pintura base pva

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES PROCEDIMENTO EXECUTIVO E SISTEMA PARA ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DE PINTURA BASE PVA 1

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Page 1: Pintura Base PVA

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

CURSO: ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA: TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

PROCEDIMENTO EXECUTIVO E SISTEMA PARA

ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DE PINTURA

BASE PVA

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Page 2: Pintura Base PVA

BELÉM2009

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Page 3: Pintura Base PVA

SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO 3

1.1 OBJETIVO DO TRABALHO 4

2- CONCEITUAÇÃO E FUNÇÃO 5

2.1 - COMPOSIÇÃO DAS TINTAS 6

3 - TINTA PVA (POLÍMEROS VINÍLICOS AQUOSO) 7

3.1 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TINTAS PVA/LÁTEX 8

4 – PROCEDIMENTO EXECUTIVO DE PINTURA A BASE PVA 9

4.1 – OBJETIVO DO PROCEDIMENTO 94.2- MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 94.3 - MÉTODO EXECUTIVO 104.3.1 - CONDIÇÕES PARA INÍCIO DO SERVIÇO 114.3.2 - PREPARAÇÃO DA BASE 114.3.3 - EXECUÇÃO DA PINTURA COM ACABAMENTO CONVENCIONAL 124.3.4 - EXECUÇÃO DA PINTURA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL 13

4.4 - ORIENTAÇÕES GERAIS 15

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 20

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Page 4: Pintura Base PVA

1- INTRODUÇÃO

Em alguns livros e enciclopédias temos citações que os chineses, em meados do

ano mil, já dominavam as técnicas de fabricação das tintas. A primeira receita conhecida

dos chineses era constituída de negro de fumo, misturado com cola e água ou óleo de

linhaça. Com o passar dos tempos, substâncias vegetais foram acrescentadas a minerais,

sementes, entre outros. Foi com a descoberta dos pigmentos derivados do alcatrão de hulha

que a revolução das cores tornou-se possível. A seguir, o óleo de linhaça perdeu espaço

para óleos sintéticos. Com isso, a secagem da tinta foi facilitada e, anos mais tarde, o uso

de resinas foi tornando a fórmula mais estável.

Hoje, as indústrias produzem tintas que secam com maior velocidade, por

evaporação e até por ação infravermelha e ultravioleta. Uma tinta é constituída basicamente

pelo pigmento, que destaca o poder, tonalidade e intensidade do corante, ou seja, a tinta é

composta por pigmentos, ligantes, líquidos e aditivos. Os ligantes dão liga aos pigmentos e

fornecem a adesão ao filme da tinta. Os líquidos, também chamados de veículo, são

responsáveis pela consistência desejada.

Os aditivos um deles, os espessantes, trabalham a viscosidade na tinta e a

espessura que o filme da tinta vai ter, depois de seca. Os aditivos colhidos da natureza têm

maior sensibilidade e por isso deterioram mais facilmente.

Os aditivos surfactantes são estabilizantes, impedem que seus componentes se

separem ou que o produto fique impróprio para o uso de tão espesso, são condutores da cor

porque tornam os corantes compatíveis com o produto, de forma que a cor criada seja a

mesma na tinta envazada.

Outras espécies de aditivos usados nos produtos à base de água são os

conservantes bactericidas que impedem a formação de bactérias sobre a pintura e os

conservantes fungicidas que retardam o aparecimento de fungos e algas na superfície com

tinta seca. (nos produtos para exterior e para regiões e ambientes úmidos), como banheiros

e cozinhas. As temidas bolhas na pintura são combatidas com os anti-espumantes, que

estouram as bolhas formadas quando a tinta é misturada na fábrica, no agitador ou quando

é aplicada na parede com rolos.

Além de água, as tintas recebem líquidos chamados coalescentes, que ajudam o

ligante a formar um bom filme quando aplicado até a temperatura mínima recomendada. Há

também os co-solventes, que garantem que a tinta líquida não perca qualidade quando

congelada, facilitam a pintura com pincel, ao garantir o que os técnicos chamam de TEMPO

ABERTO, o tempo em que a tinta pode ser aplicada e trabalhada, antes que comece a

secar.

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Page 5: Pintura Base PVA

1.1 OBJETIVO DO TRABALHO

O objetivo principal do trabalho é a elaborar o procedimento para execução do

serviço de pintura, base PVA, em áreas internas não molháveis. Apresenta-se ainda breve

revisão bibliográfica a cerca da pintura na construção civil.

2- CONCEITUAÇÃO E FUNÇÃO

Tomando-se uma definição geral, tinta é uma mistura homogênea de solventes,

aditivos, resinas e pigmentos que tem por finalidade revestir uma superfície de modo a

protegê-la contra a ação de intempéries de todos os gêneros, bem como funcionar como

elemento de decoração.

Outra definição mais completa é a de que tinta é uma mistura estável entre

pigmentos e cargas dispersos numa resina líquida que, ao ser estendida numa fina película,

forma um filme aderente ao substrato com a finalidade de cobrir, proteger e embelezar.

Neste contexto, entende-se como tinta uma composição química líquida pigmentada

ou não que, ao ser aplicada em um substrato, se converte em filme sólido por mecanismos

característicos de cada tipo de tinta.

Sendo assim, suas funções consistem em: criar uma película protetora de

superfícies, sinalizar, distribuir iluminação e ornamentar ambientes, isto é, as tintas possuem

quatro funções básicas: higiene, iluminação, proteção e segurança. A Figura 1 representa

sintetiza as funções de uma tinta.

Figura 1: Funções das tintas.

Normalmente as tintas de revestimento são classificadas como:

Tintas Imobiliárias / Linha Imobiliária

Tintas Automotivas / Linha Automotiva

Tintas Industriais / Linha Industrial

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Page 6: Pintura Base PVA

Figura 2: Classificação das tintas.

Tinta é uma composição ou preparação química pigmentada ou não geralmente na

forma líquida que se transforma em película solida quando aplicada. Geralmente, a pintura é

composta de fundo, massa e tinta de acabamento. Os fundos diminuem a absorção,

uniformizam e selam as superfícies, proporcionando uma economia das tintas de

acabamento. As massas, em geral propiciam uma superfície mais lisa e homogênea sendo,

porém dispensáveis, cuja finalidade é a de revestir uma dada superfície ou substrato para

conferir beleza e proteção.

2.1 - COMPOSIÇÃO DAS TINTAS Em sua essência, a tinta é composta por veículos, pigmentos, solventes e aditivos.

Assim, os veículos ou aglutinadores constituem as resinas para tintas a base de solventes e

as emulsões para tintas a base de água. Servem para unir as partículas de pigmento. Os

pigmentos podem ser ativos ou inertes. Os ativos conferem cor e cobertura e os inertes

conferem enchimento, facilidade de lixar, entre outras propriedades.

Os aditivos melhoram ou aperfeiçoam uma série de características das tintas, sejam

elas à base de água ou solvente. Uns deles, os espessantes, trabalham a viscosidade na

tinta e a espessura que o filme da tinta vai ter, depois de seca. Conforme ilustra a Figura 3.

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Page 7: Pintura Base PVA

Figura 3: Composição das tintas.

Resina: É a parte não-volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de

pigmentos. A resina também denomina o tipo de tinta ou revestimento empregado. É ela

responsável pela formação da película protetora na qual se converte a tinta depois de seca.

Outra função é a de proporcionar brilho, aderência, elasticidade e resistência. Assim, por

exemplo, temos as tintas acrílicas, alquídicas, epoxídicas, etc. Antigamente as resinas eram

a base de compostos naturais, vegetais ou animais. Hoje em dia são obtidas através da

indústria química ou petroquímica por meio de reações complexas, originando polímeros

que conferem às tintas propriedades de resistência e durabilidade muito superior às antigas.

Pigmento: Material sólido finamente dividido, insolúvel no meio. Utilizado para

conferir cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos. São divididos

em pigmentos coloridos (conferem cor), não-coloridos e anti-corrosivos (conferem proteção

aos metais). podem ser inorgânicos( naturais, sintéticos e metalicos) e orgânicos

(sinteticos).

Aditivo: Ingrediente que, adicionado às tintas, proporciona características especiais

às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Utilizado para auxiliar nas diversas fases

da fabricação e conferir características necessárias à aplicação, como, os aditivos secantes,

anti-sedimentares, anti-espumantes, anti-peles, molhantes, plastificantes e dispersantes.

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Page 8: Pintura Base PVA

Solventes: Líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas

e correlatos para dissolver a resina são classificados em, solventes aditivos ou verdadeiros

latentes e inativos como: água, aguarrás, xilol, tuluol, àcoois,acetona,butil e celosolve.

Dentre as tintas imobiliárias disponíveis no mercado além da tinta PVA ou LÀTEX,

que é tema de nosso trabalho as seguintes tintas:

Acrílicas, esmaltes sintéticos, vernizes e texturas.

3 - TINTA PVA (POLÍMEROS VINÍLICOS AQUOSO)

As tintas PVA látex são compostas por resinas à base de dispersão aquosa de

polímeros vinílicos, pigmentos isentos de metais pesados, cargas minerais inertes, glicóis e

tenso ativos etoxilados e carboxilados. Sua aplicação deve ser feita com rolo de lã, trincha

ou pistola esta tinta apresenta probabilidade de apresentar uma ligeira mancha quando

exposta a água (sereno ou chuvas leves), ocorrendo geralmente no período de cura do filme

da tinta, isto é, nas duas primeiras semanas. Para a solução deste problema, os fabricantes

recomendam que a superfície seja toda lavada com água em abundância tão logo tenha

ocorrida a mancha.

Nos sistemas base de água a parte líquida é preponderantemente a água.

As tintas aquosas e os seus complementos, utilizados na construção civil, são um

exemplo marcante, pois representam 80% de todas as tintas consumidas por esse

segmento de mercado.

Estes produtos denominados genericamente de produtos látex são baseados em

dispersões aquosas poliméricas (emulsões) tais como: vínílicas, vinil acrílicas, acrílicas,

estireno-acrílicas, etc.

A parte volátil das tintas látex é constituída por 98% de água e 2% de compostos

orgânicos (valores médios).

As cargas minerais são particularmente importantes na produção de tintas látex para

a construção civil; sob o ponto de vista quantitativo representam uma parte importante da

composição dessas tintas.

Em tintas, os sistemas aquosos estão adquirindo uma importância crescente; o

primer eletroforético utilizado na pintura original automotiva é um dos exemplos mais

importantes. Algumas tintas de acabamento automotivo também são aquosas.

É importante salientar que em tintas industriais há outras tecnologias concorrentes

dos sistemas aquosos na solução de problemas ambientais, como, por exemplo, tintas em

pó, tintas de cura por UV, tintas de altos sólidos, etc.

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Page 9: Pintura Base PVA

3.1 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TINTAS PVA/LÁTEXO processo de produção desse tipo de tintas é mais simples do que o usado na

produção de tintas base solvente.

Pré-mistura e dispersão: Em um equipamento provido de agitação adequada são

misturados: água, aditivos, cargas e pigmento (dióxido de titânio)

A dispersão é feita em seqüência no mesmo equipamento.

Completagem: Esta etapa é feita em um tanque provido de agitação adequada onde

são adicionados água, emulsão, aditivos, coalescentes e o produto da dispersão.

Nesta etapa são feitos o acerto da cor e as correções necessárias para que se

obtenham as características especificadas da tinta.

Filtração e envase: Estas etapas ocorrem simultaneamente. A produção de tintas

base água surge como alternativa para a redução de COV. Sua maior aplicação é no ramo

imobiliário, predominando as tintas látex. As etapas de fabricação são basicamente as

mesmas da base solvente. As diferenças resumem-se a ordem de adição dos componentes

da tinta.

O fluxograma a seguir ilustra o processo de fabricação:

Figura 4: Produção das tintas a base água.

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Page 10: Pintura Base PVA

4 – PROCEDIMENTO EXECUTIVO DE PINTURA - BASE PVA

4.1 – OBJETIVO DO PROCEDIMENTOO objetivo deste procedimento é padronizar e fornecer diretrizes para a

execução de serviço de pintura à base de resina PVA em áreas internas de ambientes não

molháveis, sobre superfícies de gesso, emboço ou reboco, com acabamento convencional

ou liso convencional, de forma a contribuir para reduzir os índices de perdas, retrabalhos e

aumento da produtividade.

Documentos de referência:

Projeto de arquitetura;

NR 18 - "Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção"

(norma regulamentadora do Ministério do Trabalho);

Memorial descritivo;

Manuais técnicos dos fabricantes de tintas.

4.2- EQUIPAMENTOS

Escova com cerdas de aço, Panos, Vassoura de piaçaba, Água sanitária, Detergente, Lixas números 100, 150 e 180, Desempenadeira lisa de aço, Espátula, Rolo de lã; Pincéis de 1/4" e 4", Espanador; ( GERALMENTE USADO VASSOURA), Bandeja plástica; (GERALMENTE O PINTOR USA PROPRIO LATÃO), Lona plástica,

EPIs: capacete, bota de couro, luvas de borracha, óculos de segurança e máscara para pó.

Figura 5: Lixa e espátula. Figura 6: Pincel e rolo de lã. Figura 7: Bandeja de pintura e rolo.

4.3 - MÉTODO EXECUTIVO

Condições para o início do serviço

Preparação da base

Execução da pintura com acabamento convencional

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Page 11: Pintura Base PVA

Execução da pintura com acabamento liso convencional

Pinturas com acabamento

Orientações gerais

4.3.1 - CONDIÇÕES PARA INÍCIO DO SERVIÇO

Os revestimentos internos de paredes e tetos devem estar concluídos com uma

antecedência mínima de 30 dias. Os revestimentos de pisos também devem estar

concluídos, à exceção de carpetes têxteis ou de madeira. No caso de assoalho de madeira,

recomenda-se que a pintura seja feita depois da sua colocação, mas antes do acabamento.

Todos os batentes, as portas e os caixilhos devem estar instalados e acabados. As

guarnições e os arremates precisam ser colocados antes da última demão.

Qualquer foco de umidade requer tratamento de modo que a superfície resulte seca

quando da execução da pintura.

4.3.2 - PREPARAÇÃO DA BASE

Proteger qualquer detalhe que não deva ser pintado, revestindo a superfície com fita

crepe e jornal.

Eliminar todas as partes soltas ou mal aderidas, sujeiras e eflorescências por meio de

raspagem ou escovação da superfície.

Remover manchas de óleo, graxa ou qualquer agente de contaminação gorduroso,

lavando o substrato com água e detergente.

Em paredes mofadas, remover cuidadosamente todas as colônias de mofo antes da

aplicação do sistema de pintura. Para tanto, escovar a superfície energicamente e lavá-Ia a

seguir com uma solução de água sanitária diluída (1 parte de água sanitária: 1 parte de

água), deixando esta solução agir por cerca de 30 minutos. Após esse período, lavar

novamente o substrato com água limpa em abundância, aguardando a secagem completa

para dar início à aplicação do sistema de pintura.

Atentar para a proteção de caixilhos e outros acabamentos de forma a evitar manchas.

Corrigir imperfeições profundas do substrato com o mesmo tipo de argamassa ou

gesso utilizado na execução do revestimento. Imperfeições menores em pontos localizados

podem ser corrigidas com massa PVA, aplicada em camadas finas com desempenadeira de

aço e espátula. Nesse caso, antes da aplicação da massa, os pontos localizados devem ser

previamente selados com seladora à base de PVA ou fundo preparador para paredes, à

base de sol vente. Após a aplicação da massa, deve-se aguardar um período de cura de

cerca de quatro horas para dar continuidade ao serviço.

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Page 12: Pintura Base PVA

Lixar a base com lixa grana 100 e eliminar totalmente o pó, escovando ou espanando

a superfície. Havendo necessidade, pode-se raspar a parede com uma espátula,

principalmente se forem encontradas incrustações de argamassa.

Caso o revestimento de piso já esteja acabado, é preciso protegê-lo com uma lona

plástica, a fim de evitar a aderência de pingos de tinta, selador ou fundo preparador.

Ocorrendo respingos, deve-se limpá-los imediatamente com água.

Trincas e fissuras devem ser cuidadosamente avaliadas e tratadas conforme

recomendações dos fabricantes de tintas ou projetos específicos quando for o caso.

4.3.3 - EXECUÇÃO DA PINTURA COM ACABAMENTO CONVENCIONAL

O acabamento convencional consiste na aplicação da pintura diretamente sobre a

base preparada, sem o uso de massa corrida, conforme Figura 08. Este tipo de acabamento

pode ser aplicado sobre gesso liso ou sobre reboco ou emboço bem regularizado e

preparado conforme as orientações dadas.

2 ou 3 demãos de látex PVA

Selador à base de PVA ou fundo preparador de paredes à base de solvente

Superfície

Figura 8 : Esquema do acabamento convencional

Após verificação das condições do reboco ou emboço normal: aplicar uma demão de

selador à base de PVA diluído em água na proporção indicada pelo fabricante. Para esta

finalidade, também pode-se utilizar a primeira demão de tinta com diluição maior que a

indicada pelo fabricante, conforme sua própria orientação.

Revestimentos em gesso liso, reboco fraco ou com elevada porosidade: aplicar uma

demão de fundo preparador para paredes, à base de sol vente, com diluição em aguarrás na

proporção indicada pelo fabricante.

O substrato de gesso, por ser muito liso e pouco coeso, pode prejudicar a aderência

da pintura. Por isso, a aplicação do fundo preparador é muito importante.

No caso de reboco fraco, o fundo preparador para paredes tem a finalidade de

melhorar a coesão superficial da base. Porém, é importante ressaltar que sua atuação está

limitada a uma profundidade de aproximadamente 5 mm.

Para verificação da condição do reboco, pode-se passar as mãos sobre ele ou realizar

um teste rápido: corta-se uma pequena porção do revestimento em forma de "x"; em

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Page 13: Pintura Base PVA

seguida, gruda-se uma fita crepe de 5 cm de largura no centro do "x"; por fim, puxa-se a fita

de uma vez, verificando a quantidade de argamassa que permanece aderida à fita.

Figura 9: Verificação da condição de reboco.

O teste da fita crepe também pode ser empregado para avaliar a melhor diluição do

sistema de pintura, no caso de aplicação sobre gesso.

Terminada a preparação da base, lixar a parede com lixas 150 e 180, deixando-a livre

de sulcos e asperezas. Diluir e misturar a tinta látex PVA em recipiente adequado, segundo

as orientações do fabricante. Se necessário, é possível adicionar aditivos, tais como

corantes ou antimofo, seguindo sempre as indicações do fabricante para a proporção de

diluição.

Repassar parte do material diluído para uma bandeja plástica, o que facilita a

operação de umedecimento do rolo. Aplicar, então, a primeira demão de tinta de acordo com

os passos indicados a seguir.

Espanar a base, retirando a poeira que ainda ficou aderida após o lixamento. Efetuar

os recortes nos cantos do teto com um pincel de cerdas macias. Aplicar, em seguida, a tinta

no teto com um rolo de lã em movimentos paralelos, criando uma película fina e

homogênea. Em cada parede, efetuar os recortes nos cantos e nas molduras de portas e

janelas com um pincel de cerdas macias. Depois, aplicar a tinta no restante da parede, com

rolo de lã em movimentos de sobe-e-desce, criando uma película fina e homogênea.

Durante a execução da pintura, é preciso misturar a tinta constantemente a fim de evitar a

decantação de seus constituintes, o que pode causar manchas ou deficiências de cobertura

na película sobre a base. Verificar se não foram deixadas falhas ou escorrimentos - em caso

afirmativo, passar de novo o rolo nesses locais com a tinta ainda fresca.

Aplicar mais uma ou duas demãos, conforme a necessidade de cobertura, aguardando

um intervalo mínimo de quatro horas entre demãos. Depois da colocação das guarnições e

dos arremates (antes da última demão), protegê-los, revestindo-os com fita crepe e jornal.

4.3.4 - EXECUÇÃO DA PINTURA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL

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Page 14: Pintura Base PVA

O acabamento liso convencional consiste na aplicação de pintura sobre a base

preparada e previamente tratada com massa corrida PVA em toda a sua extensão. Este tipo

de acabamento pode ser aplicado sobre reboco ou emboço, preparado conforme as

orientações dadas neste procedimento. Sobre gesso liso, embora também possa ser

aplicado o acabamento liso convencional, ele é dispensável, uma vez que o substrato de

gesso já oferece condições bastante favoráveis de regularidade e planeza para aplicação da

pintura diretamente (acabamento convencional). De todo modo, caso se opte pelo

acabamento liso convencional sobre gesso liso, a base deve ser preparada com a aplicação

de uma demão de fundo preparador para paredes, à base de solvente, com diluição em

aguarrás na proporção indicada pelo fabricante. O mesmo cuidado é válido quando se tratar

de substrato de reboco ou emboço fraco ou com elevada porosidade.

Figura 10: Esquema do acabamento liso.

Aplicar sucessivas camadas finas de massa corrida PVA sobre a base, com uma

desempenadeira de aço, até obter o nivelamento desejado, aguardando a secagem por

quatro horas (em dias muito úmidos este prazo poderá ser maior). A massa corrida deve ser

aplicada diretamente, na consistência original do produto; porém, se necessário, pode ser

diluída com água na proporção indicada pelo fabricante.

Lixar a parede com lixa 180, fazendo com que a base fique perfeitamente lisa, ou seja,

livre de ondulações, sulcos e asperezas. Caso após o lixamento persistam parte desses

defeitos, deve-se aplicar novamente a massa corrida PVA nos pontos falhos, aguardando

mais quatro horas e lixando em seguida.

Diluir, misturar e aplicar a tinta látex PVA da mesma forma como indicado para o caso

do acabamento convencional. Após a primeira demão, verificar a presença de imperfeições

e ondulações com o auxílio de uma lâmpada, corrigindo os defeitos com massa corrida, se

necessário.

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2 ou 3 demãos de látex PVA

Massa Pva

Selador à base de PVA ou fundo preparador de

paredes à base de solvente

Superfície

Page 15: Pintura Base PVA

4.4 - ORIENTAÇÕES GERAIS

Para a escolha da tinta adequada recomenda-se a realização de testes práticos em

obra a fim de verificar o rendimento, a cobertura e aplicabilidade dos produtos. O rendimento

está relacionado com o volume necessário para pintar uma determinada área. A cobertura

diz respeito à capacidade que a tinta dispõe para cobrir totalmente a superfície. A

aplicabilidade é a capacidade de espalhamento com bom alastramento e nivelamento, de

maneira que o rolo ou pincel deslize suavemente sobre a superfície, sem deixar marcas

após a aplicação e secagem da tinta. Uma boa tinta deve apresentar elevado rendimento e

cobertura, com boa aplicabilidade.

Ao abrirem-se latas de tintas, fundos ou seladores, tais produtos não devem

apresentar excesso de sedimentação, coagulação, aspecto gelatinoso, empedramento,

separação de pigmentos ou formação de pele, a ponto de prejudicar a homogeneização com

uma simples agitação manual.

Para a realização da pintura, indicam-se como adequadas temperaturas na faixa de

10°C a 40°C e umidade relativa do ar não superior a 80%, não sendo aconselhável a

aplicação de tintas sob insolação direta, ventos fortes ou em dias chuvosos.

A diluição de tintas e seladores deve seguir rigorosamente as recomendações dos

fabricantes, uma vez que a correta proporção entre os elementos decorre de características

específicas de cada produto.

Todas as ferramentas devem ser lavadas com água, logo após o uso, de maneira a

evitar secagem e endurecimento do material. As embalagens de tintas e outros produtos

não devem ser reaproveitadas. Seu armazenamento deve ser realizado em local fresco,

coberto, seco e ventilado.

Durante a aplicação, manter o ambiente ventilado e utilizar óculos de segurança,

máscara protetora e luvas de borracha, protegendo o corpo e a cabeça contra o pó com

vestimentas adequadas. Ocorrendo inalação de odores, contato dos produtos com a pele,

com os olhos ou ingestão acidental, proceder conforme orientação dada nas embalagens e

nos catálogos dos produtos que estiverem sendo empregados. Havendo dúvidas, procurar

os serviços de atendimento ao consumidor dos fabricantes ou consultar um médico.

A cura total da película de tinta ocorre num prazo de aproximadamente sete dias após

a aplicação. Durante esse período, é conveniente evitar atritos, riscos e a realização de

limpeza localizada, pois essas ações poderão causar danos permanentes à pintura recém-

aplicada.

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Page 16: Pintura Base PVA

FICHA DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLEEXECUÇÃO DE PINTURA INTERNA

BASE PVA

OBRA: LOCAL DO SERVIÇO:

QUANTIDADE VERIFICADA (Max.um apto.)

INICIO: TERMINO:

MESTRE: ENCARREGADO: EQUIPE:

Condições para o inicio da execução do serviço APROVAÇÃO OBSERVAÇÕES E AÇÕES1-Prazo mínimo de 30 dias para cura dos revestimentos

SIM NÃO

2-Conclusão dos revestimentos de pisos, à execução de revestimentos têxteis.3-Instalações de batentes, portas e caixilhos.

4-Eliminação de qualquer foco de umidade de modo que a superfície resulte seca quando da execução da pintura.

Aprovado (A) ou Regeitado (R)`Verificação de rotina Verificação Observações e ações

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1 – Preparação da Base

2 – Aplicação da Pintura

3 – Aspecto Final

4 – Observações finais

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Page 17: Pintura Base PVA

EXECUÇÃO DE PINTURA

Local de aplicação (preencher com o local onde será utilizada esta tabela- resumo

Tipo de base (anotar o tipo de base – reboco, emboço, reboco fraco, etc.

Sistema de pintura (anotar o sistema de pintura empregado)

   

PREPARO DA BASE

Lixamento Anotar a seqüência de lixamento e grana das lixas

Fundo Anotar o tipo de fundo (selador, fundo, etc.)

Diluente Água, aguarrás etc.

Diluição Anotar a indicação da embalagem

Número de demãos Anotar o número de demãos que devem ser aplicadas

Tempo de secagem Conforme orientações do fabricante

Intervalo entre demãos Conforme orientações do fabricante

   

APLICAÇÃO DA PINTURA

Lixamento Anotar a seqüência de lixamento e grana das lixas

Tinta Designação da tinta a ser utilizada

Diluente Água, aguarrás etc.

Diluição Anotar a indicação da embalagem

Tempo de secagem Conforme orientações do fabricante

Intervalo entre demãos Conforme orientações do fabricante

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em estudo realizado a equipe concluiu que a tinta PVA OU LATEX tem os mesmos

componentes e são vulneráveis a umidade e água, e devem ser utilizadas apenas aos

ambientes interiores, “AREAS NÃO MOLHAVEIS” e em sua aplicação deve-se, tomar

cuidado que o esboço ou reboco tenha sido totalmente curado e seco.

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Page 18: Pintura Base PVA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] A técnica de Edificar, Walid Yazigi, Editora: Pini: SindusCon – SP, 1998.

[2] Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras; Roberto de Souza, Geraldo

Mekbekian; Editora: Pini: SindusCon – SP, 1996.

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