plano municipal de saneamento bÁsico prefeitura

Pgina1

PLANOMUNICIPALDESANEAMENTOBSICODEVILAVELHA/ESSISTEMADEABASTECIMENTODEGUAEESGOTAMENTOSANITRIO

PLANOMUNICIPALDESANEAMENTOBSICO

PREFEITURAMUNICIPAL

DEVILAVELHA

Outubro/2014

Pgina2


PREFEITURAMUNICIPALDEVILAVELHA

PrefeitoMunicipalRodneyMiranda

VicePrefeitoMunicipalRafaelFavatto

EquipedeGoverno

SecretariadeAssistnciaSocialSEMAS

GiovanadeSiqueiraNovaesBuaiz

SecretariadeAdministraoSEMAD

RogrioMattos

SecretariadeCulturaeTurismoSEMCULT

WalaceMillis

SecretariadeDesenvolvimentoEconmicoSEMDEC

AntnioMarcusCarvalhoMachado

SecretariadeDesenvolvimentoUrbanoSEMDU

AnaMrciaErler

SecretariadeEducaoSEMED

IracyCarvalhoMachadoBaltarFernandes

SecretariadeEsporteseLazerSEMEL

AlexandreSalgado

SecretariadeFinanasSEMFI

AdinalvaMariadaSilvaPrates

SecretariadeGovernoeArticulaoInstitucionalSEMGOV

AnaEmiliaGazelJorge

Pgina3


SecretariadeInfraestrutura,ProjetoseObrasSEMIPRO

PauloMaurcioFerrari

SecretariadeMeioAmbienteSEMMA

JaderMutzigBruna

SecretariadePlanejamento,OramentoeGestoSEMPLA

RegisMattosTeixeira

SecretariadeSadeSEMSA

AndriaPassamaniBarbosaCorteletti

SecretariadeServiosUrbanosSEMSU

JosEliomarRosaBrizolinha

SecretariadeTransporteeTrnsitoSEMTRAN

RomriodeCastro

SecretariadeComunicaoSEMCOM

ValriaMorgado

EquipeTcnicaBrunoHenriqueGuimaraesSEMMA LetciaMedeirosTagarroPelissariSEMMA

CarlaMariaSilvaViannaSEMMA MrciaGuimaresA.daCostaSEMCULT

CelinaMariaCondeRegoSEMSA MariaCandidaRamosDonatelliSEMIPRO

ClarizaPereiraPintoSEMSA MarjoryeBoldrinidaSilvaSEMMA

EduardoBatistaPedrosaSEMMA PauloCesarPossatoAragoSEMPLA

ElianeOliveiraSilvaSEMSA RosanaBrandoLealSEMCULT

FlviaRodriguesMacielSEMED

CoordenaoGeral

MarjoryeBoldrinidaSilvaSEMMA MariaCandidaRamosDonatelliSEMIPRO

Pgina4


SUMRIO

NDICEDEFIGURAS...................................................................................................................8NDICEDEQUADROS...............................................................................................................11NDICEDETABELAS.................................................................................................................121.APRESENTAO....................................................................................................................132.CARACTERIZAOGERALDOMUNICPIO.................................................................142.1.ASPECTOSGERAISMUNICIPAIS....................................................................................142.1.1.Histria................................................................................................................................142.1.2.Localizaoerea...............................................................................................................142.1.3.Acesso..................................................................................................................................172.1.4.SaneamentoBsico.............................................................................................................172.1.4.1.SaneamentoBsicoemlocalidadesdepequenoporte..............................................212.1.5.Energia.................................................................................................................................212.2.ASPECTOSTURSTICOS.....................................................................................................222.2.1.Praias....................................................................................................................................222.2.2.MonumentosHistricos....................................................................................................282.2.3.Balneabilidade.....................................................................................................................352.3.MEIOFSICO.........................................................................................................................362.3.1.RecursosHdricos...............................................................................................................362.3.1.1.Hidrografia.......................................................................................................................362.3.1.1.1.ComitsdebaciashidrogrficasdosRiosSantaMariadaVitriaeJucu............45

2.3.2.Clima....................................................................................................................................462.3.3.CoberturaVegetal..............................................................................................................462.3.4.Usoeocupaodosolo.....................................................................................................472.3.5.Relevo...................................................................................................................................512.3.6.reasProtegidas.................................................................................................................513.INDICADORESDEQUALIDADEDEVIDA......................................................................633.1.INDICADORESSOCIAIS....................................................................................................633.1.1.Sade....................................................................................................................................633.1.2.ndicedeDesenvolvimentoHumanoIDHM..............................................................643.1.3.ndicedeVulnerabilidadeSocialIVS...........................................................................663.1.4.TaxadeMortalidadeInfantil............................................................................................663.2.ECONOMIA...........................................................................................................................663.3.EDUCAO..........................................................................................................................694.DADOSPOPULACIONAIS...................................................................................................725.RGOSAMBIENTAIS,LICENCIAMENTOELEGISLAO......................................745.1.LICENCIAMENTOAMBIENTAL......................................................................................745.1.1.Licenciamentoestadual.....................................................................................................745.1.1.1.DispensadeLicenciamento...........................................................................................755.1.1.2.LicenciamentoSimplificado(LS)..................................................................................765.1.1.3.LicenaAmbientaldeRegularizao(LAR)...............................................................76

Pgina5


5.1.1.4.LicenciamentoGeral.......................................................................................................765.1.1.5.LicenaAmbientaldeRegularizaodeSaneamento(LARS).................................775.1.1.6.QuadrodeResumo.........................................................................................................775.2.LICENCIAMENTOMUNICIPAL......................................................................................795.3.CONDICIONANTESAMBIENTAIS..................................................................................795.4.OUTORGADEUSODERECURSOSHDRICOS............................................................805.5.CONDICIONANTESDEOUTORGA................................................................................815.6.LEGISLAOENORMASREGULAMENTARES.........................................................825.6.1.Legislaofederal...............................................................................................................825.6.2.ResoluesdoCONAMA.................................................................................................835.6.3.LegislaoEstadual............................................................................................................855.6.4.Decretos...............................................................................................................................875.6.5.ResoluesdoCONSEMA................................................................................................885.6.6.ResoluesdoCERH.........................................................................................................895.6.7LegislaoMunicipaldeVilaVelha.................................................................................896.CARACTERIZAODOSSISTEMASDESANEAMENTOEXISTENTES...................916.1.SISTEMASDEABASTECIMENTODEGUA................................................................916.1.1.SubsistemaJucu..................................................................................................................936.1.1.1.Captao,ElevatriaseAduodeguaBruta.........................................................936.1.1.2.EstaesdeTratamentodegua(ETAs)....................................................................956.1.1.2.1.ETAIValeEsperana................................................................................................95

6.1.1.2.2.ETACobi.......................................................................................................................98

6.1.1.3.ReservaoeDistribuio..............................................................................................996.1.2.SubsistemaCaaroca........................................................................................................1036.1.2.1.Captao,ElevatriaseAduodeguaBruta.......................................................1036.1.2.2.EstaodeTratamentodeguaETACaaroca.....................................................1036.1.2.3.ElevatriaeRecalquedeguaTratada.....................................................................1056.1.2.4.ReservaoeDistribuio............................................................................................1066.1.3.SubsistemaPontadaFruta..............................................................................................1076.1.3.1.EstaodeTratamentodeguaETAPontadaFruta..........................................1076.1.3.2.ReservaodePontadaFruta.....................................................................................1076.1.4.ParticipaodecadaSubSistema..................................................................................1086.1.5.SistemadeSupervisoecomando.................................................................................1086.1.6.Rededeabastecimentoeacessrios..............................................................................1096.1.7.Ligaesehidrmetros....................................................................................................1106.1.8.Qualidadedagua...........................................................................................................1106.1.9.LicenciamentoeOutorga................................................................................................1146.2.SISTEMADEESGOTOSSANITRIOSEXISTENTES..................................................1166.2.1.SESAras.........................................................................................................................1206.2.1.1.Redecoletoradeesgoto................................................................................................121

Pgina6


6.2.1.2.Estaoelevatriadeesgotobruto(EEEB)................................................................1226.2.1.3.Estaodetratamentodeesgotos(ETEAras).......................................................1236.2.1.4.Emissriodeesgototratado.........................................................................................1266.2.1.5.Corporeceptor...............................................................................................................1266.2.2.SESJabaet.........................................................................................................................1276.2.2.1.Redecoletoradeesgoto................................................................................................1276.2.2.2.Estaoelevatriadeesgotobruto(EEEB)................................................................1276.2.2.3.Estaodetratamentodeesgoto(ETE)......................................................................1276.2.2.4.Corporeceptor...............................................................................................................1306.2.3.SESJacarenema.................................................................................................................1306.2.3.1.Redecoletoradeesgoto................................................................................................1306.2.3.2.Estaoelevatriadeesgotobruto(EEEB)................................................................1306.2.3.3.Estaodetratamentodeesgoto(ETE)......................................................................1306.2.3.4.Corporeceptor...............................................................................................................1336.2.4.SESUlyssesGuimares...................................................................................................1336.2.4.1.Redecoletoradeesgoto................................................................................................1336.2.4.2.Estaoelevatriadeesgotobruto(EEEB)................................................................1336.2.4.3.Estaodetratamentodeesgoto(ETE)......................................................................1346.2.4.4.Corporeceptor...............................................................................................................1386.2.5.SESValeEncantado.........................................................................................................1386.2.5.1.Redecoletoradeesgoto................................................................................................1386.2.5.2.Estaoelevatriadeesgotobruto(EEEB)................................................................1386.2.5.3.Estaodetratamentodeesgoto(ETE)......................................................................1396.2.5.4.Corporeceptor...............................................................................................................1416.2.6.SESEwertonMontenegro...............................................................................................1416.2.6.1.Redecoletoradeesgoto................................................................................................1416.2.6.2.Estaoelevatriadeesgotobruto(EEEB)................................................................1416.2.7.SESRivieraPark...............................................................................................................1416.2.8.Tratamentodosimpactossociaiseambientais............................................................1426.2.9.Regraspararecebimentodeesgotonaredepblica...................................................1446.3.SANEAMENTOBSICONASCOMUNIDADESRURAISDEVILAVELHA........1446.4.INFORMAESCOMERCIAISEDEATENDIMENTOAOSCLIENTES...............1446.4.1.Atendimentoaclientes....................................................................................................1446.4.2.Tabelatarifria..................................................................................................................1467.ANLISECRTICADOSISTEMAEXISTENTE...............................................................1487.1.SISTEMADEABASTECIMENTODEGUA................................................................1487.2.SISTEMADECOLETA,AFASTAMENTOETRATAMENTODEESGOTO............1498.EVOLUOPOPULACIONAL..........................................................................................1519.METASEOBJETIVOS...........................................................................................................1569.1.COBERTURADOSSERVIOSDEABASTECIMENTODEGUA...........................156

Pgina7


9.2.PERDASTOTAIS................................................................................................................1579.3.COBERTURADOSERVIODECOLETAETRATAMENTODEESGOTO............1609.4.QUALIDADE,ATUALIDADEEREGULARIDADEDOSSERVIOSPRESTADOS.......................................................................................................................................................16110.AESDECONTINGNCIAEEMERGNCIAS.........................................................16311.CRITRIOSDEDIMENSIONAMENTOADOTADOS..................................................16611.1.COEFICIENTESDIAEHORADEMAIORCONSUMO............................................16611.2.CONSUMOPERCAPITA................................................................................................16711.3.COEFICIENTEDERETORNOESGOTO/GUA.........................................................16711.4.TAXAINFILTRAO......................................................................................................16711.5.EXTENSODEREDEDEGUA..................................................................................16711.6.EXTENSODEREDEDEESGOTO..............................................................................16811.7.PROJEODASDEMANDASDEGUA..................................................................16811.8.PROJEODASVAZESDECOLETADEESGOTO..............................................16911.9.PROJEODASVAZESDETRATAMENTODEESGOTO..................................17011.10.EVOLUODASECONOMIASELIGAES........................................................17012.APURAODASNECESSIDADESFUTURAS.............................................................17412.1.SISTEMADEABASTECIMENTODEGUA..............................................................17412.2.SISTEMADECOLETAETRATAMENTODEESGOTO...........................................17812.3.QUANTIFICAOBSICADASNECESSIDADESFUTURAS..............................18012.3.1.SistemadeAbastecimentodegua............................................................................18012.3.2.SistemadeEsgotosSanitrios.......................................................................................18113.PROGRAMAS,OBRASEAESNECESSRIOSPARACUMPRIRMETAS..........18313.1.PROGRAMASPRIORITRIOSPARAOPERAODOSSERVIOS....................18313.1.1.Sistemadeabastecimentodegua..............................................................................18313.1.2.Sistemacomercialedegestoempresarial.................................................................18413.1.3.Sistemaoperacionaledemanuteno........................................................................18413.1.4.Sistemadeesgotamentosanitrio................................................................................18413.1.5.Planodecomunicao/Educaoambiental.............................................................18513.2.AESPLANEJADASPARAAUNIVERSALIZAODOSSERVIOSDESANEAMENTOBSICO..........................................................................................................18513.2.1.Cronogramasfinanceirosdasnecessidadesplanejadas...........................................18513.2.1.1.Investimentosemcurtoprazo...................................................................................18613.2.1.2.Investimentosemmdioprazo.................................................................................18713.2.1.3.Investimentosemlongoprazo..................................................................................18813.2.1.4.Tabeladetalhadadeinvestimentos..........................................................................18914.INSTRUMENTODEAVALIAOEMONITORAMENTO........................................19014.1.INDICADORESQUANTITATIVOS..............................................................................19014.2.INDICADORESQUALITATIVOS..................................................................................19214.3.INDICADORESGERENCIAIS........................................................................................19815.MOBILIZAOECONTROLESOCIAL.........................................................................201

Pgina8


NDICEDEFIGURASFigura1MapadeLocalizaoeDivisoAdministrativadoMunicpio...........................16Figura2RotasdeAcessodoMunicpiodeVilaVelha........................................................17Figura3MunicpiosdoEstadoBeneficiadoscomInvestimentosdoPrograma..............20Figura4PraiadaCosta.............................................................................................................22Figura5PraiadaSereia.............................................................................................................23Figura6PraiadeItapu............................................................................................................24Figura7PraiadeItaparica........................................................................................................24Figura8PraiadaBarradoJucu...............................................................................................25Figura9PraiadaBarrinha........................................................................................................26Figura10PraiadaConcha........................................................................................................26Figura11PraiadoBarro.........................................................................................................27Figura12PraiadePontadaFruta...........................................................................................28Figura13ConventodaPenha..................................................................................................29Figura14GrutadoFreiPedroPalcios..................................................................................29Figura15StioHistricodaPrainha.......................................................................................30Figura16SanturioDivinoEspritoSanto.............................................................................31Figura17IgrejadoRosrio.......................................................................................................31Figura18ForteSoFranciscoXavierdaBarra......................................................................32Figura19FaroldeSantaLuzia.................................................................................................33Figura20CapelaNossaSenhoradosNavegantes................................................................33Figura21IgrejaNossaSenhoradaGlria..............................................................................34Figura22MuseuVale................................................................................................................34Figura23Placadesinalizaoindicandoacondiodebalneabilidade...........................36Figura24BaciasHidrogrficasdoEspritoSanto.................................................................37Figura25BaciaHidrogrficadoRioSantaMariadaVitria..............................................38Figura26BaciaHidrogrficadoRioJucu..............................................................................38Figura27BaciaHidrogrficadoRioJucu..............................................................................40Figura28CorredeiradoRioJucu............................................................................................41Figura29OcupaoIrregularnoRioFormate......................................................................42Figura30OcupaoIrregulardoRioMarinho.....................................................................44Figura31ZoneamentoUrbanodeVilaVelha.......................................................................50Figura32ParqueNaturalMunicipalMorrodaManteigueira............................................52Figura33ParqueNaturalMunicipaldeJacarenema............................................................53Figura34MonumentoNaturalMorrodoPenedo................................................................54Figura35APAdaLagoaGrande.............................................................................................55Figura36MorrodoMoreno.....................................................................................................56Figura37LagoadeJabaet.......................................................................................................59Figura38FbricadeChocolateGaroto...................................................................................68Figura39PirmideEtriadoMunicpio................................................................................73Figura40PrincipaisUnidadesdeProduo..........................................................................92Figura41CanaldeAproximaoeEstruturadeCaptao:SubsistemaJucu..................93Figura42EstruturadeGradeamento:SubsistemaJucu.......................................................93

Pgina9


Figura43CaptaoeEstaoElevatria:SubsistemaJucu.................................................94Figura44EEABBaixoRecalque...............................................................................................94Figura45EEABAltoRecalque.................................................................................................95Figura46ETAValeEsperana.................................................................................................96Figura47LocalizaodaETA..................................................................................................96Figura48AdutoradechegadanaETA...................................................................................97Figura49VistadaETA.............................................................................................................97Figura50VistasdosFiltros.......................................................................................................98Figura51InstrumentosdeQualidade....................................................................................98Figura52ETACOBI..................................................................................................................99Figura53LocalizaodaETA..................................................................................................99Figura54LocalizaodoReservatrioBoaVista...............................................................100Figura55ReservatrioBoaVista...........................................................................................100Figura56ReservaoGaroto..................................................................................................101Figura57LocalizaodoCentrodeReservaodeAras...............................................102Figura58ReservatrioAras...............................................................................................102Figura59ETACaaroca..........................................................................................................103Figura60LocalizaoETACaaroca....................................................................................104Figura61VistadoprocessonaETA.....................................................................................104Figura62ProcessodeFlotaonaETA................................................................................105Figura63RecuperaodeguadeLavagemeDesidrataodeLodo...........................105Figura64AdutoraemArco:RioJucu...................................................................................106Figura65LocalizaodoReservatriodoJucu...................................................................106Figura66LocalizaoETAPontadaFruta..........................................................................107Figura67CCO..........................................................................................................................108Figura68LaboratriodeControledeQualidade...............................................................111Figura69SituaodasligaesdeesgotonoBairroCoqueiraldeItaparica..................121Figura70LocalizaodaETEAras...................................................................................123Figura71FluxogramadoProcessodeTratamentodaETEAras..................................124Figura72DetalhesETEAras..............................................................................................125Figura73DetalhesETEAras..............................................................................................125Figura74DetalhesETEAras..............................................................................................126Figura75ETEJabaet..............................................................................................................128Figura76FluxogramaETEJabaet........................................................................................129Figura77ETEJacarenema......................................................................................................131Figura78ProcessodeTratamentodaETEJacarenema.....................................................132Figura79ETEUlyssesGuimares.........................................................................................134Figura80LocalizaodaETE................................................................................................134Figura81LeitodeSecagemdaETE......................................................................................135Figura82FluxogramaETEUlyssesGuimares..................................................................136Figura83VistadaETEUlyssesGuimares.........................................................................137Figura84VistadaETEUlyssesGuimares.........................................................................137Figura85ValeEncantado.......................................................................................................139

Pgina10


Figura86LocalizaodaETEValeEncantado....................................................................139Figura87ComponentesETEValeEncantado.....................................................................140Figura88FachadaCESANdeVilaVelha............................................................................145Figura89GrficoEvoluoPopulacional............................................................................152Figura90ValoresAdotadosparacadaComponente.........................................................159Figura91EvoluodeReduodePerdas..........................................................................159Figura92EvoluodondicedeCoberturadeEsgotamento...........................................161Figura93EsquemaGeraldoSistemaPropostonoPDA....................................................176

Pgina11


NDICEDEQUADROSQuadro1QuadroResumo........................................................................................................61Quadro2EstabelecimentosdesadesegundoEsferaAdministrativa.............................63Quadro3LicenciamentoAmbientaldeSAA.........................................................................78Quadro4LicenciamentoAmbientaldeSES..........................................................................79Quadro5ParticipaodecadaSubsistemadeVilaVelha.................................................108Quadro6NormadeQualidadedeguaparaConsumoHumano.................................112Quadro7ClassificaoparaoIQAAdotadopelaCESAN...............................................114Quadro8CertificaodeOutorga.........................................................................................115Quadro9LicenciamentoAmbiental.....................................................................................115Quadro10DadosTcnicosdasETESdeVilaVelha.........................................................118Quadro11InformaesRelativasaoLicenciamentoAmbientalnoIEMA.....................119Quadro12EstaesElevatriasemOperao.....................................................................122Quadro13DivisodoEmissrio...........................................................................................126Quadro14EEEB......................................................................................................................127Quadro15EEEB.......................................................................................................................133Quadro16CaractersticasdasEE..........................................................................................138Quadro17CaractersticasdasPrincipaisdaEEEB.............................................................141Quadro18PrincipaisImpactosSciosAmbientais............................................................143Quadro19ControleeReduodePerdasdaCESAN.......................................................158Quadro20PrincipaisOcorrnciasparaSAA.......................................................................164Quadro21PrincipaisOcorrnciasparaSES........................................................................165Quadro22ReservaoPrevistaeNecessidadedeAmpliao..........................................177Quadro23SoluesdeTratamentosdeEsgotosLocalizadase/ouIntegrados..............179Quadro24ParmetroseContribuiesnoClculodoIQAD...........................................194Quadro25AvaliaodoIQAD..............................................................................................195Quadro26ParmetrosnoClculodoIQE...........................................................................196Quadro27AvaliaodoIQE..................................................................................................196Quadro28ValoresdeICAesuaClassificao....................................................................197Quadro29ValoresdeIORDesuaClassificao.................................................................198Quadro30ValoresdeIORCesuaClassificao.................................................................198Quadro31ValoresdeIESAP..................................................................................................199

Pgina12


NDICEDETABELASTabela1ParticipaoAdministrativodoMunicpiodaRMGV.........................................15Tabela2RedeMunicipaldeSade.........................................................................................64Tabela3IDHdeVilaVelha......................................................................................................65Tabela4ndicedeVulnerabilidadeSocialdeVilaVelha....................................................66Tabela5RecursosEducacionaisnoMunicpio......................................................................69Tabela6DadosPopulacionais.................................................................................................72Tabela7SituaodosDomicliosdeVilaVelha....................................................................73Tabela8TubulaesdeAduodeguaBruta.................................................................109Tabela9TubulaesdeguaTratada..................................................................................110Tabela10AnlisesBacteriolgicaseMdiadasAnlisesdeCloroResidualdagua.113Tabela11MdiadosResultadosdasAnlisesFsicoQumicasdagua.......................113Tabela12VazesOutorgadas................................................................................................115Tabela13InformaesRelativassEstaesElevatriasdeEsgoto(EEEB)..................118Tabela14QuantitativodeRedesColetorasExistentes.......................................................119Tabela15BairrosAtendidospeloSistemadeLigaes.....................................................120Tabela16TabelaTarifriaemVigor.....................................................................................146Tabela17NmeroEstimadodeLigaeseEconomiasdegua.....................................148Tabela18EvoluoPopulacional..........................................................................................151Tabela19HabitantesparacadaAno.....................................................................................153Tabela20ProjeesdasPopulaes......................................................................................154Tabela21AnoversusPopulaoFlutuante.........................................................................155Tabela22VolumesAnuais.....................................................................................................158Tabela23ProjeodasDemandasdegua.........................................................................168Tabela24ProjeodasVazesdeColetadeEsgoto...........................................................169Tabela25ProjeodasVazesdeTratamentodeEsgoto..................................................170Tabela26DadosAtuaisdeEconomias.................................................................................171Tabela27EvoluodeEconomiaseLigaesdegua.....................................................172Tabela28EvoluodeEconomiaseLigaesdeEsgoto...................................................173Tabela29CapacidadedasEstaesqueAbastecemaRMGV..........................................174Tabela30SistemadeAbastecimentodegua....................................................................180Tabela31SistemadeEsgotamentoSanitrio.......................................................................181Tabela32InvestimentosemCurtoPrazo.............................................................................186Tabela33InvestimentosemMdioPrazo............................................................................187Tabela34InvestimentosemLongoPrazo............................................................................188Tabela35DetalhamentodeInvestimentos..........................................................................189Tabela36TabelaPadrodosPrazosdeAtendimento.......................................................199

Pgina13


1.APRESENTAO

O objetivodoPlanoMunicipal de SaneamentoBsico apresentar o diagnsticodossistemasdeabastecimentodeguaeesgotamentosanitrio,bemcomoproporasmetaseo Plano de Investimentos para atendimento demanda futura de servios, para ohorizontede30(trinta)anos.Temcomofinalidadeauniversalizaodoserviopblicodeabastecimentodeguaeesgotamentosanitriocomservioseprodutosdequalidade.

Proporcionaratodos,oacessouniversalaosaneamentobsicocomqualidade,equidadeecontinuidadepodeserconsideradocomoumadasquestesfundamentaisdomomentoatual,postascomodesafioparaaspolticassociais.Desafioquecolocaanecessidadedesebuscarascondiesadequadasparaagestodosservios.

ALein11.445/07,quefixouasdiretrizesgeraisemmbitonacionalparaosaneamentobsico, eaLeiEstadualn9.096/08,que fixouasdiretrizes estaduais, estabeleceramanecessidade dos titulares editarem o plano municipal de saneamento bsico comocondiodevalidadedoscontratosdeconcesso,contemplandoestudocomprovandoaviabilidadetcnicaeeconmicofinanceiradaprestaouniversaleintegraldosservios,dentreoutros elementos,permitindoaparticipaodoprestadorde serviosnoapoiotcnico ou financeiro, conformedispe o art. 25, 3doDecretoRegulamentadorn7.217/2010.Deacordocomosartigos9e19daLei11.445/07aPolticaPblicaeoPlanodeSaneamentoBsico, soos instrumentos centraisdagestodos servios.Conformeessesdispositivos,aPolticadefineomodelojurdicoinstitucionaleasfunesdegestoe fixa os direitos e deveres dos usurios. O Plano estabelece as condies para aprestao dos servios de saneamento bsico, definindo objetivos e metas para auniversalizaoeprogramas,projetoseaesnecessriosparaalcanla.

O presente trabalho constitui o Plano Municipal de Saneamento Bsico (PMSB) doMunicpiodeVilaVelha,e temcomoobjetivoauniversalizaodoserviopblicodeabastecimentodeguaeesgotamentosanitrio,comservioseprodutosdequalidade,ematendimentoLeiFederal11.445/07.

Opresenteplano foi concebido seguindoasdiretrizesdoPlanoDiretordeguaedoPlanoDiretor de Esgoto da regiometropolitana elaborados pela concessionria dosservios Companhia Esprito Santense de SaneamentoCESAN.As informaes queembasamos estudos envolvemosdadosdeoperao, cadastro tcnico fornecidopelaCESAN e o siteda companhia e tambm secretariasmunicipais,publicaes tcnicas,cadastrotcnicodaPrefeituraMunicipaldeVilaVelhaebibliografiacitada.

DeacordocomaLeidePolticaNacionaldeSaneamento(Lei11.445/07)opresentePlanoMunicipal de Saneamento Bsico deve ser divulgado atravs de audincia pblica,colocado em consulta pblica para receber sugestes, bem como ser revisto a cada 4(quatro)anos.

Pgina14


2.CARACTERIZAOGERALDOMUNICPIO

2.1.ASPECTOSGERAISMUNICIPAIS

2.1.1.Histria

VilaVelhaomaisantigomunicpiodoestadodoEspritoSanto,Brasil.Foifundadaem23 deMaio de 1535 com o nome de Vila do Esprito Santo pelo portugus VascoFernandesCoutinho,donatriodaCapitaniadoEspritoSanto,e foi sededacapitaniaat 1549, quando esta foi transferidaparaVitria e omunicpiopassou a ter onomeatual. Em 1750,VilaVelha foi elevada aDistrito e, posteriormente, amunicpio pelaConstituioEstadualde1890,sendosomenteem1958reconhecidooficialmentecomomunicpiodeVilaVelha,atentodenominadoEspritoSanto.

Aocupaodomunicpio foibem lentaat1951,quandoapsaconclusodarodoviaCarlosLindemberg,daconstruodaRodoviadoSolao longodo litoralnadcadade70, da construo da Ponte Castelo Mendona (3 Ponte), que encurtouconsideravelmente a distncia entre a capital contribuiu para o crescimento domunicpio,provocandoumavalorizaodaorladeVilaVelhaeaconsequenteexplosodemogrfica,quepraticamentemultiplicoupor10apopulaoemmenosde50anos.

omunicpiomaispopulosodoestado(inclusivesuperandoacapital)sendoagrandemaioria da populao residente na rea urbana. Est a 12 km da capital do estado epossui32quilmetrosdelitoral,sendopraticamentetodorecortadoporpraias,asquaisconstituem importantes cones tursticos e paisagsticos, como a Praia da Costa, deItapu e de Itaparica. Por ser a cidademais antiga do estado, possui construes dosculoXVI,comooConventodaPenhaeaIgrejadoRosrio;dosculoXVII,oFortedeSoFranciscoXavieredosculoXIX,oFaroldeSantaLuzia.

2.1.2.Localizaoerea

A rea de abrangncia do municpio de Vila Velha compreende uma rea polticoadministrativa de cerca de 210 km, representando uma participao na RegioMetropolitanadaGrandeVitriadeaproximadamente9,0%.Distaaproximadamentede12kmda capitalVitria, localizandosenas coordenadasde longitude oeste 40 17 elatitude sul 20 20, limitandose ao norte com o municpio de Vitria, ao sul comGuarapari, a leste com oOceanoAtlntico e a oeste com osmunicpios de Viana eCariacica. A participao administrativa do municpio na Regio Metropolitana daGrandeVitriapodeserobservadanaTabela1,aseguir:

Pgina15


Tabela1ParticipaoAdministrativodoMunicpiodaRMGV

MUNICPIO REA(km) PARTICIPAO(%)Cariacica 279,9 12,0Fundo 288,7 12,4

Guarapari 594,5 25,5Serra 551,7 23,6Viana 312,7 13,4

VilaVelha 210,1 9,0Vitria 98,2 4,2RMGV 2335,8 100

Fontes:(*)IBGEMicrodadosCenso2010.

OmunicpiodeVilaVelhadivididoem5regiesadministrativas.AFigura1,aseguir,mostraoMapadelocalizaoeas5regiesadministrativasdomunicpiodeVilaVelha.


Figura1MapadeLocalizaoeDivisoAdministrativadoMunicpio

Pgina17


2.1.3.Acesso

OacessorodovirioprincipalfeitopelasrodoviasES060ES388eES471.AdistnciadeVitria de 12 km.A Figura 2 a seguirmostra as principais rotas de acesso doMunicpiodeVilaVelha,ESDNIT.

Figura2RotasdeAcessodoMunicpiodeVilaVelha

2.1.4.SaneamentoBsico

ALei 11.445/07, em seuArt. 3,define SaneamentoBsico como sendoo conjuntodeservios,infraestruturaseinstalaesoperacionaisde:

a)abastecimentodeguapotvel;

b)esgotamentosanitrio;

c)limpezaurbanaemanejoderesduosslidos;

d)drenagememanejodasguaspluviaisurbanas.

Tratasedeserviosquepodemserprestadosporempresaspblicasou,emregimedeconcesso,porempresasprivadas, sendoesses servios consideradosessenciais, tendoemvista anecessidade imperiosadesseporpartedapopulao, almda importnciaparaasadedetodaasociedadeeparaomeioambiente.

Pgina18


Osaneamentobsicotemcomooseuprincipalobjetivozelarpelasadedoserhumano,tendoemcontaquemuitasdoenaspodemsedesenvolverquandohumsaneamentoprecrio.Afaltadesaneamentobsico,aliadaafatoressocioeconmicoseculturais,sodeterminantesparaosurgimentodeinfecesporenteroparasitoses,sendoascrianasogrupoqueapresentamaiorsusceptibilidadesdoenasinfectocontagiosas.

Como uma questo essencialmente de sade pblica, o acesso aos servios desaneamentobsicodeve ser tratado comoumdireitodo cidado, fundamentalparaamelhoriadesuaqualidadedevida.

Nospasesmaispobresouemregiesmaiscarentesasdoenasdecorrentesdafaltadesaneamento bsico (virticas, bacterianas e outras parasitoses) tendem a ocorrer deformaendmicaenoBrasil figuramentreosprincipaisproblemasde sadepblicaeambiental.

NoEstadodoEspritoSantoo serviode saneamentobsico reguladopelaAgnciaReguladoradeSaneamentoBsicoeInfraestruturaViria(ARSI),eemgrandepartedoterritrioestadualaconcessionriaatualdosserviosdeguaeesgotoaCompanhiaEspritoSantensedeSaneamentoCESAN.

ARSI AGNCIA REGULADORA DE SANEAMENTO BSICO EINFRAESTRUTURAVIRIADOESPRITOSANTO

ConformeaLeiComplementar477,de30dedezembrode2008,aAgnciaReguladorade Saneamento Bsico e Infraestrutura Viria do Esprito Santo (ARSI) tem comocompetncia regular, controlar e fiscalizar,no mbitodoEstadodoEsprito Santo, osserviosde saneamento bsicode abastecimentode gua e esgotamento sanitrio,deinteressecomumeinteresselocal,delegadosaoGovernodoEstado,emconjuntocomosserviosestaduaisdeinfraestruturaviriacompedgio.

SegundoaLeiComplementarEstadualn477,aARSIdeveprotegeroconsumidor,noquedizrespeitoapreos,continuidadeequalidadedaprestaodosserviospblicosconcedidos,eassegurarocumprimentodasnormaslegais,regulamentaresecontratuais,oatendimentodointeressepblicoeorespeitoaosdireitosdosusurios.

NosetordeSaneamento,aARSI temcomo finalidaderegular,controlare fiscalizarnoEsprito Santo, a prestao dos servios de saneamento bsico concedidos pelosmunicpiosCompanhiaEspritoSantensedeSaneamento(CESAN).AlmdeatuarnosmunicpioscapixabasondeosserviosdesaneamentobsicosoprestadospelaCESAN,aARSI tambmpode exercer suas atividadesnosoutrosmunicpiosondeo servio realizado por empresas particulares, pblicas municipais ou autarquias municipais.Dentreosserviosreguladosesto:esgotosanitrioeabastecimentodegua.

Pgina19


Cabe ARSI estudar a recomposio do poder aquisitivo da receita aos nveisinflacionrios,bem como repassedos custosnoadministrveis,eainda identificaroscustosdosservios,voltadosaumreposicionamentotarifrioemoutropatamarecapazdeconsolidarmetasprevistasdeexpansodosserviosparaoperodo.

COMPANHIAESPRITOSANTENSEDESANEAMENTOCESAN

Hoje,os serviosdeabastecimentodegua e esgotamento sanitrio, soprestadosnomunicpiodeVilaVelhapelaCompanhiaEspritoSantensedeSaneamentoCESAN.

ACESANumaempresadeeconomiamista,enquadradanoregimejurdicodedireitoprivadocomosociedadeannima,criadapelalei2.282,alteradapelalei2.295,em1967.A Companhia foi regulamentada pelo Decreto 2575, de 11 de setembro de 1967. Otrabalhodaempresaconsistenacaptao,notratamentoenadistribuiodeguaenacoletaeno tratamentodeesgoto.Suasatividades compreendemaindaa realizaodeestudos,projetoseexecuodeobrasrelativasanovasinstalaeseampliaoderedes.ACesan estpresente em52dos78municpiosdoEspritoSanto, sendo7naRegioMetropolitanadaGrandeVitriae45nointerior.

EmalgunsdosmunicpiosdoEstadodoEspritoSantoemqueatua,aCESANexecutouoProgramaguasLimpas,que teve incio com recursosdoBancoMundial (BIRD) econtrapartidadaCESAN,recursosprprios,econtemplavaapenasossetemunicpiosdaRegioMetropolitanadaGrandeVitria,dentreelesVilaVelha.

OProgramaguasLimpas,de2003a2010, reuniuumconjuntodeempreendimentosparaampliaroabastecimentodeguaeosserviosdecoletaetratamentodeesgotonaGrandeVitriaenointeriordoEspritoSanto.EntreasobrasdoProgramadestacamseaconstruo de estaes de tratamento de esgoto, implantao redes coletoras eelevatrias,construodereservatriosdegua,almdemuitasmelhoriaseampliaesnossistemasdeproduoedistribuiodeguajexistentes.

AFigura3,aseguir,mostraosmunicpiosdoestadobeneficiadoscominvestimentosdoPrograma.


Figura3MunicpiosdoEstadoBeneficiadoscomInvestimentosdoPrograma

Pgina21


2.1.4.1.SaneamentoBsicoemlocalidadesdepequenoporte

ApopulaoresidenteemlocalidadesdistantedaSededoseuMunicpio,semacessoaosserviosdesaneamentoprioritrios,convivecomsituaessanitriascrticas,devidoausnciaouprecariedadedeinstalaesadequadasparaoatendimentodosserviosdeabastecimentodeguaeesgotamentosanitrio,ficamsujeitassenfermidadesebitos.

Essascomunidades,quetemcomofontedeabastecimentodeguaospequenoscrregose nascentes, lanam seus dejetos e resduos nesses corpos dgua, reduzindo adisponibilidade hdrica local. Somase ao problema o desmatamento, que ocasiona orebaixamentodolenolfretico,causandoumgrandeimpactoambiental.

A necessidadeda implantao, ampliao ou realizaodemelhoriasdos serviosdesaneamento nessas reas especiais se faz necessrio para a preveno, controle dosagravosdainsalubridade,contribuindoparasealcanar,progressivamente,oobjetivodauniversalizaodosserviospblicosdeabastecimentodeguaeesgotamentosanitrio,emconsonnciaLeiFederal11.445/07.

O abastecimento pblico de gua, o esgotamento sanitrio e asmelhorias sanitriasdomiciliarese/oucoletivasdepequenoporte,merecemprioridadenessecontextoatualdesaneamentobsicomunicipal,poisestodiretamentevinculadasaspreveneseaocontrolededoenasdeveiculaohdricanessaspopulaesvulnerveis.Desta forma,tornase indispensvel, a implementao de aes de educao sanitria e ambiental,bemcomo,seumonitoramentopelopoderpblico.

OsDistritoseprincipaiscomunidadesnomunicpiodeVilaVelhasoXuri,CrregodoSete,Jabaet,AtlnticoII,RetirodoCongo,Jaguarussu,Soldamanh,Tanque,PontadaFrutaeCamboapina.

2.1.5.Energia

OEstadodoEspritoSantoaunidadedafederaocomomaiorconsumodeenergiapercapitanoBrasil,ondeosprojetosdegrandesempresascomoaVale,ArcellorMittalTubaro,Samarco,AracruzCeluloseetambmapopulaosoosresponsveisporesseresultado,aliadoaosurtodedesenvolvimentoprevistoparaoEstado,queimpulsionaraindamaisademandaporenergiaeltrica.

AdistribuiodaenergiaeltricanoEstadoficaacargodaEDPESCELSA,privatizadaem1995,daSantaMariaCentraisEltricas,eaindaofertadaspelaAracruzCeluloseeArcellorMittalTubaro.ParaaRMGV,ofornecimentodeenergiaeltricafeitoapartirdo SistemaNacional Interligado, onde amaiorparteda energia consumidana regioprovmdasusinas hidroeltricas (UHE) construdas na regio sudestedopas, edasusinasnuclearesAngraIeII.

Pgina22


A iluminao pblica do municpio de Vila Velha beneficia praticamente todos osespaosurbanizados,excetoasreasdepalafitaseaquelasdesestruturadasparareceberainstalaocomseguranadepostes,transformadoreselinhasdedistribuio.

2.2.ASPECTOSTURSTICOS

O turismo uma das atividades quemais cresce em todo omundo,movimentandomilharesdedlaresemdivisas,tornandosereferncianageraodeempregoserendas.No Brasil, segundo a EMBRATUR, no ano de 2012, 5,7milhes de turistas visitaramnossopas,gerandoumareceitacercadeUS$6,6bilhes.

Vila Velha oferece ao visitante e aomorador uma variedade de programas, belezasnaturais e histricas. Com 32 quilmetros de litoral, todo recortado de praias, omunicpiodeVilaVelhapossuiosmaisbeloscenriosdoestadodoEspritoSanto,ondeestosituadasaspraiasdomunicpio.

2.2.1.Praias

PraiadaCosta

umadasmaisbelaspraiasdoEstadocomsuasareiasdouradaseguaslmpidas.Ficaaapenas3kmdocentrodacidade.Urbanizadaemtodasuaorlaporcaladoeciclovia,possui reas reservadas prticade esportes.Possuimoderno sistemade iluminaonoturna que proporciona banhos noturnos, equipamento para banhos de mar parapessoas com necessidades especiais, prtica de esportes e segurana aqueles que afrequentam.SuaorlapossuiexcelenteredehoteleiraerestaurantesdequalidadecomomostraaFigura4,aseguir:

Figura4PraiadaCosta

Pgina23


IlhadosPacotes

Nesta ilha,porpossuirum farolde sinalizaomartima,o acesso populaono permitido sendo restrito ao pessoal daMarinha.A populao, bem como os turistas,utiliza a rea em torno da ilha para a prtica da pesca submarina e mergulhocontemplativodafaunamarinha.

PraiadaSereia

SituadonofinaldaPraiadaCosta,pertodoClubeLibans.EssapraiaaextensonortedaPraiadaCostaeestlocalizadaentreopromontriodofaroldeSantaLuziaeoistmoqueaseparadaPraiadaCosta,Figura5,aseguir:

Figura5PraiadaSereia

PraiadeItapu

Praiadeondasfortes,guasclaraseareiafofa,apreferidadospescadoresdeanzol,umsegmentodaPraiadaCosta,ficaa3quilmetrosdoCentro.Apesardaverticalizaodaorla de Vila Velha, a Praia de Itapu ainda mantm uma pequena comunidade depescadores.

Pgina24


Figura6PraiadeItapu

PraiadeItaparica

Praiadeondas fortes,guas claras eareia fofa.Apraia tem como caractersticasumagrandequantidadedequiosques,ondeovisitantepodedegustarprodutosda famosaculinriacapixabacomoamoqueca,tortacapixaba,perofrito,mariscos,etc.APraiadeItaparica uma continuidade da praia da Costa, possuindo a mesma iluminaonoturna.

Figura7PraiadeItaparica

PraiadeBarradoJucu

Praiadeondasfortes,guasclaraseareiafofa.Praiasemideserta,ofereceinfraestruturareceptiva apenas no povoado. Costuma ser procurada em suamaioria por surfistas.Nesse trecho,omarde guasumpouco escurecidasdevido presenada fozdo rioJucu, apresentase constantemente com ondas fortes ede repuxono sendodosmaispropciosparabanhos.

Pgina25


Figura8PraiadaBarradoJucu

ABarraestdivididaem trspraiasmenores,muitoconhecidasentreosmoradoresefrequentadores.NafoznortedoRioJucuapraiafoibatizadapelosnativosdeBarrinha,picodeondasfortesmuitoapreciadasporsurfistas.DentrodoParquedeJacarenema,aoladodoMorrodaConcha,selocalizaapraiadaConcha,umaexceoqueoferecemarabrigado e tranquilo.NoCentrodobairro, apraia conhecida comoBarro,onde seconcentram os atletas de bodyboard. Para os surfistas, o Pico doCemitrio, direitadessapraia,umaboapedida.

Tudoissoficabemprximoantigaviladepescadores,quepreservaastradieslocais.Alis,aregioapontadaporpescadoresprofissionaiscomoumadasmelhoresparaapesca de arremesso.No final da tarde possvel assistir a uma revoada de garas eaproveitarpara iratPontedaMadalena,que ligaoBarroBarrinhapormeiodoParqueNaturalMunicipaldeJacarenema.OnomedaconstruofazrefernciamsicaMadalenadoJucu,eternizadanavozdeMartinhodaVilaeinspiradanocongodaBarra.

PraiadaBarrinha

EstapraialocalizasenamargemesquerdadefozdoRioJucu,a12kmdasededeVilaVelha.OacessoaolocalatravsdaBarradoJucufoifacilitadopelaconstruodapontedaMadalena.Deveseevitarabarrado rio,onde redemoinhosenganamosbanhistas.Possui1kmdeextenso,comomostraaFigura9aseguir:

Pgina26


Figura9PraiadaBarrinha

PraiadaConcha

So70metrosdeareiaqueestoescondidosdooutroladodomorrodaConcha,naBarrado Jucu.Nopossuiondasemaispropciaaomergulho,comomostraaFigura10aseguir:

Figura10PraiadaConcha

PraiadeCoraldoMeio

Naparteque ficaao ladodoMorrodaConcha,encontraseumapequenaenseadadeguasesverdeadasecalmas.Seguindosenadireosul/Guarapari,omarapresentase

Pgina27


com ondas fortes, sendomelhor para banho durante asmars baixas. Infraestruturareceptivapoderserencontradanopovoado.Emalgunstrechoscontacomapresenadepoucasbarracas.Asareiassolargas,amareladasefofas.SituadafrentedopovoadodaBarradoJucueladodireitodoMorrodaConcha,encontrasedistante12kmaosuldeVilaVelhae35kmaonortedeGuarapari.SeuacessoparaquemvemdeVilaVelhafeitoatravsdaRodoviadoSol,nosegundoretornoapsoPostodaPolciaRodoviriaEstadual.Daseguese,atravsderuanopavimentadadopovoado.

PraiadoBarro

Praiapropciaprticadosurfpossuigrandeextensodeareiasbrancasefofas,retaeadornadapor corais tendo omagnficoMorrodaConcha aonorte.Possui calado eciclovia.idealparaaprticadeSurf,BodyBoardeCanoagemsobreasondas.SituadaaonortedoMorrodaConcha,nobalneriodaBarradoJucu,comomostraaFigura11aseguir:

Figura11PraiadoBarro

PraiadePontadaFruta

Obalnerioabrigatrspraias.DoladosuldoMorrodaIgrejinhaosmoradoreschamamafaixadeareiadePraiaRasa.Elabuclicaetranquila,idealparacrianas,quepodembrincarcomliberdadeemsuasguaslimpasdepoucasepequenasondas.Masemdiaderessaca omar se agita e as ondas se transformam em territrio livre para surfistas epraticantesdebodyboard.

L existe uma colnia de pescadores tradicional, alm de restaurantes que servem atradicional moqueca capixaba. H dezenas de barcos ancorados na areia, excelentecenrioparaumafotografiacomafamliaeosamigos.Almdisso,obairrotememseu

Pgina28


territriopartedaPraiadaBaleia enadivisa comGuarapari est aPraiadoBuraco,chamadaassimpelossurfistasprofissionaisquefrequentamolocal.

Figura12PraiadePontadaFruta

2.2.2.MonumentosHistricos

A cidade considerada o bero da colonizao do Esprito Santo. Sua atraomaisvisitadaoConventodaPenha(1558),umdosmaisantigosdoBrasil.

ConventodaPenha

Principalmonumento religiosodoEstado,oConventodaPenha comeou suahistriaem 1562, com FreiPedroPalcios, quando foi construdauma capeladedicada a SoFrancisco. No cume do morro, posteriormente, foi erguida a Capela das Palmeiras,depoisque,segundoalenda,umquadrocomaimagemdeNossaSenhoradasAlegrias,trazido por ele de Portugal em 1558, sumiu diversas vezes de uma gruta e s eraencontradanoaltodomorro ondehojeestoconvento.Oquadrocoma imagemdeNossa Senhora da Penha chegou em 1569. A pequena capela teve sua primeiramodificaoconcludaem1660,quandopassaaserconhecidacomoconvento.Em1750foi iniciada sua ampliao, resultando em uma dasmais belas construes do BrasilColonial.possvelsubiromorro,quetem154metrosdealtitude,decarro,ouandandopelaladeiradapenitncia,antigocaminhoabertopelosndios.OConventodaPenhafoitombadopeloInstitutodoPatrimnioHistricoeArtsticoNacional(Iphan)em1943.

Pgina29


Figura13ConventodaPenha

GrutadoFreiPedroPalcios

Localizadanoinciodaladeiradapenitncia,umdosacessosaoConventodaPenha,agrutaest embaixodeumagrandepedra.Com trsmetrosdeextenso,possuitimavisibilidade e, segundoalgunshistoriadores, foi residnciadoFreiPedroPalciospormaisdeseisanos,cumprindoatradiodevivernapobreza.EradiantedessagrutaqueofreicolocavaaimagemdeNossaSenhoraeoravacomopovo.

Figura14GrutadoFreiPedroPalcios

StioHistricodaPrainha

Localcommuitahistria,cercadoporrvoresemar.Foinapraiaquemargeiaoparquequenodia23demaiode1535ancorouacaravelaGlria.NelaestavamodonatriodaentoCapitaniadoEspritoSanto,VascoFernandesCoutinho,eoutros60homensque

Pgina30


ali fundaram aViladoEsprito Santo.Comeou, assim, ahistriadoEstado.Hoje, oparquecontacomumavistaespetacularparaabaadeVitriaepossuiextensogramadoque abriga alguns dos principais eventosda cidade, como o Festival doChocolate, aFesta daCidade, Feira da Terra e Festa da Penha.No seu entorno esto construeshistricascomooConventodaPenha,aIgrejadoRosrioeoForteSoFranciscoXavierdaBarra,formandooconjuntodoStioHistricodaPrainha,ondetambmseencontraaPraaAlmiranteTamandar,umbeloespaocontemplativo.

Figura15StioHistricodaPrainha

SanturioDivinoEspritoSanto

IdealizadoeconstrudoporFreiFirminoMatuschek,oSanturioDivinoEspritoSanto,conhecidocomoSanturiodeVilaVelhafoiinauguradonodia21deabrilde1967apsoitoanosdeobras.

Deestiloarquitetnicobasilicalaconstruofoiconsiderada,napoca,visionriaentreosreligiosos.FreiFirminochegouaVilaVelhanodia7de janeirode1956eassumiuaparquiadeNossaSenhoradoRosrio,masasuasedese tornoupequenaeperifricaparaacidadequecrescia.Eranecessrioconstruirumanova igreja.Depoisdeavaliarvriosterrenos,FreiFirminoadquiriuumareaalagada,emquetrafegavamcanoasdepescadores.Logoforamfincadas139estacasdeconcreto,com8metrosdecomprimento,emquesegastaram20 toneladasde ferro.DaAlemanhaveioodinheiroparaa laje.Orestantedosrecursosfoiarrecadadonacidade.

Pgina31


Figura16SanturioDivinoEspritoSanto

IgrejadoRosrio

a igrejamaisantigadoEstadoe, talvez,doBrasil.Suaconstruocomeouem1535,pelodonatriodaCapitaniadoEspritoSanto,VascoFernandesCoutinho.Comaajudado jesutaAfonsoBrsedo irmo leigoSimoGonalves,a igreja,quepossuipisosdeladrilhos hidrulicos e aspectos barrocos (adquiridos no sculo XVIII), recebeu oacrscimodeumanavemaior, construda empedra,hoje com trsaltares.Em1751otemploganhouemseualtarmorumaPedraDAra,comrelquias(comoosfragmentosde ossos) dosmrtires So Colombo e So Liberato, conformeDiploma doVaticanoautenticado. Em 1950 foi tombada pelo Instituto do PatrimnioHistrico eArtsticoNacional(Iphan).

Figura17IgrejadoRosrio

Pgina32


ForteSoFranciscoXavierdaBarra/380BatalhodeInfantaria

Foiem1535queVascoFernandesCoutinhoteriaconstrudoumapequenafortificaonabase domorro da Penha. Na poca era chamada de Fortaleza de So Francisco dePiratininga. Em 1862, foi cedida Marinha e abriga desde 1919 o 3 Batalho deCaadores,hojeo38BatalhodeInfantariadoExrcitoBrasileiro.Ofortepossuiduassalas,umadedicadahistriadacolonizaodoEspritoSantoeoutracomacervosobrea2GuerraMundial.Paraavisita preciso levardocumentode identidade egruposacimade10pessoasprecisamfazeragendamento.

Figura18ForteSoFranciscoXavierdaBarra

FaroldeSantaLuzia

Inauguradoem1871,ofarolpossui17metrosdealturaeestlocalizadoemumterrenorochosodeencostaengreme,napontadeSantaLuzia.Ailuminao,queinicialmenteerafeitaaquerosene,hojecontacomlmpadasde3.000watts,comalcancede32milhasmartimas e sistema eltrico produzido na Frana. Ainda em funcionamento, oequipamento um dos responsveis pela orientao da navegao na regio, queenvolve o trfego de grandes navios nos portos de Vila Velha, Tubaro e Vitria.PertenceCapitaniadosPortosdoEspritoSantoeconstituiumareadesegurana.Olocalencontrasetemporariamentefechadoparavisitao.

Pgina33


Figura19FaroldeSantaLuzia

CapelaNossaSenhoradosNavegantes

Acapela foiconstrudano topodeummorroem frentePraiadaBaleia,naPontadaFruta.Deacordocomhistoriadores,aigreja,erguidanadcadade1940,seriaoresultadodopagamentodeumapromessadeumimigranteitalianoqueserefugiounaregiodePonta da Fruta, escapando da hostilidade a alemes e italianos, provocada pelaparticipaodoBrasilna2GuerraMundial.

Figura20CapelaNossaSenhoradosNavegantes

IgrejaNossaSenhoradaGlria

Aedificaofoierguidaentre1900e1913naBarradoJucuutilizandoalvenariadepedraecoberturadetelhascomforrodemadeira,recentementesubstitudaporPVC,almdepisodeladrilhocermico.

Pgina34


Figura21IgrejaNossaSenhoradaGlria

MuseuFerroviriodaVale

OMuseuFerroviriodaValeficanaantigaEstaoPedroNolasco,nobairrodeArgolas,VilaVelha.Aestaofoiconstrudaem1927,comonomedeEstaoSoCarlos.Passoua se chamarPedroNolasco em 1935, emhomenagem ao engenheiro responsvelpelaconstruodaestradade ferroVitriaaMinas.Restaurado,oprdiodaantigaestaoabriga,desde1998,oMuseuFerrovirio.ReneumricoacervonoqualsobressaiavelhaMariaFumaa,ovagodemadeira,otrlei,otelgrafo,oquepedoagente,fotografias,entreoutros.

Figura22MuseuVale

Pgina35


2.2.3.Balneabilidade

Corposdeguacontaminadosporesgotosdomsticosaoatingiremasguasdaspraiaspodemexporosbanhistasaorganismospatognicos.Crianas, idososoupessoascombaixa resistncia so asmais suscetveis a desenvolver doenas ou infeces aps obanhoemguascontaminadas.

A qualidadedas guas bastante influenciadapelas condiesde saneamento bsicoexistentes nas cidades. Muitas cidades brasileiras no possuem infraestrutura desaneamento suficiente para atender sua populao.Dessa forma, o aporte de esgotosdomsticosparaaspraiasououtroscorposdguasetornaumfatorotineiro.

No municpio de Vila Velha este quadro no diferente, entretanto a PrefeituraMunicipal vemprestando populao,desde 2001,um serviodemonitoramentodaqualidadedasguasrecreativas,paraavaliaroriscosaderepresentadopelapresenademicrorganismospatognicosnestescorposdgua.

Em2009,foicelebradooAcordodeCooperaon008/2009,entreaPMVVeaSecretariadeEstadodeMeioAmbienteeRecursosHdricosSEAMA,porintermdiodoInstitutoEstadualdeMeioAmbienteeRecursosHdricosIEMA.

OAcordodeCooperaoTcnica temporobjetoa colaboraomtua entreaspartesvisandoomonitoramentodaqualidadedaguapara finsdebalneabilidade, incluindoos pontos monitorados pelo municpio de Vila Velha/SEMMA no Programa deBalneabilidadedoIEMA.Amalhaamostralcompostapor15pontossendoascoletasrealizadasquinzenalmenteentreosmesesdemaroanovembro,e semanalmentenosmesesdedezembro, janeiro e fevereiro, emqueas coletas so intensificadasdevidomaiorfrequnciadebanhistasnaspraiasnoperododevero(PlanoVero).Aavaliaodos resultados e classificaodos locaisde coleta feita conformepadres e critriosestabelecidosnaResoluoCONAMAN274/00.

Nos lugares monitorados existem placas de sinalizao indicando as condies debalneabilidade: se a bandeira for verde a praia est prpria, se for vermelha estimprpria.

Pgina36


Figura23Placadesinalizaoindicandoacondiodebalneabilidade

2.3.MEIOFSICO

2.3.1.RecursosHdricos

2.3.1.1.Hidrografia

OestadodoEspritoSanto,paraefeitodaadministraodosrecursoshdricosdivididoem12baciashidrogrficas,conformepodeserobservadonafiguradoInstitutoJonesdosSantosNeves IJSN,mostrada na Figura 24 a seguir, das quais cinco so bacias dedomniodaunio,ouseja,baciasqueatravessammaisdeumestado,esetesobaciasestaduais,cujasnascentesefozencontramsenoslimitesdoestado.

Pgina37


Figura24BaciasHidrogrficasdoEspritoSanto

ABaciaHidrogrfica consideradaunidade territorialpara implantaodasPolticasNacionaleEstadualdeRecursosHdricos.

AsbaciashidrogrficasdosriosSantaMariadaVitriaedoJucubanham10municpiosdaGrandeVitriaedaregiocentroserranoemantmestreitadependnciaambiental,social e econmicados seusafluentes e contribuintes.Osmunicpiospertencentesaosterritriosdas referidasbacias so:Cariacica,DomingosMartins,Guarapari,MarechalFloriano, Santa Leopoldina, SantaMaria de Jetib, Serra,Viana,VilaVelha eVitria,comomostramasFigura25e26aseguir:

Pgina38


Figura25BaciaHidrogrficadoRioSantaMariadaVitria

Figura26BaciaHidrogrficadoRioJucu

Ambas as bacias apresentammltiplos usos e tem importncia fundamental para oestadodoEsprito Santo com nfasepara aRegioMetropolitanadaGrandeVitria.Estas bacias abastecem quase 50% da populao do Esprito Santo, alm servir deinsumo para indstrias de grande porte e polos industriais e irrigao para o setor

Pgina39


agropecurio,especialmenteparaaproduodehortifrutigranjeiros,umadaseconomiasmaisimportantesdaregioserrana.

Porm,aregiodeabrangnciadasbaciassofrecomintensoprocessodedesmatamentodasreasdenascentesederecargadeaquferos,queimadas,reduodrsticademataciliar, eroso, estradas mal planejadas, despejos de efluentes industriais, ocupaodesordenada,faltaouinsuficinciadesaneamentobsico,gestoincipientedosrecursoshdricosenaconservaodosrecursosnaturais,etc.Todosessesfatorescomprometemde maneira significativa o abastecimento dos mananciais de gua das populaesurbanaseruraisdaGrandeVitria.

OsprincipaismananciaisqueabastecemaRegiodaGrandeVitriapertencemsbaciasdoRioJucueSantaMariadaVitriaeestesuprimentodeguaocorrepormeiodeumsistemaintegrado,isto,ummesmomanancialabastecediferentesmunicpios.

VilaVelha tem sua hidrografia composta das baciasdos riosGuarapari e Jucu, cujasreassode32e179kmrespectivamente,destacandosecomoprincipaisriosoJucueoUna.

RioJucu

ORioJucuumriobrasileirodaregiosudeste,cujabaciaesttotalmenteincludanoestadodoEsprito Santo tendo comoprincipais afluentes osdenominados JucuBraoNorteeJucuBraoSul.AscabeceirasdorioJucuencontramsenaregiomontanhosadoEstado,noParqueEstadualdePedraAzulaaproximadamente90kmdomaredesguanoOceanoAtlntico,nalocalidadedeBarradoJucu,municpiodeVilaVelha.AlmdosbraosNorteeSul,podemsecitarcomo importantesafluentesdorio JucuoscrregosBarcelos, Ponte,Melgao, DAntas, Jacarand, Ribeiro Tijuco Preto, Biriricas, SantoAgostinhoeCongo,comomostraaFigura27aseguir:

Pgina40


Figura27BaciaHidrogrficadoRioJucu

A extenso total dos cursos dgua da bacia do rio Jucu (segundo cartografia IBGE1/50.000)somaaproximadamente5.130km,quedrenamumareasuperiora2milkm,correspondendoaumadensidadededrenagemde2,54km,consideradadensa.Nestabaciaestosituados, integralmente,osterritriosdosmunicpiosdeMarechalFloriano,DomingosMartins,Viana,eVilaVelha,eparcialmenteosdeCariacicaeGuarapari.

Asatividadeseconmicasmais importantesdabaciadorio Jucusoaagropecuria,aculturadehortifrutigranjeiros,oturismoe,emmenorgrau,ageraodeenergiaeltricaeasatividadesindustriais.OsprincipaisproblemasencontradosnabaciadorioJucuso:

Pgina41


assoreamento, lanamentode esgotono tratado,desmatamento,queimadas, eroso eocupaoirregulardasmargensdorio.

ORio Jucu um rio comvolumemdiodegua,nos trechos iniciais rpido e comcorredeiras constantesmuitoutilizadospara aprticade rafting. Seu encontro com ooceanoemperododemaraltaprovocaumapequenapororoca.umriohistrico,queserviu s primeiras investigaes do serto capixaba, permitiu o desbravamento dointeriordosmunicpiosdeVilaVelha,CariacicaeViana.ORioJucurecebeuessenomeatravsdos ndios,paraosquais Jucuumarvoredecanela.AFigura28mostraumtrechodoRio.

Figura28CorredeiradoRioJucu

RioFormate

NavizinhanadaregiodeCaarocaoRioFormateseunianaturalmenteaoRio Jucu.Porm,os jesutasconstruramumcanalartificialnosculoXIXparatransportefluvialdemercadoriasatabaadeVitria,ligandooRioJucuaoRioMarinhoeforandoestetributrio a desaguar no Rio Marinho, o qual, a rigor, era um modesto brao demanguezal que conectava alguns crregos baa de Vitria. No sculo XX outrasintervenesreforaramaaflunciadoRioFormateaoRioMarinho.

Dessa forma, oRio Formate, tratado aqui de forma separada, comportase, namaiorpartedo tempo, como tributriodoRioMarinho,mas, em condies excepcionaisdecheias, drena indistintamente para o rio Jucu e para o rioMarinho, dependendo dascondies hidrodinmicas imperantes na rea da Caaroca, sobretudo nos trechosdenominadosBraoMortodoJucuecanaldosJesutas.

Pgina42


Areadrenadadeaproximadamente101km,apresentandosuascabeceirasnolimiteoeste de Cariacica com o vizinho municpio de Viana. Esse rio representa o limiteterritorialentreosdoismunicpioscitados.

AnascentedoRioFormate localizasenasproximidadesdaReservaFlorestaldeDuasBocase,desdesuanascenteatdesaguarnoRioMarinho,possuiumaextensototaldeescoamentodecercade30km.AredededrenagemqueescoapelabaciadoRioFormateapresentaumaextensototaldecercade200km.

DentreosafluentesdoRioFormate,ocrregoRodaDguaoprincipalcorpodguadamargemesquerda,responsvelpordrenarumareadepoucomaisde10km(10%dabacia todadoRioFormate).OcrregoRodaDguaconstituise, tambm,numdosprincipais responsveis pela formao das fortes enxurradas que ocorrem na poromdioaltadabaciadoRioFormateequeassolamareaurbanadeCariacica.

AindanaporomdioaltadabaciadoRioFormate,escorrepelamargemesquerdaoCrrego Trincheira, com extenso de mais de 4,5 km e rea de drenagem deaproximados4km,oCrregoJaquit,queescoapelamargemdireitaporumaextensodemaisde2,5kmereadedrenagemdeaproximados3km,eoCrregoMontanha,quedrenaumabaciademaisde12kmeestendesepormaisde5km.

Porfim,naporobaixadabacia,jprximosdolocalondeRioFormatedesguanoRioMarinho,doisafluentessedestacamnamargemdireita,quaissejam:CrregoAreinhaeCrrego do Tanque. Na parte superior da bacia do Rio Formate predominam asatividades rurais, enquanto que a parte inferior, caracteristicamente urbana comocupaoirregular,comomonstraaFigura29aseguir:

Figura29OcupaoIrregularnoRioFormate

Pgina43


RioMarinho

ORioMarinho representa o limite territorial entre osmunicpios deCariacica eVilaVelha, escoando em sentido sulnorte at desaguar na Baa de Vitria. Devido smodificaesantrpicasqueculminaramcomodesviodasguasdoRioFormateparaacalhadoRioMarinho(aomenosparcialmente),areadecontribuioparaesseriofoiampliada consideravelmente. O Rio Marinho naturalmente um curso dgua decaractersticas fluviomarinhas, compondo parte do ambiente estuarino da baa deVitria.

Atualmente,partedeseu leito foicanalizada,esuasmargense leitosofreram intensasocupaes.H dificuldade demanter faixas de preservao permanente previstas nalegislao,evitandoocomprometimentodasuacalhahidrulicadeescoamento.ORioMarinho pode ser considerado atualmente, em toda a sua extenso, imprprio paraabastecimento humano e sem condio de vida aqutica, devido carga de poluiodomstica e industrial recebida viaRio Formate e,mais frente, pelos efluentes dosbairrosCaaroca,BelaAuroraepartedeCobilndia.SuascondiessopioradaspeloperidicorepresamentodesuasguaspelamarnabaadeVitria.

OsolonabaciadoRioMarinhoestocupadoporloteamentosurbanoscomimportantedensidade demogrfica, sendomais de 80% de sua bacia hidrogrfica ocupada comimveisresidenciaiseindustriais.Emtodasuaextensoincluiosbairros:Cobidebaixo,Cobilndia, Jardim do Vale, JardimMarilndia, Nova Amrica, RioMarinho, SantaClara,ValeEncantado,AlziraRamos,Bandeirantes,BelaAurora,BelaVista,Caaroca,CampoGrande,JardimAl,JardimAmrica,JardimBotnico,RioMarinho,Sotelndia,ValparasoeVascodaGama(Cariacica).

NamargemdireitadoRioMarinhoselocalizaumcanaldenominadovalaMarinho,queseencontraatualmentedesconectadodocanalMarinhoecomprevisodeconstruirumsistemadecomportasautomticasquespermitiriamaconexodavalaMarinhocomocanal seosnveisdesteltimo fossem inferiores.Adelimitaodebaciasnessareauma tarefa muito complexa, haja vista que essa mesma vala, que se conectaesporadicamentecomocanalMarinho,cortaacidadedeVilaVelhaeaoRioAribiri,queporsuavezdesguanaBaadeVitriaemlocaldiferentedoRioMarinho.

Assim,namargemdireitadoRioMarinhonohdelimitaodebaciahidrogrficabemdefinida, uma vez que o comportamento e sentido do fluxo se do em funo damagnitude do escoamento e da dinmica da mar, podendo as vazes geradas namargemdireitadoRioMarinho,emterritriodacidadedeVilaVelha,oraescoarememdireo do Rio Aribiri, ora em direo do Rio Marinho. O comportamento dosescoamentos nessa baciadevese conformao suavedo terrenoda bacia, onde nosupera os 5 metros de desnvel total, sendo a metade desse desnvel em reas deinflunciademars.

Pgina44


J nomunicpio deCariacica alguns afluentes damargem esquerda do RioMarinhodrenamsobremaneiraasreasurbanasdestemunicpio.

AbaciadoRioMarinhofoisubdivididaemquatrosubbacias:MargemDireita,CrregoCampo Grande,Margem Esquerda ao Norte do Crrego Campo Grande eMargemEsquerdaaoSuldoCrregoCampoGrande.

A Figura 30 mostra os problemas encontrados ao longo dos trechos urbanos detributriosdamargemesquerdadoRioMarinhoaonortedocrregoCampoGrandeequecontribuemparainundaes.

Figura30OcupaoIrregulardoRioMarinho

MalhaHdricadoMunicpiodeVilaVelha

AmalhahdricadomunicpiodeVilaVelhaapresentaaseguinteconstituio:

Um corpo hdrico, oRio Jucu, classificado estritamente como rio e que o principalmanancialdeabastecimentodeguadaGrandeVitria, incluindoomunicpiodeVilaVelha.Suasprincipaiscaractersticasdevazoso:

Q90=12.658l/s;

DisponibilidadeHdrica(50%deQ90)=6.329l/s

Qoutorgada=3.800l/s

Umcorpohdrico,oCanaldoCongoeseus tributrios,outroracomcaractersticasdepequenos rios ou crregos.Atualmente podem ser classificados como parte crregos,partecanaisdedrenagem.Ocursoprincipal,denominadoCanaldoCongoafluentedoRioJucu,praticamentenafozdestenalocalidadedeBarradoJucu.

Pgina45


Um corpo hdrico, o Rio Aribiri e seus tributrios, outrora com caractersticas depequenos rios ou crregos. Atualmente podem ser classificados como canais dedrenagem,comcaractersticasestuarinasnasregiesmaisprximasdesua foznaBaadeVitria.

Diversos outros corpos hdricos, outrora com caractersticas de pequenos rios oucrregos.Atualmentepodemserclassificadoscomocanaisdedrenagem.OsprincipaissooCanalGuaranhunseseustributrioseoCanaldaCostaeseustributrios.

Nessamalhahdricaimportanteressaltar:

com exceo do Rio Jucu, para os demais no h informaes detalhadas sobre ascaractersticasdasvazesnemsobreaqualidadedagua;

comexceodoRioJucu,osdemaiscorposhdricosrecebemlanamentosdeesgotoinnatura;

oRioAribirieoscanaisGuaranhunsedaCostasomarcantementeinfluenciadospelosnveisdamar,oRioJucuemmenorescala.

2.3.1.1.1.ComitsdebaciashidrogrficasdosRiosSantaMariadaVitriaeJucu

A gesto integrada e participativa dos recursos hdricos um dos temas maisimportantesedesafiadoresdaatualidade, recorrentenasagendasdediversospasesefocodaspolticasambientaisemnvelglobal.Entretanto implementarosprincpiosdegesto integrada,participativa edescentralizada tem seapresentado comoumdesafioparaosatuaissistemasdegerenciamentoderecursoshdricos.

Em2005 iniciouseoprocessode formaodosComitsSantaMariadaVitriae JucutendocomobaseasexignciascontidasnaPolticaNacionaldeRecursosHdricos(Lein9433/1997) e a Poltica Estadual de Recursos Hdricos do Esprito Santo (Lei n5818/1998).Paraaeleiodosrepresentantesdadiretoriaeplenriosprovisriosforamrealizadas diversas assembleias municipais e regionais. No final de 2007 ambos oscomitstiveramseusdecretosdecriaoassinadospelogovernadordoestadoenofinalde 2008 os processos eleitorais foram concludos sendo constitudas as diretorias eplenriasdefinitivas.

Atualmente,oCBHJucuencontrasecomasuasegundaplenria,institudaemprocessoeleitoralconcludoemmaiode2011eoCBHSantaMariadaVitriaencontrasecomoprazoexpiradopararealizaodoprocessoeleitoraldesdedezembrode2010.

Pgina46


2.3.2.Clima

O clima vilavelhense caracterizado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia eEstatstica,comotropicalquentesupermido(tipoAwsegundoKppen),vistosituarsenaporolitorneadaRMGV.

Atemperaturamdiaanualde24,7Ccominvernossecoseamenosevereschuvososcom temperaturas elevadas. A umidade relativa do ar de 80%.Omsmais quente,fevereiro,temtemperaturamdiade27,4C,sendoamdiamximade31,8Cemnimade23,1C.Eomsmaisfrio,julho,de22,1C,sendo26,4Ce17,8Casmdiasmximaemnima, respectivamente.Outono eprimavera so estaesde transio. So raros osepisdiosdefrioextremo,sendoqueatemperaturamnimaregistradanacidadefoide6C.Os ventos so constantes o ano todo, porm ocasionalmente o deslocamento defrentesfriasprovocaepisdiosdeventosmaisfortes,comrajadasatingindovelocidadessuperiores a 70 km/h.Em 6demaiode 2013,por exemplo, o rpido avanodeumafrente fria provocou um forte vendaval em Vila Velha e outras cidades do litoralcapixaba,comrajadasdeventochegandoaos120km/h,provocandoquedadervoresedestelhamentode centenasde casasna cidadeedeixandovriosbairrosvilavelhensessemenergiaeltricaporvriashorasemdecorrnciadaquedadepostesedanosemfioseltricos.

Aprecipitaomdia anual de 1.253,8mm, sendo agosto omsmais seco, quandoocorremapenas44,6mm.Operodochuvoso,nogeral,seestendedeoutubroatabril,com a ocorrnciade excedenteshdricospraticamente em todos osmesesdoperodochuvosoe,naregiovilavelhense,asprecipitaessoconsideravelmentemaiselevadas.Em dezembro, omsmais chuvoso, amdia fica em 203,3mm.Nos ltimos anos,entretanto,osdiasquentesesecosduranteoinvernotmsidocadavezmaisfrequentes,no raroultrapassando amarcados 30 C, especialmente entre julho e setembro.Emjaneirode2010,porexemplo,aprecipitaodechuvaemVilaVelhanopassoude1,9mm. Durante a poca das secas e em longos veranicos em pleno perodo chuvosotambmsocomunsregistrosdequeimadasemmorrosematagais,principalmentenazona rural da cidade, o que contribui com o desmatamento e com o lanamento depoluentesnaatmosfera,prejudicandoaindaaqualidadedoar.

2.3.3.CoberturaVegetal

O recobrimentovegetalprimrionaRMGVapresentaconsiderveisvariaesentreosmunicpios integrantes, onde as reasmais elevadas so cobertaspredominantementepela floresta atlntica de plancie e encosta, com espcies arbreas densas de grandealturaedimetro,submatadensaepresenademuitasepfitas.Jasreasplanas,comelevaesmximasdaordemde3,0msnm(metrossobredonveldomar),sorecobertaspor vegetao conhecida como restinga. Nas reas inundveis h presena decomunidadesherbceasconstitudasporelementosfixosouflutuantes,easreassujeitasinflunciadasmarssocobertaspormanguezais.VilaVelhaumdosmunicpiosda

Pgina47


RMGV que apresenta um grau de desmatamentomais intenso, podendose observargrandesextensesdesolodescoberto,oucobertoporherbceasrelativamentedispersas.Existem,entretantoaindaalgumasreaspreservadasdeMataAtlntica,derestingasemangues.VilaVelhaomunicpioqueapresentaamaispreocupantesituao,poisasreservasflorestaisremanescentessopequenaseemnmeroreduzido.

2.3.4.Usoeocupaodosolo

O uso do solo reflete a diversidade scioespacial de atributos fsicos e urbansticos,infraestruturas, de acessibilidade, de legalidade e de localizao relativa a uma dadaregio.

Nasdiferentesregiesdomunicpio,hpredominnciadousoresidencial,divididoemtipologiasqueincluempalafitas,barracos,autoconstrues,sobrados,conjuntodecasase edifcios, prdios de diversos padres, aparthotis, manses e chcaras, compreponderncia de alta verticalizao na faixa litornea e na regio central, epredominnciadecasasedebaixaverticalizaonasdemaisregiesdacidade.

Ouso residencial compartilhado com atividadesde comrcio, servios, indstrias eequipamentos religiosos, esparsamente distribudos no interior dos bairros, masfrequentes nas vias de maior movimento, concentrandose em alguns trechos queconfiguramreasdecentralidadeaconjuntosdebairros.

Nas reasde centralidades so tambm encontrados estabelecimentos exclusivamentecomerciais e/ou de servios, que atendem extravicinalmente em carter maisespecializado.

DentreasreasdeconcentraoconsolidadapodemsercitadosoCentrodeVilaVelha,SoTorquato,Ibes,Glria,CobilndiaeNovoMxico.

Aolongodasviasarteriaisesuareadeinflunciaimediataeemalgumasviascoletoras,comoRodoviaCarlosLindenberg,RodoviadoSol,LucianodasNeves,RodoviaDarlySantos, localizamseestabelecimentosdecomrcioeserviosvariadosdemaiorporteedecartermetropolitano.

Algumasreasdacidadeespecializamseconcentrandoestabelecimentosdeatividadescorrelatas,constituindoeconomiasdeaglomerao,sendooscasosmaisrepresentativos,aGlrianosetordeconfeces,SoTorquatonosetorautomotivo,Cobilndianosetorde apoio s atividades porturias e o Centro de Vila Velha, configurando uma reacentralqueseestendedaPraiadaCostaataGlria,numsentido,edaPrainhaataAvenidaCarioca,emoutro,abrigandoalmdecomrcioeserviosmaisdiversificadoseespecializados, estabelecimentosdegesto, religiosos, educacionais, sociais, culturaiseassociativos.

Pgina48


Nas duas ltimas dcadas, diversas empresas de construo civil direcionaminvestimentosproduodeedifciosdealtopadroeaparthotisna faixa litornea,impactandodiretamenteomercado imobilirionessa regio, tantonoque se refereaopadrourbansticoquantovalorizaodopreodaterra.

As ocupaesmais recentes e irregulares, como a regio daGrande TerraVermelha,Dom Joo Batista e Ferrinho, se localizam em reas imprprias ocupao comfragilidadesambientaisouemsituaodeprecariedadedeinfraestruturaedeacessoaservios bsicosde atendimento a suapopulao.Nesses casos, opoderpblico vemintervindo, destacandose o Projeto de Urbanizao Integrada do Bairro Dom JooBatista, com remanejamento de habitaes para outra rea, o Projeto Multissetorialintegrado em Terra Vermelha, em fase de captao de recursos junto ao Banco deDesenvolvimento Econmico e Social BNDES e encaminhamentos junto ao setorprivadopararesoluodareadoFerrinho.

Historicamente, a forma de ocupao urbana do municpio de Vila Velha ocorreudesordenadamenteeaexpansourbanaocorreumaisfortemente,apartirdadcadade70.

Desde operodo inicialde formaoda cidade at omomentopresente,uma grandedificuldade tem sido acompanhar o crescimento, de forma a conservar o patrimnioambiental e compatibilizar as novas ocupaes, geradas a partir do parcelamento dosolo,protegendoasredesdeinfraestruturaepermitindoaligaoehierarquiaviria.

A informalidadeurbananoMunicpiodeVilaVelhaatingenoapenasasreasmenosvalorizadas, mas tambm aquelas destinadas s populaes de renda elevada. Emfunodoprocessoaceleradodeexpansourbanaedeocupaoirregulardoterritrio,VilaVelhaapresentacomprometimentonaqualidadeurbana,almdedificuldadesnoprocessodegestodacidade.

QuantoaosvaziosurbanosexistentesemVilaVelha,observasequehumgrauelevadode adensamento nos Plos Regionais: Central, Cobilndia e Arirbiri, tendo emcontrapontograndesglebasvaziasemreasurbanas,aexemplodarea localizadanoValeEncantadoeoutrasmaisprximasregiodeTerraVermelha,enapartesudoestedoterritriourbanomunicipal,estaltimasemregulamentaourbanstica.

Paraorientarodesenvolvimentourbanodomunicpio,em2006foirealizadaaRevisodoPlanoDiretorUrbanodoMunicpiodeVilaVelha.

Ozoneamentourbanosedivideem:

rea Urbana Consolidada: reas que se encontram em avanado estado deurbanizao e densidade populacional. Conta com pores territoriais residenciais,comerciaiseporturias;

Pgina49


reaUrbanadeExpansoFuncional:readeinteresselogsticoeporturio,combaixondicedeocupao;

reaUrbanadeExpansoResidencialeTurstica:realitorneacombaixaocupao,mascompotencialdeusoresidencial.Tipologiabalneria;

rea Urbana de Integrao: rea livre; e com pouca populao residente e compotencialparaocupaodevidoqualidadeambiental;

rea Urbana de Estruturao: rea de fragilidade ambiental j que seu territrioocupado corresponde s reas alagadas. Contm vazios devido restries demobilidade;

reaUrbana de Transio:rea de transio entre o ambiente ru

plano municipal de saneamento bÁsico prefeitura

Documents