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PLANO
ESTADUAL DE
JUVENTUDE
São Luís
2017
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PLANO ESTADUAL DE JUVENTUDE
Flávio Dino
Governador do Estado do Maranhão
Carlos Brandão
Vice-Governador do Estado do Maranhão
Francisco Gonçalves da Conceição
Secretário de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular
SECRETARIA DE ESTADO EXTRAORDINÁRIA DA JUVENTUDE
Tatiana de Jesus Ferreira Pereira
Secretária de Estado Extraordinária da Juventude
Paulo Romão Meireles Neto
Secretário Adjunto de Estado da Juventude
Paula Costa Rego Falbo
Secretária Adjunta de Estado da Juventude
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APRESENTAÇÃO
Nos últimos 15 (quinze) anos, o debate sobre políticas públicas de juventude no Brasil
avançou muito. É certo que ainda há muito por fazer. Mas é inegável também que foi possível
chegar a consensos muito importantes na gestão pública. Este processo de institucionalização da
politica pública de juventude teve marcos importantes, a exemplo da Comissão Especial de
Políticas Públicas de Juventude - CEJUVENT, da Câmara dos Deputados (2004), o Plano
Nacional de Juventude (PL4530/04), a criação da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) em
2005, juntamente com o Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE), a I e a II Conferências
Nacionais de Juventude, a PEC da Juventude e mais recentemente a sanção do Estatuto da
Juventude (Lei 12.852/2013), que dispõe sobre os princípios e diretrizes das políticas públicas de
juventude e sobre o estabelecimento do Sistema Nacional de Juventude-SINAJUVE,
reconhecendo desta forma o papel estratégico da juventude no desenvolvimento do país e
apontando os direitos que devem ser garantidos, de acordo com as especificidades que marcam a
trajetória de cada um e cada uma, a pluralidade, características e possibilidades de vivência desta
condição etária e geracional.
Neste período, diversos governos municipais e estaduais também criaram órgãos gestores
de juventude, ao passo que diversos segmentos das juventudes se engajaram em suas entidades
representativas para reforçar a participação dos jovens na elaboração e implementação das PPJ’s,
a exemplo do que ocorreu aqui no Maranhão, com a criação do Fórum Estadual da Juventude do
Maranhão – FEJMA (2006), com a criação do Conselho Estadual de Juventude – CEJOVEM (Lei
8.451/2006), a criação da Secretaria Extraordinária de Juventude (2007), a Semana Estadual da
Juventude (2007), a I Conferência Estadual de Juventude (2008), a PEC da Juventude (PEC
005/09 e a II Conferência Estadual da Juventude (2011), que são marcos iniciais da constituição
de uma política estadual de juventude que se quer construir, consolidar e municipalizar no
Maranhão.
Desde 2015, com a realização da 3ª Conferência Estadual de Juventude, que representou
um marco na democratização dos espaços de debate das políticas públicas de juventude no estado,
com a participação histórica de mais de 700 (setecentos) jovens de todas as regiões do estado,
precedida da realização de 81 (oitenta e uma) conferências municipais, e perpassando por vários
outros espaços, como realização de oficinas, audiências, rodas de conversas e outras dinâmicas, o
diálogo sobre a efetivação e a garantia de direitos da juventude, tem sido uma constante na atual
gestão do governo do Estado do Maranhão, contribuindo para a garantia de direitos e ampliação
de oportunidades para a juventude maranhense.
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Neste caminho de debates, apresentação e discussão de demandas, chegamos a este Plano
Decenal (2018-2028), que inaugura um novo estágio na perspectiva de consolidação da política
da juventude no campo das políticas sociais, conferindo-lhe uma nova dimensão: de qualificação
desta Política Pública com foco no planejamento, ao longo prazo, e monitoramento das ações,
transversa lizadas pelas demais políticas públicas e sustentadas pela garantia de unidade em seu
processo de gestão, numa perspectiva de consolidar e universalizar os direitos juvenis no
Maranhão de forma integral, complementada pelas gestões públicas municipais e pela sociedade
civil.
A construção deste plano engloba além da sistematização das propostas de politicas
públicas das conferências municipais, regionais, territoriais e estaduais, o processo de consulta
pública na Plataforma Participa MA, da Secretaria de Direitos Humanos e Participação, o que
amplia olhares e garante mais democracia e transparência nas contribuições de sua elaboração.
Importante frisar que isso acontece no mesmo compasso do processo de mudança significativa na
forma de pensar e desenvolver políticas públicas para a juventude no Maranhão. Em pouco mais
de 02 (dois) anos, saímos da inexistência de políticas públicas para os jovens maranhenses, para
uma expressiva marca de mais de 100 mil jovens beneficiados com ações estruturantes em todo o
estado. Mais do que ações superficiais e políticas de governo, temos hoje políticas de estado, que
garantem direitos, ampliam oportunidades e transformam, de fato, a vida dos jovens maranhenses.
São mais de 30 (trinta) ações e projetos envolvendo diversas secretarias do governo que
interagem conjuntamente para viabilizar o amplo programa de valorização da juventude
maranhense, consolidando a promoção e inclusão do jovem maranhense, garantindo direitos
básicos como saúde, educação, qualificação e segurança.
Destarte, ao elaborar esse Plano Estadual de Juventude, vem orientar a formulação das
políticas para a juventude, mas também vem reforçar as ações já em desenvolvimento e, garantir a
consolidação das políticas públicas para os jovens maranhenses, como responsabilidade estatal,
no âmbito do governo estadual e em articulação com os governos municipais; o desenvolvimento
de ações conjuntas entre estado e sociedade; e a universalização dos direitos na perspectiva de
superação das desigualdades sociais, com a participação dos jovens.
Tatiana Pereira
Secretária de Estado da Juventude
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SUMÁRIO
1 – Panorama da Juventude Maranhense ................................................................................. 06
2 – Princípios Norteadores do Plano .......................................................................................... 09
3 – Eixos Estruturantes, Objetivos Estratégicos e Ações Programáticas ................................ 10
Do Direito à Cidadania, à Participação Social e Política e à Representação Juvenil ............ 10
Do Direito à Educação .......................................................................................................... 12
Do Direito à Profissionalização, ao Trabalho e à Renda ....................................................... 15
Do Direito à Diversidade e à Igualdade ................................................................................ 19
Do Direito à Saúde ................................................................................................................ 22
Do Direito à Cultura .............................................................................................................. 25
Do Direito à Comunicação e à Liberdade de Expressão ....................................................... 27
Do Direito ao Desporto e ao Lazer ........................................................................................ 30
Do Direito ao Território e à Mobilidade ............................................................................... 31
Do Direito à Sustentabilidade e ao Meio Ambiente .............................................................. 34
Do Direito à Segurança Pública e ao Acesso à Justiça ........................................................... 36
4 - Monitoramento e Avaliação do Plano ................................................................................... 40
Referências ............................................................................................................................... 41
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1 PANORAMA DA JUVENTUDE DO MARANHÃO
Segundo o Estudo de Estimativas Populacionais por Município, idade e sexo 2000-2015 –
Brasil, realizado pelo IBGE, o estado do Maranhão possui aproximadamente 6.904.298 de
habitantes e destes, 1.868.205 são jovens com idade entre 15 a 29 anos, sendo que, 927.998 são
do sexo masculino e 940.207 do sexo feminino, isto significa dizer que 27% da população
maranhense são considerados jovens, nos termos legais definidos pelo Estatuto da Juventude.
Figura 1 – População residente
Quantitativamente, a juventude maranhense representa cerca de 2 (dois) milhões de
jovens. Em relação às condições socioeconômicas, identificou-se um dado alarmante referente,
mais especificamente, a trabalho e frequência escolar, em que os indicadores de acesso à
educação, taxa de ocupação e desocupação e faixas de renda no mercado de trabalho são dispares
entre si e a escolaridade média é de menos de 10 (dez) anos de estudos, conforme gráfico abaixo.
Figura 2 - Relação entre faixa etária, ocupação e frequência escolar.
10%
11%
11%
9%
18%
16%
10%
7%
5%2% 1%
População Residente - Estudo de Estimativas Populacionais por
Município, Idade e Sexo 2000-2015 - Brasil População residente
por Faixa Etária 1 Unidade da Federação: Maranhão Período:
2015 População_residente
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
15-17
anos
18-24
anos
25 - 29
anos
Taxa de ocupação
Taxa de frequencia
escolar
7
De acordo com o Levantamento de Informações Penitenciarias (INFOPEN), do
Ministério da Justiça - 2014, a população jovem brasileira representa 18,9% da população do país,
enquanto essa mesma faixa etária majoritariamente jovem (18 a 29 anos) compõem 55,07% da
população do Sistema Prisional Nacional. No recorte para o Estado do Maranhão, a população
jovem encarcerada representa 59,98% da população prisional local.
No que diz respeito à escolaridade dos jovens em privação de liberdade no Estado, o
INFOPEN aponta que 63,73% cursou ensino Fundamental Incompleto; 11,89% completaram o
ensino Fundamental; 8,96% têm nível médio completo e 0,17% concluíram o ensino superior.
Em relação à mortalidade de jovens no Estado, prevalece o maior índice de óbitos dessa
população por causas externas de residentes, conforme dados extraídos do Sistema de Informação
sobre Mortalidade (SIM), fornecidos pelo DATASUS/MS. A mortalidade por causa externa
representa 61,8% do total de óbitos nesta faixa etária. Os números apontam que em cada 100.000
jovens, 106 morreram por causa externa em 2015. A agressão representa 62,8% da quantidade de
óbitos dessa causa, ficando a frente dos acidentes de transporte 32% e das lesões autoprovocadas
voluntariamente, que somam 5% do total de óbitos nessa categoria.
Apesar dos altos índices, no gráfico é possível verificar redução dos números em 2015
em relação a 2014 e analisar também que a faixa etária com maiores números de óbitos
compreende a idade de 20 a 29 anos.
Figura 3 - Óbitos por Causas Externas - Maranhão
A violência é um fenômeno de saúde pública, que tem preocupado organismos
internacionais de defesa dos direitos humanos e que requer uma ação intersetorial para o efetivo
enfrentamento do problema. De acordo com ASSIS (2013), para promover a saúde é preciso
garantir os seguintes requisitos: “paz, educação, habitação, alimentação, renda, ecossistema
0
1000
2000
3000
4000
5000
Óbitos por Causas Externas - Maranhão
Grande Grupo CID10: v01-V99 Acidentes de transporte, X60-X84 Lesões
autoprovocadas vonluntariamente, X85-Y0 Agressões
2013 2014 2015 Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
8
estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade”. Ressaltando a necessidade de
responsabilizar o Estado para a garantia da qualidade de vida da população, correlacionando
atividades, processos e recursos, de ordem institucional, governamental ou da cidadania,
orientados a propiciar a melhoria das condições de bem-estar e acesso a bens e serviços sociais,
que favoreçam o desenvolvimento de estratégias que permitam à população maior controle sobre
sua saúde e suas condições de vida, nos níveis individual e coletivo (GUTIERREZ, 1997).
A Juventude deve ser o foco prioritário nas ações governamentais de prevenção e de
enfrentamento das violências, uma vez que os dados apontam os jovens como maiores vítimas das
causas externas em especial dos homicídios e por outro lado também ocupam a maior parte do
sistema prisional, revelando que são as vítimas, mas também são autores de violência. O que
ressalta a necessidade de alinhar a prevenção da violência com a garantia do acesso a bens e
serviços essenciais e melhoria das condições de bem-estar, desta forma favorecendo o pleno
desenvolvimento das juventudes.
O grande desafio para as políticas públicas no âmbito dos direitos da juventude é,
sobretudo, o direito à vida e a liberdade que são garantidos mediante o acesso a outros direitos
fundamentais, sem os quais se torna ainda mais difícil a vivência plena e saudável da fase,
inclusive, a continuidade dos demais ciclos de vida. É importante salientar que a busca da
juventude por esses direitos é uma luta antiga, que na última década alcançou conquistas
importantes, em relação ao marco legal, que apenas em 2010, essa população foi reconhecida
constitucionalmente como sujeitos de direitos, por meio da inclusão do termo jovem ao capítulo
dos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição Federal, redação inserida pela Proposta de
Emenda Constitucional nº 65, de julho de 2010, conhecida como PEC da Juventude e
posteriormente em agosto de 2013 com a promulgação da Lei número 12.852, que instituiu o
Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens.
No que tange as políticas públicas voltadas a essa população no Maranhão, convém citar
alguns avanços no Estado como a Criação da Secretaria Extraordinária de Juventude, que tem
como missão “fomentar políticas públicas que garantam os direitos, a elevação da qualidade de
vida e o resgate da cidadania da juventude maranhense”, através do desenvolvimento de
programas e projetos voltados a juventude, a citar: oferta de Educação Integral no Ensino Médio
com o advento dos IEMAS e os Centros de Educação Integral – CEI, Centro de Referência da
Juventude e Inovação, Programa Cidadão do Mundo, Programa CNH Jovem, Juventude
Prevenida, Tour Jovem Cidadão, Projeto Geração Ciência e Juventude com Ciência, Programa
Cartão Transporte Universitário, dentre outras ações realizadas em interface com as demais
Secretarias de Estado.
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2. PRINCÍPIOS NORTEADORES DO PLANO
O Plano Decenal (2018-2028) inaugura um novo estágio na consolidação de políticas
públicas para a juventude conferindo-lhe uma nova perspectiva: de qualificação desta Política
Pública com ações planejadas, a longo prazo, e com monitoramento e controle social, transversa-
lizados pelas demais políticas sociais e sustentadas pela garantia de unidade em seu processo de
gestão, numa perspectiva de garantir e universalizar os direitos juvenis no Maranhão de forma
integral, complementada pelo poder público municipal e pela sociedade civil.
Os princípios apresentados abaixo e objetivos estratégicos, distribuídos nos 11(onze)
eixos reúnem as ações programáticas, e têm como base de sustentação o processo de deliberação
nas conferências estadual e municipais de juventude, bem como no Plano Estadual de Juventude e
Sucessão Rural.
Este Plano assume como princípios a transversalidade e a intersetorialidade das ações
como responsabilidade estatal, no âmbito do governo estadual e em articulação com os governos
municipais; o desenvolvimento de ações conjuntas entre estado e sociedade; e a universalização
dos direitos na perspectiva de superação das desigualdades sociais, com a participação juvenil.
PRINCÍPIOS:
I - Primazia da responsabilidade estatal na condução da política pública de juventude;
II – Universalização dos direitos, com o objetivo de tornar o jovem alcançável pelas demais
políticas públicas, a partir do reconhecimento das singularidades da juventude maranhense e sua
transição para a vida adulta, tendo como perspectiva o exercício da cidadania;
III - Descentralização das ações e cooperação intergovernamental entre o Estado e os Municípios,
com comando único em cada esfera de governo;
IV - Promoção da participação social dos jovens, na formulação, acompanhamento, avaliação e
controle social das políticas e dos planos de juventude em todos os níveis, com apoio à livre
expressão, à diversidade e às formas culturais e estilos de vida, próprios da juventude;
V - Territorialização das políticas públicas de juventude, de forma a garantir condições favoráveis
para sua permanência no território urbano e rural, organizando os serviços públicos, como melhor
forma de garantir o acesso dos jovens ao que o território oferece;
10
VI – Transparência e ampla divulgação dos programas, ações e recursos contidos nos orçamentos
públicos para as políticas públicas de juventude.
3. PROPOSTAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS
EIXO I: Do Direito à Cidadania, à Participação Social e Política e à Representação Juvenil.
O direito ao exercício da cidadania, à participação social e política e a representação
juvenil são garantias fundamentais para que as juventudes possam dialogar, em espaços de
convivência plural, procurando influenciar e compartilhar responsabilidades nas decisões sobre
suas vidas, individuais e enquanto coletividade.
De acordo com o Estatuto da juventude, a participação juvenil nos espaços públicos é
compreendida a partir da inclusão dos jovens como pessoas ativas, livres, responsáveis e dignas
de ocupar uma posição central nos processos políticos e sociais. Garantir esse direito é considerar
a juventude como ator estratégico no desenvolvimento local, com possibilidades de influenciar a
realidade de forma a contribuir com as transformações sociais necessárias.
Este eixo reúne, portanto, ações programáticas de reestruturação e fortalecimento das
instâncias deliberativas e de controle social das políticas públicas voltadas para a juventude,
instrumento de captação e financiamento da política e criação de espaços de participação,
convivência e atendimento às necessidades dos (as) jovens, a partir de políticas que os
reconheçam como sujeitos de direitos que refletem e intervém sobre sua própria história.
Objetivo Estratégico 01: Garantir a participação e o controle social das políticas públicas, pela
juventude, em diálogo com as diferentes instituições públicas e organizações da sociedade civil;
Objetivo Estratégico 02: integrar a gestão das políticas públicas de juventude ao ciclo de
planejamento e orçamento público plurianual e anual, e com participação dos (as) jovens.
Ação Responsável Parceiros
1. Articular o processo eleitoral do Conselho Estadual da Juventude
junto ao Legislativo e aos atores sociais envolvidos com vistas à sua
reativação e funcionamento, com composição paritária de gênero e
ampla diversidade de representação da juventude maranhense.
SEEJUV
SEDIHPOP
Casa Civil
Assembleia
Legislativa
Movimentos
sociais de
juventude
SECAP
11
Ação Responsável Parceiros
2. Potencializar a capacitação dos conselheiros de juventude através da
criação de uma plataforma virtual para disponibilizar conteúdos e com
tutoria, descentralizando o processo formativo.
SEEJUV
Conselho
Estadual de
Juventude
Conselhos
Municipais de
Juventude
3. Estimular a estruturação dos sistemas municipais de juventude (órgão
gestor, conselho, plano e fundo), com foco na implantação de
Conselhos Municipais de Juventude, considerando os critérios de
diversidade e pluralidade previstos no SINAJUVE.
SEEJUV
Conselho
Estadual de
Juventude
Prefeituras
Municipais e
Conselhos
Municipais de
Juventude
4. Ampliar e diversificar os mecanismos de participação e interação
democrática da juventude nos espaços decisórios.
SEEJUV
Conselho
Estadual de
Juventude
Prefeituras
Municipais
Conselhos
Municipais de
Juventude
5. Estimular a criação de Ouvidorias da Juventude, no âmbito estadual e
nos municípios.
SEEJUV
SEDIHPOP
Prefeituras
Municipais
Movimentos
Sociais de
Juventude
6. Estimular a criação da Semana Municipal da Juventude nos
municípios maranhenses.
SEEJUV
SECAP
SEDIHPOP
Prefeituras
Municipais
FEJMA
7. Instituir o Parlamento Estadual da Juventude (com jovens de 42
municípios do estado, por edição, de forma paritária entre homens e
mulheres), estimulando o protagonismo dos(as) jovens na cena pública
e política.
SEEJUV
SEEDUC
Assembleia
Legislativa
Câmaras
Municipais
SECAP
8. Garantir a diversidade e a pluralidade de representações juvenis no
Conselho Estadual de Juventude.
SEEJUV
ALEMA
Movimentos
Sociais de
Juventude
9. Investir na comunicação e na disseminação de informações sobre
modalidades de participação e controle social, articulando campanhas
de promoção dos direitos da juventude e dos espaços de participação.
SEEJUV
SECAP
Prefeituras
Municipais
EIXO II: Do Direito à Educação
O direito à educação de qualidade, nos últimos anos, no contexto da democratização do
Estado brasileiro, nos coloca diante da necessidade de considerarmos as novas expressões, a
formação identitária e valores da juventude. Essa incorporação e construção de saberes, que
objetivam a inserção de conteúdos pedagógicos transversalizados que garantam a pluralidade, a
diversidade e a inclusão, são desafios que precisam ser enfrentados com a participação dos jovens
e das jovens para que atendam às suas singularidades.
Nesse sentido, este eixo aponta ações que dinamizam o currículo escolar de modo a
permitir maior liberdade de organização dos estudantes, sua participação efetiva na gestão
democrática das escolas, centros de ensino profissionalizantes e universidades, apontando para
mudanças na relação do Estado e da sociedade com a juventude. Ressalta a importância do
12
financiamento e expansão da rede de ensino, da assistência estudantil, das bolsas de estudos e do
transporte escolar, além de ações direcionadas às necessidades dos(das) jovens negros, do campo,
indígenas e com deficiência, promovendo-se a inserção digital e o acesso às tecnologias de
comunicação.
Objetivo Estratégico 01: Erradicar o analfabetismo juvenil com foco na redução da evasão
escolar e da histórica defasagem idade-série.
Objetivo Estratégico 02: Ampliar o acesso à educação pública de qualidade que incorpore a
formação de novos valores e as especificidades das novas gerações.
Ação Responsável Parceiros
1. Ampliar o Programa Escola Digna para a melhoria da infraestrutura
física das escolas públicas estaduais.
SEEDUC
SINFRA
IEMA
SEEJUV
Conselho
Estadual de
Educação
2. Implementar programas de enfrentamento ao analfabetismo juvenil
e à evasão escolar, bem com políticas de correção do fluxo escolar
idade-série.
SEEDUC
SEDIHPOP
IEMA
SEEJUV
Conselho
Estadual de
Educação
Prefeituras
Municipais
UEMA
3. Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de
modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo até o último
ano de vigência do Plano Nacional de Educação.
SEEDUC
IEMA
SEEJUV
SECTI
SEDIHPOP
SECID
Iniciativa Privada
Conselho
Estadual de
Educação
4. Implantar projetos de bibliotecas itinerantes para atender o campo
e a cidade, garantindo acervo literário que contemple as diversas áreas
de conhecimento e faixa etária escolar.
SEEDUC
SECTI
SECTUR
IEMA
SEEJUV
SEDIHPOP
Prefeituras
Municipais
Conselho
Estadual de
Educação
5. Criar e/ou revitalizar espaços públicos que incentivem a prática da
leitura.
SEEDUC
SEEJUV
IEMA
Prefeituras
Municipais
Conselho
Estadual de
Educação
6. Revitalizar as bibliotecas públicas com ampliação do acervo
bibliográfico e a criação de plataforma virtual que disponibilize
material e suporte de pesquisa para o desenvolvimento do
SEEDUC
SEEJUV
SEATI
SECTUR
SECTI
IEMA
13
Ação Responsável Parceiros
conhecimento juvenil. IEMA
Conselho
Estadual de
Educação
7. Ampliar o Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar.
SEEDUC SEIR
SEEJUV
SEDIHPOP
Conselho
Estadual de
Educação
8. Garantir a construção e ampliação das escolas de ensino médio no
campo, com projetos arquitetônicos adequados à realidade e às
especificidades geográficas de cada região, assegurando centros de
inclusão digital e laboratórios de pesquisa na área agrícola.
SEEDUC
SAF
SINFRA
SEATI
SEEJUV
SEDIHPOP
SECTI
Conselho
Estadual de
Educação
Sistema S
9. Ampliar a oferta de cursos profissionalizantes para
os municípios de pequeno porte, observando a vocação econômica de
cada território.
SEEDUC
SECTI
IEMA
Prefeituras
Municipais
Sistema S
SEDES
10. Apresentar demanda de ampliação e diversificação de cursos
do PRONATEC, ao Governo Federal, com base na vocação econômica
de cada região.
SEEDUC
SETRES
SEDES
Prefeituras
Municipais
Sistema S
SECTI
11. Ampliar o acesso da juventude do campo à formação profissional
nas instituições de ensino profissionalizante, incluindo abordagens
curriculares comprometidas com o fortalecimento da agricultura
familiar, tecnologias na área agropecuária e produtos derivados,
considerando o potencial econômico de cada região e município;
SEEDUC
SECTI
SAF
SEEJUV
Prefeituras
Municipais
Sistema S
SAGRIMA
12. Garantir alimentação escolar de qualidade para estudantes do
ensino médio das escolas públicas, reduzindo progressivamente o
consumo de produtos industrializados, priorizando alimentos orgânicos
e/ou agroecológicos dentro dos programas de compra institucional de
alimentos e produtores locais.
SEEDUC
SAF
Prefeituras
Municipais
Governo Federal
13. Ampliar convênios com a UFMA, a UEMA e o IFMA e
instituições de ensino profissionalizante para a criação de polos
regionais que ofereçam cursos de nível técnico e superior.
SEEDUC
IEMA
UFMA
UEMA
IFMA
Sistema “S”
14. Ampliar a oferta de cursos de licenciatura em Educação do Campo
(presenciais e à distância) por meio da Universidade Estadual do
Maranhão (UEMA) e do Instituto Estadual de Educação, Ciência e
Tecnologia (IEMA).
SEEDUC
SAF
UEMA
IEMA
UFMA
15. Garantir a formação continuada para os docentes em suas
respectivas áreas de atuação, ampliando a perspectiva inclusiva e
primando pela qualidade e dinamicidade em sala de aula.
SEEDUC
IEMA
UFMA
UEMA
IFMA
16. Garantir a realização de concursos públicos para professores, com SEEDUC SEGEP
14
Ação Responsável Parceiros
carga horária de 40 horas semanais, para atendimento às escolas em
tempo integral.
IEMA
17. Garantir aos jovens e às jovens do campo, educação
contextualizada, inserção digital, acesso às tecnologias de
comunicação, oportunidades de lazer, esportes e atividades culturais.
SEEDUC
IEMA
SECTI
MST
FETAEMA
SEATI
SECAP
SEDIHPOP
18. Garantir a continuidade e ampliar cursos de licenciatura
intercultural indígena para atender as necessidades dos povos indígenas
e comunidades tradicionais, com estrutura adequada nas unidades de
ensino.
SEEDUC
SEDIHPOP
SEIR
19. Regulamentar em âmbito estadual a Lei 10.173/2015, de apoio às
Casas Familiares Rurais (CFR’s) e Escolas Familiares Agrícolas
(EFAS).
SEEDUC
IEMA
UEMA
UFMA
20. Garantir o cumprimento da legislação no que se refere à
participação efetiva dos(as) alunos(as) nos Conselhos Escolares e
Conselhos de Classe.
SEEDUC
IEMA
SEEJUV
Conselho
Estadual de
Educação
21. Promover cursos de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) nas
escolas de ensino fundamental, médio e ensino superior.
SEEDUC
IEMA
Conselho
Estadual de
Educação
SEDIHPOP
Conselho
Estadual dos
Direitos da Pessoa
com Deficiência
22. Disponibilizar nas escolas públicas maranhenses kits multimídias
para pessoas com deficiência.
SEEDUC
IEMA
Prefeituras
Municipais
UFMA
UEMA
IFMA
23. Garantir, no currículo escolar da rede estadual, a implementação da
Lei 10.639/2003, que dispõe sobre o ensino de história e cultura afro-
brasileira nas escolas.
SEEDUC
SEIR
IEMA
UFMA
UEMA
IFMA
Conselho
Estadual de
Igualdade Racial
SEDIHPOP
25. Divulgar sistemática e permanentemente nas escolas públicas
estaduais as Leis 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência - Estatuto da Pessoa com Deficiência), Lei 7.398/1985
(Grêmios Estudantis), Lei 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente) e a Lei 12.852/2013 (Estatuto da Juventude).
SEEDUC
IEMA
SEDIHPOP
SEEJUV
SEEDUC
CEDCA
CEPD
Conselho
Estadual de
Juventude
Conselho
Estadual dos
Direitos da Pessoa
com Deficiência
15
EIXO III: Do Direito à Profissionalização, ao Trabalho e à Renda.
As dimensões da profissionalização, do trabalho e da renda também são questões a serem
priorizadas para criar condições de enfrentamento ao desemprego e ao subemprego juvenis.
Possibilitar que os jovens e as jovens possam dedicar mais tempo aos estudos, à vivência
familiar e comunitária, de forma a combater a entrada precoce e precarizada no mundo do
trabalho, assegurando o acesso ao mercado formal de forma produtiva, adequadamente
remunerada, viabilizando sua autonomia econômica são desafios permanentes.
O fomento às diversas formas de geração de trabalho e renda pautados nos princípios do
associativismo, do cooperativismo e da economia solidária ampliam as redes de proteção social e
a sustentabilidade dos empreendimentos geridos por jovens.
Neste eixo, concentram-se ações voltadas a eliminar desigualdades sociais e econômicas
que marcam o acesso da juventude à formação e qualificação profissional.
Objetivo Estratégico: Fomentar a implementação de políticas públicas voltadas à
profissionalização da juventude, que contribuam para a redução das desigualdades sociais e
ampliação das oportunidades de trabalho decente e alternativas de geração de renda.
Ação Responsável Parceiros
1. Elaborar e implementar o Plano Estadual de Emprego e Trabalho
Decente para a Juventude, com estímulo às empresas que assegurem
empregos de qualidade e remuneração digna, de acordo com a CLT.
SETRES
SEEJUV
SRTE
Fórum Estadual
de Aprendizagem
Profissional e
Inclusão de
Adolescentes e
Jovens no
Mercado de
Trabalho no
Maranhão
Conselho
Estadual do
Trabalho
16
2. Desenvolver políticas específicas de inclusão produtiva aos (as)
jovens egressos do sistema prisional e de medidas socioeducativas.
SETRES
FUNAC
SEAP
SEEJUV
SEDIHOP
SRTE
FUNAC
Conselho
Estadual do
Trabalho
Fórum Estadual
de Aprendizagem
Profissional e
Inclusão de
Adolescentes e
Jovens no
Mercado de
Trabalho no
Maranhão
Conselho
Estadual do
Trabalho
3. Garantir aos adolescentes e jovens, em cumprimento de medidas
socioeducativas e em privação de liberdade, acesso à educação
associada à oferta de cursos técnicos profissionalizantes.
SEEDUC
SETRES
FUNAC
SEAP
SEDIHPOP
SRTE
SEEJUV
4. Priorizar inclusão dos jovens resgatados do trabalho análogo à
escravidão nos programas estaduais de qualificação profissional e
recolocação em atividades produtivas na agricultura familiar e na
perspectiva de economia solidária como estratégias de combate ao
trabalho escravo.
SETRES
SEEJUV
SAF
SECTI
SEDIHPOP
COETRAE
SRTE
5. Apoiar a organização de cooperativas/associações de jovens rurais por
meio de edital especifico que contemple recursos de custeio não
reembolsáveis, investimento e qualificação para a gestão de
empreendimentos coletivos.
SETRES
SAF
SEEJUV
SRTE
EFAS
CRF’S
FETAEMA
FETRAF
6. Articular, junto aos agentes financeiros, o lançamento de linhas de
crédito específicas para a juventude rural com condições atrativas de
financiamento.
SETRES
SEEJUV
SAF
SRTE
FETAEMA
FETRAF
17
7. Ampliar a fiscalização do efetivo cumprimento da Lei da
Aprendizagem e da Lei de Estágio, garantindo o exercício dos direitos e
deveres dos aprendizes e estagiários.
SETRES
SEEJUV
SEINC
SRTE
Estadual do
Trabalho
Fórum Estadual
de Aprendizagem
Profissional e
Inclusão de
Adolescentes e
Jovens no
Mercado de
Trabalho no
Maranhão
Conselho
Estadual do
Trabalho
8. Conceder incentivo fiscal às empresas que reduzirem a carga horária
em 2 (duas) horas para os e as jovens estudantes do turno noturno.
SEINC
SEEDUC
SETRES
SEFAZ
SEEJUV
SRTE
9. Estimular a regularização de pequenos empreendimentos, por meio do
Simples Nacional.
SETRES
SEINC
JUCEMA
SRTE
SISTEMA ‘S’
10. Ampliar a oferta de cursos profissionalizantes em parceria com
empresas privadas.
SETRES
SECTI
IEMA
SRTE
11. Criar Lei Estadual e estimular a criação de leis municipais de
Aprendizagem de Adolescentes e Jovens, adaptando os currículos
escolares à realidade dos jovens estudantes.
SETRES
SEEDUC
SEINC
Prefeituras
Municipais
SRTE
Estadual do
Trabalho
Fórum Estadual
de Aprendizagem
18
Profissional e
Inclusão de
Adolescentes e
Jovens no
Mercado de
Trabalho no
Maranhão
Conselho
Estadual do
Trabalho
12. Ampliar o número de vagas de estágios nos órgãos da administração
direta, indireta, autárquica e fundacional com seletivo público e com
critérios republicanos, transparentes e democráticos.
Casa Civil
SEGEP
SEEJUV
SRTE
Fórum Estadual
de Aprendizagem
Profissional e
Inclusão de
Adolescentes e
Jovens no
Mercado de
Trabalho no
Maranhão
Conselho
Estadual do
Trabalho
SETRES
13. Garantir a permanência do jovem e da jovem rural no campo,
incentivando a cadeia produtiva da agricultura familiar.
SAF
AGERP
SETRES
SEEJUV
SISTEMA ‘S’
19
EIXO IV: Do Direito à Diversidade e à Igualdade
O enfrentamento de todas as formas de preconceito, discriminação e opressão
deve fazer parte da agenda pública do Estado do Maranhão. Para tanto, é necessário
articular políticas públicas com foco na prevenção à violência e defesa da vida, a
superação do racismo institucional, a superação da violência contra as jovens mulheres, o
combate sistemático à LGBTfobia, o sexismo e o preconceito geracional, articulando
ações e medidas de superação da insegurança jurídica e da impunidade .
Objetivo Estratégico: Assegurar aos e as jovens o direito à diversidade, igualdade e à
equidade de direitos, independentemente de sua origem, raça e etnia, promovendo
oportunidades e mecanismos de enfrentamento a discriminação.
Ação Responsável Parceiros
1. Desenvolver ações afirmativas que promovam o respeito à
diversidade, a dignidade da pessoa humana e a autonomia da juventude
maranhense.
SEDIHPOP
SEIR
SEEJUV
SEMU
Governo Federal
Prefeituras
2. Capacitar profissionais da rede de atendimento psicossocial, de saúde
e área jurídica para o acolhimento adequado às populações vulneráveis,
especialmente as populações negra, LGBT, rural, pessoas em situação de
rua, com deficiência e profissionais do sexo.
SEDIHPOP
SEEJUV
SES
SEMU
SEIR
Governo Federal
Prefeituras
Organizações
Sociais
Conselho Estadual
LGBT
Conselho Estadual
da Igualdade
Racial
Conselho Estadual
da Mulher
3. Fortalecer a implementação da Lei 10.639/2003, que dispõe sobre a
obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas
SEEDUC
SEIR
UFMA
UEMA
20
Ação Responsável Parceiros
públicas estaduais. IEMA
IFMA
Conselho
Estadual de
Igualdade Racial
SEDIHPOP
4. Desenvolver mecanismos de combate e denúncia ao racismo
institucional, bem como fortalecer os já existentes, a exemplo das
Ouvidorias.
SEDIHPOP
SEIR
Conselho
Estadual de
Igualdade Racial
5. Desenvolver campanhas sobre a Lei Maria da Penha e da Lei do
Feminicídio nas escolas estaduais e municipais.
SEEDUC
SEMU
SEDIHPOP
SSP
Governo Federal
Prefeituras
Municipais
Conselho
Estadual da
Mulher
TJ
Organizações
Sociais
6. Fomentar o debate nos Conselhos Escolares sobre a pauta da
diversidade e da igualdade, garantindo a participação do corpo discente,
docente, familiares, responsáveis e servidores públicos.
SEEDUC
SEEJUV
SES
SEDIHPOP
SEIR
SEMU
7. Estimular as gestões escolares das redes públicas estadual e municipal
a adotarem livros didáticos e paradidáticos que abordem a cultura local e
temáticas alusivas a Educação em Direitos Humanos (gênero,
identidade, diversidade, participação etc.).
SEEDUC
SEEJUV
IEMA
FAPEMA
SECTI
Associação
Maranhense de
Escritores
Independentes
SECTUR
UFMA
UEMA
Prefeituras
Municipais
8. Desenvolver e implementar mecanismos de preservação, valorização,
revitalização e resgate cultural dos povos e comunidades tradicionais
rurais e urbanos.
SEIR
SECTUR
SEEDUC
SEEJUV
SEMU
IMESC
SEDIHPOP
9. Garantir e fiscalizar o cumprimento do Estatuto da Pessoa com SEEDUC SEDIHPOP
21
Ação Responsável Parceiros
Deficiência referente à acessibilidade nas repartições públicas, sobretudo
na rede de ensino, parques e equipamentos culturais.
SINFRA
SECTUR
IEMA
Conselho Estadual
Pessoa com
Deficiência
Conselho Estadual
de Educação
UEMA
10. Garantir o uso do nome social de pessoas Trans em todos os órgãos
da administração pública estadual dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário.
SEDIHPOP ALEMA
Poder Judiciário
Órgãos Auxiliares
à Justiça
Casa Civil
EIXO V: Do Direito à Saúde
As políticas públicas de saúde precisam lançar olhares e ações de fomento
específicos para as juventudes, considerando os recortes de gênero, etnia, orientação
sexual, as diferentes deficiências, o direito à experimentação, respeito aos direitos sexuais
e reprodutivos, o combate à “juvenilização” da AIDS, disponibilizando os meios
adequados de prevenção e tratamento do uso abusivo de álcool e outras drogas, o
fortalecimento da política de redução de danos e o enfrentamento da mortalidade materna
juvenil, no aspecto das interrupções de gravidez indesejada, com especial atenção às
gestantes jovens.
Objetivo Estratégico: Garantir ao (a) jovem saúde e qualidade de vida, considerando
suas especificidades e diversidades quanto à prevenção, promoção, proteção e
recuperação do bem viver, com vistas a articular uma Política Estadual de Atenção à
Saúde da Juventude.
Ação Responsável Parceiros
1. Fortalecer as ações da Atenção Básica voltadas para a saúde de
adolescentes e jovens, capacitando as equipes para assistência
qualificada visando à integralidade do cuidado.
SES
Prefeituras
CEDCA
SEEJUV
Prefeituras
Municipais
22
Ação Responsável Parceiros
2. Fortalecer as ações do Programa de Saúde na Escola (PSE) nos 217
municípios do Estado.
SES
SEDUC
SEMUS
SEMED
SEEJUV
Conselhos
Municipais de
Juventude
3. Realizar monitoramentos e vistorias com o objetivo de adequar as
Comunidades Terapêuticas às Diretrizes da Política de Saúde Mental
(Leis, portarias e outros), realizando capacitações aos profissionais das
referidas Comunidades, em parceria com a Vigilância Sanitária.
SES/
Vigilância
Sanitária
SEEJUV
Prefeituras
Municipais
4. Apoiar a implantação de serviços da Rede Psicossocial pactuados em
todas as Regiões de Saúde do Maranhão.
SES
SEMUS
SEEJUV
Prefeituras
Municipais
5. Fomentar a ampliação da cobertura do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU) adequando às necessidades de
deslocamento de cada território, respeitando a pactuação entre
municípios e Estado.
SES
SEMUS
SEMUS
Conselho de
Saúde
CIR
CIB
6. Estabelecer parceria entre o Estado e os municípios para oferecer
acompanhamento pela Atenção Básica - Unidade Básica de Saúde
(UBS) e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), no território do
adolescente e jovem usuário de drogas e, quando necessário, referenciar
para Rede de Atenção Psicossocial – Centro de Atenção Psicossocial
Infanto-Juvenil (CAPS i), Centro de Atenção Psicossocial Álcool e
outras Drogas (CAPS Ad), Centro de Atenção Psicossocial Álcool e
outras Drogas (CAPS Ad III), Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil
(UA Infantil), Leitos de Saúde Mental em Hospitais Gerais.
SES
SEMUS
SEDES
Prefeituras
Municipais
(CRAS e
CREAS)
7. Ampliar os serviços especializados no cuidado às crianças e
adolescentes usuários de drogas (CAPS AD Infanto-Juvenil) nas 19
regiões de saúde.
SEMUS SES
CIR
CIB
Prefeituras
Municipais
8. Apoiar a implantação da Linha de Cuidado para a Atenção Integral de
Crianças e Adolescentes e suas Famílias, em situação de violência.
SES
Prefeituras
SEEJUV
SEDES
SEDIHPOP
9. Disponibilizar os testes rápidos e a vacina do HPV para adolescentes
e jovens, assim como, o exame de prevenção do câncer do colo do útero
(Papanicolau) para as mulheres jovens.
SEMUS SES
SEMU
Prefeituras
Municipais
23
Ação Responsável Parceiros
10. Capacitar os profissionais de saúde quanto às especificidades para o
atendimento aos (as) jovens, sobretudo, os de comunidades tradicionais,
garantindo acesso aos serviços de saúde bem como às informações e
insumos relacionados ao exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.
SES
SEMUS
Prefeituras
Municipais
SEEJUV
SEDIHPOP
11. Divulgar e fomentar a implementação das Diretrizes Nacionais para
a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na Promoção,
Proteção e Recuperação da Saúde, a Estratégia Proteger e Cuidar da
Saúde de Adolescentes na Atenção Básica, as Políticas de Saúde
Integral das Mulheres, de Negros e da População LGBT junto aos
gestores públicos e profissionais.
SES
SEMUS
SEMU
SEEJUV
Conselhos de
Direitos
SECTI
Prefeituras
Municipais
12. Realizar campanhas permanentes nas escolas públicas e privadas,
com temáticas pertinentes à vida de adolescentes e jovens, tais como:
DST/AIDS e hepatites virais, primeiros socorros, vida no trânsito, saúde
sexual e saúde reprodutiva, orientação sexual, gênero, prevenção ao
suicídio, violências, segurança alimentar e nutricional, dengue, dentre
outros.
SES
SEMED
SEMUS
SEEJUV
SECTI
Conselhos
SEEJUV
SEDIHPOP
SEMU
SEIR
DETRAN
SEDES
Prefeituras
Municipais
13. Realizar campanhas permanentes de combate a violência e
exploração sexual contra crianças, adolescentes e jovens, especialmente
nas áreas de instalação dos grandes projetos.
SEMUS
SES
SEMED
SEEJUV
Conselhos
Municipais
SEEJUV
SEDIHPOP
SEMU
SEIR
PRF
PF
CT
MP
SEDES
Prefeituras
Municipais
14. Apoiar o enfrentamento ao uso de drogas, lícitas e ilícitas, na
adolescência e juventude, junto aos Conselhos Tutelares, Ministério
Público, comerciantes e Poder Judiciário.
SES
SEEJUV
SEMUS
SEMED
SEDUC
Conselhos
SEDIHPOP
SEMU
SEIR
PRF
CT
MP
SEDES
15. Identificar e sensibilizar lideranças juvenis, integrantes de projetos e
iniciativas de mobilização social para atuarem como multiplicadores em
temáticas pertinentes ao seu ciclo de vida.
SES
SEDUC
SEEJUV
Conselhos
SEDIHPOP
SEMU
SEDES
16. Realizar webconferências e divulgação de vídeos informativos sobre SES Conselhos
SEDIHPOP
24
Ação Responsável Parceiros
saúde integral de adolescentes e jovens.
SEEJUV
SEMU
SEDES
SECTI
TELESSAUDE/H
UUFMA
17. Criar campanha de sensibilização sobre o tema “Jovem também fica
doente” com o intuito de divulgar o atendimento especifico de saúde
para os jovens trabalhadores.
SES/Cerest
SEEJUV
SEINC
Iniciativa Privada
EIXO VI: Do Direito à Cultura
A necessidade de articular a implementação de políticas de cultura implica
diretamente na criação de novos espaços de produção, fruição e interação entre os jovens,
valorizando e integrando os espaços e políticas culturais da juventude de periferia,
assegurando a pluralidade de ideias e opiniões dos diferentes grupos sociais e culturais,
através de ações que garantam o acesso à informação e às novas tecnologias sociais de
informação e comunicação além da produção de mídia e difusão dos saberes locais, sua
cultura, patrimônio material e imaterial, e territorialidade.
Objetivo Estratégico: Propiciar à juventude o direito a cultura, incluindo a livre criação,
o acesso aos bens e serviços culturais e a participação nas decisões de política cultural,
diversidade cultural e à memória social.
Ação Responsável Parceiros
1. Criar editais específicos para apoiar a formação de grupos artísticos,
sua produção, circulação, projetos culturais e expressões artísticas de
juventude, do campo e da cidade.
SECTUR
FAPEMA
SEEJUV
Secretarias
Municipais de
Cultura
2. Implantar o Centro de Referência da Juventude, inicialmente na
região Metropolitana de São Luís, com espaços apropriados à
realização de cursos, oficinas e eventos que dialogue com as várias
expressões culturais e as linguagens artísticas.
SEDIHPOP
SEEJUV
SEEDUC
IEMA
SINFRA
SEMU
25
Ação Responsável Parceiros
SECTUR
3. Fomentar a implantação de Museus Municipais/Regionais que
contemplem em sua estrutura salas e galerias para exposição da
produção de jovens artistas locais.
SECTUR
SEEJUV
Secretarias
Municipais de
Cultura
IEMA
SEEDUC
4. Realizar monitoramento das Leis 11.545/2008 e 10.639/2003, que
tornam obrigatório o ensino das expressões culturais locais e
linguagens artísticas a partir do ensino básico.
SEEDUC
Promotorias de
Educação
SEEJUV
SEIR
SECTUR
Prefeituras
Municipais
Conselho Estadual
de Educação
5. Incentivar a criação de um calendário de produção cultural
institucional anual com financiamento, envolvendo as diversas
expressões culturais do Maranhão, dentre estas teatro, música, cinema
e dança, promovendo a geração trabalho e renda ao/a jovem.
SECTUR
SETRES
SEEJUV
FAPEMA
Prefeituras
Municipais
Conselho Estadual
de Cultura
Fórum Estadual de
Cultura
6. Realizar ações formativas e educacionais (seminários e oficinas)
sobre a cultura afro-brasileira e indígena, incluindo artesanato e
trabalhos manuais.
SEDUC
SECTUR
SEIR
SEDIHPOP
Prefeituras
Municipais
SECTI
SETRES
SEEJUV
7. Fiscalizar o cumprimento da Lei da Meia Entrada em todos os
estabelecimentos culturais do território maranhense, públicos e
privados.
SECTUR
PROCON
Ministério
Público
Prefeituras
Municipais
Organizações
Sociais
8. Garantir assento no Conselho Estadual de Cultura a jovens
maranhenses que possuam atividades vinculadas às artes e às
manifestações culturais, observando a regionalização.
SECTUR
SEEJUV
26
EIXO VII: Do Direito à Comunicação e à Liberdade de Expressão
Numa sociedade de massas na qual a comunicação é cada vez mais
horizontalizada é fundamental assegurar os meios de participação democrática da
juventude na produção e veiculação de conteúdos, sobretudo nas redes sociais e canais de
rádio e TV.
Possibilitar a livre expressão das ideias e o combate de todas as formas de censura
ao pensamento livre, evitando o monopólio dos meios de comunicação, possibilita que a
comunicação seja vista como direito humano.
De acordo com Canclini (2010), a apropriação que é feita pelos meios de
comunicação dos símbolos da cultura, exibe a comunicação como mais um produto a ser
consumido, o que impossibilita vê-la como instrumento de cidadania reflexo da
sociedade.
Neste sentido, as ações previstas ampliam a participação da juventude e a
pluralidade de vozes para expressão de sua identidade cultural e suas linguagens na
perspectiva de democratização dos meios e mensagens, como condições fundamentais
para garantir que mais pessoas possam ouvir e ser ouvidas.
Objetivo Estratégico: Contribuir para garantia do direito humano à comunicação, com
ênfase na juventude para possibilitar a livre expressão das ideias; a produção de
conteúdo, individual e colaborativo e acesso às tecnologias de informação e
comunicação.
Ação Responsável Parceiro
1. Criar espaços de comunicação e informação para que sejam
divulgados conteúdos que expressem a cultura juvenil e os(as) jovens
se reconheçam nas produções regionais;
SEEJUV
SEDIHPOP
SECAP
SECTI
SEATI
SECTUR
Fórum Estadual de
Cultura
2. Criar canais de disseminação das informações sobre políticas
públicas estaduais com foco na juventude;
SEEJUV
SECAP
SEDIHPOP
SEMU
SES
SEDUC
27
Ação Responsável Parceiro
SECTUR
SETRES
SECTI
FAPEMA e outras
3. Assegurar orçamento para projetos de tecnologias de comunicação
e informação, que busquem reduzir as distâncias geográficas e a
ampliar o acesso à internet em todo o Estado;
SECTI
SEATI
SEEJUV
SEPLAN
SECAP
SEDIHPOP
SEDUC
IEMA
UEMA
UFMA
IFMA
Prefeituras
Municipais
Organizações da
Sociedade Civil
4. Propiciar a inclusão digital em todo o território maranhense, com
banda larga, incluindo as comunidades rurais, indígena e quilombola,
garantindo acesso ao mundo digital;
SEATI
SECTI
SECAP
SEEJUV
SEIR
SEDIHPOP
Prefeituras
Municipais
Organizações da
Sociedade Civil
5. Propiciar o acesso à informação e comunicação, com ativa
participação da juventude, a partir da ampliação da infraestrutura
tecnológica, sobretudo nas comunidades rurais;
SECAP
SEEJUV
SECTI
SEATI
ANATEL
Prefeituras
Municipais
Organizações da
Sociedade Civil
6. Estimular as produções audiovisuais realizadas por jovens, no
Estado;
SEEJUV
SECTUR
SEDIHPOP
SECAP
Organizações da
Sociedade Civil
7. Fomentar articulação e formação de redes de Educomunicação que
tenham o jovem como protagonista;
SEDUC
SEEJUV
SEDIHPOP
SECAP
Prefeituras
Municipais
Organizações da
Sociedade Civil
ABRACO
8. Criar uma plataforma virtual e material impresso para divulgação
das políticas públicas de juventude.
SECAP
SEDIHPOP
SEEJUV
SECTI
SEGOV
IMESC
SEATI
28
Ação Responsável Parceiro
9. Ampliar e revitalizar os laboratórios de informática das escolas
públicas, municipais e estaduais, com equipamentos modernos e
monitores capacitados, que favoreçam o acesso às mídias digitais e a
inovação;
SEEDUC
SEEJUV
SEATI
MEC
Prefeituras
Municipais
SECTI
UFMA
IFMA
UEMA
IEMA
10. Ampliar o acesso aos canais públicos de televisão; SECAP
EBC
ANATEL
UFMA
SECTI
SEEJUV
EIXO VIII: Do Direito ao Desporte e Lazer
É no esporte e lazer que os(as) jovens exercitam a sociabilidade, trocam
experiências, e nelas formam identidades individuais e coletivas.
Cuidar da saúde física e mental da juventude, possibilitando oportunidades para as
práticas desportivas nas suas diversas modalidades, promovendo a interação com as
diferentes regiões do Estado, segmentos e gêneros, além do aprimoramento dos espaços
para sua prática e dos mecanismos de participação popular na política de esporte e lazer
são condições inerentes à sua execução.
Diante do desafio de prover direitos fundamentais como saúde e educação, o
esporte e o lazer ganham enorme importância para a qualidade de vida e saúde mental.
Objetivo Estratégico: Efetivar a política pública de esporte e lazer que priorize a
juventude com equipamentos para a prática e gratuidade nas modalidades que considerem
as realidades locais, permitindo incentivo e diversificação das modalidades esportivas.
Ação Responsável Parceiro
1. Construir equipamentos públicos para a prática desportiva nas
diferentes regiões do Estado com quadras poliesportivas, pistas de
SEDEL
SINFRA
SEGOV
SEEJUV
Prefeituras
29
Ação Responsável Parceiro
esportes radicais, pistas de corrida, ciclovias e academias públicas. Municipais
(Secretarias
Municipais de
Esporte)
UFMA
2. Articular a criação de um Fundo Estadual de incentivo ao Esporte
para o estimulo das práticas desportivas, a criação de escolas e centros
esportivos no Estado e com apoio financeiro para a profissionalização
de jovens desportistas.
SEDEL
ALEMA
CASA CIVIL
SEEJUV
SEPLAN
Prefeituras
Municipais
(Secretarias
Municipais de
Esporte, de
Saúde, de
Juventude).
Organizações
Sociais
3. Incentivar o protagonismo juvenil e a educação para equidade de
gênero nas práticas desportivas, oportunizando a participação de
meninas e jovens mulheres nas diferentes modalidades desportivas e
na gestão de espaços de uso comunitário.
SEDEL
SEMU
SEDIHPOP
SEEJUV
SEEDUC
Prefeituras
Municipais
Prefeituras
Municipais
4. Garantir a inclusão de jovens com deficiência nas diversas
modalidades esportivas;
SEDIHPOP
SEEJUV
SEDEL
Prefeituras
Municipais
Conselhos
Estadual e
municipais dos
Direitos da Pessoa
com Deficiência
5. Garantir a valorização dos (das) profissionais da educação física
para a descoberta de atletas de alto rendimento e assegurar a
participação em competições regionais, estaduais e nacionais.
SEEDUC
SEDEL
SEEJUV
Prefeituras
Municipais
EIXO IX: Do Direito ao Território e a Mobilidade
Nas cidades, a vida acontece e “o acesso à cidade deve ser um direito a todos os
seus moradores e não uma restrição a apenas alguns, ou aos mais ricos” (SAULE JR. &
UZZO, 2009). A cidade percebida como direto que dá acesso a outros direitos, permite
vê-la como um território com vistas a garantir cidadania. E, na perspectiva da criação de
cidades inclusivas, sustentáveis, saudáveis e democráticas que proporcionem uma boa
30
qualidade de vida à juventude, é fundamental articular políticas integradas de moradia,
saneamento, energia, mobilidade, acessibilidade e gestão territorial, tanto no campo
quanto na cidade, dimensionando as necessidades de equipamentos públicos,
comunitários, de cultura, esporte e lazer, que favoreçam a mobilidade, a acessibilidade e a
circulação no território de forma a prover direitos e qualidade de vida.
Com o planejamento e a manutenção de condições de circulação dos habitantes
pela cidade, teremos cidades para pessoas, cidades pulsantes em que seus moradores
tenham condições de interagir sobre seu território, ao desenvolver políticas que
favoreçam o uso dos transportes públicos como: a meia passagem, a redução das tarifas, a
ampliação dos horários, além de criar medidas que garantam a qualidade e a
diversificação dos modais, com opções como o uso da bicicleta, permitindo que neste
território a juventude do campo e dos núcleos urbanos interajam, e os direitos das
comunidades tradicionais, sejam resguardados.
Objetivo Estratégico: Proporcionar qualidade de vida à juventude maranhense com
políticas integradas de moradia, saneamento, energia, mobilidade, acessibilidade e gestão
territorial, tanto no campo quanto na cidade.
Ação Responsável Parceiro
1. Articular as políticas de acessibilidade junto aos órgãos públicos
que possibilitem o acesso a logradouros, prédios e instalações públicas
a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida;
SINFRA
SEEJUV
SEDIHPOP
MOB
Prefeituras
Municipais
Conselho
Estadual dos
Direitos da
Pessoa com
Deficiência
Conselho
Municipal dos
Direitos da
Pessoa com
Deficiência
31
Ação Responsável Parceiro
2. Implementar políticas que estimule a criação dos planos de
mobilidade urbana e a revisão dos planos diretores municipais para
que haja a adaptação de logradouros, calçadas e a licitação de
transportes públicos com os equipamentos necessários para o acesso
de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida;
SECID
SECAP
SEDIHPOP
MOB
Prefeituras
Municipais
Conselhos
Estadual e
Municipais dos
Direitos da
Pessoa com
Deficiência
Ministério
Público
Conselho
3. Elaborar proposta de implantação de concessão de meia passagem
para estudantes no transporte público da região metropolitana de São
Luís;
MOB SEEJUV
SEDIHPOP
SEEDUC
Prefeituras
Municipais
Conselho
Estadual de
Educação
Organizações
Sociais
4. Facilitar o acesso ao crédito aos jovens produtores rurais para
fortalecimento da agricultura familiar como mecanismo de
permanência da juventude no campo;
SAF
SEEJUV
SETRES
Agentes
Financeiros
FETAEMA
FETRAF
MST
5. Melhorar a infraestrutura das estradas vicinais dos povoados que
dão acesso à sede dos municípios;
SINFRA
Prefeituras
Municipais
SEIR
SECID
MOB
SAF
6. Adotar critérios socioeconômicos para acesso ao Programa CNH
Jovem, possibilitando que jovens de baixa renda possam obter
gratuitamente a Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
DETRAN
SEEJUV
ALEMA
SECAP
CASA CIVIL
SEDES
7. Criar ciclovias nas vias públicas com sistema de sinalização vertical
e horizontal.
MOB
SINFRA
Prefeituras
Municipais
DETRAN
SEEJUV
EIXO X: Do Direito à Sustentabilidade e ao Meio Ambiente
O meio ambiente ecologicamente equilibrado e protegido é um direito das atuais e
futuras gerações. Assim cuidar deste patrimônio coletivo é indispensável para a
manutenção da vida. É necessário elaborar estratégias que contribuam para os processos
32
educativos formais e não formais permitindo a construção de uma cultura do cuidado
permanente com o meio ambiente sustentável.
Objetivo Estratégico: Garantir a sustentabilidade dos ecossistemas maranhenses,
estimulando a participação de jovens na defesa do meio ambiente saudável e
ecologicamente solidário.
Ação Responsável Parceiros
1. Desenvolver ações práticas integradas à educação ambiental,
conforme Lei Federal nº 9.795/1999, nas escolas públicas e privadas,
garantindo que seja de forma contínua e permanente em todos os níveis
e modalidades do ensino formal;
SEEDUC
SEMA
Prefeituras
Municipais
SAF
SAGRIMA
CAEMA
SEEJUV
2. Estimular a criação de comissões de estudantes nas escolas públicas,
para, em parceria com os Poderes Públicos Municipais e Estadual,
promoverem ações de promoção de proteção e preservação ao meio
ambiente;
SEEDUC
SEMA
SEEJUV
Prefeituras
Municipais
CAEMA
SAGRIMA
SAF
UEMA
IEMA
UFMA
IFMA
Ministério
Público
SEINC
3. Estimular a geração de projetos de pesquisa nas escolas públicas
estaduais orientados pelo Plano Nacional de Juventude e Meio
Ambiente;
SEEDUC
SEMA
FAPEMA
IEMA
SEEJUV
SECTI
SAF
IFMA
UFMA
UEMA
Prefeituras
Municipais
4. Buscar parceria junto aos agentes financeiros para concessão de
linha de crédito para projetos agroecológicos urbanos e rurais;
SETRES
SAF
SEEJUV
Agentes
Financeiros
CEDRUS
FETAEMA
FETRAG
Organizações
33
Sociais
5. Ampliar a fiscalização e investigação sobre os incêndios e
queimadas que provocam desmatamento no Estado;
SEMA
SAGRIMA
CIMI
SSP
Policia Federal
SEEJUV
SAF
Organizações
Sociais
Ministério
Público
6. Recuperar as cabeceiras dos rios e mananciais através de parcerias
entre poder público, sociedade civil e iniciativa privada;
SEMA
UEMA
SAF
SAGRIMA
EMBRAPA
ANA
Comitê Estadual
de Bacias
Hidrográficas
SAGRIMA
UFMA
IFMA
Organizações
Sociais
7. Realizar campanhas de educação ambiental em toda a rede de ensino
público com foco no uso racional da água, a importância dos rios,
prevenção ao desmatamento e coleta seletiva;
SEMA
SEEDUC
CAEMA
SEEJUV
SES
SAF
SEDES
Prefeituras
Municipais
8. Criar programas de capacitação profissional de reciclagem,
reaproveitamento e reutilização para educadores urbanos e rurais com
objetivo de promover a sustentabilidade ambiental;
SETRES
SAF
SEEDUC
SECTI
SEEJUV
Conselho
Estadual de Meio
Ambiente
Fórum Estadual
de Economia
Solidária
UEMA
IFMA
UFMA
9. Implementar a fiscalização regular dos resíduos sólidos que são
depositados em áreas abertas, visando a preservação ambiental;
SEMA
Prefeituras
Municipais
SAGRIMA
Organizações
Sociais
Ministério
Público
34
10. Incentivar a criação de consórcios intermunicipais com o objetivo
de estruturar a rede de saneamento básico das regiões do Estado;
CAEMA
Prefeituras
Municipais
Frente Nacional de
Prefeitos
FAMEM
SEINC
SECID
11. Apoiar as cooperativas de resíduos sólidos e incentivar a criação de
novas cooperativas com o objetivo de promover trabalho e renda na
sustentabilidade;
SETRES
SEMA
SEINC
SEEJUV
SAF
SEMU
SEDES
12. Instituir comitês de juventude pela preservação das bacias
hidrográficas e pelo reflorestamento, para atuar junto às comunidades
dos municípios.
Prefeituras
Municipais
SEEJUV
SEMA
Conselho
Estadual de Meio
Ambiente
Comitê Estadual
de Bacias
Hidrográficas
XI – Do Direito à Segurança Pública e ao Acesso à Justiça
As políticas públicas de segurança focadas exclusivamente na repressão já
demonstram suas limitações. É preciso assegurar à juventude um ambiente seguro, sem
violência e com garantia de sua integridade física e mental, assegurando as condições de
igualdade de oportunidades educacionais para o seu aperfeiçoamento intelectual, cultural
e social.
Nesta perspectiva, as ações de segurança pública e acesso à justiça devem primar
pela intersetorialidade com as demais políticas voltadas à juventude, para reduzir a
vulnerabilidade social, focadas na prevenção e no enfrentamento da violência, além da
promoção de estudos e pesquisas para subsidiar as ações de segurança pública e permitir
a avaliação periódica dos impactos nas causas, consequências e frequência da violência,
sobretudo contra a juventude negra, na perspectiva de articular uma nova política de
segurança pública pautada na prevenção e defesa da vida.
Objetivo Estratégico: Assegurar condições de redução da violência e de acesso à justiça
com foco na cidadania juvenil e promoção de direitos e defesa da vida.
35
Ação Responsável Parceiros
1. Promover campanhas públicas de esclarecimento sobre Medidas
Socioeducativas e os deveres dos(as) adolescentes autores(as) de ato
infracional;
SEEJUV
FUNAC
SEDIHPOP
SEDES
CEDCA
Prefeituras
(CREAS)
2. Desenvolver campanhas contra a redução da maioridade penal; SEEJUV
FUNAC
Prefeituras
Municipais
CEDCA
Organizações
Sociais
Ministério
Público
3. Desenvolver políticas públicas de enfrentamento a violência letal
contra a juventude, sobretudo a juventude negra e das periferias
urbanas;
SSP
SEEJUV
SEIR
SEDIHPOP
FUNAC
Prefeituras
Municipais
Organizações
Sociais
Ministério
Público
CEDCA
4. Capacitar os(as) profissionais da segurança pública para o
adequado tratamento da população em situação de rua, LGBT,
crianças, adolescentes e jovens, e de mulheres vítimas de violência;
SSP
SEDIHOPOP
SEMU
SEEJUV
Prefeituras
Municipais
Conselho
Estadual da
LGBT
CEDCA
Conselho
Estadual da
Mulher
Organizações
Sociais
5. Incluir na grade curricular do Curso de Formação de Oficiais
(CFO) e Academias de Polícia temáticas relacionadas à Educação em
Direitos Humanos;
UEMA
SEDIHPOP
SSP
Conselho
Estadual de
Direitos
Humanos
SEEJUV
6. Ampliar o policiamento comunitário, as câmeras de vigilância,
iluminação de qualidade, ronda policial durante todo o dia,
principalmente nas proximidades das escolas;
SSP
Prefeituras
Municipais
SEEDUC
SEEJUV
36
7. Desenvolver programas de inclusão produtiva para jovens em
privação de liberdade, conforme o potencial produtivo identificado;
SETRES
SEAP
SECTI
SAF
Prefeituras
Municipais
Organizações
Sociais
SEEJUV
UEMA
UFMA
Iniciativa
Privada
8. Criar programas de formação continuada aos(as) profissionais do
sistema de segurança e de justiça com materiais pedagógicos/didáticos
específicos na temática de direitos humanos;
SSP
SEAP
FUNAC
Defensoria
Pública
Ministério
Público
SEDIHPOP
Organizações
Sociais
UFMA
SEEJUV
UEMA
Conselhos de
Direitos
9. Realizar campanhas públicas pela aprovação do Projeto de Lei
4471/2012, que prevê o fim dos autos de resistência, passando a ser
considerados “homicídios” as mortes provocadas por agentes policiais
durante as abordagens;
SEEJUV
SEDIHPOP
FUNAC
SECAP
SEEDUC
Ministério
Público
Organizações
Sociais
Conselhos de
Direitos
10. Realizar concurso público para contratação de profissionais na
área de segurança e do sistema de justiça;
SEPLAN
SSP
SEGEP
CASA CIVIL
SEDIHPOP
SEEJUV
11. Ampliar o número de Delegacias de Polícia e de Policiais
Militares nos municípios;
SSP
CASA CIVIL
SEDIHPOP
SEEJUV
12. Incluir na grade curricular do ensino escolar fundamental e médio
a temática de direitos humanos;
SEEDUC
SEDIHPOP
Prefeituras
Municipais
SEIR
SEMU
SEEJUV
Conselho
Estadual LGBT
Conselho
Estadual de
Igualdade Racial
Conselho
Estadual de
Direitos
Humanos
13. Distribuir exemplares da Constituição Federal nas escolas públicas
estaduais incentivando seu estudo e conhecimento;
SEEDUC
SEDIHPOP
SEEJUV
14. Ampliar e reestruturar o Programa Educacional de Resistência às SEEDUC SEEJUV
37
Drogas – PROERD às escolas públicas estaduais; SSP
SES
SEPPE
Ouvidoria de
Segurança
Prefeituras
Municipais
Ministério
Público
Organizações
Sociais
Defensoria
Pública
15. Garantir assistência jurídica aos adolescentes em cumprimento de
medidas socioeducativas e aos(as) jovens em privação de liberdade;
Ministério
Público
SSP
SEAP
SEEJUV
SEDIHPOP
Organizações
Sociais
16. Instituir programas e projetos que envolvam a juventude na
promoção dos valores da cultura de paz;
Defensoria
Pública
Ministério
Público
SSP
SEDIHPOP
SEEDUC
Organizações
Sociais
Conselhos de
Direitos
17. Criar Núcleos de Juventude na Defensoria Pública do Estado; Defensoria
Pública
CASA CIVIL
SEEJUV
18. Instituir as câmaras de mediação de conflitos de menor potencial
lesivo e ofensivo envolvendo jovens para evitar o encarceramento em
massa;
TJ SEEJUV
FUNAC
SEDIHPOP
Organizações
Sociais
38
4 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Um planejamento é um processo e o Plano, como um dos seus produtos, é um
documento que pode e deve ser revisado periodicamente para melhorar sua eficácia em
relação à realidade que se apresenta. Essa realidade é dinâmica, sendo por isso,
necessário reorientar, de forma contínua, as ações que o Plano apresenta.
A construção de um sistema de monitoramento e avaliação do Plano Estadual de
Juventude é condição fundamental para sua efetividade e requer a observância dos
seguintes aspectos:
A avaliação e monitoramento das ações do Plano Estadual da Juventude ocorrerão
por meio da participação efetiva dos e das jovens nas Conferências Municipais,
Regionais, Estadual e Nacional de Juventude, por meio das suas
representatividades, escolhidas de forma democrática e transparente;
Construção coletiva, de forma ampla e democrática, de um instrumental que
permita acompanhar de forma contínua e sistemática as ações nas secretarias de
governo que executam o Plano Estadual de Juventude;
Promoção e incentivo à elaboração de Planos Municipais de Juventude que
estejam em consonância com este Plano. Nos municípios onde existem planos
municipais aprovados e em execução, recomenda-se atualizá-los, orientados pelos
princípios e objetivos deste Plano Estadual;
Definição e construção, de forma coletiva, de indicadores para subsidiar um
padrão de relatórios a ser produzidos regularmente no marco do monitoramento e
da avaliação do Plano em curto, médio e longo prazo, estabelecendo os
mecanismos de divulgação e de controle social;
O monitoramento será de forma sistemática, anualmente, através da construção e
sistematização de indicadores, das análises de relatórios anuais de gestão da
Secretaria dos Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP) e da
Secretaria de Estado Extraordinária da Juventude (SEEJUV) e dos sistemas já
instituídos nas políticas setoriais;
Reforço técnico e político aos Fóruns permanentes de Juventude (municipais,
regionais e estaduais) para que consigam exercer a função de construção e
monitoramento dos planos, buscando assegurar a revisão das ações a cada
pactuação do Plano Plurianual;
39
Reordenamento das ações do Plano Estadual de Juventude em função da análise
dos indicadores, dos resultados alcançados e das sugestões e orientações de
correção de rumos;
Atualização sistemática do diagnóstico sobre a juventude envolvendo institutos de
pesquisa, organismos internacionais com trabalhos desenvolvidos na área da
juventude, assim como as instituições educacionais, universidades e outras
instituições públicas e privadas que trabalhem na temática;
Divulgação dos Planos Municipais de Juventude para ampliar a visão da
sociedade sobre os mesmos, promovendo intercâmbio e divulgação pública;
Consolidação dos Fóruns Permanentes de Juventude - municipais, regionais e
estadual - como instâncias efetivas de acompanhamento dos processos de
elaboração e adequação do Plano Estadual de Juventude;
40
REFERÊNCIAS
ASSIS, S. G.; AVANCI, J. Q. É possível prevenir a violência? Refletindo sobre risco,
proteção, prevenção e promoção da saúde. In: Impactos da Violência na Saúde. Rio de
Janeiro: EAD/ENSP, 2013. p. 88.
Canclini, Néstor García. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da
globalização/Néstor Gracía Canclini; tradução Maurício Santana Dias. 8ª ed. 1a. reimpr.
Rio de janeiro: Editora UFRJ, 2010.
GUTIERREZ, M. Perfil descriptivo-situacional del sector de la promoción y
educación en salud: Colombia. In: ARROYO, H. V.; CERQUEIRA, M. R. (Ed.). La
promoción en salud y la educación para la salud em América Latina: analisis sectorial.
Porto Rico: Editorial de la Universidad de Puerto Rico, 1997.
http://www.juventude.ma.gov.br. Pesquisado em 18/10/2017
Infopen, dez./2014. PNAD, 2014.
www.justica.gov.br/noticias/mj...novo...infopen.../relatorio-depen-versao-web.pdf/
Pesquisado em 18/10/2017
SAULE JR., N. & UZZO, K. “A trajetória da reforma urbana no Brasil”. Diálogos,
propostas, histórias para uma cidadania mundial, 2009. Disponível
em:<http://www.redbcm.com.br/arquivos/bibliografia/a%20trajectoria%20n%20saule%2
0k%20uzzo.pdf>. Acesso em: 27/09/2017.
www.datasus.gov.br. Pesquisado em 18/10/2017