planeamento estrat gico de sistemas de informa o - 3. modelação · 2007. 9. 18. · análise...
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3. Modelação
3.1. Evolução histórica
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Evolução histórica Antes de serem abordados os modelos
Ambiental e Comportamental, é importante observar o quadro seguinte, que apresenta a evolução histórica dos vários tipos de análise e as respectivas ferramentas utilizadas na modelação de sistemas
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Evolução histórica
Diagrama de fluxo de dados
Diagrama de estrutura de dados
Especificação dos processos
Normalização
Dicionário de dados
Funcional
Dados1975Estruturada
Textos
FluxogramasFuncionalAnos 50Convencional/
Tradicional
FerramentasAbordagemInícioAnálise
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Evolução histórica
Diagrama de casos de uso
Diagrama de classes e objectos
Diagrama de sequência
Diagrama de colaboração
Diagrama de componentes
Diagrama de distribuição
ObjectoAnos 80-90
Orientada a Objectos
Diagrama de fluxo de dados de contexto
Diagrama de fluxo de dados por eventos
Diagrama de transição de estados
Diagrama de estrutura de dados
Tabela de eventos
Diagrama entidade associação
Especificação dos processos
Normalização
Dicionário de dados
Funcional
Dados
Controlo
1984Essencial ou Estruturada
Moderna
FerramentasAbordagemInícioAnálise
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Evolução histórica De seguida, é feita uma referência breve aos
tipos de análise: Tradicional
Estruturada
Essencial
Orientada a Objectos
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Evolução histórica Análise Convencional/Tradicional
Neste tipo de análise é feita uma abordagem funcional ao sistema, ou seja, virada para os processos do sistema
Os modelos resultantes são monolíticos, isto é, há necessidade de ler toda a especificação dos processos para se compreender a análise do sistema em causa, apresentando exposições detalhadas e longas e informação redundante e ambígua
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Evolução histórica Análise Estruturada
Muito voltada para a obtenção de modelos, utiliza técnicas gráficas que possibilitam uma visibilidade clara e geral do sistema a partir das partes resultantes da sua decomposição
As ferramentas utilizadas pela análise estruturada podem apresentar uma abordagem funcional ou de dados
Na abordagem funcional o modelo representa a estrutura das funções ou dos processos do sistema
Na abordagem de dados o modelo representa os dados que serão usados pelo sistema
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Evolução histórica Análise Essencial ou Estruturada Moderna
Faz um uso ainda maior de modelos e, para além das abordagens funcional e de dados, introduz a abordagem dos controlos, integrando os processos e os dados
Numa abordagem de controlo o modelo regista o comportamento do sistema em relação aos seus diferentes estados
O métodos de Análise Essencial começa por identificar os acontecimentos (eventos) externos, depois as funções do sistema que respondem a esses eventos e, por fim, os eventos gerados internamente e as respectivas funções
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Evolução histórica Análise Orientada a Objectos
Utiliza o conceito de objecto que encapsula a perspectiva funcional e a de dados
Os modelos de classes de objectos juntam a parte estática, dados, através dos atributos, com a parte dinâmica, comportamental, através dos métodos
Este assunto será desenvolvido numa unidade mais à frente
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3.2. Terminologia
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Terminologia A figura 1.3 esquematiza conceitos e áreas
associados a um processo de análise de sistemas Este esquema vai permitir seguir a abordagem
sucinta a esses conceitos Os analistas recorrem a métodos que permitem
fazer uma análise de um sistema de forma mais orientada e ordenada
Existem diferentes métodos que podem ser utilizados na análise de um sistema
Estes, por sua vez, resultam de diferentes metodologias de pensamento que os estudam e os descrevem
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Terminologia
Fig. 1.3. Esquema representativo dos conceitos e das áreas associadosA um processo de análise de sistemas
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Terminologia Em termos práticos, um método pode ser
entendido como um conjunto específico de procedimentos, documentação, técnicas e ferramentas, impondo o que fazer e quando
Um analista, quando aplica um determinado método de análise a um sistema, vai, no fim, produzir um modelo que o represente
Um modelo pode ser considerado como uma representação de uma realidade que se tenta reproduzir
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Terminologia Na aplicação de um determinado método, o analista
faz uso de técnicas que ditam como fazer e que ferramentas utilizar
Por sua vez, as ferramentas são especificações e símbolos utilizados para descrever os sistemas e criar os respectivos modelos
As ferramentas gráficas são as mais utilizadas na elaboração dos modelos
Posteriormente, apresentam-se algumas ferramentas como os Diagramas de Fluxo de Dados e de Entidade Associação ou Relacionamento
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4. Análise Essencial
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Análise Essencial O método de Análise Essencial é uma evolução do
método de Análise Estruturada
A Análise Essencial é constituída por dois níveis, correspondentes aos modelos Essencial e de Implementação (figura 1.4)
O Modelo Essencial indica o que o sistema deve fazer e que dados necessita para satisfazer os seus requisitos
Define o sistema num ambiente ideal completamente independente de restrições tecnológicas
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Análise Essencial O Modelo de Implementação implementa o sistema ideal,
derivado do Modelo Essencial, definindo um conjunto de características operacionais relevantes
Isto é, define o sistema num ambiente real completamente dependente de restrições tecnológicas
Fig. 1.4. Representação esquemática da Análise Essencial
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Análise Essencial Do que foi dito, apenas interessa descrever o Modelo
Essencial para determinar a essência do sistema, utilizando os seguintes modelos:
Ambiental Depois de conhecidos os objectivos e na posse dos
requisitos do sistema (dados, função e comportamento), define-se a relação e a fronteira entre o sistema e o meio ambiente
Identificam-se os acontecimentos (eventos) exteriores que activam o sistema e que respostas o sistema devolve ao meio
O Modelo Ambiental mostra uma perspectiva externa do sistema
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Análise Essencial Comportamental
São especificados os processos que compõem o sistema e o modelo utilizado no armazenamento dos dados por ele manipulados
O Modelo Comportamental explora as características internas do sistema e o comportamento destas quando interagem com o exterior
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Análise Essencial De acordo com o tipo de modelo utilizado, assim
teremos técnias e ferramentas próprias (quadro2)
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4.1. Modelo Ambiental
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Modelo Ambiental O modelo Ambiental fornece a perspectiva
exterior do sistema, isto é, descreve: Os seus objectivos
A fronteira entre ele e o meio ambiente, definindo as entidades externas
Os eventos do ambiente externo, aos quais deve responder
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Modelo Ambiental Para especificar um sistema, segundo o
Modelo Ambiental, pelo menos três componentes devem ser desenvolvidas: Definição de objectivos – descreve a finalidade
do sistema
Lista de eventos – enumera os acontecimentos que ocorrem no exterior interagindo com o sistema
Diagrama de contexto – representa o sistema como um único processo e as suas interacções com o meio ambiente. Pode ser acompanhado de um dicionário de dados
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4.1.1. Definição de objectivos
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Definição de objectivos A definição de objectivos no Modelo Ambiental é
obtida tendo a ideia de que é dirigida para pessoas que não se encontram directamente integradas no sistema, como utilizadores em geral e elementos da organização hierarquicamente superiores
Consiste numa afirmação exacta, sucinta e breve dos objectivos do sistema, nunca ultrapassando um parágrafo
Uma descrição mais detalhada é apresentada no Modelo Comportamental
Como exemplo, pode-se dizer que o objectivo do sistema multibanco é permitir transacções bancárias como levantamentos, pagamentos e consultas aos seus utilizadores
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4.1.2. Lista de eventos
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Lista de eventos Uma lista de eventos mostra os acontecimentos
que ocorrem no exterior interagindo com o sistema
Quando ocorre um evento exterior é criado um estímulo que vai activar determinada função ou processo no interior do sistema, gerando, depois, uma resposta que pode ser Um fluxo de dados do sistema para uma entidade externa
Uma mudança de estado num arquivo ou depósito de dados, como incluir, eliminar ou modificar algum item
Um fluxo de controlo de uma função para activar outra função
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Lista de eventos Para identificar um evento deve-se saber responder a
questões que satisfaçam o método 5W2H, isto é: who, when, where, what, why, how, e how much
A lista de eventos, a criar, deve apresentar, pelo menos, o nome do evento, o estímulo e a resposta do sistema
O quadro 3 mostra um exemplo da construção de uma lista com dois eventos, os respectivos estímulos, as funções activadas no interior do sistema e as respostas geradas pelo sistema
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Lista de eventos
Envio_recibo_livroRegistar pagamento
pagamentoApós a recepção do valor a cobrar o cliente efectua o pagamento
O cliente efectua o pagamento do livro
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Envia_cobrançaAceitar pedido
Pedido_livroO cliente consulta um site e efectua o pedido online de um livro
O cliente efectua o pedido de um livro
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RespostaAcçãoEstímuloDescrição do evento
EventoNúmero
Quadro 3
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Lista de eventos É conveniente ter-se uma ideia dos diferentes tipos
de eventos, que a seguir se apresentam: Eventos por fluxo
quando transportam dados e estão associados a um fluxo de dados do exterior para o sistema
Por exemplo, quando o sistema solicita um dado de uma entidade exterior gera também um fluxo de dados, mas que não é um evento por fluxo
Os eventos do quadro 3 são exemplos de eventos por fluxo
Eventos temporais Quando ocorrem periodicamente É como se o sistema tivesse um relógio interno que
assinalasse a mudança do tempo O relatório diário dos produtos vendido por uma farmácia é
um exemplo de um evento temporal
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Lista de eventos Eventos condicionais
Quando dependem da satisfação de uma condição interna do sistema, por exemplo, a emissão de um pedido de um determinado produto a um fornecedor porque as suas quantidades atingiram um limite mínimo
Eventos de controlo
Quando há sinais de controlo como, por exemplo, uma interrupção
São mais utilizados em sistema de tempo real e permitem tornar o sistema auto-adaptativo em relação ao ambiente
Nota: só os eventos por fluxo podem originar fluxos de entrada no sistema