polifonia. in: educação na cibercultura : hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem
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Polifonia. In: Educação na cibercultura : hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Andrea Cecília Ramal. Bibliografia. - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
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Profa. Lucila Pesce
Polifonia. In: Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem.
Andrea Cecília Ramal
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Profa. Lucila Pesce
BibliografiaAndréa Ramal tem 38 anos, brasileira, mora no Rio de Janeiro e
trabalha no Centro Pedagógico Pedro Arrupe, instituição que promove a formação de professores das escolas jesuítas.
Fez Mestrado e Doutorado em Educação na PUC-Rio, onde estudou as maneiras de pensar e de aprender na cibercultura.
Além disso, tem atuado como designer instrucional, assessorando pedagogicamente a criação de cd-rom educativos e empresariais, e é vinculada a USC (Universidade do Sagrado Coração) em Bauru, lecionando Informática e Educação no Curso de Mestrado.
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Profa. Lucila Pesce
Cibercultura
Alerta: manutenção ou intensificação das atuais exclusão e dominação, caso não haja uma política de democratização do acesso às ferramentas tecnológicas.
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Profa. Lucila Pesce
Cibercultura
Polissemia como variação das interpretações, em função do contexto.
Tendência crítica frente às TICs: o fim do sujeito, a extinção da cultura, a morte da comunicação.
Denúncia dos exageros, no combate às visões messiânicas da tecnologia e à redução dos problemas contemporâneos a aspecto meramente tecnológicos.
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Profa. Lucila Pesce
Cibercultura
Tendência crítica frente às TICs:
Frederic JamesonJean-François LyotardPaul VirilioBaudrillardLucien Sfez
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Profa. Lucila Pesce
Cibercultura
Frederic Jameson
Mais do que um movimento cultural de expressividade própria, o pós-modernismo seria uma conseqüência inevitável do capitalismo e do consumismo exacerbados, assim como da tecnologização que os acompanhou.
Vivemos na era da paródia vazia, na qual nada pode ser criado, porque tudo já foi feito.
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Profa. Lucila Pesce
Cibercultura
Jean-François Lyotard
Linha crítica vinculada aos males do capitalismo. O jogo do mercado mundial agrava as desigualdades. Longe de fazer ruir as fronteiras de forma positiva, tira proveito delas para especulação.
“O desenvolvimento das tecnologias se tornou um meio de incrementar essa enfermidade, e não de acabar com ela”.
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Profa. Lucila Pesce
Cibercultura
Paul Virilio
A cibercultura traz consigo o fenômeno da “perda da orientação”, complementado pelos efeitos nocivos da liberação da sociedade e da desregulação dos mercados financeiros.
Com essa perda, também perdemos a capacidade de olhar para o outro, de perceber a alteridade.
Globalização como nova forma de tirania.
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Cibercultura
Baudrillard
A extinção da cultura pela mídia – trocamos o “drama da alienação” pelo “êxtase da comunicação”.
“Paz perceptiva” – baseada no silêncio, na passividade e na despolitização das massas.
O tempo para o silêncio – ele é banido das telas e da comunicação.
A sociedade comunicacional é uma utopia.
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Cibercultura
Lucien Sfez
Há uma violência simbólica nas tecnologias. Quatro pilares da realidade ilusória:Rede – nova maneira de conceituar velhas práticas, sem
desestabilizar a concepção tradicional de mundo.Paradoxo – a perda de identidade do “eu”.Simulação – surge como intenção de fazermo-nos passar
pelo que não somos, usando a aparência. Interatividade – esse estilo de comunicação como um
diálogo com um ser inteligente.
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Cibercultura
Cibercultura
Tendência crítico-conciliatória: Umberto Eco
Entusiasmo crítico e moderado: Pierre-Lévy
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Cibercultura
Umberto Eco
Devemos operar no mundo que temos.
A vida deve ser pensada não adaptando o homem a essas condições, mas a partir delas.
Vê com parcimônia os excessos, como, por exemplo, os informacionais.
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Profa. Lucila Pesce
Cibercultura
Pierre-Lévy
Nova ecologia cognitiva: estudo da subjetividade resultante da interação entre pessoas, instituições e objetos.
TICs como nova tecnologia intelectual.Analogamente à escrita e à imprensa, as TICs
trazem consigo um novo modo de pensar o mundo, de conceber as relações com o conhecimento, de aprender.
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Cibercultura
Convergências entre tais teóricos:
Negação da velha máxima sobre a pretensa neutralidade dos objetos.
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Profa. Lucila Pesce
Festa de ressurreição
Considerações sobre a cibercultura, no diálogo com Mikhail Bakhtin (1895-1975, Oriol – próxima a Moscou) e Lévy.
Bakhtin:Compartilhava com o marxismo, um interesse no
mundo social e histórico, nas suas relações com a formação da consciência e na linguagem como campo e material ideológico.
Opunha-se ao dogmatismo marxista.Veja mais.
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Profa. Lucila Pesce
BakhtinPreocupação com as questões socioideológicas da
linguagem.Compreensão como um processo ativo, dialógico e
criativo. Compreender é continuar a criação do interlocutor.
Crítica a duas grandes correntes lingüísticas:a) objetivismo abstrato (Saussure) - linguagem
como sistema abstrato de formas.b) subjetivismo idealista (Humboldt) -
linguagem como enunciação monológica isolada, como ato de criação individual.
Dimensão ideológica, social e dialógica da linguagem.
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Profa. Lucila Pesce
Língua
Outros enunciados
Realidade
Falante
Contexto ideológico
Consciênciaindividual
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Profa. Lucila Pesce
Dialogismo bakhtiniano - a unidade do mundo é polifônica e polissêmica.
Entoação:
Entre o verbal e o não verbal;
Garante a emotividade e a expressividade;
Palavra - contexto extra-verbal.
A interação verbal fornece significado à palavra, organizando e formando a atividade mental.
A língua, como fato social, pressupõe um direcionamento para o outro.
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Profa. Lucila Pesce
Língua
Fluxo da comunicação verbal
Contexto dos falantes
ENUNCIADO
Em eterna modificação
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PalavraTransformações
histórico-culturais
Em permanente fluidez
Interaçãoverbal
Consciência
Ideologia
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Grau de consciência da atividade mental
Grau de orientação social
Diálogo
vida
Linguagem
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Profa. Lucila Pesce
Festa de ressurreição
Algumas das idéias de Bakhtin parecem anunciar concepções que somente com o hipertexto se tornarão plenamente compreensíveis: a noção de que não há um único autor, mas vários, de que um texto não é singular, mas compartilhado.
Lévy – o papel fundamental das técnicas de comunicação na evolução da cultura e nos campos da filosofia, da antropologia e da educação.
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O perigoso zumbido desordenado do discurso
Bakhtin – opunha-se ao idealismo subjetivista e ao objetivismo abstrato.
Percebe a consciência individual como um fato socioideológico.
O contexto que circunda o sujeito, assim como as forças que nele interagem são partes constitutivas da natureza humana, a qual é historicamente determinada.
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Profa. Lucila Pesce
O perigoso zumbido desordenado do discurso
Os signos são construídos em função do contexto histórico.
Palavra como signo mediador por excelência.
A compreensão manifesta-se como material semiótico.
A relação do homem com o mundo é mediada pela linguagem.
Sujeito e objeto do conhecimento se interatuam.
Relação dialética entre o homem e a cultura.
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O perigoso zumbido desordenado do discurso
O sujeito constitui-se na linguagem e no processo de interação social.
O conhecimento se dá por meio da linguagem e da interação social.
A constituição do sujeito passa pelo dialogismo e pela polifonia.
Sujeito coletivo,em Lévy / ênfase no “nós”, em Bakhtin.
Lévy – ênfase na relação entre a subjetividade humana e as coisas (relação recíproca entre sujeitos e objetos).
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Profa. Lucila Pesce
O perigoso zumbido desordenado do discurso
Bakhtin e Lévy – contrários ao idealismo:
Para Bakhtin, a consciência é constituída pela linguagem, pelas ideologias do plano social em constante interação e negocição de sentidos e forças.
Para Lévy, isso também ocorre, mas tais forças de intersubjetividade e alteridade envolvem as pessoas e os objetos técnicos que se conformam como nossas tecnologias intelectuais.
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Profa. Lucila Pesce
O perigoso zumbido desordenado do discurso
Intersubjetividade em Bakhtin:
Em contraposição à visão estruturalista de Saussure, o teórico propõe a metáfora da cadeia.
Associando linguagem e subjetividade, propõe uma descrição plástica e dinâmica para o fenômeno da linguagem: ao passar de um a outro elo de natureza semiótica, o sujeito vai se movendo numa cadeia de criatividade e de compreensão ideológica. Esse percurso é a relação intersubjetiva.
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O perigoso zumbido desordenado do discurso
Lévy:
Semelhanças na concepção sobre a linguagem.Comunicação como jogo: a cada enunciado o
contexto é colocado em ação, mas é também questionado e a significação da mensagem é determinada pelo conjunto de dados construídos pelos interlocutores, numa dinâmica de partilha, negociação e permanente (re)construção coletiva.
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O perigoso zumbido desordenado do discurso
Polissemia:
Pessoas diferentes, em contextos diferentes, podem, em função disso, atribuir sentidos diversos a uma mesma mensagem.
Pluralidade das significações x unicidade da palavra reforçada pelo objetivismo abstrato criticado por Bakhtin.
O texto pode ser comum, mas o hipertexto mental construído a partir dele vincula-se à subjetividade.
Lévy e Bakhtin reforçam o conflito, numa situação comunicativa.
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Profa. Lucila Pesce
O perigoso zumbido desordenado do discurso
Hipertexto, em Lévy / Subjetividade em rede na cibercultura:
Metamorfose: significações construídas na intersubjetividade, em constante negociação.
Multiplicidade: na comunicação fractal, o sujeito é um nó da rede e reproduz em si o seu diagrama.
Exterioridade: os sujeitos estão em permanentes conexõe com outros interlocutores e outras redes.
Mobilidade dos centros: a comunicação se move para um pólo e constrói novos rizomas em torno de si mesma.
Cadeia polifônica: reunião de mentes e sujeitos interconectados.
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Novas autorias
Em Bakhtin, o repensar da autoria: a estrutura inicial da enunciação passa a ser influenciada pelo meio ideológico, pelo contexto e pelo universo do ouvinte. A mensagem de um emissor assume novas formas, à medida que circula no espaço socioideológico das outras consciências.
Consciência constituída no discurso, na relação dialógica com outros sujeitos.
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Novas autorias
Em Lévy, hipertexto como metáfora da articulação obra/textos/leitor/autor.
Confirma as hipóteses bakhtinianas de que o sentido de uma mensagem não é produzido unicamente pelo autor. A palavra convida o ouvinte a produzir novos textos, na rede, em permanente reconstrução.
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Profa. Lucila Pesce
Novas autorias
Na cibercultura, uma outra relação com a produção textual e com o discurso intersubjetivo.
Um ambiente semiótico próximo do conceito bakhtiniano de que a palavra é um signo interindividual.
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Profa. Lucila Pesce
Feitos de leve transitoriedade
Dialogismo bakhtiniano - caráter dinâmico da comunicação verbal.
Novo tratamento à palavra alheia, à palavra cultural e politicamente desvalorizada - a palavra é polifônica e polissêmica.
As premissas de Bakhtin passam pelo confronto do campo das relações sociais.
Os aspectos ideológicos do signo excluem qualquer possibilidade de visão singular.
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Dinamismo dialógico
DescentramentoAlteridades
HeteroglossiaHeterogeneidade
Multivalências
Polifonia
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Feitos de leve transitoriedade
Lévy - cibercultura e a relativização com a preocupação com as verdades absolutas, inclusos os fechamentos semânticos dos textos.
Memória – oralidade primária. (círculo)Escrita impressa – ênfase na objetividade
absoluta. (feudos autorais)Escrita digital – retorno à humanidade viva. (rede)
Há que se relativizar – em um mundo excludente como o nosso, quem é esta humanidade?
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Profa. Lucila Pesce
Problematizando
De que forma explorar a polifonia, nos cursos de EaD?
Em que medida os cursos de EaD que vocês conhecem têm trabalhado sob enfoque dialógico?
A visão sócio-histórica da Bakhtin leva-nos a pensar a linguagem sob a ótica do dialogismo, da polifonia e da polissemia. Qual a importância desse pensamento para a sua formação, como profissional de EaD?
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Profa. Lucila Pesce
Fontes BAKHTIN, M. (VOLOCHINOV). (1929). Marxismo e filosofia da linguagem.
8ª ed. Trad. M. Lahud e Y. F. Vieira. São Paulo: Hucitec, 1997a.______. Estética da criação verbal. 2ª ed., Trad. M. E. G. Pereira. São
Paulo: Martins Fontes, 1997b.______. O problema do conteúdo, do material e da forma na criação literária.
In: Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 4ª ed. Trad. A. F. Bernadini et al. São Paulo: Hucitec / UNESP, 1998. p. 13 - 70.
LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 4ª ed. Trad. C. I. da Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997.
______. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. Trad. L. P. Rouanet. São Paulo: Edições Loyola, 1998.
______. Ideografia dinâmica: rumo a uma imaginação artificial? Trad. M. Marcionilo e S. Krieger. São Paulo: Edições Loyola, 1998.
RAMAL, Andrea Cecília. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Armed, 2002. (texto-base das lâminas de apresentação)