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PAULO BUTORIDRIBLA XEQUE-MATE
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ÍNDICE
16 INVESTIMENTOS MAIS TORQUE NOS MOTORES FPT acelera com o E.torQ no Paraná
20 MÉXICO VOLTA DO CRESCIMENTO 2010 pode marcar a retomada
24 EMBALAGEM DESCARTAR OU REUTILIZAR? O avanço na estocagem e movimentação
26 POWERTRAIN LEGISLAÇÃO TURBINA MERCADO Downsizing e emissões alavancam aplicações
28 ENTREVISTA PAULO BUTORI, SINDIPEÇAS Autopeças contra a ameaça do CKD
34 POLOS O MAPA DA PRODUÇÃO A nova geografia do setor automotivo
44 CENÁRIOS PRODUÇÃO ATRÁS DA DEMANDA As novas estratégias automotivas
MATÉRIA DE CAPA/AUTOPEÇAS
DRIBLANDO O XEQUE-MATEO setor de autopeças opera no azul, mas a cecaderização ameaça a competitividade das empresas a passos largos. O mercado interno vigoroso atrai estrangeiros agressivos, enquanto o câmbio ������������ ����������������������� enorme fragilidade da infraestrutura local. �������������������������������� entidades e governo?
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LUIS
PRA
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A MODELO DA EDIÇÃO – Joana Sepreny joga xadrez de verdade. Psicóloga, entendeu rápido as carências das pequenas empresas de autopeças quando fez a sessão de fotos desta edição no Estúdio Luis Prado, em São Paulo. Paulista, ela tem 28 anos e dirige desde os 19. A modelo avalia que o trânsito de São Paulo é um caos e muito agressivo – não só para as mulheres.
57 HISTÓRIA ENTRE ALTOS E BAIXOS A releitura na saga das autopeças
60 MERCOSUL SEM REGIME, A VEZ DA TEC As regras do negócio automotivo
62 MELHORES PRÁTICAS CORPO E ALMA DO NEGÓCIO Como conquistar prestígio na produção?
67 SUPRIMENTOS/FORD CORRIDA ÀS COMPRAS A Ford pensa no mercado em 2015
69 SUPRIMENTOS/VW ESCALAÇÃO DO MELHOR TIME Compras crescem junto com críticas
71 SUPRIMENTOS/GM NEMAK FICA NA VITRINE Waldey Sanchez foi o Líder de 2009
73 SUPRIMENTOS/FIAT NOVA ESTRATÉGIA DE COMPRAS Qualitas destaca NGK e Petronas
78 RELACIONAMENTO MÃOS DADAS NA PRODUÇÃO Lições da cooperação em autopeças
81 ESTAMPARIA/CARROCERIA SETOR SOB PRESSÃO No caminho de montadoras e insumos
84 FUNDIDOS/FORJADOS IMPORTAÇÃO FAZ STRIKE Estrangeiros ganham com o câmbio
88 CLIMATIZAÇÃO/ REFRIGERAÇÃO NO CLIMA DAS MONTADORAS Setor garante ritmo do mercado
QUEM É QUEM92 Dirigentes e compradores das montadoras94 Empresas e executivos no setor de autopeças
JUSCELINO KUBITSCHEK estimulou a indústria automobilística; Ramiz Gattás (de óculos), a fundação do Sindipeças.
O CEO DA NEMAK, Jorge Rada, entre Jaime Ardila e Bob
Socia, da GM
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EDITORIAL
O tabuleiro de xadrez à frente do presidente do Sindipeças, Paulo Butori, na capa desta edição, sugere impasses na cadeia de suprimentos que vão além da evolução no preço do aço. Com vendas internas em alta,
mas produção local ameaçada pela invasão estrangeira, especialmente asiática, a indústria automobilística assiste a um novo aperto entre os players e mais capítulos na disputa pelas margens de lucros.
Nesse jogo as pequenas empresas de autopeças fazem o indispensável papel dos peões, peças fundamentais nas estratégias vencedoras. Mais vulneráveis, no entanto, eles dependem de uma boa mão neste momento para sobreviver, como demonstram o Sindipeças e a modelo Joana Sepreny na página 3.
O investimento local de R$ 40 bilhões em cinco anos, previsto por montadoras e empresas de autopeças, estará longe de levantar a competitividade do setor, ameaçada pelo câmbio, pobreza da infraestrutura e falta de diretrizes para crescer com segurança. O MDIC, do ministro Miguel Jorge, mesmo à véspera de eleições trabalha para dar conteúdo a novas políticas industriais. Reformas e choques como o pretendido pelo presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, porém, são vistos com ceticismo e vão esperar a troca de governo ou até mesmo uma nova câmara setorial para acolher inúmeras proposições que têm surgido de entidades.
Automotive Business retrata nesta edição as disputas domésticas, enquanto operações CKD ameaçam os players e debates ácidos
avaliam a eliminação dos históricos 40% de desconto na compra de peças estrangeiras. A Volkswagen engrossou o nível de discussões setoriais ao alertar que os fornecedores locais estariam menos empenhados que os europeus em satisfazer o cliente. O Sindipeças, duro na resposta, disse que a montadora apontou o canhão
na direção errada. Você vai saber mais sobre os tiroteios nesta edição,
que dá atenção especial ao setor de autopeças, trata do estímulo às pequenas empresas, enumera
boas práticas de gestão, relaciona as empresas premiadas pelas montadoras e mostra quem ajuda quem na cadeia de suprimentos, dando a mão aos parceiros. Como enfatiza José Manoel Fernandes, diretor de compras da ArvinMeritor, dificilmente há ganhadores isolados – vence a melhor cadeia, trabalhando afinada.
Aposto que você vai gostar da edição. Até a próxima.
Paulo Ricardo BragaEditor
REVISTA
www.automotivebusiness.com.br
Tiragem de dez mil exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes
de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias,
empresas de engenharia, transporte e logística, setor acadêmico.
DiretoresMaria Theresa de Borthole Braga
Paula B. PradoPaulo Ricardo Braga
Editor Paulo Ricardo Braga
MTPS 8858
RedatoraGiovanna Riato
ColaboradoresAlexandre Akashi, Américo Nesti, Décio Costa, Fernanda Guimarães, Guilherme Manechini, Lauro Takabatake, Marta Pereira, Paulo de
Tarso Petroni, Ricardo Conte, Sérgio Oliveira de Melo, Solange Calvo e Sonia Moraes.
Design e diagramaçãoRicardo Alves de Souza
������������������������Estúdio Luis PradoTel. 11 5092-4686
www.luisprado.com.br
���������������Joana Sepreny (modelo)
Cassiano Assmann (maquiagem)
PublicidadePaula B. Prado
[email protected]. 11 5095-8885
����������������������� CRM e databaseBruna Carvalho
Marketing e vendasCarina Costa
Comunicação e eventosCarolina Piovacari
PesquisaBruna Carvalho
[email protected] Lira
[email protected] Naves
Media Center e Automotive Business WebTV
Thais [email protected]
���������Julho de 2010
DistribuiçãoACF Acácias, São Paulo
Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right Serviços de
Comunicação e Marketing Ltda.
!����������� �������Av. Iraí, 393, conjs. 52 e 53, Moema,
04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888.
[email protected]@automotivebusiness.com.br
PEÕES EM BOAS MÃOS
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MERCADO
TAREFA DE RUTH É ANALISAR TATO E QUALIDADE
A Ford alemã modificou um robô para refinar vários pontos de contato no interior dos carros, como
superfícies, acabamentos e botões. A máquina, cha-mada Ruth (Robotized Unit for Tactility and Haptics, algo como Unidade Robotizada para Tateabilidade e Sensações), consegue uma abordagem tridimensional e científica do tato. Atrito, força, aspereza, suavidade e temperatura são alguns dos parâmetros captados em todo o interior do veículo. As medições são, então, comparadas às sensações e aparências indicadas por consumidores exigentes. (Fernando Calmon)
NO IAA, VEÍCULOS À PROVA DO FUTURO
I sela Costantini, 38 anos, há doze na GM, é a primeira diretora de pós-venda em montadoras brasileiras. Ela
deixou a Diretoria de Planejamento de Produto e Pesqui-sa de Mercado e responde pelo customer care – o con-junto de cuidados que leva à satisfação dos clientes. “A tarefa não passa apenas pelas oficinas mecânicas. En-globa os produtos e serviços relacionados a fidelização, relacionamento com a rede, atendimento ao consumi-dor e produtos para manutenção” – explica. Há 12 anos na GM, ela passou pela área de marketing estratégico, estatística e previsão de vendas e marketing do Celta. Im-plementou as vendas on-line e lançou o Celta antes de ser transferida para o Texas, onde gerenciou uma linha de montagem.
ISELA COSTANTINI, CUSTOMER CARE NA GM O IAA, ou International Motor Show Commercial Vehi-
cles, de 23 a 30 de setembro em Hanover, na Alema-nha, será um dos eventos mais importantes do ano para caminhões e ônibus. Com o tema Commercial vehicles: efficient, flexible, future-proof, a feira promete tratar de ino-vação e tendências e representar um marco na recupera-ção do mercado de veículos comerciais, que ainda derrapa na Europa.
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MERCADO
MERCEDES TRAZ HÍBRIDO POR US$ 253,5 MIL
A Mercedes-Benz abre as importações de veículos híbridos para o mercado nacional. O S 400 Hybrid, com baterias de lítio, custará aqui US$ 253,5
mil, um valor à altura do pioneirismo do projeto e do luxo incorporado. O veículo traz propulsor V6 e um motor elétrico que dá suporte contundente ao motor a gasolina nas acelerações. O carro faz zero a 100 km/h em 7,3 segundos e atinge a máxima de 250 km/h (eletronicamente controlada).
AS BILIONÁRIAS DE EXAME NA AUTOINDÚSTRIA
A Fiat, comandada por Cledorvino Belini, foi eleita a melhor empresa da autoin-
dústria em 2009 pelo Guia Exame Melhores e Maiores. A Volkswagen foi o fabricante de veí-culos mais bem classificado na lista das 500 maiores empresas pelo critério de vendas. A montadora alemã ficou terceiro lugar, com faturamento de US$ 16 bilhões. Vieram a se-
guir a Fiat, em sexto, com US$ 15,53 bilhões; a General Motors em 13o, com US$ 11,32 bilhões; a Ford em 21o, com US$ 8,43 bilhões; a Mercedes-Benz em 33o, com US$ 6,36 bilhões; a Toyota em 40o, com US$ 5,42 bilhões; a Honda em 43o, com US$ 4,85 bilhões. A Fiat aparece em sexto lugar na lista das empresas que tiveram maior lucro (US$ 951 milhões), em 13o entre as mais rentáveis (57%), como a quarta em receita líquida (US$ 12.047 milhões), nona entre as que mais criaram riqueza (US$ 3.877 milhões); a Volkswagen como terceira pagadora de salários (US$ 1.373,4 milhões) e vigési-ma maior empregadora (21.521 pessoas).
AS CHINESAS NO SALÃO DO AUTOMÓVEL
E létricos, híbridos e modelos futuristas têm presença garantida no próximo
Salão do Automóvel de São Paulo, de 27 de outubro a 7 de novembro. O evento, que completa 50 anos em outubro, está entre os seis maiores do mundo e terá 42 fabricantes nacionais e importadores, com pelo menos 450 automóveis em ex-posição – 40% lançamentos. As novatas Chery, Hafei, JAC, Jinbei e Lifan vão se somar à Chana e à Effa, elevando para sete as chinesas presentes. A organizado-ra Reed Exhibitions Alcantara Machado promoveu remanejamentos no Anhembi, mas o pavilhão continuará com 85 mil m2. Cada metro quadrado custa R$ 610 aos expositores. Os maiores estandes têm 2.700 m2.
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MERCADO
AOS 34, FIAT ACELERA A 3.100 VEÍCULOS/DIA
MOTOS: NOVOS PLAYERS DESISTEM DE FÁBRICAS
9 de julho é uma data comemorada em Minas Gerais também pelo aniversário da Fiat Automóveis, que
completou 34 anos em Betim como líder do merca-do brasileiro de automóveis e comerciais leves. Desde 1976 ela montou 11,8 milhões de veículos, dos quais três milhões foram exportados, e continua acelerando: em 2009 bateu recorde de vendas e foi novamente líder no mercado brasileiro pelo oitavo ano, com 737 mil veículos emplacados e 24,5% de participação en-tre os leves. Com capacidade para produzir 800 mil veículos por ano (até 3.100 por dia) a fábrica monta 14 modelos e mais de 250 versões.
O potencial do mercado brasileiro de motocicletas ainda não foi suficiente para concretizar os nove
projetos aprovados para a Zona Franca de Manaus, onde já existem 11 montadoras instaladas. “As empresas mani-festaram interesse no mercado nacional durante o pico de vendas do mercado. Após a crise financeira a sensação é que elas desistiram”, disse Moacyr Paes, diretor executivo da Abraciclo, entidade dos fabricantes de veículos de duas rodas. Depois de aprovados, os projetos têm até dois anos para começar as obras. Até agora, não houve movimenta-ção de nenhuma das companhias. Cláudio Rosa Junior, presidente da Zongshen Kasinski, promete inaugurar uma unidade para 110 mil motos/ano, em Manaus, e iniciar a construção de um complexo industrial para 2012.
BRASIL VOLTA AO 5o LUGAR EM VENDAS
P esquisa da Jato Dynamics aponta que o Brasil perdeu a quarta posição para a Alemanha nas
vendas de janeiro a maio e voltou a figurar como quinto maior mercado global, com expansão de 13% nas vendas no período. A China manteve a ponta, crescendo 60,9% nos primeiros meses do ano sobre o mesmo período de 2009. Em seguida vêm os Esta-dos Unidos, com avanço de 17,5%, e o Japão, com 22,4%. A Toyota manteve a liderança global entre as montadoras, com mais de 2,3 milhões de unidades vendidas no período, alta de 24,4%.
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MERCADO
GARANTIA INÉDITA PARA BATERIA DO VOLT
A GM dá um passo importan-te para consolidar a ima-
gem de seu elétrico Volt, que chegará ao mercado no final de 2010, anunciando garantia de oito anos ou 161 mil qui-lômetros para as baterias de íon-lítio. O desenvolvimento do plug-in, que permite recar-ga em tomadas domésticas, é uma grande aposta tecnológi-ca da fabricante. A GM proje-tou 95% dos 161 componentes da bateria, juntamente com o sistema de gerenciamento tér-mico, sistema de carga e com-ponentes elétricos. O Volt terá autonomia para 64 km com uma carga da bateria. Depois passará a funcionar o motor a combustão para recarga e ali-mentação do powertrain, esten-dendo a autonomia a 547 km. A tração é sempre feita pelo motor elétrico.
O setor automotivo bateu recorde e encerrou o se-mestre com produção 19,1% maior do que no mes-
mo período de 2009, um salto de 1,47 milhão para 1,75 milhão de unidades. Na comparação de junho com maio, no entanto, houve desaceleração de 5%, de 322 mil para 306 mil veículos. As vendas também tiveram expansão no semestre, com alta de 9% para 1,58 milhão de veículos possibilitada pelo aumento de 14% no volume de crédito disponível, queda nos juros em 2,1 pontos percentuais e baixa na inadimplência.
CARROS TÊM MELHOR ACUMULADO DA HISTÓRIA A Plascar ajudou a desenvolver o Uno Ecology,
criado pela Fiat para testar a receptividade de conceitos ecológicos. “Há anos pesquisamos mate-riais ambientalmente corretos, como fibras de baga-ço de cana-de-açúcar, sisal, juta, bananeira, casca de arroz e a tradicional farinha de madeira”, destacou André Nascimento, presidente da Plascar. A empre-sa passou a acompanhar o grupo de fornecedores encarregados de criar 30 componentes injetados. “É um projeto revolucionário. Ficamos orgulhosos de participar” – garantiu Nascimento.
A VEIA ECOLÓGICA DA PLASCAR
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INVESTIMENTOS
A FÁBRICA PARANAENSE TURBINA AS OPERAÇÕES DA FPT COM MOTORES MODERNOS E COLOCA DE PÉ A PROPOSTA EXPORTADORA QUE FALHOU COM A TRITEC. O MOTOR E.TORQ PROMETE MAIS FORÇA AOS AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES DA FIAT
Franco Ciranni, superintendente
da FPT – Powertrain Technologies, comemora com alívio a reinauguração da fábrica de motores em Campo Largo, no Paraná, adquirida da Tritec Motors pelo Grupo Fiat. Ele não se esquece do enorme tsunami financeiro internacional e do baque nas vendas globais de motores que ameaçaram o empreendimento meses após a decisão da compra, em 11 de março de 2008.
Apesar da pechincha – R$ 250 mil por um projeto que havia recebido US$ 500 milhões – a decisão só mais tarde se mostrou acertada. A incorporação das instalações da joint venture entre Daimler (então associada à Chrysler) e BMW, que não decolou no propósito de exportar propulsores para
Apesar do real forte favorecer as importações, a FPT vem apostando na nacionalização do E.torQ, que caminha para 90%. “O parque local de fornecedores de componentes para motores é um dos melhores do mundo” – disse Altavilla. Curiosamente, poucos dias antes, em São Paulo, a Volkswagen havia endereçado duras críticas
TORQUE NO MERCADO DE MOTORES
o Mini, da Rover, e o PT Cruiser, poderia ter sido um mico.
A própria General Motors desdenhou da oportunidade. Mas com a extraordinária recuperação do mercado automotivo brasileiro e sinais de alento no exterior Ciranni ficou com o trunfo para turbinar a operação da empresa, lançando a família de motores E.torQ.
O executivo italiano, casado com uma brasileira e dono de expressiva carreira no Fiat Group, sabe que pode levar adiante novos planos para o negócio. Alfredo Altavilla, seu chefe e principal executivo da FPT, pensa em direcionar 40% da produção no Paraná às exportações. A Chrysler estaria na fila das encomendas, mas o programa dependerá do comportamento do câmbio.
a empresas brasileiras de autopeças, entre as quais as de sistemas para controle do motor.
Com o propósito de montar até 330 mil motores por ano na primeira etapa e chegar a 400 mil no futuro, a FPT adiciona 20% à sua capacidade de produção no Mercosul, que passará a somar 2,5 milhões de unidades por ano com os propulsores flex de Betim, MG, a família diesel montada em Sete Lagoas, MG, no complexo da Iveco, e o 1.9L 16 V montado em Córdoba, na Argentina.
Junto com a fábrica a FPT adquiriu o projeto dos motores 1.4L e 1.6L, abrindo mão da licença para as versões turbos. Começou aí o trabalho comandado pelo diretor de engenharia João Irineu Medeiros para transformar os produtos originais, concebidos para usar
CIRANNI: planos para exportar até 40% da produção do E.torQ
PAULO RICARDO BRAGA
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INVESTIMENTOS
gasolina pura, em flex. O fim do contrato da Fiat com a GM para aquisição dos antiquados motores 1.8L levou naturalmente à escolha das versões 1.6L e 1.8L para o E.torQ, enquanto o 1.4L flex fica na prateleira, em razão da oferta do 1.4 Fire e do novo 1.4 Evo (do Novo Uno) na unidade de Betim.
MOVING LINEA nova operação da FPT impressiona pela gestão cuidadosa e bons princípios de manufatura “Muitos dos 350 profissionais foram recontratados por conhecer bem os processos” – relatou Marcelo Reis, plant manager, que destaca o alto índice de automação das linhas de montagem. “A meta é tornar a montagem perfeita, utilizando 189 mecanismos de detecção de erros” – enfatiza Reis, um adepto também de poka yokes.
Há quatro linhas de usinagem, para bloco, virabrequim, biela e cabeçote, com 54 máquinas operadas sob o modelo de rota Kamishibai, para checagem de qualidade. O abastecimento é aéreo, dispensando empilhadeiras. A montagem, em moving line, mobiliza 77 equipamentos, entre os quais máquinas capazes de conduzir testes a frio com simulações de
sincronismo, carga e vibrações, e provas de vedação em 100% dos motores.
MOTORESMedeiros, diretor de engenharia da FPT, diz que o nome E.torQ traduz o principal atributo de seu produto – o alto torque em baixas rotações. A família resulta de 500 mil horas de desenvolvimento, com 20 mil horas de testes de confiabilidade em
dinamômetro, 9 mil horas de cálculo e 5 milhões de quilômetros rodados em provas de durabilidade, confiabilidade e aplicação. Nada menos que 1.200 motores de pré-série e protótipos foram testados até o início da produção, em fevereiro.
“O projeto é global e se destaca na categoria pelo desempenho, confiabilidade, baixos índices de consumo, de emissão de poluentes,
de ruídos e vibrações” – garante Medeiros. Os motores foram desenvolvidos a partir da versão 1.6L 16V gasolina E0, da Tritec Motors. Com base nela a FPT criou o 1.6L 16V Flex e 1.8L 16V Flex (para o mercado brasileiro), além do 1.6L 16V e 1.8L 16V E0 e da versão Super Ultra Low
Emissions Vehicle, em desenvolvimento.
PUNTOA estreia do E.torQ no Punto 2011 na fábrica de Campo Largo, prestigiada pelo ministro Miguel Jorge, do MDIC, foi a melhor maneira encontrada pela Fiat para alavancar nova versão do Punto, que tem poucas mudanças no visual. Aliadas no evento de lançamento, Fiat e FPT prometeram torque elevado mesmo em baixas rotações, alto rendimento mecânico e redução de 5% a 10% no consumo de combustível. Os níveis de emissões de poluentes ficam em nível 40% inferior ao estipulado pela legislação brasileira.
Abastecido com etanol, o motor 1.6 litro alcança potência máxima de 117 cavalos e 16,8 kgf.m de torque. Com gasolina é possível desenvolver 115 cv e 16,2 kgf.m. Já a versão 1.8 litro chega a 132 cavalos e 18,9 kgf.m com etanol e 130 cavalos e 18,4 kgf.m com gasolina. �
FPT quer aumentar para 90%nacionalização do motor
AUTOMAÇÃO elevada e 189mecanismos para evitar erros
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MÉXICO
No final de 2008 a indústria
automobilística mexicana tremia. O peso perdia valor, as vendas caíam velozmente e ninguém sabia como pisar no freio para deter uma queda que poderia ser tão desastrosa quanto a de 1995, quando as vendas despencaram 70%.
Apesar do começo de 2009 não ter sido tão ruim, em maio chegou a gripe A H1N1, que parecia uma pá de cal sobre os restos de uma economia debilitada. Mas o segundo semestre foi melhor e, no final, a queda de 26,7% nas vendas de veículos foi um número muito menos dramático do que se esperava. Ainda assim, não havia exatamente otimismo com relação a 2010.
Alguns executivos, como Thomas Karig, vice-presidente de relações corporativas e estratégia da Volkswagen do México, diziam não haver motivo de otimismo para o final de 2009 ou 2010. Já Eduardo Serrano, presidente da Ford mexicana, projetou vendas de 850 mil unidades este ano – uma evolução próxima dos 10%. Para sorte dos mexicanos, a Ford está mais perto de ter razão do que a Volkswagen.
PARTICULARIDADEA proximidade dos Estados Unidos produz distorções difíceis de entender para quem não conhece o México e sua forma de ser.
legalmente ou não, no lado norte de uma fronteira de contrastes absolutos.
A convivência com os americanos inclina o gosto do mexicano para os carros grandes, com
A importância do vizinho é tão grande que a segunda maior fonte de recursos do país são as remessas feitas por um contingente próximo de 27 milhões de mexicanos que vivem,
motores enormes, que não combinam com a geografia complicada por montanhas e vulcões, rodeados por estradas estreitas e geralmente com má conservação. Há ruas ainda mais estreitas, cheias de buracos e lombadas, e uma população de baixo poder aquisitivo.
Carros europeus e asiáticos se encaixam melhor no cenário local, mas há um problema: a altitude da maioria das grandes cidades. O ar rarefeito tira potência dos motores, uma desculpa perfeita para seguir comprando carros americanos e um freio para exportadores como o Brasil.
Para um consumidor acostumado a andar em carrões com motores de seis ou oito cilindros, um carrinho com motor de um litro não é exatamente agradável. Os carros brasileiros que seguem para o México têm motor 1.6 ou 1.8, o que os torna mais caros. Some-se a isso o problema cambial para completar uma receita perfeita no esfriamento das
exportações brasileiras ao país asteca, que já representaram
quase 30% do mercado mexicano.
DEPENDÊNCIAAs vendas nos primeiros cinco meses de 2010 sugerem a volta paulatina do crescimento. O volume acumulado de janeiro a
SÉRGIO OLIVEIRA DE MELO
A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA MEXICANA QUER ESQUECER 2009.
JÁ 2010 PODE MARCAR A RETOMADA DE UM MERCADO RESTRITO E MUITO INFLUENCIADO PELO
PODEROSO VIZINHO
A VOLTA DO CRESCIMENTO
NOVO FIESTA será produzido pela Ford em Cauatitlán
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MÉXICO
maio foi 3,6% superior ao período equivalente de 2009.
A produção avançou 74,1% nos primeiros cinco meses do ano, acompanhada de um crescimento de 79,9% nas exportações atribuído à recuperação do mercado norte-americano, que evoluiu 17,3% de janeiro a maio.
Nos primeiros cinco meses do ano 69,5% das exportações mexicanas de veículos tiveram os Estados Unidos como destino, vindo a seguir o Canadá (9,2%) e a América Latina, incluindo o Brasil, com 8,6%.
INCENTIVOSFica claro que o problema é o mercado interno. Em um país com perto de 100 milhões de habitantes a demanda de 760 mil veículos registrada em 2009 chega quase ao
ridículo. O Programa para el Desarrollo de las Industrias de Alta Tecnología, que pretendia renovar a idade média de 16 anos da frota mexicana de automóveis, foi criado em agosto de 2009 para estimular a venda de 30 mil automóveis novos.
Pouco ambiciosa e com inúmeras exigências, a iniciativa oferecia tão poucas vantagens que até março só atingiu 77% da meta inicial de 15 mil veículos.
AUTOPEÇASO setor de autopeças também foi duramente golpeado pela crise. O volume de vendas em 2009 caiu 29% em comparação com 2008. No ano passado perderam-se 131.668 empregos, o equivalente a 23% da força de trabalho no setor, de acordo com a INA, a Industria Nacional de
Autopartes.A entidade calculava
uma recuperação da produção de 28% para 2010, mas o bom primeiro trimestre trouxe alento no setor, que agora espera repetir os resultados de 2008.
PROJETOSSem dinheiro para comprar carros importados, a esperança dos mexicanos recai nos projetos que chegam ao país. O primeiro à vista é o novo Ford Fiesta, que fez a estreia na segunda quinzena de junho. O carro fabricado em Cuautitlán, perto da capital mexicana, será
exportado para o Brasil. A Ford investiu perto de US$3 bilhões para adequar a fábrica, que montava camionetas F-150.
O Nissan March, conhecido como Micra em alguns mercados, será produzido na fábrica de Aguascalientes a partir do início de 2011 e também chegará ao Brasil. A mesma unidade montará um carro da Renault em 2012, ainda não revelado, possivelmente compartilhando a plataforma do March.
A Nissan pretende vender o elétrico Leaf no México a partir de 2011, graças a um acordo com o governo da Cidade do México, que instalará centros de recarga rápida para baterias.
A única certeza sobre o mercado mexicano para o restante do ano é que será melhor do que 2009. Ainda assim, é uma certeza que poucos se animam a expressar. Gato escaldado, sabemos, tem medo de água fria. �
NISSAN prepara linhas para montar Micra em 2011
NA CHEGADA a Guadalajara,uma das boas estradas no México
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EMBALAGEM
CRESCE IMPORTÂNCIA DA EMBALAGEM NA LOGÍSTICA AUTOMOTIVA
Embora se possa discutir o papel
da embalagem para agregar valor ao produto automotivo, o certo é que ela se transformou em fator determinante para a competitividade e eficiência da cadeia de produção e distribuição. Proteger peças e
componentes passou a ser uma exigência básica para facilitar a movimentação nas linhas de montagem e reduzir custos na cadeia de produção.
A Nefab, fabricante com planta em Embu, cidade próxima à capital paulista, trabalha junto aos operadores logísticos no desenvolvimento de caixas, containers, racks, bandejas e sistemas especiais que auxiliam a movimentação dos produtos, principalmente entre montadoras e empresas de autopeças. “A embalagem
Após a escolha do melhor tipo de embalagem, que pode ser descartável, retornável ou reutilizável, vem a tarefa de racionalizar a acomodação das peças para diminuir os volumes transportados. “As embalagens podem ir tanto para o estoque quanto para a linha de montagem e, bem concebidas, reduzem etapas no processo”, destacou Vailton Carlos Bonfim, gerente comercial da Divisão de Logística
DESCARTAR OU REUTILIZAR?
exerce papel fundamental na indústria automobilística. Poucas áreas industriais têm a mesma demanda logística e a capacidade de implantar novos métodos”, destacou o gerente de vendas Aelton Tomé, lembrando que o setor acaba sendo precursor para outras atividades produtivas.
As embalagens carregam o desafio de
proteger, amortecer e bloquear o produto para evitar impactos e são escolhidas após uma diversidade de requerimentos
comerciais, técnicos e ambientais até chegar aos modais de transporte. Cada fator é analisado para a eficácia da movimentação do produto e vantagem de custos.
da Unipac, que possui quatro plantas fabris no estado de São Paulo.
O ponto-chave, para Bonfim, começa na escolha da embalagem. Ele entende que as retornáveis são
uma realidade no setor automotivo, tanto por questões de sustentabilidade quanto pelo custo-benefício. “Movimentação, durabilidade e ausência de descarte devem ser avaliadas”, destacou.
No caso das embalagens retornáveis da Unipac, produzidas em plástico, o ciclo médio de vida de cinco anos pode ser estendido, dependendo da forma de utilização. “Elas já estão presentes em quase 100% das montadoras de veículos leves, mas precisamos conquistar o segmento dos pesados”, salientou o gerente comercial, ressaltando a elevada capacidade de carga, resistência e melhor aproveitamento em carregamentos de produtos de alta densidade. Se os componentes devem ser armazenados sem
SOLUÇÕES da Nefab para a logística nosetor automotivo
FERNANDA GUIMARÃES
contato com os demais, há bandejas especiais com separadores.
“Ambientalmente responsáveis, as embalagens retornáveis podem reduzir custos em até 70% em relação às descartáveis” – garante o gerente de vendas da fabricante Compatech, Leo Grossman. O executivo explicou que elas começaram a ganhar mais força há cinco anos.
“A especificação do cliente depende muito
do tipo de peça que será embalada, mas já existem montadoras que aboliram o uso de embalagens descartáveis”, destacou Grossman, confirmando
que as retornáveis possuem um ciclo de vida de quatro a cinco anos, até a reforma e uma nova vida, se o projeto não sofrer modificação.
Enquanto a discussão gira em torno da melhor solução para cada tipo de componente ou processo, o professor de gerenciamento de projetos do Núcleo de Embalagens da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing, Aparecido Borghi, enfatiza a inexistência no País de uma engenharia para essa finalidade. “A importância da embalagem vem crescendo, principalmente por causa de suas funções. Ela deixa de ser apenas uma forma de transporte para ser uma ferramenta funcional”, destaca. �
ARAMOBIL, para aembalagem de dutos,
produzida pela Unipac
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POWERTRAIN | LAURO TAKABATAKE
DOWSIZING E LEGISLAÇÃO TURBINAM MERCADO
TURBOALIMENTAÇÃO NO BRASIL ESTÁ
RELACIONADA AO POWERTRAIN DIESEL E GANHA
IMPORTÂNCIA COM AS NOVAS EXIGÊNCIAS
DA LEGISLAÇÃO DE EMISSÕES. ASSIM, O DOWSIZING DE
MOTORES FLEX PARA AUTOMÓVEIS
DEVE ABRIR NOVOS CAMINHOS
PARA O TURBO
O turbo, utilizado para alavancar o desempenho
de motores a gasolina em mercados maduros da Europa, Ásia e América do Norte, efetivamente ainda não chegou em grande escala aos carros produzidos no Brasil. Isso deve acontecer quando a legislação de emissões se tornar mais rígida, principalmente para o CO², ou a demanda por veículos de maior valor agregado se consolidar. Até lá, o dispositivo continuará sendo empregado aqui no powertrain diesel de caminhões, ônibus, picapes e utilitários esportivos.
O turbo ganhou papel relevante na evolução do powertrain ao reaproveitar a energia disponível nos gases de escape para “empurrar”, pela câmara de combustão adentro e sob pressão, uma maior quantidade de ar. Com maior volume de ar é possível injetar mais combustível, o que garante uma queima quase perfeita
e eleva o desempenho do motor, sem aumentar o volume da câmara de combustão.
Com o emprego do turbo pode-se fazer um controle adequado do nível de emissões, uma vez que o processo garante uma combustão mais completa, reduzindo a eliminação de resíduos indesejados pelo escapamento.
CONCEITOA ideia de melhorar o rendimento de motores surgiu com John Barber, em 1791, ao observar que os gases de escape, após a combustão, possuem energia suficiente para acionar as pás de uma turbina.
A história da turboalimentação é tão antiga quanto os motores de combustão interna. Entre 1885 e 1896 Gottlieb Daimler e Rudolf Diesel investigaram a possibilidade do aumento da potência e melhoria do consumo de combustível nos motores com a pré-compressão
do ar antes da câmara de combustão.
Em 1925 o engenheiro suíço Alfred Büchi conseguiu utilizar, com sucesso, um sistema de turboalimentação usando gases de escape que registrou aumento de potência superior a 40%. Foi o começo do emprego gradual desse processo na indústria automotiva, já que as primeiras aplicações limitavam-se a grandes motores, como em navios.
Na indústria automotiva as primeiras experiências chegaram aos motores para caminhões. Em 1938 a Swiss Machine Works Saurer construiu o primeiro motor turboalimentado. Já em carros de passeio os pioneiros nessa tecnologia foram os automóveis Chevrolet Corvair Monza e o Oldsmobile Jetfire – lançados no mercado norte-americano em 1962.
A crise do petróleo, na década de 70, ajudou a turbinar a indústria automotiva, principalmente no caso dos motores
LAURO TAKABATAKE é gerente de vendas e
engenharia de aplicações da BorgWarner Brasil
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a diesel para veículos comerciais. Após a década de 1980, as novas leis de emissões, na Europa e Estados Unidos, também foram importantes no avanço dos motores turboalimentados.
EMISSÕESO aperfeiçoamento e o controle no processo de queima do combustível dentro do motor resultam,
para atender a turboalimentação e se tornam mais sofisticadas à medida que a legislação de emissões evolui em direção a Euro 5 e Euro 6, no caso de sistemas diesel. Alguns fabricantes de motores optaram pelo sistema SCR, que utiliza ureia no escapamento, enquanto outros escolheram o EGR, com um conjunto de filtros. A qualidade do óleo diesel
O empurrão da legislação, com exigência de menor emissão de poluentes, levou a uma nova etapa de eficiência e compactação dos propulsores. Os níveis de densidade de potência e torque estão cada vez mais elevados, o que demanda recursos e tecnologias avançadas para os motores e, consequentemente, para os turbos. Hoje as
ao mesmo tempo, em melhor desempenho e menor volume de emissões de poluentes. A performance do veículo evidencia maior disponibilidade de torque, o que garante ultrapassagens rápidas e boas retomadas. E o consumo de combustível é menor.
O efeito nas emissões não se limita à redução da fumaça visível mas, também, a componentes gasosos que saem pelo escapamento e são nocivos à saúde. Alguns desses produtos contribuem para o efeito estufa, o que resulta em aquecimento do planeta.
Diferentes tecnologias têm sido desenvolvidas
disponível para abastecer os veículos é decisiva para a eficiência dessas tecnologias, sensíveis à presença de enxofre no combustível.
DOWSIZINGNo passado os projetos de motores mais potentes dependiam de um aumento no volume da câmara de combustão, o que exigia propulsores com tamanho e peso indesejáveis. A revolução tecnológica, possibilitada pela turboalimentação, permitiu o downsizing (redução no tamanho dos motores) como forma de melhorar a equação entre potência e peso.
principais montadoras de veículos e seus fornecedores estão empenhados no desenvolvimento de motores compactos, capazes de substituir, com vantagem, propulsores de maior cilindrada.
AVANÇOSA BorgWarner oferece recursos avançados nesse campo, como os turbos de geometria variável (VTG), turbos de duplo estágio (R2S), ou a combinação destas tecnologias (V2S), onde o estágio de alta pressão utiliza geometria variável. Estas tecnologias são utilizadas para motores a diesel e gasolina.
Para motores diesel utilizados em aplicações comerciais um desafio no downsizing é o aumento da densidade de potência e, ainda, o de preservar a vida útil de componentes internos devido à fadiga. É preciso considerar que o turbo trabalha em rotações elevadas e a sobrecarga advinda de determinados usos, urbanos e rodoviários, exige
o emprego de materiais e designs avançados, junto com sensores e atuadores elétricos. O titânio é utilizado para elevar a durabilidade do rotor do compressor.
A complexidade dos novos turbos requer completa readequação da manufatura e controle rígido da qualidade, além de custos competitivos. A evolução do mercado trouxe, também, novas e sofisticadas tecnologias a máquinas de balanceamento de rotores, as quais garantem a operação silenciosa dos turbos, para satisfação de clientes cada vez mais exigentes. �
TURBO KP39 da RenaultTURBO do Opel InsigniaTURBO do Audi TT R28
28�����������BUSINESS
ENTREVISTA | PAULO BUTORI
O SINDIPEÇAS PROCURA RESISTIR À
PERDA DE COMPETITIVIDADE DO SETOR
DE AUTOPEÇAS PARA NÃO SE REPETIR A
QUEBRADEIRA DOS ANOS 90
O SETOR CONTRA O CKD
Paulo Roberto Rodrigues Butori comprovou ser mestre em relações inter-pessoais ao ser reeleito presidente do Sindipeças pela sexta vez consecu-tiva em março e representar quinhentas empresas fabricantes de com-
ponentes automotivos cujo ponto comum, em décadas, tem sido os altos e baixos nos resultados. No universo das associadas, a entidade acolhe indis-
tintamente sistemistas, organizações globais próximas das montadoras, e empresas de pequeno e médio porte nacionais, mais vulneráveis às osci-
lações do mercado. Como estratégia para permanecer no comando, Butori abandonou o presidencialismo e democratizou a tomada de decisões, estruturando conselhos com a participação de todos os
segmentos das autopeças. Presidente da Fupresa, empresa es-pecializada em fundidos de precisão para motores, sistemas
de freio, embreagens e câmbio, ele sentiu na pele os efeitos do tsunami financeiro internacional de 2008 que reduziu
as exportações para os clientes europeus a menos da metade, situação semelhante à que afetou boa parte do setor. Apesar dos bons resultados da indústria de autopeças este ano, há luz vermelha na balança co-mercial e preocupante perda de competitividade das empresas locais, especialmente entre as de pequeno e médio porte, cuja sobrevivência é um dos objetivos da atual gestão do Sindipeças. Tudo será feito para evitar um desastre como o dos anos 90, de quebra-deira geral e desestímulo à produção.
FOTO
S: L
UIS
PRA
DO
PAULO RICARDO BRAGA
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AUTOMOTIVE BUSINESS – A indús-tria de autopeças está em xeque?PAULO BUTORI – Está, mais uma vez. O faturamento em reais das em-presas deve crescer em média 15% este ano, mas ainda não alcança o pa-tamar de 2008. Ainda assim, olhando essa projeção e o crescimento con-sistente da economia e do mercado interno poderíamos imaginar que vai tudo muito bem. Mas os cenários fu-turos indicam grande fragilização da indústria de componentes, especial-mente na base, das pequenas e mé-dias empresas.
Por causa do câmbio?BUTORI – A relação cambial tem pa-pel importante no diagnóstico, mas igualmente perigosos são os proble-mas de infraestrutura, o passivo das empresas de pequeno e médio porte, a elevação de custos de produção, o aperto nas margens de lucro, nova in-vasão estrangeira e a tributação sobre o investimento. Boa parte disso traduz o que chamamos de custo Brasil. Mas há novos ingredientes desafiadores que levam a uma rápida perda de competitividade.
Como explicar esses novos desa-fios?BUTORI – Eles estão associados a uma cecaderização da manu-fatura, com a importação de sistemas e veículos desmon-tados para produção local. Essa tendência mexe pro-fundamente com a estrutu-ra do setor, historicamente forte nas operações indus-triais mais básicas a partir da matéria-prima, como fundição, forjaria, estam-paria e usinagem. Se os componentes chegarem prontos ao País a cadeia de suprimentos e produção se esvaziará para dar lugar à
O NOVO DESAFIO
É ENFRENTAR A
CECADERIZAÇÃO
CRESCENTE DA
MANUFATURA COM
A IMPORTAÇÃO
DE SISTEMAS
E VEÍCULOS
DESMONTADOS
VISANDO À
PRODUÇÃO LOCAL
AS
OS
DOS
AL
montagem. Entendo que evoluções são inevitáveis, mas a que está acon-tecendo leva a perdas muito grandes, até mesmo à extinção da indústria e dos empregos que gera.
O aperto a que você se refere tem precedentes?BUTORI – A situação foi pior para o setor nos anos noventa. As montado-ras tinham produtos tecnologicamen-te atrasados, as chamadas carroças, que precisavam ser modernizados ra-pidamente. A primeira ação delas foi importar componentes. A indústria de autopeças, que sempre forneceu sob demanda, teve então de esperar que essas montadoras voltassem a nacio-nalizar seus produtos. O movimento provocou irreversível desnacionaliza-ção do setor de autopeças. Da noite para o dia, empresários nacionais ti-veram que vender tudo a preço de li-quidação. Das 1.600 empresas do se-tor sobraram seis centenas. Embora a maioria seja de capital internacional, cerca de 80% do faturamento resulta das operações das empresas de capi-tal estrangeiro.
Não houve reações?BUTORI – Houve, claro. Fomos ao governo antes de tudo acontecer, le-
vando um cuidadoso diagnóstico do setor e sugerindo ações para a modernização da indústria auto-mobilística. Houve receptividade, mas as coisas se precipitaram. Decidimos ir às ruas, em passea-ta, com o apoio dos metalúrgicos, denunciar o dano às empresas de autopeças.
O resultado pretendido pela Câ-mara Setorial da Indústria Auto-mobilística foi alcançado, com a chegada de investimentos bilio-nários, fábricas e projetos.BUTORI – A um custo muito grande para nossa indústria, que
30�����������BUSINESS
ENTREVISTA | PAULO BUTORI
BUTORI – A entidade passou por grandes transformações a partir de 1992, quando a oposição assumiu o comando. Participei do movimento e fui eleito justamente nas épocas mais difíceis. Mesmo defendendo enfatica-mente a indústria local, todos os as-sociados do Sindipeças reconhecem que nossa administração harmoniza os interesses. Há conflitos, claro. As necessidades de pequenas, médias e grandes empresas podem ser muito diferentes. Mas trabalhamos sempre no que atende a todo o setor, deixan-do de lado interesses particulares. Os sistemistas querem maior liberdade. Empresas menores querem crescer no mercado interno. A grande missão é harmonizar esse processo, afinal, somos uma só cadeia produtiva.
Como proceder nesses casos?BUTORI – A administração do Sindipeças é transparente e de-mocrática. Abandonamos práticas presidencialistas para privilegiar os conselhos, em que há participação de todos os segmentos das auto-peças. O caminho é longo e mais complicado na tomada de decisões, mas a participação é maior.
As pequenas e médias em-presas admitem que não conseguem pagar impos-tos. Por quê?
BUTORI – Nos momen-tos de maior dificulda-
de, essas empresas param de reco-
lher os impos-tos. A carga tributária so-bre a produ-ção é muito elevada. Os
pro gramas de refinanciamento
das dívidas são difíceis de ser cumpridos porque
permaneceu defasada, tendo de en-frentar financiamentos a custos supe-riores e investimentos grandemente tributados.
Foi essa experiência que levou o Sindipeças a se mobilizar para eli-minar a atual redução da alíquota de importação de autopeças?BUTORI – Enquanto os carros têm barreira alfandegária de 35%, a média para componentes não chega a 10%. Até maio do ano que vem, retornare-mos à situação anterior na TEC [Ta-refa Externa Comum], com alíquotas de 14%, 16% e 18%. O benefício do redutor existe há 10 anos e tem cau-sado problemas nas negociações in-ternas do Mercosul. É entendido por nossos parceiros do bloco econômico que as alíquotas reduzidas criam assi-metrias e vantagens ao investimento no Brasil.
Em que gabinetes do governo o Sindipeças costuma bater? BUTORI – Em diversos, dependendo da situação. O ministro Miguel Jorge, do MDIC, tem sido um interlocutor importante na discussão dos proble-mas do setor, que ele conhece bem.
Os problemas começam a se resolver com as novas alí-quotas?BUTORI – É parte da so-lução, enquanto espera-mos um choque de com-petitividade, que pode não vir. O País vive à espera de reformas corajosas – fiscal, tributária, trabalhista, políti-ca –, sem elas a competitivi-dade não será alcançada. Como explicar sua longa per-manência à frente do Sindipe-ças, atravessando fases boas e difíceis de um setor com múlti-plas faces?
gradiferno qudo desistemEmpno é
A SITUAÇÃO FOI
PIOR NOS ANOS
NOVENTA. DAS
1.600 EMPRESAS
DE AUTOPEÇAS
SOBRARAM APENAS
SEIS CENTENAS, A
MAIORIA DE CAPITAL
INTERNACIONAL
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ENTREVISTA | PAULO BUTORI
as empresas passam a ter de pagar a parcela da dívida mais os encargos mensais. Com margens apertadas, principalmente devido à maior concor-rência internacional (que provoca que-da nos preços) e à baixa capacidade de investimento (por conta dos custos elevados), as pequenas e médias ficam cada vez mais fragilizadas. Chegará a hora da verdade para es-sas empresas?BUTORI – Elas, assim como todo o País, dependem das reformas gover-namentais. Se essas empresas morre-rem, o setor brasileiro de autopeças acaba. Elas são os pés do gigante. O metalúrgico Lula tem sido um presidente defensor da indústria automobilística?BUTORI – Sim, de forma equilibrada. Mas as variáveis são muitas para que se envolva em detalhes. Sob a gestão dele a economia cresceu de forma surpreendente, batemos recordes de produção e de vendas de veículos.
ESTAMOS LONGE DE
COLABORAÇÃO EFETIVA
ENTRE OS ELOS DA CADEIA,
INDISPENSÁVEL PARA ENFRENTAR
OS ADVERSÁRIOS EXTERNOS.
AS EMPRESAS DE MENOR PORTE
SOFREM MAIS
conseguir margens de lucro, com o avanço dos custos de materiais e ser-viços e a impossibilidade de repasse para os preços, está na base desse conflito. Os menores sofrem muito e só conseguem reagir quando a de-manda está aquecida e eles se tornam indispensáveis.
O Sindipeças elegeu 2010 como o ano da pequena e média empresa do setor.BUTORI – Essas empresas penam mais em todas as situações. Elas não se beneficiam de escalas globais, têm enorme dificuldade em inovar e investir em pesquisa e desenvolvimento. A glo-balização exige empresas com gestão moderna e recursos para investir em capacidade. As montadoras querem menos parceiros, ágeis e poderosos para atuar em diferentes mercados. Precisamos inventar mecanismos pa-ra colocar essas exigências ao alcance de nossos associados. Caso contrário eles vão capitular justamente quando começa a terceira grande onda de in-vestimentos bilionários em nosso setor automotivo. Na primeira, nos anos 50 e 60, as oportunidades foram aprovei-tadas. Na segunda, na década de 90, o empresário local foi praticamente ani-quilado. Queremos um final feliz para a história desta vez. �
Não acredito que haja tempo agora para reformas im-portantes capazes de preservar todos os avanços. O desafio da competitividade
assume dimensão extraordinária, em meio a um cenário eleitoral. Enquanto isso, o mundo segue evoluindo. Como interpretar o déficit da ba-lança comercial, que pode superar US$ 4 bilhões este ano?BUTORI – O patamar negativo não aconteceu de repente. O avanço das importações vem se acentuando des-de 2007, refletindo as pressões inter-nacionais sobre o mercado brasileiro e provocando acelerada perda de competitividade local devido à valori-zação de nossa moeda. Soma-se a isso ociosidade de produção em paí-ses concorrentes, que buscam novos mercados, como o nosso.
Apesar de todos perderem com a queda da competitividade, os players da cadeia de suprimento continuam envolvidos em uma guerra.BUTORI – Estamos longe de cola-boração efetiva entre os elos da ca-deia, indispensável para enfrentar os adversários externos. A dificuldade de
ESTAM
COLAB
ENTRE
NDIS
OS
34�����������BUSINESS
POLOS
O mapa da produção auto-motiva no Brasil não sofreu alterações relativas impor-
tantes entre 2005 e 2009, embora os emplacamentos tenham avançado de 2,53 milhões para 3,18 milhões de unidades e levado o País a figurar em sexto lugar no ranking global, atrás da China, Japão, Estados Unidos, Ale-manha e Coréia do Sul. O mercado interno é o quinto maior do mundo, perdendo apenas para a China, Esta-dos Unidos, Japão e Alemanha.
Há 25 fabricantes locais de auto-veículos e máquinas agrícolas as-sociados à Anfavea, além de cinco centenas de empresas de autopeças filiadas ao Sindipeças, que tinham ca-pacidade para montar 4,3 milhões de veículos e 109 mil máquinas agrícolas no final de 2009, com 50 plantas em 36 cidades de oito estados para a pro-
O ESTADO DE SÃO PAULO RESPONDE
POR QUASE METADE DA FABRICAÇÃO DE
VEÍCULOS NO PAÍS E DEVE CONSOLIDAR
A POSIÇÃO COM A CHEGADA DE
INVESTIMENTOS JÁ ANUNCIADOS
O MAPA DA PRODUÇÃO
AUTOMOTIVA
FÁBRICA da Volkswagenno Paraná já montoumais de 5 milhões de Fox
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Fabricantes de autoveículos, máquinas agrícolas e motociclos. A TAC não é associada à Anfavea, mas a Mahindra/Bramont já fez solicitação para integrar a entidade.
O MAPA DA PRODUÇÃO NO BRASIL
AmazonasManausMahindra/BramontPolo de Duas Rodas
GoiásCatalãoJohn DeereMitsubishiAnápolisHyundai CAOA
ParanáSão José dos PinhaisVolkswagenNissanRenaultCuritibaCNH/Case IHCNH/New HollandVolvo
Santa CatarinaJoinvilleTAC
São PauloIndaiatubaToyotaMogi das CruzesValtraPiracicabaCNH/CaseCaterpillarSão Bernardo do CampoMercedes-BenzFordScaniaVolkswagenSão José dos CamposGeneral MotorsSão Caetano do SulGeneral MotorsSorocabaCNH Case CECNH Case IHSumaréHondaSuzanoKomatsuTaubatéVolkswagen
Rio de JaneiroPorto RealPSA Peugeot CitroënResendeMAN
Minas GeraisBetimFiat AutomóveisContagemCNH/Case CECNH/New HollandSete LagoasIvecoJuiz de ForaMercedes-Benz
BahiaCamaçariFord
CearáHorizonteTroller (Ford)
CanoasAGCOCaxias do SulAgraleInternationalVolareGravataíGeneral Motors
HorizontinaJohn DeereIbirubáAGCOMontenegroJohn DeereSanta RosaAGCO
Rio Grande do Sul
BRASIL
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36�����������BUSINESS
POLOS
Estado Marcas Marcas MarcasProdução Produção Produção
Total de unidades/ano 914.466 2.317.227 2.530.840
PRODUÇÃO AUTOMOTIVA POR ESTADO (AUTOMÓVEIS, COMERCIAIS LEVES, CAMINHÕES E ÔNIBUS)
1990 2004 2005
São Paulo
Minas Gerais
Paraná
Bahia
Rio Grande do Sul
Rio de Janeiro
Goiás
Engesa, Ford, GM, Gurgel, Mercedes, Scania, Toyota, VW
DC, Ford, GM, Honda, Land Rover, Scania, Toyota, VW
DC, Ford, GM, Honda, Scania, Toyota, VW
Agrale Agrale, GM, International
Agrale, GM, International
Fiat DC, Fiat, Iveco Fiat, Iveco
Volvo Nissan, Renault, VW-Audi, Volvo
Nissan, Renault, VW-Audi, Volvo
– Ford Ford
– Peugeot Citroën, VW CO Peugeot Citroën, VW CO
– Mitsubishi Mitsubishi
684,0 mil 1.223,5 mil 1.151,5 mil
1,8 mil 141,3 mil 154,4 mil
224,0 mil 447,2 mil 511,2 mil
4,6 mil 245,6 mil 308,7 mil
– 190,0 mil 248,0 mil
– 102,0 mil 136,6 mil
– 18,5 mil 20,2 mil
SP 74,8%
RS 0,2%
MG 24,5%
PR 0,5%
MG 19,3%
PR 10,6%
BA 8,2%
RJ 4,4% GO 0,8%
SP 52,8%
RS 6,1%
SP 45,5%
MG 20,2%
PR 12,7%
BA 9,8%
RJ 5,4% GO 0,8%
RS 5,6%
dução de componentes e veículos. Computado o resultado das em-
presas de autopeças, a indústria au-tomobilística brasileira faturou US$ 79,9 bilhões no ano passado, dos quais US$ 13,7 bilhões foram obtidos em vendas ao exterior. A balança co-mercial de veículos e autopeças ficou negativa em US$ 3,7 bilhões, em pe-ríodo de forte pressão do mercado in-ternacional após a crise deflagrada no final de 2008. Dados da consultoria PricewaterhouseCoopers indicam que em 2009 a indústria automobilística mundial tinha capacidade produtiva de 85 milhões de unidades/ano, mas só fabricou 58 milhões de veículos.
Ainda segundo dados da Anfavea
e do Sindipeças, o setor automoti-vo representa 23% do PIB industrial brasileiro e 5% do PIB total, mobi-lizando 1,5 milhão de pessoas em empregos diretos e indiretos. Em 2009 os autoveículos geraram R$ 35,7 bilhões em tributos como IPI, ICMS, PIS e Cofins.
POLOSNos cinco anos passados o Estado de São Paulo manteve uma participação próxima de 45% na montagem de veículos, marca muito distante do ce-nário no início dos anos 90, quando os paulistas respondiam por três quar-tos da produção nacional (74,8%). A partir da chegada das montadoras
newcomers teve início a regionaliza-ção da manufatura, com o surgimen-to ou reforço dos polos estaduais.
Entre os marcos mais importantes na escalada da descentralização, o Rio Grande do Sul recebeu a GM em Gravataí; o Paraná a VW, a Renault e depois a Nissan; a Bahia a Ford em Camaçari; Goiás a Mitsubishi e, re-centemente, a Hyundai CAOA; o Rio de Janeiro a VW Caminhões e Ônibus (agora MAN) e a PSA Peugeot Citroën; Minas Gerais a Mercedes-Benz em Juiz de Fora e a Iveco em Sete Lagoas. São Paulo reagiu com as novas fábri-cas da Honda em Sumaré e da Toyota em Indaiatuba.
Em meio a essas transformações,
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Marcas Marcas Marcas MarcasProdução Produção Produção Produção
3.182.9233.215.9762.980.1082.611.034
EMPRESAS ASSOCIADAS À ANFAVEA
2007 2008 20092006
DC, Ford, GM, Honda, Scania, Toyota, VW
Ford, GM, Honda, Mercedes, Scania, Toyota, VW
Ford, GM, Honda, Mercedes, Scania, Toyota, VW
Ford, GM, Honda, Mercedes, Scania, Toyota, VW
Agrale, GM, International
Agrale, GM, International
Agrale, GM, International
Agrale, GM, International
Fiat, Iveco Fiat, Iveco Fiat, Iveco, Mercedes Fiat, Iveco, Mercedes
Nissan, Renault, VW-Audi, Volvo Nissan, Renault, VW, Volvo Nissan, Renault, VW, Volvo Nissan, Renault, VW, Volvo
Ford Ford Ford Ford
Peugeot Citroën, VW CO Peugeot Citroën, VW CO Peugeot Citroën, VW CO Peugeot Citroën, VW CO
Mitsubishi Mitsubishi Hyundai, Mitsubishi Hyundai, Mitsubishi
1.237,6 mil 1.299,3 mil 1.473 mil 1.445,0 mil
156,6 mil 223,5 mil 202,6 mil 219,6 mil
566,6 mil 733,1 mil 733,1 mil 763,9 mil
258,5 mil 324,8 mil 340,9 mil 346,9 mil
242,8 mil 237,6 mil 199,4 mil 206,9 mil
130,5 mil 166,9 mil 186,5 mil 162,3 mil
20,1 mil 29,8 mil 48,2 mil 38,2 mil
SP 47,4%
MG 21,7%
PR 10,2%
BA 9,3%
RJ 5,0%GO 0,8%
RS 5,6%
SP 43,6%
MG 24,6%
PR 10,9%
BA 7,5%
RJ 5,6% GO 1,0%
RS 6,8%
SP 45,8%
MG 23,8%
PR 10,6%
BA 6,2%
RJ 5,8% GO 1,5%
RS 6,3%
SP 45,4%
MG 24,0%
PR 10,9%
BA 6,5%
RJ 5,1% GO 1,2%
RS 6,9%
Fontes: Anfavea e Automotive Business
UNIDADE da Fiat emBetim monta quase 25%dos veículos nacionais
38�����������BUSINESS
POLOS
PRODUÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS AUTOMOTRIZES POR ESTADO
1990 2004 2005
Total de unidades/ano
Marcas Marcas MarcasProdução Produção Produção
Rio Grande do Sul
São Paulo
Paraná
Minas Gerais
Rio de Janeiro
33.114 69.418 52.871
Agrale, Ideal, Maxion, SLC, Ford New Holland Agco, Agrale, John Deere Agco, Agrale, John Deere
Caterpillar, CBT, Engesa, Ford New Holland, JI Case,
Komatsu, Kubota, Valmet Yanmar
CNH Case, Caterpillar, Komatsu, Valtra
CNH Case, Caterpillar, Komatsu, Valtra
Ford New Holland CNH Case, CNH New Holland
CNH Case, CNH New Holland
Fiat Allis CNH Case, CNH Fiat Allis
CNH Case, CNH New Holland
Muller – –
12.848 37.555 28.973
18.676 15.619 14.804
894 15.064 7.666
497 1.180 1.427
199 – –
MG 1,5%
RJ 0,6%
SP 56,4%
RS 38,8%
PR 2,7% MG 1,7%
RS 54,1%
SP 22,5%
PR 21,7%
MG 2,7%
RS 54,8%
SP 28,0%
PR 14,5%
Estado
em 2004, quando foram montados 2,317 milhões de veículos, o Estado de São Paulo ainda detinha 52,8% da produção nacional, incluindo cami-nhões e ônibus. Em 2005 o volume paulista caiu para 45,5%, muito próxi-mo dos 45,4% registrados em 2009.
O ranking de 2009 trouxe na se-gunda posição o polo de Minas Ge-rais, com 24% dos veículos montados no País. Essencialmente, trata-se da contribuição das marcas Fiat e Iveco, já que a Mercedes-Benz limitou-se a montar veículos importados em regi-me CKD, em pequeno volume.
O Paraná veio em terceiro, com 10,9%, somando veículos da Volvo, Volkswagen, Renault e Nissan. As duas últimas fizeram lançamentos,
HONDA possui uma dasfábricas mais modernas do setor automotivo
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EMPRESAS ASSOCIADAS À ANFAVEA
2007 2008 20092006
Marcas Marcas Marcas MarcasProdução Produção Produção Produção
46.065 65.003 84.992 66.210
Agco, Agrale, John Deere Agco, Agrale, John Deere Agco, Agrale, John Deere Agco, Agrale, John Deere
CNH Case, Caterpillar, Komatsu, Valtra
CNH Case, Caterpillar, Komatsu, Valtra Fiat, Iveco, Mercedes Fiat, Iveco, Mercedes
CNH Case, CNH New Holland
CNH Case, CNH New Holland
CNH Case, CNH New Holland
CNH Case, CNH New Holland
CNH Case, CNH New Holland
CNH Case, CNH New Holland
CNH Case, CNH New Holland
CNH Case, CNH New Holland
– – – –
21.282 29.706 41.915 32.111
14.142 18.915 733,1 mil 763,9 mil
8.890 14.235 20.468 15.162
1.750 2.145 3.114 2.317
– – – –
MG 3,8%
RS 46,2%
SP 30,7%
PR 19,3%
MG 3,3%
RS 45,7%
SP 29,1%
PR 21,9%
MG 3,5%
RS 47,1%
SP 26,4%
PR 23,0%
MG 3,5%
RS 48,5%
SP 25,1%
PR 22,9%
Fontes: Anfavea e Automotive Business
A REVOADA DAS CHINESAS PARA O BRASILHá pelo menos dez marcas chinesas de olho no mercado brasileiro. Com o câmbio favorável elas começarão a atuar como importadoras e devem fazer depois a montagem local de veículos a partir de componentes trazidos da Ásia. A partir dos resultados, devem pensar em fábrica no País.
ATUAISAviChina – www.effamotors.com.brCompacto M100 importado pela EffaJinbei – www.cnauto.com.brTopic (Haise Brilliance) importado pela CN AutoHarbin Hafei Motor – www.cnauto.com.brTowner (ZhongYi van e RuiYi) importados pela CN Auto Harbin Hafei Motor – www.effamotors.com.brULC van e comercial leve serão produzidos na Effa em Manaus este ano Chery – www.cherybrasil.com.brTiggo SUV montado no Uruguai
ChanaAuto – www.chanamotors.com.brChana van importada pela Districar
NOVASGreat Wall – CN Auto vai trazer o Wingle PU, Hover SUV e Coolbear X-over
Sinotruk Howo Trucks – Elecsonic traz caminhões pesados
Lifan – Grupo Effa importará os carros 320 e 620
BYD – Grupo CAOA negocia representação.
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POLOS
PERFIL DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA BRASILEIRAEMPRESAS25 fabricantes de veículos e máquinas agrícolas (Anfavea)500 empresas de autopeças associadas ao Sindipeças4.427 concessionárias de veículos
FÁBRICAS50 unidades industriais de montadoras associadas à Anfavea em 36 municípios de 8 estados
PRODUTOSAutomóveis, comerciais leves, chassis de ônibus, tratores, colheitadeiras
CAPACIDADE 4,3 milhões de veículos/ano109 mil máquinas agrícolas/ano
FATURAMENTO EM 2009 (com autopeças)R$ 79,9 bilhõesEXPORTAÇÕES (com autopeças)US$ 13,7 bilhõesPOSIÇÃO NO RANKING GLOBAL (autoveículos)Produção: 6o lugarMercado interno: 5a posição
POSTOS DE TRABALHO (dezembro de 2009)Autoveículos: 109.053Máquinas agrícolas: 15.301 Autopeças (associadas do Sindipeças): 205.000TRIBUTOS (VEÍCULOS)IPI, ICMS, PIS e Cofins em 2009R$ 35,7 bilhões
da MAN em Resende. Recentemente o presidente mundial da montadora, Philippe Varin, anunciou recursos de R$ 1,4 bilhão até 2012 para alavancar novos projetos.
Mitsubishi e Hyundai CAOA repre-sentam o polo goiano, que contribuiu com 1,5% da produção nacional em 2008 e 1,2% em 2009. Apesar da Hyundai CAOA anunciar investimen-tos expressivos na fábrica de Anápolis, responsável pelo H100 e pelo Tucson, a evolução do empreendimento e da própria operação torna-se uma incóg-nita com a chegada da própria em-presa coreana a Piracicaba, SP, para a montagem de até 100 mil veículos compactos por ano. Já a Mitsubishi anunciou que aplicará R$ 800 milhões no desenvolvimento de produtos como o Pajero Dakar (para 2011) e o Lancer (2012) e para elevar a capacidade da unidade de Catalão.
Santa Catarina finalmente colocou a TAC – Tecnologia Automotiva Cata-rinense no mapa da produção, mas o jipe Stark será oferecido em pequena escala para competir com o Troller, da Ford, montado em Horizonte, no Cea-rá. Em maio a fábrica de Joinville cons-truía o SUV à razão de três unidades por semana, utilizando motores diesel da FPT – Powertrain Technologies. O bom jipinho custa pouco menos de R$ 100 mil e a espera pela encomenda pode chegar a quarenta dias.
A indiana Mahindra produz em Manaus, onde é expressiva a presen-ça dos fabricantes de motocicletas. A empresa produz picapes e SUVs com a marca Scorpio por meio da Bramont, instalada no polo industrial. Nos meses de abril e maio, no entan-to, a marca Mahindra sequer apare-ceu na relação de produtos emplaca-dos divulgada pela Fenabrave.
INVESTIMENTOSAutomotive Business apurou que as montadoras já manifestaram a inten-
mas nada ainda capaz de levar o es-tado próximo à participação de 12,7% anotada em 2005. De lá para cá, a produção avançou, porém, de 308,7 mil para 346,9 mil unidades e pode ganhar impulso com a chegada dos compactos da Nissan.
Bahia e Rio Grande do Sul dispu-tam a quarta posição, mas o avanço da GM em Gravataí garantiu a dian-teira aos gaúchos, com 219,6 mil unidades (6,9%), contra as 206,9 mil da Ford baiana (6,5%). Os dois polos devem avançar, com os investimentos
prometidos pelas duas montadoras. Vale registrar que em 2005 a Ford Ca-maçari já chegou ao recorde de 248 mil unidades montadas. A expansão atual da unidade pretende elevar a capacidade para 300 mil unidades/ano. A Agrale, de Caxias do Sul, RS, conhecida pelos ônibus e caminhões, fabrica também o jipe Marruá.
O volume do Rio de Janeiro (162,3 mil veículos, ou 5,1% do total nacional de 2009) está diretamente ligado ao desempenho da fábrica da PSA Peu-geot Citroën em Porto Real, vizinha
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POLOS
ção de aplicar R$ 30 bilhões no Brasil entre 2010 e 2015, enquanto as em-presas de autopeças devem investir pelo menos US$ 1 bilhão por ano. Praticamente todas as marcas estão empenhadas em garantir o desenvol-vimento de novos veículos e a expan-são da capacidade das fábricas para assegurar participação no mercado em crescimento.
O Estado de São Paulo deve conta-bilizar a chegada das fábricas da Toyota (Sorocaba), Hyundai (Piracicaba) e es-pera pela Kia e Chery. Com esse refor-ço, pode voltar a abrigar mais de 50% da produção nacional de veículos.
A International, que monta os cami-nhões 9800i para exportação na uni-dade da Agrale, em Caxias do Sul, RS, pode instalar fábrica própria em Guaí-ba, no Rio Grande do Sul, dentro do programa NC2 da Navistar e Caterpillar.
PREVISÕES DA ANFAVEA PARA 2010
2009 2010 Variação
Mercado Interno (mil unidades)
Autoveículos 3.141 3.400 + 8,2%
Máquinas agrícolas 55,3 55,9 + 1,0%
Exportações
Volume (mil unidades) 475 530 + 11,5%
Valor, com máquinas agrícolas (US$ bilhões) 8,3 9,2 + 11,0%
Produção (mil unidades)
Autoveículos 3.185 3.390 + 6,5%
Máquinas agrícolas 66,2 67,0 + 1,2%Fonte: Anfavea
O projeto pode se consolidar até 2012.Depois de fazer barulho, a Óbvio!
sumiu do mapa, derrotada pelo câm-bio desfavorável. A empresa pretendia montar veículos compactos em Xe-rém, Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro, e chegou a anunciar contrato para enviar 50 mil unidades/ano aos Estados Unidos, garantido pela ZAP – Zero Air Polution, sua dis-tribuidora norte-americana.
Entre as montadoras de pequeno porte há a Chamonix, fabricante arte-sanal de réplicas clássicas em Jarinu, SP, e a Braxx, que produz o esportivo Lobini H1 em Cotia, SP. Em Manaus a Bramont abandonou o projeto da Cross Lander (que nem chegou a decolar) e produz os comerciais leves da Mahindra.
O mapa da produção deve ganhar nos próximos anos a contribuição
das marcas chinesas. A Chery utiliza o Uruguai como base para chegar ao mercado brasileiro, mas deu sinais de ter pressa para construir a fábri-ca local, que pode ficar no estado de São Paulo.
IMPORTADORESHá pelo menos dez marcas chine-sas de olho no mercado brasileiro e seu ingresso na relação de fabri-
cantes passará, primeiro, pela mon-tagem CKD na região. A coreana Kia abriu a fábrica do Bongo no Uruguai mas ainda não desistiu de ter unidade fabril no País e pensa em uma linha para montar o Soul ou o Cerato. Os motores flex já estão prontos.
Em junho a Abeiva – Associação Brasileira das Empresas Importado-ras de Veículos Automotores possuía 22 associadas: Aston Martin, Audi, BMW, Chana, Chery, Chrysler, Dodge, Effa Changhe, Effa Hafei, Hafei Motor, JAC, Jaguar, Jeep, Jinbei, Kia Motors, Land Rover, Pagani, Porsche, Spyker, SsangYong, Suzuki e Volvo. Naquele mês, somadas, as marcas comerciali-zaram no País 7.450 veículos, volume equivalente ao de abril.
Daewoo, Daihatsu, Lada, Mazda e Seat deixaram de comercializar veí-culos importados no País há bastante tempo. A Suzuki está de volta, agora sob o comando do grupo Souza Ra-mos, depois de ficar alguns anos au-sente do mercado brasileiro. A Audi, do Grupo Volkswagen e associada à Anfavea, figura como importadora de-pois de encerrar a produção do A3 no Paraná em 2006.
Jaguar e Land Rover, negociadas pela Ford com a Tata Motors, aparecem nas listas de importadores filiados à Abeiva. A Hyundai CAOA, que importa um vo-lume expressivo de veículos coreanos, está na lista dos fabricantes nacionais de comerciais leves e integra a Anfavea. A Subaru, representada pela CAOA, não está filiada às entidades do setor. �
MERCEDES faz caminhõese ônibus no ABC paulista,mas terá fábrica mineira
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CENÁRIOS
PAULO DE TARSO PETRONI, SÓCIO-DIRETOR DA
PRICEWATERHOUSECOOPERS, ALERTA SOBRE DESAFIOS DO
SETOR AUTOMOTIVO BRASILEIRO NO CENÁRIO GLOBAL
DÉCIO COSTA
A recente crise financeira causou grande impacto na dinâmica da indústria automotiva mun-
dial, acelerando o processo já instaura-do de alteração nos eixos de consumo, investimento e produção. A ociosidade do setor chegou a 65% da capacida-de instalada em 2009. Os níveis de uti-lização pré-crise somente deverão ser retomados a partir de 2012, em fun-ção da manutenção de alguns investi-mentos no parque industrial no perío-do pós-crise.
As grandes preocupações residem ainda sobre o desempenho dos mer-cados da Europa Ocidental, em fa-
PRODUÇÃO ATRÁS DA DEMANDA
AUMENTO DA CAPACIDADE NOS BRICs
Fonte: PWC
BRIC
s
37,60%
14,94%
6,74%
6,70%
6,59%
3,02%
2,29%
2,25%
2,19%
2,09%
China
Índia
Rússia
Brasil
Tailândia
México
Irã
Rep. Checa
Alemanha
Argentina
O Brasil subiu de 8º (2005) para 4º (2010) destino de investimentos em ampliação da capacidade produtiva no setor automobilístico
ce da finalização ou redução substan-cial dos incentivos governamentais em programas de renovação de frotas. O comportamento das economias no se-gundo semestre deste ano será deter-minante para o desempenho do setor.
O mercado americano apresentou resultados pouco acima das expec-tativas nos primeiros meses de 2010. Apesar das vendas ainda continuarem fracas, o adequado uso dos incentivos comerciais feito pelas montadoras per-mitiu uma elevação tênue dos volumes comercializados. Desta forma a previ-são de venda do mercado americano foi elevada para 11,5 milhões de uni-dades de veículos leves.
Após um ano onde a produção re-
cuou a patamares só vistos na década de 70, o mercado doméstico do Japão é impulsionado tanto pelos incentivos concedidos a veículos eco-friendly co-mo pelo gradual aumento dos volu-mes exportados. No entanto, perma-necem as questões de longo prazo re-ferentes à sustentação da indústria lo-cal, devido à evolução da demografia do mercado interno japonês e às fortes ambições e ações das montadoras ja-ponesas em outras regiões.
A expectativa referente à demanda doméstica do Japão de crescimento de cerca de 3% em 2010 está fortemente ligada à mudança de preferência dos seus consumidores pelos carros híbri-dos. Para os anos seguintes, estagna-ção e gradual declínio são esperados.
BRICSApesar do processo de recuperação econômica que timidamente se inicia nos países desenvolvidos, a expectati-va é que a produção e as vendas do se-tor sejam puxadas principalmente pe-los países em desenvolvimento, com destaque para os BRICs.
Entre 2009 e 2015 espera-se que a produção mundial cresça 11,5 milhões de unidades e os BRICs deverão res-ponder por 60% desse incremento.
O rearranjo da geografia da capa-cidade global será liderado pela Chi-na (responsável por 30% da evolução), que vem se posicionando estrategica-
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CENÁRIOS
mente para ganhar representatividade no mercado como exportador de veí-culos e relevante produtor mundial.
Destaca-se que a China adicionou cerca de 9 milhões de veículos em sua produção entre 2002 e 2009, contras-tando com a estagnação e mesmo de-clínio ocorrido em muitos outros merca-dos maduros no mesmo período. Con-tando com apoio e incentivos governa-mentais, múltiplas empresas chinesas se direcionam para atender o volumoso mercado interno e atuar decididamente nas exportações, buscando mercados demandantes de seus produtos.
A Índia também terá posição de destaque, respondendo por 16% do aumento de capacidade entre 2009 e 2015. A grande diferença é que se caracterizará mais como um receptor de investimentos, tendo como princi-pais atrativos o mercado consumidor e a possibilidade de operar plataformas globais com custo baixo.
No curto prazo espera-se que as vendas e a produção indiana recebam forte impulso dos lançamentos de mo-delos subcompactos de baixo custo, que podem gerar crescimento de mer-cado em torno de 18% nos próximos quatro a cinco anos. A Índia também deve receber recursos de fabricantes de outros países que pretendem utili-zar as plantas indianas como platafor-mas de exportações de carros com-pactos e subcompactos, com elevado volume e escala.
Apesar das expectativas positivas pa-ra as indústrias automotivas da China e na Índia no que tange ao crescimento das exportações, a limitação de capa-cidade produtiva irá moderar esses vo-lumes, salvo novas decisões que resul-tem em mais investimentos na amplia-ção da capacidade produtiva.
Claramente, os direcionadores de exportação diferem entre esses países. As marcas domésticas deverão domi-nar as vendas externas chinesas, en-quanto a preponderância de marcas
estrangeiras nas exportações deve per-manecer na Índia.
As análises e previsões referentes à Rússia estão sendo reavaliadas e incre-mentadas devido ao programa de reno-vação de frotas lançado em março. Es-tão previstos incentivos governamentais da ordem de US$ 350 milhões a serem aplicados em veículos com mais de dez anos na sua renovação. Apesar de o programa estar baseado e limitado ini-cialmente em 200 mil veículos, há de se monitorar as possibilidades de expan-são dos incentivos. O setor automobi-lístico tem se tornado pilar crucial para o desenvolvimento da política industrial do governo da Rússia.
No Brasil os investimentos anuncia-dos representarão 9% do aumento es-perado no parque industrial automotivo mundial. Porém, a participação do País na capacidade global ainda é diminuta, re-presentando 4%, enquanto a China res-ponde sozinha por mais de 15%.
Entre 2005 e 2009 as vendas de au-tomóveis de passageiros e comerciais leves no País tiveram crescimento anu-al médio de 17,4%, fruto da amplia-ção do mercado consumidor, benefi-ciado pelo:����������� ����� ����������������������������� ���� �������������-
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concorrentes no mercado, com im-pacto sobre os preços dos veículos.Esses fatores têm sido determinan-
tes nos resultados do setor nos últimos anos e deverão contribuir para a expan-são futura, principalmente no que tange ao aumento de renda da população e à
maior concorrência entre os players.Apesar dos condicionantes da de-
manda apresentarem forte consis-tência, do lado da oferta o cenário ain-da é tímido, como mostra a avaliação do desempenho do setor em 2009. O emplacamento de 3 milhões de auto-móveis de passageiros e comerciais le-ves foi um marco na história do setor no Brasil, resultado também da redu-ção do IPI para o setor, como forma de estímulo governamental para con-ter os efeitos da crise mundial. Ocor-re, porém, que a demanda foi atendi-da pelo crescimento da utilização da capacidade do setor e pelo aumento de 32,5% das importações, 60% origi-nárias da Argentina e México, com os quais o Brasil mantém acordos.
CENÁRIOSEm 2010 o mercado brasileiro apre-sentou início forte e promissor, com as vendas facilmente ultrapassando o mesmo período de 2009. A expressiva recuperação econômica impulsionada pela baixa histórica (para padrões bra-sileiros) da taxa de juros dos financia-mentos pode-se traduzir em taxas de crescimento de vendas superiores a 8% em 2010. Contudo, o Brasil não é o único país da América do Sul a apre-sentar essa evolução nos primeiros meses de 2010: as vendas no merca-do interno argentino cresceram a um ritmo próximo de 40% ao ano.
Desta forma, com as vendas na re-
PETRONI, DA PWC: prioridadeem investimento na produção
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CENÁRIOS
gião crescendo fortemente, a produção em ambos os países também se acele-ra. Apesar do ainda fraco desempenho das exportações externas ao Mercosul, as plantas automotivas da região ope-ram em elevado nível de utilização de sua capacidade produtiva instalada.
Mantidas as condições atuais de de-manda e oferta, espera-se que a ca-pacidade de produção das montado-ras instaladas não seja suficiente para atender a demanda interna estimada a partir de 2013. Como resultado, o país poderá observar um crescente aumen-to do volume de importação (em con-tinuidade da tendência observada nes-te momento) e, eventualmente, uma redução de exportações para atendi-mento do mercado global.
Esse gap entre demanda e oferta que se avizinha exige uma reflexão cuida-dosa e importante para o futuro da in-dústria automotiva do País. Representa também uma oportunidade para atra-ção de novos investimentos por mon-tadoras já instaladas ou mesmo novos entrantes. Nesta direção, algumas em-presas recentemente divulgaram suas intenções de investimentos na amplia-ção da sua capacidade produtiva.
Como cenário mais grave para a so-ciedade brasileira, podem ocorrer índi-
ces crescentes de importação e redu-ção ainda maior de exportações. Ame-aças como esta, com graves consequ-ências sociais, devem ser evitadas.
Os fatos expostos anteriormente não permitiram ainda uma correta de-finição do papel que o Brasil terá nes-ta reordenação do mapa de importân-cia dos países no cenário automotivo mundial. Por um lado, o mercado con-sumidor atual e potencial é garantia de crescimento para as montadoras ins-taladas e representa uma grande opor-tunidade para novas empresas. De ou-tra parte, o posicionamento enquanto produtor competitivo leva a questiona-mentos quando da atração de investi-mentos para a produção local.
Nesse ponto reside a elevada impor-tância de se estruturar e executar um conjunto de ações ao longo de toda a cadeia objetivando colocar o Brasil de-finitivamente como prioridade de in-vestimentos produtivos das grandes empresas do setor. A colaboração en-tre os diferentes elos da cadeia produ-tiva, bem como de entidades de clas-se, governamentais e da sociedade se faz necessária para vencer este impor-tante desafio.
Nesse sentido, é necessário intensifi-car os esforços de melhoria do desem-
penho dos fatores que fortalecem a competitividade da indústria automo-tiva brasileira:��"����������������#������������-
volvimento de tecnologias, produtos e processos produtivos focados em ���& �������������������
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ternacionais, buscando novas opor-tunidades de parcerias para fortalecer ������ ��<������� ��
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A dinâmica mundial pós-crise trará inúmeras oportunidades para a econo-mia brasileira. Vale ressaltar, contudo, que a concorrência por investimentos produ-tivos entre as economias será, como se viu anteriormente, muito acirrada.
Neste sentido o Brasil está fazendo avanços importantes, mas ainda tem um grande caminho a ser percorrido.
Ótimo, ter este desafio. �
INVESTIMENTOS PREVISTOS NO BRASIL
Fonte: PWC
PRÉ-SALR$ 190 bi
OLIMPÍADASR$ 20 bi
COPA DO MUNDOR$ 100 bi
PETROBRAS – SEM PRÉ-SALR$ 240 bi
SUCROALCOOLEIROR$ 50 bi
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
São estimadas aplicações de R$ 600 bilhões entre 2009 e 2020
OLIMPÍADASOLIMPÍADR$ 20 bi
016 2017 2018 2019 20014 2015 20
COPA DO MUNDOR$ 100 bi
AS – SEM PRÉ-SAL
014 2015 2000 0 0 0 0 2013 20
PETROBRAR$ 240 bi
OOLEIRO
13 202009 2010 2011 2012 20
SUCROALCOR$ 50 bi
2009 2010 2011 2012 202009 2010 2011 20
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MATÉRIA DE CAPA | AUTOPEÇAS
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DRIBLANDO O XEQUE-MATE
PAULO RICARDO BRAGA
No conturbado período da indústria automobilística nos anos 90, após a abertura às importações promovida pelo governo Collor de Mello, o ponderado presidente do Sin-
dipeças, Paulo Roberto Butori, promoveu uma passeata na capi-tal paulista, mobilizando empreendedores do setor de autopeças e aliados metalúrgicos. O manifesto, estranho para os dias de hoje, protestava contra as facilidades introduzidas na aquisição de componentes automotivos estrangeiros e a quebradeira geral de empresas do setor.
A iniciativa alertava para a brutal desnacionalização no segmen-to, com a chegada do capital estrangeiro para absorver sobras a
preço de banana. Manobras do governo ainda naquela década, por meio da Câmara Setorial da Indústria Automobilística, ca-
racterizadas pela pesquisadora Anne Caroline Posthuma como ‘chicote para os fornecedores e cenouras
para as montadoras’, facilitavam a importação de peças (com imposto de 4,8%) e praticamen-
te vedavam compras de carros estrangeiros com alíquotas de 70% para produtores
não instalados no Brasil.Não foram poucas as mágoas que sobraram daqueles tempos. Para to-mar o rumo da modernidade, as car-roças do presidente Collor atropela-
O SETOR DE AUTOPEÇAS TERMINARÁ O ANO NO AZUL, MAS
A COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS SE DETERIORA A PASSOS
LARGOS, COM A CECADERIZAÇÃO NA INDÚSTRIA
AUTOMOBILÍSTICA – A IMPORTAÇÃO DE
SISTEMAS E COMPONENTES PARA
MONTAGEM LOCAL
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ram empresas de autopeças nacionais de todo tipo. A Sabó é frequentemente apontada como uma das raras sobre-viventes do time de frente.
Duas décadas depois, Butori está disposto a reeditar a passeata se a situação do setor de autopeças se deteriorar. A possibilidade é real. Não que as associadas ao Sindipeças este-jam perdendo dinheiro. Longe disso, a maioria deve sair do ano no lucro, repetindo uma rentabilidade sobre as vendas pelo menos igual à registrada em 2008 que, segundo a Serasa Ex-perian, cravou 5%.
CALOTEUm perigoso passivo e a evolução dos cenários assusta o setor. Não é segre-do que um número expressivo de pe-quenos e médios fabricantes de auto-peças desistiu de recolher impostos e perdeu fôlego para cumprir programas de refinanciamento das dívidas tributá-rias. Em função do calote os empreen-dimentos perdem acesso ao financia-mento oficial a juros generosos.
A prática de adiar o acerto de contas com o Tesouro é tolerada para evitar a quebra de elos na cadeia de produção de um setor em que só as montadoras recolheram R$ 35,7 bilhões em tribu-tos como IPI, ICMS, PIS e Cofins e, junto com autopeças, representaram 5% do PIB nacional de 2009 – ou 23% do PIB industrial. De 1994 a 2009 os investimentos no setor somaram US$ 46,9 bilhões, elevando a capacidade instalada em cinco dezenas de fábricas para 4,3 milhões de veículos e 109 mil máquinas agrícolas por ano. Automo-tive Business calcula que há outros R$ 40,9 bilhões a caminho entre 2010 e 2015, autopeças incluídas à razão de pelo menos US$ 1 bilhão por ano.
Os números estão à altura do fatu-ramento da indústria automobilística, que chegou a US$ 79,9 bilhões em 2009, dos quais US$ 32,5 bilhões com autopeças. Explica-se, assim, a
preocupação em manter os devedo-res de tributos no negócio que pode ter elos frágeis, mas não quebrados.
O passivo financeiro das pequenas e médias empresas de autopeças é engrossado por outro vilão – o câm-bio. Ao inibir as exportações e favore-cer as compras estrangeiras, a moeda forte traz à tona o assustador quadro de pobreza na infraestrutura logística, a ausência de diretrizes setoriais para o crescimento, os tributos exagerados e uma pesada burocracia. Estudo do Banco Mundial em 87 países, de de-zembro, indica que o Brasil é o quarto pior país do mundo em obstáculos burocráticos para a implantação de uma empresa internacional – o que não causa mais surpresa, diante da passividade com que graves revela-ções como essa são atiradas ao es-quecimento.
Executivos da indústria automobi-lística, acostumados a investir pesa-do em pesquisa, inovação e desen-volvimento, estão céticos quanto à possibilidade de acontecer a curto prazo um choque de competitivida-de como o proposto pelo presidente da Anfavea, Cledorvino Belini. Fal-ta punch ao setor para enfrentar a
invasão asiática, como evidenciam a queda na produção e a investida estrangeira no mercado interno, embalada por táticas e operações logísticas eficientes.
BALANÇONo primeiro semestre de 2010 os ve-ículos importados responderam por 17% dos emplacamentos. Mantida essa proporção, até o final do ano te-rão sido vendidos nada menos de 578 mil carros estrangeiros. Nossas expor-tações estão projetadas pela Anfavea
em 530 mil unidades em 2010, um patamar que pode ser alcançado – até a metade do ano já embarcaram 358 mil –, mas ficaremos distantes
das 734 mil unidades enviadas a ou-tros países em 2008.
Esse cenário é um dos agravantes para a decepcionante contabilidade do segmento de autopeças. Enquan-to 2006 registrou um resultado posi-tivo de US$ 1,98 bilhão na balança comercial, no ano seguinte houve um déficit de US$ 84 milhões. Em 2008 o buraco cresceu para US$ 2,53 bi-lhões e em 2009 para US$ 2,48 bi-lhões. Este ano, com a avalanche de compras no exterior, o sinal vermelho aponta para um número superior a US$ 4 bilhões, sinalizando crescente perda de competitividade.
O alerta chegou ao gabinete do ministro Miguel Jorge, do MDIC, que encampou a proposta do Sindipeças para eliminar o desconto histórico de 40% nas tarifas de importação para componentes destinados às linhas de produção (no aftermarket não há re-dução). A proteção vingou, mas em meados de julho havia sinais da bar-reira ser estendida em quatro etapas de 10%, até meados de 2011.
Seria o tempo exigido pelos inte-grantes da Anfavea para colocar a casa em ordem. O ritmo da mudança desagradou o Sindipeças, que no final de junho já conhecia a proposta da
PAULO BUTORI, do Sindipeças:atenção às pequenas empresas
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MATÉRIA DE CAPA | AUTOPEÇAS
Em bilhões.
FATURAMENTO DAS EMPRESAS DE AUTOPEÇAS
2007 2008 2009 2010
R$ 68,28 R$ 75,17 R$ 65,01 R$ 75,09
US$ 35,06 US$ 40,99 US$ 32,56 US$ 41,26
Estimativa para 2010.
INVESTIMENTO DO SETOR DE AUTOPEÇAS
2007 2008 2009 2010
US$ 1,385 US$ 1,503 US$ 900 US$ 1,330 bilhão bilhão milhões bilhão
FATURAMENTO DO SETOR POR SEGMENTO
Montadora 70,6%Reposição 12,7%Exportação 11,7%Intrassetorial 5,0%
Em US$ bilhões. Estimativas para 2010. Fonte: Sindipeças
BALANÇA COMERCIAL DO SETOR DE AUTOPEÇAS
2006 2007 2008 2009 2010
Exportações 8,764 9,131 10,071 6,636 9,601
Importações 6,779 9,216 12,610 9,124 13,524
Balanço + 1,984 - 0,084 - 2,539 - 2,488 - 3,923
entidade dos fabricantes de veículos para a relação de peças sem similar nacional que estarão livres da majora-ção nos tributos.
O imbróglio da década de 90 foi pior que o atual para as empresas de autopeças, na avaliação do presidente do Sindipeças – mas o momento me-rece avaliação cuidadosa. Proteções como a eliminação dos 40% nas tari-fas de importação são recebidas pelo setor como uma compensação ao custo Brasil, que reduz a capacidade de competir. São, no entanto, como aspirina para o doente: baixam a fe-bre, mas as causas permanecem. No caso, permitirá ao setor ganhar tempo enquanto trabalha para uma reforma estrutural entrar em gestação.
CECADERIZAÇÃOA lista de exceções sugerida pela An-favea tem importância prática e afeta a decisão de fazer ou não um produto veicular no País. As empresas estão
cada vez mais zelosas em avaliar o que deve ser fabricado em casa, con-tratado junto a terceiros no mercado local ou simplesmente importado.
Butori entende que há uma ceca-derização crescente no setor, com a importação de sistemas e veículos desmontados para manufatura lo-cal, a exemplo do que acontece no Polo de Manaus com a chegada de fabricantes de motocicletas asiáticos. A iniciativa deve ganhar força na área de sis-temas veiculares, automóveis e comerciais.
Analistas alertam que a revoada dos asiáticos para o Brasil provocará uma infestação de players no setor e uma disputa predatória, com práticas nem sempre desejáveis. Esse mecanismo traz novos desafios à indústria local de autopeças, apesar da recomposição na barreira às importações, e pode trazer baixas significativas.
O próprio Belini admite que há players demais na praça, à espera do crescimento do mercado interno. Eles estariam guardando posição, sa-bendo que haverá corte de cabeças. O avanço estrangeiro começa pelo aftermarket, com casos de pirata-ria e materiais de baixa qualidade, e prossegue na maioria das vezes em operações de montagem de discutível compromisso com o futuro.
Junto com entidades do setor au-tomotivo o Inmetro
ensaia uma in-vestida contra
aventureiros, apoiado na legislação e me ca nismos
que funcionam como filtros da
qualida de e de práticas de dum-
ping. As armas ini-ciais são a exigên-
cia de certifica-ção e homolo-gação dos pro-dutos estran-geiros, exigidas
por lei mas dri-blada por artifí-cios. Caberia tam-bém à Receita Fe-deral e outros ór-gãos do governo agir exemplarmen-te, com idêntico cuidado na apro-vação de importa-
ções e projetos.
CLEDORVINO BELINI: players demais esperam crescimento
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MATÉRIA DE CAPA | AUTOPEÇAS
No fechamento desta edição, em meados de julho, o Sindipeças havia concluído o estudo de ca-
pacidades e gargalos do setor de auto-peças, iniciado há três ou quatro meses. O que faltava era a interpretação dos resultados e um melhor entendimen-to das rápidas e profundas mudanças no setor de autopeças. “Precisamos de mais duas ou três semanas para divulgar as conclusões” – adiantou na ocasião Flávio Del Soldato, diretor da Automotiva Usiminas, conselheiro da entidade e um dos principais respon-sáveis pelo levantamento.
Os organizadores da avaliação admi-tiam dificuldade em precisar a análise, uma vez que as empresas, produtos e clientes finais formam uma colcha de re-talhos, dentro de um quadro complexo para a indústria automobilística. Antes do relatório final estavam sendo ouvidos representantes de compras e logística das montadoras, que promovem estu-dos similares junto aos fornecedores.
Del Soldato assegurou que os ní-veis de qualidade ao longo da cadeia não pioraram. O que transpareceu no levantamento foi um elevado custo para preservar em níveis adequados as especificações exigidas por padrões in-ternacionais. Embora não tenha detec-tado dificuldades maiores na entrega de autopeças aos fabricantes de veícu-los, ele admitiu falhas no atendimento à área de reposição.
quando se trata de fazer horas extras ou introduzir novos turnos. “A coisa muda de figura quando é preciso investir pe-sado em capacidade” – garante.
A notícia de que os níveis de quali-dade se mantiveram não é alentadora. Longe disso. Apesar do amadureci-mento na área de suprimentos no País, há falhas a corrigir, como já demonstra-va estudo do Sindipeças apresentado em março de 2007, durante seminário em São Paulo. Na época já ocorria uma preocupação em promover ganhos de competitividade. O relatório alertava
para os custos da não-qualidade, que chegava a 2,6% sobre o faturamento, em média ponderada.
Uma das principais interrogações no momento é como evolui a quali-dade de peças e sistemas diante dos índices apresentados em mercados mais maduros, como o europeu e norte-americano. O crescimento da produção, acompanhado de um nú-mero crescente de recalls, não leva a crer em grande melhora na radiografia do abastecimento.
LOGÍSTICAOs fabricantes de veículos aperfeiçoa-ram suas operações no Brasil, assim como em outras partes do mundo, adotando práticas para se tornarem enxutas. Os estoques de materiais foram empurrados para trás, aos for-necedores, e os veículos adiante, na
SETOR VULNERÁVEL PAGA PELA NÃO-QUALIDADEO SINDIPEÇAS AVALIA O RECENTE ESTUDO DE CAPACIDADES E GARGALOS, CONCLUINDO QUE O PROBLEMA MAIOR É O CUSTO DA NÃO-QUALIDADE. MAS FALTAM COMPONENTES NO MERCADO
FLÁVIO DEL SOLDATO coordenaestudos de gargalos no Sindipeças
Situação de relativo desabasteci-mento foi detectada por Automotive Business junto a usuários de rolamen-tos, bombas d’água e tambores de freio, especialmente no aftermarket. Outros alertas de gargalos pipocaram com a escassez de aços e de pneus para veículos comerciais, na outra ponta. A explicação estaria em falhas na comunicação e nas mudanças fre-quentes de ritmo nas encomendas. “Em uma cadeia de produção longa como a automotiva a retomada leva tempo” – enfatiza Letícia Costa, sócia-diretora da Prada Assessoria.
Para a consultora, é mais certo en-contrar reações rápidas dos parceiros
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MATÉRIA DE CAPA | AUTOPEÇAS
REVOADAO cenário internacional não ajuda. Há excesso de produção de veículos e componentes em praticamente todas as regiões do planeta, levando empre-sas a dirigir esforços a mercados vi-gorosos como o brasileiro – o quinto maior do mundo em junho, atrás da China, Estados Unidos, Japão e Ale-manha, que se recupera da crise. O re-sultado é uma revoada ao País em bus-ca de oportunidades, trazendo no bojo mercadorias para consumo imediato ou projetos como balão-de-ensaio.
Paulo Butori, presidente do Sindipe-ças, explica que essas operações se be-neficiam da relação cambial no início,
com a importação de má-quinas e componentes para manufatura, mas a realidade depois é bem diferente. “Elas vão enfrentar as mesmas difi-culdades das outras e perder competitividade.”.
A chegada de fabricantes coreanos e chineses traz in-quietações entre os forne-cedores locais com a pos-
sibilidade de desembarcarem novos competidores no segmento de auto-peças, estendendo a prática do follow sourcing. Capitalizadas, enxutas e com encomendas garantidas, as recém-chegadas estariam de olho também nas montadoras tradicionais.
DISPUTAAs relações entre montadoras e seus parceiros da cadeia de suprimentos estão longe de serem cordiais. A re-alidade ficou evidenciada quando a Volkswagen criticou duramente for-necedores locais nos segmentos de plásticos, iluminação e sistemas ele-trônicos para controle do motor, que não estariam à altura dos equivalentes europeus e asiáticos.
Para Garcia Sanz, principal execu-tivo global da montadora na área de compras, faltaria ao grupo de empre-
LETÍCIA COSTA, da Prada: cadeialonga demora mais para reagir
sas brasileiras compromisso de longo prazo e investimentos em capacidade, tecnologias de produção, controle de qualidade e novas ferramentas de trabalho. Elas não seriam pontuais e competitivas, fazendo constantes pedi-dos de reajuste de preço – ao contrário de europeus e asiáticos.
A resposta do Sindipeças, divulgada na manhã de 25 de junho, foi escrita após dias de irritação com a Volkswa-gen. Para a entidade, as críticas da montadora e a ameaça à indústria na-cional, com promessas de trazer novos fornecedores, são destrutivas e apon-tam os canhões a alvo errado.
Na trajetória para a produção de mais de cinco milhões de veículos por ano, como quer o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, há tarefas e desafios de sobra para empresas, entidades e governo. No âmbito do ministério da Indústria e Comércio existem estudos para direcionar o setor automotivo a níveis mais elevados de competitivida-de, mas dificilmente um pacote radical prosperará sob a bandeira do governo atual, diante da campanha eleitoral. Se a oposição vencer, tudo pode voltar à estaca zero.
Diversas entidades promovem es-tudos setoriais e têm levado pleitos ao governo, temendo ficar fora de eventu-ais decisões precipitadas. É o caso do Sindipeças, Anfavea, Abimaq, Fiesp e Sindiforja. Se o movimento crescer, só mesmo uma câmara setorial poderá analisar as questões centrais da indús-tria e sugerir os caminhos a seguir. �
distribuição. Embora simplista, a ima-gem sugere que o sistemista, ou tier 1, ganhou a responsabilidade de zelar pelo funcionamento adequado dos elos precedentes na cadeia. Em um segmento pautado por extrema com-petição, no entanto, a prática de dar a mão ao vizinho não decolou.
Recorrer a suprimento no exterior em face de deficiências internas é coisa para empresa grande, devido às dificulda-des contratuais, garantia de qualidade, pontualidade e problemas logísticos. Pequenas e médias não se aventuram nesse campo. Apesar de todos os en-traves, Fiat e Volkswagen garantem que o aço coreano chega à porta de suas fá-
bricas 10% a 20% mais barato que o da Usiminas ou CSN, com todos os custos logísticos embutidos.
O Sindipeças possui cinco centenas de empresas associadas, distribuídas em 13 setores. Entre elas, quatro de-zenas são sistemistas, que entregam pacotes prontos às montadoras, como suspensões ou painéis de instrumentos completos. Mas a maioria das filiadas à entidade é constituída por empresas de menor porte, vulneráveis às crises. É jus-tamente esse grupo que mais preocupa.
As causas do aperto passam por pro-blemas que vão da valorização do aço à competição crescente que segura o preço dos automóveis no varejo. Com a dificuldade no repasse de custos na cadeia de suprimento e produção, in-cluindo ganhos trabalhistas expressivos nos últimos meses, há uma forte dispu-ta pela divisão nas margens de lucro.
AUTOPEÇAS | HISTÓRIA
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MOBILIZAÇÃO É PALAVRA DE
ORDEM NO SEGMENTO DE
AUTOPEÇAS
Toda história começa com uma data. Na indústria automobilísti-ca brasileira podemos considerar
16 de junho de 1956 como o marco. Nessa data nascia o Grupo Executivo da Indústria Automotiva (GEIA) e com ele a base para o desenvolvimento da engenharia automotiva nacional. Mas antes do GEIA, um grupo de fabri-cantes de componentes de reposição para o segmento decidiu proteger sua iniciativa no Brasil. A ideia era defender os fabricantes nacionais das impor-
tações. Em 15 de setembro de 1953 nascia o Sindipeças – Sindicato Nacio-nal da Indústria de Componentes para Veículos Automotores –, com cerca de 400 associados.
As linhas de produção evoluíram e atualmente são cinco centenas os fa-bricantes de autopeças filiados, núme-ro que já ultrapassou a casa do milhar. Em 2009, faturaram US$ 34,9 bilhões, investiram em torno de US$ 900 mi-lhões e empregaram 205 mil pessoas.
Essa contabilidade, quase seis dé-MARTA PEREIRA
ENTRE ALTOS E BAIXOS
JUSCELINO KUBITSCHEK estimulou a indústria automobilística, enquanto Ramiz Gattás (de óculos) foi um dos articuladores do setor de autopeças nos anos 50 e 60 e da constituição do Sindipeças. Na Albarus (no alto),
adquirida pela Dana, um grupo inspeciona autopeças. Na ZF (ao centro), operário faz a usinagem de componentes. A produção de rodas de aço teve
como pioneira a Fumagalli, de Limeira, SP (à direita).Encontre também boas informações sobre os primórdios da indústria
automobilística em www.dana.com.br/historia
ITSCHEK l d b l
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AUTOPEÇAS | HISTÓRIA
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A história da MRS se confunde com a trajetória da industrialização no Brasil. Na década de 40, o casal Irma e Fausto Cestari, descendente de imigrantes italia-nos, saiu do interior de São Paulo rumo à região do ABC, atraído pelas oportunida-des. Logo, ambos se empregaram. Con-tudo, motivados por um sentimento em-preendedor, resolveram investir em um negócio próprio: iniciaram a prestação de processo de usinagem à INA, em sua própria casa. Surgiu, assim, em 1946, a Oficina Mecânica Irma Cestari.
Na década de 1960, Celso Cestari, filho do casal, passou a atuar na área comercial da empresa e começou a forne-cer peças para Ford, Simca e Chrysler, algumas das principais indústrias do setor à época. Paralelamente, investiu no mercado de reposição de pesados e iniciou a atuação no segmento que se tornou o carro-chefe da metalúr-gica. Das linhas de produção saíam produtos como embuchamento da manga do eixo, vareta de válvula, pinos e buchas da mola, garfos, pastilhas e eixo do câmbio, anéis e porcas, e estampados.
Os bons resultados estimularam a ampliação do empreendimento, que passou a se chamar Indústria Metalúrgica Irma Cestari. Na década de 1980, construíram uma nova planta, mais moderna, em Mauá, Grande São Paulo.
No começo dos anos 1990, a Indústria Metalúrgica Irma Cestari enfren-tou dificuldades, com as mortes de Fausto Cestari, idealizador do negócio, e de Celso Cestari. Aos imprevistos familiares, somou-se o contexto do País, com a abertura econômica e o Plano Collor.
Fausto Cestari Filho, com a ajuda da mãe, assumiu a empresa e ini-ciou um processo de reestruturação. Em 1997, a Indústria Metalúrgica Irma Cestari tornou-se a MRS Componentes Automotivos e, como estratégia para vencer a crise instalada no setor automotivo, com a concorrência do mercado externo, tomou curso inverso da maioria das empresas nacionais e comprou outras com perfil semelhante, a exemplo da Metalauto, fabri-cante de buchas e conexões. Outra tática adotada para superar o período desfavorável foi a diversificação de produtos e processos.
O tempo passou e a MRS alcançou uma atuação diferenciada e abran-gente, fornecendo para o mercado nacional e países da América Latina, Europa e Ásia. Atualmente, 30% do faturamento advêm do fornecimento direto para montadoras e 70%, para o mercado de reposição de pesados.
O espírito inovador ainda se faz presente. Recentemente foi lançada a Cestari Freios, a nova linha da empresa em sistema de freios e componen-tes para veículos pesados.
EM VEZ DE VENDER, COMPRARA HISTÓRIA DA MRS, QUE COMEÇOU EM 1946 COMO OFICINA MECÂNICA IRMA CESTARI
cadas depois, carrega muita história. História sempre pautada pela proteção do segmento, com capítulos memorá-veis. Como na ocasião em que Paulo Butori, atual presidente do Sindipeças, promoveu uma passeata na capital paulista, mobilizando fabricantes de autopeças e aliados metalúrgicos em protesto contra a derrubada das bar-reiras à importação de componentes para veículos.
A referida manifestação aconteceu nos anos 90, depois do governo Collor afirmar que os carros brasileiros eram verdadeiras carroças e, para “corrigir tal atraso”, promoveu a abertura do mercado para os veículos importados e para o capital estrangeiro. Sem re-gras que protegessem minimamente a indústria local, houve uma grande desnacionalização no segmento, com a aquisição de grandes e tradicionais fabricantes, como Cofap e Metal Leve, por multinacionais. “Das 1.600 empre-sas do setor sobraram seis centenas, a maioria com capital internacional”, reforça Butori.
Às que sobreviveram foram impos-tos outros desafios. Para acompanhar o movimento de globalização e o rit-mo das montadoras recém-instaladas no Brasil, foram necessários grandes investimentos em tecnologia, parque fabril, contratação e qualificação de mão de obra. De 1990 até 2009, o segmento de autopeças investiu apro-ximadamente US$ 21 bilhões.
RENOVAÇÃOSurgiu então uma indústria totalmente renovada que, segundo Fausto Cesta-ri Filho, diretor da MRS, fabricante de componentes automotivos com 60 anos de mercado, colocou o País no cenário internacional. “Hoje, o Brasil é o sexto maior produtor mundial de veículos, com capacidade para crescer ainda mais e, sobretudo, altamente competitivo tecnologicamente.”
As transformações tecnológicas são
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PAULO BUTORI, presidente da entidade de fabricantes de autopeças
notadas no maior índice de automação e no uso de equipamentos baseados em sistemas eletrônicos, que têm se in-tensificado nas diversas etapas do pro-cesso produtivo, tanto nas montadoras quanto na sua cadeia de fornecedores.
Com isso, a produtividade das fábri-cas aumentou, e muito. Nos anos 80, cada trabalhador produzia cerca de oi-to unidades por dia. Em 1998, eram 19,1 veículos. Isso porque a nova tec-nologia abriu a possibilidade de maior volume de produtos com número de trabalhadores relativamente menor do que o mobilizado com a tecnologia da década de 80. “A regra era otimizar e racionalizar para incrementar o volu-me de produção e a rentabilidade”, diz Cestari Filho.
Tal avanço não significou, entre-tanto, aumento do desemprego. É necessário fazer o raciocínio inverso: o aumento da produtividade permitiu mais lucros que, por sua vez, geraram investimentos, não somente por parte da indústria automobilística, mas por inúmeros outros setores da economia, promovendo a criação de novos pos-tos de trabalho.
O aperfeiçoamento tecnológico também afetou as relações trabalhis-tas, que a partir dos anos 50 começou
a sofrer grandes mudanças, graças ao fortalecimento do movimento sin-dical, no rastro do desenvolvimento da indústria automobilística brasileira. Com o aumento da produtividade, os empregados começaram a discutir melhores condições de trabalho: me-nos horas, descansos semanais, férias. Ganharam em qualidade de vida e tempo para investir no aperfeiçoamen-to profissional.
O setor enxergou a oportunidade e passou a oferecer condições para a qualificação da mão de obra local: salas de aulas foram instaladas den-tro das fábricas, firmaram-se parcerias com escolas profissionalizantes, come-
çaram a subsidiar cursos. Hoje, essas ações constam do balanço social das grandes empresas e são apreciadas pela sociedade e pelos acionistas.
Evidentemente nem tudo são flores. Como bem define Paulo Butori, o seg-mento de autopeças vive entre altos e baixos. Recentemente, passou por outro período de baixa, que teve início em setembro de 2008, quando foi de-flagrada a crise econômica mundial. Apesar de o mercado interno manter os níveis de produção e vendas, as ex-portações caíram expressivamente, de US$ 10 bilhões em 2008, para US$ 6,6 bilhões no ano passado. O faturamen-to registrou queda de US$ 40,9 bilhões para US$ 34,9 bilhões. Para este ano, a previsão é de alta: em torno de 5,5%.
Aos poucos, a curva começa a se as-cender. Mas a mobilização do Sindipe-ças na proteção do setor é constante. Atualmente, as forças estão voltadas para as pequenas e médias empresas, as mais fragilizadas. Segundo Paulo Butori, sobretudo para evitar a quebra-deira dos anos 90 e manter a compe-titividade da indústria nacional, amea-çada por problemas de infraestrutura, a elevação de custos de produção, o aperto nas margens de lucro e uma nova invasão de capital estrangeiro. �
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SINDIPEÇAS QUER
ESTIMULAR AS
EMPRESAS DE
MENOR PORTE,
QUE SÃO AS MAIS
FRAGILIZADAS
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MERCOSUL AUTOMOTIVO | AMÉRICO NESTI
VOCÊ CONHECE AS REGRAS DOS NEGÓCIOS?
NÃO EXISTE MAIS UM REGIME
AUTOMOTIVO BRASILEIRO FORMAL.
O PAÍS TENTA AJUSTAR AGORA
OS MECANISMOS DA TEC PARA
DISCIPLINAR AS RELAÇÕES NO
MERCOSUL E AS NEGOCIAÇÕES COM OUTROS
MERCADOS. SAIBA COMO ISSO DEVERIA FUNCIONAR
P ara responder perguntas sobre o Regime Automotivo
Brasileiro e as relações que governam o Mercosul Automotivo pesquisei dados de diversas fontes, incluindo a internet. Como nem todas as referências históricas são claras e as idas e vindas se multiplicaram nas negociações, conversei com pessoas envolvidas profundamente nas discussões que levaram à edição das leis e regulamentações. O objetivo foi resumir o que está valendo ou não, na teoria e na prática.
O Regime Automotivo Brasileiro, que realmente existiu como lei no período de 1996 a 1999, surgiu como resposta a duas necessidades do País naquela época: harmonizar políticas fiscais do setor automotivo entre Brasil e Argentina, objetivando a formação do Mercosul; e dar um choque de oferta no mercado brasileiro de veículos e autopeças. Como veremos a seguir, as
duas vertentes se juntaram no Regime Automotivo Brasileiro, peça importante no desenvolvimento da indústria no Brasil e na região.
HARMONIANo começo dos anos 90 Brasil e Argentina, junto com Uruguai e Paraguai, trabalhavam para criar as condições que levariam à formação do Mercosul. A visão inicial era que o Mercosul seria uma união aduaneira com uma tarifa externa comum (TEC) para importações de extrazona. Em setembro de 1994 foi assinado o Acordo de Ouro Preto (que entrou em vigor em janeiro de 1995), criando regras para os vários setores da economia. As específicas de transição para o setor automotivo deveriam vigorar até 31 de dezembro de 1999.
O Brasil, com um mercado automotivo altamente protegido e verticalizado, viu a necessidade de harmonizar as políticas fiscal e industrial com a Argentina,
que vivia um momento totalmente distinto. Nesta época, o peso argentino tinha a mesma cotação do dólar norte-americano e o mercado consumidor estava em franco crescimento. A indústria automotiva argentina adotava modelo menos verticalizado e, além disso, era permitido às montadoras a importação de US$ 1,20 de peças e componentes, com imposto de apenas 2%, para cada US$ 1,00 exportado(*).
Se antes de janeiro de 1995 havia negociações anuais sobre a quantidade de veículos que seriam importados e exportados entre os dois países, a partir da assinatura do Acordo de Ouro Preto o Brasil efetivamente abriu seu mercado à importação de qualquer quantidade de veículos produzidos na Argentina, expondo o mercado nacional a um novo tipo de competição.
As autoridades e a indústria brasileira se
AMÉRICO NESTIEx-presidente da Lear América
do Sul no período 1999-2009. Atualmente assessora a Lear Corporation na busca de novos negócios na região
e é também conselheiro do Mercoparts e do Sindipeças
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deram conta de que, com o mercado brasileiro aberto para entrada do produto argentino, haveria um forte incentivo à instalação de novos projetos da indústria automobilística naquele país. Para diminuir o desequilíbrio com as condições de importação na Argentina foram criados redutores sobre as alíquotas do imposto de importação de peças no Brasil (reduções sobre o imposto então vigente de 14%, 16% e 18%). A tabela mostra o redutor do imposto de importação em diferentes períodos.
CHOQUE DE OFERTAEm meados dos anos 90 o programa do Carro Popular, que incentivava com impostos mais baixos a produção de carros com motor de 1,0L, já trazia seus efeitos positivos. Porém, acreditava-se ser possível criar condições necessárias para outras montadoras de veículos virem ao Brasil com novos investimentos. Para incentivar essa expansão além dos redutores introduzidos na importação de autopeças o Regime Automotivo baixou, ainda, durante sua vigência, o imposto de importação de máquinas e equipamentos para 2%, mediante condições definidas no Decreto 2.072 de novembro de 1996.
Do início de 1996 até 31 de dezembro de 1999 vigorou o
Regime Automotivo(**), que atraiu uma série de newcomers (novas montadoras de veículos) com instalações no mercado brasileiro, além de uma série de novos sistemistas e fornecedores de componentes. O setor automotivo brasileiro se expandia com os benefícios fiscais oferecidos nesse período.
Entre 2000 e 2005, com o fim do Regime Automotivo no Brasil e da regra US$1,20 x 1,00 na Argentina, os dois países concordaram em seguir o caminho de harmonização de suas tarifas de importação. O objetivo era convergir as tarifas de importação de ambos os países, aplicando-se uma Tarifa Externa Comum (TEC) às importações de extrazona, garantindo tarifa zero para as operações realizadas intrazona.
Como sabemos, as coisas não caminharam exatamente assim – e o planejado não aconteceu. A Argentina implementou tarifas de importação de 7%, 8% e 9%, que ano a ano seriam aumentadas até chegar a 14%, 16%
(*) Há opiniões que esta liberalidade na importação de autopeças na Argentina foi um dos fatores importantes no declínio da indústria naquele país.
(**) Os instrumentos legais para implementação do Regime Auto-
motivo Brasileiro foram a medida provisória 1.536 editada na segunda metade de 1995 e reeditada diversas vezes. Esta MP se transformou na lei 9.449, aprovada em 15/03/1997. Interessan-temente, a regulamentação desta lei foi feita pelo decreto 2072 de novembro de 1996 (portanto antes da vigência da lei). A lei 9.440, aprovada em 14/03/1997, também relacionada ao Regi-me Automotivo Brasileiro, tratava especificamente de incentivos e benefícios para montadoras de veículos se estabelecerem no Nordeste. Recentemente, a vigência de alguns artigos desta lei foi prorrogada até 2015.
e 18% em janeiro de 2005. O Brasil, por sua vez, se comprometeu a gradualmente eliminar o redutor de 40% na tarifa de importação vigente desde 1998, evoluindo dos efetivos 8,4%, 9,6% e 10,8% no final de 1999 para tarifa de importação cheia de 14%, 16% e 18% em 2005.
A Argentina cumpriu sua parte com o gradual aumento dos impostos e o Brasil, em fevereiro de 2001, converteu a Medida Provisória que concedia uma redução de 40% de Imposto de Importação sobre as alíquotas do setor de autopeças na Lei 10182, que continua vigorando até hoje.
Assim sendo, o Brasil acabou não cumprindo
o acordo firmado com a Argentina para eliminar o redutor gradualmente até 31/12/2004, conforme fora definido no Decreto 3816 de maio de 2001.
Existe agora a decisão de eliminar o redutor de 40% sobre o imposto de importação no Brasil. A partir do momento em que os efeitos da Lei 10182 forem extintos, a eliminação do redutor vai igualar as tarifas de importação de autopeças de terceiros países no Brasil e na Argentina, eliminando as assimetrias e facilitando as negociações de acordos comerciais entre o Mercosul e outros blocos econômicos.
Hoje não temos uma política industrial para o setor. As preocupações sobre a competitividade e o crescente déficit da importação/exportação de veículos e autopeças devem trazer esta importante discussão à pauta novamente. �
1996 85%*
1996 70%
1997 55%
1998 40%
1999 40%
* Para insumos já embarcados até a data de publicação do Decreto 2072 de novembro de 1996
ttaa de bbro r de de de e e e de 1999999999999999919999666666666666666666
REDUTOR DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
(Contribuíram: Luiz Carlos Auler Pereira e Antonio C. Meduna)
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AUTOPEÇAS | MELHORES PRÁTICAS
CORPO E ALMA DO NEGÓCIO
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Antes de investir em inovação e nos mais modernos recursos de tecnologia da informação, o foco é construir e fortalecer o tripé básico: qualidade, pontualidade e preço (competitividade). Parece simples, mas não é. Es-
pecialmente em um cenário aquecido, em que a produção local caminha para superar os 4 milhões de veículos por ano, até 2014.
Para atender à demanda crescente, montadoras e fornecedores têm de tra-balhar em sintonia fina, como corpo e alma. Até porque essa projeção envolve a movimentação de cerca de 32 bilhões de peças por ano, considerando que para a montagem de um veículo são necessários mais de 8 mil itens. Além disso, está embutida nesse desafio a preocupação com gerenciamento, processos de produção, controle de qualidade, tecnologias diferenciadas, logística adequada, planejamento e o principal: qualidade.
Análise recente das premiações concedidas pelas montadoras aos fornecedo-res nos últimos dois anos, realizada pela consultoria Kaiser Associates, revela que muitas empresas de autopeças são reconhecidas por mais de uma delas por te-rem uma cultura interna que busca excelência em qualidade.
“Estranhamente, diversas das grandes autopeças (curiosamente as maiores) com operação no Brasil não obtiveram o reconhecimento por mais de uma mon-tadora no atendimento dos requisitos estabelecidos”, diz David Wong, vice-presi-dente da Kaiser Associates.
Em uma indústria em que a qualidade e a competitividade são requisitos-chave de sustentabilidade, Wong diz ser cabível questionar se de fato o setor está em condição competitiva para concorrer em nível global ou se o País voltará a uma situação de necessidades protecionistas para o segmento.
Wong considera algumas hipóteses para a ausência das grandes autopeças entre as reconhecidas pelas montadoras:��O modelo sistemista penaliza o último elo da cadeia, que fica encarregado de
“resumir” a qualidade e a competitividade que, de fato, não atinge os requisitos – a cadeia não possui qualidade/competitividade
��O sistemista enfrenta dificuldades na gestão de uma cadeia mais complexa, que antes era da montadora, e ainda não se adequou aos novos requisitos
SOLANGE CALVO*
MONTADORAS E FORNECEDORES.
UMA RELAÇÃO ESTREITA, MARCADA
PELO DESAFIO CONSTANTE DE
GARANTIR QUALIDADE, PONTUALIDADE E
COMPETITIVIDADE. COMO CONQUISTAR
O PRESTÍGIO NA CADEIA DE PRODUÇÃO?
DAVID WONG, da Kaiser:em foco a competitividade
ESTRANHAMENTE
SÃO POUCAS AS
GRANDES EMPRESAS
DE AUTOPEÇAS
PREMIADAS PELAS
MONTADORAS
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AUTOPEÇAS | MELHORES PRÁTICAS
PECADOS CAPITAIS�Não se preocupar em inovar e investir em tecnologia �Não investir na capacitação dos funcionários�Pensar somente no pontual e não projetar��Não manter a constância da melhoria e da qualidade e
cair em indisciplina�Não ser pontual na entrega e fiel à quantidade�Não aprimorar processos�Não realizar planejamento avançado�Estabelecer a política: quando um ganha o outro perde�Não disseminar o conhecimento na empresa�Não investir no bem-estar dos funcionários
Fontes: Dana, Fiat, Kaiser Associates, Plascar, Prime Action e Sindipeças
��Critérios outros que dificultam que as grandes autopeças sejam agraciadas por mais de uma montadora Na análise da Kaiser Associates,
endereçar o entendimento dos dois primeiros pontos é o objetivo, neces-sitando avaliar a questão da qualida-de que os sistemistas enfrentam com seus fornecedores. Independentemen-te dos diversos motivos, Wong acredita ser prudente promover a melhoria de qualidade e de competitividade das di-versas cadeias de fornecimento se há a meta de ter uma indústria qualificada e
competitiva em nível global.O quadro que se estabelece é um
velho conhecido. De um lado as mon-tadoras com suas sacolas, disparando pedidos, e do outro os fornecedo-res de autopeças aditi-vando processos para o pronto atendimento. Como manter o fôle-go? Como conquistar o prestígio das mon-tadoras? Em momen-tos de pico, os gargalos
aparecem, as negociações sacodem os preços e a qualidade pode ser com-prometida.
DESAFIO DA QUALIDADE “Qualidade é a imagem da empresa”, categoriza Arnaldo Brazil, diretor de Projetos e Planejamento da consultoria Prime Action. Com o crescimento do setor, prossegue o executivo, surgem entraves na produção e ambos os la-dos têm de alinhar processos e capa-citar pessoas em um esforço conjunto. “Para vencer a concorrência, é preciso ter uma cadeia de produção eficiente. Ela deve ser ágil e flexível.”
O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes Automotores (Sindipe-ças) faz um estudo para identificar gar-galos toda vez que existe crescimento no setor. “A partir da identificação dos problemas, são convocados os asso-ciados para que discutam os resulta-dos e então tracem suas estratégias de solução”, diz Américo Nesti, conse-lheiro da entidade.
Com 519 empresas associadas, que detêm entre 90% e 95% do
faturamento total da indús-tria nacional, o Sindipeças
promove vários cursos e palestras para ajudar na conquista dos níveis exi-
gidos de qualidade. “Para fornecer às montadoras, as autopeças têm de seguir cri-térios dessa indústria. Desen-volvimento de peças com zero defeito, validação e testes são as regras do jogo. Tem de saber jogar”, avisa Nesti.
Outro forte nível de exi-gência, segundo o conse-lheiro, é quanto à entrega. Se o carro for produzido a cem unidades por dia,
os fornecedores terão de demonstrar que são capazes
de cumprir além dessa meta. Tudo isso apoiado em planeja-
ARNALDO BRAZIL, da Prime Action:qualidade é a imagem da empresa
PARA VENCER A
CONCORRÊNCIA
É PRECISO UMA
CADEIA DE
PRODUÇÃO
EFICIENTE, ÁGIL
E FLEXÍVEL
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ANDRÉ NASCIMENTO, da Plascar:qualidade com funcionários motivados
mento avançado de todas as etapas de fabricação das peças.
“As montadoras irão premiar os for-necedores que têm os melhores níveis. Normalmente, elas usam critérios co-mo pontualidade, qualidade (medida por ppm, um índice da indústria) e pre-ço (negociação econômica ou compe-titividade)”, diz Nesti.
E os fornecedores sabem disso. Al-cançar excelência em qualidade passa antes por um pré-requisito fundamen-tal que é o investimento em pessoas. Quem empunha essa bandeira é a Plas-car, indústria de partes e peças de aca-bamento externo e interno para veículos automotores. Não por acaso, coleciona premiações. Entre elas, a Melhor em-presa para se trabalhar no Brasil, na categoria de companhias com mais de 2 mil funcionários, concedida pelo Jor-nal Valor Econômico em 2008 e 2009. Avançou 30 posições neste ano, em re-lação a 2009, no ranking das Maiores e Melhores, promovida pela Revista Exa-me, da Editora Abril.
André Nascimento, presidente da Plascar, diz que a qualidade vem de funcionários motivados em todas as áreas. “Somente dessa forma obtemos bons resultados.” O executivo acres-centa que o compromisso com a efici-ência levou à criação de um Centro de Tecnologia de Manufatura (CTM) para o desenvolvimento de treinamento, metodologias, processos, entre outros procedimentos.
A Plascar fornece peças que ficam às vistas dos clientes (montadoras e usuários dos veículos) como para-cho-ques, painéis de instrumentos, volan-tes, laterais de porta, pintura de peças plásticas e carpetes. “É uma qualidade percebida. Não tem como não fazer o melhor”, destaca Nascimento.
O presidente da sistemista Dana, Har-ro Burmann, também não abre mão da segurança e do bem-estar dos funcioná-rios. “Essa preocupação vem antes do esforço pela qualidade”, diz o executivo,
que acredita em bons resultados quan-do o time trabalha em ambiente confor-tável, protegido e saudável.
Na cartilha de Burmann, ainda exis-tem quatro critérios fundamentais: sa-ber desenhar processos eficientes, ge-renciar e solucionar problemas, com-partilhar melhores práticas e dissemi-nar conhecimento.
“O principal é desenhar processos eficientes, contemplando a qualidade. Assim, garantimos a entrega no prazo e na quantidade exigidos pelo cliente e com custo adequado”, ensina o exe-cutivo para quem o Brasil tem muito a aprender nessa modalidade.
O tripé qualidade, pontualidade e
preço (competitividade) tem um pon-to crítico, na avaliação de Burmann: a melhoria contínua. “Não podemos parar e achar que já está bom, que so-mos os melhores. Quem pensa assim, deixará de existir”, alerta.
SINTONIA FINADo outro lado da cadeia, Antônio Luis Damião, diretor adjunto de Desenvol-vimento de Projetos da Fiat, diz que o problema de qualidade é muito pior do que os relacionados à pontualidade e ao preço (competitividade), pois trans-põe as fronteiras da empresa, ganha o mercado e abala a imagem. “Tem de ser prioridade.”
A lição vem de uma montadora que, como diz Damião, chegou ao País de-pois das principais e ousou ao se ins-talar fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. “Tivemos de fazer o nosso me-lhor. O empenho nos rendeu no ano passado a liderança em vendas em solo nacional, com 737 mil veículos emplacados e acaba de conquistar o prêmio Maiores e Melhores da Revista Exame, na categoria Autoindústria.”
A estratégia da Fiat apoiou-se em um cinturão de fornecedores – mais de 65% deles estão a um raio de 150 qui-lômetros – criado em torno da fábrica em Betim, MG. “Facilitou a interação e reduziu bastante o custo de produção.” Isso aconteceu nos anos 90 e o diretor de compras era o atual presidente da montadora, Cledorvino Belini.
A empresa está no aquecimento pa-ra atender a atual demanda crescente, e não pode estar sozinha. “Não adianta nos prepararmos para o futuro e o for-necedor não”, alerta. “O Brasil cami-nha para ser o quarto maior mercado consumidor de automóveis do mundo. Essa vantagem não será válida se não ocuparmos também a quarta posição em produção”, diz e avisa: “Do con-trário, estamos apenas preparando o terreno para outros.”
Em relação à pressão que sofrem os
cpt
ALCANÇAR A
EXCELÊNCIA EM
QUALIDADE PASSA
PELO PRÉ-REQUISITO
DE INVESTIR
EM PESSOAS
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AUTOPEÇAS | MELHORES PRÁTICAS
fornecedores de autopeças, Damião afirma que na cultura da Fiat não há somente exigências. “Trabalhamos junto com eles”. Para isso, foi criada a Universidade Fiat de Fornecedores, em 2007, que desenvolve programas de qualificação e ampliação da com-petitividade, com o objetivo de forta-lecer a cadeia produtiva em busca de sinergia cada vez maior.
O que fazer para estar em sintonia fina na cadeia produtiva? Estreitar o relacionamento por meio de eventos e ações de aproximação (visitas e reuni-ões) estão no topo da lista de fornece-dores e montadoras.
Nascimento, da Plascar, que entrega para as principais montadoras do País, diz que a estratégia também inclui se adaptar à forma de trabalhar de cada uma delas. “Muitas possibilitam ao for-necedor atuar juntos, desde a concep-ção do projeto”, ressalta e acrescenta que essa linha cria maior comprometi-mento e fidelização.
Por outro lado, prossegue o execu-tivo, há aquelas que apresentam ape-nas o desenho do projeto e solicitam somente o orçamento. “Entendemos, então, que o preço é primordial. Con-tudo, não podemos esquecer de que no preço de uma peça está embutido
todo o custo de produção, do qual não podemos fugir.”
Burmann, da Dana, considera um grande absurdo a discussão do pre-ço como sendo prioritária. “No Bra-sil, o modelo é: um ganha e o outro perde. Nesse ambiente, todos aca-barão perdendo”, afirma e lembra do que aconteceu no mercado nor-te-americano que sucumbiu, trans-formando a capital do setor, Detroit, em um deserto financeiro. “Vamos acabar assim, se não mudarmos a estratégia”, sentencia.
O quadro é bastante claro e sim-ples, na visão de Wong, da Kaiser Associates. “A eficiência da monta-dora está diretamente relacionada à eficiência da cadeia de fornecedores. Todos têm de se preparar para os mo-mentos difíceis e de pico.”
Na Fiat, um novo programa, o World Class Suppliers, vem aprimorar o esfor-ço para qualificar a rede produtiva. “Por meio dele, vamos traçar perfis e realizar avaliações. Ele define o que é necessá-rio para se tornar um fornecedor Best in Class e identifica os pontos que preci-sam ser aprimorados”, diz Damião, que acumula o comando desse projeto.
O executivo afirma ainda que a meta é ajudar no desenvolvimento e na quali-ficação dos atores das autopeças, com o objetivo de construir uma rede da mais alta eficiência. “Estamos fazendo a nossa parte”. Do outro lado, forne-cedores se empenham para responder rapidamente e com qualidade os pe-didos desse ecossistema frenético, exi-gente e um dos mais importantes do País. A mensagem é: “Nessa cadeia, ninguém conquista sucesso sozinho. A sintonia tem de estar presente no cor-po e na alma desse negócio.” �
(*Editora-executiva do Now!Digital Business)
HARRO BURMANN, da Dana:segurança e bem-estar do pessoal
ANTÔNIO DAMIÃO, da Fiat:qualidade como prioridade
O PRINCIPAL
É DESENHAR
PROCESSOS
EFICIENTES, PARA
ENTREGAR NO
PRAZO COM CUSTO
E QUALIDADE
SE A PRODUÇÃO
NÃO CRESCER SERÁ
PORQUE ESTAMOS
PREPARANDO
TERRENO PARA
OS OUTROS
JOÃO PIMENTEL, DIRETOR
DE COMPRAS DA FORD,
TRAÇA PLANOS COM
OS FORNECEDORES
PENSANDO NA EVOLUÇÃO
DA INDÚSTRIA ATÉ
2015. UMA DE SUAS
PREOCUPAÇÕES, COM O
MERCADO AQUECIDO, É
GARANTIR O SUPRIMENTO
DE COMPONENTES
PARA CAMINHÕES
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SUPRIMENTOS | FORD
MODCENTER DA FORD permite customizar
os caminhões
Passada a fase intensa da crise mundial e com perspectivas otimis-tas para os próximos anos, a indústria automobilística ainda guarda preocupação sobre a capacidade de reação da cadeia de fornece-
dores. Neste momento de atividade surpreendente no Brasil, acima das expectativas, a estratégia de compras das montadoras agora é evitar riscos no suprimento das linhas de montagem aquecidas.
Para evitar falhas nessa atividade, a Ford tem intensificado a comuni-cação com os fornecedores. “A empresa mantém uma equipe para dar assistência aos parceiros do supply chain, melhorando processos, quali-dade e logística. Todas as partes envolvidas devem se preparar para uma produção local superior a 4 milhões de veículos. Já estamos olhando para 2015”, afirmou João Pimentel, diretor de compras da Ford.
No Brasil 350 empresas entregam materiais produtivos à Ford. É um nú-mero menor que há dez anos, quando suas fábricas eram atendidas por seis centenas de fabricantes de autopeças. “Os fornecedores estavam fragmen-tados e muitos não tinham volume suficiente para responder às encomen-das”, explicou Pimentel. “As montadoras ainda fabricavam 70% dos seus componentes dentro de casa. Hoje mais de 60% do material que a Ford utiliza nos carros vêm de fora. A função da montagem avançou”, justificou.
O número de fornecedores de materiais não produtivos beira duas mil empresas na região do Mercosul. Metade está no Brasil, com o restan-te na Argentina e Venezuela. Apesar de existir uma estratégia global de compras, a Ford busca localizar ao máximo os componentes dos seus veículos para reduzir o custo total de produção. A meta da empresa é cortar 5% de custos por ano.
Pimentel afirma que a Ford compra atualmente 40 mil itens de materiais produtivos e não produtivos. Só para chicotes elétricos há mais de 200 itens.
CORRIDA ÀS COMPRAS
SONIA MORAES
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SUPRIMENTOS | FORD
Ele garante que as peças importadas representam menos de 10% nas com-pras totais. Do México a empresa traz motores e da Europa e Ásia compo-nentes eletrônicos.
O diretor de compras ressalta que em mercado automotivo totalmente globalizado não faz sentido ter forne-cedor para uma ou duas peças. “Um nível maior de negócios traz sustenta-bilidade, permitindo ao nosso parceiro investir em novas tecnologias e ser mais competitivo”, explica Pimentel.
“A realidade atual é diferente do pas-sado, quando as montadoras faziam um desenho e os fornecedores fabri-cavam as peças. Hoje a indústria de autopeças tem participação maior no desenvolvimento e produção de um automóvel. Ela deve investir em pes-quisa e apresentar novas tecnologias, pois as montadoras precisam inovar e encantar os clientes”, destacou.
O executivo assegura que a Ford quer os fornecedores locais como par-ceiros estratégicos, mas está de olho em oportunidades no exterior e, se for
MELHORES FORNECEDORES DA FORD EM 2009QUÍMICOS Colauto Adesivos e Massas Ltda.
CHASSIS Rassini-NHK Autopeças Ltda.
ELÉTRICOS E MECANISMOS Acumuladores Moura S.A.
ACABAMENTO SaarGummi Bahia Ltda.
POWERTRAIN Schaeffler Brasil Ltda. – Divisão FAG
ESTAMPADOS Böllhoff Service Center Ltda.
SERVIÇOS MSX International do Brasil Ltda.
MATERIAL INDUSTRIAL Mapal do Brasil Ferramentas
LOGÍSTICA Brazul Transporte de Veículos Ltda.
A Ford deixou de apontar o Melhor dos Melhores a partir de 2009.
necessário, vai importar. Ele justifica que o grau de competição no mercado é muito grande e exige flexibilidade.
TENDÊNCIASO diretor da Ford assinala que os car-ros devem sofrer redução de peso e há uma forte pressão para diminuição de
JOÃO PIMENTEL planejaas compras para 2015
custos, ao mesmo tempo que o con-teúdo tecnológico é valorizado. A ino-vação passa a ser estratégica e avança no campo da eletrônica em alto grau.
Pimentel não detecta problemas críticos na área de suprimentos, mas admite que há gargalos potenciais em áreas atendidas por empresas que reduziram o ritmo de trabalho ou deixaram de investir durante o período recente de crise. Entre todos os materiais adquiridos, os compo-nentes eletrônicos estão na categoria dos que exigem maior atenção: “Não há produção local e existe alguma dificuldade no suprimento interna-cional no momento, diante de uma demora na recuperação da oferta”.
Na área de caminhões, que passa por grande impulso, o abastecimento requer atenção redobrada na ativida-de dos fornecedores de componen-tes, sistemas e também matérias-pri-mas. “A retomada foi muito rápida, mas apostamos na normalização das entregas de nossos parceiros” – disse o diretor, admitindo que mudanças repentinas do mercado podem trazer distúrbios de toda sorte, desde que-bra da pontualidade até desperdícios e elevação de custos. �
A FORD COMPRA
40 MIL ITENS PARA
CARROS E CAMINHÕES
NA REGIÃO E TEM
COMO META CORTAR
5% DE CUSTOS
POR ANO
A MONTADORA VALORIZA
O SUPPLY AWARD, QUE
PREMIOU APENAS 13
FORNECEDORES PELO
DESEMPENHO EM 2009.
ENTRE ELES, O MELHOR
FOI A KOSTAL, QUE
PRODUZ COMPONENTES
ELETROMECÂNICOS
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VOLKSWAGEN ESCALA TIME DOS MELHORES
SUPRIMENTOS | PRÊMIO VW
A SELEÇÃO dos melhores fornecedores
da Volkswagen na região
A Kostal, produtora de componentes elétricos e eletromecâ-nicos, foi apontada como o melhor fornecedor da Volkswa-gen do Brasil na entrega dos prêmios da décima-edição
do Supply Award 2009, promovido em São Paulo dia 17 de ju-nho. O reconhecimento das empresas com melhor desempenho em 2009 foi feito com base em critérios como qualidade, foco no cliente, tecnologia, inovação, ganhos em produtividade e relacio-namento comercial. Foram destacados 13 fornecedores em sete categorias.
A Kostal foi apontada como Melhor dos Melhores pela qualida-de dos produtos, agilidade, tempo de resposta e confiabilidade. A alemã levou também o prêmio na categoria Excelência Comercial, no Grupo Elétrico. Com 25 unidades em 16 países, a empresa está presente no Brasil desde 1978 e faz parte da relação de fornecedo-res das principais montadoras locais. As unidades de São Bernar-do do Campo e Cravinhos, no Estado de São Paulo, empregam 1.434 funcionários.
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SUPRIMENTOS | PRÊMIO VW
“Nossa atividade local está focada no segmento de componentes ele-tromecânicos e eletrônicos, com uma boa dose de mecatrônica envolvida” – esclarece Edson Furlanetto, diretor de vendas e marketing, na empresa há 26 anos. O portifólio de produtos se estende a módulos de coluna (como chaves de seta e controles dos limpa-dores), módulos de teto que agregam sensores de alarme, interruptores de luz com potenciômetro, módulos de porta e de conforto, body computer modules, alarmes e rastreadores, além de interruptores de painel e levantado-res de vidro.
Esses produtos trazem, na média, 50% de insumos importados, já que o Brasil não fabrica componentes eletrô-nicos básicos. Há aquisições em várias partes do mundo.
A reunião anual das Volkswagen do Brasil para a entrega do Supply Award aos fornece-
dores reuniu em São Paulo represen-tantes do alto comando da compa-nhia para acompanhar de perto as relações com a cadeia de suprimento na região. O presidente da operação brasileira, Thomas Schmall, e o vice-presidente de compras para a América do Sul, Alexander Seitz, receberam co-mo convidados especiais membros do Conselho de Administração do Grupo Volkswagen: Garcia Sanz, responsável pela área de compras e pela região América do Sul; Christian Klingler, que comanda vendas e marketing; Ulrich Hackenberg, de desenvolvimento de produtos; e Viktor Klima, presidente da Volkswagen América do Sul.
Pouco antes da entrega dos prêmios, Sanz, Schmall e Seitz receberam um grupo de jornalista para uma entrevista e expuseram a insatisfação da compa-nhia com um grupo de fornecedores que não vem apresentando desempe-nho satisfatório na área de plásticos, iluminação e sistemas de controle do motor. “Procuramos alternativas no mercado internacional” – admitiu Sanz.
A declaração dos executivos da Volkswagen acabou provocando irrita-ção junto à direção do Sindipeças, que emitiu nota de protesto dias depois, afir-mando que a montadora estaria ‘apon-tando os canhões na direção errada’.
Durante a cerimônia do Supply Award 2009, Seitz anunciou que em 2010 a Volkswagen do Brasil deve em-pregar o maior volume de recursos de
sua história para a compra de peças e materiais produtivos junto a 360 em-presas. Os gastos devem somar R$ 12 bilhões, o que representa um cresci-mento de 14% em relação a 2009. Ele enfatizou o papel dos fornecedores no plano de crescimento da Volkswagen, que levará à produção de um milhão de veículos por ano até 2014. Ele aler-tou, no entanto, que para a empresa continuar competitiva no mercado brasileiro depende do apoio e eficiên-cia dos parceiros comerciais.
“É preciso buscar novas soluções para maximizar os fatores produtivos, investir em automação, baixar custos e traba-lhar em melhorias de qualidade continu-amente”, disse, assegurando que essas ações em conjunto podem gerar uma redução de 10% nos custos. �
A EMPRESA ADVERTIU OS FORNECEDORES QUE NÃO CORRESPONDEM A SUA EXPECTATIVA E IRRITOU O SINDIPEÇAS. A BOA NOTÍCIA FOI UM AUMENTO NO VOLUME DE COMPRAS NA REGIÃO
RECORDE DE COMPRAS E UM TIRO DE CANHÃO
VENCEDORESDESENVOLVIMENTO DO PRODUTO Peguform
LOGÍSTICATransportadoras DHL, Excell
QUALIDADEDesenvolvimento da Qualidade em Campo:Moura BateriasQualidade em novos produtos e série:Mubea
SUSTENTABILIDADEBridgestone
PÓS-VENDASBosch
EXCELÊNCIA COMERCIAL Grupo Elétrico: KostalGrupo Powertrain: WHBGrupo Químico Interior: Johnson ControlsGrupo Químico Exterior: GoodyearGrupo Metálico: GestampGrupo Compras Gerais/Instalações: B. Grob Grupo Compras Gerais/ Serviços: Puras
MELHOR DOS MELHORESKostal
A GENERAL MOTORS
PREMIOU A NEMAK
ALUMÍNIO COMO MELHOR
PARCEIRO DA CADEIA DE
SUPRIMENTOS E APONTOU
WALDEY SANCHEZ,
PRESIDENTE DA MWM
INTERNATIONAL, COMO
LÍDER DE 2009
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MELHOR FORNECEDOR DA GM É A NEMAK
SUPRIMENTOS | PRÊMIO GM
O CEO DA NEMAK, Jorge Rada, entre Ardila
e Bob Socia
A General Motors do Brasil recebeu representantes da cadeia de suprimentos na sede de São Caetano do Sul, em 7 de abril, para premiar os parceiros com melhor desempenho
em 2009. A Nemak Alumínio do Brasil ficou com o título de For-necedor do Ano. Junto com ela, outras 29 empresas receberam certificado de mérito. Waldey Sanchez, presidente da MWM Inter-national Motores, foi apontado como Líder do Ano.
A Nemak, especializada na produção de componentes de alu-mínio para a indústria automobilística global, com instalações de manufatura em doze países, tem a sede brasileira em Betim, MG. A operação na Argentina fica em Córdoba. O portifólio traz ca-beçotes – que respondem pelo maior volume de encomendas –, blocos de motor e carcaças de transmissões.
A empresa detém participação expressiva no segmento de auto-móveis e comerciais leves, atendendo a maioria das montadoras locais. Recentemente passou a fornecer blocos para os motores Sigma, da Ford, que equipam o Focus e são exportados para a América do Norte, e 1.4 da PSA Peugeot Citroën, presente em veículos comercializados no Brasil.
SINERGIAA reunião da GM com os fornecedores trouxe palestras sobre produtos, estratégias de vendas e marketing para analisar o
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SUPRIMENTOS | PRÊMIO GM
crescimento sustentável por meio de parcerias e teve a presença de Ro-bert Socia, vice-presidente global de compras e supply chain da General Motors. O executivo entregou os prê-mios acompanhado por Jaime Ardi-la, presidente para o Mercosul, José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da GM do Brasil, e Johnny Saldanha,
A Tegma Gestão Logística, con-templada com o GM Award pela GM, é uma das principais empre-
sas de gestão logística do Brasil e líder no segmento de veículos zero-quilôme-tro, que representa 65% do faturamen-to da companhia. Com 58 filiais, 3.720 equipamentos em atividade e 2.889 colaboradores, a empresa desenvolve soluções estratégicas e atua de forma integrada no transporte, armazenagem, controle e gestão de estoques.
Nos últimos dois anos, a Tegma
ZERO E PEÇAS SÃO NEGÓCIOS DA TEGMA
MELHORESFORNECEDOR DO ANO Nemak Alumínio do Brasil Ltda.
LÍDER DO ANO Waldey Sanchez – MWM International Motores Ltda.
CHASSIS DHB Componentes AutomotivosIochpe – Maxion S.AGITI Tire Investment Company Ltd. (China)GKN do Brasil Ltda.Soplast Plásticos Soprados Ltda.
EXTERIOR Usiminas HBA Hutchinson Brasil Automotive Ltda.
investiu R$ 130 milhões em pátios e equipamentos, apostando em trabalhos especializados. Em 2009 obteve a maior receita líquida de sua história, com R$ 1,13 bilhão, resultado 15,9% superior ao de 2008, e transportou 1,1 milhão de veí-culos. Gennaro Oddone, presidente, en-xerga boas perspectivas de crescimento para 2010, com o aumento da receita em serviços inbound, transporte de auto-peças e outros serviços logísticos ligados a essa indústria. “Vai crescer também a distribuição de veículos novos, diante do
mercado aquecido” – avalia.Este ano a Tegma assumiu o geren-
ciamento do pátio público de veículos no Porto de Suape, em Pernambuco, para 25 mil veículos/ano. Em 2009 foi reinaugurado o centro de distribuição de Cariacica, ES, em área alfandega-da, e aberto pátio em São José dos Pinhais, PR, para atender o setor auto-motivo. Houve, ao mesmo tempo, uma reestruturação da filial de São Bernar-do do Campo, SP, dedicado à logística de automóveis zero-quilômetro. �
Itaesbra Indústria Mecânica Ltda.Grupo Gestamp BrasilKwang Jin America Inc.
AR-CONDICIONADO E COMPONENTES ELÉTRICOSAcumuladores Moura S.A.Paranoá Indústria de Borracha
INTERIOR, PEÇAS E ACESSÓRIOSLear do Brasil Ltda.Dow Brasil – Divisão StyronPST Eletrônica S.A
POWERTRAIN MWM International Motores Ltda.Rudolph Usinados S.A.Nemak Alumínio do Brasil Ltda.
Teksid do Brasil Ltda.WHB Fundição S.A
LOGÍSTICA CEVA Logistics LtdaTegma Gestão Logística S.ABrazul Transporte de VeículosCisa Trading S.AK Line Roro & Bulk Ltda.
MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INDIRETOM. Shimizu Equipamentos e Ferramentas IndustriaisThyssenkrupp System EngineeringBJP Manut. e Op. de UtilidadesSTTAS do Brasil Serv. de Com. Ext. Intecnial S.A
vice-presidente global de compras e supply chain que se despediu do Bra-sil para trabalhar na GM International Operations. Assumiu sua posição Ed-gard Pezzo, que a passa comandar as compras na América do Sul.
O clima é bom entre a GM e seus par-ceiros. “Estamos em total sinergia com nossos fornecedores que a cada ano se
superam na qualidade de seus produtos e serviços”, enfatizou Jaime Ardila.
O título de melhor fornecedor da GM foi disputado por 700 empresas, que se submeteram à avaliação da qualida-de dos produtos, serviços, tecnologias e preços. Desse total 300 participaram da cerimônia de entrega aos vencedo-res de dez categorias.
O GRUPO FIAT INDICOU OS MELHORES
FORNECEDORES DO BRASIL E ARGENTINA
E SINALIZOU UMA EXPRESSIVA EVOLUÇÃO
NO VOLUME DAS COMPRAS. NO PRÓXIMO
ANO, COM O CRESCENTE ALINHAMENTO
DOS SUPRIMENTOS ENTRE FIAT E CHRYSLER,
O PRÊMIO QUALITAS PODE SER GLOBAL
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SUPRIMENTOS | PRÊMIO FIAT
A edição deste ano do Prêmio Qualitas, a vigésima-primeira promovida pelo Grupo Fiat,
reuniu 720 convidados no Teatro Alfa, junto ao Hotel Transamérica, em São Paulo, dia 8 de junho, para o reconhe-cimento de 52 fornecedores do Brasil e Argentina com melhor desempenho em 2009.
As empresas que conquistaram o Qualitas Awards foram as que mais se destacaram nos critérios de qualida-de, atendimento e gestão, com foco
QUALITAS DESTACA NGK E PETRONAS
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SUPRIMENTOS | PRÊMIO FIAT
QUEM LEVOU O QUALITAS
GALANTINE: melhor parque de fornecedores
METÁLICOSUmicore – cerâmicas catalíticasMahle Miba – sinterizadosM agneti Marelli – sistemas de
exaustãoBASF – cerâmicas catalíticasIochpe-Maxion – rodas em chapaS tola – conjuntos soldados e
estampadosSKF – rolamentosAutocam – usinados de precisãoBR Metals – fundidos em gusaJost Brasil – suspensõesT I Automotive – tubos para freios
e direções hidráulicasBorlem – rodas em chapaNeumayer Tekfor – porcasSifco – bloco de motor em gusaZF Sistemas – caixa de direçãoS W Peças de Fixação – elementos
de fixaçãoSturam – fundidos em alumínioT aranto – normalizados e estampados
Böllhoff – elementos de fixação
MECÂNICOSBercosul – material rodantePedertractor – caldeirariaDaido – correntesT ecparts do Brasil – peças usinadas
E acial Equipamentos – peças usinadas
QUÍMICOSLear – bancosSaint-Gobain – vidrosBridgestone Firestone – pneusPirelli – pneusResil Minas – estruturas de bancoM ann Hummel – sistemas de filtro
de arP etronas Lubrificantes – óleos e lubrificantes
P roduflex – prensados e injetados em borracha
Parker Hannifin – filtros de óleoG omacord – componentes em
borrachaParanoá – tapetes internos
ELÉTRICOSSumidenso – chicotes elétricosDelphi – chicotes elétricosTakata-Petri – volantes de direçãoNGK – cabos e velas de igniçãoChris Cintos – cintos de segurançaResfri Ar – condensadoresI talytec – sistemas de ar condicionado
MATERIAIS INDIRETOS E SERVIÇOSC emig – geração e distribuição de
energia elétricaLeo Burnett Brasil – publicidadeP etrobras – distribuição de combustíveis
GME – dispositivos de montagensTotal Fleet – locadora de veículosPaleta – montadora de estande
LOGÍSTICAF urlong Brasil – logística e transportes
K-Line – agência marítima
MENÇÕES HONROSASInovação: M agneti Marelli Cofap –
amortecedores PowershockResponsabilidade Social e Sustentabilidade: Acumuladores Moura
QUALITAS 5 ESTRELASNGK – Cabos e velas de igniçãoP etronas Lubrificantes – óleos e lubrificantes
na competitividade, nos fornecimen-tos à Fiat Automóveis, CNH (marcas Case e New Holland), FPT – Power-train Technologies e Iveco.
O ‘Qualitas 5 Estrelas’, concedido às empresas com melhor desempenho nos últimos cinco anos consecutivos, teve dois vencedores: a NGK, fabricante de cabos e velas de ignição, que con-quistou o prêmio máximo pelo quarto ano seguido, e a Petronas, fornecedora de óleos e lubrificantes.
“Até 2014 o Grupo Fiat quer ter o parque de fornecedores mais bem preparado e competitivo do continen-te” – enfatizou Osias Galantine, diretor do Fiat Group Purchasing na América Latina, destacando o Programa de De-senvolvimento de Fornecedores ‘Best in Class’ e uma série de iniciativas vol-tadas para padrões de eficiência.
Galantine explicou que as novas es-tratégias da Fiat em relação aos seus parceiros de negócios objetivam a uma evolução das conquistas obtidas na dé-cada de 90 com o processo de ‘minei-rização’, que atraiu fabricantes de peças e componentes ao redor da planta de Betim. Hoje mais de 65% dos fornece-dores da fábrica de automóveis estão em um raio de 150 quilômetros.
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SUPRIMENTOS | FIAT & CHRYSLER
FIAT E CHRYSLER PRETENDEM ADQUIRIR
US$ 65 BILHÕES EM MATERIAIS ESTE
ANO, MAS O VOLUME PROJETADO PARA
2014 É DE US$ 100 BILHÕES. O BRASIL
RESPONDERÁ POR 8% DESSE TOTAL
META É COMPRAR US$ 100 BILHÕES EM 2014
A reunião que acontece em Tu-rim, toda quinta-feira às três horas da tarde, na sede do
Fiat Group Purchasing, é uma prova de fogo para os fornecedores de ma-teriais e componentes da Fiat e da Chrysler. Nesse encontro, acompa-nhado de videoconferências, pode ser decidida a sorte dos novos programas e a participação de cada parceiro das duas montadoras.
Hoje 52% das empresas aparecem igualmente na relação de suprimentos da Fiat e da Chrysler. Em cinco anos o objetivo é elevar a 65%, pelo menos, a coincidência nas listas. As equipes das duas montadoras estão espelha-das do ponto de vista operacional e discutem soluções técnicas, estraté-gias comuns para fornecedores, con-tratos de commodities e padrões de componentes e sistemas.
A estrutura de compras possui um posto avançado em Shangai, na China, há alguns anos. Os 130 profissionais da Fiat têm uma atua ção decisiva para reduzir custos, comparando as ofertas ocidentais com as encontradas na Ásia.
Gianni Coda, de 63 anos e CEO do Fiat Group Purchasing, no grupo italiano desde 1977, é o fiel das deci-sões. Com passagem pela direção de diversas empresas Fiat, ele comanda uma estrutura de 2.800 pessoas que, complementada por 400 da Chrysler, comprará este ano US$ 65 bilhões em materiais para as duas montado-ras. Desse total, mais de US$ 50 bi-lhões serão aplicados diretamente na construção dos veículos das marcas italiana e norte-americana.
Dos US$ 65 bilhões, nada menos de US$ 40 bilhões correspondem a desembolsos da Fiat – metade pa-ra automóveis e os outros 50% para a CNH, Iveco e FPT. Para 2014 as projeções sobem: o volume global de compras deve atingir US$ 100 bi-lhões, dos quais US$ 55 bilhões cabe-rão à Fiat, sendo 80% para materiais diretos.
No budget das aquisições para a montadora italiana o Brasil representa 7% a 8%. Na região, sob o coman-do de Osias Galantine, o Grupo Fiat Purchasing investirá R$ 14 milhões para abastecer as linhas de produção da Fiat Automóveis, Iveco, CNH e FPT – Powertrain Technologies.
Vendas somadas, os grupos Fiat e Chrysler representam o sexto maior construtor global de veículos. Coda enfatiza que as maiores vantagens des-ta aliança estão ligadas à complemen-
tação em produtos, mercados e tec-nologias, além das oportunidades derivadas da gestão de compras.
CODA: integração das cadeias de suprimento
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A FIAT PRETENDE TER NO MÁXIMO QUATRO
PARCEIROS GLOBAIS POR COMPONENTE
ESTRATÉGIAS COM FORNECEDORES
Gianni Coda, CEO do Fiat Group Purchasing que esteve em São Paulo especialmente
para a entrega do Qualitas Awards, pre-tende limitar a três ou quatro os parcei-ros para cada componente necessário à montagem dos veículos. “Serão de preferência empresas de atuação glo-bal, capazes de atender aos polos de produção na Europa, Estados Unidos e América Latina” – explicou. Ele preten-de envolver essas empresas em pro-gramas do grupo como o World Class Manufacturing e o Design to Cost.
Coda garante que o Brasil tem o aço mais caro do mundo e os preços lo-cais já superam os praticados antes da crise internacional de 2008. Ele admite
que o Grupo Fiat vai importar 15% a 20% do aço que utiliza no País. Ele sen-tencia que em setembro ou outubro os preços do minério de ferro vão entrar em baixa. “Há sinais disso. Um exem-plo vem do custo da sucata na Europa, que já está diminuindo” – diz.
Osias Galantine, diretor do Fiat Group Purchasing na América Latina, informa que o aço oriundo da Ásia chega à porta da fábrica de automó-veis em Betim 15% mais barato que o adquirido da vizinha Usiminas e outras fontes, com todos os custos logísticos incluídos. A montadora só não impor-ta mais para não depender excessiva-mente de fontes no exterior, sujeitas a mudanças cambiais, questões logísti-
cas e efeitos da demanda global.Coda disse que a Fiat precisa de
uma tonelada de aço, em média, para fazer um carro. Os engenheiros traba-lham para diminuir a massa do metal, com ganhos técnicos no projeto dos componentes. “Temos obtido 0,5% de redução por ano nos últimos dois ou três anos” – enfatizou.
Na Europa a matéria-prima responde por 20% do custo de veículos compac-tos, com valor de € 6 mil a € 10 mil. “No Brasil a relação sobe para 40%” – as-segura Galantine, demonstrando preo-cupação com a excessiva dependência da Fiat Automóveis às oscilações na cotação de commodities como carvão, minério de ferro e petroquímicos.
FIAT quer fornecedores com atuação global
A CADEIA DE SUPRIMENTOS TEM SIDO PALCO DE
CONFLITOS, MAS ALGUMAS EMPRESAS SE EMPENHAM EM
TORNAR AS RELAÇÕES PROVEITOSAS, ESTIMULANDO A
COOPERAÇÃO. VEJA COMO ISSO FUNCIONA
RELACIONAMENTO
O relacionamento entre os parceiros da cadeia produ-tiva, caracterizado por mui-
tos como uma arena de conflitos on-de ocorrem verdadeiros leilões, pode ter mudanças para melhor, apesar da extrema competição na área. Os ato-res do supply chain reconhecem que diminuir custos, eliminar desperdícios e tornar os processos enxutos é es-sencial para elevar a competitividade e ressaltam: transparência é indispen-sável nas negociações.
A integração dos elos, desde o supri-mento de matérias-primas e serviços até a fabricação de componentes e sis-temas para as montadoras, e a abso-luta sincronização entre as partes pas-sam a ser vistas como única solução para o desenvolvimento de um padrão de competitividade diante do avanço dos adversários internacionais.
Dar as mãos aos parceiros comer-ciais certamente não é tarefa fácil, já que a iniciativa envolve mudanças de práticas e da cultura corporativa. “O relacionamento na cadeia não é cons-trutivo quando se pensa só em custos e lucratividade. Tem havido mais ime-diatismo e menos trabalho visando ao sucesso da companhia no longo
FERNANDA GUIMARÃES
DE MÃOS DADAS NA PRODUÇÃO
prazo”, avalia Paulo Butori, presidente do Sindipeças – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores.
O executivo alerta para a dificulda-de de sobrevivência de muitas em-presas no segmento de autopeças, especialmente entre as pequenas e médias. “Existe falta de respeito entre partes produtoras. Se isso continuar, um grande número de empresas será eliminado”, alerta.
A teoria recomenda que para atingir níveis adequados de competitividade
VIRGÍLIO CERUTTI, presidenteda Marelli para o Mercosul
cada empresa precisa estimular a inte-gração de toda a cadeia em um grande e único processo produtivo. “Todos os parceiros, começando pela montado-ra, ganham com o planejamento e es-tabilidade da produção. O Brasil cresce muito no setor automotivo e devemos trabalhar para o aprimoramento das metodologias do supply chain”, opina o presidente da Magneti Marelli para o Mercosul, Virgílio Cerutti. O executivo destaca que o planejamento garante o aumento da competitividade, con-tribuindo para a diminuição de falhas:
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PARA MAIOR
COMPETITIVIDADE
CADA EMPRESA DO
SUPPLY CHAIN DEVE
ESTIMULAR A
INTEGRAÇÃO ENTRE
TODOS OS ELOS
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VENCE A MELHOR CADEIA DE PRODUÇÃO
José Manoel Fernandes, diretor de compras da ArvinMeritor para a América do Sul, costuma repetir que é preciso ter a melhor cadeia de produção para vencer os con-correntes. Com essa motivação ele tem trabalhado constantemente junto aos fornecedores de matérias-primas, componentes e serviços. “Escolhemos o entendimento e a cooperação como estratégia para o crescimento” – explicou, alertan-do que a economia globalizada e a competição extrema têm obrigado as cadeias de produção a serem ágeis e flexíveis para que os empre-endimentos sejam lucrativos.
A empresa formaliza políticas e relações, definindo programas de qualidade, logística, produtividade e ações para consolidar o crescimento conjunto. “A ideia é inte-grar nossa operação com a de nossos colaboradores” – afirma Fernandes, que estende aos parceiros de negó-cios a experiência da tier 1, fabricante de sistemas para veículos comerciais, na gestão de operações e sistemas de qualidade.
A troca de experiência envolve te-oria e prática, levando profissionais da ArvinMeritor às instalações dos fornecedores e também trazendo à fábrica grupos de técnicos para o aprendizado de práticas de ges-tão que a corporação adota. Assim, cliente e fornecedores passam a analisar os resultados da cadeia produtiva com uma visão única e definem em conjunto metas e de-safios a serem atingidos. Ao lado dos indicadores operacionais, são estabelecidos critérios de qualida-de, certificação, melhoria contínua e relações com o meio ambiente.
Fernandes admite que revigo-rar os elos no supply chain tem sido uma preocupação permanente na agenda dos executivos da indústria auto-mobilística. “Há uma busca constante de economias e maior produtividade” – afirma. Para ele, é preciso evitar o conflito que tem caracterizado os negócios automotivos, especialmente na área de suprimentos, e criar oportuni-dades para os fornecedores locais estenderem os negó-cios a outros países.
ENTENDIMENTO COM PARCEIROS TORNOU-SE ROTINA NA ARVINMERITOR
“Acreditamos em trabalho com regras e metas definidas”.
Um dos segredos para azeitar a ca-deia é manter a transparência e dividir informações entre todos os elos. A receita é de Jüergen Lochner, alemão que acaba de chegar ao País para chefiar as operações brasileiras da Porsche Consulting. Ele desembarcou com a missão de aumentar a eficiên-cia de processos, diminuir custos e elevar a produtividade.
“Se o tier 1 não trabalha em parce-ria, alguém pagará pelo custo mais al-to”, admitiu Lochner, lembrando que os fabricantes não podem simples-mente brigar por preços. O consultor destacou que o setor de autopeças no
ARNALDO IEZZI JR., diretorda BorgWarner, valorizacontratos de longo prazo
AMARRAMOS
VOLUME E PEDIMOS
MELHORA DE
RESULTADOS. EM
TROCA OFERECEMOS
MAIOR SEGURANÇA
AOS PARCEIROS
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RELACIONAMENTO
País passa por um problema de esca-la e não sabe como lidar com a res-ponsabilidade dentro das relações da cadeia produtiva. “Falta experiência e qualificação. As empresas demitem e contratam muito rapidamente. É pre-ciso ser mais flexível”, detecta.
SISTEMISTASA Delphi diminui a gama de fornece-dores para trabalhar mais de perto com os parceiros. “O melhor incenti-vo é mostrar que há uma demanda a atender. Assim é possível investir com confiança”, exemplifica o presidente da sistemista, Gábor Deák, salientan-do que a estratégia privilegia maior volume de negócios.
Deák ressalta, no entanto, que a exclusividade é dispensada para não haver dependência mútua: “Na medi-da em que concentramos as compras com nossos melhores fornecedores, tornamos nosso negócio mais signifi-cativo para eles e eles mais importan-tes para nós”.
O executivo explicou que a empre-sa também trabalha junto aos tier 2 para promover assistência na busca da competitividade: “Tentamos trans-formá-los em fontes internacionais”.
Uma das iniciativas da companhia é ampliar o conteúdo local de seus produtos. “Temos regras definidas, ajudamos o fornecedor a ser compe-titivo. Estamos preparados para evitar as importações”, confirma.
Fomentar a confiança dos parceiros também tem sido um dos focos na BorgWarner. O diretor geral, Arnaldo Iezzi Jr., valoriza contratos de longo prazo, com o intuito de garantir investi-mentos e comprometimento na cadeia:
“Amarramos volume e pedimos melhora de resultados, oferecendo segurança”.
Assim como na Delphi, é estratégico para a BorgWarner ampliar a compra de componentes na região. Essa é uma forma de evitar contratempos na produ-ção, como ocorreu este ano com em-presas que dependiam de importações europeias, bloqueadas com o fecha-mento do espaço aéreo do continente, devido à erupção de um vulcão.
Discussões junto aos fornecedores para evitar importações também têm sido um dos caminhos adotados pela Robert Bosch. O diretor de compras da companhia para a América Latina, Paulo Rocca, afirma que essa é uma maneira de evitar a perda de negó-cios. “As plataformas atuais, cada vez mais padronizadas pelas montadoras em diferentes regiões, estendem a competição ao nível global. Concor-remos com a China e com a Índia, por exemplo”, lembra.
A Bosch promove um programa de desenvolvimento de parceiros para a melhoria dos processos. “Busca-mos alternativas para chegar a maior competitividade local, tentando evitar importações ou perda de negócios”, conta Rocca.
PAULO ROCCA, diretor daRobert Bosch: debate
para evitar importações
SOLUÇÕES SIMPLES E
EFICIENTES AUMENTAM
COM ENTENDIMENTO
PRECISO E MAIS
TRANSPARENTE,
ASSEGURANDO MAIOR
NÍVEL DE GANHOS
GÁBOR DEÁK, presidenteda Delphi na região: a
estratégia privilegia volumes
TRABALHO JUNTO AO TIER 2
PROMOVE COMPETITIVIDADE E
PROCURA ABRIR OPORTUNIDADE
DE SUPRIMENTO A
OUTROS PAÍSES
AUTOPEÇAS | ESTAMPARIA/CARROCERIA
EM MEIO ÀS DIVERGÊNCIAS ENTRE SIDERÚRGICAS E MONTADORAS, SETOR VIVE FASE DE TRANSFORMAÇÕES
QUE INCLUEM INVESTIMENTOS E NOVAS ESTRATÉGIAS
GUILHERME MANECHINI
Os sinais recentes de insatisfação dos fabricantes de veículos com seus fornecedores no Brasil reforçam a necessidade de a indústria nacional ser mais competitiva, para não perder espaço em seu
próprio mercado. Enquanto veículos produzidos na Ásia e Europa en-tram no País com preços atrativos, no Brasil as empresas continuam
patinando na luta contra os altos custos de carga tributária, mão de obra, câmbio e matérias-primas.
A questão dos insumos, amplamente debatida pela importância crescente dos preços do aço praticados
no mercado interno, envolve nas disputas entre montadoras e siderúrgicas as estamparias
tradicionais -- como a Karmann Ghia, Automotiva Usiminas (foto), Stola,
Böllhoff e Tower Automotive. O segmento passa por fase de
transformações, impulsio-nada pela perda da ca-
ESTAMPARIAS SOB PRESSÃO
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AUTOPEÇAS | ESTAMPARIA/CARROCERIA
pacidade de negociação a meio cami-nho entre as duas pontas da cadeia, a fornecedora do metal em chapas e a outra, que utiliza peças conformadas para construir os veículos.
O aço representa quase 60% do pe-so de um veículo e qualquer variação de preço significa uma intensa nego-ciação de margens entre autopeças e montadoras. Só no primeiro semes-tre, os reajustes foram superiores a 20% e a implantação de nova política de preços do minério de ferro pela Vale, com revisões trimestrais, deve impactar ainda mais nos custos até o fim do ano.
Em reação aos aumentos, as mon-tadoras decidiram ir buscar alternati-vas no exterior. Assim, além da ferra-mentaria, passaram a fornecer o aço às estamparias, reduzindo o poder de barganha do segmento. Os fabri-cantes de veículos são os principais clientes das estamparias e, com o crescimento das vendas, exigem su-primento constante para abastecer suas linhas de produção.
Tal cenário tem levado à moder-nização das prensas e ampliação da capacidade de produção. As empre-
sas também lutam para agregar valor ao produto final, o que, em alguns casos, passa pelo desenvolvimento de setores de engenharia e ferramen-taria próprios. Já para os pequenos, o momento é de buscar um nicho específico de atuação para conseguir um diferencial em meio aos grandes concorrentes. Vale ressaltar que o preço do aço para estas empresas chega a afetar em até 70% o custo de produção, segundo estimativa do Sindipeças.
“Existem grandes empresas que têm como principal atividade a estam-paria de peças. Se o setor já foi fami-liar, hoje não é mais. A tendência é de que a pequena estamparia vire um tier 2, servindo de suporte e absorvendo as variações imediatas de demanda do mercado”, explicou Alessandro Bagni, gerente comercial da Stola.
A empresa, um dos principais par-ceiros da Fiat Automóveis, responde pela maioria dos estampados que a montadora compra de terceiros para o Novo Uno. A encomenda abrange também diversos conjuntos, que en-volvem estampagem e solda. O tra-balho em conjunto com a Fiat para o
desenvolvimento do novo produto co-meçou no final de 2008, com a parti-cipação da engenharia da Stola Brasil no projeto conhecido como 327.
“O mercado tem demandado servi-ços de funilaria e montagem de con-juntos pequenos, funções que cabem aos fornecedores oferecer. Acredito que seja uma tendência. E a ferramentaria, nesses casos, é também um diferencial competitivo”, acrescentou Bagni. A em-presa mantém divisões de ferramentaria e engenharia como forma de agregar valor aos produtos oferecidos.
Se depender da sinalização da Fiat, a parceria deve se fortalecer nos pró-ximos anos. Em visita recente ao País, Gianni Coda, CEO do Fiat Group Purchasing, informou que pretende trabalhar apenas com três ou quatro fornecedores para cada componente do veículo, exigindo maior capacida-de dessas empresas para atender às demandas da montadora.
Outro grande player do mercado que segue essa estratégia é a Automotiva Usiminas. Formada a partir da antiga Brasinca Minas, tradicional fornecedor da indústria automobilística que quase fechou as portas no fim dos anos 90, a empresa se prepara para atingir R$ 1 bilhão de faturamento em 2014.
Por muitos anos, contou Flávio Del Soldato, diretor da companhia, a in-tenção da Usiminas foi de vender a unidade de negócio que mais apro-xima a siderúrgica de seu mercado consumidor. “Assumi a antiga Brasin-ca Minas com o objetivo de sanar as dívidas para vendê-la na sequência”, disse Del Soldato. A mudança acon-teceu em 2007, quando a Usiminas adquiriu a totalidade das ações da Brasinca Minas. “Naquele momento, deixamos de falar da venda da com-panhia e passamos a integrar o grupo
como unidade de negócio”. A Automotiva Usiminas, como foi
batizada recentemente, é agora en-carada de outra forma. “Temos ca-
BAGNI, gerente comercial da Stola:pequena estamparia será um tier 2
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pacidade para produzir até uma cabine completa de caminhão”, acrescentou o executivo. Entre os projetos em ges-tação está a montagem dos veículos da união da Caterpillar com a Navistar, sob a marca NC2. O anúncio do novo contrato começava a ser preparado pe-la joint venture em meados de julho.
O caminho de oferecer a monta-gem foi trilhado há anos pela Karmann Ghia. Fundada em 1960, na fábrica da companhia, em São Bernardo do Campo, ela montou 85 mil veículos desde então. Entre os clientes esti-veram Land Rover (Defender), Fiat, Ford, Volkswagen, Scania e Volvo. Hoje em dia, sob o guarda chuva do Grupo Brasil, a empresa segue com as áreas de estamparia, ferramentaria e montagem.
MÃO DE OBRAUm desafio adicional às empresas da cadeia de suprimentos, além dos au-mentos do aço e a pressão das mon-tadoras por maior qualidade, tem sido os custos com mão de obra, algo que, na opinião de Neuraci Perego, presi-dente para a América do Sul da Tower Automotive, tem de ser resolvido com maior automação dentro das fábricas.
“Nossa mão de obra está ficando cara e isso demanda uma nova fase. Ainda temos pouca automação, mas já vemos os grandes players investin-do nessa direção”, disse Neuraci.
Para a executiva, agregar valor aos produtos das estamparias passa pe-la redução de custos. A compra do aço em 70% dos clientes, explicou Neuraci, já é feita em conjunto com outras empresas, o que reduz a pos-sibilidade de ganhos na compra da matéria-prima e venda do produto acabado.
“Temos qualidade na comparação com os países que estão concorren-do com a indústria nacional. Aconte-ce que muitas vezes a competição é impossível e a maior participação dos
INVESTIMENTOSPara acompanhar o ritmo de crescimen-to da indústria automobilística nacional, as estamparias tiraram os planos de ex-pansão da gaveta. Tanto a Stola como a Automotiva Usiminas estão com am-pliações de capacidade em curso.
No caso da Automotiva Usiminas, os investimentos vão chegar a R$ 192 milhões até 2012. Com os recur-sos, a companhia está duplicando a capacidade de sua fábrica, em Pouso Alegre, MG.
Também em Minas Gerais, a Stola anunciou recentemente recursos de R$ 100 milhões na ampliação de sua unidade em Betim. “É um in-vestimento de longo prazo. Vamos
expandir as áreas de ferramentaria, funilaria e estamparia”, disse Bagni.
Neuraci Perego, da Tower, disse que a empresa está atenta às possibilida-des de automação, mas por estar em período de abertura de capital nos Estados Unidos, onde fica a matriz da empresa, ainda não pode revelar os investimentos programados. RODAS E CHASSISNo embalo da recuperação da produ-ção de veículos pesados, os fabricantes de rodas e chassis têm sido beneficia-dos. Com participação significativa no mercado, a Iochpe-Maxion registrou um faturamento líquido 28,8% maior no primeiro trimestre, o que significou uma receita de R$ 281,5 milhões.
Instalada em Cruzeiro, no interior de São Paulo, a Iochpe-Maxion atende às principais marcas de veículos comer-ciais, entre elas a MAN Latin America, que monta em Resende, RJ, os cami-nhões da Volkswagen. A Maxion é um dos integrantes do Consórcio Modular e trabalha na montagem de veículos dentro da própria fábrica da MAN – algo a que estamparias e fabricantes de chassis tendem a ter de se adaptar, pois tudo indica ser este um dos ca-minhos da indústria do País. �
importados no mercado interno refle-te isso”, afirmou a presidente da To-wer, ao ressaltar que a recuperação do setor também passa por uma política industrial do governo.
CRESCIMENTOO setor de estamparia deve regis-trar desempenho semelhante ao da indústria automobilística, que prevê vendas 8,2% maiores em 2010, nas projeções da Anfavea. Salvo as em-presas que fecharam novos contratos que incluem a montagem de conjun-tos, este deve ser o ritmo de expansão do segmento.
Na opinião de Bagni, da Stola, o número vem em linha com a recupe-ração do mercado após a crise: “Esse crescimento é reflexo do fim da crise. Viemos de uma base de produção mais fraca.”
Já para Del Soldato, da Automotiva Usiminas, a conquista de novos con-tratos e a melhora do mercado de ve-ículos pesados devem ampliar os ga-nhos da empresa neste ano. A previsão do executivo é de faturar 42% a mais em 2010, totalizando R$ 400 milhões. A recuperação ocorre após a queda de 16% no faturamento do ano passado.
NEURACI, presidente da Tower: agregar valor e reduzir custos
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AUTOPEÇAS | FUNDIDOS/FORJADOS
ALGUNS VILÕES SE ASSOCIARAM PARA AMEAÇAR FUNDIÇÕES E
FORJARIAS LOCAIS: O CÂMBIO, OS ESTRANGEIROS
AGRESSIVOS E O CUSTO BRASIL
Os fabricantes locais de forjados e fundidos para a indústria automobilística possivelmen-
te estariam em boa situação se não tivessem que enfrentar competidores estrangeiros agressivos, que invadem o mercado brasileiro com preços con-vidativos. O crescimento das impor-tações foi acentuado depois da crise financeira internacional, que fechou as portas de mercados globais importan-tes mas abriu oportunidades em solo brasileiro. O real forte e toda sorte de custos extras agravam as dificuldades dos nossos empreendimentos.
Assim, a evolução no preço do aço nem chega ao topo das preocupações dos empresários do setor, que acom-panham a cotação de metais não-ferrosos mais nobres, como alumínio, cobre, latão e zinco negociados pela London Metal Exchange, bolsa que também regula a demanda da sucata de ferro e do aço.
Os fabricantes de veículos brasilei-ros são o maior atrativo dos vendedo-res estrangeiros, já que absorvem 70% dos volumes de forjados e fundidos negociados pela indústria automobilís-tica como um todo. Se eles reduzem as compras ou buscam fontes externas de suprimento, o impacto é grande.
Uma leitura no desempenho do se-
tor de fundição nos anos de 2008 e 2010 dá uma boa ideia do transtorno causado pela crise financeira global. A produção este ano, até maio, somou 1.250 milhão de toneladas, 47,7% a mais do que em igual período de 2009. Aparentemente, nada mal. Mas o se-tor continua 13,8% abaixo do volume relativo aos primeiros cinco meses de 2008, de 1.450 milhão de toneladas.
“Não vamos recuperar aquele pata-mar de atividade este ano. Ficaremos ainda 10% abaixo” – garantiu Devanir Brichesi, presidente da Abifa – Associa-ção Brasileira de Fundição. Há outras lições na evolução dos empreendi-mentos em fundição e forjaria a partir de 2005. Enquanto cresceram juntos 18,7%, no mesmo compasso do PIB (18,4%), as montadoras dispararam 38,7%. “Avançamos menos da metade do que conseguiu nosso maior cliente. A análise mostra um afastamento in-desejável e traz preocupações quanto ao nosso futuro” – avalia.
A receita obtida com fundidos no mercado externo também recuou. Do nível de 20%, caiu para 13%. Diante de uma economia relativamente es-tável, a Abifa tem pleiteado junto ao governo ações para que o segmento não fique à deriva. A preocupação é compartilhada pelo presidente Arnaldo
RICARDO CONTE
IMPORTAÇÃO DERRUBA FUNDIDOS E FORJADOS
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Frederico Meschnark, do Sindiforja – Sindicato Nacional da Indústria de For-jaria, cujos filiados assistiram também as exportações despencarem de 120 mil toneladas para 64 mil toneladas de 2008 para 2009.
Apesar de projetar um volume de vendas externas de 80 mil toneladas este ano, Meschnark alerta que o setor de forjaria opera com ociosidade de 30% a 40%, diante de uma capacida-de instalada para fornecer mais de 500 mil toneladas por ano. “Este volume será alcançado só em 2012”, disse. No ano passado, as forjarias produziram 320 mil toneladas, praticamente em-patando com as 319 mil toneladas de 2008. O setor projeta crescimento de 25% em 2010, para 400 mil toneladas, mas não vê motivo para otimismo. “O que vai ajudar é a nacionalização de carros da Toyota, Nissan e Renault e o avanço da MAN no mercado”, disse.
O executivo lamenta a perda de competitividade frente às empresas in-ternacionais por causa do famigerado ‘custo Brasil’. Ele revela que fabricantes coreanos vieram conhecer a realidade local e desistiram de se instalar aqui. “Pagamos 115% a mais sobre o salário de um empregado. Lá se paga apenas 12%”, afirmou. Para ele, o setor sofre
de ‘involução’ e teve o crescimento fre-ado em 20% diante do aumento das importações.
“Em agosto vou alertar a CUT e o Sindicato dos Metalúrgicos do inevitá-vel desemprego”, adverte Meschnark.
COMPETITIVIDADEA perda de competitividade está as-sociada principalmente ao aumento da importação de componentes ou de conjuntos completos com partes fundidas ou forjadas embutidas. Exis-te consenso de que não se deve mais pleitear junto ao governo soluções com mudanças cambiais, como diz Roberto Del Papa, diretor comercial da Frum, primeira fundição da América Latina a receber o Q1, maior prêmio da Ford: “Competitividade com paridade cam-bial está descartada”, resume.
A Frum vive uma situação diferente da maioria das empresas do setor, com a carteira de encomendas lotada, pelo fato de atuar no suprimento de com-ponentes para veículos pesados, como cubos de roda, discos e tambores de freio. Os negócios, no entanto, estão se acomodando, depois de um primei-ro semestre marcado por um avanço de 66,8% na produção de caminhões, para 89.548 unidades. No segmento dos pesados o crescimento chegou a 116,7%. “Depois de uma desacelera-ção, 2011 registrará capacidade ocio-sa” – alerta Del Papa.
TECNOLOGIAA Metalúrgica Schwarz, fornecedora de produtos em alumínio forjados e usinados para sistemistas, trabalha também próximo do limite, a 80% da capacidade instalada, somadas as fábricas instaladas em Pinhais e Co-lombo, região da Grande Curitiba. Is-so não a preocupa. “Estamos sempre
investindo em novas tecnologias e maquinários e elevando a produtivi-dade”, assegura o presidente Edsel Schwarz.
Ele reclama das dificuldades com os altos encargos e crédito escasso para investir. “Pagamos aos bancos 15% a 16% de juros para girar nosso capital, enquanto concorrentes externos gas-tam apenas 2% a 3%”, explica. Como a necessidade de preço faz o cliente, a Schwarz investe em tecnologia de pon-ta, aproveitando o momento de valori-zação cambial para adquirir máquinas. Nessa hora o fornecedor estrangeiro leva ampla vantagem: “As máquinas asiáticas chegam mais baratas que as similares nacionais e são mais produti-vas” – admite.
Com a retomada da economia do-méstica, a Schwarz deve ser uma das raras companhias a voltar ao nível de faturamento registrado em 2008, pre-vendo embolsar R$ 75 milhões este ano. Desse total, 20% virão das expor-tações. “Devemos manter um ritmo de crescimento de 15% ao ano”, dis-se. Em 2009 a empresa fabricou mais de 20 milhões de peças, 75% voltadas para sistemas de climatização de veí-culos. O restante representa compo-nentes de alumínio para sistemas de embreagem e direção de clientes co-mo Behr, Bosch (Europa), Delphi (Bra-sil, Europa e Estados Unidos), Denso, Dytech, Eaton e Valeo.
DEVANIR BRICHESI, da Abifa: 10% abaixo do patamar de 2008
EDSEL SCHWARZ projeta crescimento de 15% ao ano
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AUTOPEÇAS | FUNDIDOS/FORJADOS
A Fupresa dirige metade de seus negócios para a Europa e ainda sofre os efeitos da crise internacional e do câmbio. A receita líquida caiu 25% no ano passado, levando a empresa a concentrar esforços no mercado inter-no, que hoje absorve 70% dos fornecimentos. Antonio Carlos Bevilacqua, diretor de operações, aposta em retomada do fôlego nas vendas externas e espera fechar 2010 com a produção de sete milhões de peças, o equivalen-te a 1.100 toneladas, incluindo o mercado interno.
O portifólio da empresa traz, entre outras peças, balancins e garras de fixação para bicos injetores de motores diesel. Os componentes são entre-gues prontos para aplicação, depois da microfusão, usinagem, tratamento térmico e superficial. Há também pequenos conjuntos mecânicos, que as-sociam microfundidos a peças de borracha, plásticas e molas.
Entre os clientes de produtos para conjuntos de acionamento de alta precisão em caixas de transmissão estão a Eaton, Ford, MWM International, Valeo e Volkswagen. No exterior são atendidas a Volkswagen (Alemanha), Renault (França) e Ford (Espanha) por meio de parceria com empresa de autopeças europeia. Os planos futuros passam pelo reforço no fornecimen-to à Renault na Romênia e à nova linha completa da Volkswagen no Brasil.
MICROFUNDIDOS DA FUPRESA À ESPERA DA RETOMADA EXTERNA
NEMAK, TEKSID E TUPY DISPUTAM MOTORES
FUNDIR COMPONENTES
PARA PROPULSORES É O NEGÓCIO DAS
TRÊS EMPRESAS, QUE BUSCAM
AGREGAR VALOR AO PRODUTO FINAL
O presidente das Indústrias Tupy, Luiz Tarquínio Sardi-nha Ferro, lamenta que a
valorização cambial dificulte a expor-tação brasileira e facilite a importação de peças fundidas, abrindo portas aos fabricantes de fora. Segmentos onde há menos sofisticação dos produtos, como freios, foram deixados para trás pela empresa: “Não tivemos condições de manter competitividade”.
Uma das maiores fundições da Amé-rica Latina, a Tupy aposta em blocos e cabeçotes de motores (65% da receita líquida) aos quais agrega valor com serviços de usinagem nas unidades de Joinville, PR, e Mauá, SP. “Reduzimos a
TARQUÍNIO, da Tupy, quer produtos com valor agregado
participação em peças de menor com-plexidade para as quais o mercado não paga o devido preço. Deixamos essas encomendas para os competidores ex-ternos que dispõem de mão de obra mais barata”, disse.
Tarquínio ressalta que não faltam ao setor tecnologia, conhecimentos ou capacidade de produzir. O que reduz a competitividade de empresas como a sua é, novamente, o ‘custo Brasil’. Historicamente uma indústria exportadora (50% a 60% das vendas), a Tupy pode transformar em peças até 500 mil toneladas de ferro ao ano. A empresa está mais cautelosa com seus clientes e procura valorizar a
ROGÉRIO SILVA JR.: Teksid aposta na nova liga HPI
MARCO LANDEROS, da Nemak: bloco de alumínio para Ford e PSA
qualidade da carteira de pedidos com produtos mais complexos, de maior valor agregado.
A Tupy atende Cummins (EUA e México), Chrysler, International e Am-brake (EUA), Peugeot (França), Iveco (Itália), Perkins e Ford (Inglaterra) e Audi (Alemanha).
Com 85% do capital controlado pe-la Fiat e os outros 15% pela Renault, a Teksid fornece para a maioria dos fabricantes de motores veiculares no Brasil. Rogério Silva Jr., superintenden-te, afirma que a empresa detém 75%
das vendas internas de blocos de ferro fundido para automóveis e comerciais leves, concorrendo com a Tupy. Em 2009 a empresa fundiu cerca de 2,2 milhões de unidades.
No campo dos blocos e cabeçotes para motores diesel a marca detém 45% das vendas nacionais. Nessa área o volume de peças fundidas no ano passado se aproximou de 147 mil, para motores de 2,5 a 15 litros de ca-pacidade, e pode crescer com o lança-mento da High Performance Iron (HPI),
fórmula patenteada que proporciona redução do peso com paredes mais finas e tão resistentes quanto as obti-das com materiais tradicionais.
ALUMÍNIORecentemente a Teksid voltou a fundir componentes de alumínio para mo-tores depois de ter vendido os negó-cios nesse segmento em 2001 para a Questor (sucedida pelo grupo mexica-no Nemak). Cabeçotes de motor estão sendo fornecidos para a Fiat, após in-vestimento de R$ 40 milhões.
Componentes de alumínio para a indústria automobilística são especia-lidade da Nemak, cuja sede brasileira fica em Betim, MG. O portifólio traz cabeçotes, que respondem por 60%
das encomendas, blocos de motor e carcaças de transmissões.
Os blocos de alumínio, adequados para motores flex, são uma novidade na linha de produtos para atender a Ford na montagem do Sigma, em Tau-baté, SP, e a PSA Peugeot Citroën, para propulsores 1.4L fabricados em Porto Real, RJ. Já os demais componentes produzidos com o mesmo material são destinados à maioria das monta-doras locais. Segundo Marco Lande-ros, gerente de vendas, todo alumínio utilizado é 100% reciclável. �
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AUTOPEÇAS | CLIMATIZAÇÃO/REFRIGERAÇÃO
OCUPADOS EM MANTER A TEMPERATURA IDEAL NOS VEÍCULOS, OS FORNECEDORES DE SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO
GARANTEM ESTAR PRONTOS PARA ACOMPANHAR O RITMO DAS MONTADORAS, MESMO SE O MERCADO ‘PEGAR FOGO’
ALEXANDRE AKASHI Os principais fornecedores de sistemas de arrefecimento e climatização estão bastante otimistas com o mercado brasileiro – e não poderia ser diferente. Afinal, 100% dos veículos possuem algum tipo desses itens e a Anfavea
– Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores aponta avanço na produção de 6,5% este ano. No primeiro semestre o crescimento foi de 19,1%.
Todos os veículos brasileiros saem de fábrica com um conjunto de arrefecimen-to acoplado ao motor e com ventilação para os passageiros. Parcela um pouco menor traz ar quente e 75% oferecem ar-condicionado – um índice que há sete anos mal chegava a 35%, como lembra Max Forte, CEO da Behr.
ARREFECIMENTOO sistema de arrefecimento ajusta a temperatura do motor a combustão. Sem ele componentes metálicos aqueceriam e derreteriam, ao ponto de se fundirem. Entre 90ºC e 100ºC o motor opera em condições ideais para atingir a melhor
ENTRANDO NO CLIMA DAS MONTADORAS
Novo Uno
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FORTE, da Behr: ar-condicionado já é oferecido em 75% dos carros
MAZONNI, da Valeo: sem cera, a bomba d’água será elétrica
eficiência energética. Frio, é menos eficiente, pois a vaporização do com-bustível é mais difícil, aumenta a emis-são de poluentes e os componentes se desgastam mais.
A refrigeração a ar caiu em desuso, já que a introdução de componentes eletrônicos no controle da injeção exi-ge domínio melhor da temperatura do motor, mais fácil de obter com os sis-temas baseados em líquidos.
O refrigerante, geralmente à base de etileno-glicol, passa por um circui-to fechado que traz o radiador, reser-vatório de água, tampa do reservató-rio/radiador, bomba d’água, válvula termostática e ventoinha. Há as pas-sagens do bloco e cabeçote do motor e a tubulação.
Como isso funciona? Dada a partida no motor, a bomba d’água impulsiona o refrigerante pelo bloco e cabeçote, até o motor esquentar. Próximo da temperatura ideal de operação a válvu-la termostática começa a abrir (entre 80°C a 90°C) e desvia o líquido quente para o radiador. Quando o líquido atin-ge entre 93°C e 103°C a válvula abre totalmente e o radiador se encarrega de reduzir a temperatura. Se esta cai abaixo do desejado, a válvula fecha até
o líquido esquentar e o processo volta a se repetir.
O que faz a válvula termostática abrir é uma cera envelopada em um cilin-dro metálico que começa a derreter a 80°C. Uma haste conectada à válvula pressiona a cera, que ao derreter se expande e abre a válvula. O engenhei-ro de pesquisa e desenvolvimento da Valeo, Armando Mazzoni, diz haver tendência de substituir esse mecanis-mo por controle eletrônico. A bomba d’água deve se tornar elétrica. “Assim
poderemos ter vazão independente da rotação do motor”, afirma.
CLIMATIZAÇÃOOs sistemas de climatização estão as-sociados ao grau de conforto no inte-rior do veículo e, nos grandes centros urbanos, à segurança de fechar jane-las. A relação com o arrefecimento é pequena: são compartilhadas apenas a ventoinha e a correia de acionamento. Fazem parte do conjunto o compres-sor, filtro secador, condensador, válvula de expansão, evaporador, ventilador e controladores, que podem ser analógi-cos ou digitais.
Os fabricantes alertam que incorpo-rar ar-condicionado no aftermarket traz inconvenientes, exigindo alterações no projeto elétrico do veículo, principal-mente na potência do alternador. Quer conforto? Compre com o carro zero.
O funcionamento depende da car-ga de gás refrigerante (R134A), que é comprimido, passa pelo filtro secador e é condensado ao estado líquido. A passagem pela válvula de expansão e despressurização reduz drasticamente a temperatura. Na sequência o gás é enviado para o evaporador, onde troca calor com o ar que é empurrado pa-ra dentro do veículo pelo ventilador. O refrigerante passa pelo condensador, voltando ao estado líquido para ser comprimido novamente.
Entre as inovações tecnológicas, a Delphi Automotive Systems oferece
compressores variáveis, que trazem economia de combustível e otimizam a potência do motor, uma vez que o componente permite carregar o siste-ma em pressão compatível com a ne-cessidade e disponibilidade do motor.
“Carro com motor de um litro em situação de ultrapassagem na subida de serra dá um tranco quando o com-pressor acopla. Se ele for variável, não há tranco”, explica o presidente da Del-phi, Gábor Deák.
MERCADOOs principais fornecedores de sistemas térmicos para as montadoras são Behr, Delphi, Denso e Valeo, que estão pre-sentes também no aftermarket. A Mag-neti Marelli atua apenas na reposição.
De origem alemã, a centenária Behr está no Brasil desde 1981, quando fir-mou acordo com a RCN Radiadores. Em 1997 assumiu as atividades da parceira e passou a fabricar sistemas e componentes de refrigeração e ar-condicionado. Hoje a empresa lidera o mercado de componentes para re-frigeração de motores em veículos co-merciais e tem como principais clien-tes montadoras como General Motors, Ford, Fiat, Volkswagen, Mercedes-Benz, Renault, Scania, Volvo, Agrale e
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AUTOPEÇAS | CLIMATIZAÇÃO/REFRIGERAÇÃO
John Deere. A expectativa da empresa é faturar R$ 400 milhões em 2010.
A norte-americana Delphi Automoti-ve Systems investe um total de US$ 40 milhões este ano e atua no segmento por meio da divisão Sistemas Térmicos, cujos produtos são destinados a veícu-los leves, caminhões e tratores. Estão no portifólio pacotes completos e caixas evaporadoras, evaporadores, conden-sadores, compressores, aquecedores, charge air coolers e radiadores.
A japonesa Denso iniciou as ope-rações no Brasil em 1980, com a construção de unidade fabril de com-pressores em Curitiba, PR. Em 1991 começou o fornecimento de sistemas completos para o mercado interno e externo. A divisão de Sistemas Tér-micos foi escolhida pela Fiat para climatização e refrigeração do Novo Uno. O italiano Maximilian Spidalieri, gerente comercial para o Mercosul e responsável pela engenharia do produto, ressalta que o sistema de ar-condicionado do projeto 327 foi desenvolvido para otimização de con-sumo e redução de custos, tornando o produto mais acessível no mercado de entrada.
De origem francesa, a Valeo estrutu-rou no País as divisões de Climatização e Térmico Motor, em Itatiba, SP, para desenvolver e fabricar trocadores de calor. São montados também módu-los de arrefecimento, conjuntos inte-grados de aquecimento, ventilação e ar-condicionado e ainda intercoolers (charged air coolers), que resfriam o ar de admissão em veículos equipados com compressores.
A divisão desse segmento entre os players é guardada a sete chaves. Todos concordam, porém, que os negócios são promissores diante do mercado aquecido para automóveis de passeio, caminhões e ônibus. Os executivos asseguram que as fábricas têm capacidade instalada para atender a forte demanda, sem necessidade de
intervenções nas linhas de produção. “Estamos com 75% de ocupação. Te-mos bastante espaço para crescer”, afirma Forte.
Na Delphi, a situação não é diferente. Mas Gábor alerta que o mercado bra-sileiro está sob holofotes mundiais: “É preciso aumentar a competitividade”. Ele entende que é necessário estimular as exportações, que representam ape-nas 10% da produção.
GARGALOSUma forte demanda é sempre acom-panhada de desafios no suprimento de matérias-primas e componentes. Ape-sar de os sistemistas assegurarem que estão aptos a produzir no ritmo ditado pelas montadoras, é preciso lembrar que dependem de outros fornecedores na cadeia, em geral de menor porte.
O aumento do aço preocupa, mas aparentemente não afetou as indús-trias de sistemas térmicos. “Estamos atentos ao preço do alumínio, outro metal muito utilizado”, explica Forte, que anunciou recentemente uma li-nha de radiadores de alumínio de alta performance para veículos comerciais, produzidos na planta de Arujá, SP. Ele tem intensificado a atuação junto aos fornecedores locais para elevar a com-
DEÁK, da Delphi: compressor variável que elimina trancos
petitividade do segmento, que vem sendo confrontada pelos componen-tes importados.
Em mercado aquecido investimentos em inovações ganham força. A Denso aplica R$ 65 milhões em nova unidade fabril no município de Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo, para montar ar-condicionado e radiadores para automóveis e ônibus. A nova fábri-ca absorverá as atividades da planta de Pindamonhangaba, SP, e terá capacida-de para 50 mil peças por mês.
A Behr investiu em um novo forno de brasagem, o que trouxe aumento de 40% na produção de trocadores de calor. Em 2008 a marca apresen-
tou ao mercado um novo condensador mais fino, com 12 mm de espessura.
AFTERMARKETO mercado de reposição represen-ta para Behr, Delphi, Denso e Valeo apenas 7% a 10% do faturamento, geralmente em divisões independen-tes da operação. Já a Magneti Marelli participa exclusivamente na reposição, por meio da divisão Cofap Autopeças, como distribuidora de filtros de cabine, correias, estações de recarga de gás e condensadores e evaporadores fabri-cados pela Behr.
O gerente de assistência técnica Es-tevam Barna, da Marelli, entende que a popularização do ar-condicionado abriu um leque de oportunidades para a prestação de serviços e comerciali-zação de componentes para manuten-ção da climatização veicular.
Com exceção da Behr, as demais fa-bricantes possuem redes de assistência técnica formadas por empresas de repa-ração automotiva, com treinamento es-pecializado em manutenção preventiva e corretiva dos sistemas de refrigeração e climatização. Assim como a Marelli, a Delphi fornece às oficinas equipamen-tos para manutenção dos sistemas de climatização, como máquinas de reci-clagem e carga de gás. �
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AGRALE Agrale S.A. BR 116, km 145, 15.104, 95059-520, Caxias do Sul, RS, tel. 54 3238-8000, www.agrale.com.br. Presidente: Hugo Zattera Diretor de suprimentos: Edson MartinsTel. 54 [email protected]ária: Patricia Pape
FIAT (detém a marca Alfa Romeo)Fiat Automóveis S.A. Rodovia Fernão Dias, km 429, 32530-000, Betim, MG, tel. 31 2123-2111. Escritório de São Paulo: Rua do Paraíso, 148, 11º, 04103-000, São Paulo, SP, tel. 11 2126-2000, www.fiat.com.br.Pres. América Latina: Cledorvino Belini Diretor de compras: Osias [email protected]. 31 2123-2308Secretária: Adriana Camargos
FORD (inclui Troller)Ford Motor Company Brasil Ltda. Avenida do Taboão, 899, Rudge Ramos, 09655-900, São Bernardo do Campo, SP, tel. 11 4174-8855. Fábrica Taubaté Avenida Charles Schneider, 2.222, Parque Industrial, 12040-001, Taubaté, SP; Fábrica CamaçariRua dos Polimeros, 2.000, Área Industrial Leste, 42810-000, Camaçari, BA, www.ford.com.br.Presidente Mercosul: Marcos de OliveiraDiretor de operações de caminhões: Oswaldo Jardim Diretor de compras: João PimentelTel. 11 4174-8508 Assistente: Cláudia Valõ[email protected]
GENERAL MOTORS General Motors do Brasil Ltda.Av. Goiás, 1.805, 09550-900, São Caetano do Sul, SP, tel. 11 4234-7700. Fábrica São José dos CamposAvenida General Motors, 1.959, 12224-300, São José dos Campos, SP, tel. 12 3908-3000; Fábrica GravataíRodovia BR 290, km 67, 94000-000, Gravataí, RS, tel. 51 3430-1538, www.chevrolet.com.br.Presidente América do Sul: Jaime ArdilaVice-presidente de compras América do Sul: Edgard PezzoTels. 11 4234-7014/7894 [email protected]ária: Sandra Yokota
HONDA Honda Automóveis do BrasilRua Dr. José Áureo Bustamante, 377, Santo Amaro, São Paulo, SP, tel. 11 5576-5122. Fábrica Sumaré Estrada Municipal Valêncio Calegari, 777, 13170-190, Sumaré, SP, tel. 19 3864-4400, www.honda.com.br.Presidente América do Sul: Sho MinekawaDiretor de compras: Paulo [email protected]. 19 3864-4400
HYUNDAI CAOA CAOA Montadora de Veículos S.A. Avenida Ibirapuera, 2.822, Moema, 04028-002, São Paulo, SP, tel. 11 5538-1000, www.hyundai-motor.com.br.Presidente: Carlos Alberto de Oliveira Andrade
INTERNATIONAL International Indústria Automotiva da América do Sul Ltda.Avenida Carlos Gomes, 466, cj. 1.002, 90480-000, Porto Alegre, RS, tel. 51 4009-5800. Fábrica (Agrale): RST 453, 3.940, Distrito Industrial - Acesso Oeste a Caxias do Sul, 95110-000, Caxias do Sul, RS, tel. 54 4009-5800, www.navistar.com.Presidente: Silvia Bonotto PiettaGerente de compras: Hony [email protected]
IVECO Iveco Latin America Ltda.Rua Senador Milton Campos, 175, Edifício Piemonte, 8º, Vila da Serra, 34000-000, Nova Lima, MG. Escritório São Paulo:Rua do Paraíso, 148, 6°, 04103-000, tel. 11 2126-2491. Fábrica Sete LagoasRodovia MG 238, km 73,5, 35701-482, Sete Lagoas, MG, tels. 31 2107-2221/2222, www.iveco.com.br. Presidente: Marco MazzuTel. 31 2123-4811Diretor de compras: Paulo Roberto da [email protected] Tel. 31 2107-2132Secretária: Iesthelaine Franca
MAHINDRA Bramont Montadora Industrial e Comercial de Veículos Ltda.Avenida Rebouças, 2.707, 05401-300, São Paulo, tel. 11 3016-8100. Fábrica ManausAvenida dos Oites, 6.360,
QUEM É QUEM | MONTADORAS
GUIA DE COMPRASAr
vinM
erito
r
Há vinte empresas fabricantes de veículos associadas à
Anfavea, contando que a PSA vale por duas (Peugeot e Citroën) e que a Ford detém
a Troller. A relação traz também a TAC – Tecnologia Automotiva Catarinense e a
indiana Mahindra, que utiliza as instalações da Bramont em
Manaus. A Effa Motors deve iniciar a montagem CKD em
Manaus e não aparece ainda na lista de fabricantes locais. A Karmann Ghia, agora KG Estamparia, Ferramentaria,
Usinagem e Montagem e filiada à Anfavea, não produz veículos
– o último foi o Defender, da Land Rover. Os fabricantes de máquinas agrícolas não
figuram na relação (AGCO/Massey Ferguson, Caterpillar,
CNH Case e New Holland, John Deere, Komatsu, Valtra).
A Agrale também produz tratores.
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Distrito Industrial 2, 69075-842, Manaus, AM, tel. 92 2123-8090, www.bramont.com.br.Diretora Geral: Nicole [email protected]
MANMAN América Latina Rua Eng. Alan da Costa Batista, 100, Pedra Selada, 27511-970, Resende, RJ. Escritório em São Paulo: Rua Volkswagen, 291, Jabaquara, 04344-010, São Paulo, SP, www.vwcaminhoeseonibus.com.br. A empresa detém a marca Volkswagen Caminhões.Presidente: Roberto CortesDiretor de suprimentos: Luiz Eduardo [email protected]. 11 5582-5910Secretária: Yvone Jahn
MERCEDES-BENZ Mercedes-Benz do Brasil Ltda. Avenida Alfred Jurzykowski, 562, Vila Paulicéia, 09680-900, São Bernardo do Campo, SP, Caixa Postal 202, tel. 11 4173-6611. Fábrica em Minas Gerais: Rodovia BR 040, km 773, Distrito Industrial II, 36088-410, Juiz de Fora, MG, tel. 32 3219-0000, www.mercedes-benz.com.br.Presidente: Jürgen ZieglerDiretor de compras: Ricardo Vieira [email protected]. 11 4173-6520Secretária: Cristina [email protected]
MITSUBISHI MOTORS MMC Automotores do Brasil Ltda. Avenida das Nações Unidas, 19.847, 04795-100, São Paulo, SP, tel. 11 5694-2700. Fábrica Catalão:Quadras 05, 07 e 07A, Distrito Minero-Industrial de Catalão, Dimic, 75701-970, Catalão, GO, tel. 64 3411-8500, www.mitsubishimotors.com.br.Presidente executivo: Robert RittscherDiretor de suprimentos: Rubens Naganori [email protected]. 11 5694-2852Secretária: Márcia Morgenstern
NISSAN Nissan do Brasil Automóveis Ltda. Escritório e fábrica: Avenida Renault, 1.300, Borda do Campo, 83070-900, São José dos Pinhais, PR,
tel. 41 3380-2000. Escritório em São Paulo: Rua Fidêncio Ramos, 223, 4º,04551-010, São Paulo, SP, www.nissan.com.br.Presidente: Christian MeunierDiretor de compras: Gérard CavéTel. 41 3380-1551 Secretária: Sandra [email protected]
PSA PEUGEOT CITROËN Peugeot Citroën do Brasil Automóveis Ltda.Praia de Botafogo, 501, cjs. 703 e 704, Botafogo, 22250-040, Rio de Janeiro, RJ, tel. 21 3506-4900. Centro de Produção de Porto Real: Estrada Renato Monteiro s/nº, 27570-000, Porto Real, RJ, tel. 24 3358-7000, www.psa-peugeot-citroen.com.Diretor geral: Carlos GomesDiretor de compras: Stephane MartinezTel. 11 3375-5187Secretária: Janete Ambrozevicius
Citroën do BrasilRua James Joule, 65, 16º, 04576-080, São Paulo, SP, www.citroen.com.br. Diretor geral: Ivan SegalTel. 11 3375-5948
Peugeot do BrasilRua Miguel Yunes, 351, Prédio II, 04444-000, São Paulo, SP, www.peugeot.com.br.Diretor geral: Guillaume CouzyTel. 11 5696-3149
RENAULT Renault do Brasil S.A. Avenida Renault, 1.300, Borda do Campo, 83070-900, São José dos Pinhais, PR, tel. 41 3380-2000. Escritório em São Paulo: Rua Fidêncio Ramos, 223, 9º, Vila Olímpia, 04551-010, São Paulo, SP, tel. 11 2184-8300, www.renault.com.br.Presidente Mercosul: Jean-Michael Jalinier Diretor de compras: Gérard CavéTel. 41 3380-1551 Secretária: Sandra [email protected]
SCANIA Scania Latin America Ltda.Avenida José Odorizzi, 151, Vila Euro, 09810-902, São Bernardo do Campo, SP, tel. 11 4344-9333, www.scania.com.br.Presidente: Sven AntonssonDiretor de Compras: Karl BernqvistTel. 11 4344-9260Secretária: Elaine Saran [email protected]
TAC Tecnologia Automotiva Catarinense S.A.Rua Dona Francisca, 8.300, Cond. Empresarial Perini Business Park, 89239-270, Joinville, SC, tel. 47 3027-7004, www.tacmotors.com.br.Presidente: Adolfo Cesar dos [email protected]
TOYOTA Toyota do Brasil Ltda.Avenida das Nações Unidas, 12.901, Torre Oeste, 14º e 15º, Brooklin, 04578-000, São Paulo, SP, tel. 11 5502-9100. Fábrica Indaiatuba:Rodovia SP 75, km 48, s/nº, Marginal Sul, Bairro Caldeira, 13300-000, Indaiatuba, SP, tel. 19 3885-7000, www.toyota.com.br.A empresa detém a marca Lexus.Presidente: Shozo HasebeGerente de compras: Celso SimomuraTel. 11 [email protected]
VOLKSWAGEN Volkswagen do Brasil Ltda. Via Anchieta, km 23,5, 09823-901, São Bernardo do Campo, SP, tel. 11 4347-2355, Fábrica Taubaté: Avenida Carlos Pedroso da Silveira, 10.000, Piracangaguá, 12043-00, Taubaté, SP, tel. 12 3625-6122; Fábrica São José dos Pinhais:Estrada PR 0,25, km 6,75, Miringuava, 83183-00, São José dos Pinhais, PR, tel. 41 3381-3599; Fábrica São Carlos: Rodovia Luiz Augusto de Oliveira, km 148,8, 13560-970, São Carlos, SP, tel. 16 3263-1004, www.vw.com.br.A empresa detém as marcas Audi e Seat.Presidente: Thomas Schmall Vice-presidente de suprimentos:Alexander SeitzTel. 11 4347-2602 [email protected]ária: Gabriele Beger
VOLVO Volvo do Brasil Veículos Ltda.Avenida Juscelino Kubitschek, 2.600, Bairro CIC, 81260-900, Curitiba, PR, tel. 41 3317-8111, www.volvo.com.br.Presidente: Roger Alm Presidente Volvo CE: Yoshio KawakamiGerente de compras: Victor BarretoTel. 41 3317- 8933 [email protected]ária: Vera Motta
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GUIA | FORNECEDORES
EMPRESAS E EXECUTIVOS NA ÁREA DE AUTOPEÇAS
ABRAÇADEIRABETTER`S .............................99HELLERMANNTYTON.........103MARDEL ............................105METALÚRGICA ÁTICA ........105METALÚRGICA KNIF ..........105METALÚRGICA PASCHOAL 105MUBEA ..............................106PROGERAL ........................107STAMPTEC .........................108SUPRENS ...........................109
ADMISSÃO E ESCAPAMENTOAMALCABURIO ...................98ASSOCIATED SPRING ..........98AUTOCAM ...........................98AUTOMETAL ........................98BASSO .................................98BASTIEN ..............................98BOSAL .................................99BOSCH ................................99CINPAL ..............................100CONTINENTAL ..................100EATON ..............................101ELRINGKLINGER ................101FABBOF .............................101FAURECIA..........................101LANFREDI ..........................104MAGNETI MARELLI ............104MAHLE ..............................104MASTRA ............................105MGI COUTIER ....................106OMR ..................................106SADA FORJAS ....................107SEEBER FASTPLAS ..............108TENNECO .........................109TRW AUTOMOTIVE ............109TUPER ................................109TUPY .................................110WHB ..................................110WIEST ................................110
AIRBAGAUTOLIV .............................98 BOSCH ................................99DELPHI ..............................101MAGNETI MARELLI ............104TAKATA-PETRI ....................109TRW AUTOMOTIVE ...........109
ALIMENTAÇÃO | COMBUSTÍVELAETHRA ...............................98
BEPO ...................................99BOSCH ................................99CLICK AUTOMOTIVA .........100CONTINENTAL ..................100DELPHI ..............................101DYTECH .............................101GGB ..................................102HUTCHINSON ...................103ICAPE ................................103IGASA ...............................103INCODIESEL ......................103INERGY .............................103JARDIM SISTEMAS .............103KAUTEX TEXTRON .............104MAGNETI MARELLI ............104MANGELS ..........................104MANGOTEX .......................104METALÚRGICA RIGITEC .....105MRS ...................................106PARANOÁ .........................106PROXYON ..........................107SILIBOR .............................108SOPLAST ............................108TECMECANIC ....................109TI AUTOMOTIVE ................109ULIANA .............................110UNIPAC .............................110
AMORTECIMENTOTECNOFLUOR ...................109WAHLER ............................110WAPMETAL ........................110
ARREFECIMENTOBEHR ..................................98BORGWARNER ...................99DELPHI ............................ .101INDEBRÁS .........................103MELLING ...........................105PARANOÁ .........................106PROXYON ..........................107RESERPLASTIC ...................107TRELLEBORG......................109VALEO ...............................110VISCONDE ........................110WAHLER ............................110
ARTEFATOS DE BORRACHAARTBOR ...............................98BENFLEX ..............................98BINS ....................................99BORRACHAS NSOCARIBOR ............................99
CAUCHO ..........................100CLICK AUTOMOTIVA ........100CONTINENTAL .................100CRISFLEX ..........................100LABORTEX ........................104MANGOTEX ......................104PARANOÁ .........................106PRODUFLEX ......................107SAARGUMMI ....................107SILIBOR ............................108
CARROCERIA E COMPONENTESADLER PTI ..........................97AISIN .................................. 98AMALCABURIO ..................98CENTAURO ......................100COFRAN ...........................100DELGA ...............................101DTS....................................101EDSCHA ............................101FABBOF .............................101FACCHINI ..........................101FILOAUTO .........................102GESTAMP AUTOMOCIÓN ..102IBRAL .................................103IOCHPE-MAXION ..............103KRONORTE........................104LANG MEKRA ....................104METAGAL ..........................105PLASCAR ...........................107RANDON ..........................107STOLA ...............................108ULIANA .............................110WEBER ...............................110
CLIMATIZAÇÃO E REFRIGERAÇÃOBEHR ...................................98BORGWARNER ....................99BOSCH ................................99CONTINENTAL ..................100DENSO ..............................101DYTECH .............................101ELRINGKLINGER ................101FAURECIA..........................101ICAPE ................................103PARANOÁ .........................106SCHWARZ .........................108SILA ...................................108TACO-AR ...........................109TECNOFLUOR ...................109TERBRAZ ............................109
GUIA DE AUTOPEÇAS
Algumas empresas preferiram não divulgar seus
dados e aparecem apenas no índice. Para correções
ou acréscimos à lista envie email para brunacarvalho@
automotivebusiness.com.br.Mais informações sobre
empresas e executivos de autopeças em
www.automotivebusiness.com.br
GUIA | FORNECEDORES
Arvin
Mer
itor
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VALEO ...............................110VISCONDE ........................110WAHLER ...........................110
COMPRESSOR DE ARVALEO ...............................110VOITH ...............................110WABCO .............................110
DIFERENCIAL, EIXO E SEMI-EIXOAGROSTAHL ........................98ARVINMERITOR ...................98AUTOMETAL ........................98BENTELER ............................99CINPAL ..............................100CIP ....................................100DANA ................................100FILOAUTO .........................102FREUDENBERG-NOK .........102GOLIN ...............................102IPERFOR ............................103LOPSA ...............................104MAX GEAR .........................105MAXIFORJA .......................105MECANO FABRIL ...............105NADAI ...............................106SCHAEFFLER ......................108SKF ....................................108SUSPENSYS .......................109TEDRIVE ............................109TUPY .................................110USINORMA .......................110
DIREÇÃOAMPRI..................................98AUTIMPEX ...........................98CINPAL ..............................100DHB ...................................101DRIVEWAY .........................101DYTECH .............................101GGB ..................................102ICAPE ................................103METALÚRGICA DELLA ROSA .105NFP STEERING DRIVESOL ..106PARANOÁ .........................106POLIMETRI .........................107PRESSTÉCNICA ..................107PROEMA ............................107SCHWARZ .........................108 TECMECANIC ....................109TECNOFLUOR ...................109TEDRIVE ............................109WETZEL .............................110ZANETTINI, BAROSSI.........110ZF ......................................110
DISTRIBUIÇÃO E PARTE TRASEIRAAUTOFORJAS ......................98AUTOMETAL ........................98BEHR ...................................98CESTARI .............................100CINPAL ..............................100DHB ...................................101DYTECH .............................101ENGRECON .......................101FILOAUTO .........................102GATES ...............................102ICAPE ................................103
INPACOM ..........................103IOCHPE-MAXION ..............103LANFREDI ..........................104MELLING ...........................105NEUMAYER TEKFOR ..........106NYTRON ............................106SCHADEK ..........................108SIFCO ................................108THYSSENKRUPP .................109TRIOFORT ..........................109TUPY .................................110WHB ..................................110ZEN ...................................110
ELÉTRICO E ELETRÔNICOACUMULADORES AJAX .......97ACUMULADORES MOURA ...97AEES ....................................98ARTEB ..................................98ASK .....................................98BATERIAS PAMPA .................98BOSCH ................................99BRASLUX .............................99BRASSINTER ........................99BROSE .................................99BUSSMANN .........................99CABLELETTRA ......................99CASCO ................................99CINAP ...............................100CLIPTECH ..........................100COMP STEEL ......................100CONDUMAX ......................100CONDUPAR .......................100CONSTANTA .....................100CONTINENTAL ..................100DANVAL ............................101DELPHI ..............................101DÉLPHIA ............................101DENSO ..............................101DURA ................................101DYNA ................................101ENCOTEC ..........................101ENERTEC ...........................101FAURECIA..........................101FEDERAL-MOGUL ..............101FREESCALE ........................102FTE ....................................102GAUSS...............................102GRUPO ANTOLIN IRAMEC ..102HALDEX .............................102H-BUSTER ..........................102HUBER+SUHNER ...............103HUF ...................................103IGUAÇU ............................103INDEBRÁS .........................103BERGSON ............................99INDÚSTRIA MARÍLIA ..........103INFINEON .........................103ITW ...................................103JOHNSON CONTROLS ......104KOSTAL .............................104KROMBERG & SCHUBERT ..104LEONI................................104MAGNA .............................104MAGNETI MARELLI ............104MAUSER ............................105MGI COUTIER ....................106MOLEX ..............................106MTA ...................................106MTE-THOMSON .................106
NGK ..................................106NIPPON SEIKI ....................106OLIMPUS ........................... 106OLSA .................................106OMRON ............................106OSRAM ..............................106PHILIPS ..............................107PST ELETRÔNICA ...............107REMY .................................107SAVOY ...............................108SCHERDEL .........................108SCHUNK............................108SENSATA TECHNOLOGIES .108SKF ....................................108SUMIDENSO ......................109T&C ...................................109TAKATA-PETRI ....................109TCA ...................................109TDK ...................................109TECMECANIC ....................109TEXAS INSTRUMENTS ........109TI AUTOMOTIVE ................109TRW AUTOMOTIVE ............109TYCO ELECTRONICS ..........110VALEO ...............................110VISTEON ...........................110WABCO .............................110WAHLER ............................110WILLTEC ............................110WIREX ...............................110YAZAKI ..............................110ZM .....................................110
EMBREAGEM E COMPONENTESEATON ..............................101FTE ....................................102GGB ..................................102HALDEX .............................102LAD ...................................104SCHAEFFLER ......................108SCHWARZ .........................108VALEO ...............................110ZF ......................................110
ESTAMPAGEM E SOLDAGEMAETHRA ...............................98AMALCABURIO ...................98ARNALDO POLLONE ...........98ARO ESTAMPARIA ................98AUTOMOTIVA USIMINAS ....98BÖLLHOFF ...........................99 BRANDL...............................99BUDAI .................................99CASE .................................100CIAMET .............................100CRISFLEX ...........................100DELGA ...............................101DENK ................................101EBF VAZ ............................101FILOAUTO .........................102GRAMPOS AÇO .................101HUZITEK ............................103IOCHPE-MAXION .............103ISEL ..................................103ITAESBRA ..........................103JOALMI ............................103KARMANN-GHIA ..............104KF ESTAMPARIA ................104KIKUCHI ...........................104
MA AUTOMOTIVE .............104MAGIUS ...........................104MAGNO PEÇAS ................104MARDEL ...........................105METALÚRGICA A. PEDRO .105METALÚRGICA ÁTICA .......105METALÚRGICA ATRA ........105METALÚRGICA CARRON ..105METALÚRGICA KNIF .........105METALÚRGICA QUASAR ...105METALZUL ........................105METHAL COMPANY ..........106NAKAYONE ......................106NIKEN ..............................106OURO FINO .....................106POLIMETRI ........................107PROXYON .........................107RESERPLASTIC ..................107RESIL MINAS ....................107SCÓRPIOS ........................108SODECIA ..........................108STOLA ..............................108STYNER+BIENZ ................108TERBRAZ ...........................109TOWER AUTOMOTIVE ......109WAPMETAL .......................110ZANETTINI, BAROSSI ........110
FERRAMENTASBRANDL ..............................99 BRASSINTER .......................99 CORNETA .........................100 FESAMAC .........................102FILOAUTO ........................102HANNA ............................102ITAESBRA ..........................103M. SHIMIZU ......................104STOLA ..............................108
FILTRAGEMCUMMINS FILTRATION .....100HENGST ...........................103HONEYWELL ....................103MAHLE .............................104MANN+HUMMEL .............105PARKER HANNIFIN ...........106SOGEFI .............................108TECFIL ..............................109
FIXAÇÃOA RAYMOND ......................97A. FRIEDBERG .....................97ACUMENT ..........................97BÖLLHOFF ..........................99CISER ................................100COMP STEEL .....................100ELBRUS .............................101ELISMOL ...........................101FABARAÇO .......................101FIBAM ...............................102GRAMPOS AÇO ................101GRUPO OBENAUS ............102INGEPAL ...........................103ITW ..................................103LIPOS ...............................104MAUSER ...........................105METALAC ..........................105NEUMAYER TEKFOR .........106PARASMO .........................106PRESSTÉCNICA .................107
96�����������BUSINESS
GUIA | FORNECEDORES
SAMBERCAMP ..................108STAMPTEC ........................108TARANTO ..........................109TRANSTECHNOLOGY .......109ZM ....................................110
FORJARIA, FUNDIÇÃO E USINAGEMA. FRIEDBERG .....................97AÇOTÉCNICA .....................97AÇOVISA ............................97ASPOL ................................98BASTIEN .............................98BRASMETAL ........................99CIAMET ............................100CIAP .................................100CSN ..................................100DAMBROZ ........................100DELUMA ...........................101DENK ...............................101FERROLENE ......................101FORJAFRIO .......................102FUPRESA ...........................102GISAMAR ...........................102GRUPO OBENAUS .............102IBRATEC ............................103IGASA ...............................103IPERFOR ............................103ISEL ...................................103ITESA .................................103LANFREDI ..........................104LEPE ..................................104LOPSA ...............................104MARINGÁ SOLDAS ............105MAX GEAR .........................105MECANO FABRIL ...............105METALKRAFT .....................105METALPÓ ...........................105METALÚRGICA QUASAR ....105MRS ...................................106MULTIFORJA ......................106NADAI ...............................106NEMAK ..............................106PRESSTÉCNICA ..................107PROEMA ............................107PROLIND ...........................107RCN...................................107RUDOLPH ..........................107SADA FORJAS ....................107SAMOT ..............................108SCHULZ .............................108SCHWARZ .........................108SCÓRPIOS .........................108SIFCO ................................108STEOLA .............................108SULTÉCNICA .....................109SUSPENSYS .......................109TECNOFLUOR ...................109TEKSID...............................109TERMICOM ........................109THYSSENKRUPP .................109TORCOMP .........................109TUPY .................................110TUZZI ................................110USIMETAL ..........................110USIMINAS .........................110USINORMA .......................110WETZEL .............................110
FREIOS
AFFINIA ...............................98BOECHAT ............................99BREMBO ..............................99CONTINENTAL ..................100DELGA ...............................101DUROLINE .........................101ECOPADS ..........................101FAGOR EDERLAN ..............101FEDERAL-MOGUL ..............101FRAS-LE .............................102FREIOS CONTROIL ............102FTE ....................................102GGB ..................................102HALDEX .............................102HONEYWELL .....................103ICAPE ................................103JOFUND ............................104KNORR-BREMSE ................104LUCIFLEX ...........................104FREIOS MASTER .................102METALÚRGICA DS .............105METALÚRGICA FRUM ........105TEKSID...............................109TMD FRICTION ..................109TRELLEBORG......................109TRIOFORT ..........................109VOSS .................................110WABCO .............................110WILLTEC ............................110
INTERIORARTEGOR ............................98CHRIS CINTOS ..................100CONTINENTAL ..................100COPAM..............................100COPO FEHRER ...................100FEDERAL-MOGUL ..............101FORMTAP ..........................102GRAMMER .........................102INYLBRA ............................103ISRINGHAUSEN .................103JOHNSON CONTROLS ......104PEGUFORM .......................106PLASCAR ...........................107RIETER ...............................107SEEBER FASTPLAS ..............108TAKATA-PETRI ....................109TEXFYT ..............................109TS TECH ............................109
JUNTAS E RETENTORESABR .....................................97BRANIL ................................99DANA ................................100ELRINGKLINGER ................101FEDERAL-MOGUL ..............101FREUDENBERG-NOK .........102SABÓ .................................107TRELLEBORG......................109
LUBRIFICAÇÃOBRASSINTER ........................99CARTEC ...............................99CLICK AUTOMOTIVA .........100DYTECH .............................101EATON ..............................101FEDERAL-MOGUL ..............101MELLING ...........................105METALÚRGICA RIGITEC .....105MGI COUTIER ....................106
SKF ....................................108
MOLDES E PEÇAS PLÁSTICASABC GROUP ........................97ACRILYS ...............................97ARTBOR ...............................98CGE ...................................100CLICK AUTOMOTIVA .........100DYNAPLAST ......................101EATON .............................101ELRINGKLINGER ...............101FABBOF ............................101GONEL .............................102HOMERPLAST ...................103IAM ..................................103ILPEA ................................103INDEBRÁS ........................103MECAPLAST ......................105NTC MOLDES PLÁSTICOS .106PEGUFORM ......................106PLASCAR ..........................107PLASVIK ............................107PRODUFLEX ......................107RESERPLASTIC ..................107SABIC ...............................107SEEBER FASTPLAS .............108SIMOLDES ........................108SOPLAST ...........................108SULBRAS ...........................108TECNOPLAST ....................109UNIPAC ............................110WEIDMANN .....................110ZANETTINI, BAROSSI ........110
MOTOR E COMPONENTESAAM ...................................97AFFINIA ..............................98BRANIL ...............................99CINPAL .............................100CIP ...................................100CONTINENTAL .................100CUMMINS ........................100DANA ...............................100DAYCO .............................101DELGA ..............................101EATON .............................101EDSCHA ...........................101FEDERAL-MOGUL .............101FORJAFRIO .......................102FPT ...................................102GATES ..............................102GGB .................................102ICAPE ...............................103INDEBRÁS ........................103INTERCAST .......................103IOCHPE-MAXION .............103ISRINGHAUSEN ................103JARDIM SISTEMAS ............103KAIKU ...............................104KSPG ................................104LEPE .................................104MAGAL .............................104MAHLE .............................104MAXIFORJA ......................105MECANO FABRIL ..............105MELCO .............................105MUBEA .............................106MWM ...............................106OMR .................................106PERKINS ...........................106
PROEMA ...........................107RAYTON ...........................107RIOSULENSE .....................107SABÓ ................................107SCHADEK .........................108SCHAEFFLER ......................108SCHULZ ............................108SECO TOOLS ....................108SIFCO ...............................108SUSIN FRANCESCUTTI .....108TECNOFLUOR ..................109TEKSID ..............................109THYSSENKRUPP ................109TRELLEBORG .....................109TUPY ................................110WETZEL ............................110WHB .................................110
PNEUSBORRACHAS VIPAL .............99BRIDGESTONE ....................99CONTINENTAL .................100GOODYEAR ......................102HANKOOK .......................102LEVORIN ..........................104MAGGION ........................104MICHELIN .........................106PIRELLI ..............................107
PÓS-TRATAMENTO E CATALISADORBASF ...................................98BRABANT ALUCAST ............99JOHNSON MATTHEY ........104MAGNETI MARELLI ...........104MASTRA ...........................105TECNOFLUOR ..................109UMICORE .........................110WIEST ...............................110
PÓS-TRATAMENTO EGRBEHR ..................................98BOSCH ...............................99CUMMINS EMISSIONSOLUTIONS .......................100VALEO ..............................110ViSCONDE .......................110VOSS ................................110WAHLER ...........................110
REVESTIMENTOCGA AUTO PARTES ...........100COPAM .............................100COPLAC ...........................100COPO FEHRER ..................100FORMTAP .........................102INYLBRA ...........................103PEMATEC TRIANGEL .........106TORO ...............................109
RODASALUJET ...............................98BORLEM .............................99FUMAGALLI ......................102MANGELS .........................104PLASCAR ..........................107SCORRO ...........................108
ROLAMENTOSKOYO ...............................104
Automotive���������� �
A RaymondAv. Comendador João Lucas, 555, 32242-000, Vinhedo, SP, tel. 19 3836-6900. www.araymond.comPresidente: Alexander Pircher
A. FriedbergRod. Campinas a Capivari, km 22, 13190-000, Monte Mor, SP, tel. 19 3879-9300. www.friedberg.com.brDiretor Executivo: Erno Muller
AAMAv. das Nações, 2.051, 83706-630, Araucária, PR, tel. 41 2141-1098. www.aam.comPresidente: Lance Reinhard
ABC GroupAv. Dante Marostica, 581, 13600-000, Araras, SP, tel. 19 3543-3333. www.abcgroupinc.comDiretor de Fábrica: Ian Hyndman
ABRR. Sthela Maria Anna Mattos, 24, 09895-700, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4341-9555. www.abr.ind.brDiretor Industrial: Ricardo Santiago
AçotécnicaVia Acesso João de Góes, 1.900, 06612-902, Jandira, SP, tel. 11 4619-9555. www.acotecnica.com.brPresidente: Sylvio Salomão
AçovisaAv. João Bassi, 503, 07174-460, Guarulhos, SP, tel. 11 2088-9000. www.acovisa.com.brDiretor Comercial: Andreis F. Bassi Melo
AcrilysRod. SC 453, km 150, 24.160, 95058-300, Caxias do Sul, RS, tel. 54 2991-8900. www.acrilys.com.brDiretor Industrial: Solivan Padilha
Acument Av. Mofarrej, 971, 05311-904, São Paulo, SP, tel. 11 3837-4000. www.acument.comPresidente: Maycon Dorah
Acumuladores AjaxR. Joaquim Marques de Figueiredo, 5-57, 17034-290, Bauru, SP, tel. 14 2106-3000. www.ajax.com.brPresidente: Nasser Farachi
Acumuladores MouraR. Diário de Pernambuco, 195, 55150-615, Belo Jardim, PE, tel. 81 3726-1044. www.moura.com.brDiretor Industrial: Claudio Cesar Morais
Adler PTIRod. Renato Azeredo, 1.070, 32400-000, Ibirité, MG, tel. 31 2104-5400. www.adler.com.brDiretor-Presidente: Sergio Albera
TRANSMISSÃO AFFINIA ...............................................98ALLISON TRANSMISSION ....................98CINPAL ..............................................100DURA ................................................101EDSCHA ............................................101FPT ....................................................102GKN ..................................................102JARDIM SISTEMAS .............................103MAXIFORJA .......................................105PRESSTÉCNICA ..................................107PROEMA ............................................107SCHAEFFLER .......................................108 VALEO ...............................................110VOITH ...............................................110ZF ......................................................110
TUBOSCARTEC ...............................................99COOPER STANDARD .........................100 SENIOR .............................................108TECNOTUBO .....................................109TUPER ................................................109VALLOUREC & MANNESMANN ..........110WESTAFLEX ........................................110
TURBOCOMPRESSORAÇOTÉCNICA ......................................97BASSO .................................................98BORGWARNER ....................................99CUMMINS .........................................100HONEYWELL .....................................103VOITH ...............................................110
TURBOSCUMMINS-HOLSET ............................100HONEYWELL ......................................103
VEDAÇÃOABR ......................................................97FREUDENBERG-NOK .........................102GAXETAS QUALITY ............................107SELCO ...............................................108SILIBOR .............................................108SKF ....................................................108TARANTO ..........................................109VEDAÇÕES CARDOSO ......................110
NSK ...................................................106ROLAMENTOS FLAM .........................107ROLAMENTOS MAR ...........................107SCHAEFFLER .......................................108SKF ....................................................108SNR ROLAMENTOS ............................108
SISTEMISTAAETHRA ...............................................98ARVINMERITOR ...................................98BEHR ...................................................98BENTELER ............................................99BOSCH ................................................99CONTINENTAL ..................................100CUMMINS .........................................100DANA ................................................100DELPHI ..............................................101DENSO ..............................................101DHB ...................................................101EATON ..............................................101FEDERAL-MOGUL ..............................101FREUDENBERG-NOK .........................102IOCHPE-MAXION ..............................103JOHNSON CONTROLS ......................104KNORR-BREMSE ................................104KSPG .................................................104MAGNETI MARELLI ............................104MAHLE ..............................................104MANN+HUMMEL ..............................105METAGAL ..........................................105MWM ................................................106PLASCAR ...........................................107SABÓ .................................................107SCHAEFFLER ......................................108SOGEFI ..............................................108TAKATA-PETRI ....................................109TENNECO .........................................109THYSSENKRUPP .................................109TRW AUTOMOTIVE ............................109USIMINAS .........................................110VALEO ...............................................110VISTEON ...........................................110ZF ......................................................110
SUSPENSÃOALLEVARD ...........................................98ASBRASIL .............................................98CASE .................................................100CINDUMEL ........................................100DELGA ...............................................101DRIVEWAY .........................................101EDSCHA ............................................101FABARAÇO ........................................101FAGOR EDERLAN ..............................101GGB ..................................................102GRUPO OBENAUS .............................102HALDEX .............................................102LONTRA ............................................104MUBEA ..............................................106PRESSTÉCNICA ..................................107RASSINI-NHK ....................................107RHENEN ............................................107SCHAEFFLER .......................................108 SIFCO ................................................108SUSPENSYS .......................................109TEKSID ...............................................109TENNECO .........................................109TRELLEBORG ......................................109TUZZI ................................................110WABCO .............................................110
98�����������BUSINESS
GUIA | FORNECEDORES
Autoforjas Av. Pref. Alberto Moura, 900, 35702-383, Sete Lagoas, MG, tel. 31 2106-8600.www.cieautomotive.com.brDiretor Geral: Pedro Echegaray
AutolivRod. Floriano Rodrigues Pinheiro, 551, 12043-000, Taubaté, SP, tel. 12 3627-1077.www.autoliv.comPresidente: José Compani
Autometal Av. Fagundes de Oliveira, 1.650, 09950-905, Diadema, SP, tel. 11 4070-8200. www.autometal.com.brDiretor-Presidente: Alfredo Barrasa
Automotiva UsiminasAv. do Café 277, T A, 8o, 04311-900, São Paulo, SP, tel. 11 5591-5301.www.automotivausiminas.comDiretor: Flávio Del Soldato
BasfAv. Ângelo Demarchi, 123, 09844-900, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4347-1122.www.basf.com.brPresidente: Rolf Dieter Acker
BassoEst. do Jaraguá, 4.111, Via Anhanguera, km 25,5, 05276-000, Perus, SP, tel. 11 3915-8300. www.bassocomp.com.brPresidente: Felício Basso
BastienAv. Guido Caloi, 2.560, 05802-140, São Paulo, SP, tel. 11 5515-4100. www.bastien.com.brPresidente: José Duarte Pinto
Baterias PampaR. Ramiro Barcelos, 58, 90035-300, Porto Alegre, RS, tel. 51 3226-4911. www.bateriaspampa.com.brPresidente: Roberto Sobieraisque
Behr Est. dos Fernandes, 510, 07400-970, Arujá, SP, tel. 11 4652-0300. www.behrbrasil.behrgroup.comCEO da Behr Brasil: Max Davis Forte
Aro EstampariaR. Francisco Alves, 73, 05051-040, São Paulo, SP, tel. 11 3872-3288. www.aroestamparia.com.brDiretor Executivo e CEO: Ricardo Bigio
ArtborR. Prado, 1.000, 89226-010, Joinville, SC, tel. 47 3467-5675. www.artbor.com.brDiretor Geral: Luiz Carlos Novakoski
Arteb Complexo Industrial Automotivo, BR 290, km 67, 94400-097, Gravataí, RS, tel. 51 3430-1264. www.arteb.com.brGerente Geral: Marco Antônio Marelli
ArtegorR. Roque Bueno de Campos, 175, 18280-330, Tatuí, SP, tel. 15 3251-3102. www.artegor.com.brPresidente: Eduardo Kunsty
ArvinMeritorAv. João Batista, 825, 06097-105, Osasco, SP, tel. 11 3684-6628. www.arvinmeritor.com.brDiretor Geral: Silvio Barros
Asbrasil R. João Daprat, 431, 09600-010, S. B. do Campo, SP, tel. 11 4366-3000. www.asbrasil.com.brDiretor-Presidente: Bruno Bondra
ASKR. João Alves Ferreira, 95, 35702-097, Sete Lagoas, MG, tel. 31 2106-3000.www.askgroup.itDiretor Geral: Enrico Scarlato
AspolR. Flor de Noiva, 1.001, 08597-630, Itaquaquecetuba, SP, tel. 11 4645-0550.www.aspol.com.brPresidente: Valéria Buchicchio Associated SpringR. Wallace Barnes, 301, 13054-701, Campinas, SP, tel. 19 3725-1000. www.asbg.comDiretor Geral: Guanair Souza Jr.
Autimpex R. Soldado Benedito Patricio, 410, 02176-040, São Paulo, SP, tel. 11 2127-0203. www.autimpex.com.brDiretor Geral: Eduardo Fabris
AutocamR. Dolores Martins Rubinho, 803, 13877-757, São João da Boa Vista, SP, tel. 19 3634-6030.www.autocam.comCEO: Eduardo Castilho Renner
AEESAv. Pe. Lourenço da Costa Moreira, 3.679, 37502-454, Itajubá, MG, tel. 11 3629-2100. www.aeesinc.comPresidente: Giancarlo Tasso
AethraAv. Centauro, 234, 32242-000, Contagem, MG, tel. 31 3045-9199. www.aethra.com.br Presidente: Pietro Sportelli
AffiniaAv. Fukuichi Nakata, 451, 09950-400, Diadema, SP, tel. 11 4070-6000. www.affinia.com.brGerente Geral: Luiz Carlos Garcia
AgrostahlRod. Raposo Tavares, km 67, CP 75, 18120-970, Mairinque, SP, tel. 11 4718-8080.www.stahl.com.brPresidente: João Augusto Macdowell
AisinAl. Tocantins, 679, 06455-923, Barueri, SP, tel. 11 3201-5800. www.aisin.comPresidente: Fumio Fujimori
AllevardR. José Fabiano de Cristo Gurjão, 411, 13803-705, Mogi Mirim, SP, tel. 19 3805-7950. www.allevard-rejna.com.brDiretor Geral: Roberto Brignone Allison TransmissionR. Agostinho Togneri, 57, 04690-090, São Paulo, SP, tel. 11 5633-2599. www.allisontransmission.comDiretor de Operações para a América Latina: Evaldo Oliveira
Alujet Av. Fernando Piccinini, 300, 13280-000, Vinhedo, SP, tel. 19 3846-7788. www.binno.comGerente Geral: Luis Carlos Geraldi
Amalcaburio Av. Luiz Amalcaburio, 500, 95032-451, Caxias do Sul, RS, tel. 54 2101-9111.www.amalcaburio.com.brDiretor Geral: Genir Amalcaburio
Ampri Av. Rotary, 1.012, 07042-000, Guarulhos, SP, tel. 11 2422-4899. www.ampri.com.brDiretor de Fábrica: Roberto Trofino
Arnaldo Pollone R. Oneda, 615, 09895-280, S. B. do Campo, SP, tel. 11 2842-2500. www.arnaldopollone.com.brPresidente: Arnaldo Pollone
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FreescaleR. James Clerk Maxwell, 400, Rod. Anhanguera, km 104, 13069-380, Campinas, SP, tel. 19 3783-8500.www.freescale.comDiretor Geral: Armando Gomes Freios ControilR. Capitão Armínio Bier, 205, 93025-360, São Leopoldo, RS, tel. 51 2111-9400. www.controil.com.brPresidente: Leonildo Bernardon
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ValeoAv. Major Sylvio de M. Padilha, 5.200, 05677-000, São Paulo, SP, tel. 11 3759-8788.www.valeo.com.brDiretor-Presidente: Manoel Alencar
Vallourec & MannesmannAv. Olinto Meireles, 65, 30640-010, Belo Horizonte, MG, tel. 31 3328-2121.www.vmtubes.com.brPresidente: Flávio Roberto S. Azevedo
Vedações Cardoso R. Domingos Piunti, 281, 13313-515, Itú, SP, tel. 11 4013-8383.www.vedacoescardoso.com.br.Diretor Geral: Davi Cardoso
ViscondeAv. Narain Singh, 262, 07250-000, Guarulhos, SP, tel. 11 2487-1800.www.rvradiadores.com.brDiretor Comercial: Renato Vilches
Visteon Av. Orlanda Bergamo, 1.062, 07232-151, Guarulhos, SP, tel. 11 2465-9122.www.visteon.com.brDiretor de Operações da América do Sul: Alfeu Doria
Voith R. Friedrich Von Voith, 825, 02995-000, São Paulo, SP, tel. 11 3944-4393.www.voith.comDiretor Executivo: Ralf Dreckmann
Voss Automotive R. Álvares Cabral, 1.087, 09980-160, Diadema, SP, tel. 11 4053-9500.www.voss.com.brPresidente: Sérgio Andreatini
Wabco Rod. Anhanguera, km 106, bl. A, 13180-901, Sumaré, SP, tel. 19 2117-4600. www.wabco-auto.comPresidente: Reynaldo Contreira
Wahler Av. Comendador Leopoldo Dedini, 310, 13422-210, Piracicaba, SP, tel. 19 3429-9000www.wahler.deDiretor Geral: Josué Oswaldo Monterossi
Wapmetal Av. Gupê, 10.295, 06422-120, Barueri, SP, tel. 11 4789-8900.www.wapmetal.com.brPresidente: Walter Antônio Paulino
Weidmann Av. Com. Leopoldo Dedini, 85, 13422-210, Piracicaba, SP, tel. 19 3429-1160.www.weidmann-plastics.comPresidente: Eduard Beutter
TRW Automotive Rod. Anhanguera, km 147, 13486-915, Limeira, SP, tel. 19 3404-1100.www.trw.com.brPresidente: Moisés Bucci
TS Tech Est. Municipal Oswaldo Facchi, 545, 13612-383, Lema, SP, tel. 19 3573-4100.www.tstech.co.jpGerente Geral: Amilcar Chaves Festa Jr.
TuperRod. SC 301955 , BR 280, 955, 89290-000, S. Bento do Sul, SC, tel. 47 3631-5000.www.tuper.com.brPresidente: Frank Bollmann
Tupy R. Albano Schimidt, 3.400, 89227-901, Joinville, SC, tel. 47 4009-8181. www.tupy.com.brPresidente: Luiz Tarquínio Sardinha Ferro
Tuzzi Av. Ceagesp, 1.630, 14600-000, São Joaquim da Barra, SP, tel. 16 3810-7000.www.tuzzi.com.brPresidente: Nillo Tuzzi
Tyco Electronics R. Ado Benatti, 53, 05037-010, São Paulo, SP, tel. 11 2103-6000.www.tycoelectronics.comDiretor Geral: Edmilson Magon
Uliana Est. Suzano Ribeirão Pires, km 60, 08620-000, Suzano, SP, tel. 11 4745-9000.www.uliana.com.brPresidente: Gildo Uliana
Umicore Av. São Jerônimo, 5.000, 13470-310, Americana, SP, tel. 19 3471-4000.www.umicore.com.brVice-President & General Manager at Umicore Brasil: Stephan Blumrich
Unipac R. Dr. Luiz Miranda, 1.700, 17580-000, Pompéia, SP, tel. 14 3405-2100.www.unipac.com.brPresidente: Marcos Antonio Ribeiro
UsiminasR. Prof. José Vieira de Mendonça, 3.011, 31310-260, Belo Horizonte, MG, tel. 31 3499-8000.www.usiminas.com.brVice-Presidência de Negócios: Sérgio Leite de Andrade
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