portugal em destaque - edição 1
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DowsVintage2011&2007_PTDESTAQUE_FullPage_PP.pdf 1 14/12/17 11:34
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DO
TURISMOPORTO E
NORTE
PAG 25
MUNICÍPIODO
CORVO
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MUNICÍPIODE TABUAÇOPAG 13
Com o final de ano à porta, nasce um novo projeto editorial, cuja essência informativa pretende enaltecer os projetos nacionais consolidados, bem como incentivar os mais jovens empreendedo-res, incutindo de que todos juntos conseguimos fazer mais e melhor! A vontade de estar perto, quando o longe é uma realidade. A transparência de que perante a conjuntura económica viven-ciada um pouco de norte a sul é inevitável, de que o litoral combate diariamente a sazonalidade e o interior depara-se com a desertificação. Portugal possui uma nova massa humana com garra para contornar todas as dificuldades, e mostrar de que apesar de um pequeno país possuímos inúmeras potencialidades, que existe futuro e que vale a pena ficar por cá. A Portugal em Destaque preten-de dar a conhecer essa realidade, relatar exemplos de sucesso, demonstrar paisagens de cortar a respiração e dar a conhecer produtos de excelência made in Portugal, que em muitos dos casos são apenas uma realidade ‘lá fora’.
A direcção editorial da Portugal em Destaque
Catarina Carvalho
EDITORIAL
FICHA TÉCNICA | DIREÇÃO EDITORIAL: CATARINA CARVALHO ([email protected]) | DIREÇÃO COMERCIAL PEDRO PANINHO (PEDRO.PANINHO@
PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | DIREÇÃO GRÁFICA SAÍDA CREATIVA | REDAÇÃO E PUBLICIDADE AVENIDA DA REPÚBLICA 1326 3º SALA 3.1 / +351 223 263 024 / GERAL@PORTUGALEMDES-
TAQUE.PT | DISTRIBUIÇÃO DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA COM O JORNAL PÚBLICO / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | IMPRESSÃO LIDERGRAF SUSTAINABLE PRINTING
EDIÇÃO DE DEZEMBRO
4 | PORTUGAL EM DESTAQUE
UM PRESIDENTE PARA TODOSConsiderada uma das mais belas vilas de Portu-gal, Penedono localiza-se nos derradeiros limites da Beira e mesmo ao lado dos socalcos da Região Demarcada do Douro. A vila medieval de Penedo-no possui uma beleza inigualável e um patrimó-nio cultural de excelência.
MUNICÍPIO DE PENEDONO
CARLOS ESTEVES - PRESIDENTE
Considera-se um presidente próximo das pessoas?Considero-me realmente um presidente próximo das pessoas, de todas as pessoas. Tenho consciência de ter sido eleito só por alguns, mas assumo-me verdadei-ramente como o presidente de todos os penedonenses, É assim para com todos os habitantes, é assim para com os que nos visitam, procurando sempre mostrar que o presidente da câmara tem um rosto, através da minha absoluta disponibilida-de para “dizer” presente.
Enquanto presidente da Câmara Muni-cipal de Penedono, qual o seu principal objetivo?Os meus objetivos são inúmeros, todos convergentes num único de grande di-mensão e aglutinador: SERVIR. Somente satisfazendo as necessidades às pessoas é que entendo a grandeza do exercício do cargo que atualmente desempenho e para o qual as pessoas me responsabilizaram. Trabalho para ir de encontro à satisfação
das necessidades humanas básicas que se traduzem diariamente junto da comuni-dade, em questões pontuais ou de maior dimensão.
O que entende por qualidade de vida dos munícipes?Por força da minha formação académi-ca habituei-me a definir “a saúde”, e é ela que condiciona a nossa qualidade de vida, como a procura constante de um equilí-brio entre o nosso “eu interno” e o “eu externo”. Se no primeiro incluo o estado físico, espiritual, psicológico e o emocio-nal, no segundo coloco os relacionamen-tos sociais (família e amigos), as condições ambientais ou outros fatores externos às pessoas. Daí que a intervenção em áreas como o abastecimento de água, o saneamento básico, o incentivo ao empreendedoris-mo como forma de fomentar a empre-gabilidade/investimento, a educação, a saúde e a habitação, continuam a ser grandes apostas para garantir uma cada
O CONCELHO E AS SUAS POTENCIALIDADES
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vez melhor qualidade de vida. Em peque-nos gestos, atitudes ou procedimentos se verificam esses contributos por parte da Câmara de Penedono. Tem de ser esta a postura da autarquia, até porque, face ao alheamento reprovável a que estas gentes estão sujeitas por quem nos governa, con-sidero ser um ato de muita coragem por parte das famílias viverem e apostarem numa vida em territórios como este, que é Penedono.
Quais os programas e apoios que Penedo-no tem para a angariação de potenciais residentes e até mesmo para a preser-vação dos existentes?Quando assumi a presidência da câmara, juntamente com a equipa que constitui, traçámos um propósito, que desde a pri-meira hora foi a criação de condições para assegurar a fixação das pessoas. Criámos diversas formas de ajudar as crianças, os jovens e consequentemente as famílias. As refeições escolares são pagas pela au-tarquia, sendo a alimentação reforçada diariamente com o fornecimento de um lanche. É fornecido no início do ano um kit individual com material escolar, os ne-cessários manuais escolares são compar-ticipados consoante o escalão familiar do abono de família. Os transportes escola-res são gratuitos para todos, abrangendo inclusivamente alguns do ensino secun-dário. A câmara atribui ainda anualmente diversas bolsas de estudos para os níveis de ensino secundário, CET’s e ensino su-perior. Acresce que o concelho de Pene-dono é o concelho do país com os mais baixos impostos municipais.
No fundo são uma série de fatores que poderiam contrariar um pouco o grande problema demográfico e da gradual dimi-nuição de população, mas infelizmente não tem tido o resultado desejado.
Quais as medidas que têm sido tomadas pela autarquia de Penedono para con-trariar a tendência nacional de escassas ações de fixação de pessoas?Temos procurado fomentar e valorizar a capacidade das pessoas para criarem os seus próprios negócios/empregos, pro-movendo ou desenvolvendo o que já está estabelecido, ou criando a possibilidade de serem implementados novos negócios. Nessa perspetiva foi criado um regula-mento ao qual chamámos “Penedono Empreende Emprego”, um programa vo-cacionado para a criação de atividade e consequentemente fomentar a emprega-bilidade, através da assinatura de contra-tos com vínculos a pelo menos três anos de durabilidade, apoiando a autarquia com incentivos que podem ir dos € 1.500 aos € 3.500. Em paralelo foi criado o “Pe-nedono Empreende FINICIA” que nos permite ajudar, em parceria com outras entidades, em investimentos cujo mon-tante máximo não ultrapasse € 45.000, assente em taxas de juro previamente acordadas e spread’s reduzidos,Quando nos questionam qual o resultado destas iniciativas, costumamos afirmar que, à escala de Penedono temos obtidos resultados positivos, mas que não nos fazem ficar acomodados.
Possuem algum espaço direcionado a no-
vas ideias e projetos?A vontade de incentivar, apoiando o em-preendedorismo, fez-nos sentir a necessi-dade de criar um espaço onde pudessem vir a ser instalados novos projetos, e nes-se sentido optámos por concretizar uma Área de Acolhimento Empresarial, cuja obra se encontra concluída, atualmen-te já com alguns lotes alienados, onde os interessados poderão vir a usufruir do m2, desde os € 0,10 aos € 2,50, tudo em função de eventuais postos de trabalho a criar.
E quanto aos recursos naturais têm surgi-do ou a autarquia tem incentivado den-tro desses programas a criação de empre-go relativamente ao aproveitamento dos recursos naturais do concelho?Os programas existentes podem abranger todos os tipos ou áreas de investimento. Mas ao falarmos em recursos naturais vem à ideia tudo aquilo que a terra nos proporciona e muito objetivamente, no fomentar o regresso das pessoas ao tra-balho primário. Atenta a esta questão e tendo em linha de conta também que o trabalhar as terras poderá ter um efei-to preventivo aos incêndios florestais, foi desenvolvido um projeto intitulado “Penedono Rural” a ser desenvolvido em três eixos: investimento, plantação e produção. Por se constatar a necessida-de de o melhorar no sentido de o tornar mais justo, encontra-se temporariamente suspenso. Ainda neste setor a autarquia tem incentivado os produtores de gado (ovinos e caprinos) através da realização de concursos dinamizadores da atividade.
MOSTRA DE PRODUTOS TÍPICOS DE PENEDONO
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Quais as ofertas turísticas para quem visita Penedono?Os testemunhos de uma remota ocupação humana são evidente no nosso concelho, pelo que, o património é algo de relevante, no que toca à monumentalidade civil e religiosa que possuímos, permitindo-nos dinamizar toda uma aposta turística alicerçada na história que esse próprio património nos proporciona. Refe-rencio só para “apaladar” o castelo de Penedono, situado no co-ração da vila, classificado Monumento Nacional, cujos traços e arquitetura militar o tornam único no país. É neste mesmo cas-telo e em toda a história que se respira à sua volta que fomos buscar o destino turístico que temos procurado desenvolver há uns anos a esta parte. Procuramos desenvolver a ideia do “Rei-no de Penedono”, um projeto associado à fantasia, ao imaginário, sempre com base numa identidade com a qual nos assumimos enquanto território síntese. Trata-se de um projeto que requer em absoluto a afetividade de todos, de modo a que todos pos-
samos ser interativos e intervenientes na concretização desse objetivo temático. É um caminho que tem de ser percorrido aos poucos, e com a ajuda das pessoas acredito que seja uma realida-de possível de alcançar nos próximos anos. Há pormenores que fazem toda a diferença, e aos poucos, com persistência iremos conseguir mudar a maneira de olhar para todo um projeto des-ta natureza que se transformará numa grande mais-valia para todos nós.No fundo pretendemos que o visitante chegue a Penedono e “assuma” uma viagem imaginária no tempo, através da trans-formação de espaços e do espaço envolvente. Se conseguirmos que seja aliciante para as crianças, tornar-se-á irrecusável para os pais.
Quais as obras que estão a ser feitas para tornar esta viagem no tempo uma realidade em Penedono?Temos vários projetos pensados e outros em desenvolvimento. Um exemplo concreto é o restauro que neste momento ocorre numa taberna antiga para se vir a assumir como tasca medieval, à qual chamaremos “Fornos do Rei”, onde se procurará propor-cionar um ambiente fiel e servir algumas iguarias à época. De referenciar ainda a reabilitação de que será objeto a antiga Es-talagem com vista à sua transformação em Hotel Medieval. A criação de espaços que recriem atividades da época será também uma aposta, bem como pequenos arranjos pontuais que poderão marcar a diferença aos olhos de quem nos visita. E o futuro nos trará certamente um parque temático…
Como prevê o futuro? Sou otimista, por tal acredito num futuro melhor… Acredito nos penedonenses, o que me dá alento e determinação para camin-har… Acredito num amanhã melhor, mais positivo… É nesse sentido que trabalhamos todos os dias. Seremos persistentes nas ações concelhias de dimensão nacio-nal nas quais acreditamos: a emblemática e inigualável Feira Medieval continuará a ser um marco na nossa identidade his-tórica, hoje já com afirmação nacional e mesmo além-fronteiras; uma outra iniciativa, o Mercado Magriço, certame de fomento do empreendedorismo e de apoio às iniciativas locais, continua-rá a assumir-se como um verdadeiro momento de afirmação do concelho de Penedono, em toda a região.
Quer deixar uma mensagem final?Enquanto presidente da Câmara Municipal de Penedono há algo que verdadeiramente gostaria de transmitir, porque na realida-de o sinto verdadeiramente: o poder central, o estado tem de ol-har para estes concelhos, agora chamados de baixa densidade e do mundo rural, de uma forma diferente, séria, conhecedora, de-lineando uma real estratégia para o desenvolvimento do interior do país. Quem nos governa, ou melhor, quem nos tem governado não conhece o país real… E aqui, eu, enquanto responsável por este território português posso ajudar, dando a conhecer aos res-ponsáveis o viver e o sentir destas gentes que teimam em não abandonar as suas terras, orgulhosos da sua própria identidade histórico-cultural.
Permitam-me que utilize a vossa revista para aqui deixar um convite, a título de desafio: porque não a realização no concelho de Penedono de uma reunião do Conselho de Ministros. Estou certo que também daqui, se pode emanar orientações para o país, em complemento de todos o ficarem a conhecer e sentir melhor. Assumiremos a logística necessária para que tal possa vir a acontecer.Fica a disponibilidade! Haja a disponibilidade!
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O INÍCIO DO SABOR DOS VELHOS TEMPOS
Como é que iniciou este projeto?Eng. PR: Este projeto já tem alguns anos e quem teve a ideia inicial foi a Junta de Freguesia do Souto, aproveitando alguns recursos monetários e terreno para a construção da obra que a mesma disponi-bilizava. Sem o apoio técnico e financeiro da Câmara Municipal este projeto não te-ria germinado.
Como é que a Cooperativa vai combater a supremacia do azeite transmontano?Eng. PR: Parto do princípio de que não irá ser necessário. Como somos defici-tários na produção desta matéria e dada a existência de muita procura creio que há mercado para todos; mesmo a nível inter-nacional. Ainda há 40 anos atrás o azeite era a pior gordura que existia, agora é um produto de excelência.
A equipa da Revista Portugal em Destaque é recebida na
Cooperativa Agrícola dos Olivicultores do Vale do Torto,
pelo presidente da direção Eng. Pinto Ribeiro (Eng. PR)
e pelo vice-presidente da direção, Sr. Manuel Abílio (Sr.
MA) que nos descrevem a recém-criada Cooperativa.
COOPERATIVA DE OLIVICULTORES DE PENEDONO
Qual é o volume de produção de azeitona do concelho? Eng. PR: A produção, no concelho de Penedono, não é muito grande; situa-se entre as 900 e as 1000 toneladas e as máquinas que estão a laborar foram cal-culadas para esta quantidade. Isso não quer dizer que não possam produzir mais se aumentarmos os turnos, e está salva-guardado espaço para podermos montar uma segunda linha, isto se houver neces-sidade. As condições climatéricas e de solo potenciam o aumento dessa linha de pro-dução, por isso, já fiz uma tentativa para fazermos parte da DOP (Denominação de Origem de Produção) de Trás-os-Montes e essa hipótese ainda não está excluída.
Pode descrever qual foi o maior desafio que enfrentou?Eng. PR: O maior desafio foi conseguir a aprovação. Começamos com um projeto mais complexo e, por conseguinte, mais caro e tivemos problemas na sua apro-vação. Então foi necessário reformulá-lo para valores mais acessíveis; depois foi necessário esperar pelas aprovações para poder avançar com o projeto, as datas das campanhas são muito apertadas e acabá-mos por não conseguir abrir no ano tran-sato.
Que tipo de serviços prestam aos vossos associados?Eng. PR: Nós não somos uma coopera-tiva que posteriormente criou um lagar de azeite, foi precisamente ao contrário: construímos um lagar de azeite para la-borar e comercializar o produto final. Contamos mais tarde poder dar alguma assistência aos nossos sócios, mais preci-samente, na vertente técnica. A ideia é, basicamente, comercializar tudo aquilo
que produzimos.
Sr. Manuel Abílio, como descreve o tipo de azeite que a cooperativa produz?O nosso azeite tem uma acidez muito baixa. O ano passado houve produção de azeite com duas e três décimas de acidez, o que é excelente. Creio que estes valores se devem à nossa localização e às carate-rísticas do solo: o solo que temos de xisto que é ideal para os olivais.
Como projeta o futuro da cooperativa?Eng. PR: Um dos objetivos é conseguir que as pessoas não abandonem a agricultura, temos muitos olivais abandonados; muito devido à falta de escoamento da produção. Se os olivicultores conseguirem encontrar quem lhes venda e pague a produção - a preços razoáveis - é um passo em frente para combater o abandono dos olivais. Neste momento temos 30 sócios e só va-mos abrir novamente inscrições quando tivermos a certeza que podemos tratar e pagar a produção a todos, não nos inte-ressa ser grandes, mas sim, ter qualidade e acredito que para o ano vamos estar a trabalhar a dois ou a três turnos.
ENG. PINTO RIBEIRO E MANUEL ABÍLIO
E-MAIL:[email protected]: 926966025 / 254 508 164
FACEBOOK: COOPERATIVA DOS OLIVICULTORES DO VALE DO TORTO
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ESTADIADE EXCELÊNCIA
Como carateriza a localização da Quinta da Picoila?A Quinta da Picoila pertence à fregue-sia de Granja, no concelho de Penedono, distrito de Viseu. Era uma quinta de agri-cultura com 80 hectares de área de terre-no, hoje tudo plantado de castanheiros, com uma área de construção de 675 m2. Sofrendo alterações de remodelação em 2009, foi assim transformada num agro-turismo.
Tem alguma ligação a este espaço?Sim, eu nasci aqui! É uma quinta brasona-da que tem três séculos passados e desde há dois (séculos) que pertence à minha família. Passou dos meus bisavós, para os meus avós, pais e atualmente para nós; todos fomos criados aqui. A minha li-gação com esta quinta é tão especial que quis fazer algo para a dinamizar, daí ter surgido a ideia de criar uma empresa de Agroturismo com o nome Quinta da Pi-coila. Historicamente a minha família co-meçou por tomar conta da quinta, através da sua manutenção – éramos caseiros – o meu pai comprou a quinta em 1974 e nós adquirimo-la por herança.
A Quinta da Picoila nasce de um sonho de menina que se trans-formou em realidade na forma de empresa de Agroturismo. É onde “o Douro acaba e a Beira começa” que encontramos este empreendimento que prima pela qualidade e conforto dos seus hóspedes, como refere Exaltina Rodrigues, administradora.
QUINTA DA PICOILA
Este projeto nasceu como um sonho ou como necessidade de rentabilizar este es-paço?Nasceu de um sonho meu. Ainda no tem-po da minha falecida mãe eu dizia que queria construir um Museu Rural, isto porque nós tínhamos muitas coisas para expor e que mereciam ser apreciadas pe-las pessoas. Este sonho foi germinando e tomando forma até que consegui realizar o meu sonho; não é uma casa museu, mas temos um museu (memórias).
O investimento foi feito por capitais próprios ou houve algum tipo de finan-ciamento?Não houve financiamento a fundos perdi-dos. Houve uma ajuda através do Turismo de Portugal I.P., mas foram capitais que vão ser reembolsados.
Quantos quartos existem na Quinta da Picoila? Temos nove quartos prontos a receber os nossos hóspedes e nenhum deles é nume-rado, todos têm um nome e são decora-dos em função disso. Por exemplo, temos o quarto da amoreira que tem vista para uma amoreira centenária e decorado em tons vermelhos por causa da cor da amo-ra; é esta a linha seguida na decoração de todos os quartos.
Qual é o perfil do hóspede que vem à
Quinta da Picoila?São hóspedes de classe média e média-al-ta, tanto nacionais com estrangeiros; mas temos mais hóspedes portugueses. São pessoas que procuram uma alternativa aos hotéis de 5 estrelas; procuram qua-lidade e conforto mas numa perspetiva mais familiar, acolhedora e com discrição. Já tivemos cá hospedado um chefe de es-tado estrangeiro, pessoas muito conheci-das da sociedade portuguesa e só sabemos quem são uma vez sentados à mesa do jantar ou a tomar o pequeno-almoço. As pessoas identificam-se ao longo das con-versas e, por vezes, os hóspedes acabam por trocar os contatos pessoais entre eles. Isto acontece com alguma frequência.
Uma vez que recebe hóspedes de todas as nacionalidades, como consegue comuni-car com eles?Aqui falamos várias línguas, mas quando é preciso utilizo a linguagem mais antiga, que é a linguagem gestual. Resulta mui-to bem e entendemo-nos independente-mente da nacionalidade. Como casa de tu-rismo rural, tanto nós como os hóspedes partilhamos os mesmos espaços e a comu-nicação entre as pessoas é inevitável, bas-tando por vezes um sorriso para a pessoa se sentir bem. O nosso lema é “sentir-se em casa”.
Quais os principais serviços que a Quinta da Picoila tem para oferecer?Temos para oferecer serviços de casa-mentos e batizados; jantares temáticos e espaços para reuniões. Para quem fica mais tempo oferecemos uma série de pas-seios a pé ou de bicicleta por trilhos. Para que fiquem a conhecer melhor as Minas de Ouro de Santo António, na localidade da Granja, nós proporcionamos as visitas de jipe.
CARLOS ESTEVES E EXALTINA RODRIGUES
TELEFONE: +351 254 508 157 TELEMÓVEL: +351 961 632 350
E-MAIL: [email protected]
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OS GUARDIÕES DO PRODUTO DE EXCELÊNCIA
Fale-nos um pouco do percurso da coo-
perativa, abordando questões da sua
criação, ano de nascimento, finalidade.
A Cooperativa Agrícola de Penela da
Beira, freguesia do concelho de Penedo-
no, foi fundada em 1997 por um grupo
de produtores locais com o objetivo de
defender e valorizar a castanha de ex-
celência ali produzida, tendo aderido to-
dos os produtores da freguesia, num total
de 130. Atualmente tem sócios de quatro
concelhos da região, num total de 430.
Em 2000 adquiriu instalações próprias
que foram expandidas e remodeladas em
2012 para uma área coberta de 2400 me-
tros quadrados.
Quais os serviços disponibilizados aos as-
sociados?
A Cooperativa, com a sua equipa técnica,
faz visitas de campo aos produtores, acon-
selha aplicações de fertilizantes e fitofár-
macos e acompanha o ciclo cultural das
plantas. Promove análises de solos, estu-
dos e experimentação de produtos e me-
didas de combate às doenças dos castan-
heiros e às pragas, disponibiliza fatores de
produção e realiza ações de formação pro-
fissional e técnica. Como membro da rede
“Balcão Verde”, no âmbito da Confagri,
apoia os produtores nas candidaturas a
subsídios. Está também integrada na rede
de identificação e obtenção de parcelário
dos terrenos, do Ministério da Agricultu-
ra e Pescas, elabora candidaturas e faz o
acompanhamento de projetos agrícolas e
florestais.
Quais os meios de escoamento da casta-
nha?
A castanha da Cooperativa é escoada
COOPERATIVA PENELA DA BEIRA
das suas instalações unicamente atra-
vés de meios rodoviários. Inicialmente
era vendida apenas no mercado nacio-
nal mas desde cedo começámos a expor-
tar, designadamente para os EUA. Após
2008/2009, decidiu-se, estrategicamente,
direcionar as vendas preferencialmente
para o mercado europeu, passando a colo-
car as castanhas em Itália, Suíça, Aleman-
ha e França.
Qual é o fator diferenciador da castanha
da região?
A castanha da Cooperativa de Penela da
Beira são na sua maioria da variedade
Martaínha, que tem condições de solo e
climáticas propícias na região e que lhe
dão uma qualidade extra e caraterísticas
únicas. Tem uma cor castanha clara bril-
hante, um formato muito atrativo e um
bom calibre médio. Além disso, devido à
sua textura fina e sabor doce muito apre-
ciados e porque descasca com facilidade, é
a mais conceituada e procurada das varie-
dades portuguesas.
No futuro acredita que existam outras
formas de manufaturação da castanha?
O problema principal na transformação
da castanha da região prende-se com a
valorização do produto transformado,
pelo que apenas a elaboração de produtos
altamente valorizados pelos mercados,
como o marron glacé, pode vir a justifi-
car o investimento e o retorno. A forte
valorização que a castanha da região tem
tido, principalmente por ação da coopera-
tiva, leva a que, enquanto matéria-prima
para produtos transformados, o seu preço
seja muito alto. Contudo a Cooperativa
tem intenções de avançar com a insta-
lação de uma unidade de transformação,
para fabrico de farinha e pasta destinada
à indústria de pastelaria e também temos
intenções de procurar nichos de produtos
de alta qualidade em que faça sentido o
desenvolvimento de marcas de consumo,
que se possam vir a tornar referências in-
ternacionais.
Quais as maiores dificuldades enfrenta-
das ao longo dos tempos?
A maior dificuldade é concorrer com o co-
mércio informal e sem regras. Apesar da
existência de enquadramento legal apro-
priado, a situação da concorrência desleal
agravou-se nos últimos dois anos.
Também as doenças que afetam os castan-
heiros, designadamente a tinta e o cancro,
têm sido preocupações recorrentes, mas
a Cooperativa tem vindo a estar na linha
da frente da investigação e nas medidas
concretas que se têm vindo a aplicar no
terreno.
Como prevê o futuro? Quais os projetos
idealizados a médio-curto prazo?
Em 2015 vamos lançar uma campanha de
tratamento do cancro nos soutos dos só-
cios, ao mesmo tempo que desenvolvere-
mos ações de vigilância no terreno para a
deteção e o combate a focos de infestação
da vespa das galhas do castanheiro.
No que respeita a projectos estamos foca-
dos no apoio aos sócios produtores, com
introdução de mecanização e certificação
para aumento e melhoria da produção,
bem como nos processos de armazena-
mento e comercialização do produto vi-
sando a entrada em mercados que valori-
zem ainda mais a nossa castanha.
TELEFONE: +351 254 549 186EMAIL: [email protected]
WWW.COPEBEIRA.PT
10 | PORTUGAL EM DESTAQUE
OLHAR COM VISÃO ATLÂNTICA
Apesar da Ilha do Corvo ser a menor das ilhas dos Arquipélago dos Açores é um ponto turístico de excelência, quais os lo-cais de referência a visitar?Visitar o Corvo pressupõe, a meu ver, “vivenciar” o Corvo com as suas gentes. No entanto, há semelhanças das restan-tes Ilhas Dos Açores, as belezas naturais também se elevam tendo como expoente máximo a sua magnífica cratera no topo Norte da Ilha, com um diâmetro máximo de 2,3km e profundidade de 320m, de onde emerge uma lagoa e no seu interior estão implantados alguns cones secun-dários que fazem lembrar a forma arqui-pelágica dos Açores. A Ponta do Marco, outrora considerada como ponto de pas-sagem obrigatório para traçar o rumo en-tre a europa e a América é outra das be-lezas a não perder assim como o casario particular da sua única vila virada ao mar com a vizinha Ilha das Flores a despontar no horizonte.
Possuindo uma gastronomia regional assente essencialmente na frescura dos produtos retirados ao mar e colhidos da terra, quais os pratos típicos a não per-der?Efetivamente o bom peixe e a boa carne, que quase se pode considerar biológica, assim como os produtos retirados da te-rra são especiais iguarias ao dispor dos corvinos e de quem nos visita. A gastro-nomia do Corvo não difere muito da gas-tronomia das restantes Ilhas destacando apenas dois dos pratos mais caraterísticos como sendo as “Couves da Barça”, prato a base de couves cozidas com batata e carne de porco conservada em sal e as “tortas de erva do calhau”, algas fritas misturadas com ovo.
Qual o balanço que faz do primeiro ano de mandato?O balanço é sempre mais “fiável” quando feito pelos munícipes, no entanto, temos
MUNICÍPIO DO CORVO
a convicção de que efetivamente se tra-ta de um balanço positivo. A comprovar esta convicção estão os cerca de 90% de execução real do orçamento camarário. Contudo a vontade de fazer sempre mais e melhor, de ir sempre mais além, de res-ponder a todos os anseios dos habitantes da Ilha do Corvo constituem o desafio diário na nossa atuação.
Quais as linhas orientadoras que segui-ram o seu mandato?Neste primeiro ano de mandato tentamos ir de encontro às necessidades mais pre-mentes para o desenvolvimento do Cor-vo e perceber efetivamente o rumo mais correto que devemos perseguir. A criação de emprego, a recuperação de habitação degradada, a conclusão do projeto “Cor-vo Sustentável” que dotou todas as ha-bitações da Ilha de sistemas alternativos para aquecimento de água. Podemos dizer hoje, com orgulho, que os Corvinos não usam o gás como fonte de aquecimento de água. A implementação, em parceria com a Direção Regional da Cultura, do Ecomu-seu do Corvo, foram as linhas orientado-ras mais relevantes.
Sente que todos os objetivos para este primeiro ano foram devidamente cum-pridos?Quando nos propomos a exercer cargos desta natureza nunca podemos sentir que todos os objetivos foram cumpridos. Sen-tir isso seria usar de alguma presunção e estar dominado por algum comodismo. O dia-a-dia de um autarca é um desafio constante em busca de resultados que promovam o bem-estar das populações e o desenvolvimento do seu concelho.
Perante a conjuntura económica, quais os apoios e incentivos às famílias que pretendam instalar-se na Ilha do Corvo?Um dos principais apoios que se pode pro-porcionar às pessoas hoje é, sem dúvida, a
criação de postos de trabalho melhorando desta forma a sustentabilidade das famí-lias. Continuaremos a trabalhar para criar condições, direta e indiretamente para que tal fato continue a ser uma realidade no nosso Município. O apoio ao nosso te-cido empresarial existente e à viabilidade de novos investimentos também nos me-rece todo o nosso empenho. O apoio a re-cuperação de habitações para residência própria permanente é já uma realidade e continuará a sê-lo.
Como prevê o futuro? Quais os projetos que pretende desenvolver num curto/médio prazo?Como diz o provérbio, “o futuro a deus pertence”. Mas como o presente nos cabe a nós gerir, tudo faremos para que o fu-turo possa ser risonho. Dos projetos pre-vistos para um curto/médio prazo destaco a implementação do Ecomuseu do Corvo que visa reabilitar e revitalizar toda a zona classificada da vila dando-lhe mais vida, dotando-a de condições e conforto agradáveis para quem lá mora e apetecí-veis para que outros o possam também fazer, envolvendo a população criando nela o sentimento de que todos fazem parte deste grande a ambicioso projeto. A construção de determinadas infraes-truturas indispensáveis ao quotidiano dos Corvinos proporcionando melhores condições de vida a estes e a quem nos visita. As novas tecnologias, agora que a instalação da fibra ótica é uma realidade, também nos merece especial atenção es-pecialmente para quebrar o isolamento quem em determinadas alturas se possa fazer sentir com maior intensidade.
Em pleno Oceano Atlântico, com uma área total de 17,2 Km ², 6.5Km de comprimento e 4Km de largura, é a mais pequena do Arquipélago dos Açores. O Município do Corvo possui potencialidades a vários níveis, a sua singu-laridade, a sua beleza própria e característica, a simplicidade das suas gentes, as suas águas cristalinas no meio do Atlântico Norte aliado a sua classificação como Reserva da Biosfera da Unesco proporcionam um potencial turístico e perspetivas de desenvolvimento muito grande.
Fotos cedidas por Medeiros Lourenço
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PELA DEFESA DA PEGADA BARROSÃXVII Feira Gastronómica do Porco - De 9 a 11 de Janeiro todos os caminhos vão dar a Boticas
Nos dias 9, 10 e 11 de Janeiro de 2015, Boticas promete voltar a transformar-se num local de “romaria” obrigatória, por ocasião da realização da Feira Gastronómica do Porco, um certame que conta com organização da Câmara Municipal de Boticas e que cumprirá a sua XVII edição, a ter lugar, como habitualmente, no Pavilhão Multiusos.Desde a sua primeira edição e ao longo dos anos, o certame tem vindo a registar um assinalável sucesso, mantendo-se fiel aos princípios que levaram à sua instituição, que passam pela defe-sa intransigente dos interesses do mundo rural barrosão e pela preservação, valorização e divulgação dos produtos da agricul-tura e da pecuária locais, de genuína qualidade, respondendo às mais modernas exigências e procurando alargar a oferta em termos do turismo gastronómico na região, um turismo cada vez mais exigente e em considerável expansão nos últimos anos. Ao longo dos tempos, a Feira Gastronómica do Porco atingiu tal dimensão que ganhou o direito a ser considerada um evento de grande significado para a economia local, em especial para aque-les que continuam a criar o porco e a fazer os enchidos da forma tradicional e que encontram nesta feira oportunidades de negó-cio únicas e o reconhecimento da qualidade dos seus produtos. O modelo seguido por este certame nas suas anteriores edições, com uma aposta clara na gastronomia, em paralelo com a ven-da de produtos, tem sido a verdadeira “receita” do seu sucesso, motivo pelo qual se continuará a manter, continuando a Feira Gastronómica do Porco a procurar “marcar pela diferença” em relação a outros eventos do género que se realizam na região, apostando na promoção da gastronomia do concelho e dos seus pratos tradicionais, confecionados à base da car ne de porco e do
MUNICÍPIO DE BOTICAS
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fumeiro.De ano para ano, de edição para edição, a grande preocupação da organização foi melhorar cada vez mais a qualidade do certame, a começar pelos produtos para venda, garantindo a genuinidade e autenticidade dos produtos e exercendo um rigoroso controlo em relação às condições em que estes são produzidos, certifican-do-se que são respeitadas as boas práticas de higiene na confeção do Fumeiro Tradicional, de acordo com a legislação e as regras em vigor.As exigências impostas pela organização garantem a qualida-de dos produtos para venda no recinto da Feira e são uma das grandes razões para o sucesso do certame. Os produtores estão sensibilizados para o respeito destas regras e a prova disso é que, de ano para ano, o número de produtores de fumeiro presentes na Feira não tem conhecido grande oscilação, rondando a meia centena, aos quais se somam mais três dezenas de stands de ex-posição e venda de produtos alimentares e de artesanato.A qualidade e autenticidade dos produtos que a Feira Gastronó-mica do Porco tem para oferecer são a garantia de uma eleva-da afluência de público ao certame e de um volume de negócios considerável, que previsivelmente rondará em 2015 os 450 mil euros, decorrente da venda de perto de 40 toneladas de fumeiro. Tendo em conta a dimensão alcançada pela Feira Gastronómica do Porco nas anteriores edições e a crescente procura dos pro-dutos que dão nome a este certame, a organização prevê que o número de visitantes desta edição, à semelhança da anterior, possa aproximar-se das 70 mil pessoas, provenientes das mais variadas regiões do País (em particular da região Norte) e da vi-zinha Espanha. Para além da mostra e venda de fumeiro, as “tasquinhas”, que tanta fama têm dado à Feira Gastronómica do Porco e que são, no fundo, a “alma” deste certame, voltam a ocupar o lugar central, esperando-se que, à hora das refeições, se verifiquem autênticas “enchentes” na Feira Gastronómica do Porco. Os restaurantes
do Concelho voltam também a associar-se à iniciativa e mesmo aqueles que não estão representados no recinto disponibilizam uma ementa com pratos confecionados à base da carne de porco, com particular destaque para o Cozido à Barrosã.As ementas continuarão a apostar forte na qualidade dos pra-tos regionais confecionados segundo os costumes tradicionais, que se perdem na memória dos botiquenses. Os visitantes vão poder provar, entre muitas e saborosas especialidades gastronó-micas locais, o Cozido à Barrosã, o Arroz de Costelas e Chouriça, o Caldo Barrosão, os Rojões no Pote, as Costelas de Vinho e Alho e a Feijoada Barrosã, para além dos produtos fumados como o salpicão, a chouriça e a alheira, não esquecendo o presunto de Barroso, a bola centeia, a bola e o folar de carne e os vinhos re-gionais, com particular referência para o inconfundível “Vinho dos Mortos”, tudo a preços convidativos e num ambiente único e incomparável.
Mais uma vez, todos os preços praticados na Feira Gastronómi-ca do Porco serão devidamente tabelados, quer nas “tasquinhas”, quer nos expositores de venda de fumeiro, naquela que tem sido uma prática corrente ao longo de todas as edições do certame, e não conhecerão alterações em relação ao ano passado.
Animação presente durante toda a Feira
Como não poderia deixar de ser, para além da gastronomia, os visitantes vão encontrar muita animação na Feira Gastronómica do Porco durante os três dias, a começar pelas famosas, inigua-láveis e tradicionais “chegas de bois”, que tanta gente arrastam até à região do Barroso, tendo como palco o recinto do Campo de Futebol, contíguo ao Pavilhão Multiusos.No exterior do recinto realizar-se-á, em simultâneo com a Fei-ra Gastronómica do Porco, uma “feira à moda antiga”, reunindo variadíssimas iguarias e artefactos relacionados com a tanoaria, olaria, cestaria, peles, escultura em pedra e madeira, instrumen-tos artesanais, sabonetes artesanais, bebidas espirituosas, frutos secos caramelizados, pão caseiro, chás, etc.No interior do recinto da Feira atuarão os grupos de música tra-
dicional e popular do concelho e da região.Uma novidade da XVII Gastronómica do Porco diz respeito à realização, durante os dias do certame, de vários Show’s cooking com a presença de conhecidos e conceituados chefs e críticos gastronómicos portugueses, que darão a conhecer novas recei-tas e novas pratos confecionados com os produtos tradicionais de Boticas, em particular com carnes e enchidos de porco, sabo-res associados a diferentes ervas aromáticas que conferem aos pratos paladares únicos e de grande requinte, numa iniciativa que conta com a parceria da empresa transmontana “Ervas Fi-nas”. Entre os chefs convidados conta-se, por exemplo, Luís Por-tugal, concorrente finalista do programa Masterchef Portugal, transmitido pela TVI, que, sendo de Bragança, ficou conhecido do grande público pela sua boa disposição na cozinha e por pro-curar incorporar, em todos os seus pratos, produtos tradicionais transmontanos, em particular o fumeiro da região.
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“No Portugal interior há um lugar de mistérios ancestrais, de árvores frondosas e vertentes de luz, caminhos rasgados num paraíso natural.Tabuaço mostra o seu rosto entre socalcos de uma paisagem a perder de vista. Neste lugar o rio Douro estende o seu manto de águas tranquilas. Nas ruas e praças o sagrado dá as mãos ao profano num iluminado foguete. Rostos e corpos que desaguam num carrocel de emoções.Casas de granito, janelas sem trancas, gente de coração aberto, gestos hospitaleiros de quem sabe acolher viajantes”.
Autoria: Marco Oliveira e Pedro Azevedo
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DEFINIR CAMINHOS COM OS TABUACENSES
PAÇOS DO MUNICÍPIO
Após um ano no cargo de presidente da Câmara Municipal de Tabuaço, qual o balanço que faz deste período?O balanço é claramente positivo. Há um ano atrás quando toma-mos posse iniciou-se um período de transição. Que nunca são completamente pacíficos. Como sempre existe um período de adaptação e um primeiro contato com a realidade do município. Acabamos por nos focar, numa primeira fase, em resolver todas as situações pendentes mas sem descurar aquilo que são os prin-cipais objetivos que pretendemos levar a cabo porque são esses que têm impato direto na vida de cada um dos nossos munícipes. Consideramos que o resultado tem sido francamente positivo mas existe uma margem de melhoria grande e acreditamos que 2015 será o ano da consolidação e permitir-nos-á, de uma forma mais concreta e aprofundada, a implementação e concretização daquilo a que nos propusemos e que levou a que a população de Tabuaço acreditasse serem a melhor solução para o nosso con-celho. Hoje existe uma nova forma de governar, de relacionamento da Câmara Municipal com as pessoas, associações, instituições locais e centrais e demais entidades. Acreditamos que Tabuaço está melhor, mais justo, mais inclusivo, mais aberto e, conse-quentemente, mais preparado para os enormes desafios que se avizinham.
Quais as linhas orientadores que seguiram o seu mandato?Continuamos, tal como há um ano atrás, a defender que as pes-soas estão sempre em primeiro lugar. Que a política tem que ter como principal intuito o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida de cada um dos indivíduos que compõem o nosso uni-verso territorial. Nessa linha existe uma aposta clara na ação social com o propósito de sinalizar todas as situações de carência e encontrar a resposta adequada para as solucionar. Temos dado alguns passos nesse caminho como a reformulação do regula-mento de ação social com particular destaque para os apoios à alimentação e apoio à renda, o desconto de 50% nos transportes públicos para pessoas com mais de 60 anos, o regulamento de atribuição de bolsas a estudantes de ensino superior, a entrega de cheques-bebé aos recém-nascidos do nosso concelho. Outra vertente importante é o constante contato com as juntas de freguesia, porque são elas que têm a sensibilidade de melhor entender o que se passa em cada um dos seus territórios, no sen-tido de dar resposta às carências e necessidades de cada uma das nossas aldeias.
MUNICÍPIO DE TABUAÇO
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EVENTO DE MOSTRA DE TABUAÇO NO AEROPORTO FRANCISCO SÁ CARNEIROCARLOS CARVALHO - PRESIDENTE
Temos levado a cabo uma estratégia de promoção do nosso concelho e que tem passado pela presença em vários eventos como a SISAB, a BTL e outras mostras ou exposições que consideremos interessan-tes. Enquadra-se nesta estratégia ações promocionais da marca Tabuaço, como a que ainda há dois meses fizemos no Ae-roporto Sá Carneiro. No próximo ano pretendemos alargar estas ações a outros espaços tais como a baixa de Lisboa ou do Porto, e outras capitais de distrito tendo já o município encetado conversações nesse sentido. Sente que todos os objetivos para este pri-meiro ano foram devidamente cumpri-dos? Quais as maiores dificuldades que encontrou?A nossa ambição leva sempre a que consi-deremos que nunca tudo está totalmente feito ou determinados objetivos concreti-zados. E nos dias que correm, com a ra-pidez com que tudo se processa aliada à debilidade financeira do nosso município, somos muitas vezes obrigados a alterar e ajustar o que tínhamos previamente de-finido como estratégia principal. Nunca conseguimos atingir todos os objetivos a que nos propomos mas os principais, os essenciais, somos de opinião que foram concretizados. Terminar a obra de regeneração Urbana da Vila de Tabuaço, obra que encontramos atrasadíssima e com imensos problemas o que levou a que tivéssemos fases em que tínhamos praticamente metade da nossa vila esventrada com todos os problemas que essa realidade causou aos nossos mu-nícipes e à desde já si fragilizada economia local, era um desses principais objetivos. Um outro, que irá concretizar-se dentro de poucos dias, será a abertura das pisci-nas municipais cobertas, uma das princi-
pais bandeiras da nossa campanha eleito-ral. Todas as medidas implementadas a nível da acção social, atrás referidas, são outro dos principais pilares a que nos propuse-mos. A resolução de situações, de enorme en-vergadura, que se arrastavam há inúme-ros anos e que constituíam um perigo real a quem circulava nas nossas estradas, foi uma realidadeA presença constante junto dos presi-dentes de junta e demais representantes das freguesias no sentido de dar resposta pronta às diversas solicitações tem sido uma das nossas principais preocupações e pensamos que, dentro das nossas limi-tações financeiras, o temos conseguido levar a bom porto.
Desmistificando um pouco o concelho de Tabuaço, quais as potencialidades do mu-nicípio?É difícil ser juiz em causa própria e rara-mente conseguimos ser imparciais quan-do falamos das nossas terras mas é essa paixão pelo que é nosso, pelas tradições, por cada recanto, cada viela de cada uma das nossas aldeias que torna Tabuaço tão encantador. O nosso potencial é enorme! Começando pela natureza, onde temos paisagens des-lumbrantes que vão desde o coração do Douro até à beleza dos montes e serras beirãs. Os nossos rios, desde os afluen-tes Tedo, Távora e Torto até ao majestoso Douro. A nossa arquitetura composta pe-las quintas vinhateiras e pelo património histórico e religioso. A qualidade da nossa gastronomia, a cereja, a castanha, a baga de sabugueiro, o melhor bolo-rei do país, o azeite, que é do melhor que se faz por essa Europa fora e dos nossos vinhos. Importa neste campo salientar que nos
últimos vinte anos houve um salto qua-litativo no que aos Vinhos DOC diz res-peito. A competência e inovação que esta nova geração de Enólogos e Engenheiros Agrícolas, naturais do concelho, trouxe ao setor tem tido um papel importantíssimo neste aumento de qualidade que a nossa produção vitivinícola tem tido. E resulta de todo esta nova realidade é a de que os nossos vinhos, os vinhos de Tabuaço, são hoje sobejamente conhecidos por todo o mundo. E principalmente as nossas gentes! A nos-sa forma de estar, de receber de conseguir fazer com que quem nos visita se sinta de imediato integrado, perfeitamente à von-tade, na sua própria casa como gostamos de dizer. E todos nós sabemos, numa reali-dade turística em que se procura cada vez mais as sensações e experiências, a impor-tância de que esta forma de estar, viver e acolher se reveste. Tabuaço mais do que uma visita é uma experiência.
Possuindo uma gastronomia regional de excelência, quais os pratos típicos e de doçaria a não perder na região?A gastronomia do Concelho de Tabuaço está intimamente ligada ao modo de vida e tradições dos nossos antepassados. Cos-tumamos dizer que aqui tudo é bom! E a nossa cozinha é transversal e tem de tudo um pouco. No entanto temos que realçar a nossa gastronomia de saberes e sabores tradicionais, cujas especialidades, sempre acompanhadas de vinho e azeites de ex-celente qualidade, são o cabrito recheado com arroz de forno, o javali, o arroz de cabidela, o presunto restante fumeiro e peixinhos do rio em molho de escabeche. São também muito apreciados os doces de castanhas, os folares e o bolo-rei de Ta-buaço, conhecido como o melhor bolo-rei do país.
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PISCINAS COBERTAS MUNICIPAIS, UMAS DAS PRINCIPAIS
BANDEIRAS ELEITORAIS DE CARLOS CARVALHO
Não esquecendo a riquíssima herança deixada pelos monges de Cister no que toca a doces conventuais.
Relativamente à educação e aos jovens, quais os apoios que o município disponi-biliza?Os jovens têm que, necessariamente, ter um papel mais interventivo e ativo na nossa sociedade. Ao longo dos últimos anos temos assistido a um certo desligar das gerações mais jovens daquilo que entendem ser a nossa sociedade civil ou política talvez por sentirem que a sua preponderância ou capacidade de influir nas diversas soluções finais é quase nula. É imperioso inverter esta tendência. A participação deles é fundamental para, principalmente em meios como os nos-sos, acrescentar massa crítica à nossa ca-pacidade de projetar, gerir e concretizar. Nesse sentido é fundamental integrá-los nas diversas etapas e estruturas que com-põem o que pretendemos que seja a nos-sa realidade no futuro. É nossa intenção a criação do conselho de juventude onde todos estes assuntos e estratégias possam ser discutidos. Relativamente a medidas mais concretas e específicas temos já em curso os prémios Alice Pereira Gomes, para o Ensino Bási-co, e o prémio Abel Botelho, que premeia os melhores alunos do 2º e 3º ciclo, secun-dário e 12º ano com valores que vão des-de os 500 até 1 500 €, atribuição dos ma-nuais escolares aos alunos do 1º ciclo, ATL de música, férias desportivas de verão e a atribuição das bolsas de estudo ao ensino superior.Fomentamos o desporto através do apoio à AJAB (Associação Juvenil Abel Botelho) que é já um nome de referência no pa-norama do futsal nacional e que integra a maioria das nossas crianças e adoles-centes na prática desta modalidade em todos os escalões em que competimos. A abertura das piscinas cobertas permitirá um acrescento significativo na oferta des-portiva que hoje existe. Fundamental é também a criação de uma agenda e oferta cultural de qualidade que permita que se criem determinados hábitos, muitas das vezes, pouco enrai-zados na nossa região. As nossas asso-ciações recreativas e musicais têm tido, pela sua qualidade e perseverança, uma importância enorme neste percurso que nos irá permitir que a cultura, seja ela musical, teatral, folclórica, ou qualquer outra, deixe de ser excepção e passe a ser regra. A abertura da biblioteca municipal no próximo ano e a criação de escola de música para uma class band, que poderá permitir a integração posterior de alguns
desses alunos na banda musical de Sen-dim, serão também passos importantes nesse caminho.
Um concelho dinâmico e ativo, quais as ofertas culturais previstas para o próxi-mo ano 2015?Essa é também uma área em temos que es-tar na vanguarda do que se faz no Douro. Temos definitivamente, que interiorizar que o turismo tem que ser complementa-do com uma oferta cultural que seja digna da qualidade natural das nossas paisa-gens e dos nossos produtos. Acreditamos ser capazes de apresentar para os nosso munícipes e para quem nos visita um programa cultural arrojado, de qualidade inegável e que crie e enraíze hábitos cul-turais na nossa comunidade. Felizmente temos um dos melhores grupos de teatro amador do norte do país, TEATRAÇO, que para além das suas representações nos garante um festival de teatro duran-te todo o ano com a apresentação de uma peça mensal, por outros grupos amadores. No próximo ano iremos aliar a estes even-tos concertos musicais que, intercalados com o teatro, criarão uma dinâmica cul-tural periódica sendo que esta estratégia passa por descentralizar e levar esta agen-da a todas as aldeias do concelho. A ideia de que no interior do nosso país se passa pouco, culturalmente, é cada vez mais um claro engano. Durante todo o Verão todas as nossas aldeias encontram-se em festa o que transmite um ambiente, permanente, de festejos populares e uma alegria conta-giante a quem nos visita.O nosso ponto alto são as festas de são joão, em junho, pretendendo o municí-pio no decurso do próximo ano criar um evento cujo conceito ainda se encontra a ser delineado mas que passará sempre por um formato que permita a todos os nos-sos produtores expor aquilo que de mel-hor eles fazem e que sirva para promover a marca Tabuaço. Pretendemos também este ano levar a cabo pela primeira vez o festival de arte urbana que, para além do evento em si permitirá a requalificação de alguns espaços que hoje em dia cons-tituem pontos negros arquitectónicos no nosso concelho. Iremos dar continuida-de à II edição do rally vinho do porto de clássicos bem como receber novamente o campeonato de motonáutica no rio Dou-ro.
Como prevê o futuro? Quais os projetos que pretende desenvolver num curto/médio prazo?Como já referimos anteriormente pre-tendemos durante o ano de 2015 abrir a biblioteca municipal e inaugurar o novo
posto de GNR. Iremos também no primei-ro semestre inaugurar a nova loja intera-tiva de turismo de Tabuaço, a loja social e avançar com o projeto de voluntariado. E este próximo ano é fundamental para a elaboração de projetos e estudos para a sede do nosso concelho e para cada uma das nossas aldeias para que possamos transformá-los em candidaturas mal o quadro comunitário esteja disponível. Dois dos mais importantes são o estudo, em parceria com a UTAD, de uma solução ou soluções para o planalto de Chavães e a requalificação do rio Távora em toda a sua extensão.Em suma apesar de todos os condiciona-lismos que diariamente surgem, aliados aos que encontramos quando tomamos posse na Câmara Municipal, temos, na maior parte do tempo, uma perspetiva optimista do futuro. O crescente interesse pela nossa região e a crescente vontade comum dos agentes locais de trabalhar em conjunto para nos promovermos en-quanto região augura-nos bons ventos.É nosso ponto de honra dar continuida-de à estratégia por nós defendida e que mereceu a escolha da maioria do povo de Tabuaço. O importante aqui é olhar para o nosso passado, ver até onde ele nos trouxe e a partir daqui, com a participação de cada um dos Tabuacenses, definir os caminhos que pretendemos trilhar nos próximos anos.
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UM SONHO A CRESCER
Jeremias de Macedo, um homem com ex-periência, determinação e paixão pela te-rra onde nasceu, o Douro, foi adquirindo ao longo da sua vida, vários hectares de vinha e edificou uma adega, com o intuito de produzir vinhos do Douro e Porto, con-cretizando assim um sonho.O mesmo desejo e know-how foi passan-do de geração em geração, sempre com a preocupação de produzir vinhos de qua-lidade. Marta Macedo, enóloga, e neta de Jeremias Macedo, é a única da 3ª geração da família a especializar-se na área, dan-do continuidade ao trabalho iniciado pela família. Com paixão, trabalho e dedicação as vinhas e a adega foram modernizadas com equipamentos e técnicas próprias, sendo atualmente uma das maiores em-presas familiares com maior área de vin-ha na região do Douro, reconhecida com a marca Quinta do Filoco.A marca Quinta do Filoco surgiu no ano
A Quinta do Filoco está localizada em Ta-buaço, bem no coração da Região Demarcada do Douro, e estende-se ao longo de cerca de 130 hectares de vinha, ao longo das margens do Rio Douro e Távora, formando um cenário natural de enorme beleza.
QUINTA DO FILOCO
de 2007, um projeto desenvolvido por Marta Macedo, que atualmente tem sido alvo de boas críticas, inclusive medalhas de ouro nos vinhos produzidos. O rosto deste sucesso afirma que sem a sua equipa nada disto era possível de acontecer, va-lorizando o companheirismo e a lealdade dos seus colaboradores, assumindo que no próximo ano visa aumentar a equipa.Com diferentes castas e qualidades, sur-gem os vinhos Filoco Brancos de qualida-de superior com uma frescura e minerali-dade provenientes das vinhas localizadas a maior altitude. Caraterísticas que tam-bém beneficiam os Filoco Rosé. Nos vinhos tintos, encontramos o Filoco e Quinta do Filoco Reserva, existindo ain-da para gostos mais especiais os Grandes Reservas feitos em anos excecionais como o Touriga Nacional 2009, já medalhado 2 vezes com ouro.Os vinhos marca Quinta do Filoco, po-
dem ser encontrados a nível Nacional no El Corte Inglês, Aveiro, Lisboa e Algarve, parceiros com os quais se têm criado boas parcerias e cujo bom trabalho é valoriza-do. O maior mercado dos vinhos Filoco é sem dúvida o mercado externo, estando já pre-sentes em diversos países como Angola, Alemanha, Bélgica, Canadá, China, Ho-landa, Luxemburgo, Suíça, Polónia, Filipi-nas e EUA. O futuro é promissor e fica a esperança e o desejo de continuar a crescer, alargando o nível de mercados e as vendas. Marta Ma-cedo revela que pretende continuar a for-talecer o mercado dos vinhos Quinta do Filoco, mas tem um desejo muito especial confidenciando que pretende lançar um vinho excecional com a Marca Jeremias em homenagem ao Avô, que será lançado quando a empresa estiver mais forte no mercado.
Telefone: 254 780 056 Email: [email protected] www.quintadofiloco.com
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A HARMONIA DOS TACHOS
UMA VIAGEM HISTÓRICA ATÉ À FAMÍLIA TÁVORA
Inspirada na comida tradicional portuguesa, Dona Tere-
sa no ano de 2010 avançou com o que era o sonho da sua
vida.
Uma referência para Tabuaço, a Quinta da Aveleira Turismo
Rural, situa-se na localidade de Távora, junto ao rio com o mes-
mo nome, um dos afluentes do rio Douro. Rodeada por vinhas e
toda a envolvente agrícola, a Quinta usufrui de alojamento em
ambiente Rural onde pode desfrutar de uma riqueza natural de
paisagem e tranquilidade únicas.
TACHINHO DA TÉ
QUINTA DA AVELEIRA
O restaurante “O Tachinho da Té” insere-se no coração da vila de Tabuaço, um espaço acolhedor, dotado de um estilo moderno e intimista, em que toda a decoração foi idealizada com a fina-lidade de criar uma atmosfera serena e relaxante, mas que si-multaneamente retrata a beleza inigualável que rodeia Tabuaço, através das sublimes paisagens da região presentes nas paredes.A paixão pela cozinha, aliada ao gosto de bem receber da restan-te família, resultou num espaço de excelência, procurado para momentos de lazer e negócios, por famílias e amigos, sempre acompanhados pelos pratos típicos da região.A gastronomia é diversificada, mas a presença de pratos tabua-censes como o apreciado filé grelhado, a açorda de perdiz, o ca-brito grelhado e o bolo borrachão, fazem as delícias dos turistas.
Atualmente na gerência as irmãs Marta e Sofia Parente Macedo, a Quinta da Aveleira é um projeto familiar que tem passado de geração em geração sendo que nos últimos anos tem sido alvo de inúmeras intervenções, com o intuito de valorizar e preservar o património histórico construído e dotar a quinta de acomodações modernas e confortáveis para o turismo. Percorrer a Quinta da Aveleira é uma espécie de viagem no tempo à história da família Távora, a quem pertenceu a Quinta, sendo ainda possível encon-trar vestígios desse passado e das ligações entre o Marquês de Pombal e a família dos Távora. A quinta possui uma casa com 4 quartos, onde os hóspedes podem desfrutar do conforto e acor-dar sem pressa com a luz do sol a entrar pela janela da mansar-da e usufruir de toda a casa totalmente equipada, digna de uma
Confiantes de que o futuro passará pela promoção do turismo, a família Tachinho da Té iniciou uma série de parcerias com diferentes quintas, com a finalidade de acolher os turistas que chegam a Tabuaço, fazendo um passeio turístico pela região e terminando com uma degustação no seu restaurante.Um restaurante agradável e acolhedor, onde é possível degus-tar uma gastronomia de sabores tradicionais acompanhados dos melhores vinhos do Douro, sempre com a garantia de um aten-dimento de excelência.
TÉ E A SUA EQUIPA
TELEFONE: 254 787 082 / 967 153 937 E-MAIL:[email protected]
WWW.OTACHINHODATE.PT
TELEFONE: 963682154EMAIL: [email protected]
WWW.QUINTADAAVELEIRA.COM
típica casa tradicional do Douro. Existe ainda duas casas cen-tenárias de uma beleza incomparável, envoltas em cerca de 25 hectares de vinha, onde os turistas que usufruem uns dias do tu-rismo rural da Quinta da Aveleira podem desfrutar ao máximo das potencialidades do espaço envolvente como se estivessem na sua própria casa, desde os passeios pela vinha aos passeios pelos marcos históricos. Num futuro próximo pretende-se alar-gar a capacidade de alojamento da quinta, sem nunca perder os traços originais e valorizar o conceito familiar com que sempre se distinguiram. Para além disso, prevê-se uma aposta forte na componente de organização de eventos (casamentos, batizados, aniversários, etc.), aproveitando os recursos existentes e apostar num serviço de qualidade num espaço único e idílico.
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A CADA
MOMENTO,
PRAZER!
Como surgiu a Companhia de Vinhos do Douro? Fale-nos um pouco do percurso da empresa até à atualidade.A CVD nasceu de um sonho...Com o FAGOTE 2001, depois o ARROJO, e o OBOÉ...A localização, exposição solar e a altitude média das vinhas, formam um “terroir” para a produção dos vinhos. Pre-tendemos que sejam vinhos grandiosos, cativantes, distintos, com tradicionalida-de, mas modernos e com perfil diferen-ciador. A consistência dos anos, dão-lhes um caráter muito próprio, cada vez mais apreciado em todo o mundo. Tudo é feito com paixão, e know-how, que a “equipa” foi adquirindo. A nossa aposta na imagem é importante. Todos tem package e ima-gem muito apelativa, para cativar o inte-resse e a curiosidade dos mais exigentes.
Qual a principal missão da entidade? Produzir um portfólio de vinhos que pro-porcionem a cada “momento”, prazer! É preciso conhecer os mercados, e depois potenciar a obtenção de um lote diferente. Essa será a nossa “riqueza”.
COMPANHIA DOS VINHOS DO DOURO
Com uma vasta gama de produtos. Quais os produtos que comercializam?Branco, rosé e tinto. Produzimos cada lote de forma diferente, para potenciar cada parcela (altitude, idade da vinha, casta), e assim obtemos mais diversidade.Atualmente temos: ARROJO (Branco e Tinto), FAGOTE (Rsv Br, Rsv Tto e Gde Rsv Vinhas Velhas Tto) e OBOE (Rsv br, Vinhas velhas br, Superior tto, 17% álcool e Gde Esc). Para o dia a dia o FAGOTE RSV Br e Tto sao uma boa escolha, no entanto aposta-mos no FAGOTE GDE RSV VINHAS VEL-HAS Tto.Os topos de gama (OBOE VINHAS VEL-HAS br e GDE ESCOLHA Tt), são referên-cias no segmento “premium”.
Como define os vinhos da Companhia Vinhos do Douro?Bebemos em diferentes momentos (ape-ritivo, peixe, carne, lanche, com frio ou calor, etc), e temos um gosto próprio. Uma empresa deve ter diferentes vinhos, que se ajustem a cada ocasião. Ser diferente nao é ter outro preço ou rótulo, ser dife-rente é “ser mais compatível” com alguém ou com alguma “ocasião”. A imagem e o tamanho da garrafa, também podem ser mais compatíveis a com cada momento. Temos gfs 37,5cl, 75 cl e 150 cl. Uma preocupação nossa é não ter dentro da nossa casa vinhos concorrentes. Deixo isso para os produtos das outras empresas.
Qual a produção anual de vinho?Estamos a produzir entre 80/100 mil li-tros.
Como é que a empresa está posicionada relativamente à exportação dos seus vin-hos?Sempre com um enorme esforço para conquistar mercados, consolidar merca-
dos e chegar a mais lugares. Definimos um orçamento anual para cada mercado. Depois com esforço, definimos com cada importador/parceiro a estratégia (feiras, jantares, visitas, viagens à quinta). Desta forma criamos ligações que nos vão aju-dar a vender. Estamos conscientes que o trabalho é difícil, mas pelo caminho ja percorrido, sabemos que chegaremos lá, mantendo o profissionalismo, o empenho e o espírito de parceria.
Quais os mercados em que estão presen-tes?Portugal, Angola, China, EUA, Macau, Brasil, Alemanha, Finlândia, Polónia e Suíça.
Onde é que os nossos leitores podem en-contrar os vinhos da Companhia Vinhos do Douro?Em diferentes restaurantes, lojas e on-li-ne. Para mais informações, [email protected] ou 22 0160990.
Como é que prevê o futuro? Quais os pro-jetos que pretende desenvolver?Consolidar o passado e alcançar mais mercados. Gostava no futuro de estar pre-sente noutras zonas vitícolas, diretamen-te ou em parceria.
Em jeito de conclusão, qual a última men-sagem que gostaria de deixar aos nossos leitores.Bebam vinho, e procurem no dia a dia provar novos vinhos. Assim conhecem o potencial e diversidade de vinhos que existem em Portugal. Mas atenção, nem sempre o melhor vinho (mais caro) é o mais adequado a determinado “momento”. Escolham o vinho mais compatível para cada ocasião. Esse é o que maior prazer vos dará!
Telefone: 916 633 241 Email: [email protected] www.cvdvinhosdouro.com
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PAIXÃO TIROLESA PELO DOURO
AZEITE COM SABOR A XISTO
O Chefe Thomas Egger nasceu em Tirol em
1975 na Áustria. Apaixonado por Portugal,
onde encontrou a sua esposa Maria de Fáti-
ma Egger, com quem casou no ano de 2000.
A Cooperativa Agrícola de Tabuaço foi fundada em 1952 para
defesa dos agricultores de Tabuaço. A extração do azeite, foi
sendo renovada ao longo dos anos, melhorando a qualidade.
TÁBUA D’AÇO
COOPERATIVA AGRÍCOLA DE TABUAÇO
Detentor de uma vasta experiência por diversas cozinhas inter-nacionais, optou por se estabelecer em Tabuaço, onde em 2003 inaugurou o Restaurante Tabuad’aço. Atualmente chefia a cozinha do Tabuad’aço, juntamente com uma equipa de excelência. A experiência internacional permitiu a criação de ementas diversificadas com a conjugação de várias culturas nos seus pratos. Do seu extenso curriculum podemos destacar as várias partici-pações em programas de televisão como RTP, SIC Internacional e Porto Canal; bem como, na organização da Semana Tirolesa que se realiza todos os anos na última semana de novembro.Em 2013 iniciou um novo projeto, a produção de azeite extra vir-
A atual direção da Cooperativa Agrícola de Tabuaço, com o Dr. José Amaral como presidente, para além da aquisição dos equi-pamentos necessárias ao cumprimento total das modernas exi-gências ambientais e sanitárias, conseguiu modernizar o proces-so de extração do azeite e implementar, como meio mais eficiente de laboração, o método da tulha única. Evitou-se assim, o que acontecia há cerca de 16 anos, a apanha tardia da azeitona por parte de alguns produtores.A Cooperativa presta aos seus associados a informação neces-sária em todo este processo, desde o cultivo e a apanha da azei-tona até a transformação da mesma em azeite. A cada produtor
gem e azeite biológico, um produto de excelência, com a marca Chefe Thomas Egger.Em 2014 aventurou-se pelo mundo dos vinhos verdes e lançou o seu primeiro vinho verde com a marca Thomas Egger.O restaurante Tabuad’aço dispõe de uma gastronomia inigualá-vel, com pratos típicos da região, e ainda uma variedade de pra-tos de origem austríaca, italiana, asiática e espanhola.Saboreie os nossos vinhos da Região Demarcada do Douro, a mais antiga região demarcada do mundo. Boa comida, bons vin-hos e boa paisagem são aquilo que de melhor temos para ofere-cer.
JOSÉ AMARAL - PRESIDENTE
é disponibilizado, para a recolha e para entrega da azeitona, os recipientes adequados, de forma a rentabilizar ao máximo a la-boração do lagar. Constitui também uma preocupação desta direção a comercia-lização do azeite, tudo fazendo para que seja considerado como um dos produtos de excelência do concelho de Tabuaço. Para a sua divulgação foram criadas as marcas CAT e Azeite de Ta-buaço, procurando assim, no mercado nacional e internacional a adequada distinção.Atualmente a Cooperativa tem vindo a aumentar substancial-mente o mercado de exportação, estando já presente no espaço europeu, como a Suíça e a Áustria, países detentores de um forte poder económico e com uma forte valorização dos produtos na-cionais, o que para os nossos produtores é um mercado muito atraente.A Cooperativa Agrícola do Azeite de Tabuaço possui neste mo-mento cerca de 700 sócios. O futuro é promissor e os projetos de modernização são muitos. Para a instituição é fundamental continuar a mudar mentalidades e fazer com que os produtores de azeite vejam o associativismo como uma oportunidade de ex-celência para fabricar um produto de excelência e alta qualidade, a um preço competitivo.
TEL./FAX: 254 781 [email protected]
TELEFONE: +351 254 789 162E-MAIL: [email protected]
PORTUGAL EM DESTAQUE | 21
UM BRINDE… COM HERANÇA PRESERVADA!
Ao longo dos anos a família Costa tem exercido a sua atividade com um objetivo final bem definido: preservar a qualida-de nas suas produções. Defendendo que é fundamental sublinhar que os investi-mentos feitos no decorrer da atividade até à atualidade tiveram como base produzir o melhor vinho, com uma qualidade de excelência, possibilitando aos consumido-res a oportunidade de provarem o melhor vinho do Douro.
Como define o vinho Quinta da Carrego-sa? O vinho Quinta da Carregosa pode ser definido como sinónimo de qualidade. Consideramos que os nossos vinhos têm terroir próprio da região do Douro, em que a nossa grande preocupação é produzir vinhos de uma qualidade inigualável, pois afirmamos ser essa a nossa imagem de marca.
Qual a produção anual da Quinta?Anualmente a nossa produção ronda as 120000 garrafas.
Como é que a Quinta está posicionada à exportação dos seus vinhos?A nossa Quinta está posicionada como um
A Quinta da Carregosa nasce no ano de 1890, com a
finalidade de produzir os melhores vinhos do Douro.
Uma história de família ligada à produção de vinho, que
atualmente contabiliza três gerações.
QUINTA DA CARREGOSA
produtor do Douro. Um produtor com his-tória e um vasto know-how nos vinhos. No fundo um produtor que faz vinhos e investe sobretudo na qualidade, bem como na inovação.
Quais os mercados em que estão presen-tes?Neste momento estamos presentes em Portugal, Brasil, Japão, Suíça e EUA.
Onde é que os nossos leitores podem en-contrar os seus vinhos?Os vinhos da Quinta da Carregosa podem ser encontrados em algumas garrafeiras do nosso país, bem como em restaurantes de extrema qualidade e alguns supermer-cados e hipermercados através de algu-mas marcas da quinta, como é o caso de enorme sucesso do vinho Fonte da Loba.
Como prevê o futuro? Quais os projetos que pretende desenvolver?Prevemos um futuro com muito otimis-mo. O Douro está cada vez mais na moda e é uma região com imenso potencial. In-ternacionalmente o Douro já é visto como uma região do mundo vitivinícola.No nosso caso o futuro passa ainda pela dinamização dos mercados nacionais e in-
ternacionais, privilegiando a aproximação aos agentes distribuidores que detenham um enorme conhecimento sobre vinhos e que possuam qualidade na abordagem aos diferentes canais.Os mercados irão privilegiar empresas que fazem os investimentos muito fo-cados na vinha, nos seus vinhos e nas suas castas, bem como no investimento em qualidade e inovação; nestes casos a Quinta da Carregosa tem alcançado esses mesmos propósitos.Temos ainda projetos de desenvolvimento na área das monocastas e um outro gran-de projeto de reconhecimento pela histó-ria e trabalho dos fundadores da Quinta, através de um vinho de elevadíssima qua-lidade, que temos a garantia de que será uma bela homenagem.
Em jeito de conclusão, qual a última men-sagem que gostaria de deixar aos nossos leitores.O desafio que eu gostava de deixar aos lei-tores é que além das marcas conhecidas do Douro, que experimentem novas mar-cas, que façam provas e partilhem conhe-cimento de projetos de qualidade como é o caso dos vinhos da Quinta da Carregosa.
MANUEL COSTA E FERNANDO COSTA
TELEFONE: +351 916 459 007 E-MAIL: [email protected] WWW.QUINTADACARREGOSA.COM
22 | PORTUGAL EM DESTAQUE
ENTRE…A CASA É SUA!
CONHEÇA O UNIVERSO DOS RUI’S
A Quinta da Padrela é uma empresa familiar, adquirida pelos atuais proprietários em 1988. O principal objetivo aquando da aquisição da propriedade foi o de comercializar vinhos produzi-dos na Quinta e de criar infra-estruturas direcionadas para o Enoturismo.
A casa dos Rui´s é um imóvel de interesse turístico na categoria
de “Casa de Campo” inserida no Turismo Rural do concelho de
Tabuaço.
QUINTA DA PADRELA
CASA DOS RUI’S
O turista que visita e/ou fica alojado na Quinta da Padrela poderá usufruir de um ambiente rural acolhedor e com todo o confor-to. Um espaço onde pode usufruir da natureza na sua plenitude, fazendo caminhadas pela Quinta e passeios de bicicleta. Na Quinta o turista procura a serenidade e a calma, o contato com a vida rural, que aprecia o chilrear dos pássaros pela manhã, que degusta o pequeno-almoço no jardim ou desfruta da piscina. É ainda ideal para o Enoturista que procura uma experiência di-ferente, que quer saber mais sobre a produção do vinho, passear pelos vinhedos, ver os trabalhos agrícolas, participar nas vindi-mas e na vinificação e fazer prova de vinhosO vinho produzido na Quinta da Padrela é de média/alta gama, de altitude que se revestem de caráter frutado e fresco. Gastro-
Nasceu em Janeiro de 2011 para oferecer os seus serviços, pon-do à disposição dos seus clientes e amigos, cinco quartos duplos, bem como uma suite, com capacidade para dez pessoas. Todos os quartos estão devidamente decorados, confortáveis e com cariz familiar, de forma a responder às expetativas dos clientes que procuram este tipo de alojamento. Possui ainda uma sala de re-feições, com uma zona de estar comum, equipada com televisão e fogão de sala. Todos os aposentos estão equipados com aqueci-mento e ar condicionado. De forma complementar para além de um buffet de pequeno-almoço, que está incluído no alojamento, oferece aos seus clientes serviço de jantar, aproveitando a cozin-ha e a sala de jantar do empreendimento. Esse serviço, disponi-bilizado apenas por encomenda versa essencialmente sobre as receitas da região e os vinhos do concelho de Tabuaço, de forma a valorizar os recursos da região.
nómicos devido a toda a envolvência em que estamos inseridos. A produção anual ronda as 30.000 garrafas.Desde o início a exportação foi a prioridade dos proprietários Neste momento exportam 85% da produção para mercados como Macau, Hong-Kong, Inglaterra, Bélgica, Alemanha, EUA e Angola.Num futuro muito próximo os proprietários pretendem recons-truir a antiga casa da Quinta a “casa dos caseiros”, para que os visitantes possam degustar os vinhos juntamente com outros produtos do Concelho de Tabuaço, tendo como cenário as vinhas da Quinta da Padrela.Em Portugal é possível encontrar os vinhos Quinta da Padrela em restaurantes conceituados como o Luzana e o Vila Joya, exis-tindo ainda um distribuidor situado no Algarve.
TELEMÓVEL: 914758244E-MAIL: [email protected]
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TELEFONE: 254782027/[email protected] WWW.CASADOSRUIS.COM
A Casa dos Rui’s aconselha aos seus clientes passeios programa-dos, atividades com bicicleta, passeios de Jeep para conhecer os sítios mais inóspitos do concelho, bem como efetuar percursos de Turismo Religioso, visitando monumentos de Tabuaço e de concelhos vizinhos, tais como, Sernancelhe, Tarouca e Lamego.Os turistas procuram sossego, ar puro, boa degustação e princi-palmente apreciar as boas vistas de que é servido o nosso con-celho. No período de Verão, podem também apreciar as belas piscinas descobertas de Tabuaço, e no período de Inverno, apro-veitar o óptimo complexo das piscinas cobertas da Vila. Para tal, a casa dos Rui´s estabeleceu um protocolo com o Município de Tabuaço, de forma a proporcionar aos seus clientes o uso destes equipamentos.Se é apreciador de paisagens naturais, aprecia sossego e ar puro, gosta de degustar um bom prato português, beber bons vinhos do Douro e aprecia a arte de bem receber, então o seu destino é Tabuaço.
PORTUGAL EM DESTAQUE | 23
QUINTA…DE ASSOMBRAR!
Fale-nos um pouco da história da Quinta do Convento. Há nove séculos que vinhos do Porto de excelente qualidade têm sido produzidos na Quinta do Convento em Távora. O impres-sionante mosteiro do século XII cisteriano cujas espessas pare-des de pedras testemunharam eventos legendários. Ainda estão bem vivas as narrativas de fantasmas a viverem no local, o que dá ares de intrigas a esta bela e inesquecível propriedade de 150 hectares com vista para uma vinha de 25 hectares, onde uvas utilizadas para a produção de vinhos da mais alta qualidade fo-ram cultivadas originalmente por monges cisterianos. Há muito não há monges, mas o legado de produção dos melhores vinhos do Porto continua.
Que tipo de oferta o turista pode encontrar no espaço Quinta do Convento?A nossa Quinta é um espaço repleto de história, em que os turis-tas têm a possibilidade de fazer uma espécie de viagem no tem-po, testemunhando toda a fantasia envolvente.Depois possibilitamos ainda a prova dos nossos vinhos.
Como define o vinho da Quinta? A Quinta do Convento está localizada na margem sul do Dou-ro, na freguesia de Távora. Os 25 hectares de vinha são planta-dos com as castas tintas tradicionais da região, principalmente Touriga Nacinal, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca. Devido a localização das vinhas, os vinhos produzidos carateri-zam-se por uma grande frescura aromática, com muitas notas de frutos pretos e um grande equilibro de boca.
Qual a produção anual da Quinta do convento? A produção anual da Quinta ronda os 100.000 litros de vinho, sendo que metade é produção de vinho do Porto.
Como é que a Quinta está posicionada relativamente à expor-tação dos seus vinhos? Quase toda a produção é destinada a exportação. Neste momen-
QUINTA DO CONVENTO
to estamos presentes no Canadá, Estados Unidos, Bélgica, Ho-landa, França, Reino Unido e na Alemanha.
Como prevê o futuro? Quais os projetos que pretende desen-volver?Acreditamos num futuro promissor. Temos alguns projetos a desenvolver, nomeadamente a reconversão de alguma parte da vinha, e na produção de vinho DOC, Douro Monovarietal Tou-riga Nacional.
Em jeito de conclusão, qual a última mensagem que gostaria de deixar aos nossos leitores.Quero dizer a todos os leitores que vale a pena visitar a Quinta do Convento, possuímos uma história mágica e o espaço históri-co é deslumbrante. Temos ainda a história de Ardinga e provas de vinhos do Porto de excelência para partilhar.
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ARTE DE BEM REPRESENTAR
O TEATRAÇO nasceu a partir de uma ideia de Nucha Martins que, consciente da tra-dição do Teatro no concelho de Tabuaço, desafiou o ator e encenador Beto Coville, atual-mente diretor e encenador do TEATRAÇO, a formar um grupo de teatro. No entanto, a ideia não bastou, teve que despertar e tornar-se real a vontade das pessoas assumirem este compromisso, o que felizmente aconteceu no espaço de pouco dias após o primeiro desafio: a associação surgiu e foi fundada em escritura pública em Setembro de 2007.Desde aí o TEATRAÇO tem sido uma aventura de um grupo de pessoas de faixas etárias diversas, com diferentes interesses mas com um gosto comum – O Teatro! A primeira peça – As Preciosas Ridículas, de Molière - foi à cena em Abril de 2008. Seguiram-se imensas atuações e apresentações em todo o país, desde Vila Nova de Gaia ao Sardoal, passando por Abrantes, Vagos, entre outros palcos. Atualmente o TEATRAÇO estuda um novo texto e, sob a direção e encenação de Beto Coville, que estreará em 2015. Até lá, tem agendado várias atuações e presenças em Festivais, Encontros e Mostras de Teatro. TEATRAÇO é sem dúvida o grupo de teatro a nível nacional com mais patrocinadores. Orgulha o apoio que a população de Tabuaço exerce, todos os meses, assistindo aos espetáculos que é levado a Tabuaço através do ETAT – Encontro de Teatro Anual de Ta-buaço. Cada pessoa que assiste a estes espetáculos é um patrocinador do TEATRAÇO, pois contribui para a existência do grupo.
O TEATRAÇO é uma Escola cujo aprendizado nos torna pessoas mais sensíveis, sensatas, com uma visão diferente da vida
e da arte, que nos possibilita comunicar com o mundo e mostrar a nossa cultura e as nossas tradições.
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TEATRAÇO
26 | PORTUGAL EM DESTAQUE
Como surge a Entidade Regional de Turis-
mo do Porto e Norte de Portugal?
Em traços largos, podemos dizer que a
Entidade Regional de Turismo Porto e
Norte de Portugal, a exemplo das restan-
tes Entidades Regionais de Turismo deste
País, surge no contexto da modernização
da Administração Pública, ou seja, na se-
quência de um longo processo que tem
início com o designado PRACE - “Progra-
ma de Reestruturação da Administração
Central do Estado” (Resolução do Con-
selho de Ministros nº 124/2005, de 4 de
Agosto) que, no âmbito da Resolução do
Conselho e Ministros nº 39/2006, de 21
de Abril, assume a criação de um organis-
mo central do turismo único, responsável
pela prossecução da política de turismo
nacional – o Turismo de Portugal, I.P. – e a
descentralização das 19 regiões de turismo
então existentes, dando origem às atuais
5 Regiões, correspondentes às NUTS II,
tendo como objetivo a reorganização das
entidades públicas regionais com respon-
sabilidades na área do turismo.
Qual a missão e a visão da entidade?
Como sabe, a Turismo do Porto e Norte de
Portugal, E. R., é a entidade regional de tu-
rismo gestora da área territorial da NUT
II – Norte, composta por 86 municípios,
com Sede em Viana do Castelo, que tem
por missão a valorização e o desenvolvi-
mento das potencialidades turísticas da
respetiva área regional de turismo, a pro-
moção interna e o mercado alargado dos
destinos turísticos regionais, bem como a
gestão integrada dos destinos no quadro
do desenvolvimento turístico regional, de
acordo com as orientações e diretrizes da
TURISMO PORTO E NORTE
política de turismo
definida pelo Go-
verno e os planos
plurianuais da admi-
nistração central e
dos municípios que a
integram.
Quanto à visão da
TPNP-ER, podemos
dizer que para além
de integradora em relação ao territó-
rio composto pelos sub-destinos Minho,
Porto, Douro e Trás-os-Montes, é natu-
ralmente de longo prazo, sujeita a acom-
panhar a evolução e o comportamento
dos mercados emissores, face às trans-
formações impostas pela conjuntura da
economia mundial Como se sabe, a con-
juntura económica e política que o mun-
do atravessa hoje é significativa, embora
com consequências que não são iguais
para as diferentes regiões do globo. Daí a
necessidade de implementar estratégias
adequadas à realidade do setor e atender
às previsões e sugestões efetuadas pela
própria OMT, cuja previsão é francamen-
te positiva em relação a 2015, especial-
mente no seio da Europa, que continua a
ser o maior emissor e recetor de turismo
do mundo. Daí que, face ao atual panora-
ma, mais do que nunca, para uma visão
de longo prazo, é necessário proceder-se
a um trabalho técnico profundo e sério,
identificando as variáveis mais importan-
tes que deverão ser consideradas para o
desenvolvimento dos produtos estratégi-
cos, de modo a que estes possam ser, cada
vez mais, reconhecidos e valorizados pe-
los mercados emissores potencialmente
interessantes para Portugal, e, muito em
especial para o destino Porto e Norte.
Para a nossa primeira edição, o Douro foi
eleito como a nossa região de destaque
para desmistificar. Quais os apoios ao
turismo e aos produtos do Douro prove-
nientes da entidade Porto e Norte?
Porque conheço sobejamente o Douro e
sinto-o de modo muito particular desde
tenra idade, estou perfeitamente cons-
ciente da importância de um território
que possui um património, natural, cul-
tural e humano, com caraterísticas úni-
cas e que merece o carinho de todos nós.
Para além disso, enquanto Presidente da
entidade responsável pela valorização e
desenvolvimento turístico de toda a Re-
gião Norte, aquilo que lhe posso dizer é
que o Douro, pelo riquíssimo conjunto
da sua oferta, tem vindo a ser objeto de
uma atenção especial e crescente, embora
ainda sem atingirmos o patamar que na-
turalmente gostaríamos, face às muitas
restrições com que frequentemente nos
confrontamos. Porém, quero acreditar
que o diálogo e as parcerias que temos
vindo a desenvolver com alguns dos mais
importantes agentes instalados no Douro,
públicos e privados, resultarão num forte
e desejável contributo para que a sua afir-
PELO DESENVOLVIMENTO E POTENCIALIDADES DO DOURO
WWW.PORTOENORTE.PT
PORTUGAL EM DESTAQUE | 27
MELCHIOR MOREIRA - PRESIDENTE
mação como destino turístico de eleição
seja uma realidade.
Como caracteriza a relação da Entidade
Regional de Turismo do Porto e Norte
com as autarquias da região do Douro?
Eu diria que é uma relação de absoluta
tranquilidade, sendo cada vez mais evi-
dentes os sinais de uma boa relação e os
efeitos do trabalho que temos vindo a des-
envolver em parceria. Basta para o efeito
pensar no fato de em conjunto conseguir-
mos alargar ao Douro o inovador projeto
da rede de lojas interativas de turismo
que está a ser desenvolvido no Porto e
Norte, com a certeza que esta será uma
outra mais-valia extraordinariamen-
te significativa para os seus municípios.
Para além disso, estaremos obviamente
sempre abertos para dialogar e, da nossa
parte, independentemente da diversidade
que carateriza cada um dos municípios do
Douro, o nosso principal objetivo é con-
tribuir para a valorização da sua oferta,
resultando num potencial com caraterís-
ticas muito especiais que é seguramente,
também, fruto da complementaridade,
que tão bem carateriza a oferta global do
destino Porto e Norte de Portugal.
Existem sinergias entre as entidades?
Que tipo de atividades desenvolvem em
comum?
Claro que sim e outra coisa não seria de
esperar. Tendo em consideração que os
municípios que integram a Entidade Re-
gional de Turismo do Porto e Norte de
Portugal são para nós parceiros institu-
cionais privilegiados, todo o nosso es-
forço assenta no pressuposto de que criar
o máximo de sinergias é essencial. Para
além disso, não podemos esquecer que o
setor privado, com especial realce para os
agentes da cadeia de valor do turismo são
parceiros fundamentais neste processo.
Aliás, é por isso mesmo que os convida-
mos para participarem nas nossas ações
de divulgação e promoção valorizando,
sempre que possível, os produtos que
melhor definem ou identificam o territó-
rio, tal como acontece no presente caso,
por exemplo, em relação à “Gastronomia e
Vinhos”, ao “Turismo de Natureza”, ou ao
“Touring Cultural”. Dou-lhe como exem-
plo, o facto de termos levado em Setembro
último até ao Peso da Régua um evento de
grande impacto para a questão dos vinhos
e do Enoturismo – o “Douro Wine Fest”.
Este foi de fato um grande evento dedi-
cado à “Gastronomia e Vinhos”, levado a
cabo por nós, em parceria com a respetiva
Câmara Municipal e várias instituições
locais e regionais, reunindo em torno da
temática, produtores de vinhos da Região
do Douro, chefes de cozinha, unidades de
restauração, entre outros representantes
do tecido empresarial do setor turístico
do destino Douro. Com o objetivo último
de atrair visitantes ao território e poten-
ciar o produto Gastronomia e Vinhos,
o Douro Wine Fest é um exemplo do que
certamente contribuirá para dinamizar a
economia local e regional, aumentando a
notoriedade do destino Norte de Portugal.
Aliás, a exemplo de outras ações promo-
cionais em que o Douro estará connosco,
tal como brevemente acontecerá com a
nossa participação na FITUR em Madrid,
ou na BTL em Lisboa.
Neste momento como avalia o setor do
turismo do Douro? Sente que é uma ati-
vidade em crescimento?
Embora ainda com algumas importantes
lacunas a resolver, parte das quais não
estão dependentes da TPNP-ER, natu-
ralmente que o turismo é uma atividade
muito importante e em desenvolvimento
no Douro. Prova-o a crescente procura e
o sucesso que tem sido, não só o trabalho
desenvolvido com base na via navegável
do Douro, como o trabalho notável reali-
zado, por exemplo, no âmbito do enotu-
rismo, através do extraordinário trabalho
que está a ser desenvolvido pelo tecido
empresarial. Aliás, seria injusto da minha
parte não lhes prestar aqui a minha sin-
gela, mas muito sincera homenagem, por
tudo o que na área do empreendedorismo
tem conseguido efetuar, diversificando
e melhorando qualitativamente a oferta
turística e as experiências recolhidas no
Douro.
Quais as maiores dificuldades encontra-
das na promoção da região Porto e Norte?
Fundamentalmente, para além de uma
política nacional que em nosso entender
deverá concentrar na mesma entidade a
promoção interna e externa, são sobre-
tudo dificuldades de ordem financeira,
na medida em que os meios atualmente
disponíveis estão ainda muito aquém do
valor de um património, natural e cultu-
ral, que urge seja convenientemente di-
namizado e promovido. O Porto e Norte
de Portugal é seguramente um dos desti-
nos turísticos nacionais com um enorme
potencial e da maior importância para a
excelência e a notoriedade da marca Por-
tugal. Mas como sabe, porque não é possí-
vel “fazer omeletes sem ovos” a criação de
incentivos especiais é fundamental, per-
mitindo o apoio a ações que visem uma
maior notoriedade dos produtos conside-
rados estratégicos para a região.
Como prevê o futuro? Revele-nos alguns
dos programas para o ano 2015.
Na expectativa de conseguirmos interna-
mente criar condições para que o poder
de compra dos portugueses melhore e a
acreditar nos dados positivos da própria
OMT para 2015, parece-me estarmos pe-
rante a possibilidade de ter alguma espe-
rança em relação ao futuro. Da nossa par-
te, tudo faremos para que o Porto e Norte
de Portugal mereça a necessária atenção,
razão pela qual temos programado um
leque diversificado de ações promocio-
nais, tanto no mercado interno, como no
mercado interno alargado (Espanha), ten-
do como objetivo dar ênfase à estratégia
dos produtos numa lógica de valorização
e/ou requalificação da oferta turística,
cujo significado é muito importante para
a promoção do destino Porto e Norte de
Portugal.
28 | PORTUGAL EM DESTAQUE
ONDE O GOSTO E O SENTIDO…
SOBRESSAEM!
Fale-nos um pouco da história da Quin-
ta da Pacheca. Como surgiu, em que ano,
qual a sua finalidade.
A Quinta da Pacheca é uma das mais em-
blemáticas do Douro, tendo sido proprie-
dade da família Serpa Pimentel.
A Quinta da Pacheca é produtor engarra-
fador de vinhos limitados de Douro D.O.C
de excelente qualidade e Vinhos do Porto
de categorias especiais.
Em 2014 foi adquirido por Maria do Céu
Gonçalves e Paulo Pereira, empresários
portugueses radicados em França. A
Quinta passou a fazer parte de um grupo
empresarial moderno, consistente e dinâ-
mico, abrindo-se um novo ciclo de desen-
volvimento.
Que tipo de oferta o turista pode encon-
trar no espaço Quinta da Pacheca?
A oferta prende-se com visitas guiadas
à propriedade que finalizam com provas
de vinhos de diferentes tipologias. Te-
mos uma wineshop onde para além dos
vinhos Pacheca estão disponíveis azeite
e compotas. Oferecemos experiências
gastronómicas indissociáveis dos nossos
vinhos. Nomeadamente workshops de
gastronomia regional, picnics no meio
da vinha e cursos de vinho. Durante
a época das vindimas proporcionamos
todo um conjunto de experiências genuí-
nas relacionadas como o colher as uvas
e participar das lagaradas. Temos ainda
uma unidade hoteleira que proporciona
aos nossos hóspedes uma estadia única e
aprazível.
Relativamente à receção de turistas, qual
a maior incidência: o mercado nacional
ou estrangeiro?
Maioritariamente estrangeiros, estamos
em crer que o mercado nacional está num
crescendo de procura.
QUINTA DA PACHECA
O que procuram os turistas quando che-
gam à Quinta da Pacheca?
Um local descontraído em conjugação
com a natureza sobretudo com a vinha,
que lhes proporcione momentos de espe-
cial deleite gastronómico.
A Quinta das Pacheca além do turismo
de habitação é produtor de vinho. Que
tipo de vinhos produzem na quinta?
Poderão encontrar toda a gama de vin-
hos, Colheitas Branco, Tinto e Rosé, Supe-
rior branco e Tinto, Vinhas Velhas Tin-
to e Grande Reserva Touriga Nacional.
Além dos vinhos do Douro, poderão tam-
bém encontrar vinhos do Porto, White,
Tawny, Reserva, 10, 20 e 30 Anos, Pink,
Lágrima, LBV e Porto Vintage.
Como define o seu vinho? Qual a pro-
dução anual da quinta?
São sobretudo vinhos frescos, jovens,
complexos e modernos adequados à atual
tendência de consumo. Produção média
em 2014 de 240 mil garrafas.
Como é que a Quinta da Pacheca está
posicionada relativamente à exportação
dos seus vinhos? Quais os mercados em
que estão presentes?
Da produção anual da quinta cerca de
70% estão destinados à exportação e os
restantes 30% para importação.
Neste momento o principal mercado é
França e estamos na Suíça, Alemanha,
Bélgica, Brasil, Canadá, EUA, Angola e
China.
Onde é que os nossos leitores podem en-
contrar os vinhos da quinta?
Na loja da quinta, poderão ainda encon-
trá-los no El Corte Inglês, Jumbo e nas
garrafeiras da especialidade como na Tio
Pepe, Garrafeira Nacional, Quinta da Foz
e Garrafeira de Santos.
Recentemente reconhecidos como Best
of Wine Tourism, na categoria de aloja-
mento, o que significou este prémio para
a Quinta da Pacheca?
Significa reconhecimento, de todos os que
para ele contribuíram, colaboradores e
clientes que o tornaram possível. É a re-
compensa de toda a dedicação, empenho,
espírito de entrega e paixão pelo Douro
em geral, pela Quinta da Pacheca em par-
ticular.
Como prevê o futuro? Quais os projetos
que pretende desenvolver?
Um futuro risonho certamente, recheado
de novos desafios e de adaptação a novas
realidades. Um projeto de expansão do
hotel que implica a construção de mais
12 unidades de alojamento e um conjunto
de instalações de apoio a todo o complexo,
será um conceito altamente inovador e
diferenciador.
Em jeito de conclusão, qual a última
mensagem que gostaria de deixar aos
nossos leitores.
Acima de tudo que não deixem de visitar
e experienciar a Quinta da Pacheca, estou
certa que ficarão rendidos. Na impossi-
bilidade de o poderem fazer num futuro
próximo então que provem os nossos vin-
hos, pois mesmo à distância irão perce-
ber que têm a impressão digital da nossa
paixão pelo Douro.
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Perante tal situação foi criada uma socie-
dade com o objetivo de proteger e revita-
lizar o referido património natural e his-
tórico. Nasceu assim a sociedade Quinta
da Boeira – Arte e Cultura com um pla-
neamento a longo prazo subdividido em
5 fases. A primeira fase do projeto teve
como principal objetivo criar condições
para tornar a propriedade auto-suficiente
em termos financeiros relativamente aos
seus custos. Foi assim, na altura, planea-
do transformar as cavalariças e estufas
em dois espaços contíguos, o salão Boei-
ra e o auditório. No ano 2003 iniciou-se
a segunda fase do investimento com a
reconstrução do palacete de finais do
séc. XIX, atualmente classificado como
património da cidade, que se encontrava
já bastante degradado não sendo possí-
vel a sua utilização. O r/chãodo edificio
foi transformado num restaurante de
referência diariamente aberto ao pú-
blico. As restantes salas do Palacete são
utilizadas para a prestação de serviços a
instituições de relevância nacional. A ter-
ceira fase do investimento centrou-se na
aquisição de um armazém contiguo à pro-
priedade com cerca de 1200 metros qua-
drados. Está actualmente em curso um
projecto de recuperação do referido ar-
mazém para eventos e Loja de venda dos
produtos de excelência. A penúltima fase
do investimento está também direcciona-
da para a área do TURISMO. A crescente
notoriedade do Porto e Norte de Portugal
Foi no ano de 1998, período de grande especulação imobiliária no país, quando um grupo de amigos, em conversa amena se lamentava no tocante a mais uma propriedade, com 3 hectares, no centro da ci-dade de Vila Nova de Gaia, com árvores centenárias, e um Palacete de início do século XIX, que iria ca-pitular face à agressiva especulação imobiliária que dominava a economia na altura.
QUINTA DA BOEIRAcomo destino de excelência trazem-nos
um elevado número de turistas que pro-
curam o novo Turismo de Experiência. O
principal ícone de todo o projecto turístico
é uma Garrafa com 32 metros de compri-
mento por 10 metros de diâmetro, sendo
o seu interior utilizado como Sala de Pro-
vas de Vinhos ou Auditório. A Garrafa é
um ícone a nível mundial, um monumen-
to à Vinha e ao Vinho de Portugal sendo
uma ideia única e inovadora. No interior
da Garrafa, o vinho é substituído pela pai-
sagem do Rio Douro e pela cidade do Por-
to e Gaia em cada uma das suas margens.
A experiência inicia-se com um filme em
3D sobre as principais regiões vitiviní-
colas de Portugal terminando com uma
Prova de Vinhos. Albino Jorge, adminis-
trador da Quinta da Boeira, afirma que “
o projecto Boeira Portugal in a Bottle tem
como grande objetivo dar a conhecer ao
turista o grande potencial de um país tão
pequenino como é Portugal. Assim sendo
no decorrer da nossa visita o turista aper-
cebe-se que o nosso país possui produtos
de excelência e uma beleza inigualável e
variadíssima”.
Quem visita pela primeira vez, garante
querer voltar novamente, muito em bre-
ve. O resultado do projeto tem sido bas-
tante positivo, atraindo um público-alvo
que procura produtos exclusivos que não
se encontram à venda nas grandes super-
fícies. A Garrafa permitiu ainda, atrair
eventos de renome internacional nomea-
damente o Berlin Wine Trophy, um dos
mais importantes Concursos de Vinhos
acreditados a nível mundial, através da
Organização Internacional da Vinha e do
Vinho (OIV). O concurso realizou-se pela
primeira vez no nosso país em Maio de
2104 com o nome Portugal Wine Trophy.
Reconhecimento Best Wine of Tourism 2015Recentemente foram anunciados os Best
Wine of Tourism 2015, e o projeto Boeira
Portugal in a Bottle foi distinguido com o
prémio Best of Wine Tourism 2015 na Ca-
tegoria ‘Experiências Inovadoras de Eno-
turismo’.
Quinta da Boeira e o futuroNum futuro próximo será desenvolvido o
projeto Boeira Oporto Garden Hotel , hotel
de 5 estrelas com 73 quartos e 29 suites
já aprovado pela autarquia e classificado
pelo AICEP como projeto PIN (Projecto de
Interesse Nacional) cuja construção está
prevista para finais do ano 2015-2016.
O futuro é promissor e o desafio para o
próximo ano centra-se na promoção de
Portugal através das autarquias. Na visão
de Albino Jorge “a grande surpresa para
o ano de 2015 passa pela promoção às
autarquias, sendo que em cada fim-de-se-
mana, entre maio e setembro, podemos
ter uma autarquia diferente nos nossos
stands a promover as suas caraterísticas
gastronómicas, culturais e históricas”. Em
suma, o Boeira Portugal in a Bottle é um
polo de amostra a nível nacional, um par-
que temático que reúne os mais emblemá-
ticos produtos tradicionais portugueses.
O turista que visita a Quinta da Boeira
fica assim a conhecer numa Garrafa toda
a essência de Portugal!
ALBÍNO JORGE - ADMINISTRADOR
PORTUGAL EM DESTAQUE | 29
TELEFONE: +351 223 751 338E-MAIL: [email protected]
WWW.BOEIRAPORTUGALINABOTTLE.COM
30 | PORTUGAL EM DESTAQUE
UMA REFERÊNCIA NA INOVAÇÃO E QUALIDADEA marca Ophtec é líder mundial no des-
envolvimento e fabrico de dispositivos
médicos para oftalmologia. Como surgiu
esta marca?
A Ophtec BV foi fundada em 1983 em
Groningen na Holanda e é uma empresa
privada que desenvolve e fabrica disposi-
tivos médicos para oftalmologia, nomea-
damente lentes intra-oculares e outros
dispositivos para as cirurgias de catarata,
refrativa e trauma. A empresa distribui
os seus produtos através de uma rede
internacional de representantes e está
também presente diretamente em alguns
países através de subsidiárias.
Nasce assim, com uma forte componen-
te de investigação e desenvolvimento a
qual tem pautado desde sempre as linhas
de orientação para o estudo e desenvol-
vimento de produtos premium, utilizando
tecnologia de última geração para a sua
concepção e produção. Todo este trabal-
ho é desenvolvido em parceria com um
leque seleccionado de cirurgiões a nível
internacional, cada um dos quais referen-
ciados como KOL’s (Key opinion Leaders)
nas suas áreas de especialidade.
A Ophtec Portugal surge na sequência
do processo de internacionalização ini-
ciado pela Ophtec BV (headquarters em
Groningen na Holanda), em 1996 com a
criação da Ophtec USA. Seguiram-se Es-
panha (2009), Asia-Pacifico e Africa do
Sul (2010), Alemanha (2011), Coreia e Por-
tugal em 2012.
Apesar da atual situação económica do
país não ser a mais favorável ao inves-
timento estrangeiro, a importância da
marca Ophtec e o seu potencial, justifica-
ram a tomada de decisão para a criação
de uma subsidiária em Portugal. Assim, a
principal razão para a existência da Oph-
OPHTEC
www.ophtec.com
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EW • NEW • NEW • NEW • NEW • NEW • NEW • NEW • NEW • NEW • NE
tec Portugal, reside
essencialmente no
fato de se preten-
der aprofundar o
relacionamento en-
tre a empresa e os
cirurgiões criando
relações duradoras
de parceria, através
de uma oferta mais
rápida e melhor,
prestada por profis-
sionais altamente
qualificados e espe-
cializados.
As competências exigidas para as funções
que os nossos colaboradores desempen-
ham, e que se pretendem excepcionais,
obrigam-nos a dispor de planos de for-
mação muito rigorosos e com atualizações
contínuas.
A Ophtec aposta em produtos inovado-
res e de primeira linha. Que tipo de pro-
dutos estamos a falar?
As soluções de que dispomos para as ci-
rurgias de miopia, astigmatismo e hiper-
metropia (cirurgia refrativa) constituem
a par das nossas soluções para cirurgia
traumática (lentes para reconstrução de
iris), dois dos segmentos de produtos mais
inovadores da empresa.
Por exemplo, ao nível da miopia, conse-
guimos contribuir de forma significativa
para a melhoria da qualidade de vida de
muitos milhares de pessoas, através da
disponibilização das lentes Artisan® e
Artiflex®, com as quais conseguimos co-
rreções de até, pelo menos, 26 Dioptrias
negativas.
No caso do segmento de trauma, oferece-
mos um conjunto de soluções que podem
ser customizadas de acordo com a especi-
ficidade dos casos traumáticos, de acordo
com as necessidades de cada paciente. Es-
tas próteses possibilitam ao cirurgião e ao
paciente obter excelentes resultados quer
a nível estético quer a nível funcional.
Recentemente, entrámos também no
mercado de lentes premium para cirurgia
de catarata com as nossas lentes Preci-
zon™ tóricas.
Quais as estratégias que têm sido deli-
neadas pela empresa para o sucesso da
Ophtec?
A estratégia da empresa passa sempre
pela demonstração efetiva dos benefícios
e caraterísticas distintivas dos produtos
que fabrica e distribui.
A longa fase de estudos clínicos que an-
tecede o lançamento de um novo produ-
to permite-nos assegurar sempre, que as
mais-valias anunciadas correspondem de
fato àquilo que os profissionais de saúde
vão poder obter com os nossos produtos.
É através da divulgação de resultados clí-
nicos que passamos a mensagem aos of-
talmologistas, pois esta é a melhor forma
SANDRA BAYAN - GENERAL MANAGER
PORTUGAL EM DESTAQUE | 31
de credibilizar os nossos produtos.
Qual o balanço que faz do ano 2014, ana-
lisando as metas que foram devidamente
estabelecidas?
Foi um ano bastante positivo no que res-
peita aos objetivos globais que tínhamos
determinado. Lançámos, no final do ano
passado, um novo produto – a Lio Pre-
cizon Tórica. A empresa pretendia, com
este novo produto, conquistar também
uma posição de destaque no mercado das
lentes intra-oculares para cirurgia de ca-
tarata. Assim, o grande objetivo da Oph-
tec para 2014, passou pela entrada neste
segmento específico de mercado ao qual
se dá o nome de mercado das lentes in-
traoculares Premium.
Conseguimos cumprir o nosso objetivo,
pois ao longo deste ano, conquistámos a
nossa posição neste segmento de mercado
tão competitivo. Continuaremos a alargar
a nossa quota de mercado através da ofer-
ta de um serviço de qualidade que nos ca-
rateriza e do desenvolvimento de relações
de parceria com os profissionais da área.
Cada vez mais é falado na temática da
saúde e na prevenção da mesma. Como
avalia a posição dos portugueses neste
segmento? Sente que fazem a devida pre-
venção no que respeita a saúde ocular de
cada um?
Prevenção será sempre a palavra de or-
dem quando se fala de saúde! No caso par-
ticular da visão, a prevenção primária é a
medida mais eficaz na redução dos pro-
blemas oftalmológicos devendo basear-se
na realização de rastreios visuais (infantis
e para adultos).
A população em geral deve estar sensibili-
zada para os potenciais riscos que podem
pôr em causa a sua saúde e bem-estar.
A visão é um sentido extremamente im-
portante para o desenvolvimento físico,
comportamental e cognitivo da criança. O
rastreio oftalmológico infantil é exequível
nas consultas de vigilância infantil e per-
mite detetar situações de presunção de
patologia oftálmica, com posterior refe-
renciação hospitalar correta e atempada,
para observação pela especialidade.
Também na idade adulta são importantes
os rastreios visuais, pois existem uma sé-
rie de doenças sistémicas como por exem-
plo a diabetes e hipertensão, que podem
afetar e influenciar a qualidade da nossa
visão. No entanto, existem muitas outras
patologias que podem afetar os olhos,
sendo também verdade que, por vezes,
é através de alguma perturbação ocular
que posteriormente se detetam algumas
doenças.
Assim, os rastreios visuais são a única for-
ma de se poder de forma atempada enca-
minhar a criança ou o adulto para a con-
sulta da especialidade, no caso de deteção
de qualquer anomalia.
De modo a alertar as pessoas para a im-
portância desta temática têm sido efe-
tuadas ações de sensibilização? Quais as
campanhas que a Opthec tem neste mo-
mento a decorrer?
Decorrem anualmente uma série de ações
de sensibilização dirigidas à população no
sentido de efetuarem rastreios na área da
saúde e em particular na área da oftalmo-
logia. São louváveis as diversas iniciativas
levadas a cabo por diversas entidades pú-
blicas e privadas. De destacar a Direcção
Geral de Saúde, com os programas nacio-
nais para a saúde da visão, o Gabinete de
Prevenção Visual e Reabilitação, a Socie-
dade Portuguesa de Oftalmologia atra-
vés dos protocolos que desenvolve com
outras Sociedades e entidades, e também
uma palavra para as ópticas que através
dos seus profissionais qualificados, Ortop-
tistas, disponibilizam meios para rastreio,
alguns deles móveis, chegando assim,
mais perto da população em geral.
De uma forma geral, assiste-se a uma
maior preocupação da população com a
sua saúde visual, e que se reflete também
na procura ativa de informação, princi-
palmente através da internet, quer de
patologias, quer de profissionais de saúde
e quais as soluções disponíveis para o seu
caso específico. Cada vez a população é
mais exigente nas escolhas que faz e este
fato é também uma realidade na área da
saúde.
Sendo a Ophtec uma empresa ativa na
inovação e na qualidade, no que respeita
à vertente da investigação, quais os no-
vos produtos em estudo?
A Ophtec tem em mãos diversos projetos,
3 dos quais em fase de finalização, que
permitirão apresentar novos produtos
nos próximos 2 anos.
Prevê-se já para o próximo ano a am-
pliação do portfolio das duas principais
famílias de produtos da empresa, Arti-
lens™ e Precizon™, o que nos permitirá
ter uma oferta mais alargada para os seg-
mentos de cirurgia refrativa e de catarata.
Encontram-se também já em fase de es-
tudo, outros produtos que seguem a linha
de inovação sempre presente em qual-
quer projecto por nós desenvolvido. Isto
significa que nos próximos anos, teremos
sempre algo de inovador a oferecer aos
profissionais de saúde da área, que lhes
permitirá disponibilizar melhores so-
luções para os seus pacientes.
Como prevê o futuro? Quais os objetivos
para o ano de 2015?
O objetivo da Ophtec Portugal para os
próximos anos é ter um papel de liderança
na área da cirurgia refrativa, e ser uma
referência a nível nacional no que respei-
ta à qualidade e diversidade dos produtos
oferecidos.
A estratégia da Ophtec e o seu principal
objetivo é tornar-se até 2020, um forne-
cedor à escala global, de um vasto e com-
pleto portfólio de dispositivos médicos
que abarque as principais áreas da Oftal-
mologia, Cornea, Retina-Vitreo e Glauco-
ma.
Estamos empenhados na criação de par-
cerias com instituições de referência nes-
ta área, com vista ao desenvolvimento de
trabalhos científicos e novos produtos.
Temos também um papel ativo no com-
plemento da formação dos profissionais
desta área, através da realização de ações
de formação que contribuam para encon-
trar as melhores soluções cirúrgicas.
A nossa principal missão, e grande motor
da nossa motivação é a possibilidade de,
através dos produtos que comercializa-
mos, poder contribuir de forma significa-
tiva para a melhoria da qualidade de vida
de muitos milhares de pessoas, permitin-
do-lhes realizar atividades que julgavam
impossíveis de executar.
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