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PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A. Sociedade Aberta Sede: Península da Mitrena, Freguesia do Sado, Setúbal Capital Social: 435.000.000 Euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Setúbal sob o nº 05888/200001204 Pessoa Colectiva nº 503.025.798 (Entidade Emitente) AUMENTO DE CAPITAL ATRAVÉS DA EMISSÃO DE 332.500.000 ACÇÕES, ESCRITURAIS E NOMINATIVAS, COM O VALOR NOMINAL DE 1 EURO CADA, COM SUBSCRIÇÃO RESERVADA A ACCIONISTAS NO EXERCÍCIO DO DIREITO DE PREFERÊNCIA E AS ACÇÕES EVENTUALMENTE NÃO SUBSCRITAS PELOS ACCIONISTAS OFERECIDAS AO PÚBLICO EM GERAL ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO AO MERCADO DE COTAÇÕES OFICIAIS DA BVLP DE 147.217.231 ACÇÕES ORDINÁRIAS, ESCRITURAIS E NOMINATIVAS, DE VALOR NOMINAL DE 1 EURO CADA, REPRESENTATIVAS DE UMA PARCELA DO CAPITAL SOCIAL DA PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A. PROSPECTO DE OFERTA PÚBLICA DE SUBSCRIÇÃO E DE ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO ORGANIZAÇÃO E MONTAGEM SETEMBRO DE 2001

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PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Sociedade AbertaSede: Península da Mitrena, Freguesia do Sado, Setúbal

Capital Social: 435.000.000 EurosMatriculada na Conservatória do Registo Comercial de Setúbal sob o nº 05888/200001204

Pessoa Colectiva nº 503.025.798(Entidade Emitente)

AUMENTO DE CAPITALATRAVÉS DA EMISSÃO DE 332.500.000 ACÇÕES, ESCRITURAIS ENOMINATIVAS, COM O VALOR NOMINAL DE 1 EURO CADA, COM

SUBSCRIÇÃO RESERVADA A ACCIONISTAS NO EXERCÍCIO DO DIREITO DEPREFERÊNCIA

E AS ACÇÕES EVENTUALMENTE NÃO SUBSCRITAS PELOS ACCIONISTASOFERECIDAS AO PÚBLICO EM GERAL

ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃOAO MERCADO DE COTAÇÕES OFICIAIS DA BVLP DE 147.217.231ACÇÕES ORDINÁRIAS, ESCRITURAIS E NOMINATIVAS, DE VALOR

NOMINAL DE 1 EURO CADA, REPRESENTATIVASDE UMA PARCELA DO CAPITAL SOCIAL DA

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

PROSPECTO DE OFERTA PÚBLICA DE SUBSCRIÇÃOE DE

ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO

ORGANIZAÇÃO E MONTAGEM

SETEMBRO DE 2001

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ÍNDICE

0 - ADVERTÊNCIAS / INTRODUÇÃO ..............................................................................................6

0.1 RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DA OPERAÇÃO .............................................................................60.2 FACTORES DE RISCO .......................................................................................................................70.3 ADVERTÊNCIAS COMPLEMENTARES ...............................................................................................90.4 EFEITOS DO REGISTO ......................................................................................................................9

1 - RESPONSÁVEIS PELA INFORMAÇÃO ...................................................................................11

2 – DESCRIÇÃO DA OFERTA..........................................................................................................13

2.1 MONTANTE E NATUREZA ..............................................................................................................132.2 PREÇO DAS ACÇÕES E MODO DE REALIZAÇÃO...............................................................................132.3 CATEGORIA E FORMA DE REPRESENTAÇÃO...................................................................................132.4 MODALIDADE DA OFERTA ............................................................................................................132.5 ORGANIZAÇÃO E LIDERANÇA .......................................................................................................142.6 DELIBERAÇÕES, AUTORIZAÇÕES E APROVAÇÕES DA OFERTA .......................................................152.7 FINALIDADE DA OFERTA...............................................................................................................152.8 PERÍODO E LOCAIS DE ACEITAÇÃO................................................................................................15

2.8.1 Boletins de transmissão de ordens de subscrição do público em geral ...............................152.8.2 Transmissão de ordens de subscrição do público em geral para a bolsa............................16

2.9 RESULTADO DA OFERTA ...............................................................................................................162.10 DIREITOS DE PREFERÊNCIA .........................................................................................................162.11 DIREITOS ATRIBUÍDOS ................................................................................................................16

2.11.1 Direito à informação..........................................................................................................172.11.2 Direito a participação nos lucros ......................................................................................172.11.3 Direito de participação na Assembleia Geral....................................................................182.11.4 Direito de voto em Assembleia Geral ................................................................................182.11.5 Dissolução..........................................................................................................................18

2.12 DIVIDENDOS E OUTRAS REMUNERAÇÕES ....................................................................................182.13 SERVIÇO FINANCEIRO .................................................................................................................182.14 REGIME FISCAL...........................................................................................................................18

2.14.1 Rendimento das acções (dividendos) .................................................................................192.14.2 Ganhos Realizados na Venda de Acções (Mais-Valias).....................................................20

2.15 REGIME DE TRANSMISSÃO ..........................................................................................................212.16 MONTANTE LÍQUIDO DA OFERTA ................................................................................................212.17 TÍTULOS DEFINITIVOS.................................................................................................................212.18 ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO .........................................................................................................212.19 CONTRATOS DE FOMENTO ..........................................................................................................212.20 VALORES MOBILIÁRIOS ADMITIDOS À NEGOCIAÇÃO...................................................................222.21 OFERTAS PÚBLICAS RELATIVAS A VALORES MOBILIÁRIOS..........................................................222.22 OUTRAS OFERTAS ......................................................................................................................22

3 - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO EMITENTE..................................................24

3.1 INFORMAÇÕES RELATIVAS À ADMINISTRAÇÃO E À FISCALIZAÇÃO ..............................................243.1.1 Composição..........................................................................................................................243.1.2 Remunerações ......................................................................................................................303.1.3 Relações Económicas e Financeiras com o Emitente ..........................................................30

3.2 ESQUEMAS DE PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES ..................................................................313.3 CONSTITUIÇÃO E OBJECTO SOCIAL...............................................................................................313.4 LEGISLAÇÃO QUE REGULA A ACTIVIDADE DO EMITENTE.............................................................313.5 INFORMAÇÕES RELATIVAS AO CAPITAL .......................................................................................313.6 POLÍTICA DE DIVIDENDOS ............................................................................................................333.7 PARTICIPAÇÕES NO CAPITAL ........................................................................................................343.8 ACORDOS PARASSOCIAIS..............................................................................................................343.9 ACÇÕES PRÓPRIAS........................................................................................................................343.10 REPRESENTANTE PARA AS RELAÇÕES COM O MERCADO ............................................................343.11 SÍTIO NA INTERNET.....................................................................................................................353.12 SECRETÁRIO DA SOCIEDADE.......................................................................................................35

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4 - INFORMAÇÕES RELATIVAS À ACTIVIDADE DA ENTIDADE EMITENTE...................36

4.1 ACTIVIDADES E MERCADOS .........................................................................................................364.1.1 Breve Historial.....................................................................................................................364.1.2 Síntese das Actividades Desenvolvidas ................................................................................394.1.3 Produtos...............................................................................................................................414.1.4 Mercados e posicionamento da Portucel .............................................................................41

4.1.4.1 Pasta de papel............................................................................................................................... 414.1.4.2 Papel............................................................................................................................................. 444.1.4.3 Preços........................................................................................................................................... 45

4.1.5 Produção e Vendas da Portucel...........................................................................................464.1.5.1 Actividade Produtiva.................................................................................................................... 464.1.5.2 Evolução das Vendas ................................................................................................................... 52

4.1.6 Abastecimento de madeira ...................................................................................................574.1.6.1 Breve caracterização da floresta nacional..................................................................................... 574.1.6.2 Caracterização da floresta da Portucel.......................................................................................... 58

4.1.7 Posição competitiva da Portucel .........................................................................................604.2 ESTABELECIMENTOS PRINCIPAIS E PATRIMÓNIO IMOBILIÁRIO .....................................................62

4.2.1 Centro Fabril de Setúbal......................................................................................................624.2.2 Centro Fabril de Cacia ........................................................................................................654.2.3 Centro Fabril de Lavos ........................................................................................................674.2.4 Portucel Florestal ................................................................................................................74

4.3 PESSOAL.......................................................................................................................................744.3.1 Quadro de Pessoal da Portucel ...........................................................................................744.3.2 Fundo de Pensões ................................................................................................................76

4.4 ACONTECIMENTOS EXCEPCIONAIS ..............................................................................................774.5 DEPENDÊNCIAS SIGNIFICATIVAS ..................................................................................................774.6 POLÍTICA DE INVESTIGAÇÃO.........................................................................................................784.7 PROCEDIMENTOS JUDICIAIS OU ARBITRAIS ..................................................................................794.8 INTERRUPÇÕES DE ACTIVIDADES .................................................................................................794.9 POLÍTICA DE INVESTIMENTOS.......................................................................................................79

4.9.1 Investimentos Financeiros ...................................................................................................794.9.2 Investimentos em Imobilizado Corpóreo..............................................................................804.9.3 Projectos de Investimento ....................................................................................................82

5 - PATRIMÓNIO, SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADO DO EMITENTE....................84

5.1 BALANÇOS E CONTAS DE RESULTADOS........................................................................................845.1.1 Demonstrações Financeiras Individuais da Portucel ..........................................................845.1.2 Demonstrações Financeiras Consolidadas da Portucel – Empresa Produtora de Pasta ePapel, S.A....................................................................................................................................1345.1.3 Revisão de Contas..............................................................................................................186

5.1.3.1 Certificação Legal das Contas Individuais ................................................................................. 1865.1.3.2 Certificação Legal das Contas Consolidadas.............................................................................. 192

5.2 COTAÇÕES..................................................................................................................................1985.3 DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA....................................................................................1995.4 INFORMAÇÃO SOBRE AS PARTICIPADAS......................................................................................2015.5 INFORMAÇÃO SOBRE OS PARTICIPANTES ....................................................................................2055.6 DIAGRAMA DE RELAÇÕES DE PARTICIPAÇÃO .............................................................................2075.7 RESPONSABILIDADES..................................................................................................................208

6 - PERSPECTIVAS FUTURAS.......................................................................................................209

7 - RELATÓRIOS DE AUDITORIA................................................................................................211

7.1 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS............................................................................2117.2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS.......................................................................219

8 - ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA, ECONÓMICA E FINANCEIRA .........................227

9 - OUTRAS INFORMAÇÕES.........................................................................................................228

10 - CONTRATOS DE FOMENTO…………………………………………………..………...…..229

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DEFINIÇÕES

Salvo estipulação em contrário, os termos utilizados neste Prospecto têm o seguintesignificado (por ordem alfabética):

“Acções” As acções representativas do capital social daPortucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel,S.A.

“BCP Investimento” BCP Investimento - Banco ComercialPortuguês de Investimento, S.A.

“BEKP” Pasta branqueada de eucalipto pelo processoKraft

“BHKP” Pasta branqueada de madeira de fibras curtaspelo processo Kraft

“Big sheets“ Formatos vocacionados para a indústria gráfica(offset)

“BPI” Banco Português de Investimento, S.A.

“BSKP” Pasta branqueada de madeira de fibras longaspelo processo Kraft

“BVLP” Bolsa de Valores de Lisboa e Porto

“Caixa-BI” Caixa – Banco de Investimento, S.A.

“CELPA” Associação da Indústria Papeleira Portuguesa

“CEPI” Confederação Europeia da Indústria Papeleira

“CMVM” Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

“Cod. VM” Código dos Valores Mobiliários

“Consórcio” O consórcio mandatado para a assistência,organização e execução da presente emissão,composto pelo BPI, BCP Investimento e Caixa-BI

“Cut size” Formatos A4 e A3, isto é, papéis vocacionadospara a utilização em escritórios.

“CWF” Papel de impressão e escrita revestido do tipoWoodfree

“ECF” Pasta produzida sem recorrer à utilização decloro elementar

“EMGE” EMGE&Co, Ltd, empresa consultora daindústria de pasta e papel

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“NBSK” Pasta de madeira de fibras longas branqueadapelo processo Kraft, oriunda dos paísesnórdicos

“Oferta” ou “OPS” A presente oferta pública de subscrição

“Papéis Inapa” Papéis Inapa, S.A., sociedade entretanto extintae objecto de fusão com a Portucel

“PARCOM” Convenção de Oslo e Paris para a Prevenção daPoluição Marítima

“Portucel” ou “Emitente” ou“Oferente” ou Empresa Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel,

S.A., anteriormente designada por PortucelIndustrial – Empresa Produtora de Celulose,S.A.

“Soporcel” Sociedade Portuguesa de Papel, S.A.

“UKP” Pasta crua pelo processo Kraft

“UWF” Papel de impressão e escrita não revestido dotipo Woodfree

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0 - ADVERTÊNCIAS / INTRODUÇÃO

0.1 Resumo das características da operação

O capital social da Portucel será aumentado de 435.000.000 euros para 767.500.000 eurosatravés de uma Oferta Pública de Subscrição de 332.500.000 acções, escriturais enominativas, com o valor nominal de 1 euro, das quais 152.873.552 acções ordinárias e179.626.448 acções de categoria A.

As acções serão oferecidas à subscrição ao valor nominal, ou seja, ao preço de 1 euro cada.

As acções serão oferecidas directamente à subscrição pelos accionistas no exercício dosrespectivos direitos de preferência.

O actual capital social da Portucel está representado por 435.000.000 de acções com aseguinte distinção:

- 192.600.000 de acções ordinárias privatizadas e admitidas à negociação- 7.400.000 de acções ordinárias não privatizadas e não admitidas à negociação- 235.000.000 de acções categoria A e não admitidas à negociação

O número de novas acções a subscrever de cada um destes tipos, conforme foi deliberado,resulta do seguinte:

- Acções ordinárias privatizadas: aplicação do factor 0,764607943 ao número dedireitos de subscrição de acções ordinárias privatizadas, detidos no momento dasubscrição, com arredondamento por defeito. Este factor foi calculado tendo em conta as60.500 acções próprias.

- Acções ordinárias não privatizadas: aplicação do factor 0,764367703 ao número dedireitos de subscrição de acções ordinárias não privatizadas, detidos no momento dasubscrição, com arredondamento por defeito.

- Acções de categoria A: aplicação do factor 0,764367864 ao número de direitos desubscrição de acções de categoria A, detidos no momento da subscrição, comarredondamento por defeito.

A Papercel, accionista maioritário da Portucel e titular da totalidade das acções de categoriaA e das acções ordinárias não privatizadas, comprometeu-se a exercer a totalidade dosdireitos de preferência associados às suas acções.

As acções ordinárias inicialmente não subscritas serão objecto de rateio pelos detentores dedireitos de subscrição de acções da mesma categoria que tenham manifestado intenção desubscrever um número de acções superior àquele a que teriam proporcionalmente direito, naproporção do número dos respectivos direitos exercidos dessa mesma categoria, comarredondamento por defeito.

Uma vez satisfeitos os pedidos de subscrição dos accionistas e respectivos pedidos desubscrição adicional, as acções eventualmente remanescentes serão oferecidas à subscriçãopelo público em geral.

Se a procura pelo público em geral exceder o número de acções disponíveis proceder-se-á arateio entre as ordens do público em geral. O rateio far-se-á proporcionalmente ao número deacções pedido, com arredondamento por defeito. As acções que venham a remanescer emresultado do processo de arredondamento serão atribuídas por sorteio, a efectuar entre todasas ordens do público em geral que foram sujeitas a rateio.

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A Papercel assumiu ainda o compromisso de subscrever a totalidade das acções ordináriasque não venham a ser subscritas pelos accionistas, nem pelo público em geral, pelo que ficagarantida a subscrição completa do aumento de capital.

Até ao final do período de subscrição, será solicitada a admissão à negociação no Mercado deCotações Oficiais da Bolsa de Valores de Lisboa e Porto de 147.217.231 acções ordináriasprivatizadas a emitir (conforme acima referidas).

0.2 Factores de risco

Abastecimento de matérias primas

O aprovisionamento de madeiras, nomeadamente de eucalipto, está sujeito a variações depreço e a eventuais dificuldades de abastecimento que poderão ter um impacto significativonos custos de produção das empresas produtoras de BEKP.

A madeira de eucalipto é a principal matéria-prima utilizada pela Empresa na produção depasta de papel, representando quase metade dos seus custos totais de produção e distribuição.A madeira utilizada pela Empresa é oriunda de terrenos por esta controlados, da aquisição aprodutores nacionais e de importações.

Embora a Empresa privilegie a utilização de madeira própria e o estabelecimento de contratosde corte com produtores, o que lhe permite antever um fornecimento adequado das suasnecessidades de matéria-prima lenhosa, não existem garantias de um abastecimentosustentado no futuro.

A plantação de novas áreas de eucaliptal está sujeita a autorização das entidades competentes,pelo que o aumento das áreas florestadas ou a substituição de algumas das actuais áreas nãoestão dependentes dos produtores de celulose.

Em caso de insuficiência da produção nacional, a Empresa terá de aumentar as quantidadesimportadas, o que poderá implicar o aumento do custo médio desta matéria-prima.

Preço de mercado da pasta e do papel

Os preços da pasta e do papel no mercado têm um comportamento marcadamente cíclico,influenciando de forma significativa as receitas da Empresa e a sua rentabilidade.

As variações cíclicas do preço da pasta resultam, essencialmente, de alterações da capacidadede produção instalada a nível mundial, criando desequilíbrios na oferta face à procura nomercado. O preço do papel de impressão e escrita tem acompanhado, historicamente, asvariações do preço da pasta, embora com uma volatilidade menor e com um desfasamentotemporal de alguns meses.

As recentes aquisições da Papéis Inapa e da Soporcel, permitiram que a Portucel deixasse decomercializar exclusivamente pasta de papel para passar a apresentar um mix de vendasconstituído por dois terços de papel e um terço de pasta. O aumento do peso do papel no mixde vendas da Empresa veio contribuir para uma redução da volatilidade das receitas e doscash flows, e consequentemente uma redução dos riscos associados à exploração.

Procura dos produtos da Empresa

Uma eventual diminuição da procura de BEKP e de papel de impressão e escrita nãorevestido nos mercados da União Europeia poderá ter um impacto significativo nas vendas daEmpresa.

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A BEKP enquanto matéria-prima para a produção de papel de impressão e escrita apresentavantagens comparativas face a outros tipos de pastas, o que lhe permite ser competitiva,mesmo com um preço ligeiramente superior. Esta situação pode vir a alterar-se no futuro,nomeadamente através do desenvolvimento de outras pastas com qualidade igual ou superiorà BEKP.

A procura da pasta produzida pela Empresa depende também da evolução da capacidadeinstalada para produção de papel a nível mundial, pois são os produtores de papel osprincipais clientes da Portucel.

A procura de papel de impressão e escrita tem estado, historicamente, relacionada comfactores macro-económicos e com o crescente uso de material de cópia e de impressão. Umaquebra da economia, a nível mundial, poderá provocar um abrandamento ou decréscimo daprocura do papel de impressão e escrita e por essa via afectar o desempenho da Empresa.

As preferências dos consumidores podem ter um impacto na procura global de papel ou decertos tipos em particular. A procura do papel produzido actualmente pela Empresa pode serafectada pelo comportamento dos consumidores, nomeadamente pela utilização de e-mail eoutros meios electrónicos e, ainda, pela eventual preferência por produtos reciclados.

Concorrência

O aumento da concorrência nos mercados da pasta e papel pode ter um impacto significativonos preços e consequentemente na rentabilidade da Empresa.

Os mercados de pasta e papel são altamente competitivos, pelo que a ocorrência de novascapacidades poderá ter um impacto significativo nos preços praticados a nível mundial.

Para além da concorrência dos players do norte da Europa e da América do Norte, produtoresoriundos do hemisfério sul (nomeadamente do Brasil e da Indonésia) com custos de produçãosignificativamente mais baixos têm vindo a ganhar peso no mercado, deteriorando oposicionamento competitivo dos produtores europeus de pasta para mercado.

Estes factores têm obrigado a Empresa a realizar investimentos significativos de modo amanter os seus custos competitivos e a produzir produtos de elevada qualidade, sendo deprever que esta pressão concorrencial se mantenha no futuro.

A Portucel vende a quase totalidade do papel que produz na Europa Ocidental, com grandepredominância dos países da Península Ibérica. A Empresa tem ,actualmente, e em conjuntocom a Soporcel uma quota considerável nos seus principais mercados. O aumento decapacidade resultante da segunda máquina de papel da Soporcel e de eventuais investimentosque a Empresa faça nesta área, poderão significar dificuldades de distribuição acrescidas,inerentes à entrada em novos mercados.

Legislação ambiental

Nos últimos anos, a legislação da U.E. tem vindo a tornar-se mais limitativa no que respeitaao controlo dos efluentes, tendo em conta o impacto ambiental causado pela produção depasta.

A Portucel respeita a legislação actualmente em vigor, tendo para isso realizado investimentosmuito significativos nos últimos anos. Embora não se preveja, num futuro próximo, alteraçõessignificativas à actual legislação, existe a possibilidade da Empresa necessitar de realizar

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investimentos adicionais nesta área, de modo a cumprir com eventuais novos limites quevenham a ser aprovados.

Taxas de câmbio

A variação da taxa de câmbio do euro face a outras moedas, nomeadamente o USD, podeafectar o custos das matérias primas e as receitas da Empresa.

O preço da pasta no mercado mundial é tradicionalmente fixado em USD. Assim, a evoluçãoda cotação do euro face ao USD poderá ter um impacto na competitividade da Empresa nomercado mundial de pasta, já que a maioria dos seus custos se encontram fixados em euros.

A madeira importada pela Empresa vem, predominantemente, da América do Sul pelo que oseu custo está sujeito a variações do euro face às moeda do país de origem.

Necessidade de investimentos significativos em novas aquisições no futuro

A Portucel actua em sectores em que se tem vindo a assistir a processos de consolidação eonde podem surgir oportunidades de crescimento quer orgânico quer pela via de aquisições.Assim, a Empresa poderá vir a necessitar de reforçar os seus capitais próprios, por forma afinanciar, adequadamente, futuros acréscimos de capacidade, para além do aumento de capitalde 332,5 milhões de euros já previsto ocorrer após a 2ª fase de reprivatização (ver ponto 3.5Informações Relativas ao Capital).

Contas do 1º Semestre de 2001

As contas do primeiro semestre de 2001 da Portucel apresentam uma reserva, porlimitação de âmbito, relativa à quantificação do valor de goodwill a apurar nocontexto da operação de aquisição do capital social da Soporcel e, consequentemente,não foi registada nas contas da Empresa a correspondente amortização (ver ponto 7 -Relatórios de Auditoria).

0.3 Advertências complementares

Para além dos aspectos evidenciados no ponto anterior (0.2. Factores de risco), não existemoutras dependências significativas a mencionar para a normal prossecução da actividade daPortucel.

0.4 Efeitos do registo

A presente oferta pública de subscrição foi objecto de registo prévio na CMVM sob o n.º8963.

O n.º 3 do artigo 118º do Código dos Valores Mobiliários estabelece que a concessão doregisto pela CMVM “baseia-se em critérios de legalidade, não envolvendo qualquer garantiaquanto ao conteúdo da informação, à situação económica ou financeira do oferente ou doemitente, à viabilidade da oferta ou à qualidade dos valores mobiliários”.

Sem prejuízo da CMVM ter consentido que no Prospecto e no Anúncio de Lançamento seinclua a menção de que os valores objecto da oferta se destinam a admissão à negociação,nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 234º do Cod.VM, “a decisão de admissão ànegociação não envolve qualquer garantia quanto ao conteúdo da informação, à situaçãoeconómica e financeira do emitente, à viabilidade deste e à qualidade dos valores mobiliáriosemitidos”.

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O BPI, o BCP Investimento e o Caixa-BI são os intermediários financeiros que integram oConsórcio que presta à Portucel os serviços de assistência e organização da presente OPS.Nenhum membro do consórcio toma firme ou garante a sua colocação.

A Papercel assumiu ainda o compromisso de subscrever a totalidade das acções que nãovenham a ser subscritas pelos accionistas, nem pelo público em geral, pelo que fica garantidaa subscrição completa do aumento de capital.

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1 - RESPONSÁVEIS PELA INFORMAÇÃO

A forma e o conteúdo do presente Prospecto obedecem ao preceituado no Código de ValoresMobiliários, ao disposto no Regulamento n.º 10/2000 da CMVM e demais legislaçãoaplicável, sendo as entidades que a seguir se indicam – no âmbito da responsabilidade quelhes é atribuída nos termos do disposto nos artigos 149º e 243º do Código de ValoresMobiliários – responsáveis pela suficiência, veracidade, actualidade, clareza, objectividade elicitude da informação nele contidas à data da sua publicação.

Nos termos do artigo 149º do Cod.VM são responsáveis pelo conteúdo da informaçãocontida no Prospecto:

a) Oferente e Emitente

Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A., sociedade aberta, com sede naPenínsula da Mitrena, Freguesia do Sado em Setúbal, matriculada na Conservatória doRegisto Civil de Setúbal sob o n.º 05888/200001204, com o capital social de435.000.000 euros, na qualidade de entidade oferente e emitente.

b) Titulares do Órgão de Administração da Portucel

Os membros do Conselho de Administração da Entidade Emitente:

Presidente: Dr Jorge Armindo de Carvalho TeixeiraVogais: Eng. Luís Alberto Caldeira Deslandes

Dr Artur Porfírio Silveira de Almeida SoutinhoEng Manuel Maria Pimenta Gil MataDr. Manuel Guilherme Oliveira da Costa

c) Os titulares do órgão de fiscalização e as sociedades de revisores oficiais de contas

À data de aprovação das contas do exercício de 1998, os titulares do órgão defiscalização e a sociedade de revisores oficiais de contas eram:

� Os membros do Conselho Fiscal da Portucel:

Presidente Dr João Jorge Arede Correia NevesVogal Efectivo: Dr Gonçalo Duarte Lourenço CaetanoRevisor Oficial de Contas: Oliveira & Vergamota, Soc. de Revisores Oficiais de

Contas, representada por Dr João Correia de OliveiraROC Suplente: Dr Vitor João Amaral Vergamota

� O revisor oficial de contas:

Revisor Oficial de Contas Dr João Correia de Oliveira, inscrito na Câmara deRevisores Oficiais de Contas sob o n.º 619.

À data de aprovação das contas dos exercícios de 1999 e 2000, os titulares do órgão defiscalização e a sociedade de revisores oficiais de contas eram:

� Os membros do Conselho Fiscal da Portucel:

Presidente Dr Mário Nuno Apolinário Gomes FareloVogal Efectivo: Eng Álvaro José Patrício Costa

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Revisor Oficial de Contas: Oliveira & Vergamota, Soc. de Revisores Oficiais deContas, representada por Dr João Correia de Oliveira

ROC Suplente: Dr Vitor João Amaral Vergamota

� O revisor oficial de contas:

Revisor Oficial de Contas Dr João Correia de Oliveira, inscrito na Câmara deRevisores Oficiais de Contas sob o n.º 619.

d) Os auditores externos ao emitente

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados – Sociedade de Revisores Oficiaisde Contas, representada por Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira (ROC nº 534), inscritana Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 39 e no registo de auditores daCMVM sob o n.º 330, foi responsável pelo Relatório do Auditor Externo às contasindividuais e consolidadas da Portucel relativas aos anos de 1998, 1999 e 2000.

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados – Sociedade de Revisores Oficiaisde Contas, representada por António Alberto Henriques Assis (ROC nº 815), inscrita naOrdem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 39 e no registo de auditores daCMVM sob o n.º 330, foi responsável pelo Relatório de Revisão Limitada, individual econsolidado, às contas semestrais de 2001.

e) Intermediários encarregados da assistência à Oferta

O Consórcio formado pelo BPI, BCP Investimento e Caixa-BI, na qualidade deintermediários financeiros e responsáveis pela assistência à Oferta.

Nos termos do artigo 243º do Código dos Valores Mobiliários, o direito à indemnização deveser exercido no prazo de seis meses após o conhecimento da deficiência do prospecto ou dasua alteração e cessa, em qualquer caso, decorridos dois anos a contar da divulgação doprospecto, ou da alteração, que contém a informação ou previsão desconforme.

Nos termos do artigo 149º n.º 3 do Código dos Valores Mobiliários a responsabilidade daspessoas acima referidas é excluída se provarem que o destinatário tinha ou devia terconhecimento da deficiência de conteúdo do prospecto à data da emissão da sua declaraçãocontratual ou em momento em que a respectiva revogação ainda era possível.

Nos termos do artigo 150º do Código dos Valores Mobiliários, respondemindependentemente de culpa:

a) O Oferente, se forem responsáveis os membros do seu Conselho de Administração ou osintermediários financeiros encarregados da assistência à Oferta;

b) O Emitente, se for responsável algum dos membros do seu Conselho de Administraçãoou Conselho Fiscal, o revisor oficial de contas, ou os auditores externos a Portucel;

c) Os Líderes da Oferta, se for responsável um dos membros do consórcio.

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2 – DESCRIÇÃO DA OFERTA

2.1 Montante e natureza

O capital social da Portucel será aumentado de 435.000.000 euros para 767.500.000 euros,através da emissão de 332.500.000 acções com o valor nominal de 1 euro cada, das quais152.873.552 acções ordinárias e 179.626.448 acções de categoria A. A oferta é reservada aaccionistas da Portucel, no exercício dos respectivos direitos de preferência, sendo as acçõesque, eventualmente, não forem subscritas pelos accionistas oferecidas ao público em geral.

2.2 Preço das acções e modo de realização

As acções serão oferecidas à subscrição ao valor nominal, ou seja, ao preço de 1 euro cada.

O pagamento do valor de subscrição das acções será efectuado em numerário e integralmenteno acto de subscrição.

Sobre o preço de subscrição poderão recair comissões a pagar pelos subscritores, dependendoas mesmas da instituição financeira receptora das ordens de subscrição.

2.3 Categoria e forma de representação

O capital social da Portucel é de 435.000.000 euros, dividido em 435.000.000 de acções, como valor nominal de 1 Euro cada, actualmente representado por 200.000.000 acções ordinárias,escriturais e nominativas e 235.000.000 acções da categoria A, escriturais e nominativas. Asacções da categoria A estão reservadas à titularidade do Estado, de empresas públicas ou desociedades anónimas de capitais maioritariamente públicos.

Nos termos do art.º 48 do Cod.VM o Emitente poderá, salvo disposição legal ou estatutáriaem contrário, decidir a conversão dos valores mobiliários quanto à sua forma derepresentação, estabelecendo para o efeito, um prazo razoável, não superior a um ano. Oscustos dessa eventual conversão serão suportados pelo Emitente.

2.4 Modalidade da oferta

As 332.500.000 acções escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1 euro cada, aemitir, das quais 152.873.552 são acções ordinárias e 179.626.448 são acções categoria A, sãooferecidas directamente à subscrição pelos accionistas no exercício dos respectivos direitos depreferência.

O actual capital social da Portucel está representado por 435.000.000 de acções com aseguinte distinção:

- 192.600.000 de acções ordinárias privatizadas e admitidas à negociação- 7.400.000 de acções ordinárias não privatizadas e não admitidas à negociação- 235.000.000 de acções categoria A e não admitidas à negociação

O número de novas acções a subscrever de cada um destes tipos, conforme foi deliberado,resulta do seguinte:

- Acções ordinárias privatizadas: aplicação do factor 0,764607943 ao número dedireitos de subscrição de acções ordinárias privatizadas, detidos no momento dasubscrição, com arredondamento por defeito. Este factor foi calculado tendo em conta as60.500 acções próprias.

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- Acções ordinárias não privatizadas: aplicação do factor 0,764367703 ao número dedireitos de subscrição de acções ordinárias não privatizadas, detidos no momento dasubscrição, com arredondamento por defeito.

- Acções de categoria A: aplicação do factor 0,764367864 ao número de direitos desubscrição de acções de categoria A, detidos no momento da subscrição, comarredondamento por defeito.

A Papercel, accionista maioritário da Portucel e titular da totalidade das acções de categoriaA e das acções ordinárias não privatizadas, comprometeu-se a, de acordo com deliberaçãounânime por escrito dos accionistas da Papercel, nos termos do disposto no artigo 54º doCódigo das Sociedades Comerciais, de 6 de Agosto de 2001, exercer a totalidade dos seusdireitos de subscrição, associados às suas acções.

As acções ordinárias inicialmente não subscritas serão objecto de rateio pelos detentores dedireitos de subscrição de acções dessa mesma categoria, que tenham manifestado intenção desubscrever um número de acções superior àquele a que teriam proporcionalmente direito, naproporção do número dos respectivos direitos exercidos dessa mesma categoria, comarredondamento por defeito. O pedido de subscrição adicional deverá ser efectuadoconjuntamente com o pedido de subscrição.

Uma vez satisfeitos os pedidos de subscrição dos accionistas e respectivos pedidos desubscrição adicional, as acções eventualmente remanescentes serão oferecidas à subscriçãopelo público em geral.

Se a procura pelo público em geral exceder o número de acções disponíveis proceder-se-á arateio entre as ordens do público em geral. O rateio far-se-á proporcionalmente ao número deacções pedido, com arredondamento por defeito. As acções que venham a remanescer emresultado do processo de arredondamento serão atribuídas por sorteio, a efectuar entre todasas ordens do público em geral que foram sujeitas a rateio.

A Papercel assumiu ainda o compromisso de subscrever a totalidade das acções ordináriasque não venham a ser subscritas pelos accionistas, nem pelo público em geral, pelo que ficagarantida a subscrição completa do aumento de capital.

2.5 Organização e liderança

A presente emissão foi organizada e é assistida pelo Consórcio formado pelo BPI, BCPInvestimento e Caixa-BI, com sede respectivamente na Rua Tenente Valadim, nº 284, noPorto, na Av. José Malhoa, lote 1686, em Lisboa e na Rua Barata Salgueiro, nº 33, em Lisboa.

A colocação da presente OPS está a cargo do Sindicato de Colocação composto pelo conjuntode intermediários financeiros abaixo indicados, os quais assumem a obrigação de desenvolveros melhores esforços com vista à distribuição das acções objecto da presente OPS.

Líderes da Oferta: BPIBCP InvestimentoCaixa-BI

Co-Líderes: Banco Comercial Português, S.A.Banco Expresso Atlântico, S.A.Banco ActivoBank (Portugal), S.A.Banco BPI, S.A.Caixa Geral de Depósitos, S.A. (inclui o ex-BNU, incorporado porfusão na CGD em Julho de 2001)

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Pelos serviços prestados de assistência, organização e montagem da Oferta, o Consórciocobrará à Portucel uma comissão de 450.000 euros.

2.6 Deliberações, autorizações e aprovações da oferta

Nos termos do número 2 do artigo 9º dos Estatutos da emitente, a presente oferta foi aprovadapor deliberação da Assembleia Geral da Portucel que teve lugar em 2 de Julho de 2001.

A presente oferta pública de subscrição de acções da Portucel foi objecto de registo prévio naCMVM sob o nº 8963.

2.7 Finalidade da oferta

A presente emissão destina-se a financiar a aquisição de participações na Soporcel –Sociedade Portuguesa de Papel, S.A., mantendo um grau de autonomia financeira comparávelcom o das suas congéneres.

2.8 Período e locais de aceitação

O período de subscrição, dos accionistas e do público em geral, decorrerá entre as 8h30 do dia7 de Setembro de 2001 e as 15h00 do dia 21 de Setembro de 2001.

As ordens de subscrição dos accionistas e do público em geral poderão ser apresentadas emqualquer balcão dos Intermediários Financeiros que fazem parte do Sindicato Bancário ou nosIntermediários Financeiros legalmente habilitados.

As ordens de subscrição podem ser revogadas até 5 dias antes de findar o período da Oferta,ou seja são revogáveis até ao dia 14 de Setembro de 2001, inclusive.

Os accionistas, detentores de acções da Portucel admitidas à negociação no Mercado deCotações Oficiais da BVLP, que não pretendam exercer os seus direitos de subscrição, totalou parcialmente, poderão proceder à sua alienação no Mercado de Cotações Oficiais da BVLPdurante o período que decorre desde o primeiro dia em que aqueles direitos podem serexercidos até ao quarto dia útil anterior ao final do prazo para a sua subscrição, ou seja desdeo dia 7 de Setembro de 2001 até ao dia 17 de Setembro de 2001.

O último dia de negociação em bolsa das acções com direitos será 3 de Setembro. A partir dodia 4 de Setembro de 2001 as acções passam a transaccionar em bolsa sem direitos. Osdireitos de subscrição podem ser negociados fora de mercado regulamentado até ao último diada subscrição.

2.8.1 Boletins de transmissão de ordens de subscrição do público em geral

As ordens de subscrição do público em geral serão transmitidas em impresso próprio,devendo ser apresentadas nos períodos e locais supra referidos.

Cada investidor só poderá utilizar um único impresso de ordem de subscrição na qualidade depúblico em geral. Caso seja apresentado mais do que um impresso apenas será consideradoaquele que tiver por objecto a maior quantidade de acções. Em igualdade de circunstânciasserá considerado aquele que tenha sido apresentado em primeiro lugar.

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2.8.2 Transmissão de ordens de subscrição do público em geral para a bolsa

Durante o prazo da Oferta, os intermediários financeiros transmitirão diariamente à BVLP, asordens de subscrição do público em geral recolhidas, bem como as respectivas alterações ourevogações, via file transfer, entre as 8:00 horas e as 17:00 horas.

Os intermediários financeiros deverão igualmente enviar para o BPI o resultado diário darespectiva colocação.

2.9 Resultado da oferta

Os resultados da Oferta, no que diz respeito ao exercício de direitos de preferência, ao rateioentre os accionistas e às subscrições do público em geral, serão apurados e imediatamentepublicados pelo Consórcio no Boletim de Cotações da Bolsa de Valores de Lisboa e Porto enum jornal de grande circulação.

2.10 Direitos de preferência

A presente oferta é destinada aos accionistas, no exercício dos respectivos direitos depreferência e ao público em geral.

A Papercel, accionista maioritário da Portucel e titular da totalidade das acções de categoriaA e das acções ordinárias não privatizadas, comprometeu-se a, de acordo com deliberaçãounânime por escrito dos accionistas da Papercel, nos termos do disposto no artigo 54º doCódigo das Sociedades Comerciais, de 6 de Agosto de 2001, exercer a totalidade dos seusdireitos de subscrição, associados às suas acções.

As acções ordinárias inicialmente não subscritas serão objecto de rateio pelos detentores dedireitos de subscrição de acções da mesma categoria que tenham manifestado intenção desubscrever um número de acções superior àquele a que teriam direito, na proporção dorespectivo número de direitos exercidos, com arredondamento por defeito.

Uma vez satisfeitos os pedidos de subscrição dos accionistas e respectivos pedidos desubscrição adicional, as acções eventualmente remanescentes serão oferecidas à subscriçãopelo público em geral.

Os accionistas, detentores de acções da Portucel admitidas à negociação no Mercado deCotações Oficiais da BVLP, que não desejem exercer os seus direitos de subscrição, total ouparcialmente, poderão proceder à sua alienação nesse mesmo mercado, desde o primeiro diaem que aqueles direitos podem ser exercidos até ao quarto dia útil anterior ao final do prazopara a sua subscrição, ou seja desde o dia 7 de Setembro de 2001 até ao dia 17 de Setembrode 2001.

2.11 Direitos atribuídos

Os detentores de acções da emitente têm, designadamente, como direitos principais, o direitoà informação, o direito à participação nos lucros, o direito de participação e voto emassembleia geral e o direito à partilha do património em caso de liquidação, nos termos da leie dos Estatutos da Portucel.

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2.11.1 Direito à informação

Os artigos 288º a 293º do Código das Sociedades Comerciais contêm regulação do direito deacesso a informação dos accionistas sobre os negócios da sociedade e a sua situaçãofinanceira. Este envolve, no caso de detenção de mais de 1% do capital social, direito deconsulta de certos documentos societários relativos à gestão e fiscalização da sociedade, ebem assim actas referentes a assembleias gerais, montantes de remuneração pagos aosmembros dos órgãos sociais e aos empregados com remunerações mais elevadas e ainda osregistos de acções.

Devem ser facultadas à consulta dos accionistas, na sede da sociedade, informaçõespreparatórias da assembleia geral, devendo igualmente, no decurso desta, serem prestadasinformações sobre os assuntos sujeitos a deliberação.

Os accionistas que detenham pelo menos 10% do capital social podem solicitar por escritoinformações sobre assuntos sociais, as quais, em princípio, não poderão ser recusadas.

Caso haja sido indevidamente recusado o exercício do direito a informação a qualqueraccionista, este poderá requerer ao Tribunal a realização de inquérito à sociedade.

2.11.2 Direito a participação nos lucros

De harmonia com o artigo 25º dos Estatutos da emitente:

“1. Os lucros do exercício, apurados em conformidade com a lei, serão aplicados:

a) Cinco por cento na constituição, reforço e, eventualmente, na reintegração dareserva legal, até ao limite da lei;

b) Um montante anual não inferior a dez por cento do lucro distribuível, naconstituição, reforço ou reintegração de uma reserva especial destinada àestabilização de dividendos;

c) Um montante anual mínimo correspondente a vinte por cento do lucro distribuível,a dividendos a distribuir pelos accionistas;

d) O remanescente, na constituição, reforço ou reintegração de outras reservas, caso aassembleia geral assim deliberar por maioria simples dos votos correspondentes aocapital social.

2. A assembleia, na reunião que aprove a aplicação dos resultados, poderá deliberar, pormaioria simples dos votos correspondentes ao capital social, distribuir dividendos aosaccionistas em percentagem superior à indicada no número anterior. A distribuição empercentagem inferior à indicada terá de ser deliberada por uma maioria correspondente adois terços dos votos expressos, mas não inferior à maioria simples dos votoscorrespondentes ao capital social.

3. A distribuição aos accionistas da reserva a que se refere a alínea b) do número um terá deser deliberada por maioria simples dos votos correspondentes ao capital social,observados os condicionalismos legais. A finalidade a que esta reserva se destina poderáser alterada com respeito a cada exercício, mediante deliberação de uma maioriacorrespondente a dois terços dos votos expressos, mas não inferior à maioria simples dosvotos correspondentes ao capital social.

4. Poderão ser feitos aos accionistas adiantamentos sobre os lucros no decurso do exercício,nos termos previstos na lei.”

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2.11.3 Direito de participação na Assembleia Geral

“Só os accionistas titulares de direito de voto poderão participar na assembleia, desde quetenham as respectivas acções registadas em seu nome até oito dias antes da data marcada paraa assembleia e assim se mantenham até ao termo desta.” (número 3 do artigo 10º dosEstatutos da emitente).

2.11.4 Direito de voto em Assembleia Geral

“Nas deliberações tomadas em assembleia geral consideram-se como pertencentes ao mesmoaccionista os direitos de voto, nos termos da legislação aplicável aos valores mobiliários, que,como tais, sejam contados.” (número 2 do artigo 10º dos Estatutos da emitente).

“Sem prejuízo do direito de agrupamento, contar-se-á um voto por cada mil acções, não sendocontados os votos que ultrapassem os correspondentes a vinte e cinco por cento do capitalsocial, quando os mesmos sejam emitidos com referência a acções ordinárias, por um sóaccionista em nome próprio ou como representante de outro, sem prejuízo do disposto nonúmero um do artigo décimo segundo.” (número 1 do artigo 10º dos Estatutos da emitente).

2.11.5 Dissolução

De harmonia com o artigo 26º dos Estatutos da emitente:

“1. A sociedade dissolve-se quando para isso haja causa legal.2. A liquidação será efectuada nos termos da lei e das deliberações da assembleia geral.”

2.12 Dividendos e outras remunerações

Caso a entidade emitente proceda à distribuição de dividendos e outros rendimentos, relativosao exercício de 2001, as novas acções emitidas terão direito aos mesmos montantes quevierem a ser atribuídos às acções existentes antes do aumento de capital. As acções a emitirconferem aos seus titulares, relativamente aos exercícios subsequentes, todos os direitos adividendos e outras distribuições que venham a ser declaradas, pagas ou realizadas.

Os dividendos que não sejam reclamados consideram-se abandonados a favor do Estadoquando, durante o prazo de 5 anos, os titulares ou possuidores das respectivas acções nãohajam cobrado ou tentado cobrar aqueles rendimentos ou não tenham manifestado por outromodo legítimo e inequívoco o seu direito sobre os mesmos (Decreto-Lei n.º 187/70, de 30 deAbril).

2.13 Serviço financeiro

O serviço financeiro dos valores mobiliários da emitente, nomeadamente o pagamento dedividendos, será assegurado pelo intermediário financeiro que venha a ser designado para oefeito, podendo vir a ser cobradas comissões pela prestação do serviço.

2.14 Regime fiscal

O presente ponto constitui um resumo do regime fiscal aplicável aos rendimentos de acçõesemitidas por uma entidade residente e às mais-valias obtidas aquando da sua alienação,devendo ser consultada a legislação aplicável em aspectos aqui não reflectidos.

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2.14.1 Rendimento das acções (dividendos)

Os dividendos distribuídos estão sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória de 25% paraefeitos de IRS e de IRC, conforme o disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 74º do Código doIRS (“CIRS”) e no n.º 4 do artigo 75º do Código do IRC (“CIRC”).

No entanto, e conforme o disposto no artigo 58º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (“Acçõesadmitidas à negociação dos mercados de bolsa”), até 31 de Dezembro de 2001, os dividendosdistribuídos de acções admitidas à negociação nos mercados de bolsa, contam no exercício de2001 para efeitos de IRS ou IRC por apenas 80% do seu valor, pelo que a taxa efectiva deretenção na fonte é de 20% (25% x 80%).

Nos termos da legislação actual, a partir de 1 de Janeiro de 2002 este benefício deixa de seraplicado.

De acordo com o estabelecido no artigo 59º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (“Acçõesadquiridas no âmbito das privatizações”), os dividendos das acções adquiridas na sequênciade processo de privatização realizado até ao final do ano de 2002, ainda que resultantes deaumentos de capital, contam desde a data do início do processo até decorridos os cincoprimeiros exercícios encerrados após a data de finalização do processo de privatização,apenas por 50% do seu quantitativo, líquido de outros benefícios, para fins de IRS e de IRC.

Efectivamente no que diz respeito à fiscalidade aplicável aos dividendos das 147.217.231acções ordinárias privatizadas a emitir (conforme referidas no ponto 2.4 Modalidade daOferta), por Despacho do Senhor Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, de 27 deAgosto de 2001, foi fixado o seguinte entendimento: “Considerar que o aumento de capital arealizar, por entradas em dinheiro, pela Portucel, tem finalidade substancialmente idênticaao previsto no artigo 2º, número 1, alínea a), do Decreto-Lei nº 166/2001, de 25 de Maio, seencontra intimamente relacionado com a reestruturação do próprio sector da pasta e dopapel, e é feito “no âmbito” e “na sequência” do processo de privatização, beneficiando,pois, do disposto no artigo 59º do EBF.”

No caso de não residentes, a retenção na fonte de rendimentos de acções (dividendos) a títulode IRS ou IRC assume carácter definitivo e pode ser reduzida para uma taxa entre 10% e 15%no caso de o beneficiário dos rendimentos ser residente num país com o qual Portugal tenhacelebrado Convenção para Evitar a Dupla Tributação.

Tratando-se de retenção na fonte de dividendos a título de IRC, e nos termos do disposto naalínea c) do n.º 2 do artigo 69º do CIRC, se o titular for entidade residente noutro EstadoMembro da Comunidade Europeia e detiver directamente uma participação no capital nãoinferior a 25% durante dois anos consecutivos, os lucros colocados à sua disposição estãoisentos de retenção na fonte de IRC de acordo com o previsto na Directiva 90/435/CEE, de 23de Julho de 1990.

Quando os accionistas beneficiem de isenção total ou parcial de IRS ou de IRC, a retenção nafonte não se efectuará, no todo ou em parte, consoante os casos, feita que seja a prova pelosrespectivos sujeitos passivos, perante a entidade pagadora, da isenção de que aproveitam.

O imposto retido na fonte terá a natureza de pagamento por conta para efeitos de IRC, tendocarácter liberatório em termos de IRS, excepto se o titular optar pelo englobamento previstono n.º 3 do artigo 21º e na alínea a) do n.º 2 do artigo 74º, ambos do CIRS.

Os dividendos pagos estão também sujeitos a retenção na fonte de Imposto sobre Sucessões eDoações - pagamento por avença - à taxa de 5%, de acordo com o disposto nos artigos 182º,alínea c) e 184º do Código do Imposto de Sucessões e Doações. Ficam excluídos deste regime

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as acções nominativas, bem como as acções escriturais e tituladas, detidas por sociedadesgestoras de participações sociais e por sociedades a que seja aplicado o regime especial detributação dos grupos de sociedades.

2.14.2 Ganhos Realizados na Venda de Acções (Mais-Valias)

O saldo positivo entre as mais-valias e as menos-valias apuradas na transmissão onerosa deacções está sujeito a tributação de IRS, por englobamento

Estão, no entanto, excluídas de tributação as mais-valias inferiores a 200.000$00 (duzentosmil escudos) fazendo-se o englobamento apenas para determinação da taxa aplicável aosrestantes rendimentos.

As mais-valias provenientes da alienação de acções, auferidas por pessoas singulares sãoapenas consideradas:

a) em 75% do seu valor, quando as partes sociais ou outros valores mobiliários foremdetidos durante menos de 12 meses;

b) em 60% do seu valor, quando as partes sociais ou outros valores mobiliários foremdetidos por período entre 12 e 24 meses;

c) em 40% do seu valor, quando as partes sociais ou outros valores mobiliários foremdetidos por um período entre 24 e 60 meses;

d) em 30% do seu valor, quando as partes sociais ou outros valores mobiliários foremdetidos durante 60 ou mais meses.

O novo regime de tributação das mais valias é apenas aplicável às acções adquiridas após 1 deJaneiro de 2001, mantendo-se o anterior regime de tributação para as mais valias obtidas comacções adquiridas antes dessa data (artigo 4º nº 5 da Lei 30-G/2000 de 29 de Dezembro).

Quanto a não residentes sujeitos passivos de IRS, o saldo positivo entre as mais-valias e asmenos-valias apuradas na transmissão onerosa de acções é tributado à taxa autónoma de 20%(artigo 75º nº 1 do CIRS).

As mais valias realizadas por entidades residentes sujeitas a tributação em IRC são tributadasà taxa normal de IRC (32% eventualmente acrescida de derrama municipal à taxa máxima de10% sobre a taxa de IRC) – artigo 42º do CIRC.

Relativamente aos não residentes, nos termos do estabelecido no nº 1 do artigo 33º do EBF,aplicável por remissão do nº 3 do referido preceito, ficam isentas de IRC as mais-valiasrealizadas com a transmissão onerosa de acções ou outros valores mobiliários por nãoresidentes e sem estabelecimento estável em território português. Este regime não é aplicável:a) a entidades não residentes e sem estabelecimento estável em território português que sejamdetidas, directa ou indirectamente, em mais de 25% por entidades residentes; b) a nãoresidentes em território português que sejam residentes de Estado ou territórios constantes delista aprovada por portaria do Ministro das Finanças; c) às mais-valias realizadas com atransmissão de participações qualificadas e d) às mais-valias realizadas com a transmissãoonerosa de acções ou outras participações no capital das sociedades residentes em territórioportuguês cujo activo seja constituído, principalmente, por bens imobiliários aí situados (cfrartigo 33º nº 2 do EBF).

As mais-valias realizadas com a transmissão das acções de que sejam titulares pessoasresidentes ou domiciliadas, para efeitos fiscais, em qualquer dos países com os quais Portugaltenha celebrado acordos de dupla tributação, poderão ficar excluídas de tributação de IRS,independentemente dos requisitos acima referidos, consoante o disposto no acordo de duplatributação que for eventualmente aplicável, e nas condições que nele estejam estabelecidas.

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O Decreto-Lei n.º 495/88, de 30 de Dezembro, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 318/94,de 24 de Dezembro, que regula o regime jurídico das SGPS, prevê, no n.º 2 do artigo 7ºdaquele diploma, que às mais-valias e menos-valias obtidas pelas SGPS, mediante a venda outroca de quotas ou acções de que sejam titulares, é aplicável o disposto no artigo 44º do CIRC(“Reinvestimento dos valores de realização”).

Assim sendo, o saldo positivo entre essas mais-valias e menos-valias, realizadas com a vendae ou troca das acções é considerado por um quinto do seu valor no exercício da respectivarealização e por igual montante em cada um dos quatro exercícios subsequentes sempre que,no exercício anterior ao da realização, no próprio exercício ou ate ao fim do segundoexercício seguinte, o valor de realização correspondente à totalidade dos referidos elementosseja reinvestido na aquisição de outras acções, quotas ou títulos emitidos pelo estadoportuguês.

Tratando-se apenas de reinvestimento parcial do valor de realização, o disposto no parágrafoanterior é aplicado à parte proporcional da diferença entre as mais-valias e as menos-valias aque o mesmo se refere.

2.15 Regime de transmissão

As acções são livremente transmissíveis de acordo com as normas legais aplicáveis.

O capital social da emitente encontra-se representado por 435.000.000 de acções, de valornominal de 1 euro cada. Estão admitidas à negociação no Mercado de Cotações Oficiais daBVLP, 192.600.000 acções ordinárias da Portucel.

2.16 Montante líquido da oferta

O montante líquido da presente Oferta Pública de Subscrição, deduzidas todas as despesasassociadas, será de aproximadamente 331.600.000 euros.

2.17 Títulos definitivos

Uma vez que as acções representativas da presente Oferta Pública de Subscrição revestirão aforma escritural, não haverá lugar à atribuição de títulos definitivos, sendo as acções objectode inscrição nas contas dos respectivos titulares junto dos intermediários financeiroslegalmente habilitados. Prevê-se que a escritura pública relativa ao presente aumento decapital venha a ser celebrada em 2 de Outubro de 2001.

2.18 Admissão à negociação

Serão objecto de pedido de admissão à negociação no Mercado de Cotações Oficiais daBVLP, até ao final do período de subscrição, 147.217.231 acções ordinárias privatizadas aemitir (conforme referidas no ponto 2.4 Modalidade da Oferta), prevendo-se que a admissãoocorra durante o mês de Outubro de 2001.

A emitente tem 192.600.000 acções ordinárias representativas de 44,3% do seu capital socialadmitidas à negociação no mercado de cotações oficiais da BVLP.

2.19 Contratos de fomento

Não foi celebrado qualquer contrato de fomento relativamente à presente emissão.

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2.20 Valores mobiliários admitidos à negociação

Na presente data, a emitente tem admitidas à negociação no Mercado de Cotações Oficiais daBVLP, 192.600.000 acções ordinárias representativas do seu capital social.

2.21 Ofertas públicas relativas a valores mobiliários

Ofertas públicas de aquisição

No exercício de 2000 e durante o exercício em curso não se realizaram ofertas públicas detransacção relativamente a valores mobiliários da emitente.

Durante o quarto trimestre de 2000, a Portucel anunciou preliminarmente uma oferta públicade aquisição da totalidade das acções representativas do capital social da Soporcel -Sociedade Portuguesa de Papel, S.A., Sociedade Aberta (adiante "Soporcel"), tendo acontrapartida oferecida sido de 18 Euros por acção. O anúncio de lançamento desta oferta foipublicado no "Boletim de Cotações da BVLP" de 13/12/2000 e no jornal "DiárioEconómico"de 14/12/2000. Nesta oferta a Portucel veio a adquirir 12.312.311 acçõesrepresentativas de 19,3% do capital social da Soporcel, conforme anúncio de resultadospublicado no "Boletim de Cotações da BVLP" de 21/5/2001 e no jornal "Diário Económico"de 22/5/2001.

De acordo com anúncio de registo de aquisição potestativa, publicado no "Boletim deCotações da BVLP" de 13/6/2001 e no jornal "Público" de 15/6/2001, foram adquiridas389.113 acções representativas de 0,6% do capital social da Soporcel, ao preço de 18,04Euros. Ofertas públicas de distribuição

Nos últimos doze meses a entidade emitente ou entidades mencionadas nos pontos 5.4. e 5.5.do presente prospecto não realizaram quaisquer ofertas públicas de distribuição no mercadonacional.

2.22 Outras Ofertas

Nem simultânea nem em data aproximada à distribuição das acções objecto da Oferta foramsubscritas, ou oferecidas de forma particular, acções da mesma categoria das acções objectodesta oferta, nem foram criadas acções de outras categorias tendo em vista a sua colocaçãopública ou particular.

Em escritura pública de 9 de Novembro de 2000, foi efectuada a redenominação do capitalsocial da sociedade de 87.000.000.000$00 para 434.130.000 de euros, passando o referidocapital a ficar representado por 87.000.000 de acções de 4,99 euros cada, produzindo aredenominação efeitos reportados a 11 de Dezembro de 2000. Em consequência daredenominação para euros foi efectuado um aumento de capital por incorporação de reservaslegais no montante de 175.830 euros correspondentes a 35.250.660$00.

Na mesma escritura pública, foi efectuado, para produzir efeitos após a redenominaçãoreferida, o aumento do capital social para 435.000.000 de euros, passando a ficar representadopor 87.000.000 de acções de 5 euros cada. Este aumento de capital foi realizado porincorporação de reservas legais no montante de 870.000 euros, correspondentes a174.419.340$00.

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Produzindo efeitos a partir do dia 25 de Janeiro de 2001, alterou-se o valor nominal dasacções de 5 euros para 1 euro cada (processo de stock split), ficando o capital da Portucelrepresentado por 435.000.000 de acções de valor nominal de 1 euro cada.

De acordo com comunicado relevante divulgado conjuntamente pela Portucel, Papercel eSonae SGPS, no dia 18/5/2001, a Papercel manifestou a sua intenção de após a conclusão dasegunda fase de privatização da Portucel, promover a realização de uma nova AssembleiaGeral da Portucel para deliberar um outro aumento do capital social desta sociedade, porentradas em dinheiro, no montante de 332,5 milhões de Euros.

No referido comunicado foi igualmente referido que a Sonae Wood Products, BV secomprometeria a viabilizar a deliberação do segundo aumento de capital e a acorrer aoaumento de capital da presente oferta assim como exercer na íntegra os seus direitos depreferência na subscrição.

A Sonae Wood Products, BV obrigou-se ainda, de acordo com o comunicado anteriormentereferido, a, na eventualidade de vir a adquirir acções da Portucel na segunda fase deprivatização, acorrer ao segundo dos aumentos de capital anteriormente referidos e exercer naíntegra os seus direitos de preferência na subscrição de tal aumento.

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3 - IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO EMITENTE

3.1 Informações Relativas à Administração e à Fiscalização

3.1.1 Composição

São órgãos sociais da Portucel a Assembleia Geral, o Conselho de Administração e umConselho Fiscal. Junto do Conselho de Administração funciona o Conselho de ImpacteAmbiental.

O mandato dos membros dos órgãos sociais da sociedade é de três anos e é renovável.

Conselho de Administração

Os actuais membros do Conselho de Administração da Portucel e os seus principaiselementos curriculares são os seguintes:

Dr. Jorge Armindo de Carvalho Teixeira. [49 anos de idade] Presidente da Portucel –Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. desde Dezembro de 2000. Eleito para Presidente daPortucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, S.A. em Março 1998. DesempenhaFunções de Coordenação e Direcção do Conselho de Administração, representação interna eexterna da Empresa, Relações com Investidores, Controlo de Gestão, Abastecimento deMadeiras e Coordenação dos Serviços Centrais da Empresa, designadamente, ServiçosJurídicos e de Gestão de Recursos Humanos. Presidente da Aliança Florestal – Sociedade deDesenvolvimento Agro-Florestal, S.A. desde Janeiro de 2000. Presidente da Papercel desdeDezembro de 1998. Administrador não executivo da Soporcel – Sociedade Portuguesa deCelulose, S.A. desde Março de 1998. Presidente da Portucel Florestal – Empresa deDesenvolvimento Agro-Florestal, S.A. desde Março de 1998. Presidente da Portucel –Empresa de Celulose e Papel, SGPS, S.A., desde Maio de 1997. Vice-presidente do GrupoAmorim de 1987 a 2000. Director Financeiro da Amorim Irmãos, Lda. de 1982 a 1987.

Eng. Luis Alberto Caldeira Deslandes. [59 anos de idade] Administrador da Portucel –Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. desde 30 de Março de 2001. Administrador daAliança Florestal – Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A.. Administrador–Delegado da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A.. Desempenha Funções deCoordenação da Área Comercial do Papel e Marketing. Membro do Conselho das EmpresasAssociadas da Soporcel: Soporcel España S.A., Soporcel Italy SRL, Soporcel UnitedKingdom LTD, Soporcel International BV e Soporcel 2000. Membro do Conselho deAdministração da Aliança Florestal S.A.. Membro do Conselho da CEPI (Confederation ofEuropean Paper Industries). Presidente do Advisory Committee on Pulp and Paper da FAO.Administrador-Delegado da Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. desde 1990.Administrador não executivo da SAL - Sociedade da Água de Luso, S.A. de1984 a 1989.Presidente do Conselho de Administração Executivo da Soporcel - Sociedade Portuguesa deCelulose, S.A. de 1984 a 1990. Presidente Executivo da Portucel - Empresa de Celulose ePapel de Portugal, EP de 1980 a 1983. Presidente Executivo da Central de Cervejas, EP de1979 a 1980. Administrador–Delegado da CICER – Companhia de Cervejas e Refrigerantesda Guiné-Bissau de 1976 a 1980. Vice-Presidente da Central de Cervejas, EP de 1975 a 1978.Director Industrial da Sociedade Central de Cervejas, SARL de 1966 a 1975.

Dr. Artur Porfírio Silveira de Almeida Soutinho. [41 anos de idade] Administrador daPortucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. desde Dezembro de 2000. Eleito paraAdministrador da Portucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, S.A. em Março 1998.Desempenha Funções de Coordenação da Área Financeira e Informática. Administrador daGespapel – Gestão e Serviços Técnicos, Lda. desde Dezembro de 2000. Administrador daTecnipapel – Sociedade de Distribuição e Transformação de Papel, Lda. desde Abril de 2000.

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Administrador da Portucel Brasil, S.A. desde Março de 2000. Administrador da PapercelServiços desde Fevereiro de 2000. Administrador da CPK – Companhia Produtora de PapelKraftsac, S.A. desde Dezembro de 1999. Administrador da Sagitta Trading –Comercialização, Importação e Exportação de Madeiras, S.A. desde Dezembro de 1999.Administrador da Portucel International Trading, S.A. desde Março de 1998. Administradorda Portucel Serviços – Empresa de Prestação de Serviços, S.A. desde Janeiro de 1998.Administrador da Portucel – Empresa de Celulose e Papel, SGPS, S.A. desde Maio de 2000.Administrador da Papéis Inapa, S.A. de Março a Dezembro de 2000. Administrador da Lazere Floresta – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário e Turístico, S.A. deFevereiro a Maio de 2000. Administrador da LEPE – Empresa Portuguesa de Embalagens,S.A. de Janeiro de 1999 a Março de 2000. Administrador da Portucel Florestal – Empresa deDesenvolvimento Agro-Florestal, S.A. de Agosto de 1997 a Março de 1998. Administrador daInapa, IPG, S.A. de Julho de 1997 a Maio de 2000. Presidente da Companhia do Papel doPrado, S.A. de Junho de 1997 a Agosto de 1999. Administrador do Grupo Somelos desdeOutubro de 1995. Administrador de diversas empresas do Grupo Amorim de Março de 1998 aSetembro de 1995. Director Financeiro de diversas empresas do Grupo Amorim de Julho de1988 a Setembro de 1995. Departamento de Auditoria Interna da Efacec – Empresa Fabril deMáquinas Eléctricas, S.A. de Novembro de 1986 a Março de 1988.

Eng. Manuel Maria Pimenta Gil Mata. [59 anos de idade] Administrador da Portucel –Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. desde Dezembro de 2000. Eleito paraAdministrador da Portucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, S.A. em Março 1998.Desempenha Funções de Coordenação das Unidades Fabris da Empresa. Presidente doConselho de Administração da SPCG – Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A.desde 2000. Presidente do Conselho de Administração da Setipapel – Serviços Técnicos paraa Indústria Papeleira, S.A. desde 2000. Presidente do Conselho de Administração da Enerpulp– Cogeração Energética de Pasta, S.A. desde 1999. Membro do Conselho de Administraçãoda Papéis Inapa desde 1998. Membro não Executivo do Conselho de Administração daRinave, Qualidade e Segurança, ACE desde 2000. Director Geral Industrial da Soporcel –Sociedade Portuguesa de Celulose, S.A. de 1984 a 1997. Director do Centro Fabril Viana daPortucel de 1982 a 1984. Director Adjunto do Centro Fabril Viana da Portucel de 1980 a1982. Director de Produção do Centro Fabril Viana da Portucel de 1977 a 1980. Chefe deDepartamento Técnico da Celnorte de 1974 a 1977.

Dr. Manuel Guilherme Oliveira da Costa. [50 anos de idade] Administrador da Portucel –Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. desde 30 de Março de 2001. Administrador daSoporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. Presidente do Conselho de Administração daGescartão, SGPS, desde Março de 2000. Presidente do Conselho de Administração daPortucel Viana desde Março de 2000. Membro do Conselho de Administração da PortucelRecicla e da Portucel Embalagem, desde Março de 2000. Desempenha Funções deCoordenação da Área de Recursos Humanos. Presidente do Conselho de Administração doICEP – Investimentos, Comércio e Turismo de Portugal, de 1996 a Janeiro de 2000.Administrador não executivo do FIEP – Fundo para a Internacionalização das EmpresasPortuguesas, entre 1998 e 2000. Presidente do Conselho Geral do CPD – Centro Português deDesign, entre 1998 e 2000. Professor auxiliar visitante da Universidade Católica Portuguesa –Centro Regional do Porto, desde 1993. Director Coordenador da Direcção de ComércioInternacional do Banco Borges & Irmão, de 1994 a 1996. Assessor do Presidente do Conselhode Administração do Banco de Fomento Exterior, de 1992 a 1996. Gestor da Unicordas Ldana área do comércio e transportes internacionais, de 1984 a 1991. Director do Centro deEstudos de Gestão e Economia Aplicada da Universidade Católica Portuguesa – CentroRegional do Porto, de 1991 a 1993. Investigador associado no CEPII (Centre d´ÉtudesProspectives et d´Informations Internationales, Paris), de 1981 a 1984. Assistente naFaculdade de Economia do Porto, de 1974 a 1993.

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O endereço de contacto de todos os membros do Conselho de Administração é o seguinte:

Mitrena – Setúbal, Apartado 552901 – 861 Setúbal.

Nos termos dos estatutos, o Conselho de Administração poderá ser composto por cinco ousete membros, eleitos pela Assembleia Geral. Uma minoria de accionistas que tenha votadocontra a proposta que faça vencimento na eleição dos Administradores tem o direito dedesignar um Administrador, contanto que essa minoria represente, pelo menos, dez por centodo capital social. Tal eleição será feita por votação entre os accionistas da referida minoria, namesma Assembleia, e o administrador assim eleito substitui automaticamente a pessoa menosvotada da lista vencedora ou, em caso de igualdade de votos, aquela que figura em últimolugar na mesma lista. Não estando fixado expressamente pela Assembleia Geral o número deadministradores, entender-se-á que tal número é o dos Administradores efectivamente eleitos.

O Conselho de Administração reúne com periodicidade mensal não podendo deliberar semque esteja presente a maioria dos seus membros em exercício, não sendo permitida arepresentação de mais de dois administradores em cada reunião.

Nos termos dos estatutos, o Conselho de Administração pode delegar a gestão corrente daSociedade num Administrador ou ainda numa Comissão Executiva composta por um númeroímpar de membros, embora actualmente esta situação não se verifique.

As remunerações dos Administradores, que podem ser diferenciadas, são fixadas pelaAssembleia Geral, ou por uma comissão de vencimentos composta por três accionistas, poraquela eleita para o efeito. A Assembleia Geral poderá deliberar sobre a atribuição de umregime de reforma, ou de esquemas complementares de reforma aos administradores, deacordo com o regulamento que vier a aprovar.

Relativamente ao grau de adopção do conjunto de Recomendações sobre o Governo dasSociedades Cotadas aprovado pelo Conselho Directivo da CMVM, orientações que versamessencialmente sobre: a) divulgação de informação; b) exercício do direito de voto erepresentação de accionistas; c) conduta de investidores institucionais; d) regras societárias ee) estrutura e funcionamento do órgão de administração, cumpre referir que:

a) A Portucel tem cumprido todas as obrigações legais e estatutárias em matéria dedivulgação de informação, nomeadamente mediante a disponibilização de informaçãoatravés do Gabinete de Relação com Investidores – Mitrena – Setúbal, Apartado 55,2901-861 Setúbal, telefone 265 729 437, fax 265 729 457, endereço electró[email protected];

O Relatório e Contas da Portucel referente ao exercício de 2000 inclui as seguintesmenções à adopção das recomendações da CMVM relativamente à divulgação deinformação:

� Repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos

� Divulgação de informação sobre as funções dos membros do órgão deadministração e directores da sociedade bem como sobre os cargos que os mesmosdesempenham em outras sociedades

“O Relatório de Gestão anual da Empresa explicita na sua página 40 o organigramada Empresa, indicando quais as suas Direcções bem como os responsáveis máximospelas mesmas.

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Através dos elementos anualmente disponibilizados aos accionistas, é assegurada adivulgação de informação relativa aos cargos que os membros do órgão deadministração desempenham em outras sociedades.”

� Comportamento bolsista das acções

“De um total de 87 000 000 acções representativas do seu capital – à data de 31 deDezembro de 2000 -, a Portucel detinha 38 520 000 acções dispersas em bolsa. Nofinal do ano, cerca de 34% do capital disperso em bolsa era detido por mais de 17 000accionistas individuais e os investidores institucionais, nacionais e estrangeiros,representavam o restante, ou seja, cerca de 66% do free float.

Entretanto, em escritura pública de 9 de Novembro, procedeu-se à redenominação docapital social da sociedade em euros e ao aumento do capital por incorporação dereservas legais, no montante de 870 000 euros. Foi, ainda, desencadeado um processode stock split, com a alteração para 1 euro do valor nominal das acções. Este processosó produziu, no entanto, efeitos a partir de 25 de Janeiro de 2001, data a partir da qualo capital social da sociedade passou a estar representado por 435 000 000 de acçõescom valor nominal de 1 euro.

A média mensal do número de acções transaccionadas na BVLP ascendeu a cerca de3 milhões durante 2000.

Em 2000 assistiu-se a uma desaceleração económica, mais acentuada no final do ano,tendo os mercados accionistas, a nível mundial, sofrido um impacto negativo comforte volatilidade ao longo do ano. Apesar do ano ter sido francamente positivo para osector das pastas e papéis, os seus índices internacionais de referência forampenalizados pelo mau desempenho do mercado de capitais em geral, tendoapresentado desvalorizações anuais superiores a 10%.

A Portucel terminou o ano de 2000 com uma valorização anual de 6,1% que comparamuito favoravelmente com um comportamento global do mercado doméstico, onde oíndice BVL30 registou uma quebra de 11,1% e o PSI20 caiu 13,0%.

Com esta valorização a Portucel destacou-se claramente da generalidade dasempresas do sector, beneficiando dos avanços desenvolvidos relativamente àreestruturação do sector em Portugal.”

� Política de distribuição de dividendos correntemente adoptada pela sociedade

“Dada a elevada ciclicidade da indústria, a empresa considera vantajoso promover aestabilização do nível de dividendos a distribuir, sendo esse propósito assumidoestatutariamene através da existência de uma reserva estabelecida para o efeito, areforçar anualmente com um mínimo de 10% do lucro distribuível. No ano em curso,em função de uma política de expansão que tem concretização no processo deaquisição da Soporcel, a Empresa decidiu adequar a política de dividendos àsnecessidades de mobilização de fundos.”

� Acordos parassociais relativos ao exercício de direitos sociais ou relativos àtransmissibilidade de acções

“Não há acordos parassociais em vigor que sejam do conhecimento da Empresa.”

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� Utilização das novas tecnologias de informação na divulgação de informaçãofinanceira e dos documentos preparatórios das reuniões das Assembleias Gerais

“A Empresa faz uso corrente das novas tecnologias de informação para a divulgaçãoregular de informação financeira.”

� Existência de gabinete de apoio ao investidor

“A Empresa dispõe de Gabinete de Relações com Investidores, no âmbito do qual seassegura um contacto permanente com o mercado e se promove a comunicação deinformação de acordo com princípios de coerência, regularidade, equidade eoportunidade.”

b) Desde a sua constituição que a Portucel estimula e incentiva a participação e o exercíciodos direitos de voto por parte dos accionistas, estando previsto e regulamentado o votopor correspondência nos termos legais. O direito de voto por representação e a formacomo tal direito deve ser exercido encontra-se assegurado nos termos constantes dasrespectivas convocatórias.

c) A Portucel considera nada ter a referir quanto às recomendações da CMVM relativamenteà conduta de investidores institucionais.

d) A Portucel dispõe de órgão de auditoria interna que, em conjugação com o recurso aauditores externos, contribui para dar resposta a situações de conflito de interesses entreos membros do órgão de administração e a sociedade. Não estão consagradas quaisquermedidas impeditivas do êxito de ofertas públicas de aquisição.

e) Todos os membros do Conselho de Administração são independentes em relação aoaccionista dominante e têm áreas específicas de actuação, encontrando-se em relaçãodirecta com os directores e gestores da sociedade. Não se encontram implementadasquaisquer comissões de controlo internas com atribuições de competências em matériasem que existam potenciais situações de conflito de interesses.

Conselho de Impacte Ambiental

Presentemente, os membros do Conselho de Impacte Ambiental da Portucel, em funçõesdesde 29 de Março de 1996, e os seus principais elementos curriculares são os seguintes:

Eng. José Manuel Soares de Oliveira. [75 anos de idade] Presidente do Conselho de ImpacteAmbiental da Portucel desde Março de 1996. Presidente da Comissão Técnica deNormalização “Pasta e Papel” CT6 desde 1984. Vogal do Conselho de Administração daPortucel de 1991 a 1993. Vogal do Conselho de Gerência da Portucel de 1982 a 1990.Presidente da Comissão Industrial Permanente da ACEL de 1986 a 1990. Responsável pelafase de engenharia básica do projecto Cellulose du Rhône da Jaakko Poyry de 1978 a 1982.Director de Operações da Jaakko Poyry Engenharia de 1975 a 1978. Sócio-Gerente da Tecnil– Sociedade Técnica de Equipamentos Industriais de 1972 a 1975. Administrador Fundadorda Celulose do Tejo de 1965 a 1972. Actividade técnico-comercial na Tecnil – SociedadeTécnica de Equipamentos Industriais de 1962 a 1965. Director Técnico da CCUP –Companhia de Celulose do Ultramar Português de 1958 a 1962. Chefe de Laboratório,Engenheiro de Montagem e de Fabricação da Fábrica de Papel da Abelheira de 1952 a 1958.Engenheiro de Fabricação da Fábrica de Papel da Mitrena de 1950 a 1952.

Eng. João Manuel da Silveira Malheiro de Távora. [55 anos de idade] Vogal do Conselhode Impacte Ambiental da Portucel desde Março de 1996. Director Regional do Ordenamentodo Território da Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo desde 1991.

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Director das Comissões de Gestão do Ar de Lisboa e Barreiro/Seixal de 1986 a 1991. Chefeda Divisão da Qualidade do Ar e Ruído da Comissão de Coordenação da Região de Lisboa eVale do Tejo de 1986 a 1991. Responsável pelo Serviço de Estudos Internacionais daDirecção de Monómetros da Companhia Nacional de Petroquímica de 1980 a 1986.Coordenador do Sector de Poluição Atmosférica do Gabinete da área de Sines de 1977 a1980. Chefe do Departamento de Química da Central Térmica do Barreiro da EDP de 1975 a1977.

Prof. Eng. Rui Manuel Batista Ganho [59 anos de idade] Vogal do Conselho de ImpacteAmbiental da Portucel desde Março de 1996. Professor Catedrático da Faculdade de Ciênciase Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Professor Associado da Faculdade de Ciênciase Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Professor Auxiliar da Universidade Nova deLisboa. Segundo Assistente da Universidade de Luanda de 1970 a 1976. Segundo Assistenteda Universidade de Coimbra em 1966.

Eng. Serafim Manuel Cruz de Bragança Tavares [55 anos de idade] Vogal do Conselho deImpacte Ambiental da Portucel desde Março de 1996. Membro da Comissão de CiênciasAgrárias do PRAXIS XXI de 1994 a 1995. Coordenador do Projecto RAIZ – Instituto deInvestigação da Floresta e Papel de 1994 a 1995. Assessor do Conselho de Administração daPortucel de 1993 a 1995. Director de Investimentos da Portucel de 1992 a 1993. DirectorTécnico do Projecto de Papel da Soporcel de 1989 a 1991. Director Técnico do Projecto deOptimização da Soporcel de 1988 a 1989. Director Técnico da Soporcel de 1985 a1995.Director Industrial da Montarroio de 1981 a 1984. Membro do Conselho deAdministração de Frutas e Legumes da Vila Fria de 1981 a 1984. Consultor de EngenhariaP.M.E. de 1981 a 1984. Chefe do Departamento de Engenharia da Celnorte de 1976 a 1982.

Dr. Carlos Sousa Reis [57 anos de idade] Vogal do Conselho de Impacte Ambiental daPortucel desde Março de 1996. Investigador nos domínios de ecologia marinha, recursosmarinhos e pescas, impacte ambiental e ordenamento litoral. Docente Universitário daFaculdade de Ciências de Lisboa desde 1979. Gestor de empresas industriais detransformação do Sector Alimentar e Serviços de 1969 a 1979.

O endereço de contacto de todos os membros do Conselho de Impacte Ambiental é oseguinte:

Mitrena – Setúbal, Apartado 552901 – 861 Setúbal.

O Conselho de Impacte Ambiental funciona como órgão consultivo sendo que, de acordo como nº1 do artigo 24º dos estatutos da Portucel “é constituído por três a cinco personalidades, dereconhecida competência na área da defesa do ambiente, individualmente escolhidas eanualmente confirmadas pelo Conselho de Administração.”

Nos termos do nº2 do artigo 24º dos estatutos da Portucel “ao Conselho de Impacte Ambientalcompete fazer o acompanhamento e dar parecer sobre aspectos ambientais da actividade daEmpresa e, sempre que para tal for solicitado pelo Conselho de Administração, dar parecer eformular recomendações acerca do impacte ambiental dos empreendimentos da Sociedade,tendo especialmente em atenção as disposições legais sobre a matéria.”

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Fiscal Único

A Assembleia Geral da Portucel em 30/3/2001 deliberou que a Sociedade irá passar para oregime de Fiscal Único. A entidade eleita para o triénio 2001/2003 é a Belarmino MartinsEugénio Ferreira e Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas representada porAntónio Alberto Henriques Assis ou Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira.

O endereço de contacto do Fiscal Único é o seguinte:

Mitrena – Setúbal, Apartado 552901 – 861 Setúbal.

De acordo com o artigo 22º dos estatutos da Portucel, a fiscalização da Sociedade poderá serrealizada por um Fiscal Único ou por um Conselho Fiscal composto por três membrosefectivos e dois suplentes eleitos pela Assembleia Geral.

O Fiscal Único acompanha a actividade da Sociedade no âmbito da sua função fiscalizadora eelabora a este propósito relatórios trimestrais de contas a que as sociedades abertas estãoobrigadas.

O órgão de fiscalização pode ser coadjuvado por técnicos especialmente designados para esseefeito e ainda por empresa especializada em trabalho de auditoria (nº2 do artigo 23º dosestatutos da Portucel).

3.1.2 Remunerações

Os membros dos órgãos sociais, incluindo os membros da Mesa da Assembleia Geral e doConselho de Impacte Ambiental da Portucel auferiram durante os exercícios de 1998, 1999 e2000, remunerações no valor global de, respectivamente, 168.627, 103.859 e 215.672milhares de escudos com a seguinte distribuição:

1998 1999 2000Conselho de Administração 159.619 97.645 205.686Conselho Fiscal 8.119 5.305 9.513Conselho de Impacte Ambiental 820 840 280Assembleia Geral 69 69 193

168.627 103.859 215.672(em milhares de escudos)

3.1.3 Relações Económicas e Financeiras com o Emitente

Não existem quaisquer relações económicas ou financeiras entre a Portucel e os membros dosseus Órgãos de Administração e Fiscalização, nomeadamente transacções extraordináriasrealizadas pela Portucel – como, por exemplo, aquisições estranhas à actividade corrente aaquisição ou a cessão de elementos do activo imobilizado – no decurso do último exercício edurante o exercício em curso, ou empréstimos em curso concedidos pelo emitente ougarantias por ele prestadas em favor daqueles.

Os membros dos Órgãos de Administração abaixo indicados detinham, em 30 de Junho de2001, as seguintes acções da Portucel:

� Dr. Jorge Armindo de Carvalho Teixeira – 75.000 acções;� Eng. Luís Alberto Caldeira Deslandes – 40.000 acções;� Dr. Manuel Guilherme Oliveira da Costa – 1.000 acções.

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Nem os membros dos Órgãos de Administração acima identificados, nem os restantesmembros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da Sociedade e das Sociedades quecom ela se encontram em relação de domínio ou grupo são titulares de outras acções ouobrigações das mesmas sociedades.

3.2 Esquemas de Participação dos Trabalhadores

Não existem esquemas de participação dos trabalhadores no capital da Portucel.

3.3 Constituição e Objecto Social

A Portucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, S.A. foi constituída em 31 de Maio de1993, nos termos do Decreto-Lei nº 39/93 de 13 de Fevereiro, por destaque do património daPortucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal S.A. e na sequência do processo dereorientação estratégica que levou à reestruturação da sua organização e consequenteautonomização das suas diversas actividades em empresas distintas.

Segundo o disposto no artigo 3º dos Estatutos o objecto social da Portucel consiste em:

1- O objecto social consiste na produção e comercialização de pastas celulósicas e depapel e seus derivados e afins;

2- A sociedade pode, acessoriamente, explorar os serviços e efectuar as operações civis ecomerciais, industriais e financeiras relacionadas, directa ou indirectamente, no todo ouem parte, com o seu objecto ou que sejam susceptíveis de facilitar ou favorecer a suarealização;

3- Na prossecução do seu objecto, a sociedade poderá participar no capital de outrassociedades, constituídas ou a constituir, seja qual for o seu objecto, e mesmo queregidas por leis especiais, bem como associar-se, sob qualquer outra forma, comquaisquer entidades singulares ou colectivas, nomeadamente para formar agrupamentoscomplementares de empresas, consórcios e associações em participação ou outro tipode exercício de actividade económica.

A 4 de Dezembro de 2000 procedeu-se à alteração da denominação social da sociedade paraPortucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A..

3.4 Legislação que Regula a Actividade do Emitente

A Portucel rege-se pelos seus Estatutos, pelo Código das Sociedades Comerciais e demaislegislação aplicável às Sociedades Comerciais.

3.5 Informações Relativas ao Capital

O actual capital social da Portucel é de 435.000.000 de euros integralmente realizado e estárepresentado por 435.000.000 acções escriturais e nominativas, com o valor nominal de 1euro cada, com a seguinte distinção:

� 200.000.000 de acções ordinárias, das quais 7.400.000 acções não se encontramprivatizadas;

� 235.000.000 de acções de categoria “A”.

As acções de categoria “A” estão reservadas à titularidade do Estado, de empresas públicas oude sociedades anónimas de capitais maioritariamente públicos, e caracterizam-se por não seencontrarem sujeitas ao artigo 10º dos Estatutos da Empresa, que se aplica apenas a acções

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ordinárias; nos termos deste artigo não serão contados os votos que ultrapassem oscorrespondentes a 25% do Capital Social, quando os mesmos sejam emitidos com referência aacções ordinárias, por um só accionista em nome próprio ou como representante de outro. Deacordo com o artigo 5º dos Estatutos da Empresa, caso a titularidade das acções da categoria“A” deixe de pertencer ao Estado, a empresas públicas ou a sociedades anónimas de capitaismaioritariamente públicos, passarão aquelas acções a ficar definitiva e automaticamentesujeitas ao regime das acções ordinárias.

Em Assembleia Geral Extraordinária realizada a 2 de Julho de 2001, foi votadafavoravelmente uma proposta de aumento de capital social da sociedade para 767.500.000 deeuros, a realizar por novas entradas em dinheiro, através da emissão de novas acções com umvalor nominal de 1 euro cada uma, reservadas à subscrição dos actuais accionistas que a eleacorrerem.

De acordo com o artigo 6º dos Estatutos da Empresa, quando haja um aumento de capital, osaccionistas têm preferência na subscrição das novas acções, na proporção das que possuírem;nos termos do mesmo artigo, sempre que num aumento de capital haja accionistas querenunciem à subscrição das acções que lhe competiam, as mesmas podem ser subscritas pelosdemais accionistas, na proporção das suas participações. Ainda nos termos do mesmo artigo,nos aumentos de capital não podem ser emitidas acções da categoria “A” em proporçãosuperior à que resulta do número 2 do artigo 4º dos Estatutos da Empresa.

Em escritura pública de 9 de Novembro de 2000, foi efectuada a redenominação do capitalsocial da sociedade de 87.000.000.000$00 para 434.130.000 de euros, passando o referidocapital a ficar representado por 87.000.000 de acções de 4,99 euros cada, produzindo aredenominação efeitos reportados a 11 de Dezembro de 2000. Em consequência daredenominação para euros foi efectuado um aumento de capital por incorporação de reservaslegais no montante de 175.830 euros correspondentes a 35.250.660$00.

Na mesma escritura pública, foi efectuado, para produzir efeitos após a redenominaçãoreferida, o aumento do capital social para 435.000.000 de euros, passando a ficar representadopor 87.000.000 de acções de 5 euros cada. Este aumento de capital foi realizado porincorporação de reservas legais no montante de 870.000 euros, correspondentes a174.419.340$00.

Produzindo efeitos a partir do dia 25 de Janeiro de 2001, alterou-se o valor nominal dasacções de 5 euros para 1 euro cada (processo de stock split), ficando o capital da Portucelrepresentado por 435.000.000 de acções de valor nominal de 1 euro cada.

Nos últimos 3 anos, a Portucel não realizou mais nenhum aumento de capital com excepçãodos acima referidos e que foram consequência dos processos de redenominação erenominalização do seu capital.

No capítulo 4.1.1 Breve Historial encontra-se uma descrição mais detalhada da evolução daPortucel e sua estrutura de capital.

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O Decreto-Lei nº 166/2001, de 25 de Maio, aprovou a segunda fase do processo dereprivatização da Portucel, podendo ler-se no seu preâmbulo que “O programa deprivatizações para o biénio de 2000-2002, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministrosnº 71/2000, refere expressamente a prioridade, ao nível industrial, da reorganização do sectorda pasta e do papel, onde o Estado deverá consolidar o processo de reestruturação, prevendojá a alienação por parte do Estado da totalidade das participações que hoje ainda detém naPortucel.”. De acordo com o artigo 2º, número 1 do referido Decreto-Lei nº 166/2001, aoperação decorrerá em dois segmentos:

� O primeiro, na modalidade de aumento de capital da Portucel, a realizar por efeito daeventual fusão por incorporação da Soporcel na Portucel.

� O segundo, na modalidade de alienação, por concurso público, de um lote indivisível deacções com o valor nominal de 1 euro, que corresponder a 25% do capital social daPortucel com direito de voto. O diploma estipula ainda que no espaço de três anos acontar da data da alienação desse lote, o comprador ficará obrigado, se para tal forinterpelado pelo Estado mediante resolução do Conselho de Ministros, a adquirir um lotesuplementar de acções com o valor nominal de 1 euro, que corresponder até 15% docapital social da Portucel, nos termos da opção de venda regulada pelo artigo 7º doreferido diploma.

No contexto actual em que a Soporcel já é detida a 100% pela Portucel o primeiro segmento,referido naquele diploma, perdeu actualidade. Porém, de acordo com o teor do Despacho doSenhor Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, de 27 de Agosto de 2001, “… o aumentode capital a realizar, por entradas em dinheiro, pela Portucel, tem finalidadesubstancialmente idêntica ao previsto no artigo 2º, número 1, alínea a), do Decreto-Lei nº166/2001, de 25 de Maio, se encontra intimamente relacionado com a reestruturação dopróprio sector da pasta e do papel, e é feito “no âmbito” e “na sequência” do processo deprivatização…”.

3.6 Política de Dividendos

Dada a elevada ciclicidade da indústria, a empresa considera vantajoso promover aestabilização do nível de dividendos a distribuir, sendo esse propósito assumidoestatutariamente através da existência de uma reserva estabelecida para o efeito, a reforçaranualmente com um mínimo de 10% do lucro distribuível. Ao longo dos últimos anos, emfunção de uma política de expansão que teve concretização em recentes processos deaquisição, a Empresa adequou a política de dividendos às necessidades de mobilização defundos.

Os dividendos brutos pagos relativamente aos resultados dos últimos cinco exercícios foramos seguintes:

Dividendos por acçãoAno Civil Data de Pagamento Em escudos Em Euros

1995……………. 26/04/1996 45,00 0,221996……………. 24/04/1997 17,50 0,091997……………. 17/04/1998 25,00 0,121998……………. 27/05/1999 17,50 0,091999……………. 25/05/2000 17,50 0,092000*…………. 27/04/2001 6,09 0,03

* os dividendos de 2000 reflectem o stock split ocorrido em Janeiro de 2001, ou seja, dever-se-á multiplicar por 5 o valor acimareferido para se tornar comparável com os dividendos dos restantes anos

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3.7 Participações no Capital

Em 2 de Julho de 2001, as entidades detentoras de participações qualificadas no capital socialda Portucel nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários são as seguintes:

Accionista Nº acções detidas (%)Papercel SGPS, S.A. 242.400.000 55,72%Total Sonae 76.221.641 17,52% Sonae, SGPS, S.A. 73.118.393

Sonae Indústria, SGPS, S.A. 3.103.248

As empresas detentoras do capital da Papercel, SGPS, S.A. encontram-se descriminadas noponto 5.5 do presente prospecto.

A Papercel SGPS, S.A. detém 242.400.000 acções da Portucel sendo que 235.000.000 sãoacções de categoria A e 7.400.000 são acções ordinárias não privatizadas.

O quadro seguinte reflecte a evolução das participações qualificadas no capital social daPortucel que nos últimos três anos era representado por 87.000.000 acções:

31.12.1998 31.12.1999 31.12.2000Nº acções % Nº acções % Nº acções %

Papercel 48.480.000 55,72 48.480.000 55,72 48.480.000 55,72Sonae Wood Products 0 0 8.700.000 10,00 11.117.607 12,78Imparsa 3.531.900 4,06 0 0 0 0Sonae – Prod. eDerivados Florestais

3.710.500 4,26 0 0 0 0

Figest 1.457.600 1,68 0 0 0 0

Nota: Deve ser tido em consideração que o número de acções comparativamente com o quadro apresentado na página anterior ésubstancialmente inferior em virtude do stock split ocorrido em Janeiro de 2001.

3.8 Acordos Parassociais

A Portucel não tem conhecimento de quaisquer acordos parassociais da natureza dosmencionados no artigo 19º do Código dos Valores Mobiliários relativamente ao exercício dedireitos sociais na Portucel.

3.9 Acções Próprias

Em 30 de Junho de 2001, a Portucel e as sociedades onde esta participa, directa ouindirectamente, em mais de 50%, detém em carteira 60.500 acções próprias com o valornominal de 1 euro e valor contabilístico de 10.761 contos.

3.10 Representante para as Relações com o Mercado

Drª Leonor CardosoRelações com InvestidoresMitrena – Setúbal, Apartado 552901-861 SetúbalTelef: 265 729 437Fax: 265 729 457e-mail: [email protected]

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3.11 Sítio na Internet

O endereço da Portucel na Internet é www.portucel.pt.

3.12 Secretário da Sociedade

Dr. António da Cunha ReisSecretário da SociedadeR. Joaquim António de Aguiar, nº3, 7º, 1099-015 LisboaTelefone: 21 3824277Fax: 21 3871979e-mail:[email protected]

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4. INFORMAÇÕES RELATIVAS À ACTIVIDADE DA ENTIDADE EMITENTE

4.1. Actividades e Mercados

4.1.1 Breve Historial

A Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, EP, foi criada em 1976 pelo decreto-lei n.º 554-A/76, de 14 de Julho, como resultado da fusão de cinco empresas que tinham sidonacionalizadas no ano anterior:

� CPC – Companhia Portuguesa de Celulose, Sarl� SOCEL – Sociedade Industrial de Celulose, Sarl� CELTEJO – Celulose do Tejo, Sarl� CELNORTE – Celulose do Norte, Sarl� Celulose do Guadiana, Sarl

Mediante o Decreto-Lei n.º 405/90, de 21 de Dezembro, verificou-se a alteração da naturezajurídica da Empresa, que foi convertida de pessoa colectiva de direito público (Portucel EP)em sociedade anónima (Portucel SA).

Em 31 de Maio de 1993 foi concretizado o plano de reestruturação da Empresa, que resultouna constituição de diversas sociedades controladas a 100%, directa ou indirectamente, pelaholding do Grupo, a Portucel-SGPS.

Este plano de restruturação, implementado com base no Decreto-Lei n.º 39/93, conduziu àadopção de uma estrutura organizacional que autonomizou as diferentes áreas de negócio:

PORTUCELSGPS

PORTUCELFLORESTAL

PORTUCELEMBALAGEM

PORTUCELVIANA

PORTUCELRECICLA

PORTUCEL TEJO

PORTUCEL INDUSTRIAL

GESCARTÃO SGPS TECNOCEL

100%

40% 65%65%60%

100% 100%100%

100% 35%35%

Nessa altura, a Portucel (então denominada Portucel Industrial) dedicava-se, entre outrasactividades, à produção e comercialização de pasta para papel nas suas duas unidades fabris:Cacia e Setúbal, e à produção de pasta crua integrada na produção de papel Kraftsaco naunidade fabril de Cacia.

Em 1995, foi efectuada a Oferta Pública Inicial da Portucel, tendo a Portucel SGPS alienado38.520 mil acções representativas de 44,3% do capital social da Empresa.

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Em Dezembro de 1998 a Portucel SGPS e a Partest (actualmente designada Parpública)constituíram a Papercel (holding que congrega as participações do Estado no sector)mediante a transferência para esta das acções que detinham na Portucel, Papéis Inapa e InapaIPG e na Soporcel, respectivamente, detendo cada um dos accionistas 50% da nova empresa.

No final de 1999, a Portucel procedeu à autonomização do negócio de Kraftsaco, o qual seriaposteriormente alienado dentro de uma lógica de concentração da Empresa no seu corebusiness. Esta decisão permitiu reafectar recursos tecnológicos para a produção de pasta emCacia, cuja capacidade aumentou para aproximadamente 260.000 ton./ano.

No princípio do ano de 2000 a Portucel iniciou o seu processo de integração em papel deimpressão e escrita, com a aquisição da participação de 72,5% da Inapa IPG na Papéis Inapapor 85,8 milhões de euros e dos restantes 27,5% detidos pela Papercel por 20,5 milhões deeuros, tendo o subsequente processo de fusão entre aquelas empresas sido formalmenteconcretizado através de escritura pública celebrada em 9 de Novembro de 2000 e ocorrespondente registo comercial efectuado em 4 de Dezembro de 2000.

Em 12 de Dezembro de 2000, a Portucel celebrou um contrato de promessa de compra evenda com a Arjo Wiggins Appleton, p.l.c., accionista que detinha indirectamente 40% docapital social da Soporcel. Esta aquisição foi concretizada em 12 de Fevereiro de 2001através da passagem em bolsa do lote de acções correspondentes a 40% do capital daSoporcel.

O facto supra referido conduziu à obrigatoriedade do lançamento de uma OPA sobre aSoporcel, uma vez que a Portucel é uma sociedade dominada pela Papercel e de, a partir de12 de Dezembro de 2000, terem passado a ser imputados à Papercel mais 40% dos direitos devoto correspondentes ao capital social da Soporcel, inerentes às acções detidas pela AWA,perfazendo 80% dos direitos de voto. A oferta pública de aquisição lançada pela Portucelsobre a totalidade do capital disperso da Soporcel (20%) decorreu entre 30 de Março e 18 deMaio de 2001, tendo a Portucel adquirido 97% das acções sujeitas a OPA, passando acontrolar 99,4% do capital da empresa.

A Portucel celebrou com a Papercel, em 13 de Dezembro de 2000, um contrato de promessade compra e venda, nos termos do qual esta empresa prometeu vender àquela a participaçãode 40% que detinha no capital social da Soporcel, a um preço de 18,00 euros por acção.

Em 15 de Junho de 2001 foi publicado o anúncio de registo de aquisição potestativa de389.113 acções da Soporcel, passando a Portucel a controlar, conjuntamente com a Papercel,100% do capital social daquela empresa.

Em 28 de Junho de 2001 a Portucel adquiriu à Papercel 40% do capital social da Soporcel,detendo a partir desta data, 100% da Soporcel.

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A estrutura actual da Portucel, incluindo as suas principais participadas é a seguinte:

SOPORCELflorestas

pasta brancapapéis finos

INAPA IPGdistribuição

PAPERCEL, SGPS

55,7%

ENCEflorestas

pasta branca

8,0%

22,6%

PORTUCELFLORESTAL

florestas

60,0%

PORTUCELpasta brancapapéis finos

ALIANÇA FLORESTAL

serviços florestais

50,0%

50,0%

100%

RAIZ

I & D

43,0%

43,0%

8,0%

O Decreto-Lei nº 166/2001, de 25 de Maio, aprovou a segunda fase do processo dereprivatização da Portucel. De acordo com este diploma a operação deverá decorrer em doissegmentos, tal como referido no ponto 3.5 deste prospecto.

Em 19 de Junho de 2001, a Portucel celebrou com o Grupo Empresarial Ence um acordo debases de colaboração industrial, nos seguintes termos:

“I – objectivos e campos de potencial colaboração:

Sem detrimento dos princípios da livre concorrência, como corresponde a duas empresas doâmbito da União Europeia, ambas consideram que a colaboração entre elas pode traduzir-seem ganhos significativos nos seguintes objectivos da sua própria actuação empresarial:

1. Aumento da produtividade das respectivas massas florestais através da utilização dosmelhores desenvolvimentos da planta clonal e a aplicação das práticas e técnicas desilvicultura mais eficazes.

2. Optimização dos processos de exploração dessas massas, mediante a sua progressiva emais eficaz mecanização, tanto em técnicas como em equipamentos especializados.

3. Cobertura das importações de madeira de fora da Europa, dirigidas a paliar o déficeexistente de produção de madeira na península ibérica, e optimização dos seus custos.

4. Garantir a competitividade dos produtos transformados de madeira ibérica, em termos documprimento da gestão sustentada, promovendo a certificação florestal pan-europeia(pefc) entre os proprietários de terrenos florestais situados nas suas zonas geográficas deinfluências.

5. Aproveitamento de oportunidades em energias renováveis com projectos energéticos e deprodução de electricidade.

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6. Diferenciação da fibra de celulose de eucalipto globulus para aumentar ainda mais o seuatractivo para a fabricação de papéis, através de programas de investigação e demarketing, que identifiquem, potenciem e comuniquem as características deste produtofrente às fibras competidoras.

7. Melhoramento contínuo dos processos de fabricação da celulose com especial ênfase naminimização do impacto ambiental, e,

8. Em geral, diluir os riscos de investimentos de expansão ou diversificação que venha aefectuar uma ou outra empresa, e em que existam aspectos de convergência dentro dassuas próprias estratégias na península ibérica ou no exterior.

II – alcance e desenvolvimento do acordo:

Os acordos específicos que permitam desenvolver os objectivos e campos de colaboraçãodescritos neste acordo de bases, identificarão para cada caso os instrumentos e as fórmulasconcretas e mais apropriadas para alcançar os objectivos.

Constitui-se uma comissão de acompanhamento deste acordo de bases integrada pelo Exmo.Sr. Jorge Armindo C. Teixeira, por parte da Portucel, e pelo Exmo. Sr. Juan Villena Ruiz-Clavijo, por parte da Ence, bem como por mais duas pessoas de cada uma das partes, queserão nomeadas para esse efeito.

Esta comissão, além de materializar acordos específicos, propiciará a adopção de posiçõescomuns em defesa dos interesses ibéricos nos foros sectoriais internacionais.

E por estarem de acordo, ambas as partes procedem a assinatura do presente documento, emduplicado, no lugar e data supra citados.”

No âmbito da OPV da Ence, que foi concluída em Julho de 2001, a Portucel adquiriu 260.817acções desta empresa. Após a referida aquisição, a Portucel passou a deter 2.037.600 acçõesda Ence, correspondentes a 8% do seu capital social.

4.1.2 Síntese das Actividades Desenvolvidas

A Portucel é um dos produtores europeus mais importantes de pasta branqueada de eucaliptopelo processo “Kraft” (BEKP) e, após a aquisição da Papéis Inapa e da Soporcel passou aocupar um lugar de destaque no ranking dos produtores de papel de impressão e escrita nãorevestido da Europa.

A floresta propriedade da Portucel (através das suas participadas Portucel Florestal, Lazer eFloresta e Celpinus) é gerida pela Aliança Florestal, a qual é responsável por cerca de 106mil ha de terrenos controlados pela Empresa, com destaque para os cerca de 70 mil ha deeucaliptais e, ainda, de 60 mil ha de terrenos da Soporcel, que incluem cerca de 55 mil ha deeucaliptais.

Nos últimos 5 anos foram fornecidas, de matas controladas por empresas participadas daPortucel, aproximadamente 21%, em média, das quantidades consumidas de madeira, sendo oremanescente adquirido pela Empresa a outros produtores, essencialmente nacionais. O graude auto-abastecimento nestes últimos anos tem sido mais baixo devido ao esforço feito pelaEmpresa no sentido de incrementar a sustentabilidade dos seus eucaliptais.

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Nos últimos anos a capacidade de produção de pasta da Portucel aumentou cerca de 23%,evoluindo de 585.000 ton/ano no final de 1994 para um valor actual situado nas 730 milton/ano de pasta branqueada de eucalipto. Desta capacidade, mais de 500 mil ton/ano sãopara venda no mercado, o que lhe permite ser, segundo a Hawkins Wright, o segundoprodutor europeu deste tipo de pasta para mercado. A Portucel dispõe, igualmente, de umacapacidade de produção de 270.000 ton/ano de papel de impressão e escrita, na sequência daaquisição da Papéis Inapa.

A fábrica de papel de Setúbal encontra-se ligada à unidade produtora de pasta via pipeline, oque possibilita o abastecimento de pasta sob a forma de uma solução aquosa. Em 2000, cercade 36% da pasta produzida na fábrica de Setúbal, foi integrada na produção de papel.

Os significativos investimentos realizados ao longo dos anos pela Portucel permitiram umaumento da competitividade das suas unidades fabris, dispondo os Centros Fabris de Setúbale Cacia de equipamento moderno e competitivo, com especial destaque para o primeiro que, anível mundial, é uma das unidades melhor apetrechadas para a produção de pasta. Assim e deacordo com a Hawkins Wright os produtores portugueses de BEKP, entre os quais se inclui oGrupo PortucelSoporcel, apresentam dos menores custos de produção a nível europeu.

A Europa constitui o mercado natural da pasta produzida pela Empresa, uma vez que dispõede menores custos de transporte e de prazos de entrega mais curtos comparativamente aosconcorrentes localizados fora deste continente e que igualmente produzem este tipo de pastas.

Os clientes de pasta da Portucel são fundamentalmente empresas papeleiras que se dedicam àprodução de papéis de impressão e escrita e de outros papéis de elevado valor acrescentado, oque realça bem a qualidade superior da BEKP. Este tipo de pastas cresceu, a nível mundial ede acordo com a Hawkins Wright, a uma taxa média anual de cerca de 8,6% ao ano entre1990 e 2000, ou seja, praticamente o triplo do total de pasta para mercado.

Com a aquisição e posterior fusão com a Papéis Inapa, a Portucel passou a produzir papel deimpressão e escrita, tornando-se numa empresa semi-integrada de produção de pasta e papel.Deste modo reduziu a exposição à elevada ciclicidade do negócio da pasta.

O papel produzido pela Empresa é de elevada qualidade, devido às características da pasta deeucalipto empregue na sua produção e à qualidade das máquinas e processos da Portucel. Acomercialização do papel pode ser feita sob a forma de bobines ou formatos. As vendas deformatos, que têm um maior valor acrescentado, têm vindo a ganhar peso no mix de vendas,representando actualmente cerca de 76% das vendas de papel.

O número de trabalhadores aumentou em 14% entre o final de 1996 e o final de 2000,evoluindo de 1.076 trabalhadores para 1.230. Se retirarmos o efeito da fusão com a PapéisInapa que acrescentou 497 trabalhadores em 2000, verifica-se um decréscimo de 32% nonúmero de trabalhadores da Portucel no período em análise.

Com a aquisição integral da Soporcel, a Portucel passou a controlar os activos desta, sendode destacar os 55 mil ha de povoamentos de eucalipto, uma unidade de produção de pastabranqueada de eucalipto com uma capacidade anual de produção de 480 mil toneladas e duasmáquinas de produção de papel de impressão e escrita não revestido, com uma capacidadeanual de produção total de 740 mil toneladas. As unidades industriais da Soporcel são damais elevada tecnologia, principalmente na produção de papel, onde regista índices deprodutividade que comparam muito favoravelmente com os padrões europeus.

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4.1.3 Produtos

Os produtos da Portucel são a pasta branqueada de eucalipto (BEKP) e o papel de impressãoe escrita não revestido do tipo woodfree (UWF). As unidades fabris de Setúbal e Caciatinham, em finais de 2000, as seguintes capacidades nominais de produção:

Capacidade de produção (toneladas/ ano)BEKP UWF

Setúbal 470.000 270.000

Cacia 260.000 -

Total 730.000 270.000

O principal produto da Portucel é ainda a pasta branqueada de eucalipto, utilizada comomatéria prima na produção de diferentes tipos de papéis, nomeadamente impressão e escrita,tissue de qualidade superior, papéis especiais e de fotografia.

Toda a pasta produzida pela Portucel é ECF - elemental chlorine free -, o que significa que ocloro elementar não é utilizado no processo produtivo, reduzindo-se por esta via a cargapoluente nos efluentes líquidos.

O papel de impressão e escrita produzido divide-se em duas categorias principais: papéis deescritório (Copier) que de acordo com os níveis de qualidade têm a designação de A, B ou C,e papéis Offset. Estes papéis podem ser comercializados quer em bobinas quer em formatoscom diversas gramagens e dimensões.

A Portucel produziu até 1999, pequenas quantidades de papel de impressão e escritarevestido do tipo woodfree (CWF) nas instalações da ex–Papéis Inapa, tendo descontinuado aprodução devido à sua reduzida competitividade.

A Soporcel, empresa participada a 100% pela Portucel, produz igualmente pasta branqueadade eucalipto e papel de impressão e escrita não revestido, dispondo da seguinte capacidadeinstalada:

Capacidade de produção (toneladas/ ano)BEKP UWF

Lavos 480.000 740.000

Total 480.000 740.000

Deste modo, o Grupo PortucelSoporcel dispõe actualmente duma capacidade de produçãoanual de cerca de 1,2 milhões de toneladas de BEKP e 1 milhão de toneladas de UWF.

4.1.4 Mercados e posicionamento

4.1.4.1 Pasta de papel

Caracterização dos diferentes tipos de pasta de papel

A pasta de papel pode ser produzida a partir de vários tipos de madeira, podendo estes seragrupados em dois grandes grupos em função das suas características físicas: hardwood esoftwood, correspondendo respectivamente a madeira de folhosas e de resinosas.

A pasta hardwood é produzida a partir de madeira de fibras curtas, sendo sobretudo utilizadapara a produção de papel para usos gráficos, uma vez que lhes confere uma boa capacidade

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de impressão, lisura, brilho e opacidade, sendo produzida basicamente a partir da bétulaescandinava e russa, dos eucaliptos oriundos da América do Sul e da Europa do Sul e damistura de folhosas variadas, da América do Norte, da Europa Central e da Ásia.

A pasta softwood é produzida a partir de madeira de fibras longas, o que confere maiorresistência ao papel, pelo que é utilizada fundamentalmente para a produção de papéis querequerem maior resistência mecânica, tais como o papel e cartão para embalagem, sendonormalmente produzida a partir de madeira de pinho e de outras coníferas que sedesenvolvem sobretudo em climas nórdicos, nomeadamente no Canadá, EUA e Rússia, e nospaíses do norte da Europa.

Do ponto de vista produtivo distinguem-se o processo mecânico e o processo químico, osquais conduzem à produção de diferentes tipos de pasta de papel.

O processo mecânico tritura a madeira sem separar os seus dois componentes básicos:celulose e lenhina. Uma vez que a lenhina é incorporada no produto final, o processomecânico tem a vantagem de conseguir obter uma elevada rentabilidade, sendo cerca de 80-90% da madeira convertida em pasta. Contudo, o papel torna-se mais facilmente amarelo edesintegrável, pelo que este processo é utilizado sobretudo para a produção de papéis parajornais e algumas revistas.

No processo químico, a lenhina é separada da fibra através de produtos químicos e de calor.Este processo apresenta uma rentabilidade inferior, traduzida na conversão de cerca de 50%da madeira em pasta, permitindo no entanto produzir pastas de melhor qualidade, destinadasà produção de papel de impressão e escrita, cartão, alguns tissues e papel de qualidadesuperior.

O processo químico pode ainda ser subdividido, de acordo com os produtos químicosutilizados, no processo ao sulfato (ou kraft) e no processo ao sulfito. Os dois tipos de pastamais importantes do processo ao sulfato são o BSKP (Bleached Softwood Kraft Pulp) e oBHKP (Bleached Hardwood Kraft Pulp).

A pasta de papel produzida pela Portucel e pela Soporcel, enquadra-se dentro do grupodenominado BHKP, e mais especificamente BEKP (Bleached Eucalyptus Kraft Pulp), namedida em que recorre unicamente à madeira de eucalipto.

Mercado da pasta de papel1

Actualmente, a capacidade de produção de pasta de papel, a nível mundial, ascende a cercade 176 milhões de toneladas por ano, das quais apenas 43 milhões de toneladas (24%)representam pasta para mercado, encontrando-se o remanescente integrado na produção depapel.

Da pasta para mercado, cerca de 5 milhões de toneladas (11%) são pastas cruas e mecânicas,sendo os restantes 38 milhões de toneladas pastas branqueadas, das quais cerca de 20 milhõesde toneladas referem-se a pastas de fibras longas ao sulfato (BSKP), 17 milhões de toneladasa pastas de fibras curtas ao sulfato (BHKP) e 1 milhão de toneladas a pastas ao sulfito.

As pastas BHKP são produzidas em diversas regiões do mundo, sendo pela sua relevância dedestacar a América do Norte, a América do Sul, a Ásia, a Península Ibérica e os Países

1 Os dados relativos ao mercado da pasta referidos neste ponto têm como fonte a Hawkins Wright

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Nórdicos, que em 2000 possuíam 27%, 23%, 21%, 12% e 9% respectivamente do total decapacidade instalada mundialmente.

Tem-se vindo a assistir a uma tendência clara de deslocação da indústria de pasta de papel dohemisfério norte para o hemisfério sul, em resultado dos fortes investimentos de aumento decapacidade efectuados em particular na América Latina e na Ásia, especialmente naIndonésia.

A produção de pasta de papel para mercado evoluiu, entre 1973 e 2000, de 21 para 39milhões de toneladas, o que correspondeu a um crescimento médio anual na ordem dos 2,3%:

Produção de pasta de papel para mercado1973 2000E CAGR

106 ton. % 106 ton. % %BSKP 7,6 36% 18,1 46% 3,3%

BHKP 4,9 23% 15,6 40% 4,4%BEKP 0,4 2% 6,5 17% 11,2%Outras 4,5 21% 9,1 23% 2,6%

Sulfito 3,8 18% 1,1 3% -4,5%

UKP 2,7 13% 1,8 5% -1,6%

Mecânicas 2,1 10% 2,7 7% 0,9%

Total 21,1 100% 39,3 100% 2,3%

Tipo de pasta

Fonte: Hawkins Wright, Junho 1994 e Novembro de 2000.Nota: UKP – Unbleached Kraft Pulp.

Durante este período de mais de um quarto de século, assistiu-se a uma alteração significativados padrões de consumo dos diferentes tipos de pasta, tendo-se verificado um aumento dopeso da procura de pastas branqueadas ao processo kraft, que evoluiu entre 1973 e 2000, de59% para 86% do total da procura de pasta para mercado, em detrimento da pasta ao sulfito edas pastas não branqueadas, cujo peso conjunto passou de 41% do total das pastas em 1973para 14% em 2000.

As pastas hardwood, ao longo dos últimos 27 anos, foram as que apresentaram maiorescrescimentos, sendo de destacar a BEKP com um crescimento médio anual de cerca de11,2%, o que se justifica em grande parte pela competitividade proporcionada pelo eucalipto,quer em termos de produtividade florestal, possibilitando menores custos de produção, querem termos da qualidade do produto final, na medida em que apresenta propriedades muitoadequadas à produção de papéis de impressão e escrita.

A alteração dos padrões de consumo supra descrita é compreendida na medida em que, aindaque existam diferenças ao nível da aptidão das pastas na produção de papéis diferenciados, aspastas possam ser, dentro de certo grau, tecnicamente substituíveis, o que acontece sobretudono segmento das pastas químicas, e mais especificamente dentro de cada tipo (BSKP eBHKP).

A Europa Ocidental representa o maior mercado mundial de pastas BHKP para mercado, comuma quota de cerca de 40%, sendo seguida pela Ásia, com cerca de 33% e da América doNorte (EUA e Canadá) com cerca de 17%. A posição de liderança do mercado europeu naprocura de pastas hardwood é ainda reforçada no caso específico da BEKP, onde apresentauma quota de mercado de 52%, seguida pela Ásia e pela América do Norte, com 21% e 12%,respectivamente.

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4.1.4.2 Papel

Caracterização dos diferentes tipos de papel

O papel é usualmente subdividido em cinco grandes categorias: papel de jornal, papel deimpressão e escrita, papel tissue, papel para embalagem e papéis especiais.

O papel de jornal é feito com base em pasta mecânica, podendo recorrer a uma utilizaçãosuplementar de fibra reciclada.

No caso do papel de impressão e escrita consideram-se tradicionalmente duas subcategorias:o papel groundwood e o papel woodfree. O papel groundwood é feito à base de pastamecânica, mas é mais suave e brilhante que o papel de jornal, sendo utilizado basicamentepara a produção de revistas, catálogos e direct mail. O papel woodfree é feito à base de pastaquímica, podendo ser revestido (com uma ou mais camadas de inertes) ou não revestido. Opapel não revestido é utilizado maioritariamente para papel de fotocópia, offset e escrita,enquanto o papel revestido é basicamente usado para a elaboração de brochuras e para aprodução de revistas de alta qualidade, uma vez que o revestimento lhe confere maisbrancura, opacidade e melhor acabamento superficial.

O papel tissue é feito tipicamente a partir de fibras curtas branqueadas, tendo umaincorporação significativa de papéis reciclados e destina-se a usos sanitários e domésticos.

Dentro dos papéis para embalagem encontram-se os kraftsacos, utilizados para vários finsindustriais (sacos de cimento, de rações, etc.) e os cartões propriamente ditos. Dentro destesincluem-se: os krafliners, papéis com boas características de resistência e por isso fazendopouco uso das fibras recicladas, que se utilizam para fazer as faces superiores e inferiores daspranchas de cartão canelado; os flutings, papéis ondulados feitos essencialmente à base defibra reciclada; os testliners, semelhantes aos kraftliners mas feitos à base de fibras recicladassendo por isso menos resistentes; e os bleached, cartão de alta qualidade utilizado para aembalagem de produtos alimentares e para a produção de pratos de papel.

Os papéis especiais incluem, entre outros, papéis de fibra de algodão da mais alta qualidadedestinados ao fabrico de notas, certificados financeiros e selos postais, e papéisautocopiativos que permitem copiar ou imprimir através de tecnologias especiais.

Em 1999 o papel de embalagem e o papel de impressão e escrita representavam os papéis demaior consumo na Europa Ocidental, com quotas de respectivamente 39% e 37%, seguidosdo papel de jornal (13%), do papel tissue (7%) e dos papéis especiais (4%) de acordo com oboletim estatístico de 1999 da Confederação Europeia da Indústria Papeleira (CEPI).

Mercado de papel de impressão e escrita do tipo woodfree2

Actualmente a capacidade de produção anual de papel de impressão e escrita do tipowoodfree na Europa Ocidental é de cerca de 20 milhões de toneladas, repartidasequitativamente entre papel não revestido e revestido.

No que respeita a 1999, a Alemanha ocupou a posição de liderança na capacidade produtivade papel woodfree revestido, com uma quota de 22%, logo seguida da Finlândia (16%), daItália (11%) e da França (10%). Relativamente ao papel woodfree não revestido, os países

2 Os dados relativos ao mercado de papel referidos neste ponto têm como fonte o relatório de Agosto de 2000 da EMGE &

Company– Paper Industry consultants

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europeus com maior capacidade instalada são a Finlândia (17%), a França (15%), aAlemanha (15%) e a Suécia (12%), tendo Portugal ocupado a sexta posição com uma quotade 6%.

A procura de papel de impressão e escrita do tipo woodfree na Europa Ocidental cresceu, noperíodo entre 1980 e 1999, de 5 milhões para 17 milhões de toneladas, traduzindo-se numcrescimento médio anual de cerca de 6,6%. Entre o consumo deste tipo de papéis, osrevestidos, que representam actualmente 45% do consumo global, registaram neste períodoum crescimento médio anual de 9%, enquanto os papéis não revestidos, que representamactualmente 55% do consumo global, apresentaram um crescimento médio anual de 5,3%.

A Alemanha foi, em 1999, o principal mercado consumidor da Europa Ocidental de papel deimpressão e escrita do tipo woodfree, com uma procura de cerca de 3,7 milhões de toneladas.No que respeita ao consumo de papel revestido, a Alemanha teve uma quota de mercado de22%, seguida do Reino Unido (21%), da França (16%) e da Itália (12%). Relativamente aoconsumo de papel não revestido, são também estes quatro países os principais consumidores,com quotas de 22%, 18%, 16% e 12%, respectivamente. A Península Ibérica apresentou nosegmento de papel não revestido uma quota de mercado de cerca de 6%, correspondente auma procura de 840 mil toneladas.

Actualmente, a Europa Ocidental é claramente superavitária no papel woodfree revestido,embora se admita que esta tendência se venha a esbater no futuro. No caso do papel woodfreenão revestido, a capacidade actualmente instalada é ligeiramente superior ao consumo,estimando-se que no futuro o crescimento da procura face à evolução perspectivada para ocrescimento da capacidade instalada venha a inverter esta situação. Este facto deverá resultarno acréscimo das importações que já actualmente se verificam, levando a que a EuropaOcidental tenha de recorrer ao mercado externo como forma de superar o défice.

4.1.4.3 Preços

Nos últimos dez anos, os preços trimestrais da pasta e do papel UWF Copier B apresentaramo seguinte comportamento:

Evolução dos preços da pasta BEKP e do papel Copier B

200

400

600

800

1.000

1.200

1990

-1ºT

1990

-3ºT

1991

-1ºT

1991

-3ºT

1992

-1ºT

1992

-3ºT

1993

-1ºT

1993

-3ºT

1994

-1ºT

1994

-3ºT

1995

-1ºT

1995

-3ºT

1996

-1ºT

1996

-3ºT

1997

-1ºT

1997

-3ºT

1998

-1ºT

1998

-3ºT

1999

-1ºT

1999

-3ºT

2000

-1ºT

2000

-3ºT

2001

-1ºT

� /

ton

BEKP Copier B

O gráfico anterior ilustra bem que a indústria da pasta de papel é caracterizada por umaelevada ciclicidade, sendo a pasta NBSK o principal referencial de preços utilizado a nívelmundial. Os preços da pasta BEKP acompanham de uma forma geral a evolução deste

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referencial. Os preços do papel woodfree não revestido do tipo Copier B apresentam umaevolução também marcadamente cíclica, embora menos acentuada quando comparada com aevolução dos preços da pasta e são utilizados como referencial para os preços do papelproduzido pela Portucel.

Entre os preços da pasta e os preços do papel verifica-se a existência de uma estreitacorrelação, embora com um pequeno desfasamento temporal, que tem vindo a ser diluído nosúltimos anos. Este desfasamento é entendido no sentido em que, ao longo da cadeia que vaidesde a produção de pasta até ao consumidor final, parte do impacto resultante das variaçõesdos preços vai sendo absorvido e atrasado em cada estágio.

Após a alta de preços registada em 1995, a indústria entrou numa fase baixa do ciclo,justificada fundamentalmente pelo excesso de oferta provocado pela entrada emfuncionamento de novos projectos e pela crise asiática, tendo-se verificado nesse mesmo anouma taxa de sobrecapacidade da pasta BHKP de 8%, agravada em 1996 para cerca de 11%.

O final da crise asiática e a recuperação da economia mundial constituíram factoresdeterminantes para crescimento verificado da procura, que permitiu que os preçosmantivessem uma tendência de evolução positiva, entre o final de 1996 e o final de 1998.

No final de 1998 iniciou-se novamente um ciclo de preços ascendentes, tendo o preço portonelada da pasta BEKP aumentado de 363 euros no último trimestre de 1998 para 795 euros,no final de 2000, sendo de registar, no entanto, a inversão desta tendência nos primeirosmeses de 2001.

4.1.5 Produção e Vendas

4.1.5.1 Actividade Produtiva

Os produtos da Portucel são a pasta branqueada de eucalipto e o papel de impressão e escritanão revestido. Para além destes, a Empresa produziu, até 1999, papel de impressão e escritarevestido (CWF) e papel Kraftsaco. A evolução da produção no período compreendido entre1995 e 2000 foi a seguinte:

Produção (milhares de toneladas) *

1995 1996 1997 1998 1999 2000 Cresc. médioanual

BEKP 557 517 589 596 621 642 2,9%- Cacia 188 157 185 175 193 195 0,7%- Setúbal 369 360 404 421 428 447 3,9%

UWF 147 168 180 204 213 252 11,4%

CWF 18 16 14 14 8 - -

Kraftsaco 52 51 60 59 57 - -

* inclui produção da ex-Papéis Inapa.

Do quadro supra resulta que a produção de pasta teve um crescimento médio anual de 2,9% eque resultou essencialmente de pequenas melhorias na produtividade das fábricas.

No caso de Cacia importa referir que a produção de papel Kraftsaco foi interrompida em1999, tendo a unidade de produção de pasta que lhe servia de suporte, sido convertida para aprodução de pasta branqueada de eucalipto. Esta mudança não se reflecte ainda num aumentode produção na unidade de Cacia devido à duração da paragem necessária para realizar estaoperação.

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Em relação ao papel, a Portucel tem vindo a registar, anualmente, novos máximos deprodução de papel não revestido, como resultado de pequenas melhorias de eficiência nassuas máquinas e um aumento da capacidade da Máquina de Papel 3 (MP3) em 1997.

O principal produto da Soporcel é o papel de impressão e escrita não revestido de altaqualidade.

A Soporcel iniciou em Julho de 2000 a sua estratégia de integração vertical, com o arranqueda segunda máquina de papel (MP2).

Em 1984 iniciou a sua actividade com a produção de pasta branqueada de eucalipto, cujafábrica foi optimizada em 1987. A Soporcel iniciou em 1991 a produção e comercialização depapel de impressão e escrita, mediante a instalação da primeira máquina de papel (MP1), comcapacidade de cerca de 250 mil ton/ano, o que possibilitou a integração parcial da pastaproduzida.. Em 1993 foi eliminada a utilização de cloro elementar na produção de pasta e em1995 procedeu-se a um aumento de capacidade da MP1 para 290 mil ton/ano, introduzindono mesmo ano a utilização de carbonato de cálcio precipitado no fabrico de papel.

Em 2000 a Soporcel instalou a segunda máquina de papel (MP2) a par de uma instalação decogeração de energia com base em gás natural, completando a sua estratégia de integraçãototal da pasta produzida.

A produção da Soporcel teve a seguinte evolução nos últimos 6 anos:

Produção (milhares de toneladas)

1995 1996 1997 1998 1999 2000 Cresc. médioanual

BEKP 396 423 451 441 466 465 3,3%

UWF 259 286 309 297 320 413 9,8%

A produção de UWF durante o ano de 2000 registou um aumento de cerca de 29%relativamente ao ano anterior, resultante, essencialmente, da entrada em funcionamento, emJulho de 2000, da segunda máquina de papel (MP2).

Descrição dos processos produtivos

Os Centros Fabris de Setúbal, Cacia e Lavos (Soporcel) utilizam o processo kraft ou aosulfato, representado esquematicamente no diagrama seguinte:

Diagrama de Produção de Pasta

Parque de Madeiras

Caustificação

Digestor

Caldeira de Recuperação

Branqueamento

ENERGIACaldeira de Casca

Máquinade secar

MadeiraBarco

ComboioCamião

Pasta líquida

PipelineIntegração

Mercado

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O processo produtivo começa com a transformação dos toros em aparas de madeira que sãoposteriormente transportadas aos digestores, onde sofrem um processo de cozimento atravésdo qual a celulose (fibras) é separada da lenhina. Após o cozimento, a pasta é lavada pararemoção dos produtos químicos e a lenhina é dissolvida, passando por uma fase de crivagemem que são removidos os nós e incozidos, e finalmente branqueada e depurada. Neste estádiodo processo produtivo procede-se à transferência desta pasta para a produção de papel,passando ainda a pasta que se destina a venda por um processo de secagem e embalagem.

Durante o processo produtivo é feita uma constante recuperação dos produtos químicos, quesão regenerados e de novo utilizados no processo. A lenhina, que no cozimento se separa dafibra celulósica, é utilizada como combustível na produção de energia, o que permite aoprocesso ser auto-suficiente, ou mesmo excedentário, em energia.

O processo produtivo das fábricas de papel da Portucel e da Soporcel é representado deforma esquemática e simplificada pelo diagrama de blocos seguinte:

Diagrama de Produção de Papel de Impressão Escrita

Pastas de papel

Produtos Químicos

Preparação de Pastas Máquina de Papel Bobinadora

Cortadoras

Embalagem Armazenagem deBobines

Armazenagem deformatos

A BEKP, principal matéria-prima da fábrica de papel da Portucel, é recebida na forma desolução aquosa, através do pipeline que liga esta unidade à fábrica de pasta de Setúbal, sendoadicionada às pastas de fibra longa que sofreram uma primeira operação de desintegração eàs fibras recuperadas do processo.

O Centro Fabril de Lavos, integra igualmente a produção de BEKP na produção de papel,dispondo de duas máquinas de produção de papel de impressão e escrita.

Na fase de preparação de pastas são adicionados diversos produtos químicos, nomeadamente,carbonato de cálcio, amido, corantes, branqueadores ópticos, colas e agentes de retenção.

Nas máquinas de papel alimentadas por uma solução aquosa, procede-se à concentraçãoprogressiva da folha de papel, mediante a extracção da água em excesso, pelo recursosucessivo à gravidade, ao vácuo, à prensagem e à secagem.

O papel pode ser comercializado em bobines, formatos reduzidos e formatos gráficos, sendo aarmazenagem de produtos acabados realizada num armazém robotizado.

Qualidade

As pastas produzidas pela Portucel são reconhecidas internacionalmente pela sua elevadaqualidade, para a qual contribuem as excelentes características da sua principal matéria-prima

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da Empresa – o eucalipto globulus. Este facto tem constituído um dos principais factores desucesso da Empresa como fornecedor de importantes papeleiras da Europa.

A utilização conjunta de BEKP e de carbonato de cálcio precipitado na fábrica de papelSetúbal, constituem factores preponderantes para a elevada qualidade dos papéis deimpressão e escrita produzidos nesta unidade industrial.

O sistema de gestão da qualidade da Portucel abrange as diferentes áreas operacionais:produção, manutenção, vendas, distribuição, ambiente, prevenção do risco industrial,marketing e formação de recursos humanos.

Em Maio de 1988 a Portucel recebeu os primeiros certificados emitidos pelo InstitutoPortuguês da Qualidade, tendo então iniciado o processo de homologação dos seuslaboratórios. Em Abril de 1989, tanto o Centro Fabril de Setúbal como o Centro Fabril deCacia foram certificados segundo a norma ISO 9002. Actualmente, todos os laboratórios daempresa, são certificados segundo a norma ISO 9001.

Os sistemas de gestão e garantia da qualidade das fábricas e dos respectivos laboratórios têmsido essenciais para assegurar a alta qualidade dos produtos da Empresa e manter ascertificações e acreditações oportunamente obtidas.

Em 1996 a Portucel deu início a um projecto de Gestão pela Qualidade Total (TQM), queenvolveu vários programas no sentido de melhorar a qualidade das várias áreas da Empresa.Este projecto, que foi completado no último trimestre de 2000, incluiu um programa demelhoria da eficiência operacional, um vasto programa de formação profissional, aimplementação de sistemas de gestão ambiental nos Centros Fabris (que garantiu a Cacia aobtenção da certificação nos termos da norma ISO 14001) e o desenvolvimento de umsistema de qualidade e ambiente.

A Aliança Florestal tem em curso vários processos para obtenção de certificação em diversasvertentes, nomeadamente a ISO 9001 para a qualidade, a ISO 14001 para o ambiente e aindaa OSHAS 18000 para a saúde e segurança.

O papel produzido na Soporcel é reconhecido internacionalmente pela sua elevada qualidade,para a qual contribuem as características da pasta produzida nesta unidade, a utilização decarbonato de cálcio precipitado e o elevado nível de sofisticação dos equipamentos, controlode qualidade, produção e qualificação dos recursos humanos.

A Soporcel é detentora desde Novembro de 1993 da certificação do sistema de gestão dequalidade da actividade da pasta de acordo com a norma ISO 9002. Esta certificação foiestendida à actividade do papel no ano 2000.

O seu laboratório é certificado desde 1995 segundo a norma ISO 9001. Em Fevereiro de 2001a Soporcel recebeu a certificação do seu sistema de gestão ambiental para toda a suaactividade segundo a norma ISO 14001.

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Apresentam-se em seguida as principais certificações de cada um dos Centros Fabris daPortucel e da Soporcel:

CertificaçõesQualidade Laboratórios AmbienteISO 9002 ISO 9001 ISO 14001

Centro Fabril de Setúbal

Unidade de produção de pasta � � Em cursoUnidade de produção de papel � � Em curso

Centro Fabril de Cacia � � �

Centro Fabril de Lavos � � �

Ambiente

A Portucel considera que a preservação do ambiente é um aspecto de primordial importância,pelo que tem vindo a tomar medidas no sentido de minimizar o impacto ambiental da suaactividade.

A gestão da Empresa tem privilegiado o princípio do desenvolvimento sustentável, visandopreservar o ambiente circundante das suas fábricas e respeitando a legislação aplicável.

Em 1999 foi dado inicio a um novo projecto com vista à adaptação dos centros fabris aosrequisitos da directiva comunitária relativa à Prevenção e Controlo Integrado da Poluição,conhecida como directiva IPPC.

No domínio florestal, a principal preocupação tem sido a gestão sustentada dos recursosexistentes, nomeadamente adoptando técnicas mais conservacionistas, com especial destaquepara a preparação de solos para florestação. Para além disso, têm-se desenvolvido esforços nosentido de preservar a biodiversidade. A Portucel, no sentido de evidenciar esta postura àsociedade, começou em 1998 a desenvolver trabalhos com vista à certificação pelas normasISO 9001 e ISO 14001.

A Soporcel segue também uma política de protecção do ambiente, baseando-se nos mesmosprincípios enunciados para a Portucel, estando a empresa certificada segundo a norma ISO14001.

Refere-se de seguida a situação específica de cada fábrica:

Centro Fabril de Setúbal (Portucel)

Unidade de produção de pasta

A fábrica de pasta de Setúbal possui tratamentos primários e secundários de efluenteslíquidos que lhe permitem cumprir os limites definidos pela PARCOM, obtendo valores quecomparam favoravelmente com outras unidades produtoras de pastas ECF.

Relativamente às emissões gasosas, todos os requisitos legais são actualmente cumpridos,fruto dos investimentos realizados. Este Centro Fabril dispõe desde 1997 de um sistema demonitorização em contínuo de emissões.

Os resíduos sólidos gerados são, na medida do possível, reutilizados na produção ou de outraforma valorizados. Para os casos em que tal não é possível, são enviados para o aterrocontrolado existente neste Centro.

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No que diz respeito ao consumo de água, têm sido feitos investimentos no sentido de fechar,tanto quanto possível, os circuitos de águas do processo, por forma a minimizar a alimentaçãode água.

Unidade de produção de papel

Iniciou-se, em 2000, o projecto de implementação do sistema de gestão ambiental tendo sidorealizados os trabalhos de levantamento com envolvimento de toda a população fabril. Esteprojecto será continuado em 2001, numa perspectiva de integração da gestão ambiental dasfábricas de pasta e papel.

Por outro lado, entrou em funcionamento no segundo semestre de 2000, o tratamentosecundário de efluentes líquidos que envolveu um investimento de quase 1 milhão de contos.

O controlo das emissões gasosas dispõe de equipamento de monitorização em contínuo dascaldeiras e dos grupos Diesel.

Em relação aos resíduos sólidos foram realizados em 2000, numerosos investimentos nosentido de reduzir a produção de resíduos bem como melhorar o tratamento dos que sãoproduzidos.

Centro Fabril de Cacia (Portucel)

Este Centro Fabril obteve, em Julho de 1999, a certificação do seu sistema de gestãoambiental, pela APCER, com os requisitos da norma ISO 14001.

A unidade de Cacia dispõe de tratamentos primários e secundários de efluentes líquidos,estando as emissões dentro dos parâmetros definidos. É de destacar em 2000 a ligação doefluente final ao Sistema Integrado de Despoluição da Ria de Aveiro, que se traduziu naredução do impacto causado no Rio Vouga.

No que respeita às emissões gasosas são respeitados os limites definidos pela PARCOM.

A gestão dos resíduos sólidos é semelhante à de Setúbal, possuindo também este centro umaterro controlado.

Centro Fabril de Lavos (Soporcel)

Este Centro Fabril obteve, em Março de 2001, a certificação do seu sistema de gestãoambiental, pela APCER, de acordo com os requisitos da norma ISO 14001.

Os efluentes líquidos são sujeitos a tratamento primário e secundário sendo lançados para omar através de um emissário submarino.

Os efluentes gasosos são tratados por electrofiltros e lavadores cumprindo os limitesdefinidos pela legislação em vigor.

A reutilização e valorização dos resíduos gerados são preocupação constante de forma aevitar a deposição em aterro controlado existente na Soporcel.

A minimização da utilização de água por fecho de circuitos foi objecto do Projecto AmbienteII e preocupação constante do dia a dia.

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Foram iniciados estudos para futuros investimentos de forma a acompanhar a directivaIPPC/BAT.

Energia

Todas as unidades fabris de pasta da Portucel e da Soporcel produzem vapor e energiaeléctrica para o processo, mediante a utilização como combustível de resíduos industriais, oque possibilita a redução do impacto ambiental das fábricas, e ainda, de biomassa.

A Fábrica de Pasta de Setúbal produz vapor e electricidade em excesso, que podem sertransferidos para a produção de papel, existindo, ainda, a possibilidade da energia eléctricaexcedentária ser vendida à rede. A fábrica de papel está equipada com duas caldeiras de altapressão alimentadas a fuel-oil, dispondo ainda de turbinas para a produção de energiaeléctrica.

A Fábrica de Cacia tem capacidade instalada para a geração de vapor, suficiente para as suasnecessidades estando, em termos eléctricos, interligada com a Rede Nacional, o que lhepermite vender em situações de excesso de produção ou comprar quando existem situaçõesde défice.

A Fábrica de Lavos produz vapor e electricidade através de caldeiras que utilizam comocombustível os excedentes do processo produtivo. Em Julho de 2000, a Soporcel instalouuma central de cogeração a gás natural. A produção de energia eléctrica deste Centro Fabrilpermite fornecer energia eléctrica às unidades fabris, estando interligada com a RedeNacional, o que lhe permite vender electricidade em situações de excesso de produção oucomprar quando existem situações de défice.

4.1.5.2 Evolução das Vendas

No quadro seguinte apresenta-se a evolução das vendas da Empresa para o período 1995-2000:

Evolução do Volume de Negócios (1995-2000)*

296198 235 207 259

541

142

127140 169

156

0

150

300

450

600

1995 1996 1997 1998 1999 2000

Milh

ões d

e eu

ros

Portucel Papéis Inapa

*Exclui vendas da Portucel à ex- Papéis Inapa.

Verificou-se uma quebra significativa das vendas em 1996, tendo a Empresa voltado a atingiros mesmos níveis de facturação de 1995 apenas em 1999. Apesar das quantidades vendidasde BEKP e de papel de impressão e escrita terem aumentado, a redução da facturação ficou adever-se ao momento menos favorável dos mercados da pasta e do papel neste período. Em2000 assistiu-se a um aumento muito significativo dos preços de venda, de uma forma mais

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acentuada no caso da pasta, que conduziu a um acréscimo relevante do volume de vendas daEmpresa.

As vendas da Soporcel tal como as da Portucel, foram igualmente afectadas pelo momentomenos favorável dos mercados da pasta e do papel, tendo registado a seguinte evolução:

Evolução do Volume de Negócios (1995-2000)

380 358 342 369511

308

0

150

300

450

600

1995 1996 1997 1998 1999 2000

Soporcel

No ano 2000 o volume de negócios total das duas empresas ascendeu a mais de mil milhõesde euros, sendo cerca de 57% originado pela venda de papel de impressão e escrita.

De seguida, analisa-se mais detalhadamente a evolução das vendas de cada um dos principaisprodutos da Portucel:

BEKP

As vendas de BEKP da Portucel tiveram entre 1995 e 2000, a evolução seguinte:

Vendas BEKP*1995 1996 1997 1998 1999 2000

Quantidade (milhares de toneladas) 385 427 472 429 522 469

Valor (milhões de euros) 232 154 189 165 218 308 * Exclui vendas à ex-Papéis Inapa.

As vendas em quantidade de BEKP tiveram, ao longo deste período, um crescimento médioanual de aproximadamente 4%, ao passo que, em valor, apresentaram um crescimento médioanual, no período em análise de 5,5%.

A Portucel exportou, em 2000, mais de 96% da pasta vendida em mercado, com grandepredominância dos países da União Europeia.

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Repartição geográfica das vendas de BEKP (2000)

União Europeia87%

Ásia3%

Resto da Europa10%

Para o mesmo período, a Soporcel registou a seguinte evolução das vendas de BEKP:

Vendas BEKP1995 1996 1997 1998 1999 2000

Quantidade (milhares de toneladas) 220 236 259 248 276 178

Valor (milhões de euros) 137 85 107 94 117 114

Verificou-se um decréscimo das vendas, em quantidades, de cerca de 36% no ano 2000devido à maior integração da produção de pasta no papel com a entrada da nova máquina. Odecréscimo das vendas em valor foi menos significativo devido ao aumento do preço devenda nesse período.

A Soporcel vende apenas cerca de 2% da pasta que produz em Portugal sendo a restanteexportada, predominantemente para países da U.E.:

Repartição geográfica das vendas de BEKP (2000)

União Europeia96%

Outros3%

Resto da Europa1%

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Papel de impressão e escrita

As vendas de papel de impressão e escrita da Portucel, em quantidade, tiveram umcrescimento médio anual de 9% entre 1995 e 2000. As vendas de papel CWF mantiveram-seestabilizadas, praticamente, até à descontinuação da sua produção.

Vendas papel de impressão e escrita *1995 1996 1997 1998 1999 2000

Quantidade (milhares de toneladas)UWF 131 163 163 198 199 227 CWF 16 16 17 15 8 -

Total 147 179 179 213 206 227 Valor (milhões de euros)

UWF 125 119 127 161 153 211 CWF 18 14 14 13 6 -

Total 143 132 141 174 159 211 * inclui vendas da ex-Papéis Inapa.

Como resultado dos investimentos de aumento de capacidade que têm vindo a ser efectuadosao longo dos últimos anos, assistiu-se a um acréscimo significativo das quantidades vendidas,o que se traduziu num aumento relevante do volume de negócios desta actividade.

O gráfico seguinte apresenta a repartição das vendas, em quantidade, da Portucel pelos váriostipos de papel de impressão e escrita comercializados pela Empresa:

Repartição das vendas de papel por tipos (2000)

Bobinas24%

Formatos Gráficos33%

Formatos Reduzidos

43%

Os formatos reduzidos - produto com maior valor acrescentado - têm vindo a aumentar o seupeso relativo nas vendas da Empresa, representando actualmente cerca de 43% do total dasvendas, tendo registado, em 2000 um acréscimo de 31% enquanto o crescimento total deUWF foi de cerca de 14%.

Na distribuição geográfica das vendas é de realçar a preponderância do mercado ibérico que éresponsável por cerca de metade das quantidades de papel de impressão e escrita vendidaspela Empresa.

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Repartição geográfica das vendas de UWF (2000)

Espanha32%

Portugal20%

Outros48%

As restantes vendas da Empresa têm como destino principal os países da União Europeia,sendo de destacar a França, o Reino Unido e a Alemanha.

A Soporcel comercializa apenas papel do tipo UWF, tendo as vendas em quantidaderegistado um crescimento médio anual de cerca de 9%, durante o período de 1995 a 2000:

Vendas UWF1995 1996 1997 1998 1999 2000

Quantidade (milhares de toneladas) 259 285 309 297 318 405Valor (milhões de euros) 242 222 250 246 250 390

A repartição das vendas de papel da Soporcel, por tipos, foi a seguinte:

Repartição das vendas de papel por tipos (2000)

Bobinas18%

Formatos papel escrita57%

Formatos papel impressão

25%

Em termos geográficos, as vendas da Soporcel destinaram-se predominantemente para omercado da União Europeia, nomeadamente França e Espanha:

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Repartição geográfica das vendas de UWF (2000)

França 19%

Espanha18%

Outros UE54%

Resto da Europa3%

Outros6%

4.1.6 Abastecimento de madeira

4.1.6.1 Breve caracterização da floresta nacional3

Os 8,9 milhões de hectares que compõem o território nacional, tinham em 1998 as utilizaçõesseguintes:

Utilização actual e potencial do solo1998 Potencial

Mil hectares % Mil hectares %Área Florestal 3.210 36,1 5.100 57,4 Área Agrícola 3.003 33,8 2.112 23,7 Área de Incultos 2.429 27,3 1.430 16,1 Área Social 251 2,8 251 2,8 Total 8.893 100,0 8.893 100,0

Fonte: CELPA- Estatística 1999.

No entanto, e de acordo com estudos efectuados por organismos oficiais, a superfície deaptidão florestal, dada a natureza e condições do solo, é superior a 5 milhões de hectares,existindo um potencial de florestação significativo, mediante a substituição de terrenosagrícolas e áreas incultas por terrenos florestais.

A actual estrutura da propriedade florestal encontra-se extremamente fragmentada, sendocerca de 80% detida pelo sector privado, 12% por comunitários/área pública, 6% porempresas de pasta de papel e apenas 3% pelo Estado.

As empresas portuguesas de pasta de papel têm desempenhado um papel preponderante nodesenvolvimento das florestas de eucalipto, detendo em regime de propriedade própria ou emregime de arrendamento cerca de 200 mil hectares da área florestada com esta espécie. Oenvolvimento das empresas de pasta de papel na actividade florestal tem permitido que afloresta de eucalipto tenha vindo a ser gerida de uma forma mais profissional que a de outrasespécies.

A pressão da procura de madeira exercida pelas empresas de pasta de papel nacionais deuorigem, nos últimos anos, a um forte incremento da produção de eucalipto, tendo a áreacultivada desta espécie passado de cerca de 390 mil hectares em 1988 para cerca de 590 mil

3 Os dados relativos à floresta nacional referidos neste ponto têm como fonte o boletim estatístico de 1999 da Associação da

Indústria Papeleira (CELPA)

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hectares em 1999, o que representa um crescimento significativo quando comparado com oregistado na generalidade da floresta (53% face a apenas 4%).

O consumo total de madeira de eucalipto pela indústria nacional de pasta de papel, passou deaproximadamente 3 milhões de m3 em 1985 para aproximadamente 4,6 milhões de m3 em1999. Neste período, o consumo de eucalipto pela indústria aumentou quase 50%, o que seficou a dever à entrada em funcionamento da fábrica da Soporcel em Outubro de 1984, aosprojectos de aumento de capacidade realizados pela Soporcel (1987) e pela Portucel (1990),bem como a sucessivos aumentos marginais de capacidade realizados pela generalidade dasempresas do sector no âmbito dos seus programas de optimização e racionalização daprodução.

Na sequência das limitações impostas pela capacidade da oferta nacional de madeira deeucalipto, as empresas portuguesas têm vindo, nos últimos anos, a alterar gradualmente osseus padrões de abastecimento às fábricas. Assim, verificou-se que o aumento do consumo demadeira tem sido substancialmente suportado pelo recurso a maiores importações, sobretudoprovenientes da América do Sul. De facto, enquanto que em 1996 as importaçõesrepresentavam cerca de 9% do total das aquisições de madeira, em 1999 passaram arepresentar já mais de 12%. No entanto, dados mais recentes indicam um progresso daprodução interna de eucalipto, pelo que – para níveis estabilizados de consumo – seperspectiva, a médio prazo, uma redução das importações.

Esta alteração dos padrões de consumo de madeira, apesar de implicar custos mais elevados,assume uma importância relevante, como forma de criar condições de sustentabilidade para afloresta nacional.

O preço da madeira, para além da influência da ciclicidade do preço da pasta, é determinadofundamentalmente pelo equilíbrio existente entre a oferta e procura na Península Ibérica,sendo a disponibilidade de madeira em cada momento, determinada pela qualidade dospovoamentos existentes e pelo perfil etário das respectivas plantações. Para além destesfactores, refira-se ainda a influência determinada pelos custos de produção e pelo custo damadeira importada.

4.1.6.2 Caracterização da floresta da Portucel

A floresta propriedade da Portucel e das suas participadas é gerida pela Aliança Florestal,empresa constituída pela Portucel (50%) e pela Soporcel (50%), em 31 de Janeiro de 2000,com o objectivo de assegurar a gestão dos respectivos patrimónios florestais.

Actualmente, a distribuição dos terrenos da Portucel, por espécies, é evidenciada no quadroseguinte:

Distribuição Total (mil ha) %Eucalipto 71 67%

Resinosas 14 13%

Diversos 22 21%

Total 107 101%

Grande parte dos terrenos propriedade da Portucel ou por esta arrendados, são povoados deeucaliptos, uma vez que esta é a principal matéria-prima da pasta BEKP. O pinho temtambém um peso significativo, já que era até ao ano passado utilizado na produção de pastade pinho cru, para a produção de papel Kraftsaco.

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Dos 107 mil ha actualmente controlados pela Portucel, 60 mil ha são áreas próprias e osrestantes 47 mil ha correspondem a áreas arrendadas a outros proprietários.

A floresta da Portucel que está sob a gestão da Aliança Florestal é detida por empresas suasparticipadas. A floresta povoada de eucaliptos é detida pela Portucel Florestal (65 mil ha),Lazer e Floresta (6 mil ha) e pela Celpinus (1 mil ha).

O consumo de eucalipto nas fábricas da Portucel tem vindo a aumentar todos os anos, comoconsequência dos incrementos de produção de pasta.

Origem da madeira fornecida às fábricas

(Milhares de m3 sem casca) 1996 1997 1998 1999 2000Consumo de eucalipto

Setúbal 1.110 1.255 1.310 1.380 1.375 Cacia 477 556 576 575 584

Total de Eucalipto 1.587 1.811 1.886 1.955 1.959

Fontes de abastecimentoAuto-Abastecimento 436 472 458 324 171 Mercado doméstico 827 902 1.007 1.248 1.439 Importações 147 448 471 407 359

Total abastecido 1.410 1.822 1.936 1.979 1.969

O abastecimento de madeira às fábricas é da responsabilidade da Direcção de Abastecimentode Madeira da Portucel, que recorre à produção de matas da Empresa, adquire madeira nomercado nacional ou importa.

O abastecimento de madeira de eucalipto às fábricas é feito principalmente através do recursoao mercado interno. O nível de auto-abastecimento de madeira oriunda das matas da Portuceldiminuiu de 32% em 1995 para apenas 9% em 2000. Esta redução deve-se ao esforço que aEmpresa tem feito, no sentido de aumentar a sustentabilidade da sua floresta.

A Empresa tem procurado aproximar gradualmente o rendimento das produções dospequenos produtores nacionais dos níveis alcançados pela Aliança Florestal através dadivulgação das técnicas de gestão florestal e oferecendo as sementes e os pés provenientesdos viveiros da própria Empresa.

A Soporcel controla actualmente cerca de 73 mil ha de terrenos que se distribuem em termosde áreas do seguinte modo:

Distribuição Total (mil ha) %Eucalipto 53 74%

Diversos 19 26%

Total 73 100%

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A política de abastecimento de madeira às fábricas da Soporcel, é semelhante à descrita paraa Portucel, nomeadamente na prioridade dada à produção própria e ao mercado interno. Estaempresa registou um nível médio de auto-abastecimento de cerca de 16%. O recurso àimportação tem vindo a reduzir-se desde 1999.

(Milhares de m3 sem casca) 1996 1997 1998 1999 2000Consumo de eucalipto 1.285 1.393 1.371 1.401 1.412

Fontes de abastecimentoAuto-Abastecimento 224 180 164 248 220 Mercado doméstico 603 919 926 966 1.062 Importações 182 315 468 185 92

Total abastecido 1.009 1.414 1.558 1.399 1.374

A Portucel e a Soporcel, através da Aliança Florestal, têm vindo a desenvolver outrasproduções, procurando optimizar o rendimento dos seus activos florestais através de umautilização racional dos recursos, mantendo ao mesmo tempo o equilíbrio das espécies. Asprincipais produções das empresas, para além do abastecimento das unidades fabris deprodução de pasta, são madeira para serrações, cortiça, frutos secos, vinho, pastagens e caça.

4.1.7 Posição competitiva

Nos últimos anos, tem-se vindo a assistir a um deslocamento da indústria de celulose para ohemisfério sul. De facto, o acesso mais facilitado e em condições económicas mais vantajosasà madeira, aliado a outros custos de exploração mais baixos, como sejam os custos de mão deobra, fez com que grande parte dos novos projectos de investimento para produção de BHKPtivessem sido instalados na América do Sul e na Indonésia.

O gráfico seguinte ilustra a repartição dos custos totais de produção e comercialização (CIFNorth Europe) da pasta para mercado BHKP:

USD /Ton Madeira Químicos Energia Trabalho Outros Transporte Vendas Total

Indonésia 50 12 18 3 18 24 23 148Brasil 54 19 10 17 24 24 14 162Chile 77 23 15 18 38 58 5 235Finlândia 132 28 1 30 23 31 6 252França 105 37 6 47 33 21 8 257Suécia 123 27 7 36 31 31 6 261Portugal 131 40 2 32 42 12 4 263Espanha 137 26 6 39 39 15 11 273Candá (este) 109 37 24 58 52 65 2 347EUA (sul) 146 43 20 54 46 48 12 368Fonte: Hawkins Wright

Os produtores indonésios e brasileiros apresentam custos de produção mais baixos, devidofundamentalmente ao baixo custo da madeira, que representa cerca de 1/3 do seu custo totalde produção e comercialização de pasta, enquanto em Portugal este valor se situa próximodos 50%. Parte desta vantagem dos produtores do hemisfério sul é no entanto diluída quandoconsiderados os custos de comercialização, dado o maior peso que estes representam noscustos totais. Verifica-se que os custos comerciais dos produtores brasileiros representamcerca de 23% do total de custos de produção e comercialização, na Indonésia cerca de 32% eem Portugal apenas 6%.

A Portucel possui uma estrutura de custos semelhante à média nacional, o que a torna um dosprodutores de BHKP mais competitivos a nível mundial.

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Dada a excelente morfologia de fibras, a pasta produzida a partir de madeira de eucalipto, emparticular do tipo globulus, apresenta características tais como macieza e opacidade que lheconferem uma maior adequabilidade para a produção de papéis de impressão e escrita.

Muitos dos grandes produtores europeus de pasta têm optado, nos últimos anos, pelaintegração a jusante. As principais razões para isso, derivam da necessidade de diminuir opeso do custo da madeira na sua estrutura de custos e, assim, colmatar a perda decompetitividade face aos produtores de pasta localizados no hemisfério sul, bem como dofacto da integração em papel propiciar o posicionamento num sector com maior valoracrescentado.

O facto de as fábricas de papel do Grupo Portucel estarem integradas com a produção depasta resulta numa menor exposição da empresa às oscilações acentuadas do preço da pastarelativamente aos produtores não integrados, o que vem reforçar o seu posicionamentocompetitivo. A integração da produção da pasta em papel permite ainda uma redução davolatilidade das receitas e dos cash flows da Empresa, ao mesmo tempo que permiteacrescentar mais valor a um recurso natural escasso (madeira) sem aumentar a pressão sobreo mesmo.

A aquisição recente da Papéis Inapa pela Portucel, e posterior fusão das duas sociedades,permitiu à Empresa dar um passo importante no processo de integração na produção de papel.A Portucel passou a integrar cerca de 25% da pasta produzida na produção de papel,especialmente em segmentos de maior valor acrescentado.

O Grupo PortucelSoporcel tem uma capacidade total instalada de cerca de 1,2 milhões detoneladas por ano de BEKP, o que lhe permite ser o maior produtor europeu e o 2º maior anível mundial (segundo a Hawkins Wright).

A Empresa estima ter atingido a nível mundial, em 2000, uma quota de mercado de 3% emrelação à procura de pastas BHKP e 7% em relação às pastas BEKP. No mercado europeuestes valores foram de cerca de 7% e 14%, respectivamente.

O Grupo PortucelSoporcel tem 90% da sua produção concentrada em 3 máquinas de papel,muito recentes, de elevada eficiência e que produzem papel de elevada qualidade, o que lhepermite vantagens comparativas face a muitos outros produtores.

A Portucel e a Soporcel venderam , em 2000, 227 mil toneladas (o que corresponde segundoa EMGE a 2,4 % da procura na Europa Ocidental) e 421 mil toneladas de papel woodfree nãorevestido, respectivamente. Se considerarmos as vendas conjuntas das duas empresas,segundo a mesma fonte, a quota de mercado ascendeu a 6,8%. Em termos de capacidadeprodutiva nos segmentos cut size e big sheets, o Grupo PortucelSoporcel, admite que ocupana Europa Ocidental a 4ª e a 3ª posição, respectivamente, posições que serão melhoradas como funcionamento em ritmo cruzeiro da MP2 da Soporcel, para 2º no segmento cut size e 1º node big sheets.

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4.2. Estabelecimentos Principais e Património Imobiliário

4.2.1 Centro Fabril de Setúbal

Unidade de Produção de Pasta

O Centro Fabril de Setúbal (Mitrena) foi construído pela SOCEL – Sociedade Industrial deCeluloses, SARL, e projectado para uma capacidade nominal de 90.000 ton/ano, dando-se oarranque do centro em Janeiro de 1964.

Actualmente, o Centro Fabril de Setúbal tem uma capacidade de produção de pastabranqueada de eucalipto 470.000 ton/ano, sendo as seguintes as suas principaiscaracterísticas.

A - Localização

Península da Mitrena, a cerca de 8 km da cidade de Setúbal, próximo do porto de Setúbal edispondo de um ramal próprio do caminho de ferro.

B - Terrenos

O complexo fabril está instalado num terreno com uma área total de 180 ha, ocupando umaárea de cerca de 100 ha.

C – Edifícios e instalações

As instalações existentes para produção da BEKP são as seguintes:

� Linha de produção de pasta branqueada de eucalipto;� Recuperação e regeneração de lixívias;� Central geradora de vapor, energia eléctrica e ar comprimido;� Captação e abastecimento de água;� Manuseamento de madeira;� Tratamentos primário e secundário de efluentes.

D – Equipamento fabril

A fábrica dispõe dos seguintes equipamentos principais:

- Parque de Madeiras: o parque de madeiras foi projectado para uma capacidade de 5.000 m3

sub/d (madeira sem casca/dia), funcionando com base em três linhas:

� Linha 1 – composta por um destroçador Carthage, 3 crivos Loker e um rechipper BlackClawson;

� Linha 2 e 3 – compostas por um pré-tratamento, um descascador, um destroçador Kong-Hood, um crivo e um rechipper.

- Cozimento e Lavagem: tanto a área de cozimento como a área de lavagem possuem umacapacidade nominal de 1.600 Tad/d e funcionam com base em dois digestores, amboscontínuos hidráulicos e dois lavadores por difusão Kvaerner.

- Crivagem: este equipamento possui uma capacidade de 1.600 Tad/d, onde funcionam 7crivos, separador de nós, recuperador de fibra.

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- Prensas; instaladas 2 unidades Sunds, na lavagem da pasta crúa.

- Branqueamento: com uma capacidade de 1.500 Tad/d, o processo de branqueamentodecorre em 5 fases, onde são utilizados os seguintes equipamentos:

� 1ª fase – 1 torre, 1 misturador M*H 30/20 e 1 lavador por difusão Kamyr;� 2ª fase – 2 bombas MC, 2 torres e 2 lavadores por difusão Kamyr;� 3ª fase – 2 bombas MC, 2 torres e 2 lavadores por difusão Kamyr;� 4ª fase – 2 bombas MC, 1 torre e 1 lavador por difusão Kamyr;� 5ª fase – 1 bomba MC, 1 torre e 1 lavador por difusão Kamyr.

- Tiragem: composta por 2 linhas de depuração Celleco com uma capacidade nominal de1.500 Tad/d e 2 máquinas de tiragem com capacidades de 1.100 e 200 Tad/d:

- Tiragem II – máquina com cilindro aspirante e 2 prensas Kamyr-Myrens;- Tiragem III – máquina Ahlstrom/Valmet com mesa de formação plana, caixa aberta e 3prensas de feltro duplo. Secção de secagem da folha Ahlstrom com secador e arrefecedor.

- Embalagem dos fardos: funciona com base em 2 linhas compostas por transportadores eprensas Ahlstrom, aplicadores de papel, máquinas de armar e unitizar Cranston.

Na recuperação e energia existem os seguintes equipamentos:

- Caldeira de Recuperação: possui uma capacidade de 2.000 t ds/d (Toneladas de sólidossecos/dia), de fabrico Ahlstrom 1988;

- Caldeira de Biomassa: com uma capacidade de produção de vapor de 110 t/hora;- Caustificação: possui uma capacidade de 4.500 m3 (lixívia branca/dia e é composta por dois

clarificadores lixívia verde , um apagador, três caustificadores e dois ecofiltros;- Fornos de cal: existem 2 fornos de cal com uma capacidade conjunta de cerca de 320 t/d;- Turbinas: existem duas turbinas, uma em standby e uma em funcionamento, tendo esta uma

capacidade de 55 MW.

Unidade de Produção de Papel

Esta unidade, pertencente à ex- Papéis Inapa, foi adquirida em 2000 pela Portucel. A primeiramáquina de papel arrancou em Fevereiro de 1969, nessa altura com a capacidade nominal de30.000 ton/ano de papel de impressão e escrita.

A fábrica de papel desenvolveu-se desde aquela data, instalando mais duas máquinas depapel, uma em 1980 e outra em 1990, para alcançar a actual capacidade de 270,000 t/ano depapel de impressão e escrita.

A - Localização

A fábrica está localizada ao lado da unidade de produção de pasta e com ela integrada, naPenínsula da Mitrena, em Setúbal.

B - Terrenos

A área de terreno da fábrica de papel é de cerca de 35,6 ha e integra construção em 9,5 ha,com área coberta de 7,9 ha.

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C – Edifícios e Instalações

As instalações que compõe esta unidade de produção de papel de impressão e escrita são :

� Desintegração e Preparação de Pasta;� Cozinhas de Amidos e Preparação de Aditivos;� Máquinas de Papel I, II e III;� Acabamento e Transformação;� Armazenagem de papel;� Central de vapor, energia e ar comprimido;� Captação, abastecimento e tratamento de águas;� Tratamentos primário e secundário de efluentes;

D – Equipamento fabril

Na unidade de produção de papel estão instalados os equipamentos que se indicam emseguida:

- Desintegração e Preparação de Pasta

A pasta de eucalipto é recebida da fábrica de pasta sob a forma de solução aquosa atravésde pipeline. Em condições particulares, a pasta é recebida sob a forma de fardos que sãotratados num desintegrador Sunds de 40 m3.

A pasta de fibras longas é desintegrada num desintegrador Gorostidi de 25 m3.

Outros 3 desintegradores integram a instalação, e têm como função desintegrar desperdíciosinternos de papel e servir de suporte ou reserva aos 2 primeiros.

- Máquinas de Papel

� Máquina IMáquina Bruderhaus instalada de 1969, modernizada várias vezes ao longo dos anos,tem actualmente uma capacidade instalada de 73.000 t/ano de papel offset.

� Máquina IIAdquirida em 2ª mão, com arranque em 1980, esta máquina Beloit, também modificadaem várias fases desde essa data, tem actualmente uma capacidade instalada de 23.000t/ano de papel para envelopes e offset.

� Máquina IIIFornecida pela Valmet e instalada em 1990 foi sucessivamente modernizada eampliada, a MP III tem actualmente uma capacidade instalada de 174.000 t/ano depapel de fotocópia, offset, pre-print e envelope.

� Equipamento de suporteAs instalações das máquinas de papel integram, cada uma, a refinação e preparação depasta para as alimentar e as bobinadoras para o corte de carreteis em bobinas, de acordocom as encomendas das mesmas.

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- Transformação

O papel produzido nas máquinas é cortado em duas áreas de transformação:

� Formatos GráficosInclui 4 cortadoras Jagenberg e Pasaban, 2 enresmadoras Pasaban e um forno deretractilização de plástico de embalagem, com uma capacidade total de produção de90.000 t/ano:

� Formatos ReduzidosInclui 2 linhas Will Pemco de corte de formatos A3 e A4, com capacidade de produçãode 120.000 t/ano.

- Armazenamento e Expedição

O papel destinado a encomendas é armazenado em superfície com capacidade para 9.000 t enum armazém robotizado, Efacec, com capacidade de 9.000 t de paletes de papel. A expediçãoé feita por 8 cais.

- Outras instalações

- Central de Produção de Vapor e Energia

Esta central, pertencente à SPCG, inclui:

� 2 caldeiras principais (Equimetal, 1985 e SGM, 1990), que produzem 90 t/h de vapor dealta pressão;

� 1 caldeira de vapor de média pressão (B&W Portuguesa, 1976) de 30 t/h;� 2 caldeiras de vapor de baixa pressão (Termec 1980 e 1997), de reserva que produzem 10

e 12 t/h, respectivamente.

Todas estas caldeiras operam com fuel óleo.A fábrica de papel é ainda, em complemento, alimentada por vapor de alta pressão deprocesso ou de biomassa, até 50 t/h, produzido na fábrica de pasta.

- 3 Turbo geradores Siemens, de 3,3 Mwh (1969, reserva) 5,7 Mwh (1988, reserva) e 11,6Mwh (1999, em operação), todos de contra pressão, com alternador, são alimentados pelovapor de alta pressão, o qual, depois de extraído é utilizado principalmente na secagem dopapel das três máquinas.

- 2 Grupos Geradores Diesel, Wartsila (5,8 Mwh, 1993) e Sulzer (8,4 Mwh, 1997).

- Subestação Siemens, instalada em 1989, com 2 transformadores de 15 Mwh cada um, quetransformam energia do exterior de 60 KV para 6,3 KV.

- No perímetro industrial da fábrica, opera a instalação da Faxe Paper Pigments (Portugal),que produz o PCC (carbonato de cálcio precipitado) adicionado ao papel, usando para issoCO2 dos fornos de cal da fábrica de pasta.

4.2.2. Centro Fabril de Cacia

A fábrica de Cacia começou por pertencer à ex-Companhia Portuguesa de Celulose, tendo aprodução arrancado em 1953 com uma capacidade inicial de 39.000 ton/ano. Numa primeira

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fase, a fábrica produzia apenas pasta Kraft de pinho, uma vez que só em 1956 começou a serformulada a hipótese de utilização de eucalipto.

Assim, foi por iniciativa dos técnicos de Cacia que se iniciou o estudo do fabrico de pastasKraft cruas e branqueadas de eucalipto globulus e que se lançou mundialmente a produção depasta BEKP.

A Fábrica de Cacia tem uma capacidade instalada de 270.000 ton/ano, tendo ascaracterísticas principais que se descrevem de seguida.

A - Localização

O Centro Fabril de Cacia dispõe de uma situação privilegiada em termos do abastecimento damatéria-prima. Localizado nas vizinhanças da cidade de Aveiro (8 Kms), na vila de Cacia,ocupa um triângulo limitado pela via férrea Lisboa-Porto, pela estrada nacional que ligaAveiro ao Porto e pelo rio Vouga, de onde é extraída a água para o processo fabril.

A fábrica situa-se igualmente perto do porto de Aveiro, distando deste apenas 12 Km.

B – Terrenos

O complexo fabril de Cacia está instalado num terreno com uma área total de 88 ha,ocupando cerca de 47 ha.

C – Edifícios e instalações

O fabrico do produto referido, pasta BEKP, implica a existência das seguintes instalações :

� Cozimento/lavagem/crivagem de eucalipto;� Branqueamento em 5 fases sem cloro elementar;� Recuperação e regeneração de lixívias;� Central geradora de vapor, energia eléctrica e ar comprimido;� Captação e abastecimento de água;� Manuseamento de madeira;� Tratamento primário e secundário de efluentes.

D – Equipamento fabril

Na Unidade Fabril de Cacia existem 2 linhas de produção de pasta crua de eucalipto.

- Preparação da madeira: composta por uma mesa de descarga com ordenador de toros, umpré-tratamento da casca, um tambor de descasque, uma estação de lavagem de torosdescascados, um destroçador, um crivo vibratório de aparas, transportadores de casca e umdesintegrador de casca. As aparas produzidas são transportadas para dois silos de 2.000 m3

cada ou para um armazém ao ar livre com capacidade para 300.000 m3 de aparas.

- Linha nº 1 – Cozimento Descontínuo

- Cozimento feito através de 4 digestores descontínuos, cada um com uma capacidade de 85m3.

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- Lavagem e crivagem: efectuam-se em 7 fases, sendo as 3 primeiras referentes à lavagem eas restantes 4 seguintes à crivagem:

� 1ª, 2ª e 3ª fases – utilizam um crivo centrífugo pressurizado AK4, um crivo vertical KW4,3 filtros de vácuo de tambor rotativo e 1 lavador (adensador da crivagem);

� 4ª, 5ª, 6ª e 7ª fases – utilizam um crivo Centrisorter M400, um crivo Centrisorter M100,um depurador Bauer, um crivo vibratório T 125 e um adensador de tambor rotativo(comum à linha 2).

- Linha nº 2 – Cozimento Contínuo

- Cozimento: com uma capacidade de 560 Tad/dia, é composto por um digestor contínuo de450 m3 com pré-impregnador.

- Lavagem e Crivagem: para a lavagem são utilizados um lavador radial por difusão, 2 filtrosrotativos de vácuo, adensadores-lavadores da crivagem, um crivo centrífugo pressurizadoPK6 e um crivo vertical KW8. Na fase de crivagem os equipamentos utilizados são 3 crivosCentrisorters M400, 2 crivos Centrisorters M200, 1 crivo vibratório T200 e uma bateria dedepuradores centrífugos em 3 fases.

- Branqueamento: o branqueamento processa-se em duas linhas. A linha 2 composta por 5torres e 5 lavadores e a linha 3 composta por 6 torres e 6 lavadores.

- Tiragem da Pasta: utiliza crivos centrífugos, depuradores centrífugos e 2 máquinas detiragem com capacidades de 250 e 300 Tad/dia.

4.2.3 Centro Fabril de Lavos

A 23 de Novembro de 1978 o Governo deu o seu aval à instalação de uma nova unidadeindustrial em Portugal, produtora de pasta para papel, com o nome Soporcel – SociedadePortuguesa de Celulose, SARL. Esta decisão foi consequência da anulação do projectoCelangol, Celulose de Angola, SARL, no ano de 1974.

Em Outubro de 1980 é escolhido o lugar de Lavos, concelho da Figueira da Foz, para aimplantação das instalações fabris, tendo-se iniciado em meados de 1981 os trabalhos deterraplanagens, no início de 1982 a construção civil e as montagens mecânicas em 1983. Oarranque efectuou-se a 25 de Junho de 1984. A capacidade nominal anual era de 260.000toneladas de pasta ao sulfato branqueada de eucalipto – BEKP.

Em Maio de 1991, arrancou a primeira máquina de papel (MP1) com uma capacidade de250.000 de papel de impressão e escrita. Em Julho do ano 2000 arrancou a segunda máquinade papel (MP2) com uma capacidade de produção de 400.000 ton/ano de papel de impressãoe escrita.

Actualmente a Soporcel tem uma capacidade de produção de pasta ao sulfato branqueada deeucalipto sem cloro elementar, BEKP–ECF de 470 mil ton/ano e 730 mil ton/ano de papel deimpressão e escrita.

O complexo fabril encontra-se totalmente integrado.

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A – Localização

Freguesia de Lavos, concelho da Figueira da Foz a cerca de 16 kms desta cidade e respectivoporto.

B – Terrenos

O complexo fabril está instalado num terreno com uma área total de 200 ha, ocupando osequipamentos, edifícios e parques de armazenagem de madeira e materiais cerca de 120 ha.

C – Edíficios e Instalações

As fábricas de produção de pasta e papel, encontram-se totalmente integradas bem como osrespectivos processos produtivos.

Produção de Pasta - BEKP – ECF

As instalações de produção de pasta, são:

- Reparação de Madeiras- Produção de Pasta Crua- Produção de Pasta Branca- Preparação de Produtos Químicos- Recuperação de Químicos e Energia- Produção de Energia Eléctrica- Captação e Tratamento de Água- Tratamento de Efluentes

Produção de Papel - Impressão e Escrita (Fine Paper)

As instalações de produção de papel, são:

- Preparação de Pasta- Aditivos- Circuito de Aproximação de Pasta- Máquinas de Papel – MP1 e MP2- Armazenagem de Bobinas para o Processo- Transformação e Armazém Final

D – Equipamento Fabril

A Soporcel dispõe dos seguintes equipamentos principais:

Produção de Pasta

Preparação de Madeiras

Recepção de madeira equipada para receber madeira ao m3 sólido, parques com capacidadepara armazenagem de 350.000 m3 sólidos de rolaria, duas linhas de processamento demadeira, estando uma delas equipada com pré-descasque, para madeira com casca. Possuiigualmente equipamento de transporte, armazenagem e crivagem de aparas bem como duaslinhas de destroçamento e armazenagem de casca.

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Equipamentos principais:

Linha 1 - Mesa de alimentação - Kone KMW- Descascador – Ingersoll-Rand- Destroçador – Black Clawson

Linha 2 - Mesa de alimentação, pré-descasque, descascador - Kone-KMW e Andritz-KoneWood, respectivamente.

- Destroçador – Black Clawson- Destroçadores de casca – 2 Demuth- Transporte pneumático de aparas – Rader- Crivagem de Aparas – 2 crivos Black Clawson- 1 crivo – Kone Wood

Produção de Pasta Crua

Cozimento de aparas por impregnador e digestor Kamyr, lavagem de pasta crua em doisdifusores atmosféricos em série, Kamyr, crivagem de pasta, recuperação de fibra e depuração,Ahlstrom e Celleco, pré-evaporação de licor negro em 4 efeitos “falling film” Rosenblad.

Produção de Pasta Branca

Branqueamento de pasta em cinco estágios por adição sucessiva de produtos químicos emtorres de reacção com duas prensas e quatro lavadores difusores. Sequência D/Eop/D/E/D.

2 Prensas – Kvaerner Pulping5 Torres, 4 difusores, misturadores e bombas MC – Kamyr, Kvaerner Pulping

Depuração de Pasta branca por 3 crivos e 4 estágios de depuradores Ahlstrom/Celleco

Transferência para as máquinas de papel e secagem de pasta em uma máquina de secagemNeyrpic com mesa de formação, 3 prensas Neyrpic/Ahlstrom e cilindros secadores earrefecedores Black Clawson.

Acabamento e embalagem de pasta por cortadora Ahlstrom, 2 linhas de embalagemAhlstrom/Cranston e uma unitizadora Ahlstrom/Cranston.

Preparação de Produtos Químicos

Armazenagem de produtos químicos para o branqueamento e produção de dióxido de cloropor processo Mathieson em 3 reactores fornecimento SIPAP.

Recuperação de Químicos e Energia

Para recuperação de licores e produção de vapor estão instalados:

Caldeira de Recuperação – com capacidade para 1800 Tds/d (toneladas de sólidos secos / dia)fornecida originalmente pela F.C.B e remodelada pela Tampella em 1993.

Caldeira Auxiliar – fornecida pela F.C.B para queima de casca, resíduos de madeira e fuel eprodução de 100 toneladas/h de vapor.

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Caldeira a Óleo – instalada em 1991 com a MP1 para queima de fuel e produção de 108toneladas/h de vapor.

Evaporação – com capacidade para 280 toneladas/h de água evaporada fornecimento originalWellman e modificada em 1988 pela HPD e em 1991 e 1998 pela Ahlstrom. A instalação éconstituída por 6 efeitos e 9 corpos, sendo 4 efeitos “falling film” e dois originais “risingfilm”.

Caustificação – com capacidade de 3400m3/dia de licor branco, composta por umclarificador de licor verde, 4 caustificadores e 2 clarificadores de licor branco, Dorr-Oliver,tendo em 1998 sido instalado um novo apagador Kaverner Pulping.

Forno da Cal – Forno com capacidade de 320 t/dia de cal, fornecimento Allis-Chalmers.

Produção de Energia Eléctrica

A produção de energia eléctrica ocorre em três turbogeradores. Dois de 16 MW cada e oterceiro instalado em 1991, quando da MP1 de 24MW.Os primeiros, de origem da fábrica têm turbinas de contrapressão e condensação e o terceirode contrapressão.Os originais são fornecimento Creusot-Loire / Jeumont Schneider sendo o mais recenteABB/AEG.

Captação e Tratamento de Águas

A Soporcel é abastecida por canal aberto e conduta enterrada a partir do Rio Mondego emCoimbra. O canal aberto tem cerca de 40km e a conduta enterrada cerca de 7km.A água de alimentação à fábrica de pasta e máquinas de papel é tratada no complexo fabrilpor dois clarificadores, uma bateria de 5 filtros de areia e instalação de doseamento dequímicos. Segue-se um reservatório de armazenagem e respectiva bombagem para asfábricas.

Tratamento de Efluentes

Os efluentes líquidos vindos da produção de pasta e papel são tratados em estação comtratamento primário e secundário do tipo lamas activadas. Esta estação de origem da fábrica,sofreu vários aumentos e melhorias nomeadamente em 1990 com melhoria do tratamentosecundário e espessamento de lamas e, em 1998 com aumento e reforços do tratamentosecundário bem como do espessamento de lamas. Em 1995 a Soporcel instalou em parceria,um emissário submarino para lançamento do efluente tratado no mar, a 1500m da costa.

Produção de Papel

Preparação de Pasta

A pasta é bombada das instalações da fábrica de pasta, espessada e armazenada a 12% deconsistência em torres de armazenagem das máquinas de papel 1 e 2 (MP1 e MP2).

Desintegração de Fardos

Em operação normal apenas são desintegrados fardos de pasta de fibra longa (softwood),sendo no entanto possível a desintegração de fardos de pasta de eucalipto para as máquinas 1e 2 se necessário.

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Refinação de Pasta

A instalação de refinação de pasta é constituída quer na máquina 1 quer na máquina 2 pordois circuitos:

- Refinação de Pasta de Eucalipto- Refinação de Pasta de Fibra Longa

A pasta de eucalipto, fibra longa e as quebras são em seguida misturadas nos tinões demistura sendo transferidas para os respectivos tinões das máquinas.

Principais Equipamentos (MP1 e MP2)

- Espessadores de eucalipto – Ahlstrom / Valmet- Desintegradores de fardos – Tampella / Valmet- Refinadores de Pasta de fibra longa – Sunds / Valmet- Refinadores de Pasta de eucalipto – Sunds / Voith

Circuito de Aproximação de Pasta e Aditivos

No circuito de aproximação quer da MP1 quer da MP2 a pasta é depurada, desarejada ecrivada nos respectivos crivos de cabeça das máquinas.

Neste circuito de aproximação de pasta são adicionados em vários pontos, diferentesprodutos químicos entre os quais de salientam:

- Carbonato de Cálcio Precipitado – PCC- Agente de Colagem- Amido de massa- Agente de retenção- Corantes

Provenientes da instalação de aditivos e fábrica satélite de PCC.

Principais Equipamentos (MP1 e MP2)

- Depuração e desarejadores – Ahlstrom/GL&V Celleco- Crivos da Máquina – Tampella/Voith- Aditivos - GAW

Sistema de Recuperação de Quebras

As quebras provenientes dos diversos desfibradores das máquinas de papel 1 e 2 etransformação são transferidas para as respectivas torres de quebras. Depois de espessadaspassam por crivos e despastilhador após o que são alimentadas aos tinões de mistura.

Principais Equipamentos (MP1 e MP2)

- Espessadores de quebras – Hedemora/GL&V Celleco- Crivos de quebras – Tampella / Valmet- Despastilhadores – Sunds / Valmet

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Máquinas de Papel

Máquina de Papel 1 – MP1Instalada em 1991

Fornecedor – Valmet Paper Machinery

Principais características:Tipo de papel – impressão e escrita (fine paper)Velocidade de projecto – 1500m/minVelocidade de accionamento – 1250m/minLargura da teia – 9.4mLargura do papel no enrolador – 8.6m

Caixa de chegada – Sym-FlowFormador híbrido – Sym-FormerPrensas – Tipo Sym-Press II com 4ª prensa separadaSecariaPrensa de colagem – Sym-SizerPós-secariaCalandra

A máquina foi optimizada em 1995 e 1998 permitindo o aumento da sua capacidade para310.000 toneladas/ano e 330.000 toneladas/ano actuais.

Máquina de Papel 2 – MP2

Fornecedor – Voith Paper

Principais características:Tipo de papel – impressão e escrita (fine paper)Largura da teia – 9.35mLargura do papel no enrolador – 8.65mVelocidade de projecto – 1700m/minVelocidade de produção – 1500 m/min

Caixa de chegada – Moduljet (dilution technology)Secção de formação – Duoformer TQ

Secção de Prensas - Tandem NipcoflexSecção de secaria – Top DuorunPrensa de colagem – SpeedsizerSecção pós-secaria – Combi DuorunDuas calandras – Soft NipEnrolador - Sirius

Capacidade de 400.000 toneladas/ano.

Após cada máquina há uma bobinadora e ainda uma terceira que tanto pode servir a MP1como a MP2. Para além das três bobinadoras a área de produção de papel dispõe ainda de trêsrebobinadoras.

- Bobinadoras – Valmet/Voith

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- Rebobinadoras – Jagenberg/Metso Paper

Complementam ainda esta área duas máquinas de embalagem de bobinas.

Armazenagem de Bobinas

Existem dois armazéns automáticos de bobinas em processo para armazenagem intermédiaentre as máquinas de papel e a transformação.

O primeiro foi instalado com a MP1 e fornecido pela Demag, com capacidade para 2015bobinas. O segundo instalado com a MP2 e fornecido pela Efacec com capacidade para 3420bobinas.

Transformação e Armazém Final

O papel produzido nas máquinas é cortado e embalado na transformação.

Formatos Gráficos

São cortados em 4 cortadoras Bielomatic e embalados em resmas em 3 embaladoras, umaWrapmatic e em duas Bielomatic.

As paletes provenientes das linhas de formatos gráficos são embaladas em linhas automáticascom plástico retráctil.

Formatos Reduzidos

Cortados em 4 cortadoras de formatos A3/A4 E.C.H.Will/Pemco. As paletes provenientes daslinhas de formatos reduzidos são embaladas em linhas automáticas com plástico estirável.

A alimentação de bobinas às máquinas, bem como a movimentação de paletes saídas dasdiversas linhas são transportadas por um sistema de veículos robotizados “AGV’S” (veículosguiados automaticamente). O papel destinado a encomendas em bobinas e formatos éarmazenado em superfície no armazém final de cerca de 30.000 m2 e a expedição é feita em19 cais de carga.

Outras instalações

Central de Cogeração a Gás Natural

Com a instalação da segunda máquina de papel (MP2) decidiu a Soporcel e em parceria,instalar uma central de cogeração a gás natural constituída por dois turbo geradores a gásABB STAL, uma turbina a vapor e duas caldeiras de recuperação ABB STAL, fornecendoesta instalação o complemento de energia eléctrica e de vapor para todo o complexo fabril epermitindo ainda a exportação de energia eléctrica para a rede nacional.

Fábrica de Carbonato de Cálcio Precipitado – PCC

Na área do complexo fabril, existe uma fábrica de produção de carbonato de cálcioprecipitado – PCC, para alimentação e fornecimento deste produto às máquinas de papel.Esta unidade da Specialty Minerals Portugal usa CO2 das Caldeiras de recuperação eauxiliar, tendo iniciado a laboração em 1995. Esta unidade foi ampliada com a instalação dasegunda máquina de papel MP2, no ano 2000.

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4.2.4. Portucel Florestal

Através da Portucel Florestal, na qual a Portucel detém uma posição maioritária, a Empresatem o controlo de uma vasta área florestal, conforme caracterizado no ponto 4.1.6.2..

4.3 Pessoal

4.3.1 Quadro de Pessoal

A melhoria de competitividade, a procura da qualidade total e o desenvolvimento profissionaldos seus trabalhadores, têm sido as principais determinantes das grandes linhas orientadorasda gestão dos Recursos Humanos da Empresa.

A evolução do efectivo da Portucel, no final dos três últimos exercícios, encontra-sesintetizada no quadro abaixo:

Evolução do quadro de pessoal *

Rúbricas 1998 1999 2000Centro Fabril de Setúbal 972 855 771

-Pasta 437 383 312-Papel 535 472 429-Serviços de apoio fabril - - 30

Centro Fabril de Cacia 481 409 306

Sub-total - Área Fabril 1.453 1.264 1.077

Direcção comercial 55 50 48

Direcção financeira 25 30 27

Outros 70 74 78

Efectivo Total em 31.12. 1.603 1.418 1.230

Efectivo Médio 1.600 1.511 1.324

* Em 1998 e 1999 inclui os efectivos da ex-Papéis Inapa.

No último triénio, o número de colaboradores da Portucel, incluindo a ex-Papéis Inapa,reduziu-se em cerca de 17%, enquanto no mesmo período a produtividade por trabalhador(em toneladas de pasta e papel produzidas anualmente) aumentou cerca de 24%, passando de546 ton em 1998 para 675 ton em 2000.

De referir que a redução do número de colaboradores no Centro Fabril de Cacia em 2000, sedeve em grande parte à cisão da unidade produtora de Kraftsaco, que originou a CPK, à qualpassaram a estar afectos cerca de 70 colaboradores.

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No gráfico seguinte apresenta-se um organigrama simplificado da Empresa:

PORTUCELEmpresa Produtora de Pasta e

Papel, SA

Assessoria à administração

Secretariado Geral

Imagem e comunicação institucional

Relações com Investidores

Dir Centro Fabril Cacia

Dir Centro Fabril Papel Setúbal Dir de Marketing

Dir Manutenção e Engenharia

Dir Centro Fabril Pasta Setúbal

Dir ComercialPasta

Dir Financeira

Dir ComercialPapel

Dir de Compras

Dir de Informática

Dir de Planeamento e controlo de Gestão

Dir de Pessoal e Organização

Dir de Contabilidade

Dir de Abastecimento de Madeira

Dir de Apoio

Núcleo de Projectos

Dir Técnica

Auditoria Interna

O nível de habilitações dos trabalhadores da Portucel no final do ano 2000, era o seguinte:

Trabalhadores por nível de habilitação (2000)

Ensino secundário21%

Ensino superior14%

Ensino básico ou inferior

65%

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O número de colaboradores da Soporcel tem vindo a aumentar nos últimos anos devido, emgrande parte, aos acréscimos de capacidade para a produção de papel. De seguida apresenta-se a sua evolução nos três últimos anos:

Rúbricas 1998 1999 2000Pasta e energia 153 156 144Papel 261 317 345Serviços de apoio fabril 242 255 230

Sub-total - Área Fabril 656 728 719

Direcção comercial 42 45 46

Direcção financeira 46 45 44

Outros 53 55 51

Efectivo Total em 31.12. 797 873 860

Efectivo Médio 796 821 866

No mesmo período, a produtividade da Soporcel aumentou cerca de 11%, passando de 927ton em 1998 para 1032 ton em 2000, níveis elevados em relação à média do sector.

O nível de habilitações dos trabalhadores da Soporcel no final do ano 2000, era o seguinte:

Trabalhadores por nível de habilitação (2000)

Ensino secundário36%

Ensino superior14%

Ensino básico ou inferior

50%

4.3.2 Fundo de Pensões

Após a aquisição da Papéis Inapa, S.A., passaram a coexistir na Portucel dois planos decomplemento de pensões de reforma e de sobrevivência na Empresa que se descrevem deseguida:

(i) Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados doquadro permanente com mais de cinco anos de serviço, incluindo os trabalhadorestransferidos da Portucel, S.A. para a Empresa, na sequência do processo dereestruturação mencionado na Nota 1 do anexo às contas individuais da Portucel de2000 (transcrito no ponto 5.1.1. do presente Prospecto), têm direito após a passagem àreforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reformaou de invalidez. Esse complemento está definido de acordo com uma fórmula que temem consideração a remuneração mensal líquida actualizada para a categoriaprofissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, nomáximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e adescendentes directos.

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Para cobrir esta responsabilidade foi constituído o fundo de pensões autónomodenominado Fundo de Pensões Portucel, gerido por entidade externa.

(ii)Nos termos do Plano de Benefícios em vigor, os empregados que transitaram da PapéisInapa, S.A. têm direito a um plano complementar de pensões de reforma ou desobrevivência (Plano Papéis Inapa). O complemento de pensões está definido deacordo com uma fórmula que tem em consideração o vencimento dos últimos 12 mesesanteriores à data de reforma e o número de anos de serviço, sendo ainda garantidaspensões de sobrevivência ao cônjuge.

Para cobrir esta responsabilidade foi constituído um Fundo de Pensões, gerido porentidade externa, que foi afecto à Papéis Inapa, S.A. em conjunto com a Inapa - IPG,S.A. e outras empresas suas subsidiárias, estando os activos do Fundo repartidos porcada uma das empresas. Na sequência da aquisição e da fusão por incorporação daPapéis Inapa, S.A., e após obtida autorização do Instituto de Seguros de Portugal (ISP),o valor do Fundo de Pensões afecto à Papéis Inapa, S.A. foi integrado no Fundo dePensões Portucel passando, assim, a existir um único Fundo de Pensões.

Os valores relativos às responsabilidades acumuladas reportadas ao final de 2000 assim comoas suas coberturas estão expostas na alínea a) da nota 31 do anexo às contas individuais daPortucel (transcrito no ponto 5.1.1. do presente Prospecto).

A Soporcel estabeleceu em 1988 um plano de complementos de pensões de reforma porvelhice ou invalidez para todos os seus colaboradores, o qual foi alargado relativamente apensões de sobrevivência em 1990. Em 31 de Dezembro de 2000 e 1999, asresponsabilidades por serviços passados encontram-se cobertas, pelo valor dos fundosconstituídos, os quais são geridos por uma sociedade gestora de fundos de pensões.

De acordo com o estudo actuarial realizado pela sociedade gestora dos fundos, o valor actualdas responsabilidades da Soporcel em 31 de Dezembro de 2000, incluindo as subsidiáriasEmporsil, Empremédia, Soporcel 2000 e Aliança Florestal, por serviços passados dos seustrabalhadores activos e reformados é de cerca de 36,2 milhões de euros (inclui a totalidadedas responsabilidades da Aliança Florestal no montante de 2,8 milhões de euros).

Face ao valor dos patrimónios dos fundos, em 31 de Dezembro de 2000, as responsabilidadesda Soporcel encontravam-se cobertas em 95%.

4.4 Acontecimentos Excepcionais

Desde a constituição da Portucel não ocorreu qualquer acontecimento excepcional que tenhaafectado, ou se preveja vir a afectar significativamente as actividades da Empresa.

4.5 Dependências Significativas

Não existem quaisquer patentes, licenças, contratos de concessão ou outro tipo de contratosque sejam determinantes na actividade da Empresa. No entanto, existe um acordo entre aEmpresa e uma entidade estrangeira, relativo à cedência de tecnologia numa área pontual. Oacordo referido consiste num contrato de cedência de tecnologia com a Empresa CellchemAB que permite a produção de dióxido de cloro, implicando o pagamento trimestral deroyalties, em função das quantidades produzidas deste composto químico. A partir dopróximo ano, este acordo decorrerá sem pagamento de royalties.

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4.6 Política de Investigação

As indústrias da pasta e do papel possuem uma grande base tecnológica, onde o quadro designificativa pressão competitiva e as crescentes preocupações com o meio ambienteestimulam a inovação, tanto a nível de equipamentos e processos, como de desenvolvimentoe melhoria dos produtos.

Tradicionalmente, a engenharia destes sectores é liderada por empresas escandinavas e norte-americanas estando, no entanto, a tecnologia disponível no mercado, nomeadamente pela viados fabricantes de equipamento.

Neste sentido, a Portucel tem acompanhado atentamente os desenvolvimentos tecnológicosmais relevantes, embora o seu investimento nesta área seja preferencialmente canalizado paraaplicações que lhes sejam específicas, designadamente a nível de desenvolvimento doproduto e da adaptação e optimização dos processos fabris.

A actividade de investigação e desenvolvimento nos domínios fabril e florestal da Portucelencontra-se, desde 1996, centralizada no Instituto Raiz.

O Raiz – Instituto de Investigação da Floresta e Papel, foi constituído em 1996 tendo comoprincipal missão a investigação aplicada nos domínios da produção florestal e da tecnologiaindustrial de pasta e do papel. Este Instituto consiste num esforço conjunto das empresas eentidades nacionais do sector, sendo participado pela Portucel (43%), Soporcel (43%),Aliança Florestal (8%), Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra,Instituto Superior de Agronomia e Confederação dos Agricultores Portugueses.

O Raiz possui um quadro de 45 colaboradores distribuídos por dois centros de Investigação:

� Centro de Investigação Florestal (CIF), a funcionar na Herdade da Torre Bela, emAlcoentre, dispõe de uma área de 4,2 ha na qual se inserem os edifíciosadministrativos, laboratórios, área social e viveiros para experimentação florestal.

� A Sede e o Centro de Investigação Tecnológica (CIT), em funcionamento na Quinta deS. Francisco, a 9 km de Aveiro, conta com edifícios administrativos, laboratórios,instalações piloto, serviços de documentação e instalações para formação com 2.600m2 de área coberta.

As ligações internacionais do Raiz permitem-lhe apoio e troca de experiências cominstituições de diferentes pontos do mundo, nomeadamente: Universidade Davis,Universidade de Riverside, North Carolina State University e Cooperative Research Centrefor Sustainable Production Forestry, entre outras.

Todos os projectos desenvolvidos pelo Instituto decorrem do interesse dos seus accionistas etêm o objectivo de contribuir para o aumento da produtividade do sector, maximizando osfactores de competitividade da indústria.

Do conjunto de projectos realizados no ano 2000, e enquadrados na política de I&D definidapelos accionistas industriais do Raiz, são de destacar:

Área Florestal

� melhoramento genético de eucalipto globulus orientado para a produção de materiallenhoso de elevada qualidade para a indústria de pasta;

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� definição de critérios para recomendação de práticas de fertilização em eucaliptoglobulus.

Área Produtiva

� cozimento kraft de eucalipto globulus: desenvolvimento de um modelo de previsão dofuncionamento de um digestor contínuo e parametrização de um simulador;

� desenvolvimento de um modelo para identificação e análise do impacte ambientaldecorrente de alterações nos processos que integram o ciclo de vida do papel;

� estudo das diferentes alternativas de utilização dos resíduos sólidos.

4.7 Procedimentos Judiciais ou Arbitrais

Não existem quaisquer procedimentos judiciais ou arbitrais com impacto relevante naactividade da Empresa.

4.8 Interrupções de Actividades

Não ocorreu qualquer interrupção da actividade da Empresa susceptível de vir a ter umaincidência importante sobre a sua situação financeira.

4.9 Política de Investimentos

4.9.1 Investimentos Financeiros

Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas encontram-se registadospelo método da equivalência patrimonial tendo sido inicialmente contabilizados pelo custo deaquisição. Este foi acrescido ou reduzido da diferença para o valor correspondente àproporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou daprimeira aplicação do método da equivalência patrimonial. Esta diferença foi registada porcontrapartida da rubrica de ajustamentos de partes do capital no capital próprio. De acordocom o método da equivalência patrimonial as participações financeiras são ajustadasanualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas dogrupo e associadas por contrapartida de ganhos ou perdas financeiros do exercício.Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma reduçãono saldo da rubrica de investimentos financeiros.

A composição do imobilizado financeiro da Portucel no final dos três últimos exercícios era aseguinte:

(Valores em milhões de euros)Imobilizado Bruto 31.12.1998 31.12.1999 31.12.2000

Partes de capital em empresas do grupo 123,0 134,9 144,0 Empréstimos a empresas do grupo 0,1 0,1 0,1 Partes de capital em associadas 0,1 0,0 3,4 Empréstimos a empresas associadas - - - Títulos e outras aplicações financeiras 1,5 1,5 1,5 Adiantamentos por conta de investimentos financeiros - - 138,6

Total 124,7 136,5 287,6

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O valor dos adiantamentos por conta de investimentos financeiros corresponde aoadiantamento efectuado decorrente de um contrato promessa de compra e venda de25.660.849 acções da Soporcel, celebrado em 12 de Dezembro de 2000 (ver Ponto 4.1.1. dopresente Prospecto).

A composição do Imobilizado Financeiro da Soporcel no final dos três últimos exercícios eraa seguinte:

(Valores em milhões de euros)Imobilizado Bruto 31.12.1998 31.12.1999 31.12.2000

Partes de capital em empresas do grupo 18,5 18,5 18,5 Empréstimos a empresas associadas - - 3,7 Títulos e outras aplicações financeiras 1,5 1,5 1,5

Total 20,0 20,0 23,8

4.9.2 Investimentos em Imobilizado Corpóreo

As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de aquisição.

A composição do imobilizado corpóreo da Portucel no final dos três últimos exercícios era aseguinte:

(Valores em milhões de euros)Imobilizado Bruto 31.12.1998 31.12.1999 31.12.2000

Terrenos e recursos naturais 21,5 21,5 35,7Edifícios e outras construções 54,9 56,0 128,9Equipamento básico 493,9 514,2 749,8Equipamento de transporte 6,3 6,3 8,4Ferramentas e utensílios 0,7 0,7 3,3Equipamento administrativo 4,1 6,3 16,9Taras e vasilhame 0,0 0,0 0,0Outras imobilizações corpóreas 0,4 0,5 0,7Imobilizações em curso 16,7 8,0 29,4Adiantamentos por conta de Imobilizado Corpóreo 0,6 0,6 0,3

Total 599,2 614,0 973,6

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No quadro seguinte discriminam-se os investimentos realizados no período 1998/2000 pelaPortucel.

(Valores em milhões de euros)Investimentos por Centro Fabril 1998 1999 2000

Centro Fabril de Setúbal -Pasta

Modernização e optimização 9,3 1,0 1,7Ambiente 0,6 1,6 3,8Energia 0,7 0,9 1,3Diversos 6,2 4,8 9,6

Sub Total Pasta 16,9 8,3 16,4 -Papel 2,1 7,0 13,5

Sub Total Setúbal 19,0 15,3 29,9

Centro Fabril de CaciaModernização e optimização 1,8 3,7 15,6Ambiente 1,3 0,2 0,9Diversos 7,1 2,5 4,3

Sub Total Cacia 10,2 6,4 20,8

Centrais * 5,6 3,2 3,9

Total 34,7 24,8 54,6

* Inclui investigação e desenvolvimento, informática e desenvolvimento da eficiência e qualidade.

Na Soporcel, a composição do imobilizado corpóreo no final dos três últimos exercícios era aseguinte:

(Valores em milhões de euros)Imobilizado Bruto 31.12.1998 31.12.1999 31.12.2000

Terrenos e recursos naturais 24,3 24,3 24,2Edifícios e outras construções 182,1 184,9 231,5Equipamento básico 867,6 874,1 1.071,5Equipamento de transporte 9,5 9,9 10,9Ferramentas e utensílios 1,2 1,2 1,3Equipamento administrativo 9,2 10,4 12,4Outras imobilizações corpóreas 0,6 0,6 0,9Imobilizações em curso 1,2 68,3 2,2Adiantamentos por conta de Imobilizado Corpóreo 2,1 40,8 3,2

Total 1.097,7 1.214,5 1.358,0

No quadro seguinte discriminam-se os investimentos realizados no período 1998/2000 pelaSoporcel:

(Valores em milhões de euros)Investimentos por área de intervenção 1998 1999 2000

Projecto MP2 - 73,7 179,3Optimização MP1 10,4 0,4 -Modernização/ melhorias de produtividade

pasta 4,8 4,6 5,2papel 1,1 1,1 0,9

Ambiente 17,0 2,2 0,2Qualidade e desenvolvimento - - 2,0Outros 1,3 0,8 1,2

TOTAL 34,6 82,8 188,8

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4.9.3 Projectos de Investimento

O valor dos investimentos projectados pela Portucel para 2001 encontram-se discriminadosno quadro seguinte:

(valores em milhões de euros)Área de intervenção Investimento em 2001 %

Ambiente 12,5 25%Comercial e Marketing 1,6 3%Investigação e Desenvolvimento 1,5 3%Organização e Gestão 7,0 14%Operacional (produtivo) 20,7 41%Qualidade 0,8 2%Segurança 2,8 6%Recursos Humanos/ Formação 1,5 3%Outros 2,0 4%

Total 50,4 100%

Entre os investimentos industriais a realizar em 2001 destacam-se os seguintes:

Unidade de produção de pasta de Setúbal

� Aumento da capacidade de evaporação;� Modificações na caldeira de biomassa;� Novo electrofiltro para caldeira de biomassa;� Accionamento do raspador de fundo do digestor;� Substituição dos sistemas Hallon.

Unidade de produção de papel de Setúbal

� Instalação de caixa de vapor na MP1 e MP2;� Instalação de sistema de controle do curl da MP1;� Sistema de lavagem das telas da secaria na MP3;� Substituição dos sistemas Hallon;� Optimização da recuperação de fibras na MP1 e MP2;� Modificações na caldeira de biomassa.

Fábrica de Cacia

� Remodelação da rede de ar comprimido;� Aquisição de novo caustificador;� Renovação do sistema de sopragem de cinzas – 1ª fase;� Lavagem/crivagem - fecho de circuitos – 1ª fase;� Modificação da evaporação;� Recolha e recuperação de derrames – 1ª fase.

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O valor dos investimentos projectados pela Soporcel para 2001 encontra-se discriminado noquadro seguinte:

(valores em milhões de euros)Área de intervenção Investimento em 2001 %

Complementação da MP2 11,5 25%Pipeline 3,5 8%Modernização/ melhorias de Produtividade

- Pasta 15,2 33% - Papel 5,4 12%

Qualidade Desenvolvimento e Ambiente 4,2 9%Outros Industriais 2,6 6%Florestais 1,2 3%Sistemas de informação 1,3 3%Recursos Humanos/ Formação 0,8 2%

Total 45,8 100%

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5 - PATRIMÓNIO, SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADO DOEMITENTE

5.1 Balanços e Contas de Resultados

5.1.1 Demonstrações Financeiras Individuais da Portucel

Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Balanços em 31 de Dezembro de 2000, 1999, 1998 e em 30 de Junho de 2001 e 2000

Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SABalanço

ACTIVO Notas Activo brutoAmortizações e

provisõesActivo líquido 1999 1998 30-06-2001 30-06-2000

(em contos) (em contos) (em contos) (em contos) (em contos) (em milhares de euros) (em milhares de euros)

IMOBILIZADOImobilizações Incorpóreas

Despesas de Instalação 419.289 (254.074) 165.215 - - 697 -Despesas de Investigação e Desnvolvimento 5.439.198 (2.196.227) 3.242.971 848.581 1.167.635 13.770 3.497Propriedade industrial e outros direitos 9.565 (9.132) 433 493 551 2 2Imobilizações em Curso 335.443 - 335.443 874.772 306.759 4.231 5.362

10 6.203.495 (2.459.433) 3.744.062 1.723.846 1.474.945 18.700 8.861Imobilizações Corpóreas

Terrenos e recursos naturais 7.158.544 - 7.158.544 4.304.709 4.304.755 35.709 21.486Edifícios e Outras Construções 25.847.690 (8.822.755) 17.024.935 7.876.788 8.201.634 81.588 37.736Equipamento Básico 150.320.734 (68.065.927) 82.254.807 57.570.356 60.798.565 378.544 261.138Equipamento de Transporte 1.684.417 (1.151.408) 533.009 491.735 631.040 4.857 1.928Ferramentas e Utensílios 668.340 (397.431) 270.909 15.775 23.205 457 75Equipamento Administrativo 3.397.784 (2.059.050) 1.338.734 661.287 401.699 3.404 2.729Taras e Vasilhame 51 (45) 6 11 18 0 0Outras Imobilizações Corpóreas 145.325 (90.350) 54.975 14.315 20.911 3.235 51Imobilizações em Curso 5.903.694 - 5.903.694 1.595.820 3.356.553 42.105 24.653Adiantamentos por conta de Imob. Corpóreas 65.518 - 65.518 111.983 113.278 663 881

10 e 14 195.192.097 (80.586.966) 114.605.131 72.642.779 77.851.658 550.562 350.677Investimentos Financeiros

Partes de Capital em Empresas do Grupo 10 e 16 24.875.995 - 24.875.995 27.038.431 24.657.317 1.329.182 236.264Partes de Capital em Empresas associadas 10 e 16 683.029 - 683.029 4.911 13.286 24 3.612Empréstimos a Empresas do Grupo 10 e 16 18.500 - 18.500 18.500 18.500 92 92Títulos e Outras Aplicações Financeiras 10 307.056 - 307.056 302.056 302.056 1.532 1.507Adiantamentos por conta de investimentos financeiros 10 e 16 27.780.507 - 27.780.507 - - - -

53.665.087 - 53.665.087 27.363.898 24.991.159 1.330.830 241.475CIRCULANTEExistências - Médio e londo prazo

Adiantamentos por conta de compras 22 829.651 - 829.651 1.696.557 - 4.138 8.462

Existências - Curto prazoMatérias Primas, Subsidiárias e de Consumo 6.872.646 - 6.872.646 4.785.293 4.250.473 34.859 30.097Produtos e Trabalhos em Curso 116.497 - 116.497 72.844 66.315 885 249Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 178.447 - 178.447 313 1.069 751 3Produtos Acabados e Intermédios 5.068.546 - 5.068.546 1.350.703 4.450.922 50.079 5.092Mercadorias 5.113 - 5.113 - - 26 -Adiantamentos por conta de compras 836.029 - 836.029 844.634 - 2.702 1.774

22 13.077.278 - 13.077.278 7.053.787 8.768.779 89.302 37.215Dívidas de Terceiros - Médio Longo Prazo

Empresas do Grupo 16 5.974.264 - 5.974.264 5.650.000 - 40.437 98.0145.974.264 - 5.974.264 5.650.000 - 40.437 98.014

Dívidas de Terceiros - Curto PrazoClientes, c/c 22.374.680 - 22.374.680 11.647.602 7.058.238 96.193 66.964Clientes de Cobrança Duvidosa 23 175.787 (175.787) - - - - -Empresas do grupo 16 4.118.381 - 4.118.381 5.783.989 4.530.704 - -Adiantamentos a Fornecedores 1.270.261 - 1.270.261 1.457.423 10.242 8.439 12.497Adiantamentos a Fornecedores de Imobilizado 119.397 - 119.397 - - - -Estado e Outros Entes Públicos 28 1.734.320 - 1.734.320 1.018.598 1.600.479 19.375 6.152Outros Devedores 49 2.684.262 (6.435) 2.677.827 211.322 347.283 6.230 252

32.477.088 (182.222) 32.294.866 20.118.934 13.546.946 130.237 85.865Títulos Negociáveis

Outros Títulos negociáveis 3.677.446 - 3.677.446 3.677.446 3.679.358 18.289 18.343Outras Aplicações de Tesouraria 80.182 - 80.182 2.200.000 100.000 - 998

17 3.757.628 - 3.757.628 5.877.446 3.779.358 18.289 19.341Depósitos Bancários e Caixa

Depósitos Bancários 2.059.547 - 2.059.547 824.891 94.402 10.543 2.587Caixa 2.652 - 2.652 2.100 2.100 10 10

17 2.062.199 - 2.062.199 826.991 96.502 10.553 2.597Acréscimos e Diferimentos

Acréscimos de Proveitos 50 151.140 - 151.140 241.458 204.551 5.192 3.118Custos Diferidos 50 3.341.056 - 3.341.056 1.733.057 1.050.931 7.571 19.168

3.492.196 - 3.492.196 1.974.515 1.255.482 12.763 22.286Total de amortizações (83.046.399)Total de provisões (182.222)TOTAL DO ACTIVO 316.730.983 (83.228.621) 233.502.362 144.928.753 131.764.829 2.205.811 874.793

2000

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Balanços em 31 de Dezembro de 2000, 1999, 1998 e em 30 de Junho de 2001 e 2000

Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SABalanço

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2000 1999 1998 30-06-2001 30-06-2000(em contos) (em contos) (em contos) (em milhares de euros) (em milhares de euros)

CAPITALCapital 36 87.209.670 87.000.000 87.000.000 435.000 433.954Acções Próprias - Valor nominal - - - (61) -Acções Próprias - Descontos e prémios - - - 7 -Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas 40 (86.168) (83.199) (87.035) (417) (415)Reservas de Reavaliação 40 7.680.837 7.680.837 7.680.837 38.312 38.312Reserva legal 40 1.275.978 1.322.675 1.281.180 10.226 7.410Reservas estatutárias 40 3.029.786 1.455.808 2.189.905 22.450 15.113Outras reservas 40 (511.301) - - (2.550) -Resultados Transitados 40 6.904.995 6.904.995 7.259.810 87.257 34.442Resultado Líquido do Exercício 40 15.484.918 3.259.450 829.898 55.699 36.985

Total Capital Próprio 120.988.715 107.540.566 106.154.595 645.923 565.801

PASSIVO

Provisão para Outros Riscos e EncargosOutras Provisões para Riscos e Encargos 34 923.749 - - 4.261 -

923.749 - - 4.261 -

Dívidas a Terceiros - Médio Longo PrazoDívidas a Instituições de Crédito 48 41.120.837 19.411.148 500.000 228.033 167.934Outros Credores 51 675.295 1.107.202 1.079.769 - 4.446

41.796.132 20.518.350 1.579.769 228.033 172.380Dívidas a Terceiros - Curto Prazo

Empréstimos por obrigações - não convertiveis - - 11.255.000 - -Dívidas a Instituições de Crédito 48 15.468.965 336.598 53.531 701.950 1.444Adiantamentos por conta de vendas - - - 10 -Fornecedores c/c 8.273.060 4.639.238 6.571.813 43.896 26.138Fornecedores Facturas em Recepção e Conferência 1.320.153 1.581.944 219.154 10.119 19.569Empresas do grupo 16 29.653.039 - - 42.535 22.399Outros Accionistas - - - - -Fornecedores de Imobilizado c/c 849.799 638.746 1.050.103 6.241 3.966Estado e Outros Entes Públicos 28 5.671.072 2.218.117 401.990 7.422 18.948Outros Credores 49 938.372 3.139.498 761.602 472.877 24.037

62.174.460 12.554.141 20.313.193 1.285.050 116.501Acréscimos e Diferimentos

Acréscimos de Custos 50 4.619.054 2.566.197 2.099.937 28.084 11.605Proveitos Diferidos 50 3.000.252 1.749.499 1.617.335 14.460 8.506

7.619.306 4.315.696 3.717.272 42.544 20.111

Total do Passivo 112.513.647 37.388.187 25.610.234 1.559.888 308.992

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 233.502.362 144.928.753 131.764.829 2.205.811 874.793

As Notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações financeiras

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Demonstração dos Resultados por Naturezas para os exercícios findos em 31 deDezembro de 2000, 1999, 1998 e em 30 de Junho de 2001 e 2000

Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SADemonstração de Resultados

CUSTOS E PERDAS Notas

Custos das Mercadorias Vendidas e Mat. Consumida 41 44.255.252 31.331.540 31.083.444 101.500 72.878Fornecimentos e Serviços Externos 18.725.777 9.562.499 7.610.299 61.190 31.511Custos com o Pessoal

Remunerações 6.133.057 4.158.638 4.277.272 18.433 7.636Encargos Sociais:

Pensões 561.803 (514.620) (364.173) 3.576 1.387Outros 2.283.763 8.978.623 1.709.704 5.353.722 2.161.910 6.075.009 5.084 27.093 3.896 12.919

Amortizações do Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo 10 12.796.568 8.152.148 8.304.575 37.375 20.009Provisões 11.744 12.808.312 - 8.152.148 - 8.304.575 - 37.375 - 20.009Impostos 63.869 63.656 62.861 880 181Outros Custos Operacionais 55.151 119.020 41.900 105.556 54.884 117.745 185 1.065 155 336

(A) 84.886.984 54.505.465 53.191.072 228.223 137.653Perdas em empresas do grupo e associadas 45 610.848 164.177 - 2.914 5.919Amortizações e Provisões de aplicações e invest. fin. - - - - -Juros e Custos Similares

Relativos a empresas do grupo 16 323.817 - - 1.722 -Outros 45 4.887.179 5.821.844 747.494 911.671 883.078 883.078 21.550 26.186 4.326 10.245

(C) 90.708.828 55.417.136 54.074.150 254.409 147.898Custos e Perdas Extraordinárias 46 9.934.519 2.643.869 477.532 7.220 3.562

(E) 100.643.347 58.061.005 54.551.682 261.629 151.460Imposto sobre o Rendimento do Exercício 6 8.425.565 2.022.578 81.960 5.068 17.115

(G) 109.068.912 60.083.583 54.633.642 266.697 168.575Resultado Líquido do Exercício 15.484.918 3.259.450 829.898 55.699 36.985

124.553.830 63.343.033 55.463.540 322.396 205.560

PROVEITOS E GANHOS Notas

Vendas 44 104.600.488 61.215.101 50.130.175 214.478 184.728Prestação de Serviços 2.671.919 107.272.407 570.354 61.785.455 165.965 50.296.140 7.775 222.253 5.035 189.763

Variação da Produção 42 1.792.307 (3.071.741) 1.771.488 24.967 (1.730)Trabalhos para a Própria Empresa 238.328 155.853 585.453 2 179Proveitos Suplementares 44 5.042.272 2.643.933 874.669 13.663 12.178Subsídios à Exploração 227.143 7.300.050 423.365 151.410 480.260 3.711.870 1 38.633 - 10.627

(B) 114.572.457 61.936.865 54.008.010 260.886 200.390Ganhos em empresas do grupo e associadas 45 86.082 38.900 64.064 49.777 352Rendimentos de Títulos Negociáveis e Outras Aplic. 45 239.213 - - 3.618 519Outros Juros e Proveitos Similares

Relativos a empresas do grupo 16 426.305 226.045 248.606 770 1.415Outros 45 1.812.332 2.563.932 475.171 740.116 382.928 695.598 3.442 57.607 1.706 3.992

(D) 117.136.389 62.676.981 54.703.608 318.493 204.382Proveitos e Ganhos Extraordinários 46 7.417.441 666.052 759.932 3.903 1.178

(F) 124.553.830 63.343.033 55.463.540 322.396 205.560

Resultados Operacionais (B) - (A) 29.685.473 7.431.400 816.938 32.663 62.737Resultados Financeiros (D - B) - (C - A) (3.257.912) (171.555) (187.480) 31.421 (6.253)Resultados Correntes (D) - (C) 26.427.561 7.259.845 629.458 64.084 56.484Resultados Antes de Impostos (F) - (E) 23.910.483 5.282.028 911.858 60.767 54.100Resultado Líquido do Exercício 15.484.918 3.259.450 829.898 55.699 36.985

30-06-2001 30-06-2000

30-06-2001 30-06-2000

(em milhares de euros)(em milhares de euros)

1998

1998

2000 1999

2000 1999

(em contos) (em contos) (em contos)

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.Demonstração dos Resultados por Funções para os exercícios findos em 31 de Dezembro

de 2000, 1999 e 1998

Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SADemonstração de Resultados por Funções

Notas 2000 1999 1998(em contos)

Vendas e presações de serviços 107.272.407 61.785.455 50.296.140Custo das Vendas e das prestações de serviços 52 (70.495.957) (50.985.599) (45.508.368)

Resultados Brutos 36.776.450 10.799.856 4.787.772

Outros proveitos e ganhos operacionais 846.070 507.859 925.250Custos de distribuição (3.605.402) (2.091.686) (1.677.817)Custos administrativos (4.158.212) (2.047.481) (2.117.467)Outros custos e perdas operacionais (688.751) 356.079 (1.166.280)

Resultados Operacionais 52 29.170.155 7.524.627 751.458

Custo líquido de financiamento (2.733.146) (46.278) (251.544)Ganhos (perdas) em filiais e associadas (524.766) (125.277) 64.064Ganhos (perdas) não usuais - - 362.338

Resultados Correntes 52 25.912.243 7.353.072 926.316

Impostos sobre os resultados correntes (9.130.184) (2.797.149) (81.960)

Resultados Correntes após impostos 16.782.059 4.555.923 844.356

Resultados extraordinários 52 (2.001.760) (2.071.044) (14.458)Impostos sobre os resultados extraordinários 704.619 774.571 -

Resultados Líquidos 15.484.918 3.259.450 829.898

Resultados por Acção * 0,178 0,037 0,010

* O número de acções utilizado para o cálculo dos resultados por acção relativamente ao exercício de 1999

e de 2000 foi de 87 000 000 (ver Nota 36)

As Notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações financeiras

(em contos) (em contos)

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras relativas ao primeiro semestre de 2001(Montantes expressos em milhares de euros)

Nota 1 - Introdução

A Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA, designação desde Dezembro de 2000da anterior Portucel Industrial - Empresa Produtora de Celulose, SA (adiante designada porEmpresa ou Portucel) é uma sociedade anónima constituída em 31 de Maio de 1993, aoabrigo do Decreto-Lei nº 39/93 de 13 de Fevereiro, como resultado do processo dereestruturação da Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SA (Portucel, SA) e deque resultou, também, a Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA(Portucel SGPS). Na sequência da operação de aquisição ocorrida no decurso do primeirosemestre de 2000, formalizou-se em 4 de Dezembro de 2000 a fusão por incorporação dasociedade Papéis Inapa, SA na sociedade Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA,mediante a transferência global do património da sociedade incorporada para a sociedadeincorporante. Adicionalmente, na sequência das operações iniciadas no final do exercício de2000, concluiu-se no decurso do primeiro semestre de 2001 a aquisição do capital social daSoporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, SA (adiante designada por Soporcel).

A Portucel é uma Sociedade aberta onde o Estado é accionista maioritário por intermédio daPapercel – Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA. Em Maio de 2001 o Estado anunciou omodelo aprovado para a segunda fase do processo de reprivatização de uma parcela, que emduas tranches pode atingir 40%, do capital da Empresa (ver Nota 51).

A actividade principal da Empresa consiste na produção e comercialização de pastascelulósicas, papel e seus derivados ou afins.

As demonstrações financeiras intercalares anexas foram obtidas a partir dos registoscontabilísticos da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA, os quais forampreparados, em todos os seus aspectos materiais, em conformidade com os princípioscontabilísticos e critérios valorimétricos estabelecidos no Plano Oficial de Contabilidade(POC), aprovado pelo Decreto-Lei nº 410/89, de 21 de Novembro com as alteraçõesintroduzidas pelo Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho.

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial deContabilidade. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis àEmpresa ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação das demonstraçõesfinanceiras anexas.

Nota 2 – Valores Comparativos

Como referido na Nota 1 a fusão por incorporação da Papéis Inapa, SA, na Portucel ocorreuem Dezembro de 2000. A Papéis Inapa, SA, empresa que tinha como actividade principal aprodução de papel, foi adquirida por um valor de 106 536 milhares de euros, valor superiorem 2 550 milhares de euros ao montante dos capitais próprios ajustados da Papéis Inapa, SAem 1 de Janeiro de 2000. Uma vez que os valores comparativos do semestre findo em 30 deJunho de 2000 não incluíam esta participação, subsidiárias e associadas, este facto deverá sertomado em consideração para efeitos da análise comparativa das presentes demonstraçõesfinanceiras.

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A informação financeira relativa à Papéis Inapa, SA, em 31 de Dezembro de 2000 e aactividade desenvolvida no exercício então findo pode resumir-se da seguinte forma:

Milharesde euros

Activo líquido 344 535Vendas e prestações de serviços 204 268

Adicionalmente, o resultado apurado no semestre findo em 30 de Junho de 2001 incorpora oresultado apropriado por via da aquisição reportada a 1 de Janeiro de 2001 da Soporcel e dassuas subsidiárias.

Para além do efeito dos aspectos mencionados no parágrafo anterior em termos de valorescomparativos a Empresa não procedeu à alteração das suas principais práticas e políticascontabilísticas pelo que todos os valores apresentados são comparáveis, nos aspectosrelevantes, com os do semestre findo em 30 de Junho de 2000.

Nota 3 – Bases de Apresentação e Principais Princípios Contabilísticos e CritériosValorimétricos

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade dasoperações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo comprincípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeirasforam os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por despesas de investigação e dedesenvolvimento. São amortizadas pelo método das quotas constantes, em duodécimos,durante um período de entre 3 e 5 anos.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas são originalmente registadas ao custo de aquisição, o qual, nocaso das imobilizações transferidas da Portucel, SA em 31 de Maio de 1993 (data deconstituição da Empresa), foi determinado com base em avaliação efectuada por entidadeespecializada.

O imobilizado corpóreo que se encontrava registado no activo à data de 31 de Dezembro de1997 foi reavaliado no exercício de 1998, em conformidade com os critérios referidos na Nota12, gerando a correspondente reserva de reavaliação referida na Nota 40.

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As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, a partir da data de entradaem funcionamento dos bens, utilizando de entre as taxas permitidas pela legislação fiscal emvigor, as que permitam a reintegração do imobilizado durante a sua vida útil estimada. Astaxas de amortização utilizadas correspondem às seguintes vidas úteis estimadas médias:

Anos médios de vida útil

Edifícios e outras construções 18 - 25Equipamento básico 10 - 20Equipamento de transporte 5Ferramentas e utensílios 2Equipamento administrativo 4Taras e vasilhame 6Outras imobilizações corpóreas 4

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados nademonstração de resultados do semestre em que são incorridos. Os custos associados àsreparações programadas dos centros fabris, que ocorrem com intervalos pré-determinados, sãoimputados à demonstração dos resultados em base duodecimal ao longo do período quemedeia cada intervenção (ver Nota 50).

As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadascomo imobilizações corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos.

c) Contratos de locação financeira

Os bens adquiridos em regime de locação financeira encontram-se relevados na situaçãopatrimonial da Empresa como estabelece o Decreto-Lei nº 420/93, de 28 de Fevereiro. Assim,(i) o valor dos bens é registado em imobilizado corpóreo sendo depreciado em conformidadecom a vida útil esperada e (ii) a responsabilidade para com terceiros, pela parte de capitalincluída nas rendas vincendas, é evidenciada no passivo.

d) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas encontram-se registadospelo método da equivalência patrimonial tendo sido inicialmente contabilizados pelo custo deaquisição. Este foi acrescido ou reduzido da diferença (“goodwill”) para o valorcorrespondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, quando aplicável ajustadospelo efeito da atribuição do justo valor a determinados activos reportados à data de aquisiçãoou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. O “goodwill” resultante daaquisição do capital social da Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA encontra-seainda em fase de apuramento, o qual se encontra pendente de determinação final dosajustamentos pelo efeito do justo valor de alguns activos, bem como o correspondente períodode amortização.

Pela sua reduzida expressão o “goodwill” apurado aquando da aquisição da Papéis Inapa, SAe subsidiárias foi na sequência da operação de fusão reflectido nos capitais próprios daEmpresa.

De acordo com o método da equivalência patrimonial as participações financeiras sãoajustadas no período pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos dasempresas do grupo e associadas por contrapartida de ganhos ou perdas financeiros do período.Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma reduçãono saldo da rubrica de investimentos financeiros.

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e) Existências

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio deaquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas até à entrada em armazém, o qualé inferior ao respectivo valor de mercado. Como método de valorização das saídas ouconsumos é utilizado o custo médio.

Os produtos e trabalhos em curso, subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos e produtosacabados e intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção mensal médioacumulado, que inclui o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra e gastos gerais defabrico. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio.

f) Provisão para depreciação de existências e para créditos de cobrança duvidosa

É constituída provisão para depreciação de existências pela diferença entre o custo deprodução dos produtos acabados e intermédios e o respectivo valor estimado de realização,sempre que este seja inferior ao primeiro.

A provisão para créditos de cobrança duvidosa é calculada tendo por base os riscos previstosde cobrança no final de cada semestre.

g) Títulos negociáveis

Os títulos negociáveis são registados ao valor mais baixo de entre o custo de aquisição ou ovalor esperado de realização. Os juros auferidos são reconhecidos como proveitos do semestrea que se referem.

h) Especialização de exercícios

A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especializaçãodos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas,independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre osmontantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nasrubricas de acréscimos e diferimentos, sendo apresentado na Nota 50 um detalhe das mesmas.

i) Complementos de pensões de reforma

A Empresa adopta como política contabilística para reconhecimento das suasresponsabilidades por estes complementos, os critérios consagrados pela DirectrizContabilística nº 19, emanada da Comissão de Normalização Contabilística (ver Nota 31).

j) Encargos com pré-reformas

A Empresa assumiu a responsabilidade pelo pagamento de pré-reformas, nos termos deacordos celebrados com diversos empregados, até ao momento da sua passagem à reformapela Segurança Social. Estes pagamentos mensais correspondem, genericamente, ao saláriodo empregado à data da pré-reforma. O valor actual das responsabilidades por pagamentosfuturos de pré-reformas é determinado por cálculo actuarial e registado como custo doexercício em que se celebra o acordo de pré-reforma. No final de cada exercício é actualizadoo cálculo actuarial das responsabilidades e ajustado, através da demonstração dos resultadosdo período, o saldo da rubrica acréscimos de custos.

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k) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

Os encargos associados a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo decontratos de trabalho são registados, como custo extraordinário, no período em que orespectivo acordo é concluído.

l) Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizações corpóreas

Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizações corpóreasestão registados em balanço, na rubrica de proveitos diferidos para posterior reconhecimentona demonstração dos resultados de cada período, proporcionalmente às amortizações dasimobilizações corpóreas subsidiadas. A parcela do subsídio reconhecida como proveito noperíodo, bem como as correspondentes amortizações, integram os resultados extraordináriosdo período.

m) Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros aos câmbios vigentes à datada operação. As diferenças de câmbio realizadas no período, bem como as potenciaisapuradas nos saldos existentes na data do balanço por referência às paridades vigentes nessadata, integram os resultados correntes do período.

n) Imposto sobre o rendimento

O encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração asdisposições do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). AEmpresa adopta, de acordo com o disposto na Norma Internacional de Contabilidade (revista)nº 12 aplicada supletivamente ao Plano Oficial de Contabilidade por força da DirectrizContabilística nº 18, o conceito de contabilização de impostos diferidos (ver Nota 6).

Nota 6 – Impostos

A Empresa está sujeita ao regime geral de tributação consignado no Código do Imposto sobreo Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), encontrando-se as declarações fiscais derendimentos sujeitas a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais duranteum período de cinco anos para os exercícios até 1997 e por um período de 4 anos para oexercício de 1998 e seguintes. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais, estespodem ser sujeitos a revisão pelas autoridades fiscais por um período de 10 anos. AAdministração da Empresa considera que as eventuais correcções àquelas declarações emresultado de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais não terão efeitosignificativo nas demonstrações financeiras em 30 de Junho de 2001 e de 2000.

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O encargo com o imposto sobre o rendimento apurado no período, no montante de 5 068milhares de euros, encontra-se ajustado pelo efeito do imposto diferido gerado pelasdiferenças temporais abaixo referidas, no montante de 795 milhares de euros.

Demonstraçãodos

Balanço resultadosImposto Impostodiferido corrente

activo/passivo sobre o (Nota 50) rendimento

Saldo em 31 de Dezembro de 2000 ( 12 532) -

Utilização efectuada no semestre da provisão para outros riscos e encargos - 347 milhares de euros (ver Nota 34) ( 122) 122

Margens geradas internamente deduzidas ao valor das existências em 31 de Dezembro de 2000 - 3 444 milhares de euros ( 1 212) 1 212

Variação do excesso de cobertura do Fundo de Pensões face ao valor das responsabilidades por serviços passados no 1º semestre de 2001 (ver Nota 31) - 3 575 milhares de euros 1 259 ( 1 259)

Acréscimo das amortizações do período origina- das pelas reavaliações, não aceite fiscalmente - 2 040 milhares de euros 718 ( 718)

Outros 152 ( 152)

Saldo em 30 de Junho de 2001 ( 11 737) ( 795)

DR/(CR)

Nota 7 – Número Médio de Pessoal

O número médio de pessoas ao serviço da empresa, durante os semestres findos em 30 deJunho de 2001 e 2000, foi de 1 270 e 811, respectivamente.

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Nota 10 – Movimentos do Activo Imobilizado

O movimento ocorrido nas contas de imobilizações corpóreas, imobilizações incorpóreas einvestimentos financeiros, durante o semestre findo em 30 de Junho de 2001, bem como nasrespectivas amortizações e provisões acumuladas, foi o seguinte:

Transfe-31 de rências e 30 de

Dezembro Alienações regula- Junhode 2000 Aumentos e abates rizações de 2001

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 2 091 83 - - 2 174 Despesas de investigação e desenvol- vimento 27 135 - - - 27 135 Propriedade industrial e outros direitos 48 - - - 48 Imobilizações em curso 1 673 2 558 - - 4 231

30 947 2 641 - - 33 588

Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 35 707 2 - - 35 709 Edifícios e outras construções 128 928 4 ( 4) ( 17) 128 911 Equipamento básico 749 797 304 ( 4 338) 745 763 Equipamento de transporte 8 402 473 ( 280) 3 947 12 542 Ferramentas e utensílios 3 334 28 - ( 1 305) 2 057 Equipamento administrativo 16 948 225 ( 3) ( 5 881) 11 289 Outras imobilizações corpóreas 725 16 - 7 594 8 335 Imobilizações em curso 29 448 12 657 - - 42 105 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 327 336 - - 663

973 616 14 045 ( 287) - 987 374

Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas do grupo 124 081 1 201 718 - 3 383 1 329 182 (Nota 16)Partes de capital em empresas associadas 3 407 - - ( 3 383) 24 (Nota 16)Empréstimos a empresas do grupo 92 - - - 92 Títulos e outras aplicações financeiras 1 532 - - - 1 532 Adiantam. por conta de invest. financeiros 138 569 - - ( 138 569) -

267 681 1 201 718 - ( 138 569) 1 330 830

1 272 244 1 218 404 ( 287) ( 138 569) 2 351 792

Activo bruto

A rubrica títulos e outras aplicações financeiras inclui principalmente 1 501 milhares de eurosrespeitantes à participação de 43% da Empresa no capital do Raiz – Instituto de Investigaçãoda Floresta e Papel, cujo objecto social não visa o desenvolvimento de actividades com finslucrativos.

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Os restantes movimentos verificados no semestre na rubrica de investimentos financeirosresultaram essencialmente das variações associadas à aplicação do método da equivalênciapatrimonial na valorização das participações e à aquisição da Soporcel – SociedadePortuguesa de Papel, SA (ver Nota 16 c)).

Saldo Regula- Saldoinicial Reforço rizações final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação ( 1 267) ( 210) - ( 1 477)Despesas de investigação e desenvol- vimento ( 10 955) ( 2 275) ( 135) ( 13 365)Propriedade industrial e outros direitos ( 46) - - ( 46)

( 12 268) ( 2 485) ( 135) ( 14 888)

Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções ( 44 008) ( 3 320) 5 ( 47 323)Equipamento básico ( 339 511) ( 29 297) 1 589 ( 367 219)Equipamento de transporte ( 5 743) ( 712) ( 1 230) ( 7 685)Ferramentas e utensílios ( 1 982) ( 93) 475 ( 1 600)Equipamento administrativo ( 10 270) ( 835) 3 220 ( 7 885)Outras imobilizações corpóreas ( 451) ( 633) ( 4 016) ( 5 100)

( 401 965) ( 34 890) 43 ( 436 812)

( 414 233) ( 37 375) ( 92) ( 451 700)

Amortizações acumuladas

Nota 12 – Critérios de Reavaliação do Imobilizado

As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 foram reavaliadas em1998, de acordo com os critérios estabelecidos no Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro,gerando reservas de reavaliação no montante de 44 531 milhares de euros (ver Notas 13 e 40).

Nota 13 – Efeito das Reavaliações no Imobilizado

ValoresCustos Reava- contabilísticos

históricos liações reavaliadosBens reavaliados: Terrenos e recursos naturais 18 539 2 957 21 496 Edifícios e outras construções 33 765 3 861 37 626 Equipamento básico 234 068 21 941 256 009 Equipamento de transporte 1 748 93 1 841 Ferramentas e utensílios 47 - 47 Equipamento administrativo 2 611 - 2 611 Outras imobilizações corpóreas 274 - 274

291 052 28 852 319 904Bens não reavaliados 230 658 - 230 658

521 710 28 852 550 562

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Nota 14 – Imobilizações Corpóreas e em Curso

A repartição do valor bruto das imobilizações corpóreas e em curso (incluindo osadiantamentos por conta de imobilizações corpóreas), em 30 de Junho de 2001, poractividade, é como segue:

30 de Junhode 2001

Produção de pasta 593 251Produção de papel 139 136Actividades auxiliares e comuns 254 987

987 374

Em 30 de Junho de 2001, o imobilizado incorpóreo e corpóreo em curso e adiantamentos porconta de imobilizado corpóreo apresentavam a seguinte composição, por projectos:

MontanteImobilizado corpóreo em curso:

Centro Fabril de Cacia - pasta: Aumento da capacidade de tiragem 11 295 Aumento de eficiência dos branqueadores 1 817 Optimização dos digestores 812 Melhoria do sistema de clarificação 564 Substituição do Economizador 479 Outros projectos de investimento 4 204

19 171

Centro Fabril de Setúbal - pasta: Melhoria no sistema de prensagem 1 997 Beneficiação do edifício administrativo 427 Melhoria do aterro controlado de resíduos sólidos 259 Melhoria de procedimentos 359 Outros projectos de investimento -

3 042

Centro Fabril de Setúbal - papel: Beneficiações na máquina de papel MP III 2 322 Beneficiações na máq. de transform. de papel - Linha A4 1 448 Beneficiações na máquina de papel MP II 302 Outros proj. de investimento de valor individual reduzido 341

4 413

Sede : Sistemas de informação 1 576

Outros proj. de investimento 13 903

42 105

Imobilizado incorpóreo em curso: Projecto de recuperação de fibra 545 Projecto de melhoria da performance industrial da Empresa 549 Outros projectos de investigação e de desenvolvimento 3 137

4 231

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Nota 15 – Valor dos Bens Utilizados em Regime de Locação Financeira

Os bens utilizados em regime de locação financeira são como segue:

Data de Valor de mercado Períodoinício do dos bens no de contratocontrato início do contrato (meses)

Equipamento de transporte 1998 a 1999 358 36Equipamento administrativo 1998 1 238 48

1 596

Nota 16 – Empresas do Grupo

A composição em 30 de Junho de 2001 dos investimentos financeiros em empresas do grupoe associadas e a principal informação financeira sobre as empresas do grupo e associadassumariza-se como segue:

Total Resultadodo Capitais Resultado % de líquido

Sede activo próprios líquido participação apropriado 2001 2000

Empresas do grupo:

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA Figueira da Foz 955 596 669 422 50 460 100% (e) 49 180 1 204 035 -

Portucel Florestal - Empresas de Desen- volvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 220 791 170 538 ( 1 275) 60% ( 765) 102 323 103 666

Arboser - Serviços Agro-Industriais, Lda Palmela 3 232 1 863 418 50% 209 932 800

Portucel Internatinal Trading, SA (b) Luxemburgo 1 359 1 311 67 80% - 1 049 948

Sacocel - Sociedade Produtora de Emba- lagens e Sacos de Papel, Lda (a) Lisboa 1 534 123 169 100% - 123 123

Enerpulp - Cogeração Energética de Pas- ta, SA Lisboa 6 197 ( 226) ( 306) 100% ( 306) ( 226) ( 122)

CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA Lisboa - - - 100% - - 11 883

Sagitta Trading - Comercialização, Impor- tação e Exportação de Madeiras, SA Lisboa 142 48 ( 2) 100% ( 2) 48 212

Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro - Florestal Imobiliário e Turístico, SA Lisboa 30 561 16 557 ( 2 037) 60% ( 1 222) 9 934 10 995

Celpinus - Empresa de Desenvolvimento Agro - Florestal, SA Lisboa 15 485 8 720 ( 92) 60% ( 55) 5 232 5 473

Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria Papeleira Lisboa 505 48 ( 2) 100% ( 2) 48 50

Papéis Inapa, SA Setúbal - - - 100% - - 102 021

Aliança Florestal - Sociedade para o Desenvol- vimento Agro - Florestal Lisboa 15 177 7 257 493 50% 246 3 629 -

Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda Setúbal 1 686 405 ( 7) 100% ( 7) 405 -

SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA Setúbal 39 668 936 ( 239) 100% ( 239) 936 -

Gespapel - Gestão e Serviços Técnicos, Lda Lisboa 295 ( 65) ( 317) 100% ( 317) ( 65) -

Inapa (UK), Ltd Reino Unido 1 762 380 103 100% 103 365 -

Inapa España, SA Espanha 267 199 40 100% 40 199 -

Portucel Brasil (c) Brasil - - - 99% - 215 215

46 863 1 329 182 236 264

Valor de balanço

Empresa30 de Junho de

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Empresas associadas:

Iberpulp, SA (d) Luxemburgo - - - 50% - 24 24

Aliança Florestal Lisboa - - - - - - 3 588

- 24 3 612

(a) Demonstrações financeiras aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 1998(b) Demonstrações financeiras aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 1999(c) Demonstrações financeiras não disponíveis(d) Sociedade em liquidação(e) Resultado apropriado após regularizações por uniformização das políticas contabilísticas

a) O valor a pagar a empresas do grupo registado no passivo a curto prazo, em 30 de Junho de2001 e de 2000, compreende essencialmente saldos com a Portucel – Empresa de Celulose ePapel de Portugal, SGPS, SA. Estes saldos vencem juros calculados sobre o seu montantediário a uma taxa corrente de mercado para operações de idêntica natureza.

b) Em 30 de Junho de 2001, o valor a receber de empresas do grupo registado no activo amédio e longo prazo compreende, essencialmente, financiamentos sobre a forma desuprimentos, efectuados à Portucel Florestal – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal,SA, à Celpinus – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA e à Lazer e Floresta –Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliária e Turístico, SA no montante de 26109 milhares de euros, 3 201 milhares de euros e de 10 951 milhares de euros,respectivamente. Estes financiamentos vencem juros a taxas correntes de mercado e não têmdata de reembolso definida.

c) Em Dezembro de 2000 a Empresa adquiriu à Arjo Wiggins Appleton, p.l.c. a participaçãode 40% que esta empresa detinha no capital social da Soporcel – Sociedade Portuguesa dePapel, SA pelo valor global de 461 895 milhares de euros. Nos termos deste contrato aentidade vendedora teve direito aos dividendos relativos ao exercício de 2000 no montante de12 830 milhares de euros. A concretização desta operação ficou sujeita à autorização daDirecção Geral do Comércio e da Concorrência, obtida no decurso do primeiro trimestre de2001.

Em Dezembro de 2000, foi ainda celebrado um contrato promessa de compra e venda, com aPapercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA (ver Nota 37) para a aquisição daparticipação de 40% detida por esta entidade no capital social da Soporcel, pelo mesmo valore com as mesmas condições do contrato realizado com a Arjo Wiggins Appleton, p.l.c. acimareferido. O respectivo contrato de compra e venda foi formalizado em 2001.

No contexto das operações referidas acima e em condições e pressupostos rigorosamenteidênticos, foi ainda em Dezembro de 2000 feito o anúncio preliminar da Oferta Pública deAquisição (OPA) global e obrigatória, sobre o restante capital social da Soporcel que previadesde logo a aquisição potestativa das acções remanescentes, caso a OPA garantisse mais de90% dos direitos de voto. A OPA foi concluída em Maio de 2001 e executada a aquisiçãopotestativa de 0,6% do capital, passando a Portucel a deter 100% do capital social daSoporcel.

O custo de aquisição dos 100% do capital social da Soporcel foi de 1 154 842 milhares deeuros.

Por forma a financiar estas operações a Portucel negociou com diversas instituiçõesfinanceiras a contratação de financiamentos no montante de 630 000 milhares de euros naforma de Papel Comercial e a Assembleia Geral da Empresa de 2 de Julho de 2001 aprovouuma proposta para a realização de um aumento de capital de cerca de 332 500 milhares deeuros (ver Nota 48).

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O “goodwill” resultante da aquisição da totalidade do capital social da Soporcel encontra-seainda em fase de apuramento, o qual se encontra pendente da quantificação final dosajustamentos devidos pelo efeito da atribuição do justo valor de alguns activos da Soporcel.

Em 30 de Junho de 2001 o saldo relativo à participação no capital social da Soporcel inclui ovalor provisório do “goodwill” no montante de 546 392 milhares de euros, que tudo indicavenha a ser reduzido em consequência dos ajustamentos em fase de apuramento finalreferidos no parágrafo anterior, foi apurado da seguinte forma:

Valor de aquisição da totalidade do capital 1 154 842

Capital próprio da Soporcel em 31/12/2000 líquido dos dividendos pagos ( 618 943)

Ajustamentos ao capital próprio da Soporcel por harmonização de políticas contabilísticas 10 493

546 392

d) As participações na Tecnipapel – Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel,Lda, na SPCG – Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA, na Gespapel – Gestão eServiços Técnicos, Lda, na Inapa (UK), Ltd e na Inapa España, SA surgem do processo,realizado no segundo semestre de 2000, de incorporação da Papéis Inapa, SA na Empresa (verNota 1).

Nota 17 – Disponibilidades

Em 30 de Junho de 2001 e de 2000, esta rubrica tinha a seguinte composição:

2001 2000

Numerário 10 10Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 10 543 2 587

10 553 2 597

Outros títulos negociáveis 18 289 18 343Outras aplicações de tesouraria - 998

18 289 19 341

28 842 21 938

Em 30 de Junho de 2001 e de 2000 a rubrica de balanço outros títulos negociáveis inclui 1776 783 acções que correspondem a 6,98% do capital da ENCE – Empresa Nacional deCelulose, SA, empresa espanhola produtora de pasta celulósica, registadas ao custo deaquisição de 18 289 milhares de euros (ver Nota 3 g)).

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Nota 22 – Existências

Em 30 de Junho de 2001 e de 2000, o saldo desta rubrica registado no activo de curto prazoapresentava a seguinte composição:

2001 2000

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo: Matérias-primas 12 921 16 105 Matérias subsidiárias 1 017 767 Materiais diversos 18 345 12 654 Embalagens de consumo 2 308 399 Outros 268 172

34 859 30 097

Produtos e trabalhos em curso 885 249Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 751 3Produtos acabados e intermédios 50 079 5 092Mercadorias 26 -Adiantamentos por conta de compras 2 702 1 774

Total 89 302 37 215

Em 30 de Junho de 2001 as existências à guarda de terceiros em armazéns exteriores àEmpresa localizados no estrangeiro ascendiam a 19 341 milhares de euros.

Em 30 de Junho de 2001 e de 2000 a rubrica de adiantamentos por conta de comprascorresponde aos adiantamentos a fornecedores para a aquisição de madeira. Os adiantamentosefectuados resultam das condições de compra definidas contratualmente com um fornecedorpara a aquisição de madeira a preço pré-determinado.

Nota 23 – Dívidas de Cobrança Duvidosa

Em 30 de Junho de 2001 e de 2000 existiam dívidas de clientes de cobrança duvidosa nomontante de 877 milhares de euros e 6 milhares de euros. A provisão para clientes decobrança duvidosa ascendia, naquelas datas, a 877 milhares de euros e 6 milhares de euros,respectivamente.

Nota 25 – Saldos com o Pessoal

Analisam-se como segue os saldos em balanço relacionados com o pessoal:

30 de Junho de 2001 30 de Junho de 2000

Valores a receber 229 -Valores a pagar 345 166

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Nota 28 – Estado e Outros Entes Públicos

30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho 30 de Junhode 2001 de 2000 de 2001 de 2000

Imposto sobre o Valor Acrescentado 15 619 6 140 - -Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) 132 - 5 863 17 788 Contribuições para a Segurança Social - - 939 736 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - retenções na fonte - - 604 403 Retenções na fonte sobre rendimentos de capitais 3 538 - 6 -Imposto sobre Rendimentos Prediais 3 - - 21 Outros 83 12 10 -

19 375 6 152 7 422 18 948

Saldos devedores Saldos credores

Nota 31 – Compromissos Financeiros Assumidos

a) Complemento de pensões de reforma e de sobrevivência

Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadropermanente com mais de cinco anos de serviço, têm direito após a passagem à reforma ou emsituação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez. Essecomplemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração aremuneração mensal ilíquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data dareforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões desobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos.

Para cobrir esta responsabilidade o fundo de pensões autónomo denominado Fundo dePensões Portucel, gerido por entidade externa, foi afecto à Empresa em conjunto com aPortucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA e restantes empresas doGrupo. O Fundo relativo às responsabilidades anteriormente assumidas pela Papéis Inapa, SAe subsidiárias passou a integrar o Fundo de Pensões Portucel, mantendo-se em vigor até 30 deJunho de 2001 as condições do anterior Plano de complemento de pensões de reformadaquelas empresas.

Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, com referência a 30 de Junhode 2001 e 30 de Junho de 2000, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidadesacumuladas tiveram por base os seguintes pressupostos:

30 de Junho 31 de Dezembrode 2001 de 2000

Tábua de mortalidade GRM 80 GRM 80Tábua de invalidez EKV-80-Suíça EKV-80-SuíçaTaxa técnica de juro 6% 6%Taxa de rendimento 6% 6%Taxa de crescimento dos salários 3% 3%Taxa de crescimento das pensões 2% (a) 2%

(a) Para os funcionários da Papéis Inapa, SA e subsidiárias integrados na Portucel a taxa de crescimento daspensões é de 0%.

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A cobertura das responsabilidades da Empresa pelos activos do Fundo que lhe foram afectos,era como segue:

30 de Junho 31 de Dezembro 30 de Junhode 2001 de 2000 de 2000

Responsabilidades por serviços passados:Colaboradores no activo e pré-reformados 21 424 19 969 15 955 Colaboradores reformados 2 481 2 204 1 953

23 905 22 173 17 908

Valor do Fundo afecto à cobertura das responsabilidades da Empresa 25 721 27 564 23 833

Excesso de cobertura (Nota 50) 1 816 5 391 5 925

Percentagem de cobertura 108% 124% 133%

A Empresa adopta como política contabilística para reconhecimento das suasresponsabilidades por estes complementos, os critérios consagrados pela DirectrizContabilística nº 19, aprovada pelo Conselho Geral da Comissão de NormalizaçãoContabilística em 21 de Maio de 1997.

Em consequência, a variação no semestre do excesso da cobertura no valor do Fundo dePensões face ao valor das responsabilidades por serviços passados apurado em 30 de Junho de2001, no montante de 3 575 milhares de euros (em 30 de Junho de 2000: 1 387 milhares deeuros), foi registada a crédito na rubrica de custos diferidos (ver Nota 50) por contrapartida deum débito na rubrica de custos com o pessoal.

O valor registado no semestre, a débito na rubrica de custos com o pessoal, tem a seguintecomposição:

DR/(CR)

Custo com os serviços correntes 638 Custo financeiro 664 Rendimento dos activos do plano 769 Ganhos e perdas actuariais 1 504

3 575

No decurso do semestre findo em 30 de Junho de 2001 a Empresa não realizou qualquerdotação para o Fundo.

b) Outros

Em 30 de Junho de 2001 a Empresa tinha assumido compromissos com fornecedores nomontante de 8 272 milhares de euros, para aquisição de bens para o imobilizado corpóreo.

Nota 32 – Garantias Prestadas

Em 30 de Junho de 2001 a Empresa tinha assumido responsabilidades por garantias bancáriasprestadas no montante de 14 911 milhares de euros (30 de Junho de 2000: 13 603 milhares deeuros) essencialmente relacionadas com subsídios obtidos para investimentos.

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Nota 34 - Provisões

31 de 30 deDezembro Junho

de 2000 Reforço Redução de 2001

Provisão para outros riscos e encargos 4 608 - ( 347) 4 261 Provisão para clientes de cobrança duvidosa 877 - - 877 Provisão para outros devedores 32 - - 32

5 517 - ( 347) 5 170

O saldo da provisão para outros riscos e encargos corresponde à parcela ainda não utilizada daprovisão constituída em 2000, na sequência da aquisição pela Portucel do capital social daPapéis Inapa, SA, e que se destina a fazer face a eventuais perdas a incorrer comregularizações dos activos e materialização de responsabilidades da empresa.

Nota 36 – Composição do Capital

Em 30 de Junho de 2001, o capital da Empresa era composto por 435 000 000 de acções como valor nominal de 1 euro cada. Em 30 de Junho de 2000 o capital da Empresa era compostopor 87 000 000 de acções com o valor nominal de 1 000 escudos cada (ver Nota 40).

Nota 37 – Identificação das Pessoas Colectivas com mais de 20% do Capital SocialSubscrito

Em 30 de Junho de 2001 a Papercel – Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA detinha55,72% do capital da Empresa, não se conhecendo outras pessoas colectivas que detenhamposições de valor igual ou superior a 20% do capital.

Nota 40 – Movimento nas Rubricas de Capital Próprio

O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o semestre findo em 30 deJunho de 2001, analisa-se como segue:

31 deDezembro Aumentos/ Distribuições/ 30 de Junho

de 2000 (diminuições) transferências de 2001

Capital 435 000 - - 435 000 ° Valor nominal - - ( 61) ( 61) ° Descontos e prémios - - 7 7 Ajustamento de partes de capital em empresas filiais e associadas ( 430) 13 - ( 417)Reserva de reavaliação 38 312 - - 38 312 Reserva legal 6 364 - 3 862 10 226 Reservas estatutárias 15 113 - 7 337 22 450 Outras reservas ( 2 550) - - ( 2 550)Resultados transitados 34 442 - 52 815 87 257 Resultado líquido:

Exercício de 2000 77 238 - ( 77 238) -Semestre de 2001 - 55 699 - 55 699

603 489 55 712 ( 13 278) 645 923

De acordo com deliberações da Assembleia Geral e do Conselho de Administração, aEmpresa procedeu, por escritura pública de 9 de Novembro de 2000, à redenominação eaumento do capital social. Assim, o capital social representado por 87 000 000 de acções devalor nominal de 1 000 escudos cada, registou um aumento para 435 000 milhares de eurosatravés da utilização de reservas legais no montante de 1 046 milhares de euros e da alteração

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do valor nominal das acções para 1 euro cada, passando a estar representado por 435 000milhares de acções de valor nominal de 1 euro cada.

Em Assembleia Geral da Empresa, realizada em 2 de Julho de 2001, foi aprovada umaproposta para a realização de um aumento de capital de cerca de 332 500 milhares de euros.

A rubrica ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas, reflecte o efeito daadopção do método da equivalência patrimonial como critério de registo das participaçõesfinanceiras detidas pela Portucel.

A reserva de reavaliação apurada em 1998 pela aplicação do Decreto-Lei nº 31/98, de 11 deFevereiro, ascendeu a 44 531 milhares de euros, tendo a este valor sido deduzido o inerenteimposto diferido passivo, estimado à data em 6 219 milhares de euros.

De acordo com a lei vigente, a reserva legal é reforçada, no mínimo, em 5% do lucro líquidoapurado em cada exercício, até atingir pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não édistribuível em numerário, podendo, contudo, ser incorporada no capital social ou utilizadapara cobertura de eventuais prejuízos.

De acordo com os Estatutos da Empresa, pelo menos 10% do resultado líquido anual deveráser aplicado na constituição ou reforço de uma reserva especial destinada à estabilização dedividendos.

O saldo da rubrica de outras reservas corresponde à diferença apurada em 1 de Janeiro de2000 (ver Nota 2) entre o valor de aquisição da Papéis Inapa, SA e o valor dos seus capitaispróprios ajustados, a qual, na sequência da operação de fusão veio a ser classificada comoreserva de fusão.

Por deliberação da Assembleia Geral de 30 de Março de 2001, a Empresa procedeu àaplicação do resultado do exercício de 2000 como segue: (i) distribuição de dividendos nomontante de 13 224 milhares de euros, (ii) reforço da reserva legal e das reservas estatutáriasem 3 862 milhares de euros e 7 337 milhares de euros, respectivamente e (iii) transferênciapara resultados transitados do montante de 52 815 milhares de euros.

Nota 41 – Custo das Matérias Consumidas e das Mercadorias Vendidas

O custo das matérias consumidas e das mercadorias vendidas durante os semestres findos em30 de Junho de 2001 e de 2000, foi determinado como segue:

30 de Junho 30 de Junhode 2001 de 2000

Existências iniciais 34 306 23 869 Compras 102 119 79 106 Regularização de existências ( 40) -Existências finais ( 34 885) ( 30 097)

Custo no período 101 500 72 878

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Nota 42 – Variação da Produção

A variação da produção durante os semestres findos em 30 de Junho de 2001 e de 2000 foideterminada como segue:

30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho 30 de Junhode 2001 de 2000 de 2001 de 2000 de 2001 de 2000 de 2001 2000

Existências finais 50 079 5 092 751 3 885 249 51 715 5 344Regularizações 5 28 - - - - 5 28Existências iniciais ( 25 282) ( 6 737) ( 890) ( 2) ( 581) ( 363) ( 26 753) ( 7 102)

Aumento/(redução) no exercício 24 802 ( 1 617) ( 139) 1 304 ( 114) 24 967 ( 1 730)

e intermédios resíduos e refugos trabalhos em curso TotalProdutos acabados Subprodutos, desperdícios, Produtos e

Nota 43 – Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais

As remunerações atribuídas aos órgãos sociais da Empresa durante o semestre findo em 30 deJunho de 2001 e de 2000, foram as seguintes:

30 de Junho 30 de Junhode 2001 de 2000

Conselho de Administração 563 393 Conselho Fiscal 6 14 Assembleia Geral 1 -

570 407

Nota 44 – Vendas por Produto e Mercado Geográfico

Mercado interno Mercado externo Total

2001 2000 2001 2000 2001 2000

Pasta 2 771 50 882 99 152 130 484 101 923 181 366 Papel 18 060 1 696 93 477 8 111 537 1 704 Outras 1 018 1 651 - 7 1 018 1 658

21 849 54 229 192 629 130 499 214 478 184 728

30 de Junho de 30 de Junho de 30 de Junho de

Nota 45 – Demonstração dos Resultados Financeiros

Os resultados financeiros para os semestres findos em 30 de Junho de 2001 e de 2000, têm aseguinte composição:

30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho 30 de JunhoCustos e perdas de 2001 de 2000 Proveitos e ganhos de 2001 de 2000

Juros de empréstimos bancários (Nota 48) 16 087 2 261 Juros obtidos - empresas do grupo 770 1 415 Outros juros suportados 1 755 15 Outros juros obtidos 446 259 Perdas em empresas do grupo e associadas Ganhos em empresas do grupo (Nota 16) 49 777 352 (Nota 16) 2 914 5 919 Rendimentos de títulos negociáveis 3 618 519 Diferenças de câmbio desfavoráveis 4 225 1 980 Diferenças de câmbio favoráveis 2 748 1 321 Descontos de pronto pagamento concedidos 442 - Descontos de pronto pagamento obtidos 235 125 Outros custos e perdas financeiros 763 70 Outros proveitos e ganhos financeiros 13 1

26 186 10 245 Resultados financeiros 31 421 ( 6 253)

57 607 3 992 57 607 3 992

Os montantes incluídos nas rubricas ganhos e perdas em empresas do grupo, referem-se aoreconhecimento pelo método da equivalência patrimonial dos resultados apurados pelassubsidiárias no semestre.

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Os rendimentos de títulos negociáveis correspondem aos dividendos recebidos pelas acçõesda ENCE detidas pela Empresa (ver Nota 17).

Nota 46 – Demonstração de Resultados Extraordinários

Os resultados extraordinários para os semestres findos em 30 de Junho de 2001 e de 2000 têma seguinte composição:

30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho 30 de JunhoCustos e perdas de 2001 de 2000 Proveitos e ganhos de 2001 de 2000

Donativos 69 15 Ganhos em existências 1 776 167 Perdas em existências 1 799 160 Ganhos em imobilizações 13 383 Perdas em imobilizações 17 20 Benefícios em penalidades contratuais 886 -Multas e penalidades 1 197 - Redução de provisões (Nota 34) 347 -Correcções relativas a exercícios anteriores 798 675 Correcções relativas a exercícios Outros custos e perdas extraordinários 3 340 2 692 anteriores 9 51

7 220 3 562 Outros proveitos e ganhos extraordinários 872 577

Resultados extraordinários ( 3 317) ( 2 384)

3 903 1 178 3 903 1 178

Em 30 de Junho de 2001 e 2000 os outros proveitos extraordinários correspondemprincipalmente, ao reconhecimento em resultados da parcela dos subsídios ao investimentotransferida da rubrica de proveitos diferidos, em conformidade com o procedimento descritona Nota 3 l).

Em 30 de Junho de 2001 a rubrica de outros custos e perdas extraordinárias inclui 1 388milhares de euros relativos a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordode contratos de trabalho (ver Nota 3 k)) e 1 603 milhares de euros relativos a insuficiência deestimativa de IRC relativo a 2000. Em 30 de Junho de 2000 esta rubrica inclui 2 490 milharesde euros relativos a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo decontratos de trabalho.

Nota 48 – Dívidas a Instituições de Crédito

Em 30 de Junho de 2001 a rubrica de dívidas a instituições de crédito apresentava a seguintematuridade por prazo de vencimento:

Curto Médio eprazo longo prazo Total

Emissões de papel comercial 630 000 209 494 839 494Empréstimos em USD 12 270 16 121 28 391Empréstimos em JPY 2 313 - 2 313Empréstimo do Fundo EFTA 1 379 766 2 145Financiamentos do IAPMEI 539 1 652 2 191Descobertos bancários 55 449 - 55 449

701 950 228 033 929 983

� Papel comercial

A dívida relativa a papel comercial refere-se a financiamentos no montante de 839 494milhares de euros relacionados com a emissão de vários Programas de Papel Comercial poroferta privada e com garantia de subscrição. Relativamente aos financiamentos classificados amédio e longo prazo a Administração da Empresa não prevê que estes venham a serreembolsados no prazo de um ano. Estes empréstimos vencem juros a taxas anuais, que em2001, variaram entre 4,5% e 5,5%. Como forma de garantia para o Programa de PapelComercial no montante de 630 000 milhares de euros registado a curto prazo foi constituídopenhor sobre as acções da Soporcel adquiridas à Arjo Wiggins Appleton, p.l.c. e adquiridas na

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OPA (ver Nota 16 c)). Na data de vencimento deste Programa de Papel Comercial (Maio de2002), é intenção da Administração proceder à reestruturação deste passivo através definanciamentos de médio e longo prazo.

� Empréstimos em USD

Em 30 de Junho de 2001 o empréstimo em dólares americanos (USD) registado a médio elongo prazo corresponde ao contravalor de 13 670 408 USD e o registado a curto prazocorresponde ao contravalor de 10 404 885 USD. O empréstimo registado a médio e longoprazo não tem data de reembolso definida, não prevendo a Administração que venha a serreembolsado no prazo de um ano. Este empréstimos venceram juros a taxas anuais quevariaram entre 4,4% e 6,9%.

� Empréstimo em JPY

Em 30 de Junho de 2001 o empréstimo em ienes Japoneses (JPY) registado a curto prazocorresponde ao contravalor de 243 691 648 JPY. Este empréstimos vence juros a taxascorrentes de mercado.

� Financiamentos do IAPMEI

Estes financiamentos obtidos no âmbito do PEDIP correspondem a (i) um empréstimo novalor de 1 887 milhares de euros, registado a curto e a médio e longo prazo, pelos montantesde 539 milhares de euros e de 1 348 milhares de euros, respectivamente, sendo reembolsadoanualmente em prestações semestrais iguais até 2004 e não vence juros e, (ii) empréstimo novalor de 304 milhares de euros que será reembolsado em prestações semestrais iguais noperíodo compreendido entre 2003 e 2008 e não vence juros.

� Empréstimo do Fundo EFTA

As dívidas a instituições de crédito, incluem dois empréstimos contraídos em 1997 junto doFundo EFTA para o Desenvolvimento Industrial de Portugal, pela Portucel, destinados àmodernização e racionalização de instalações e ao desenvolvimento de projectos específicosno âmbito da sua actividade. Estes empréstimos no montante de 2 494 milhares de euros e de1 995 milhares de euros, foram subscritos em 19 de Agosto de 1997 e em 26 de Novembro de1997, respectivamente e vencem juros semestrais e postecipados indexados à Taxa BaseAnual. O empréstimo de 2 494 milhares de euros será reembolsado em seis prestaçõessemestrais e sucessivas, tendo-se vencido a primeira em 19 de Fevereiro de 2000. Oempréstimo de 1 995 milhares de euros será reembolsado em sete prestações semestrais esucessivas tendo-se vencido a primeira em 26 de Novembro de 1999.

� Descobertos bancários

Os descobertos bancários correspondem a contas correntes caucionadas que vencem juros ataxas correntes de mercado.

Nota 49 – Outros Devedores e Credores

Em 30 de Junho de 2001 a rubrica de outros credores registada a curto prazo incluiessencialmente (i) um valor a pagar ao principal accionista a Papercel – Celulose e Papel dePortugal, SGPS, SA no montante de 461 895 milhares de euros, relativo à aquisição daparticipação que aquela detinha na Soporcel (ver Nota 16 c)), (ii) o valor a pagar no montantede 4 446 milhares de euros relativo a subsídios reembolsáveis e (iii) uma dívida a pagar àSoporcel relativa a operações correntes. Em 30 de Junho de 2000, esta rubrica a curto prazo,inclui uma dívida à Papercel – Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA no montante de 20

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548 milhares de euros, relacionada com a aquisição de parte do capital social da Papéis Inapa,SA.

Nota 50 – Acréscimos e Diferimentos

30 de Junho de 2001 2000

Acréscimos de proveitos: Juros a receber 3 037 1 666 Indemnização por sinistro 682 682 Outros 1 473 770

5 192 3 118Custos diferidos: Juros suportados papel comercial (Nota 48) 2 851 1 687 Fundo de pensões (Notas 3 i) e 31) 1 816 5 925 Impostos diferidos activos (Nota 6) 1 500 - Grandes reparações (Nota 3 b)) 1 031 11 058 Outros 373 498

7 571 19 168Acréscimos de custos: Impostos diferidos passivos (Nota 6) 13 237 7 012 Juros a liquidar 5 267 84 Encargos com férias, subsídio de férias e prémios e pensões de pré-reforma 4 766 3 388 Descontos de vendas 2 033 139 Prémios de seguros a liquidar 1 569 - Fretes marítimos e terrestres 700 534 Outros 512 448

28 084 11 605Proveitos diferidos: Subsídios ao investimento: Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da Indústria Portuguesa 5 763 7 070 Outros 8 697 1 436

14 460 8 506

Nota 51 – Processo de Reprivatização

Em Maio de 2001 foi aprovado o modelo para a segunda fase de reprivatização da Portucel,que será efectuada em duas tranches. A primeira tranche será efectuada num único bloco,através de concurso público de 25% do capital da Empresa. Numa segunda tranche poderá servendido um lote suplementar de acções, até 15% do capital. O Estado fica com a opção devenda deste lote por um período de três anos. O calendário para o lançamento desta segundafase da reprivatização não é ainda conhecido.

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 deDezembro de 2000

(Montantes expressos em milhares de escudos)

Nota 1 - Introdução

A Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A., designação desde Dezembro de 2000da anterior Portucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, S.A. (adiante designada porEmpresa ou Portucel) é uma sociedade anónima constituída em 31 de Maio de 1993, aoabrigo do Decreto-Lei nº 39/93 de 13 de Fevereiro, como resultado do processo dereestruturação da Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S.A. (PortucelSGPS). Na sequência da operação de aquisição ocorrida no decurso do primeiro semestre de2000, formalizou-se em 4 de Dezembro de 2000 a fusão por incorporação da sociedade PapeisInapa, S.A. na sociedade Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A., mediante atransferência global do património da sociedade incorporada para a sociedade incorporante.Para efeitos contabilísticos esta operação de fusão teve efeitos retroactivos a 1 de Janeiro de2000.

Actualmente, a actividade principal da Empresa consiste na produção e comercialização depastas celulósicas, papel e seus derivados e afins.

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial deContabilidade. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis àEmpresa ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação das demonstraçõesfinanceiras anexas.

Nota 2 – Valores Comparativos

Como referido na Nota 1 a aquisição e posterior incorporação por fusão da Papéis Inapa, S.A.,na Portucel foi para efeitos contabilísticos reportada a 1 de Janeiro de 2000. A Papéis Inapa,S.A. empresa que tinha como actividade principal a produção de papel, foi adquirida por umvalor de aquisição de 21.358.650 contos, valor superior em 511 milhares de contos aomontante de capitais próprios ajustados da Papéis Inapa, S.A., em 1 de Janeiro de 2000. Umavez que os valores comparativos do exercício de 1999 não incluíam esta participação,subsidiárias e associadas, este facto deverá ser tomado em consideração para efeitos daanálise comparativa das presentes demonstrações financeiras.

A informação financeira relativa à Papéis Inapa, S.A., em 31 de Dezembro de 2000 e aactividade desenvolvida no exercício então findo pode resumir-se da seguinte forma:

Milharesde contos

Activo líquido 69.073Vendas e prestações de serviços 40.952

Para além do efeito dos aspectos mencionados no parágrafo anterior em termos de valorescomparativos a Empresa não procedeu à alteração das suas principais práticas e políticascontabilísticas pelo que todos os valores apresentados são comparáveis, nos aspectosrelevantes, com os do exercício anterior.

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Nota 3 – Bases de Apresentação e Principais Princípios Contabilísticos e CritériosValorimétricos

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade dasoperações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo comprincípios de contabilidade geralmente aceites.

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeirasforam os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por despesas associadas aprojectos de investigação e outros considerados relevantes para o desenvolvimento dasactividades no futuro. São amortizadas pelo método das quotas constantes, em duodécimos,durante um período de entre 3 e 5 anos.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas são originalmente registadas ao custo de aquisição, o qual, nocaso das imobilizações transferidas da Portucel, SA em 31 de Maio de 1993 (data daconstituição da Empresa), foi determinado com base em avaliação efectuada por entidadeespecializada.

O imobilizado corpóreo que se encontrava registado no activo à data de 31 de Dezembro de1997 foi reavaliado no exercício de 1998, em conformidade com os critérios referidos na Nota12, gerando a correspondente reserva de reavaliação referida na Nota 40.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, a partir da data de entradaem funcionamento dos bens, utilizando de entre as taxas permitidas pela legislação fiscal emvigor, as que permitam a reintegração do imobilizado durante a sua vida útil estimada. Astaxas de amortização utilizadas correspondem às seguintes vidas úteis estimadas médias:

Anos médios de vida útil

Edifícios e Outras Construções 18-25Equipamento Básico 10-20Equipamento de Transporte 5Ferramentas e Utensílios 2Equipamento Administrativo 4Taras e Vasilhames 6Outras Imobilizações Corpóreas 4

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados nademonstração de resultados do exercício em que são incorridos. Os custos associados àsreparações programadas dos centros fabris, que ocorrem com intervalos de cerca de dezoitomeses, passaram a ser imputados à demonstração de resultados em base duodecimal ao longodesse período enquanto que anteriormente eram imputados em base anual (ver Nota 50).

As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadascomo imobilizações corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos.

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c) Contratos de locação financeira

Os bens adquiridos em regime de locação financeira encontram-se relevados na situaçãopatrimonial da Empresa como estabelece o Decreto-Lei nº 420/93, de 28 de Fevereiro. Assim,(i) o valor dos bens é registado em imobilizado corpóreo sendo depreciado em conformidadecom a vida útil esperada e (ii) a responsabilidade para com terceiros, pela parte de capitalincluída nas rendas vincendas, é evidenciada no passivo.

d) Investimentos Financeiros

Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas encontram-se registadospelo método da equivalência patrimonial tendo sido inicialmente contabilizados pelo custo deaquisição. Este foi acrescido ou reduzido da diferença para o valor correspondente àproporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou daprimeira aplicação do método da equivalência patrimonial. Esta diferença foi registada porcontrapartida da rubrica de ajustamentos de partes do capital no capital próprio. De acordocom o método da equivalência patrimonial as participações financeiras são ajustadasanualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas dogrupo e associadas por contrapartida de ganhos ou perdas financeiros do exercício.Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma reduçãono saldo da rubrica de investimentos financeiros.

e) Existências

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio deaquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas até à entrada em armazém, o qualé inferior ao respectivo valor de mercado. Como método de valorização das saídas ouconsumos é utilizado o custo médio.

Os produtos e trabalhos em curso, subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos e produtosacabados e intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção mensal médioacumulado, que inclui o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra e gastos gerais defabrico. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio.

f) Provisão para depreciação de existências e para créditos de cobrança duvidosa

É constituída provisão para depreciação de existências pela diferença entre o custo deprodução dos produtos acabados e intermédios e o respectivo valor estimado de realização,sempre que este seja inferior ao primeiro.

A provisão para créditos de cobrança duvidosa é calculada tendo por base os riscos previstosde cobrança no final de cada ano.

g) Títulos negociáveis

Os títulos negociáveis são registados ao valor mais baixo de entre o custo de aquisição ou ovalor esperado de realização. Os juros auferidos são reconhecidos como proveitos dosexercícios a que se referem.

h) Especialização de exercícios

A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especializaçãodos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas,independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os

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montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nasrubricas de acréscimos e diferimentos, sendo apresentado na Nota 50 um detalhe das mesmas.

i) Fundo de pensões

A empresa adopta como política contabilística para reconhecimento das suasresponsabilidades por estes complementos, os critérios consagrados pela DirectrizContabilística nº 19, emanada da Comissão de Normalização Contabilística (ver Nota 31 a)).

j) Encargos com pré-reformas

A Empresa assumiu a responsabilidade pelo pagamento de pré-reformas, nos termos deacordos celebrados com diversos empregados, até ao momento da sua passagem à reformapela Segurança Social. Estes pagamentos mensais correspondem, genericamente, ao saláriodo empregado à data da pré-reforma. O valor actual das responsabilidades por pagamentosfuturos de pré-reformas é determinado por cálculo actuarial e registado como custo doexercício em que se celebra o acordo de pré-reforma. No final de cada exercício é actualizadoo cálculo actuarial das responsabilidades e ajustado, através da demonstração de resultados doexercício o saldo da rubrica acréscimos de custos - pensões de pré-reforma (ver Nota 50).

k) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

Os encargos associados a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo decontratos de trabalho são registados, como custo extraordinário, no exercício em que orespectivo acordo é concluído.

l) Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizações corpóreas

Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizações corpóreasestão registados em balanço, na rubrica de proveitos diferidos para posterior reconhecimentona demonstração dos resultados de cada exercício, proporcionalmente às amortizações dasimobilizações corpóreas subsidiadas. A parcela de subsídio reconhecido como proveito noexercício, bem como as correspondentes amortizações, integram os resultados extraordináriosdo exercício.

m) Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas em escudos aos câmbios vigentes à datada operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciaisapuradas nos saldos existentes na data do balanço por referência às paridades vigentes nessadata, integram os resultados correntes do exercício.

n) Operações de fixação de taxa de juro futura

Os ganhos e perdas apurados em operações de fixação de taxa de juro futura, utilizadas paracobrir riscos inerentes ao passivo da Empresa, são reconhecidos à medida que são gerados.

o) Imposto sobre o rendimento

O encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração asdisposições do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). AEmpresa adopta, de acordo com o disposto na Norma Internacional de Contabilidade(revista)nº 12 aplicada supletivamente ao Plano Oficial de Contabilidade por força da DirectrizContabilística nº 18, o conceito de contabilização de impostos diferidos (ver Nota 6).

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Nota 6 – Impostos

A Empresa está sujeita ao regime geral de tributação a título individual de acordo com alegislação em vigor, encontrando-se as declarações fiscais de rendimentos sujeitas a revisão eeventual ajustamento por parte das autoridades fiscais durante um período de cinco anos, paraos exercícios até 1997, e, por um período de 4 anos, para o exercício de 1998 e seguintes.Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais, estes podem ser sujeitos a revisãopelas autoridades fiscais por um período de 10 anos. A Administração da Empresa entendeque as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelasdeclarações de impostos não deverão ter um efeito significativo nas demonstraçõesfinanceiras em 31 de Dezembro de 2000.

O encargo com o Imposto sobre o rendimento apurado no exercício de 2000, no montante de8.425.565 contos (1999: 2.022.578 contos), encontra-se ajustado pelo efeito do impostodiferido gerado pelas diferenças temporais abaixo referidas, no montante de 1.472.339 contos(1999: 67.749 contos) (ver Nota 3 o)).

Balanço Dem. de ResultadosImposto Diferido Imposto corrente

(Nota 50) sobre o rend.DR/(CR)

Saldo em 1 de Janeiro de 2000 (1.040.105) -

Utilização efectuada no exercício da provisão para outrosriscos e encargos -6.325.395 contos (ver Nota 46) (2.226.539) 2.226.539

Margens geradas internamente reduzidas ao valor das existências em 31 de Dezembro de 2000 - 690.546 contos 243.072 (243.072)

Variação do excesso de cobertura do Fundo de Pensões face ao valordas responsabilidades por serviços passados no exercíciode 2000 (ver Nota 31 a)) - 560.482 contos 197.290 (197.290)

40% do acréscimo das amortizações do exercício originadas pela reavaliação de 1998, não aceite fiscalmente - 717.829 contos 252.676 (252.676)

Outros 61.162 (61.162)(2.512.444) 1.472.339

A diferença temporal reportada a 1 de Janeiro de 2000 inclui cerca de 501 milhares de contosrelativos à Papéis Inapa, S.A. sociedade incorporada na Empresa durante o presente exercício(ver Nota 1).

Nota 7 - Número Médio de Pessoal

O número médio de pessoas ao serviço da Empresa, durante os exercícios findos em 31 deDezembro de 2000 e de 1999, foi de 1.326 e de 966, respectivamente.

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Nota 10 - Movimento do Activo Imobilizado

O movimento ocorrido nas contas de imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas einvestimentos financeiros, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2000, bem comonas respectivas amortizações acumuladas e provisões, foi o seguinte:

Saldo Inicial Aumentos Alienações e Abates

Transferências e Regularizações Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas:Despesas de instalação - 391.416 - 27.873 419.289Despesas de invest. e desenv. 1.923.433 2.563.250 - 952.515 5.439.198Propriedade industrial e outros direitos 9.565 - - - 9.565Imobilizações em curso 874.772 429.184 - (968.513) 335.443

2.807.770 3.383.850 - 11.875 6.203.495

Imobilizações Corpóreas:Terrenos e recursos naturais 4.304.709 2.849.515 - 4.320 7.158.544Edifícios e outras construções 11.233.330 14.272.345 (22.625) 364.640 25.847.690Equipamento básico 103.079.145 52.269.125 (8.482.478) 3.454.942 150.320.734Equipamento de transporte 1.264.198 655.828 (237.089) 1.480 1.684.417Ferramentas e utensílios 144.500 521.317 (28.213) 30.736 668.340Equipamento administrativo 1.269.656 1.423.592 (6.367) 710.903 3.397.784Taras e vasilhame 51 - - - 51Outras imobilizações corpóreas 91.218 11.991 - 42.116 145.325Imobilizações em curso 1.595.820 8.928.886 - (4.621.012) 5.903.694Adiant. por conta de imob. corp. 111.983 - (46.465) - 65.518

123.094.610 80.932.599 (8.823.237) (11.875) 195.192.097

Investimentos Financeiros:Partes de capital em emp. do grupo 27.038.431 551.976 (2.714.412) - 24.875.995(Nota 16)Partes de capital em emp. associadas 4.911 678.118 - - 683.029(Nota 16)Empréstimos a emp. associadas 18.500 - - - 18.500(Nota 16)Títulos e outras aplic. financeiras 302.056 5.000 - - 307.056Adiantam. por conta de invest. financ. - 27.780.507 - - 27.780.507(Nota 16 c))

27.363.898 29.015.601 (2.714.412) - 53.665.087

153.266.278 113.332.050 (11.537.649) - 255.060.679

Activo Bruto

Os valores brutos relativos aos aumentos de imobilizado incorpóreo e corpóreo incluem2.581.791 contos e 70.746.708 contos, respectivamente, que correspondem aos itenstransferidos em 1 de Janeiro de 2000 da Papéis Inapa, S.A. (ver Notas 1 e 2).

O valor de alienações e abates do equipamento básico inclui (I) o abate de equipamento deprodução de papel revestido que se encontrava obsoleto e cujo valor do imobilizado bruto edas amortizações acumuladas era de 4.322.458 contos e 1.878.154 contos, respectivamente,tendo o respectivo valor líquido, no montante de 2.444.304 contos sido registado na rubricade custos e perdas extraordinários por contrapartida da utilização da provisão específica (verNota 34) e (ii) a redução resultante da realização em espécie da totalidade do capital social daCPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A. (adiante designada por CPK) quecompreendeu imobilizado bruto no valor de 3.831.359 contos e amortizações acumuladas novalor de 1.676.733 contos.

A rubrica títulos e outras aplicações financeiras inclui principalmente 301.000 contos (1999:301.000 contos) respeitantes à participação de 43% da Empresa no capital do Raiz – Institutode Investigação da Floresta e Papel, cujo objecto social não visa o desenvolvimento deactividades com fins lucrativos.

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O aumento de rubrica de partes de capital em empresas do grupo inclui 452.927 contosrelativo a participações incluídas no património da Papéis Inapa, S.A. incorporado naEmpresa.

A redução verificada na rubrica partes de capital em empresas do grupo correspondeprincipalmente à alienação para uma outra entidade do universo Portucel da participação daEmpresa no capital da CPK, realizada por referência a 31 de Dezembro de 2000 pelo valor de2.200.000 contos. O valor contabilístico desta participação na data da alienação era de2.177.663 contos, tendo sido apurada uma mais valia contabilística de cerca de 22.337 contos(ver Nota 16 d)).

O aumento do saldo em partes do capital em empresas associadas corresponde à participaçãode 50% da Empresa na Aliança Florestal – Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A., ajustada pelo efeito respeitante ao exercício de 2000 da adopção do método daequivalência patrimonial a qual foi criada pelos grupos Portucel e Soporcel em Fevereiro de2000 para se dedicar à gestão integrada do parque florestal de ambos os grupos (ver Nota 16a)).

Os restantes movimentos verificados no exercício na rubrica de investimentos financeirosresultaram essencialmente das variações associadas à aplicação do método da equivalênciapatrimonial na valorização das participações.

Amortizações acumuladasSaldo Inicial Reforço Regularizações Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas:Despesas de instalação - (254.074) - (254.074)Despesas de invest. e desenv. (1.074.852) (1.025.523) (95.852) (2.196.227)Propriedade industrial e outros direitos (9.072) (60) - (9.132)

(1.083.924) (1.279.657) (95.852) (2.459.433)

Imobilizações Corpóreas:Edifícios e outras construções (3.356.542) (5.473.907) 7.694 (8.822.755)Equipamento básico (45.508.789) (26.088.944) 3.531.806 (68.065.927)Equipamento de transporte (772.463) (557.344) 178.399 (1.151.408)Ferramentas e utensílios (128.725) (295.306) 26.600 (397.431)Equipamento administrativo (608.369) (1.455.287) 4.606 (2.059.050)Taras e vasilhame (40) (5) - (45)Outras imobilizações corpóreas (76.903) (13.447) - (90.350)

(50.451.831) (33.884.240) 3.749.105 (80.586.966)

(51.535.755) (35.163.897) 3.653.253 (83.046.399)

O reforço das amortizações acumuladas incluem os saldos em 1 de Janeiro de 2000 relativosaos activos imobilizados incorpóreos e corpóreos da Papéis Inapa, S.A. no montante de531.526 contos e 21.276.204 contos, respectivamente (ver Notas 1 e 2). As amortizações doexercício ascenderam a 13.360.548 contos, tendo sido reclassificados 563.980 contos para arubrica de custos extraordinários de acordo com o critério referido na Nota 3 l) (ver Nota 46).

Nota 12 - Critérios de Reavaliação do Imobilizado

As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 foram reavaliadas em1998, de acordo com os critérios estabelecidos no Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro,gerando reservas de reavaliação no montante de 8.927.750 contos (ver Notas 13 e 40).

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Nota 13 - Efeitos das Reavaliação no Imobilizado

Custos históricos Reavaliações

Valores contabilísticos

reavaliados

Bens reavaliados:Terrenos e recursos naturais 3.716.777 592.767 4.309.544Edifícios e outras construções 6.769.186 806.010 7.575.196Equipamento básico 46.926.463 4.769.583 51.696.046Equipamento de transporte 350.305 21.317 371.622Ferramentas e utensílios 9.332 - 9.332Equipamento administrativo 523.365 1 523.366Taras e vasilhame 5 - 5Outras Imobilizações corpóreas 54.960 15 54.975

58.350.393 6.189.693 64.540.086Bens não reavaliados 50.065.045 - 50.065.045

108.415.438 6.189.693 114.605.131

Os valores acima encontram-se líquidos de amortizações.

Nota 14 - Imobilizações Corpóreas e em Curso

A repartição do valor bruto das imobilizações corpóreas e em curso (incluindo osadiantamentos por conta de imobilizações corpóreas), em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999,por actividade, é como se segue:

2000 1999

Produção de pasta 107.901.248 95.011.608Produção de papel 48.323.180 4.235.187Actividades auxiliares e comuns 38.967.669 23.847.815

195.192.097 123.094.610

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Em 31 de Dezembro de 2000, o imobilizado incorpóreo e corpóreo em curso e adiantamentospor conta de imobilizado corpóreo apresentavam a seguinte composição, por projectos:

Montante

Imobilizado Corpóreo em curso:Centro Fabril de Cacia - pasta :

Aumento da capacidade de tiragem 1.980.832Aumento de eficiência dos branqueadores 348.600Optimização dos digestores 162.719Melhoria do sistema de clarificação 113.058Projectos relativos a ventilação e recuperação de gases 109.654

2.714.863

Centro Fabril de Setúbal - pasta :Melhoria no sistema de prensagem 359.547Beneficiação do edifício administrativo 84.048Melhoria do aterro controlado de resíduos sólidos 51.892Melhoria de procedimentos 71.735Outros projectos de investimento -

567.222

Centro Fabril de Setúbal - papel :Beneficiações na máquina de papel MP III 465.422Beneficiações na máquina de transf. de papel - Linha A4 290.208Beneficiações na máquina de papel MP II 60.626Outros proj. de investimento de valor individual reduzido 72.015

888.271

Sede :Sistemas de informação 316.021

Outros proj. de investimento de valor individual reduzido 1.417.3175.903.694

Imobilizado Incorpóreo em curso:Projecto de recuperação de fibra 108.998Projecto de melhoria da performance industrial da Empresa 110.000Outros projectos investigação e de desenvolvimento 116.445

335.443

Nota 15 - Valor dos Bens Utilizados em Regime de Locação Financeira

Os bens utilizados em regime de locação financeira são como se segue:

Data de Valor de mercado Período início do dos bens no de contratocontrato início do contrato (meses)

Equipamento de transporte 1998 a 1999 94.010 36Equipamento administrativo 1998 248.280 48

342.290

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Nota 16 - Empresas do Grupo

a) A composição em 31 de Dezembro de 2000 dos investimentos financeiros em empresasdo grupo e associadas e a principal informação financeira sobre as empresas do grupo eassociadas sumarizam-se como se segue:

Resultado Total do Capitais Resultado % de líquido Valor de balanço

Empresa Sede activo Próprios Líquido participação apropriado (e) 2000 1999

Empresas do grupo:Portucel Florestal - Empresa de DesenvolvimentoAgro-Florestal, S.A. Lisboa 43.250.202 34.445.397 (392.480) 60% (235.488) 20.667.492 24.265.949

Arboser - Serviços Agro-Industriais, Lda. Palmela 679.362 289.794 45.184 50% 22.592 144.897 122.304

Portucel International Trading, S.A. (b) Luxemburgo 272.437 262.836 13.337 80% 20.266 210.269 190.003

Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens eSacos de Papel, Lda. (a) Lisboa 307.535 24.625 33.960 100% - 24.625 24.625

Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, S.A. Lisboa 1.418.202 16.059 3.021 100% 3.021 16.059 13.039

CPK - Companhia Produtora de PapelKraftsack, S.A. (d) Lisboa - - - 100% (234.824) - 2.412.487

Sagita Trading - Comercialização, Importaçãoe Exportação de Madeiras, S.A. Lisboa 60.608 10.066 42 100% 42 10.066 10.024

Celpinus - Empresa de DesenvolvimentoAgro-Florestal, S.A. Lisboa 2.978.986 1.766.572 (83.428) 60% (50.057) 1.059.943 -

Lazer e Floresta - Empresa de DesenvolvimentoAgro-Florestal Imobiliário e Turístico, S.A. Lisboa 7.110.938 3.727.649 (22.351) 60% (13.411) 2.236.589 -

Setipel - Serviços Técnicos para a IndústriaPapeleira, S.A. Lisboa 10.077 10.058 34 100% - 10.019 -

Tecnipapel - Sociedade de Transformação eDistribuição de Papel, Lda. Setúbal 341.815 82.458 (2.858) 100% (2.858) 82.458 -

SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A. Setúbal 9.427.986 235.606 15.197 100% 15.197 235.606 -

Gespapel - Gestão e Serviços Ténicos, Lda. Lisboa 85.557 50.361 429 100% 429 50.361 -

Inapa (UK), Ltd. Reino Unido 322.989 52.495 24.536 100% 24.536 52.495 -

Inapa España, S.A. Espanha 54.642 32.012 (521) 100% (521) 32.012 -

Portucel Brasil (c) Brasil - - - 99% - 43.104 -(451.075) 24.875.995 27.038.431

Empresas do associadas:Iberpulp, S.A. (c) Luxemburgo - - - - - 4.911 4.911

Aliança Florestal - Sociedade para oDesenvolvimento Agro-Florestal, S.A. (d) Lisboa 2.496.078 1.356.236 (147.380) 50% (73.690) 678.118 -

(73.690) 683.029 4.911

(a) Demonstrações financeiras aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 1998(b) Demonstrações financeiras aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 1999( c ) Demonstrações Financeiras não disponíveis(d) Ver Nota 10(e) Resultado apropriado após eliminação de operações entre empresas do grupo e regularizações em Resultados transitados

Em Janeiro de 2000 foi concretizado o processo de constituição de duas novas sociedades, aCelpinus – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. (adiante designada porCelpinus) e a Lazer e Floresta – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário eTurístico, S.A. (adiante designada por Lazer e Floresta), por cisão com o destaque da PortucelFlorestal – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. (adiante designada porPortucel Florestal) do património afecto às actividades de exploração florestal do pinho e dasactividades turísticas, cinegéticas e outras residuais. O património líquido transferido, a valorcontabilístico, ascendeu a 5.600.000 contos.

As participações na Tecnipapel – Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda.,na SPCG – Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A., na Gespapel – Gestão eServiços Técnicos, Lda., na Inapa (UK), Ltd. e na Inapa España, S.A. surgem do processo,realizado em 2000, de incorporação da Papéis Inapa, S.A. na Empresa (ver Nota 1).

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b) Os empréstimos concedidos a empresas do grupo, em 31 de Dezembro de 2000,correspondem a um empréstimo à Sacocel – Sociedade de Produtos de Embalagens e Sacosde Papel, Lda. no montante de 18.500 contos (1999: 18.500 contos). Este empréstimo nãovence juros nem tem prazo de reembolso definido.

c) O saldo da rubrica de adiantamentos por conta de investimentos financeiros corresponde aomontante (30%) pago pela empresa na sequência do contrato realizado em Dezembro de 2000para a aquisição à Arjo Wiggins Appleton p.l.c. de uma participação de 40% no capital socialda Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. (adiante designada por Soporcel) pelovalor global de 92.601.690 contos. Nos termos deste contrato a entidade vendedora terádireito aos dividendos relativos ao exercício de 2000. A concretização desta operação ficousujeita à autorização da Direcção Geral do Comércio e da Concorrência, entretanto já obtida.

Em Dezembro de 2000, foi ainda celebrado um contrato promessa de compra e venda com aPapercel – Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S.A. (ver Nota 37) para aquisição daparticipação de 40% detida por esta entidade no capital social da Soporcel, pelo mesmo valore com as mesmas condições do contrato realizado com a Arjo Wiggins Appleton, p.l.c. acimareferido.

Na sequência das operações referidas acima, foi solicitado à Comissão do Mercado dosValores Mobiliários autorização para o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição(OPA) do restante capital social da Soporcel.

Por forma a financiar estas operações a Portucel negociou com diversas instituiçõesfinanceiras a contratação de um financiamento no montante de 400 milhões de euros sob aforma de Papel Comercial e o Conselho de Administração da Empresa aprovou uma propostapara a realização de um aumento de capital de 665.000.000 de euros (ver Nota 54).

d) Os saldos em 31 de Dezembro de 2000 e as transacções efectuadas durante o exercíciofindo naquela data, com as principais empresas do grupo Portucel, sumarizam-se como segue:

Clientes Empresas Empresas Fornecedores Empresasconta do grupo do grupo Outros conta do grupo Outros

corrente m l prazo curto prazo devedores corrente curto prazo credores

Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S.A. - - - - - 28.877.638 -Portucel Tejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 3.540 - - 2.200.000 183.514 - -Portucel Florestal - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. - 2.812.800 - - 173.803 - 13.521Celpinus - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. - 641.781 - - - - -Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário - 2.195.419 - - - - - e Turístico, S.A.Arboser - Serviços Agro-Industriais, Lda. 19.749 47.250 - - 106.727 - -Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e Sacos de Papel, Lda. - - 33.521 8.119 93.075 - 72.255Portucel International Trading, S.A. 179.183 - - - 23.167 - -Portucel Serviços - Empresa de Prestação de Serviços, S.A. - - - - 26.930 - -Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, S.A. 852.140 - - - 825.188 - -CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A. 22.104 - - - 45.675 - -Aliança Florestal - Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. - - 150.000 - - - -Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda. 153.110 52.200 15.211 31.017 24.040 - -SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A. - - 3.920.380 - 727.438 716.678 -Gespapel - Gestão e Serviços Ténicos, Lda. 23.400 - - - 1.170 58.723 -Inapa (UK), Ltd. - 209.753 - - 101.537 - -Inapa España, S.A. - 15.061 - - 12.516 - -Portucel Brasil 97.033 - - - 22.037 - -Portucel Espanha - - - 63.971 - - 73.767Outras - - (731) - - - -

1.350.259 5.974.264 4.118.381 2.303.107 2.366.817 29.653.039 159.543

Activo Passivo

O saldo a pagar à Portucel, SGPS que em 31 de Dezembro de 2000 ascendia a 28.877.638contos, vence juros em função do seu saldo diário, calculados a uma taxa anual que seaproxima dos valores correntes de mercado.

Os saldos a receber da Portucel Florestal, da Celpinus e da Lazer e Floresta incluídos narubrica empresas do grupo a médio e longo prazo, embora não tendo data definida, não seprevê que venham a ser reembolsados num prazo inferior a um ano. Estes empréstimos e osaldo a receber da SPCG – Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A. (adiante

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designada por SPCG), incluído na rubrica empresas do grupo a curto prazo, vencem juros ataxas anuais que se aproximam dos valores correntes de mercado.

O saldo da Portucel Tejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A., registado em outros devedoresé constituído pelo valor a receber da venda da totalidade da participação na CPK (ver Nota10).

Fornecimentos Juros Jurose serviços e custos Prestações Proveitos e proveitos

Compras externos similares Vendas de serviços suplementares similares

Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S.A. - 14.510 323.817 - 45.134 2.240 -Portucel Tejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 21.571 - - - 20.366 - -Portucel Florestal - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. 1.549.677 16.696 - - 18.160 - 127.994Celpinus - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A. 5.506 - - - - - 29.204Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário e Turístico, S.A. 6.063 - - - - 1.722 99.901Arboser - Serviços Agro-Industriais, Lda. - 635.982 - - 64.987 65.130 -Soporcel Sociedade Portuguesa de Papel, S.A. 561.475 - - 906.099 - - -Portucel International Trading, S.A. 48.816 - - - - -Portucel Serviços - Empresa de Prestação de Serviços, S.A. - 292.680 - - - - -Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e Sacos de Papel, Lda. - 1.366 - - - - 2.787Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, S.A. - 7.727.466 - - 2.152.439 4.544.482 -CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A. - 21.670 - 670.714 201.905 44.085 -Sagitta Trading - Comercialização, Importação e Exportação de Madeiras, S.A. - - - 93.093 - - -Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda. 20.533 4.961 - 126.127 - - -SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, S.A. 3.815.819 - - - 60.667 - 166.409Gespapel - Gestão e Serviços Ténicos, Lda. - 10.500 - - 21.555 - -Inapa (UK), Ltd. - 134.143 - - - - -Inapa España, S.A. - 99.876 - - - - -Portucel Espanha - 16.465 - - 16.866 - -Outras - - - - - - 10

5.980.644 9.025.131 323.817 1.796.033 2.602.079 4.657.659 426.305

A Portucel Serviços assegura à Empresa os serviços de assistência administrativa e de gestãotendo os débitos por esse apoio atingido 292.680 contos no exercício de 2000 (1999: 289.262contos).

A Enerpulp fornece energia à Portucel utilizando para a sua produção (i) os equipamentosdesta última empresa, pagando uma renda que se encontra registada em prestações de serviçose (ii) o vapor cedido pela Portucel cujo proveito se encontra registado na rubrica de proveitossuplementares. A SPCG fornece energia e vapor à Portucel.

Nota 17 - Caixa e Equivalentes

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999, esta rubrica tinha a seguinte composição:

2000 1999Numerário 2.652 2.100Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 2.059.547 824.891

2.062.199 826.991Outros títulos negociáveis 10.761 10.761Outras aplicações de tesouraria 80.182 2.200.000

90.943 2.210.7612.153.142 3.037.752

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 a rubrica de balanço outros títulosnegociáveis inclui 1.480.653 acções que correspondem a 6,98% do capital da ENCE –Empresa Nacional de Celulose, S.A., empresa espanhola produtora de pasta celulósica,registadas ao custo de aquisição de 3.666.685 contos (ver Nota 3 g)), que não foramconsideradas para efeitos da Demonstração de fluxos de caixa como sendo caixa ou seuequivalente de acordo com o disposto na Directriz Contabilística nº 14. As outras aplicaçõesde tesouraria referem-se a depósitos bancários de curto prazo.

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Nota 22 - Existências

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999, o saldo desta rubrica registado no activo de curtoprazo apresentava a seguinte composição:

2000 1999

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo :Matéria-primas 2.578.058 1.918.747Matérias subsidiárias 383.411 182.292Materiais diversos 3.364.807 2.541.119Embalagens de consumo 492.600 -Outros 53.770 143.135

6.872.646 4.785.293

Produtos e trabalhos em curso 116.497 72.844Suprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 178.447 313Produtos acabados e intermédios 5.068.546 1.350.703Mercadorias 5.113 -Adiantamentos por conta de compras 836.029 844.634

Total 13.077.278 7.053.787

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 as existências à guarda de terceiros em armazénsexteriores à Empresa localizados no estrangeiro ascendiam a 498.954 contos e 56.278 contos,respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 as rubricas de adiantamentos por conta de comprasregistadas a curto prazo e a médio e longo prazo correspondem aos adiantamentos afornecedores para aquisição de madeira. Os adiantamentos efectuados resultam das condiçõesde compra definidas contratualmente com um fornecedor para a aquisição de madeira a preçopré-determinado.

Nota 23 - Dívidas de Cobrança Duvidosa

Em 31 de Dezembro de 2000 existiam dívidas de clientes de cobrança duvidosa no montantede 175.787 contos. A provisão para clientes de cobrança duvidosa ascendia, naquela data, a175.787 contos (ver Nota 34).

Nota 24 - Saldos com Pessoal

Analisam-se como segue os saldos em balanço relacionados com o pessoal (ver Nota 49):

2000 1999

Valores a receber 62.336 25.388Valores a pagar 159.711 64.150

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Nota 28 - Estado e Outros Entes Públicos

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 não existiam dívidas em situação de mora com oEstado e outros entes públicos. Os saldos com estas entidades eram os seguintes:

2000 1999 2000 1999

Imposto sobre o Valor Acrescentado 1.706.898 815.223 - -Imposto sobre o rendimento das Pessoas Colectivas (Nota 6) - 137.948 5.371.401 1.954.829Segurança social - - 173.471 119.665Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - retenção na fonte - - 124.462 135.946Imposto sobre o Rendimento de Capitais - retenções na fonte 26.089 64.857 - -Outros 1.333 570 1.738 7.677

1.734.320 1.018.598 5.671.072 2.218.117

Saldos devedores Saldos credores

O saldo credor da rubrica do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas encontra-sereduzido pelos pagamentos por conta efectuados durante o exercício no montante de1.487.148 contos.

Nota 31 - Compromissos Financeiros Assumidos

a) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência

Na sequência da aquisição da Papéis Inapa, S.A. passaram a coexistir dois planos decomplemento de pensões de reforma e de sobrevivência na Empresa.

(i) Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, osempregados do quadro permanente com mais de cinco anos de serviço,incluindo os trabalhadores transferidos da Portucel, S.A. para a Empresa,na sequência do processo de reestruturação mencionado na Nota 1, têmdireito após a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a umcomplemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez. Essecomplemento está definido de acordo com uma fórmula que tem emconsideração a remuneração mensal líquida actualizada para a categoriaprofissional do empregado à data da reforma e o número de anos deserviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões desobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos.Para cobrir esta responsabilidade foi constituído o fundo de pensõesautónomo denominado Fundo de Pensões Portucel, gerido por entidadeexterna.

(ii) Nos termos do Plano de Benefícios em vigor, os empregados quetransitaram da Papéis Inapa, S.A. têm direito a um plano complementarde pensões de reforma ou de sobrevivência (Plano Papéis Inapa). Ocomplemento de pensões está definido de acordo com uma fórmula quetem em consideração o vencimento dos últimos 12 meses anteriores àdata de reforma e o número de anos de serviço, sendo ainda garantidaspensões de sobrevivência ao cônjuge.

Para cobrir esta responsabilidade foi constituído um Fundo de Pensões,gerido por entidade externa, que foi afecto à Papéis Inapa, S.A. emconjunto com a Inapa – IPG, S.A. e outras empresas suas subsidiárias,estando os activos do Fundo repartidos por cada uma das empresas. Nasequência da aquisição e da fusão por incorporação da Papéis Inapa,

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S.A., e após obtida autorização do Instituto de Seguros de Portugal(ISP), o valor do Fundo de Pensões afecto à Papéis Inapa, S.A. foiintegrado no Fundo de Pensões Portucel passando, assim, a existir umúnico Fundo de Pensões.

Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, com referência a 31 deDezembro de 2000 e de 1999, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidadesacumuladas tiveram por base os seguintes pressupostos:

31 de Dezembrode 1999

Plano Plano PlanoPortucel Papéis Inapa Portucel

Tábua de mortalidade GRM 80 GRM 80 GRM 80Tábua de invalidez EKV-80-Suiça - EKV-80-SuiçaTaxa de desconto 6% 6% 6%Taxa de crescimento dos salários 3% 3% 3%Taxa de crescimento das pensões 2% 2% 2%Taxa de rendimento 6% 6% 6%

31 de Dezembro de 2000

Em 31 de Dezembro de 2000 a cobertura das responsabilidades da Empresa pelo activo doFundo, era como se segue:

31 de Dezembrode 1999

Plano Plano PlanoPortucel Papéis Inapa Portucel

Responsabilidades por serviços passados:Colaboradores no activo e pré-reformados 3.251.446 751.958 2.940.817Colaboradores reformados 402.498 39.283 382.246

3.653.944 791.241 3.323.063

Valor do Fundo afecto à cobertura dasresponsabilidades da Empresa 4.773.904 752.252 4.789.008

Excesso/(insuficiência) de cobertura (Nota 50) 1.119.960 (38.989) 1.465.945

Percentagem de cobertura 131% 95% 144%

31 de Dezembro de 2000

Conforme referido na Nota 3 i), a Empresa adopta como política contabilística parareconhecimento das suas responsabilidades com estes complementos, os critérios consagradospela Directriz Contabilística nº 19.

Em 31 de Dezembro de 1999 o excesso de cobertura relativamente ao Plano Papéis Inapa erade 175.508 contos.

Em consequência, a variação do excesso da cobertura no valor do Fundo de Pensões face aovalor das responsabilidades por serviços passados apurado em 31 de Dezembro de 2000, nomontante líquido de 560.482 contos, foi registada a crédito na rubrica de custos diferidos (verNota 50), por contrapartida de um débito na rubrica de custos com pessoal.

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O valor registado a débito na rubrica de custos com o pessoal tem a seguinte composição:

Plano PlanoPortucel Papéis Inapa

Custo com os serviços correntes 205.110 32.363Custo financeiro 198.930 34.177Rendimento dos activos do Plano (154.170) (10.897)Ganhos e perdas actuariais 96.115 158.854

345.985 214.497

DR/(CR)

No decurso do exercício de 2000 não foi efectuada qualquer dotação para o Fundo.

b) Outros

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999, a Empresa tinha assumido compromissos comfornecedores no montante de 457.826 contos e 3.838.200 contos, respectivamente, paraaquisição de bens para o imobilizado corpóreo.

Nota 32 - Garantias Prestadas

Em 31 de Dezembro de 2000 a Empresa tinha assumido responsabilidades por garantiasbancárias prestadas no montante de 5.720.868 contos (1999: 2.658.142 contos)essencialmente relacionadas com subsídios obtidos para investimentos.

Nota 34 – Provisões

Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final

Provisão para outros riscos e encargos - 7.249.144 (6.325.395) 923.749Provisão para clientes de cobrança duvidosa 1.197 175.787 (1.197) 175.787Provisão para outros devedores 6.435 - - 6.435

7.632 7.424.931 (6.326.592) 1.105.971

Em 31 de Dezembro de 2000 o saldo da provisão para outros riscos e encargos corresponde àparcela ainda não utilizada da provisão constituída na sequência da aquisição pela Portucel docapital social da Papéis Inapa, S.A., e que se destina a fazer face aos ajustamentos apuradospara efeitos do justo valor. Esta provisão foi registada nos capitais próprios da Papéis Inapa,S.A. na data de referência da aquisição pelo montante de 7.249.144 contos, não afectandoassim o resultado consolidado do exercício (ver Nota 46).

O reforço nas provisões para clientes de cobrança duvidosa verificado no exercício inclui164.043 contos relativo ao saldo em 1 de Janeiro de 2000 da Papéis Inapa, S.A. (ver Notas 1 e2).

Nota 36 - Composição do Capital

Em 31 de Dezembro de 2000, o capital da Empresa era composto por 87.000.000 de acçõescom o valor nominal de 5 euros cada. Em 31 de Dezembro de 1999 o capital da Empresa eracomposto por 87.000.000 de acções com o valor nominal de 1.000 escudos (ver Nota 40).

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Nota 37 - Identificação das Pessoas Colectivas com mais de 20% do Capital SocialSubscrito

Em 31 de Dezembro de 2000 a Papercel – Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S.A. detinha55,72% do capital da Empresa, não se conhecendo outras pessoas colectivas que detenhamposições de valor igual ou superior a 20% do capital.

Nota 40 - Variação nas Rubricas de Capital Próprio

O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 deDezembro de 2000 foi como segue:

Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Capital 87.000.000 209.670 - 87.209.670Ajustamento de partes de capital em empresas filiais e associadas (83.199) - (2.969) (86.168)Reserva de reavaliação 7.680.837 - - 7.680.837Reserva legal 1.322.675 162.973 (209.670) 1.275.978Reservas estatutárias 1.455.808 1.573.978 - 3.029.786Outras reservas - - (511.301) (511.301)Resultados transitados 6.904.995 - - 6.904.995Resultado líquido do exercício -

1999 3.259.450 - (3.259.450) -2000 - 15.484.918 - 15.484.918

107.540.566 17.431.539 (3.983.390) 120.988.715

Em 9 de Novembro de 2000, por deliberação da Assembleia Geral e do Conselho deAdministração, a Empresa procedeu à redenominação e aumento do capital social. Assim, ocapital social de 87.000.000 contos representado por 87.000.000 de acções de valor nominalde 1.000 escudos cada, registou um aumento para 87.209.670 contos através da utilização dereservas legais no montante de 209.670 contos, passando a estar representado por 87.000.000acções de valor nominal de 5 euros cada. Na sequência desta operação, em Janeiro de 2001,foi alterado o valor nominal de cada acção (split) de 5 para 1 euro passando o capital a estarrepresentado por 435.000.000 de acções.

A reserva de reavaliação apurada em 1998 pela aplicação do Decreto-Lei nº 31/98, de 11 deFevereiro, ascendeu a 8.927.750 contos, tendo a este valor sido deduzido o inerente impostodiferido passivo, estimado à data em 1.246.913 contos.

De acordo com a lei vigente, a reserva legal é reforçada, no mínimo, em 5% do lucro líquidoapurado em cada exercício, até atingir pelo menos 20% do capital social. As reservas legais ede reavaliação não são distribuíveis em numerário, podendo, contudo, satisfeitas certascondições ser incorporadas no capital social ou utilizadas para cobertura de eventuaisprejuízos.

De acordo com os Estatutos da Empresa, pelo menos 10% do resultado líquido anualdistribuível deverá ser aplicado na constituição ou reforço de uma reserva especial destinada àestabilização de dividendos.

A rubrica de ajustamentos de partes de capital em empresas filiais e associadas reflecte oefeito da adopção do método da equivalência patrimonial como critério de registo dasparticipações financeiras detidas pela Empresa.

Em 31 de Dezembro de 2000 o saldo da rubrica de outras reservas corresponde à diferençaapurada em 1 de Janeiro de 2000 (ver Nota 2) entre o valor de aquisição da Papéis Inapa, S.A.

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e o valor dos seus capitais próprios ajustados, a qual, na sequência da operação de fusão veioa ser classificada como reserva de fusão.

Por deliberação da Assembleia Geral de 26 de Abril de 2000, a Empresa procedeu à aplicaçãodo resultado do exercício de 1999 como segue: (i) distribuição de dividendos no montante de1.522.500 contos e (ii) reforço da reserva legal e das reservas estatutárias em 162.973 contos e1.573.978 contos, respectivamente.

Nota 41 - Custos das Matérias Consumidas

O custo das matérias consumidas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2000 ede 1999, foi determinado como segue:

2000 1999

Existências iniciais 4.785.293 4.250.473Compras 44.241.706 31.866.360Regularizações de existências 2.106.013 -Existências finais (6.877.760) (4.785.293)

Custo no período 44.255.252 31.331.540

As regularizações de existências incluem o montante de 2.115.632 contos relativo ao saldo,em 1 de Janeiro de 2000, das existências de mercadorias, de matérias primas, subsidiárias e deconsumo da Papéis Inapa, S.A. (ver Notas 1 e 2).

Nota 42 - Variação da Produção

A variação da produção durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999foi determinada como segue:

2000 1999 2000 1999 2000 1999 2000 1999

Existências finais 5.068.546 1.350.703 178.447 313 116.497 72.844 5.363.490 1.423.860Regularizações (1.950.798) 22.705 (176.070) - (20.455) - (2.147.323) 22.705Existências iniciais (1.350.703) (4.450.922) (313) (1.069) (72.844) (66.315) (1.423.860) (4.518.306)

Aumento/(redução) no exercício 1.767.045 (3.077.514) 2.064 (756) 23.198 6.529 1.792.307 (3.071.741)

Produtos e trabalhosem curso Total

Produtos acabadose intermédios

Subprodutos, desperdícios,resíduos e refugos

Em 2000 as regularizações de existências incluem o montante de 2.512.125 contos relativo aosaldo, em 1 de Janeiro de 2000, das existências de produtos acabados e intermédios,subprodutos, desperdícios e refugos e produtos e trabalhos em curso da Papéis Inapa, S.A.(ver Notas 1 e 2).

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Nota 43 - Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais

As remunerações atribuídas aos órgãos sociais da Empresa durante os exercícios findos em 31de Dezembro de 2000 e de 1999, foram as seguintes:

2000 1999

Conselho de Administração 160.768 97.645Conselho Fiscal 5.055 5.305Conselho de Impacte Ambiental 280 840Assembleia Geral 193 69

166.296 103.859

Nota 44 - Vendas e Proveitos Suplementares por Actividade e Mercados Geográficos

As vendas realizadas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999,distribuíram-se da seguinte forma:

2000 1999 2000 1999 2000 1999

Vendas :Pasta 2.676.630 12.625.776 59.703.290 42.363.417 62.379.920 54.989.193Papel 8.386.411 2.791.669 32.739.260 3.010.391 41.125.671 5.802.060Madeira 1.053.965 80.049 - 339.998 1.053.965 420.047

12.117.006 15.497.494 92.442.550 45.713.806 104.559.556 61.211.300Sub-produtos 40.932 1.600 - 2.201 40.932 3.801

12.157.938 15.499.094 92.442.550 45.716.007 104.600.488 61.215.101Proveitos suplementares :

Venda de resíduos 1.402.874 - - - 1.402.874 -Venda de vapor (Nota 16) 2.902.822 1.578.832 - - 2.902.822 1.578.832Venda de energia - 814.053 - - - 814.053Outros 736.576 251.048 - - 736.576 251.048

5.042.272 2.643.933 - - 5.042.272 2.643.933

Mercado Interno Mercado Externo Total

Nota 45 - Demonstração dos Resultados Financeiros

Os resultados financeiros para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999,têm a seguinte composição:

Custos e Perdas 2000 1999 Proveitos e Ganhos 2000 1999

Juros de empréstimos bancários (Nota 48) 2.474.488 382.488 Juros obtidos - empresas do grupo (Nota 16) 426.305 226.045Juros do empréstimo por obrigações (Nota 48) - 144.976 Outros juros obtidos 90.650 51.698Juros suportados - empresas do grupo (Nota 16) 323.817 - Ganhos em empresas do grupo (Nota 16) 86.082 38.900Outros juros suportados 42.249 8.668 Rendimento de títulos negociáveis 239.213 98.336Perdas em empresas do grupo e associadas (Nota 16) 610.848 164.177 Diferenças de câmbio favoráveis 1.583.158 306.399Diferenças de câmbio desfavoráveis 1.830.790 168.820 Descontos de pronto pagamento obtidos 138.524 18.735Descontos de pronto pagam. concedidos 444.253 - Outros e prov. e ganhos financ. - 3Outros custos e perdas financeiros 95.399 42.542

5.821.844 911.671Resultados Financeiros (3.257.912) (171.555)

2.563.932 740.116 2.563.932 740.116

Exercícios Exercícios

Os montantes de 86.082 contos e 610.848 contos incluídos nas rubricas ganhos e perdas emempresas do grupo (1999: 38.900 contos e 164.177 contos), referem-se ao reconhecimentopelo método da equivalência patrimonial dos resultados apurados pelas subsidiárias noexercício.

Os rendimentos de títulos negociáveis incluem cerca de 237.013 contos relativos aosdividendos recebidos pelas acções da ENCE detidas pela Empresa (ver Nota 17).

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Nota 46 - Demonstração dos Resultados Extraordinários

Os resultados extraordinários para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2000 e de1999 têm a seguinte composição:

Custos e Perdas 2000 1999 Proveitos e Ganhos 2000 1999

Donativos 32.993 9.114 Ganhos em existências 81.591 54.282Perdas em existências 472.601 43.142 Ganhos em imobilizações 114.463 3.248Perdas em imobilizações (Nota 10) 2.589.919 3.074 Redução de provisões - -Correcções relativas a exercícios anteriores 60.504 68.302 Correcções relativas a exercícios anteriores 180.969 22.442Amort. do exerc. de bens subsidiados (Nota 10) 563.980 388.372 Outros e prov. e ganh. Extraordinários 7.040.418 586.080Outros custos e perdas extraordinárias 6.214.522 2.131.865

9.934.519 2.643.869Resultados extraordinários (2.517.078) (1.977.817)

7.417.441 666.052 7.417.441 666.052

Exercícios Exercícios

Em 31 de Dezembro de 1999 os outros proveitos extraordinários correspondiamprincipalmente, ao reconhecimento em resultados da parcela dos subsídios ao investimentotransferida da rubrica de proveitos diferidos, em conformidade com o procedimento descritona Nota 3 l) (ver Nota 51) e que tinha contrapartida no montante das amortizações incluídonos custos extraordinários. Assim, os resultados extraordinários apurados em 1999, em termoslíquidos, resultaram essencialmente das indemnizações a trabalhadores pela cessação pormútuo acordo de contratos de trabalho no montante de 2.071 milhares de contos.

Em 31 de Dezembro de 2000 a rubrica de outros proveitos e ganhos extraordinários inclui osproveitos relativos aos subsídios ao investimento que têm igualmente compensação nasamortizações incluídas nos custos extraordinários e, adicionalmente, inclui 6.325.395 contosrelativos à utilização da provisão para outros riscos e encargos (ver Nota 34) que se destinouessencialmente a cobrir os ajustamentos para efeitos do justo valor, incluídos nos custos eperdas extraordinários.

Assim, em 2000 os resultados extraordinários apurados, em termos líquidos, sãoessencialmente compostos pelas indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuoacordo de contratos de trabalho, 2.002 milhares de contos e perdas em existências de 472milhares de contos.

Nota 48 - Empréstimos

Em 31 de Dezembro de 2000 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Curto Prazo Médio e longo prazo Total

Dívidas a instituições de créditoEmissões de papel comercial - 36.999.821 36.999.821Descobertos bancários 11.295.542 - 11.295.542Financiamentos à exportação 3.538.713 - 3.538.713Empréstimos em USD - 3.504.886 3.504.886Empréstimos em PTE 358.110 324.330 682.440Empréstimos do Fundo EFTA 276.600 291.800 568.400

15.468.965 41.120.837 56.589.802

Papel comercial

A dívida a instituições de crédito registada a médio e longo prazo inclui financiamentos nomontante de 36.999.821 contos referentes à emissão de vários Programas de Papel Comercialpor oferta privada e com garantia de subscrição, tendo um dos Programas no montante de5.000.000 contos sido redenominado para um valor equivalente de 24.939.000 euros. A

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Administração da Empresa não prevê que estes empréstimos venham a ser reembolsados noprazo de um ano. Estes empréstimos vencem juros antecipados e em 2000 as taxas de juroanuais variaram entre 3,61% e 5,50%.

Descobertos Bancários

Os descobertos bancários correspondem a contas correntes caucionadas que vencem juros ataxas correntes de mercado.

Financiamento à exportação

O valor em dívida relativo a financiamentos à exportação de curto prazo correspondeessencialmente a empréstimos em dólares americanos (USD), ienes japoneses (JPY), francossuíços (CHF) e libras esterlinas (GBP), vencendo juros a taxas correntes de mercado paraestas divisas.

Empréstimo em USD

Em 31 de Dezembro de 2000 o empréstimo em dólares americanos (USD) registado a médioe longo prazo corresponde ao contravalor de 16.218.495 USD. Este empréstimo não tem datade reembolso definida e vence juros a taxas anuais que variaram entre 5,76% e 6,89%. AAdministração não prevê que este empréstimo venha a ser reembolsado no prazo de um ano.

Empréstimos em PTE

Os empréstimos correspondem (i) a dois empréstimos registados a curto prazo no valor de125.000 contos cada, concedidos pelo Banco Europeu de Investimentos (BEI) e que vencemjuros a taxas anuais de 4,31% e 4,54% e (ii) a um empréstimo obtido no âmbito do PEDIP quese encontra registado a curto prazo pelo montante de 108.110 contos e a médio e longo prazopelo montante de 324.330 contos, que será reembolsado anualmente em prestações iguais noperíodo compreendido entre 2001 e 2004 e, não vence juros.

Empréstimo do Fundo EFTA

Adicionalmente, as dívidas a instituições de crédito de médio e longo prazo, incluem doisempréstimos contraídos em 1997 junto do Fundo EFTA para o Desenvolvimento Industrial dePortugal, pela Portucel, destinados à modernização e racionalização de instalações e aodesenvolvimento de projectos específicos no âmbito da sua actividade. Estes empréstimos nomontante de 500 milhares de contos e de 400 milhares de contos, foram subscritos em 19 deAgosto de 1997 e em 26 de Novembro de 1997, respectivamente e vencem juros semestrais epostecipados indexados à Taxa Base Anual. O empréstimo de 500 milhares de contos seráreembolsado em seis prestações semestrais e sucessivas, tendo-se vencido a primeira em 19de Fevereiro de 2000. O empréstimo de 400 milhares de contos será reembolsado em seteprestações semestrais e sucessivas tendo-se vencido a primeira em 26 de Novembro de 1999.

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Nota 49 - Outros Devedores e Credores

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999, estas rubricas tinham a seguinte composição:

2000 1999 2000 1999

Empresas do grupo e associadas (Nota 16) 2.303.107 9.674 159.543 105.576Pessoal (Nota 25) 62.336 25.388 159.711 64.150Subsídios ao investimento (Nota 51) - - 431.908 431.908Credores por subscriçoes não liberadas - - 72.000 2.484.487Outros 318.819 182.695 115.210 53.377

2.684.262 217.757 938.372 3.139.498Provisão para outros devedores (Nota 34) (6.435) (6.435) - -

2.677.827 211.322 938.372 3.139.498

Saldo devedor Saldo credor

Em 31 de Dezembro de 1999 o saldo da rubrica credores por subscrições não liberadas eraconstituído pelo valor por realizar do capital social da CPK no montante de 2.412.487 contos(ver Notas 10 e 16 a)).

Em 31 de Dezembro de 2000 o saldo a receber de empresas do grupo e associadas inclui ovalor em dívida pela Portucel Tejo na sequência da venda da participação na CPK (ver Nota10).

Nota 50 - Acréscimos e Diferimentos

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 os saldos destas rubricas apresentavam a seguintecomposição:

2000 1999Acréscimos de Proveitos:

Subsídios à produção de energia a receber - 28.968Correcção de preços em venda - 1.335Juros a receber 3.146 1.973Indemnização por sinistro 136.754 188.867Outros 11.240 20.315

151.140 241.458Custos Diferidos:

Fundo de pensões (Nota 3 I e 31 a) 1.080.971 1.465.945Grandes reparações (Nota 3 b) 1.063.987 -Impostos diferidos activos (Nota 6) 606.371 -Juros suportados papel comercial (Nota 48) 495.562 160.207Custos com formação em curso - 100.000Outros 94.165 6.905

3.341.056 1.733.057Acréscimos de Custos:

Impostos diferidos passivos (Nota 6) 3.118.815 1.540.785Encargos com férias, subsídios de férias e prémios 836.906 605.054Pensões de pré-reforma (Nota 3 j)) 48.684 101.418Juros a liquidar 133.407 18.229Fretes marítimos e terrestres 177.833 89.989Descontos de vendas 228.070 4.890Outros 75.339 205.832

4.619.054 2.566.197Proveitos Diferidos:

Subsídios ao investimento:Programa Estratégico de Dinamização e

Modernização da Indústria Portuguesa (Nota 51) 1.273.931 1.518.909Outros 1.726.321 230.590

3.000.252 1.749.499

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As grandes reparações são constituídas essencialmente por custos fixos, associados aosperíodos de paragem dos Centros Fabris de Setúbal e de Cacia que ocorreram durante osegundo trimestre de 2000, diferidos para imputação à demonstração de resultados ao longodo período (em média dezoito meses) que medeia cada uma das paragens programadas (verNota 3 b)).

Nota 51 - Subsídios ao Investimento

No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 1995 foi atribuído à Portucel umsubsídio no âmbito do Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da IndústriaPortuguesa (PEDIP II). Este subsídio revestindo a forma de subsídio reembolsável e desubsídio a fundo perdido, destinou-se à aplicação na execução de um projecto de investimentono montante global de 17 milhões de contos a realizar no período de 1994 a 1997.

O subsídio atribuído à Empresa, no montante de 5.111.316 contos, reparte-se da seguinteforma:

Subsídio reembolsável ao investimento 2.296.703Subsídio a fundo perdido 2.814.613

5.111.316

Relativamente ao subsídio reembolsável, a Empresa registou o montante recebido até 31 deDezembro de 2000 (100% do subsídio) no montante de 2.296.703 contos, deduzido daprimeira prestação vencida e paga em 1997, no montante de 22.967 contos, e das prestaçõesvencidas e pagas em 1998, 1999 e 2000, no montante de 1.166.534 contos. Este subsídio nãovence juros e será reembolsável em 10 prestações semestrais, vencendo-se a oitava em Maiode 2001. Desta forma 431.908 contos estão classificados em contas a pagar a curto prazo (verNota 49) e 675.295 contos estão classificados em contas a pagar a médio e longo prazo.

Relativamente aos subsídios a fundo perdido, a Empresa tem registado em balanço omontante recebido na rubrica de proveitos diferidos (ver Notas 3 l) e 50).

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Nota 52 - Demonstração dos Resultados por Funções

a) Reconciliação da rubrica de resultados extraordinários evidenciada na demonstraçãodos resultados por naturezas e na demonstração dos resultados por funções

A demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com oestabelecido pela Directriz Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultadosextraordinários diferente do definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para apreparação da demonstração dos resultados por naturezas. Assim, em 31 de Dezembro de2000, parte do valor dos custos e perdas extraordinários no montante de 7.932.759 contos, queexclui o montante de 2.001.760 contos relativo a indemnizações pagas, e os proveitos eganhos extraordinários no montante de 7.417.441 contos apresentados na demonstração dosresultados por naturezas (ver Nota 46), foram reclassificados, para as rubricas de resultadosoperacionais. Em 31 de Dezembro de 1999, parte do valor dos custos e perdas extraordináriosno montante de 572.825, que exclui o montante de 2.071.044 contos relativa a indemnizaçõespagas, e proveitos e ganhos extraordinários no montante de 666.052 contos apresentados nademonstração de resultados por naturezas (ver Nota 46), foram reclassificados para asrubricas de resultados operacionais. Estas reclassificações proporcionam as seguintesdiferenças nas diversas naturezas de resultados:

Pornaturezas Reclassificação Por funções Por naturezas Reclassificação Por funções

Resultados operacionais 29.685.473 (515.318) 29.170.155 7.431.400 93.227 7.524.627Resultados financeiros (3.257.912) - (3.257.912) (171.555) - (171.555)Resultados correntes 26.427.561 (515.318) 25.912.243 7.259.845 93.227 7.353.072Resultados extraordinários (2.517.078) 515.318 (2.001.760) (1.977.817) (93.227) (2.071.044)Resultados líquido do exercício 15.484.918 - 15.484.918 3.259.450 - 3.259.450

Demonstração dos resultados em 1999Demonstração dos resultados em 2000

b) Custo das vendas e das prestações de serviços

Mercadorias

Produtos acabados e intermédios

Subprodutos, desp., resíduos e

refugosPrestações de

serviços Total

Existências iniciais 5.113 5.802.931 488.748 - 6.296.792Compras/entradas provenientes da produção 1.100.557 122.408.674 237 2.634.470 126.143.938Regularização de existências - 368.801 - - 368.801Saídas para a produção e imobilizado - (57.061.468) - - (57.061.468)Existências finais (5.113) (5.068.546) (178.447) - (5.252.106)

Custo das vendas 1.100.557 66.450.392 310.538 2.634.470 70.495.957

Nota 53 - Conversão para Euros

Para efeitos informativos apresentam-se denominadas em Euros as principais rubricas dobalanço e da demonstração de resultados:

Milhares deEscudos Euros

Milhares deEscudos Euros

Total do activo líquido 233.502.362 1.164.704.871 144.928.753 722.901.572Total do passivo 112.513.647 561.215.705 37.388.187 186.491.491Capital próprio 120.988.715 603.489.166 107.540.566 536.410.082Volume de negócios 107.272.407 535.072.510 61.785.455 308.184.550Resultados operacionais 29.685.473 148.070.515 7.431.400 37.067.667Resultados financeiros (3.257.912) (16.250.397) (171.555) (855.713)Resultados correntes 26.427.561 131.820.119 7.259.845 36.211.954Resultados antes de impostos 23.910.483 119.264.986 5.282.028 26.346.645Resultado líquido do exercício 15.484.918 77.238.445 3.259.450 16.258.068

2000 1999

A taxa de conversão utilizada foi de 200$482 por cada Euro.

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Nota 54 - Eventos Subsequentes

Em reunião do Conselho de Administração da Empresa realizada em Janeiro de 2001 foidecidido proceder à convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária de Accionistas comvista a deliberar sobre uma proposta de aumento de capital da sociedade de 435.000.000 eurospara 1.100 000.000 euros através de emissão de 665.000.000 novas acções. Este aumento decapital proporcionará à Empresa, conjuntamente com o financiamento sobre a forma de PapelComercial em contratação (ver Nota 16), os fundos necessários à aquisição de participaçõesna Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A.

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5.1.2 Demonstrações Financeiras Consolidadas da Portucel – Empresa Produtora dePasta e Papel, S.A.

Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2000, 1999, 1998 e em 30 de Junho de 2001

e 2000

Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SABalanço

ACTIVO Notas Activo brutoAmortizações e

provisõesActivo líquido 1999 1998 30-06-2001 30-06-2000

(em contos) (em contos) (em contos) (em contos) (em contos) (em milhares de euros) (em milhares de euros)

IMOBILIZADOImobilizações Incorpóreas

Despesas de Instalação 471.958 (285.239) 186.719 - 1.099 8.806 1.193Despesas de Investigação e Desnvolvimento 5.717.303 (2.426.642) 3.290.661 899.128 1.218.874 15.780 11.543Propriedade industrial e outros direitos 9.845 (9.163) 682 703 762 446 3Trespasses - - - - - 546.392 -Imobilizações em Curso 353.355 - 353.355 892.685 333.117 4.957 5.778Adiantamentos por conta de imobilizações incorpóreas - - - - - 30 -

27 6.552.461 (2.721.044) 3.831.417 1.792.516 1.553.852 576.411 18.517Imobilizações Corpóreas

Terrenos e recursos naturais 19.777.617 - 19.777.617 16.890.668 17.049.066 134.684 98.641Edifícios e Outras Construções 27.724.285 (9.079.494) 18.644.791 9.121.619 9.235.312 235.891 95.385Equipamento Básico 160.051.925 (69.829.521) 90.222.404 58.242.710 61.602.496 716.448 457.194Equipamento de Transporte 1.980.451 (1.336.648) 643.803 539.024 722.396 12.123 3.393Ferramentas e Utensílios 680.816 (400.403) 280.413 16.036 23.511 444 1.833Equipamento Administrativo 3.642.727 (2.233.377) 1.409.350 728.369 492.595 6.006 4.210Taras e Vasilhame 32.646 (11.314) 21.332 24.078 26.823 100 118Outras Imobilizações Corpóreas 313.895 (191.824) 122.071 21.874 41.897 4.392 96Imobilizações em Curso 6.012.784 - 6.012.784 1.705.516 3.571.933 59.548 48.546Adiantamentos por conta de Imob. Corpóreas 65.813 - 65.813 112.278 113.663 2.755 883

27 220.282.959 (83.082.581) 137.200.378 87.402.172 92.879.692 1.172.391 710.299Investimentos Financeiros

Partes de Capital em Empresas do Grupo 277.998 - 277.998 224.652 160.720 1.601 1.961Empréstimos a Empresas do Grupo 18.500 - 18.500 18.500 - 92 92Partes de Capital em Empresas Participadas 191.728 - 191.728 194.426 174.990 932 981Empréstimos a Empresas associadas 90.523 - 90.523 90.523 109.024 452 452Títulos e Outras Aplicações Financeiras 338.683 - 338.683 333.056 333.056 3.371 1.689Adiantamentos por conta de investimentos financeiros 27.780.507 - 27.780.507 - - - -

27 28.697.939 - 28.697.939 861.157 777.790 6.448 5.175CIRCULANTEExistências - Médio e londo prazo

Produtos e Trabalhos em Curso 35.931.059 - 35.931.059 34.401.316 31.749.948 288.422 174.829Adiantamentos por conta de compras 829.651 - 829.651 1.696.557 - 4.138 8.462

53 36.760.710 - 36.760.710 36.097.873 31.749.948 292.560 183.291Existências - Curto prazo

Matérias Primas, Subsidiárias e de Consumo 7.013.717 - 7.013.717 5.094.463 4.611.343 74.314 41.021Produtos e Trabalhos em Curso 1.169.607 - 1.169.607 908.432 1.523.389 28.333 4.845Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 178.446 - 178.446 - - 816 704Produtos Acabados, Intermédios e Subprodutos 5.096.139 - 5.096.139 1.361.656 4.469.265 55.781 17.107Mercadorias 21.702 - 21.702 4.600 1.073.032 217 163Adiantamentos por conta de compras 836.029 - 836.029 844.634 - 2.702 1.774

53 14.315.640 - 14.315.640 8.213.785 11.677.029 162.163 65.614Dívidas de Terceiros - Médio Longo Prazo

Empresas do Grupo - - - - - -Outros Devedores - - - - 40.220 - -

- - - - 40.220 - -Dívidas de Terceiros - Curto Prazo

Clientes, c/c 21.928.441 - 21.928.441 11.937.557 7.689.396 253.355 93.330Clientes - Títulos a Receber 4.125 - 4.125 - - - 21Clientes de Cobrança Duvidosa 220.549 (220.549) - - - 117 59Empresas do Grupo 55 33.521 - 33.521 3.470.450 - - -Empresas Participadas e Participantes - - - - - - -Adiantamentos a Fornecedores 53 1.458.973 - 1.458.973 1.646.135 603.995 12.298 14.158Adiantamentos a Fornecedores de Imobilizado 119.398 - 119.398 - - - -Estado e Outros Entes Públicos 54 2.182.240 - 2.182.240 1.410.145 1.796.482 30.523 13.185Outros Devedores 56 3.372.618 (6.435) 3.366.183 669.743 455.591 13.791 8.173

29.319.865 (226.984) 29.092.881 19.134.030 10.545.464 310.084 128.926Títulos Negociáveis

Outros Títulos Negociáveis 3.677.446 - 3.677.446 3.677.446 3.679.358 18.289 18.343Outras Aplicações de Tesouraria 331.208 - 331.208 2.355.274 135.022 - 2.768

59 4.008.654 - 4.008.654 6.032.720 3.814.380 18.289 21.111Depósitos Bancários e Caixa

Depósitos Bancários 2.238.969 - 2.238.969 902.664 447.629 45.643 5.507Caixa 4.604 - 4.604 3.200 3.600 54 49

59 2.243.573 - 2.243.573 905.864 451.229 45.697 5.556

2000

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2000, 1999, 1998 e em 30 de Junho de 2001e 2000

Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SABalanço

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2000 1999 1998 30-06-2001 30-06-2000(em contos) (em contos) (em contos) (em milhares de euros) (em milhares de euros)

CAPITALCapital 87.209.670 87.000.000 87.000.000 435.000 433.954Acções Próprias - Valor nominal - - - (61) -Acções Próprias - Descontos e prémios - - - 7 -Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas (85.406) (82.438) (113.587) (411) (411)Reservas de Reavaliação 7.708.596 7.708.596 7.708.596 38.450 38.450Reserva legal 1.319.681 1.364.877 1.321.836 10.457 7.628Reservas estatutárias 3.029.786 1.455.808 2.189.905 22.450 15.113Outras reservas (511.301) - - (2.522) -Resultados Transitados 6.830.181 6.832.536 7.216.211 86.868 34.073Resultado Líquido do Exercício 15.484.918 3.259.450 829.898 55.699 36.985

Total Capital Próprio 51 120.986.125 107.538.829 106.152.859 645.937 565.792

Interesses Minoritários 52 15.976.022 16.177.299 16.294.038 78.326 80.087

Provisão para Outros Riscos e EncargosOutras Provisões para Riscos e Encargos 46 1.427.309 - - 6.547 24.963

1.427.309 - - 6.547 24.963

Dívidas a Terceiros - Médio Longo PrazoEmpréstimos por obrigações não convertíveis - - 2.500.000 - -Dívidas a Instituições de Crédito 50 41.120.837 19.441.298 591.050 334.667 207.502Fornecedores de Imobilizado 2.915.682 - - 15.080 18.555Outros Credores 58 675.295 1.107.202 1.079.769 - 4.446

44.711.814 20.548.500 4.170.819 349.747 230.503Dívidas a Terceiros - Curto Prazo

Empréstimos por obrigações - não convertíveis 50 - 2.500.000 13.755.000 - -Dívidas a Instituições de Crédito 50 15.946.377 397.499 114.431 755.356 78.037Adiantamentos por conta de vendas 130.277 - - 56 1Fornecedores c/c 7.687.561 5.173.572 5.233.686 88.717 35.808Fornecedores Facturas em Recpção e Conferência 1.479.919 1.897.329 633.211 34.850 21.264Empresas do grupo 55 35.463.129 - 2.116.934 44.190 55.322Outros Accionistas - - - 2 -Fornecedores de Imobilizado c/c 1.890.340 700.959 1.182.073 18.046 7.968Estado e Outros Entes Públicos 54 5.863.473 2.312.420 440.644 35.843 20.298Outros Credores 56 956.394 762.776 782.808 476.540 28.449

69.417.470 13.744.555 24.258.787 1.453.600 247.147Acréscimos e Diferimentos

Acréscimos de Custos 57 4.931.354 2.827.037 2.361.206 49.940 27.086Proveitos Diferidos 57 3.033.423 1.792.788 1.658.803 17.952 15.874

7.964.777 4.619.825 4.020.009 67.892 42.960

Total do Passivo 123.521.370 38.912.880 32.449.615 1.877.786 545.573

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 260.483.517 162.629.008 154.896.512 2.602.049 1.191.452

As Notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Demonstração dos Resultados Consolidados por Naturezas para os exercícios findos em31 de Dezembro de 2000, 1999, 1998 e em 30 de Junho de 2001 e 2000

Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SADemonstração de Resultados

CUSTOS E PERDAS Notas

Custos das Mercadorias Vendidas e Mat. Consumida 43.908.736 29.371.618 27.590.669 212.723 111.057Fornecimentos e Serviços Externos 14.599.944 10.784.993 12.730.627 100.866 31.489Custos com o Pessoal

Remunerações 7.314.735 4.946.993 5.016.100 35.302 16.315Encargos Sociais:

Pensões 570.506 (551.123) (405.524) 8.095 1.598Outros 2.610.219 10.495.460 1.986.018 6.381.888 2.435.439 7.046.015 11.526 54.923 7.527 25.440

Amortizações do Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo 27 13.761.308 8.521.632 8.654.913 71.413 30.341Provisões 26.977 13.788.285 - 8.521.632 - 8.654.913 1.180 72.593 20 30.361Impostos 77.942 79.988 82.319 1.377 236Outros Custos Operacionais 58.386 136.328 51.095 131.083 67.825 150.144 2.302 3.679 224 460

(A) 82.928.753 55.191.214 56.172.368 444.784 198.807Perdas em empresas do grupo e associadas 234.825 - - 24 -Amortizações e Provisões de aplicações e invest. fin. - - - - -Juros e Custos Similares

Relativos a empresas do grupo 564.564 103.906 216.642 3.278 480Outros 44 5.146.833 5.946.222 913.284 1.017.190 1.162.792 1.379.434 28.281 31.583 10.375 10.855

(C) 88.874.975 56.208.404 57.551.802 476.367 209.662Custos e Perdas Extraordinárias 45 10.781.611 2.991.729 568.407 11.096 6.180

(E) 99.656.586 59.200.133 58.120.209 487.463 215.842Imposto sobre o Rendimento do Exercício 38 8.119.159 2.054.844 82.963 28.810 13.625

(G) 107.775.745 61.254.977 58.203.172 516.273 229.467Resultado Líquido do Exercício - do grupo 15.484.918 3.259.450 829.898 55.699 36.985Resultado Líquido do Exercício - minoritários (199.303) 15.285.615 (109.451) 3.149.999 41.913 871.811 (1.361) 54.338 (602) 36.383

123.061.360 64.404.976 59.074.983 570.611 265.850

PROVEITOS E GANHOS Notas

Vendas 36 106.997.960 62.248.920 51.057.239 519.310 251.384Prestação de Serviços 36 1.428.275 108.426.235 193.994 62.442.914 105.056 51.162.295 10.107 529.417 2.693 254.077

Variação da Produção 3.650.882 (930.034) 4.171.613 21.565 2.665Trabalhos para a Própria Empresa 249.367 165.708 585.453 413 234Proveitos Suplementares 36 468.149 884.285 864.365 1.018 1.754Subsídios à Exploração 271.430 447.105 518.667 385 11Outros Proveitos Operacionais - 4.639.828 - 567.064 - 6.140.098 866 24.247 - 4.664

(B) 113.066.063 63.009.978 57.302.393 553.664 258.741Ganhos em empresas do grupo e associadas 20.266 19.627 463 - -Rendimentos de Títulos Negociáveis e Outras Aplic. 247.943 130.293 11.289 3.820 563Outros Juros e Proveitos Similares

Relativos a empresas do grupo 6.182 78.796 248.606 17 9Outros 44 1.839.009 2.113.400 427.541 656.257 446.982 707.340 8.036 11.873 2.713 3.285

(D) 115.179.463 63.666.235 58.009.733 565.537 262.026Proveitos e Ganhos Extraordinários 45 7.881.897 738.741 1.065.250 5.074 3.824

(F) 123.061.360 64.404.976 59.074.983 570.611 265.850

Resultados Operacionais (B) - (A) 30.137.310 7.818.764 1.130.025 108.880 59.934Resultados Financeiros (D - B) - (C - A) (3.832.822) (360.933) (672.094) (19.710) (7.570)Resultados Correntes (D) - (C) 26.304.488 7.457.831 457.931 89.170 52.364Resultados Antes de Impostos (F) - (E) 23.404.774 5.204.843 954.774 83.148 50.008Resultado Consolidado com interesses minoritários (F) - (G) 15.285.615 3.149.999 871.811 54.338 36.383Resultado Líquido do Exercício após interesses minoritários 15.484.918 3.259.450 829.898 55.699 36.985

2000 1999

2000 1999

1998

1998

30-06-2001 30-06-2000

30-06-2001 30-06-2000

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Demonstração dos Resultados Consolidados por Funções para os exercícios findos em 31de Dezembro de 2000, 1999 e 1998

(Montantes expressos em milhares de escudos)

Notas 2000 1999 1998Vendas e presações de serviços 108.426.235 62.442.914 51.162.295Custo das Vendas e das prestações de serviços 60 (70.376.212) (51.012.078) (46.460.015)

Resultados Brutos 38.050.023 11.430.836 4.702.280

Outros proveitos e ganhos operacionais 949.397 527.316 1.069.824Custos de distribuição (3.392.091) (2.091.686) (1.677.817)Custos administrativos (4.479.528) (2.275.508) (2.456.549)Outros custos e perdas operacionais (1.755.107) 210.952 (530.394)

Resultados Operacionais 60 29.372.694 7.801.910 1.107.344

Custo líquido de financiamento (3.620.267) (429.003) (704.800)Ganhos (perdas) em filiais e associadas (214.559) 19.628 462Ganhos (perdas) em outros investimentos 2.004 48.442 32.244Ganhos (perdas) não usuais 20.231 37.894 529.551

Resultados Correntes 60 25.560.103 7.478.871 964.801

Impostos sobre os resultados correntes (8.917.534) (2.812.075) (81.723)

Resultados Correntes após impostos 16.642.569 4.666.796 883.078

Resultados extraordinários 60 (2.155.329) (2.274.028) (10.027)Impostos sobre os resultados extraordinários 798.375 757.231 -1.240

Resultados Líquidos 15.285.615 3.149.999 871.811

Interesses minoritários 199.303 109.451 (41.913)

Resultados Líquidos - Grupo 15.484.918 3.259.450 829.898

Resultados por Acção * 0,178 0,037 0,010

* O número de acções utilizado para o cálculo dos resultados por acção relativamente ao exercício de 1999 e de 2000 foi de 87 000 000 (ver Nota 51)

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras relativas ao primeiro semestre de 2001(Montantes expressos em milhares de euros)

Nota Introdutória

A Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA, designação desde Dezembro de 2000da anterior Portucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, SA (adiante designada porEmpresa ou Portucel) é uma sociedade anónima constituída em 31 de Maio de 1993, aoabrigo do Decreto-Lei nº 39/93 de 13 de Fevereiro, como resultado do processo dereestruturação da Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SA (adiante designadapor Portucel, SA) e de que resultou, também, a Portucel – Empresa de Celulose e Papel dePortugal, SGPS, SA (adiante designada por Portucel SGPS). A actividade principal daEmpresa e das suas subsidiárias (adiante designadas por Grupo Portucel ou Grupo ediscriminadas nas Notas 1, 2 e 3) consiste na produção e comercialização de pastascelulósicas, papel e seus derivados ou afins, na aquisição de madeiras e produção florestal eagrícola, no corte das florestas e transporte de madeiras das florestas para os centros fabris ena produção e comercialização de energia eléctrica e energia térmica.

A Portucel é uma Sociedade aberta onde o Estado é accionista maioritário por intermédio daPapercel – Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA. Em Maio de 2001 o Estado anunciou omodelo aprovado para a segunda fase de reprivatização de uma parcela, que em duas tranchespode atingir 40%, do capital da Empresa (ver Nota 60).

Na sequência da operação de aquisição da Papéis Inapa, SA e subsidiárias ocorrida nodecurso do primeiro semestre de 2000, formalizou-se em 4 de Dezembro de 2000 a fusão porincorporação da sociedade Papéis Inapa, SA na sociedade Portucel – Empresa Produtora dePasta e Papel, SA, mediante a transferência global do património da sociedade incorporadapara a sociedade incorporante. Para efeitos contabilísticos esta operação de fusão teve efeitosretroactivos a 1 de Janeiro de 2000. A Papéis Inapa, SA, empresa que tinha como actividadeprincipal a produção de papel, foi adquirida por um valor de aquisição de 106 536 milhares deeuros, valor superior em 2 550 milhares de euros ao montante dos capitais próprios ajustadosda Papéis Inapa, SA em 1 de Janeiro de 2000.

Em 30 de Junho de 2001, em resultado do processo de aquisição do capital social da Soporcel- Sociedade Portuguesa de Papel, SA (adiante designada por Soporcel) iniciado em Dezembrode 2000 e concluído no primeiro semestre de 2001, a Empresa detém 100% do capital socialdaquela sociedade, passando a mesma a fazer parte do perímetro de consolidação da Portucel(ver Nota 10).

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial deContabilidade (POC) para a apresentação de demonstrações financeiras consolidadas. Asnotas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis ao Grupo Portucelou a sua apresentação não é relevante para a apreciação das demonstrações financeirasconsolidadas anexas.

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Nota 1 – Empresas Incluídas na Consolidação

Na sequência da aquisição da Soporcel, as empresas incluídas na consolidação, em 30 deJunho de 2001, foram as seguintes:

Percentagem docapital detido 30 de Junho de

Denominação social Sede Directa Indirecta 2001 2000

Produção de Pasta de Celulose e PapelPortucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA Setúbal � �

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA Figueira da Foz 100% - � -CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA Lisboa 100% - - �

Comercialização de Pasta e PapelTecnipapel – Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda Setúbal 100% - � �

Inapa (UK), Ltd Reino Unido 100% - � �

Inapa España, SA Espanha 100% - � �

Soporcel España, SA Espanha - 100% � -Soporcel International, BV Holanda - 100% � -Soporcel France, EURL França - 100% � -Soporcel United Kingdom, Ltd Reino Unido - 100% � -Soporcel Italia, SRL Itália - 100% � -Soporcel 2000 - Serviços Comerciais de Papel, Soc. Unipessoal, Lda Figueira da Foz - 100% � -

Agro - FlorestalPortucel Florestal – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 60% - � �

Celpinus – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 60% - � �

Lazer e Floresta – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário e Turístico, SA Lisboa 60% - � �

Aliança Florestal – Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 50% 50% � �

Arboser – Serviços Agro-Industriais, SA Palmela 50% 30% � �

Emporsil - Empresa Portuguesa de Sivicultura, Lda Lisboa - 100% � -Empresil - Empreendimentos Silvícolas, Lda Lisboa - 100% � -Sociedade de Vinhos da Herdade de Espirra - Produção e comercialização de Vinhos, SA Lisboa - 60% � -

Cogeração energéticaSPCG – Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA Setúbal 100% - � �

Enerpulp – Cogeração Energética de Pasta, SA Lisboa 100% - � �

OutrosSagitta Trading, SA Lisboa 100% - � �

Setipel – Serviços Técnicos para a Indústria Papeleira, SA Lisboa 100% - � �

Gespapel – Gestão e Serviços Técnicos Especializados, Lda Lisboa 100% - � �

Empremédia - Corretores de Seguros, Lda Lisboa - 100% � -

Consolidação

Empresa-mãe

As empresas acima referidas foram consolidadas pelo método da consolidação integral combase no estabelecido na alínea a) do nº 1 do artigo 1º do Decreto-Lei nº 238/91 de 2 de Julho.

A inclusão na consolidação da Emporsil – Empresa Portuguesa de Silvicultura, Lda, Empresil– Empreendimentos Silvícolas, Lda, Empremédia – Correctores de Seguros, Lda e dasrestantes empresas que incluem o termo Soporcel na sua designação, resultam da aquisição daSoporcel (ver Nota Introdutória).

Por referência a 31 de Dezembro de 2000 a Empresa alienou a uma outra entidade douniverso do Grupo Portucel SGPS, pelo valor de 10 974 milhares de euros, a participação quedetinha no capital da CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA (adiante designadapor CPK).

Em consequência do processo de aquisição da Soporcel, o capital social da Aliança Florestal -Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, SA passou a ser detido na totalidade pelogrupo, pelo que passou a ser consolidada pelo método integral, quando em 2000 foiconsolidada pelo método proporcional.

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Nota 2 – Empresas Excluídas da Consolidação

As empresas excluídas da consolidação, suas sedes sociais e a proporção do capital detido em30 de Junho de 2001, são as seguintes:

Denominação social Sede Directa Indirecta Total

Portucel International Trading, SA Luxemburgo 80% - 80%

Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e Sacos de Papel, Lda Lisboa 100% - 100%

Portucel Brasil Brasil 99% - 99%

Percentagem do capital detido

Estas empresas não foram consolidadas pelo método da integração global por seremmaterialmente irrelevantes para a apresentação de uma imagem fiel e verdadeira da situaçãofinanceira e resultados das operações do Grupo (nº 1 do Artigo 4º do Decreto-Lei nº 238/91,de 2 de Julho). Estas participações encontram-se registadas na rubrica partes de capital emempresas do grupo, pelo método da equivalência patrimonial.

Nota 3 – Empresas Associadas

As Empresas associadas ao Grupo, suas respectivas sedes e a proporção do capital detido em2001 são como segue:

Empresa SedePercentagem do Capital detido

Controlled Sport (Portugal) – Turismo, Cinergética e Agricultura, SA Castelo Branco 41,16%

Iberpulp, SA Luxemburgo 50%

Estas empresas encontram-se apresentadas na consolidação pelo método da equivalênciapatrimonial, com base no estipulado no nº 13.6 das normas de consolidação de contasestabelecidas pelo Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho.

Nota 7 – Número Médio de Pessoal

Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2001, o número médio de pessoas ao serviço doGrupo foi o seguinte:

30 de JunhoEmpresa de 2001

Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA 1 270Soporcel e suas subsidiárias 1 000Portucel Florestal – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA 60SPCG – Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA 18Arboser – Serviços Agro-Industriais, SA 42Gespapel – Gestão e Serviços Técnicos Especializados, Lda 2Lazer e Floresta – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal 1Inapa España, SA 6Inapa (UK), Ltd 5Aliança Florestal – Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, SA 138

2 542

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Nota 10 – Diferenças de Consolidação

Em Dezembro de 2000 a Empresa adquiriu à Arjo Wiggins Appleton, p.l.c. a participação de40% que esta empresa detinha no capital social da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel,SA pelo valor global de 461 895 milhares de euros. Nos termos deste contrato a entidadevendedora teve direito aos dividendos relativos ao exercício de 2000 no montante de 12 830milhares de euros. A concretização desta operação ficou sujeita à autorização da DirecçãoGeral do Comércio e da Concorrência, obtida no decurso do primeiro trimestre de 2001.

Em Dezembro de 2000, foi ainda celebrado um contrato promessa de compra e venda com aPapercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA (ver Nota 51) para a aquisição daparticipação de 40% detida por esta entidade no capital social da Soporcel, pelo mesmo valore com as mesmas condições do contrato realizado com a Arjo Wiggins Appleton, p.l.c. acimareferido. O respectivo contrato de compra e venda foi formalizado em 2001.

No contexto das operações referidas acima e em condições e pressupostos rigorosamenteidênticos, foi ainda em Dezembro de 2000 feito o anúncio preliminar da Oferta Pública deAquisição (OPA), global e obrigatória, sobre o restante capital social da Soporcel que previadesde logo, a aquisição potestativa das acções remanescentes, caso a OPA garantisse mais de90% dos direitos de voto. A OPA foi concluída em Maio de 2001 e executada a aquisiçãopotestativa de 0,6% do capital, passando a Portucel a deter 100% do capital social daSoporcel.

O custo de aquisição dos 100% do capital social da Soporcel foi de 1 154 842 milhares deeuros.

Por forma a financiar estas operações a Portucel negociou com diversas instituiçõesfinanceiras a contratação de financiamentos no montante de 630 000 milhares de euros naforma de Papel Comercial e a Assembleia Geral da Empresa de 2 de Julho de 2001 aprovouuma proposta para a realização de um aumento de capital de cerca de 332 500 milhares deeuros (ver Nota 51).

Em consequência do referido acima, as diferenças de consolidação apuradas correspondem aodiferencial verificado entre o custo de aquisição da participação de 100% do capital social daSoporcel e os correspondentes capitais próprios à data de referência da primeira consolidaçãoreportada a 1 de Janeiro de 2001. O apuramento definitivo da diferença de consolidaçãoencontra-se pendente da determinação final dos ajustamentos devidos pelo efeito daatribuição do justo valor a alguns activos da Soporcel, bem como o correspondente período deamortização.

O valor provisório da diferença de consolidação, que tudo indica venha a ser reduzido emconsequência dos ajustamentos em fase de apuramento final referidos no parágrafo anterior,foi apurado da seguinte forma:

Valor de aquisição da totalidade do capital 1 154 842

Capital próprio da Soporcel em 31/12/2000 líquido dos dividendos pagos ( 618 943)

Ajustamentos ao capital próprio da Soporcel por harmonização de políticas contabilísticas 10 493

546 392

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Nota 15 – Consostência na Aplicação dos Critérios Valorimétricos

São consistentes os principais critérios de valorimetria seguidos pelas empresas do Grupoincluídas na consolidação, descritos na Nota 23.

Nota 18 – Critérios de Contabilização das Participações em Associadas

As participações em empresas associadas encontram-se registadas pelo método daequivalência patrimonial tendo sido inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição. Estefoi acrescido ou reduzido da diferença para o valor correspondente à proporção dos capitaispróprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do métododa equivalência patrimonial. Esta diferença foi registada por contrapartida da rubrica deajustamentos de partes de capital em filiais e associadas no capital próprio.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras sãoajustadas no período pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos dasassociadas por contrapartida de ganhos ou perdas financeiras do período. Adicionalmente, osdividendos recebidos destas empresas são registados como uma redução no saldo da rubricade investimentos financeiros.

Nota 21 – Compromissos Financeiros Assumidos

Complemento de pensões de reforma e de sobrevivência

Presentemente, coexistem diversos planos de complemento de pensões de reforma e desobrevivência no conjunto das empresas consolidadas.

(i) Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadropermanente da Portucel e das subsidiárias, com mais de cinco anos de serviço têm direitoapós a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal depensão de reforma ou de invalidez (Plano Portucel). Esse complemento está definido deacordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal ilíquidaactualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número deanos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência aocônjuge e a descendentes directos.

Para cobrir esta responsabilidade, foi constituído um fundo de pensões autónomodenominado Fundo de Pensões Portucel, gerido por entidade externa. O Fundo relativoàs responsabilidades anteriormente assumidas pela Papéis Inapa, SA e subsidiárias,passou a integrar o Fundo de Pensões Portucel, mantendo-se em vigor até 30 de Junho de2001 as condições do anterior Plano de complemento de pensões de reforma daquelasempresas.

(ii) Os colaboradores da Soporcel e empresas suas participadas têm direito após a passagem àreforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reformaou de invalidez, e ainda, são garantidas pensões de sobrevivência (Plano Soporcel).

Para cobrir esta responsabilidade, foram constituídos fundos de pensões autónomos,geridos por entidade externa, estando os activos dos fundos repartidos por cada uma dasempresas.

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Os estudos actuariais desenvolvidos por entidades independentes, com referência a 30 deJunho de 2001 e a 30 de Junho de 2000, para efeitos de apuramento nessas datas dasresponsabilidades acumuladas tiveram por base os seguintes pressupostos:

31 de Dezembro de 2000

Portucel Soporcel Portucel

Tábua de mortalidade GRM 80 TV 73/77 GRM 80Tábua de invalidez EKV-80 EKV-80 EKV-80Taxa técnica de juro 6% 4% 6%Taxa de rendimento 6% 6% 6%Taxa de crescimento dos salários 3% 4% 3%Taxa de crescimento das pensões 2% (a) 2% 2%

30 de Junho de 2001

(a) Para os funcionários da Papéis Inapa, SA e subsidiárias integrados na Portucel a taxa de crescimento daspensões é de 0%

Em 30 de Junho de 2001 a cobertura das responsabilidades das empresas pelos activos dosFundos, era como segue:

31 deDezembro 30 de Junho

de 2000 de 2000Portucel Soporcel Portucel Portucel

Responsabilidades:Colaboradores no activo e pré-reformados 24 117 31 912 22 732 20 336 Colaboradores reformados 3 460 6 401 3 137 2 835

27 577 38 313 25 869 23 171

Valor do Fundo afecto à cobertura das responsabilidades das empresas consolidadas 30 099 32 486 32 250 29 522

Excesso/insuficiência de cobertura (Nota 57) 2 522 ( 5 827) 6 381 6 351

Percentagem de cobertura 109% 85% 125% 127%

30 de Junho de 2001

Em 31 de Dezembro de 2000 a insuficiência de cobertura relativamente ao Plano Soporcel erade 1 709 milhares de euros.

As empresas incluídas na consolidação adoptam como política contabilística parareconhecimento das suas responsabilidades por estes complementos, os critérios consagradospela Directriz Contabilística nº 19, aprovada pelo Conselho Geral da Comissão deNormalização Contabilística em 21 de Maio de 1997.

Em consequência, a variação no semestre do excesso/insuficiência de cobertura no valor dosFundos de Pensões face ao valor das responsabilidades por serviços passados apurado em 30de Junho de 2001, no montante líquido de 7 977 milhares de euros, foi registada (i) por débitona rubrica de custos com o pessoal pelo montante de 7 796 milhares de euros, (ii) por débitona rubrica de diferenças de consolidação resultante do processo de aquisição da Soporcel pelomontante de 3 032 milhares de euros correspondente a parte dos ganhos e perdas actuariais dorespectivo plano e (iii) por crédito na rubrica de caixa e bancos pela dotação, relativo ao PlanoSoporcel, efectuada no semestre, no montante de 2 851 milhares de euros, por contrapartidade um crédito na rubrica de Custos diferidos no montante de 7 977 milhares de euros.

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O valor registado no semestre a débito nas rubricas de custos com o pessoal tem a seguintecomposição:

Portucel Soporcel Total

Custo com os serviços correntes 728 1 005 1 733 Custo financeiro 774 1 316 2 090 Rendimento dos activos do plano 901 623 1 524 Ganhos e perdas actuariais 1 456 993 2 449

3 859 3 937 7 796

DR/(CR)

Nota 22 – Garantias Prestadas

Em 30 de Junho de 2001 e de 2000, o Grupo tinha assumido responsabilidades por garantiasprestadas no montante de 15 941 milhares de euros e de 18 630 milhares de euros,respectivamente, essencialmente relacionadas com subsídios obtidos para investimentos (verNota 50).

Nota 23 – Bases de Apresentação e Principais Princípios Contabilísticos e CritériosValorimétricos

Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto dacontinuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresasindicadas na Nota 1, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmenteaceites, tendo-se utilizado os procedimentos de consolidação a seguir descritos.

Procedimentos de consolidação

A consolidação das empresas referidas na Nota 1, efectuou-se pelo método de integraçãoglobal. As transacções e saldos significativos entre as empresas foram eliminados no processode consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiáriasé apresentado no balanço na rubrica interesses minoritários.

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas associadasencontram-se valorizados no balanço consolidado, pelo método da equivalência patrimonial.

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas participadasem menos de 20%, foram valorizados ao mais baixo de entre o custo de aquisição e o seuvalor estimado de realização.

Principais critérios valorimétricos

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeirasconsolidadas foram os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por despesas associadas a estudos,projectos de investigação e outros considerados relevantes para o desenvolvimento dasactividades no futuro. Estas despesas, excluindo as que se encontram em curso e as diferençasde consolidação (ver Nota 10), são amortizadas pelo método das quotas constantes ao longode um período de entre três a cinco anos.

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Pela sua reduzida expressão a diferença de aquisição apurada aquando da aquisição da PapéisInapa, SA e subsidiárias foi na sequência da operação de fusão reflectida nos capitais própriosda Empresa.

Adicionalmente, na rubrica de Propriedade industrial e outros direitos estão registadasdespesas relacionadas com a comparticipação no ramal ferroviário situado junto dasinstalações fabris da Soporcel na Figueira da Foz, que serão utilizadas em condições maisfavoráveis durante um período de 10 anos. Assim, estas despesas são amortizadas pelométodo das quotas constantes durante aquele período.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas são originalmente registadas ao custo de aquisição, reavaliado deacordo com as disposições legais. O valor de custo das imobilizações transferidas da Portucel,SA em 31 de Maio de 1993 (data de constituição das empresas Portucel Industrial e PortucelFlorestal), foi determinado com base em avaliação efectuada por entidade especializada.

As amortizações são calculadas, pelo método das quotas constantes, a partir da data da suaentrada em funcionamento ou início de utilização dos bens, utilizando de entre as taxaspermitidas pela legislação fiscal em vigor, as que permitam a reintegração do imobilizado,durante a sua vida útil estimada. As taxas de amortização utilizadas correspondem àsseguintes vidas úteis médias estimadas:

Anos médios de vida útil

Recursos naturais 14Edifícios e outras construções 12 - 40Equipamento básico 6 - 30Equipamento de transporte 5 - 18Ferramentas e utensílios 4 - 8Equipamento administrativo 4 - 8Taras e vasilhames 6Outras imobilizações corpóreas 4 - 10

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados nademonstração de resultados do período em que são incorridos. Os custos associados àsreparações programadas dos centros fabris, que ocorrem com intervalos pré-determinados, sãoimputados à demonstração dos resultados em base duodecimal ao longo do período quemedeia cada intervenção.

As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadascomo imobilizações corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos.

c) Contratos de locação financeira

Os bens adquiridos em regime de locação financeira encontram-se relevados na situaçãopatrimonial como estabelece o Decreto-Lei nº 420/93, de 28 de Fevereiro. Assim, (i) o valordos bens é registado em imobilizado corpóreo sendo depreciado em conformidade com a vidaútil esperada e (ii) a responsabilidade para com terceiros, pela parte de capital incluída nasrendas vincendas, é evidenciada no passivo.

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d) Existências

Florestas

As florestas encontram-se classificadas na rubrica produtos e trabalhos em curso,essencialmente a longo prazo, excluindo os terrenos que são classificados nas imobilizaçõescorpóreas. As florestas transferidas da Portucel, SA em 31 de Maio de 1993 (data daconstituição da Portucel Florestal), encontram-se registadas ao custo reavaliado, com base emavaliação efectuada por uma entidade especializada, deduzido do montante atribuído àmadeira cortada. O custo das florestas adquiridas ou com as plantações efectuadas apósaquela data e os custos incorridos com o desenvolvimento, conservação e manutenção dasflorestas são incluídos no valor destas. O custo da madeira é transferido para custo deprodução quando a madeira é cortada. Os cortes de madeira própria são valorizados ao custoespecífico de cada mata, atribuído a cada corte, o qual inclui os custos totais incorridos emcada mata, desde o último corte.

Outras matérias-primas, subsidiárias e de consumo e mercadorias

As outras matérias-primas, subsidiárias e de consumo e mercadorias encontram-se valorizadasao custo médio de aquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas até à suaentrada em armazém, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.

Produtos acabados e intermédios e outros produtos e trabalhos em curso

Os produtos acabados e intermédios e produtos e trabalhos em curso, que não as florestas,encontram-se valorizados ao custo médio mensal de produção acumulado, que inclui o custoda matéria-prima incorporada, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico. Como métodode valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio.

e) Provisão para depreciação de existências e para créditos de cobrança duvidosa

É constituída provisão para depreciação de existências pela diferença entre (i) o custo deprodução dos produtos acabados e intermédios (ii) o custo de aquisição das matérias primas emercadorias e o valor de realização estimado, sempre que este seja inferior aos primeiros.

A provisão para créditos de cobrança duvidosa é calculada tendo por base os riscos previstosde cobrança no final de cada período.

f) Títulos negociáveis

Os títulos negociáveis são registados ao mais baixo de entre o custo de aquisição ou oesperado valor de realização. Os juros e dividendos auferidos são reconhecidos comoproveitos no período em que ocorrem.

g) Especialização de exercícios

As Empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio daespecialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida emque são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. Asdiferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesasgeradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos, sendo apresentado na Nota57 um detalhe das mesmas.

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h) Complementos de pensões de reforma

As empresas incluídas na consolidação adoptam como política contabilística parareconhecimento das suas responsabilidades por estes complementos, os critérios consagradospela Directriz Contabilística nº 19, emanada da Comissão de Normalização Contabilística (verNota 21).

i) Encargos com pré-reformas

A Empresa e a Portucel Florestal, assumiram a responsabilidade pelo pagamento de pré-reformas, nos termos de acordos celebrados com diversos empregados, até ao momento dasua passagem à reforma pela Segurança Social. Estes pagamentos mensais correspondem,genericamente, ao salário do empregado à data da pré-reforma. O valor actual dasresponsabilidades por pagamentos futuros de pré-reformas é determinado por cálculo actuariale registado como custo do exercício em que se celebra o acordo de pré-reforma. No final decada exercício é actualizado o cálculo actuarial das responsabilidades e ajustado, através dademonstração de resultados do exercício, o saldo da rubrica acréscimos de custos – pensõesde pré-reforma.

j) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

Os encargos associados a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo decontratos de trabalho são registados, como custo extraordinário, no período em que orespectivo acordo é concluído.

k) Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizações corpóreas

Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizações corpóreasestão registados em balanço na rubrica de proveitos diferidos para posterior reconhecimentona demonstração dos resultados de cada período, proporcionalmente às amortizações dasimobilizações corpóreas subsidiadas. A parcela do subsídio reconhecido como proveito noperíodo, bem como as correspondentes amortizações, integram os resultados extraordináriosdo período.

l) Subsídios à exploração

À subsidiária Soporcel foi atribuído um incentivo fiscal traduzido pela redução à colecta doIRC dos exercícios de 1998 a 2007 de determinados montantes apurados e escalonados emfunção do esforço com investimentos industriais que para o efeito foram consideradoselegíveis (ver Nota 38).

Os subsídios atribuídos sobre a forma de incentivo fiscal durante um período pré-determinadosão reconhecidos na demonstração de resultados no período em que se verifica a redução dacarga fiscal.

m) Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros aos câmbios vigentes à datada operação. As diferenças de câmbio realizadas no período, bem como as potenciaisapuradas nos saldos existentes na data do balanço por referência às paridades vigentes nessadata, integram os resultados correntes do período.

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n) Imposto sobre o rendimento

O encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração asdisposições do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). AEmpresa adopta, de acordo com o disposto na Norma Internacional de Contabilidade (revista)nº 12 aplicada supletivamente ao Plano Oficial de Contabilidade por força da DirectrizContabilística nº 18, o conceito de contabilização de impostos diferidos (ver Nota 38).

Nota 27 – Movimento do Activo Imobilizado

O movimento ocorrido nas contas de imobilizações corpóreas, imobilizações incorpóreas einvestimentos financeiros, durante o semestre findo em 30 de Junho de 2001, bem como nasrespectivas amortizações e provisões acumuladas, foi o seguinte:

Transfe-Imobilizado rências e

Saldo da Soporcel Alienações regula- Saldoinicial em 01/01/2001 Aumentos e abates rizações final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 2 354 33 826 138 - 228 36 546 Despesas de investigação e desenvol- vimento 28 517 7 670 5 - ( 172) 36 020 Propriedade industrial e outros direitos 49 1 993 - - - 2 042 Diferenças de consolidação - - 546 392 - - 546 392 Imobilizações em curso 1 763 205 3 045 - ( 56) 4 957 Adiantam. por conta de imobil. incorp. - 30 - - - 30

32 683 43 724 549 580 - - 625 987

Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 98 650 36 076 2 ( 20) 49 134 757 Edifícios e outras construções 138 288 231 808 47 ( 5 645) ( 16) 364 482 Equipamento básico 798 336 1 072 823 430 ( 18) ( 4 886) 1 866 685 Equipamento de transporte 9 878 16 632 715 ( 933) 4 043 30 335 Ferramentas e utensílios 3 396 1 247 29 ( 2) ( 1 306) 3 364 Equipamento administrativo 18 170 13 089 361 ( 37) ( 5 439) 26 144 Taras e vasilhame 163 - - - - 163 Outras imobilizações corpóreas 1 566 1 413 67 ( 1) 7 702 10 747 Imobilizações em curso 29 992 2 171 25 606 - 1 779 59 548 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 328 3 211 1 142 - ( 1 926) 2 755

1 098 767 1 378 470 28 399 ( 6 656) - 2 498 980

Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas do grupo 1 387 16 198 - - 1 601 Empréstimos a empresas do grupo 92 - - - - 92 Partes de capital em empresas associadas 956 - - ( 24) - 932 Empréstimos a empresas associadas 452 - - - - 452 Títulos e outras aplicações financeiras 1 689 1 670 12 - - 3 371 Adiantamentos por conta de investimen- tos financeiros 138 569 - - - ( 138 569) -

143 145 1 686 210 ( 24) ( 138 569) 6 448

1 274 595 1 423 880 578 189 ( 6 680) ( 138 569) 3 131 415

Activo bruto

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Os movimentos verificados no semestre na rubrica de partes de capital em empresas do gruporesultaram da aplicação do método da equivalência patrimonial na valorização dasparticipações.

AmortizaçõesSaldo da Soporcel Regula- Saldoinicial em 01/01/2001 Aumentos rizações final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 1 423 24 497 1 667 153 27 740 Despesas de investigação e desenvolvimento 12 104 5 062 3 296 ( 222) 20 240 Propriedade industrial e outros direitos 46 1 397 153 - 1 596

13 573 30 956 5 116 ( 69) 49 576

Imobilizações corpóreas:Terrenos - 59 14 73 Edifícios e outras construções 45 288 75 593 8 387 ( 677) 128 591 Equipamento básico 348 308 750 589 53 559 ( 2 219) 1 150 237 Equipamento de transporte 6 667 9 027 1 855 663 18 212 Ferramentas e utensílios 1 997 1 116 284 ( 477) 2 920 Equipamento administrativo 11 140 10 035 1 859 ( 2 896) 20 138 Taras e vasilhame 57 - 6 - 63 Outras imobilizações corpóreas 957 567 754 4 077 6 355

414 414 846 986 66 718 ( 1 529) 1 326 589

427 987 877 942 71 834 ( 1 598) 1 376 165

Amortizações acumuladas

a) A composição em 30 de Junho de 2001 e de 2000 dos investimentos financeiros emempresas do grupo e associadas e a principal informação financeira sobre as empresas dogrupo e associadas sumarizam-se como segue:

Total do Capitais Resultado % deSede activo próprios líquido participação 2001 2000

Empresas do grupo:Portucel International Trading, SA (b) Luxemburgo 1 359 1 311 67 80% 1 049 948

Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e Sacos de Papel, Lda (a) Lisboa 1 534 123 169 100% 123 123

Portucel Brasil (d) Brasil - - - 99% 215 215

Outros (d) - - - - - 214 675

1 601 1 961

Empresas associadas:Iberpulp, SA (e) Luxemburgo - - - - 24 24

Controlled Sport (Portugal) Turismo, Castelo Cinegética e Agricultura, SA (c) Branco 3 859 2 178 ( 38) 41,16% 896 945

Outros (d) - - - - - 12 12

932 981 (a) Demonstrações financeiras aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 1998(b) Demonstrações financeiras aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 1999(c) Demonstrações financeiras aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 2000(d) Demonstrações financeiras não disponíveis(e) Sociedade em liquidação

30 de Junho deEmpresa

Valor de balanço

b) Os empréstimos concedidos a empresas do grupo e associadas referem-se em 30 de Junhode 2001 e de 2000 a empréstimos concedidos à Sacocel – Sociedade de Produtos deEmbalagens e Sacos de Papel, Lda. e à Controlled Sport (Portugal) Turismo, Cinegética eAgricultura, SA nos montantes de 92 milhares de euros e 452 milhares de euros,respectivamente. Estes empréstimos não vencem juros nem têm prazo de reembolsodefinido.

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150

c) A rubrica títulos e outras aplicações financeiras inclui essencialmente 3 282 milhares deeuros, respeitantes à participação de 94% do Grupo na constituição do Raíz – Instituto deInvestigação da Floresta e Papel, cujo objecto social não visa o desenvolvimento deactividades com fins lucrativos.

Nota 36 – Vendas e Prestações de Serviços por Mercado Geográfico

Total

2001 2000 2001 2000 2001 2000

Vendas: Pasta 2 771 4 525 127 871 130 484 130 642 135 009 Madeira 1 098 2 300 - 2 147 1 098 4 447 Papel 39 142 28 180 344 214 83 168 383 356 111 348 Outras 4 214 574 - 6 4 214 580 Prestações de serviços 9 483 2 693 624 - 10 107 2 693

56 708 38 272 472 709 215 805 529 417 254 077

30 de Junho de 30 de Junho de 30 de Junho de

Mercado interno Mercado externo

Nota 38 – Impostos

As empresas incluídas na consolidação estão sujeitas ao regime geral de tributação a títuloindividual de acordo com a legislação em vigor, encontrando-se as declarações fiscais derendimentos sujeitas a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais duranteum período de cinco anos, para os exercícios até 1997, e, por um período de 4 anos, para oexercício de 1998 e seguintes. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais estespodem ser sujeitos a revisão pelas autoridades fiscais por um período de 10 anos. Eventuaiscorrecções àquelas declarações em resultado de revisões/inspecções por parte das autoridadesfiscais não terão efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 30 deJunho de 2001 e de 2000.

O encargo com o imposto sobre o rendimento apurado no período, no montante de 28 810milhares de euros, encontra-se reduzido (i) pelo efeito do imposto diferido gerado pordiferenças temporais no montante de 1 832 milhares de euros registadas a crédito na rubricade imposto sobre o rendimento da demonstração dos resultados e (ii) por uma dedução àcolecta, no montante de 1 956 milhares de euros, correspondente a 50% do incentivo fiscaldefinido para o exercício de 2001, concedido pelo Estado Português à Soporcel no âmbito doprojecto de que resultou a instalação da segunda máquina de papel (ver Nota 23 l)). Oincentivo fiscal ainda por utilizar em 30 de Junho de 2001 poderá ascender a 19 561 milharesde euros.

Nota 39 – Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da Empresa-mãe no semestreforam respectivamente:

30 de Junho de 2001

30 de Junho de 2001

Conselho de Administração 563 393Conselho Fiscal 6 -Assembleia Geral 1 14

570 407

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Nota 41 – Critérios de Reavaliação do Imobilizado

As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 pela Portucel e pelaPortucel Florestal foram reavaliadas em 1998, de acordo com os critérios estabelecidos noDecreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro, gerando reservas de reavaliação no montante de 44688 milhares de euros.

Os bens pertencentes à Soporcel adquiridos até 31 de Dezembro de 1996, foram objecto dereavaliação, sempre que aplicável, nos termos fixados nos Decretos-Lei nºs 118B/86 de 27 deMaio, 111/88 de 2 de Abril, 49/91 de 25 de Janeiro, 264/92 de 24 de Novembro e 31/98 de 11de Fevereiro.

Nota 42 – Efeitos das Reavaliações no Imobilizado

ValoresCustos Reava- contabilísticos

históricos liações reavaliados

Bens reavaliados Terrenos e recursos naturais 42 830 3 041 45 871 Edifícios e outras construções 136 633 4 009 140 642 Equipamento básico 512 697 21 941 534 638 Equipamento de transporte 7 904 93 7 997 Ferramentas e utensílios 47 - 47 Equipamento administrativo 4 572 - 4 572 Outras imobilizações corpóreas 726 - 726

705 409 29 084 734 493Bens não reavaliados 437 898 - 437 898

1 143 307 29 084 1 172 391

Nota 43 – Valores Comparativos

A Empresa e as restantes empresas consolidadas não procederam a alterações de práticascontabilísticas, pelo que todos os valores apresentados são comparáveis, nos aspectosrelevantes, com os do exercício anterior.

É no entanto de salientar que, na sequência de um processo iniciado em Dezembro de 2000(ver Nota 10) a Portucel adquiriu 100% do capital social da Soporcel, empresa que tem comoactividade principal a produção de pasta e papel e que passou a ser incluída pelo métodointegral na consolidação da Portucel. Assim, uma vez que os valores comparativos nãoincluíam esta participação, este facto deverá ser tomado em consideração na análise daspresentes demonstrações financeiras. A informação financeira consolidada e ajustada relativaà Soporcel em 30 de Junho de 2001 e a actividade no semestre então findo pode resumir-se daseguinte forma:

Milharesde euros

Activo líquido 955 307Capital próprio 657 644Passivo 297 663Vendas e prestações de serviços 306 249Resultado líquido do semestre 49 180

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Nota 44 – Demonstração dos Resultados Financeiros Consolidados

Os resultados financeiros têm a seguinte composição:

30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho Custos e perdas de 2001 de 2000 Proveitos e ganhos de 2001 de 2000

Juros de empréstimos por obrigações - 145 Juros obtidos 1 142 287Juros suportados - empresas do grupo Rendimentos de títulos negociáveis 3 820 519 (Nota 55) 3 278 480 Diferenças de câmbio favoráveis 6 562 2 055Outros juros suportados 19 513 6 009 Descontos de pronto pagamentoDiferenças de câmbio desfavoráveis 4 975 2 788 obtidos 294 371Descontos de pronto pagamento Outros proveitos e ganhos concedidos 2 688 1 165 financeiros 55 53Outros custos e perdas financeiros 1 129 268

31 583 10 855Resultados financeiros ( 19 710) ( 7 570)

11 873 3 285 11 873 3 285

Os rendimentos de títulos negociáveis correspondem essencialmente aos dividendos recebidospelas acções da ENCE detidas pela Empresa (ver Nota 58).

Nota 45 – Demonstração dos Resultados Extraordinários Consolidados

Os resultados extraordinários têm a seguinte composição:

30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho Custos e perdas de 2001 de 2000 Proveitos e ganhos de 2001 de 2000

Donativos 167 70 Benefícios em penalidades contratuais 886 -Perdas em existências 1 892 1 094 Ganhos em existências 1 939 277 Perdas em imobilizações 1 817 390 Ganhos em imobilizações 25 511 Multas e penalidades 1 210 Redução de provisões 491 Correcções relativas a exercícios Correcções relativas a exercícios anteriores 859 726 anteriores 9 71 Outros custos e perdas extraordinários 5 151 3 900 Outros proveitos e ganhos

11 096 6 180 extraordinários 1 724 2 965 Resultados extraordinários ( 6 022) ( 2 356)

5 074 3 824 5 074 3 824

Os outros proveitos extraordinários correspondem principalmente ao reconhecimento emresultados da parcela dos subsídios ao investimento transferida da rubrica de proveitosdiferidos, em conformidade com o procedimento descrito na Nota 23 k).

O montante de 5 151 milhares de euros registado em outros custos e perdas extraordináriasinclui (i) indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos detrabalho no montante de 2 912 milhares de euros e (ii) insuficiência de estimativa de IRCrelativo a 2000 no montante de 1 603 milhares de euros.

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Nota 46 – Movimento Ocorriso nas Provisões

Durante o semestre findo em 30 de Junho de 2001, realizaram-se os seguintes movimentosnas contas de provisões:

Saldo Soporcel Reforço / Saldoinicial em 01/01/2001 (redução) Utilização final

Provisões para outros riscos e encargos - Provisões para regularização de activos 7 119 - - ( 662) 6 457 - Provisões para processos judiciais - 176 ( 101) - 75 - Outras - 15 - - 15

7 119 191 ( 101) ( 662) 6 547

Provisões para clientes de cobrança duvidosa 1 100 2 147 1 180 ( 24) 4 403

Provisões para outros devedores 32 - - - 32

8 251 2 338 1 079 ( 686) 10 982

O saldo da provisão para regularização de activos corresponde à parcela ainda não utilizadada provisão constituída em 2000, na sequência da aquisição pela Portucel do capital social daPapéis Inapa, SA, e que se destina a fazer face a eventuais perdas a incorrer comregularizações dos activos e materialização de responsabilidades da empresa.

Nota 50 – Dívidas a Instituições de Crédito

Em 30 de Junho de 2001, as dívidas a instituições de crédito apresentavam a seguintematuridade por prazo de vencimento:

Curto Médio eprazo longo prazo Total

Emissões de papel comercial 670 000 209 494 879 494 Empréstimos em DEM, EUR e CHF 12 033 106 634 118 667 Descobertos bancários 56 822 - 56 822 Empréstimos em USD 12 270 16 121 28 391 Empréstimos em JPY 2 313 - 2 313 Financiamentos do IAPMEI 539 1 652 2 191 Empréstimo do Fundo EFTA 1 379 766 2 145

755 356 334 667 1 090 023

� Papel comercial

A dívida relativa a papel comercial corresponde a:

- Financiamentos contraídos pela Portucel no montante de 839 494 milhares de eurosrelacionados com a emissão de vários Programas de Papel Comercial por oferta privada e comgarantia de subscrição. Relativamente aos financiamentos classificados a médio e longoprazo, no montante de 209 494 milhares de euros, a Administração da Empresa não prevê queestes venham a ser reembolsados no prazo de um ano. Estes empréstimos vencem juros ataxas anuais que variaram entre 4,5% e 5,5%. Como forma de garantia para o Programa dePapel Comercial no montante de 630 000 milhares de euros registado a curto prazo foiconstituído penhor sobre as acções da Soporcel adquiridas à Arjo Wiggins Appleton, p.l.c. eadquiridas na OPA (ver Nota 10). Na data de vencimento deste Programa de Papel Comercial(Maio de 2002), é intenção da Administração proceder à reestruturação deste passivo atravésde financiamentos de médio e longo prazo.

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- Financiamento contraído pela Soporcel no montante de 40 000 milhares de euros registadosa curto prazo com data de reembolso de 21 de Setembro de 2001. Este financiamento vencejuros à taxa anual de 4,63%

� Empréstimos em DEM, EUR e CHF

Estes financiamento foram concedidos pelo BEI e vencem juros a taxas anuais que variamentre 3,24% e 5,41%. O prazo de reembolso e os montantes de divisas em dívida,relativamente ao saldo registado a médio e longo prazo, eram os seguintes :

Anos2002 2003 2004 2005 2006 seguintes Total

Marcos alemães (DEM) 2 318 4 635 4 635 3 420 - - 15 008

Euros (EUR) 3 575 16 793 16 793 14 768 10 743 29 929 92 601

Francos suíços (CHF) 1 910 3 819 3 819 1 638 - - 11 186

Em milhares

� Empréstimos em USD

Em 30 de Junho de 2001 o empréstimo em dólares americanos (USD) registado a médio elongo prazo corresponde ao contravalor de 13 670 408 USD e o registado a curto prazocorresponde ao contravalor de 10 404 885 USD. O empréstimo registado a médio e longoprazo não tem data de reembolso definida, não prevendo a Administração que venha a serreembolsado no prazo de um ano. Este empréstimos venceram juros a taxas anuais quevariaram entre 4,4% e 6,9%.

� Empréstimo em JPY

Em 30 de Junho de 2001 o empréstimo em ienes Japoneses (JPY) registado a curto prazocorresponde ao contravalor de 243 691 648 JPY. Este empréstimos vence juros a taxascorrentes de mercado.

� Financiamentos do IAPMEI

Estes financiamentos obtidos no âmbito do PEDIP correspondem a (i) um empréstimo novalor de 1 887 milhares de euros, registado a curto e a médio e longo prazo, pelos montantesde 539 milhares de euros e de 1 348 milhares de euros, respectivamente, sendo reembolsadoanualmente em prestações semestrais iguais até 2004 e não vence juros e, (ii) empréstimo novalor de 304 milhares de euros que será reembolsado em prestações semestrais iguais noperíodo compreendido entre 2003 e 2008 e não vence juros.

� Empréstimo do Fundo EFTA

As dívidas a instituições de crédito, incluem dois empréstimos contraídos em 1997 junto doFundo EFTA para o Desenvolvimento Industrial de Portugal, pela Portucel, destinados àmodernização e racionalização de instalações e ao desenvolvimento de projectos específicosno âmbito da sua actividade. Estes empréstimos no montante de 2 494 milhares de euros e de1 995 milhares de euros, foram subscritos em 19 de Agosto de 1997 e em 26 de Novembro de1997, respectivamente e vencem juros semestrais e postecipados indexados à Taxa BaseAnual. O empréstimo de 2 494 milhares de euros será reembolsado em seis prestaçõessemestrais e sucessivas, tendo-se vencido a primeira em 19 de Fevereiro de 2000. Oempréstimo de 1 995 milhares de euros será reembolsado em sete prestações semestrais esucessivas tendo-se vencido a primeira em 26 de Novembro de 1999.

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� Descobertos bancários

Os descobertos bancários correspondem a contas correntes caucionadas que vencem juros ataxas correntes de mercado.

Nota 51 – Movimento nas Rubricas de Capital Próprio

O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o semestre findo em 30 deJunho de 2001, analisa-se como segue:

Saldos em Saldos em31 de Dezembro Aumentos / Distribuições/ 30 de Junho

de 2000 (Diminuições) transferências de 2001

Capital 435 000 - - 435 000 Acções próprias: ° Valor nominal - - ( 61) ( 61) ° Descontos e prémios - - 7 7 Ajustamento de partes de capital em empresas filiais e associadas ( 426) 11 4 ( 411)Reserva de reavaliação 38 450 - - 38 450 Reserva legal 6 583 - 3 874 10 457 Reservas estatutárias 15 113 - 7 337 22 450 Outras reservas ( 2 550) 28 - ( 2 522)Resultados transitados 34 069 - 52 799 86 868 Resultado líquido consolidado ° Exercício de 2000 77 238 - ( 77 238) - ° 1º semestre de 2001 - 55 699 - 55 699

603 477 55 738 ( 13 278) 645 937

De acordo com deliberações da Assembleia Geral e do Conselho de Administração, aEmpresa procedeu, por escritura pública de 9 de Novembro de 2000, à redenominação eaumento do capital social. Assim, o capital social representado por 87 000 000 de acções devalor nominal de 1 000 escudos cada, registou um aumento para 435 000 milhares de eurosatravés da utilização de reservas legais no montante de 1 046 milhares de euros e da alteraçãodo valor nominal das acções para 1 euro cada, passando a estar representado por 435 000milhares de acções de valor nominal de 1 euro cada.

Em Assembleia Geral da Empresa, realizada em 2 de Julho de 2001, foi aprovada umaproposta para a realização de um aumento de capital de cerca de 332 500 milhares de euros.

A Papercel – Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA detém 55,72% do capital da Empresa,não se conhecendo outras pessoas colectivas que detenham posições de valor igual ousuperior a 20% do capital.

A rubrica ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas, reflecte o efeito daadopção do método da equivalência patrimonial como critério de registo das participaçõesfinanceiras detidas pela Portucel.

A reserva de reavaliação apurada em 1998 pela aplicação do Decreto-Lei nº 31/98, de 11 deFevereiro, ascendeu a 44 531 milhares de euros, tendo a este valor sido deduzido o inerenteimposto diferido passivo, estimado à data em 6 219 milhares de euros.

De acordo com a lei vigente, a reserva legal é reforçada, no mínimo, em 5% do lucro líquidoapurado em cada exercício, até atingir pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não édistribuível em numerário, podendo, contudo, ser incorporada no capital social ou utilizadapara cobertura de eventuais prejuízos.

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De acordo com os Estatutos da Empresa, pelo menos 10% do resultado líquido anual deveráser aplicado na constituição ou reforço de uma reserva especial destinada à estabilização dedividendos.

O saldo da rubrica de outras reservas corresponde essencialmente à diferença apurada em 1 deJaneiro de 2000 (ver Nota 1) entre o valor de aquisição da Papéis Inapa, SA e o valor dos seuscapitais próprios ajustados, a qual, na sequência da operação de fusão veio a ser classificadacomo reserva de fusão.

Por deliberação da Assembleia Geral de 30 de Março de 2001, a Empresa procedeu àaplicação do resultado do exercício de 2000 como segue: (i) distribuição de dividendos nomontante de 13 224 milhares de euros, (ii) reforço da reserva legal e das reservas estatutáriasem 3 862 milhares de euros e 7 337 milhares de euros, respectivamente e (iii) transferênciapara resultados transitados do montante de 52 815 milhares de euros.

Nota 52 – Interesses Minoritários

Os interesses minoritários representam essencialmente a proporção dos capitais próprios daPortucel Florestal, Celpinus, Lazer e Floresta e Arboser que não é detida pela Portucel. Aevolução verificada no seu saldo é explicada pela proporção no resultado apurado por estassubsidiárias no semestre.

Nota 53 – Existências

O valor de produtos e trabalhos em curso classificado a médio e longo prazo corresponde aflorestas em fase de crescimento, que se espera não sejam cortadas no prazo de um ano.

Em 30 de Junho de 2001 e de 2000 os saldos das rubricas de adiantamentos por conta decompras a curto e a médio e longo prazo são relativos a adiantamentos efectuados afornecedores para a aquisição de madeira. Os adiantamentos efectuados resultam dascondições de compra definidas contratualmente com um fornecedor para a aquisição demadeira a preço pré-determinado.

Em 30 de Junho de 2001 as existências à guarda de terceiros em armazéns exteriores àEmpresa ou em trânsito ascendiam a 19 832 milhares de euros.

Nota 54 – Estado e Outros Entes Públicos

30 de Junho 30 de Junho 30 de Junho 30 de Junhode 2001 de 2000 de 2001 de 2000

Imposto sobre o Valor Acrescentado 25 511 12 759 292 -Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 252 43 30 389 17 883 Contribuições para a Segurança Social - - 2 105 1 216 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - retenções na fonte - - 1 396 682 Imposto sobre o Rendimento de Capitais - - retenções na fonte 3 538 - 6 -Imposto sobre Rendimentos Prediais 3 3 5 24 Outros 1 219 380 1 650 493

30 523 13 185 35 843 20 298

Saldos devedores Saldos credores

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Nota 55 – Empresas do Grupo

O saldo a pagar desta rubrica que se encontra registado a pagar no curto prazo no balanço éconstituído pelo valor líquido das contas a receber e a pagar à Portucel – Empresa de Celulosee Papel de Portugal, SGPS, SA (Portucel SGPS) pela Portucel e suas subsidiárias. Estessaldos vencem juros (proveitos ou custos) calculados sobre o seu montante diário, a taxascorrentes de mercado para operações de idêntica natureza.

Nota 56 – Outros Credores

Em 30 de Junho de 2001 a rubrica de outros credores registada a curto prazo incluiessencialmente (i) um valor a pagar ao principal accionista a Papercel – Celulose e Papel dePortugal, SGPS, SA no montante de 461 895 milhares de euros, relativo à aquisição daparticipação que aquela detinha na Soporcel (ver Nota 10), e (ii) o valor a pagar no montantede 4 446 milhares de euros relativo a subsídios reembolsáveis. Em 30 de Junho de 2000, estarubrica a curto prazo, inclui uma dívida à Papercel – Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SAno montante de 20 548 milhares de euros, relacionada com a aquisição de parte do capitalsocial da Papéis Inapa, SA.

Nota 57 – Acréscimos e Diferimentos

31 de Junho de2001 2000

Acréscimos de proveitos: Juros a receber 2 322 - Indemnização por sinistro 682 682 Dividendos a receber - 534 Outros 1 564 417

4 568 1 633Custos diferidos: Juros suportados papel comercial (Nota 50) 3 273 133 Fundo de pensões (Notas 23 h) e 21) 2 522 7 471 Impostos diferidos activos (Nota 38) 3 978 16 317 Grandes reparações (Nota 23 b)) 1 031 11 053 Seguros 587 - Outros 2 047 16 356

13 438 51 330Acréscimos de custos: Impostos diferidos passivos (Nota 38) 21 538 16 621 Juros a liquidar 7 761 1 529 Encargos com férias, subsídio de férias e prémios e pensões de pré-reforma 9 476 5 496 Descontos de vendas 2 033 2 654 Fundo de pensões (Notas 23 h) e 21) 5 827 63 Prémios de seguros a liquidar 1 569 - Fretes marítimos e terrestres 700 534 Outros 1 036 189

49 940 27 086Proveitos diferidos: Subsídios ao investimento: Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da Indústria Portuguesa 5 763 7 070 Outros 12 189 8 804

17 952 15 874

Em 30 de Junho de 2000 as grandes reparações são constituídas essencialmente por custosfixos, associados aos períodos de paragem programada dos Centros Fabris de Setúbal e deCacia que ocorreram durante o segundo trimestre de 2000, diferidos para imputação à

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demonstrações dos resultados ao longo do período que medeia cada uma das paragensprogramadas (ver Nota 23 b)).

Nota 58 – Disponibilidades

30 de Junho de 2001 2000

Numerário 54 49Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 45 643 5 507

45 697 5 556

Outros títulos negociáveis 18 289 18 343Outras aplicações de tesouraria - 2 768

18 289 21 111

63 986 26 667

Em 30 de Junho de 2001 e de 2000 a rubrica de balanço outros títulos negociáveis inclui 18289 milhares de euros relativos ao custo de aquisição de 6,98% do capital da ENCE –Empresa Nacional de Celulose, SA, empresa espanhola produtora de pasta celulósica, que em30 de Junho de 2001 correspondia a 1 776 783 acções.

Nota 59 – Fornecedores de Imobilizado

Em 30 de Junho de 2001 o valor a pagar a fornecedores de imobilizado inclui cerca de 14 509milhares de euros e 1 959 milhares de euros registados, respectivamente, a médio e longoprazo e a curto prazo, relativos a contratos de locação financeira realizados pela SPCG paraparte do seu imobilizado corpóreo.

Nota 60 – Processo de Reprivatização

Em Maio de 2001 foi aprovado o modelo para a segunda fase de reprivatização da Portucel,que será efectuada em duas tranches. A primeira tranche será efectuada num único bloco,através de concurso público de 25% do capital da Empresa. Numa segunda tranche poderá servendido um lote suplementar de acções, até 15% do capital. O Estado fica com a opção devenda deste lote por um período de três anos. O calendário para o lançamento desta segundafase da reprivatização não é ainda conhecido.

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas relativas ao exercício findo

em 31 de Dezembro de 2000

(Montantes expressos em milhares de escudos)

Nota Introdutória

A Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA, designação desde Dezembro de 2000da anterior Portucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, S.A. (adiante designada porEmpresa ou Portucel) é uma sociedade anónima constituída em 31 de Maio de 1993, aoabrigo do Decreto-Lei nº 39/93 de 13 de Fevereiro, como resultado do processo dereestruturação da Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SA (adiante designadapor Portucel, SA) e de que resultou também a Portucel – Empresa de Celulose e Papel dePortugal, SGPS, SA (adiante designada por Portucel SGPS). A actividade principal daEmpresa e das suas subsidiárias (adiante designadas por Grupo Portucel ou Grupo edescriminadas nas Notas 1,2 e 3) consiste na produção e comercialização de pastascelulósicas, papel e seus derivados ou afins, na aquisição de madeiras e produção florestal eagrícola, no corte das florestas e transporte de madeiras das florestas para centros fabris e naprodução e comercialização de energia eléctrica e energia térmica.

Na sequência da operação de aquisição da Papéis Inapa, SA e subsidiárias ocorrida nodecurso do primeiro semestre de 2000, formalizou-se em 4 de Dezembro de 2000 a fusão porincorporação da sociedade Papéis Inapa, SA na sociedade Portucel – Empresa Produtora dePasta e Papel, SA, mediante a transferência global do património da sociedade incorporadapara a sociedade incorporante. Para efeitos contabilísticos esta operação de fusão teve efeitosretroactivos a 1 de Janeiro de 2000. A Papéis Inapa, SA, empresa que tinha como actividadeprincipal a produção de papel, foi adquirida por um valor de aquisição de 21.358.650 contos,valor superior em 511 milhares de contos ao montante dos capitais próprios ajustados daPapéis Inapa, SA em 1 de Janeiro de 2000.

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial deContabilidade (POC) para a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. Asnotas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis ao Grupo Portucelou a sua apresentação não é relevante para a apresentação das demonstrações financeirasconsolidadas anexas.

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Nota 1 – Empresas Incluídas na Consolidação

Na sequência das operações de aquisição da Papéis Inapa, SA e subsidiárias e posterior fusãoda Papéis Inapa, SA e de cisão da Portucel Florestal – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA (adiante designada por Portucel Florestal) ocorridas no decurso de 2000, asempresas incluídas na consolidação, em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999, foram asseguintes:

Percentagem doDenominação social Sede capital detido 2000 1999

Pasta de Celulose e PapelPortucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA Setúbal Empresa-Mãe x x

PapelTecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda Setúbal 100% x -Inapa (UK), Ltd Reino Unido 100% x -Inapa Espana, SA Espanha 100% x -CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA Lisboa 100% - x

Agro - FlorestalPortucel Florestal - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 60% x xCelpinus - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 60% x -Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário e Turístico, SA Lisboa 60% x -Aliança Florestal - Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 50% x -Arboser - Serviços Agro-Industriais, SA Palmela 80% x x

Cogeração energéticaSPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA Setúbal 100% x -Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, SA Lisboa 100% x x

OutrosSagitta Trading, SA Lisboa 100% x -Setipel - Serviços Técnicos para a Indústria Papeleira, SA Lisboa 100% x -Gespapel - Gestão e Serviços Técnicos Especializados, Lda Lisboa 100% x -

Consolidação

As Empresas acima referidas foram incluídas na consolidação pelo método de integraçãoglobal, com base no estabelecido na alínea a) do nº 1 do artigo 1º do Decreto-Lei nº 238/91 de2 de Julho, com excepção da Aliança Florestal que foi incluída na consolidação pelo métododa consolidação proporcional.

A inclusão na consolidação da Tecnipapel – Sociedade de Transformação e Distribuição dePapel, Lda, da SPCG – Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA (adiantedesignada por SPCG), da Gespapel – Gestão e Serviços Técnicos Especializados, Lda, daInapa (UK) e da Inapa Espana, SA resultam da aquisição em 2000 da Papéis Inapa, SA (verNota Introdutória).

Em Janeiro de 2000 foi concretizado o processo de constituição de duas novas sociedades, aCelpinus - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA (adiante designada por Celpinus)e a Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário e Turístico,SA (adiante designada por Lazer e Floresta), por cisão com o destaque da Portucel Florestal -Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA (adiante designada por Portucel Florestal)do património afecto às actividades de exploração florestal do pinho e das actividadesturísticas, cinegéticas e outras residuais. O património líquido transferido, a valorcontabilístico, ascendeu a 5.600.000 contos.

A Aliança Florestal - Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, SA, foi criada pelosgrupos Portucel e Soporcel em Fevereiro de 2000 para se dedicar à gestão integrada do parqueflorestal de ambos os grupos.

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Por referência a 31 de Dezembro de 2000 a Empresa alienou a uma outra entidade douniverso do Grupo Portucel SGPS, pelo valor de 2.200.000 contos, a participação que detinhano capital da CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA (adiante designada porCPK). O valor contabilístico desta participação na data da alienação era de 2.177.663 contos,tendo sido apurado uma mais valia contabilística de 22.337 contos.

Nota 2 – Empresas Excluídas da Consolidação

As empresas excluídas da consolidação, suas sedes sociais e a proporção do capital detido em31 de Dezembro de 2000, são as seguintes:

Denominação social Sede Directa Indirecta Total

Portucel International Trading, SA Luxemburgo 80% - 80%Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e Sacos de Papel, Lda Lisboa 100% - 100%Portucel Brasil Brasil 99% - 99%

Percentagem do capital detido

Estas empresas não foram consolidadas pelo método da integração global por sermaterialmente irrelevante para a apresentação de uma imagem fiel e verdadeira da situaçãofinanceira e resultados das operações do Grupo (nº1 do Artigo 4º do Decreto-Lei nº 238/91,de 2 de Julho). Estas participações encontram-se registadas na rubrica partes de capital emempresas do grupo, pelo método da equivalência patrimonial.

Nota 3 – Empresas Associadas

As empresas associadas ao Grupo, suas respectivas sedes e a proporção do capital detido em2000 e 1999 são como segue:

Empresa Sede 2000 1999

Controlled Sport (Portugal) - Turismo, Castelo Branco 41,16% 41,16%Cinegética e Agricultura, SAIberpulp, SA Luxemburgo 50% 50%

Proporção do capital detido

Estas empresas encontram-se apresentadas na consolidação pelo método da equivalênciapatrimonial, com base no estipulado no nº 13.6 das normas de consolidação de contasestabelecidas pelo Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho.

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Nota 7 - Número Médio de Pessoal

Durante os exercícios de 1999 e de 1998, o número médio de pessoas ao serviço do GrupoPortucel foi o seguinte:

Empresas 2000 1999

Portucel 1.326 966Portucel Florestal 95 163SPCG 25 -Arboser 36 33Gespapel 4 -Sagitta 2 -Lazer e Floresta 1 -Inapa Espana 5 -Inapa (UK) 5 -Aliança Florestal 146 -

1.482 1.162

Nota 15 – Consistência na Aplicação dos Critérios Valorimétricos

São consistentes os principais critérios de valorimetria seguidos pelas empresas do Grupoincluídas na consolidação, descritos na Nota 23.

Nota 18 – Critérios de Contabilização das Participações em Associadas

As participações em empresas associadas encontram-se registadas pelo método daequivalência patrimonial tendo sido inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição. Estefoi acrescido ou reduzido da diferença para o valor correspondente à proporção dos capitaispróprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do métododa equivalência patrimonial. Esta diferença foi registada por contrapartida da rubrica deajustamentos de partes de capital em filiais e associadas no capital próprio.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras sãoajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos dasassociadas por contrapartida de ganhos ou perdas financeiras do exercício. Adicionalmente,os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma redução no saldo darubrica de investimentos financeiros.

Nota 21 – Compromissos Financeiros Assumidos

a) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência

(i) Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadropermanente com mais cinco anos de serviço, incluindo os trabalhadores da Portucel –Empresa de Celulose de Portugal, SGPS, SA transferidos para a Empresa e PortucelFlorestal, na sequência do processo de reestruturação ocorrido em Maio de 1993, têmdireito após a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complementomensal de pensão de reforma ou de invalidez (Plano Portucel). Esse complemento estádefinido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensalilíquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e onumero de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões desobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos.

Para cobrir esta responsabilidade, foi constituído o fundo de pensões autónomodenominado Fundo de Pensões Portucel, gerido por entidade externa. Com a criação da

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CPK e da Lazer e Floresta e com a transferência de alguns funcionários da Portucel ePortucel Florestal para estas empresas, foi igualmente destacado e atribuído uma parte doFundo à CPK e à Lazer e Floresta por forma a cobrir as responsabilidades por serviçospassados daqueles funcionários.

(ii) Nos termos do Plano de Benefícios em vigor, os empregados da Papéis Inapa, SA,Gespapel, SPCG e Tecnipapel, têm direito a um plano de complemento de pensões dereforma ou de sobrevivência (Plano Papéis Inapa). O complemento de pensões estádefinido de acordo com uma fórmula que tem em consideração o vencimento dos últimos12 meses anteriores à data da reforma e o número de anos de serviço, sendo aindagarantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge.

Para cobrir esta responsabilidade foi constituído um Fundo de Pensões, gerido porentidade externa, que foi afecto às referidas empresas em conjunto com a Inapa - IPG, SAe outras empresas suas subsidiárias, estando os activos do Fundo repartidos por cada umadas empresas. Na sequência da aquisição e da fusão por incorporação da Papéis Inapa,SA, e após obtida autorização do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), o valor do Fundode Pensões afecto à Papéis Inapa, SA e subsidiárias foi integrado no Fundo de PensõesPortucel passando, assim, a existir um único Fundo de Pensões.

Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, com referência a 31 deDezembro de 2000 e de 1999, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidadesacumuladas tiveram por base os seguintes pressupostos:

31 de Dezembro de 1999

Plano Portucel Plano Papéis Inapa Plano Portucel

Tábuas de mortalidade GRM 80 GRM 80 GRM 80Tábuas de invalidez EKV-80-Suiça - EKV-80-SuiçaTaxa de desconto 6% 6% 6%Taxa de crescimento dos salários 3% 3% 3%Taxa de crescimento dos pensões 2% 2% 2%Taxa de rendimento 6% 6% 6%

31 de Dezembro de 2000

Em 31 de Dezembro a cobertura das responsabilidades das empresas pelos activos do Fundo,era como segue:

31 de Dezembro de 1999

Plano Portucel Plano Papéis Inapa Plano Portucel

Responsabilidades por serviços passados:Colaboradores no activo e pré-reformados 3.763.475 793.863 3.632.472Colaboradores reformados 589.680 39.283 562.033

4.353.155 833.146 4.194.505Valor do Fundo afecto à cobertura dasresponsabilidades das duas empresas 5.671.840 793.699 5.821.190

Excesso / (insuficiência) de cobertura (Nota 57) 1.318.685 -39.447 1.626.685

Percentagem de cobertura 130% 95% 139%

31 de Dezembro de 2000

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Em 31 de Dezembro de 1999 o excesso de cobertura relativamente ao Plano Papéis Inapa erade 179.664 contos.

Conforme referido na Nota 23 h), a Empresa adopta como política contabilística parareconhecimento das suas responsabilidades com estes complementos, os critérios consagradospela Directriz Contabilística nº19.

Em consequência, a variação do excesso de cobertura no valor do Fundo de Pensões face aovalor das responsabilidades por serviços passados apurado em 31 de Dezembro de 2000, nomontante de 527.111 contos, foi registada a crédito na rubrica de custos diferidos (ver Nota57) por contrapartida de um débito na rubrica de custos com o pessoal.

O valor registado a crédito na rubrica de custos com o pessoal tem a seguinte composição:

Plano Portucel Plano Papéis Inapa

Custo com os serviços correntes 259.158 34.816Custo financeiro 251.002 36.381Rendimento dos activos do Plano (188.165) (11.461)Ganhos e perdas actuariais (13.995) 159.375

308.000 219.111

DR / (CR)

No decurso do exercício de 2000 não foi efectuada qualquer dotação para o Fundo.

b) Compromissos de compra

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999, o Grupo Portucel tinha assumido compromissos comfornecedores no montante de 457.826 contos e 3.838.200 contos, respectivamente, paraaquisição de bens para o imobilizado corpóreo.

Nota 22 – Garantias Prestadas

Em 31 de Dezembro de 2000 o Grupo tinha assumido responsabilidades por garantiasbancárias prestadas no montante de 5.722.707 contos (1999: 2.662.685 contos)essencialmente relacionadas com subsídios obtidos para investimentos.

Nota 23 – Bases de Apresentação e Principais Princípios Contabilísticos e CritériosValorimétricos

Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto dacontinuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresasindicadas na Nota 1, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmenteaceites, tendo-se utilizado os procedimentos de consolidação a seguir descritos.

Procedimentos de consolidação

A consolidação das empresas referidas na Nota 1, efectuou-se pelo método de integraçãoglobal. As transacções e saldos significativos entre as empresas foram eliminados no processode consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiáriasé apresentado no balanço na rubrica interesses minoritários.

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Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas associadasencontram-se valorizados no balanço consolidado, pelo método de equivalência patrimonial.

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas participadasem menos de 20%, foram valorizados ao mais baixo de entre o custo de aquisição e o seuvalor estimado de realização.

Principais critérios valorimétricos

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeirasconsolidadas foram os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por despesas de investigação e dedesenvolvimento. Estas, excluindo as em curso, são amortizadas pelo método das quotasconstantes ao longo de um período de entre três e cinco anos.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas são originalmente registadas ao custo de aquisição, o qual no casodas imobilizações transferidas da Portucel, SA em 31 de Maio de 1993 (data da constituiçãodas empresas Portucel Industrial e Portucel Florestal), foi determinado com base em avaliaçãoefectuada por entidade especializada.

O imobilizado corpóreo que se encontrava registado no activo à data de 31 de Dezembro de1997 foi reavaliado no exercício de 1998, em conformidade com os critérios referidos na Nota41, gerando a correspondente reserva de reavaliação referida na Nota 51.

As amortizações são calculadas, pelo método das quotas constantes, a partir da data da suaentrada em funcionamento, utilizando de entre as taxas permitidas pela legislação fiscal emvigor, as que permitam a reintegração do imobilizado, durante a sua vida útil estimada. Astaxas de amortização utilizadas correspondem às seguintes vidas úteis médias estimadas:

Anos médiosde vida útil

Edifícios e Outras Construções 18-25Equipamento Básico 10-15Equipamento de Transporte 5Ferramentas e Utensílios 2Equipamento Administrativo 4Taras e Vasilhames 6Outras Imobilizações Corpóreas 4

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados nademonstração de resultados do exercício em que são incorridos. Os custos associados àsreparações programadas dos centros fabris, que ocorrem com intervalos de cerca de dezoitomeses, passaram a ser imputados à demonstração de resultados em base duodecimal ao longodesse período enquanto que anteriormente eram imputados em base anual.

As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadascomo imobilizações corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos.

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c) Contratos de locação financeira

Os bens adquiridos em regime de locação financeira encontram-se relevados nasituação patrimonial como estabelece o Decreto-Lei nº 420/93, de 28 de fevereiro.Assim, (i) o valor dos bens é registado em imobilizado corpóreo sendo depreciado emconformidade com a vida útil esperada e (ii) a responsabilidade para com terceiros,pela parte de capital incluída nas rendas vincendas, é evidenciada no passivo.

d) Existências

Florestas

As florestas encontram-se classificadas na rubrica produtos e trabalhos em curso,essencialmente a longo prazo, excluindo os terrenos que são classificados nas imobilizaçõescorpóreas. As florestas transferidas da Portucel em 31 de Maio de 1993 (data da constituiçãoda Portucel Florestal), encontram-se registadas ao custo reavaliado, com base em avaliaçãoefectuada por uma entidade especializada, deduzido do montante atribuído à madeira cortada.O custo das florestas adquiridas ou com as plantações efectuadas após aquela data e os custosincorridos com o desenvolvimento, conservação e manutenção das florestas são incluídos novalor destas. O custo da madeira é transferido para o custo de produção quando a madeira écortada. Os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata,atribuído a cada corte, o qual inclui os custos totais incorridos em cada mata, desde o últimocorte.

Outras matérias-primas, subsidiárias e de consumo de mercadorias

As outras matérias-primas, subsidiárias e de consumo de mercadorias encontram-sevalorizadas ao custo médio de aquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas atéà entrada em armazém, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Como método devalorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio.

Produtos acabados e intermédios e outros produtos e trabalhos em curso

Os produtos acabados e intermédios e outros produtos e trabalhos em curso encontram-sevalorizadas ao custo médio mensal de produção acumulado, o que inclui o custo da matériaprima incorporada, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico. Como método devalorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio.

e) Provisão para depreciação de existências e para créditos de cobrança duvidosa

É constituída provisão pela depreciação de existências pela diferença entre (i) o custo deprodução dos produtos acabados e intermédios (ii) o custo de aquisição das matérias primas emercadorias e o valor de realização estimado, sempre que este seja inferior aos primeiros.

A provisão para créditos de cobrança duvidosa é calculada tendo por base os riscos previstosde cobrança no final de cada ano.

f) Títulos negociáveis

Os títulos negociáveis são registados ao mais baixo de entre o custo de aquisição ou oesperado valor de realização. Os juros e dividendos auferidos são reconhecidos comoproveitos no exercício em que ocorrem.

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g) Especialização de exercícios

As Empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio daespecialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidos à medida emque são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. Asdiferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesasgeradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos, sendo apresentado na Nota57 um detalhe das mesmas.

h) Fundos de pensões

As empresas incluídas na consolidação adoptam como política contabilística parareconhecimento das suas responsabilidades por estes complementos, os critérios consagradospela Directriz Contabilística nº 19, emanada da Comissão de Normalização Contabilística (verNota 21 a)).

i) Encargos com pré-reformas

A Empresa e a Portucel Florestal, assumiram a responsabilidade pelo pagamento de pré-reformas, nos termos de acordos celebrados com diversos empregados, até ao momento dasua passagem à reforma pela Segurança Social. Estes pagamentos mensais correspondem,genericamente, ao salário do empregado à data da pré-reforma. O valor actual dasresponsabilidades por pagamentos futuros de pré-reformas é determinado por cálculo actuariale registado como custo do exercício em que se celebra o acordo de pré-reforma. No final decada exercício é actualizado o cálculo actuarial das responsabilidades e ajustado, através dademonstração de resultados do exercício, o saldo da rubrica acréscimos de custos - pensões depré-reforma (ver Nota 57).

j) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

Os encargos associados a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo decontratos de trabalho são registados, como custo extraordinário, no exercício em que orespectivo acordo é concluído.

k) Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizações corpóreas

Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizações corpóreasestão registados em balanço na rubrica de proveitos diferidos para posterior reconhecimentona demonstração dos resultados de cada exercício, proporcionalmente às amortizações dasimobilizações corpóreas subsidiadas. A parcela de subsídio reconhecido como proveito noexercício, bem como as correspondentes amortizações, integram os resultados extraordináriosdo exercício.

l) Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas em escudos aos câmbios vigentes à datada operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciaisapuradas nos saldos existentes na data do balanço por referência às paridades vigentes nessadata, integram os resultados correntes do exercício.

m) Operações de fixação de taxa de juro futura

Os ganhos e perdas apurados em operações de fixação de taxa de juro futura, utilizadas paracobrir riscos inerentes ao passivo do Grupo, são reconhecidos à rendida em que são gerados.

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n) Imposto sobre o rendimento

O encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração asdisposições do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). AEmpresa adopta, de acordo com o disposto na Norma Internacional de Contabilidade (revista)nº 12 aplicada supletivamente ao Plano Oficial de Contabilidade por força da DirectrizContabilística nº 18, o conceito de contabilização de impostos diferidos (ver Nota 38).

Nota 27. Movimentos do Activo Imobilizado

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2000, o movimento ocorrido no valor decusto das imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e investimentos financeiros,bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Saldo Inicial Aumentos Alienações e Abates

Transferências e Regularizações Saldo Final

Imobilizações IncorpóreasDespesas de Instalação 8.294 435.791 - 27.873 471.958Despesas de Invest. e Desenv. 2.134.509 2.263.931 - 1.318.863 5.717.303Propriedade industrial e outros direitos 9.775 210 (140) 9.845Imobilizações em Curso 892.685 794.796 - (1.334.126) 353.355

3.045.263 3.494.728 (140) 12.610 6.552.461

Imobilizações CorpóreasTerrenos e recursos naturais 16.890.668 2.882.629 - 4.320 19.777.617Edifícios e outras construções 12.629.975 14.706.849 (24.946) 412.407 27.724.285Equipamento básico 104.318.316 58.133.948 (9.127.429) 6.727.090 160.051.925Equipamento de transporte 1.568.955 820.207 (368.125) (40.586) 1.980.451Ferramentas e utensílios 147.330 532.282 (29.510) 30.714 680.816Equipamento administrativo 1.471.876 1.485.523 (20.599) 705.927 3.642.727Taras e vasilhame 32.646 - - - 32.646Outras Imobilizações Corpóreas 152.604 114.790 (2.076) 48.577 313.895Imobilizações em Curso 1.705.516 12.257.909 - (7.950.641) 6.012.784Adiant. por conta de Imob. Corp. 112.278 13.170 (46.465) (13.170) 65.813

139.030.164 90.947.307 (9.619.150) (75.362) 220.282.959

Investimentos FinanceirosPartes de Capital em Emp. do Grupo 224.652 53.346 - - 277.998Empréstimos a empresas do Grupo 18.500 - - - 18.500Partes de Capital em Emp. Associadas 194.426 2.250 (4.948) - 191.728Empréstimos em Emp. Associadas 90.523 - - - 90.523Títulos e Outras Aplic. Financeiras 333.056 5.627 - - 338.683Adiant. por conta de Inv. Financeiros - 27.780.507 - - 27.780.507

861.157 27.841.730 (4.948) - 28.697.939

142.936.584 122.283.765 (9.624.238) (62.752) 255.533.359

Activo Bruto

Os valores relativos aos aumentos do imobilizado incorpóreo e corpóreo incluem os saldosem 1 de Janeiro de 2000 no montante de (i) 2.581.791 contos e 70.746.708 contosrespectivamente, da Papéis Inapa, SA, (ii) 67.030 contos e 8.084.320 contos respectivamenteda SPCG e (iii) 19.387 contos e 709.903 contos, respectivamente, das restantes empresasincluídas na consolidação pela primeira vez em resultado da aquisição da Papéis Inapa, SA(ver Nota Introdutória e Nota 1)

O valor de alienações e abates do equipamento básico inclui (i) o abate de equipamento deprodução de papel revestido que se encontrava obsoleto e cujo valor do imobilizado bruto erade 4.322.458 contos e o valor das amortizações acumuladas era de 1.878.154 contos, tendo orespectivo valor líquido no montante de 2.444.304 contos sido registado na rubrica de custos eperdas extraordinários por contrapartida da utilização de provisão específica (ver Nota 46) e(ii) a redução resultante da realização em espécie da totalidade do capital social da CPK que

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compreendeu imobilizado bruto no valor de 3.831.359 contos e amortizações acumuladas novalor de 1.676.733 contos.

O saldo da rubrica de adiantamentos por conta de investimentos financeiros corresponde aomontante (30%) pago pela Empresa na sequência do contrato realizado em Dezembro de 2000para a aquisição à Arjo Wiggins Appleton, p.1.c. de uma participação de 40% no capitalsocial da Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA (adiante designada por Soporcel)pelo valor global de 92.601.690 contos. Nos termos deste contrato a entidade vendedora terádireito aos dividendos relativos ao exercício de 2000. A concretização desta operação ficousujeita à autorização da Direcção Geral do Comércio e da Concorrência, entretanto já obtida.

Em Dezembro de 2000, foi ainda celebrado um contrato promessa de compra e venda com aPapercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA (ver Nota 51) para a aquisição daparticipação de 40% detida por esta entidade no capital social da Soporcel, pelo mesmo valore com as mesmas condições do contrato realizado com a Arjo Wiggins Appleton, p.1.c. acimareferido.

Na sequência das operações referidas acima, foi solicitado à Comissão do Mercado dosValores Mobiliários autorização para o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição(OPA) do restante capital social da Soporcel.

Por forma a financiar estas operações a Portucel negociou com diversas instituiçõesfinanceiras a contratação de um financiamento no montante de 400 milhões de euros sobre aforma de Papel Comercial e o Conselho de Administração da Empresa aprovou uma propostapara a realização de um aumento de capital de 665.000.000 de euros (ver Nota 62).

Os restantes movimentos verificados no exercício na rubrica de investimentos financeirosresultaram da aplicação do método da equivalência patrimonial na valorização dasparticipações.

Saldo Inicial Aumentos Regularizações Saldo Final

Imobilizações IncorpóreasDespesas de Instalação (8.294) (276.945) - (285.239)Despesas de Invest. e Desenv. (1.235.381) (1.191.261) - (2.426.642)Propriedade industrial e outros direitos (9.072) (150) 59 (9.163)

(1.252.747) (1.468.356) 59 (2.721.044)

Imobilizações CorpóreasEdifícios e Outras Construções (3.508.356) (5.579.261) 8.123 (9.079.494)Equipamento Básico (46.075.605) (27.562.545) 3.808.629 (69.829.521)Equipamento de Transporte (1.029.930) (631.770) 325.052 (1.336.648)Ferramentas e Utensílios (131.294) (296.854) 27.745 (400.403)Equipamento Administrativo (743.507) (1.509.015) 19.145 (2.233.377)Taras e Vasilhame (8.568) (2.746) - (11.314)Outras Imobilizações Corpóreas (130.730) (63.026) 1.932 (191.824)

(51.627.990) (35.645.217) 4.190.626 (83.082.581)

(52.880.737) (37.113.573) 4.190.685 (85.803.625)

Amortizações acumuladas

O reforço das amortizações acumuladas incluem os saldos em 1 de Janeiro de 2000 relativosaos activos imobilizados incorpóreos e corpóreos (i) da Papéis Inapa, SA no montante de531.526 contos e 21.276.204 contos, respectivamente, (ii) da SPCG no montante de 32.480contos e 579.751 contos, respectivamente e (iii) das restantes empresas incluídas naconsolidação pela primeira vez em resultado da aquisição da Papeis Inapa, SA no montante de12.161 contos e 225.342 contos, respectivamente (ver Nota Introdutória e Nota 1).

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As amortizações do exercício ascenderam a 14.325.288 contos. Deste montante, 563.980contos foram reclassificados para a rubrica de custos extraordinários de acordo com o critérioreferido na Nota 23 k) (ver Nota 45).

a) A composição em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 dos investimentos financeiros emempresas do grupo e associadas e a principal informação financeira sobre as empresas dogrupo e associadas sumarizam-se como segue:

Resultado Total do Capitais Resultado % de Líquido Valor de Balanço

Empresa Sede activo Próprios Líquido participação apropriado (d) 2000 1999

Empresas do grupo:Portucel International Trading, S.A. (a) Luxemburgo 272.437 262.836 13.337 80% 20.266 210.269 190.003

Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e (b)Sacos de Papel, Lda. Lisboa 307.535 24.625 33.960 100% - 24.625 24.625

Sagita Trading - Comercialização, Importaçãoe Exportação de Madeiras, S.A. Lisboa - - - - - - 10.024

Portucel Brasil (c) Brasil - - - 99% - 43.104 -20.266 277.998 224.652

Empresas do associadas:Iberpulp, S.A. (e) Luxemburgo - - - - - 4.911 4.911

Controlled Sport (Portugal) Turismo,Cinergética e Agricultura, SA (a) Castelo Branco 760.925 418.414 (12.009) 41,16% (4.943) 184.567 189.515

Outros (c) - - - - - - 2.250 -(4.943) 191.728 194.426

(a) Demonstrações financeiras aprovadas a 31 de Dezembro de 1999(b) Demonstrações financeiras aprovadas a 31 de Dezembro de 1998(c) Demonstrações financeiras não disponíveis(d) Resultado apropriado após regularizações em resultados transitados(e) Empresa em fase de dissolução

b) Os empréstimos concedidos a empresas do grupo e associadas referem-se em 31 deDezembro de 2000 e de 1999 a empréstimos concedidos à Sacocel – Sociedade deProdutos de Embalagens e Sacos de Papel, Lda. e à Controlled Sport (Portugal) Turismo,Cinegética e Agricultura, SA nos montantes de 18.500 contos e 90.523 contos,respectivamente. Estes empréstimos não vencem juros nem têm prazo de reembolsodefinido.

c) A rubrica títulos e outras aplicações financeiras inclui 329.000 contos (1999: 329.000contos), respeitantes à participação de 47% do Grupo na constituição do Raíz – Institutode Investigação da Floresta e Papel, cujo objecto social não visa o desenvolvimento deactividades com fins lucrativos.

d) A repartição das imobilizações corpóreas e em curso (incluindo os adiantamentos porconta de imobilizações corpóreas), em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 poractividades, é como se segue:

2000 1999

Produção de pasta 107.901.248 95.011.608produção de papel 48.323.180 4.235.187Produção florestal 9.881.300 13.963.596Abastecimento 69.681 82.418Actividades auxiliares e comuns 54.107.550 25.737.353

220.282.959 139.030.162

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e) Em 31 de Dezembro de 2000 o imobilizado incorpóreo e corpóreo em curso e osadiantamentos por conta de imobilizado corpóreo apresentavam a seguinte composição,por projectos:

MontanteImobilizado corpóreo em curso:

Centro Fabril de Cacia - pasta:Aumento da capacidade de tiragem 1.980.832Aumento de eficiência dos branquadores 348.600Optimização dos digestores 162.719Melhoria do sistema de clarificação 113.058Projectos relativos a ventilação e recuperação de gases 109.654

2.714.863Centro Fabril de Setúbal - pasta :

Melhoria no sistema de prensagem 359.547Beneficiação do edificio administrativo 84.048Melhoria do aterro controlado de resíduos sólidos 51.892Melhoria de procedimentos 71.735Outros projectos de investimento -

567.222Centro Fabril de Setúbal - papel :

Beneficiação na maquina de papel MP III 465.422Beneficiação na máquina de transform. de papel - Linha A4 290.208Beneficiação na maquina de papel MP II 60.626Outros projectos de investimento de valor ind. reduzido 72.015

888.271Sede :

Sistemas de Informação 316.021

Outros projectos de investimento de valor ind. reduzido 1.526.407

6.012.784

Imobilizado Incorpóreo em curso:Projecto de recuperação de fibra 108.998Projecto de melhoria da performance industrial da Empresa 110.000Outros projectos investigação e de investimento 134.357

353.355

Nota 34 – Dívidas a Terceiros Cobertas por Garantias Reais

Em 31 de Dezembro de 1999 existiam dívidas a terceiros da Arboser, no montante de 30.150contos, garantidas por penhor mercantil sobre bens registados em imobilizado corpóreo.

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Nota 36 – Vendas, Prestações de Serviços e Proveitos Suplementares Decompostos porActividade e por Mercado Geográfico

As vendas e prestações de serviços nos exercícios de 1999 e de 1998, distribuem-se comosegue:

2000 1999 2000 1999 2000 1999

Vendas :Pasta 2.676.630 12.625.776 59.703.290 42.363.417 62.379.920 54.989.193Papel 8.383.028 2.791.669 32.739.260 3.010.391 41.122.288 5.802.060Madeira 1.032.994 744.444 430.436 339.998 1.463.430 1.084.442Sub-produtos 2.016.143 1.600 - 2.201 2.016.143 3.801Outros 16.179 369.424 - - 16.179 369.424

14.124.974 16.532.913 92.872.986 45.716.007 106.997.960 62.248.920

Prestações de serviços : 1.428.275 193.994 - 1.428.275 193.99415.553.249 16.726.907 92.872.986 45.716.007 108.426.235 62.442.914

Proveitos suplementares :Venda de energia - 830.395 - - - 830.395Outros 468.149 53.890 - - 468.149 53.890

468.149 884.285 - - 468.149 884.285

Mercado Interno Mercado Externo Total

Nota 38 – Impostos

As empresas incluídas na consolidação são tributadas individualmente, sendo o Impostossobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) auto-liquidado por cada uma das empresas.De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais dessas empresas estão sujeitas arevisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de cinco anos, paraos exercícios até 1997, e, por um período de 4 anos para o exercício de 1998 e seguintes.Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais, estes podem ser sujeitos a revisãopelas autoridades fiscais por um período de 10 anos. A Administração da Empresa entendeque as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelasdeclarações de impostos não deverão ter um efeito significativo nas demonstraçõesfinanceiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2000.

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O encargo com o imposto sobre o rendimento apurado no exercício de 2000, no montante de8.119.159 contos (1999: 2.054.844 contos), encontra-se ajustado pelo efeito do impostodiferido gerado pelas diferenças temporais abaixo referidas, no montante de 1.171.104 contos(1999: 80.122 contos) (ver Nota 23n).

Balanço Dem. ResultadosImposto diferido Imposto corrente

(Nota 50) sobre o rendimentoDR/(CR)

Saldo em 1 de Janeiro de 2000 (800.538) -

Utilização efectuada no exercício da provisão para outros riscos e encargos - 6 593 663 contos (2.320.969) 2.320.969

Prejuízos fiscais das empresas do grupo dedutíveisem exercícios futuros - 1 151 246 contos 405.239 (405.239)

Margens geradas internamente reduzidas ao valor das existências em 31 de Dezembro de 2000 - 690 546 contos 243.072 (243.072)

Variação do excesso de cobertura do Fundo de Pensões face ao valor das responsabilidades por serviços passados no exercício de 2000 (ver Nota 31 a)) - 527 111 contos 185.543 (185.543)

40% do acréscimo das amortizações do exercício originadas pela reavaliação de 1998, não aceite fiscalmente - 724 002 contos 254.849 (254.849)

Outros 61 162 (61 162)(1.971.642) 1.171.104

A diferença temporal reportada a 1 de Janeiro de 2000 inclui cerca de 802 milhares de contosrelativos à Papéis Inapa SA, sociedade incorporada na Empresa durante o presente exercício,e suas subsidiárias.

A taxa efectiva do encargo com IRC registada no exercício de 2000 aproxima-sesensivelmente da taxa nominal de 35,2% (1999: 37.4%).

Nota 39 – Remuneração dos Membros do Órgãos Sociais

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da Empresa-mãe nos exercíciosde 2000 e de 1999, foram respectivamente:

2000 1999

Conselho de Administração 205.686 97.645Conselho Fiscal 9.513 5.305Conselho Impacte Ambiental 280 840Assembleia Geral 193 69

215.672 103.859

Nota 41 - Critérios de Reavaliação de Imobilizado

As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 foram reavaliadas em1998, de acordo com os critérios estabelecidos no Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro,gerando reservas de reavaliação no montante de 8.959.052 contos (ver Notas 42 e 51)

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Nota 42 - Efeito das Reavaliações de Imobilizado

Custos Históricos Reavaliação

Valores Contabilísticos

Reavaliados

Bens reavaliadosTerrenos e recursos naturais 3.716.777 592.767 4.309.544Edifícios e outras construções 6.817.283 810.004 7.627.287Equipamento básico 47.015.302 4.773.541 51.788.843Equipamento de transporte 353.899 21.568 375.467Ferramentas e utensílios 9.332 - 9.332Equipamento administrativo 525.167 453 525.620Taras e vasilhame 2.072 41 2.113Outras imobilizações corpóreas 54.960 15 54.975

58.494.792 6.198.389 64.693.181Bens não reavaliados 72.507.197 - 72.507.197

131.001.989 6.198.389 137.200.378

Os valores acima encontram-se líquidos de amortizações.

Nota 43 – Valores Comparativos

Como referido na Nota Introdutória a aquisição da Papeis Inapa, SA e subsidiárias e aposterior incorporação por fusão da Papéis Inapa, SA, na Portucel foi para efeitoscontabilísticos repostada a 1 de Janeiro de 2000. Uma vez que os valores comparativos doexercício de 1999 não incluíam esta participação, subsidiárias e associadas, este facto deveráser tomado em consideração para efeitos da análise comparativa das presentes demonstraçõesfinanceiras.

A informação financeira relativa à Papéis Inapa, SA, em 31 de Dezembro de 2000 e aactividade desenvolvida no exercício então findo pode resumir-se da seguinte forma:

Milhares de contosActivo líquido 69.073Venda e prestações de serviço 40.952

Para além do efeito dos aspectos mencionados no parágrafo anterior em termos de valorescomparativos a Empresa e as restantes empresas consolidadas não procederam a alterações depráticas contabilísticas, pelo que todos valores apresentados são comparáveis, nos aspectosrelevantes, com os do exercício anterior.

Nota 44 – Demonstração dos Resultados Financeiros Consolidados

Os resultados financeiros têm a seguinte composição

Custos e Perdas 2000 1999 Proveitos e Ganhos 2000 1999

Juros de empréstimos por obrigações 29.983 259.533 Juros obtidos - empresas do grupo (Nota 55) 6.182 78.796Juros suportados - empresas do grupo (Nota 55) 564.564 103.906 Juros obtidos 111.046 62.524Outros juros suportados 2.728.368 402.107 Ganhos em empresas do grupo e associadas 20.266 19.627Perdas em empresas do grupo e associadas 234.825 - Rendimentos partic. capital 239.213 98.336Diferenças de câmbio desfavoráveis 1.838.558 198.145 Diferenças de câmbio favoráveis 1.584.820 315.621Descontos de PP Concedidos 446.499 - Descontos de PP Obtidos 142.695 46.281Outros custos e perdas financeiros 103.425 53.499 Outros e Prov. e Ganhos Financ. 9.178 35.072

5.946.222 1.017.190Resultados Financeiros (3.832.822) (360.933)

2.113.400 656.257 2.113.400 656.257

Exercícios Exercícios

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O montante registado na rubrica de perdas em empresas do grupo corresponde ao resultadoapropriado relativo ao exercício de 2000 da participação no capital da CPK, empresa alienadaem 31 de Dezembro de 2000 (ver Nota 1).

Os rendimentos de participações de capital correspondem aos dividendos recebidos pelasacções da ENCE detidas pela Empresa (ver Nota 59).

Nota 45 - Demonstração de Resultados Extraordinários Consolidados

Os resultados extraordinários têm a seguinte composição

Custos e Perdas 2000 1999 Proveitos e Ganhos 2000 1999

Donativos 43.146 10.647 Ganhos em existências 84.360 56.173Perdas em existências 745.255 91.818 Ganhos em imobilizações 152.269 47.241Perdas em imobilizações (Nota 27) 2.603.524 7.827 Correcç. relat. exerc. ant. 191.797 35.513Correcç. relat. exerc. ant. 70.683 136.840 Outros e prov. e ganh. extraord. 7.453.471 599.814Amort. do exerc. dos bens subsidiados (Nota 27) 563.980 388.372Outros cust. e perd. extraord. 6.755.023 2.356.225

10.781.611 2.991.729Resultados extraordinários (2.899.714) (2.252.988)

7.881.897 738.741 7.881.897 738.741

Exercícios Exercícios

Em 31 de Dezembro de 1999 os outros proveitos extraordinários correspondiamprincipalmente, ao reconhecimento em resultados da parcela dos subsídios ao investimentotransferida da rubrica de proveitos diferidos, em conformidade com o procedimento descritona Nota 23 k) (ver Nota 58) e que tinha contrapartida no montante das amortizações incluídonos custos extraordinários. Assim, os resultados extraordinários apurados em 1999, em termoslíquidos, resultaram essencialmente das indemnizações a trabalhadores pela cessação pormútuo acordo de contratos de trabalho no montante de 2.356.225 milhares de contos.

Em 31 de Dezembro de 2000 a rubrica de outros proveitos e ganhos extraordinários inclui osproveitos relativos aos subsídios ao investimento que têm igualmente compensação nasamortizações incluídas nos custos extraordinários e, adicionalmente, inclui 6.593.663 contosrelativos à utilização da provisão para outros riscos e encargos (ver Nota 46) que se destinouessencialmente a cobrir os ajustamentos para efeitos do justo valor, incluídos nos custos eperdas extraordinários.

Assim, em 2000 os resultados extraordinários apurados, em termos líquidos, sãoessencialmente compostos pelas indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuoacordo de contratos de trabalho, 2.315 milhares de contos e perdas em existências de cerca de745 milhares de contos.

Nota 46 - Movimento Ocorrido nas Provisões

Durante o exercício de 2000, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

Contas Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final

Provisões para outros riscos e encargos - 8.020.972 (6.593.663) 1.427.309Provisão para clientes de cobrança duvidosa 1.197 220.549 (1.197) 220.549Provisão para outros devedores (Nota 56) 6.435 - - 6.435

7.632 8.241.521 (6.594.860) 1.654.293

Em 31 de Dezembro de 2000 o saldo da provisão para outros riscos e encargos corresponde àparcela ainda não utilizada da provisão constituída na sequência da aquisição pela Portucel docapital social da Papéis Inapa, SA, e que se destina a fazer face aos ajustamentos apuradospara efeitos do justo valor. Esta provisão foi registada nos capitais próprios da Papéis Inapa,

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SA e subsidiárias na data de referência da aquisição pelo montante de 8.020.972 de contos,não afectando assim o apuramento do resultado consolidado do exercício (ver Nota 45).

O reforço nas provisões para clientes de cobrança duvidosa verificado no exercício, inclui193.572 contos relativo ao saldo em 1 de Janeiro de 2000 da Papéis Inapa, SA e subsidiárias(ver Nota Introdutória).

Nota 47 – Valor dos Bens Utilizados em Regime de Locação Financeira

Em 31 de Dezembro de 2000 o Grupo Portucel utiliza os seguintes bens adquiridos em regimede locação financeira:

Data de início do contrato

Valor de mercado dos bens no início

do contrato

Período do contrato (meses)

Equipamento básico 97 5.757.454 84 e 96Equipamento de transporte 98 e 99 107.381 36Equipamento administrativo 98 302.083 48

6.166.918

Nota 50 – Empréstimos

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 os empréstimos tinham a seguinte composição:

Curto Prazo Médio e longo prazo Total Curto Prazo Médio e longo

prazo Total

Empréstimos por obrigações - - - 2.500.000 - 2.500.000

Emissões de papel comercial - 36.999.821 36.999.821 - 16.500.000 16.500.000Descobertos bancários 11.694.392 - 11.694.392 - - -Financiamentos à exportação 3.538.713 - 3.538.713 - - -Empréstimos em USD - 3.504.886 3.504.886 - 2.577.748 2.577.748Empréstimos em PTE 374.510 324.330 698.840 - - -Empréstimos do fundo EFTA 290.350 291.800 582.150 166.600 333.400 500.000Outros 48.412 - 48.412 230.899 30.150 261.049

15.946.377 41.120.837 57.067.214 397.499 19.441.298 19.838.79715.946.377 41.120.837 57.067.214 2.897.499 19.441.298 22.338.797

2000 1999

Papel Comercial

A dívida a instituições de crédito registada a médio e longo prazo inclui financiamento nomontante de 36.999.821 contos referentes à emissão de vários Programas de Papel Comercialpor oferta privada e com garantia de subscrição, tendo um dos Programas no montante de5.000.000 contos sido redenominado para um valor equivalente de 24.939.000 euros. AAdministração da Empresa não prevê que estes empréstimos venham a ser reembolsados noprazo de uma ano. Estes empréstimos vencem juros antecipados e em 2000 as taxas de jurosanuais variaram entre 3,61% e 5,50%.

Descobertos Bancários

Os descobertos bancários correspondem a contas correntes caucionadas que vencem juros ataxas correntes de mercado.

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Financiamento à exportação

O valor em dívida relativo a financiamentos à exportação de curto prazo correspondeessencialmente a empréstimos em dólares americanos (USD), ienes japoneses (SPY), francossuíços (CHF) e libras esterlinas (GBP), vencendo juros a taxas correntes de mercado paraestas divisas.

Empréstimo em USD

Em 31 de Dezembro de 2000 o empréstimo em dólares americanos (USD) registado a médioe longo prazo corresponde ao contravalor de 16.218.495 USD. Este empréstimo não tem datade reembolso definida e vence juros a taxas anuais que variaram entre 5,76% e 6,89%. AAdministração não prevê que este empréstimo venha a ser reembolsado no prazo de um ano.

Empréstimos em PTE

Correspondem (i) a dois empréstimos registados a curto prazo no valor de 125.000 contoscada, concedidos pelo Banco Europeu de Investimentos (BFI) e que vencem juros a taxasanuais de 4,31% e 4,54%, (ii) a um empréstimo não remunerado obtido no âmbito do PEDIPque se encontra registado a curto prazo pelo montante de 108.110 contos e a médio e longoprazo pelo montante de 324.330 contos, a reembolsar em prestações anuais e iguais noperíodo compreendido entre 2001 e 2004 e (iii) a um empréstimo registado a curto prazo nomontante de 16.400 contos que será reembolsado em 2001.

Empréstimo do Fundo EFTA

Adicionalmente, as dívidas a instituições de crédito de médio e longo prazo, incluem trêsempréstimos contraídos em 1996 e 1997 junto do Fundo EFTA para o DesenvolvimentoIndustrial de Portugal, pela Portucel, destinados à modernização e racionalização deinstalações e ao desenvolvimento de projectos específicos no âmbito da sua actividade. Estesempréstimos no montante de 120 milhares de contos, de 500 milhares de contos e de 400milhares de contos, foram subscritos em 9 de Abril de 1996, 19 de Agosto de 1997 e em 26 deNovembro de 1997, respectivamente e vencem juros semestrais e postecipados indexados àTaxa Base Anual. O empréstimo de 120 milhares de contos será reembolsado em oitoprestações semestrais e sucessivas, tendo-se vencido a primeira em 28 de Março de 1997. Oempréstimo de 500 milhares de contos será reembolsado em seis prestações semestrais esucessivas, tendo-se vencido a primeira em 19 de Fevereiro de 2000. O empréstimo de 400milhares de contos será reembolsado em sete prestações semestrais e sucessivas tendo-sevencido a primeira em 26 de Novembro de 1999.

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Nota 51 - Movimento nas Rubricas de Capitais Próprios

O movimento ocorrido durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2000, foi comosegue:

Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final

Capital 87.000.000 209.670 - 87.209.670Ajustamento de partes de capital em empresas filiais e associadas (82.438) - (2.968) (85.406)Reservas de reavaliação 7.708.596 - - 7.708.596Reservas legais 1.364.877 164.474 (209.670) 1.319.681Reservas estatutárias 1.455.808 1.573.978 - 3.029.786Outras reservas - - (511.301) (511.301)Resultados transitados 6.832.536 - (2.355) 6.830.181Resultado Líquido -

1998 3.259.450 - (3.259.450) -1999 - 15.484.918 - 15.484.918

107.538.829 17.433.040 (3.985.744) 120.986.125

Em 9 de Novembro de 2000, por deliberação da Assembleia Geral e do Conselho deAdministração, a Empresa procedeu à redenominação e aumento do capital social. Assim, ocapital social de 87.000.000 contos representado por 87.000.000 de acções de valor nominalde 1.000 escudos cada, registou um aumento para 87.209.670 contos através da utilização dereservas legais no montante de 209.670 contos, passando a estar representado por 87.000.000de acções de valor nominal de 5 euros cada. Na sequência desta operação em Janeiro de 2001,foi alterado o valor nominal de cada acção (split) de 5 para 1 euro, passando o capital a estarrepresentado por 435.000.000 de acções.

A Papercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA detém 55,72% do capital da Empresa,não se conhecendo outras pessoas colectivas que detenham posições de valor igual ousuperior a 20% do capital.

A rubrica de ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas, reflecte o efeito daadopção do método da equivalência patrimonial como critério de registo das participaçõesfinanceiras detidas pelo Grupo Portucel Industrial.

A reserva de reavaliação apurada em 1998 pela aplicação do Decreto-Lei nº 31/98, de 11 deFevereiro, ascendeu a 8.959.052 contos, tendo a este valor sido deduzido o inerente impostodiferido passivo, estimado em 1.250.456 contos, líquido de interesses minoritários (ver Notas38 e 41).

De acordo com a lei vigente, a reserva legal é reforçada, no mínimo, em 5% do lucro líquidoapurado em cada exercício, até atingir pelo menos 20% do capital social. As reservas legais ede reavaliação não são distribuíveis em numerário, podendo, contudo, ser incorporadas nocapital social ou utilizadas para cobertura de eventuais prejuízos. De acordo com os Estatutosda Empresa, pelo menos 10% do resultado líquido anual distribuível deverá ser aplicado naconstituição ou reforço de uma reserva especial destinada à estabilização de dividendos.

Em 31 de Dezembro de 2000 o saldo da rubrica de outras reservas corresponde à diferençaapurada em 1 de Janeiro de 2000 (ver Nota Introdutória) entre o valor de aquisição da PapéisInapa, SA e o valor dos seus capitais próprios ajustados, a qual, na sequência da operação defusão veio a ser classificada como reserva de fusão.

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Por deliberação da Assembleia Geral de 26 de Abril de 2000, a Empresa procedeu à aplicaçãodo resultado do exercício de 1999 como segue: (i) distribuição de dividendos no montante de1.522.500 contos e (ii) reforço da reserva legal e das reservas estatutárias em 162.973 contos e1.573.978 contos, respectivamente.

Nota 52 - Interesses Minoritários

Os interesses minoritários representam a proporção dos capitais próprios da PortucelFlorestal, Celpinus, Lazer e Floresta e da Arboser que não é detida pela Portucel. A evoluçãoverificada no seu saldo é explicado pela proporção no resultado apurado pelas duassubsidiárias em 2000.

Nota 53 – Existências

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 o saldo desta rubrica apresentava a seguintecomposição:

2000 1999 2000 1999 2000 1999Matérias-primas, subsidiárias e de consumo :

Matéria-primasMadeiras 1.953.395 1.919.170 - - 1.953.395 1.919.170Outras 691.083 305.144 - - 691.083 305.144

Matérias Subsidiárias 399.959 185.276 - - 399.959 185.276Materiais Diversos 3.364.807 2.541.738 - - 3.364.807 2.541.738Embalagens de consumo 492.600 - - - 492.600 -Outros 111.873 143.135 - - 111.873 143.135

7.013.717 5.094.463 - - 7.013.717 5.094.463Produtos e trabalhos em curso:

Florestas 1.053.109 835.588 35.931.059 34.401.316 36.984.168 35.236.904Papel 51.668 - - - 51.668 -Pasta 64.830 72.844 - - 64.830 72.844

1.169.607 908.432 35.931.059 34.401.316 37.100.666 35.309.748

Suprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 178.446 - - - 178.446 -

Produtos acabados e intermédiosPapel 2.848.765 - - - 2.848.765 -Pasta 2.219.782 1.350.703 - - 2.219.782 1.350.703Outros 27.592 10.953 - - 27.592 10.953

5.096.139 1.361.656 - - 5.096.139 1.361.656

Mercadorias 21.702 4.600 - - 21.702 4.600

Adiantamentos por conta de compras 836.029 844.634 829.651 1.696.557 1.665.680 2.541.191

14.315.640 8.213.785 36.760.710 36.097.873 51.076.350 44.311.658

Curto prazo Médio e longo prazo Total

A rubrica de materiais diversos inclui essencialmente peças de reserva para reparações emanutenção de equipamento básico.

As florestas e os contratos de corte diferido classificados a médio e longo prazo em 31 deDezembro de 2000 e de 1999, correspondem a florestas em fase de crescimento, as quais nãose espera sejam cortadas no prazo de um ano.

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 as existências à guarda de terceiros ascendiam a503.554 contos e 60.878 contos, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2000 as rubricas de adiantamentos a fornecedores e de adiantamentospor conta das compras registadas a curto e a médio e longo prazo correspondem aosadiantamentos a fornecedores para a aquisição de madeira. Os adiantamentos efectuadosresultam das condições de compra definidas contratualmente com um fornecedor para aaquisição de madeira a preço pré-determinado.

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Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2000, o movimento na rubrica produtos etrabalhos em curso – florestas foi como se segue:

Saldo inicial 35.236.904Custos de plantação, reflorestação e conservação 2.561.534Outros custos de manutenção 124.202Cortes efectuados no exercício (938.472)Saldo final 36.984.168

Nota 54 - Estado e Outros Entes Públicos

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 não existiam dívidas em situação de mora com oEstado e outros entes públicos. Os saldos com estas entidades eram os seguintes:

2000 1999 2000 1999

Imposto s/ valor acrescentado (IVA) 2.057.553 1.199.422 - -Imposto s/ rend. pessoas colect (IRC) 18.452 137.975 5.388.650 1.973.970Imposto s/ Rend. de Capitais e contribuição autárquica - retenções na fonte 32.215 70.040 19.486 -Segurança social - - 190.347 137.312Impostos sobre IRS - retenções na fonte - - 184.330 178.818Outros 74.020 2.708 80.660 22.320

2.182.240 1.410.145 5.863.473 2.312.420

Saldos devedores Saldos credores

O saldo credor da rubrica de Impostos sobre o rendimento das Pessoas Colectivas encontra-sereduzido pelos pagamentos por conta efectuados durante o exercício no montante de1.490.741 contos.

Nota 55 – Empresas do Grupo

Os saldos em 31 de Dezembro de 2000 e as transacções efectuadas durante o exercício findonaquela data, com as empresas do grupo Portucel, SGPS são as seguintes:

Clientes Outros Fornecedores Outros conta Empresas devedores conta Empresas credores

corrente do grupo (Nota 56) corrente do grupo (Nota 56)

Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S.A. - - 2.292 3.432 35.463.129 -Portucel Tejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 3.540 - 2.200.000 183.514 - -Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e Sacos de Papel, Lda. - 33.521 - 93.075 - 72.255Portucel International Trading, S.A. 179.183 - - 23.167 - -Portucel Serviços - Empresa de Prestação de Serviços, S.A. 176 - 1.531 31.170 - -CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A. 25.415 - - 45.675 - -Portucel España, S.A. - - 63.971 - - 73.767Outras - - 2.287 - - -

208.314 33.521 2.270.081 380.033 35.463.129 146.022

PassivoActivo

Fornecimentos Juros Vendas Jurose serviços e custos Prestações Proveitos e proveitos

Compras externos similares de serviços suplementares similares

Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S.A. - 23.700 551.910 47.317 5.625 -Portucel Tejo - Empresa de Celulose do Tejo, S.A. 21.571 - - 28.194 - -Portucel International Trading, S.A. 48.816 - - - -Portucel Serviços - Empresa de Prestação de Serviços, S.A. - 328.771 - 461 - -Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e Sacos de Papel, Lda. - 1.366 - - - 2.787CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, S.A. - 21.670 - 1.535.256 44.085 -Portucel España, S.A. - 16.465 - 16.866 - -Outras - - 12.654 - - 3.395

21.571 440.788 564.564 1.628.094 49.710 6.182

Transacções

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O montante incluído na rubrica empresas do grupo no passivo está registado a curto prazo eresulta de um saldo a pagar à Portucel, SGPS por diversas empresas do Grupo Portucel. Estascontas vencem juros em função do seu saldo diário, calculados a uma taxa de juro anual quese aproxima dos valores correntes de mercado.

A Portucel Serviços assegura ao Grupo os serviços de assistência administrativa e de gestãotendo os débitos por este apoio atingido 328.771 contos no exercício de 2000(1999: 349.832contos).

Nota 56 – Outros Devedores e Credores

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 o saldo a curto prazo desta rubrica apresentava aseguinte composição:

2000 1999 2000 1999

Pessoal 702.766 402.567 182.709 68.117Controlled Sport (Portugal) Turismo, Cinegética eAgricultura, SA - - 28.399 28.399Empresas do Grupo (Nota 55) 2.270.081 12.332 146.022 90.035Subsídio ao investimento (Nota 58) - - 431.908 431.608Credores por subscrições não liberadas - - 72.000 72.000Outros 399.771 261.279 95.356 72.317

3.372.618 676.178 956.394 762.476Provisão para outros devedores (Nota 46) (6.435) (6.435) - -

3.366.183 669.743 956.394 762.476

Saldos devedores Saldos credores

Os saldos em dívida pelo pessoal incluem 634.450 contos (1999: 371.142 contos) deadiantamentos concedidos pela Portucel Florestal por conta de indemnizações relativas acessações por mútuo acordo de contratos de trabalho que irão concretizar-se entre 2001 e2003. O valor bruto das indemnizações já pagas e a pagar pela Portucel Florestal ascenderáglobalmente a cerca de 1.180.000 contos, dos quais 204.330 contos e 266.348 contos referem-se a rescisões concluídas em 1999 e 2000, respectivamente, e que foram contabilizadas noexercício respectivo como outros custos e perdas extraordinários (ver Notas 23j) e 45).

Em 31 de Dezembro de 2000 o saldo a receber de empresas do grupo e associadas incluiessencialmente o valor da dívida pela Portucel Tejo na sequência da venda da participação naCPK (ver Nota 1).

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Nota 57 - Acréscimos e Diferimentos

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 os saldos destas rubricas apresentavam a seguintecomposição:

2000 1999

Acréscimos de ProveitosIndemnização por sinistros 136.754 188.867Subsídios à produção de energia a receber - 28.968Descontos em compras - 17.025Correcção de preços em vendas - 1.335Juros a receber 3.146 1.973Outros 13.055 35.279

152.955 273.447Custos Diferidos

Fundo de pensões (Nota 21 a)) 1.285.547 1.626.685Impostos diferidos activos (Nota 38) 1.191.760 -Grandes reparações (Nota 23 b)) 1.063.987 -Juros suportados com papel comercial 495.562 160.207Custos com formação em curso - 100.000Outros 142.514 28.552

4.179.370 1.915.444Acréscimos de Custos

Impostos diferidos passivos (Nota 38) 3.163.402 1.602.370Férias e Subsídios de Férias 962.095 734.647Descontos em vendas 228.070 4.890Juros a liquidar 197.617 46.432Fretes 177.833 89.989Pensões de pré reforma (Nota 23 i)) 48.684 125.922Fundo de pensões (Nota 21 a)) 6.309 -Outros 147.344 222.787

4.931.354 2.827.037Proveitos Diferidos

Subsídios para InvestimentoPrograma Estratégico da Dinamização e Modernização da Indústria Portuguesa (Nota 58) 1.273.931 1.518.909Outros Subsídios 1.759.492 273.879

3.033.423 1.792.788

Nota 58 – Subsídios ao Investimento

No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 1995 foi atribuído à Portucel umsubsídio no âmbito do Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da IndústriaPortuguesa (PEDIP II). Este subsídio revestindo a forma de subsídio reembolsável e desubsídio a fundo perdido, destinou-se à aplicação na execução de um projecto de investimentono montante global de 17 milhões de contos a realizar no período de 1994 e 1997.

O subsídio atribuído à Empresa, no montante de 5.111.316 contos, reparte-se da seguinteforma:

Subsídio reembolsável ao investimento 2.296.703Subsídio a fundo perdido 2.814.613

5.111.316

Relativamente ao subsídio reembolsável, a Empresa registou em outros credores o montanterecebido até 31 de Dezembro de 1999 (100% do subsídio) de 2.296.703 contos, deduzido daprimeira prestação vencida e paga em 1997, no montante de 22.967 contos e das prestações

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vencidas e pagas em 1998, 1999 e 2000, no montante de 1.166.534 contos. Este subsídio nãovence juros e será reembolsável em 10 prestações semestrais, vencendo-se a oitava em Maiode 2001. Desta forma 431.908 contos estão classificados em contas a pagar a curto prazo (verNota 56) e 675.295 contos estão classificados em contas a pagar a médio e longo prazo.

Relativamente ao subsídio a fundo perdido recebido, a Empresa tem registado em balanço omontante recebido na rubrica de proveitos diferidos (ver Nota 57).

Nota 59 – Caixa e Equivalentes

Em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 esta rubrica apresentava a seguinte composição:

2000 1999

Numerário 4.604 3.200Depositos bancários imediatamente mobilizáveis 2.238.969 902.664

2.243.573 905.864

Outros títulos negociáveis 10.761 10.761Outras aplicações de tesouraria 331.208 2.355.274

341.969 2.366.0352.585.542 3.271.899

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2000 e de 1999 a rubrica de balanço outros títulosnegociáveis inclui 1.480.653 acções que correspondem a 6,98% do capital da ENCE –Empresa Nacional de Celulose, SA, empresa espanhola produtora de pasta celulósica,registadas ao custo de aquisição de 3.666.685 contos (ver Nota 23 f)), que não foramconsideradas como sendo caixa ou seu equivalente de acordo com o disposto na DirectrizContabilística nº 14.

As outras aplicações de tesouraria referem-se a depósitos a curto prazo.

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Nota 60 – Demonstração de Resultados por Funções

a) Reconciliação da rubrica de resultados extraordinários evidenciada nademonstração dos resultados por naturezas e na demonstração de resultados porfunções

A demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com oestabelecido pela Directriz Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultadosextraordinários diferente do definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para apreparação da demonstração dos resultados por naturezas. Assim, em 31 de Dezembro de2000, parte do valor dos custos e perdas extraordinários no montante de 8.626.282 contos(1999:717.701 contos) e os proveitos e ganhos extraordinários no montante de 7 881 897contos (1999: 738.741 contos) apresentados na demonstração dos resultados por naturezas(ver Nota 45), foram reclassificados para as rubricas de resultados operacionais o montantelíquido de 764.616 contos (devedor), e para a rubrica de ganhos (perdas) não usuais, omontante de 20.321 contos (credor) (1999: 16.854 contos (devedor) e 37.894 contos (credor),respectivamente). Estas reclassificações proporcionaram as seguintes diferenças nas diversasnaturezas de resultados:

Por naturezas

Reclassificação Por funções Por naturezas

Reclassificação Por funções

Resultados operacionais 30.137.310 (764.616) 29.372.694 7.818.764 (16.854) 7.801.910Resultados financeiros (3.832.822) - (3.832.822) (360.933) - (360.933)Resultados correntes 26.304.488 (744.385) 25.560.103 7.457.831 21.040 7.478.871Resultados extraordinários (2.899.714) 744.385 (2.155.329) (2.252.988) (21.040) (2.274.028)Resultados líquido do exercício 15.484.918 - 15.484.918 3.259.450 - 3.259.450

Demonstração dos resultados em 2000 Demonstração dos resultados em 1999

b) Custo das vendas e das prestações de serviço

Produtos acabados e intermédios Mercadorias

Subprodutos, desp., resíduos e

refugosPrestações de serviços Total

Existências iniciais 1.361.656 4.600 - - 1.366.256Compras/entradas provenientes da produção 128.012.341 1.105.278 488.984 1.390.826 130.997.429Regularização de existências 370.282 - - - 370.282Saídas para a produção e imobilizado (57.061.468) - - - (57.061.468)Existências finais (5.096.139) (21.702) (178.446) - (5.296.287)Custo das vendas 67.586.672 1.088.176 310.538 1.390.826 70.376.212

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Nota 61 – Reconversão para Euros

Para efeitos informativos apresentam-se denominadas em Euros as principais rubricas dobalanço e da demonstração dos resultados:

Milhares deEscudos Euros

Milhares deEscudos Euros

Total do activo líquido 260.483.517 1.299.286.305 162.629.008 811.190.072Total do passivo 123.521.370 616.121.996 38.912.880 194.096.627Capital próprio 120.986.125 603.476.247 107.538.829 536.401.418Interesses minoritários 15.976.022 79.688.062 16.177.299 80.692.027Volume de negócios 108.426.235 540.827.780 62.442.914 311.463.942Resultados operacionais 30.137.310 150.324.269 7.818.764 38.999.830Resultados financeiros (3.832.822) (19.118.036) (360.933) (1.800.326)Resultados correntes 26.304.488 131.206.233 7.457.831 37.199.504Resultados antes de impostos 23.404.774 116.742.521 5.204.843 25.961.647Resultado consolidado com int. 15.285.615 76.244.326 3.149.999 15.712.129minor. do exercícioResultado líquido do exercício 15.484.918 77.238.445 3.259.450 16.258.068após com int.minor.

2000 1999

A taxa de conversão utilizada foi de 200$482 por cada Euro.

Nota 62 – Acontecimentos Subsequentes

Em reunião do Conselho de Administração da Empresa realizada em Janeiro de 2001 foidecidido proceder à convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária de Accionistas comvista a deliberar sobre uma proposta de aumento de capital da sociedade de 435.000.000 eurospara 1.100.000.000 euros através de emissão de 665.000.000 novas acções. Este aumento decapital proporcionará à empresa, conjuntamente com o financiamento sobre a forma de papelComercial em contratação (ver Nota 27), os fundos necessários à aquisição de participaçõesna Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, SA.

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5.1.3 Revisão de Contas

5.1.3.1 Certificação Legal das Contas individuais

Exercício de 2000

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da “Portucel – Empresa Produtorade Pasta e Papel, SA”, as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2000(que evidencia um total de Balanço de 233.502.362 contos e um total de capital própriode 120.988.715 contos, incluindo um resultado líquido de 15.484.918 contos), asDemonstrações dos resultados por naturezas e funções e a Demonstração dos fluxos decaixa do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2. È da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstraçõesfinanceiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira daEmpresa e o resultado das suas operações e dos fluxos de caixa, bem como a adopção depolíticas e critérios adequados e a manutenção de um sistema de controlo internoapropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e asDirectrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quaisexigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau desegurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorçõesmaterialmente relevantes. Para tanto o referido exame inclui:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgaçõesconstantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas emjuízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na suapreparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a suadivulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras.

5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão danossa opinião.

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Opinião

6. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeirae apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da“Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA”, em 31 de Dezembro de 2000, oresultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, emconformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites.

Lisboa, em 9 de Março de 2001

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188

Exercício de 1999

Introdução

1. Examinei as demonstrações financeiras anexas da “PORTUCEL INDUSTRIAL –Empresa Produtora de Celulose, SA”, as quais compreendem o Balanço em 31 deDezembro de 1999 ( que evidencia um total de Balanço de 144.928.753 contos e um totalde capital próprio de 107.540.566 contos, incluindo um resultado líquido de 3.259.450contos), as Demonstrações dos resultados por naturezas e funções e a Demonstração dosfluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstraçõesfinanceiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira daEmpresa e o resultado das suas operações, bem como a adopção de políticas e critériosadequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A minha responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,baseada no meu exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedi foi efectuado de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas daOrdem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado eexecutado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se asdemonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Paratanto o referido exame inclui:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgaçõesconstantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas emjuízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na suapreparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a suadivulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras.

5. Entendo que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão daminha opinião.

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189

Opinião

6. Em minha opinião, as demonstrações financeiras referidas apresentam de formaverdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posiçãofinanceira da “PORTUCEL INDUSTRIAL – Empresa Produtora de Celulose, SA”, em31 de Dezembro de 1999, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa noexercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticosgeralmente aceites.

Lisboa, em 24 de Março de 2000

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Exercício de 1998

Introdução

1. Examinei as demonstrações financeiras anexas da “PORTUCEL INDUSTRIAL –Empresa Produtora de Celulose, SA”, as quais compreendem o Balanço em 31 deDezembro de 1998 ( que evidencia um total de Balanço de 131.764.829 contos e um totalde capital próprio de 106.154.595 contos, incluindo um resultado líquido de 829.898contos), as Demonstrações dos resultados por naturezas e funções e a Demonstração dosfluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstraçõesfinanceiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira daEmpresa e o resultado das suas operações, bem como a adopção de políticas e critériosadequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A minha responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,baseada no meu exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedi foi efectuado de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas daCâmara dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado eexecutado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se asdemonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Paratanto o referido exame inclui:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgaçõesconstantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas emjuízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na suapreparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a suadivulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras.

5. Entendo que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão daminha opinião.

Opinião

6. Em minha opinião, as demonstrações financeiras referidas apresentam de formaverdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posiçãofinanceira da “PORTUCEL INDUSTRIAL – Empresa Produtora de Celulose, SA”, em31 de Dezembro de 1998, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no

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191

exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticosgeralmente aceites.

Lisboa, em 30 de Março de 1999

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5.1.3.2 Certificação Legal das Contas consolidadas

Exercício de 2000

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas da “PORTUCEL -Empresa Produtora de Celulose, SA”, as quais compreendem o Balanço consolidadoem 31 de Dezembro de 2000 (que evidencia um total de Balanço de 260.483.517 contos eum total de capital próprio de 120.986.125 contos, incluindo um resultado líquido de15.484.918 contos), as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e porfunções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naqueladata e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstraçõesfinanceiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posiçãofinanceira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidadodas suas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas ecritérios adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas eDirectrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quaisexigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau desegurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas dedistorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame inclui:

- a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidaçãoterem sido apropriadamente examinadas e, para os casos em que o não tenham sido, averificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelasconstantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos peloConselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

- a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método daequivalência patrimonial;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a suaaplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras consolidadas.

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5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão danossa opinião.

Opinião

6. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam deforma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posiçãofinanceira consolidada da “PORTUCEL – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA”, em31 de Dezembro de 2000, o resultado consolidado das suas operações e os fluxosconsolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com osprincípios contabilísticos geralmente aceites.

Lisboa, em 9 de Março de 2001

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Exercício de 1999

Introdução

1. Examinei as demonstrações financeiras consolidadas anexas da “PORTUCELINDUSTRIAL – Empresa Produtora de Celulose, SA”, as quais compreendem oBalanço consolidado em 31 de Dezembro de 1999 (que evidencia um total de Balanço de162.692.008 contos e um total de capital próprio de 107.538.829 contos, incluindo umresultado líquido de 3.259.450 contos), a Demonstração consolidada dos resultados pornaturezas e por funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercíciofindo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstraçõesfinanceiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posiçãofinanceira do conjunto das empresas englobadas na consolidação, o resultado consolidadodas suas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas ecritérios adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.

3. A minha responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,baseada no meu exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedi foi efectuado de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas daOrdem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado eexecutado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se asdemonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmenterelevantes. Para tanto o referido exame inclui:

- a verificação de as demonstrações financeiras das empresas englobadas naconsolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos em que o nãotenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias edivulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos ecritérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

- a verificação das operações de consolidação e (quando for o caso) da aplicação dométodo da equivalência patrimonial;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a suaaplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras consolidadas.

5. Entendo que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão daminha opinião.

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Opinião

6. Em minha opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas apresentam deforma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posiçãofinanceira consolidada da “PORTUCEL INDUSTRIAL – Empresa Produtora deCelulose, SA”, em 31 de Dezembro de 1999, o resultado consolidado das suas operaçõese os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade comos princípios contabilísticos geralmente aceites.

Lisboa, em 24 de Março de 2000

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Exercício de 1998

Introdução

1. Examinei as demonstrações financeiras consolidadas anexas da “PORTUCELINDUSTRIAL – Empresa Produtora de Celulose, SA”, as quais compreendem oBalanço consolidado em 31 de Dezembro de 1998 (que evidencia um total de Balanço de154.896.512 contos e um total de capital próprio de 106.152.859 contos, incluindo umresultado líquido de 829.898 contos), a Demonstração consolidada dos resultados pornaturezas e funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findonaquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstraçõesfinanceiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posiçãofinanceira do conjunto das empresas englobadas na consolidação, o resultado consolidadodas suas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas ecritérios adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.

3. A minha responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,baseada no meu exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedi foi efectuado de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas daCâmara dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado eexecutado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se asdemonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmenterelevantes. Para tanto o referido exame inclui:

- a verificação de as demonstrações financeiras das empresas englobadas naconsolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos em que o nãotenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias edivulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos ecritérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

- a verificação das operações de consolidação e (quando for o caso) da aplicação dométodo da equivalência patrimonial;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a suaaplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dasdemonstrações financeiras consolidadas.

5. Entendo que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão daminha opinião.

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Opinião

6. Em minha opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas apresentam deforma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posiçãofinanceira consolidada da “PORTUCEL INDUSTRIAL – Empresa Produtora deCelulose, SA”, em 31 de Dezembro de 1998, o resultado consolidado das suas operaçõese os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade comos princípios contabilísticos geralmente aceites.

Lisboa, em 30 de Março de 1999

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5.2 Cotações

A Portucel tem admitidas à negociação no mercado de cotações oficiais da BVLP192.600.000 acções.

No quadro seguinte apresenta-se a evolução das cotações das acções da Portucel e asquantidades transaccionadas aos últimos 12 meses na Bolsa de Valores de Lisboa e Porto:

Quantidade Cotação Cotação CotaçãoAno Mês Transaccionada Mínima Média Máxima

2000 Julho 2.675.594 6,42 6,81 7,05Agosto 2.296.974 6,59 6,86 7,10Setembro 1.618.353 6,64 6,93 7,20Outubro 2.170.829 6,23 6,47 6,74Novembro 3.190.720 6,30 6,75 7,00Dezembro 4.066.231 6,89 7,14 7,23

2001 Janeiro 7.316.859 1,41 3,43 7,39Fevereiro 12.214.673 1,42 1,46 1,51Março 12.130.793 1,22 1,37 1,45Abril 9.126.079 1,08 1,23 1,25Maio 6.623.175 1,15 1,20 1,24Junho 7.883.365 0,93 1,02 1,20Julho 7.041.220 0,90 0,94 0,99

Fonte: DatisUnidade: Euros

Mercado de Cotações Oficiais da BVLPData

A análise da evolução das cotações da Portucel entre Dezembro de 2000 e Janeiro de 2001deverá ter em conta o stock split ocorrido em Janeiro de 2001.

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5.3 Demonstrações de Fluxos de Caixa

Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Demonstração de Fluxos de Caixa Individuais em 31 de Dezembro de 2000, 1999 e 1998

(Montantes expressos em milhares de escudos)

Notas 2000 1999 1998

ACTIVIDADES OPERACIONAISRecebimentos de Clientes 101.566.824 59.840.024 53.472.250Pagamentos a Fornecedores (61.126.857) (45.681.963) (39.128.523)Pagamentos ao Pessoal (10.087.745) (7.486.702) (6.721.196)

Fluxos Gerados pelas Operações 30.352.222 6.671.359 7.622.531

Pagamento/Recebimento do Imposto s/ Rendimento (3.129.411) (136.678) (886.644)Outros pag./receb. Relativos à actividade operacional (8.537.004) 423.365 (151.275)

Fluxos Gerados antes das Rubricas Extraordinárias 18.685.807 6.958.046 6.584.612

Recebimentos relacionados com Rubricas Extraordinárias 882.896 275.065 130.840Pagamentos relacionados com Rubricas Extraordinárias (937.738) (181.379) (465.261)

Fluxos das Actividades Operacionais (1) 18.630.965 7.051.732 6.250.191

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTORecebimentos Provenientes de:

Investimentos Financeiros 2.200.000 - -Imobilizações Corpóreas 2.454.827 2.615 2.624Subsídios ao Investimento - 520.534 -Juros e Proveitos similares 1.814.532 600.703 640.903Dividendos 237.013 212 303

Pagamentos Respeitantes a:Investimentos Financeiros (51.075.009) (82.548) -Imobilizações Corpóreas (11.307.818) (3.272.495) (5.202.581)Imobilizações Incorpóreas - (570.720) (549.403)Empréstimos concedidos a empresas do grupo - (6.903.285) (1.911.704)Títulos Negociáveis - - (3.666.685)

Fluxos das Actividades de Investimento (2) (55.676.455) (9.704.984) (10.686.543)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTORecebimentos Provenientes de:

Empréstimos Obtidos 42.570.559 7.966.648 -Pagamentos Respeitantes a:

Empréstimos Obtidos - - (495.373)Amortizações de contratos de locação financeira (180.999) (8.599) (4.847)Juros e Custos Similares (4.706.180) (953.720) (935.883)Dividendos 40 (1.522.500) (1.522.500) (2.175.000)

Fluxos das Actividades de Investimento (3) 36.160.880 5.481.829 (3.611.103)

Variação de Caixa e seus Equivalentes (4=1+2+3) (884.610) 2.828.577 (8.047.455)

Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 3.037.752 209.175 8.256.630Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 17 2.153.142 3.037.752 209.175As Notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Demonstração de Fluxos de Caixa Consolidados em 31 de Dezembro de 2000, 1999 e1998

(Montantes expressos em milhares de escudos)

Notas 2000 1999 1998

ACTIVIDADES OPERACIONAISRecebimentos de Clientes 101.528.662 59.691.851 54.440.151Pagamentos a Fornecedores (60.868.915) (41.809.462) (40.800.984)Pagamentos ao Pessoal (12.457.367) (9.569.353) (7.443.188)

Fluxos Gerados pelas Operações 28.202.380 8.313.036 6.195.979

Pagamento/Recebimento do Imposto s/ Rendimento (3.177.513) (76.136) (1.002.157)Outros pag./receb. Relativos à actividade operacional (8.474.923) 180.068 (1.405.625)

Fluxos Gerados antes das Rubricas Extraordinárias 16.549.944 8.416.968 3.788.197

Recebimentos relacionados com Rubricas Extraordinárias 1.287.208 303.130 322.127Pagamentos relacionados com Rubricas Extraordinárias (1.454.378) (320.156) (553.984)

Fluxos das Actividades Operacionais (1) 16.382.774 8.399.942 3.556.340

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTORecebimentos Provenientes de:

Imobilizações Corpóreas 2.755.651 70.531 378.570Subsídios ao Investimento 297.420 520.534 -Juros e proveitos similares 1.849.939 538.294 706.877Dividendos 237.013 98.336 -

5.140.023 1.227.695 1.085.447Pagamentos Respeitantes a:

Investimentos Financeiros (49.192.285) (22.524)Imobilizações Corpóreas e Incorpóreas (13.008.443) (4.183.380) (7.217.479)

- - (3.666.685)(62.200.728) (4.205.904) (10.884.164)

Fluxos das Actividades de Investimento (2) (57.060.705) (2.978.209) (9.798.717)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTORecebimentos Provenientes de:

Emprpestimos Obtidos 46.660.907 5.378.316 1.895.903Juros e Proveitos SimilaresRendimentos de Aplicações Financeiras

Pagamentos Respeitantes a:Emprpestimos Obtidos - (5.587.384) (258.555)Amortização de contratos de locação financeira (190.256) (10.884) (6.499)Juros e Custos Similares (4.956.577) (1.006.306) (1.372.935)Dividendos 51 (1.522.500) (1.522.500) (2.175.000)

Fluxos das Actividades de Investimento (3) 39.991.574 (2.748.758) (1.917.086)

Variação de Caixa e seus Equivalentes (4=1+2+3) (686.357) 2.672.975 (8.159.463)

Caixa e seus Equivalentes no Início do Período 3.271.899 598.924 8.758.387Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 59 2.585.542 3.271.899 598.924As Notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

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5.4 Informação sobre as Participadas

Descrevem-se a seguir as participações financeiras mais relevantes da Portucel, à data de 30de Junho de 2001 (valores em milhares de euros, salvo indicação em contrário):

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, S.A.

Sede Social: Lavos, Figueira da FozDomínio de actividade: Produção de pasta e papelFracção de capital detido: 100%Capital Subscrito: 320.760,6Reservas: 157.916,1Resultado líquido: 49.179,9Valor contabilístico da participação: 1.204.035,2Montante ainda por liberar das acções ou partes que detém: -Dividendos recebidos: -Montante dos créditos da Portucel relativamente à Soporcel:

Clientes conta corrente 1.713,1Empresas do Grupo - m l prazo -Empresas do Grupo - curto prazo -Outros devedores -

Montante dos débitos da Portucel relativamente à Soporcel:Fornecedores conta corrente 1.805,6Empresas do Grupo - curto prazo -Outros credores -

Montante das transacções entre a Portucel e a Soporcel:Compras 906,8Fornecimentos e serviços externos -Juros e custos similares -Vendas 128,2Prestações de serviços -Proveitos suplementares -Juros e proveitos similares 49.191,8

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Portucel Florestal - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA

Sede Social: Av. Joaquim António de Aguiar, nº 3 - LisboaDomínio de actividade: Produção Florestal e AgrícolaFracção de capital detido: 60%Capital Subscrito (em milhares de escudos): 18.900.000Reservas: 518,3Prestações Acessórias: 79.807,7Resultado líquido: -1.275,3Valor contabilístico da participação: 102.323,8Montante ainda por liberar das acções ou partes que detém: -Dividendos recebidos: -Montante dos créditos da Portucel relativamente à participada:

Clientes conta corrente -Empresas do Grupo - m l prazo 26.109,4Empresas do Grupo - curto prazo -Outros devedores 20,8

Montante dos débitos da Portucel relativamente à participada:Fornecedores conta corrente 2.912,0Empresas do Grupo - curto prazo -Outros credores -

Montante das transacções entre a Portucel e a participada:Compras 5.341,4Fornecimentos e serviços externos 3,7Juros e custos similares 765,2Vendas -Prestações de serviços -Proveitos suplementares -Juros e proveitos similares 383,3

Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, SA

Sede Social: Av. Joaquim António de Aguiar, nº 3 - LisboaDomínio de actividade: Produção de EnergiaFracção de capital detido: 100%Capital Subscrito: 50Reservas: -Prestações Acessórias: -Resultado líquido: -306,3Valor contabilístico da participação: -226,2Montante ainda por liberar das acções ou partes que detém: -Dividendos recebidos: -Montante dos créditos da Portucel relativamente à participada:

Clientes conta corrente 3.635,5Empresas do Grupo - m l prazo -Empresas do Grupo - curto prazo -Outros devedores -

Montante dos débitos da Portucel relativamente à participada:Fornecedores conta corrente 3.796,1Empresas do Grupo - curto prazo -Outros credores -

Montante das transacções entre a Portucel e a participada:Compras -Fornecimentos e serviços externos 21.654,1Juros e custos similares 306,3Vendas -Prestações de serviços 6.671,2Proveitos suplementares 12.438,3Juros e proveitos similares -

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Celpinus - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA

Sede Social: Av. Joaquim António de Aguiar, nº 3 - LisboaDomínio de actividade: Exploração Florestal de PinhoFracção de capital detido: 60%Capital Subscrito (em milhares de escudos): 1.850.000Reservas: -Prestações Acessórias: -Resultado líquido: -91,8Valor contabilístico da participação: 5.231,9Montante ainda por liberar das acções ou partes que detém: -Dividendos recebidos: -Montante dos créditos da Portucel relativamente à participada:

Clientes conta corrente -Empresas do Grupo - m l prazo 3.201,2Empresas do Grupo - curto prazo -Outros devedores -

Montante dos débitos da Portucel relativamente à participada:Fornecedores conta corrente -Empresas do Grupo - curto prazo -Outros credores -

Montante das transacções entre a Portucel e a participada:Compras 24,2Fornecimentos e serviços externos -Juros e custos similares 55,1Vendas -Prestações de serviços -Proveitos suplementares -Juros e proveitos similares 87,0

Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, Imobiliário e Turístico, SA

Sede Social: Av. Joaquim António de Aguiar, nº 3 - LisboaDomínio de actividade: Expl. florestal, actividades turísticas e cinegéticasFracção de capital detido: 60%Capital Subscrito (em milhares de escudos): 3.750.000Reservas: -Prestações Acessórias: -Resultado líquido: -2.036,6Valor contabilístico da participação: 9.934,1Montante ainda por liberar das acções ou partes que detém: -Dividendos recebidos: -Montante dos créditos da Portucel relativamente à participada:

Clientes conta corrente -Empresas do Grupo - m l prazo 10.950,7Empresas do Grupo - curto prazo -Outros devedores -

Montante dos débitos da Portucel relativamente à participada:Fornecedores conta corrente 33,7Empresas do Grupo - curto prazo -Outros credores -

Montante das transacções entre a Portucel e a participada:Compras 414,9Fornecimentos e serviços externos -Juros e custos similares 1.222,0Vendas -Prestações de serviços -Proveitos suplementares 0,0Juros e proveitos similares 297,8

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SPCG - Sociedade Portuguesa de Cogeração Eléctrica, SA

Sede Social: Mitrena - SetúbalDomínio de actividade: Produção de EnergiaFracção de capital detido: 100%Capital Subscrito (milhares de escudos): 100.000Reservas: 8,7Prestações Acessórias: 2.992,8Resultado líquido: -238,7Valor contabilístico da participação: 936,4Montante ainda por liberar das acções ou partes que detém: -Dividendos recebidos: -Montante dos créditos da Portucel relativamente à participada:

Clientes conta corrente 25,9Empresas do Grupo - m l prazo -Empresas do Grupo - curto prazo -Outros devedores -

Montante dos débitos da Portucel relativamente à participada:Fornecedores conta corrente 1.928,0Empresas do Grupo - curto prazo -Outros credores -

Montante das transacções entre a Portucel e a participada:Compras 3.170,8Fornecimentos e serviços externos 6.482,8Juros e custos similares 238,7Vendas -Prestações de serviços 153,1Proveitos suplementares 5,4Juros e proveitos similares -

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5.5 Informação sobre os Participantes

Descrevem-se a seguir as principais empresas participantes na Portucel, à data de 30 de Junhode 2001 (valores em milhares de euros, salvo indicação em contrário):

Papercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA

Sede Social: Av. Joaquim António de Aguiar, nº3 - LisboaDomínio de actividade: Sociedade gestora de participações sociaisFracção de capital detido: 55,72%Montante dos créditos da Portucel relativamente à participante:

Clientes conta corrente -Empresas do Grupo - m l prazo -Empresas do Grupo - curto prazo -Outros devedores -

Montante dos débitos da Portucel relativamente à participante:Fornecedores conta corrente -Empresas do Grupo - curto prazo -Outros credores 461.895,3

Montante das transacções entre a Portucel e a participante:Compras -Fornecimentos e serviços externos -Juros e custos similares -Vendas -Prestações de serviços -Proveitos suplementares -Juros e proveitos similares -

Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA

Sede Social: Av. Joaquim António de Aguiar, nº 3 - LisboaDomínio de actividade: Sociedade gestora de participações sociaisFracção de capital detido na Papercel, SA: 50%Montante dos créditos da Portucel relativamente à participante:

Clientes conta corrente -Empresas do Grupo - m l prazo -Empresas do Grupo - curto prazo -Outros devedores 0,2

Montante dos débitos da Portucel relativamente à participante:Fornecedores conta corrente -Empresas do Grupo - curto prazo 45090,5Outros credores 2,5

Montante das transacções entre a Portucel e a participante:Compras -Fornecimentos e serviços externos 337,5Juros e custos similares 1722,1Vendas -Prestações de serviços 110,1Proveitos suplementares -Juros e proveitos similares -

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Parpública - Participações Públicas (SGPS), SA

Sede Social: R. do Comércio, 100, 3º, LisboaDomínio de actividade: Gestão de participações sociais públicasFracção de capital detido na Papercel, SA: 50%Montante dos créditos da Portucel relativamente à participante:

Clientes conta corrente -Empresas do Grupo - m l prazo -Empresas do Grupo - curto prazo -Outros devedores -

Montante dos débitos da Portucel relativamente à participante:Fornecedores conta corrente -Empresas do Grupo - curto prazo -Outros credores -

Montante das transacções entre a Portucel e a participante:Compras -Fornecimentos e serviços externos -Juros e custos similares -Vendas -Prestações de serviços -Proveitos suplementares -Juros e proveitos similares -

A Parpública e a Portucel SGPS são duas entidades detidas exclusivamente pelo Estado.

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5.6 Diagrama de Relações de Participação

O diagrama de relações de participação à data de 30 de Junho de 2001 era o seguinte:

Portucel SGPS

Papercel SGPS

50% 50%

55,72%

Parpública

Inapa U.K.100%

Enerpulp100%

Sacocel100%

Arboser50%

PortucelFlorestal

60%

Celpinus60%

Lazer e Floresta

60%

Sagitta100%

Inapa Espanha100%

Tecnipapel100%

Gespapel100%

SPCG100%

Setipel100%

Portucel Brasil99%

PortucelInt. Trading

80%

Raiz43%

AliançaFlorestal

50%

Soporcel100%

Emporsil100%

Empremédia100%

Empresil100%

Soporcel España100%

Soporcel International

100%

Soporcel Italia100%

SoporcelUnited Kingdom

100%

Soporcel France100%

Soporcel 2000100%

8%

43%

Sonae

Free Float

17,52%

26,76%

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5.7 Responsabilidades

Em 30 de Junho de 2001 a Portucel detinha as seguintes responsabilidades:

� Garantias bancárias prestadas a terceiros

Em 30 de Junho de 2001 as garantias bancárias apresentadas pelo Grupo a favor deterceiros ascendiam a 15.941,1 milhares de euros tal como apresentado no quadro abaixo:

Entidades Beneficiárias Valor (milhares de euros)

Responsabilidades da PortucelIAPMEI 6.054,9IAPMEI 5.728,0IAPMEI 99,9Alfândega Setúbal 244,4IAPMEI 586,9IAPMEI 370,6D.G.C. I. - IVA 1.825,8Sub-total 14.910,5

Responsabilidades da TecnipapelLTE - Elct. Portugal 1,3Sub-total 1,3

Responsabilidades da PortucelIAPMEI 803,6Trib. 1ª Instância 108,4Minist. Obras Públicas 43,4Outras Garantias 73,8Sub-total 1.029,3

Total 15.941,1

� Valores devidos em consequência de contratos de leasing celebrados pela Portucel

A 30 de Junho de 2001, a Portucel (Grupo) detinha contratos de locação financeira novalor de 17.138.315 euros.

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6 - PERSPECTIVAS FUTURAS

O sector da pasta e do papel foi caracterizado nos últimos anos, e em particular no ano 2000,por um número significativo de fusões e aquisições a nível mundial, o que proporcionou oreforço das companhias globais (caso das grandes empresas nórdicas, em particular a StoraEnso, a UPM-Kymmene, a Norske Skog e a SCA, que adquiriram activos papeleiros muitosubstanciais fora da Europa, nomeadamente no continente americano), mas também de alguns“campeões regionais” em segmentos de mercado específicos, dos quais a Portucel é um bomexemplo.

Neste contexto, verificou-se uma profunda alteração do perfil da Portucel, na sequência dasaquisições recentes da Papéis Inapa e da Soporcel, apresentando-se, actualmente, como umdos maiores grupos europeus no negócio dos papéis de impressão e escrita não revestidos.

Estes investimentos, de natureza estratégica, permitiram reforçar claramente oposicionamento competitivo da Portucel, possibilitando uma redução da sua exposição aonegócio pasta, onde os europeus estão a sofrer a concorrência cada vez mais forte dasempresas do hemisfério sul. Por outro lado, estes investimentos permitiram à Empresa reduzira volatilidade das suas receitas e cash flows, capitalizando o facto se ser um dos produtores demais baixo custo de papel uncoated woodfree na Europa, incrementar o valor acrescentado dasua matéria prima lenhosa e aumentar o potencial de diferenciação do eucalipto, enquantomatéria prima especialmente adaptada à produção de papel de impressão e escrita.

De facto, a queda dos preços da pasta que se tem vindo a registar desde o final do anotransacto não deverá afectar a performance da Empresa de maneira idêntica ao que aconteceuno passado. Apesar da queda dos preços da pasta, os preços do papel de impressão e escrita,que sendo também cíclicos apresentam uma volatilidade significativamente menor, têm-semantido a um nível ligeiramente inferior, mas relativamente próximos do registado no final de2000.

Com a entrada em funcionamento da segunda máquina de papel da Soporcel, o volume depasta colocado no mercado pelo Grupo PortucelSoporcel apenas representa cerca de um terçodo total das quantidades de pasta e papel vendidas, o que permitiu diluir de formasignificativa, o impacto da maior volatilidade dos preços da pasta.

Por outro lado, as vantagens específicas da pasta de eucalipto para a sua utilização final,designadamente em produtos de elevado valor acrescentado, dos quais se destacam os papéisde impressão e escrita, têm sido reconhecidas pelo mercado. Esta situação associada ao factode, segundo a EMGE, os papéis de impressão e escrita apresentarem das mais elevadas taxasde crescimento da procura entre os diversos tipos de papéis, fazem prever que a evolução daprocura destes papéis será suficiente para absorver eventuais aumentos de capacidade, osquais, de acordo com a informação disponível, não deverão ser muito significativos.

Assim, espera-se que, nos próximos anos, o posicionamento competitivo do GrupoPortucelSoporcel venha a ser significativamente reforçado, não só pela redução davolatilidade das suas receitas e cash flows e de ser um dos produtores de pasta e de papel demais baixo custo da Europa, mas também pela concretização do seguinte plano deinvestimentos orientado para o controle dos custos de produção:

� Aumento de produtividade florestal através do melhoramento genético das plantas e daaplicação de melhores e mais avançadas técnicas e práticas silvícolas, da expansãolimitada e selectiva da área florestada, da diminuição dos custos de produção e exploraçãoflorestal e da redução dos custos associados à movimentação de madeiras;

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� Acréscimo da eficiência das unidades fabris, através da implementação das melhorespráticas utilizadas a nível internacional;

� Optimização da produção da pasta e do papel, mediante a realização de investimentos quepoderão conduzir a aumentos, ainda que marginais, das capacidades instaladas,possibilitando à Empresa tirar partido da expansão da procura que se venha a registar nomercado e simultaneamente diluir custos fixos unitários.

A este respeito refira-se que do acordo de colaboração industrial celebrado recentemente pelaPortucel e pelo Grupo Empresarial Ence, SA - maior produtor ibérico e segundo maiorprodutor mundial de BEKP para mercado (Hawkins Wright – Março 2001) - poderão resultarsinergias apreciáveis para as duas empresas.

Assim, a nível florestal é de destacar as sinergias que poderão ser obtidas na sequência doaumento da produtividade das matas de eucalipto, através da partilha de experiências noâmbito da investigação florestal e utilização de práticas e técnicas silvícolas mais eficazes, daoptimização dos processos de exploração florestal e da optimização dos custos associados àimportação e à movimentação de madeiras.

No âmbito industrial merece particular destaque a colaboração das duas empresas ao nível domelhoramento contínuo dos processos de fabricação da pasta, com ênfase na minimização doimpacto ambiental, do aumento da diferenciação da fibra de eucalipto globulus paraincrementar ainda mais as suas vantagens para a produção de papéis e em traços mais gerais,a diluição dos riscos de investimentos de expansão ou diversificação que uma ou outraempresa venham a efectuar.

A Portucel pretende, através de crescimento orgânico e de aquisições e/ou de aliançasestratégicas, criar um Grupo ao nível da Península Ibérica capaz de obter uma posição dedestaque no mercado mundial da pasta branqueada de eucalipto e no mercado europeu depapel de impressão e escrita.

No que respeita ao crescimento orgânico, o Grupo PortucelSoporcel poderá vir a equacionarnovos aumentos de capacidade de papel na Península Ibérica, pela via da integração dacapacidade de produção de pasta já instalada e, eventualmente, a realização de investimentosna área da pasta em outras zonas do mundo, nomeadamente na América Latina, tendo emconta o custo favorável da madeira nesta zona do globo.

A política de aquisições e de alianças estratégicas deverá ser selectiva e privilegiar asempresas que utilizem o eucalipto como principal matéria-prima. Por outro lado, os potenciaisalvos/parceiros deverão ser preferencialmente produtores com baixo custo de madeira.

A concretização dos novos investimentos, quer sejam efectuados mediante aquisições e/oualianças estratégicas, quer sejam novas capacidades de raiz, deverá pressupor a realização dosnecessários estudos de viabilidade, que confirmem a atractividade de tais investimentos e asua capacidade para acrescentar valor à Portucel, não pondo nunca em causa a solvabilidadeda Empresa, devendo esta apresentar de um modo contínuo um rating em linha com o dasmaiores empresas internacionais do sector.

Foi já aprovada a 2ª fase de reprivatização da Portucel, a qual deverá seguir a metodologiadescrita no ponto 3.5 Informações Relativas ao Capital.

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7 - RELATÓRIOS DE AUDITORIA

7.1 Demonstrações Financeiras Individuais

Reproduz-se de seguida o teor dos Relatórios de Auditor Externo da Portucel – EmpresaProdutora de Pasta e Papel, S.A. dos exercícios de 2000, 1999 e 1998 e ainda a Revisãolimitada às contas do primeiro semestre de 2001.

Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Revisão Limitada – 1º Semestre de 2001

Introdução

1) Para efeitos do artigo 246º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nossorelatório de revisão limitada sobre a informação financeira do primeiro semestre doexercício de 2001 da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA a qual incluio Balanço referente a 30 de Junho de 2001, a Demonstração dos Resultados por naturezasdo semestre então findo e o respectivo anexo, documentos que evidenciam um total debalanço de 2 205 811 milhares de euros e um total de capital próprio de 645 923 milharesde euros, incluindo um resultado líquido após impostos de 55 699 milhares de euros.

2) As quantias das demonstrações financeiras, bem como a informação financeira históricacontida no Relatório de Gestão são as que constam dos registos contabilísticos, que foramobjecto do nosso trabalho.

Responsabilidades

3) É da responsabilidade do Conselho de Administração: (i) a informação financeirahistórica preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites emPortugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conformeexigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (ii) a adopção de políticas e critérioscontabilísticos adequados; (iii) a manutenção de um sistema de controlo internoapropriado; e (iv) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a suaactividade, posição financeira ou resultados.

4) A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nosdocumentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa,verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita conforme exigido pelo Código dos ValoresMobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente sobre essainformação, baseada no nosso trabalho.

As demonstrações financeiras em 30 de Junho de 2001 de uma subsidiária, cujosresultados são incluídos nas contas individuais da Portucel, SA pelo método daequivalência patrimonial, foram objecto de revisão por outro auditor, em cujo parecernos baseámos para expressar o nosso parecer sobre os resultados relativos a essasubsidiária.

Âmbito

5) Excepto quanto à limitação descrita no parágrafo 8 abaixo, o trabalho a que procedemosconsubstancia uma revisão limitada tendo, portanto, como objectivo obter uma segurançamoderada de que a informação acima referida não contém distorções materialmenterelevantes. O nosso trabalho, foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e

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Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas,foi planeado de acordo com aquele objectivo e consistiu principalmente em indagações eprocedimentos analíticos destinados a rever: (i) a fiabilidade das asserções constantes dainformação financeira; (ii) a adequação das políticas contabilísticas adoptadas, tendo emconta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (iii) a aplicação, ou não, doprincípio da continuidade; (iv) a apresentação da informação financeira; (v) se ainformação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita; e (vi) narevisão das transacções não usuais de grande significado.

6) O nosso trabalho abrangeu ainda a verificação da concordância do Relatório de Gestãocom a informação financeira divulgada.

7) Entendemos que o trabalho efectuado, não tendo por objectivo proporcionar tantasegurança quanto uma auditoria e não permitindo expressar uma opinião, proporcionauma base aceitável para a expressão do presente parecer.

Reserva (por limitação de âmbito)

8) Conforme descrito nas Notas 3 d) e 16 do Anexo, encontra-se ainda por quantificar, emtermos definitivos, o valor do “goodwill” a apurar no contexto da operação de aquisiçãodo capital social da Soporcel – Empresa Sociedade Portuguesa de Papel, SA e,consequentemente, não foi registada no semestre a correspondente amortização. Estasituação é consequência da circunstância de se encontrarem ainda em curso os estudosespecializados necessários à quantificação dos ajustamentos devidos pelo efeito daatribuição do justo valor a alguns activos, que se espera fiquem concluídos no decurso doterceiro trimestre de 2001.

Parecer

9) Com base no trabalho efectuado e no trabalho do outro auditor, o qual foi executadotendo em vista a obtenção de uma segurança moderada, excepto quanto aos efeitos dosajustamentos que poderiam revelar-se necessários caso não existisse a limitação referidano parágrafo 8 acima, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que ainformação financeira do semestre findo em 30 de Junho de 2001 contém distorçõesmaterialmente relevantes que afectem a sua conformidade com os princípioscontabilísticos geralmente aceites em Portugal e que não seja completa, verdadeira,actual, clara, objectiva e lícita.

Lisboa, 25 de Julho de 2001

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por

António Alberto Henriques Assis, R.O.C.

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Relatório do Auditor Externo – 2000

Introdução

1) Para efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o Relatóriode Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de Gestão e sobre asDemonstrações Financeiras anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2000 daPortucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA as quais compreendem o Balanço em31 de Dezembro de 2000 (que evidencia um total de 233 502 362 contos e um total decapital próprio de 120 988 715 contos, incluindo um resultado líquido de 15 484 918contos), a Demonstração dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstraçãodos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2) É da responsabilidade do Conselho de Administração da Sociedade: (i) a preparação dorelatório de gestão e de demonstrações financeiras do exercício que apresentem de formaverdadeira e apropriada a posição financeira da Sociedade, o resultado das suas operaçõese os fluxos de caixa; (ii) a informação financeira histórica preparada de acordo com osprincípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e que seja completa, verdadeira,actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;(iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de umsistema de controlo interno apropriado; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante quetenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados.

3) A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nosdocumentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa,verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita conforme exigido pelo Código dos ValoresMobiliários, com o objectivo de expressar uma opinião profissional e independente sobreessa informação, baseada na nossa auditoria.

Âmbito

4) A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes deAuditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que a mesma sejaplaneada e executada com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se asdemonstrações financeiras não contêm, ou contêm, distorções materialmente relevantes.Para tanto a referida auditoria incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, dosuporte das quantias constantes das demonstrações financeiras e a avaliação dasestimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração daSociedade, utilizados na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas aspolíticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;(iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (iv) a apreciação sobrese é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e (v) sea informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

5) A nossa auditoria abrangeu ainda o Relatório de gestão, tendo incluído a verificação dasua concordância com a informação financeira divulgada.

6) Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressãoda nossa opinião.

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Opinião

7) Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acimaapresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmenterelevantes, a posição financeira da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA em31 de Dezembro de 2000, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercíciofindo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceitesem Portugal e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara,objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários.

Lisboa, 9 de Fevereiro de 2001

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados

- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por

Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira

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Portucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, S.A.

Relatório do Auditor Externo – 1999

Introdução

1) Nos termos da legislação aplicável, apresentamos o Relatório de Auditoria sobre ainformação financeira contida nos documentos de prestação de contas da PortucelIndustrial – Empresa Produtora de Celulose, SA. Estes documentos compreendem oRelatório de gestão, o Balanço a 31 de Dezembro de 1999 (que evidencia um total de 144928 753 contos e um total de capital próprio de 107 540 566 contos, incluindo umresultado líquido de 3 259 450 contos), as Demonstrações dos resultados por naturezas epor funções e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e oscorrespondentes anexos.

Responsabilidades

2) É da responsabilidade da Administração da Empresa a preparação dos documentos deprestação de contas, incluindo o relatório de gestão e demonstrações financeiras queapresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e oresultado das suas operações e os fluxos de caixa e satisfaçam os princípios desuficiência, veracidade, objectividade e actualidade exigidos pelo Código do Mercado deValores Mobiliários, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticosadequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3) A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida naquelesdocumentos, designadamente no que respeita aos princípios exigidos pelo Código doMercado de Valores Mobiliários, com o objectivo de expressar uma opinião profissional eindependente sobre essa informação, baseada na nossa auditoria.

Âmbito

4) A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas daOrdem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que a mesma seja planeada eexecutada com o objectivo de se obter um grau de segurança aceitável sobre se ainformação financeira contida nos documentos de prestação de contas está isenta dedistorções materialmente relevantes. Para tanto a referida auditoria incluiu:

� a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgaçõesconstantes dos documentos de prestações de contas e a avaliação das estimativas,baseadas em juízos e critérios definidos pela Administração, utilizadas na suapreparação;

� a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a suadivulgação, tendo em conta as circunstâncias;

� a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

� a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dos documentosde prestação de contas.

5) A nossa auditoria abrangeu ainda a verificação da concordância do Relatório de gestãocom a informação financeira divulgada, bem como a verificação de estarem satisfeitos osprincípios exigidos pelo Código do Mercado de Valores Mobiliários.

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6) Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressãoda nossa opinião.

Conclusões

7) Em nossa opinião, a informação financeira constante dos mencionados documentos deprestação de contas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectosmaterialmente relevantes, a posição financeira da Portucel Industrial – Empresa Produtorade Celulose, SA em 31 de Dezembro de 1999, o resultado das suas operações e os fluxosde caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípioscontabilísticos geralmente aceites em Portugal e satisfaz os princípios de suficiência,veracidade, objectividade e actualidade exigidos pelo Código do Mercado de ValoresMobiliários.

Lisboa, 24 de Março de 2000

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados

- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por

Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira

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Portucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, S.A.

Relatório do Auditor Externo – 1998

Introdução

1) Nos termos da legislação aplicável, apresentamos o Relatório de Auditoria sobre ainformação financeira contida nos documentos de prestação de contas da PortucelIndustrial – Empresa Produtora de Celulose, SA. Estes documentos compreendem oRelatório de gestão, o Balanço em 31 de Dezembro de 1998 (que evidencia um total de131 764 829 contos e um total de capital próprio de 106 154 595 contos, incluindo umresultado líquido de 829 898 contos), as Demonstrações dos resultados por naturezas epor funções e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e oscorrespondentes anexos.

Responsabilidades

2) É da responsabilidade da Administração da Empresa a preparação dos documentos deprestação de contas, incluindo o Relatório de gestão e demonstrações financeiras queapresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e oresultado das suas operações e os fluxos de caixa e satisfaçam os princípios desuficiência, veracidade, objectividade e actualidade exigidos pelo Código do Mercado deValores Mobiliários, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticosadequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3) A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida naquelesdocumentos, designadamente no que respeita aos princípios exigidos pelo Código doMercado de Valores Mobiliários, com o objectivo de expressar uma opinião profissional eindependente sobre aquela informação, baseada na nossa auditoria.

Âmbito

4) A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas daCâmara dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que a mesma seja planeada eexecutada com o objectivo de se obter um grau de segurança aceitável sobre se ainformação financeira contida nos documentos de prestação de contas está isenta dedistorções materialmente relevantes. Para tanto a referida auditoria incluiu:

� a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgaçõesconstantes dos documentos de prestação de contas e a avaliação das estimativas,baseadas em juízos e critérios definidos pela Administração, utilizadas na suapreparação;

� a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a suadivulgação, tendo em conta as circunstâncias;

� a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

� a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação dos documentosde prestação de contas.

5) A nossa auditoria abrangeu ainda a verificação da concordância do Relatório de gestãocom a informação financeira divulgada, bem como a verificação de estarem satisfeitos osprincípios exigidos pelo Código do Mercado de Valores Mobiliários.

Page 218: PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E ...web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/fsd2874.pdfPORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A. Sociedade Aberta Sede: Península da Mitrena,

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6) Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressãoda nossa opinião.

Opinião

7) Em nossa opinião, a informação financeira constante dos mencionados documentos deprestação de contas apresenta de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectosmaterialmente relevantes, a posição financeira da Portucel Industrial – Empresa Produtorade Celulose, SA em 31 de Dezembro de 1998, o resultado das suas operações e os fluxosde caixa, no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípioscontabilísticos geralmente aceites em Portugal e satisfaz os princípios de suficiência,veracidade, objectividade e actualidade exigidos pelo Código do Mercado de ValoresMobiliários.

Lisboa, 26 de Março de 1999

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados

- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por

Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira

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7.2 Demonstrações Financeiras Consolidadas

Reproduz-se de seguida o teor do Relatório do Auditor Externo referente às contasconsolidadas da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A., relativas ao exercíciode 2000, 1999 e 1998 e ainda a Revisão limitada às contas do primeiro semestre de 2001.

Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Revisão Limitada – 1º Semestre de 2001

Introdução

1) Para efeitos do artigo 246º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o relatóriode revisão limitada sobre informação consolidada do primeiro semestre do exercício de2001 da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA a qual inclui: o Balançoconsolidado referente a 30 de Junho de 2001, a Demonstração dos resultados pornaturezas do semestre então findo e o respectivo anexo, documentos que evidenciam umtotal de balanço de 2 602 049 milhares de euros, um total de interesses minoritários de 78326 milhares de euros e um total de capital próprio de 645 937 milhares de euros,incluindo um resultado líquido após impostos de 55 699 milhares de euros.

2) As quantias das demonstrações financeiras consolidadas, bem como a informaçãofinanceira consolidada histórica contida no relatório de Gestão são as que constam dosregistos contabilísticos, que foram objecto do nosso trabalho.

Responsabilidades

3) É da responsabilidade do Conselho de Administração: (i) a informação financeirahistórica preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites emPortugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conformeexigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (ii) a adopção de políticas e critérioscontabilísticos adequados; (iii) a manutenção de um sistema de controlo internoapropriado; e (iv) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a suaactividade, posição financeira ou resultados.

4) A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira consolidadacontida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre seé completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita conforme exigido pelo Código dosValores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independentesobre essa informação, baseado no nosso trabalho.

As demonstrações financeiras em 30 de Junho de 2001 de uma subsidiária incluída naconsolidação, representando, aproximadamente, 36,6% do total dos activos consolidadose aproximadamente 53,5% do total dos proveitos consolidados, foram objecto de revisãopor outro auditor, em cujo parecer nos baseámos para expressar o nosso parecer sobre osmontantes relativos a essa subsidiária incluídos nas contas consolidadas.

Âmbito

5) Excepto quanto à limitação descrita no parágrafo 8 abaixo, o trabalho a que procedemosconsubstancia uma revisão limitada tendo, portanto, como objectivo obter uma segurançamoderada de que a informação acima referida não contém distorções materialmenterelevantes. O nosso trabalho, foi efectuado com base nas Normas Técnicas e Directrizesde Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, foi planeado

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de acordo com aquele objectivo e consistiu, principalmente, em indagações eprocedimentos analíticos destinados a rever: (i) a fiabilidade das asserções constantes dainformação financeira consolidada; (ii) a adequação das políticas contabilísticasadoptadas, tendo em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (iii) aaplicação, ou não, do princípio da continuidade; (iv) a apresentação da informaçãofinanceira; (v) se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva elícita; e (vi) na revisão das transacções não usuais de grande significado.

6) O nosso trabalho abrangeu ainda a verificação da sua concordância do Relatório deGestão com a informação financeira divulgada.

7) Entendemos que o trabalho efectuado, não tendo por objectivo proporcionar tantasegurança quanto uma auditoria e não permitindo expressar uma opinião, proporcionauma base aceitável para a expressão do presente parecer.

Reserva (por limitação de âmbito)

8) Conforme descrito na Nota 10 do Anexo, encontra-se ainda por quantificar, em termosdefinitivos, o valor do “goodwill” a apurar no contexto da operação de aquisição docapital social da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, SA e, consequentemente, nãofoi registada no semestre a correspondente amortização. Esta situação é consequência dacircunstância de se encontrarem ainda em curso os estudos especializados necessários àquantificação dos ajustamentos devidos pelo efeito da atribuição do justo valor a algunsactivos, que se espera fiquem concluídos no decurso do terceiro trimestre de 2001.

Parecer

9) Com base no trabalho por nós efectuado e no trabalho do outro auditor, o qual foiexecutado tendo em vista a obtenção de uma segurança moderada, excepto quanto aosefeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários caso não existisse alimitação referida no parágrafo 8 acima, nada chegou ao nosso conhecimento que nosleve a concluir que a informação financeira consolidada do semestre findo em 30 de Julhode 2001 contém distorções materialmente relevantes que afectem a sua conformidade comos princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e que não seja completa,verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita

Lisboa, 25 de Julho de 2001

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados

- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por

António Alberto Henriques Assis, R.O.C.

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A.

Relatório do Auditor Externo – 2000

Introdução

1) Para efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o Relatóriode Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestãoconsolidado e sobre as Demonstrações Financeiras consolidadas anexas do exercíciofindo em 31 de Dezembro de 2000 da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SAas quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2000 (queevidencia um total de 260 483 517 contos e um total de capital próprio de 120 986 125contos, incluindo um resultado líquido de 15 484 918 contos), a Demonstração dosresultados consolidados por naturezas e por funções e a Demonstração dos fluxos de caixaconsolidados do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2) É da responsabilidade do Conselho de Administração: (i) a preparação do relatório degestão consolidado e de demonstrações financeiras consolidadas do exercício queapresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Sociedade, oresultado das suas operações e os fluxos de caixa; (ii) a informação financeira históricapreparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal eque seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido peloCódigo dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticosadequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) adivulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjuntodas empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os resultados.

3) A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nosdocumentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa,verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita conforme exigido pelo Código dos ValoresMobiliários, com o objectivo de expressar uma opinião profissional e independente sobreessa informação, baseada na nossa auditoria.

Âmbito

4) A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes deAuditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que a mesma sejaplaneada e executada com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se asdemonstrações financeiras não contêm, ou contêm, distorções materialmente relevantes.Para tanto a referida auditoria incluiu: (i) a verificação de as demonstrações financeirasdas empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, paraos casos significativos em que o não tenham sido, a verificação numa base deamostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação dasestimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração daSociedade, utilizadas na sua preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação;(iii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a suadivulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade doprincípio da continuidade; (v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, aapresentação das demonstrações financeiras; e (vi) se a informação financeira é completa,verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

5) A nossa auditoria abrangeu ainda o Relatório de gestão consolidado, tendo incluído averificação da sua concordância com a informação financeira divulgada.

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6) Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressãoda nossa opinião.

Opinião

7) Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acimaapresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmenterelevantes, a posição financeira consolidada da Portucel – Empresa Produtora de Pasta ePapel, S.A. em 31 de Dezembro de 2000, o resultado consolidado das suas operações e osfluxos de caixa consolidados no exercício findo naquela data, em conformidade com osprincípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a informação nelas constante écompleta, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dosValores Mobiliários.

Lisboa, 9 de Fevereiro de 2001

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por

Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira

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Portucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, S.A.

Relatório do Auditor Externo – 1999

Introdução

1) Nos termos da legislação aplicável, apresentamos o Relatório de Auditoria sobre ainformação financeira consolidada da Portucel Industrial – Empresa Produtora deCelulose, SA, contida no Relatório consolidado de gestão, no Balanço consolidado em 31de Dezembro de 1999 (que evidencia um total de 162 629 008 contos e um total de capitalpróprio de 107 538 829 contos, incluindo um resultado líquido de 3 259 450 contos), nasDemonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções e naDemonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e noscorrespondentes anexos.

Responsabilidades

2) É da responsabilidade da Administração da Empresa a preparação do relatórioconsolidado de gestão e de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem deforma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas englobadasna consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados decaixa, e satisfaçam os princípios de suficiência, veracidade, objectividade e actualidadeexigidos pelo Código do Mercado de Valores Mobiliários, bem como a adopção depolíticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlointerno apropriado.

3) A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida naquelesdocumentos, designadamente no que respeita aos princípios exigidos pelo Código doMercado de Valores Mobiliários, com o objectivo de expressar uma opinião profissional eindependente sobre aquela informação, baseada na nossa auditoria.

Âmbito

4) A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas daOrdem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que a mesma seja planeada eexecutada com o objectivo de se obter um grau de segurança aceitável sobre se ainformação financeira contida nos documentos de prestação de contas consolidados estáisenta de distorções materialmente relevantes. Para tanto a referida auditoria incluiu:

- a verificação de as demonstrações financeiras das empresas englobadas na consolidaçãoterem sido apropriadamente auditadas e, para os casos significativos em que o não tenhamsido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgaçõesnelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidospelo órgão de gestão respectivo, utilizadas na sua preparação;

- a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalênciapatrimonial;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicaçãouniforme e divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstraçõesfinanceiras consolidadas.

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5) A nossa auditoria abrangeu ainda o Relatório consolidado de gestão, tendo incluído averificação da sua concordância com a informação financeira divulgada, bem como averificação de estarem satisfeitos os princípios exigidos pelo Código do Mercado deValores Mobiliários.

6) Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressãoda nossa opinião.

Opinião

7) Em nossa opinião, a informação financeira constante dos mencionados documentos deprestação de contas apresenta de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectosmaterialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Portucel Industrial –Empresa Produtora de Celulose, S.A. em 31 de Dezembro de 1999, o resultadoconsolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa, no exercício findonaquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites emPortugal e satisfaz os princípios de suficiência, veracidade, objectividade e actualidadeexigidos pelo Código do Mercado de Valores Mobiliários.

Lisboa, 24 de Março de 2000

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados

- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por:Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira

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Portucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, S.A.

Relatório do Auditor Externo – 1998

Introdução

1) Nos termos da legislação aplicável, apresentamos o Relatório de Auditoria sobre ainformação financeira consolidada da Portucel Industrial – Empresa Produtora deCelulose, SA, contida no Relatório consolidado de gestão, no Balanço consolidado em 31de Dezembro de 1998 (que evidencia um total de 154 896 512 contos e um total de capitalpróprio de 106 152 859 contos, incluindo um resultado líquido de 829 898 contos), nasDemonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções e naDemonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e noscorrespondentes anexos.

Responsabilidades

2) É da responsabilidade da Administração da Empresa a preparação do relatórioconsolidado de gestão e de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem deforma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas englobadasna consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados decaixa, e satisfaçam os princípios de suficiência, veracidade, objectividade e actualidadeexigidos pelo Código do Mercado de Valores Mobiliários, bem como a adopção depolíticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlointerno apropriado.

3) A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida naquelesdocumentos, designadamente no que respeita aos princípios exigidos pelo Código doMercado de Valores Mobiliários, com o objectivo de expressar uma opinião profissional eindependente sobre aquela informação, baseada na nossa auditoria.

Âmbito

4) A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas e Directrizes Técnicas daCâmara dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que a mesma seja planeada eexecutada com o objectivo de se obter um grau de segurança aceitável sobre se ainformação financeira contida nos documentos de prestação de contas consolidados estáisenta de distorções materialmente relevantes. Para tanto a referida auditoria incluiu:

- a verificação de as demonstrações financeiras das empresas englobadas na consolidaçãoterem sido apropriadamente auditadas e, para os casos significativos em que o não tenhamsido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgaçõesnelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidospelo órgão de gestão respectivo, utilizadas na sua preparação;

- a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalênciapatrimonial;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicaçãouniforme e divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstraçõesfinanceiras consolidadas.

Page 226: PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E ...web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/fsd2874.pdfPORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A. Sociedade Aberta Sede: Península da Mitrena,

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5) A nossa auditoria abrangeu ainda o Relatório consolidado de gestão, tendo incluído averificação da sua concordância com a informação financeira divulgada, bem como averificação de estarem satisfeitos os princípios exigidos pelo Código do Mercado deValores Mobiliários.

6) Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressãoda nossa opinião.

Opinião

7) Em nossa opinião, a informação financeira constante dos mencionados documentos deprestação de contas apresenta de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectosmaterialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Portucel Industrial –Empresa Produtora de Celulose, SA em 31 de Dezembro de 1998, o resultadoconsolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa, no exercício findonaquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites emPortugal e satisfaz os princípios de suficiência, veracidade, objectividade e actualidadeexigidos pelo Código do Mercado de Valores Mobiliários.

Lisboa, 26 de Março de 1999

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados

- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por

Eugénio Luís Lopes Franco Ferreira

Page 227: PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E ...web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/fsd2874.pdfPORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A. Sociedade Aberta Sede: Península da Mitrena,

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8 - ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA, ECONÓMICA E FINANCEIRA

Não é exigível, uma vez que a presente operação não se enquadra em nenhuma das situaçõesprevistas no artigo 156º do Código dos Valores Mobiliários.

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9 - OUTRAS INFORMAÇÕES

Os relatórios e contas bem como outras informações que, de acordo com a legislaçãoaplicável, devem estar à disposição dos accionistas, podem ser consultados na sede social daPortucel, sita na Península da Mitrena, Freguesia do Sado, em Setúbal.

A Portucel considera não existir qualquer outra informação relevante que deva ser introduzidaneste Prospecto para os fins a que o mesmo se destina.

Page 229: PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E ...web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/fsd2874.pdfPORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A. Sociedade Aberta Sede: Península da Mitrena,

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10 - CONTRATOS DE FOMENTO

Não foram celebrados quaisquer contratos de liquidez e/ou estabilização.

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INFORMAÇÕES FINAIS

Os Estatutos, os Relatórios e Contas e outras informações que, de acordo com as disposiçõeslegais, devem estar à disposição do público e dos accionistas, podem ser consultados na sededa Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A., na Península da Mitrena, Freguesiado Sado, Setúbal.

O presente Prospecto, publicado sob a forma de brochura, constitui a única forma depublicação adoptada e pode ser consultado nos seguintes locais:

� Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. na Península da Mitrena, Freguesiado Sado, em Setúbal.

� BVLP – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, S.A.Rua Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa

� Aos Balcões dos seguintes bancos:

Banco Português de InvestimentoBCP InvestimentoCaixa – Banco de InvestimentoBanco Comercial Português, S.A.Banco Expresso Atlântico, S.A.Banco ActivoBank (Portugal), S.A.Banco BPI, S.A.Caixa Geral de Depósitos, S.A. (inclui o ex-BNU, incorporado por fusão na CGD emJulho de 2001)