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Perfil das fraturas provenientes dos acidentes de motocicleta no
município de Rurópolis/Pará no período de julho de 2014 a fevereiro
de 2015
Neuza Ribeiro Santos1
Prof.(a) Orientador(a):Dra Richelma de Fátima de Miranda Barbosa2
Pós-graduação em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapia Manual–
Faculdade FAIPE
Resumo O presente artigo é resultado de uma análise sobre acidentes de trânsito envolvendo motos, no
Município de Rurópolis- Pará, realizado por meio de uma pesquisa-ação no Hospital
municipal e delegacia de Polícia Civil. A ênfase das discussões centrou-se no objetivo de
identificar causas e o perfil das vítimas, Caracteriza também, as principais fraturas dos
acidentados, assim como ressalta a importância da fisioterapia na reabilitação dos pacientes; e
a importância do profissional fisioterapeuta. Observou-se, ainda através da pesquisa que os
motociclistas se destacam em ocorrências dos acidentes de trânsito, por serem veículos
altamente vulneráveis sujeitos aos traumas múltiplos. A metodologia contempla a pesquisa
qualitativa e quantitativa mediante análise de artigos publicados referentes ao tema abordado
e, documentos cedidos pelos órgãos acima mencionados. Os resultados dessa busca apontam
que (57%) dos indivíduos era do sexo masculino, numa faixa etária entre 16 e 36 anos,
solteiros, sendo que apenas (22%) dos condutores são habilitados. Quanto às causas (61%)
indicou imprudência, (49%) falta de conservação nas rodovias e ruas e ausência de
fiscalização do DETRAN. Por consolidação, esta temática é tratada por meio dos enfoques
teóricos e metodológicos embasados em autores como; Oliveira Sousa (2003), Pinheiros
(2003), (Araújo 2000), os quais nos possibilitam uma melhor visão sobre o tema em destaque.
Palavras-chave: Acidentes de Motos; Perfil; Fraturas. 1 Introdução
Atualmente o Brasil ocupa o quinto lugar entre os países com maior número de
vítimas fatais em acidentes de moto, se destacando entre os campeões mundiais de acidentes
de trânsito, como reflexo do aumento de veículos em circulação. Segundo dados
disponibilizados pelo Instituto Sangari em 2012.
Entre os acidentes de trânsito, observa-se, nas últimas décadas, um elevado número de
acidentes envolvendo motos, veículo que vem sendo, cada vez mais, utilizado no mercado
formal e informal, por ser um veículo ágil, econômico e de custo reduzido (OLIVEIRA;
SOUSA, 2003; BARROS. 2008).
Em decorrência do crescente aumento de veículos circulantes e a alta frequência de
comportamentos inaptos e adeptos a uma vigilância insuficiente, tornaram os acidentes de
trânsito uma rotina frequente, envolvendo veículos a motor, uma causa importante de
traumatismos na população mundial, que passaram assim, a se constituírem entre os fatores
que mais contribuem para as causas externas (BASTOS; SOARES, 2005).
1Pós Graduando em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase em Terapia Manual– Faculdade FAIPE 2 Orientador (a) Richelma Barbosa de Fátima de Miranda Barbosa
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Destacando sobre a utilização desse veículo e sua aceitação no mercado, KOIZUMI
(1985) ressalta que, apesar das vantagens, esse tipo de transporte pode trazer consequências
desagradáveis. Todos os anos milhares de pessoas morrem ou ficam incapacitadas em
decorrência dos acidentes de trânsito, considerado um dos maiores problemas.
Pesquisas realizadas em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, entre outros centras
grandes Metrópoles, indicam que os motociclistas se destacam nas ocorrências dos acidentes
de trânsitos (Borges, 2005).
O aumento do uso de motocicletas ocasiona maior exposição do usuário da moto nas
vias públicas e pode trazer como consequência, maior probabilidade de acidentes. Os
condutores de motos são altamente vulneráveis em virtude de sua exposição direta ao choque
e, portanto, sujeitos aos traumas múltiplos, uma vez que, para o condutor de moto, a
exposição e consequente absorção da energia cinética de toda a sua superfície corporal ao
trauma o tornam extremamente vulnerável.
Ainda em decorrência dessa vulnerabilidade, temos como lesões mais frequentes nos
motociclistas as fraturas traumáticas por ser um tipo de fratura mais susceptível e exibir
elevada taxa de lesões neurológicas seguido de fraturas nos membros inferiores e
superiores,assim como o traumatismo crânio-encefálico (TCE) Segundo Barros (2008),
motociclista é todas as pessoas que viajam sobre uma motocicleta, sendo estes indivíduos
bastante vulneráveis aos acidentes de transito - AT. Para a Organização Mundial de Saúde, o
AT pode ser definido como todo evento causador de dano e envolva um veículo a via, a
pessoa humana ou animais e que para se caracterizar, e necessária a presença de pelo menos
dois desses fatores (OLIVEIRA; SOUSA, 2003)
Como dito anteriormente, o Brasil, assim como em outros países, os acidentes de
trânsito (AT) merecem proeminência, especial entre as causas externas, ponto crítico e
preocupante nas estatísticas de enfraquecimento e importantes causas de morte, incapacidade
e sequelas, principalmente em indivíduos jovens do sexo masculino (KOIZUMI, 1992;
LIMA; XIMENNES, 1998; OLIVEIRA; SOUSA, 2004).
Nesse parâmetro, enfatiza também os caos no transito, da deficiência da fiscalização,
da má conservação das rodovias e avenidas, do comportamento dos usuários e da impunidade
dos infratores (OLIVEIRA; SOUSA, 2003).
Em análise da situação vivenciada no Município de Rurópolis, ficou visível que essa
realidade não se intensifica somente nas grandes metrópoles, hoje o aumento de frota nas
pequenas cidades está superando a estimativa das metrópoles, como demonstra o resultado da
análise realizada no município de Rurópolis Pará, cuja população segundo IBGE em 2014 é
de aproximadamente 45.595 mil e quinhentos e noventa e cinco habitantes, mas coloca em
alerta a sociedade os graves acidentes envolvendo motos. A preocupação não é notória, pois a
cada dia os dados adicionados são altamente devidos os agravantes, ou seja, os dados
disponibilizados no campo de pesquisa indicam sinais de alerta.
Segundo dados do Censo Demográfico do IBGE, a área do município é de 7.007,74
Km², representando 0,56% do Estado do Pará, 0,18% da região Norte e 0,08% do território
brasileiro. Essas informações fortalecem a preocupação quanto ao elevado número de
acidentes, ou seja, dos 3.930 veículos informados pelo censo, 3.013 são motocicletas,
sinalizando dessa maneira um avanço acima do esperado ao relacionar dados referentes ao
ano de 2010, cuja frota era de 1.149 motos.
Dentre as informações, faz-se ressaltar que Rurópolis é uma cidade rural, a maioria da
população depende de um transporte ágil de custo acessível. Segundo Silva, Soares e Andrade
(2008) a motocicleta além de ser um transporte rápido e de baixo custo, tanto de aquisição
quanto de manutenção, e que oferece maior facilidade de deslocamento nos
congestionamentos, tem sido utilizado também como instrumento de trabalho (motociclistas
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profissionais envolvidos no transporte de mercadorias e pessoas), além do lazer, propiciando a
elevação de acidentes.
De acordo com Silva et al (2008) os riscos do acidente com motocicleta são peculiares
ao cotidiano do trabalho desses indivíduos e produzidos por interesses pessoais, sociais e
econômicos, no sentido de demandas, ou seja quanto maior a velocidade e urgência na entrega
mais dinheiro se ganha.
Santos et al (2008) ressalvam que estão incluídas outras causas como: tendência em
dirigir com excessiva velocidade, pressão dos amigos, busca de desafios e emoções, falta de
familiaridade com as leis do trânsito e de habilidade no dirigir, ingestão de álcool ou drogas
antes da condução, impulsividade e abuso.
Anjos et al (2008) explica que a educação no trânsito e o conhecimento da legislação e
aplicação das leis de trânsito, são fatores que também estão associados aos AT, e que para a
população jovem, principalmente aquela recém-licenciada, a educação no trânsito é um
indicador favorável à diminuição da ocorrência de colisões.
Segundo Fey et al. (2012), os AT não são uma fatalidade. Os autores lembram que
existem fatores pré-existentes como deficiência na conservação das estradas e veículos e
negligência dos pedestres e condutores.
Assim podemos compreender que o perfil epidemiológico das fraturas provenientes
dos acidentes de motocicleta no município de Rurópolis está correlacionado (acoplado) ao
tema violência no transito, tendo como destaque a falta de planejamento e fiscalização e a
crescente ordem de frota de motocicletas no Brasil, em especial Rurópolis.
Em face da crescente elevação dos acidentes de motocicletas em todo o país, pretende-
se, no âmbito do Município de Rurópolis-Pa, Evidenciar dados proeminentes acerca dos
acidentes de trânsito ocorridos em Rurópolis no período de julho de 2014 a fevereiro de 2015;
identificar o perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de acidentes com motocicleta,
destacando com ênfase as variáveis como causas, sexo, faixa etária, bem como descrever de
maneira sucinta as principais, fraturas ocasionadas nas vítimas, assim como destacam as
medidas de segurança e o comportamento de risco dos condutores.
2 Metodologia
O presente estudo classifica-se como revisão literária integrativa, exploratória,
descritiva de abordagem quantitativa. Para Cervo e Bervian (2002) a pesquisa bibliográfica
procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos.
Lembrando que esse processo pode ser realizado de forma independente ou como parte da
pesquisa descritiva ou experimental, ou seja, a revisão integrativa inclui a análise de pesquisas
relevantes que dão suporte para a tomada de decisão e a melhoria da prática, possibilitando a
síntese do estado do conhecimento de um determinado assunto além de apontar lacunas do
conhecimento que precisam ser preenchidas com a realização de novos estudos (MENDES;
SILVEIRA; GALVÃO 2008).
Por essa razão, utilizou-se da pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa,
desenvolvida nas instituições públicas de referência em atendimento a sociedade rurópolense
às vítimas de acidentes de motocicleta no município de Rurópolis situada no oeste do Pará,
das quais fizeram parte: Hospital Municipal e Delegacia da Polícia Civil de Rurópolis com o
intuito de evidenciar característica referente ao perfil das fraturas ocasionadas pelos acidentes
de motos no período de julho de 2014 a fevereiro de 2015.
Ciente dessas informações, e, para viabilizar as respostas a cerca do assunto proposto
foi realizado uma pesquisa exploratória referente ao tema.
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Para coleta de dados, foram adotados procedimentos através de estudo e análise de
arquivos com base nos Prontuários médico e Boletins de Ocorrência relacionados aos
acidentes de trânsito, nas quais se contemplam as seguintes variáveis: sexo, faixa etária de
idade, causas, local, principais fraturas, uso de capacete, consumo de bebida e habilitação.
Inicialmente, foram analisados causas, local e número de acidentes, informações
prestadas pela Delegacia da Policia Civil através dos Boletins de Ocorrências relacionados
aos acidentes de trânsito. Na segunda etapa, foram analisados os prontuários de todos os
pacientes, vítimas de acidentes de trânsito, atendidos no Hospital Municipal de julho de 2014
a fevereiro de 2015. Os prontuários foram solicitados no arquivo médico do referido hospital,
resultando um total de 136 pacientes.
Para alcançar os objetivos propostos, foi desenvolvido um estudo epidemiológico, de
tipo descritivo e transversal. O interesse no desenvolvimento desta pesquisa foi conhecer e
caracterizar os acidentes com motocicleta e traçar um perfil das vítimas motociclistas, no
município de Rurópolis.
Para formação do banco de dados da pesquisa com os registros da Delegacia e
Hospital Municipal, após o período de coleta, as informações foram analisadas quanto à sua
consistência e revisadas com o objetivo de evitar equívoco ou duplicidade de registros de
vítimas. Após essas ações realizou-se o processamento e a tabulação de todos os dados. A
análise destes baseou-se na estatística descritiva, com base na qual foram calculadas as
frequências absolutas e relativas, e o cálculo de taxas
Obtidos os resultados, estarão apresentados em forma de tabelas, segundo a ordem
seqüencial, com a descrição dos achados de maior relevância com os objetivos propostos.
3-Resultados e Discussão
Como se pode observar, os resultados contidos nas tabelas abaixo apresentam os
resultados referentes à proposta de trabalho.
Sexo Quantidade Percentual
Masculino 77 57%
Feminino 59 43%
Fonte: Dados cedidos pelo Hospital Municipal de Rurópolis no período de julho
de 2014 a fevereiro de 2015
Tabela 1 – Pesquisa quantitativa
Idade Quantidade Percentual
16 a 18 34 25%
19 a 21 21 15%
22 a 24 22 16%
25 a 27 13 10%
28 a 30 13 10%
31 a 33 17 12%
34 a 36 16 12%
Fonte: Dados cedidos pelo Hospital Municipal de Rurópolis no período de julho
de 2014 a fevereiro de 2015
Tabela 2– Pesquisa qualitativa
Causas dos acidentes Nº de acidentes Percentual
Velocidade 49 36%
Atropelamento 16 12%
Queda acidental 31 24%
Choque entre moto e bicicleta 04 3%
Choque entre moto e moto 19 14%
Choque entre moto e carro 17 11%
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Fonte: Dados extraídos dos arquivos da Policia Civil de Rurópolis no período de
(julho de 2014 a fevereiro de 2015)
Tabela 3– Pesquisa quantitativa.
Local Quantidade Percentual
Rodovia 163 38 28%
Rodovia Santarém Cuiabá 33 24%
Ruas 19 14%
Avenidas 15 11%
Estradas vicinais 31 23%
Fonte: Dados extraídos dos arquivos da Policia Civil de Rurópolis no período de
(julho de2014 a fevereiro de 2015)
Tabela 4– Pesquisa qualitativa
Principais Fraturas Quantidade Percentual
Fraturas Fechadas ou Internas 21 15%
Fraturas Aberta ou Exposta 23 17%
Fraturas traumáticas 33 24%
Fratura Cominutiva 19 14%
Fratura Impactada 09 7%
Fratura Transversa 14 10%
Traumatismo crânio-encefálico 17 13%
Fonte: Dados cedidos pelo Hospital Municipal de Rurópolis no período (de julho
de 2014 a fevereiro de 2015)
Tabela 5– Pesquisa qualitativa
Uso de capacete e Luvas Quantidade Percentual
Com capacete e luva 54 40%
Sem capacete e luva 82 60%
Fonte: Dados cedidos pela Polícia Civil de Rurópolis no período de (julho de 2014
a fevereiro de 2015)
Tabela 6 – Pesquisa quantitativa
Consumo de bebida Quantidade Percentual
Sim 71 52%
Não 65 48%
Fonte: Dados cedidos pelo Hospital Municipal e Polícia Civil de Rurópolis no
período de julho de 2014 a fevereiro de 2015
Tabela 7 – Pesquisa quantitativa
Habilitação Quantidade Percentual
Sim 72 53%
Não 64 47%
Fonte: Dados cedidos pela Delegacia de Polícia Civil de Rurópolis no período de
julho de 2014 a fevereiro de 2015.
Tabela 8– Pesquisa quantitativa
Fundada em 12 de fevereiro de 1974, pelo então Presidente da Republica Emilio
Garrastazu Médice, Rurópolis está localizado a 1.170 km de Belém - PA, bem no
entroncamento entre duas grandes Rodovias federais, BR 163-Rodovia Santarém-Cuiabá - e
BR 230 - Rodovia Transamazônica as quais facilitam as vias de acesso a todas as regiões
brasileiras. E necessariamente possui uma área de aproximadamente 7.021,321 km². Como
pode ser analisada, a pequena cidade possibilita acesso a todas as demais regiões, sua
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abrangência vai além das Rodovias, pois a cada cinco quilômetro de distancia é dividido por
estradas vicinais, onde reside a maior população do município.
Falar sobre perfil das fraturas provenientes dos acidentes de motocicleta no município
de Rurópolis no período de julho de 2014 a fevereiro de 2015 é buscar compreender em sua
totalidade o verdadeiro motivo que os levam ao aumento da apropriação e uso desses
veículos. Ao evidenciar a extensão da área, já se pode imaginar que a necessidade os faz com
que os moradores da zona rural optem por um transporte de custo mais acessível e ágil.
No entanto, não exime da responsabilidade, de estarem atentas às normas de trânsitos,
contidas no capítulo três da Lei nº 9503/97 que institui o Código de Trânsito Brasileiro, tendo
incluído em seu texto os artigos 26 até o de número 67, os quais se forem sempre seguidos
pelos condutores de veículos, haveria uma grande redução na quantidade de acidentes de
trânsito (Pinheiros 2003, p.78).
No entanto ressalta Araújo que:
(...) o trânsito é uma disputa pelo espaço físico, é uma negociação permanente de
espaço, coletiva e conflituosa. E essa negociação, dadas as características de nossa
sociedade, não se dá entre pessoas iguais, a disputa pelo espaço tem uma base
ideológica e política, depende de como as pessoas se vêem na sociedade e de seu
acesso real ao poder (ARAÚJO 2000, p.56).
De acordo com o enunciado, os acidentes de trânsito causam maior gastos e
responsabilidade para economia da nação, além dos transtornos causados as famílias,
inclusive, pelo próprio acidentado ao sentir impossibilitado de exercer suas funções. Essa
realidade afeta muitas famílias rurópolense, ora pela falta de recursos para tratamento, ora
pela perda de um ente-querido como demonstra os dados coletados em estudo referente o total
de acidentes de motos, ocorridos no Município de Rurópolis, no período de julho de 2014 a
fevereiro de 2015.
Descrever o perfil das fraturas nas vítimas foi um dos propósitos da pesquisa, para
tanto não poderia me eximir de enfatizar que mesmo com tanta violência no transito na região
de Rurópolis, os resultados expressos na (Tabela 1) apontou que entre o sexo masculino e
feminino predominou com (57%) os indivíduos do sexo masculino. Ressalta ainda que a
maioria seja menor de idade, o que caracteriza um percentual bastante considerável a favor do
sexo feminino, ou seja, 43% como indicado na tabela acima.
Sobre a idade das vítimas, em que amostra acentuou-se com maior intensidade entre
jovens de 16 a 18 anos, com um percentual de 25%, seguido de 15% de 19 a 21 e 16% de 22 a
24. Também se constatou ainda que 10% tinham entre 25 a 27 anos, mais 10% de 28 a 30
anos, 13% entre 31 e 33 anos e 12% entre34 a 36 anos de idade. Vale ressaltar que, à adolescência é uma fase de transição na qual ocorrem mudanças
significativas tanto no aspecto biológico com as diferentes transformações corporais, quanto
nos aspectos cognitivos com a aquisição gradual de uma nova identidade que vai se relacionar
com as áreas sexual, profissional e ideológica. É uma espécie de ritual de passagem
determinada culturalmente para a entrada no mundo adulto (Bee, 1996).
No entanto, conforme dados expresso na (Tabela 2), foi possível visualizar com ênfase
que a maioria das vitimas se constitui entre uma faixa-etária de 16 a 34 anos. O que nos leva a
perceber que, são jovens menores de idade. Numa análise mais acentuada segundo
(DENATRAN, 1997), em 73,1% dos casos, os principais envolvidos em AT são pessoas do
sexo masculino. Os jovens são as principais vítimas, e a faixa etária que contém um número
mais significativo destas, com 24,32% do total, é a que vai dos 15 aos 24 anos.
Klein (1994) mostra o predomínio masculino de mortes no trânsito, em especial no
grupo de 20 a 64 anos, que atinge cinco vezes mais homens do que mulheres.
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Minayo (2009) ressalta que algumas características dos acidentes entre 1980 e 2005 se
define em parte por gênero, idade e local de moradia:
A maior magnitude das mortes violentas refere-se à população masculina em
comparação com as mulheres; aos jovens em comparação com os adultos; aos
pobres em relação aos ricos; e aos moradores das periferias urbanas mais que aos
que vivem no campo ou nas áreas abastadas das cidades (MINAYO, 2009, p. 137-
138).
Diante dessa premissa, estudar o processo de consolidação desse perfil, do impacto
como fenômeno não somente regional, mas também mundial. É nítida a observação do autor
ao enfatizar sobre a diferença que a entre categoria. Esse fato se torna verídico ao analisar o
elevado aumento da frota de motos se comparado com a frota, isso se deve pela grande
disparidade de valor, ou seja, a parte mais consumidora, digo usuária de motos pessoas de um
poder aquisitivo baixo.
No que tange as causas dos acidentes, constatou-se que, entre 136 boletins de
ocorrência disponibilizados pela Policia Civil se destacou com 36%%, pelo excesso de
velocidade seguido de 24% por queda acidenta o que confirma com veracidade a falta de
experiência e atenção para com os condutores como afirma dados expostos na (Tabela 3), dos
quais apresenta a maioria das causas dos acidentes no município de Rurópolis.
De acordo com dados da Polícia Civil a maioria das vítimas caracterizou-se por
imprudência com velocidade acima do permitido, seguida por quedas acidental. Outro fator
bastante relevante e merece uma atenção especial referem-se aos locais com maiores
incidências de acidente, ou seja, na (Tabela 4) estão expostas as principais rodovias, ruas,
avenidas e as estradas vicinais como pontos mais críticos acentuados por acidentes, sendo que
dentre os vários locais citados predominou-se com 28% a BR 163, Rodovia Santarém Cuiabá
com 24%, e as estradas vicinais com 23%%, seguido das ruas e avenida.
Dessa forma, como demonstrado na tabela acima descrita o maior índice de acidentes
estão centrados nas Rodovias e Estradas vicinais dando a margem da má conservação das
rodovias, estradas vicinais, ruas e avenidas também foram fatores que muito contribuiu, uma
vez que é visível o descaso das autoridades referente à condição de tráfego. É evidencia a
ausência de Política Social seguido da fiscalização por parte do DETRAN, Departamento de
Transito do Estado do Pará, que nem sequer existem no município,ou seja, nas entrelinhas
evidenciadas nos arquivos dos órgãos analisados a respeito do alto índice de acidente em
Rurópolis, ambos com as mesmas características.
Durante pesquisa referente aos acidentes, principalmente no que tange a gravidade do
acidente, a (Tabela 5) apresenta as principais fraturas evidenciadas nos documentos
analisados. Ressaltando, que, caracterizam por fraturas, quebra total ou parcial de um osso –
ou seja, a quebra estrutural da continuidade causada por uma pancada muito forte, uma queda
ou esmagamento, podendo gerar graves lesões em partes moles, como músculos, tendões,
ligamentos, etc.
Quanto às fraturas, foram colocados como mais agravantes, e dentre estas se destacou
com 24% as fraturas traumáticas. Essas fraturas são causadas pela aplicação sobre o osso de
uma força maior que sua resistência. Podem ocorrer no local do impacto, ou seja, no momento
de uma colisão, ou, uma força acima do normal, o que significa que o acidente causa danos
que pode ser reversível ou irreversível. Na seqüência com 17%, fratura exposta, 15% fraturas
fechada, ou interna, 14% fratura cominutiva, 7% a fratura impactada, 10% fratura transversa e
finalizando com 13% o traumatismo craniano. Ressaltando que esses tipos de fraturas e ou
lesões na maioria das vezes os pacientes são encaminhados para Santarém devido à falta de
recursos e profissional no município.
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As fraturas caracterizadas nesse estudo fazem parte das principais detectadas, porém
ao longo dessa busca percebeu se que a muitas outras implicações a respeito das vítimas.
Como podemos evidenciar a questão das vítimas fatais que não fizeram parte desse material
de estudo devido às condições expostas por um dos órgãos responsável pelas informações
prestadas.
Um dos fatores importantes a ser lembrando, é que os acidentes sendo ele ou não de
grande proporção são responsáveis por sequelas parciais ou definitivas, tais como
traumatismo craniano, lesões na medula espinhal, amputação de membros, além dos traumas
psicológicos. Ainda sobre o assunto em pauta (BATISTA et al,2006)deixa claro que tal
argumento pode explicar os achados do presente estudo,onde ouve um predomínio de
indivíduos com fraturas em membros inferiores,vitimas de velocidade entre outros fatores de
riscos.
LIBERATTI et al,(2003),destaca que a prevenção de acidentes ainda é a melhor
opção,segundo autor, os acidentes deixam sequelas capazes de marcar pra sempre a vida de
um ser humano.Enfatiza ainda ,que a prevenção devem será principal meta das campanhas de
trânsitos.Sugere também,que as medidas devem estar contidas no Código Nacional de
transito.
Discorrendo sobre o mesmo assunto, Almeida (2006) afirma que não existe uma
receita para prevenção do AT, o que deve ser feito é agir com base no conceito de “segurança
comportamental”, segundo Almeida, “o individuo conhecedor das normas dificilmente
cometerá imprudência” mecanismo suficiente para reduzir ou quiçá sanar os acidentes mais
bruscos. Segundo Almeida, “o ato inseguro e as condições de inseguranças do indivíduo
contribui com as causas de acidente”.
Para Souza e Rassi Neto (2008), mesmo diante dos riscos advindo dos AT’s com
motocicleta, “os usuários” não possuem o hábito de usar capacetes, botas, joelheiras e
cotoveleiras, pois segundo eles, limitam a agilidade exigida pela natureza urgente do trabalho.
Estes achados são confirmados pelos resultados do presente estudo como demonstrado
na (Tabela 6) quanto à utilização de equipamentos de proteção tais como capacete e luvas,
detectou-se que 60% dos usuários não utilizavam nem um tipo de equipamento de segurança.
Na referida pesquisa foi evidenciado que os capacetes evitam a ocorrência mais elevada de
ferimentos no pescoço, reforçando assim, a lei que obriga o seu uso pelos motociclistas
(SARKAR, 1995. Apesar de todas as questões citadas, a falha humana ainda deve ser
responsável pela maioria dos acidentes.
Mediante estudo e observação, foi possível constatar ainda que a maioria das vítimas
não possua conhecimento sobre a validade do capacete, embora a Resolução nº. 203 do
Conselho Nacional de Trânsito determinem, em seu art. 1º, § 2º, que o capacete deve estar
certificado por organismo acreditado pelo INMETRO, de acordo com regulamento de
avaliação da conformidade por ele aprovado.
Outro quesito importante, porém, sem suporte estatístico, está relacionado com o
consumo de álcool que nos faz acreditar que programas de reeducação no trânsito têm impacto
direto nessa estatística e devem ser enfatizados.
Para confirmar o quesito acima mencionado, a (Tabela 7) comprova com 52%%, ou
seja, a maioria dos acidentados durante o período descrito nessa pesquisa ingeriu bebidas
alcoólica, mais uma razão para que haja maior conscientização quanto aos riscos de vida.
Partindo desses pressupostos, enfatiza-se que, um coadjuvante comumente associado
aos AT é o álcool, substância psicoativa muito utilizada na sociedade atual, com ampla
aceitação cultural e de fácil acesso, que provoca além das alterações comportamentais, reduz
o pensamento proporcionando prejuízo na concentração, do raciocínio, da atenção e do
julgamento (Botega, 2002).
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O consumo do álcool está relacionado a comportamentos de risco, nocivos, que são
dispendiosos tanto para o indivíduo quanto para a sociedade Mac Donald et al. (citado por
Kolb & Wishaw, 2002), estudiosos da área, referem-se à miopia alcoólica, uma tendência das
pessoas que, sob a influência do álcool, respondem a um conjunto restrito de estímulos
proeminentes e imediatos, enquanto ignoram estímulos mais remotos e as possíveis
conseqüências.
Em relação à licença para conduzir a motocicleta, observou-se através da (Tabela 8) que
a maioria dos acidentados, ou seja, 53% não eram habilitados, corroborando com os
resultados encontrados no estudo de Figueiredo et al. (2005), os quais relataram um elevado
um elevado número de condutores sem habilitação.
Segundo Luz (2005, p.104,) “o erro humano em todo o mundo, é responsável por mais
de 90% dos acidentes registrados, tendo como principais imprudências determinantes de
acidentes com vítimas no Brasil.
Vejamos a seguir, por ordem de incidência: velocidade excessiva, dirigir sob efeito de
álcool e desrespeito a sinalização de trânsito.
Fatores determinantes das imprudências: Impunidade e legislação deficiente e
fiscalização repressiva sem caráter educativo, baixo nível cultural e social.
Pode ressaltar que estas imprudências têm levado muitas pessoas até a morte, e
também têm deixado sequelas que às vezes são irreversíveis.
Atualmente a motocicleta vem ocupando um espaço cada vez maior na vida urbana e
rural das pessoas, seja por proporcionar facilidade e rapidez de deslocamento, seja porque as
mudanças positivas da economia brasileira possibilitaram o acesso das classes menos
privilegiadas a este tipo de veículo se a necessidade de medidas preventivas que possa
contribuir com essa realidade, uma vez que não se deve esperar uma receita sem tomar
iniciativas a que venha favorecer a uma ação construtiva.
No decorrer dos anos vimos (viu-se) o índice de acidentados com lesão corporal
ocorrido com o uso de motos aumentando no município de Rurópolis sempre
Partindo dessas premissas, e com objetivo de promover a humanização do trânsito,
especialmente no incentivo ao uso correto da faixa de pedestres, por meio de ações especificas
junto aos diversos públicos envolvidos, assim como reduzir o número de acidentes e a
severidade dos acidentes de transito envolvendo motocicletas,os servidores da Escola
Estadual Gov. Eurico Valle, em parceria com alunos, Secretaria de Saúde, Policia Civil e
Policia Militar se disponibilizaram contribuir de maneira direta e indiretamente com a redução
de acidentes que vem ceifando vidas.
Propõe-se através deste, a sensibilização da sociedade, em especial os moradores do
município por intermédio de vários mecanismos dos quais possa ou amenizar a problemática,
Vale lembrar que o desenvolvimento deste, nos possibilitará compreender que as ações
coletivas contribuem com o desenvolvimento social toda uma sociedade.
Nas entrelinhas dessa discussão, essas ações fazem parte de um trabalho que na
verdade deveria partir de políticas públicas, dos órgãos responsáveis pela mobilização e
fiscalização, mesmo consciente que as ações para melhoria no trânsito devem ser integradas e
acima de tudo envolver o cidadão. A mudança de atitude de motociclistas, motoristas e
pedestres é um ponto crucial para um trânsito mais humano.
O conhecimento da realidade local no que tange ao uso da motocicleta torna-se um
importante mecanismo para execução de medidas preventivas e reparadoras. Dessa forma os[
alunos, professores e demais funcionários da Escola Estadual de Ensino Médio governador
Eurico Valle decidiram há três (3) anos trabalhar um projeto de Conscientização no transito.
Para tanto, no decorrer da execução do projeto os alunos condutores de motocicleta
são advertidos ao chegarem à escola sem o uso do capacete isso vale para o motorista e o
carona. Já os professores pagam uma pequena taxa por descumprir o estabelecido. Estes saem
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à rua entregando panfletos, conversando com os condutores e orientando-os. Utiliza-se de
palestras contando sempre com o apoio da polícia local e às vezes do DETRAN quando estes
vêm ao município
Com a iniciativa da Escola Eurico Valle algumas escolas de ensino fundamental do
município também resolveram aderir de uma vez que há muitos menores que vem a escola
diariamente usando motocicletas, sem os equipamentos e sem o acompanhamento de um
adulto responsável habilitado para tal ato.
Anualmente, durante a execução do projeto percebe uma pequena redução dos
acidentes, parece que pelo menos nesse intervalo de tempo, as pessoas ficam mais atentas e
prevenidas.
No entanto como medidas preventivas, (MELLO, JORGE 1997, P.52), alerta que as
campanhas de prevenção são na verdade insuficientes, sendo necessário “em primeiro lugar,
uma vontade política para ação, depois um programa contínuo que seja capaz de implantar as
ações e dar continuidade as mesmas”. Para tanto sensibilizar a sociedade é parte de uma ação
coletiva, porém, faz-se necessário assegurarmos com medidas também enérgica dotada pela
Resolução 203, de em de setembro de 2006, que recomenda:
Art. 1 - É obrigatório, para circular na vias públicas, o uso de capacete pelo condutor
e passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo
motorizado.
§ 1 - O capacete tem de estar devidamente afixado à cabeça pelo conjunto formado
pela cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar inferior.
§ 2 - O capacete tem de estar certificado por organismo acreditado pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, de
acordo com regulamento de avaliação da conformidade por ele aprovado.
Art. 2 - Para fiscalização do cumprimento desta Resolução, as autoridades de
trânsito ou seus agentes devem observar a aposição, nas partes traseiras e laterais do
capacete de dispositivo refletivo de segurança e do selo de identificação de
certificação regulamentado pelo INMETRO, ou a existência de etiqueta interna,
comprovando a certificação do produto nos termos do § 2 do artigo1 e do Anexo
desta Resolução.
Art. 3 - O condutor e o passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo
motorizado e quadriciclo motorizado, para circular na via pública, deverão utilizar
capacete com viseira, ou na ausência desta, óculos de proteção
§ 1 - Entende-se por óculos de proteção, aquele que permite ao usuário a utilização
simultânea de óculos corretivos ou de sol.
§ 2 - Fica proibido o uso de óculos de sol, óculos corretivos ou de segurança do
trabalho (EPI) de forma singular, em substituição aos óculos de proteção de que trata
este artigo.
§ 3 - Quando o veículo estiver em circulação, a viseira ou óculos de proteção
deverão estar posicionados de forma a dar proteção total aos olhos.
Elencar ações preventivas no sentido de sensibilizar os motociclistas, é na verdade
proporcioná-los a ter uma vida mais duradoura. Ter conhecimento e fazer uso cotidianamente
das normas de Transito, é na verdade proteger a si mesmo, assim como o outro, uma vez que
cada acidente traz conseqüências marcantes seja ele simples ou grave.
O trânsito no Brasil é conceituado um dos países mais péssimo e violento e, na medida
em que aumenta o número de veículos em circulação, aumenta às vítimas de acidentes,
reflexo da falta de planejamento estrutural como um todo, como exemplo; a ausência de
fiscalização, o não cumprimenta as leis de transito entre outros fatores.
Diminuir os acidentes de transito, principalmente os que envolvem motos, constitui-se
em um dos maiores desafios para a sociedade na atualidade sendo necessário o
desenvolvimento de estudos com mais ênfase no sentido da verdadeira compreensão da
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verdadeira magnitude do problema e distribuição das causas para sua prevenção e promoção
de segurança.
Levando em consideração a conscientização inerente à medida de preventivas, ciente
que o ato de tratamento requer profissional qualificado para atender a demanda, além dos
médicos, busca-se pelo Professional fisioterapeuta, uma vez que, este é habilitado para ajudar
na recuperação de pacientes.
4-Conclusão
Ao término desse estudo percebeu-se que a produção científica nacional dos últimos
seis anos sobre acidente de trânsito seja por motocicleta seja por veículo, teve grande interesse
por parte de vários pesquisadores, tanto fisioterapeutas, ortopedistas e outros profissionais. No
decorrer da leitura dos artigos que os autores investigaram várias assuntos dentro do tema,
destacando-se pesquisas que envolveram colisão entre duas motos e as que procuraram
identificar as causas dos acidentes sob o ponto de vista dos acidentados, fatos que merecem
toda atenção e respeito, uma vez que, não são meras coincidências, mas o convencimento de
uma preocupação com a realidade de nosso país.
O principal objetivo desse estudo foi elencar e refletir sobre o perfil das fraturas
provenientes dos acidentes de motocicletas no município de Rurópolis/Pará no ano de 2014.
As literaturas apontaram população vitima é composta predominantemente por homens,
jovem.
Foi possível, através de leituras e análise documental, perceber que, a maioria dos
acidentes de moto ocorridos em Rurópolis se deu devido à imprudência com velocidade
acima do permitido. Constatou-se também, ausência de fiscalização por parte do
Departamento de Transito, uma vez que, a maior parte da frota de veículo é conduzida por
jovens menores de idade. Evidenciou-se também que a maioria das vítimas é do sexo
masculino.
Detectou-se também que Rurópolis é uma cidade cuja, a localização se destaca entre
um trevo com acesso a Itaituba, Santarém e Altamira.
Outro fator importante evidenciado nesse estudo foi perceber que a maioria das
fraturas nas vítimas de acidente no transito de Rurópolis, foram às fraturas traumáticas tendo
grande possibilidade de tratamento na própria cidade, não havendo transtorno de serem
transferidos.
No entanto, destacou ainda que os pacientes com fraturas mais graves são
encaminhadas para outra cidade pelo fato do Hospital não possuir estrutura adequada ao
tratamento sem contar com a falta de profissional qualificado á área de ortopedia.
Durante o período de estudo, nas dependências do Hospital Municipal registraram-se
momentos, ímpar destacando a preocupação dos diversos profissionais, principalmente, ao
sentirem-se impotentes diante de alguns desafios a eles proposto, uma vez que este é o único
Hospital do município, e possui uma grande deficiência em seu contexto. Nas entrelinhas
dessa análise, percebeu-se a importante contribuição do profissional fisioterapeuta, que
mesmo sendo único no município não se exime de sua responsabilidade quanto ao processo
de recuperação dos pacientes.
Como reflexão e análise na atuação da Policia Civil, percebeu-se, contradição
ideológica por parte dos governantes. A realidade vista até então, são caracterizadas por
dificuldades para desenvolver os trabalhos, a iniciar-se pela falta de espaço adequado,
profissionais e viaturas. Mesmo com essas deficiências detectadas, ficou nítido que atuação
desses profissionais é plausível aos olhos da sociedade ruropolense, pois demonstra
compromisso e seriedade no grado das abordagens no transito.
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Outra questão evidenciada durante a realização desse estudo refere-se ao trabalho
coletivo da escola em parceria com os órgãos acima citado, ou seja, anualmente é
desenvolvido o projeto Educação para o trânsito, denominado de “Gente Viva” cujos
objetivos se insere em ações preventivas sobre acidentes de transito, no sentido de minimizar
ou quiçá sanar essa problemática.
Deste modo considera-se ser imprescindível a continuidade de pesquisa referente ao
tema em destaque por ser uma realidade não isolada, mas distinta com todas as demais de
nosso país como apontado por diversas pesquisa a situação calamitosa do transito brasileiro.
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