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PLANO LOCAL DE SAÚDE
COVA DA BEIRA
|2018-2020|
REVISÃO
Novembro de 2019
PLANO LOCAL DE SAÚDE
COVA DA BEIRA
|2018-2020|
Ficha Técnica
Título:
Plano Local de saúde da Cova da Beira
Editor:
ACES Cova da Beira
Avenida 25 de Abril, 6200-034 Covilhã.
Telefone: 275 330 360. Fax: 275 330 369. E-mail: [email protected]
� Unidade de Saúde Pública
� Observatório Local de Saúde
� Comissão de Qualidade e Segurança
Responsáveis de Elaboração:
� Henriqueta Luísa Forte
� Carlos Manuel Martins
� Ana Cristina Fonte
� Filipa Quinteiros (Revisão Novembro de 2019)
Colaboradores:
� Conselho Clinico e de Saúde
� Coordenadores das Unidade Funcionais
� Unidade de Apoio à Gestão
SIGLAS E ACRÓNIMOS
ACES – Agrupamento de Centos de Saúde
ACES CB – Agrupamento de Centos de Saúde Cova Beira
ARSC, IP – Administração Regional de Saúde do Centro
AVC – Acidente Vascular Cerebral
CC – Conselho da Comunidade
CCS – Conselho Clínico e de Saúde
CSP – Cuidados de Saúde Primários
CQS – Comissão de Qualidade e Segurança
DNO – Doença de Notificação Obrigatória
DE – Diretor Executivo
DGS – Direção Geral de Saúde
DIC – Doença Isquémica do Coração
DM – Diabetes Mellitus
DSP – Departamento de Saúde Pública
ICPC-2 – Classificação Internacional de Cuidados de Saúde Primários
IMC – Índice de Massa Corporal
INE – Instituto Nacional de Estatística
HTA – Hipertensão Arterial
IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional
NUTS - Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos
OMS – Organização Mundial de Saúde
OLS – Observatório Local de Saúde
PAUF – Plano de Ação da Unidade Funcional
PLS – Plano Local de Saúde
TGN – Técnica de Grupo Nominal
UAG – Unidade de Apoio à Gestão
UCC – Unidade de Cuidados na Comunidade
UF – Unidade Funcional
URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados
USP – Unidade de Saúde Pública
UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados
SIARS – Sistema de Informação das ARS
ÍNDICE
Introdução ............................................................................................................................... 7
Caraterização do ACES Cova da Beira ................................................................................. 9
Caraterização demográfica............................................................................................... 13
Natalidade ......................................................................................................................... 17
Caraterização socioeconómica ........................................................................................ 18
Mortalidade ....................................................................................................................... 20
Morbilidade ....................................................................................................................... 24
Doenças de Notificação Obrigatória ................................................................................. 25
Fatores de Risco ............................................................................................................... 27
Planeamento estratégico ...................................................................................................... 28
Identificação dos problemas de saúde ................................................................................. 29
Priorização dos problemas de saúde ............................................................................... 30
Principais Necessidades de Saúde ...................................................................................... 36
Recursos da Comunidade .................................................................................................... 37
Parcerias ............................................................................................................................... 37
Rede de cuidados de saúde externos .................................................................................. 40
Considerações Finais ........................................................................................................... 42
Bibliografia ............................................................................................................................ 43
PLANO LOCAL DE SAÚDE DA COVA DA BEIRA | 2018-2020 PÁGINA 5 DE 43
ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 – Número de profissionais, por grupo profissional/cargo, existentes no ACES Cova da Beira a 30 de
outubro de 2019 e aqueles constantes do mapa de pessoal aprovado em 2018 ................................................ 11
Quadro 2 - Número de utentes (com e sem médico de família) inscritos em cada Unidade de Cuidados de Saúde
Personalizada (UCSP) do ACES Cova da Beira, em setembro de 2019 ............................................................. 11
Quadro 3 - Número de utentes inscritos e unidades ponderadas de cada Unidade de Cuidados de Saúde
Personalizada (UCSP) do ACES Cova da Beira, em dezembro de 2018 ............................................................ 12
Quadro 4 - Superfície, população residente e densidade populacional do ACES Cova da Beira, em 2018, por
concelho .............................................................................................................................................................. 13
Quadro 5 – Número de população residente em Portugal continental, na ARS Centro e no ACES Cova da Beira
por sexo e grupo etário (ciclo de vida) ................................................................................................................. 14
Quadro 6 - Índices de dependência (jovens, idosos e total) e índice de envelhecimento de Portugal continental,
da área de abrangência da ARS Centro e do ACES Cova da Beira, em 2018 .................................................... 16
Quadro 7 - Esperança de vida à nascença, para ambos os sexos, nos triénios 1996-1998, 2005-2007 e 2015-2017
em Portugal continental, ARS Centro e ACES Cova da Beira ............................................................................. 16
Quadro 8 – Evolução de Nados-vivos (N.º) e da Taxa Bruta de Natalidade (%0), de 1998 a 2018, em Portugal
continental, ARS Centro e ACES Cova da Beira ................................................................................................. 17
Quadro 9 - Proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos e igual ou superior a 35
anos, nos triénios 1996-1998, 2006-2008 e 2016-2018, em Portugal continental, ARS Centro e ACES Cova da
Beira .................................................................................................................................................................... 18
Quadro 10 - Pensionistas da Segurança Social (número, proporção por 1000 habitantes da população ativa (com
mais de 15 anos) e valor médio anual das pensões, em 2018 ............................................................................ 19
Quadro 11 - Poder de compra per capita, em 1995, 2005 e 2015 ....................................................................... 19
Quadro 12 - Taxas de mortalidade perinatal, infantil, neonatal precoce, neonatal e pós-neonatal, nos triénios 1996-
1998, 2006-2008 e 2016-2018, em Portugal continental, ARS Centro e ACES Cova da Beira ........................... 20
Quadro 13 - Taxas de mortalidade padronizada (TMP) pela idade (por 100 000 habitantes), por grandes grupos
de causas de morte, nos triénios 2010-2012, 2011-2013 e 2012-2014, para indivíduos com idade inferior a 75
anos residentes em Portugal continental, ARS Centro ou ACES Cova da Beira ................................................. 23
Quadro 14 - Proporção (%) de inscritos por diagnóstico ativo, em dezembro 2018, em Portugal continental, na
ARS Centro e no ACES Cova da Beira (ordem decrescente do ACES) .............................................................. 24
Quadro 15 - Morbilidade hospitalar (número de episódios, taxas bruta e padronizada por 100 000 habitantes) por
causas de internamento, no ano de 2015, de indivíduos residentes na área de abrangência de Portugal
continental, ARS Centro e ACES Cova da Beira ................................................................................................. 25
Quadro 16 – Número e taxa de notificação (por 100 000 habitantes) de Doenças de Notificação Obrigatória no
ACES Cova da Beira, nos anos 2016, 2017 e 2018 ............................................................................................ 26
Quadro 17 - Principais parcerias do ACES Cova Beira, no âmbito de programas e projetos em desenvolvimento
em diferentes áreas de intervenção ..................................................................................................................... 37
Quadro 18 - Número de serviços de saúde privados, na Cova da Beira, em 2018 .............................................. 41
PLANO LOCAL DE SAÚDE DA COVA DA BEIRA | 2018-2020 PÁGINA 6 DE 43
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Enquadramento geográfico do ACES Cova da Beira ............................................................................ 9
Figura 2 – Unidades Funcionais do ACES Cova da Beira, em outubro de 2019, por concelho ........................... 10
Figura 3 – Enquadramento geográfico e capacidade instalada no ACES Cova da Beira .................................... 10
Figura 4 – Pirâmide etária dos utentes inscritos no ACES Cova da Beira em dezembro de 2018 ....................... 12
Figura 5 - Evolução do número de utentes inscritos em cada UCSP do ACES Cova da Beira de 2015 a 2018 .. 13
Figura 6 – Número de população residente (2018) no ACES Cova da Beira, em cada concelho, por sexo e grupo
etário. .................................................................................................................................................................. 14
Figura 7 - Pirâmide etária dos residentes no ACES Cova da Beira em 1991 e 2018........................................... 15
Figura 8 - Evolução da Esperança de vida à nascença no ACES Cova da Beira entre os triénios 1996-1998
e 2015-2017, por sexo feminino e masculino ...................................................................................................... 16
Figura 9 - Evolução da proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos e em mulheres
com idade igual ou superior a 35 anos, no ACES Cova da Beira ........................................................................ 18
Figura 10 - Distribuição da população residente por nível de escolaridade mais elevado completo, em Portugal
continental, na ARS Centro e no ACES Cova da Beira (Censos 2001 e 2011) ................................................... 18
Figura 11 – Evolução da Taxa de Mortalidade Infantil (por 1000 nados vivos), 1996-2018 (média anual por triénio)
............................................................................................................................................................................ 20
Figura 12 – Evolução da taxa de mortalidade perinatal (por 1000 nados vivos e fetos mortos 28+ semanas), 1996-
2018 (média anual por triénio) ............................................................................................................................. 20
Figura 13 – Mortalidade proporcional (%) por grandes grupos de causas de morte no triénio 2012-2014, para todas
as idades e ambos os sexos ............................................................................................................................... 21
Figura 14 - Mortalidade proporcional (%) por grandes grupos de causas de morte, no triénio 2012-2014, para
idades inferiores a 75 anos e ambos os sexos .................................................................................................... 21
Figura 15 - Mortalidade proporcional (%) por grandes grupos de causas de morte, no triénio 2012-2014, no ACES
Cova da Beira, em ambos os sexos, para cada grupo etário ............................................................................... 22
Figura 16 - Distribuição percentual da população com 18 e mais anos, por classes de IMC e por sexo na Região
de saúde do Centro (2005/2006) ......................................................................................................................... 27
Figura 17 - Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (diferentes tipologias) da área da abrangência
da ARS Centro, em agosto de 2019 .................................................................................................................... 41
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INTRODUÇÃO
Os Cuidados de Saúde Primários (CSP) são o pilar do sistema de saúde de Portugal e do
Serviço Nacional de Saúde (SNS) e são, claramente, o motor da promoção da saúde e da
prevenção da doença. Há uma reforma em curso que sabemos não estar ainda acabada,
nem está completa, daí que, enquanto existir um espírito reformista e a vontade de fazer
melhor, continuaremos a pugnar, para que os CSP sejam, em articulação com outros atores
sociais relevantes para o processo de mudança, catalisadores de uma sociedade saudável,
com um sistema de saúde inclusivo, abrangente e financeiramente sustentável.
Os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) criados pelo Decreto-lei nº 28/2008 de 22
de Fevereiro, são serviços públicos de saúde constituídos por várias Unidades Funcionais
(UF), dotados de uma gestão rigorosa, equilibrada, que, cientes das necessidades das
populações e do desenvolvimento de atividades de vigilância epidemiológica, investigação
em saúde, controlo e avaliação dos resultados e, da melhoria no acesso aos cuidados de
saúde procuram reduzir as iniquidades e obter maiores ganhos em saúde, qualidade de vida
e satisfação dos cidadãos.
A contratualização interna com as UF do ACES e a externa deste com a Administração
Regional de Saúde do Centro, IP (ARSC, IP) que decorre do Plano de Ação da Unidade
Funcional (PAUF) e do Plano de Desempenho do ACES, são instrumentos fulcrais de
gestão, que decorrem da nova arquitetura dos CSP. Estes documentos têm como alicerce
os Planos Locais de Saúde (PLS) e devem contribuir para a autonomia e responsabilização
das equipas e dos profissionais de saúde, garantindo o cumprimento da missão do ACES,
delimitando o âmbito, prioridades e modalidades da prestação de cuidados e serviços de
saúde, estabelecendo objetivos e metas quantitativas em cada uma das áreas de
intervenção do ACES, prevendo com rigor e da forma mais adequada a melhoria contínua
da qualidade dos cuidados prestados ao nível do Acesso, da eficiência e do desempenho
assistencial.
Neste contexto, é fundamental a elaboração do PLS, elencado nos Planos Nacional e
Regional de Saúde (PNS-PRS), bem como nas orientações e Perfis de Saúde do
Departamento de Saúde Pública (DSP) da ARSC, IP, são instrumentos basilar no alicerçar
de toda a ação a ser desenvolvida pelo ACES Cova da Beira para além de permitirem,
posteriormente, a avaliação da performance no desenvolvimento da sua missão.
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 8 DE 43
Assim, o PLS do ACES Cova da Beira é um documento estratégico que visa a obtenção de
ganhos em saúde e promover a saúde na população dos concelhos de Belmonte, Covilhã e
Fundão constituindo um instrumento de apoio à gestão e à tomada de decisão dos órgãos
prestadores de cuidados de saúde e de outros da comunidade, enformado pelo moderno
conceito da governança (OMS 2012) pretende desenvolver estratégias de partilha dos
valores e princípios do PLS, enfatizando o envolvimento e participação dos stakeholders da
comunidade local.
O PLS tem como objetivos identificar os problemas de saúde mais prementes na área
geodemográfica do ACES, identificar as necessidades em saúde, contribuir para o processo
de planeamento em saúde, e avaliar o impacto das medidas implementadas. É também um
compromisso social, na medida em que convida todos os interessados, ACES Cova da Beira
e comunidade, a envolverem-se no processo de planeamento e decisão em saúde,
tornando-se num documento que promove a mudança na forma de planear a saúde,
centrando o processo de planeamento nas necessidades em saúde e nos ganhos potenciais
em saúde.
Os anos que agora se perspetivam, nomeadamente 2018, 2019 e 2020, acentuam a
necessidade do maior envolvimento dos parceiros e comunidade civil, na capacitação do
cidadão, conferindo-lhe também um papel de maior responsabilidade na gestão da sua
saúde como parceiro e parte ativa nas opções de vida saudável.
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CARATERIZAÇÃO DO ACES COVA DA BEIRA
O ACES Cova da Beira foi criado pela Portaria n.º 274/2009, de 18 de março. Tem como
área geográfica de atuação os concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão pertencentes à
Sub-região Estatística da Cova da Beira (NUT III) da Comunidade Intermunicipal das Beiras
e Serra da Estrela (CIM-BSE) da Região Centro. Iniciou o seu funcionamento em março de
2009 o que implicou a reorganização interna dos Centros de Saúde de Belmonte, Covilhã e
Fundão.
Figura 1 - Enquadramento geográfico do ACES Cova da Beira
Fonte: ACES Cova da Beira
Os respetivos Centros de Saúde deram lugar a dez Unidades Funcionais (Figura 2) que
garantem a prestação de cuidados de saúde de proximidade, e, acima de tudo, a procura
da qualidade assistencial e a melhoria do acesso aos cuidados de saúde para se poderem
alcançar maiores ganhos em saúde.
Para além destas unidades funcionais o ACES Cova da Beira integra um Centro de
Diagnóstico Pneumológico (CDP) no Centro de Saúde da Covilhã, no âmbito do Programa
Nacional para a Tuberculose. E, ainda, duas Consultas de Atendimento Complementar
(CAC), em complementaridade de horário de funcionamento das UCSP, nomeadamente,
aos fins-de-semana e feriados nos Centros de Saúde de Belmonte e Fundão.
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 10 DE 43
No entanto, todo este desiderato é executado num contexto, nada facilitador, de
interiorização regional, longe dos centros de decisão, acrescido de núcleo populacional com
caraterísticas idiossincráticas de envelhecimento e despovoamento das comunidades
rurais, agravado pelo elevado e disperso número de polos assistenciais (Figura 3).
Figura 3 – Enquadramento geográfico e capacidade instalada no ACES Cova da Beira Fonte: ACES Cova da Beira
Fundão
Belmonte
Covilhã
UCSP Belmonte UCSP Covilhã UCSP Fundão
UCSP Tortosendo
UCC Cava Juliana
USP
URAP
UCC Fundão UCC Belmonte
UCSP Teixoso
Figura 2 – Unidades Funcionais do ACES Cova da Beira, em outubro de 2019, por concelho
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O Quadro 1 reflete o número efetivo de trabalhadores que presta funções no ACES Cova da
Beira (outubro de 2019), nas diferentes áreas, bem como os recursos humanos previstos no
Mapa de Pessoal para 2018, o qual foi aprovado pelo Conselho Diretivo da ARS Centro, I.P.
em 3 de agosto de 2017. Pode constatar-se a carência de cerca de 15% (47) dos
profissionais previstos.
Quadro 1 – Número de profissionais, por grupo profissional/cargo, existentes no ACES Cova da Beira a 30 de outubro de 2019 e aqueles constantes do mapa de pessoal aprovado em 2018
Recursos humanos
existentes
Mapa de pessoal
previsto
Dirigente 1 1 Médicos 72 86 Enfermeiros 87 91 Técnicos superiores de saúde 1 2 Técnico de diagnóstico e terapêutica 7 8 Técnicos superiores 3 6 Técnicos de informática 1* 3 Assistentes técnicos 71 80 Assistentes operacionais 32 45 Total 275 322
* ausente em atividade sindical
Fonte: Recursos humanos ACES Cova da Beira
Em dezembro de 2018 estavam inscritos no ACES Cova da Beira 86 129 utentes, 45 142
do sexo feminino (52,4%) e 40 987 do sexo masculino (47,6%), conforme Quadro 2.
Quadro 2 - Número de utentes (com e sem médico de família) inscritos em cada Unidade de Cuidados de Saúde Personalizada (UCSP) do ACES Cova da Beira, em setembro de 2019
Utentes inscritos
Com médico de família Sem médico de família Total
UCSP Belmonte 7 277 7 7 284
UCSP Covilhã 27 446 1 054 28 500
UCSP Teixoso 8 626 45 8 671
UCSP Tortosendo 14 561 69 14 630
UCSP Fundão 27 189 71 27 260
ACES Cova da Beira 85 099 1 246 86 345
Fonte: SIARS
Ao nível da estrutura etária dos utentes inscritos no ACES Cova da Beira (Figura 4), a
mesma apresenta um perfil marcado pelo envelhecimento, o que se vai refletir na procura
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dos cuidados de saúde, aumentando substancialmente as unidades ponderadas (Quadro
3). Esta situação exige, igualmente, aos serviços a necessidade de se reorganizarem para
darem uma adequada resposta a esta realidade.
Figura 4 – Pirâmide etária dos utentes inscritos no ACES Cova da Beira em dezembro de 2018 Fonte: SIARS
Quadro 3 - Número de utentes inscritos e unidades ponderadas de cada Unidade de Cuidados de Saúde Personalizada (UCSP) do ACES Cova da Beira, em dezembro de 2018
Utentes inscritos Unidades ponderadas
UCSP Belmonte 7 259 10 067 UCSP Covilhã 28 267 37 770 UCSP Teixoso 8 686 12 015 UCSP Tortosendo 14 749 20 918 UCSP Fundão 27 168 37 933 ACES Cova da Beira 86 129 118 703
Fonte: SIARS
De 2015 para 2018 notou-se um ligeiro decréscimo do número de utentes inscritos nas
UCSP de Belmonte, Teixoso, Tortosendo e Fundão, e um aumento dos inscritos na UCSP
da Covilhã (Figura 5).
4000 3000 2000 1000 0 1000 2000 3000 4000
0-4 anos
05-09 anos
10-15 anos
15-19 anos
20-24 anos
25-29 anos
30-34 anos
35-39 anos
40-44 anos
45-49 anos
50-54 anos
55-59 anos
60-64 anos
65-69 anos
70-74 anos
75-79 anos
80-84 anos
>=85 anos
Utentes sexo masculino Utentes sexo feminino
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Figura 5 - Evolução do número de utentes inscritos em cada UCSP do ACES Cova da Beira de 2015 a 2018
CARATERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA
O ACES Cova da Beira, conforme o Quadro 4, abrange uma área geográfica de 1 374,6
Km2, com uma população de 80 253 habitantes, em 2018. Representa 6% da área e 5% da
população da ARS Centro.
A densidade populacional do ACES é inferior à da ARS Centro (69,8 habitantes/Km2) e à de
Portugal continental (109,8 habitantes/Km2).
Quadro 4 - Superfície, população residente e densidade populacional do ACES Cova da Beira, em 2018, por concelho
CONCELHO NUT III
Belmonte Covilhã Fundão Cova da Beira
Área (Km2) 118,8 555,6 700,2 1 374,6 População (habitantes) 6 407 47 127 26 719 80 253 Densidade populacional (habitantes/Km2) 53,9 84,8 38,2 58,4
Fonte: INE
Numa análise por ciclo de vida, no ACES Cova da Beira, em 2018, residiam 8 666 (27,9%)
indivíduos até aos 14 anos, 49 164 (61,3%) dos 15 aos 64 anos e 22 423 (10,8%) com 65
ou mais anos (Quadro 5 e Figura 6).
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
2015 2016 2017 2018
UCSP Belmonte
UCSP Covilhã
UCSP Teixoso
UCSP Tortosendo
UCSP Fundão
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 14 DE 43
Quadro 5 – Número de população residente em Portugal continental, na ARS Centro e no ACES Cova da Beira por sexo e grupo etário (ciclo de vida)
Continente ARS Centro ACES Cova da Beira
HM H M HM H M HM H M
Total 9 779 826 4 615 656 5 164 170 1 651 479 779 799 871 680 80 253 38 101 42 152
65 e + anos 2 166 550 906 970 1 259 580 409 065 170 462 238 603 22 423 9 162 13 261
15 a 64 anos 6 277 949 3 026 729 3 251 220 1 044 825 508 117 536 708 49 164 24 460 24 704
0 a 14 anos 1 335 327 681 957 653 370 197 589 101 220 96 369 8 666 4 479 4 187
Legenda: HM - ambos os sexos; M - mulheres; H - homens. Fonte: INE.
Figura 6 – Número de população residente (2018) no ACES Cova da Beira, em cada concelho, por sexo e
grupo etário. Fonte: INE.
À semelhança da pirâmide etária dos utentes inscritos no ACES (2018), a pirâmide etária
dos residentes na área geodemográfica do ACES em 2018 (Figura 7) está invertida da base
para o topo, denotando o envelhecimento da população. De 1991 para 2018 verifica-se a
diminuição dos indivíduos mais jovens (0-44 anos) e o aumento dos grupos etários mais
velhos. Realça-se a longevidade das mulheres, que estão em número mais expressivo
acima dos 85 anos (em comparação com os homens).
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000
H
M
H
M
H
M
0-1
41
5-6
46
5+
Belmonte Covilhã FundãoLegenda: M - mulheres; H - homens.
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 15 DE 43
Entre os Census (2001 e 2011) o crescimento populacional no ACES Cova da Beira foi
negativo (-6,1%), mais acentuado que o decréscimo na população da região (-2,2%),
contrariamente ao registado no Continente, cujo crescimento populacional foi positivo
(1,8%).
Figura 7 - Pirâmide etária dos residentes no ACES Cova da Beira em 1991 e 2018
Fonte: INE.
Sendo o índice de envelhecimento o número de pessoas com 65 e mais anos por cada 100
pessoas menores de 15 anos, um valor inferior a 100 significa que há menos idosos do que
jovens.
Pela análise do Quadro 6 constata-se que o índice de envelhecimento assim como os
Índices de dependência de idosos e total, na Cova da Beira, são superiores aos nacionais e
regionais. Dentro do ACES Cova da Beira, o concelho do Fundão apresenta os maiores
valores destes índices sendo, pois, o concelho onde existem mais indivíduos com idade
igual ou superior a 65 anos comparativamente com jovens (abaixo dos 15 anos) ou com a
população ativa (15 aos 64 anos).
4000 3000 2000 1000 0 1000 2000 3000 4000
0-4 anos
05-09 anos
10-15 anos
15-19 anos
20-24 anos
25-29 anos
30-34 anos
35-39 anos
40-44 anos
45-49 anos
50-54 anos
55-59 anos
60-64 anos
65-69 anos
70-74 anos
75-79 anos
80-84 anos
>=85 anos
Homens 1991 Homens 2018 Mulheres 1991 Mulheres 2018
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 16 DE 43
Quadro 6 - Índices de dependência (jovens, idosos e total) e índice de envelhecimento de Portugal continental, da área de abrangência da ARS Centro e do ACES Cova da Beira, em 2018
Índices de dependência Índice de envelhecimento
Jovens Idosos Total
Continente 21,3 34,5 55,8 162,2
ARS Centro 18,9 39,2 58,1 207,0
Cova da Beira 17,6 45,6 63,2 258,7
Belmonte 16,1 42,8 58,9 265,5
Covilhã 17,9 45,1 63,0 252,1
Fundão 17,5 47,2 64,8 269,3
Fonte: INE.
A Esperança de vida à nascença no ACES Cova da Beira, em ambos os sexos, no triénio
2015-2017 (82,1 anos) é ligeiramente superior à ARS Centro e ao Continente. (Quadro 7)
De um modo geral tem aumentado com o tempo (de 1996 a 2017), sendo superior no sexo
feminino. A Esperança de vida no triénio 2015-2017, no ACES Cova da Beira, é de 78,8
anos para os homens e 85,3 anos para as mulheres. (Figura 8)
Quadro 7 - Esperança de vida à nascença, para ambos os sexos, nos triénios 1996-1998, 2005-2007 e 2015-2017 em Portugal continental, ARS Centro e ACES Cova da Beira
1996-1998 2005-2007 2015-2017
Continente 75,8 79,0 81,5
ARS Centro 76,6 79,4 81,7
Cova da Beira 76,1 80,3 82,1
Fonte: INE.
Figura 8 - Evolução da Esperança de vida à nascença no ACES Cova da Beira entre os triénios
1996-1998 e 2015-2017, por sexo feminino e masculino Fonte: INE.
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
96
-98
97
-99
98
-00
99
-01
00
-02
01
-03
02
-04
03
-05
04
-06
05
-07
06
-08
07
-09
08
-10
09
-11
10
-12
11
-13
12
-14
13
-15
14
-16
15
-17
Homens Mulheres
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 17 DE 43
NATALIDADE
Pela análise das últimas três décadas, Quadro 8, verifica-se que o número de nados-vivos
na Cova da Beira, e em cada um dos seus concelhos, acompanhou a tendência decrescente
nacional e da região de saúde do centro. Similarmente se mantém a tendência decrescente
ao nível da taxa bruta de natalidade.
Quadro 8 – Evolução de Nados-vivos (N.º) e da Taxa Bruta de Natalidade (%0), de 1998 a 2018, em Portugal continental, ARS Centro e ACES Cova da Beira
Nados-vivos (Nº) por local de residência da mãe Taxa bruta de natalidade (‰)
1998 2008 2018 1998 2008 2018
Continente 106 857 99 057 82 848 11,0 9,9 8,5
ARS Centro 17 236 14 748 11 891 9,8 11,2 9,7
Cova da Beira 831 667 503 8,9 7,4 6,2
Belmonte 67 51 35 8,8 7,2 5,4
Covilhã 492 413 299 9,1 7,8 6,3
Fundão 272 203 169 8,6 6,8 6,3
Fonte: INE.
O Índice Sintético de Fecundidade é o número médio de crianças vivas nascidas por mulher
em idade fértil (dos 15 aos 49 anos de vida), admitindo que as mulheres estariam submetidas
às taxas de fecundidade observadas no momento. O número de 2,1 crianças por mulher é
considerado o nível mínimo de substituição de gerações, nos países mais desenvolvidos.
Na Cova da Beira o Índice Sintético de Fecundidade, no ano de 2018, foi de 1,27 – inferior
ao da ARS Centro (1,28) e do Continente (1,43).
A proporção de nascimentos pré-termo na Cova da Beira no triénio 2014-2016 foi de 7,1%,
inferior à da Região (8,0%) e do Continente (7,9%). O baixo peso à nascença na Cova da
Beira é 9,8%, superior ao da Região (8,6%) e do Continente (8,8%).
No que se refere à tendência da proporção dos nascimentos em mulheres mais jovens
(abaixo dos 20 anos) esta tem vindo a decrescer, inversamente à que se verifica nas
mulheres mais velhas (igual ou superior a 35 anos), conforme consta no Quadro 9 e na
Figura 9.
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 18 DE 43
Quadro 9 - Proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos e igual ou superior a 35 anos, nos triénios 1996-1998, 2006-2008 e 2016-2018, em Portugal continental, ARS Centro e ACES
Cova da Beira
Proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade < 20 anos
Proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade ≥ 35 anos
1996-1998 2006-2008 2016-2018 1996-1998 2006-2008 2016-2018
Continente 6,6 4,4 2,4 11,0 18,4 32,3
ARS Centro 6,8 3,7 2,0 10,2 18,0 33,8
Cova da Beira 6,0 3,6 2,9 10,6 18,7 33,3
Fonte: INE.
Figura 9 - Evolução da proporção (%) de nascimentos em mulheres com idade inferior a 20 anos e em mulheres com idade igual ou superior a 35 anos, no ACES Cova da Beira
Fonte: INE.
CARATERIZAÇÃO SOCIOECONÓMICA
Relativamente ao nível de escolaridade da população verificou-se que mais de metade da
mesma tem o ensino básico completo, correspondendo a 56,3%, similar à região e superior
ao Continente (Figura 10).
Figura 10 - Distribuição da população residente por nível de escolaridade mais elevado completo, em
Portugal continental, na ARS Centro e no ACES Cova da Beira (Censos 2001 e 2011) Fonte: INE.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
96
-98
97
-99
98
-00
99
-01
00
-02
01
-03
02
-04
03
-05
04
-06
05
-07
06
-08
07
-09
08
-10
09
-11
10
-12
11
-13
12
-14
13
-15
14
-16
15
-17
16
-18
% nascimentos em mulheres < 20 anos % nascimentos em mulheres ≥ 35 anos
26,218,8
29,220,0
29,620,7
55,454,9
55,456,0
56,556,3
11,814,3
9,913,1
9,213,0
6,6 11,9 5,5 10,9 4,6 10,0
0
20
40
60
80
100
2001 2011 2001 2011 2001 2011
Continente ARS Centro ACeS Cova da Beira
%
Nenhum Básico Secundário Superior
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 19 DE 43
O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional, IP
(IEFP) na Região Centro tem mostrado uma tendência decrescente. Em termos relativos, a
taxa de desempregados na Cova da Beira, em dezembro de 2016, era de 4289
desempregados, correspondendo a 58,9/1000 habitantes com 15 e mais anos, valor superior
à Região (43,7/1000 habitantes) e ao Continente (53,6/1000 habitantes).
Quanto à distribuição da população empregada por setores de atividade em 2011, no ACES
Cova da Beira o primordial é o setor terciário com 67,1%, seguindo-se do setor secundário
com 29,0% e o primário com 3,09%, seguindo a tendência da Região e do Continente.
Como se pode constatar no Quadro 10, a proporção de pensionistas da Segurança Social
por população ativa é superior na Cova da Beira, destacando-se a Covilhã, relativamente
aos valores da ARS Centro e do Continente. No entanto o valor médio anual das pensões
na Cova da Beira é inferior à destes.
Quadro 10 - Pensionistas da Segurança Social (número, proporção por 1000 habitantes da população ativa (com mais de 15 anos) e valor médio anual das pensões, em 2018
Número de
pensionistas
Proporção da população (%0
15+ anos)
Valor médio anual (€)
Continente 2 875 070 340,5 5 465
ARS Centro 541 711 372,6 4 682
Cova da Beira 31 624 441,8 4 368
Belmonte 2 306 400,6 n.d.
Covilhã 19 369 461,7 n.d.
Fundão 9 949 416,7 n.d. Legenda: n.d.-não disponível
Fonte: INE.
Nos anos em análise no Quadro 11, o poder de compra per capita em cada município da
Cova da Beira tem aumentado, tendência idêntica à da área da abrangência da ARS Centro.
Quadro 11 - Poder de compra per capita, em 1995, 2005 e 2015
1995 2005 2015
Continente 102,0 100,5 100,7
ARS Centro 71,6 83,9 88,8
Cova da Beira 71,7 n.d. n.d.
Belmonte 52,8 58,9 74,9
Covilhã 78,7 83,8 87,8
Fundão 64,3 71,0 77,9 Legenda: n.d.-não disponível
Fonte: INE.
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 20 DE 43
MORTALIDADE
A taxa bruta de mortalidade no ACES Cova da Beira, no ano de 2018, foi de 13,2/1000
habitantes, tendo diminuído desde 2016 (14,2/1000 habitantes), contrariamente ao ligeiro
acréscimo verificado na ARS Centro (de 12,5 para 12,8/1000 habitantes) e em Portugal
continental (de 10,7 para 11,0/1000 habitantes).
Apresentam-se, de seguida, no Quadro 12 e nas Figuras 11 e 12, a taxa de mortalidade
perinatal e componentes da taxa de mortalidade infantil, as quais diminuíram nas últimas
duas décadas quer no ACES Cova da Beira quer na ARS Centro e em Portugal continental.
Quadro 12 - Taxas de mortalidade perinatal, infantil, neonatal precoce, neonatal e pós-neonatal, nos triénios 1996-1998, 2006-2008 e 2016-2018, em Portugal continental, ARS Centro e ACES Cova da Beira
Continente ARS Centro ACES Cova da Beira
96-98 06-08 16-18 96-98 06-08 16-18 96-98 06-08 16-18
Tx. Mortalidade perinatal 7,0 4,3 3,7 6,5 4,5 3,5 9,2 5,3 2,6
Tx. Mortalidade infantil 6,2 3,3 3,1 5,1 3,3 2,3 9,2 2,9 2,6
Tx. Mortalidade neonatal precoce 2,8 1,5 1,4 2,2 1,7 1,1 5,2 1,4 0,6
Tx. Mortalidade neonatal 3,9 2,1 2,1 3,0 2,0 1,7 7,2 1,9 1,3
Tx. Mortalidade pós-neonatal 2,3 1,2 1,0 2,1 1,3 0,7 2,0 1,0 1,3
Fonte: INE
Figura 11 – Evolução da Taxa de Mortalidade Infantil (por 1000 nados vivos), 1996-2018 (média anual por triénio)
Figura 12 – Evolução da taxa de mortalidade perinatal (por 1000 nados vivos e fetos mortos 28+ semanas), 1996-2018 (média anual por triénio)
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
Continente ARS Centro ACES Cova Da Beira
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
Continente ARS Centro ACES Cova Da Beira
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 21 DE 43
No que se refere à mortalidade proporcional (2012-2014), o ACES Cova da Beira
acompanha a ordenação dos grandes grupos de causas de morte (todas as idades e
prematura) da ARS Centro e do Continente, sendo os principais as doenças do aparelho
circulatório e os tumores malignos. Salienta-se, no entanto, que a mortalidade por tumores
malignos em idade prematura é superior no ACES Cova da Beira (Figuras 13 e 14).
30,2
24,4
11,9
8,2
5,4
4,3
4,0
3,3
2,7
2,2
2,3
0,4
0,4
0,1
29,6
22,2
13,6
9,1
5,6
4,6
4,4
3,1
3,0
1,8
2,0
0,4
0,5
0,1
26,7
23,7
13,1
10,9
5,2
4,6
4,1
3,9
2,7
2,2
1,5
0,7
0,6
0,1
0
5
10
15
20
25
30
35% Continente
ARS Centro
ACeS Cova da Beira
Figura 13 – Mortalidade proporcional (%) por grandes grupos de causas de morte no triénio 2012-2014, para todas as idades e ambos os sexos
Fonte: INE
39,9
19,2
7,9
7,5
5,5
5,8
4,1
2,8
3,1
1,7
1,2
0,5
0,3
#N/D
38,1
18,1
8,6 9,2
5,6 6,
6
4,2
3,0
2,3
1,8
1,3
0,5
0,4
#N/D
41,8
15,5
9,0
8,4
6,6
6,3
3,9
2,5
1,9
1,4
0,9
0,8
0,6
#N/D
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45% ContinenteARS CentroACeS Cova da Beira
Figura 14 - Mortalidade proporcional (%) por grandes grupos de causas de morte, no triénio 2012-2014, para idades inferiores a 75 anos e ambos os sexos
Fonte: INE
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 22 DE 43
Analisando a mortalidade proporcional (2012-2014) no ACES Cova da Beira, por grupo
etário (Figura 15), destaca-se como um dos grandes grupos de causa de morte os tumores
malignos até aos 9 anos e após os 40 anos. Nas idades mais avançadas (80 ou mais anos)
prevalecem as doenças do aparelho circulatório. Evidenciam-se, ainda, as causas externas
de morte entre os 10 e os 40 anos.
Em termos de taxa de mortalidade padronizada (TMP) pela idade, abaixo dos 75 anos, no
triénio 2012-2014, conforme Quadro 13, o ACES Cova da Beira foi o que apresentou valores
mais elevados por tumores malignos (144,4/100000 habitantes) superiores aos da região de
saúde (125,1‰) e Continente (137,0‰), dos quais se evidenciaram os tumores da laringe,
traqueia, brônquios e pulmão (32,4‰), colón (16,7‰). Seguiram-se as doenças do aparelho
circulatório (53,0/100000 habitantes) e as causas externas (30,7‰), tendo as lesões
apresentado valores (10,4‰) mais elevados que a região de saúde (5,4‰) e o Continente
(3,8‰).
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Pro
po
rção
de
ób
ito
s (%
) Outras causas
Causas externas
SSA nãoclassificadosAfecções no períodoperinatalDoenças apgeniturinárioD. sistemaosteomuscularDoenças ap digestivo
Doenças aprespiratórioDoenças apcirculatórioD. sistema nervoso
Doenças endócrinas
Doenças do sangue
Tumores malignos
Doenças infeciosas
Figura 15 - Mortalidade proporcional (%) por grandes grupos de causas de morte, no triénio 2012-2014, no ACES Cova da Beira, em ambos os sexos, para cada grupo etário
Fonte: INE
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 23 DE 43
Quadro 13 - Taxas de mortalidade padronizada (TMP) pela idade (por 100 000 habitantes), por grandes grupos de causas de morte, nos triénios 2010-2012, 2011-2013 e 2012-2014, para indivíduos com idade
inferior a 75 anos residentes em Portugal continental, ARS Centro ou ACES Cova da Beira
Causas de morte
Continente ARS Centro ACES Cova da Beira
10-12 11-13 12-14 10-12 11-13 12-14 10-12 11-13 12-14
Todas as causas de morte 362,1 354,2 344,7 345,2 339,8 331,0 360,6 358,1 349,3
Algumas doenças infeciosas e parasitárias 11,8 11,0 10,4 7,9 7,7 7,6 9,8 7,2 6,9
Tuberculose 1,0 1,0 0,9 0,5 0,6 0,7 0,4 0,4 0,4
VIH/ SIDA 5,6 5,0 4,5 2,2 2,1 1,9 0,8 0,8 1,2
Tumores malignos (TM) 139,4 138,7 137,0 126,0 126,9 125,1 134,4 140,6 144,4
TM do lábio, cavidade bucal e faringe 5,8 5,7 5,4 6,1 6,4 6,0 4,7 6,6 5,8
TM do esófago 4,1 4,2 4,1 3,8 3,9 3,9 2,7 2,7 2,7
TM do estômago 12,8 12,6 12,1 10,8 10,9 10,4 10,5 10,6 9,4
TM do cólon 12,6 12,5 12,2 12,4 12,5 12,3 16,3 18,4 16,7 TM da junção retossigmoideia, reto, ânus e
canal anal 5,8 5,6 5,5 5,8 5,8 5,3 2,7 3,5 3,5
TM do fígado e vias biliares intra-hepáticas 5,9 6,1 6,3 6,1 6,0 6,2 6,6 5,9 6,6
TM do pâncreas 7,1 7,0 7,0 6,1 6,4 6,8 4,3 4,7 5,1
TM laringe, traqueia, brônquios e pulmões 27,8 28,4 28,4 19,8 20,9 21,1 30,1 29,3 32,4
Melanoma maligno da pele 1,6 1,5 1,6 1,6 1,2 1,1 1,5 1,9 1,5
TM do rim, exceto pelve renal 2,0 2,0 2,0 1,4 1,6 1,6 2,0 2,3 2,7
TM da bexiga 3,2 3,4 3,3 2,6 2,7 2,9 1,5 1,9 3,9
TM do tecido linfático e hematopoético 10,5 10,4 10,4 10,8 10,2 10,0 12,5 12,8 12,0
Doenças do sangue e órgãos hematopoéticos 1,1 1,1 1,1 1,3 1,3 1,4 0,4 1,5 1,9 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas
15,6 15,2 14,4 14,3 14,6 13,9 16,4 16,2 13,3
Diabetes mellitus 12,7 11,9 10,9 10,6 10,5 9,7 13,0 11,9 8,9 Doenças do sistema nervoso e dos órgãos dos sentidos 9,3 9,3 9,6 9,4 9,5 10,0 10,1 9,7 8,9
Doenças do aparelho circulatório 69,3 66,3 66,6 60,0 58,9 59,4 52,2 50,3 53,0
Doenças isquémicas do coração 22,0 20,9 21,9 14,4 14,6 15,8 17,0 15,8 17,1
Outras doenças cardíacas 8,8 8,6 9,0 10,8 10,3 10,6 10,3 12,4 11,8
Doenças cerebrovasculares 27,4 25,7 24,1 26,6 24,8 23,0 16,8 16,3 17,1
Doenças do aparelho respiratório 20,4 20,2 19,4 19,5 19,9 18,6 22,7 26,2 23,0
Pneumonia 7,8 7,9 7,6 8,4 9,0 8,7 4,6 6,6 9,0 Doenças crónicas das vias aéreas
inferiores 5,7 5,7 5,5 4,3 4,3 4,2 6,2 7,0 5,9
Doenças do aparelho digestivo 21,3 20,7 19,8 21,1 22,0 21,7 22,0 22,7 21,6
Doenças crónicas do fígado (inclui cirrose) 11,0 10,5 10,0 12,9 12,8 12,7 12,0 12,9 12,2 Doenças do sistema osteomuscular/ tecido conjuntivo 1,4 1,4 1,6 1,3 1,5 1,6 0,8 1,1 2,7
Doenças do aparelho geniturinário 4,5 4,2 4,1 4,5 4,3 4,2 4,1 3,5 3,1
Doenças do rim e ureter 2,8 2,5 2,5 2,7 2,7 2,8 3,4 3,1 2,7 Algumas afeções originadas no período perinatal 1,9 2,0 2,0 1,8 2,0 2,0 1,8 2,8 3,6
Sintomas, sinais e achados anormais não classificados 34,8 33,5 27,1 39,9 35,0 28,4 44,8 39,5 31,4
Causas externas 26,5 25,0 25,6 32,1 30,2 31,0 34,5 30,4 30,7
Acidentes de transporte 7,6 6,8 6,3 9,9 9,3 8,4 9,4 9,5 8,0
Quedas acidentais 1,5 1,5 1,7 1,7 2,1 2,4 1,6 2,0 3,6 Suicídios e lesões autoprovocadas
voluntariamente 8,0 8,0 8,5 8,3 8,0 8,8 7,3 5,8 5,5
Lesões (ignora-se se foram acidentais ou intencionalmente Infligidas)
4,2 3,8 3,8 6,1 5,3 5,4 11,1 9,1 10,4
TMP é inferior com significância estatística TMP é inferior sem significância estatística
TMP é superior sem significância estatística TMP é superior com significância estatística
Fonte: INE, Observatório Regional de Saúde
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 24 DE 43
MORBILIDADE
No que se refere à morbilidade registada pelos profissionais médicos, de acordo com a
Classificação Internacional de Cuidados de Saúde Primários (ICPC-2), destacaram-se, em
2018, no ACES Cova da Beira: a dislipidemia, a hipertensão, a diabetes, as perturbações
depressivas e a obesidade (Quadro 14). Em 2017, a hipertensão, a dislipidemia e as
perturbações depressivas estavam já nos cinco primeiros lugares; as síndromes da coluna
vertebral e as doenças cardio-cerebrovasculares ocupavam o segundo e o quinto grupo
mais prevalente, com taxas de 237,5 e 135,5 por 1000 utentes inscritos.
Quadro 14 - Proporção (%) de inscritos por diagnóstico ativo, em dezembro 2018, em Portugal continental, na ARS Centro e no ACES Cova da Beira (ordem decrescente do ACES)
Diagnóstico ativo (ICPC-2)
Continente ARS Centro ACES Cova da
Beira
HM H M HM H M HM H M
Alteração do metabolismo dos lípidos (T93) 22,9 22,1 23,6 27,4 26,2 28,6 24,8 22,9 26,5
Hipertensão (K86 ou K87) 22,5 20,8 24,0 24,7 23,1 26,2 24,3 21,7 26,6
Diabetes (T89 ou T90) 9,6 10,2 9,0 8,8 9,4 8,3 9,7 10,0 9,5
Perturbações depressivas (P76) 11,2 4,8 16,9 13,2 5,7 20,0 9,7 3,9 15,0
Obesidade (T82) 10,7 8,9 12,3 10,2 8,8 11,4 5,8 4,8 6,7
Osteoartrose do joelho (L90) 5,3 3,3 7,0 6,5 4,4 8,4 5,2 3,1 7,0
Doenças dos dentes e das gengivas (7 anos) (D82) 7,7 7,7 7,7 7,8 7,3 8,3 4,7 3,7 5,7
Osteoporose (L95) 2,6 0,4 4,5 3,3 0,4 5,9 3,7 0,5 6,7
Osteoartrose da anca (L89) 2,6 1,9 3,2 3,5 2,7 4,3 3,0 2,0 3,9
Doença cardíaca isquémica (K74 ou K76) 1,8 2,2 1,4 2,2 2,4 1,9 2,8 2,9 2,6
Asma (R96) 3,0 2,6 3,3 3,1 2,8 3,5 2,5 2,1 2,9
DPOC (R95) 1,4 1,8 1,0 1,4 1,8 1,0 1,9 2,6 1,2
Bronquite crónica (R79) 1,1 1,1 1,1 1,5 1,4 1,5 1,6 1,7 1,6
Trombose/ acidente vascular cerebral (K90) 1,4 1,5 1,3 1,5 1,6 1,4 1,4 1,4 1,4
Demência (P70) 0,9 0,6 1,2 1,0 0,6 1,3 0,9 0,6 1,2
Enfarte agudo do miocárdio (K75) 0,7 1,1 0,4 0,7 1,1 0,3 0,9 1,3 0,4
Neoplasia maligna da mama feminina (X76) 0,9 NA 1,7 0,9 NA 1,7 0,8 NA 1,6
Neoplasia maligna do cólon e reto (D75) 0,6 0,7 0,5 0,6 0,7 0,5 0,7 0,9 0,5
Neoplasia maligna da próstata (Y77) 0,6 1,2 NA 0,7 1,5 NA 0,6 1,3 NA
Neoplasia maligna do estômago (D74) 0,1 0,2 0,1 0,1 0,2 0,1 0,1 0,2 0,1
Neoplasia maligna do colo do útero (X75) 0,1 NA 0,3 0,1 NA 0,2 0,1 NA 0,2
Neoplasia maligna do brônquio/ pulmão (R84) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,1
Legenda: NA- não aplicável Fonte: SIARS, Observatório Regional de Saúde.
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 25 DE 43
As principais causas de internamento hospitalar na área de abrangência do ACES Cova da
Beira, em 2015, foram as doenças do sistema circulatório, digestivo e respiratório e as
neoplasias malignas (Quadro 15).
A taxa de internamento por doença cerebrovascular entre residentes na Cova da Beira, com
idade inferior a 65 anos, foi de 9,59% ou seja 959 por 100 000 habitantes.
Quadro 15 - Morbilidade hospitalar (número de episódios, taxas bruta e padronizada por 100 000 habitantes) por causas de internamento, no ano de 2015, de indivíduos residentes na área de
abrangência de Portugal continental, ARS Centro e ACES Cova da Beira
Causas de internamento
Continente ARS Centro ACES Cova da Beira
N.º TB TP N.º TB TP N.º TB TP
Todas as causas 829 914 8 421,7 8 314,9 160 858 9 526,0 9 048,9 12 085 14 502,5 13 020,9
Doenças do sistema circulatório 113 792 1 154,7 1 074,7 21 698 1 285,0 1 068,3 2 269 2 722,9 2 113,3
Doenças do sistema digestivo 86 319 875,9 844,5 18 608 1 102,0 1 008,8 1 367 1 640,5 1 464,1
Doenças do sistema respiratório 94 758 961,6 925,8 20 954 1 240,9 1 087,5 1 288 1 545,7 1 238,3
Neoplasias malignas 63 262 642,0 608,1 11717 693,9 614,2 933 1 119,6 912,2
Causas externas de morbilidade e mortalidade 77 169 783,1 749,1 15 000 888,3 795,0 931 1 117,2 917,3
Fatores que influenciam o estado de saúde e o contacto com os serviços de saúde
89 590 909,1 1 048,3 16 743 991,5 1 254,2 912 1 094,4 1 433,4
Doenças do sistema genito- -urinário 58 448 593,1 566,4 11 353 672,3 595,8 776 931,2 770,7
Lesões, envenenamentos e outras consequências de causas externas
68 587 696,0 665,1 13 223 783,1 696,9 741 889,2 734,7
Pneumonia 41 459 420,7 392,6 10 126 599,7 485,9 612 734,4 534,1
Gravidez, parto e puerpério 77 855 790,0 822,5 13 027 771,5 838,1 598 717,6 855,1
Legenda: N.º- número; TB- taxa bruta; TP- taxa padronizada. Fonte: ACSS, Observatório Regional de Saúde.
DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA
As Doenças de Notificação Obrigatória (DNO) mais notificadas no ACES Cova da Beira nos
últimos anos (2016, 2017 e 2018) são a tuberculose, a doença invasiva pneumocócica e a
campilobacteriose.
No Quadro 16 salientam-se, ainda, a tosse convulsa em 2016 (taxa de 19,4/100 000
habitantes) e a infeção por vírus da imunodeficiência humana (VIH) em 2017 (taxa de
17,2/100 000 habitantes). Esta elevada taxa de notificação de VIH, em 2017, deve-se ao
facto de neste ano se terem notificado casos já anteriormente diagnosticados, mas que não
se encontravam notificados, seguindo as orientações da Direção-Geral da Saúde.
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 26 DE 43
As notificações de botulismo, febre tifóide, sarampo e tétano foram, depois de inquérito
epidemiológico e investigação/ análise cuidada, classificadas como “não é caso”.
Quadro 16 – Número e taxa de notificação (por 100 000 habitantes) de Doenças de Notificação
Obrigatória no ACES Cova da Beira, nos anos 2016, 2017 e 2018
2016 2017 2018
Doenças de Notificação Obrigatória N.º Tx. N.º Tx. N.º Tx.
Botulismo 1 1,2 0 0,0 0 0,0
Brucelose 0 0,0 2 2,5 2 2,5
Campilobacteriose 4 4,8 11 13,5 9 11,2
Criptosporidiose 0 0,0 3 3,7 0 0,0
Doença de Lyme (Borreliose) 0 0,0 0 0,0 1 1,2
Doença dos Legionários 3 3,6 0 0,0 1 1,2
Doença invasiva meningocócica 1 1,2 1 1,2 0 0,0
Doença invasiva pneumocócica 6 7,3 15 18,4 12 14,9
Doença invasiva por Haemophilus influenzae 1 1,2 0 0,0 0 0,0
Febre escaro-nodular (Rickettsiose) 0 0,0 5 6,1 5 6,2
Febre Q 0 0,0 6 7,4 5 6,2
Febre Tifóide e Paratifóide 0 0,0 0 0,0 1 1,2
Giardíase 1 1,2 1 1,2 1 1,2
Gonorreia 1 1,2 0 0,0 2 2,5
Hepatite B 1 1,2 4 4,9 2 2,5
Hepatite C 5 6,1 6 7,4 0 0,0 Infeção por Chlamydia Trachomatis - Excluindo Linfogranuloma Venéreo 0 0,0 0 0,0 1 1,2
Leishmaniose Visceral 0 0,0 0 0,0 1 1,2
Leptospirose 0 0,0 1 1,2 0 0,0
Listeriose 1 1,2 1 1,2 1 1,2
Malária 1 1,2 0 0,0 1 1,2
Parotidite Epidémica 6 7,3 4 4,9 2 2,5
Salmoneloses não Typhi e não Paratyphi 7 8,5 6 7,4 5 6,2
Sarampo 0 0,0 1 1,2 0 0,0
Sífilis - Excluindo Sífilis Congénita 3 3,6 4 4,9 7 8,7
Tétano - Excluindo Tétano Neonatal 0 0,0 1 1,2 0 0,0
Tosse Convulsa 16 19,4 0 0,0 1 1,2
Tuberculose 19 23,0 15 18,4 25 31,0 VIH (Infeção por vírus da imunodeficiência humana)/ SIDA 1 1,2 14 17,2 3 3,7
Yersiniose 0 0,0 1 1,2 1 1,2 Z - Enterobacteriaceae Produtoras de Carbapenemases (CPE) 0 0,0 1 1,2 0 0,0
TOTAL 78 94,5 103 126,2 89 110,3 Legenda: N.º-número; Tx.-Taxa. Fonte: SINAVE.
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 27 DE 43
FATORES DE RISCO
O Inquérito Nacional de Saúde (INS) 2005/2006 revela que 50% da população da Região
Centro com 18 e mais anos de idade tem excesso de peso ou é obesa, tal como acontece
no Continente. Quase metade da população com idades entre os 55 e os 64 anos tem
excesso de peso e cerca de 20% da população entre os 65 e os 74 anos é obesa. A
percentagem de homens com excesso de peso é superior à das mulheres, mas existem
mais mulheres com obesidade (Figura 16).
Figura 16 - Distribuição percentual da população com 18 e mais anos, por classes de IMC e por sexo na Região de saúde do Centro (2005/2006)
Após analise dos registos dos ICPC-2 e do Perfil Local de Saúde do ACES CB podemos
constatar que em 2016 o abuso de tabaco com um valor de 6,0% (6,6% H e 5,6% M) é
inferior à Região (10,0%) e ao Continente (10,4%); no abuso crónico de álcool com um valor
de 1,4% (2,9% H e 0,2% M) é ligeiramente mais baixo que o da Região (1,5%) e igual ao do
Continente (1,4%).
No que concerne ao abuso de drogas no ACES Cova da Beira regista-se um valor de 0,3 %
(0,4% H e 0,2% M), inferior à Região (0,4%) e ao Continente (0,5%).
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 28 DE 43
PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
Para tal é primordial garantir três pilares que alicerçam toda a ação prática e linha estratégica
de uma instituição, assim é fundamental manter a simbiose destas traves mestras que são:
Missão
Garantir a prestação de cuidados de saúde personalizados aos utentes e à comunidade, com
elevado desempenho assistencial, qualidade e eficiência, procurando manter os princípios de
equidade e solidariedade.
Visão
Ser uma Instituição prestadora de cuidados de saúde personalizados e de proximidade de
referência, pela excelência e qualidade do trabalho desempenhado por profissionais
comprometidos com a satisfação dos utentes, promovendo e contribuindo para comunidades
saudáveis e uma cultura de saúde e bem-estar.
Princípios e Valores
No desenvolvimento da sua atividade o ACES Cova da Beira e os seus profissionais regem-
se pelos seguintes princípios e valores:
- Qualidade – procurando a Excelência na prestação de cuidados, utilizando
procedimentos, tecnologias e meios geradores de qualidade;
- Cultura, Trabalho em Equipa e Comunicação – promovendo o trabalho em
equipa, o empowerment, a responsabilidade individual, a iniciativa, a inovação e a
comunicação, conseguindo assim elevados níveis de participação entre todos;
- Compromisso e Humanização – Colocando o utente no centro do sistema, para
que todas as atividades se desenvolvam no sentido de responder às suas
preocupações e necessidades, privilegiando uma relação personalizada, seguindo
elevados padrões de comportamento ético e respeito pelo próximo;
- Ética, Responsabilidade Social e Ambiental – respeitando o bem-estar e o futuro
da comunidade onde estamos inseridos, fomentando um espírito ativo de
responsabilidade social e ambiental;
- Valorização, das pessoas e com as pessoas – apostando no desenvolvimento
pessoal e profissional dos nossos colaboradores, capitalizando todo o conhecimento
criado numa importante fonte de informação e diferenciação para todos.
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 29 DE 43
IDENTIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE
Com a finalidade da identificação dos principais problemas de saúde do ACES Cova da
Beira, a equipa da Unidade de Saúde Pública (USP), da Comissão de Qualidade e
Segurança (CQS) e a do Observatório Local de Saúde (OLS), em articulação com ao
Conselho Clínico e de Saúde (CCS), começou por criar um grupo de trabalho multidisciplinar
para efetuar a sua identificação com base nos instrumentos de gestão e fontes de dados
disponíveis, salientando-se o Diagnóstico de Situação de Saúde, o Perfil Local de Saúde,
os Planos de Desempenho, os Relatórios de Atividades, os Planos de Ação de Unidades
Funcionais, entre outros.
Após a análise demográfica e das principais causas de morbi-morbilidade do ACES,
anteriormente apresentados no presente documento, identificaram-se como os principais
problemas de saúde da população da Cova da Beira:
- Hipertensão arterial;
- Alterações do metabolismo dos lípidos;
- Doenças cardíaca;
- Doença cerebrovascular;
- Tumores malignos;
- Perturbações depressivas;
- Diabetes;
- Problemas músculo esqueléticos;
- Doenças do aparelho respiratório;
- Obesidade e excesso de peso;
- Envelhecimento populacional.
Após esta analise preliminar iniciou-se um processo de auscultação das coordenações das
Unidade Funcionais e do Conselho da Comunidade do ACES Cova da Beira; salientando-
se as autarquias locais e algumas instituições públicas e privadas mais diretamente ligadas
á problemática da saúde na região, foi possível receber alguns dos seus contributos dos
quais se salientam e evidenciaram a doença oncológica, as doenças cardio-
cerebrovasculares, a doença mental (perturbações depressivas, ansiedade e
comportamentos aditivos) e o envelhecimento populacional e a sua dificuldade de Acesso
aos serviços de saúde devido dispersão geográfica.
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 30 DE 43
PRIORIZAÇÃO DOS PROBLEMAS DE SAÚDE
Na priorização dos problemas de saúde do ACES Cova da Beira foram tomados em
consideração os seguintes critérios: magnitude, transcendência social, económica e
vulnerabilidade para intervenção de cada problema selecionado.
Para a identificação e hierarquização dos problemas de saúde foi utilizada a metodologia de
consenso através da técnica de grupo nominal, realizaram-se, como já referido, reuniões
com os Coordenadores das Unidades Funcionais e com os parceiros da comunidade.
Os cinco principais problemas de saúde priorizados foram:
1- Doença Oncológica
2- Doença Cardio-cerebrovascular
3- Doença Mental
4- Diabetes Mellitus
5- Envelhecimento Demográfico (determinante de saúde)
Após a priorização dos problemas de saúde do ACES, para cada um foram definidos os
principais determinantes de saúde, o objetivo geral, as estratégias, os programas
envolvidos, os indicadores, as metas e sua monitorização, apresentados nas cinco páginas
seguintes.
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1 –
Do
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a Enquadramento/Justificação:
Considerando as causas de mortalidade prematura (< 75 anos), no triénio 2012-2014, em termos de taxa de mortalidade padronizada (TMP) pela idade, o ACES CB apresenta valores mais elevados (144,4/100 000 hab.) comparativamente à ARS Centro (125,1/100 000 hab.) e Portugal continental (137,0/100 000 hab.).
Abordagem segundo os eixos do PNS e ciclo de vida:
Cidadania em saúde; Equidade e Acesso adequado aos cuidados de saúde; Qualidade na saúde e Políticas saudáveis. Ao longo de todo o ciclo de vida
Determinantes Objetivo geral Estratégias Programas envolvidos Indicadores Metas 2020 (valor de 2017)
Monitorização
Fatores de risco
� Tabagismo � Abuso de álcool � Excesso de peso e obesidade � Baixo consumo de frutas e
legumes � Consumo de carnes vermelhas e
processadas � Consumo de sal e alimentos
salgados � Consumo de bebidas alcoólicas � Inatividade física � Infeção pelo vírus HPV � Radiações ionizantes e não
ionizantes; � Poluição do ar � Exposição ambiental e ocupacional � Asbestos
Fatores protetores
� Cessação tabágica � Consumo moderado de álcool � Dieta equilibrada � Atividade física � Consumo de alimentos ricos em
fibras (frutas e legumes) � Promoção da amamentação � Vacinação contra HPV � Participação nos programas de
rastreio � Uso de Equipamentos de Proteção
Individuais � Literacia em Saúde
Diminuir a letalidade por doença oncológica
Prevenção primária, secundária e terciária:
� Promover estilos de vida saudáveis
� Promover a realização de rastreio � Promover a vacinação (HPV) � Facilitar a acessibilidade a
cuidados de saúde curativos, de reabilitação e paliativos
� Promover diagnóstico e tratamento precoce
� Disponibilizar consulta cessação tabágica
� Promover grupos de auto-ajuda � Formar cuidadores informais � Educar para a prevenção com
inicio o mais precocemente possível, com enfoque na saúde escolar
� Divulgar e alertar para sinais de alerta
Principais parceiros:
� IPOCFG, EPE � CHUC, EPE � Liga Portuguesa Contra o Cancro
– Núcleo regional do Centro � Autarquias � Escolas / Agrupamentos escolares � IPSS
� Doenças Oncológicas � Prevenção e Controlo do
Tabagismo � Promoção da Alimentação
Saudável � Promoção da Atividade Física � Vacinação � Doenças Respiratórias � Saúde sexual e reprodutiva � Saúde ocupacional � Saúde escolar � Saúde oral � Prevenção e controlo da dor
� Proporção de utentes com idade entre [50; 75[ anos, com rastreio de cancro do colon e reto efetuado
� Consumo de tabaco
� Proporção fumadores com consulta relacionada com tabaco último ano
� Proporção mulheres [50; 70[ anos, com mamografia registada (2 anos)
� Proporção de mulheres entre [25; 60[ anos, com rastreio do cancro do colo do útero efetuado
� Proporção de raparigas, das coortes em análise, vacinadas contra o HPV (2 doses)
27,00%
(25,54%)
24,00%
(25,64%)
16,00%
(9,36%)
62,00%
(43,29%)
30,00%
(28,44%)
90,00%
(87,07%)
Semestral
Fonte: SIARS, Vacinas
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– D
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ard
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rova
scu
lar Enquadramento/Justificação:
O segundo grande grupo de causas de mortalidade prematura (< 75 anos) no ACES CB, no triénio 2012-2014, é o das doenças do aparelho circulatório – com taxa de mortalidade padronizada (TMP) pela idade de 50,30/100 000 hab., não obstante ser inferior à da ARS Centro (59,4/100 000 hab.) e Portugal continental (66,6/100 000 hab.). A morbilidade com maior prevalência no ACES CB em 2017 é a hipertensão (286,20%0).
Abordagem segundo os eixos do PNS e ciclo de vida:
Cidadania em saúde; Equidade e Acesso adequado aos cuidados de saúde; Qualidade na saúde e Políticas saudáveis. Ao longo de todo o ciclo de vida
Determinantes Objetivo geral Estratégias Programas envolvidos Indicadores Metas 2020 (valor de 2017)
Monitorização
Fatores de risco
� Excesso de peso e obesidade � Inatividade física � Tabagismo � Abuso de álcool � Alimentação rica em gorduras, sal
e açúcar � Hipertensão arterial (HTA) � Dislipidemia � Diabetes � Stress
Fatores protetores
� Cessação tabágica � Atividade física � Dieta equilibrada � Controlo (HTA, Dislipidemia) � Literacia em saúde � Vigilância regular do estado de
saúde
Diminuir a morte prematura por doença cardio e cerebrovascular
Prevenção primária, secundária e terciária:
� Melhorar a literacia e a capacitação para estilos de vida saudáveis
� Promover o diagnóstico e tratamento precoce, com enfoque nas dislipidemias, hipertensão e obesidade
� Divulgar sinais de alerta AVC e DIC, bem como das VIAS VERDE
� Promover a reabilitação e a integração social Informar da disponibilização de material de apoio e de ajudas técnicas
Principais parceiros:
� CHUCB, EPE � Autarquias � Escolas / Agrupamentos escolares � IPSS
� Doenças Cérebro-
cardiovasculares � Prevenção e Controlo do
Tabagismo � Promoção da Alimentação
Saudável � Promoção da Atividade Física � Diabetes � Saúde escolar
� Proporção de
utentes com registo de risco cardiovascular
� Proporção de utentes com HTA, com idade inferior a 65 anos, com pressão arterial inferior a 150/90 mmHg
� Proporção de
alunos abrangidos por projetos de promoção da saúde
� % de colheitas
realizadas no âmbito do projeto sopa.come
� % de padarias com teor de sal =< a 0,8 gramas de sal / 100 gramas de pão
25,00%
(19,60%)
26,00%
(24,07%)
50,00%
(40,20%)
79,50%
(78,70%)
72,50%
(71,21%)
Semestral
Fonte: SIARS, mapa de avaliação de saúde escolar, relatório de atividades da USP 2020
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Enquadramento/Justificação:
O grupo das perturbações depressivas, a ansiedade, o nervosismo e a tensão é dos principais grupos de diagnósticos ativos de ICPC-2 registados nos utentes inscritos no ACES CB, com uma prevalência global de 201,21%0. Para além disso, diversas instituições manifestaram a importância de intervenção na área da doença mental.
Abordagem segundo os eixos do PNS e ciclo de vida:
Cidadania em saúde; Equidade e Acesso adequado aos cuidados de saúde; Qualidade na saúde e Políticas saudáveis. Ao longo de todo o ciclo de vida
Determinantes Objetivo geral Estratégias Programas envolvidos Indicadores Metas 2020 (valor de 2017)
Monitorização
Fatores de risco
� Stress � Solidão / Isolamento � Desemprego � Baixos recursos financeiros � Consumo de substâncias lícitas e
ilícitas � Comportamentos aditivos
Inatividade física � Alimentação inadequada � Propensão a ansiedade e pânico � Doença crónica � Coabitar com um familiar portador
de doença grave e/ou crónica
Fatores protetores
� Bom nível de autoestima � Ausência de adições � Cessação tabágica � Dieta equilibrada � Atividade física � Controlo de doenças crónicas � Redes sociais de apoio � Redes de suporte ao emprego � Estabilidade económica � Literacia em saúde
Promover a saúde mental da comunidade
Prevenção primária, secundária e terciária:
� Promover estilos de vida saudáveis
� Avaliação de risco, diagnóstico precoce e acompanhamento
� Prevenir comportamentos aditivos, promover o tratamento e integração dos doentes
� Criação de grupos de autoajuda doentes e familiares
� Informar e formar profissionais e cuidadores
� Melhorar a resposta de intervenção na doença mental
� Melhorar a articulação entre os diferentes níveis de cuidados e parceiros da comunidade
� Promover intervenções vocacionadas para os desempregados
� Promoção da saúde mental em meio escolar
Principais parceiros:
� SICAD / CRI / ET-Covilhã � CHUCB, EPE � Autarquias / CPCJ / Seg. Social � Escolas / Agrupamentos escolares � EPRC / CFAEBI / CAEFF / CAFAP
/ Beira Serra / Coolabora / Entrelaços / Pinos Verde / …
� Saúde mental � Prevenção e Controlo do
Tabagismo � Promoção da Alimentação
Saudável � Promoção da Atividade Física � Crianças e Jovens em risco � Saúde infantil e juvenil � Saúde ocupacional � Saúde escolar
� Consumo de
tabaco
� CS com Equipa
de Saúde Mental Comunitária
� Alunos abrangidos
por projetos de promoção da saúde mental (+Contigo, Independências, …)
24,00%
(25,64%)
33,33%
(0,00%)
23,00%
(21,27%)
Semestral
Fonte: SIARS, ACES e mapa de avaliação da saúde escolar
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Enquadramento/Justificação:
A diabetes mellitus é uma das cinco principais morbilidades (diagnósticos ativos de ICPC-2 registados) nos utentes inscritos no ACES CB, com uma prevalência de 95,16%0. Salienta-se, ainda, que na revisão científica da literatura nacional e internacional é sobejamente referido que cerca de 1/3 dos indivíduos com diabetes não se encontram diagnosticados.
Abordagem segundo os eixos do PNS e ciclo de vida:
Cidadania em saúde; Equidade e Acesso adequado aos cuidados de saúde; Qualidade na saúde e Políticas saudáveis. Ao longo de todo o ciclo de vida
Determinantes Objetivo geral Estratégias Programas envolvidos Indicadores Metas 2020 (valor de 2017)
Monitorização
Fatores de risco
� História familiar diabetes � Sedentarismo � Obesidade � Hipertensão � Alteração do metabolismo dos
lípidos
Fatores protetores
� Dieta equilibrada � Atividade física � Controlo adequado da glicemia,
lípidos e HTA � Vigilância de saúde periódica � Adesão á terapêutica � Literacia em saúde
Prevenir a diabetes mellitus e minimizar as suas complicações
Prevenção primária, secundária e terciária:
� Promover estilos de vida saudáveis
� Promover a vacinação � Avaliar o risco de DM � Promover o diagnóstico precoce
de DM � Controlar o excesso de peso e a
dislipidemia � Fomentar a autogestão da doença � Promover a vigilância adequada � Melhorar a articulação entre os
diferentes níveis de cuidados
Principais parceiros:
� CHUCB, EPE � Autarquias � Escolas / Agrupamentos escolares � IPSS
� Diabetes � Promoção da Alimentação
Saudável � Promoção da Atividade Física � Vacinação � Prevenção e Controlo do
Tabagismo � Doenças Respiratórias � Doenças cérebro-
cardiovasculares � Saúde sexual e reprodutiva � Saúde oral � Prevenção e controlo da dor � Saúde escolar
� Proporção de utentes com avaliação de risco diabetes tipo 2 registado nos últimos 3 anos
� Proporção de utentes com diabetes, com o último registo de HbA1c igual ou inferior a 8,0%
� Proporção de utentes com diabetes, com avaliação de risco de ulceração do pé no último ano
16,00%
(9,94%)
40,00%
(38,24%)
35,00%
(27,79%)
Semestral
Fonte: SIARS
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 35 DE 43
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Enquadramento/Justificação:
O envelhecimento demográfico, apesar de ser determinante de saúde, foi reconhecido como um problema de saúde por diversos parceiros e instituições locais consultadas.
Abordagem segundo os eixos do PNS e ciclo de vida:
Cidadania em saúde; Equidade e Acesso adequado aos cuidados de saúde; Qualidade na saúde e Políticas saudáveis. Ao longo de todo o ciclo de vida.
Problemas decorrentes do envelhecimento
Objetivo geral Estratégias Programas envolvidos Visão
� Isolamento � Solidão � Dificuldade de acesso aos
serviços � Não adesão à terapêutica � Alimentação precária � Sedentarismo e inatividade
Promover um envelhecimento saudável da população residente na Cova da Beira
Prevenção primária, secundária e terciária:
� Promover a literacia e a capacitação para estilos de vida saudáveis
� Prevenir o isolamento � Reforçar a rede social e apoio � Reforçar os cuidados de
proximidade � Gestão e promoção da adesão
à terapêutica
Principais parceiros:
� Autarquias � IPSS
� Promoção da Atividade Física � Promoção da Alimentação
Saudável � Prevenção e Controlo do
Tabagismo � Vacinação � Doenças Respiratórias � Saúde sexual e reprodutiva � Saúde oral � Prevenção e controlo da dor � Diabetes � Saúde mental � Doenças Cérebro-
cardiovasculares � Doenças Oncológicas
Contribuir para a longevidade e a qualidade de vida da população (“mais e melhores anos”)
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 36 DE 43
PRINCIPAIS NECESSIDADES DE SAÚDE
Sendo que a definição de necessidade de saúde consiste numa tradução mais operacional
dos problemas de saúde, compreendendo-se como a diferença entre o estado de saúde da
população e o estado de saúde desejado, esta consiste numa tradução mais operacional
desses problemas de saúde e implica a identificação dos determinantes de saúde (Garcia,
2011).
Assim, neste PLS identificaram-se as necessidades de saúde técnicas definidas pela equipa
e aferidas pelos profissionais do ACES Cova da Beira e as necessidades sentidas pelos
vários parceiros da comunidade, cujo o resumo apresentamos no esquema seguinte:
Doença Oncológica
o Laringe, traqueia, brônquios e pulmões
o Colon e Reto
o Mama feminina
Red
uzi
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mo
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mo
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Mel
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rar
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Doenças do Aparelho Circulatório
o D. Cerebrovasculares
o D. Isquémicas do Coração
Vigilância e controlo de D. Crónicas
o Diabetes
o Hipertensão
Promover o bem-estar e a Saúde Mental
Prevenir o consumo e a exposição ao tabaco
Promover a atividade física e a redução do sedentarismo
Redução dos consumos de sal, açúcar e gordura
Reduzir o consumo de álcool e prevenir os comportamentos aditivos
Reduzir/eliminar a exposição ambiental e ocupacional de risco
Promover o envelhecimento ativo e combater o isolamento
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RECURSOS DA COMUNIDADE
Foi efetuado um levantamento exaustivo de todos os recursos da comunidade disponíveis
e a disponibilizar face aos problemas e necessidades de saúde identificadas visando o seu
envolvimento na operacionalização das estratégias, para atingir os objetivos a definir.
PARCERIAS
As parcerias inter-institucionais constituem uma mais-valia para o adequado
desenvolvimento do Plano Local de Saúde e do Plano de Desempenho do ACES, as quais
têm subjacente a promoção da saúde, prevenção da doença, a reabilitação e reinserção
social dos utentes inscritos e/ou residentes na nossa área geodemografia.
No quadro seguinte, apresentamos as principais parcerias existentes no ACES Cova da
Beira, pretendendo-se não só a sua manutenção, como reforçar com outras que se venham
a considerar pertinentes para o serviço e comunidade.
Quadro 17 - Principais parcerias do ACES Cova Beira, no âmbito de programas e projetos em desenvolvimento em diferentes áreas de intervenção
Nome do
Programa /
Projeto
Entidade
Promotora
Entidades
Parceiras Objetivos
Área de
Intervenção
SNIPI-ELI
Ministério da Saúde,
Educação e Ministério do Trabalho e
Solidariedade Social
ACES Cova da Beira e DGEstE - DSR Centro
Prevenção de resultados negativos e a maximização de oportunidades de
desenvolvimento para as crianças em risco e com Necessidades Educativas Especiais
dos 0 aos 6 anos (NEE)
Terapia da Fala, Enfermagem, Medicina, psicologia e docência
PNSE Ministério da
Saúde / ARSC, IP
Agrupamento de Escolas, Escolas não Agrupadas e
IPSS
Promoção da Saúde nas crianças e jovens - Objetivos Nacionais do PNSE Saúde Escolar
PNPSO Ministério da
Saúde / ARSC, IP
Agrupamento de Escolas e Escolas não Agrupadas
Promoção da Saúde Oral Objetivos Nacionais do PNPSO
Saúde Oral
Conta, Peso e Medida
ARSC, IP ARSC, IP e DGEstE - DSR Centro
Prevenção da Obesidade Infantil; Promoção de escolhas alimentares
acertadas Alimentação
COSI ARSC, IP ARSC, IP e DGEstE - DSR Centro
Monitorização /vigilância da obesidade infantil
Saúde Escolar
PÃO.COME
ARSC, IP ARSC, IP, DGEstE - DSR
Centro e Industrias de Panificação
Redução do consumo de sal e prevenção de comorbilidades associadas ao seu
consumo Alimentação
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 38 DE 43
Nome do
Programa /
Projeto
Entidade
Promotora
Entidades
Parceiras Objetivos
Área de
Intervenção
SOPA.COME
ARSC, IP ARSC, IP e DGEstE - DSR Centro, IPSS e Instituições de Apoio à Criança e Idoso
Redução do consumo de sal e prevenção de comorbilidades associadas ao seu
consumo Alimentação
OLEOVITAE
ARSC, IP ARSC, IP e Empresas Locais de Alimentação Coletiva e Restauração
Sensibilização para a utilização adequada dos óleos de fritura, a sua monitorização
frequente e inutilização com destino adequado
Prevenção da doença oncológica
Alimentação
VENDING.SAUDE
ARSC, IP ARSC, IP Levantamento e monitorização das Maquinas de Venda Automática nas
unidades de saúde Alimentação
Projeto COMO
CMF/ ACES/ CHCB Ordem
dos Nutricionistas
CMF/ ACES/ CHCB Ordem dos nutricionistas
Promover a educação alimentar nas escolas de forma mais eficiente nos
concelhos da CB Alimentação Saudável
CPCJ
Comissão Nacional de Crianças e
Jovens em risco
Autarquia, Educação, PSP e GNR / ACES, CRSS,
Promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou por termo a situações
suscetíveis de afetar a sua segurança, saúde, formação, educação ou
desenvolvimento integral
Defesa dos direitos das crianças e jovens
RNCCI
Ministério da Saúde,
Educação e Ministério do Trabalho e
Solidar. Social
Promover a autonomia e melhorar a funcionalidade de pessoas em situação de dependência, através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social
Reabilitação
CLAS
Câmaras Municipais de
Covilhã e Fundão
ACES; IPSS; Seg. Social, e outros
Desenvolvimento das competências pessoais e parentais, tendo em vista
reverter as situações de risco pessoal e familiar
Deficiência, alcoolismo e toxicodependência
RSI
Ministério da Solidariedade e
Segurança Social
Segurança Social, Saúde, Educação e Instituto de
Emprego
Promover a inclusão social dos mais carenciados, assegurando aos cidadão
recursos que contribuam para a satisfação das suas necessidades mínimas e
paralelamente favorecer a progressiva inserção social, laboral e comunitária
Beneficiários do RSI
UACB
Equipa de Alcoologia do ACES, DSM e
U.Inter do CHCB
ACES, CHCB, Núcleo de Alcoologia da Cova da
Beira
Adequada avaliação, encaminhamento e acompanhamento de utentes e famílias
com problemas ligados ao álcool
Consultas, dinâmicas de grupo, internamento e apoio
social
Polo Investigação e Desenvolvimento em Telemonitorização para a Saúde
UBI ACES CHCB CMC CMF CMB Portugal Telecom
Inovação S.A.
CMC CMF CMB Portugal Telecom Inovação
S.A.
Melhorar a ACESsibilidade daqueles que tem dificuldades a aceder aos serviços
especializados e desenvolvimento e utilizando dispositivos médicos de
telemonitorização
Doenças crónicas e população idosa HTA, Insuficiência cardíaca,
Hipocoagulação, Diabetes …
Análises Saúde Pública
ARSC, IP ACES ULS Guarda
ARSC, IP ACES ULS Guarda
Protocolo de colaboração Análises de Saúde Pública
UMS Fundão ARS Centro IP
ACES CMF CHCB
ARS Centro IP ACES CMF CHCB
Reforçar os cuidados de proximidade minimizando as atuais assimetrias de Acesso ao serviço de saúde, e ainda a adequada e otimização dos recursos
Prestação de cuidados de proximidade
UCF-CB ACES CHCB ACES CHCB Vigilância partilhada da gravidez, pós parto, da mulher, recém-nascido e das crianças e
adolescentes ate aos 18 anos Formação Reuniões
UCFD-CB ACES CHCB ACES CHCB
Reduzir a prevalência e incidência da diabetes nos utentes inscritos no ACES
atrasando o início das complicações major das diabetes
Prevenção Primaria, secundária e terciária
COOLABORA «Violência Zero»
COOLABORA
COOLABORA CMC, ACES, CHCB, UBI, CAT-CRI, DG de Reinserção e
Serviços prisionais, ESQP / 3, GNR, PSP e Ministério
Publico, Agrupamento Escolas Frei Heitor Pinto
Constituição de uma rede de parceria interinstitucional de combate e prevenção
da violência doméstica Defesa e proteção da vítima
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 39 DE 43
Nome do
Programa /
Projeto
Entidade
Promotora
Entidades
Parceiras Objetivos
Área de
Intervenção
COOLABORA «Saber Mais»
Agrupamento de Escolas do
Tortosendo e a COOLABORA
JF Tortosendo, ACES – UCSP Tortosendo,
MODATEX e Centro de Convívio de Apoio à 3ª
idade CPCJ
Contribuir para a inclusão social das crianças e jovens do Tortosendo, bem
como dos seus familiares, através da sua capitação em termos de competências
sociais e pessoais
Educação para a cidadania e integração social. TIC´s
Psicologia
Projeto “Sorriso Maior”
ACES; Câmara Municipal do Fundão; Pinus Verde
Promover a saúde oral entre as pessoas mais velhas e encorajá-las a manter os
seus dentes naturais o maior tempo possível
Saúde Oral
Projeto “EM Cova da Beira
ACES; CHCB; UBI
Promover a melhoria na qualidade de vida e segurança dos cuidados prestados a doentes cm esclerose múltipla (EM) na
região da Cova da Beira, com um melhor acompanhamento do doente e família,
gestão do seu regime terapêutico
Prevenção secundária e terciária
Projeto “Vê Mais (V+)”
ACES; UBI; AE “A Lã e a Neve
Contribuir para a melhoria do processo ensino/ aprendizagem, a partir da
prevenção, identificação e correção de problemas visuais nos adolescentes do 2º e
3º ciclos do ensino básico, bem como na sensibilização do aluno para cuidar da sua
saúde visual
Saúde Visual
Projeto “Prevenção de Quedas”
ACES; Câmara Municipal do Fundão; SCM do Concelho do Fundão ; IPSS Prevenção de quedas na população idosa Saúde do Idoso
UBI – FCS No âmbito da Docência e do Contexto da Prática Clínica no Ensino Pré e Pós graduado em Medicina e do Rastreio da Retinopatia Diabética
UBI – FCSH No âmbito do Contexto da Prática Clínica do Ensino Pré graduado em Psicologia
Institutos Politécnicos Castelo Branco, Guarda, Viseu e Portalegre
No âmbito do Contexto da Prática Clínica do Ensino Pré e Pós-graduado em Enfermagem
Escola Campos de Melo
No âmbito de Contexto de Estágios Profissionais
Escola Secundária do Fundão
No âmbito de Contexto de Estágios Profissionais
Escola Profissional do Fundão
No âmbito de Contexto de Estágios Profissionais
Ensiguarda – Escola Profissional da Guarda
No âmbito de Contexto de Estágios Profissionais
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 40 DE 43
REDE DE CUIDADOS DE SAÚDE EXTERNOS
Centro Hospitalar e Universitário da Cova da Beira (CHUCB E.P.E.)
É a instituição hospitalar pública de referência, que engloba o Hospital Pêro da Covilhã e o
Hospital do Fundão. O CHUCB E.P.E. possui 317 camas para internamento, possuindo os
seguintes serviços: cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, hematologia,
imunoalergologia, infeciologia, medicina interna, medicina paliativa, neurologia, nutrição e
atividade física, oncologia, pneumologia, reumatologia, unidade de cessação tabágica,
medicina intensiva (unidade de Acidente Vascular Cerebral e cuidados intensivos), urgência
geral, anestesiologia, cirurgia cardio-torácica, cirurgia geral, cirurgia plástica, dermatologia,
estomatologia, neurocirurgia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, urologia,
obstetrícia e ginecologia, pediatria (neonatologia, urgência pediátrica e neonatal e unidade
de desenvolvimento), medicina reprodutiva, anatomia patológica, imagiologia
imunohemoterapia, medicina física e reabilitação, patologia clínica, psiquiatria e psiquiatria
da infância e adolescência.
Equipa Técnica Especializada de Tratamento
Sediada na Covilhã, pertence ao Centro de Respostas Integradas (CRI), do Serviço de
Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD), tendo como missão o
tratamento de indivíduos com comportamentos aditivos com ou sem substância.
Centro de Diálise da Beira Interior S.A. – NephroCare Covilhã
Integra os centros de nefrologia que oferece cuidados diferenciados na área da diálise
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)
Na RNCCI são prestados cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e
integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de
dependência, em diferentes tipologias: Unidade de Convalescença (UC), Unidade de Média
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 41 DE 43
Duração e Reabilitação (UMDR), Unidade de Longa Duração e Manutenção (ULDM) e
Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI).
Legenda:
Figura 17 - Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (diferentes tipologias) da área da abrangência da ARS Centro, em agosto de 2019
Fonte: ACSS, ECR Centro. Elaborado por Fernando Domingues e Filipa Quinteiros.
Outras instituições de saúde privadas
No Quadro 18 são apresentadas instituições de saúde privadas, segundo a Entidade
Reguladora da Saúde, nos três municípios da Cova da Beira.
Quadro 18 - Número de serviços de saúde privados, na Cova da Beira, em 2018
Clínicas médicas,
consultórios e outros
Clínicas dentárias
Laboratórios de análises Farmácias Postos
farmacêuticos
Belmonte 4 3 4 2 0
Covilhã 63 24 34 19 3
Fundão 25 13 12 8 2
Cova da Beira 92 40 50 29 5
Fonte: INE, ERS
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 42 DE 43
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O PLS do ACES Cova da Beira, define as orientações estratégias, pretendendo-se que estas
contribuam para a obtenção de ganhos em saúde, sendo baseado nas orientações
estratégicas definidas pelo PNS e PRS.
Assim, este documento é um instrumento fundamental para a governação clínica em saúde
sendo um processo (co)participativo e (co)produtivo de compromisso social e de ativação
das estruturas de saúde pública e comunitária.
Este processo permitiu envolver, desde o início, todas as partes interessadas, criando e
reforçando a comunicação e articulação com as entidades externas, públicas e privadas,
sendo muito importante a participação de todos estes agentes da comunidade.
Espera-se que a sua implementação, reforçada por esta articulação e comunicação que
possibilitou a definição conjunta das estratégias, atinja o seu primordial objetivo que é a
melhoria do estado de saúde da população da Cova da Beira.
PLANO LOCAL DE SAÚDE | 2018-2020 PÁGINA 43 DE 43
BIBLIOGRAFIA
Administração Regional de Saúde do Centro I.P. (2015), Plano Regional de Saúde do Centro
2015-2016.
Ministérios da Saúde - Administração Regional de Saúde do Centro. Perfil Local de Saúde
2014 – Cova Beira - http://www.arscentro.min-
saude.pt/psaude/ACES%20BV/PLS2014_A23.htm. Centers for Disease Control and
Prevention, nov 2016.
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares (2014). Portugal- Doenças
Cérebro-Cardiovasculares em Números-2014. Direcção-Geral de Saúde (2015), Relatório,
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Doenças Cérebro-
Cardiovasculares em números - 2015.
Direcção-Geral de Saúde. Portugal Doenças Oncológicas em Números – 2015 Programa
Nacional para as Doenças Oncológicas. Lisboa: DGS; 2016). Direcção-Geral de Saúde
(2013). Plano Nacional de Saúde 2012-2016, Lisboa 2013. Direcção-Geral de Saúde (2015).
Plano Nacional de Saúde revisão e Extensão 2020, Lisboa 2015. Direcção-Geral de Saúde
(2015) Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes – “Diabetes: Factos e
Números”, 2013 Instituto Nacional de Estatística (2015). Causas de morte Lisboa, 2013.
Instituto Nacional de Estatística (2016). Causas de morte, Lisboa, 2014.
Imperatori E, Giraldes MR. Metodologia do planeamento da saúde: manual para uso em
serviços centrais, regionais e locais. 3ª edição. Lisboa: Escola Nacional de Saúde Pública.