pontifÍcia universidade catÓlica do paranÁ...

21
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA POLITÉCNICA CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO ANDRÉ LUIZ LUPPI GIACOMO JAREMIUK PASCHOAL GUILHERME FELIPE DA SILVA ENROLADOR DE MANGUEIRA AUTOMATIZADO CURITIBA 17/06/2013

Upload: ngotuyen

Post on 03-Dec-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA POLITÉCNICA

CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

ANDRÉ LUIZ LUPPI

GIACOMO JAREMIUK PASCHOAL

GUILHERME FELIPE DA SILVA

ENROLADOR DE MANGUEIRA AUTOMATIZADO

CURITIBA

17/06/2013

ANDRÉ LUIZ LUPPI

GIACOMO JAREMIUK PASCHOAL

GUILHERME FELIPE DA SILVA

ENROLADOR DE MANGUEIRA AUTOMATIZADO

Projeto apresentado como

requisito para o programa de

Aprendizagem em RPE, do Curso de Engenharia de Computação da

Pontifícia Universidade Católica do Paraná, sob a Orientação do

professor Afonso Ferreira Miguel.

CURITIBA

17/06/2013

INDICE DAS FIGURAS

Fig.1 – Desenho do suporte (SolidWorks)........................................................8

Fig.2 – Suporte.................................................................................................8

Fig.3 – Base de madeira...................................................................................9

Fig.4 – Embreagem magnética desmontada....................................................9

Fig.5 – Eixo fixado no platô..............................................................................10

Fig.6 – Mancais................................................................................................10

Fig.7 – Suporte Montado.................................................................................11

Fig.8 – Motor DC.............................................................................................11

Fig.9 – Polia do motor.....................................................................................12

Fig.10 – Estrutura pra guiar a mangueira........................................................12

Fig.11 – Sensor indutivo..................................................................................14

Fig.12 – Circuito montado para testes............................................................15

Fig.13 – Placa do circuito................................................................................15

Fig.14 – Enrolador de Mangueira....................................................................16

Fig.15 – Enrolador de Mangueira após pintura e acabamento........................17

Fig.16 – Fluxograma comportamental.............................................................18

1. INTRODUÇÃO

Algo muito irritante quando se está trabalhando com mangueiras de jardim, é

ter que enrola-las após o uso. Geralmente a mangueira está molhada e às vezes até

suja, sem contar a dificuldade em enrola-la sem torcê-la.

Como solução para essa dificuldade, existe no mercado enroladores manuais,

em que é usada uma manivela para girar uma bobina em que a mangueira fica

enrolada. Porém, este dispositivo exige que o usuário precise fazer força para girar tal

bobina, o que pode ser um trabalho árduo se a mangueira for grande e/ou estiver

cheia d’água.

Visando maior comodidade na hora de enrolar mangueiras de jardim, foi

desenvolvido um enrolador de mangueiras automatizado, de forma que o esforço feito

pelo usuário para enrolar a mangueira se reduza a um simples acionamento através

de um botão.

2. OBJETIVOS

2.1 GERAL

Desenvolver um projeto cuja a principal finalidade é controlar um

movimento mecânico.

2.2 ESPECÍFICOS

- enrolar uma mangueira de quintal de uma forma mais eficaz e rápida, através

de um motor elétrico.

- Acionar o motor através de um controle de radio frequência fixado na

extremidade da mangueira.

- Desligar o motor através de um sensor indutivo.

- Possibilitar o desenrolamento da mangueira de forma manual.

3. MATERIAIS UTILIZADOS

- Arduino MEGA

- 2 Reles 5V

- Receptor RF

- Controle de portão elétrico

- Placa de fibra de vidro 20x12 cm

- Embreagem magnética

- Sensor indutivo

- 3 resistores de 10k ohms

- madeira MDF

- Polia de alumínio 90mm

- correia tipo A

- Spray laranja e preto

- Mangueira

- 2 roldanas de plástico

- Motor DC

- Caixa metálica preta

- Suporte de metal

- Carretel de metal

- Fonte ATX

- Engate rápido para mangueira

- Cola para madeira

- 2 mancais para fixar o carretel

- Chave alavanca 2 posições

4. HISTÓRIA DO PROJETO

Como o objetivo geral do projeto era controlar um movimento mecânico,

procurou-se algo que fosse útil no cotidiano das pessoas. Após o grupo discutir

algumas ideias, o integrante Guilherme comentou que havia lavado sua calçada, e

teve certa dificuldade em enrolar e guardar a mangueira utilizada, então sugeriu fazer

um enrolador automatizado que fosse controlado por um controle fixado na

extremidade da mangueira, para evitar de ter que caminhar até o enrolador para

aciona-lo.

A ideia foi bem aceita pelo grupo, visto que não parecia ser algo tão complexo

de fazer. Após isso, pesquisou-se o estado da arte, e concluiu-se que nenhum dos

enroladores disponíveis do mercado possuía o acionamento por controle. Tal fato

motivou ainda mais a realização do projeto.

Após discutir-se sobre as ideias vinculadas ao enrolador, organizou-se um

plano de trabalho que foi entregue ao Professor Afonso Miguel, que seria o nosso

orientador de projeto.

4.1 MECÂNICA

Para a construção do enrolador automatizado, seria preciso um carretel onde

seria enrolado a mangueira, e um suporte para sustentar o carretel. Usou-se então o

Software SolidWorks para desenhar a estrutura e ter uma base de como ficaria o

projeto.

Fig. 1 – Desenho do suporte (SolidWorks)

Inicialmente pensou-se em fazer a estrutura de madeira, mas abandonou-se a

ideia pois um dos integrantes tinha como parente um torneiro mecânico, que poderia

ajudar na confecção da estrutura. Como o material seria metálico, foi utilizado a menor

quantidade de material possível, pois se não o suporte ficaria muito pesado. O suporte

pode ser visto na figura abaixo.

Fig. 2 - Suporte

Para a base do suporte, foi utilizado madeira MDF, como mostra a figura 3.

Fig.3 – Base de madeira

Após decidir o design do enrolador, começou-se a pensar no seu

funcionamento e em eventuais dificuldades. Apesar de pensarmos que o projeto não

seria complexo, uma das especificações citadas no plano de trabalho, em que o

enrolador funcionaria com o motor apenas para enrolar a mangueira, de forma que o

desenrolar seria manualmente, exigiu muita pesquisa. A princípio, o projeto funcionaria

com engrenagens, e teria uma alavanca de “trava e destrava” para desacoplar o

motor, e o carretel poder girar livremente. Então um dos integrantes teve a ideia de

usar o sistema de marchas de uma bicicleta e uma catraca, porém foi abandonada,

pois seria difícil sua utilização. Pensamos então na possibilidade de utilizar uma

embreagem de moto, e pesquisando sobre o assunto, descobriu-se uma embreagem

magnética que é usada no ar-condicionado dos automóveis. Essa embreagem possuí

uma polia, e dentro dela há uma bobina, que quando não magnetizada, a polia gira

livremente. A embreagem desmontada pode ser vista na figura 4.

Fig. 4 – Embreagem magnética desmontada

Então, o eixo do carretel foi fixado no platô da embreagem.

Fig. 5 – Eixo fixado no platô

Para a fixação do carretel no suporte, foram utilizados mancais, com buchas de

bronze no interior para funcionar como rolamento, como mostra na figura abaixo.

Fig. 6 - Mancais

O Suporte com o carretel e a embreagem devidamente montados pode ser

observado na figura abaixo.

Fig. 7 – Suporte montado

Para enrolar a mangueira, precisávamos de um motor que aguentasse puxar a

mangueira. Inicialmente pensou-se na utilização do motor usado no limpador de para-

brisas dos automóveis ou do motor usado em vidros elétricos dos mesmos. Porém, um

colega de turma, que não fazia parte do grupo do projeto, comentou que tinha um

motor DC em sua casa, e poderia emprestar. O motor seria mais que suficiente para

enrolar a mangueira, visto que era usado em rodas de trem, e possuía uma caixa de

redução, gerando bastante torque.

Fig.8 - Motor DC

Porém, teria que funcionar em conjunto com a embreagem mecânica. Como a

embreagem possuía uma polia, fixou-se no eixo do motor outra polia, de modo que

uma correia interligasse os dois sistemas.

Fig.9 - Polia do motor

Quando o motor funcionasse em conjunto com a embreagem, o carretel iria

enrolar a mangueira, mas não havíamos pensado em nenhum guia para auxiliar no

enrolamento. Construímos então uma estrutura separa de madeira, que possuía duas

roldanas de plástico para auxiliar a mangueira, e depois fixamos a estrutura no suporte

metálico, como mostra a figura abaixo.

Fig. 10 – Estrutura pra guiar a mangueira

4.2 HARDWARE

Ao pensar no funcionamento do projeto, viu-se a necessidade da utilização de

um microcontrolador, que por facilidade de uso foi escolhido o arduino. O arduino seria

a peça principal que controlaria tudo. Porém, como o motor e a embreagem magnética

a serem utilizados no projeto precisavam de uma tensão e corrente maiores do que

eram fornecidas pelo arduino, houve a necessidade da utilização de uma fonte ATX, e

de adaptar um rele ao sistema. Esse rele, seria ligado ao arduino, e controlaria tanto o

motor quanto a embreagem magnética.

Após decidido isso, pensamos em que modo enviaríamos o comando por

controle para o arduino. Inicialmente escolhemos por infravermelho, pois era algo

barato e de fácil adaptação para o arduino. Após realizados testes com um receptor

infravermelho e um controle, percebeu-se que o alcance do sinal era fraco, em torno

de 4 metros, e o receptor reconhecia o sinal apenas quando o controle estivesse

apontado diretamente para ele e sem obstáculos. Buscamos outras possibilidades, e a

mais viável foi por radiofrequência. Esse sistema é usado principalmente em portões

elétricos e alarmes de carro, tendo um alcance muito maior que infravermelho.

Portanto, o sinal seria enviado para o receptor RF por um controle de portão, o

receptor por sua vez mandaria o sinal para o arduino, que acionaria o motor e a

embreagem através do rele.

Feito isso, precisávamos de algo para desligar o motor quando a mangueira

enrolasse por completo. A principio pensamos em um botão de fim de curso, que

quando a mangueira apertasse, enviaria um sinal para o arduino, e o mesmo

desligaria o sistema. Porém, após algumas pesquisas, optou-se por um sensor

indutivo, que envia um sinal ao detectar objetos metálicos. Então, colocou-se um anel

metálico em uma das extremidades da mangueira, e quando o sensor detectasse o

anel, enviaria o sinal para o arduino, que desligaria tudo.

Fig.11 – Sensor indutivo

Para o arduino controlar todos esses comandos, desenvolveu-se um código

que tornaria possível a realização de todas as tarefas do sistema, mostrado abaixo.

int receptor = 11;

int receptor2 = 10;

int indutor = 12;

void setup(){

Serial.begin(9600);

Serial.println("Iniciado");

pinMode (7, OUTPUT);

pinMode (12 , INPUT);

pinMode (11, INPUT);

pinMode (10, INPUT);

pinMode (5, OUTPUT);

}

void loop(){

if (digitalRead(receptor) == HIGH){

Serial.println("Definindo porta 7 como HIGH");

digitalWrite(7, HIGH);

digitalWrite(5, HIGH);

}

if ((digitalRead(indutor) == HIGH) || (digitalRead(receptor2) == HIGH) ){

Serial.println("Definindo porta 7 como LOW");

digitalWrite(7,LOW);

digitalWrite(5, LOW);

}

}

Após o desenvolvimento do código, foram realizados testes juntamente com o

sensor indutivo, motor e a embreagem.

Fig. 12 – Circuito montado para testes

Como precisava-se de agrupar todos juntos no suporte, foi desenvolvida uma

placa de circuito, mostrado na figura abaixo.

Fig. 13 – Placa do circuito

5. DESCRIÇÃO GERAL

O Enrolador de Mangueira é constituído de um suporte metálico de

aproximadamente 45 cm de altura. A base desse suporte é feita de madeira. O carretel

onde a mangueira é enrolada está fixado no topo do suporte, com a ajuda de 2

mancais. No eixo do carretel, está fixada a embreagem magnética, que é conectada à

polia do motor através de uma correia.

Ainda no suporte, na parte da frente, está posicionado duas roldanas, de modo

a auxiliar no enrolamento da mangueira. Entre as duas roldanas encontra-se o sensor

indutivo para realizar o desligamento do sistema.

Na base do suporte, encontra-se uma caixa metálica, com todo o circuito do

projeto.

Fig. 14 – Enrolador de Mangueira

Fig.15 – Enrolador de Mangueira após pintura e acabamento

5.1 FUNCIONAMENTO

O sistema funcionará da seguinte maneira: No estado inicial o motor não estará

ligado ao carretel, de forma que este possa girar livremente, assim, o usuário

desenrolará a mangueira para o uso normalmente. Após o uso da mangueira, o

usuário pressiona o botão do controle localizado na ponta da mangueira, esse controle

envia um sinal para o modulo de comunicação sem fio (receptor de radiofrequência),

que por sua vez envia o comando para a plataforma Arduino, fazendo com que o

mesmo ative o motor e a embreagem magnética, girando o carretel e enrolando a

mangueira.

Por fim, quando o sensor indutivo detecta o anel metálico fixado na

extremidade da mangueira, este envia um sinal à plataforma Arduino solicitando o

desligamento do motor e da embreagem, de modo que o carretel possa girar

livremente. Como medida de segurança e maior praticidade, o motor também pode ser

desligado pelo controle, pressionando-se o segundo botão. Tal comportamento pode

ser verificado no fluxograma a seguir:

Fig.16 – Fluxograma comportamental

Aguarda acionamento

do botão

Aguarda utilizaçãoda mangueira

Envia sinal para módulo de

comunicação sem fio

Módulo de comunicação sem fio direciona sinal

para o Arduino

Arduino ativa o motor

Motor gira a bobina

Bobina começa a enrolar a

mangueira

O sensor detecta a chegada da ponta

da mangueira e envia um sinal ao

Arduino

Arduino desliga o motor e embreagem

Caso o usuário queira que a mangueira seja enrolada por completo, deve

apenas aguardar, caso contrário, deverá pressionar o botão para parar

Acionamento via chave liga/desliga

Desligamento da chave liga/desliga

5.2 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Tensão – 127 V

Corrente – 2,4 A

Velocidade de enrolamento – 0,49 m/s

6. PROBLEMAS ENCONTRADOS

Problemas encontrados Soluções

1° - Sistema para o carretel girar

independente do motor na hora de

desenrolar a mangueira.

Foi utilizado a embreagem

magnética do ar condicionado de

automóvel.

2° - Inicialmente foi usado

comando infravermelho, mas o

alcance era muito curto e falho.

Foi utilizado um receptor de

radiofrequência e um controle de

portão elétrico.

3° - Reles que eram controlados

pelo arduino não paravam de abrir

e fechar o circuito.

Foi colocado resistores pull-down

de 10k entre o sinal do receptor e o

arduino, e entre o sensor indutivo e

o arduino, de modo a garantir 0

(zero) quando não utilizados.

4° - Como desligar o motor ao

terminar de enrolar a mangueira.

Foi utilizado um sensor indutivo,

que quando detectasse um anel

metálico fixado na mangueira,

enviaria um sinal para o arduino, e

o mesmo desligaria o motor.

5° - Não deixar a mangueira

enrolar com nós.

Foi colocado duas roldanas na

parte da frente do suporte, para

guiar a mangueira e desfazer os

nós, caso existissem.

6° - Onde fixar o sensor indutivo

para que o mesmo detectasse o

anel metálico na extremidade da

mangueira.

Foi fixado entre as roldanas de

modo que a mangueira sempre

estivesse próxima do sensor.

7° - Ao ligar a fonte na tomada, o

motor funcionava por 2 segundos

antes de ser controlado pelo

Arduino, pois os reles que onde

estão ligados tanto a embreagem

quanto o motor, iniciam-se com o

circuito fechado.

O motor foi ligado a uma chave

alavanca, assim, ao ligar a fonte na

tomada, é preciso primeiro mudar a

posição da chave para o motor

funcionar.

7. CONCLUSÃO

Concluiu-se que para a realização de um projeto é preciso muita organização e

planejamento. A pesquisa é a parte mais importante e extensa de um projeto,

pois é através dela que pode se prever eventuais dificuldades e prevenir

possíveis erros na etapa de implementação.

O Projeto Enrolador de Mangueira foi de grande ajuda na aprendizagem dos

integrantes, trazendo conhecimentos na área de eletrônica e mecânica, e

também através dele, aplicou-se teorias aprendidas em sala.