paulo edgard machado ● entendendo as profecias [algumas páginas]

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As profecias fazem parte da revelação da pessoa de Deus a cada filho Seu e, por isso, não podem ser estudadas fora do contexto de toda história bíblica e secular. Neste livro é exatamente isso que o autor propõe.

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Paulo Edgard Machado

São Paulo / 2012

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Al. Araguaia, 2190 - 11º andar - Conj. 1112CEP 06455-000 - Barueri - SP

Tel. (11) 2321-5080 – Fax (11) 2321-5099www.editoraagape.com.br

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Alguns dizem que não é preciso se preocupar com as profecias futuras da Bíblia, bastando que cada um tenha uma vida digna da fé cristã, e o que tiver que vir virá, pois todos serão sempre abençoados.

Isso é bem verdade, mas o conhecimento das profecias é um desejo de Deus. Foi isso que o anjo enviado disse a João em Apocalipse 22:6: “O anjo me disse: ‘Estas palavras são dignas de con!ança e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer”. O próprio Jesus con!rma as palavras do anjo, logo adiante, quando disse a João, Apocalipse 22:16: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para dar a vocês este testemunho concernente às igrejas”.

Esses dois versículos não deixam dúvidas que Deus se agrada do interesse do homem em conhecer e entender as profecias, mais do que isso, é obrigação de cada um estar atento aos acon-tecimentos, estar preparado para não ser surpreendido pelos acontecimentos. I Tessalonicenses 5:4 a 6: “Mas vocês, irmãos, não estão nas trevas, para que esse dia os surpreenda como ladrão. Vocês todos são !lhos da luz, !lhos do dia. Não somos da noite nem das trevas. Portanto, não durmamos como os demais, mas estejamos atentos e sejamos sóbrios”. A grande maioria das pessoas está dormindo o sono da indolência, porém você deve estar atento.

Quando se conhece as profecias bíblicas que já se cumpriram, percebe-se o controle de Deus na história da humanidade, a fé

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é aumentada, capacitando cada um a ter uma vida de maior dedicação a Ele. Quando se conhece as profecias futuras, se é fortalecido, e mesmo nas di!culdades não se desfalece, pois se sabe que no !nal há vitória.

Observe este exemplo na vida de Jó: “Quem dera minhas palavras fossem registradas! Quem dera fossem escritas num livro, fossem talhadas a ferro no chumbo, ou gravadas para sempre na rocha! Eu sei que meu Redentor vive, e que por !m se levantará sobre a terra. E depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus. Eu o verei com os meus próprios olhos; eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu peito o coração!” Jó 19:23 a 27. Jó cria na profecia da ressurreição dos mortos, e essa promessa o fortalecia a ponto de suportar tamanha a"ição sem se afastar de Deus.

As profecias fazem parte da revelação da pessoa de Deus a cada !lho seu: a revelação de amor, justiça, poder, governo, mas especi!camente a revelação do seu plano para o seu povo, e por isso não pode ser estudada fora do contexto de toda história bíblica e secular.

Neste livro é exatamente isso que proponho. Para começar, há um breve comentário do resumo profético que Jesus fez aos discípulos, a seguir, uma meditação nas profecias cumpridas, na história e religião dos judeus e o propósito delas, e por !m o livro das revelações, Apocalipse.

O apóstolo Pedro recomenda um cuidado em relação às profecias no intento de não forçar interpretações. Ele diz que as profecias, embora escritas por homens, foram totalmente inspiradas por Deus. “Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo”. II Pedro 1:20 e 21. É preciso também lembrar que quanto mais se aproxima o

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dia do cumprimento cabal, mais o Senhor vai dando à sua igreja o entendimento, e tornando claras todas as coisas. “Assim, temos ainda mais !rme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês”. II Pedro 1:19. Assim sendo, coloque-se em oração sincera, com grande tremor, para que Deus ilumine cada um e revele sua palavra. Livre-se também de todo preconceito, para que não haja uma tese a ser provada.

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PARTE I – Escatologia bíblica...............................................11• Introdução......................................................................... 11• O Fim ................................................................................. 13• Destruição do templo........................................................ 15• Sobre a vinda de Cristo.................................................... 23• Finalizando....................................................................... 31

PARTE II – Retrospectiva da história bíblica..................35Introdução ............................................................................... 35Capítulo 1 – A queda do homem e suas consequências .... 39Capítulo 2 – Preparando o caminho para o redentor ....... 49Capítulo 3 – A nação sacerdotal ........................................... 59Capítulo 4 – O verdadeiro propósito do judaísmo ............ 63• A lei.................................................................................... 63• Os sacrifícios...................................................................... 66• As festas............................................................................ 69• O sábado........................................................................... 73Capítulo 5 – Deus cumpre seu propósito sobre a nação deIsrael .......................................................................................... 81 Capítulo 6 – Em Cristo tudo se cumpre em perfeição ......85

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PARTE III – Nosso momento na história........................89Introdução ................................................................................ 89Capítulo 1 – Sob o aspecto da profecia da restauração de Jerusalém.................................................................................... 91Capítulo 2 – Sob o aspecto geopolítico da terra ................. 101

PARTE IV – O apocalipse................................................111Introdução ................................................................................ 111Capítulo 1 – O destinatário do livro de Apocalipse.......... 113Capítulo 2 – Carta à igreja de Filadél!a .............................. 115 Capítulo 3 – Carta à igreja de Laodiceia ............................... 121Capítulo 4 – A parábola das noivas ................................... 125Capítulo 5 – A nação de Israel no Apocalipse........................ 127Capítulo 6 – A primeira metade da grande tribulação........ 135Capítulo 7 – As duas testemunhas ....................................... 165Capítulo 8 – O milênio de Cristo ........................................ 173Capítulo 9 – A primeira ressurreição................................. 183Capítulo 10 – As bodas do Cordeiro...................................... 187Capítulo 11 – O Grande Trono Branco................................... 191• O julgamento dos ímpios.............................................. 191Capítulo 12 – O Tribunal de Cristo...................................... 193• O julgamento dos justos............................................... 193

Advertência !nal ................................................................... 197

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Introdução

O texto a seguir está relatado nos livros de Mateus, capítulo 24, Marcos, capítulo 13 e Lucas, capítulo 21. Os relatos acrescentam e esclarecem mutuamente, portanto estão destacados de três livros os versículos que forem de mais fácil compreensão.

“Jesus saiu do templo e, enquanto caminhava, seus discípulos aproximaram-se dele para lhe mostrar as construções do templo. “Vocês estão vendo tudo isto?”, perguntou ele. “Eu lhes garanto que não !cará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas”.

“Tendo Jesus se assentado no monte das Oliveiras, os discípulos dirigiram-se a ele em particular e disseram: Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do !m dos tempos?” Mateus 24:1 a 3.

Três perguntas:1. “Quando serão estas coisas?” – A destruição do templo,

quando não !cará pedra sobre pedra.2. “Que sinal haverá da sua vinda?” – O retorno de Jesus a

terra.3. “Que sinal haverá do !m dos tempos?” – Fim do presente

século; !m desta Terra; o dia do juízo de Deus.

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1. O !m

Primeiro Jesus começa a responder sobre o !m dos tempos, o !m do mundo que hoje se conhece. Ele adverte todos que a normalidade na Terra será sempre danosa ao homem, virão falsos ungidos, cristos, que se apresentarão como mensageiros da fé autêntica, muitos os seguirão; guerras, rumores de guerras, terremotos, serão muitos os sofrimentos. “Cuidado, que ninguém vos engane. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo!’ e enganarão a muitos. Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, mas ainda não é o !m. Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá fomes e terremotos em vários lugares. Tudo isso será o início das dores.” Mateus 24:4 a 8.

Início de dores, ou princípio de dores é uma expressão simbólica em paralelo com o trabalho de parto, quanto mais se aproxima o nascimento da criança, maiores e mais frequentes são as dores, dando a entender o mesmo efeito sobre esses fatos. Guerras, catástrofes, enganos, perseguições, sempre aconteceram na história da humanidade. A diferença é que, com a aproxi-mação do !m, a quantidade e a intensidade serão expressivas. Continuando: “Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações por minha causa. Naquele tempo muitos !carão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, mas aquele que perseverar até o !m será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o !m”. Mateus 24:9 a 14. A proximidade com o !m será marcada com uma perseguição ferrenha aos discípulos de Jesus e por causa dele.

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Já houve perseguições aos cristãos desde as que sofreram os primeiros discípulos em Jerusalém e em Roma, depois em várias partes do mundo em diferentes épocas, mas esse texto trata de uma perseguição feroz que abrangerá toda a terra e ao mesmo tempo, “serão odiados por todas as nações”.

Tão feroz será esta perseguição que pais se farão inimigos dos !lhos, !lhos inimigos dos pais, irmãos de irmãos, e isso por causa do nome de Jesus: “O irmão trairá seu próprio irmão, entregando-o à morte, e o mesmo fará o pai a seu !lho. Filhos se rebelarão contra seus pais e os matarão. Todos odiarão vocês por minha causa; mas aquele que perseverar até o !m será salvo.” Marcos 13:12 e 13.

Que argumento será usado para persuadir as pessoas a essa demonstração de tamanho ódio, ao ponto de fazerem inimigas as pessoas mais íntimas, por quem o amor é instintivo?

Quem ou que será capaz de in"uenciar com tão alto grau de persuasão?

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2. Destruição do Templo

“Quando serão estas coisas?” A destruição do Templo.Para auxiliar o entendimento, é necessário que se conheça

um pouco de sua história.O Templo original foi construído por Salomão, e foi comple-

tamente destruído por Nabucodonosor por ocasião da invasão pelo Império Babilônico de Jerusalém. Naquele tempo concre-tizou-se a total expatriação dos judeus para as cidades de outras nações. Setenta anos após sua destruição, por determinação de Ciro, rei da Pérsia, iniciou-se a reconstrução do Templo, no mesmo momento iniciou-se o retorno dos judeus à sua terra. Esse Templo permaneceu até que Herodes, rei de Israel e súdito do Império Romano, o reformasse. A necessidade de reformá-lo era por causa dos desgastes naturais pelos anos de existência e também pelos diversos ataques que sofreu por antagonistas dos judeus, por exemplo, Antioco Epifânio, governante de parte do Império Grego, que foi um desses antagonistas. Herodes, para agradar seus súditos judeus, e assim manter a paz em seu reino, reformou-o, acrescentando-lhe grandeza e esplendor. Ambas as prerrogativas haviam sido perdidas desde a primeira destruição.

O Templo havia sido destruído uma vez, e agora Jesus fazia menção de outra destruição. Os discípulos surpresos o perguntam: “Quando serão estas coisas?”

A resposta de Jesus os leva a uma profecia vaticinada por Daniel: “Assim quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’, do qual falou o profeta Daniel, no Lugar Santo – quem lê, entenda – então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes”. Mateus 24:15 e 16.

Antes de entrar nesse assunto, é preciso lembrar que algumas profecias ocorreriam em duas fases; a vinda do Messias é o maior exemplo deste tipo de vaticínio. A Bíblia não fala claramente que o Messias viria duas vezes, mas o representa em algumas passagens

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como cordeiro e em outras, como leão. Jesus viria a terra como o “Cordeiro de Deus” e também como o “Leão da tribo de Judá”. Como “Cordeiro de Deus” ele já veio e consumou a obra que determinara. Como o “Leão da Tribo de Judá”, os cristãos ainda aguardam a sua volta, e assim, então concluirá totalmente o seu plano de redenção da humanidade.Há ainda outro tipo de profecia, uma que faz menção a um acontecimento imediato e também a um acontecimento futuro. É isso que Jesus faz com a profecia de Daniel. Ele sabe que ela é uma mensagem apocalíp-tica, porém tem relações profundas com o acontecimento que estava para ocorrer próximo àqueles dias e a usou porque ela tinha esta valia também. Sua função de alertar sobre um fato imediato será analisada neste momento.

O sacrilégio terrível no Lugar Santo, o que seria isso?No tempo em que Antioco Epifânio foi governante da Judeia,

no intento de fortalecer a cultura grega e acabar com a judaica, ele impôs uma severa perseguição àqueles que mantinham !delidade a sua religião; dentre seus atos malignos, colocou uma estátua de Zeus no Templo e também fez sacrifícios com porcos – animal impuro para os judeus – sobre o altar. Isso é um exemplo de sacrilégio terrível no Lugar Santo, mas é somente um exemplo; Lucas é quem esclarece com precisão o sacrilégio a que Jesus se referia: “Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão que a devastação está próxima”. Lucas 21:20. Jerusalém invadida pelo exército inimigo é também o “sacrilégio terrível no Lugar Santo”.

O historiador Romano, Tácito, relata que no ano 70 d.C., por causa da revolta do povo judeu contra o domínio do Im-pério Romano sobre seu país, foi enviado o General Tito com um exército de 60.000 homens para sufocar o levante; sitiaram Jerusalém no dia da Páscoa quando a cidade estava tomada de

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600.000 peregrinos, segundo Tácito. A violência desse belicoso exército foi tão grande que destruíram a cidade com fogo, inclu-sive o Templo, não deixando nada em pé, a não ser o alicerce, conhecido hoje como o muro das lamentações. Mais de 1.000.000 de judeus foram mortos. É esse acontecimento que Jesus relata aos discípulos. “Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão que a sua devastação está próxima. Então os que estiverem na Judeia fujam para os montes, os que estiverem na cidade saiam, e os que estiverem no campo não entrem na cidade. Pois esses são os dias da vingança, em cumprimento de tudo o que foi escrito. Como serão terríveis aqueles dias para as grávidas e para as que estiverem amamentando! Haverá grande a"ição na terra e ira contra este povo (povo judeu). Cairão pela espada e serão levados como prisioneiros para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos deles se cumpram.” Lucas 21:20 a 24.

A destruição do Templo e a perseguição ao povo judeu estão determinadas, e não há como mudar, porém Jesus, sabendo que a opressão poderia ser aliviada e inclusive com o livramento de muitas mortes, recomenda que eles orem a !m de que a mão de Deus se mova, impedindo que esse fato ocorra no inverno, quando muitos, na fuga, poderiam morrer de frio – o inverno em Israel é extremamente frio, e em alguns pontos chega a nevar –, nem no sábado, quando muitos recusariam a fugir para longe, pois os preceitos de sua religião os impediam de fazer grandes caminhadas nesse dia. “Orem para que a fuga de vocês não acon-teça no inverno nem no sábado.” Mateus 24:20.

Parece que os discípulos não deram atenção à recomendação que Jesus fez, e o povo não orou para receber o livramento parcial, pois foi exatamente quando a cidade estava lotada de peregrinos, na época da Páscoa, que se deu a invasão e destruição da cidade pelo exército romano.

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Em ocasião anterior, Jesus vê este dia e lamenta: “Quando se aproximou e viu a cidade, Jesus chorou sobre ela e disse: ‘Se você compreendesse neste dia, sim, você também, o que traz a paz! Mas agora isto está oculto aos seus olhos. Virão dias em que teus inimigos construirão trincheiras contra você, a rodearão e a cercarão de todos os lados. Também a lançarão por terra, você e os seus !lhos. Não deixarão pedra sobre pedra, porque você não reconheceu a oportunidade que Deus lhe concedeu’.” Lucas 19:41 a 43.

Essa maldição veio sobre Israel por causa dos pecados da nação, sobre tudo pela recusa da oportunidade de receber o Messias e seus ensinamentos. Mais do que recusa, tiveram-no como impostor, como fraude, como um enganador, como alguém que vem da parte do Diabo. Maldição não vem sem causa. “Como o pardal que voa em fuga, e a andorinha que esvoaça veloz, assim a maldição sem motivo justo não pega.” Provérbios 26:2.

Há uma situação determinante para que esse mal lhes acontecesse.

Pilatos depois de arguir Jesus, não vendo nele mal algum, intenta soltá-lo. Aproveitando um costume da época, quando um preso era solto na Páscoa, tendo-o açoitado duramente a !m de aplacar a maldade do coração do povo, manda que escolham entre ele e Barrabás. O povo judeu escolhe Barrabás para ser solto e pede que Jesus seja cruci!cado. Pilatos, consciente da injustiça que se fazia, tenta isentar-se da culpa daquele crime, dizendo: “Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês.”, a turba, in"amada pelos sacerdotes e principais, responde: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos !lhos!” Mateus 27:24 e 25.

Foi isso que aconteceu no ano 70 da era cristã. Que essa tra-gédia sirva de advertência a todos para que não se menospreze a tão grande salvação que foi dada.

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Jesus é tão amoroso, ao ponto de, quando estava sendo conduzido ao Gólgota para ser cruci!cado, tendo o seu corpo coberto de chagas abertas pelos açoites dos chicotes e murros dos ímpios homens, carregando sobre seu corpo enfraquecido a pesada cruz, vendo a dor das mulheres que batiam no peito e lamentavam por ele, sabendo da tragédia que se abateria sobre toda a nação, sobre elas mesmas, esquece de sua própria dor e humilhação e se compadece dizendo: “Filhas de Jerusalém, não chorem por mim; chorem por vocês mesmas e por seus !lhos! Pois chegará a hora em que dirão: Felizes as estéreis, os ventres que nunca geraram e os seios que nunca amamentaram! Então dirão às montanhas: Caiam sobre nós! E às colinas: Cubram-nos! Pois se fazem isto a árvore verde, o que acontecerá quando ela estiver seca?” Lucas 23:27 a 31. Quanto amor!

Hino de louvor a Deus, do grupo Voz da Verdade

Abriu-se o céu,E Jesus desceu ao mundo,Pra mostrar ao pecador,O verdadeiro amor.Negou-se a si mesmo,Deixando a sua glória,Mudando a história,De um mundo sem amor. Ò! Quanto amor! Nos revelou na cruz,Amor de Deus,Expresso em Jesus,

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Amor que traz a paz,Amor que se doou,Não se prendeu ao céu,Mas explodiu na cruz. Amor que toca a minha alma,Me faz sentir gigante, Me levas às nuvens altasE o mal !cou distante,Amor que muda o homem,O amor é Jesus!

Nos dias atuais, vê-se claramente o cumprimento dessa profecia. O Templo está completamente destruído, os judeus foram espalhados por toda a terra, principalmente Europa, Ásia e América, e Jerusalém é dominada pelos gentios.

A história secular registra esses acontecimentos. Os judeus foram mortos, presos e perseguidos; sua terra foi motivo de disputas, e vários povos a conquistaram. Turcos, árabes e euro-peus lutaram para dominá-la. Expulsos de suas terras, foram espalhados por todas as nações e. entre elas, !caram vagando sem uma pátria física, mas sempre con!ando e aguardando o milagre de sua volta.

Em 1948, o milagre. Depois de quase 2.000 anos, acontece o impossível: a Organização das Nações Unidas reúne e, em votação apertadíssima, decide e devolve parte do território para o povo judeu. Está novamente criado o Estado de Israel.

Aleluia!

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Ainda hoje, Jerusalém está dividida e é governada por quatro povos diferentes, mas vai chegar à hora em que, como Lucas registrou, o tempo de os gentios pisá-la acabará. “Cairão pela espada e serão levados prisioneiros para todas as nações. Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos deles se cumpram.” Lucas 21:24.