pessoalmente não tenho nada contra o comandante lomba. se...

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PROPRIETÁRIOS DE TERRENOS NO NORTE DE VILA VERDE DEVEM LIMPAR À VOLTA DAS CASAS ATÉ FIM DE MARÇO. COIMAS ATÉ 60.000 EUROS SEMANÁRIO | 23.JANEIRO.2019 | NÚMERO 154 | ANO 4 | DIRETOR: PAULO MOREIRA MESQUITA | SEMANARIOV.PT | EDIÇÃO DIGITAL - MOBILE FRIENDLY PAULO RENATO ROCHA FALA EM EXCLUSIVO AO V POLÍTICA. RUI SILVA E JOSÉ MANUEL FERNANDES MANIFESTARAM APOIO A RUI RIO NO CONGRESSO NACIONAL DO PSD ECONOMIA. GRUPO DG ELABORA PLANO AUTOSSUSTENTÁVEL PARA NOVO HOSPITAL NA COLÔMBIA DE TRATAMENTO PARA ANIMAIS EXÓTICOS E EM VIAS DE EXTINÇÃO DESPORTO. VEM AÍ A PRIMEIRA GALA DE BOXE DE VILA VERDE. ORGANIZAÇÃO ESPERA CASA CHEIA PARA ASSISTIR A DEZ COMBATES DE ATLETAS DA PENÍNSULA IBÉRICA SOLIDARIEDADE. SUL-COREANOS PERDIDOS NO CAMINHO DE SANTIAGO RECEBERAM AUXÍLIO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA VERDE. “DAR ABRIGO É UMA DAS OBRAS” DA SCMVV SAÚDE. BRAGA QUER INVESTIR 10,5 MILHÕES DE EUROS EM UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS. INVESTIMENTO SURGE PARA ANTECIPAR ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO PAULO ROCHA QUER TODOS OS BOMBEIROS COM EQUIPAMENTO E PRETENDE PAGAR PROPINAS AOS VOLUNTÁRIOS ESTUDANTES Pessoalmente não tenho nada contra o comandante Lomba. Se quiser negociar o processo, tem abertura total

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|1

ProPrietários de terrenos no norte de vila verde devem limPar à volta das casas até fim de março. coimas até 60.000 euros

SEMANÁRIO | 23.Janeiro.2019 | NÚMERO 154 | ANO 4 | DIRETOR: PAULO MOREIRA MESQUITA | SEMANARIOV.PT | EDIÇÃO DIGITAL - MOBILE FRIENDLY

Paulo renato rocha fala em exclusivo ao v

Política. RUI SILVA E JOSé MANUEL FERNANDES MANIFESTARAM APOIO A RUI RIO NO CONGRESSO NACIONAL DO PSD

economia. GRUPO DG ELAbORA PLANO AUTOSSUSTENTÁVEL PARA NOVO hOSPITAL NA COLôMbIA DE TRATAMENTO PARA ANIMAIS ExóTICOS E EM VIAS DE ExTINÇÃO

desPorto. VEM Aí A PRIMEIRA GALA DE bOxE DE VILA VERDE. ORGANIzAÇÃO ESPERA CASA ChEIA PARA ASSISTIR A DEz COMbATES DE ATLETAS DA PENíNSULA IbéRICA

solidariedade. SUL-COREANOS PERDIDOS NO CAMINhO DE SANTIAGO RECEbERAM AUxíLIO DA SANTA CASA DA MISERICóRDIA DE VILA VERDE. “DAR AbRIGO é UMA DAS ObRAS” DA SCMVV

saúde. bRAGA QUER INVESTIR 10,5 MILhõES DE EUROS EM UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS. INVESTIMENTO SURGE PARA ANTECIPAR ENVELhECIMENTO DA POPULAÇÃO

Paulo rocha quer todos os bombeiros com equiPamento e

Pretende Pagar ProPinas aos voluntários

estudantes

“ “

Pessoalmente não tenho nada contra o comandante Lomba. Se quiser negociar o processo, tem abertura total

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PauLo Rocha: “Não é veRdade que o comaNdaNte Lomba é uma PedRa No SaPatoda aSSociação”

destaque - entrevista

[luís ribeiro]

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FERNaNDO aNDRé SILva

foi membro da anterior di-reção durante seis anos. o que pretende trazer de novo, agora como presi-dente da ahbvvv?Os ultimos três anos na as-

sociação foram mais inten-sos, porque dei apoio pes-soal em tudo o que podia ao senhor Carlos braga. Cla-ro que há assuntos que não eram comigo, mas sempre que me pediu a colabora-ção, eu ajudei no que pude. Passei cá muitas horas. A or-ganização de serviços é algo que estamos a tentar aperfeicoar, embora esse trabalho já venha da ante-rior direção, até porque era eu o resposnsável por essa parte. Estamos também a tentar dotar a associação com instrumentos que não estavam em funcionamen-to total, como é o caso do programa informático de gestão dos bombeiros. Que-remos também instalar câ-maras no quartel, para que

isto fique com maior segu-rança. há ainda alguns ser-viços que não temos feito, devido a não termos pes-soal, como por exemplo os transportes de transbordo de hospitais para residência, que passa por ir só buscar pessoas aos hospitais e levá-las a casa, Vamos apostar nesse tipo de serviços e ain-da tentar passar para o es-calão superior do transporte urgente de doentes.

há alguns bombeiros que se queixaram de falta de equi-pamento. a nova direção vai ter isso em conta?Neste momento temos um

inventário de todos os equi-pamentos que os nossos bombeiros têm, Poderá ha-ver um ou outro bombeiro que eventualmente lhe falte uma peça de roupa mas as indicações que estão trans-mitidas ao Comando pela direção é de que é para se fazer um inventário de tudo o que falta. Depois disso, vamos consultar preços no mercado e o que faltar a

alguém será reposto a esse elemento.

há bombeiros que se quei-xam de não possuir equi-pamento completo contra incêndios urbanos nem ca-sacos de proteção do frio...é certo que existem equi-

pamentos que são muito caros, como o de combate a incêndios urbanos, que é um equipamento que pode ir de 800 a 1.600 euros com-pleto. Vamos tentar dar um fato a cada bombeiro, mas não sei se é possível, por-que são valores muito ele-vados para estar a dar a al-guém que não o vai utilizar. Mas a quem participa nes-ses incêndios vamos dar, certamente. Não vamos es-tar a dar roupa só por dar. O mesmo se passa com os casacos de abafo, Vamos dar equipamento a quem está cá para fazer serviços e fazer as horas que têm de cumprir por lei. Essas pessoas que têm cumprido, vão con-tinuar a ter os equipamentos direitinhos.

Pretende aumentar o núme-ro de ambulâncias da asso-ciação?Neste momento não te-

mos capacidade para com-prar mais viaturas. Ainda es-tamos a pagar leasing de quatro viaturas e é pago mensalmente. Mas o que queremos fazer é rentabili-zar as viaturas que temos, assim como o pessoal que temos. Nunca estamos a 100%. Para o transporte de doentes não urgentes, eu defendo que cada bombei-ro deveria ter uma ambulân-cia. há questões de limpeza e manuitenção das viaturas e só conseguimos responsa-bilizar se soubermos quem é que anda com cada via-tura. é chato um bombeiro deixar a viatura às 16h limpa e pegar nela no dia seguin-te e estar toda suja. é por isso que queremos ter uma para cada. Temos dez viatu-ras para onze bombeiros, de momento, por isso será para resolver brevemente.

e quanto aos voluntários?

entrevista - destaque

PauLo ReNato Rocha, de 49 aNoS, é o Novo PReSideNte da aSSociação humaNitáRia doS bombeiRoS voLuNtáRioS de viLa veRde. em eNtReviSta ao SemaNáRio v, o Novo timoNeiRo da emeRgêNcia No coNceLho ReveLa o que PReteNde PaRa o futuRo e eScLaRece aLguNS “caSoS” que PaiRam SobRe aqueLa aSSociação, como o PRoceSSo judiciaL que eNvoLve a iNStituição e o comaNdaNte aLbeRto Lomba ou uma aLegada faLta de equiPameNto PaRa oS voLuNtáRioS.

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destaque - entrevistaquerem aumentar o núme-ro?Sim, aumentar o numero de

voluntários é um dos nossos objetivos e tenho algumas ideias para isso. Tenho fala-do com o comandante em exercício sobre isso e é mi-nha intenção, se ele estiver de acordo, criar uma sec-ção de voluntários, para ca-tivar os que cá temos, e dar-lhes algumas regalias. Dessa forma, os que já são voluntá-rios e que foram embora, po-dem pensar em regressar ao quartel. Queremos também criar mais áreas de atuação, como é o caso de enfermei-ros. Temos também a inten-ção de captar mais jovens nas escolas, fazendo ações de formação. Queremos fa-zer um vídeo sobre o que é ser bombeiro em Vila Verde e transmiti-lo nas escolas.

Pensam em dar algum apoio extra a esses voluntários?há uma situação que é nos-

sa intenção e que vai nesse sentido. Criar uma bolsa de estudo para o Ensino Supe-rior que atinga os bombeiros que cumprem. é uma forma para os jovens poderem ser voluntários mas terem tam-bém um fundo que os aju-de no campo profissional. A parceria que eu pretendo não envolve gastos para a associação. Queremos aju-dar a pagar as propinas dos alunos com ajuda do tecido empresarial de Vila Verde. Um bombeiro que esteja, por exemplo, no ISAVE, nós pagarmos uma propina des-se ano. Acho que isto é pos-sível e já vi que há abertura por parte de empresários.

atualmente, vemos autotan-ques de famalicão a abas-tecer depósitos em vila ver-de. o que pretende fazer em relação a isso?é nossa intenção comprar

um autotanque de 20.000 li-tgros. é chato quando va-mos à zona norte do conce-lho e gastamos a água que está lá nos reservatórios, e as populações acabam por so-frer com isso. Com um auto-

tanque de maior porte, tira-se aqui a água na conduta primária, e depois abaste-cemos os carros pequenos no teatro de operações. Muitas vezes nas freguesias onde fazermos combate a incêndios, como o caso de Aboim da Nóbrega, as pes-soas queixam-se, porque basta abastecer uma vez os carros todos que ficam com problemas de água. Então uma das formas de solucio-nar isso será a compra de uma cisterna de 20.000 litros. Não são raras as vezes que corro o concelho todo, vá-rias vezes por ano e as pes-soas queixam-se em relação a isso. Dizem que quando está a arder ficam sem água durante alguns dias. Quere-mos evitar isso.

e em relação à anunciada equipa de mergulho?A nível da equipa de mer-

gulho, é um objetivo da an-terior direção e esta nova direção também tem a mes-ma ideia. Neste momento, o concelho de Vila Verde já tem à volta de sete parques de lazer em zonas ribeirinhas. Sei que há a de Oriz, Ponte S. Vicente, Praia do Faial, Ma-lheira, Loureira, Cabanelas, entre outras. há zonas por excelência que no verão metem muita gente. Prado chega a ter 6.000 pessoas. Malheira e Ponte Nova che-gam a juntar 1.000 pessoas.

Até em Oriz, a praia costu-ma estar cheia no verão. Faz todo o sentido ter uma equi-pa de mergulhadores. Não tem acontecido nenhuma tragédia, mas é certo que pode ser perigoso. Em Oriz, a alguns metros da praia, há fundões, e pode acontecer uma tragédia e nós, bom-beiros, queremos ter essa va-lência. Os bombieiros que pertencerem à equipa de mergulho também farão ou-tras ativadades operacio-nais. Os rios que temos justi-ficam este serviço, não foi só porque nos lembrámos que queriamos equipa de mer-gulho. Em breve devemos ter novidades.

a placa a anunciar um mu-seu temático está há qua-se um ano à vossa porta. é para avançar com a obra ou não?é um projeto que está para

ser lançado. Estamos em fase de licenciamento e resolver algumas coisas. Temos um expólio muito grande, des-de viaturas antigas, equipa-mentos, agulhetes, macha-dos, todo um expólio que justifica ter um museu. Não é comum, mas é uma atra-ção de território que preten-demos captar para Vila Ver-de. A nossa história é rica e as pessoas devem conhecer e compreender a mesma.

Para finalizar. Como encara

a questão do comandante alberto lomba?(risos). Em relação ao Lom-

ba, ao contrário do que di-zem por aí, não é verdade que seja uma pedra no sa-pato da associação. Eu não tenho nada contra o co-mandante Lomba, e esta atual direção não tem nada contra ele. A situação em que o Lomba se encontra foi um entendimento das nove pessoas que estavam na di-reção e que decidiram que não era para renovar com o comandanrte. Depois criou-se intriga e especula-ção. Não digam que é políti-ca porque a direção tinha e tem gente de todos os parti-dos e até apartidários. A di-reção entendeu na altura que o Lomba não deveria continar. Eu pessoalmente não tenho nada contra ele, agradeço o trabalho bom que fez, e se no fim havia al-gumas quizilias, isso acaba por ser normal, não agrada-mos a todos e só acontece isso a quem faz alguma coi-sa, porque se me deitasse na minha cama, não aconte-cia. O processo decorre nor-malmente, se o comandan-te quiser desistir do processo pode desistir, tem a abertura total. Não lhe queremos mal mas também não queremos que faça mal à associação. Mas isso é com ele e em rela-ção a qualquer pessoa.

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crise no Psd

joSé maNueL feRNaNdeS e Rui SiLva ao Lado de Rui Rio No coNgReSSo NacioNaL

FERNaNDO aNDRé SILva

O eurodeputado José Ma-nuel Fernandes, líder da dis-trital de braga do PSD, con-sidera que aceitar o desafio para novas eleições seria a possibilidade de abrir pre-cedentes que podem man-char a história do partido.Entre as 17 horas e as 4 ho-

ras da manhã da passa-da quinta para sexta-feira o Conselho Nacional do PSD reuniu-se para debater e vo-tar uma moção apresenta-da por Rui Rio, depois de o mesmo ter sido desafiado por Luís Montenegro para convocar eleições diretas.Durante o congresso que

decorreuno Porto, o euro-deputado vila-verdense afir-mou temer que a divisão interna possa criar instabili-dade e que acusações de que Rui Rio estará a fugir do confronto com Luís Monte-negro, possam ser prece-dentes que afetam o lega-do do partido.“Considero que não po-

demos avançar para pre-cedentes que manchem a própria história e o legado do partido e que criem ins-tabilidade. Não podemos aceitar que cada vez que um líder é desafiado, se ele não for para diretas, está a ser pouco corajoso, está a fugir ou a ter medo. Era um precedente grave até para

as distritais e concelhias”, re-feriu.Opinião contrária teve o an-

tigo líder da bancada parla-mentar do PSD, o deputa-do bracarense hugo Soares, que comparou o destino do partido como o de “um car-ro que vai contra a parede” sem tentar travar, conside-rando a estratégia política de Rio como “errada”.“Quando eu, na minha

convicção, vejo um car-ro que vai contra a parede, não acelero, tento travá-lo. Essa é a minha convicção”, disse o antigo líder da JSD e uma das principais vozes críticas da gestão de Rio à frente dos ‘laranjas’.“Se fizesse intervenções

como fez na semana pas-sada contra o Luís Monte-negro, se fizesse contra o Dr. António Costa, hoje não es-távamos aqui de certeza absoluta”, vincou hugo Soa-res, garantindo que o parti-do está “mais espicaçado” do que até então.

rui silva diz quemontenegro continua a ser um ativo importante no Psd

Rui Silva, deputado eleito à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de bra-ga e anterior líder da con-celhia PSD de Vila Verde, mostrou-se satisfeito com o resultado da votação da moção de confiança a Rui

José manuel fernandes rodeado de autarcas da zona norte afetos ao Psd[direitos reservados]

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crise no PsdRio durante o Congresso Na-cional do partido laranja. Fi-cou-se a saber que Rui Rio continua como líder do PSD, com a moção a ser aprova-da por 75 votos contra 50. houve um voto nulo. Vota-ram 126 conselheiros.Em declarações exclusivas

ao Semanário V, o deputa-do revela que ficou satisfei-to e deixa elogios ao líder Rui Rio, a quem aponta “o seu melhor nível” nas interven-ções realizadas e ao ter con-vidado opositores internos para o mesmo congresso. “Ao contrário do que quise-ram fazer crer, Rui Rio ende-reçou um convite a Santana Lopes e aos seus apoiantes, mostrando que este é o per-curso que o doutor Rui Rio pretende seguir, de união”, disse Rui Silva, apontando ainda uma “atitude forte” ao líder do partido.

“O doutor Rui Rio respon-deu aos críticos internos nes-te conselho com uma ati-tude forte mas, ao mesmo tempo, permitiu a exposição das críticas dos que contes-tam a sua liderança”, refere, acrescentando que Rui Rio “esteve atento” aos críticos.“[Rui Rio] esteve atento às

criticas que lhe foram efe-tuadas, recolheu processos e também algumas sugestões. Todos temos noção que, até hoje, a estratégia, principal-mente ao nivel da comuni-cação, não terá sido ao me-lhor nivel, mas Rui Rio tem a convicção que estamos em condições de vencer elei-ções, até porque neste mo-mento encontramos o PS a entrar em um momento de menor popularidade”, vinca o deputado.Sobre os nomes mais críti-

cos, como é o caso do anti-

go líder parlamentar do Go-verno de Passos Coelho, Luís Montenegro, Rui Silva refe-re que “são todos bem-vin-dos”. “Somos um partido plu-ral e essas críticas são pontos de vista que esgrimimos de forma aberta no Conse-lho Nacional. O proprio Luis Montengero é um ativo im-portante no partido, como tem demonstrado ao longo dos anos, e deixou isso bem claro como lider do grupo parlamenter. é um ativo com que contamos para todos juntos caminharmos na sen-da das vitórias nas próximas eleições”, vincou Rui Silva.“é preciso denunciar este

estilo de governação do PS”Rui Silva mostrou-se ainda

crítico à governação socia-lista e revela que o PSD tem “todas as condições” para vencer as próximas eleições europeias e as legislativas,

que decorrem durante o ano de 2019.“Toda esta controvérsia

com os enfermeiros, com os policias, com os professores, mostram degradação do in-vestimentos público e de-monstra que o PS promete muito mas cumpre pouco”, disse o deputado, dando como exemplo “o Plano de Investimento Nacional 2020-2030”.“Rui Rio é rigoroso como já

provou no passado e um ho-mem tenaz que por certo irá conseguir os objetivos como todos desejamos: vencer as europeias, na Madeira e por fim as legistlativas. Ainda on-tem de forma determinada afirmou que está a dar to-dos os passos para atingir es-tes objetivos enquanto con-tinua a denunciar este estilo de governação do PS”.

rui silva, deputado da ar eleito pelo Psd[direitos reservados]

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saúde

bRaga queR iNveStiR10,5 miLhõeS de euRoS em cuidadoS coNtiNuadoS

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saúdeMaRIaNa GOMES

braga já é a quinta cidade portuguesa a assinar o com-promisso pelos Direitos Sociais promovio pela EUROCITIES, que contempla “prevenção e promoção da inclusão so-cial e dos cuidados de lon-ga duração, sabendo que todas as pessoas têm direi-to aos mesmos com quali-dade e a preços comportá-veis, em especial a serviços de cuidados ao domicílio e a serviços de proximidade”. Esse compromisso foi assina-do pelo presidente da Câ-mara de braga, Ricardo Rio, que apontou as “pessoas” como principal foco e uma “Europa social”.Segundo informaões dis-

ponibilizadas pelo municí-pio, em braga, a popula-ção com mais de 65 anos é de 22,2%, e esse núme-ro merece “atenção espe-cial” por parte da Câmara “Para combater o isolamen-to e promover a inclusão so-cial dos idosos, braga com-promete-se a assegurar que

estes têm acesso a serviços de cuidados prolongados de boa qualidade, em par-ticular serviços domiciliários e comunitários”, refere a au-tarquia, mencionando que “estes princípios estão de acordo com a Estratégia de Desenvolvimento Social de braga para 2016-2021”.Ricardo Rio avança que

braga vai investir 10,5 milhões de euros até 2024 (1,5 mi-lhões de euros por ano) em serviços acessíveis de cuida-dos a longo prazo. Este va-lor refere-se aos projetos exis-tentes e também aos novos que estão a ser criados.“Vamos investir consistente-

mente na criação de novas estratégias e soluções inova-doras para melhorar a quali-dade de vida dos cidadãos com mais de 55 anos de ida-de. Trabalhando para au-mentar a inclusão, o senti-mento de pertença, o uso do espaço material e ima-terial, vamos trazer uma Eu-ropa coesa e inclusiva para todos os cidadãos”, disse Ri-cardo Rio, assegurando que

o concelho irá continuar a investir de forma consisten-te na criação de novas es-tratégias e respostas de alto potencial de impacto, ca-nalizando para o hub de Inovação Social (em fase de implementação) “projetos de inovação e empreende-dorismo social com soluções inovadoras”.Por entre os programas já

implementados pela autar-quia voacionados para a população sénior, destaca-se o braga + 65 de instalação de kits de teleassistência; o boccia Sénior e bragAtiva de melhoria da condição física e psíquica; o Cartão Sénior que atribui inúmeros benefí-cios no acesso a serviços; o programa braga Sol que pro-move benefícios sociais no âmbito da isenção de taxas municipais, apoio técnico, reparação e requalificação de habitações; o projecto Avóspedagem na promo-ção da convivência interge-racional ou o projeto braga a Sorrir na prevenção e pro-moção da saúde oral.

ricardo rio avança que braga vai investir 10,5 milhões de euros até 2024 - 1,5 milhões de euros Por ano - em serviços acessíveis de cuidados a longo Prazo Para idosos.

conselho local de ação social de braga promove projeto “braga +65”[direitos reservados]

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segurança - braga

cidadãoS PReocuPadoS com “cRateRaS” NaS RuaS da cidade

MaRIaNa GOMES

O movimento político bra-ga para Todos quer que Ri-cardo Rio apresente o plano anual de manutenção pre-ventiva das redes de sanea-mento e de abastecimento. Esta exigência vem na se-quência do corte de uma rua em Gualtar por perigo de aluimento.Como avançou o Semaná-

rio V em exclusivo, a rua foi cortada devido a uma cra-tera subterrânea com 50 metros de extensão e 4 me-tros de profundidade, ao pé da escola primária de Gual-tar.

braga para Todos pede, ainda, ao autarca a apre-sentação das medidas a tomar para evitar crateras, como a que aconteceu em Gualtar, “apresentando pe-rigo para as crianças”. O movimento relembra que não é a primeira vez que es-tes incidentes acontecem e, portanto, apela ao municí-pio que mostre “transparên-cia e o que esta a fazer para evitar tragédias maiores”.O movimento político afir-

ma que “lamentam” a des-crição fomentada pelo edil a tentar anular o impacto da situação que conside-ram grave e sublinha que “é um dever da AGERE fazer a

devida manutenção e evi-tar acidentes que podem ser graves”.O movimento político con-

dena a autarquia por não ter explicado aos bracaren-ses o que provocou a der-rocada, porque os moti-vos podem ser díspares. “Os bracarenses têm o direito de saber o motivo, que nes-te momento o edil já sabe, visto que já foram engenhei-ros da câmara ao local, ou seja, foi degradação, ou fal-ta de manutenção?”O movimento quer, ainda,

que seja elaborado um pla-no de manutenção preven-tiva para as redes de abas-tecimento e de saneamento

e avança que Ricardo Rio se deve expor, “tal como a função a que se candida-tou exige e mostre o mes-mo através das redes sociais da câmara, ou então, que peça desculpa e se respon-sabilize pela falta de manu-tenção e consequentemen-te degradação”.Durante esta terça-feira, os

serviços da Proteção Civil municipal iniciaram escava-ções naquele piso de forma a reparar a situação, que alarmou moradores e até o próprio presidente da Jun-ta de Gualtar, que deixou o aviso à população através das redes sociais.

[fernando andré silva]

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braga - economia

foRum bRaga queR chegaR àS 400.000 viSitaS até dezembRo

MaRIaNa GOMES

A maior sala de espetácu-los do norte do país ainda não fez um ano desde a sua inauguração e já conta com um calendário preenchido, desde eventos de desporto a espetáculos musicais, sem esquecer a tradicional feira Agro e o espetáculo da Rá-dio Comercial braga In The Night, em abril.Até ao final deste ano, o re-

novado Altice Forum braga tem 280 dias de ocupação previstos, com a realização

de cerca de 200 eventos, o dobro do último ano.Segundo avança a Câma-

ra de braga, os resultados serão de cerca de 300 mil vi-sitantes, mas a expectativa é chegar às 400 mil pessoas até dezembro.Para o presidente da Câ-

mara de braga, Ricardo Rio, “o Forum braga é um equi-pamento que queremos autossustentável, que sir-va para acolher eventos do município e dos nossos par-ceiros, mas que se torne ren-tável e seja rentabilizado, não representando um en-

cargo para a autarquia, ao contrário do antigo Parque de Exposições de braga”.O autarca realçou, ainda,

o enquadramento geográ-fico do Forum, próximo ao centro da cidade, como uma vantagem à atrativida-de, e o parque estaciona-mento com 650 lugares, algo que não existe na maior sala de eventos do país, a Altice Arena.Ricardo Rio salientou que

o objetivo “é conseguir que o Forum braga se assuma como uma extensão, no Norte, de muitos dos eventos

que se realizam em Lisboa” e revela que a Investbraga já contactou promotores de concertos, espetáculos e congressos, tendo eventos marcados “para lá de 2020”.O Altice Forum braga sur-

ge de um investimento de 9,5 milhões de euros e alber-ga o maior auditório a norte de Lisboa, com 1.450 luga-res sentados, e a segunda maior sala de espetáculos, atrás da Altice Arena, com cerca de 12.000 lugares em pé.

[mariana gomes]

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movimeNto PoLítico queR comedouRoS PaRa aNimaiS de Rua

animais - braga

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braga - animaisMaRIaNa GOMES

O movimento político braga para Todos quer que Ricardo Rio instale comeoduros para animais, nos locais onde es-tão sinalizadas colónias. O objetivo deste projeto, além de criar um local abrigado para os animais comerem, especialmente no inverno, é dar aos ativistas a possibi-lidade de alimentar os ani-mais, sem deixar a via pú-blica suja, como até então tem acontecido.Além disso, o movimento

afirma querer a criação de um regulamento destinado aos bracarenses, para ali-mentar os animais de rua. Se-gundo Elda Fernandes, ati-vista política, estas políticas fazem de braga um exem-plo. “Achamos que falta a cidade mostrar este cuidado para com os animais na rua, porque as colónias legal-mente só podem ser alimen-tadas pelas associações e a ração seca é colocada no chão ou em utensílios de co-zinha, o que não transpare-

ce uma cidade limpa e ami-ga dos animais”. Justifica, acrescentando que a von-tade de criar um regulamen-to passa por permitir “que os ativistas alimentem os ani-mais de rua, de modo a aju-dar as associações de forma legal e, também, que exis-tam pequenos comedou-ros com proteção da chuva, para colocar a comida e evi-tar o chão sujo face a restos de comida humana coloca-dos indevidamente e de ra-ção com água que, depois, os gatos não comem”.A ativista do braga para To-

dos admite que “braga é, sem dúvida, uma cidade muito mais amiga dos ani-mais do que era antes das nossas lutas e isso é uma rea-lidade incontestável, no en-tanto, só conseguimos por-que houve sensibilidade e vontade política e, nesse as-pecto, Ricardo Rio, do qual discordamos muitas vezes, merece os parabéns”.A par desta nova medida, o

movimento que impulsionou o avanço do CED – Captura, Esterilização e Devolução,

quer saber quantos animais já foram esterilizados. bra-ga para Todos tem acompa-nhado o trabalho do CED, estando em contacto com uma das associações e ati-

vistas, mas propõe ao edil que sejam tidas como priori-tárias as colónias do centro, que ainda estão descontro-ladas e com muitas ninha-das.

voluntários são quem mais luta pelos direitos dos animais[luís ribeiro]

achamoS que faLta a cidade moStRaR eSte cuidado PaRa com oS aNimaiS Na Rua, PoRque aS coLóNiaS LegaLmeNte

Só Podem SeR aLimeNtadaS PeLaS aSSociaçõeS e a Ração Seca é coLocada

No chão ou em uteNSíLioS de

coziNha, o que Não tRaNSPaRece

uma cidade LimPa e amiga doS

aNimaiS

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|13

tribunais - braga

aGêNcIa LuSa

O ex-vice-presidente da Câ-mara de braga Vítor de Sou-sa afirmou na passada quar-ta-feira, dia 16 de janeiro, em tribunal, que nunca re-cebeu qualquer comissão pela compra à MAN de au-tocarros para os Transportes Urbanos (TUb) daquele con-celho.No início do julgamento de

um processo em que respon-de pelos crimes de corrup-ção passiva para ato ilícito e administração danosa, Vítor de Sousa, antigo presiden-te do Conselho de Adminis-tração dos TUb, disse ainda que “nunca” teve intenção de favorecer a MAN em de-trimento de outras empresas e que não intervinha na ela-boração dos cadernos de encargos, nem nas decisões do júri dos concursos.“Nunca recebi comis-

são nenhuma, nem eu nem qualquer outro membro do Conselho de Administração, recuso liminarmente essa acusação”, referiu.Vítor de Sousa disse que a

questão da alegada cor-rupção surgiu em 2012, atra-vés de uma denúncia anóni-ma, que atribuiu ao antigo concessionário da MAN em

braga, alegadamente para “camuflar a falência fraudu-lenta e dolosa” da sua em-presa.Uma denúncia a que,

acrescentou Vítor de Sou-sa, se juntou o PS de braga, para “prejudicar” a sua can-didatura à Câmara local, em 2013.“Juntou-se a fome à vonta-de de comer”, referiu.Em causa neste proces-

so está o alegado favoreci-mento da MAN Portugal nos concursos para fornecimen-to de autocarros aos TUb, mediante o pagamento de “luvas”.A acusação do Ministé-

rio Público (MP), entretan-to subscrita em sede de ins-trução, refere que Vítor de Sousa, na qualidade de pre-sidente do conselho de ad-ministração dos TUb, terá re-cebido de contrapartidas mais de 226 mil euros.Uma vantagem patrimonial

que, acrescenta a acusa-ção, seria “suportada” pelos TUb, por acrescer ao preço dos veículos, causando as-sim “um prejuízo importante” àquela empresa municipal.No processo, é também ar-

guida, pelos mesmos crimes, Cândida Serapicos, ex-vogal da administração dos TUb e classificada pelo MP como

“braço direito político” de Vítor de Sousa.Cândida Serapicos terá ob-

tido 27.500 euros de “luvas”.Outro arguido é Luís Vale,

na altura diretor do Depar-tamento de Manutenção e Planeamento dos TUb e prin-cipal decisor nos concursos públicos para fornecimento de autocarros.Luís Vale terá conseguido

23 mil euros de contraparti-das.Referindo que aquelas con-

trapartidas eram pagas “de forma desconcentrada”, em parcelas, “a fim de evitar sus-peitas”, o MP quer que os três sejam obrigados a pagar ao Estado as verbas que terão conseguido com a sua ativi-dade criminosa, tendo para o efeito já determinado o ar-resto de bens.Para o MP, estes três argui-

dos “mercadejaram” com os seus cargos, “para satisfa-ção exclusiva” dos seus inte-resses particulares, “em ma-nifesto e grave desrespeito pelo interesse público e pe-las regras e princípios que devem presidir aos procedi-mentos concursais públicos”.Uma acusação refutada

por Vítor de Sousa, que sem-pre agiu na “salvaguarda permanente” dos interesses dos TUb.

No processo, são ainda ar-guidos a MAN Portugal e um responsável da empresa, acusados pelo MP de um cri-me de corrupção ativa em prejuízo do comércio inter-nacional, em concurso com um crime de corrupção ati-va. Em causa está a compra dos TUb à MAN de um total de 23 autocarros, entre 2000 e 2008.O MP refere que os cader-

nos de encargos dos pro-cedimentos concursais ca-reciam de objetividade, “prestando-se, deliberada-mente, a uma apreciação subjetiva das propostas” e a uma “escolha arbitrária”, em ordem a “favorecer” a MAN.“Nunca intervim nas deci-

sões do júri dos concursos, nunca manipulei qualquer elemento do júri. Confiava plenamente no relatório fi-nal apresentado pelo júri do concurso”, alegou Vítor de Sousa.Os arguidos foram detidos

em fevereiro de 2016 pela Polícia Judiciária, mas aca-baram por ficar todos em li-berdade.No caso dos responsáveis

dos TUb, foram aplicadas cauções de 100 mil euros (Ví-tor de Sousa), 27 mil (Cândi-da Serapicos) e 23 mil (Luís Vale)

vítor sousa em tribunal [direitos reservados]

ex-vice de bRaga afiRma NãoteR Recebido LuvaS Na comPRa de autocaRRoS

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14|Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

braga - tribunais

imobiLiáRia acuSa câmaRa de “vioLaR” a Lei

PauLO MOREIRa MESquIta

Uma imobiliária proprietá-ria de terras nas Sete Fontes, em braga, apresentou uma intimação judicial contra a Câmara de braga, acusan-do-a de “estar a violar” a lei num processo de licencia-mento da vedação de ter-renos naquela área.Em comunicado enviado

hoje à agência Lusa, a imo-biliária Vilaminho justifica o recurso ao Tribunal Adminis-trativo e Fiscal (TAF) de bra-ga com o facto de “estar à espera há mais de um ano e meio que a Câmara Mu-nicipal de braga aprove ou chumbe o pedido de licen-ciamento” para vedar um dos seus terrenos nas Sete Fontes, mais concretamente a bouça das Chedas, junto ao hospital da cidade.A imobiliária acusa a autar-

quia de “profundo desres-

peito” com os munícipes e acusa ainda o vereador do Urbanismo de “não tomar qualquer decisão” sobre o li-cenciamento em causa, pe-dido em julho de 2017.Em declarações à Lusa,

o vereador Miguel bandei-ra não comentou as acusa-ções pessoais, mas salientou que a “autarquia age sem-pre na perspetiva da defesa do interesse público e com o desígnio da criação do Eco-parque das Sete Fontes em mente, como é desejado pelos bracarenses”.Segundo a nota da imobi-

liária, “uma ação de intima-ção à prática de ato é um instrumento jurídico que tem por objetivo obrigar a Câ-mara Municipal de braga a pronunciar-se e a justificar a sua posição, já que ainda não o fez, ignorando os su-cessivos pedidos da Vilami-nho”. A empresa refere que “vedar o seu terreno é um

direito” que lhe assiste, argu-mentando o dono da imo-biliária, Ermelando Sequeira, que “se um terreno não está vedado não é de ninguém”.A empresa refere que o Ins-

tituto de Gestão do Patrimó-nio Arquitetónico e Arqueo-lógico (IGESPAR) “já deu o seu parecer positivo às pre-tensões da Vilaminho, em se-tembro de 2017, sob a con-dição de os trabalhos serem realizados com acompa-nhamento de um arqueólo-go devidamente autoriza-do, cujos custos a empresa bracarense assume”, mas, aponta, “a realização da obra requer a aprovação municipal”.Por isso, explica o texto, a

Vilaminho “em último recur-so decidiu agora avançar para o tribunal”.Ermelando Sequeira apon-

ta o dedo a Miguel bandeira: “A documentação neces-sária para o licenciamento

da vedação está completa, mas o senhor vereador do Urbanismo não despacha. Ao fim de mais de um ano ainda não decidiu. O pro-blema é que não responde. é um profundo desrespeito pelos munícipes”.O vereador não comentou

a acusação, referindo a difi-culdade do processo de for-mação do Eco Parque das Sete Fontes.“Temos consciência que

não é um processo fácil e é por isso que está ainda a du-rar”, disse.A criação do EcoParque

das Sete Fontes, que ocupa-rá o histórico complexo de abastecimento de água ao longo de uma área com cer-ca de 30 hectares, foi uma das promessas eleitorais do atual executivo, mas a ex-propriação dos terrenos pri-vados tem sido muito con-testada e a obra tem vindo a ser adiada.

Parque das sete fontes, em são víctor, concelho de braga[direitos reservados]

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|15

turismo - braga

MaRIaNa GOMES

Caixa com citação (aspa) - Alexandra Vieira (coorde-nador bE/braga): “os habi-tantes podem usufruir de ati-vidades em locais que não o centro, dando vida e digni-dade a outras zonas da ci-dade” A Comissão Coordenadora

Concelhia de braga do blo-co de Esquerda avançou, em comunicado, que existe uma enorme preocupação com a “invasão desenfrea-da e exagerada do espaço

público no local mais pro-curado pelos bracarenses: as Arcadas e Avenida Cen-tral”.A coordenadora distrital do

bloco de Esquerda, Alexan-dra Vieira, alertou que “a ocupação da principal sala de visitas da cidade por ten-das cada vez maiores impe-de o usufruto do espaço pú-blico pelos munícipes e por quem visita braga”. Acres-centa, ainda, que o centro da cidade se tornou “numa feira e numa festa perma-nentes, cheio de obstáculos visuais e de barreiras à circu-

lação”.é referido, também no co-

municado enviado à re-dação, que o bloco de Es-querda “condena o modo desrespeitoso como é tra-tado o espaço público e toda a envolvente da Praça da República e da Avenida Central, nomeadamente no que diz respeito ao patrimó-nio edificado e natural do local”. O bloco de Esquerda realça que a requalificação do antigo Parque de Exposi-ções de braga surgiu como uma necessidade de criar espaços ao ar livre para este

tipo de eventos, no entanto, questiona as “razões que le-vam a concentrar no cora-ção da cidade todo o tipo de atividade, havendo es-paços criados para esse efeito”.“Do ponto de vista urba-

nístico, é desejável que se criem outras centralidades. Tal como acontece noutras cidades, os habitantes po-dem usufruir de atividades em locais que não o centro, dando vida e dignidade a outras zonas da cidade”, su-blinhou a coordenadora dis-trital do partido.

be PReocuPado com a ocuPação exceSSiva do eSPaço PúbLico

avenida central, em braga[direitos reservados]

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16|Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

MaRIaNa GOMES

No total foram 385.698 visi-tantes que passaram pela Quinta Pedagógica de bra-ga desde 2004 e que pude-ram participar em atividades relacionadas com a agricul-tura e tradições minhotas.A Quinta Pedagógica de

braga comemorou esta se-gunda-feira, 21 de janeiro, o

15.º aniversário e a Câmara Municipal de braga aponta que recebeu em 2018 um to-tal de 40.592 visitantes, rea-lizou inúmeras actividades pedagógicas e formativas para mais de 16 mil crianças e para cerca de 600 idososSegundo a autarquia, a

Quinta Pedagógica é “con-siderado um projeto de re-ferência” e “o interesse pela Quinta Pedagógica já ultra-

passou as fronteiras Conce-lho de braga, permitindo o contacto privilegiado com a natureza, num contexto educativo e pedagógico, sem nunca esquecer a for-mação e consciência am-biental”.A Quinta afirma-se como

um serviço municipal de ex-celência e, ao longo dos úl-timos anos, foram realizadas inúmeras intervenções que

permitiram melhorar o espa-ço, de maneira a acolher os visitantes da melhor forma e diversificar a oferta.O Município revela, ainda,

que a Quinta pedagógica espera ter em funcionamen-to o Picadeiro, para a imple-mentação do serviço de hi-poterapia e alargar o seu espaço.

quiNta Pedagógica há 15 aNoSa eNSiNaR agRicuLtuRa

braga - ambiente

[direitos reservados]

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|17

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18|Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

centrais

veLhaS gLóRiaS NacioNaiS juNtaRam-Se

à meSa em coucieiRo

Carlos Manuel antigo futebolista do Benfica e Sporting[fernando andré silva]

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|19

FERNaNDO aNDRé SILva

Mendinha de vitela assada no forno, papas de sarrabu-lho com rojões e cozido à portuguesa foram as igua-rias gastronómicas que ser-viram como mote para uma conversa sobre futebol à mesa do restaurante/taber-na “A Gininha”, na estrada que liga Coucieiro a Calde-las, e que reuniu os antigos futebolistas Carlos Manuel, João Tomás e Paulo Jorge, durante esta tarde, em Vila Verde.Este encontro entre cra-

ques surge no âmbito de um programa televisivo a cargo da Sport TV, onde persona-lidades do mundo futebolí-sitico se sentam à mesa en-quanto contam histórias. Os três antigos futebolistas des-locaram-se à “Gininha” de Coucieiro para as grava-ções do mesmo programa.O velho craque internacio-

nal Carlos Manuel, que bri-lhou durante o mundial do México, em 86, e represen-tou clubes como o Benfi-ca e o Sporting, foi claro no que toca à comida confe-cionada pela família Vieira, proprietários da “Gininha”. “Estou apaixonado pela co-mida da Gininha”, garantiu ao Semanário V, asseguran-do que prefere conversas sobre comida a futebol.João Tomás, que jogou du-

rante três épocas no SC bra-ga, marcando 34 golos, de-pois de ter representado clubes como o SL Benfica e o bétis de Sevilha, foi quem propôs este espaço para a realização do programa, como explicou em exclusivo ao Semanário V.O antigo goleador, que

vive na cidade de braga há 15 anos, revela que a “Gini-nha” é um local que co-nhecido desde “há muitos anos”. “é sempre este o res-taurante recomendado pe-los colegas aqui em braga. Com o passar dos anos fo-mos conhecendo este sítios emblemáticos e digo muitas vezes que me identifico com

estes sítios porque cresci em meios mais pequenos, em Oliveira do bairro”, diz.Relembra ainda que “a

gastronomia” é ponto de atração. “Os jogadores e treinadores gostam de co-mer bem e isso pesa na es-colha deste local, e comida aqui é muito boa e é sobre-tudo por isso que cá venho”, remata.Também Paulo Jorge, an-

tigo defesa central e capi-tão que representou o SC braga durante dez tempo-radas, marcou presença no “bar aberto”, que é o nome do programa televisivo, e fez questão de salientar que a “Gininha” é um dos melho-res locais para a gravação do programa pelo espa-ço “familiar e acolhedor” e, claro, pela gastronomia.Os três estiveram à conver-

sa durante algumas horas depois do almoço para o programa “bar Aberto”, que será transmitido brevemente na televisão por cabo.

“quero manter isto como um espaço pequeno mas

acolhedor”

José Vieira, mais conhecido como “zé da Gina”, é o pro-prietário do espaço desde 1987, depois de ter “toma-do” o lugar da mãe, Virgínia Vieira, que abriu o espaço há 48 anos como mercearia.“Já existimos há 48 anos,

começou como uma mer-cearia pequena, foi cres-cendo, mas pouco, porque queremos manter isto uma casa tradicional com quali-dade e onde as pessoas se sintam aqui dentro um pou-co como em família”, escla-rece, revelando que o nome veio da mãe, que sempre foi conhecida como “Gininha”. “Não quero grandes espa-ços, vou manter como está, com algumas salinhas pe-quenas para ser acolhedor”, reitera.Sobre a vinda dos futebo-

listas, José Vieira afirma ser “normal”. “Uns trazem os ou-

tros”, reforça, explicando que a primeira personalida-de mais conhecida do mun-do futebolístico foi Manuel Fernandes, antigo craque do Sporting. “Na altura era treinador do Tirsense e veio cá comer. A partir daí trou-xe outros como o Eurico ou o António Simões [ex-Benfi-ca]. Também os treinadores que passam pelo braga cos-tumam cá vir, como o Paulo Fonseca, o Abel Ferreira. O Jorge Simão vinha cá todos os dias”, adianta.O segredo? “Aqui comem

bem”, vinca, acrescen-tando que por lá já passa-ram outras personalidades amantes de gastronomia, como Marques Mendes ou Miguel Macedo, e até os presidentes de câmara da região do Vale do homem.Fundada em 1981, a taber-

na “Gininha” situa-se à face da Estrada Nacional 308, em Coucieiro, Vila Verde.

centrais

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20|Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

vila verde - incêndios

viLa veRde com quatRo fRegueSiaS PRioRitáRiaS PaRa LimPeza

bombeiros também realizam queimadas controladas[fernando andré silva]

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|21

incêndios - vila verdeFERNaNDO aNDRé SILva

A União de Freguesias do Vade, Prado São Miguel, Aboim da Nóbrega e Gon-domar e Valdreu são as quatro freguesias do conce-lho de Vila Verde assinala-das pelo Governo como de “limpeza prioritária”, no que diz respeito a terrenos flores-tais, com obrigatoriedade de gestão de combustível [limpeza de terreno] até dia

31 de maio de 2019. Já no concelho de braga, as fre-guesias de Espinho, Pedral-va, Sobreposta, União das Freg. de Escudeiros e Penso (Santo Estêvão e São Vicen-te) e União das Freguesias de Guisande e Oliveira (São Pedro).São apontadas como de

limpeza prioritária de terre-nos 1.142 freguesias em todo o país onde incide material vegetal e lenhoso que aju-da à ignição e à propaga-ção do fogo na vertical e na horizontal.Em despacho publicado

na passada quinta-feira pe-los secretários de Estado da Proteção Civil, José Artur Ta-vares Neves e secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Mi-guel João Pisoeiro de Freitas, no âmbito da prevenção de incêndios rurais, é indica-do um plano excecional no âmbito da prevenção com prazos mais exigentes.

as restantes freguesias têm de efetuar a limpeza até 31

de junho

No entanto, a definição destas prioridades coloca-das pelos governantes não isenta os agentes fiscaliza-dores do cumprimento de todas as disposições previs-

tas, como é o caso da GNR ou da Câmara Municipal. No mesmo despacho é in-dicado que as freguesias já mencionadas “são áreas prioritárias para a fiscaliza-ção da gestão de combustí-vel”, tendo prioridade sobre as restantes, devido à área florestal elevada e o risco de incêndio ser também ele elevado. Os terrenos situa-dos nas restantes freguesias do concelho devem tam-bém ser limpos, sob pena de coima, mas até 31 de junho.Esta limpeza é obrigatória

para todos os proprietários ou arrendatários com terre-nos localizados em espaço florestal e que esteja perto de construções habitáveis ou de utilização pública. Se-gundo o plano de preven-ção do Governo, é obriga-tória a limpeza de 50 metros à volta não só das habita-ções, mas também de ou-tros edifícios como fábricas ou armazéns. Em povoa-ções com mais de dez casas à volta de um terreno flores-tal, há obrigatoriedade de limpeza até 100 metros des-sas mesmas casas.

como abater as árvores à volta das habitações

Sobre o abate de árvores, é obrigatório cortar árvores

florestais (pinheiros ou euca-liptos) localizadas a menos de cinco metros das casas. Já no que diz respeito às co-pas das árvores, devem es-tar afastadas 50 metros das habitações, e a quatro me-tros umas das outras. Sobrei-ros, azinheiras e outras árvo-res protegidas só podem ser abatidas com autorização do Instituto de Conservação da Natureza e das Flores-tas. As árvores de fruto não têm de ser cortadas, se es-tiverem inseridas numa área agrícola ou num jardim.As coimas podem variar

entre 140 a 5.000 euros, no caso de pessoa singular, e de 1.500 a 60.000 euros, no caso de pessoas coletivas. A GNR levantou, entre 1 de ja-neiro e 18 de dezembro do ano passado, 6.820 multas por falta de limpeza de ter-renos florestais, 956 das quais aplicadas a empresas públi-cas e privadas.

a gnr levantou, entre 1 de Janeiro e 18 de dezembro do ano Passado, 6.820 multas Por falta de limPeza de terrenos florestais, 956 das quais aPlicadas a emPresas Públicas e Privadas

as coimas Podem variar entre 140 a 5.000 euros, no caso de Pessoa singular, e de 1.500 a 60.000 euros, no caso de Pessoas coletivas

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22|Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

vila verde - vade

FERNaNDO aNDRé SILva

Já foi publicado o anúncio de procedimento para con-curso público da emprei-tada que irá transformar a antiga escola primária de Covas, no norte de Vila Ver-de, em um centro de dia. O preço base do concurso é de 377.428,26€ e o despa-cho já foi publicado na se-gunda-feira em Diário da República.A empreitada será um in-

vestimento do Centro Social e Paroquial de Covas com apoio da Junta da União de Freguesias do Vade e do Município de Vila Verde, e ambiciona a requalificaçao da antiga escola primária

da freguesia de Covas, em Vila Verde, para se transfor-mar num centro que presta apoio aos utentes do Centro Social de Covas.Esta nova empreitada serve

também como alargamen-to ao número de utentes do Centro Social de Covas, que dá autalmente apoio domi-ciliário a 37 idosos.Aquando do anúncio da

intenção desta empreita-da, em março de 2018, Luí-sa Gonçalves, diretora do centro, explicou que a re-qualificação surge no âmbi-to de criar um espaço para desenvolver atividades com os idosos, sendo que atual-mente aquele centro social disponibiliza apoio domici-liário aos idosos das fregue-

sias do Vade e outras limitró-fes, incluíndo Grovelas, em Ponte da barca.“A ideia passa por tirar os

idosos de casa, porque mui-tas vezes estão sozinhos, iso-lados, e precisam deste tipo de resposta”, referiu a dire-tora ao Semanário V, apon-tando “60” como prespetiva de utentes após a requalifi-cação da antiga escola.A média de idades dos

utentes do Centro Social de Covas é de 87 anos, sendo uma população “muito en-velhecida”. Com as novas instalações, será possível criar uma área de ativida-des e um sítio onde possam passar o dia.Já Carlos Cação, autarca

do Vade, publicou esta ter-

ça-feira uma nota nas redes sociais manifestando “orgu-lho” pelo avanço do con-curso público.“Depois de lançada e pri-

meira pedra da requalifica-ção da Extensão de Saúde do Vade, de termos conse-guido abrir um espaço de cidadão, loja do munícipe e posto dos CTT, brevemen-te teremos o lançamento da primeira pedra da requalifi-cação da antiga escola pri-mária em centro de dia em Covas”, escreve o autarca.“Estes serviços de proxi-

midade são fundamentais para a melhoria das condi-ções de vida da nossa popu-lação e nós temos”, acres-centa Cação.

antiga escola primária de covas, em vila verde[fernando andré silva]

LaNçado coNcuRSo PaRa tRaNSfoRmaR eScoLa PRimáRia em LaR de idoSoS

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|23

crime - vila verde

FERNaNDO aNDRé SILva

Um assalto rocambolesco está a agitar a comunida-de da Portela do Vade, na freguesia de Atães, em Vila Verde, depois de a vítima, um conhecido empresário local, ter enfrentado o assal-tante, que acabou por fugir “de mãos a abanar”.Pouco passava das seis ho-

ras da tarde do passado sá-bado quando José Peixoto, de 62 anos, recebeu uma vi-sita inesperada de um “ami-go do alheio” no pequeno escritório que possui no se-gundo andar de um edifício situado na zona comercial da Portela do Vade, em Vila Verde.O empresário, que se de-

dica a organizar a contabi-lidade e gestão dos condo-mínios que possui naquele local, contou ao Semanário V que enfrentou o assaltan-te “sem medo”, mas con-fessa que acabou por ter al-guma sorte por o desfecho não ter sido pior.“Eu estava sentado na mi-

nha secretária quando um

fulano entrou pela porta, que estava semi-aberta. Tra-zia um gorro [passa-monta-nhas] às cores com dois orífi-cios para o lugar dos olhos e eu confesso que achei algu-ma piada e até pensei que fosse algum amigo meu a querer meter-me um susto”, disse ao Semanário V.O assaltante acabou por

entrar no pequeno escritório de José Peixoto e colocou-se ao lado da secretária, vi-rado para o empresário. “Ele entrou, deu a volta à secre-tária e veio para a minha beira pedir para lhe dar o dinheiro todo que tinha co-migo na carteira, e eu fiquei a olhar para ele e acho até que me comecei a rir”, con-ta o empresário. Seguiu-se uma batalha campal que virou o escritório de José de pantanas.“Ele como viu que eu não

lhe ia dar carteira nenhuma, puxou de uma faca e apon-tou-me, mas foi nessa altura que eu me levantei e agar-rei-o logo, empurrando-o contra uma das paredes”. José Peixoto, nesse momen-to de luta, acabou por ficar

com um “lanho” superficial na cara, após um corte feito pela faca nas mãos do as-saltante. O empresário con-seguiu desarmar o ladrão e quando este tentou fugir, ainda o apanhou contra a porta.“Quando ele me feriu na

face, andámos aqui com a secretária de um lado para o outro. Tinha aqui um cesto de vime e dei-lhe com ele, porque não tinha mais nada à mão. Ele virou-se para fu-gir, mas como a porta esta-va semi-fechada, preguei com ele contra a porta vá-rias vezes, para fazer baru-lho e alertar os vizinhos. Dei-lhe ali tantas que ele tanto tentou que conseguiu fugir. Quanto ele estava a sair da porta tentei tirar a carapu-ça e vi que não tinha cabe-lo, mas só vi de costas”, ex-plica.Uma funcionária de uma

loja situada no mesmo piso conseguiu anotar a matrí-cula de um carro que arran-cou quando o meliante saiu, mas desconhece-se ainda se foi essa a viatura utiliza-da pelo assaltante. Segun-

do José Peixoto, o homem, “calvo ou de cabeça rapa-da”, era de “estatura mé-dia, tanto em altura como em peso”.O caso passou para o Nú-

cleo de Investigação Crimi-nal da GNR que esteve no local a efetuar perícias e a recolher indícios do crime, como foi o caso da faca utilizada para coagir José Peixoto. A versão do em-presário foi confirmada ao Semanário V pelo Comando distrital de braga da GNR e por vários comerciantes na Portela do Vade.Este não foi o primeiro as-

salto sofrido pelo conheci-do empresário, natural e re-sidente na Portela do Vade. A viver por cima da depen-dência bancária da Caixa Crédito Agrícola, foi vítima de assalto à residência em 2018. Na altura, os ladrões começaram a escavar um buraco no chão, presumi-velmente para acederem às instalações da depen-dência bancária, mas aca-baram por não conseguir le-var o objetivo adiante.

emPReSáRio evita aSSaLto e afugeNta LadRão No vade

José Peixoto tem um escritório de contabilidade na Portela do vade[fernando andré silva]

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|25

economia - vila verde

MaRIaNa GOMES

O Grupo DG, administrado pelo empresário Jorge Gon-çalves, foi selecionado para implementar as medidas au-tossustentáveis de produção e captação de energia de um hospital destinado a ani-mais selvagens, em bogotá, na Colômbia. O projeto ron-da os 1,5 milhões de euros e está previsto ser inaugurado no próximo ano [2020].Trata-se de um hospital

para animais selvagens, com cerca de 4.500m2, divi-didos em oito edifícios, onde existirá zonas distintas para tartarugas, répteis, mamífe-ros e aves. O objetivo prin-cipal é recolher animais sel-vagens feridos das florestas, tratá-los e libertar de novo na natureza. Com emissão zero de carbono, o hospital será autossustentável.“O aquecimento é feito por

sistemas solares, a nível de energia é feita por sistemas solares fotovoltaicos, a água

também… toda a água que é utilizada no edifício en-tra num sistema biológico de tratamento por tanques, não é por ETAR”, explicou o empresário, acrescentan-do que “tem várias espé-cies que plantas que, elas próprias, fazem o tratamen-to da água, a limpeza, para entrar de novo, tal como veio do ecossistema, no sis-tema freático, mas tudo por um processo biológico e não químico”.A água das casas de ba-

nho e das salas do hospital passa por diversos tipos de tanques contendo várias es-pécies de plantas aquáti-cas, como flores e nenúfa-res, que fazem a filtragem da água até ficar, de novo, no estado natural de pure-za. “O hospital vai ser con-siderado carbono zero, ou seja, não tem pegada am-biental, nem na água, nem na produção de energia, nem na produção de águas quentes, é tudo autossusten-

tável”, continuou. Além dis-so, os materiais que estão a ser usados nos acabamen-tos e na construção civil têm caracter biodegradável.é um projeto único na Co-

lômbia e o Grupo DG está a trabalhar no projeto des-de o seu início, “em ter-mos de aconselhamento dos projetistas”. Colômbia foi o país escolhido, segun-do Jorge Gonçalves, por-que “tem muito o conceito de preservar a natureza e o grau de exigência das ins-talações especiais é muito elevado neste tipo de obras carbono zero, uma vez que tem vários ambientes e vá-rias condições, sendo que cada animal tem um ecos-sistema diferente”. Jorge Gonçalves adiantou, ain-da, que a aposta no merca-do da Colômbia teve como base tratar-se de um mer-cado emergente em ter-mos de energias renováveis, tendo em conta que “África está numa fase embrionária

e em Portugal este tipo de preocupação já existe há vários anos”.Segundo Jorge Gonçal-

ves “é sempre importante ser escolhido para fazer um projeto com este grau de exigência e com caracte-rísticas únicas, especialmen-te quando as pessoas fazem o que gostam, é sempre im-portante deixar a nossa mar-ca, porque é isto que distin-gue as empresas”.O Grupo DG está há 18

anos em Angola, 14 em Mo-çambique e chegou à Co-lômbia há quase 4 anos. A empresa celebra os 20 anos em Abril deste ano e o em-presário sublinha que “em 20 anos de trabalho e pro-vas dadas nos mercados em que estamos, este projeto marca uma nova etapa no crescimento do grupo DG a nível de engenharia que só é possível alcançar com um grupo de trabalho compro-metido com os valores e a dinâmica do Grupo DG”.

emPReSa de viLa veRde eLaboRa hoSPitaL PaRa aNimaiS Na

coLômbia

Jorge gonçalves é o presidente do conselho de administração do grupo dg[luís ribeiro]

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26|Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

aboim

FERNaNDO aNDRé SILva

A história de vida da escri-tora brasileira Socorro Acioli passou em 2006 pela fregue-sia de Aboim da Nóbrega, em Vila Verde, no âmbito de uma “investigação” à tradi-ção dos Lenços dos Namo-rados para escrever um novo romance, que está agora em fase de conclusão.é a própria que assinala a

aventura em terras de Vila Verde, em um artigo publi-cado este sábado no princi-pal jornal da região do Cea-rá, no Nordeste brasileiro. A escritora conta que se en-contrava a recolher informa-ções no Norte de Portugal para a escrita de um roman-ce inspirado na sua avó, e percebeu que a história dos Lenços dos Namorados ia além do simples ato de bor-

dar.Fala ainda na “sorte como

guia” aquando da visita a Aboim da Nóbrega, no Nor-te de Vila Verde, e que essa mesma sorte a levou “ao abraço da dona Maria do Carmo”. Na altura, a saudo-sa professora, entretanto fa-lecida, organizava uma pes-quisa e inventário de todos os espécimes de Lenços dos Namorados na região. Diz a escritora que “dona Carmi-nho tinha a missão de resga-tar o amor” ao recrutar jo-vens que iam de casa em casa, nas montanhas, a per-guntar se alguém teria um lenço antigo guardado nos baús.Sobre o romance, a escrito-

ra adianta que “desbravou aldeias portuguesas para sa-ber dos bordados”. “Aprendi sobre o amor e a paciência.

Tantos anos depois, bordei pela primeira vez um peque-no lenço dos namorados como experiência para a es-crita do meu novo romance. bordar é uma forma de en-tender que as coisas impor-tantes da vida precisam de tempo para acontecer”, es-creve.A professora Maria do Car-

mo Reis Rocha, já falecida, é Medalha de Ouro de Mérito Municipal, tendo entre mui-tas outras coisas fundado o extinto Eco-Museu de Aboim da Nóbrega assim como a ACRMAN (Associação Cultu-ral Recerativa e Musical de Aboim da Nóbrega), que foi a terceira IPSS do distrito e que é a atual detentora do Lar de Aboim da Nóbrega. é também mãe do conhecido professor da Universidade de Coimbra e investigador, Ál-

varo Rocha.Já Socorro Acioli é uma es-

critora brasileira de 43 anos nascida em Fortaleza, e é autora de vários livros de li-teratura juvenil e romances, sendo “Cabeça de Santo” o mais conhecido, publicado em vários países e traduzido para várias línguas.Venceu o Prémio Jabuti, na

categoria Literatura Infan-til e a Melhor Obra Inédita de Literatura Infantil, prémio atribuído pela secretaria de Cultura do Estado do Cea-rá 2005. A escrita de Socorro Acioli tem ainda o “Selo Alta-mente Recomendável” pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil e ainda um prémio de melhor roteiro no Ceará de Cinema e Vídeo, atribuido também pela se-cretaria de Cultura do Esta-do do Ceará.

LeNçoS de NamoRadoSiNSPiRam RomaNce bRaSiLeiRo

socorro acioli e maria do carmo[direitos reservados]

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|27

scmvv - vila verde

JOaquIM RIBEIRO

A Santa Casa da Misericór-dia de Vila Verde acolhe, anualmente, centenas de estágios nas suas diversas unidades. Da área da saú-dem, passando pela educa-ção e pelo social são visíveis as oportunidades da institui-ção para os recém forma-dos e/ou ainda em forma-ção para contribuir no seu

crescimento profissional e pessoal.Por esse motivo, duas alu-

nas do 12.º Ano da Escola Secundária de Vila Verde do Curso Técnico Profissional de Apoio Psicossocial, acom-panhadas pela professora Rosa Mota Alves, e pela res-ponsável dos estágios e for-mação da Santa Casa de Vila Verde. Isabel Antunes, entregaram um ramo de flo-res como gesto/forma de

agradecimento por pode-rem realizar o seu estágio curricular na instituição.“Agradecemos do fundo

do coração este gesto. é com muito gosto que rece-bemos os estagiários na nos-sa instituição e sabemos que é muito importante esta nos-sa abertura. Fazemos cres-cer cada um deles e dá-mos oportunidades a todos para evoluir e serem melhores profissionais. Estaremos sem-

pre abertos para receber estágios e contribuir para a formação de quem preci-sa”, refere o provedor à co-mitiva que o visitou.Este ano a SCMVV recebe-

rá cerca de 20 estágios cur-riculares deste curso que de-correrá de maio a julho de 2019, sempre num prisma de futuro e tentando sempre a integração e evolução de cada um dos formandos.

aLuNaS da SecuNdáRia de viLa veRde agRadecem oPoRtuNidade

de eStágio

[Joaquim ribeiro]

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28|Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

vila verde - floresta

MaRIaNa GOMES

A Associação Florestal do Cávado anunciou que o pra-zo para a apresentação de candidaturas para apoios à florestação em terrenos agrí-culas e não agrículas, está a decorrer. O programa desti-na-se a projetos de interven-ção cujo valor orçamental esteja acima dos 3.000 euros e a superfície mínima de in-vestimento contígua seja de 0,5 hectares.O presidente da Associa-

ção Florestal do Cávado, Carlos Cação, salienta que

este programa “é uma opor-tunidade para a concretiza-ção de intervenções que fa-vorecem a rentabilização de terrenos, em muitos ca-sos, com baixo valor patri-monial, permitindo simulta-neamente o financiamento para a manutenção e uma ação concertada de pre-venção de riscos de incên-dio”.As taxas de apoio oscilam

entre os 75% e os 85% , es-tando previsto um prémio de apoio à manutenção, durante um período de 10 anos. Carlos Cação sublinha a importância do financia-

mento para a região, consi-derando a inclusão de pro-jetos de baixo custo e áreas de terreno com pequena di-mensão.O prazo para apresenta-

ção de candidaturas de-corre até ao final de feve-reiro e podem beneficiar dos apoios “pessoas singu-lares ou coletivas, de natu-reza privada, as autarquias locais e associações, as en-tidades gestoras de baldios, detentoras de terras não agrícolas, bem como orga-nismos de administração pú-blica central que detenham a gestão de terras não agrí-

colas”.Os custos de instalação,

aproveitamento da regene-ração natural, preparação do solo, rega, plantação, sementeiras, mão-de-obra, fertilização, micorrização, protetores individuais de plantas ou redes de prote-ção, vedações e retanchas, custo de elaboração do Pla-no de Gestão florestal ou de instrumentos equivalentes ou de outros estudos prévios à execução do projeto, são as operações financiadas pelo programa.

af cávado aNuNcia fuNdoS PaRa PequeNoS PRodutoReS

[fernando andré silva]

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|29

dança - vila verde

sport

vem aí a PRimeiRa gaLade boxe de viLa veRde

FERNaNDO aNDRé SILva

Rui Nogueira, 25 anos, natu-ral de Gême, pratica boxe e pretende implementar em Vila Verde um novo concei-to desportivo para as mas-sas. Para isso, em conjunto com o professor Daniel Fer-reira e outros praticantes de Vila Verde - Carlos Alves e Luís Duarte - está a organizar a primeira “Gala de boxe” em Vila Verde com atletas de Portugal e Espanha, que se realiza no próximo dia 2 de fevereiro, no pavilhão gimnodesportivo da Escola Secundária de Vila Verde.

Ao Semanário V, o atleta explica que a ideia surgiu por acaso, mas foi levada a sério. “Estávamos a con-versar entre nós que prati-camos na Academia b Fi-ght, em braga, e pensámos porque não organizar uma gala em Vila Verde. Por cá só se liga ao futebol e as ou-tras modalidades quase que não existem. E mesmo o fu-tebol, quando o clube anda em baixo, só aparecem uns 30 ou 40 aos jogos para assis-tir. Foi assim que nos lembrá-mos de organizar este even-to. Falámos com a escola e depois com a Câmara Mu-nicipal que nos deram todo

o apoio para levarmos isto para a frente, porque aca-bámos por criar alternativas à dinâmica desportiva do concelho”, explica Rui.Como preparação para

o evento, os três atletas or-ganizadores têm espalha-do cartazes e já estão com pré-venda de ingressos atra-vés de pulseiras que devem ser utilizadas durante o dia do evento para livre circu-lação. “Já vendemos algu-mas e esperamos ter uma casa bem composta. Não sei se vai encher, mas esta-mos confiantes que tenha muita gente a assistir”, refe-re o organizador.

Ao todo, vão ser disputados 10 combates de boxe du-rante o evento, que, afian-ça Rui, “não será violen-to”. “O boxe é um desporto duro, mas não é violento. Eu, por exemplo, prefiro o boxe defensivo, que basicamen-te passa por esquivar e ri-postar, e nunca tive nenhum problema. Acho até que as crianças podem interessar-se mais por este desporto, e esta gala em Vila Verde é também ela uma forma de cativar o interesse nos jovens em período de formação”, finaliza.

[direitos reservados]

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30|Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

desPorto - futebol

vfc PeRde NaS taiPaS

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|31

NuNO BaRBOSa

O Vilaverdense FC voltou a ser derrotado no Campeo-nato de Portugal e, uma vez mais, não foi feliz contra o Taipas acabando por ser derrotado por 3-1.A equipa orientada por Ne-

lito não tem conseguido im-por-se e nem com novas ca-ras no 11 inicial tem surtido efeito.O primeiro golo da partida

surgiu bem cedo, aos 16 mi-nutos por intermédio de An-dré Martins, que de cabeça colocou a equipa das Tai-pas na frente do marcador. Apesar das desvantagem

os homens de verde e bran-co lutaram para que rapi-damente pudessem chegar ao empate e isso aconte-ceu perto do final da primei-ra parte numa bela jogada de entendimento entre To-más Gama e Paulinho, este a deixar para Kenny que só teve de encostar.Na segunda parte foi mais

uma vez a equipa da casa a ir para a frente do marca-dor após um erro do guar-dião Miguel Palha deixando o avançado do Taipas sem ninguém e este sem cerimó-nias não desperdiçou. Perante isso os homens do

Vila continuaram a bata-lhar, mas a bola não toma-va o rumo desejado e já per-to do final da partida, André Martins, voltaria a inscrever o seu nome na lista de marca-dores com um belo chapéu consolidando dessa forma o resultado final.Com nova derrota o Vila-

verdense FC fica num esta-do complicado na tabela classificativa com apenas 11 pontos e na 16° posição. Na próxima jornada recebe em casa o Vizela, atual 2° classi-ficado.

futebol - desPorto

o jogo foi decidido PoR PoRmeNoReS.

PeNSo que ReaLizamoS

um bom jogo, iNfeLizmeNte Não NoS foi PoSSíveL a coNquiSta doS

tRêS PoNtoS- Nélito

“campeonato de Portugal

série a Estádio do Montinho (POR) (Caldas das Taipas - Guimarães)

Assistência: +/- 100 espetadores

árbitro: Albano Correia (POR)

ao intervalo: 1 - 1

amarelos: Tiago Carneiro (33), Aldaír Ferreira (62), Nené (70), Nuno Pereira (79), Carlos Lomba (82)

vermelhos: Nunhum

golos: André Martins (16; 90), Kenny Valinhas (44), Stanley Kanu (76)

3-1caç. taiPas | vilaverdense fc

Paulo CostaTiago Vieira

Carlos LombaPolycarp AmadiArmando Lopes

Gideon IliyaJefferson Tomaz

PereirinhaAndré Martins

Tiago CarneiroStanley Kanu

(Maka, 58’)(Jota, 64’)

(Joel Neto, 73’)

T: basílio Marques

Miguel PalhaGaby Fariahugo CostaPedro AraújoNenéPaulinhoAldaír FerreiraTomás GamaRodilsonPedro PereiraKenny Valinhas(Campinhos, 66’)(Nuno Pereira, 66’)(Rui Jorge, 84’)

T: Nélito

[nuno barbosa]

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32|Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

desPorto - futebol

bRaga veNce Na chouPaNa

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|33

futebol - desPortoREDaçãO

O Sporting Clube de braga venceu na passada sexta-feira na Madeira o Nacional por 3-0 e conseguiu man-ter assim o terceiro lugar da I Liga de futebol, no encon-tro que inaugurou a 18.ª jor-nada, primeira da segunda volta. Depois de um nulo ao in-

tervalo, os ‘arsenalistas’ es-tiveram mais fortes na eta-pa complementar e Ricardo horta, aos 61 minutos, adian-tou a sua equipa, que am-pliou através de Murilo (73) e de Paulinho (86). Com este triunfo, o Sporting

de braga atinge os 40 pon-tos, menos oito do que o lí-der FC Porto, que venceu o Chaves, e menos um que o Benfica, segundo, que ven-ceu em Guimarães o Vitória local. O Nacional é 12.º com 19 pontos.Abel Ferreira, treinador do

Sporting de braga, referiu que o braga entrou bem no jogo, marcou um golo, mas “infelizmente” estava em fora de jogo. “Depois é nor-mal, o jogo equilibrou, ficou repartido, mas nós continuá-mos, sempre que tivemos bola, a colocar intensida-de no jogo”, declarou Abel, adiantando que na segun-da parte, “e com calma”, o clube soube ser “sábio”, e capaz de criar oportunida-des.“O árbitro teve hoje uma

atuação fantástica, não só por aquilo que fez dentro de campo, mas também pela forma emocional como conseguiu gerir o jogo, assim como o quarto árbitro teve a capacidade, de forma in-teligente, de perceber que o jogo é de emoções. Para eles, os meus parabéns, por-que de facto é com árbitros assim que outros devem se-guir como exemplo”, adian-tou Abel Ferreira.

eSta é a meSma equiPa que

vocêS todoS cRiticaRam

quaNdo NóS PeRdemoS Na Luz, PoR 6-2,

fReNte ao beNfica. São eSteS meSmoS

jogadoReS- Abel FerreirA

“campeonato de Portugal

série a Estádio da Madeira (POR) (Choupana - Funchal)

Assistência: +/- 100 espetadores

árbitro: hugo Miguel (POR)

ao intervalo: 0 - 0

amarelos: Pablo Santos (10), Dyego Sousa (14), Filipe Ferreira (72)

vermelhos: Wilson manafá (90+2’)

golos: Ricardo horta (61), Murilo Souza (73), Paulinho (86)

0-3nacional | braga

Lucas FrançaDiogo Coelho

Júlio CésarNuno Campos

Filipe FerreiraFernando Tissone

JotaVítor Gonçalves

Kenji Gorrébryan Róchez

João Camacho(Witi Quembo, (39’)

(Okacha hamzaoui, 67’)(Kalindi Souza, 76’)

T: Costinha

Tiago SáPablo SantosRaúl SilvaAilton SilvaJoão PalhinhaJoão NovaisRicardo RyllerRicardo EsgaioDyego SousaMurilo SouzaRicardo horta(Nuno Sequeira, 40’)(Paulinho, 78’)(Claudemir, 84’)

T: Abel Ferreira

[Joaquim lima]

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34|Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

oPiniÃo

há uns anos estava perdido numa cidade, que não inte-ressa o nome e estava à pro-cura de um determinado lo-cal. Como não existia ainda o GPS, fiz o que se usava na altura: perguntar o caminho a alguém e rezar para que não estivesse também per-dido. Parei então o carro e perguntei a um senhor com uns 70 anos. Ele, muito sim-pático, explicou-me que es-taria a uns três quilómetros. No meio de “vire à direita”, “vire à esquerda”, “passe os semáforos”, etc. aperce-beu-se que eu não estava a captar a explicação. Ofere-ceu-se então para ir comigo. Fiquei um pouco confuso e

de início até neguei. Ele ar-gumentou que estava no iní-cio do seu percurso matinal de 3 quilómetros, sendo que iria comigo e voltaria depois a pé. Pareceu-me um argu-mento válido. Em poucos minutos chegamos ao local e eu sugeri pelo menos pa-gar-lhe um café como agra-decimento. Ele respondeu: “Ora essa, eu é que agrade-ço”. Ao ver o meu espanto, continuou: “Agradeço-lhe pelo privilégio de lhe ser sido útil, pois na minha idade, já pouco posso ajudar”.Fiquei a pensar naqui-

lo. Não estamos habitua-mos a sentirmos recompen-sa quando damos, mas sim quando recebemos. Na-quele caso claramente ti-nha havido recompensa e muito bem explicada. Esta reciprocidade de sentimen-tos está esplanada em mui-tas situações da vida.Dizia a propósito o grande

pensador Agostinho da Sil-va: “A pessoa que dá uma esmola a um pobre, está a

dar a esmola si próprio sen-do dessa forma um egoísta, sendo assim não estupida-mente egoísta ao ponto de se prejudicar a si mesmo”. A recompensa está em dar e não receber, ou receber sim a satisfação por ter dado.Esta pode ser também uma

das múltiplas definições Lei do Retorno, em que neste caso o reflexo de uma ação é imediatamente devolvido, embora essa lei, é normal-mente explicada mais de uma forma negativa, pois nos mostra o dar como uma obrigação, com medo do castigo que possa advir da ausência de fazer o bem. é quase como não roubar com medo de ser apanha-do. O instinto está lá, falta é ultrapassar o medo das con-sequências.Ainda nesta temática, um

bom exemplo é um trecho do fado, tornado famoso por Amália, de título “Uma Casa Portuguesa”. Diz na le-tra que “a alegria da pobre-za está nessa grande rique-

za de dar e ficar contente”. é uma frase até com duplo significado. Para alem de dar e ficar contente por isso, acrescenta também o dar tudo aquilo que se tem, sa-crificando ou comprome-tendo o próprio bem-estar.A propósito, a bíblia fala de

uma viúva que apesar de deitar apenas duas peque-nas moedas numa caixa de esmolas, havia deitado mais do que todos os homens ri-cos, pois deu tudo aquilo que tinha. Dar aquilo que se tem é o expoente máximo da ajuda que se pode dar.Isto explica a razão pela

qual as pessoas mais realiza-das, não são as que conse-guiram comprar mais coisas, mas sim as que ajudaram mais pessoas. As que dedi-caram parte dos seus dias a acompanhar os outros.O mundo precisa de pes-

soas que busquem a recom-pensa de uma forma altruís-ta, sem esperarem nada em troca que não seja a satisfa-ção de dar e ficar contente.

A forte resistência da gene-ralidade das autarquias lo-cais para acolher a transfe-rência de competências do Estado central tem sido mo-tivada, desde logo, por ra-zões de ordem financeira mas essencialmente políti-cas.As de ordem financeira são

suportadas na experiência sentida ao abrigo dos con-tratos interadministrativos e nos acordos de execução, com dotações orçamentais insuficientes que compro-meteram o seu adequado cumprimento.No que concerne às ra-

zões políticas, à semelhança da estratégia que justificou uma crescente constituição de autoridades administrati-vas independentes, os diplo-mas sectoriais concretizado-res desta descentralização denotam uma tendência

para a atribuição de com-petências para matérias cuja tomada de decisões espelham um grande des-gaste político. Talvez resida aqui a pedra de toque que tem conduzido à frustração desta primeira fase da des-centralização administrativa já prevista na Constituição da República Portuguesa, desde a revisão do ano de 1982.Pois, as competências atri-

buídas com esses diplomas sectoriais, em áreas como a saúde, educação, justiça, ação social, proteção civil, habitação, cultura, transpor-tes e vias de comunicação, entre outras, têm sido rece-bidas como meras tarefas de manutenção de instala-ções sem considerar as ne-cessidades de planeamento estratégico.Ora, na medida em que a

descentralização é conside-rada a pedra angular da re-forma do Estado, porquan-to reforça e aprofunda a autonomia local, incremen-tando a sua legitimação e aproximando o Estado dos cidadãos, são as autarquias locais que representam a es-trutura fundamental para a gestão de serviços públicos nessa dimensão de proximi-dade.Esta autonomia plena deve

ser atribuída de acordo com o critério dos interesses públi-cos de âmbito nacional, re-gional ou local, que poderá dotar os municípios de uma efetiva capacidade para concretizar estas compe-tências, pelo que deverá ser também acompanhada de uma promoção de modelos de articulação de compro-missos entre aquilo que de-veriam ser as competências

do Estado central, regional (ou até supra-regional) e lo-cal, e, deste modo, culminar em melhores serviços às po-pulações.Ora, esta é a razão supre-

ma, por substancial, para que esta descentraliza-ção deva ser reforçada e para que seja bem sucedi-da deve ser acompanhada de mais meios financeiros e humanos, ou melhor, de um pacote global de medidas capaz de incrementar uma verdadeira descentraliza-ção estruturada.

em Nome da democracia

dar e ficar contente aiReS fumega artista Plástico

RaqueL RodRigueS RibeiRo jurista

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Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019|35

oPiniÃo

há uma frase muito parti-lhada no mundo do marke-ting, e mais propriamente no digital, que diz que o “con-teúdo é rei”. Essa expressão deve-se ao facto de que o consumidor (nós em suma) alinharmos e decidirmos a nossa vida, as nossas ações baseadas em razão, razão essa obtida através de con-teúdo. Conteúdo de valor!De facto, num processo de

decisão de compra, o con-teúdo é fundamental e defi-ne o quão predisposto esta-mos a efetuar uma compra.Compra essa baseada na

informação prévia de que dispomos. Quando mais in-formação dispormos, mais fácil será esse processo.

De entre os vários formatos de conteúdo, o que mais se tem destacado é o forma-to de vídeo que, para além de encontrar ainda algumas barreiras (mais do ponto do promotor) é um dos forma-tos que mais tem impacta-do e mais tem sido consumi-do pelo utilizador digital. Em suma, nós.Vou partilhar alguns dados

com o leitor, oriundos de um estudo promovido pela Multi Vision Digital:- um utilizador gasta em

média 88% mais tempo num website em que contenha vídeo; - 60% dos utilizadores gas-

tam pelo menos 2 minutos a assistir um vídeo que informe

sobre um produto que pre-vejam comprar;- 46% dos utilizadores to-

mam uma ação após assis-tirem a um vídeo;- 50% dos gestores procu-

ram mais informação sobre um produto/serviço após verem um vídeo;- 92% dos utilizadores mobi-

le partilham vídeos com ou-tros utilizadores.Estes dados mostram o

quão importante é este tipo de conteúdo nos dias de hoje, onde cada vez esta-mos mais ocupados e sem tempo para consumir con-teúdo. O formato vídeo é assim mais prático para transmitir uma mensagem. Mensagem essa que pode

ser o seu produto/serviço ou negócio! No limite, só preci-sa de um smartphone! :)

medo do vídeo? Não tenha!

aNdRé aLmeida

consultor de marketing andretiagoalmeida.pt

a fechar

cumPRiu-Se a tRadição SecuLaR da feiRa oNde é tRocado

o gado PoR eNtRe comeRciaNteS. cada vez meNoS gado e

meNoS veNdedoReS, maS Nem PoR iSSo a

feSta tem dimiNuido. a viLa de PRado Segue

de PaRabéNS!

feiRa doS viNte

ficha técnica. ProPrietária/editora PRESS F1, LDA sede/ redaçÃo Rua do Conhecimento, 10 4730-575 Vila Verde niPc 513800492 caPital social 50 000€ diretor Paulo Moreira Mesquita redaçÃo Fernando André Silva, Luís Ribeiro, Mariana Gomes, Nuno barbosa marKeting e Publicidade [email protected] grafismo Paulo Moreira Mesquita, Rui Correia colaborador(es) Armando Carriça, bia Santos, Domingos Costa, Joaquim Ribeiro, Luís Cação, Luís Gonçalves (Foto Felicidade), Manuel braga Soares, Nuno Queirós, Pedro Ferreira, Tiago Dias estatuto editorial Disponível em www.semanariov.pt dePartamento Júridico Tiago batista Máximo contactos T: 253 469 250 E-mail: [email protected] deP. legal: 403 471/16 issn: 2183-8356 registo erc: 126 604

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36|Semanário V - Quarta-feira, 23 de Janeiro de 2019

contra

Scmvv ReSgata SuL-coReaNoS

JOaquIM RIBEIRO

A Santa Casa da Misericór-dia de Vila Verde acolheu 5 peregrinos Sul-Coreanos que se encontravam perdidos na Vila de Prado. Depois de procurarem ajuda na ERPI da instituição, os peregri-nos foram acolhidos na insti-tuição em Vila Verde, onde puderam encontrar uma re-feição quente, o conforto de um espaço para pernoi-tar e ainda puderam assistir ao ensaio do coro da institui-ção que os acolheu.A Santa Casa da Miseri-

córdia de Vila Verde cum-priu as “obras de Misericór-dia corporais” que dizem, dar de comer a quem tem fome , dar de beber a quem tem sede e acima de tudo dar pousada aos peregrinos, que foi a obra cumprida e acima de tudo que rege os princípios da instituição.“Cumprimos as obras da

Misericórdia. é por isso que

nos apelidámos de Santa Casa da Misericórdia com muito orgulho. Acolhemos os peregrinos, preparámos uma refeição quente, per-noitaram num sítio quente e acolhedor e de manhã pre-parámos pequeno-almo-ço, transporte e orientação para seguirem novamen-te o caminho de Santiago. é com orgulho e satisfação que prestamos este serviço”, adiantou o provedor bento Mortais ao Semanário V.Os peregrinos, oriundos da

Coreia do Sul, perderam a orientação na saída do Por-to, não seguindo o caminho delimitado pela Costa e vie-ram para o interior, encon-trando em Vila Verde abrigo e orientação para seguir ca-minho.Por volta das 11 horas os

peregrinos foram encami-nhados até Esposende para seguirem o Caminho. Deixa-ram escrito “고마워-“ que se traduz obrigado em portu-guês.

o que josé morais não percebe...

editoRiaL

Paulo moreira mesquitadiretor Semanário v

Já não é a primeira vez que aqui falo da tão badalada Revista de Imprensa da Câ-mara Municipal de Vila Ver-de. Para quem desconhece (não será díficil tal aconte-cer) é uma publicação que o município faz, na sua pági-na de facebook, umas duas ou três vezes por semana onde divulga as “notícias” que saem nos órgãos de comunicação social de Vila Verde. Perdão... de braga. Ora, para além do espanto de tais publicações terem a fenomenal interação de duas ou três pessoas, salta à vista o próprio teor das mes-mas: sempre notícias cor de rosa, mais publirrepor-tagem que notícia (a ana-lisar os ajustes directos des-tas), dando a parecer ao país... perdão, a braga, que Vila Verde é o El Dorado do Minho. Recentemente, José Morais, vereador na mesma autarquia pelo Partido So-cialista, lamentou-se de a Câmara o censurar, cortan-do a sua foto sempre que se encontrava nos tais eventos floreados. O que José Mo-rais não percebeu no ime-diato, e que se percebe

agora, é que esse espaço (o dele) está agora ocupa-do pelas empresas amigas do munícipio, em que a pró-pria autarquia as promove na sua página de facebook ao partilhar as “notícias”. O que José Morais não per-cebe (claro que percebe) é que a autarquia, na pes-soa de António Vilela, usa a imprensa de braga para se promover a si e aos seus pa-res. O que José Morais não percebe (claro que perce-be) é que a autarquia usa o boletim Informativo distribui-do pelas caixas de correio dos munícipes (e pagos por estes) para promover o pre-sidente de câmara e os seus pares. Na última edição de dezembro, em 16 páginas de boletim a foto de Antó-nio Vilela apareceu mais de 20 vezes! O que José Mo-rais não percebe (claro que percebe) é que a autarquia usa a newsletter digital para promover o presidente de câmara e os seus pares.E a restante imprensa, por-que não é divulgada pelo munícipio? Aquelas que não aparecem nas lista-gens dos ajustes directos...?

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