polinoˆmiosdetaylor - ime.unicamp.brmarcio/ss2009/trabsel/094097luiz.pdf · que representa a prova...
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Sumario
1 INTRODUCAO 3
2 O MATHEMATICA 4
3 COMANDOS GERAIS 5
3.1 Definindo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Comandos Mathematicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
4 POLINOMIOS DE TAYLOR 9
4.1 Teorema Fundamental do Calculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4.2 Exercıcios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5 TESTE DA SEGUNDA DERIVADA 15
5.1 Exercıcio Resolvido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2
1 INTRODUCAO
Ao ingressar em um curso de ciencias-exatas, o universitario se depara com o tao temido
Calculo! Para muitos, que acabaram de sair de cursinhos e colegios, onde as informacoes
sao tidas rapida e facilmente em ”pacotes”, a vida academica da universidade pode parecer
impossıvel de se levar com dias de apenas 24 horas. Porem, tambem se deparam com o
mundo mais amplo e intrinsecamente belo que somente o Calculo pode proporcionar, alem de
inumeras ferramentas que serao usadas para facilitar sua vida profissional, como calculadoras
graficas, equipamentos modernos e principalmente softwares com as mais variadas funcoes.
Este tutorial tem como finalidade ensinar aos ingressantes deste maravilhoso mundo
da faculdade a operar um dos mais importantes softwares empregados por matematicos,
fısicos e engenheiros: o Mathematica! Em vista disso, decidi que seria interessantes aos
alunos que anseiam em aprender Calculo o mais depressa posıvel uma explicacao sobre os
Polinomios de Taylor, materia dos cursos exatoides que tem a grande capacidade de confundir
profundamente quem procura aprende-la. Buscarei explicar sucintamente o que sao, para
que servem e como operar os Polinomios de Taylor no Mathematica.
3
2 O MATHEMATICA
Stephen Wolfram (nascido em 29 de agosto de 1959 em Londres) e um fısico britanico,
matematico, autor e empresario, conhecido por seu trabalho teorico em fısica de partıculas,
cosmologia, automatos celulares, complexidade, teoria e algebra computacional. Uma das
caracterısticas principais de Stephen Wolfram e o antiacademicismo: e um cientista nada
ortodoxo. Apos um inicio de carreira impressionante– publicou o primeiro artigo aos 15 anos
e terminou o doutorado no Caltech aos 20–, largou a universidade rumo a iniciativa privada.
Por um motivo nobre: ficou milionario depois de criar um software ,o Mathematica, em 1988.
O Mathematica, vale dizer, e considerado por matematicos e engenheiros um dos princi-
pais softwares de calculo disponıveis. Com uma linguagem simbolica, e nao apenas numerica,
o programa realiza calculos e elabora graficos:
”o Mathematica tornou trataveis muitos problemas considerados quase impossıveis de
resolver”, avalia o matematico Roberto de Oliveira,doutorando da Universidade de Nova
York.Segundo David Reiss, diretor de comunicacao da Wolfram Research– empresa criada
para administrar o Mathematica–, cerca de dois milhoes de pessoas usam o software em todo
o mundo. O programa, inicialmente um engenho limitado de calculo integral e diferencial
contınuo, esta na versao sete e faz, automaticamente, o que muita gente pensou que seria
impossıvel realizar sem um cerebro humano por tras.
Alem de calculo contınuo e discreto, mathematica pode ser usado para modelagem, sim-
ulacao, processamento e visualizacao de imagens e mais um monte de coisas que deixaram
Newton e Leibniz, inventores do calculo, verdadeiramente impressionados.
4
3 COMANDOS GERAIS
3.1 Definindo
E importante definirmos as formas como serao escritas, afim de aprendizagem, os muitos
comandos e funcoes do Mathematica, de forma que o aluno possa difrenciar os nomes apre-
sentados.
- Em Negrito empregarei os comandos do software para serem escritos tais como estarao
apresentados. Por exemplo:
Plot[]
3.2 Comandos Mathematicos
Para executarmos comandos no Mathematica, precisamos saber algumas regras basicas para
que o programa os aceite. Estas sao muitas, porem aqui temos o interesse de aprender as
necessarias para entender o tutorial, assim como os Polinomios de Taylor.
Para escrevermos qualquer comando, clicamos abaixo de tudo o que ja foi escrito na
”pagina”. Apos a incersao do que se deseja calcular, sempre entre colchetes, deve-se clicar,
ao mesmo tempo, Shift +Enter ou apenas Enter no teclado numerico. Dessa forma o pro-
grama entendera o comando e lhe dara a designacao de ln[a] e a resposta Out[a], sendo a o
numero de comando que ja foram aplicados. Por exemplo:
In[1]:= Simplify@81 � 45D
Out[1]=9
5
Deve ser lembrado, aqui, que a adicao de ; (ponto-e-vırgula), apos o emprego de um
comando, faz com que o programa apenas ”aceite”o comando, mas nao o calcule ou o repita.
A ”barra”na divisao executada, pode ser substituıda por uma fracao. Usando as teclas
Ctrl+ / produzimos a fracao e entao podemos digitas os numeros nos locais marcados. Por
exemplo:
Ctrl + / =□
□=
81
□=
81
45+ Shift + Enter=
9
5
Porem, e importante lembrarmos que todas as funcoes basicas de calculo podem ser
encontradas em uma unica janela chamada BasicMathImput, encontrada em Palettes na
barra de ferramentas acima da janela do Mathematica.
5
Todos os comandos do programa apenas sao aceitos se colocados com a primeira letra
maiuscula. Essa informacao tambem cabe a comando que sao ”compostos”de um ou mais
comandos, como, por exemplo o ParametricPlot3D, nos quais a letra de todas as palavras
que formam o comando devem ser maiuscula tambem. Uma ferramenta muito usada durante
os calculos e o sımbolo deIn[2]:= Integrate@%, xD
Out[2]=9 x
5
(observe que foi necessario colocarmos uma incognita x pra que o programa integre em
funcao de x)
Os comandos para produzirmos uma integral definida no Mathematica sao:
Esc int Esc, Ctrl +- (para o limite inferior), Ctrl +5 (para o limite superior), Ctrl +espaco
(para fugir dos limites), digitamos a funcao a ser integrada, Esc dd Esc e entao a incognita
de integracao. Isso tudo ficaria, por exemplo, assim:
∫ b
a
[f (x)] dx
Muitas vezes, apos escrevermos algum comando o programa ainda pede para que defi-
namos a incognita (como o caso acima) ou os limites em que desejamos que essa incognita
varie. Isso deve ser feito antes de fecharmos o colchete e,portanto, deve ser colocada en-
tre chaves,junto com seus limites, tudo separado por vırgulas. Por exemplo se queisermos
desenhar a funcao Seno de x com x variando de 0 a 2�:In[4]:= Plot@Sin@xD, 8x, 0, 2 Π<D
Out[4]=1 2 3 4 5 6
-1.0
-0.5
0.5
1.0
6
(observe que seno e escrito Sin e x deve ser colocado entre colchetes, como em toda funcao
trigonometrica)
A variavel tambem deve ser identifica quando vamos definir uma funcao. Neste caso,
escrevermos a incognita, deve vir um (under-line) apos esta. Por exemplo:In[6]:= F@x_, y_D = x2 + y2;
In[7]:= Plot3D@F@x, yD, 8x, -2, 2<, 8y, -2, 2<D
Out[7]=
-2
-1
0
1
2-2
-1
0
1
2
0
2
4
6
8
Um comando muito interessante para visualiarmos interseccoes ou maximos e mınimos
e o Show[], que nos da superfıcies juntas em um mesmo quadro. Para isso, precisamos dar
uma identificacao a cada um dos graficos que iremos plotar e depois umsarmos o comando,
por exemplo:In[11]:= a = F@x_, y_D = -Ix2 + y2M;In[12]:= Plot3D@F@x, yD, 8x, -2, 2<, 8y, -2, 2<D
Out[12]=
-2
-1
0
1
2-2
-1
0
1
2
-8
-6
-4
-2
0
Um comando muito interessante para visualiarmos interseccoes ou maximos e mınimos
7
e o Show[], que nos da superfıcies juntas em um mesmo quadro. Para isso, precisamos dar
uma identificacao a cada um dos graficos que iremos plotar e depois umsarmos o comando,
por exemplo:In[6]:= F@x_, y_D = x2 + y2;
In[5]:= a = Plot3D@F@x, yD, 8x, -2, 2<, 8y, -2, 2<D
Out[5]=
-2
-1
0
1
2-2
-1
0
1
2
-8
-6
-4
-2
0
In[6]:= b = Plot3D@2, 8x, 1 � 2, 3 � 2<, 8y, -1 � 2, 1 � 2<D
Out[6]=
0.5
1.0
1.5-0.5
0.0
0.5
0
1
2
3
4
In[7]:= Show@a, bD
-2
-1
01
2
-2
-1
01
2
-8
-6
-4
-2
0
8
4 POLINOMIOS DE TAYLOR
Podemos provar a formula dos polinomios de Taylor para funcoes de uma variavel facil-
mente pelo teorema fundamental do calculo e pelo teorema do valor medio combinados. A
partir disso, podemos adapta-la para o calculo com mais de uma variavel de forma analoga.
Primeiramente e importante rotularmos os teoremas citados:
4.1 Teorema Fundamental do Calculo
Sendo f”(x) uma funcao contınua no intervalo [a,b] com c compreendido entre a e b, sabemos
que:
∫ b
a
[g(x)]dx = g(c).(b− a)
Podemos, entao, provar os Polinomios de Taylor partindo da funcao f”(x) contınua:
Se∫ t1
Xo[f”(t)] dt - pelo teorema fundamental do calculo - f ′(t1)− f ′(Xo)
Assim, podemos dizer que:
1.∫ X
Xo
(∫ t1
Xo
[f”(t)] dt
)
dt1 =
∫ X
Xo
[f ′(t1)− f ′(Xo)]dt1
O segundo termo da igualdade sera dividido em dois termos e ambos integrados segundo
o teorema fundamental do calculo:
→∫ X
Xo
[f ′(t1)] dt1 = f(X)− f(Xo)
→∫ X
Xo
[f ′(Xo)] dt1 =
(sendo f ′(Xo) um constante neste caso) = f ′(Xo).(X − Xo)
Portanto, voltando em 1.:∫ X
Xo
(
∫ t1
Xo[f”(t)] dt
)
dt1 = f(X)− f(Xo)− f ′(Xo).(X − Xo)
Isolando f(X) :
2.
f(X) = f(Xo) + f ′(Xo).(X − Xo) +
∫ X
Xo
(∫ t1
Xo
[f”(t)] dt
)
dt1
Pelo teorema do valor medio, podemos dizer que
∫ t1
Xo
[f”(t)] dt = f”(t1).(t1− Xo)
Assim, a expressao toda ficaria:
9
∫ X
Xo
(∫ t1
Xo
[f”(t)] dt
)
dt1 =
∫ X
Xo
[f”(Xo).(t1− Xo)] dt1 =
[
1
2f”(Xo).(t1− Xo)2
]X
Xo
=
=
[
1
2f”(Xo).(t1− Xo)2
]X
Xo
=1
2f”(Xo).(X − Xo)2 − 1
2f”(Xo).(Xo− Xo)2
Assim, voltando em 2.:
f(X) = f(Xo) + f ′(Xo).(X − Xo) +1
2f”(Xo).(X − Xo)2
Que representa a prova dos Polinomios de Taylor para ate o segundo termo, da derivada
segunda, que foi por onde comecamos a prova. Porem, e importante lembrarmos que os
polinomios podem ser infinitos, tudo dependendo de ate que termo queremos deixar o ”erro”.
O ”erro”nos Polinomios de Taylor e o ultimo termo da sequencia que calculamos. Por
exemplo, se o exercıcio pede o polinomio de determinada funcao ate a terceira casa decimal,
produzimos este ate o termo da terceira ”expansao”(o termo da derivada terceira), que sera
o ”erro”, ou o algarismo duvidoso.
Tambem e importante o fato de o denominador que aparece desde o segundo termo nos
polinomios estar na forma fatorial,seguindo a ordem do termo em que se apresenta, ficando
a funcao do polinomio, em termos genericos, da seguinte forma:
f(X) = f(Xo)+f ′(Xo).(X−Xo)+f”(Xo)
2!.(X−Xo)2+
f”’(Xo)
3!.(X−Xo)3+.......+
f ′(Xo)
n!(Xo).(X−Xo)n
sendo n igual ao numero de termo em que se apresenta.
* Por exemplo o exercıcio:
Calcular sen(0, 1) com 3 decimais: Solucao: devemos avaliar ate o termo da terceira
expansao,ou seja, como erro (R3). Usamos Xo = 0 e X = Xo + 0, 1, justamente para o que
termo (Xo-X) seja igual ao valor 0,1 que se deseja calcular.
Com isso, desenvolvendo o plonomio de acordo com a formula,obtemos a avaliacao de
(R3):
∣R3∣ ≤(0, 1)3
3!=
10−3
6
Este erro nos coloca dentro do grau de aproximacao desejado, ou seja, com um erro que
nao excede +/
−(
10−4
6
)
10
De forma analoga, prova-se os Polinomios de Taylor para funcoes de mais de uma variavel,
que ficaria da forma (para ate o segundo termo):Hx, Y, ZL = f HXo, Yo, ZoL + f' HXo, Yo, ZoL.HX - Xo, Y - Yo, Z - ZoL +
1
2!
f'' HXo, Yo, ZoL.HX - Xo, Y - Yo, Z - ZoL2 +1
3!
f''' HXo, Yo, ZoL.HX - Xo, Y - Yo, Z - ZoL3 + ....
... ... +1
n! fn HXo, Yo, ZoL.HX - Xo, Y - Yo, Z - ZoLn
Para produzirmos o Polinomio no Mathematica, o comando ultilizado chama-se Se-
ries,e,para isso precisamos definir tambem os limites da (s) variavel (is) em questao,que
sera os limites dos proprios termos do polinomio, ou seja,de um termo ao outro.
Por exemplo a funcao Sen[t]:
Nesta funcao, notaremos que os termos pares nao aparecerao. Isso se deve pois, ao
calcularmos um polinomio de Taylor, devemos definir o X e o Xo.
Neste caso, temos X = t e Xo = 0, que resultaria no seguinte polinomio:
Sen[t] = Sen(0)+Cos(0).(t−0)+1
2!(−Sen(0)).(t−0)2+
1
3!(−Cos(0)).(t−0)3+
1
4!(Sen(0)).(t−0)4......
Sabendo que Sen (0) = 0, veremos no Mathematica, atravem do comando apresentado,
como ficaria essa funcao:
In[18]:= Series@Sin@tD, 8t, 0, 7<D
Out[18]= t -t3
6+
t5
120-
t7
5040+ O@tD8
Nota-se, tambem, a presenca do termo de numero 8 (que seria da oitava derivada), porem,
como querıamos que o polinomio fosse somente ate o setimo termo, o programa considerou
o oitavo como o ”erro”.
Na maioria dos casos, costuma-se tomar Xo = 0, pois facilita nas contas. Porem, ha
casos em que isso nao deve acontecer, como nas funcoes logarıtmicas, onde Xo deve ser igual
a 1. Se, em uma funcao logarıtmica, Xo = 0, apareceria para resolvermos Log[0], que nao
tem resultado. Porem, ao considerarmos Xo = 1, apareceria Log[1] para resolvermos, que
tem resultado igual a 0, pois qualquer coisa elevada a 0 e igual a 1. Por exemplo:
* Calcular log (1,1) com tres decimais.
Solucao: Para fazer isso, consideramos Xo=1 e X=0,1. Devemos, entao,calcular log
(1+0,1). Achamos que:
∣R3∣ ≤10−3
3
11
logo,
log(1, 1) = 0, 1− 0, 005
com um erro que nao supera 10−3
3
As funcoes geradas pelo polinomios de taylor sao funcoes que se aproximam cada vez
mais da funcao verdadeira, em um certo intervalo, quanto menor for o seu ”erro”. Para
evidenciar essa aproximacao cada vez maior, desenhamos o grafico de cada termo da serie
de Taylor como a seguir:
In[20]:= F1@t_D = t;
In[21]:= F2@t_D = F1@tD -t3
3!;
In[22]:= F3@t_D = F2@tD +t5
5!;
In[23]:= Plot@8Sin@tD, F1@tD, F2@tD, F3@tD<, 8t, -Π, Π<D
Out[23]=-3 -2 -1 1 2 3
-3
-2
-1
1
2
3
Em um grafico generico do efeio de todas as funcoes de Taylor juntas em uma curva so,
podemos ver com maior clareza a aproximacao da funcao real:
12
In[24]:= PlotB:Sin@tD, t -t3
6+
t5
120-
t7
5040>, 8t, -2 Π, 2 Π<F
Out[24]=-6 -4 -2 2 4 6
-3
-2
-1
1
2
3
4.2 Exercıcios Resolvidos
1. Calcular sen (�6+ 0, 2
)
, com erro inferior a 10−4.
Solucao: neste caso, tomamosX = �/6+0, 2 e Xo = �6. Produziremos, entao, o polinomio
ate a quarta expansao, com erro R4.
Pela formula dos polinomios, temos que:
sen(X+Xo) = sen(Xo)+cos(Xo).(X−Xo)− sen(Xo).(X − Xo)2
2!−cos(Xo).
(X − Xo)3
3!+R4
sen(�
6+ 0, 2
)
= sen(�/6) + cos(�/6).(0, 2)− sen(�/6).(0, 2)2
2!− cos(�/6).
(0, 2)3
3!+R4
sen(�
6+ 0, 2
)
=1
2+
√3
2.(0, 2)− 1
2
(0, 2)2
2−
√3
2
(0, 2)3
6+R4
Para R4, temos a avalicao:
∣R4∣ ≤(0, 2)4
4!=
16.10−4
24≤ 10−4,
que esta dentro da aproximacao desejada.
2. Achar o limite
Limx→0
[
−x+ senx+ x3
6
x4
]
13
Solucao: para ∣x∣ ≤ 1, temos:
sen(x)− x+x3
3!= R5(x) e ∣R5(x)∣ ≤
∣x∣5!
logo,
∣
∣
∣
∣
sen(x)− x+ x3/ 3!
x4
∣
∣
∣
∣
≤ ∣R5(x)∣∣x4∣ ≤ ∣x∣
5!
O limite desejado e, entao, igual a 0.
14
5 TESTE DA SEGUNDA DERIVADA
Uma ultilizacao mais abrangente dos Polinomios de Taylor e na hora de fazer o teste
da segunda derivada. Tal teste implica em descobrirmos , pontos de maximo , mınimo ou
pontos de Sela de funcoes de mais de duas variaveis. A prova deste teste , porem , devemos
deixar para o calculo avancado!
O teste ultiliza, para a mesma funcao que se deseja avaliar:
* A segunda derivada parcial em funcao do X - Dxx = A
* A segunda derivada parcial em funcao do Y - Dyy = B
* A derivada parcial em funcao de X e de Y - Dxy = C
Atraves das deducoes relacionadas aos polinomios de Taylor, chegamos na equacao do
descriminante:
Δ = A.B − C2
Dessa forma, temos as hipoteses:
-Se Δ < 0 - teremos um ponto de sela.
-Se Δ > 0 - teremos um ponto de maximo se Dx (primeira derivada parcial de X)< 0
-Se Δ > 0 - teremos um ponto de mınimo se Dx (primeira derivda parcial de X)> 0
Por exemplo na funcao f [x , y ] = (x2 − 2y2) e1−x2−y2 podemos identificar 2 pontos de
maximo,2 de mınimo e um ponto de sela, pois, fazendo as derivadas pelo mathematica:In[32]:= D@f@x, yD, xD
Out[32]= 2 ã1-x2-y2 x - 2 ã1-x
2-y2 x Ix2 - 2 y2M
(ou seja, a deriva da funcao f[x,y] em relacao a x)
In[34]:= D@f@x, yD, yD
Out[34]= -4 ã1-x2-y2 y - 2 ã1-x
2-y2 y Ix2 - 2 y2M
(ou seja, a deriva da funcao f[x,y] em relacao a y)
In[35]:= D@D@f@x, yD, xD, xD
Out[35]= 2 ã1-x2-y2- 8 ã1-x
2-y2 x2 - 2 ã1-x
2-y2 Ix2 - 2 y2M + 4 ã1-x
2-y2 x2 Ix2 - 2 y2M
(ou seja, a derivada da derivada (derivada segunda) da funcao f[x,y] em relacao a x (A))
In[36]:= D@D@f@x, yD, yD, yD
Out[36]= -4 ã1-x2-y2+ 16 ã1-x
2-y2 y2 - 2 ã1-x
2-y2 Ix2 - 2 y2M + 4 ã1-x
2-y2 y2 Ix2 - 2 y2M
(ou seja, a derivada da derivada (derivada segunda) da funcao f[x,y] em relacao a y (B))
15
In[37]:= D@D@f@x, yD, xD, yD
Out[37]= 4 ã1-x2-y2 x y + 4 ã1-x
2-y2 x y Ix2 - 2 y2M
(ou seja, a derivada em relacao a y da derivada em relacao a x da funcao f[x,y] (C))
Resolvendo A e B iguais a zero, encontramos os pontos crıticos:
P1(0, 1);P2(0,−1);P3(0, 0);P4(−1, 0);P5(1, 0)
Calculando o discriminante e a equacao A nos pontos obtidos, temos que:
Δ(−1, 0) > 0 ; A(−1, 0) > 0
(ponto de mınimo)
Δ(1, 0) > 0 ; A(1, 0) > 0
(ponto de mınimo)
Δ(0, 1) > 0 ; A(0, 1) < 0
(ponto de maximo)
Δ(0,−1) > 0 ; A(0,−1) < 0
(ponto de maximo)
Δ(0, 0) = 0
(o teste falha)
Isso pode ser visualizado no grafico da funcao:
16
In[38]:= Plot3DBf@x, yD, :x,-5
2,5
2>, :y,
-5
2,5
2>F
Out[38]=
-2
0
2
-2
0
2
-2
-1
0
1
5.1 Exercıcio Resolvido
1. Determine e classifique os pontos crıticos de f [x , y ] = 3x− x3 − 3xy2
Solucao: Esta funcao e um polinomio, e assim suas derivadas parciais existem e sao
contınuas em qualquer ponto. Igualando a zero suas derivadas parciais primeiras (para
localizar os pontos crıticos de f), obtem-se
fx(x, y) = 3− 3x2 − 3y2 = 0, fy(x, y) = −6xy = 0
A segunda destas equacoes implica que ou x ou y deve ser zero; entao, a primeira equacao
implica que a outra variavel deve ser +/-(1). Ha, pois, quatro pontos crıticos:
P1(0, 1), P2(−1, 0), P3(0, 1)eP4(0,−1).
A = fxx = −6x, B = fyy = −6x, C = fxy = −6y.
Logo,
Δ = 36(
x2 − y2)
em cada um dos pontos crıticos.
Δ(0, 1) > 0 ; A(0, 1) < 0 (maximo local)
17
D(−1, 0) > 0;A(−1, 0) > 0 (mınimo local)
D(0, 1) < 0;A(0, 1) = 0 (nao e um extremo)
Δ(0,−1) < 0 ; A(0,−1) = 0 (nao e um extremo)
Isso pode ser visualizado no grafico:
a = Plot3D[f [x, y], {x,−2, 2}, {y,−2, 2}]
-2-1
01
2
-2 -1 0 1 2
-10
-5
0
5
10
Para termos uma melhor visao dos pontos, plocamos planos em cadaponto (maximo,
mınimo e sela):In[42]:= b = Plot3D@2, 8x, 1 � 2, 3 � 2<, 8y, -1 � 2, 1 � 2<D
Out[42]=
0.5
1.0
1.5-0.5
0.0
0.5
0
1
2
3
4
18
In[43]:= c = Plot3D@-2, 8x, -1 � 2, -3 � 2<, 8y, -1 � 2, 1 � 2<D
Out[43]=
-1.5
-1.0
-0.5-0.5
0.0
0.5
-4
-3
-2
-1
0
In[44]:= d = Plot3D@0, 8x, -1 � 2, 1 � 2<, 8y, -1 � 2, 1 � 2<D
Out[44]=
-0.5
0.0
0.5-0.5
0.0
0.5
-1.0
-0.5
0.0
0.5
1.0
In[48]:= Show@b, a, c, dD
19
-2-1012
-2
-1
0
1
2
-10
-5
0
5
10
BIBLIOGRAFIA
LANG,Sarge. Calculo I. Formula de Taylor, Cap 14. Ed.Ltc,1977.
EDWARDS, Henry C;PENNEY,David E. Calculo com geometria analıtica,Cap 14.10
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