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Pico, 10 de Junho de 2011 A domesticação das castas portuguesas e a origem do Verdelho e do Terrantêz do Pico Maria Susana Lopes, Duarte Mendonça, Artur da Câmara Machado Vitivinicultura Atlântica Construir o Futuro

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Page 1: Pico, 10 de Junho de 2011 A domesticação das castas portuguesas e a origem do Verdelho e do Terrantêz do Pico Maria Susana Lopes, Duarte Mendonça, Artur

Pico, 10 de Junho de 2011

A domesticação das castas portuguesas e a origem do Verdelho e do Terrantêz

do PicoMaria Susana Lopes, Duarte Mendonça, Artur da Câmara

Machado

Vitivinicultura AtlânticaConstruir o Futuro

Page 2: Pico, 10 de Junho de 2011 A domesticação das castas portuguesas e a origem do Verdelho e do Terrantêz do Pico Maria Susana Lopes, Duarte Mendonça, Artur

A Vinha A Vinha

• Oriunda do Próximo Oriente

• Progressivamente introduzida da bacia Mediterrânea

A origem da vinha cultivada ainda é incerta

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A Vinha A Vinha

A vinha é uma das culturas mais importantes a nível mundial (+ de 6000 castas)

Como se explica esta diversidade?

Page 4: Pico, 10 de Junho de 2011 A domesticação das castas portuguesas e a origem do Verdelho e do Terrantêz do Pico Maria Susana Lopes, Duarte Mendonça, Artur

A Vinha A Vinha

•Grande diversidade de castas existente em Portugal (> 400)

•Introdução de diferentes variedades através da bacia Mediterrânea

•Domesticação de vinhas selvagens

• Cruzamentos e selecção

A origem da castas portuguesas ainda é incerta

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A Vinha A Vinha

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A Vinha A Vinha

Greece Croatia ItalyGermany/Austria

France Spain

Croatia 0,146

Italy 0,139 0,104

Germany/Austria

0,193 0,197 0,181

France 0,441 0,266 0,344 0,073

Spain 0,186 0,218 0,281 0,110 0,154

Portugal 0,267 0,194 0,264 0,133 0,126 0,062

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A Vinha A Vinha

O fluxo genético devido à introdução de plantas não foi suficiente para homogenizar geneticamente as castas cultivadas nas diferentes regiões.

A domesticação de vinhas selvagens locais e/ou cruzamentos entre estas com castas introduzidas predominaram sobre a adopção das variedades ntroduzidas.

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Portugal é devido às suas condições edafo-climáticas um país vitícola por excelência

A VinhaA Vinha

Nos Açores a produção de vinha assume especial importância nas ilhas Pico, Terceira e Graciosa.

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ALCÁCER DO SAL N=22

CASTELO BRANCO N=13

GUADIANA N=16

MONTEMOR-O-NOVO N=6

VALVERDE N=3

P1P2

VIDEIRAS CULTIVADAS: 94 denominações

VIDEIRAS SELVAGENS: 5 populações

A Vinha A Vinha

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Da Da Vitis sylvestrisVitis sylvestris à à Vitis viniferaVitis vinifera

Alicante Henri Buschet, Alfrocheiro, Alvarelhão, Alvarinho, Antão Vaz, Arinto (Bucelas), Arinto (Douro), Arinto do Pico (Açores), Arinto da Terceira (Açores), Assario (Dão), Avesso, Azal Branco, Beba, Baga, Benfica, Bical, Boal (Algarve), Boal (Madeira), Boal das Abelhas (Açores), Boal da Graciosa (Açores), Boal Cachudo, Boal Ratinho, Camarate, Castelão Francês, Cayetana, Cercial (Bairrada), Cercial (Douro), Cercial (Pinhel), Crato Branco, Dona Maria, Douradinha do Pico (Açores), Esgana Cão, Fercal, Fernão Pires (Oeste), Fernão Pires (Vinhos Verdes), Fernão Pires do Bêco, Gouveio (Douro), Gouveio Estimado (Douro), Gouveio Real (Douro), Gouveio Roxo (Douro), Itália, Jaen, Jampal, João de Santarém, Loureiro, Lusitano, Malvasia Cândida (Madeira), Malvasia di Candia Aromática, Malvasia di Lipari, Malvasia de Stiges, Malvasia di Candia, Malvasia Rei, Maria Gomes, Merlot, Moscatel de Setúbal, Mulata, Negra Mole, Periquita, Petit Bouschet, Pinheira Branca, Primavera, Rabo de Ovelha, Ramisco, Roupeiro, Rufete, Saborinho, S. Mamede, Sercial (Madeira), Síria, Teinturier, Terrantêz do Pico (Açores), Terrantêz da Terceira (Açores), Tintinha, Tinta Miúda, Tinta Roriz, Tinto Cão, Tinto de Pegões, Touriga Brasileira, Touriga Francesa, Touriga Nacional, Tourigo do Douro, Tourigo Francês, Trajadura, Trincadeira, Trincadeira Preta, Valbom, Verdelho (Dão), Verdelho (Açores), Verdelho (Madeira), Verdelho Roxo (Açores), Verdelho Tinto (Vinhos Verdes), Vinhão, Viosinho, Vital

Foram estudas 9494 denominações provenientes de diferentes regiões vitícolas

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Nº Amostras Denominação

4 Arinto da Graciosa

4 Arinto da Terceira

2 Boal das Abelhas

1 Boal da Graciosa

1 Diagalves

1 Douradinha do Pico

1 Ramisco

3 Terrantêz do Pico

6 Terrantêz da Terceira

5 Terrantêz da Graciosa

1 Terrantêz da Terra da Graciosa

3 Verdelho

1 Verdelho roxo

13 destas denominações de castas são dos Açores

Da Da Vitis sylvestrisVitis sylvestris à à Vitis viniferaVitis vinifera

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Metodologia Utilizada Extracção e quantificação do ADN

Ampliação de loci contendo microssatélites (11 + 16)

Medição do comprimento dos alelos por sequenciador automático de ADN

Estabelecimento de uma base de dados de perfis alélicos

Análise dos dados

• Determinação da diversidade genética

• Identificação de Sinonímias e Homonímias

• Determinação de distancia genética entre castas

• Identificação de parentais

Caracterização Molecular de VideiraCaracterização Molecular de Videira

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Identificação exacta das castas

Definição de sinonímias e origens

Filogenia das castas

Caracterização da biodiversidade

Mapeamento genético

Selecção assistida por

marcadores

Caracterização Molecular de VideiraCaracterização Molecular de Videira

Contributo indispensável para a gestão, valorização e

melhoramento do património Vitícola

Nacional

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Amostras Genótipos

ALCÁCER DO SAL 22 16

CASTELO BRANCO 13 12

GUADIANA 16 13

MONTEMOR-O-NOVO 6 6

VALVERDE 3 2

Total 60 49

VIDEIRAS CULTIVADAS: 94 denominações = 70 genótipos

VIDEIRAS SELVAGENS:

Caracterização Molecular de Caracterização Molecular de Vitis sylvestrisVitis sylvestris

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Grupo de castas com o nome Gouveio:

Resultados

Loci

Gouveio (Dão)

Gouveio Roxo

Verdelho (Dão)

Gouveio Estimado Gouveio Real

VVS2 149:155 133:149 139:149

VVMD5 222:234 222:230 222:236

VVMD6 204:204 204:206 197:204

VVMD7 236:240 240:246 236:240

ssrVrZAG21 198:212 198:198 202:204

ssrVrZAG47 162:166 158:166 158:166

ssrVrZAG62 184:186 186:202 186:202

ssrVrZAG64 136:160 134:136 134:138

ssrVrZAG67 121:127 121:121 121:147

ssrVrZAG79 248:248 244:248 244:248

ssrVrZAG83 188:190 188:190 190:194

Caracterização Molecular de Caracterização Molecular de Vitis viniferaVitis vinifera

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Castas do encepamento do Arquipélago dos Açores

LociDouradinha

do PicoArinto da Terceira

VerdelhoTerrantêz do Pico

Terrantêz da Terceira

VVS2 139:149 129:149 129:149 139:149 141:149

VVMD5 224:234 218:228 218:228 228:234 218:222

VVMD6 187:204 197:197 197:197 197:204 197:204

VVMD7 236:240 236:236 236:254 236:236 236:254

ssrVrZAG21 212:212 202:204 202:204 202:204 188:202

ssrVrZAG47 166:172 158:166 158:166 152:166 156:166

ssrVrZAG62 184:190 192:194 192:194 186:194 186:192

ssrVrZAG64 136:138 156:160 156:160 134:156 136:160

ssrVrZAG67 121:157 127:135 127:135 121:135 121:127

ssrVrZAG79 248:254 244:248 244:248 244:248 248:248

ssrVrZAG83 190:194 188:194 188:194 188:200 190:194

Caracterização Molecular de Caracterização Molecular de Vitis viniferaVitis vinifera

Resultados

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Grupo de castas com o nome Verdelho:

Resultados

Loci

Verdelho (Dão)Gouveio (Dão)Gouveio Roxo

Verdelho (Açores/Madeira)

Verdelho Roxo

Verdelho Tinto(Vinhos Verdes)

VVS2 149:155 129:149 129:139

VVMD5 222:234 218:228 224:232

VVMD6 204:204 197:197 204:206

VVMD7 236:240 236:254 236:246

ssrVrZAG21 198:212 202:204 198:200

ssrVrZAG47 162:166 158:166 158:166

ssrVrZAG62 184:186 192:194 186:198

ssrVrZAG64 136:160 156:160 132:138

ssrVrZAG67 121:127 127:135 145:149

ssrVrZAG79 248:248 244:248 248:256

ssrVrZAG83 188:190 188:194 194:200

Caracterização Molecular de Caracterização Molecular de Vitis viniferaVitis vinifera

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O VerdelhoO Verdelho

Gouveio

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Vitis sylvestrisVitis sylvestris v v Vitis sativaVitis sativa

Population AS CB GUA MON CULTIVADAS

AS 0.000

CB 0.114 0.000

GUA 0.072 0.081 0.000

MON 0.108 0.066 0.092 0.000

CULTIVADAS 0.106 0.161 0.090 0.127 0.000

Diferenciação génica entre populações

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ANTÃO VAZ RABO DE OVELHAX

CAYETANA

CASTELÃO FRANCÊS ALICANTE HENRI BOUSHCETX

LUSITANO

Melhoramento de castas portuguesasMelhoramento de castas portuguesas

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TRINCADEIRA PRETA ?X

XSÍRIA MALVASIA FINA

BOAL RATINHO

X SERCIAL

CERCIAL (BAIRRADA)

Domesticação das castas portuguesasDomesticação das castas portuguesas

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? V. sylvestris GUADIANAX

XSÍRIA MALVASIA FINA

BOAL RATINHO

X SERCIAL

CERCIAL (BAIRRADA)

Domesticação das castas portuguesasDomesticação das castas portuguesas

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A Vinha A Vinha

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Origem do Verdelho e do Terrantêz do PicoOrigem do Verdelho e do Terrantêz do Pico

VerdelhoTerrantêz do Pico

Arinto da Terceira

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Agradecimentos

Doutor Eiras Dias - Estação Vitivinícola Nacional

Direcção Regional da Ciência e Tecnologia, Açores

Fundação para a Ciência e a Tecnologia

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Obrigado pela Atenção!Obrigado pela Atenção!

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Origem do Verdelho e do Terrantêz do PicoOrigem do Verdelho e do Terrantêz do Pico