#pcku fq ++ %qpitguuq +pvgtpcekqpcn fg %qpegkvqu … · hematomas/animal, enquanto que para as...

7

Upload: others

Post on 24-Jun-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: #PCKU FQ ++ %QPITGUUQ +PVGTPCEKQPCN FG %QPEGKVQU … · hematomas/animal, enquanto que para as carretas foi encontrada média de 1,39 hematomas/animal. Apesar das diferenças significativas

Rio de janeiro9 a 11 de agosto de 2007

Riocentro

Conceitos em Bem-Estar Animal

Anais do II Congresso Internacional de

Page 2: #PCKU FQ ++ %QPITGUUQ +PVGTPCEKQPCN FG %QPEGKVQU … · hematomas/animal, enquanto que para as carretas foi encontrada média de 1,39 hematomas/animal. Apesar das diferenças significativas

Comissão Organizadora ___________________________________________________________________

Elizabeth MacGregor Larissa Araújo Charli Ludtke Ingrid Eder Coordenação ___________________________________________________________________

Elizabeth MacGregor Comitê Científico ___________________________________________________________________

Rita Garcia Carla Molento Mariângela Souza Stélio Luna Nestor Calderon Irvênia Prada Letícia Souza Dantas Apoio ___________________________________________________________________

Revista Clínica Veterinária

Realização

Page 3: #PCKU FQ ++ %QPITGUUQ +PVGTPCEKQPCN FG %QPEGKVQU … · hematomas/animal, enquanto que para as carretas foi encontrada média de 1,39 hematomas/animal. Apesar das diferenças significativas

2

II Congresso Internacional de Conceitos em Bem-Estar Animal • 9 a 11 de agosto de 2007 • Riocentro • Rio de Janeiro

Sumário _____________________________________________ IMPORTANCIA DA QUALIDADE DE INTERAÇÃO DO PROPRIETÁRIO COM O CÃO NA PREVENÇÃO DA SÍNDROME DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO............................................................................5 ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO DE VACAS LEITEIRAS EM FREESTALL.........................................................................................................7 USO DE ANIMAIS VIVOS NO CICLO BÁSICO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DA UNIME/BA: RAZÃO E EMOÇÃO DE TAL PRÁTICA, EXPRESSO PELOS GRADUANDOS .......................................10 OPINIÃO PÚBLICA SOBRE ABATE HUMANITÁRIO DE PEIXES NO MUNICÍPIO DE ARAUCÁRIA, PARANÁ............................................................12 PERCEPÇÃO E ATITUDE DA POPULAÇÃO EM RELAÇÃO AO USO DE ANIMAIS PARA ENTRETENIMENTO EM CURITIBA, PARANÁ...................................................................................................................14 PERCEPÇÃO E ATITUDE DA POPULAÇÃO EM RELAÇÃO AO BEM-ESTAR DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO EM CURITIBA, PARANÁ...................................................................................................................16 COMPORTAMENTO COMPENSATÓRIO EM CODORNAS JAPONESAS............................................................................................................18 BEM-ESTAR ANIMAL E ZOOTECNIA: EXPERIMENTANDO UM NOVO OLHAR......................................................................................................... 20 A NECESSIDADE DA HABITUAÇÃO PARA ANÁLISES COMPORTAMENTAIS DE BEM-ESTAR ANIMAL ....................................................... 22 MEDIDAS SIMPLES DE MELHORIAS DO BEM-ESTAR DE EQÜINOS ESTABULADOS MANTIDOS EM HÍPICAS .......................................... 25 USO DE ANIMAIS PARA PESQUISA POR ESPÉCIE, GRAU DE INVASIVIDADE E PROCEDÊNCIA DOS ARTIGOS PUBLICADOS NO PERIÓDICO ARCHIVES OF VETERINARY SCIENCE EM 2006......................27 CASO CLÍNICO: RECUPERAÇÃO SOCIAL DE CADELA PARAPLÉGICA COM DESORDENS COMPULSIVAS................................................. 30

Page 4: #PCKU FQ ++ %QPITGUUQ +PVGTPCEKQPCN FG %QPEGKVQU … · hematomas/animal, enquanto que para as carretas foi encontrada média de 1,39 hematomas/animal. Apesar das diferenças significativas

3

II Congresso Internacional de Conceitos em Bem-Estar Animal • 9 a 11 de agosto de 2007 • Riocentro • Rio de Janeiro

A VOCALIZAÇÃO DE LEITÕES COMO MEDIDA DE BEM-ESTAR ANIMAL .................................................................................................... 33 INTERAÇÃO HOMEM-CAVALO DE TRAÇÃO: PERSPECTIVA DE PROPRIETÁRIOS ATENDIDOS NO PROJETO CARROCEIRO DA UNIVERSIDADE DE CUIABÁ, MT .....................................................................36 EFICÁCIA E VIABILIDADE DA VASECTOMIA PARA EMPREGO EM LARGA ESCALA NO CONTROLE POPULACIONAL DE CÃES: DADOS PRELIMINARES .........................................................................................39 PERCEPÇÃO E ATITUDE DA POPULAÇÃO DE LAURO DE FREITAS, BAHIA, EM RELAÇÃO AOS ANIMAIS: DADOS PRELIMINARES...........................42 AMBIENTE TÉRMICO E COMPORTAMENTO DE SUÍNOS EM CRECHE – ESTUDO DE CASO.................................................................................... 44 BEM-ESTAR DE CAMUNDONGOS UTILIZADOS EM LABORATÓRIO DE PESQUISA – AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO SOCIAL E INDIVIDUAL............................................................................................47 UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO PREOCUPADOS COM O BEM-ESTAR ANIMAL ................................................................................................ 50 OPINIÃO DOS ORDENHADORES SOBRE SUAS INTERAÇÕES COM AS VACAS LEITEIRAS .................................................................................................. 53 LEGISLAÇÃO E NORMAS PADRÃO PARA SUÍNOS SUBMETIDOS A SISTEMA INTENSIVO DE PRODUÇÃO: RESULTADOS PRELIMINARES..............................................................................55 O SIGNIFICADO DA LIBERAÇÃO DE EMOÇÕES ATRAVÉS DE UM ANIMAL DIFERENTE, O ESCARGOT: BEM ESTAR ANIMAL....................58 QUALIDADE DA RELAÇÃO HUMANO-ANIMAL NA CRIAÇÃO DE VACAS LEITEIRAS (Bos taurus taurus) A PASTO: VALIDAÇÃO DE TÉCNICAS PARA A AVALIAÇÃO DO MEDO ....................................................60 A INFLUÊNCIA DO MOVIMENTO DE PROTEÇÃO, DEFESA E BEM-ESTAR ANIMAL NA POLÍTICA PÚBLICA DE CONTROLE ÉTICO DAS POPULAÇÕES DE CÃES E GATOS NA CIDADE DE SÃO PAULO, SÃO PAULO, SP.....................................................63 BEM ESTAR ANIMAL E EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS: ATRAVÉS DAS CINCO LIBERDADES ......................................................................... 65 EDUCANDO PARA O BEM ESTAR ANIMAL ATRAVÉS DO TEATRO....................... 67

Page 5: #PCKU FQ ++ %QPITGUUQ +PVGTPCEKQPCN FG %QPEGKVQU … · hematomas/animal, enquanto que para as carretas foi encontrada média de 1,39 hematomas/animal. Apesar das diferenças significativas

4

II Congresso Internacional de Conceitos em Bem-Estar Animal • 9 a 11 de agosto de 2007 • Riocentro • Rio de Janeiro

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA APLICAÇÃO DE AFAGO NO COMPORTAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE BEZERROS BUBALINOS.............................................................................................................70 AVALIAÇÃO DO BEM-ESTAR DURANTE O MANEJO PRÉ-ABATE DE SUÍNOS NA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA......................................73 EFEITO DAS CONDIÇÕES DE EMBARQUE, TRANSPORTE E DESEMBARQUE NO BEM-ESTAR DOS SUÍNOS...............................................75 ESTUDO DO IMPACTO DA SONDAGEM VESICAL NO GRAU DE BEM-ESTAR DE ÉGUAS PARA SUBSÍDIO ÀS COMISSÕES DE ÉTICA NO USO DE ANIMAIS ............................................................................78 OFICIAL DE CONTROLE ANIMAL: ALIADO DA COMUNIDADE E DO ANIMAL ..........................................................................................................80 A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE DE VIDA ANIMAL .................82 DOCÊNCIA EM BEM-ESTAR ANIMAL – HUMANIZAÇÃO E CIÊNCIA DE MÃOS DADAS.................................................................................84 EFEITO DO TIPO DE VEÍCULO NA QUALIDADE DA CARNE DE BOVINOS COMO INDICADOR DO BEM-ESTAR DURANTE O TRANSPORTE .....................................................................................................86 EFEITOS DA DISTÂNCIA DE VIAGEM NA QUALIDADE DE CARNE DE BOVINOS COMO INDICADOR DO BEM-ESTAR DURANTE O TRANSPORTE...................................................................................88 A PRODUÇÃO DE OVOS E O BEM ESTAR ANIMAL SOBRE O PONTO DE VISTA DO CONSUMIDOR................................................................90 AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE BEM-ESTAR DE CÃES EM DOIS ABRIGOS BRASILEIROS ........................................................................92 BEM-ESTAR ANIMAL E FILOSOFIA DA CIÊNCIA E ÉTICA: RELAÇÃO DE INTERDISCIPLINARIDADE NO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA .........................................................................................................94

Page 6: #PCKU FQ ++ %QPITGUUQ +PVGTPCEKQPCN FG %QPEGKVQU … · hematomas/animal, enquanto que para as carretas foi encontrada média de 1,39 hematomas/animal. Apesar das diferenças significativas

86

II Congresso Internacional de Conceitos em Bem-Estar Animal • 9 a 11 de agosto de 2007 • Riocentro • Rio de Janeiro

EFEITO DO TIPO DE VEÍCULO NA QUALIDADE DA CARNE DE BOVINOS COMO INDICADOR DO BEM-ESTAR DURANTE O TRANSPORTE _____________________________________________

JOSÉ RODOLFO P. CIOCCA⏐(1,2); JULIA EUMIRA GOMES NEVES (1,3); PATRÍCIA CRUZ BARBALHO (4); STAVROS PLATON TSEIMAZIDES (5);

MATEUS J. R. PARANHOS DA COSTA (6) ABSTRACT: CIOCCA, J.R.; NEVES, J.E.G.;BARBALHO, P.C.; TSEIMAZIDES, S.P.; PARANHOS DA COSTA, M.J.R. Effect of vehicle type on meat quality as indicator of animal welfare during cattle transportation. The objective of this study was to evaluate the influence of the vehicle type used in cattle transport on the the frequency of bruising in the carcass and the meat pH, both as indicators of the animal welfare. The study was done with 1776 animals, 69.9% of them transported non-articulated trucks and 30.1% in articulated trucks, following the the usual routine adopted for cattle transportation. The evaluation of bruises in the carcasses was done according the Aus-Meat4 and the pH was measured in the muscle longissimus dorsi 24 hours after slaughter (pHu). There were significant effects (P<0.05) of the vehicle type on the two studied variables. The pHu was lightly higher for animals transported in non-articulated trucks (pHu= 5.77) than those transported in articulated ones (pHu= 5.72). The frequency of bruises followed the same tendency, with 1.43 bruises/animal transported in non-articulated trucks and 1.39 bruises/animal transported in articulated ones. In spite of these significant differences is not possible to conclude which vehicle was the best, due to the small differences between the means and the large concentration of non-articulated trucks transporting cattle in short distances (up to 200Km), which was more stressful to the animals than the other categories of distances. KEY WORDS: transport, vehicle, bruising, cattle. INTRODUÇÃO O transporte de bovinos como parte do manejo pré-abate tem efeitos negativos no bem-estar dos animais e também na qualidade da carne, resultando em dor e sofrimento aos animais e perdas econômicas aos produtores e frigoríficos1. Durante o transporte há esforço físico e estresse psicológico (decorrente do estado emocional de medo), que pode levar a depleção de glicogênio muscular, resultando em problemas no pH e conseqüentemente maior risco de ocorrência de cortes escuros2. Há também o risco dos manejos envolvidos aumentarem a freqüência de contusões nas carcaças, que também é indicativa de problemas de bem-estar animal e econômicos3. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a influência do tipo de veículo utilizado no transporte de bovinos no pH da carne e na freqüência de hematomas em carcaças de bovinos, como indicadores do bem-estar animal.

MATERIAL E MÉTODOS Foram avaliados 1776 animais, sendo 69,9% em caminhões não articulados com três eixos (tipo “truck”, com capacidade média para 18 animais) e 30,1% em caminhões articulados com um piso (tipo carreta de um andar, com capacidade média para 27 animais). As avaliações foram realizadas seguindo a rotina normal de trabalho durante o transporte dos animais. Para avaliação das contusões nas carcaças, seguiu-se o critério descrito pela Aus-Meat 4, que definiu hematoma como qualquer lesão no tecido muscular, caracterizada por apresentar pelo menos 2 cm de profundidade ou 10 cm de diâmetro (ou área equivalente), exceto para as lesões no contra-filé (longissimus dorsi), que foram sempre consideradas graves independentemente do tamanho. Essas avaliações foram realizadas na linha de abate, logo após a retirada do couro, sendo registrada a identidade de cada animal e

⏐ 1- Grupo ETCO – Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal. 2- Graduação em Zootecnia – FCAV-UNESP, Jaboticabal-SP. 3- Programa de Pós Graduação em Zootecnia- FCAV-UNESP, Jaboticabal-SP. E-mail: [email protected] 4- Zootecnista, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, FCAV-UNESP, Jaboticabal-SP. 5- Frigorífico Marfrig S.A., Promissão-SP. 6- Departamento de Zootecnia, FCAV-UNESP, 14884-900, Jaboticabal-SP. Email: [email protected].

Page 7: #PCKU FQ ++ %QPITGUUQ +PVGTPCEKQPCN FG %QPEGKVQU … · hematomas/animal, enquanto que para as carretas foi encontrada média de 1,39 hematomas/animal. Apesar das diferenças significativas

87

II Congresso Internacional de Conceitos em Bem-Estar Animal • 9 a 11 de agosto de 2007 • Riocentro • Rio de Janeiro

o local do hematoma (quando ocorria), marcando “x” em desenhos de carcaças. Ao final da linha de abate, as carcaças eram levadas para a câmara fria a uma temperatura nunca inferior a 2°C, onde permaneciam por aproximadamente 24 horas. Após este período (24 horas) foi mensurado o pH no músculo longissimus dorsi (pHu) de cada animal, utilizando-se o peagômetro digital Mettler-Toledo, modelo 1140. Para a análise dos dados foi usado o procedimento GLM do pacote estatístico Statistical Analisys System5. Foram consideradas como variáveis dependentes a freqüência de hematomas por carcaça e o pHu. Dada a alta ocorrência de valores zero (0) na freqüência de hematomas por carcaça, esses dados foram transformados em raiz quadrada de (x + 1) antes de proceder às análises. RESULTADOS E DISCUSSÃO Houve efeitos significativos (P<0,05) do tipo de veículo nas duas variáveis estudadas. A média de pHu foi ligeiramente mais alta para animais transportados em caminhões do tipo truck (pHu= 5,77) do que para os animais transportados em carretas (pHu= 5,72). Apesar da diferença ser pequena, deve-se ter em conta que valores de pHu acima de 5,8 podem resultar em restrições comerciais, de forma que valores próximos a este devem ser considerados como indicadores de risco. Entretanto, deve-se considerar que geralmente os caminhões do tipo truck são destinados a viagens mais curtas e às carretas a viagens mais longas, o que pode causar um confundimento de ambos os fatores (distância e tipo de veículo utilizado). No presente caso houve maior freqüência do uso de “trucks” em viagens com distancia entre 0 e 200km, havendo evidências de que distâncias mais curtas causam mais estresse dos animais. O que esta de acordo com Warriss et al.1 que sugeriram em seu trabalho que a queda da concentração do cortisol ocorrida durante longos períodos de viagem pode ser devido a adaptação dos animais ao transporte. Com relação aos hematomas os resultados encontrados diferiram estatisticamente, porém com baixa variação. Encontrando para caminhões do tipo truck uma média de 1,43 hematomas/animal, enquanto que para as carretas foi encontrada média de 1,39 hematomas/animal. Apesar das diferenças significativas entre as médias não é possível concluir qual o melhor tipo de veículo usado para o transporte de bovinos, principalmente porque houve maior concentração de caminhões do tipo truck nas categorias de distâncias curtas (até 200Km), que se mostraram mais estressantes do que distâncias mais longas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. WARRISS, P. D.; BROWN, S. N.; KNOWLES, T. G.; KESTIN, S. C.; EDWARDS, J. E.; DOLAN, S. K.;

PHILIPS, A. J. Effects on cattle of transport by road for up 15 hours. Veterinary Record, London, v. 136, n. 1, p. 319-323, 1995.

2. MCVEIGH, J. M.; TARRANT, P.V. Behavioral stress and skeletal muscle glycogen metabolism in young bulls. J. Anim.Sci. 54:790-795. 1982.

3. JARVIS, A.M.; COCKRAM, M.S. Effects of handling and transport on bruising of sheep sent directly from farms to slaughter. The Veterinary Record, Vol 135, Issue 22, 523-527, 1994.

4. AUS-MEAT LIMITED. Beef & veal language. South Brisbane, 2001. 4p. 5. SAS INSTITUTE. System for microsoft windows: release 8.2. Cary, 2001. 1 CD-ROM.