planta em U. 1767  - É referido nos Tombo dosBens do Concelho. 1783  - Pertencia a Francisco da Fonseca Coutinho de Castro Sousa Refóios. 1864  -construção de um paredão e escadas pela Câmara Municipal. 1871, 7 Setembro - foi primeiro governador civilJoão José Vaz Preto Geraldes. 1888, 29 Agosto - Aquisição do imóvel pelo Estado. 1891  - Instalação dasrepartições do Governo Civil e a Junta Geral do Distrito. Séc. XX  –  vários serviços do estado e poder localfuncionaram no edifício. 1992 - O imóvel é afeto ao IPPAR. 2007  – O Edifício é afecto à DRCC.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    Í É

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    88/101

    EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS SÉC. XVI XIX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Palácio Tavares Proença, construído em 1858, data doinicio da construção, Séc. XIX, serviu de residência aFrancisco Tavares Proença Júnior, edifício de  ArquitecturaResidencial.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    89/101

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    Í Á É

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    90/101

    EDIFÍCIOS NOTÁVEIS DO SÉC. XIX - XX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Identificação de alguns edifícios notáveis, construídos no Séc. XIX e XX, edifícios de Arquitectura Militar,Cultural, Recreativa, Financeira, Religiosa e Judicial. Os últimos e mais recentes, marcam um estilo arquitectónico que

    acompanhou um regime político e que teve na arquitectura a sua expressão própria. Na década de 30, com a subida ao poder de Salazar, o país fecha-se para o mundo. Com ideais próprios do

    regime, tais ideologias apoiavam-se em quatro noções elementares: autoritarismo, conservadorismo, nacionalismo ecorporativismo, sendo que a última era a mais relevante para Salazar.

    O Estado Novo, regime político liderado por Oliveira Salazar, saído da revolução de 1926, iniciou uma políticade obras públicas em larga escala, a partir de meados da década de 1930. Inicialmente, nos novos edifícios públicosconstruídos, prevaleceu o estilo modernista, com elementos monumentalizantes da art déco.

    Ficou conhecido por Português Suave  um modelo arquitectónico utilizado em edifícios públicos e privados

    portugueses, essencialmente durante as décadas de 1940 e 1950.Durante o chamado Estado Novo foram aplicados diversos estilos arquitectónicos em edifícios públicos. Aintrodução de novas e modernas técnicas de engenharia, tais como a utilização de estruturas em betão e osistema de laje - pilar - viga, vieram revolucionar não só a maneira de construir, mas também a forma de pensar asconstruções.

    Como exemplos de edifícios que tem a assinatura deste período temos, Palácios da Justiça, Paços doConcelho, Caixas Gerais de Depósito, CTT, Escolas  e muitos outros que ainda hoje podemos ver nas nossas

    cidades.Como principais autores temos, Adelino Nunes, Carlos Ramos, Carlos Rebello de Andrade, Cassiano Branco,

    Cottinelli Telmo, Cristino da Silva, Guilherme de Rebello Andrade, João Simões, Jorge Segurado, Keil do Amaral,Pardal Monteiro, Paulino Montez, Raul Rodrigues Lima, Rogério de Azevedo, Vasco Regaleira, Veloso Reis Camelo,entre outros.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    Í Á É

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    91/101

    EDIFÍCIOS NOTÁVEIS DO SÉC. XIX - XX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    QUARTEL DE CAVALARIA Nº 8 - (Arquitectura Militar)

    1814 – Envio para Castelo Branco das primeiras tropas.1816  –  Construção das primeiras estruturas de apoio. Edifício dedois pisos, picadeiro e cavalariças.1860  – Conclusão das obras de ampliação, que ao longo dos anosforam acrescentado estruturas e construções ao complexo doquartel.Finais do Séc. XX – O quartel deixa as suas funções, e é adquiridopela Autarquia em 2001, são demolidos os seus arcos.

    CONSERVATÓRIO REGIONAL (actual) – (Arq. Cultural)

    1882 – Início da construção do TEATRO PRINCÍPE DA BEIRA.1893 – O edifício acolhe a Câmara Municipal de Castelo Branco.1935  –  O edifício deixa as funções de Casa da Câmara, com apassagem destes serviços para os Actuais Paços do Concelho, o

     Antigo Teatro recebe a Biblioteca, o Tribunal e o Conservatório.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    Í Á É

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    92/101

    EDIFÍCIOS NOTÁVEIS DO SÉC. XIX - XX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    EDIFÍCIO DOS CORREIOS,TELÉGRAFOS E TELEFONES

    (Arquitectura Comunicação)

    1918  –  Início da Construção, com desenho de Quaresma deMoura.1929 – Conclusão da construção.1974  –  Conclusão da construção da ampliação do edifício comdesenho de Raúl Espada Cruz.

    BANCO DE PORTUGAL – (Arq. Financeira)

    1922  –  Início da construção de autoria de Eurico de Salles Viana.1929 – Conclusão da Obra.1930 – Inauguração do Banco.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    EDIFÍCIOS NOTÁVEIS DO SÉC XIX XX

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    93/101

    EDIFÍCIOS NOTÁVEIS DO SÉC. XIX - XX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    EDIFÍCIO DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

    (Arquitectura Financeira)

    1939 - 1941  –  Início da Construção, com desenho de LuísCristino da Silva.

    MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 630/2012,DR, 2.ª série, n.º 211 de 31 Outubro 2012

    CINE-TEATRO AVENIDA – (Arquitectura Cultural)

    1950 – Início da construção, autoria Raúl Cezar Caldeira.1986 – Incêndio destrói o edifício (interior).2000 – Reabre com projecto do Arquitecto Marçal Grilo.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    EDIFÍCIOS NOTÁVEIS DO SÉC XIX XX

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    94/101

    EDIFÍCIOS NOTÁVEIS DO SÉC. XIX - XX

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    IGREJA DOS PADRES REDENTORISTAS

    (Arquitectura Religiosa)

    1955  –  Início da Construção, com projecto de  António GomesEgea, Luís Coelho Borges e Rui da Silveira Borges.

    PALÁCIO DA JUSTIÇA – (Arquitectura Judicial)

    1969 – Início da construção de autoria de Raúl Rodrigues Lima.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCOEDIFÍCIOS NOTÁVEIS DO SÉC XXI

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    95/101

    EDIFÍCIOS NOTÁVEIS DO SÉC. XXI

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    BIBLIOTECA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO

    (Arquitectura Cultural)

    2007  –  A Biblioteca Municipal de Castelo Branco, situada nosespaços do antigo quartel do Regimento de Cavalaria, com projecto

    de Carlos Reis de Figueiredo. O projecto está inserido na

    requalificação levada a cabo pelo Programa Polis para a Zona dadevesa. 

    CENTRO DE CULTURA CONTEMPORÂNEA DE CASTELOBRANCO - (Arquitectura Cultural)

    2013 – Inauguração do Centro de Cultura de autoria do ArquitectoCatalão Josep Lluis Mateo, em colaboração com o ArquitectoPortuguês Carlos Reis de Figueiredo.

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O BORDADO E A CALÇADA

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    96/101

    O BORDADO E A CALÇADA

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    O Bordado de Castelo Branco  “De  imensa beleza e exemplo deoriginalidade no âmbito de manufatura nacional, o Bordado de CasteloBranco apresenta dois factores dominantes: um, de origem artística;

    outro, de significação económica. O primeiro manifesta a existência deuma arte própria, com estilo de feição peculiar, o segundo admite aconcentração desta indústria de bordado na zona do Distrito de CasteloBranco.”  

    O Porquê de se chamar Bordado de Castelo Branco?É provável que se tenha fixado nesta zona,  “numa  região onde acultura do linho era tradicional e onde a amoreira se dava tão bem, a

    ponto de permitir a criação em larga escala do bicho-da-seda.”  

    Quando surgiu?Segundo documentos encontrados, crê-se ter surgido no século XVIIIo período mais fecundo na confeção do Bordado. Depois de uma fasede decadência que se fez sentir ao longo do século XIX.

    Influências?Indo-chinesas, quer ao nível das matrizes e motivos decorativos, quernos tecidos estampados.

    Quando começou a ter notoriedade? A sua notoriedade ganha relevância num trabalho apresentado pelaProfessora de Coimbra Maria Júlia Antunes, que fazia referênciaaos «bordados albicastrenses, genericamente chamados afrouxo», pela primeira vez divulgados em público com a designaçãoque os associa à cidade beirã. 

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O BORDADO E A CALÇADA

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    97/101

    O BORDADO E A CALÇADA

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

    Os motivos, a simbologia e as cores?

    Com uma temática muito diversificada, e com uma simbologiamuito especial, utilizando fio de seda tingido a cores fortes.

    Exemplo, as colchas de noivado onde: Os Cravos  –  significam oHomem como Amor viril; A Rosa  –  a Mulher; Os Lírios  –  avirgindade; Os Corações  – o Amor; Os Jasmins  – a pureza; O Galo – o símbolo da virilidade; Os Pombinhos  – os namorados; A Romã

     – prosperidade, abundância.

    Também são de realçar as albarradas (vasos) com ramos devariadas flores: cravos, rosas, lírios, frutos com romãs e cachos deuvas; troncos de árvores ou finas hastes, folhagens, gravinhas,aves exóticas ou domésticas, galaripos, ornatos com conchas,

    laços, cartuchas ou  “cabuchons”, barras preenchidas com motivosvegetalistas elegantemente estilizados ou delicados motivosgeométricos. Reconhecem-se os pontos de rede, grilhão, cadeia,matiz, lançado, espinha, penha e muitos outros, sugerindo  “o crivo”  de Guimarães ou o Bordado de Viana do Castelo, a Norte, ouo bordado de Nisa, a Sul.

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    98/101

    PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICODO CONCELHO DE CASTELO BRANCO

    O BORDADO E A CALÇADA

  • 8/19/2019 Patrimonio Edificado e Artistico

    99/101

    O BORDADO E A CALÇADA

    MÓDULO II  – PATRIMÓNIO EDIFICADO E ARTÍSTICO - 19, 21, 26 e 28 DE JANEIRO DE 2016  – ANTIGO EDIFÍCIO DOS CTT

     A Calçada Portuguesa surge no Séc. XVI, no

    entanto com uma utilização residual, a Calçadaà Portuguesa, tal como a entendemos hoje, foiiniciada em meados do Séc. XIX. A chamada"calçada à portuguesa", em calcário branco enegro, caracteriza-se pela forma irregular deaplicação das pedras. Todavia, o tipo deaplicação mais utilizado hoje, desde meados doSéc. XX, designado por "calçada portuguesa",

    é aplicado com cubos, e tem umenquadramento diagonal. Calçada À Portuguesa,e Calçada Portuguesa (pedra ou seixo r