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OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006
Ficheiro original: Nicholas A.F. Adds: Vanessa Gomes
PERGUNTAS DESENVOLVIMENTOPERGUNTAS DESENVOLVIMENTOPERGUNTAS DESENVOLVIMENTOPERGUNTAS DESENVOLVIMENTO
1- Filogenia e ontogenia- sua importância no SE. (1ªchamada) A filogenia é a ciência que estuda a evolução pela qual as formas vivas inferiores se vão modificando
através dos tempos para produzirem outras cada vez mais complexas.
A ontogenia corresponde ao estudo da formação e desenvolvimento do indivíduo em todas as fases da
sua evolução.
Deste modo a filogenia e ontogenia são conceitos importantes na medida que nos permitem idealizar o
desenvolvimento das estruturas craneo-faciais nos vertebrados ao longo do tempo e também no indivíduo em
todos os estádios do deu desenvolvimento.
2- Na evolução filogenética pode observar-se que a forma e função do sistema
mastigatorio estiveram sempre intimamente associadas. Refira exemplos e justifique.
As forças que deram forma ao nosso sistema mastigatorio funcionaram durante milhões anos e durante
toda a evolução pode observar-se que a forma e função sempre se associaram mutuamente, isto é, a
função define a forma e esta limita a função. Por exemplo no Homo Sapiens, com o
desenvolvimento da cozinha os maxilares tornam-se menos robustos e os dentes mais pequenos, isto é,
o facto de os alimentos serem menos duros influenciou a forma dos dentes e dos maxilares que foram
adquirindo novas funções.
Filogeneticamente a mandíbula exibiu sempre grande plasticidade e potencial durante o crescimento e
adaptação.
3- Estruturas que constituem o gérmen dentário (1ª frequência)
4- Músculos da mastigação e sua função
Os músculos da mastigação são:
- Músculo Masséter Músculo curto e rectangular, que se origina no arco
zigomático e se prolonga para baixo até ao bordo inferior do ângulo da
mandíbula. É constituída por um feixe superficial de fibras tipo I (9%) e II
que se dirigem para baixo e para trás e por um feixe profunda de fibras
tipo I (90%) com direcção predominantemente vertical. As unidades
motoras são constituídas por territórios focais com diferentes nervos
primários, dando a ideia de compartimentalização funcional do músculo. É
multipeniforme com 4 lâminas aponevróticas que variam consoante o individuo e morfologia
craneofacial. As fibras do músculo masséter quando se contraem elevam a mandíbula levando os dentes a
contacto. A porção superficial pode ajudar na protrusão e aquando desta, as fibras da porção profunda
estabilizam os côndilos contra a eminência articular.
- Músculo Temporal Músculo largo e bipenado que se origina da
fossa temporal e superfície externa do crânio. Forma um tendão que se
insere na apófise coronoide e ramo ascendente da mandíbula. Pode ser
dividido em três porções distintas de acordo com a direcção das suas
fibras e função que se aproximam para formar o tendão intermédio:
Porção anterior, média e posterior. A porção anterior, constituída por
fibras direccionadas verticalmente. Porção média, constituída por fibras que se direccionam obliquamente.
Porção posterior constituída por fibras que se direccionam quase que horizontalmente vindo para a frente
e juntando-se às dos feixes ant e médio que passam pelo arco zigomatico. De um modo geral, quando o
músculo temporal se contrai, a mandíbula é elevada e os dentes entram em contacto. Quando a porção
anterior se contrai, a mandíbula é elevada verticalmente. Quando a
porção média se contrai eleva e retrui a mandíbula.
- Músculo Pterigoideo Interno (medial): Músculo multipenado com
feixe post e ant que se origina na fossa pterigoide e superfície medial da
apófise pterigoide e se desloca para baixo, para trás e para fora para
se inserir na superfície interna do ângulo da mandíbula e metade inferior
da face medial do ramo ascendente. Quando as fibras se contraem, a
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mandíbula é elevada e os dentes entram em contacto. Este músculo é também activo na protrusão da
mandíbula. A contracção unilateral deste músculo causa um movimento mediotrusivo. A tensão do feixe
anterior causa um movimento para cima, para dentro e para diante. A tensão do feixe posterior causa
um movimento para cima, para dentro e mais para diante. Este músculo é responsável pelo controlo postural
e direccional da mandíbula por possuir um sinergismo estrutural com o masseter superficialmente.
- Musculo Pterigoideo Externo(lateral) Este músculo tem funcionalidades diferentes conforme se
trate do músculo pterigoideo lateral superior ou músculo pterigoideo lateral inferior. Músculo pterigoideo lateral
superior: origina-se na superfície infratemporal da grande asa do esfenóide, dirigindo-se quase
horizontalmente para trás e para fora para se inserir na cápsula articular, disco articular(porção antero
medial) e colo do côndilo. Este músculo é activo somente em conjunto com os músculos elevadores da
mandíbula, sendo em especial activo aquando de fortes mordidas ou quando os dentes são mantidos
juntos com força. Este músculo tracciona o disco anteriormente e internamente, sendo um extensor do disco.
- Músculo pterigoideo lateral inferior: origina-se na superfície externa da apófise pterigoideia externa e se
dirige para trás, para fora e para cima até ao colo do côndilo. Aquando da contracção simultânea, os
côndilos são trazidos para baixo, percorrendo a eminência articular, e a mandíbula é protruída. A
contracção unilateral leva a um movimento médiotrusivo do côndilo e a um movimento lateral do côndilo oposto.
Quando este músculo funciona com os depressores, a mandíbula é abaixada e os côndilos vêm para baixo e
para a frente percorrendo as eminências articulares. A tracção dos músculos pterigoideos externos no
disco e côndilo é significativamente interna. A maior parte das fibras que constituem os músculos
pterigoideos internos (80%) são fibras do tipo I, sendo por isso relativamente resistentes à fadiga. O
músculo digástrico, não é considerado músculo da mastigação, mas também intervém na função
madibular. Tem como função o abaixamento da mandíbula e elevação do osso hióide.
5- Diferença entre músculos mastigadores e músculos dos membros.
Todos os músculos esqueletais possuem uma constituição semelhante, com uma mistura de fibras
rápidas e lentas em proporções variáveis o que reflecte a sua função. Contudo os músculos
mastigadores são diferentes dos músculos dos membros dado
-serem multipenados formando vários ângulos com a direcção da força
- fibras do mesmo tipo (I) constituem aglomerados homogéneos ao contrario dos músculos membros
cujas fibras estão distribuídas pelo mesmo musculo
- terem teritórios com unidades motoras menores dando mais precisão à função muscular;
- existir separação intramuscular garantida pelas aponevroses resultando numa compartimentação
necessária para term função adequada nas várias posições mandibulares.
- a unidade motora não possui limiar recrutável estável e tem tarefas específicas.
6- Músculos pterigoideos externos têm importância fundamental para o equilíbrio do S.E.
Comentar.
Esta afirmação é verdadeira, na medida em que, estes músculos
desempenham funções importantes para o sistema estomatognático.
O músculo pterigoideo lateral superior é activo somente em conjunto com
os músculos elevadores da mandíbula, sendo em especial activo aquando
de fortes mordidas ou quando os dentes são mantidos juntos com
força. Este músculo tracciona o disco anteriormente e internamente, sendo um extensor do disco. É
assim responsável pelo correcto reposicionamento do disco articular entre as superfícies articulares,
rotacionando o disco para a frente do côndilo de modo a que a porção posterior mais espesso do disco
mantenha o contacto articular.
O músculo pterigoideo lateral inferior aquando da contracção simultânea, os côndilos são trazidos para
baixo, percorrendo a eminência articular, e a mandíbula é protruída. A contracção unilateral leva a um
movimento médiotrusivo do côndilo e a um movimento lateral do côndilo oposto. Quando este músculo funciona
com os depressores, a mandíbula é abaixada e os côndilos vêm para baixo e para a frente percorrendo as
eminências articulares. A tracção dos músculos pterigoideos externos no disco e côndilo é
significativamente interna. A maior parte das fibras que constituem os músculos pterigoideos internos
(80%) são fibras do tipo I, sendo por isso relativamente resistentes à fadiga. O músculo digástrico, não é
considerado músculo da mastigação, mas também intervém na função madibular. Tem como função o
abaixamento da mandíbula e elevação do osso hióide.
7- Músculos que contribuem para o movimento de abertura da
boca?
Os músculos são: digástrico(porção inferior), suprahioideus e infrahioideus
conjuntamente com o músculo pterigoideo externo inferior.
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8- Que músculos participam no movimento de encerramento forçado da mandíbula?
Os músculos elevadores da mandíbula são o masséter, o temporal e o músculo ptérigoideo interno.
O músculo pterigoideu externo superior é activo somente em conjunto com os músculos elevadores da
mandíbula, sendo em especial activo aquando de fortes mordidas ou quando os dentes são mantidos
juntos com força.
9- Quais os músculos que participam no movimento de lateralidade?
A contracção unilateral do músculo pterigoideo externo inferior causa um movimento de lateralidade
para o dado oposto.
A contracção unilateral do músculo pterigoideo interno produz um movimento mediotrusivo.
A contracção dos músculos temporal anterior; masséter e digástrico provocam lateralidade da
mandíbula para o mesmo lado.
10- Período de silencio dos músculos de mastigação. Sua importância.
Quando músculos contraem os feixes musculares encurtam o que faz com que o desempenho da
actividade aferente dos fusos cesse. Se o potencial eléctrico da actividade eferente desses fusos for
monotorizado um período de silencio sem actividade eléctrica é registado. A actividade eferente
gama pode influenciar esse período:
- uma intensa actividade eferente gama causa a contracção das fibras intrafusais o que diminui o tempo
em que o fuso é bloqueado durate a contracção muscular
- uma diminuição na actividade eferente gama aumenta esse período de silencio.
11- Como classifica ATM? O que a distingue de todas as outras articulações do corpo
humano? (1ª frequência)
A ATM é uma articulação sinovial composta dado possuir 4 superficies articulares:
- 2 osteosuportadas: condilo mandibular e cavidade glenoide do temporal
- 2 pertencentes ao disco articular que funciona como um osso articular não calcificado.
A ATM é uma articulação Ginglimo Diartrodial Composta.
È Ginglimoidal, porque proporciona um movimento em dobradiça em torno de um plano ou seja um
movimento de rotação entre condilo e disco, rodando o condilo em torno de um eixo num simples
plano e a ele limitado pelos seus ligamentos colaterais.
È diartrodial pois proporciona um movimento de deslize ou seja um movimento de translacção entre o
complexo disco e componente temporal. O termo composta é devido ao facto de existirem um disco
articular interposto entre o osso temporal e o côndilo da mandíbula servindo para duas articulações.
Distingue-se das outras articulações pois as suas superfícies articulares são revestidas por tecido
conjuntivo denso fibroso em vez de cartilagem hialina. As fibras de tecido conjuntivo denso suportam
melhor as forças do movimento, têm maior capacidade de regeneração e têm menor tendência de
envelhecimento.
Anatomicamente é constituída por uma cápsula articular única, um disco articular e um tecido
retrodiscal muito vascularizado que supre as necessidades metabólicas e nutritivas.
Do ponto de vista funcional tem capacidade de executar movimentos de translação sem que ocorra luxação.
12- A ATM, é constituída por várias estruturas anatómicas, enumera essas estruturas.
Superfícies articulares: Côndilo mandibular, Fossa mandibular (ou cavidade glenoide) do osso
temporal,eminência articular do temporal.
Disco articular
Cápsula articular
Tecido retrodiscal
Membranas sinoviais
Ligamentos principais: colaterais, capsular e temporomandibular
Ligamentos acessórios: esfenomandibular e estilomandibular
Músculos.
13-Em termos fisiológicos quais as diferenças entre as superfícies articulares da ATM
osteosuportadas e as superfícies articulares do disco?
A ATM é uma articulação sinovial composta dado possuir 4 superficies articulares:
- 2 osteosuportadas: condilo mandibular e cavidade glenoide do temporal
- 2 pertencentes ao disco articular que funciona como um osso articular não calcificado.
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14- Quais os componentes anatómicos que exercem forças sobre o disco?
Estruturas ósseas:
- superfície articular do côndilo – na zona intermédia de menor espessura circundada por bordos
anteriores e posteriores mais espessos onde ocorre pressão na função mastigação
- eminência articular
Feixe superior do ligamento bilaminar – única estrutura capaz de
traccionar o disco posterior. Estende-se da fissura petrotimpanica ao
bordo posterior superior do disco. São formadas por tecido conjuntivo
com fibras elásticas para contrariar a tracção Antero inferior do
pterigoideu externo superior.
Músculo pterigoideu externo superior- estende-se da fossa infratemporal e asa do esfenoide ao
colo da mandíbula e porção Antero medial do disco articular. Como tem predominantemente fibras
tipo IIb executa movimentos rápidos sobre o disco. Faz tracção Antero inferior no disco na posição de
repouso e movimentos de encerramento forçado.
15- Porque é que o disco translaciona com o côndilo?
Devido à sua morfologia, à morfologia das superfícies articulares e à pressão interarticular.
Como o disco está inserido no condilo pelo ligamento colateral so pode ocorrer rotação do disco no
condilo. O complexo condilo disco funciona contra a superfície da fossa não estando fortemente
inserido, o que permite a translacção quando mandíbula se move para a frente.
16- Diferenças entre disco e menisco.
Por definição o menisco tem uma forma crescente de cunha de fibrocartilagem inserido em cada lado da
cápsula articular e não é inserido no outro lado, estendendo-se livremente dentro do espaço articular.
O menisco não divide a cavidade articular isolando o fluido sinovial nem serve como determinante do
movimento articular, mas sim funciona passivamente para facilitar o movimento entre as partes ósseas.
Ex: joelho
Na ATM o disco articular funciona como uma verdadeira superfície articular ou seja é um osso articular
não calcificado. Participa activamente nos movimentos articulares, está totalmente encapsulado
determinando 2 cavidades articulares e possui as suas próprias superfícies articulares superior e inferior.
Tem ainda um sistema de motricidade e mobilidade independente do condilo e eminência articular.
17-Quais as funções da componente sinovial da ATM?
As membranas sinoviais poduzem o liquido sinovial que preenchem as cavidades. O liquido sinovial é um
meio de:
- prover as necessidades metabólicas dos tecidos e função de fagocitose;
- lubrificação entre as superfícies articulares
- minimização da fricção no movimento das superfícies articulares.
18- Qual a função dos componentes do liquido sinovial?
Lubrificação; nutrição; fagocitose; suporte metabólico
19- Quais os ligamentos constituintes da anatomia
da ATM?
Ligamentos principais:
Ligamento colateral - Ligamento colateral interno e
externo. Prendem os bordos laterais e mediais do disco
aos bordos laterais e mediais do côndilo. Dividem a
articulação médio lateralmente em 2 cavidades superior e
inferior. São verdadeiros ligamentos com tecido conjuntivo
fibroso colagenoso. São inervados e vascularizados.
Restringem o movimento do disco para fora do côndilo,
fazendo com que o disco se mova anteriormente e
posteriormente acompanhando o côndilo. Responsáveis
pelo movimento de abertura da mandibula.
Ligamento capsular – Envolvem toda a articulação retendo liquido sinovial. O ligamento capsular
superior insere-se nas superfícies articulares da fossa mandibular e eminência articular. O ligamento capsular
inferior insere-se no colo do côndilo mandibular. Como principal função, tende a resistir a forças internas,
externas, inferiores que tendem a separar ou deslocar as superfícies articulares. Ligamento bem inervado
proporcionando estímulo proprioceptivo sobre posição e movimento articulação. Controlam ainda a
extensão de rotação do disco em relação ao condilo no sentido Antero posterior.
Ligamento temporo-mandibular - Constituído por um feixe horizontal interno e feixe obliquo
externo. A porção horizontal interna estende-se da superfície externa da eminência articular e processo
zigomático até ao pólo externo do côndilo e disco articular. Limita o movimento posterior do côndilo e
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disco, protegendo os tecidos retrodiscais de trauma criado pelo deslocamento posterior do côndilo.
Protege ainda os m.pterigoideos laterais de estiramento. A porção obliqua externa estende-se da superfície
externa da eminência articular e processo zigomático até à superfície externa do colo do côndilo. Impede a
queda excessiva da mandíbula, limitando a excessiva abertura da mandíbula. No movimento de rotação
está tenso e para a mandíbula continuar a abertura faz fulcro na sua inserção no colo do condilo o que
obriga à translacção. Contribui para a estabilidade da mandíbula nos mov de translacção.
Ligamentos acessórios:
Ligamento esfeno-mandibular- desde a espinha do
esfenoide dirigindo-se para baixo para a proeminência óssea
na superfície medial do ramo da mandíbula (lingula). Não
tem significado como limitante movimento da mandíbula.
e Ligamento estilo-mandibular – desde apófise estiloide
dirigindo-se para baixo e para a frente até ângulo do bordo
post da mandíbula. Torna-se rígido quando mandíbula e
protruida e é relaxado na abertura limitando movimentos
protrusivos excessivos da mandíbula.
Na zona entre a face posterior condilo e parede timpânica está a
zona bilaminar ou retrodiscal com lamina superior que é
capaz de traccionar posteriormente o disco contra a tracção
Antero inferior do musculo pterigoideo externo superior. A sua
lamina inferior limita o movimento anterior do disco. Limitam
ambas também o deslocamento anterior do condilo.
20- Função dos ligamentos da ATM?
Os ligamentos da ATM têm muita importância na protecção das estruturas. São feitos de tecido
conjuntivo colagenoso e não se estiram. Não actuam activamente na articulação, mas agem
passivamente como agentes limitadores ou de restrição de movimentos.
21-Histomorfologia, funçao e nutrição das superfícies funcionais da ATM
As superfícies articulares são constituídas por 4 camadas:
- zona Articular
É a camada mais superficial adjacente à cavidade articular e formando a superfície funcional mais
exterior, sendo chamada de zona articular. Constituída por tecido conjuntivo denso fibroso em vez de
cartilagem hialina. As fibras são firmemente arranjadas e capazes de suportar as forças de movimento.
As fibras de colagéneo dispostas paralelamente à superfície articular apresentam vantagens em relação
às fibras de hialina. São geralmente menos susceptíveis que a cartilagem hialina para os efeitos de
envelhecimento, além de terem maior capacidade de reparo.
- zona Proliferativa
Zona celular com tecido mesenquimatoso indiferenciado e é responsável pela proliferação da cartilagem
articular em resposta às demandas funcionais colocadas nas superfícies articulares durante a carga
funcional.
- zona fibrocartilaginosa
Matriz formada por fibras de colagéneo tipo II arranjadas em faixas num padrão cruzado, embora
algumas em orientação radial. È constituída ainda por proteoglicanas e glicoproteinas. A fibrocartilagem
aparece num padrão aleatório, dando o aspecto de uma cadeia tridimensional que oferece resistência
contra forças compressivas e laterais.
- Zona calcificada
Zona mais profunda constituída por condrócitos e condroblastos. Os condrócitos produzem colageneo,
proteoglicanas, glicoproteinas e enzimas que formam a matriz. Tornam-se hipertrofiados e morrem
formando células ósseas dentro da cavidade medular. A superfície da estrutura da matriz extracelular
proporciona um lado activo para uma actividade remodeladora.
CARTILAGEM CALCIFICADA
OSSO (CABEÇA DA MANDÍBULA)
CAMADA PROLIFERATIVA
TEC.CONJUNTIVO DENSO
FIBROCARTILAGEM
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22-Os GAG são macromoleculas sintetizadas pelas células do tecido conjuntivo das
superfícies articulares. Quais as suas funções e importância para a função da ATM.
A cartilagem articular é constituída por condrócitos e matriz intercelular. Os condrócitos
produzem o colagéneo, proteoglicanos, glicoproteínas que formam a matriz.
Os proteoglicanos sºao moléculas complexas que se agregam constituindo uma grande proteína da
matriz. São constituídos de um núcleo proteico e uma cadeia de glicosaminoglicanos (GAGs), encontrando-se
conectados a uma cadeia de ácido glicurónico. Estes agregados são muito hidrofílicos e entrelaçados com
uma cadeia de colagéneo. Uma vez que estes agregados tendem a ligar a água, a matriz se expande e
aumenta a tensão dos agregados proteoglicanos. Quando a carga articular aumenta, o fluído tecidual
extravasa, para fora até que um novo equilíbrio seja alacançado. Na medida que a carga é diminuída o
fluído é reabsorvido. Isto constitui a base da lubrificação saturada. Assim ajudam o liquido sinovial a
suportar a carga na articulação. Principais funções:
- fornecem as necessidades metabólicas aos tecidos
- minimizam atrito (lubrificação)
- fagocitose
- nutrição
Proteoglicanos – (núcleo proteico + cadeia de GAGs) Ligados a cadeia de ácido glicurónico
23- Quais os factores que determinam a estabilidade da ATM?
Os factores são: a
- guia anterior incisiva- movimentos devem ser guiados pela vertente palatina dos incisivos superiores
- pterigoideo externo superior – importante no repouso e movimento de encerramento forçado
- oclusão dentária – articulação está estável quando dentes estão em intercuspidação maxima
- disco articular - a sua morfologia é importante pois tem de preencher o espaço intraarticular
determinado pela oclusãodentaria. Permite o contacto simultâneo e constante de todos os
componentes articulares.
- ligamento têmporo-mandibular.- as fibras obliquas externa estabilizam durante abertura
- músculos mastigadores – masseter, temporal e pterigoideo interno estabilizam a mandíbula puxando-a
para uma posição Antero superior.
24- Quais os pré-requisitos funcionais para que a ATM funcione correctamente?
-Superfícies lisas, arredondadas, estruturalmente compatíveis e lubrificadas.
-Movimentos simétricos das ATMs direita e esquerda.
-Movimentos deslizantes entre as superfícies articulares não devem ser feitas quando a pressão
interarticular é suficientemente grande de modo a causar fricção.
- Deve existir boa coordenação muscular
- Função das ATMs deve ser sempre limitada dentro da capacidade estrutural das ATMs
24- Descrever o ciclo de abertura e encerramento da boca nos aspectos neuromio-
articulares.
O disco articular e o côndilo, intimamente associados pelos ligamentos discais internos e externos,
constituem o complexo côndilo-disco, em que os únicos movimentos que se registam são movimentos
de rotação.
O complexo côndilo-disco articula com a fossa mandibular em que movimentos livres de deslizamento
(translação) são permitidos.
A estabilidade da articulação é mantida por uma constante actividade dos músculos que traccionam a
articulação, principalmente os elevadores. Quando a actividade muscular aumenta, o côndilo é forçado
com maior intensidade contra o disco e este contra a fossa mandibular, resultanto num aumento de
pressão interarticular.
O contorno e movimento do disco permitem um contacto constante das superfícies articulares da articulação, o
que é necessário para a estabilização articular.
Inserido no bordo posterior do disco articular encontram-se os tecidos retrodiscais, em que a lâmina
retrodiscal superior é constituída por tecido conjuntivo elástico. Quando a boca se fecha, a tracção elástica no
disco é mínima ou nenhuma. Contudo quando a boca abre, quando o côndilo é traccionado para a
frente, a lâmina retrodiscal superior gera forças que retraem o disco. Esta lâmina retrodiscal superior é a
única capaz de retrair o disco posteriormente no côndilo.
No bordo anterior do disco insere-se o músculo pterigoideo externo superior. Quando este músculo se
encontra activo, as suas fibras traccionam o disco anteriormente e internamente. Sendo pois um músculo
extensor do disco. Este músculo é activo somente em conjunto com os músculos elevadores da mandíbula.
Durante a translação, a combinação da morfologia do disco e a pressão interarticular mantêm o côndilo na
zona intermédia e o disco é obrigado a transladar para a frente com o côndilo.Na posição articular de
repouso, a força anterior e interna gerada pelo músculo pterigoideo externo superior excede a força de
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retracção elástica da lâmina elástica superior, o que quer dizer que em repouso, o côndilo é posicionado
em contacto com a zona intermédia e posterior do disco. Aquando da mastigação de um alimento duro, há
um aumento da pressão articular do lado de trabalho e uma diminuição da pressão articular na
articulação contralateral, podendo levar à separação das superfícies articulares. Para evitar este
acontecimento, o músculo pterigoideo externo superior torna-se activo e rotaciona o disco para a frente do
côndilo. Quando a pressão interarticular aumenta, o disco rotaciona posteriormente de modo a que a
zona intermédia ocupe o espaço.
Posição de Repouso: O contacto íntimo das superfícies articulares é mantido pela reacção dos
músculos elevadores ao efeito da queda da mandíbula por acção da gravidade. O aumento de tonacidade
faz com que o disco se encontre rodado para diante por intermédio do músculo pterigoideo externo
superior, pois o espaço interarticular está ligeiramente aumentado e o feixe bilaminar está sem tensão.
Em repouso a estabilidade dos côndilos é adquirida através do músculo temporal posterior que exerce uma
tracção vertical nos côndilos pressionando-os contra a vertente posterior da eminência articular. A medida que
este efeito diminui, a contracção do músculo pterigoideo externo inferior continua a garantir o contacto entre
as superfícies articulares durante a fase do movimento de translação.
No ciclo de translação da mastigação unilateral o pterigoideo externo inferior do lado de trabalho
precede ligeiramente o do lado oposto, presumivelmente para reforçar a estabilidade e preparar a
mandíbula para o encerramento forçado que vem a seguir.
No encerramento forçado há uma contracção marcada sucessiva do músculo pterigoideo interno, masséter e
pterigoideo externo superior.
O encerramento normal inicia-se com a contracção marcada sucessiva do músculo pterigoideo interno,
masséter e com pequeno aumento da actividade dos pterigoideos externos superiores e temporais anteriores.
25- Biomecânica do movimento livre da boca
Separação dos maxilares
A separação dos maxilares é feita inicialmente por um movimento de rotação do côndilo sob a acção dos
músculos milohioideu e digástrico em conjunto com o pterigoideu externo inferior. À medida que
o pterigoideo externo inferior se contrai, o côndilo é traccionado para diante. O pterigoideo externo superior
vai relaxar, o que permite que as fibras elásticas do feixe superior do ligamento bilaminar, ligado à parte
posterior do disco, o vão rodando no cimo do côndilo, à medida que este vai descendo ao longo da eminência
articular. A tracção do disco articular para posterior, é limitada quando o disco alcança o limite posterior
da superfície articular, ou quando o ligamento capsular antero-inferior se encontra tenso.
Encerramento dos maxilares
Logo que o encerramento comece, o pterigoideo externo inferior relaxa permitindo que o côndilo seja
traccionado ao longo da eminência articular, para cima e para trás, pela acção dos músculos elevadores.
O pterigoideo externo superior contrai-se de modo a que o disco seja traccionado para anterior. O
ligamento bilaminar superior mantém tensão, contrariando a tracção por parte do pterigoideo externo
superior. No fim do encerramento o feixe bilaminar superior encontra-se de novo tenso, impedindo a rotação
exagerada anterior do disco.
26-Biomecânica. Sistema de alavancas e sua importância.
Alavanca é uma barra usada para exercer pressão ou sustentar um peso num ponto do seu
comprimento por aplicação de uma força num segundo ponto e girando em torno de um terceiro
ponto fixo (fulcro).
São classificadas em classe I, II e III de acordo com o relacionamento variável dos factores componentes:
fulcro F, potencia P e trabalho ou resistência T.
A alavanca do tipo III – interpotente representa a forma de funcionamento ideal do sistema
mastigatorio uma vez que exerce menor pressão sobre os dentes e estruturas osseas. Como a força
muscular dos elevadores (P) {temporal, masseter, pterigoideo lateral superior e interno} se encontra
entre o condilo (F) e os dentes (T) a ATM funciona normalmente como alavanca interpotente. Quanto
mais longe do F é realizado o T, menor a eficiência da alavanca ou seja a F exercida pelos músculos
resulta em menor T, ajudando a dissipar a F sobre os dentes anteriores que não estão anatomicamente
aptos a suportar.
A alavanca do tipo II – interresistente pode ser estabelecido na cavidade bucal nos casos em que há
contacto dos dentes no lado de balanceio. ( Note-se que quando a boca é abert e a mandíbula desliza
para o lado direito para mastigar os alimentos o condilo esquerdo desliza na eminência articular para
baixo, frente e diante, e o condilo direito fica assente na cavidade glenoide, iniciando os músculos
elevadores o encerramento da mandíbula.Se nestas condições as vertentes dos molares do lado
esquerdo sofrem contactos prematuros temos a alavanca tipo II. O condilo direito ou de trabalho é o F.
o musculo elevador esquerdo dá a potencia e os dentes do lado direito que estão entre o condilo e a
potencia representa o T). Quando a F compressiva nas articulações é maior (mordida dos alimentos na
zona incisal) menor essa carga à medida que a mastigação se faz progressivamente sobre os dentes
posteriores bilateralmente de tal forma que mordendo sobre os 2º e 3º molares (T) funciona como
alavanca interesistente. Daqui resulta F de distracção inferior dos condilos, a qual é resistida pelo
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ligamento temporomandibular. Pode tambem haver um sistema funcional de alavanca interfixa quando
existem interferências nos movimentos excursivos mandibulares.
A alavanca classe I resulta da alavanca classe II. Após o contacto mediotrusivo resultante dum
movimento lateralidade continua-se a exercer uma P que passa a ter como fulcro os dentes que
contactam mediotrusivamente, o T passa a ser os dentes do lado oposto e P continua a ser exercido
pelo musculo.
27- Determinantes fisiológicos da ATM
Para ATM funcionar fisiologicamnete deve haver contacto intimo das suas superfícies articulares em
todas as posições pelo que a morfologia do disco, ligamentos e músculos desempenham papel
fundamental. A posição de repouso e contacto intimo são mantidos pelo reflexo miotatico dos
músculos no efeito de queda da mandibula pela acção da gravidade. O musculo pterigoideo lateral
superior também ajuda a contacto traccionando o disco Antero inferiormente. Em repouso durante o
movimento de translacçao livre a estabilização é garantida pelo musculo temporal posterior que exerce
uma tracção vertical nos condilos premindo contra a vertente posterior da eminência articular.
À medida que este efeito diminui a contracção do musculo pterigoideo externo inferior continua a
granatir um contacto intimo durante a translacção. No ciclo de translacçao da mastigação unilateral o
pterigoideo externo inferior do lado do T permite o do lado oposto. No enecerramento forçado há
contracção muscular sucessiva do musculo pterigoideo interno, masseter e pterigoideo externo
superior.
28- Descrever fenómeno da deglutição. (1ª frequência)
A deglutição é uma série de contracções musculares coordenadas que movem o bolo alimentar através do
esófago para o estômago. Consiste de actividade voluntária, involuntária e reflexo muscular.Depende de:
- grau de diluição da comida
- integração do sabor
- grau de lubrificação do bolo alimentar
- estado de vigília
Durante a deglutição, os lábios fecham-se e os dentes encontram-se em máxima intercuspidação,
estabilizando a mandíbula.
Este fenómeno é dividido em 3 estágios:
Fase oral: estágio voluntário em que se forma o bolo alimentar. O bolo alimentar é colocado no dorso
da língua e ligeiramente pressionado contra o palato duro. Os lábios fecham-se e os dentes entram em contacto.
A língua pressiona o bolo alimentar para trás que devido à acção dos milohiodeio, acção peristatltica,
constritor da faringe e velamento nasofaringe e vai até à faringe.
Fase faríngea: O bolo alimentar atinge a faringe e inicia-se um movimento peristáltico causado pela
contracção do músculo constritor da faringe que desloca o bolo até ao esófago. O palato mole eleva-se para
fechar a passagem nasal, com a contracção do elevador do m.palato, constritor sup faringe e parte
faríngea da lingua. A epiglote bloqueia a passagem de ar para a traqueia e mantém o alimento no esófago.
A actividade muscular faríngea abre o orifício faríngeo do tubo auditivo.
Fase esofágica: Neste estágio o bolo alimentar atinge o cárdia e este relaxa, devido aos movimentos
peristálticos. Ao abrir deixa passar o alimento para o estômago. Entretanto o palato mole relaxa, a glote
abre, laringe baixa, língua move-se para a frente e a mandíbula volta a posição de repouso,
restabelecendo-se a respiração.
29- Tipos de deglutição
Existem dois tipos de deglutição:
deglutição somática ou infantil – baseada em reflexo não condicionado dirigido pelo nervo facial VII. A
mandíbula é estabilizada pela interposição da língua .
deglutição visceral ou adulta – começa a ocorrer quando erupcionamos os dentes post deciduos. Os
dentes são utilizados para manter a estabilidade. Quando a mandíbula é estabilizada ela é retruída
ocupando uma posição posterior. Ocorre por contracção músculos mastigação.
A transição de infantil para adulta pode não ocorrer devido a:
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- falta de suporte dentes
- dentes mal posicionados
- má posição dos arcos
- desconforto quando há contacto dentário
30- Musculos da deglutição
Milohioideo genihioideo tirohioideo cricotiroideo
posterior da língua Palato faríngeo constritor da faringe m.esq esófago
m.extrinsecos língua m.faciais m.elevadores mandibula
31- Funções dos tecidos moles da mastigação
Lábios: encerram a cavidade bucal; guiam e ajudam a controlar a ingestão alimentar
Língua: paldar; inicia processo divisão do alimento apertando-o contra o palato duro e empurrando o
alimento contra as superfícies oclusais recolocando-o sobre os dentes
32- Ciclo mastigatório
33- Fases do ciclo mastigatório e estruturas intervenientes. (1ª chamada)
34- Descreva o fenómeno da mastigação.
A mastigação é um fenómeno constituído por uma fase de abertura e uma fase de fechamento. Este
movimento completo tem a forma de uma gota. O movimento de fechamento subdivide-se numa fase de
amassar e triturar.
A mastigação analisada no plano frontal: na fase de abertura a mandíbula desce da posição de
intercuspidação a um ponto onde os bordos incisais dos dentes estão entre 16 a 18mm umas das outras.
A mandíbula então movimenta-se lateralmente numa distância de 5 a 6mm da linha média aquando do início
do movimento de fechamento.
A primeira fase do fechamento segura a comida entre os dentes e é chamada de amassamento.
Quando os dentes se aproximam uns dos outros o deslocamento lateral é diminuído de tal modo que,
quando eles estão separados cerca de 3mm, a mandíbula ocupa uma posição de cerca de 3 a 4mm lateral à
posição do início da mordida.
Durante a fase de trituração, a mandíbula é dirigida pelas superfícies oclusais dos dentes, de volta à
posição de intercuspidação.
Nos planos sagitais, a fase de abertura é anterior à fase de fechamento.
Aquando da mastigação, dois tipos de contactos dentários ocorrem: de deslizamento e simples. Os
primeiros ocorrem as vertentes das cúspides se cruzam na fase de abertura. Os segundos ocorrem na
posição de máxima intercuspidação.
Frequência: 590 vezes por 24 horas
50 vezes durante o sono
146 vezes durante a alimentação
394 vezes entre refeições
NOTA: 1º abertura obliqua: det lado do trabalho (inferiores)
2º movimentos rápidos e amplos – esmagamento e redução alimento (PM)
3º caninos continuam a actuar – ciclos mais regulares e pequenos (molares)
35- Componentes anatómicos do sistema estomatognatico.
Dentes e estruturas de suporte
Músculos: masseter, temporal, pterigoideo interno e externo, digastrico , supra e infrahioideos
ATM’s
Ossos: maxila, mandíbula e hioide
Ligamentos
36- Funções do S.E.
R: Funções primárias: fonação, deglutição e mastigação.
Funções secundárias: respiração e expressão facial.
37- Contacto com alimento.
A qtd e qld de contacto dentário depende da informação sensorial enviada pelo SNC sobre o tipo de
mordida que varia consoante o tipo de movimento (nucelo motor par V). isto permite alterar a
mastigação consoante o tipo de alimento.
Existem dois tipos de contacto:
- deslizamento: quando vertentes das cúspides cruzam-se durante abertura e fase trituração
- simples – na posição máxima de intercuspidaçao
Dependem então:
- Etapa de mastigação: importante para higienizaçao, F oclusais, aproximação dos dentes e permite
restos dos alimentos serem retirados das superfícies oclusais através dos sulcos de escape.
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- Tipo de alimento
- organização aracadas dentarias (curvas Spee e Wilson)
- características do individuo
À medida que o alimento é fragmentado os contactos aumentam.
38- O que são contrações isotónicas e isométricas? A sua importância para a disfunção
crâneo mandibular?
Contracção isotónica ocorre quando as unidades motoras são estimuladas e ocorre contracção ou
encurtamento do músculo. É um tipo de encurtamento sob carga constante. A força gerada pelo musculo
é menor que F máxima. Por ex: ocorre no masseter quando mandíbula é elevada forçando os dentes
através do bolo alimentar.
A contracção que ocorre sem encurtamento é designada de contracção isométrica. Portanto é a
contracção em oposição a uma F aplicada sem variação de comprimento muscular. Ex: carregar objecto
muito pesado nos braços ou um objecto entre os dentes.
O equilíbrio e função crâneo mandibular é resultado de um jogo de forças musculares de estabilização.
Se a cabeça é virada para um lado, alguns músculos encurtam ( contracção isotónica ) outros relaxam
(relaxamento controlado) e outro devem estabilizar (contracção isométrica).
De salientar que a actividade isotonica permite o adequado fluxo sanguíneo para oxigenar os tecidos e eliminar
produtos de metabolizaçao. A actividade isométrica faz com que haja inibição do fluxo sanguíneo normal dos
tecidos e como resultado há um aumento de produção de metabolitos nas células do tecido muscular criando
sintomas de dor, fadiga e espamos. É o que acontece na actividade parafuncional.
39- Receptores sensoriais do sistema estomatognático. Classificação, localização e função.
O sistema mastigatório utiliza 6 tipos de receptores sensoriais: fusos neuromusculares ( receptores
encontrados nos tecidos musculares); órgãos tendinosos de Golgi ( tendões); Corpúsculos de Paccini
( tendões, articulações, periósteo, fascia e tecidos subcutâneos) Corpúsculos de Ruffini Nociceptores
( todos os tecidos do sistema mastigatório) e Extremidades nervosas livres.
Fusos neuromusculares: Receptor capsulado não adaptavel localizado nos músculos. Função:
monotorizaçao da tensão no musculo.
As fibras musculares são constituídas de fibras
extrafusais ( contrácteis) e fibras intrafusais (pouco
contrácteis). Os fusos neuromusculares são
constituídos por um conjunto de fibras intrafusais
unidas por um invólucro de tecido conjuntivo. Os fusos
neuromusculares têm a função de monitorizar a tensão
das fibras musculares. Os núcleos das fibras intrafusais
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estão dispostas de duas maneiras: em forma de saco ou em coluna. As fibras intrafusais recebem inervação
eferente através das fibras gamma, que se originam no SNC e levam à contracção das fibras intrafusais o
que causa estiramento dos sacos nucleares e coluna nuclear , o que dá origem a um estiramento
generalizado do músculo. Do ponto de vista funcional, o fuso neuromuscular actua como um sistema
monitor de alongamento. Aquando do estiramento, há estimulação das terminações nervosas dos nervos
eferente do grupo I e II em direcção ao SNC. Quando os neurónios motores eferentes alfa são estimulados
as fibras extrafusais dos músculos se contraem e o músculo encurta..
Órgãos tendinosos de Golgi: mecanoreceptor capsulado de adaptação lenta. localizam-se no tendão
muscular e cápsula ATM. Basicamente monitorizam a contracção muscular. A tensão no tendão estimula
os receptores do órgão de Golgi.
Corpúsculos de Paccini: Receptor capsulado adaptável do tipo On OFF .Localizados frequentemente
nas superfícies articulares (cápsula da ATM), ligamentos, derme, tecido subcutâneo e são responsáveis
principalmente pela percepção do movimento e da pressão firme, indicam o grau de fecho e abertura da boca.
Corpúsculos de Ruffini: Receptor capsulado não adaptável. localizam-se no tecido celular sub-cutâneo
e cápsula articular. Sensíveis à pressão direccional, transmitem a noção de ângulo de abertura da boca.
Nociceptores: Receptor não capsulado.São receptores sensoriais que são estimulados por dano e
transmitem esta informação ao SNC através das fibras nervosas aferentes. Monotorizam a condição,
posição e movimentos do S.E.
Extremidades nervosas livres: Receptor não capsulado.Mediadores da dor nas fibras musculares,
tendões fáscias e articulações. Sensíveis à dor, toque, frio e pressão, têm uma função protectora.
40- Descrever um potencial de acção. Definir somação temporal e espacial
O potencial de acção gera-se através da despolarização das membranas excitáveis dos neurónios. Se se
atingir o limiar de excitabilidade ocorre uma despolarização da membrana causada pela entrada de iões
sódio para o interior da célula pela abertura dos canais de sódio dependentes da voltagem. Os canais de
sódio fecham e saem iões potássio para o exterior o que causa uma repolarização e mais tarde uma
hiperpolarização. Desta maneira os potenciais de acção são conduzidos.
Somação espacial: Somatório de vários estímulos provindos de vários estímulos em simultâneo
Somação temporal: Vários estímulos provindos do mesmo neurónio.
41- Fuso neuromuscular. (1ª frequência)
Ver atras
42- Como podem ser estimuladas as fibras aferentes dos fusos neuromusculares?
Do ponto de vista funcional, o fuso neuromuscular actua como um sistema monitor de alongamento.
Aquando do estiramento, há estimulação das terminações nervosas dos nervos eferente do grupo I e II
em direcção ao SNC.
43- Quais são os receptores neuromusculares que conheces? Enumera-os e descreve as
suas funções.
Os receptores neuromusculares dividem-se em Extrareceptores; intraceptores e proprioceptores.
Extraceptores: reagem a estímulos externos, localizam-se na pele lábios e mucosa e recebem uma
sensibilidade grosseira.
Intraceptores: receptores viscerais que reagem a estímulos internos
Proprioceptores: reagem a alterações do órgão onde se encontram ( pressão, posição e movimento).
Localizam-se nos músculos, tendões, ligamentos e articulações.
43- Reflexo miotatico.O que é e sua importância?
44- O conhecimento da actividade reflexa do S.E. é fundamental para o seu
funcionamento. Que reflexos conhece? Descreva o mecanismo neuromuscular de
um deles.
Reflexo miotático (estiramento), reflexo nociceptor (Flexor), Circuito γ-loop, Reflexo do estiramento inverso,
Reflexo mandibular sem carga e Reflexo mandibular horizontal..
Acção Reflexa: Uma acção reflexa é a resposta resultante de um estímulo que passa como um impulso
no neurónio aferente e vai até à raiz posterior do nervo espinhal ou até seu equivalente craniano, onde
é então transmitido a um neurónio eferente que o leva de volta ao músculo esquelético. A acção reflexa
pode ser monossinaptica ou polissinaptica.
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Reflexo miotático ou de estiramento: Reflexo mandibular monossinaptico. Quando um músculo
esquelético é estirado repentinamente, este reflexo protector é iniciado e gera contracção do músculo
estirado. O estiramento repentino do fuso neuromuscular aumenta o impulso aferente do fuso. Os impulsos
são encaminhados ao tronco encefálico através do núcleo mesencefálico do trigémio. As fibras aferentes
fazem sinapse no núcleo motor do trigémio com os neurónios motores eferentes Alfa que os conduzem de
volta às fibras extrafusais do músculo que foi estirado.
IMPORTANCIA: O reflexo miotático é um determinante importante do tónus muscular dos músculos
elevadores da mandíbula. É importante na determinação de posição de descanso da mandíbula.
Enquanto a gravidade puxa a mandíbula para baixo os músculos elevadores vão ser passivamente
estirados o que também será o estiramento dos feixes musculares. Esta informação é reflexamente
transferida a partir dos neurónios
aferentes dos músculos Ic e II para os
neurónios motores alfa que retornam
às fibras extrafusais dos músculos
elevadores. Desta forma o
estiramento passivo provoca uma
contracção reaccionária que alivia o
estiramento do fuso neuromuscular.
Reflexo nociceptivo ou flexor: é uma acção reflexa polissinaptica a um estímulo nocivo. As fibras do
nervo aferente primário conduzem a informação para o núcleo sensitivo do V par, onde fazem sinapse com
interneurónios que enviam a informação para o núcleo motor do trigémio. A resposta motora gerada é mais
complexa que no reflexo miotatico, na medida em que a actividade de vários músculos deve ser
coordenada para produzir a resposta motora desejada.
O reflexo miotático protege o sistema mastigatório do repentino estiramento de um músculo, enquanto que o
reflexo nociceptivo protege os dentes e as estruturas de suporte dos danos criados por uma força súbita muito
pesada.
Circuito γγγγ-loop: No circuito γ-loop ocorre uma estimulação do fuso neuromuscular, sem distenção
muscular. Neste tipo de acção reflexa, devido a variados factores ( ansiedade ou stress) os neurónios γ
são estimulados e provocam um estímulo das fibras intrafusais que levam ao estiramento da porção central do
fuso. Esse estiramento provoca uma estimulação dos receptores aferentes, em que as fibras aferentes
transportam o estímulo que é encaminhado pelo núcleo mesencefálico do V par até ao núcleo motor, onde
o neurónio aferente faz sinapse com a fibra aferente α que provoca a contracção do músculo.
Reflexo do estiramento inverso: Este reflexo, é um reflexo protector, desencadeado para impedir a
desinserção do músculo na sua origem aquando de uma contracção muito forte. O mecanismo pelo qual
este reflexo se processa é o seguinte: Uma contracção muito forte leva ao estiramento dos tendões ( órgão
de Golgi) Os Neurónios Ib são estimulados e levam essa informação até à medula onde ocorre uma sinapse
com o interneurónio inibitório Ib que vão inibir os motoneurónios α, logo vai haver um relaxamento muscular.
Reflexo mandibular sem carga: É um reflexo protector. Provoca a interrupção da função mastigatória e
impede o contacto dentário violento, quando uma substância dura, presa entre os dentes fractura
subitamente.
Reflexo mandibular horizontal: Resposta reflexa protectora contra interferências oclusais, maloclusão e
inflamação articular.
45- Actividade reflexa e oclusão. Relacione.
Uma acção reflexa é a resposta resultante de um estímulo que passa como um impulso no neurónio
aferente e vai até à raiz posterior do nervo espinhal ou até seu equivalente craniano, onde é então
transmitido a um neurónio eferente que o leva de volta ao músculo esquelético. A acção reflexa pode
ser monossinaptica ou polissinaptica.
INCOMPLETA…
46- O conhecimento do reflexo do estiramento inverso é muito importante para o estudo
da disfunção craneomandibular. Quais os receptores que iniciam esse reflexo e como
actuam.
Este reflexo, é um reflexo protector, desencadeado para impedir a desinserção do músculo na sua origem
aquando de uma contracção muito forte. O mecanismo pelo qual este reflexo se processa é o seguinte:
Uma contracção muito forte leva ao estiramento dos tendões ( órgão de Golgi) Os Neurónios Ib são
estimulados e levam essa informação até à medula onde ocorre uma sinapse com o interneurónio inibitório Ib
que vão inibir os motoneurónios α, logo vai haver um relaxamento muscular.
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47- De que forma pode o cerebelo funcionar no controlo da função dos músculos
esqueléticos?
As principais funções do cerebelo são:
- coordenação de movimentos
- manutenção do equilíbrio
- tonus muscular
- linguagem e funções cognitivas
Processa a informação vinda de outras áreas do cérebro, medula e receptores sensoriais de modo a
indicar o tempo exacto para realizar movimentos coordenados e suaves do sistema muscular
esquelético. E também um reflector que actua na coordenaçao e manutenção do equilíbrio.
48- Tipos de dor
Dor primária – origem e locais variados , mas o local real é onde o paciente diz que dói.
Dor heterotopica – origem e local da dor são diferentes.
Central: emana de estruturas do NC e é sentida perifericamente como dor het
Projectada: sentida na distancia periférica da mesma raiz nervosa que medeia
estimulo primário nociceptivo
Reflexa: dor het sentida numa área incurvada por um nervo diferente do que medeia
a dor 1ª
Hiperalgesia 2ª – corresponde a maior sensibilidade nos tecidos sem causa local. È diferente de dor
reflexa.
49- Os acufenos são sintomas de infecções temporomandibulares sobreponiveis a
sintomas de problemas de otorrinolaringologia. Descreva o fenómeno.
Os acufenos reduzem a acuidade auditiva e perturbação do equilíbrio. A trompa de eustáquio vai da
boca ate ao ouvido médio e do lado da boca esta o m.tensor do palato mole que quando tem
hipertonicidade causar este fenómeno do lado do ouvido médio (no m.tensor tímpano) provocando
dores constantes no paciente. Quando o m.tensor tímpano contrai o tímpano e flexionado e apertado.
Este m. em conjunto com o m.palatino tensor do palato é inervado pelo trigemio. Uma dor profunda
em qq estrutura inervado pelo trigemio pode alterar a função auditiva criando sensações e efeitos
excitatorios centrais.
50- O estudo e a compreensão da dor crónica teve um maior avanço apos o
conhecimento da função da neuroplasticidade. Explicite esse fenómeno
O conceito de plasticidade neural diz respeito ao facto da estrutura do SNC não ser fixa ou
impermeável à influencia do ambiente e padrões de actividade funcional. O conceito de que os padrões
de actividade influenciam a estrutura do SN é resumido sob a forma de expressão plasticidade
dependente de actividade.
Existem evidencias de que células nervosas centrais podem regenerar ou ate formar-se de novo e uma
destas regiões onde esta forma de plasticidade se expressa com mais frequência é o hipocampo. As
sinapses são também as estruturas com amior potencial para remodelação em função da estimulação
ambiental e do nível de actividade.
Portanto neuroplasticidade é a capacidade adaptativa do SNC em modificar a sua organização estrutural
e funcional, que visa proteger o organismo vivo visando a reestruturação das funções comprometidas.
“ a forma (anatomia) tem função (fisiologia) e é a função que define a forma. Isto significa que torna-se
aquilo que faz. O sistema neuromuscular é adptavel a mudanças em seu meio tanto interno como
externo, e a isto denomina.se plasticidade”(Gjeksvik)
51- O tálamo é formado por duas massas simétricas situada na base dos hemisférios. Qual
a sua função na coordenação do SNC?
O tálamo está inserido no centro do cérebro e age como uma estação de mudança para muitas das
comunicações entre o tronco encefálico, o cerebelo e o cérebro. Conforme os impulsos sobem, este executa
avaliações e dirige os impulsos para regiões apropriadas nos centros superiores para interpretação e resposta,
nomeadamente coordena e direcciona os estímulos nervosos para o córtex.
52-Em que consiste a convergência dos neurónios aferentes e qual a importância para o
contributo no estudo e compreensão do processamento da dor.
53-Descrever o trajecto nervoso de estimulação nociceptiva que ocorre no dermatoma do
V par craneano.
54- Explique o fenómeno de convergência e diz quais as estruturas que convergem para o
trato espinhal do V par
O fenómeno da convergência é uma explicação para o efeito excitatório central. O efeito excitatório
central é uma explicação da dor heterotópica reflexa, em que um certo estímulo ao SNC pode criar um efeito
excitatório em outros interneurónios não associados. O fenómeno da convergência diz que muitos neurónios
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podem fazer sinapse com um único interneurónio. Este único interneurónio pode em si ser um dos muitos
neurónios que convergem para fazer sinapse com o próximo interneurónio ascendente. Este fenómeno pode
complicar a avaliação por parte do córtex da localização precisa do estímulo.
Neurónios do nervo trigémio e dos nervos cranianos VII, IX e X compartilham no mesmo conjunto de
neurónios com neurónios da espinha cervical superior.
As estruturas que convergem para o núcleo do tracto
espinhal do V par são os impulsos sensoriais
conduzidos pelo V par a partir da face e boca. O
nucleo do tracto espinhal está dividido em subnucleo
oral, interpolar e caudal.
Os neurónios aferentes da polpa do dente vão para 3
subnucleos. O subnucleo caudal tem sido
especialmente importantes nos mecanismos
nociceptores e o subnucleo oral parece ser uma base
significativa nesse complexo trigeminal do tronco
encefálico para mec dos oral.
55- Em que consiste o fenómeno da modulação da dor e como é processada essa
modulação?
Modulação da dor significa que, impulsos vindos de um estímulo nocivo, o qual é primeiramente
conduzido por neurónios aferentes dos nociceptores, podem ser alterados antes de chegar ao córtex.
Esta alteração pode ter um efeito excitatório, que aumenta o estímulo nocivo, ou um efeito inibitório, que
diminui o estímulo nocivo. As condições que afectam a modulação do estímulo nocivo podem ser
psicológicas (estado emocional da pessoa) ou físicas (cansaço).
Sistema de modulação cutânea não dolorosa: sistema este em que se as fibras de maior diâmetro
forem estimuladas ao mesmo tempo que as de menor diâmetro, as maiores iriam mascarar os estímulos
das menores.
Um estímulo nocivo que atinja a medula espinhal, pode também vir a sofrer alterações nas sinapses ao
longo do trajecto ascendente. Esta modulação da dor é atribuída ao sistema inibidor descendente. Papel
primordial do sistema inibidor descendeste é impedir que o estímulo não seja percebido no córtex
como sendo dor. O neurotransmissor primordial é a serotonina.
Sistema de estimulação dolorosa intermitente: Consiste na estimulação de áreas com grande
concentração de nociceptores e baixa impedância eléctrica, o que faz com que sejam libertadas endorfinas
que vão para a circulação sistémica e reduzem a dor.
Sistema de modulação psicológica: Sistema em que os estados psicológicos modulam a dor, quer
acentuando-a quer reduzindo-a.
56- Definir dor de acordo com a Assoc.Internac. para estudo da dor e explicitar conceitos
contidos nessa definição.
57- Diferença neurológica e neuroquimica entre dor aguda e dor crónica.
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58- Movimento de rotação, translação e rototranslaçao do SE
Rotação: movimento de um corpo em torno do seu eixo. É uma linha imaginaria que une os centros
cinemáticos dos 2 condilos. Quando estão em posição mais usp na fossa
artic e o condilo rotaciona para a boca abrir ocorre rotação na cavidade
inferior da ATM entre a sup superior condilo e sup inf disco.Não existe
rotação pura no SE. Executa-se em três planos:
- eixo horizontal rotação –movimento de charneira. abre e fecha
- eixo frontal vertical rotação – 1 condilo move-se anteriormente p
fora da posição terminal de rotação enquanto o eixo frontal do
condilo oposto permanece na posição terminal de rotação: não
ocorre naturalmente devido à iclinaçao da eminência articular.
- eixo sagital rotação – 1 condilo move-se para baixo e o outro
permanece na posição de charneira terminal. Não ocorre
naturalmente pq os lig e musc impedem deslize para baixo do
condilo. So ocorre com outros mov.
Translação- movimento de um corpo em torno de um
eixo. Não se pode realizar c a boca fechada. Ocorre dentro
da cavidade articular superior entre superficie superior do
complexo condilo disco e face inf cavidade glenoide.
Rototranslação- tipo de mov mais frequente. Pode realizar-se de boca aberta ou fechada.
Normalmente rotação e translação ocorrem simultaneamente enquanto mandibula roda sobre um eixo
que se movimenta no espaço.
59- Como se chama o traçado dos movimentos
bordejantes no plano horizontal? Descreva-o
Estes movimentos são registados com um aparelho
designado de Arco Gótico. Neste plano registam-se 4
componentes de movimentos distintos: movimento
lateral esquerdo; movimento lateral esquerdo com
protrusão; movimento lateral direito e
movimemento lateral direito com protrusão.
Movimento bordejante lateral esquerdo: Os côndilo
parte de uma posição de relação cêntrica. Com a
contracção do músculo pterigoideo lateral linferior direito
fará com que o côndilo direito se desloque para a frente,
para o meio e para baixo. O côndilo esquerdo
permanecerá em relação cêntrica. O côndilo esquerdo é
chamado de côndilo de rotação ou de trabalho e o côndilo
direito será chamado de côndilo orbitante ou de não
trabalho.
Movimento bordejante lateral esquerdo continuado
com protrusão: Com a mandíbula na posição bordejante
lateral esquerda, uma contração do músculo pterigoideo
lateral inferior esquerdo juntamente com a contração do
direito irá fazer com que o côndilo esquerdo se desloque
para a frente e para a direita, colocando-se na sua posição
anterior máxima, causando um deslize na linha média da
face.
Movimento bordejante lateral direito: idem
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Movimento bordejante lateral direito continuado com protrusão: idem
Movimentos funcionais:
60- O que é o ângulo de Bennet?
Angulo formado pela trajectória do côndilo de não trabalho e o plano mediossagital
61- O que é o movimento de Bennet?
Corresponde ao deslocamento transversal do condilo de trabalho no movimento de lateralidade da
mandíbula em relação ao plano sagital
62- Qual a função do ângulo de Bennet nos traçados latero e mediotrusivo?
63- Relacione o ângulo de Bennet com morfologia oclusal.
ângulo formado pela trajectória do côndilo de não trabalho e o plano mediossagital. Portanto
corresponde ao condilo oposto a realizar trabalho para baixo dentro e frente. Quanto maior for o
ângulo maior a qtd de movimento de translação lateral. Com o aumento desse mov o desvio do corpo
da mandíbula determina que nas cúspides post sejam mais baixas para permitir a translação lateral sem
causar contactos entres os dentes. O aumento do ângulo bennet tb influencia a localização das cúspides
sulcos e cristas. Com maior qtd mov translação lat o ângulo formado entre os trajectos latero e
mediotrusivo aumentam cúspides centricas.
64- Descreva a influencia do movimento lateral do corpo da mandíbula na morfologia
dentaria.
O movimento lateral do corpo da mandíbula é também designado de movimento de Bennett. Durante
a excursão lateral o côndilo orbitante move-se para baixo para dentro e para a frente em redor dos eixos
localizados no côndilo oposto. Quanto mais interna a parede, do pólo interno do côndilo orbitante maior a
quantidade de movimento de translação lateral. Conforme aumenta o movimento de translação lateral o
desvio do corpo da mandíbula determina que as cúspides posteriores sejam mais curtas para permitir translação
lateral sem causar contactos entre os dentes posteriores superiores e inferiores. Quanto maior o movimento mais
baixas as cúspides posteriores. Quanto mais superior o movimento de rotação do côndilo mais baixas as
cúspides posteriores e quanto maior o deslocamento mais baixas as cúspides posteriores.
Efeito da direcção do movimento de translação lateral na altura da cúspide: Os movimentos
podem ser látero superiores, látero inferiores, látero anteriores e látero posteriores. Um movimento látero
superior do côndilo de rotação vai requeres cúspides posteriores menores. Um movimento látero inferior
vai requeres cúspides posteriores maiores.
Efeito do período do movimento de translação na altura da cúspide: se o período do movimento
ocorrer muito cedo no movimento látero-trusivo a quantidade e direcção do movimento irão
influenciar a morfologia oclusal. Quando o movimento de translação lateral ocorre precocemente, pode
ser observado um deslocamento antes do côndilo transladar da fossa, isto é chamado de side shift
imediato.
Se isto ocorre em conjunto com um movimento excêntrico denomina-se side shift progressivo.
Quanto mais imediato o deslocamento, menores serão os dentes posteriores.(movimento de
lateralidade do lado de não trabalho: condilo movimenta-se para baixo, frente e dentro. Relação directa
entre anatomia da parede interna fossa glenoide e altura cúspides)
65- Qual a influencia da distancia intercondilar nos traçados latero e mediotrusivos.
Com aumento da dist intercondilar aumenta a distancia entre os dentes e condilos da arcada o que vai
fazer com que haja uma maior angulaçao entre os trajectos latero e mediotrusivos. No entanto essa
maior distancia intercondilar faz com que os dentes fiquem situados mais perto do plano sagital em
relação à dist do plano sagital do condilo que rotaciona, o que vai fazer com que diminua os ângulos
entre os trajectos. O ultimo factor anula o 1º a ponto do efeito real aumentar a dist intercondilar e
diminuir o ângulo entre os traçados latero e mediotrusivo.
A dist interc det a abertura dos arcos descritos pl condilos de não trabalho influenciando a orientação
dos sulcos dentários.
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66- Como se chama o traçado dos movimentos mandibulares bordejantes no plano
sagital? Descreva-o
67- Descrever o diagrama de Posselt no plano sagital (1ª frequência)
O diagrama de Posselt representa os movimentos bordejantes no plano sagital, representando 4 tipos
de componentes móveis distintos: abertura posterior bordejante; abertura anterior bordejante;
abertura superior bordejante e movimento
funcional.
Movimento do Extremo posterior ABERTURA
Abertura posterior bordejante: Ocorre em 2
estádios.
No primeiro e em relação cêntrica, ocorre rotação
do côndilo ao redor do eixo horizontal até uma
distância de 20 a 25mm entre os bordos incisais.
Numa segunda fase ocorre translação em que o
eixo de rotação se desloca. A abertura máxima
varia entre 40 e 60mm de distância entre os bordos
incisais.
Movimento do Extremo anterior FECHO EM
PROTRUSÃO
Abertura anterior bordejante: o fechamento
acompanhado da contração dos músculos
pterigoideos externos inferiores produz o
movimento bordejante de abertura anterior. Os
côndilos encontram-se estabilizados numa
posição anterior. A posição condilar está mais
anterior na abertura máxima, mas não na protrusão
máxima.
Movimento De Limite Superior
Movimentos bordejantes de contacto superior: Estes movimentos são determinados pelas
características oclusais dos dentes.
Posição limitada por ligamentos e definida por morfologia oclusal. Depende: variação entre RC e IM, do
ângulo cuspideo dos dentes posteriores, overbite e overjet e morfologia lingual dos incisivos.
Durante este movimento existe sempre contacto oclusal. No inicio, em relação cêntrica, uma força
aplicada na mandíbula promove um deslocamento antero-superior até atingir a máxima intercuspidação.
Quando a mandíbula é protruída o contacto entre os bordos incisais dos dentes antero-inferiores e
as faces palatinas dos dentes antero-superiores causam um movimento antero-inferior da
mandíbula. Este movimento é cessado quando os dentes se encontram topo-a-topo. O movimento
horizontal continua até o bordo incisal dos dentes Antero-inferiores ultrapassar o bordo incisal dos
dentes Antero-superiores. A superfície oclusal dos dentes posteriores vai determinar o trajecto
restante até à máxima protrusão.
Movimentos funcionais: Partindo de IM a mandíbula dirige-se para baixo e para anterior ate a posição
desejada.no fecho segue um retorno de trajecto mais posterior.A maioria das actividades funcionais
requerem intercuspidação máxima e sendo assim geralmente começam de intercuspidação máxima.
Quando a mandíbula se encontra em repouso eles se localizam a cerca de 2 a 4 mm abaixo da posição
de máxima intercuspidação. Esta posição foi chamada de posição clínica de repouso.
Os movimentos são limitados por características oclusais dependem: ângulo entre Rc e Im, angulaçao
das vertentes das cúspides, qtd de trespasse vertical e horizontal, overbite e overjet , morfologia
palatina dentes ant e sup e interrelaçao arcada dentaria.
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68- Movimentos bordejantes no plano frontal? Descreva-o
traçado horizontal concavo condicionao pl contactos dentes e
lig articular
traçado convexo do mov p baixo (abertura). Mov limitado pl
lig que obrigam a mand a deslizar na
linha mediana
mov mandíbula para a dta (=ao esq). No ponto inf abertura
Max coincide c diagrama de Posselt.
Juntar 3 mov.Durante 3 mov há um simples mov lat em torno
de cada eixo e simultaneamente cd eixo fica a oscilar para
acomodar os mov q estão a ocorrer em torno dos outros
eixos. Tudo ocorre dentro do envelope e é controlado pl
sistema neuronal p evitar danos a outras est orais.
69- Quais são os determinantes anteriores e posteriores da morfologia oclusal?
Determinantes ant: Guia anterior; dentes incisivos
sup e inf
Determinante posts: 2 ATM e guia condilar
NOTA: Os pontos de olcusao são um padrao pré
determinado de relações dentarias harmoniosas e
perfeitas
Cúspides de suporte
1º grupo: cúspides vestibulares de M e PMI
2º grupo: cúspides e bordos incisais de CI
3º grupo: cúspides palatinas de M e PMS
Pontos de apoio oclusais primários
: incisivos- bordos incisais dos II contra a face palatina dos IS
Canino- bordo da vertente distal do canino inferior contra a vertente mesial da face palatina do canino
superior
Pré molares – cúspides V dos PMI contra fossas marginais dos PMS
Molares- cúspides mesio palatina dos MS contra as fossas centrais dos MI
Pontos de apoio oclusais intermediários
Cúspides mesio vestibular do 1ºPMI contra fossas marginais do 2ºPM e 1ºPMS
Pontos de apoio oclusais secundarios:
PM – cúspides palatinas dos PMS contra fossas marginais dos PMI
Molares- cúspides vestibulares dos MI contra os sulcos centrais dos MS
Cúspides guia orientam mov mandíbula
– cúspides linguais de PM e MI;
- bordos incisais dos I e CS;
- cúspides vestibulares de PM e MS
70- Quais são os determinantes da morfologia oclusal e qual a sua relação?
Os determinantes anteriores e posteriores da morfologia oclusal dos dentes dividem-se em
determinantes verticais e determinantes
horizontais.
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Determinantes verticais: Guia condilar; Guia Anterior; Plano de Oclusão; Curva de Spee; Movimento
de translação lateral.
Determinantes horizontais: Distância do côndilo de rotação; Distância do plano mediossagital;
Movimento de translação lateral; Distância intercondilar.
71- Análise da Guia anterior – overbite e overjet´
Overjet: sobreposição horizontal. Corresponde a distancia horizontal pela qual os dentes anteriores se
sobrepõem aos inferiores ou seja a distancia entre o bordo incisal do incisivo sup e superfície vestibular
dos incisivos inferiores.
Overbite: sobrepoisçao vertical pela qual os dentes sup se sobrepõem aos inf ou seja a dist entre os
bordos dos dentes ant sup e inf (3-5 mm)
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72- Factores anteriores de oclusão.
O movimento mandibular é afectado pela guia anterior. As mudanças no overjet e overbite dos dentes
anteriores causam mudanças no movimento vertical da mandíbula.um aumento no overjet leva a
diminuição do ângulo da guia anterior, menos componentes verticais do movimento mandibular e
cúspides post mais baixas. Um aumento no overbite causa aumento do ângulo da guia anterior, mais
componentes verticais no mov mandibular e cúspides posteriores mais altas.
73- Ponto de contacto. Comentar.
74- Diga o que se oferece dizer sobre o ponto de contacto interproximal.
Os pontos de contacto transmitem forças, estabilizam ameia correcta para papila gengival intacta,
impedem a impactaçao dos alimentos e estabilizam a arcada. Anatomicamente deslocam-se de
incisal/oclusal para cervical à medida que se avança para distal. A perda de um ente leva à mesialização
do dente distal com subsequente perda do ponto de contacto, o que origina inflamação gengival e/ou
reabsorção óssea.
75- Como a curva de compensação de Spee influencia a morfologia oclusal dos dentes?
(plano sagital)
A curva de Spee é uma curva antero-posterior que se estende da ponta do canino inferior ao longo das
cúspides vestibulares dos dentes póstero-inferiores. A curvatura é analisada consoante o raio da mesma.
Com um raio curto a curva será mais aguda do que com um raio comprido. O grau de curvatura das
cúspides influencia a altura das cúspides posteriores. Quanto mais aguda a curva mais baixas serão
as cúspides vestibulares. Tb vai influenciar a forma como a altura da cúspide de dente post individual é
afectada. Quanto mais plano o ângulo de oclusão maior o ângulo no qual os dentes postero inf se
distarão dos dentes postero sup e mais altas serão as cúspides.
76- Curva Wilson (plano frontal)
E a linha imaginaria traçada dos pontos das cúspides vestibulares e linguais dos dentes post. Com
curvatura convexa na arcada inf e concava na arcada sup. Deve ser uma linha paralela entre os condilos
e linha papilar.
77- Descrever os critérios de uma oclusão ideal
Posição articular ortopedicamente estável; contactos funcionais ideais dos dentes ( direcção das
forças oclusais aplicadas aos dentes; quantidade da força aplicada aos dentes)
Posição articular ortopedicamente estável: Relação cêntrica é uma posição articular
ortopedicamente estável, os côndilos estão posicionados antero-superiormente na fossa articular,
apoiados na vertente posterior da eminência articular. Os discos articulares encontram-se interpostos
entre os côndilos e as superfícies da eminência articular. Posição músculo-esquelética estável. Os
músculos temporais posicionam os côndilos superiormente na fossa. Os masséteres e pterigoideos internos
posicionam os côndilos numa posição ântero-superior. O tónus muscular do pterigoideu lateral inferior
posiciona o côndilo anteriormente contra a eminência articular.
Contactos funcionais ideais dos dentes: A posição músculo-esquelética estável ( relação cêntrica ) é
somente mantida quando em harmonia com uma oclusão estável. Uma condição oclusal ideal durante
o fechamento mandibular deve ser fornecida pelo contacto simultâneo e homogéneo de todos os dentes
possíveis.
Direcção das forças aplicadas aos dentes: Como os dentes recebem constantemente forças de
oclusão um ligamento periodontal encontra-se presente entre a raiz do dente e o osso alveolar. Este
tem a capacidade de transformar forças de pressão (destrutíveis) em forças de tensão
(aceitáveis). Existem forças verticais e horizontais. O ligamento periodontal tem as suas fibras
direccionadas maioritariamente na direcção vertical, daí que forças oclusais verticais sejam mais
toleradas do que forças horizontais. A carga axial é o processo de dirigir as forças oclusais ao longo do
eixo do dente. Existem dois métodos de conseguir a carga axial: desenvolvimento dos contactos dentários em
qualquer das pontas das cúspides ou em superfícies planas que se encontram perpendiculares ao longo eixo do
dente ou pelo método da tripodização que requer que cada cúspide que contacta uma fossa oposta
esteja de tal maneira desenvolvida que produza 3 contactos ao redor da cúspide verdadeira.
Quantidade de força aplicada aos dentes: A ATM permite movimentos protrusivos e laterais. Os
movimentos laterais permitem que forças horizontais sejam aplicadas aos dentes. As forças horizontais
não são bem aceites no pelas estruturas de suporte e sistema neuromuscular. O sistema mastigatório
assemelha-se a um sistema de alavancas. Em que a ATM é o fulcro do sistema de alavancas. Se uma noz
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muito dura tiver que ser quebrada, a posição melhor será entre os dentes posteriores. O que vai
acontecer é que a mandíbula é capaz de se mover para baixo e para a frente de modo a obter o
relacionamento oclusal ideal para o desempenho da sua função. O movimento dos côndilos gera uma
posição mandibular instável.
As forças horizontais devem ser aplicadas aos dentes anteriores. Os caninos têm uma grande
capacidade para resistir a forças horizontais, pois têm raízes muito cumpridas e maiores. A guia canina
é a capacidade de os caninos aquando dos movimentos laterotrusivos contactarem e dissiparem as forças
horizontais enquanto os dentes posteriores desocluem. Função de Grupo: Alternativa mais favorável além da
guia canina, em que aquando de movimentos laterotrusivos o contacto dos dentes do lado de trabalho apenas
ocorre nos dentes desde o canino, pré molares e cúspide mesiovestubular o 1º molar. Os contactos
laterotrusivos ( guia canina e função de grupo ) devem oferecer uma guia adequada para desocluir os
dentes no lado oposto. Nos movimentos anteriores, os dentes anteriores devem fornecer uma guia
anterior de modo a dissipar as forças horizontais e a desocluirem os dentes posteriores.
Resumo: Quando a boca se fecha, os côndilos estão numa
posição Antero superior apoiados nas vertentes posteriores
das eminências articulares com os discos interpostos. Nesta
posição há contactos homogéneos e simultâneos de todos os
dentes posteriores, os dentes anteriores também
contactam porém estão sujeitos a forças menores. Todos
os contactos dentários dirigem as forças oclusais ao longo do
grande eixo do dente (carga axial). Quando a mandíbula
executa movimentos de laterotrusividade existem guias
dentárias para desocluir o lado mediotrusivo (guia canina).
Quando a mandíbula se move numa posição protrusiva,
existem contactos dentários anteriores apropriados para
desocluir todos os dentes posteriores.
78- Relação centrica. Definição e importância.
79- Em que consiste a oclusão mutuamente protegida.
80- Relação centrica, oclusão em relação centrica, oclusão centrica, oclusão mutuamente
protegida, deslizamento entre centricas, oclusão balenceada. Conceitue e diferencie. (1ª
chamada)
81- Que tipos de oclusão conhece?
Relação cêntrica é uma posição articular ortopedicamente estável, os côndilos estão posicionados o
mais antero-superiormente na fossa articular, apoiados na vertente posterior da eminência articular. Os
discos articulares encontram-se devidamente interpostos entre os côndilos e as superfícies da eminência
articular. Posição músculo-esquelética estável. È det pelo tonus m. elevadores mandíbula e pp anatomia.
Importante para a fabrico próteses.
Oclusão cêntrica corresponde a oclusão em intercuspidação máxima. Com o máximo de contactos
dentarios
Oclusão mutuamente protegida refere-se à capacidade de os dentes anteriores guiarem os dentes
posteriores em movimentos de protrusão e ao facto de os dentes posteriores aceitarem melhor as
forças horizontais e laterais durante o fechamento do que os post. Os dentes post estão melhor
adpatados a receberem e dissparem F verticais (por ex na MI protegendo detes ant). Portanto os ant
protegem os post de interf fazendo desoclusao nos mov mandibulares e post protegem ant de cargas
oclusais.
Oclusão em relação centrica – quando existe um ou mais contactos dentários e conceito RC… Oclusão balenceada – conceito utilizado em próteses totais. Há contactos bilaterais durante mov lateralidade e protrusao. Este conceito foi passado para a dentição natural o que levou a uma falência porque exigiam maior dimensão vertical, levavam a instabilidade da oclusão e desgaste dos dentes e restaurações. Existe nas crianças de 4-6 anos que possuem uma curva de Spee mais acentuada com maior idade e menor guia canina e maior função de grupo – oclusão balenceada fisiológica. Oclusão individual dinâmica – abrange o funcionamento do SE como um todo e não numa configurçaao oclusal especifica. Esta é a oclusão de cada um de nos enquanto se compensar a si próprio e uma oclusão funcional. Deslizamento entre centricas???
82- Em que consiste o fenómeno de Christensen?
Fenómeno que ocorre durante o movimento de protrusão e que leva a perda de contacto dos dentes
posteriores com os seus antagonistas, devido ao contacto topo-a-topo dos incisivos aquando da
protrusão. ( a partir do IM os incisivos inf deslizam sobre a face palatna dos incisvos sup até alcançarem
a posição topo a topo) Esta desoclusao dos dentes post na posição de protrusao contactante é
denominada fenomeno de Christ.
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83- Prematuridade e interferência oclusal. Defina, diferencie e exemplifique.
A prematuridade corresponde a um contacto não fisiológico entre dentes antagonistas que impede e
dificulta o fecho mandibular completo ou provoca desvios.
A interferência oclusal refere-se a um contacto oclusal entre dentes oponentes que dificulta ou
impede de movimentos excursivos mandibulares.
84- Guia canina e função de grupo. Caracterize.
A guia canina é a capacidade de os caninos aquando dos movimentos laterotrusivos, contactarem e
dissiparem as forças horizontais enquanto os dentes posteriores desocluem. (são estes os dentes pois os
caninos suportam, coordenam e dissipam melhor as F q p outros dentes seriam mt prejudiciais)
Características que promovem a guia canina:
- cuspide robusta
- longo eixo
- dente de transição ( em posição estratégica em relação ao SE para se poder ter boa guia)
- Osso da bossa canina mais resistente
Função de Grupo: Alternativa mais favorável além da guia canina, onde nos movimentos laterotrusivos
o contacto dos dentes do lado de trabalho apenas ocorre nos dentes desde o canino, prémolares e
cúspide mesiovestibular do 1º molar inferior.
Desvantagens: maior atrito e solicitação de maior numero de fibras musculares o que implica
dificuldades em manter GC com o tempo. Na FG há contactos do lado de trabalho e desoclusao do
lado de não trabalho.
85- Que guias existem nos movimentos mandibulares? Vantages, desvantagens e
indicações de cada um. (1ª chamada)
Guia canina
Funçao de Grupo
Guia de lateralidade - relacionado com contactos lateroprotrusivos. Devem oferecer guia adequado
por desocluir os dentes no lado oposto do arco. Os contctos mediotrusivos podem ser destrutivos
para SE devido as F que podem ser aplicadas. Inibe a actividade muscular e devido a existirem
proprioceptores e nociceptores no lig periodontal há resposta inibitória – actividade desce.
Guia anterior – dentes post so contactam se a inclinação do canino for de tal modo que a trajectória
o pemita e proteja os dentes post.
86- Inclinação incisiva, altura cuspidea e inclinação condilar. Defina e relacione.
Inclinação Incisiva: inclinação dos incisivos em relação ao plano frontal. Vai determinar a boa ou má
guia anterior (responsável pela altura cuspidea). Quanto maior for o ângulo da guia ant relacionado com
overjets maiores vão ser as cúspides posteriores.
Altura cuspídea: altura das cúspides cêntricas dos dentes posteriores
Inclinação condilar: inclinação da vertente posterior da eminência articular.
A inclinação incisiva terá de ser maior que a inclinação molar e a inclinação condilar de modo a que a
força de trabalho seja exercida pelos dentes e não sobre a articulação.
A inclinação condilar vai det como é feita a guia post ou condilar que tb tem influencia na altura
cuspidea. Qt mais angulosa for a eminência articular mais o condilo é forçado a mover-se inferiormente
resultando num maior movimento vertical do condilo, mandíbula e dentes inf o que permite cúspides
post mais baixas.
87- Diga quais as cúspides que conhece e as funções que elas desempenham.
As cúspides dividem-se em cúspides de suporte, de encerramento ou cêntricas e em cúspides guia,
secundárias ou não cêntricas.
As primeiras são responsáveis pela dimensão vertical de oclusão e esmagamento.
As segundas guiam o posicionamento da arcada correctamente na posição de máxima intercuspidação. Têm
também como função, a protecção dos tecidos moles e a manutenção do alimento na mesa oclusal.
88- Como é classificada de acordo com a ANGLE a relação intermaxilar?
A relação intermaxilar de acordo com Angle é classificada em três classes: Classe I, Classe II, e Classe III.
Classe I: A classe I é classe padrão normal. A cúspide mesiovestibular do primeiro molar inferior oclui na
área da ameia entre o segundo prémolar superior e primeiro molar superior. A cúspide mesio vestibular do
primeiro molar superior oclui no sulco vestibular do primeiro molar inferior. A cúspide mesiolingual do
primeiro molar superior oclui na fossa central do primeiro molar inferior.
Classe II: Nesta classe, a arcada superior é maior em relação à arcada inferior, ou é projectada
anteriormente, ou pode ocorrer que a arcada inferior seja menor ou posicionada posteriormente.
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Neste caso, a cúspide mesio vestibular do primeiro molar inferior oclui na área da fossa central do primeiro
molar superior. A cúspide mesio vestibular do primeiro molar inferior encontra-se alinhada com o sulco vestibular
do primeiro molar superior. A cúspide disto lingual do primeiro molar superior oclui na área da fossa central do
primeiro molar inferior.
Classe III: Nesta classe existe um crescimento predominante da mandíbula.
Neste caso a cúspide disto vestibular do primeiro molar inferior, oclui na ameia entre o segundo e
primeiro prémolares superiores. A cúspide mesio vestibular do primeiro molar superior na ameia entre o
primeiro e segundos premolares inferiores. A cúspide mesio lingual do primeiro molar superior está situada na
fossa mesial do segundo molar inferior.
89- O que é o espaço neutro? Explique a importância do conceito.
O alinhamento dos dentes nos arcos dentários, ocorre como resultado de forças multidireccionais
que actuam nos dentes durante e após a erupção. As principais forças opostas são geradas a partir da
musculatura circundante. Na parte vestibular encontram-se os lábio e bochechas e na parte lingual a
língua. Quando estas forças se equilibram gera-se o espaço neutro e então ocorre a estabilidade
do dente na arcada. Este conceito é importante para saber em que momento as forças se equilibram e para
saber que forças actuam e influenciam na posição dentária.
90- Quais as forças que actuam durante a erupção dentária?
As forças que actuam nos dentes durante a erupção dentária dividem-se em forças linguais e forças
vestibulares.
As forças linguais são representadas pelas forças da língua. As forças vestibulares são representadas
pelas forças exercidas pelos lábios e bochecha (músculo buccinador)
91-Dimensão vertical. Conceitue.
A dimensão vertical de oclusão é a distância entre a maxila e a mandíbula. Esta distância é
sustentada pela relação das cúspides cêntricas ou cúspides de suporte. As cúspides vestibulares dos
dentes inferiores posteriores e as cúspides linguais dos dentes posteriores superiores ocluem nas áreas
das fossas centrais opostas
Dimensao vertical de oclusão – altura do andar inf da face qd dentes encontram-se em MI mantidas
pl cúspides centricas
Dimensão vertical de repouso – altura do andar inf fa face qd a mand se encontra na posição
derepouso
Espaço livre interoclusal - define dist (2-3 mm) entre os dentes da maxila e mandíbula qd esta
assume a posição de repouso.
Causas de perda de DVO: perda contacto dentes post por
- perda dentes
- desgaste oclusal (hábitos parafuncionais, anomalias congénitas , abrasão e erosão)
- cáries, migração dentes e edoença periodontal
Consequencias perda DVO: fractura dentes anteriores sujeita a maior F mastigatorias, menor tonus
muscular, contacto oclusal mais ant, menor espessura lábios, abatimento comissuras labiais,
desorganização bloco ant, deslocamento post língua, massa muscular acentuada nos ângulos mandíbula.
92- Importância dos dentes anteriores no SE e na manutenção da sua integridade.
Desenvolver, utilizando temas como: movimentos excêntricos, relação corono-raiz e guia
canina. (1ª chamada)
OCLUSAOOCLUSAOOCLUSAOOCLUSAO 2005/20062005/20062005/20062005/2006
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PERGUNTAS PERGUNTAS PERGUNTAS PERGUNTAS ESCOLHA MULTIPLAESCOLHA MULTIPLAESCOLHA MULTIPLAESCOLHA MULTIPLA
1ª FREQUENCIA
1ª CHAMADA V/F - idade do desenvolvimento dentário; - arcos faríngeos – a que dá origem o 1º arco; - que tipo de células formam a mielina; - os dentes posteriores são mais afectados pelas ATMs, ou os anteriores? - filogenia e ontogenia; - corpúsculos de Paccioni; - fenómeno de Christensen; - lista de etapas do enceramento progressivo; - a que corresponde, nos côndilos, o eixo terminal de charneira? (se é ao pólo externo, p.e.); - o que é o eixo cinemático dos côndilos (se é a linha que vai dos côndilos ao foramen magnum); - movimento imediato (side shift); - se há movimento protrusivo no diagrama de Posselt num indivíduo com classe III de Angle; - músculos da deglutição visceral; - a fase faríngea da deglutição é voluntária ou não? - que tipo de alavanca é o SE; - curva de Spee e de Wilson; - somação temporal e espacial (slides do Sistema Nervoso)