pnsn conjunto da general canabarro visto de perto · 2013. 4. 4. · maiores informações sobre o...
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PNSN
PESQUISA NACIONAL SOBRE SAÚDE E NUTRIÇÃO
O IBGE está realizando a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição - PNSN, elaborada pelo Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição - INAN, com a cooperação técnica do Instituto de Planejamento Econômico e Social - IPEA. Durante seis semanas, 994 entrevistadores percorrerão 17.931 domicílios em 363 municípios, levantando dados de aproximadamente 90 mil pessoas. Na próxima edição, ampla reportagem sobre a PNSN.
Prevenção de acidentes A I Semana Interna de Prevenção de Acidentes
de Trabalho, promovida pela CIPA - de 17 a 21 de julho, em Mangueira -, mostra filmes, painéis e diversos tipos de equipamento de proteção no trabalho, além da realização de palestras sobre alcoolismo, tabagismo e acidentes de trânsito. (Página 7)
Estudo mostra ·situação do menor no pais
Foi divulgado este mês o sétimo volume da série Perfil Estatístico de Crianças e Mães no Brasil, durante entrevista coletiva com o Diretor de Pesquisas e as autoras do trabalho. Este volume traz um cuidadoso acompanhamento da situação sócio-econômica da população de O a 17 anos, com base nos dados das PNADs 1981, 1983 e 1986. Até o final deste ano serão, também, conhecidos os dados de 1987 I 88. Segundo as pesquisadoras este acompanhamento vai permitir uma análise da posição do menor na família, condições de instrução, sua situação no mercado de trabalho e seu nível de rendimento. (Página 5)
Projeto Tocantins · Técnicos do Departamento de Geografia, da
Diretoria de Geociências, estão desenvolvendo um projeto sobre o Estado do Tocantins, para fornecer dados atualizados da nova Unidade da Federação. O estudo constará, inicialmente, de um diagnóstico técnico sobre a problemática da atual organização do espaço geográfico do Tocantins, bem como da análise de áreas selecionadas. Na próxima edição, o Jornal do IBGE dará maiores informações sobre o estudo.
ANO 111 - JUNHO DE 1989 - N.o 25
Conjunto da General Canabarro visto de perto
Cerca de 30 funcionários de diversas áreas, incluindo representantes da ASSIBGE, assistiram a uma palestra no auditório do prédio da Rua General Canabarro, onde foram esclarecidas as dúvidas a respeito da negociação do imóvel comprado pela SIAS e as condições de ocupação.
Foram discutidas todas as denúncias divulgadas pela imprensa, como preço acima do valor de mercado, necessidades de obras caras e o forte odor de produtos químicos em duas das salas.
Segundo o diretor-superintendente da SIAS, Paulo Sérgio Brum, as denún-
O frio é a próxima atração
Osair, Roberto e Pedro: trabalho de campo na neve de São Joaquim.
cias não têm fundamento, uma vez que o prédio é considerado como excepcionalmente rentável. "Foi o melhor negócio, em termos de imóveis, que a SIAS já fez."
O chefe do Departamento de Segurança e Saúde Ocupacional, Antonio Fernando de Andrade Alves, solicitou ao Laboratório Roche a relação de P.,rodutos que foram manipulados naquelas dependências. A Roche informou que nessas salas eram fabricados sais minerais e vitaminas, substâncias que não oferecem nenhum risco à saúde. (Página 3)
A partir do dia 21 entramos oficialmente no inverno, estação onde as noites, além de frias, são mais longas. Para uns, esta é a época da "hibernação", do aconchego do lar, para curtir uma boa música, rever um antigo filme no videocassete ou pôr a leitura em dia. Para outros, é hora de buscar mais calor humano. E nada melhor que a companhia dos amigos, além do vinho ou do conhaque, para aquecer os corações.
Difícil mesmo é enfrentar a neve e o vento frio da manhã para ir ao trabalho. Veja na página 8 como os colegas da Agência de São Joaquim (SC) costumam agir nessa época e a opinião de um médico e de um psicólogo sobre o inverno.
Página 2
Editorial O Brasil anda na berlinda na comunidade cientÍ·
fica internacional. Nem bem esfriaram as discussões sobre os supostos efeitos que as queimadas na Ama· zônia exercem sobre o clima do mundo e uma nova denúncia já é feita. O crescimento acelerado da po· pulação colocaria o país entre os de maior risco de desestabilizaçii.o política do mundo.
A simples observação das taxas de crescimento populacional desmente isso. Na verdade, de todos os problemas que o Brasil tem que enfrentar, uma ex· plosão demográfica é uma probabilidade ainda dis· tante. Isto é comprovado pelas aceleradas quedas dos níveis de fecundidade registradas a partir dos anos 60.
Nossos problemas demográficos nii.o estão ligados ao crescimento da população, mas à sua qualidade de vida. No ciclo de palestras da Semana do Meio Ambiente - que não falou só da natureza, mas do homem, seu principal usuário - o geógrafo Orlando Valverde denunciou o agravamento da crise social por conta da favelização rural que está acontecendo no Projeto Grande Carajás. E isso dentro de uma área cujas atividades foram cuidadosamente planejadas.
Notícias como essas não servem só para alertar as autoridades sobre problemas populacionais e am· bientais. Antes disso, servem para fortalecer, cada vez mais, a importAncia da atuação do IBGE nessas áreas, apontando as distorções e direcionando a to· mada de decisões para aquele que deve ser o objetivo máximo de todo trabalho: a melhoria da qua· \idade de vida dos brasileiros.
Presidente da Rep(íblice JoMS......,
Ministro-Chefe da Secreterie de Planejamento e Coordenaçlo Joio Batf.ste de Abr•u
SecretArio-Geral Rlcudo Lula Sontt.p ,.. -~
FUNDAÇÃO INSTmJTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTAT!STICA - IBGE
Presldeate: Chorles Curt Mueller
Dtntor-Gerol: David Wu Tal
Dtret.w .. PeeqaiMa: Lenildo Fernandes Silva
Dtntor de Geoc:l6nclu: Meuro Perna de Mello
Diretor •laform6tlca: Jos4 Sent'Anna Bevilaqua
JORNAL DO IBGE ANO 111 -JUNHO DE 1989 - N? 25
Publk:açao men1al desHnada aos funOonArios do IBGE Editado pela Coordenadoria de Comunk:açAo Socw.l - Aventda Frankbn Roosevell. 194-9~ andor - RlodoJoncb'o- Tcl. : (021) 220-1222 EdHoro llespou6oel: Shb'ley Soores (Reg. n• 12.466 MT-RJ)
Editoro Acei-to: Shcllo Rlcr• • lccy Delln
RMaçloe~:Man:oSantot,PllluloRobmoCardotacfrandxoAk:home
Eq•lpe de Apolo: F6dm• Santos, Glloon Coola. e Po•lo VIU.. BOas
.... bllcklade: T ., ... Crt.tln• Mllbono (Rnpons6ve0
~••eçAo Gnftco..Edttorlal: Gerlncia de Edttoraçlo
Fotocom~. Arte-""'""-Ao, lmpneo6o • Clrcaloçlo: Centro de DocumontaçAo e DlsoemlnoçAo de lnformaçOes - CDDI/ Deportamcnto de Produç6o GrAfk:a e Gertnda de Markcttng.
Tiragem: 14.000 e~empl.are~
Permitido • tr•nocriçlo total ou pardal do motbio pubilcad• no Jom•/ do IBGE. dcade quec:ttadaafontc.
Amazônia
José Geraldo da Silva Fonseca, contínuo da Unidade Regional do Piauí, diz que nasceu e viveu até os I6 anos no extremo norte do Amapá. E motivado pelo editorial do JI de abril, sobre meio ambiente, dá uma de poeta e manda a sua mensagem.
( ... ) o seringueiro extrai de árvores centenárias não só o látex, como também a natureza, que para ele é a própria fonte da vida.
Até que o látex tome a forma de borracha, o seringueiro usa ( ... ) o seu profundo conhecimento ( ... ), sua habilidade ( ... ) e muito amor para que o seringal permaneça vivo no futuro.
Quanto a nós, devemos nos engajar, de forma positiva, na presérvação da Floresta Amazônica que, apesar da devastação, guarda eternas lembranças da natureza. E como tantas gerações ainda estão por vir, devemos dar seqüência a uma luta, que não pertence só ao governo, mas a todos nós brasileiros ( .. _ ).
Sorteado Nivaldo Conceição Pimentel, da Unidade Regional de Minas Gerais, conta por que anda satisfeito.
I - Existe o risco de se contrair AIDS pelo beijo?
R. Não. O HIV - vírus da imunodeficiência humana que transmite a AIDS - já foi encontrado na saliva, porém em quantidades muito pequenas. Até agora não se conhece nenhum caso de transmissão de AIDS pelo beijo. O vírus só contamina a pessoa quando penetra no sangue.
2 - Posso usar o mesmo banheiro, a mesma cadeira, as mesmas dependências usadas por uma pessoa com AIDS?
R. Sim, pode. A transmissão do vírus se dá por relações sexuais praticadas sem o uso de preservativo com indivíduo contaminado e/ ou através de sangue contaminado, seja via transfusão ou através de instrumentos (dentários, alicate de cutícula, barbeador etc.), que perfurem a pele e contenham sangue contaminado. O uso do mesmo banheiro ou da mesma cadeira não é forma de
JORNAL DO ffiGE - Junho de 1989
Foi grande a minha alegria ao receber pelo sorteio o livro A Paixão das Mulheres, oferecido pela Promoção IBGE/Nova Fronteira ( ... ). Desejo que esta promoção continue em seu espaço cultural incentivando a todos os nossos colegas. Parabéns pelo incentivo à leitura.
Sugestão
Zebino Pacheco do Amaral Filho, chefe da Divisão de Estudos Ambientais, do DRG de Goiás, faz a seguinte sugestão.
Com o objetivo de esclarecimento aos funcionários, solicito, se possível, repor· tagem sobre o Conselho Técnico e Curador, seus objetivos e importância para o IBGE.
N. R.: Sugestão excelente. Vamos providenciar!
Despedida
A funcionária Lygia Maria Passos Bastos, da Coordenação dos Censos Econômicos, se aposentou e, aos colegas que ficam, deixou uma carta-despedida.
( ... ) Conto os anos como contaria as emoções. f; com o coração que lhe dedico esse até logo, essa despedida simples, despojada de argumentos, metáforas. O tempo que juntos desfrutamos, batalhas de trabalho, festas e tristezas, jamais será esquecido.
( ... ) Não poderei destacar nomes, todos me são muito caros e de todos levarei saudades. Abraço-os, desejando que suas vidas sejam serenas, plenas de fé e esperança.
( ... ) Até breve, meus amigos.
Para tirar suas dúvidas, escreva para a equipe médiOM, na Av. Beira-Mar, 436, 4.0 andar, Castelo, Rio de Janeiro. Não precisa se identificar.
contágio. A mera proximidade com o doente não representa risco.
3 - Existe por parte do IBGE algum estudo para firmar convênios com hospitais especializa. dos para um melhor atendimento ao servidor portador da AIDS?
R. Os hospitais que possuem enfermarias espe· cializadas no atendimento aos pacientes portadores do vírus da AIDS são, na sua maioria, entidades públicas que, como tal, não podem fazer convênios com empresas públicas ou privadas. Deve-se observar, também, que possuem poucos leitos e atendem a toda a comunidade indistintamente.
A Campanha Interna de Prevenção à AIDS no IBGE prevê atendimento aos funcionários para esclarecimentos sobre a doença, encaminhamento e acompanhamento às instituições especializadas, sempre que necessário. Procure o Serviço Médico de seu local de trabalho ou então a Comissão Local de Campanha Interna de Prevenção à AIDS, onde você será adequadamente orientado.
= FONOAUDIOLOGIA - DISTÚRBIOS -
• técnica vocal • da fala • dicção • da esc ri ta • oratória • da leitura
Reeducação Psicanotora
Or-Carío Jsobtl cSilCJa .iucchtsi PON04UDI0LOGA
Rua Mariz e Barros , 292 - CLII'DP .-· Tel.: 284.5242(consul tÓrio)/ 248 .6968 (casa)
JgBNAL DO IBGE - Junho de 1989 Págloa·S
Paulo Brwn, diretor-superintendente da SIAS, esclareceu que o prédio foi adquirido por cerca de 16 milhões e 200 mil cruzados, valor bem abaixo da avaliação realizada pela Empresa Brasileira de Avaliação Patrimonial Ltda. - EMBRAP. "Qualquer outra atribuição de valor que tenha sido feita é totalmente descabida, uma vez que só a EMBRAP teve acesso às instalações do prédio", afirmou Paulo Brwn. Segundo ele este foi o melhor negócio que a SIÀS iá fez em termos de imóveis. "O IBGE alugou o conjunto de edifícios em valores de mercado e, se ele não quiser ocupar, tenho proposta de outra empresa que o alugaria imediatamente."
Condições de ocupação
O gerente de Segurança do Trabalho, José Fernando da Silva, e o chefe do Departamento de Recursos Materiais, David Janichkis, asseguraram que foi feita vistoria em todas as instalações e constatada a necessidade de pequenas obras. "De acordo com o contrato de locação, os reparos ficarão a cargo do proprietário, no caso a SIAS", salientou David Janichkis.
As obras a serem realizadas são reforma da rede elétrica, do ar condicionado central, dos elevadores e a impermeabilização do quarto pavimento. Além destas, foi pedida a ampliação da demanda de água, inclusive para reserva técnica de prevenção contra incêndios. Como a Gerência de Documentação - GEDOC deverá ocupar uma parte do imóvel, será feita uma prova de carga para se conhecer a viabilidade de instalação da biblioteca. "No momento estão sendo desenvolvidos projetos e necessidades para a ocupação do imóvel", garante Janichkis.
Produtos químicos
Uma das notícias mais controvertidas sobre a futura ocupação do conjunto de edifícios é o fato de ali ter sido, durante muitos anos, uma unidade industrial dos Laboratórios Roche. Foi denunciado que haveria um forte cheiro de produtos químicos impregnado nas paredes, o que inviabilizaria uma ocupação sem riscos para a saúde. O chefe do Departamento de Segurança e Saúde Ocupacional do IBGE, Antônio Fernando, disse que "a Roche utilizou aquelas dependências para fabricar vitaminas e sais minerais até
Os funcionários estiveram no auditório para uma conversa franca.
Funcionários • • vistoriam prédio
da General Canabarro
Empenhada em esclarecer as dúvidas surgidas a respeito da ocupação do ·imóvel, recentemente adquirido pela SIAS, na Rua General Canabarro, a direção do IBGE convidou funcionários de várias unidades para uma conversa franca, nas dependências do prédio.
Fotos: Gilson Costa
O prédio foi construído na década de 50 e sua arquitetura reflete o estilo dos "anos dourados". No hall, a escada é revestida de mánnore grená.
O refeitório é amplo e arejado.
1977. De lá para cá o complexo era utilizado somente como unidade administrativa e depósito de medicamentos".
O médico disse, ainda, que foi pedido um documento relacionando substâncias que eram manipuladas no laboratório. A Roche afirmou que as matériasprimas de maior odor que transitaram pelas salas foram a metionina e demais vitaminas do complexo B. Segundo a empresa, tais substâncias não oferecem risco à saúde.
No entanto, Antonio Fernando afirmou que só liberará o imóvel depois que todo o resíduo for eliminado. O que pode até ser feito por meio de lavagem e pintura ou, em última instância, pela raspagem de paredes, portas e janelas e pela troca dos revestimentos.
Depois dos esclarecimentos,· o grupo de funcionários e representantes da ASSIBGE fez uma vistoria no prédio. Ficou constatado que o imóvel é espaçoso, bem iluminado e ajardinado, inclusive com árvores de pau-brasil e cacaueiros.
Uso das novas instalações
O complexo da Rua General Canabarro é fundamental para uma nova arrumação do IBGE. Ele abrigará WBa parcela significativa da Diretoria de Geociências, mais precisamente o DEGEO, o DERNA e o Projeto de Previsão de Safras, e outra do CDDI, ou seja, a GEDOC com a Biblioteca. Além disso, permitirá a instalação de um centro de treinamento e uma parte importante de um núcleo de informática da DGC.
As salas são bem iluminadas e quase todas têm vista para o jardim. Com a mudança do DERNA para a General Canabarro, o prédio da Praça da Bandeira fica liberado para ser ocupado pela Unidade Regional do Rio de Janeiro, que está sendo despejada de suas inst;~lações atuais, em Botafogo.
Além dos annários de madeira, várias salas Segundo a Roche, o cheiro de remédio têm cofres. nesta sala não oferece risco.
Por outro lado, as áreas ocupadas pela GEDOC e DEGEO, no Centro, serão desativadas, reduzindo a necessidade de locação de imóveis. O mesmo acontecerá com a transferência, em breve, do Almoxarifado Central ( Benfica) e do Setor de 9adernetas do Censo ( Carunã), também alugados, para o prédio da Rua Equador.
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Em comemoração à Semana do Meio Ambiente, o IBGE realizou de 5 a 9 de junho, no auditório da PETROBRÁS, no Rio, o 11 Simpósio sobre Meio Ambiente e Recursos Naturais. Na abertura estiveram presentes, além do governador do Rio de Janeiro, Moreira Franco, o Presidente do IBGE, Charles Curt Mueller, o Secretário do Meio Ambiente, Carlos Henrique de Abreu, e o Presidente da PETROBRÁS, Carlos Sant'Anna, que entregaram medalhas ao mérito ambiental para três categorias, que se destacaram nesta área no Estado do Rio de Janeiro. A Fundação Brasileira de Conservação da Natureza recebeu a medalha por seu trabalho comunitário. Na área empresarial, o prêmio foi para as Indústrias Químicas de Rezende e, na categoria jornalística, foi premiado João Batista de Freitas, do Caderno B do Jornal do Brasil.
A exposição
Uma ampla exposição foi montada no andar téneo do edifício da PETROBRÁS, passagem obrigatória dos /articipantes do seminário. No stan do IBGE havia fotos, textos, mapas, atlas e folha.~ topográficas, dando uma visão geográfica da realidade brasileira. E mais, através de ~ três microcomputadores, o público ~ visitante podia ter acesso ao Banco .g de Dados do IBGE e obter infor- g mações sobre as principais pesquisas ·~ da Casa. <
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Rio de Janeiro mostrou, em fotografias, o trabalho que é feito pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, pela Superintendência Estadual de Rios e Lagoas e pela Fundação Instituto Estadual de Florestas/R]. Havia, ainda, aparelhos que fazem a medição da poluição sonora e equipamentos usados para a limpeza nos rios e lagoas.
No stand da PETROBRÁS, além das fotos e textos falando das principais atividades da empresa, um vídeo mostrava como é feito o controle da poluição nas águas do mar. Em um pequeno tanque demonstrava-se de que forma a PETROBRÁS atua quando ocorre um vazamento de petróleo no mar.
As palestras
Durante cinco dias cerca de 500 pessoas assistiram à apresentação de 46 trabalhos, apresentados por 21 entidades, inclusive o IBGE.
Meio ambiente: um tema
em questão
Queimadas na região do Acre e Rondônia.
A Fundação participou com oito trabalhos. Cadastro de Áreas Espe· ciais, apresentado pela geógrafa Mitiko Yanaga Une, abordou a transformação de áreas de preservação ambiental e de terras ocupadas pelos índios em setores censitários para o Recenseamento Geral de 90.
Diagnóstico Brasil: A Ocupação do Território e o Meio Ambiente foi mostrado por Rivaldo Pinto de Gusmão. Ele defendeu o estabelecimento de políticas de ordenação do território, que privilegiem as áreas de ocupação mais intensa, onde se verifica uma crescente deterioração da qualidade de vida.
JORNAL DO ffiGE - Junho de 1989
Manuel Lamartin Montes falou sobre o Oeste Baiano - A Necessidade de Compatibilizar o Desenvolvimento Econômico com o Controle '" Ambiental. Esse programa foi solicitado pela Secretaria de Planejamento e Coordenação da Presidência da República e visa a acompanhar a evolução do solo naquela região.
!rene Garrido Filha expôs um trabalho sobre Mineração: Uso do Solo e Meio Ambiente na Amazônia, que é um projeto para sistematizar informações sobre as principais áreas mineradoras da Amazônia.
Aspectos Sócio-Econômicos da Organização do Espaço na Are~ de Influência Direta e Indireta da BR-364 - PMACI - I foi o estudo mostrado por Dora Hess e Luis Bahiana. Este trabalho avaliou os impactos de natureza social e ambiental que o asfaltamento da BR-364 (trecho Porto Velho-Rio Branco) causaria a esta área.
Pedro Edson Leal Bezerra falou sobre o Zoneamento das Potencialidades dos Recursos Naturais da Amazônia Legal. Trata-se de um estudo que atinge 61% do território brasileiro e funciona como importante instrumento de apoio ao planejamento.
Diana Mello Del' Arco apresentou Metodologia do Mapa de Susceptibilidade à Erosão da Macrorregião da Bacia do Paraná (MS) e Alcina Justus abordou o Levantamento dos Recursos Naturais e Uso do Litoral Sul de Santa Catarina.
O geógrafo Orlando Valverde, exfuncionário do IBGE e presidente da Campanha Nacional de Defesa e pelo Desenvolvimento da Amazônia, despertou o interesse de todos com o seu trabalho Siderurgia e Ecologia na Amazônia.
Ele denunciou o Projeto Grande Carajás, que vem aprovando projetos de instalação e funcionamento de usinas nos locais propostos pelas empresas interessadas, sem levar em consideração suas conseqüências para a natureza. Essas usinas provocam, principalmente, poluição atmosférica, erosão acelerada e extinção de vegetais e animais. E, finalmente, chamou a atenção de todos para o fato mais sério - o agravamento da crise social, com a formação de grandes favelas rurais.
Começa no Rio
campanha contra AIDS
Ranulfo: "Convívio com uma pessoa contaminada não representa nerihuma ameaça".
A Campanha Interna de Prevenção à AIDS foi lançada, oficialmente, com uma palestra do médico Ranulfo Cardoso Júnior, no dia 24 de maio, no auditório de Mangueira, com a presença de cerca de 300 pessoas.
Através da exibição de um tilme, o médico explicou o que é a doença, suas formas de contaminação e como evitá-la. Aproveitou para ressaltar que o convívio com uma pessoa contaminada pelo vírus da AIDS, seja num contato familiar ou no trabalho, não representa nenhuma ameaça. Frisou também que "o apoio nesse momento é da maio1' importância". Portanto, em lugar de preconceito, devese procurar maior conhecimento sobre o assunto.
Este trabalho de conscientização está sendo desenvolvido pela Comissão Interna de Prevenção à AIDS, criada no início deste ano. Além das palestras, que serão feitas nas diversas Unidades do IBGE, a comissão tem, também, uma coluna no Jornal do IBGE, onde os funcionários podem tirar suas dúvidas. Basta escrever para Av. Beira-Mar, 436- 4.0 andar, Castelo, Rio de Janeiro.
Em debate o novo planejamento estratégico A Coordenadoria de Planeja
mento, Organização e Controle - CPO realizou, de 4 a 6 de junho, no Centro Educacional da IBM, no Rio de Janeiro, um seminário para análise da metodologia proposta para o planejamento estratégico, que será implantado no IBGE.
Na abertura do encontro, o Presidente Charles Curt Mueller
ressaltou a importância "desse planejamento que se apóia na experiência daqueles que conhecem o IBGE. Não é um plano feito de cima para baixo". O Diretor-Geral David Wu Tai enfatizou o empenho da administração em dotar o IBGE de instrumentar capaz de contribuir para o melhor direcionamento de suas ações.
Nesse encontro, foi criado o Comitê de Planejamento Estratégico, para discutir, fazer estudos e análises e elaborar um plano de trabalho a longo prazo para o IBGE. O comitê é composto por chefes de Departamentos e Gerências das Diretorias de Pesquisas e Geociências, representantes das Superintendências de Recursos Humanos e Recursos Financeiros, Materiais
e Patrimoniais, dos Núcleos de Planejamento e Supervisão de todas as Diretorias e do Centro de Documentação e Disseminação de Informações.
Para Marcia Graça Melo, assistente da CPO, o seminário foi extremamente proveitoso. "Foi mais um passo para uma postura mais coerente e consistente do IBGE no sentido da realização de sua missão institucional."
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IBGE e UNICEF traçam perfil do menor
desde 1979
Na coletiva: Helena, Ana L!Ícia, Lenildo, John Donohue, Rosa Maria e Elisa.
Quando a ONU proclamou 1979 como o Ano Internacional da Criança, o Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF encomendou ao IBGE um conjunto de informações sobre a população de O a 17 anos no país. Foi assim que nasceu o primeiro número do Perfil Estatístico de Crianças e Mães no Brasil.
No dia 8 de junho, em entrevista coletiva com o Diretor de Pesquisas, Lenildo Fernandes Silva, o representante da UNICEF, John Donohue, a chefe em exercício do Departamento de Indicadores Sociais, Elisa Caillaux, a coordenadora do trabalho, Rosa Maria Ribeiro da Silva, e
as autoras (técnicas do DEISO), Ana Lúcia Sabóia e Helena Castello Branco, foi divulgado o sétimo volume da série que traz um cuidadoso acompanhamento da situação sócioeconômica dos jovens, com base nos dados das PNADs de 1981, 1983 e 1986.
Outros seis volumes já foram publicados, com análise das Características Sócio-Econômicas e Demográficas de Crianças, Adolescentes e Mulheres (1979 e 1982), os Aspectos Nutricionais da População de O a 6 anos (1982), a Situação da Saúde (1984), a Mortalidade Infantil nas
DITRA: o grande campeão
Da equipe campeã, Fernando e Wilson foram os destaques do torneio.
O campeão do Torneio Comemorativo dos 53 Anos do IBGE foi o DITRA, que no ;ogo final venceu o CEDES I por 2 x 1. Realizado em duas fases, nos dias 10 e 17 de ;unho, na Praça de Esportes de Parada de Lucas, o torneio teve 18 equipes inscritas e se destacou pela organização e espírito esportivo.
O título do DITRA foi ;usto. A equipe foi a mais regular em todo o tqmeio, apresentando um padrão de jogo definido. Com uma defesa sólida, um meio de campo criativo, um ataque obfetivo e um esquema tático moderno, não foi difícil para o DITRA, ap6s quatro vitórias, se sagrar campeão.
O melhor goleiro da competição, Fernando Peçanha da Silva, e o melhor jogador, Wilson de Oliveira Chanes, jogaram pelo time campeão. O artilheiro do torr'l.eio, com cinco gols, foi Almir Batista da Silva, da equipe do GEMAR, time que ficou na quarta colocação.
Os troféus e medalhas foram entregues pelo subchefe de gabinete, Pedro Paulo Lima, e por Antonio Antunes, do Núcleo de Planejamento e Supervisão da Diretoria de Geociências.
O craque
Pela segunda vez consecutiva, Wilson de Oliveira Chanes, 31 anos, da equipe do DITRA, foi eleito o melhor ;ogador de um torneio de futebol no IBGE. Seu estilo não é clássico, nem aparece muito para a torcida, mas quem acompanha o fogo descobre, nesse jogador de físico franzino, o pulmão da equipe. Ele corre o campo todo, aparece na defesa, desarmando os adversários, e quando menos se espera está no ataque tentando o gol. Um verdadeiro carregador de piano. Sem nunca ter tentado o futebol profissional, Wilson ;oga para se divertir, ou como ele mesmo define: "Para matar o vício".
Areas Urbanas (1986) e a Situação da Fecundidade (1988).
Até o final deste ano, o DEISO vai atualizar todas essas informações sobre o menor, com a inclusão dos dados de 1987 e 1988. Para as técnicas, esse acompanhamento vai permitir que se retrate, da forma mais fiel possível, o perfil dos nossos jovens, com a análise de sua posição na família, condições de instrução, sua situação no mercado de trabalho e seu nível de rendimento.
Perfil dos jovens em 86
Os jovens eram cerca de 57,8 milhões em 1986, conforme o último número do Perfil. Isso correspondia a cerca de 43% da população total do país, que era de 135,6 milhões naquele ano. Mais da metade deles (69%) vivia nas cidades, enquanto 31 o/o estavam no campo. A maioria desses jovens estava no Sudeste (41%) e no Nordeste (34%).
O estudo mostra a diminuição do percentual de jovens na população brasileira, fato que pode ser atribuído às fortes quedas nas taxas de fecundidade registradas desde a década de 70.
Renda familiar ainda é baixa
Cerca de 43% dos nossos jovens, ou seja, 24,8 milhões, faziam parte de famílias cuja renda per capita ia
Informática ,
reune latino ... americanos
até meio salário mínimo. Na CPI -Comissão Parlamentar de Inquérito - do Menor (1960), essa renda revelava uma verdadeira situação de carência. Os que viviam em famílias sob condições de pobreza absoluta (renda per capita de até um quarto do salário mínimo) eram 20% e aqueles em situação de pobreza relativa (renda entre um quarto e meio salário mínimo) eram 23%.
Mesmo assim, a comparação dos níveis de rendimento familiar em 1981, 1983 e 1986, à primeira vista, parece apontar para m~a melhoria na situação, segundo a coordenadora do trabalho, Rosa Maria Ribeiro da Silva.
Taxa de escolarização subiu
A proporção das crianças de 5 a 6 anos de idade que estavam freqüentando escola cresceu bastante, saltando dos 23,5% (1981) para 45% (1986), como resultado da política governamental de ampliação do aten~
dimento pré-escolar no pais. As informações do Perfil comprovam ser cada vez mais freqüente que meninos e meninas estudem e trabalhem ao mesmo tempo. E por mais baixo que seja o salário do menor, sempre contribui para garantir, até, a própria subsistência da família.
Luís Talavera, José Bevilaqua, o Presidente Mueller e Paulo Lavareda, no encerramento do seminário
Como parte do Projeto de Estatística para o Desenvolvimento, o IBGE e a Comissão para a América Latina e o Caribe - CEPAL, com o apoio da IBM, promoveram, de 29 de maio a 2 de junho, no Centro Educacional da IBM, no Rio de Janeiro, o Seminário Latino Americano y Caribe sobre Captura y Limpieza de Datos Estatísticos.
Participaram representantes de 20 países latino-americanos, além do Canadá, Estados Unidos e Espanha. Para Luís Talavera, da Coordenação de Banco de Dados e Estatística Ocupacional da CEPAL, esse encontro permitiu um amplo debate dos problemas específicos dessa área e um contato com as modernas técnicas utilizadas no mundo.
Antonio Vega Perz, subdiretor do Centro de Cálculo Nacional do Comitê Estatal de Estatística de Cuba, definiu o seminário como importante para estreitar o relacionamento com
os países da América Latina e para a discussão de todos os problemas comuns nas áreas de Estatística e Informática. Ele acrescentou que "aproveitamos também a ocasião para nos aprimorar tecnicamente, visando ao próximo Censo cubano que será realizado em 1992".
O Diretor de Informática, José Sant' Anna Bevilaqua, achou que os objetivos foram atingidos: "Conseguimos debater e conhecer as mais diversas técnicas de coleta e preparação de dados e isso será proveitoso para o Recenseamento Geral, que não só o Brasil mas vários países realizarão no ano que vem".
No encerramento, o Presidente Charles Mueller ressaltou a qualidade dos debates e confessou ter ficado feliz em ver os técnicos do IBGE participando e troqando experiências com representantes de outros países.
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Crescimento populacional não traz preocupação ll.l ~
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Ao participar, no dia 27 de junho, do programa Bom-Dia Rio, na TV Globo, Valéria Motta Leite, chefe do Departamento de População - DEPOP do IBGE, disse que está afastada a hipótese de explosão demográfica no Brasil. "O país vem sofrendo uma queda de fecundidade e as taxas de crescimento populacional observadas atualmente são as menores do século", afirma.
Valéria foi convidada para participar do Bom-Dia Rio, devido à divulgação do relatório do Population Crisis Committee, conceituado grupo americano de pesquisas sócio-político-econômicas, que coloca o Brasil entre os países com alto risco de desestabilização política, devido ao acelerado crescimento da população.
A projeção apontada no relatório, 150 milhões, para a popu-
lação do Brasil no ano que vem, segundo Valéria, não é um número alarmante. Na sua opinião, "os nossos problemas demográficos estão ligados à estrutura da população e à sua distribuição desigual pelo território. A migração das áreas rurais para as áreas urbanas continua e a nossa população, apesar da densidade de 14 habitantes por km2
,
está praticamente concentrada nas grandes Regiões Metropolitanas".
A noção real do volume de deslocamento de população da área rural para a área urbana só será possível com a divulgação dos resultados do Censo Demográfico de 1990. Para Valéria, ainda em 90 serão conhecidos os primeiros resultados desse Censo e, nos anos seguintes, 91 e 92, conheceremos na íntegra todos os aspectos sócioeconômicos do país.
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JORNAL DO IBGÉ - Junho de 1989_
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O livro reúne cinco entrevistas com altos funcionários do governo stalinista da Polônia do pós-guerra. Eles revela segredos do Leste europeu nos tempos da guerra-fria e foi lançado clandestinamente, tornando-se best seller no circuito marginal polonês.
10.0 TESTE LITERÁRIO
Qual o nome do mais recente livro de pela Nova Fronteira?
Lygia Fagundes Telles, lançado i
a) As Meninas b) As Horas Nuas '
c) Verão no Aquário d) Ciranda de Pedri\ ' ' '
Nome ... ........... .... .. ..... . . ......... .. ......... . ... ..•.....
Lotação ..... .. ....... . .... .. ..... . .... . ........ . . . ... . ......... .
Telefone/Ramal . ......... . ...... . ..................... . .. . ...... .
Cidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Estado .. . .......... . ....... . .. . . . --.-------------- ·---- .. -.- ------------.--- ··-·-----------.--.- ---------- .. --.--.------------------- -____ :
Resultado do Teste n.0 7. Resposta: 2001: Uma Odisséia no Espaço. Foram sorteados com o livro A Brincadeira, de Milan Kundera: Eliane Antas (CDDI/ GEMAR), Rita de Fátima Rocha (UR/ES), Déa Maria de Carvalho (ENCE), Semíramis F. Valente (UR/PI) e Geneide Gadelha (UR/PB).
Resultado do Teste n.0 8. Resposta: Dom Quixote e Sancho Pança. Foram sorteados com o livro A Tomada do Poder, de· Czeslaw Mi:losz: Wallace Martins (SPF/DEMAT), Francisca Peixoto (UR/PB), Antônio Con-êa (UR/PA), Valdir Ferreira (UR/ES) e Cacilda de Mello (UR/PR).
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JOBNAL DO IBGE - Junho de 1989
PELO BRASIL AFORA
Região Norte
A Unidade Regional do Acre comemorou o aniversário do IBGE com um churrasco de confraternização no "Parque das Acácias". Os destaques da festa foram os "cantores" da Unidade que soltaram a voz e fizeram a alegria dos colegas, que se divertiram e àançaram para valer.
Região Nordeste Foi realizado nos dias 8 e 9 de jl,l
nho, em Recife, o I Encontro de Delegados do IBGE do Norte e Nordeste. Além dos Delegados, participaram do encontro o Presidente Charles Mueller, o Diretor-Geral David Wu Tai, a Assessora Maria Wilma Garcia e o Engenheiro-Cartógrafo Paulo Cesar Martins. da Diretoria de Geociências, que falou sobre o desenvolvimento dos trabalhos da Base Geográfica para o Censo de 90.
O Presidente encerrou a reunião falando sobre a aprovação do novo Plano de Cargos e Salários e aproveitou a oportunidade para visitar a sede da Unidade Regional de Pernambuco.
* * * O Departamento Regional de Geo
ciências da Bahia - DRG vem desenvolvendo um trabalho de estudo das Bacias Hidrográficas do Nordeste, destinado a subsidiar a política governamental de ordenação territorial através do zoneamento geoambiental e avaliação da sustentabilidade econômico-ecológica dos recursos na-
turais. Atualmente estão sendo estudadas as Bacias do Rio Parnaíba, Paraguaçu e Médio São Francisco.
* * * Missa solene, debate sobre temas
comuns aos funcionários, churrasco e muito forró. Essa foi a maneira que a Unidade Regional da Paraíba encontrou para comemorar o Dia do Ibgeano. A festividade aconteceu na cidade de Pombal, alto sertão nordestino, no domingo, 28 de maio, e contou com a presença de alguns ibgeanos do Rio Grande do Norte.
Na DEGE/PB quem anda muito feliz é Maria Sônia de Medeiros. Ela foi sorteada na Promoção IBGE/Nova Fronteira e promete continuar participando do sorteio e incentivando os colegas a fazerem o mesmo.
* * * A Unidade Regional do Piauí par
ticipou, nos dias 19 e 20 de junho, no Centro de Treinamento da EMA TER, em Teresina, do I Encontro sobre Levantamento da Produção Agrícola do Estado do Piauí.
Região Centro-Oeste De Brasília chega a notícia de que
o Deputado do PDT de Pernambuco, Gonzaga Patriota, prestou uma homenagem ao IBGE, pelos 53 anos de fundação, na sessão do dia 6 de junho, no Congresso. O discurso, exaltando o trabalho desenvolvido pela entidade, lembrou também os momentos difíceis vividos recentemente.
Informatizando para atender melhor Quando a atual
diretoria da Sociedade Ibgeana de Assistência e Seguridade - SIAS assumiu
em 1985 encontrou um setor de informática funcionando de forma precária, com apenas quatro pessoas. Numa estratégia bem planejada, apostou na informática para o crescimento da empresa e para isso adotou o DIALOG como linguagem de programação.
Artur Ribeiro de Barros, chefe do Departamento de Informática da SIAS, em entrevista à Revista Soft & Fatos, explicou que o DIALOG-500 serviu como base para que fossem desenvolvidos mais da metade dos 600 programas que a empresa possui. Esses programas, segundo ele, permi-
, tem controlar todos os fatos administrativos e financeiros da entidade, além de processar os benefícios previdenciários e serviços prestados aos 13 mil participantes ativos (funcionários em atividade) e assistidos (aposentados e pensionistas). E afirma: "A informática foi de grande ajuda para que a SIAS realizasse a maior parte de suas metas, inclusive a de se tornar uma empresa superavitária".
Atualmente são controlados, através desses programas, cerca de 25.000 contratos de empréstimos, gerenciando um banco de dados de fácil utilização. Assim, inserimos na folha de pagamento do IBGE cerca de 50.000 consignações por mês.
Prosseguindo em sua política de informatização, a SIAS está instalando em cada um dos seus 40 postos, espalhados pelas Unidades Regionais do IBGE, terminais de vídeo-texto, conectados à recém-implantada Central de Vídeo-Texto da TELERJ. "Nosso objetivo é tornar ágeis esses postos, visto que 50% dos nossos participantes estão fora do Rio de Janeiro. Com o vídeo-texto estamos dinamizando nosso atendimento no Brasil inteiro",. diz Artur.
Ampliar a gama de serviços e se fortalecer financeiramente foram os principais objetivos da SIAS nos últimos três anos. "Através de uma política diversificada de investimentos, a SIAS conseguiu, no primeiro semestre de 1988, a maior variação patrimonial do setor de empresas de previdência privada, em termos percentuais. E, ainda, toda a movimentação dos papéis da carteira de ações é controlada, física e financeiramente, através de programas desenvolvidos pela SIAS", conclui Artur.
"A luta do pessoal do IBGE encontrou eco em todo o país e hoje, quando a entidade entra em mais um ano de sua profícua existência, cabe uma palavra de apoio aos seus servidores, aos seus dirigentes e técnicos de forma a fazer com que continuem servindo à causa do desenvolvimento nacional."
* * * A Unidade Regional do Mato
Grosso do Sul participou, a convite da Fundação Apoio ao Planejamento do Estado- FIPLAN de um seminário sobre o Macrozoneamento Geoambiental Sul-Mato-Grossense. Um dos destaques do seminário foi o engenheiro-agrônomo da DRG de Goiás, Zebino Pacheco do Amaral, que falou sobre o Potencial Geoambiental e a Avaliação dos Recursos Naturais do Mato Grosso do Sul.
Região Sudeste Na Unidade Regional do Espírito
Santo, abril foi um mês de cursos e treinamentos. De 10 a 14, no Jacaraípe Praia Hotel, foi realizado o Treinamento de Inquéritos de Cultura, patrocinado pelo Ministério da Cultura e com a supervisão dos técnicos da DPE, Luís Alberto Martins Lima e Francisco Nelson Pereira Prado.
Já de 18 a 20, aconteceu no auditório da UR/ES o Treinamento sobre a Revisão do Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e lndices da Construção Civil, ministrado pelo coordenador estadual do SINAPI, Carlos Alberto D'Almeida.
Acidentes de trabalho: como evitar
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA realizou, de 17 a 21 de julho, em Mangueira, a I Semana Interna de Prevenção de
Ainda no dia 18, foram aplicados testes para selecionar pesquisaddres para a PNAD/89 em Vitória e Cachoeiro do ltapemirim. E mais, Vitória e Alfredo Chaves foram os municípios escolhidos para o teste-piloto da PNAD.
* * * O Diretor de Informática, José
Sant' Anna Bevilaqua, representou o IBGE no Seminário Comunicação de Dados, realizado em abril, em Belo Horizonte, que contou com a participação de profissionais da Universidade Federal de Minas Gerais, USIMINAS, EMBRATEL, ELEBRA, entre outros.
Aproveitando a oportunidade, o diretor visitou a Unidade Regional de Minas Gerais para conhecer as instalações do Centro de Processamento de Dados.
* * * Desde 1.0 de J'unho a Unidade Re
gional do Rio e Janeiro tem novo titular: Carlos Henrique Borba, que trabalha no IBGE há 28 anos e era· Assessor de Planejamento daquela unidade.
Equipe de Apolo nu Unldadea Reglonala: Claudionora Paiva-AC; José Clrlno de Santana-AL· Isabel Bernadete Barbose-AP; Alcemyr de Carva: lho-A~ : Celeste Moreira-BA; Roberto AragAo·CE; Ant6noo Pereira da Silva Marinho-OF; Jakson Si iva-ES; SebastiAo de Matos-GO; Marlene Morei· ra-MA: Clde A. Fonseca-MG; Benedito AzamorMS: Tereza Noguelra-MT: Claúdla Hortldes-PA; Hélio Caldas-PB; Vicente Bento da Silva-PE; Pedro de Olivei ra-PI; Afonso da Silva Biaii-PR; Dante Chaves-RJ; Maria Ednalde de Ollvelra-RN; Maria do Socorro-AO; José Monteiro da Silva-RA; Jai r Silveira-AS; Vera Lúcia-Se; Ruy Régia-SE e Guilherme Billencourt-SP.
Acidentes de Trabalho com palestras, filmes e painéis mostrando os vários tipos de equipamento de proteção.
Segundo Vaiei Furtado da Silva, presidente da CIPA-Mangueira, o objetivo principal é conscientizar os funcionários da necessidade de se precaver contra possíveis acidentes, além de tornar mais conhecidas as atividades da CIPA e da Segurança do Trabalho. E frisa: ''Existem alguns pontos críticos que podem provocar acidentes no Complexo de Mangueira e é importante que toda a comunidade ibgeana conheça o que a CIPA/ DESSO vem fazendo para eliminá-los ou pelo menos reduzi-los".
A programação ainda não está to: talmente definida, mas se sabe desde já que além de acidente de trabalho serão abordados temas como higiene, alcoolismo, tabagismo e acidentes de trânsito. Entre os participantes está confirmada a Associação dos Parentes e Amigos das Vítimas de Trânsito- APAVAT.
Consta, também, na programação, um concurso de frases, cartazes e fotos sobre a CIPA na vida da empresa. E, após a Semana de Prevenção de Acidentes de Trabalho, a CIPA -Mangueira pretende organizar a Semana do Verde, demonstrando uma preocupação, também, com a preservação do meio ambiente.
Página 8 JORNAL DO IBGE - Junho de 1989
E que tudo mais venha com o
o o
Onde as noites são brancas
Acordar pela manhã e colocar meia três quartos de lã, calça ;eans, botas de cano longo, camiseta, duas blusas de lã, camisa, jaqueta, casacão de couro, gorro, luvas e sair para enfrentar meio metro de neve. Europa? Inverno norteamericano? Quase isso! :E: assim que os habitantes de São Joaquim em Santa Catarina saem para trabalhar.
Com temperatura média.. de quatro graus, embora em muitas ocasiões tenha alcançado dez graus negativos, o clima joaquinense - o mais frio do Brasil - é a principal atração turística da região. Entre julho e setembro, melhor época para as nevascas, centenas de turistas visitam a cidade em busca dessa coisa "exótica" (para nós, brasileiros) chamada neve.
São Joaquim fica a 228 km de Florianópolis e a 1.360 metros do nível do mar, sendo considerada a cidade mais alta do estado. Fundada por emigrantes gaúchos, sua população é de cerca de 25 mil habitantes distribuídos em 3 . 165 Jan2. Sua principal atividade econômica é o cultivo da maçã, embora o turismo venha se desenvolvendo bastante.
Mas a neve é o grande sucesso. E, por incrível que pareça, contribui para um maior calor humano. "O frio leva as pessoas a se procurarem", assegura Osair Pedro Costa de Medeiros, Agente de Coleta em Lages e morador de São Joaquim.
Quedas cinematográficas
Segundo Osair, desempenhar qualquer serviço no invernó é muito complicado.
Sabe quem está batendo à sua porta? É o frio.
Exatamente como naquele velho comercial de TV. O dia 21 marca o começo do
inverno. E se no Brasil há uma temperatura média de 32°
nas Regiões Norte e Nordeste, também existem números negativos no termômetro,
como aqueles de São Joaquim, no Sul do país.
O frio é um convite para um bom churrasco, como dizem
os sulistas, ou para assistir a um vídeo com os amigos. As noites mais
longas favorecem um clima mais romântico. Como disse
o poeta Sérgio Natureza: "Os corações cortam lenha e depois se preparam
para outro inverno". Prepare-se, então, para a nova estação.
"O frio enrijeoe as mãos e o próprio papel vira uma navalha afiadíssima." Quando está nevando é difícil até para se locomover. A neve cobre tudo e não se descobre sequer onde está a estrada. "Uma vez pegamos uma Rural e só para andar 100 metros levamos 40 minutos", conta ele. Andar a pé pode ser perigoso e divertido dependendo do tombo. O gelo adere à sola das botas, endurecendo e transformando-as em verdadeiros patins. As quedas cinematográficas são comuns.
De acordo com Osair, o joaquinense no inverno é o que se pode chamar uma pessoa agitada. "Nós procuramos trabalhar de pé e sempre nos movimentando para aquecer um pouco."
Quem tem lareira vai para perto do fogo. Todas as residências têm fogão a lenha, o que torna a cozinha a parte mais concorrida da casa. Um grande programa é visitar amigos e parentes e tomar chimarrão ou o que eles chamam de ponche - vinho quente com gemada e clara de ovo batida em neve (é claro). Aí rolam estórias e se atravessa a noite vendo o frio passar. Um caso que faz muito sucesso é o do recenseador que, montado em uma mula, percorria os
arredores da cidade. A noite chegou, baixando ainda mais os termômetros. O animal empacou e a solução foi acampar ali mesmo e, "romanticamente", dormir abraçado com a mula para espantar a friagem.
Por estar localizada em área serrana, São Joaquim proporciona uma vista fantástica da região. Os moradores de lá garantem que da parte mais alta se avista até o litoral. Enedino Ribeiro, que por ali passou em tempos remotos, segundo consta em documento na prefeitura, ,escreveu' a respeito das "montanhas cujos cimos beijam as nuvens, roubando completamente a sensação daquele outro mundo que o viajante adivinha existir lá por cima". Além do panorama, o famosíssimo frio também cohtribui para que o turista tenha a mesma ''sensação de outro mundo". :E: ver (e sentir) para crer.
Em dia com o frio
Se. para alguns inverno é sinônimo de roupas elegantes, fondue e reuniões junto à lareira, para outros essa estação significa espirros, narizes escorrendo e a abertura da temporada nacional de gripes. Contrapondo-se ao estilo glamurizado das primeiras opções, que são restritas dentro da nossa realidade, os democráticos resfriados estão menos relacionados com o inverno do que supõe a nossa vã filosofia.
O médico Carlos Augusto Garcia Lima, chefe do Setor de Segurança e Saúde Ocupacional e responsável pelo Serviço de Medicina do Trabalho da Su-
perintendência de Recursos Humanos, justifica:
- A exposição à doença depende do meio social em que o indivíduo vive e de . sua realidade sócio-econômica. Não existe estudo que comprove maior incidência de doenças no inverno ou em outra época do ano.
Pois é. Segundo o Dr. Carlos Augusto, as gripes não • aparecem por causa do frio, mas sim devido às mudanças de temperatura. "E isso acontece em todo o ano", acrescenta ele.
De acordo com o chefe do Setor, o número de doenças no IBGE não aumenta de uma época para outra. "O volume de atendimento se mantém estavel por todo o ano, mas pode-se dizer que os maiores índices de licença-doença ocorrem por causa de gripes e resfriados comuns, além de indisposições gastrintestinais."
A adaptabilidade ao frio ou ao calor varia para cada pessoa. "Só como exemplo, se um russo mergulha em um lago gelado fica tudo bem. Se eu for fazer o mesmo, provavelmente terei um choque térmico só na preparação para o mergulho", explica o médico.
As reações psicológicas ao inverno, assim como as do organismo, são individuais e nunca mereceram maiores estudos. A psicóloga da FUNABEM, Marlene Luzia Magalhães, observa que, no subúrbio, de um modo geral, as pessoas preferem ficar mais em casa, não só pela temperatura baixa, mas, principalmente, por questões econômicas. Hoje em dia, conforme Marlene, o que está aproximando realmente as pessoas é o medo da violência urbana. :E: esta que toma o "tempo quente", mesmo quando o termômetro fica abaixo de zero.
O que você faz no inverno? -
'
''· r- "f' Fotos: Gilson Costa 11. -
"O inverno é bom para reunir os amigos para um bate-papo. Com o frio também vou mais ao cinema e ao teatro, e costumo levar minhas duas filhas para passear e brincar nos shoppings."
Ana Cristina Pessanha Torres é analista de sistema da Diretoria de Infor
mática.
"Com chuva ou com sol, calor ou frio, não importa, o que me diverte é um bom pagode e um churrasco com os amigos. Mesmo friorento, não dispenso uma festa junina e não perco os shows dos meus pngodeiros prediletos."
Rogério Clementino de Oliveira trabalha no Serviço Gráfico, em Parada de Lucas.
"Aproveito esse período para ficar mais em casa lendo e assistindo à televisão, principalmente noticiários e programas de entrevistas. Até para tirar férias prefiro o inverno. Já estou pronto para ir com a família para São Paulo, em julho."
Manoel Assunção de Almeida Gordo, ex-morador de São Paulo, é supervisor de manutenção da Subgerência de Transportes.
"Costumo ficar em casa fazendo tricô ou crochê e aproveito para colocar a leitura em dia. E, sempre que posso, me agasalho toda e me divirto pra valer nas festas juninas."
Amélia Augusta Barbosa Almeida, da Superintendência de Recursos Humanos, mora em Pati do Alferes, no Estado do Rio.
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