plc powerline communication

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Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa Faculdade de Educação Curso de Tecnologia em Redes de Computadores Dyego Miranda Bezerra Pedro de Melo Evangelista PLC – UM NOVO MODELO DE INFRAESTRUTURA DE REDES Brasília 2008

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Page 1: PLC PowerLine Communication

Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa Faculdade de Educação Curso de Tecnologia em Redes de Computadores

Dyego Miranda Bezerra

Pedro de Melo Evangelista

PLC – UM NOVO MODELO DE INFRAESTRUTURA DE REDES

Brasília 2008

Page 2: PLC PowerLine Communication

Dyego Miranda Bezerra

Pedro de Melo Evangelista

PLC – UM NOVO MODELO DE INFRAESTRUTURA DE REDES

Brasília 2008

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Tecnologia

de Redes de Computadores do

Instituto Científico de Ensino

Superior e Pesquisa, como requisito

parcial à obtenção do título de

tecnólogo.

Orientador: Prof. Gleyson Azevedo

da Silva, M.Sc.

UnICESP

Page 3: PLC PowerLine Communication

Bezerra, Dyego Miranda; Evangelista, Pedro de Melo PLC – Um novo modelo de infra-estrutura de redes / Dyego

Miranda Bezerra ; Pedro de Melo Evangelista ; Professor orientador Gleyson Azevedo da Silva, M.Sc.. – Guará : [s. n.], 2008.

43f. : il. Monografia (Graduação em Tecnologia em Redes de

Computadores) – Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa, 2008.

I. Silva, Gleyson Azevedo da. II. Título.

Page 4: PLC PowerLine Communication

Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa Faculdade de Educação Curso de Tecnologia em Redes de Computadores

DYEGO MIRANDA BEZERRA

PEDRO DE MELO EVANGELISTA

Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “PLC – Um novo modelo de infra-

estrutura de redes”, avaliado pela banca examinadora constituída pelos

seguintes professores:

Page 5: PLC PowerLine Communication

PROPRIEDADE INTELECTUAL DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – CESSÃO DE DIREITOS

Curso de Tecnologia em Redes de Computadores UnICESP

Título do Trabalho: PLC – Um novo modelo de infra-estrutura de redes.

Autores: Dyego Miranda Bezerra; Pedro de Melo Evangelista

Orientador: Prof. MSc. Gleyson Azevedo da Silva

Data de apresentação do Trabalho: Declaramos que o, por meio da Coordenação do Curso de Tecnologia em Redes de

Computadores, da Coordenação de Trabalhos de Conclusão de Curso do UnICESP,

estão autorizadas a fazer uso do Trabalho por nós desenvolvido para a disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso I (ou II) – TCC I (ou II), para:

• Objetivos estritamente acadêmicos, como exposição/apresentação em Seminários ou Simpósios e outros eventos internos ou externos;

• Divulgação interna ou externa, para fins acadêmicos.

________________________________

Dyego Miranda Bezerra

________________________________

Pedro de Melo Evangelista

________________________________

Prof. MSc. Gleyson Azevedo da Silva

Page 6: PLC PowerLine Communication

DEDICATÓRIA

DEDICAMOS este trabalho a nossa

família, que nos apoiou em todos os

momentos, principalmente nos difíceis. E

também ao nosso professor orientador

Gleyson.

Page 7: PLC PowerLine Communication

AGRADECIMENTO

Agradecemos aos colegas, e amigos, de classe

por toda ajuda oferecida e também alegria

vivida durante todo o curso, ao Fábio, que

ajudou na escolha do excelente tema para

monografia, a Deus por ter iluminado nosso

caminho, aos professores pela assistência

prestada e a família que foi a base de todo

nosso sucesso.

Page 8: PLC PowerLine Communication

EPÍGRAFE

“Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não

fazer algo só depende da nossa vontade e perseverança”.

Albert Einstein.

Page 9: PLC PowerLine Communication

RESUMO

Este trabalho de pesquisa à tecnologia de comunicação que utiliza a rede elétrica como

meio de transmissão, abrange os serviços disponibilizados por esta, suas características e a

fase atual de seu desenvolvimento. São relacionadas especificações técnicas da tecnologia,

suas conquistas e problemas enfrentados pela mesma. Há ainda a citação de projetos e

pesquisas realizados no Brasil e no mundo e mais detalhes sobre esta tecnologia que promete

ser uma forte concorrente a outras tecnologias que provêem comunicação em banda larga.

Page 10: PLC PowerLine Communication

ABSTRACT

This work is based on the research of the communication technology that uses the

electric infrastructure as the medium of transmission. It encloses the services available for the

technology, its characteristics and the its current development phase. The Technical specifica-

tions, its conquests and problems of the technology are related. It still has the citation of

projects and researches carried through in Brazil and around the world. With more details

about this technology which is a promise to be one strong rival to other technologies that pro-

vide broad band communication.

Page 11: PLC PowerLine Communication

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – CARACTERÍSTICAS DOS CABOS ETHERNET E FAST ETHERNET. ................................. 22

TABELA 2 – O ESTADO ATUAL DA PLC E METAS PRETENDIDAS PELO PROJETO. ......................... 37

TABELA 3 – COMPARAÇÃO ENTRE AS FASES 1 E 2 DO PROJETO OPERA. ................................... 40

Page 12: PLC PowerLine Communication

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – TOPOLOGIAS FÍSICAS DE REDES. .............................................................................. 21

FIGURA 2 – REDE DIVIDIDA EM VLANS. ................................................................................... 22

FIGURA 3 – TOPOLOGIA TÍPICA DE UMA REDE PLC. ................................................................... 24

FIGURA 4 – REDE DE COMUNICAÇÃO INTERNA. ......................................................................... 26

FIGURA 5 – OFDM SOBRE TDMA. ............................................................................................ 29

FIGURA 6 – ONDAS DE SINAIS NA MULTIPLEXAÇÃO OFDM. ...................................................... 31

Page 13: PLC PowerLine Communication

LISTA DE ABREVIATURAS

EMC – Electromagnetic Compatibility

IEEE – Institute of Electrical and Electronics Engineers

ISI – Intersymbol-Interference

LAN – Local Area Network

MAN – Metropolitan Area Network

MCM – MultiCarrier Modulation

OFDM – Orthogonal Frequency-Division Multiplexing

OSI – Open Systems Interconnection

PLC – Power Line Communication

PSD – Power spectral density

QoS – Quality of Service

RF – Radio Frequency

TDMA – Time Division Multiple Access

VLAN – Virtual Private Network

WAN – Wide Area Network

Page 14: PLC PowerLine Communication

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 16

1.1 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 16

1.2 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 17

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 17

1.4 ORGANIZAÇÃO .............................................................................................. 18

2 REDES DE COMPUTADORES .................................................................... 19

2.1 HISTÓRICO .................................................................................................... 19

2.2 TOPOLOGIAS ................................................................................................. 19

2.2.1 Topologia Física .................................................................................... 20

2.2.2 Topologia Lógica ................................................................................... 21

2.3 ETHERNET ..................................................................................................... 22

3 COMUNICAÇÃO VIA REDE ELÉTRICA ................................................. 23

3.1 HISTÓRICO .................................................................................................... 23

3.2 TOPOLOGIA ................................................................................................... 23

3.2.1 Rede de Acesso ....................................................................................... 25

3.2.1.1 Rede de Comunicação Interna ........................................................... 25

3.2.2 Rede de Distribuição ............................................................................. 26

3.2.3 Rede de Transporte ................................................................................ 26

3.3 CARACTERIZAÇÃO DO CANAL PLC .............................................................. 27

3.3.1 O Canal PLC e os Serviços de Rádio .................................................... 27

3.4 A SUBCAMADA MAC NA TECNOLOGIA PLC ................................................. 28

3.4.1 OFDM/TDMA ........................................................................................ 28

3.4.2 CSMA/CA ............................................................................................... 29

3.4.3 CAC ........................................................................................................ 29

4 MODULAÇÃO MULTIPORTADORA ........................................................ 30

4.1 MULTIPLEXAÇÃO OFDM ............................................................................. 30

4.1.1 Geração de sinais OFDM ...................................................................... 31

4.1.2 Desafios da multiplexação OFDM ........................................................ 32

Page 15: PLC PowerLine Communication

5 DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA PLC ...................................... 33

5.1 PLC NO BRASIL ............................................................................................ 33

5.1.1 Projeto Barreirinhas - Ilha Digital ........................................................ 34

5.1.1.1 Objetivos ....................................................................................... 34

5.1.1.2 Resultados alcançados pelo Projeto .............................................. 34

5.1.2 Projeto Piloto PLC Restinga ................................................................. 35

5.2 PLC NO MUNDO ........................................................................................... 36

5.2.1 O Projeto OPERA .................................................................................. 36

5.2.1.1 Objetivos do Projeto ...................................................................... 36

5.2.1.2 Primeira fase do Projeto OPERA .................................................. 38

5.2.1.3 Segunda fase do Projeto OPERA .................................................. 39

6 CONCLUSÕES ................................................................................................ 41

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 42

Page 16: PLC PowerLine Communication

16

1 INTRODUÇÃO

A Internet se tornou um dos meios de comunicação mais eficientes por ser rápida e de

fácil acesso. A cada dia, mais pessoas utilizam-na dada sua importância tanto para

comunicação, como para lazer, pesquisas e até mesmo para o trabalho. Em determinado ponto

de vista, ela pode até ser considerada como um meio de separação de classes, haja vista que

pessoas que não tem acesso à mesma passam a ter menos conhecimento e se tornam excluídas

deste processo.

De modo a diminuir esta exclusão, ou até mesmo eliminá-la, tem-se pesquisado

formas de disseminação mais amplas e menos dispendiosas para que o uso da Internet se torne

mais amplo do que é atualmente.

Uma forma de acesso à Internet que ganhou espaço nos últimos anos é a transmissão

utilizando a estrutura da rede elétrica, também conhecida como comunicação pela linha de

potência (Power Line Communications – PLC). Apesar de ser um conceito cuja utilização se

iniciou no início do século XX, porém, só no final do referido século que empresas de energia

elétrica começaram a explorar a sua utilização para telecomunicação interna.

A tecnologia PLC permite transmissão de sinais por onda portadora em redes de

distribuição de energia elétrica, característica que a transforma em mais uma opção de

conectividade em banda larga. Devido à integração com a estrutura da rede elétrica, ela se

torna mais acessível e sua velocidade de transmissão pode ultrapassar 200 Mbps, o que a

torna uma ótima concorrente com outras tecnologias.

1.1 Justificativa

A despeito de haver uma enorme necessidade de se prover o acesso à Internet por

meio de banda larga, um óbice à realização disso é a pouca abrangência, seja por questões

técnicas ou estruturais, das tecnologias utilizadas com esse intuito até agora.

Uma solução encontrada para este problema foi o aproveitamento de uma rede de

caráter universal, a rede elétrica, que, com uma malha já instalada e ubíqua, pode ser utilizada

como meio de transmissão de informações. Este é um dos motivos que levou à escolha da

tecnologia PLC (Power Line Communications) como tema para esta monografia.

Page 17: PLC PowerLine Communication

17

1.2 Objetivo Geral

Identificar as principais características da tecnologia PLC e acompanhar a evolução da

mesma em contraponto com outras tecnologias de acesso à Internet.

1.3 Objetivos Específicos

Para atingir o objetivo geral, foram definidos objetivos específicos relacionados

abaixo, visando o encadeamento lógico do raciocínio descritivo contido neste estudo:

• contextualizar conceitos de redes de computadores;

• acompanhar o desenvolvimento e padronização da tecnologia PLC;

• caracterizar o meio de funcionamento da mesma;

• identificar o padrão usado para a modulação do sinal utilizado para transmissão de

dados;

• verificar projetos relacionados à tecnologia no Brasil e no mundo.

1.4 Metodologia

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos adotados, o presente trabalho configura-

se como estudo de caso, uma vez que envolve a análise profunda e exaustiva da tecnologia

PLC de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Sob o ponto de vista

de ser capaz de gerar conhecimentos para aplicação prática, também trata-se de uma pesquisa

aplicada.

O levantamento bibliográfico realizado e a análise de exemplos que abordem

problemas similares evidenciam que se trata também de uma pesquisa exploratória.

A pesquisa contemplou as fases de levantamento e seleção da bibliografia, coleta dos

dados, crítica dos dados, leitura analítica e fichamento das fontes, argumentação e discussão

dos resultados.

A abordagem utilizada foi a identificação das principais características teóricas da

tecnologia e a subseqüente avaliação de casos práticos, como Barreirinhas, Restinga e

OPERA, que permitisse a comparação entre os parâmetros estabelecidos na teoria e os

alcançados de forma real.

Page 18: PLC PowerLine Communication

18

1.4 Organização

Esse trabalho está dividido da seguinte forma: o capítulo 2 trata das redes de

computadores, o capítulo 3 aborda características da tecnologia PLC, o capítulo 4 especifica a

forma de comunicação utilizada pela mesma, o capítulo 5 mostra a fase atual do

desenvolvimento da tecnologia e, por fim, o capítulo 6 traz uma breve conclusão.

Page 19: PLC PowerLine Communication

19

2 REDES DE COMPUTADORES

Atualmente a informação é o ativo mais importante das organizações, por

conseqüência, transmiti-la é um processo igualmente relevante. A transmissão digital dessa

commodity depende profundamente da interligação de computadores em redes, daí a vital

importância desse tema.

Essas redes, que fazem uso de diversas tecnologias diferentes, desenvolvidas com o

objetivo de melhorar esse processo de interligação são hoje objeto de pesquisa e aplicação de

conhecimento no estado da arte.

É possível classificar as redes de acordo com sua escala compreendendo basicamente

três níveis (TANENBAUM, 2003):

• redes locais (Local Area Network – LAN)– é uma rede local e privada contida em

um único edifício ou campus universitário com até alguns quilômetros de extensão;

• rede de área metropolitana (Metropolitan Area Network - MAN) - é uma rede

metropolitana e pode abranger uma cidade. O exemplo mais conhecido de MAN é a rede de

televisão a cabo disponível em muitas cidades;

• rede de longa distância (Wide Area Network – WAN) – é uma rede geograficamente

distribuída abrange uma grande área geográfica, com freqüência um país ou continente.

2.1 Histórico

A história da humanidade pode ser divida em etapas, e em se tratando de tecnologia,

podemos dividir em três importantes fatos. O primeiro grande acontecimento tecnológico foi a

Revolução Industrial, no século XVIII, no século seguinte, o marco da evolução tecnológica

foram as máquinas a vapor. No século XX, com o surgimento da rede de telefonia em grande

escala, rádio e televisão e o surgimento e rápida expansão da indústria de computadores,

houve uma convergência destas tecnologias, o que acabou corroborando para o surgimento

das redes de computadores.

2.2 Topologias

A topologia física da rede refere-se ao layout da mesma, esboço que mostra a

distribuição física de seus ativos. Já a topologia lógica refere-se ao fluxo de dados na rede.

Page 20: PLC PowerLine Communication

20

2.2.1 Topologia Física

São diversos os tipos de topologias físicas, das quais se destacam:

• barramento – neste tipo de topologia, os nós são dispostos ao longo de um único

cabo, ligados um após o outro, e caracteriza-se por ser muito comum para pequenas empresas,

por possuir baixo custo, mas também apresentar pontos negativos, como a ausência de

redundância, o que implica que, caso o cabo seja partido, os nós que estão em lados opostos

ao rompimento perderão a comunicação entre eles (Figura 1 (a));

• anel – esta topologia consiste na ligação dos computadores em série até voltar ao

primeiro computador, formando assim um circuito fechado, um exemplo é a rede token ring

que funciona com esta topologia (Figura 1 (b));

• estrela – é uma topologia ligada de forma concentrada, comumente com um hub ou

um switch, todos os nós ficam ligados a este concentrador e este trata de difundir a

informação pela rede, sendo que o maior problema desta topologia está no caso de quando

houver problemas no concentrador, fato que impediria a comunicação de toda a rede (Figura 1

(c));

• árvore – essa topologia é recomendada para redes de maior porte, ela é organizada

hierarquicamente possuindo maior eficácia, porém maior complexidade, desta forma, utiliza

estruturas como servidores, roteadores, switches e hubs (Figura 1 (d)).

Page 21: PLC PowerLine Communication

21

Figura 1 – Topologias físicas de redes.

2.2.2 Topologia Lógica

A separação física entre redes é eficiente, mas em alguns casos é inviável. De modo a

sanar esse problema, foram criados vários protocolos que visam controlar o acesso e o fluxo

de dados em uma rede.

Um exemplo disto são as Redes Locais Virtuais (Virtual Local Area Network –

VLANs). Esse é um procedimento que proporciona que computadores que devem ficar em

LANs diferentes, mas por diversas razões não pode ser feito fisicamente, fiquem em redes

diferentes, mesmo que seja em LANs virtuais.

Segundo (TANENBAUM, 2003), a virtualização de LANs (VLANs) se baseia em

switches especialmente projetados para reconhecer VLANs. Desse modo, os switches são

configurados de forma que cada porta desse hardware pertença a uma LAN diferente. No

exemplo apresentado na Figura 2, onde existem duas VLANs identificadas como A (em

cinza) e B (em azul), pode-se observar que os computadores que pertencem à mesma VLAN

estão ligados a switches diferentes, sendo que os computadores pertencentes às redes A e B

estão separados logicamente, mesmo que não estejam fisicamente separados.

Page 22: PLC PowerLine Communication

22

Figura 2 – Rede dividida em VLANs.

2.3 Ethernet

O padrão IEEE 802.3, também conhecido como Ethernet, tem sua origem histórica no

Havaí, início da década de 70 do século passado, com a rede ALOHANET (primeira rede de

pacotes) e a partir daí foi desenvolvida chegando ao padrão atual (TANENBAUM, 2003).

A Ethernet é o padrão de rede local mais popular atualmente. Seu meio de transmissão

pode ser constituído por diversos tipos de cabos (demonstrados na Tabela 1). Há outros

padrões que objetivam os mesmos fins que o Ethernet, porém estes não se popularizaram

tanto quanto este padrão e nem se mostraram tão ou mais eficientes. Podem ser citados os

padrões token bus, desenvolvido pela General Motors, e token ring, desenvolvido pela IBM

(TANENBAUM, 2003).

Nome Cabo Tamanho máximo do

segmento Taxa de transmissão

10Base5 Coaxial grosso 500 m 10 Mbit/s

10Base2 Coaxial fino 185 m 10 Mbit/s

10Base-T Par trançado 100 m 10 Mbit/s

10Base-F Fibra óptica 2000 m 10 Mbit/s

100Base-T4 Par trançado 100 m 100 Mbit/s

100Base-TX Par trançado 100 m 100 Mbit/s

100Base-FX Fibra óptica 2000 m 100 Mbit/s Tabela 1 – Características dos cabos Ethernet e Fast Ethernet.

Como se pode ver na Tabela 1, os diversos tipos de cabeamento possuem diferentes

características. Pode-se observar também que a nomenclatura dos cabos é dada de acordo com

a característica do mesmo. No exemplo, para o caso 10Base5, 10 refere-se à taxa de

transferência de 10 Mbps, e 5 refere-se ao tamanho máximo do segmento, neste caso, 500 m.

Page 23: PLC PowerLine Communication

23

3 COMUNICAÇÃO VIA REDE ELÉTRICA

Uma idéia relativamente recente é a utilização da rede elétrica para transmissão de

dados e voz. Como é uma rede de caráter universal, de grande abrangência no mundo, esta

idéia se torna bastante aprazível, por utilizar uma estrutura já existente.

A tecnologia que está em desenvolvimento que visa a transmissão de dados e

informações pela rede elétrica é conhecida como Comunicação em Linhas de Potência (Power

Line Communication – PLC).

3.1 Histórico

A idéia de transmissão de informações por rede elétrica existe desde o início do século

XX. O primeiro sistema foi o Carrier Frequency Systems (CFS) que foi capaz de transmitir

um sinal em 500 Km por uma rede elétrica de alta tensão operando a uma potência de 10

Watts (HRASNICA et al, 2004).

Essa idéia é datada de 1838 com a proposta de medição remota de níveis de tensão de

baterias do sistema de telégrafo (telemetria) entre Londres e Liverpool, esta se tornou a

primeira patente de sinalização via rede elétrica, registrada em 1897, na Grã-Bretanha

(HRASNICA et al, 2004).

Outros sistemas exploraram esse meio, em destaque, os aparelhos eletrodomésticos,

tanto que, há aproximadamente trinta anos, foi criado um aparelho capaz de modular e injetar

na rede elétrica os sons captados por um microfone, sendo este sinal recuperado em outro

local do mesmo sistema elétrico e convertido novamente em som. Este dispositivo é

popularmente conhecido como “Babá Eletrônica” (VARGAS, 2004). O sistema PLC também

é muito usado para telemetria em alguns casos.

Atualmente, para redes de computadores existem protótipos em PLC que chegam a

taxas transmissões superiores a 200 Mbps e a uma banda de freqüência superior a 30 MHz

(OPERA, 2008).

3.2 Topologia

A Figura 3 representa uma topologia de rede PLC dividida em três níveis:

• rede de acesso;

Page 24: PLC PowerLine Communication

24

• rede de distribuição;

• rede de transporte.

Figura 3 – Topologia típica de uma rede PLC.

Fonte: (SILVA, 2006).

Como a Figura 3 demonstra, o sistema PLC utiliza um total de quatro tipos de

equipamentos (SILVA, 2006):

• Mestre de Média Tensão – responsável por injetar sinais de dados na rede elétrica

de tensão média e interconecta a rede de distribuição com a rede de transporte;

• Repetidor Média/Baixa Tensão – responsável por tratar o sinal e injetá-lo

novamente a rede, este equipamento é instalado junto ao transformador da rede elétrica;

Page 25: PLC PowerLine Communication

25

• Repetidor Baixa Tensão – responsável por recompor o sinal de dados, caso a

distância entre Modem PLC e o Repetidor de Média/Baixa Tensão for inferior a 300 m se o

sinal mantiver boa qualidade, o uso deste equipamento tornar-se-á desnecessário (TEIXEIRA,

2005);

• Modem PLC – responsável pela interface entre o meio de transmissão, neste caso a

rede elétrica, e às camadas superiores do modelo OSI, tendo em mente que a tecnologia PLC

envolve as camada Física e MAC (subcamada de Enlace do mesmo modelo).

É válido lembrar que por a tecnologia PLC ainda não estar regulamentada e

padronizada, a topologia e os equipamentos utilizados nesta explanação podem variar.

3.2.1 Rede de Acesso

A Rede de Acesso, também conhecida como rede de comunicação de última milha

(last-mile) trabalha em cima da rede de baixa tensão, caracterizada pela tensão nominal igual

ou inferior a 1 kV, (ANEEL, 2003), com conexão direta ao usuário ou à rede interna do

usuário.

Como a rede elétrica de baixa tensão, a Rede de Acesso tem seu início junto ao

transformador que interliga a rede de média e baixa tensão, e junto ao transformador há o

repetidor de média/baixa tensão, este que trata o sinal e injeta-o na rede, tem comunicação

direta com o modem PLC ou com o repetidor de baixa tensão caso seu uso seja necessário

(SILVA, 2006). Desta forma, o sinal de dados é encaminhado até a rede de comunicação

interna do usuário.

3.2.1.1 Rede de Comunicação Interna

A Rede de Comunicação Interna constitui-se na interligação dos equipamentos de rede

no interior da residência do cliente ou condomínio, de forma análoga ao que ocorre com a

rede local do usuário (ver Figura 4).

É válido lembrar que há a possibilidade de conexão de aparelhos eletroeletrônicos

habilitados para acesso remoto à rede interna. Isto proporciona o acesso e o controle de

equipamentos “inteligentes” à distância, o que abre mais motivos para o desenvolvimento da

tecnologia PLC.

Page 26: PLC PowerLine Communication

26

Figura 4 – Rede de Comunicação Interna.

Fonte: (SILVA, 2006).

3.2.2 Rede de Distribuição

É responsável pela interligação entre a Rede de Transporte e a Rede de Acesso usando

a estrutura da rede elétrica média-tensão, caracterizada pela tensão nominal maior que 1 kV e

menor que 69 kV (ANEEL, 2003).

Utiliza o equipamento Mestre de Média Tensão para ligar-se a Rede de Transporte,

que por sua vez introduz o sinal de dados a rede elétrica através do mesmo.

É válido salientar que há a necessidade de instalação de repetidores junto a cada

transformador, pois para o sistema PLC, ele representa um circuito aberto, já que são

dimensionados para operarem na faixa de freqüência de 60 Hz (MARTINS, 2006). A rede

PLC, por sua vez, vem alcançando freqüências muito mais elevadas, chegando a faixas

superiores a 30 MHz (OPERA, 2008).

3.2.3 Rede de Transporte

Envolve as Operadoras de Telecomunicações. Estas tratam de fazer a interconexão

com a internet. Comumente, o meio de comunicação utilizado passa a ser a fibra óptica.

Page 27: PLC PowerLine Communication

27

3.3 Caracterização do Canal PLC

No desenvolvimento da rede elétrica, não havia a idéia de transmissão de dados

utilizando-a, o que significa que ela não foi adequadamente preparada para transferência de

informações.

Por não receber o devido tratamento, o canal PLC varia de acordo com o tempo e o

local, possui grande atenuação para transmissão de dados, várias formas de ruído e percursos

não restritos, levando tecnologia PLC diferenciar-se em níveis de estrutura, topologia,

propriedades físicas e numeração das cargas existentes na rede, tornando a caracterização e a

modelagem do canal muito importante ao se trabalhar em um projeto PLC (SILVA, 2006).

Como o meio de propagação do sinal não é de caráter exclusivo, a presença de ruídos

e fatores que prejudicam a transmissão é inevitável. Estes ruídos podem ser provocados por

aparelhos eletroeletrônicos ligados à rede elétrica (TAVEIRA, 2004).

Outro fator relevante é a distorção, que, nesse caso, tem como principal causa as várias

reflexões que ocorrem devido ao descasamento de impedância em cada segmento da rede

elétrica (TAVEIRA, 2004), ou seja, a variação das características do meio de propagação do

sinal. Como exemplo disso, pode-se citar a passagem do sinal entre a rede elétrica de média

tensão e a de baixa tensão.

Há ainda a possibilidade de atenuação do sinal, devido à distância percorrida pelo

mesmo, e a fatores físicos do cabo. Porém isto pode ser facilmente solucionado com a

instalação de repetidores ao longo do percurso da informação, o que se dá a cada 300 m

(TEIXEIRA, 2005), uma distância significativa se comparada ao cabo mais utilizado em

redes, o Ethernet 10Base-T, que possui 100 m como limite para segmentação máxima.

Entretanto, em estudos realizados, houveram testes bem sucedidos para a transmissão

de dados chegando à velocidade superior a 200 Mbps, operando em freqüência maior que 30

MHz (OPERA, 2008).

3.3.1 O Canal PLC e os Serviços de Rádio

Um grande desafio para o desenvolvimento da tecnologia PLC é a possibilidade desta

interferir em serviços que utilizam a rádio-freqüência (Radio Frequency – RF).

O motivo disso é devido ao fato de a rede elétrica não ter sido concebida para evitar

radiações RF, tornando a PLC uma potencial fonte de interferência eletromagnética para os

serviços de rádio que operam na mesma faixa de freqüência que ela. Os sinais que trafegam

Page 28: PLC PowerLine Communication

28

na rede elétrica podem ser irradiados involuntariamente, tanto pelos fios elétricos, de baixa e

média tensão, quanto pelas tomadas elétricas residenciais (ARRL, 2007).

Para resolver este problema são necessárias a padronização e regulamentação da

tecnologia PLC, determinando a faixa de freqüência em que a mesma poderá operar sem que

haja interferência em outros serviços já existentes, alcançando assim uma compatibilidade

eletromagnética (Electromagnetic Compatibility – EMC) (ARRL, 2007).

Uma importante característica da tecnologia PLC que a destaca entre outras, é a

possibilidade de integração com outras tecnologias, por exemplo, as redes wireless (OPERA,

2008), característica essa que permite o alcance do serviço de transmissão de dados às áreas

de difícil acesso que não possuem acesso à malha de rede elétrica.

3.4 A subcamada MAC na tecnologia PLC

O controle de múltiplo acesso, o compartilhamento de recursos e controle de tráfego

são as principais funções da subcamada MAC (TANEMBAUM, 2003).

O sistema de controle de acesso que é utilizado com a tecnologia PLC é o acesso

múltiplo por divisão de tempo (Time Division Multiple Access – TDMA) em conjunto com a

multiplexação por divisão de freqüência ortogonal (Orthogonal Frequency Division

Multiplexing – OFDM), esquema conhecido como OFDM/TDMA (HRASNICA et al, 2004).

O esquema para compartilhamento de recursos normalmente usado em sistemas PLC é

o acesso múltiplo sensitivo à portadora evitando colisões (Carrier Sense Multiple Access with

Collision Avoidance – CSMA/CA) (HRASNICA et al, 2004), comumente usado em sistemas

wireless.

Já para o controle de tráfego, é utilizado o mecanismo de controle de admissão de

conexão (Connection Admission Control – CAC) (HRASNICA et al, 2004).

Estes controles da subcamada MAC serão discutidos a seguir.

3.4.1 OFDM/TDMA

A técnica de controle de acesso TDMA sobre o sistema de transmissão OFDM

(descrito no capítulo 4.1), tem se mostrado apropriada para o sistema de banda larga sobre

PLC, devido à sua robustez a meios de grande nocividade para a comunicação. Como a

tecnologia PLC ainda não está regulamentada e padronizada, a técnica OFDM/TDMA não é a

Page 29: PLC PowerLine Communication

29

única utilizada nas comunicações PLC, mas é a que apresenta os melhores resultados, dada a

fácil adaptação dessas técnicas (HRASNICA et al, 2004).

A técnica OFDM/TDMA consiste na alocação de slots de tempo para utilizar o

sistema de transmissão OFDM como pode ser observado na Figura 5. Vale ainda salientar que

a comunicação bidirecional na tecnologia PLC é assegurada graças à duplexação por divisão

de tempo (Time Division Duplexing – TDD) (OPERA, 2008).

Figura 5 – OFDM sobre TDMA. Fonte: (HRASNICA et al, 2004).

3.4.2 CSMA/CA

O CSMA/CA faz com que a estação que deseja transmitir alguma informação para

outra, deve primeiramente escutar o meio. Caso este esteja ocioso, ela emite um sinal

informando o desejo de “conversa” juntamente com o tempo em que a efetuará. Caso a

estação receptora esteja disponível, esta deve informar que aceita a requisição e, só então, os

dados serão transmitidos (TANENBAUM, 2003).

3.4.3 CAC

Este mecanismo limita o número de conexões na rede de acordo com os requisitos da

qualidade de serviço (Quality of Service – QoS), através de uma “política de admissão”. Essa

interferência no estabelecimento de conexões é necessária devido à limitação física do canal.

Sem este controle, particularmente em meios bastante ruidosos, como é o canal PLC, a

garantia de QoS seria inviável (HRASNICA et al, 2004).

Page 30: PLC PowerLine Communication

30

4 MODULAÇÃO MULTIPORTADORA

Ao se transmitir dados por um canal PLC pode ocorrer a chamada interferência

intersimbólica (Intersymbol-Interference – ISI), que são distorções lineares nos sinais

provocando a superposição dos mesmos. Como resultado disto, mecanismos que tratam deste

tipo de interferência devem ser usados (SILVA, 2006).

Uma alternativa encontrada foi a técnica de multiplexação dos sinais dividindo-os em

subportadoras, possibilitando que vários sinais utilizem o mesmo meio ao mesmo tempo,

sendo conhecida como modulação multiportadora (MultiCarrier Modulation – MCM).

Existem várias formas de se utilizar esta técnica, seja por divisão de freqüência, tempo ou por

códigos (MARTINS, 2006).

A técnica utilizada com a tecnologia PLC é a multiplexação por divisão de freqüência

(Frequency Division Multiplexing – FDM), que exige um meio com grande largura de banda,

o que é perfeitamente possível com o canal PLC.

Uma melhoria da técnica FDM compreende a utilização de subportadoras ortogonais

entre si, técnica conhecida como multiplexação por divisão de freqüência ortogonal

(Orthogonal Frequency Division Multiplexing – OFDM) (MARTINS, 2006), que será

comentada a seguir.

4.1 Multiplexação OFDM

Devido às nocividades presentes no meio PLC, é necessária uma técnica de

multiplexação robusta, eficiente e capaz de transmitir altas taxas de dados. Sendo assim, para

a tecnologia PLC foi implementada a técnica OFDM.

A OFDM é uma forma especial de MCM com subportadoras densamente espaçadas e

com sobreposição de espectro, o que pode ser observado na Figura 6 (HRASNICA et al,

2004).

Page 31: PLC PowerLine Communication

31

Figura 6 – Ondas de sinais na multiplexação OFDM.

Fonte: (HRASNICA et al, 2004).

Esta é uma técnica de implementação digital do sistema MCM, sendo que as ondas

portadoras são ortogonais entre si. Isto permite que a recepção de sinais OFDM seja livre de

interferências (HRASNICA et al, 2004).

A multiplexação OFDM além de ser utilizada em PLC, pode ser encontrada também

em sistemas de comunicação sem fio e radiodifusão, meios também nocivos e que apresentam

propagação por multipercurso.

A OFDM reduz a complexidade na equalização do canal e caracteriza-se por ser um

conjunto de múltiplos subcanais com variações leves de atenuações. Esta técnica imuniza o

sistema PLC a interferências ISI em símbolos distintos utilizando o tratamento abordado na

seção 4.1.2 do trabalho, além de ter um ganho espectral de até 50% em relação à

multiplexação FDM (MARTINS, 2006).

4.1.1 Geração de sinais OFDM

A geração de sinais OFDM é baseada em dois princípios (HRASNICA et al, 2004):

• primeiro, o canal de dados é dividido em subcanais, onde cada um é modulado em

diferentes portadoras, chamadas de subportadoras;

• segundo, depois de modulados, estes sinais são multiplexados em freqüências

diferentes e independentes, o que possibilita a ortogonalidade entre as subportadoras, e só

então são transmitidos.

Page 32: PLC PowerLine Communication

32

4.1.2 Desafios da multiplexação OFDM

Caso a duração do símbolo seja menor ou igual ao tempo máximo de atraso do sinal,

pode ocorrer a sobreposição de símbolos, o que consiste na interferência ISI. Já os sinais

transmitidos em OFDM têm o tempo de duração relativamente longo e utilizam pequena

largura de banda, reduzindo sensivelmente a possibilidade deste tipo de interferência. Para

eliminar completamente a interferência ISI, é especificado um tempo com duração maior que

o tempo do impulso de resposta do canal (HRASNICA et al, 2004).

Os sistemas OFDM são desenvolvidos para que as subportadoras estejam em

freqüência estreita o bastante para que seu esmaecimento seja de forma plana, permitindo que

as ondas permaneçam ortogonais entre si quando transmitidas por um canal seletivo em

freqüência (HRASNICA et al, 2004).

Apesar da robustez da técnica OFDM sobre a seletividade de freqüência, uma variação

aleatória no tempo de caractere no canal reduziria o desempenho do sistema. Estas variações

são conhecidas por deteriorarem a ortogonalidade das subportadoras, causando interferência

entre as subportadoras vizinhas, o que é conhecida como interferência entre portadoras (Inter-

Carrier Interference – ICI) (HRASNICA et al, 2004).

Para que a interferência ICI seja eliminada, é inserido um tempo que é ciclicamente

alterado. É notável que a alteração linear no tempo seja um tratamento apropriado para

interferências do tipo ISI, mas não para o tipo ICI, o qual deve ser tratado com variações

cíclicas no tempo em um canal linearmente dispersivo, sendo que este também elimina a

interferência ISI. Por este motivo, é o tratamento que a técnica OFDM utiliza (HRASNICA et

al, 2004).

Page 33: PLC PowerLine Communication

33

5 DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA PLC

Mesmo ainda em fase de desenvolvimento, a tecnologia PLC já apresenta resultados

satisfatórios em pesquisas realizas no mundo, inclusive no Brasil.

Esta tecnologia está se tornando uma alternativa cada vez mais competitiva com

outras. Sua tendência à redução de despesas com investimentos e a facilidade de

implementação confirma esta afirmação (LIMA et al, 2006).

Para usuários finais, os resultados da PLC têm sido satisfatórios, tanto pela qualidade

do serviço, podendo alcançar taxas de transferência superiores a 200 Mbps, quanto pela

facilidade de uso e de instalação, pois tomadas elétricas podem facilmente se tornar pontos de

acesso à Internet em banda larga (OPERA, 2008).

Para as empresas fornecedoras, a PLC possibilita a prestação de uma nova grade de

serviços inteligentes, permitindo o controle e gerência remota da qualidade de serviços

prestados, supervisão e diagnóstico em tempo real de transformadores da rede elétrica, leitura

automática dos medidores de consumo de energia e monitoração remota do fornecimento de

energia elétrica (OPERA, 2008).

Com o advento de tantas vantagens, a tecnologia PLC tem se desenvolvido mais

significativamente nos últimos anos. Este capítulo destina-se acompanhar a sua fase atual de

desenvolvimento.

5.1 PLC no Brasil

O Brasil assumiu posição notável no estudo e na pesquisa sobre a referida tecnologia.

Empresas prestadoras de serviços relacionados à energia elétrica lideram projetos piloto em

alguns estados do país.

Devido à grande abrangência da rede elétrica no Brasil, a PLC é uma tecnologia

bastante adequada e promissora para o país.

São numerosos os projetos e pesquisas existentes no Brasil para o estudo da

implementação da tecnologia PLC. Este trabalho destaca dois projetos sendo eles conhecidos

como Projeto Barreirinhas - Ilha Digital, implantado no município de Barreirinhas no interior

do Maranhão, e Projeto Piloto PLC Restinga, em Porto Alegre no Rio Grande do Sul

Page 34: PLC PowerLine Communication

34

5.1.1 Projeto Barreirinhas - Ilha Digital

O projeto foi realizado no município de Barreirinhas, Maranhão, pela Associação de

Empresas Proprietárias de Infra-estrutura e Sistemas Privados de Telecomunicações (APTEL)

em parceria com as empresas CEMAR, COPEL, EBA PLC, Eletropaulo, FITEC, Lucent

Technologies, Positivo Informática, Samurai e SEBRAE (FÓRUM PLC, 2004).

Este município, localizado a 240 km da capital, São Luiz, com 40 mil habitantes, sua

posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) está em 5.287º

comparando a outros municípios brasileiros e possui uma renda per capita de R$ 213,00 anual

(FÓRUM PLC, 2004). Esses dados justificam o desinteresse das empresas de

telecomunicações em investir neste local.

O projeto teve início em 10 de novembro de 2004 e término em 14 de fevereiro de

2005 e seus objetivos priorizaram a inclusão digital (FÓRUM PLC, 2004). Os mesmos serão

descritos a seguir.

5.1.1.1 Objetivos

O projeto pesquisou a tecnologia PLC, principalmente, como uma forma de amenizar

ou eliminar a exclusão digital das comunidades carentes, devido à grande abrangência do

meio de acesso físico dessa tecnologia, além do estudo de suas características.

Listando alguns objetivos do Projeto Barreirinhas tem-se (FÓRUM PLC, 2004):

• utilizando a tecnologia PLC, prover acesso à rede mundial de computadores

priorizando serviços à comunidade, assim como as áreas de saúde, educação e iniciativas

públicas de apoio ao desenvolvimento do município e acesso público à Internet;

• verificar a utilização da tecnologia PLC em relação à supervisão e ao controle da

rede de distribuição de energia elétrica, gerindo as perdas e o fornecimento de eletricidade e

iluminação pública;

• após o encerramento, estudar os impactos sobre a população atingida pelo projeto

piloto e elaborar um plano municipal para a implantação definitiva do sistema PLC.

5.1.1.2 Resultados alcançados pelo Projeto

O objetivo de levar acesso à Internet para a comunidade de Barreirinhas foi alcançado

Page 35: PLC PowerLine Communication

35

com sucesso, mostrando que é viável a utilização da PLC como um importante meio para a

disseminação da transmissão de informações em comunidades carentes (LEITE, 2006).

O projeto teve grande impacto social no município com acesso gratuito à Internet,

beneficiando diretamente 1500 pessoas incluindo alunos, professores, artesãos e a

comunidade em geral (LEITE, 2006).

O custo cada vez mais baixo, a rapidez e a facilidade para a implantação da infra-

estrutura da tecnologia PLC, e ainda a possibilidade integração com outras tecnologias como

as redes wireless, torna-a bastante aprazível como uma solução para exclusão digital em

regiões de difícil acesso que estão ligadas à malha de distribuição elétrica ou próximas a ela.

No decorrer deste projeto, mesmo que os equipamentos e enlaces permitissem taxas de

transmissão de até 40 Mbps, só foi possível o alcance de taxas por volta de 150 kbps, isso

devido principalmente à limitação do backbone de dados disponibilizado por satélite pelo

programa governamental Governo Eletrônico - Serviços de Atendimento ao Cidadão

(GESAC) que busca a inclusão digital em todos os estados brasileiros. A distância máxima

entre o transformador até o usuário final alcançada pelo projeto foi de 150 a 250 m (LEITE,

2006).

5.1.2 Projeto Piloto PLC Restinga

O bairro Restinga da capital Porto Alegre, Rio Grande do Sul, distancia-se 30 km do

centro da cidade e foi escolhido para implantação do Projeto Piloto PLC Restinga. Apesar de

se localizar na capital, trata-se de um bairro carente e isolado, possuindo uma média salarial

mensal de 3,03 salários mínimos (ÁVILA; PEREIRA, 2007).

O projeto desenvolvido em parceria entre a Prefeitura do Município de Porto Alegre,

CEEE, CETA, Procempa e UFRGS, atinge uma extensão de 3,5 Km sobre a rede de

distribuição, tornando-se o maior em extensão do país, sendo que a cada 1200 m é instalado

um repetidor de sinal. Sua inauguração ocorreu em dezembro de 2006 e término previsto para

outubro de 2008(ÁVILA; PEREIRA, 2007).

Com propósitos voltados para a inclusão digital, o projeto interliga a escola municipal,

o centro administrativo do bairro, a unidade operacional do Senai e a unidade de saúde

municipal (ÁVILA; PEREIRA, 2007).

A velocidade de transmissão alcançada pelo projeto piloto foi de aproximadamente 45

Mbps, sendo que o mesmo foi desenvolvido para alcançar esta taxa de transmissão, o que só

Page 36: PLC PowerLine Communication

36

foi possível devido à interligação com fibra óptica na subestação da companhia fornecedora

de energia elétrica à região (ÁVILA; PEREIRA, 2007).

Este projeto está em desenvolvimento e seus resultados ainda não estão sendo muito

divulgados, mas já é possível observar que a implantação da tecnologia PLC como meio de

interligação dos pontos descritos anteriormente à Internet em banda larga obteve sucesso

(ÁVILA; PEREIRA, 2007).

5.2 PLC no Mundo

A tecnologia tem sua origem histórica na Inglaterra, como descrito anteriormente por

esta monografia. Atualmente, a Europa tem demonstrado grande interesse sobre a PLC, tanto

que a União Européia assumiu a frente em pesquisa e desenvolvimento da padronização para

a tecnologia com a Aliança Européia de Pesquisa Aberta sobre PLC (Open PLC European

Research Alliance – OPERA).

Outros projetos e pesquisas foram desenvolvidos em outras partes do mundo,

destacando-se também os Estados Unidos que utiliza a sigla BPL (Broadband over Power

Lines) ao invés de PLC, mas por motivo de escopo, esta monografia se aterá ao projeto

OPERA, devido a este estudar a tecnologia de forma aberta.

5.2.1 O Projeto OPERA

Este projeto de desenvolvimento e pesquisa à PLC participa do grupo de trabalho

IEEE P1901 (OPERA, 2008), este visa desenvolver um padrão não proprietário e

internacional para PLC. O projeto foi dividido em duas fases sendo que a primeira teve início

em janeiro de 2004 e fim em dezembro de 2005, e a segunda fase teve iniciou em janeiro de

2007 e fim previsto para dezembro de 2008.

O Projeto OPERA é composto por um consórcio entre empresas e universidades,

principalmente européias, que buscam padronizar e elevar a qualidade da tecnologia PLC. O

Brasil, através da Associação de Empresas Proprietárias de Infra-estrutura e Sistemas

Privados de Telecomunicações (APTEL), juntamente com Israel são os únicos países não

europeus a participarem deste projeto (LIMA, 2006).

5.2.1.1 Objetivos do Projeto

Page 37: PLC PowerLine Communication

37

A tecnologia PLC ainda não foi suficientemente desenvolvida para explorar todas as

possibilidades que os seus serviços são capazes de atingir. Devido a isto, o principal objetivo

do Projeto é realizar as devidas pesquisas para aperfeiçoar e difundir a tecnologia em escala

européia a fim de superar os obstáculos enfrentados por ela para que a população possa

desfrutar de todas as vantagens oferecidas por este sistema (OPERA, 2008).

Para alcançar os objetivos principais, foram estabelecidos alguns objetivos técnicos e

científicos, que estão listados a seguir (OPERA, 2008):

• melhorar os sistemas PLC tanto em baixa quanto em média tensão, visando o

desenvolvimento da largura de banda, a facilidade de uso, compatibilidade eletromagnética,

gestão das redes e modelagem do canal, devendo-se condicionar a rede de transmissão e

aperfeiçoar os equipamentos PLC;

• desenvolver soluções otimizadas para a interligação entre as redes de acesso e redes

de distribuição, objetivando o alcance dos usuários finais independente de onde estejam;

• desenvolver produtos sobre a tecnologia PLC com baixo custo para aquisição;

• padronização dos sistemas PLC;

• definição de planos de negócio e procedimentos para manutenção e supervisão de

serviços, adicionando a pesquisa de mercado para conhecimento das necessidades dos

usuários finais;

• disseminar os resultados alcançados pelo Projeto e seus respectivos direitos de

propriedade;

A tabela identifica as metas pretendidas pelo Projeto OPERA comparando-as com o

atual desenvolvimento da tecnologia PLC.

Conceito Atualmente Metas do Projeto OPERA Velocidade Até 45 Mbps Até 200 Mbps Padrões Soluções Proprietárias Padrão Plug & Play único Instalação em baixa voltagem Cara e complexa Fácil e barata Cobertura de usuários finais 80 % a 90 % 100 % Implantação massiva Não preparado Preparado Padrões e conformidade Nível nacional Nível europeu Serviços audiovisuais sobre PLC Inicialmente testado Pronto para venda Terminais Não amigável ao usuário Amigável ao usuário Compatibilidade com rede interna Não garantida Garantida Grau de integração com backbone Ineficiente Eficiente

Tabela 2 – O estado atual da PLC e metas pretendidas pelo Projeto. Fonte: (OPERA, 2008).

Page 38: PLC PowerLine Communication

38

Estas metas são estratégicas para o desenvolvimento de produtos comercializáveis,

fornecimento de interoperabilidade entre equipamentos de diferentes empresas e simplificação

para usuários finais.

Para fim de organização, estabelecimento de prazos e metas, o Projeto OPERA é

compreendido em duas fases, sendo elas descritas a seguir.

5.2.1.2 Primeira fase do Projeto OPERA

A fase um do Projeto foi concluída em dezembro de 2005 e mostrou que é possível a

utilização da PLC como tecnologia de acesso em banda larga. Nesta fase, Iniciaram-se as

atividades de padronização, assim como o desenvolvimento de protótipos e testes referentes à

tecnologia. Esta parte do Projeto foi composta por 35 organizações trabalhando sempre em

conjunto (OPERA, 2008).

Diversas considerações e especificações sobre a performance da tecnologia foram

desenvolvidas nesta fase. As características técnicas pesquisadas envolvem a camada Física e

a subcamada MAC, alcançando os seguintes resultados (OPERA, 2008):

• velocidade de 200 Mbps com modulação OFDM em mais de 1000 portadoras;

• seletividade de freqüência entre 10 e 30 MHz, sendo que a alocação espectral é

totalmente programável nos valores de 1 a 34 MHz;

• até 10 bits por portadora, com a modulação adaptando-se de acordo com a

qualidade do canal;

• a flexibilidade da densidade do espectro de potência (Power Spectral Density –

PSD) permite que a banda de freqüência alcance uma profundidade de pelo menos 30 dB, a

modificação da PSD pode ser feita dinamicamente ou remotamente, não necessitando de

intervenção física;

• foi desenvolvido um modo de transmissão especialmente robusto para a Camada

Física que pode ser usado em canais de grande ruído e dificuldade para transferência de

dados, ele usa uma combinação de baixa taxa de bits, diversidade e correção de erros para

manter a qualidade na transmissão;

• a tecnologia possui independência para permitir a coexistência dela com outros

sistemas, mesmo que estes estejam em desenvolvimento ou sejam futuramente desenvolvidos;

• a codificação de dados também é usada;

• a criptografia consiste na combinação de DES/3DES utilizando chave de 168 bits;

• suporte para técnicas de tratamento para atenuação de ruído impulsivo.

Page 39: PLC PowerLine Communication

39

As características apresentadas anteriormente são de propriedades da camada Físicas,

as que serão explanadas a seguir são referentes à subcamada MAC (OPERA, 2008):

• o canal de acesso utiliza acesso múltiplo por divisão de tempo (Time Division

Multiple Access – TDMA) com protocolos atribuídos por demanda, estes alocam largura de

banda de acordo com seus requisitos de qualidade de serviço (Quality of Service – QoS);

• a comunicação bidirecional é assegurada utilizando-se uma duplexação por divisão

de tempo (Time Division Duplexing – TDD);

• a tecnologia permite um número ilimitado de repetidores por divisão de tempo e

freqüência;

• QoS com oito níveis de prioridade;

• utiliza mecanismos de reconhecimento de erro para retransmitir os dados

(Automatic Repeat-reQuest – ARQ);

• possibilidade para limitação de largura de banda;

• mecanismo de polling para gerenciamento da atividade dos nós da rede;

• gestão automática de cruzamento de conversas entre sistemas não sincronizados;

• algoritmo de repetição otimizado e seleção automática de melhor rota para alcançar

o backbone;

A primeira fase teve um investimento de 20.180.473,51€ e todas as expectativas foram

alcançadas com sucesso. Atualmente o projeto encontra-se em sua segunda e última fase,

maiores detalhes são encontrados a seguir (OPERA, 2008).

5.2.1.3 Segunda fase do Projeto OPERA

A última fase do Projeto OPERA iniciou-se em 1º de janeiro de 2007, com previsão de

término em dezembro de 2008, e pretende-se realizar pesquisas adicionais e disseminar a

tecnologia, em escala européia, junto com sua padronização. Os gastos previstos para esta

fase são de 9.056.197,60€ (OPERA,2008).

Nesta fase há participação de 26 instituições, o Brasil participa através da Companhia

Energética de Goiás e as outras 25 são instituições européias. Os objetivos para esta fase são

derivados da primeira, mas enfatizam-se em pesquisas adicionais, disseminação em escala

européia e colaboração com o processo de padronização da tecnologia PLC (OPERA, 2008).

Serão desenvolvidos novos métodos, algoritmos e equipamentos para a tecnologia,

estes passos irão complementar e continuar as pesquisas e os desenvolvimentos realizados na

fase 1 do Projeto OPERA, tais como (OPERA, 2008):

Page 40: PLC PowerLine Communication

40

• na camada Física, a pesquisa está voltada para o aperfeiçoamento da distância de

cobertura e taxa de transferência de dados;

• na subcamada MAC, são pesquisadas melhorias para o relacionamento com redes

de grande porte e flexibilidade em função de necessidades previstas futuramente;

• fortalecimento no relacionamento com organismos de padronização da tecnologia,

principalmente o grupo de trabalho IEEE P1901, no qual o Projeto OPERA participa.

Comparando os objetivos das duas fases do Projeto OPERA tem-se a tabela.

Conceito OPERA Fase 1 OPERA Fase 2 Acopladores/filtros e condicionamento de dispositivos

Protótipos testados e certificados

Acoplamento e condicionamento visando novas aplicações e conceitos de desenvolvimento

Modelação do canal PLC Simulação do canal PLC Emulação do canal PLC Interação EMC no canal PLC

Catalogação das medições EMC e conclusões

Verificação de diretrizes de mecanismos de atenuação EMC

Ferramenta de implantação PLC

- Desenvolvimento de um teste para ligações PLC

Interligação da PLC com a rede do backbone

Otimizada Otimização atualizada para tecnologias emergentes

Integração entre a rede de acesso e rede interna

Especificações de coexistência da PLC com a rede interna

Implementação de padrão para coexistência da PLC com a rede interna e integração da PLC com outras tecnologias de redes de acesso e internas

Atuação na instalação em baixa e média voltagem

Procedimentos Otimização

Sistema PLC e terminais de usuários

Protótipos testados Equipamento pronto para manufaturar Chips integrados com diversas aplicações

Serviços sobre PLC White papers Serviços testados Conformidade e padronização a EMC

Padronizado em nível europeu Regulamentado em nível europeu

Padronização PLC Especificação OPERA versão 1

Regulamentação OPERA abrangendo a Europa

Tabela 3 – Comparação entre as fases 1 e 2 do Projeto OPERA. Fonte: (OPERA, 2008).

Page 41: PLC PowerLine Communication

41

6 CONCLUSÕES

A comunicação através da rede elétrica, tecnologia conhecida como PLC, foi o objeto

de estudo deste trabalho. Portanto, foram analisadas características referentes à tecnologia,

tais como suas vantagens e desvantagens.

Pôde-se observar que o sistema PLC é uma importante ferramenta para combater a

exclusão digital, devido à presença da malha de rede elétrica em quase todo o território

nacional e na maior parte do mundo. Esta tecnologia pode ainda integrar-se a outras, como

exemplo, as redes wireless, essa característica faz com que áreas de difícil acesso possam ser

alcançadas e servidas com acesso à banda larga.

Contudo, a tecnologia PLC encontra-se em fase de regulamentação e padronização. O

que foi observado neste trabalho, com projetos de pesquisas à tecnologia no Brasil e no

mundo.

Portanto, a tecnologia PLC promete uma conexão à banda larga de forma fácil, rápida,

de baixo custo e alta velocidade de transmissão, mas necessita de padronização e

regulamentação mundial e seu canal deve ser cuidadosamente estudado antes da implantação

da tecnologia.

Page 42: PLC PowerLine Communication

42

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