planejar as aulas é pensar na atuação dos alunos, sim!
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Texto apresenta categorias de verbos para o planejamneto de aulas na perspectiva da construção de saberes, segundo RIOS, 2010.TRANSCRIPT
2010
PLANEJAR AS AULAS É PENSAR NA ATUAÇÃO DOS
ALUNOS, SIM!
Maria de Fátima Serra Rios
PLANEJAR AS AULAS É PENSAR NA ATUAÇÃO DOS
ALUNOS, SIM!
PLANEJAR AS AULAS É PENSAR NA ATUAÇÃO DOS ALUNOS, SIM!
AutoraMARIA DE FÁTIMA SERRA RIOS
Edição EletrônicaJOÃO BATISTA BOTTENTUIT JUNIOR
DiagramaçãoJOSIMAR DE JESUS COSTA ALMEIDA
RevisãoLUCIRENE FERREIRA LOPES
Rios, Maria de Fátima SerraUniversidade Estadual do Maranhão: Planejar as aulas é pensar na atuação dos alunos, sim! / Maria de Fátima Serra Rios. — São Luís: Uema, 2010.18 p.: il.1. Planejamento. I. Título.
CDU: 370.371
1ª. Edição 2010Proibido a reprodução desta publicação, no todo ou em parte,
sem a prévia autorização da autora.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
PLANEJAR AS AULAS É PENSAR NA ATUAÇÃO DOS
ALUNOS, SIM!............................................................. 7
Como costumam ser as salas de aula?....................... 7
O que teria acontecido com os professores?............. 9
Temos que mudar a direção!..................................... 9
Afinal, será que podemos ter esperança?.................. 10
Categorias de atuação............................................... 11
Toda ação gera outra ação!....................................... 12
Como deve atuar o professor?.................................. 13
Verbos de apoio à organização do processo educativo
de acordo com as categorias de atuação................... 15
Usar os verbos e preparar-se para agir!.................... 16
REFERÊNCIAS ............................................................ 17
APRESENTAÇÃO
O conteúdo escrito, aqui expresso, é resultado de algunsanos de estudo e vivência pedagógica em cursos delicenciatura na Uema e em escolas públicas e capacitação deprofessores no Maranhão. O texto impresso já foi bastantesocializado com estagiários das licenciaturas na Uema. Masconhecer uma ferramenta integração de mídias foi mesmoque “colocar lenha na fogueira”. Incendiou-me!
Assim, surgiu este hyperbook, que foi planejado econstruído por mim, como um exercício nessa tecnologia, foium desafio fazê-lo, mas muito legal.
Acredito que este material, além de contribuir noplanejamento didático, possa servir de estímulo ao uso datecnologia digital e interesse em educação a distância.
Espero que tudo aqui e a partir daqui, leitura, movimentosreflexivos e elaborações de sínteses diversas, possacontribuir no cotidiano de estagiários e professores emnossas instituições de ensino, e que os estudantes sejamsempre requisitados a construir seus saberes de modo maiselaborado, consistente e significativo.
A autora
PLANEJAR AS AULAS É PENSAR NA
ATUAÇÃO DOS ALUNOS, SIM!
Ao acompanhar a prática pedagógica de diversos
professores durante o planejamento detectamos que muitos
deles têm dificuldades para definir objetivos e elaborar
sugestões para avaliação; os demais elementos do plano, na
maioria dos casos, são de mais simples decisão.
Como costumam ser as salas de aula?
Em muitas salas de aula percebemos, ao longo do tempo,
que existe monotonia nas aulas. Atribuímos esse clima à
rotineira ênfase na reprodução de assuntos às vezes por
anos consecutivos, fato que acaba provocando o
desinteresse e a superficialidade no processo educativo, já
que o aluno não é levado a aprofundar o estudo, a exercitar
o pensamento reflexivo e muito menos lhe é dada a
oportunidade de criar, ficando apenas limitado a fórmulas e
conceitos, para aplicá-los em tarefas “de classe” ou “de
casa” por vezes vazias, com fins de fixação do conteúdo.
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Fonte: vijayforvictory.com
Às vezes os meios tradicionais são mudados por
tecnologias de última geração, mas a postura
metodológica do professor externalizada nas suas ações em
sala de aula continua a mesma que reproduz resultados
pouco significativos.
A figura abaixo e o vídeo sugerido no link tecnologias
ilustram bem essa situação.
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O que teria acontecido com os professores?
Entendemos que, em nome de uma crítica ao tecnicismo,muitos professores se perderam; nem planejam com o rigoroperacional, nem priorizam as ações do aluno que visam aoseu desenvolvimento global.
Desse modo, o ensino tende a ficar solto, espontâneo: comuma metodologia que não gera efeitos construtivos, comuma avaliação realizada sem critérios claros para osenvolvidos, pela falta de definição expressa do que éesperado com o trabalho didático; e a aprendizagem, semsignificação para o aluno.
Temos que mudar a direção!
Cabe ressaltar que criticamos o planejamento desarticuladoem seus elementos constitutivos; o rígido apego aosaspectos cognitivos; os conteúdos descontextualizados; aadoção de técnicas e recursos que limitam a participação doaluno; e as pseudo-avaliações que nada acrescentam e nãopromovem a aprendizagem.
Enfim, não nos afeiçoamos a postura alguma que não tenhao aluno como sujeito do seu conhecimento e que nãobusque, de fato, o seu desenvolvimento integral.
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Afinal, será que podemos ter esperança?
A esperança nunca morre. Por isso defendemos a ideia deque, ao planejar as aulas, é imprescindível pensar naatuação dos alunos e, para tanto, acabamos por recorrer àclasse gramatical dos verbos que explicitam ascompetências, habilidades e hábitos, e estes, por sua vez,expressam os saberes, conhecimentos, experiências, bemcomo os valores e as atitudes do indivíduo.
Não deixe de ver o vídeo sugerido, clique no link saberes ou no endereço abaixo.
Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=jMtKmQEMzwk
Assim, buscando colaborar com a prática docente voltadapara a construção de saberes de modo mais elaborado,consistente e significativo, classificamos em três categoriasalguns verbos que traduzem a relação do sujeito com oobjeto em estudo (ideias, conceitos, leis, teorias, regras,regularidades, experiências, problemas, situações,procedimentos, métodos, técnicas etc.).
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Categorias de atuação
Na primeira categoria de atuação, estão integrados aqueles
verbos que requerem interpretação, em que o aluno
demonstrará familiarização, entendimento, sistematização
reprodutiva ou própria do conhecimento mediante a
manifestação simbólica externa, verbal ou não-verbal.
Na segunda, estão os verbos que incitam o aluno à reflexão
em relação ao objeto em estudo.
E na terceira, enquadram-se aqueles verbos que sugerem a
construção, ou seja, o aluno poderá, com relativa
independência, dispor habilidades adquiridas e reconstruir
os conhecimentos para solucionar tarefas, problemas,
transformar situações; e mais, ser criativo e, de modo
independente, organizar, de forma original, os
conhecimentos e habilidades que domina para construir
conhecimentos necessários à elaboração de alternativas
para solucionar uma situação nova.
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Toda ação gera outra ação!
Convém destacar que essas categorias não são isoladas,
tampouco são necessariamente sequenciais, na verdade,
são interatuantes, pois não devemos reforçar o
distanciamento entre o fazer e o refletir.
Assim, é interessante que haja um programa de atividades
que propicie a interpretação, a reflexão e a construção dos
conhecimentos de maneira integrada.
Portanto, os verbos aqui relacionados não devem,
logicamente, servir para o uso mecânico, ao contrário,
servirão de auxílio ao docente no momento da organização
do seu trabalho, tendo em vista a dinâmica das formas de
atuação de seus alunos.
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Como deve atuar o professor?
Vale lembrar que o professor deve se interessar não só pelaaprendizagem já efetivada, mas também pelo potencial doaluno, pelas condições que este tem de conquistar umaaprendizagem significativa cada vez mais elaborada e maiscomplexa, para isso há de provocar sempre situaçõesdesafiadoras.
Faz-se necessário considerar que o aluno é capaz de usar osconhecimentos estudados de forma peculiar; avaliar umcaso segundo seus olhares; elaborar conceitos e ideias deacordo com a leitura que tem e faz do objeto em questão;conhecer a si, ao outro e ao mundo; enfim, é capaz deconstruir seu conhecimento e, sobretudo, intervir em suarealidade a fim de modificá-la.
Por isso, ao planejar, o professor deve atentar para aindividualidade dos alunos e percebê-los situados em váriosgrupos, nos quais, ao interagirem, podem transformá-lossendo também transformados. Logo, no fazer docente, oprofessor encontra, como aliados, seus próprios alunos, queao estabelecerem o diálogo entre si e atuaremconcretamente estarão construindo individual ecoletivamente seus saberes.E uma vez que o professor tenha clareza de que está naescola para mediar os saberes e os fazeres dos alunos deforma ampla e respeitosa, estará corroborando na formaçãode indivíduos competentes e capazes de resolver problemasdo tempo e espaço em que vivem.
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Levar o aluno a construir saberes é provocá-lo, conquistá-lo,
envolvê-lo, dar o exemplo, é dedicara-se, é não desistir de
nenhum aluno, é esperar o resultado de cada um e de
todos, é pensar no que o aluno pode vir a ser, a fazer, a
aprender e assim, poder conviver no mundo de modo
atuante, é comemorar os avanços, as descobertas.
Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI
Diante disso, essas categorias de verbos representam umapoio à organização do processo educativo e os verbos,provocativos, para a atuação dos alunos.
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Verbos de apoio à organização do processo educativo de acordo com
categorias de atuação
Caracterizar/Conceituar/Contextualizar/Debater/ Definir/Demonstrar/Descrever/Desenhar/Destacar/
Detectar/Discutir/Encenar/Esboçar/Escrever/ Esquematizar/Exemplificar/Explicar/Expressar/
Expor/Identificar/Ilustrar/Ler/ Localizar/Narrar/Nomear/Relatar/Representar/
Resumir/Simbolizar/Simular/Sintetizar/...
Aplicar/Argumentar/Avaliar/Calcular/ Coletar Dados/Compartilhar/Compor/Comunicar/
Confeccionar/Construir/Controlar/ Coordenar/Criar/Diagnosticar/Dimensionar/Dirigir/
Divulgar/Dramatizar/Elaborar/Empregar/Experimentar/ Formular/Fundamentar/Implantar/Intervir/
Manejar/Modelar/Modificar/Monitorar/Opinar/ Organizar/Pesquisar/Planejar/Prever/Prognosticar/
Provar/Realizar/Reconstruir/Recuperar/Redigir/ Resolver/Socializar/Sugerir/Transformar/
Usar/Utilizar/Validar/...
Abstrair/Analisar/Associar/Categorizar/Classificar/ Comparar/Concluir/Correlacionar/Criticar/Decidir/
Deduzir/ Diferenciar/Discriminar/Distinguir/ Escolher/Estimar/Examinar/Generalizar/
Julgar/Justificar/Observar/ Ordenar/Relacionar/Questionar/ Selecionar/Valorar/Verificar/...
Interpretação
Reflexão
Construção
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Usar os verbos e preparar-se para agir!
Não se trata de focalizar o planejamento nos verbos, mas
dar início ao processo e acompanhar a fim de gerar
crescimento. O ato da criação não se encerra em si mesmo,
mas deve ser acompanhado e aperfeiçoado na caminhada.
Evocamos a imagem de Michelangelo para nos remeter à
idéia de criação, foco do processo de ensino.
Recorte de Criação do Homem, Michelangelo. Disponível em girafamania.com.br
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REFERÊNCIAS
CANDAU, Vera Maria. Rumo a uma nova didática. 9.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
DAVIS, Cláudia; OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na educação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
FALCÃO, Gerson Marinho. Psicologia da aprendizagem. São Paulo: Ática, 2000.
FREITAS, Maria Teresa de Assunção. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 1998.
HERNANDEZ BARRERAS, F. Modelo pedagógico para laformación y desarollo de habilidades, hábitos y capacidades. La Habana: IPLAC, 1998. (Material de estudiode la maestria).
LIBÂNEO, José C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
MÁRQUEZ RODRIGUÉZ, Aleida. Habilidades: proposicionespara sua evaluación. Santiago de Cuba, 1993. (Material de estudio de la maestria).
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Maria de Fátima Serra Rios
A autora possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão
(1983), graduação em Administração pela Universidade Estadual do Maranhão (1983) e mestrado em Mestrado Em Educação pelo Instituto Pedagógico
Latinoamericano e Caribenho (1999). Atualmente é professora assistente da Universidade Estadual do Maranhão e Coordenadora Técnico-Pedagógica do
Núcleo de Tecnologias para educação da Uema, UemaNet. Tem experiência na área
de Educação, com ênfase em Formação de Professores, atuando principalmente nos seguintes temas: prática de ensino,
planejamento e avaliação educacional.
Queremos sempre prestar os melhores serviços na educação.
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