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SUM`RIO Língua Portuguesa Compreensão, interpretação e reescritura de textos, incluindo domínio das relações morfossintáticas, semânticas e discursivas ................................. 25 Tipologia textual ................................................................................................ 5 Paráfrase, perífrase, síntese e resumo .............................................................. 15 Significação literal e contextual de vocábulos ........................................... 6/113 Processos coesivos de referência ..................................................................... 10 Coordenação e subordinação ......................................................................... 102 Emprego das classes de palavras ..................................................................... 56 Estrutura, formação e representação das palavras ........................................... 54 Ortografia oficial .............................................................................................. 38 Pontuação ....................................................................................................... 109 Concordância .............................................................................................. 76/82 Regência. .......................................................................................................... 86

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

Compreensão, interpretação e reescritura de textos, incluindo domíniodas relações morfossintáticas, semânticas e discursivas ................................. 25Tipologia textual ................................................................................................ 5Paráfrase, perífrase, síntese e resumo .............................................................. 15Significação literal e contextual de vocábulos ........................................... 6/113Processos coesivos de referência ..................................................................... 10Coordenação e subordinação .........................................................................102Emprego das classes de palavras ..................................................................... 56Estrutura, formação e representação das palavras ........................................... 54Ortografia oficial .............................................................................................. 38Pontuação .......................................................................................................109Concordância .............................................................................................. 76/82Regência. .......................................................................................................... 86

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TIPOLOGIA TEXTUAL

NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO E DISSERTAÇÃO

NARRAÇÃO:Desenvolvimento de ações. Tempo em andamento.

DESCRIÇÃO:Retrato através de palavras. Tempo estático.

DISSERTAÇÃO:Desenvolvimento de idéias. Temporais/Atem-porais.

TextoEm um cinema, um fugitivo corre desabala-

damente por uma floresta fechada, fazendo zigue-zagues. Aqui tropeça em uma raiz e cai, ali se des-via de um espinheiro, lá transpõe um paredão de

5 pedras ciclópicas, em seguida atravessa uma cor-renteza a fortes braçadas, mais adiante pula umregato e agora passa, em carreira vertiginosa, porpequena aldeia, onde pessoas se encontram em ati-vidades rotineiras.

10 Neste momento, o operador pára as máqui-nas e tem-se na tela o seguinte quadro: um homem(o fugitivo), com ambos os pés no ar, as pernasabertas em larguíssima passada como quem cor-re, um menino com um cachorro nos braços es-

15 tendidos, o rosto contorcido pelo pranto, comoquem oferece o animalzinho a uma senhora deolhar severo que aponta uma flecha para algumponto fora do enquadramento da tela; um rapaztroncudo puxa, por uma corda, uma égua que se

20 faz acompanhar de um potrinho tão inseguro quan-to desajeitado; um pajé velho, acocorado perto deuma choça, tira baforadas de um longo e primiti-vo cachimbo; uma velha gorda e suja dorme emuma já bastante desfiada rede de embira fina, pen-

25 durada entre uma árvore seca, de galhos grossos eretorcidos e uma cabana recém-construída, lim-pa, alta, de palhas de buriti muito bem amarradas...

Antes de exercitar com o texto, pense no seguinte:

Narrar é contar uma história. A Narração é uma seqüên-cia de ações que se desenrolam na linha do tempo, umasapós outras. Toda ação pressupõe a existência de um per-sonagem ou actante que a pratica em determinado mo-mento e em determinado lugar, por isso temos quatrodos seis componentes fundamentais de que um emissorou narrador se serve para criar um ato narrativo: perso-nagem, ação, espaço e tempo em desenvolvimento. Osoutros dois componentes da narrativa são: narrador e en-redo ou trama.Descrever é pintar um quadro, retratar um objeto, umpersonagem, um ambiente. O ato descritivo difere do

narrativo, fundamentalmente, por não se preocupar coma seqüência das ações, com a sucessão dos momentos,com o desenrolar do tempo. A descrição encara um ouvários objetos, um ou vários personagens, uma ou vári-as ações, em um determinado momento, em um mesmoinstante e em uma mesma fração da linha cronológica.É a foto de um instante.A descrição pode ser estática ou dinâmica.• A descrição estática não envolve ação.

Exemplos: “Uma velha gorda e suja.”“Árvore seca de galhos grossos e retorcidos.”

• A descrição dinâmica apresenta um conjunto de açõesconcomitantes, isto é, um conjunto de ações que aconte-cem todas ao mesmo tempo, como em uma fotografia.No texto, a partir do momento em que o operador pára asmáquinas projetoras, todas as ações que se vêem na telaestão ocorrendo simultaneamente, ou seja, estão com-pondo uma descrição dinâmica. Descrição porque todasas ações acontecem ao mesmo tempo, dinâmica porqueinclui ações.

Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de idéias, dejuízos, de pensamentos.Exemplos: “As circunstâncias externas determinam ri-

gidamente a natureza dos seres vivos, inclu-sive o homem...”“Nem a vontade, nem a razão podem agir in-dependentemente de seu condicionamentopassado.”

Nesses exemplos, tomados do historiador norte-ame-ricano Carlton Hayes, nota-se bem que o emissor não estátentando fazer um retrato (descrição); também não pro-cura contar uma história (narração); sua preocupação sefirma em desenvolver um raciocínio, elaborar um pensa-mento, dissertar.

Quase sempre os textos quer literários, quer científi-cos, não se limitam a ser puramente descritivos, narrati-vos ou dissertativos. Normalmente um texto é um com-plexo, uma composição, uma redação, onde se misturamaspectos descritivos com momentos narrativos e disserta-tivos e, para classificá-lo como narração, descrição oudissertação, procure observar qual o componente predo-minante.

EXERCÍCIOS

Classifique os exercícios a seguir como predominan-temente narrativos, descritivos ou dissertativos.

1. “Era de vinte anos, tipo do Norte, franzino, amo-renado, pescoço estreito, cabelos crespos e olhos vivose penetrantes se bem que alterados por um leveestrabismo”.

2. “Dobrei a esquina do hotel, cansado e com sono.Caminhara o dia inteiro, tomando contato com a

LÍNGUA PORTUGUESA Ernani F. Pimentel / Ilza H. de Borja / Fernando Moura / José A. Fontella Dornelles

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cidade, olhando vitrinas, examinando os tipos, lendotabuletas e painéis, admirando mulheres, ouvindofrases soltas de diálogos alheios, procurandoreconstruir o rumo da conversa”. (O.L.)

3. Ainda com o cigarro apagado no canto da boca,Damião aproximou-se da Rua Grande, pensando ondeia encontrar, ali perto, uma caixa de fósforos paracomprar.

4. “…Ela era loura, tinha os olhos azuis, como os deCecília, extáticos, uns olhos que buscavam o céupareciam viver. Os cabelos desleixadamente faziam-lhe a volta da cabeça, com um resplendor de santa,santa somente…”

5. Explode no mundo da violência: terror, seqüestro,assaltos, assassinatos, corrupção, tortura, humilhação,fome, dor, violência disseminada, compartilhada,globalizada.

6. No Brasil, a prisão não regenera, nem ressocializa aspessoas que são privadas da liberdade por ter cometidoalgum tipo de crime. Ao contrário, é de conhecimentogeral que a cadeia perverte, corrompe, deforma, aviltae embrutece.

7. “Se a democracia plena está inevitavelmente vinculadaà possibilidade de escolher, o próprio ato de votardeveria ser uma escolha.” (C.L.)

8. O sertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem oraquitismo. Não tem o raquitismo exaustivo dosmestiços neurastênicos do litoral.

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Todo emissor, no momento em que realiza um ato defala, consciente ou inconscientemente, atribui maior im-portância a um dos seis elementos da comunicação. Combase nessa preferência, distinguem-se seis funções da lin-guagem:

a) Função Emotiva, Expressiva ou de Exterioriza-ção PsíquicaO emissor atribui maior valor a si mesmo, o quese manifesta no uso predominante de:

• primeira pessoa verbal:Quando estive em sua casa, convivi com suaausência.Nunca pensamos em tudo.

• exclamações:Que maravilha!

• interjeições:Ai ! esqueci tudo em casa.

b) Função Conativa ou ApelativaDemonstra a preocupação do emissor com o re-ceptor, o que se manifesta no predomínio de:• Receptor em função de sujeito:

Vossa Senhoria não me deferiu o pedido.Toda dia, você me repete a mesma ladainha.

Esqueceste o favor que te pedi?• Vocativos:

Por favor, Mariana , não me desaponte.Obrigada, Maria .

• Imperativos:Se quiseres ser aprovado, estuda.Pare, olhe e siga.

Observação:A linguagem da propaganda é fundamentalmenteconativa.

c) Função Referencial, Informativa ou CognitivaSobressai a importância que o emissor dedica aoReferente e se manifesta no uso predominante desujeitos de terceira pessoa:Tatiana não desapontou a mim, nem a você.Sua Excelência, o Senhor Presidente, telefonoupara você e para mim.

Observação:A função referencial predomina na exposição cien-tífica, nos livros didáticos que não falem de lingua-gem, na linguagem jornalística e em outros.

d) Função FáticaHá momentos na comunicação, em que o emissordemonstra querer chamar a atenção do receptor,desligá-la, ou mesmo testá-la. Predomina a preo-cupação do emissor com o canal, com a atenção.• Testando o canal:

Alô, alô, você está me ouvindo?• Procurando colocar o canal em funcionamento:

Ei! Você aí. Psiu.• Tentando desviar o canal:

Lúcio: – Rita, você se casaria comigo?Rita: – Estou precisando dormir...

Observação:Inúmeras fórmulas de cumprimento, com o tempoforam perdendo sua comunicabilidade e tiveram seussignificados esvaziados, tornando-se apenas fáticas.Quando se diz “Bom dia”, ninguém está mais pen-sando em desejar um dia agradável a seu receptor. Écomum dois conhecidos encontrarem-se, trocaremsaudações (ex: Como vai? – Bem obrigado.E você? – Tudo bem...) e despedirem-se sem mes-mo perceberem o que falaram.Também representam a função fática as expressõesestereotipadas como “né”, “viu?”, “entende”? e ou-tras semelhantes. Ex: Já falei, né? Eu não sou as-sim, entende?Repetindo Pierre Guiraud, in A Semiologia,“a função fática desempenha um papel muito im-portante em todos os modos da comunhão: ritos,solenidades, cerimônias, discursos, sermões, con-versações familiares, amorosas – quando o con-teúdo da comunicação tem menos importância que

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o fato de estar ali e de afirmar a sua adesão ao gru-po.”Sendo assim, conclui-se que o referente da funçãofática é a própria comunicação.

e) Função MetalingüísticaTem maior importância a atenção que o emissordirige ao código ou língua. É a linguagem volta-da sobre si mesma, é a mensagem que tem comoreferente a própria linguagem.• O emissor pode indagar a respeito do código:

“O que significa estultícia?”• O emissor pode afirmar a respeito do código:

“Estultícia significa tolice, imbecilidade...”

Observação:Todo processo de aprendizagem de uma língua estábaseado na função metalingüística, como tambémsão metalinguagem as definições de um dicionário,os conceitos de uma gramática, uma crítica literária,uma análise de texto e outros.

f) Função Poética ou EstéticaA atenção do emissor está fixada, fundamental-mente, na busca de melhor elaboração da men-sagem.Escrever uma frase e riscá-la para substituir poroutra de mesmo sentido só porque é maiseufônica, caracteriza justamente a procura dopoético lingüístico. Quando os pais estão discu-tindo se darão à filha o nome de Maria Ana ouAna Maria, estão exatamente buscando o estéti-co, o mais sonoro, o de melhor ritmo, e essa pre-ocupação é poética.O alvo da preocupação do emissor na função poé-tica também pode ser a tentativa de relacionar commaior eficiência o significante e o significado: Éo que acontece em:

São recursos poéticos na camada fônica: a rima, o ritmo,a métrica, a assonância, a aliteração...

EXERCÍCIOS

Leia os textos abaixo e identifique, além da função poé-tica (se houver), as funções da linguagem predomi-nantes.

1. Sou caipira, Pirapora NossaSenhora de AparecidaIlumina a mina escura e fundaO trem da minha vida…

2. Fica decretado que os homensestão livres do jugo da mentira.Nunca mais será preciso usara couraça do silêncionem a armadura das palavras.

3. Pescador da barca belaOnde vais pescar com ela,

Que é tão belaOh pescador?

Não vês que a última estrelaNo céu nublado se vela?

Colhe a vela.Oh pescador!

4. “A língua é um conjunto de sons e ruídos combi-nados, com os quais um ser humano, o falante,transmite a outro ou outros seres humanos, o ouvinte,o que está na sua mente – emoções, sentimentos,vontades, ordens, apelos, idéias, raciocínios,argumentos e combinações de tudo isso”. (A.H)

5. – Pois, é.– Pois é o quê?– Eu só dissa pois é.

6. Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tuaalma.A alma é que estraga o amor.

7. Que é poesia?Poesia é ilha cercada de palavras por todos os lados.

8. Quadrinhos: sm. pl. narração de uma história pormeio de desenhos e legendas dispostos numa sériede quadros, história em quadrinhos.

9. A cada cinco minutos um brasileiro morre pordoença ligada ao fumo.

ESTILÍSTICA

FIGURAS SONORAS:CONTRIBUEM PARA A EXPRESSIVIDADE

• Aliteração: repetição de consoantes em vocábulos pró-ximos.“...vozes, veladas, veludosas, vozes...” (Cruz e Sousa)

“... que a brisa do Brasil beija e balança...” (Castro Alves)

• Assonância: repetição de vogal em vocábulos próximos.“...vozes, veladas, veludosas, vozes...” (Cruz e Sousa)

• Paronomásia: o mesmo que trocadilho. (Lembre-se:Parônimos são vocábulos parecidos).“Sempre cederSem precederSempre ferirSem preferirSempre sumirSem presumir

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Sempre verSem prever.” (José Lino Grünewald)

• Onomatopéia: tentativa de imitação de sons.“TREM DE FERRO..........Agora simCafé com pãoAgora simVoa, fumaçaCorre cercaAi seu foguistaBota fogoNa fornalhaQue eu precisoMuita forçaMuita forçaMuita força” (Manuel Bandeira)

FIGURAS DE SINTAXE:MEXEM COM A CONSTRUÇÃO DA FRASE

• Elipse: omissão de um termo, facilmente perceptível.(Eu) preciso (de) que me ajudem.

• Zeugma: elipse para não repetir verbo ou substanti-vo.Encontrei a resposta. Ela não (encontrou a respos-ta).Cláudia escovou os dentes. Eu, as unhas (escovei).

• Hipérbato: inversão da frase.Desfilavam os foliões.(Ordem direta: Os foliões desfilavam).

• Pleonasmo: repetição enfática de termo ou idéia.“Morrerás morte vil na mão de um forte..” (Gonçalves

Dias)

A mim só me resta uma saída...

• Assíndeto: ausência de conjunção coordenativa (lem-bre-se: oração assindética não tem conjunção).“Cheguei, vi, venci.”

• Polissíndeto: repetição enfática de conjunção.“Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua”. (Olavo Bilac)

• Anacoluto: corte brusco de uma frase e início ime-diato de outra, de modo que fique sobrando um termosem função.Espingardas, não me agradam armas de fogo.“Quem o feio ama, bonito lhe parece.” (Provérbio)

• Anáfora: repetição de palavra no início de versos oude frases.“É pau, é pedra, é o fim do caminho...” (Tom Jobim)

“ela não sente, ela não ouve, avança! avança!” (Fialho

d’Almeida)

• Silepse: concordância com a idéia e não com a palavra.Silepse de gênero:Sua Excelência está enganado.

feminino masculino

Silepse de número:Um bando de moleques gritavam.

singular plural

Silepse de pessoa:Os candidatos estamos preparados.

3ª pessoa 1ª pessoa

TROPOS:USO DO SENTIDO FIGURADO, OU CONOTAÇÃO

• Metáfora: substituição de uma palavra por outra combase em uma semelhança; é uma comparação sem con-junção comparativa:

Ela é um taco de sinuca. (metáfora)Ela é como um taco de sinuca. (comparação)

Ela é um canguru, dançando. (metáfora)Ela é como um canguru, dançando. (comparação)

• Metonímia: substituição de uma palavra por outra,baseada em proximidade, limitação ou extensão de sen-tido, relação de causa e efeito, qualquer relação quenão seja de semelhança.

Continente pelo conteúdo:Bebemos uma xícara de café. (o conteúdo de uma xí-cara)Comemos um pacote de biscoito. (o conteúdo de umpacote)A cidade estava feliz. (os moradores da cidade esta-vam felizes)

Causa pelo Efeito:Sou alérgico a cigarro. (sou alérgico à fumaça do ci-garro)

Lugar de Origem pelo Produto:Bebia calmamente um porto. (Bebia calmamente umvinho do Porto)Fumava um belo havana. (Fumava um belo charuto deHavana)

Autor pela Obra:Gostava de ler Guimarães Rosa. (Gostava de ler asobras de Guimarães Rosa)

Abstrato pelo Concreto:Respeitamos a velhice. (Respeitamos os velhos)Estava com a cabeça em Recife. (Estava com o pensa-mento em Recife)

O Símbolo pela Idéia Simbolizada:A espada (força) curvou-se à coroa. (poder)

A Matéria pelo Produto:O ferro lhe perfurou o braço. (punhal)Ganhei um níquel. (moeda)

O Instrumento por quem o utiliza:Ele é um bom taco de sinuca. (ele é um bom jogadorde sinuca)Ele é um bom garfo. (ele come muito)

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Parte pelo Todo:Cem cabeças de gado. (cem animais)Três bocas para sustentar. (três pessoas para sustentar)

O Todo pela Parte:Ele mora na cidade (ele mora em uma casa na cidade)

• Catacrese: é uma metáfora estratificada, que se usanão por criatividade, mas por não existir outra palavraque a substitua.

Ex.: folha de livro, dente de serrote, dente de alho, céuda boca, braço de rio, braço de cadeira, pé de mesa,barriga da perna, bico de bule, asa de avião, asade xícara, embarcar no trem, azulejo branco, en-terrar o dedo no pão, e outros.

• Prosopopéia ou Personificação: atribuição de ca-racterísticas humanas a seres que não são huma-nos:

O cravo brigou com a rosa.A fonte chorava triste.

FIGURAS DE PENSAMENTO

• Eufemismo: suavização do que é desagradável.Faltar com a verdade (mentir)Ir para o andar de cima (morrer)Achar antes de o dono perder (roubar)

• Hipérbole: exagero.Já falei um milhão de vezes que...Chegou ele, mais magro que gilete.

• Ironia: afirmação com sentido contrário.Que careta simpática. (quando se quer dizer o con-trário)“Moça linda, bem tratada, três séculos de família, bur-ra como uma porta: um amor” (Mário de Andrade)

• Antítese: aproximação de idéias opostas.“Adeus: vamos pra frente,“recuando de olhos acesos” (Carlos Drummond de Andrade)

“Amor é fogo que arde sem se ver;“é ferida que dói e não se sente,” (Camões)

EXERCÍCIOS

Identifique as figuras presentes nos trechos a seguir.

1. O sonho de um céu e de um marE de uma vida perigosaTrocando o amargo pelo melE as cinzas pelas rosasTe faz bem tanto quanto malFaz odiar tanto quanto querer.

(Charly Garcia)

2. Queria querer gritar setecentas mil vezesComo são lindos, como são lindos os burgueses!

(Caetano Veloso)

3. Minhas irmãs são belas, são ditosas...Dorme a Ásia nas sombras volutuosasDos haréns do Sultão[...]Mas eu, Senhor!... Eu triste, abandonada,Em meio dos desertos esgarrada,Perdida marcho em vão!

(Castro Alves)

4. Para a floristaas flores são como beijos,são como filhas,são como fadas disfarçadas.

(Roseana Murray)

5. O que eu posso ser para você?Um atalho para casa, uma filha no ventoUm gesto gentil de alguémUm agasalho quando escurecerO que eu posso ser para você?

(Herbert Viana e Thedy Correa)

6. O bonde passa cheio de pernasPernas brancas pretas e amarelas

(Carlos Drummond de Andrade)

7. Os barcos são a alegria deste lugarToda tarde tem festaQuando chegam do marOs velhos numa mesaSão como uma visãoBebendo a tarde inteiraCantando uma canção.

(Herbert Viana)

8. Quando a Indesejada das gentes chegar(Não sei se dura ou coroável),Talvez eu tenha medo.

Talvez sorria, ou diga:– Alô, iniludível!

(Manuel Bandeira)

9. Nunca conheci quem tivesse levado porrada.Todos os meus conhecidos têm sido campeões

[em tudo.[...]Arre, estou farto de semideuses!Onde é que há gente no mundo?

(Fernando Pessoa)

10. Porque o sentido oculto das coisasÉ elas não terem sentido oculto nenhum.

(Fernando Pessoa)

11. Classifique as figuras, de acordo com o código:(A) anacoluto (D) silepse de pessoa(B) silepse de gênero (E) hipérbato(C) silepse de número

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1. ( ) “Os três reis orientais, que vieram adorar oFilho de Deus recém-nascido em Belém, é tra-dição da Igreja que um era preto.” (Vieira)

2. ( ) “Nem tudo tinham os antigos, nem tudo te-mos os modernos.” (M. de Assis)

3. ( ) “Eu, que era branca e linda, eis-me medonhae escura.” (Manuel Bandeira)

4. ( ) Não sabes que é proibido entrada neste recinto?5. ( ) “Todos os filhos de Adão padecemos nossas

mutilações e fealdades.” (Vieira)

6. ( ) “Uns esperando andais noturnas horas, outrossubis telhados e paredes.”

(Pe. Manuel Bernardes)

7. ( ) “Baliza natural que ao Norte avulta,O das águas gigante caudaloso...”

(Gonçalves de Magalhães)

8. ( ) “Tu, que da liberdade após a guerra,Foste hasteado dos heróis na lança,Antes te houvessem roto na batalha,Que servires a um povo de mortalha!...”

(Castro Alves)

9. ( ) “Se esta gente, que busca outro hemisfério,Cuja valia e obras tanto amaste,Não queres que padeçam vitupério...”

(Camões)

NORMA CULTA DALÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL

A língua é um sistema de signos orais e gráficos quecompõem um código que serve os indivíduos em suas ne-cessidades de comunicação. A língua, como veículo da co-municação, pode apresentar várias modalidades.

1. Língua comum: é língua-padrão do país, aceitapelo povo e imposta pelo uso.

2. Língua regional: é a língua comum, porém comtonalidades regionais na fonética e no vocabulá-rio, sem, no entanto quebrar a estrutura comum.(Quando se quebrar essa estrutura, aparecerão osdialetos).

3. Língua popular: é a fala espontânea do povo,eivada de plebeísmos, isto é, de palavras vulga-res, grosseiras e gíria; é tanto mais incorreta quantomais inculta a camada social que a usa.

4. Língua culta: é usada pelas pessoas instruídas,orienta-se pelos preceitos da gramática normativae caracteriza-se pela correção e riqueza vocabular.

5. Língua literária : é a língua culta em sua formamais artificial, usada pelos poetas e escritores emsuas obras.

6. Língua falada: utiliza apenas signos vocais, aexpressão oral; é mais comunicativa e insinuante,porque as palavras são subsidiadas pela sonorida-de e inflexões da voz, pelo jogo fisionômico, ges-ticulação e mímica; é prolixa e evanescente.

7. Língua escrita: é o registro formal da língua, arepresentação da expressão oral, utiliza-se de sig-nos gráficos e de normas expressas; não é tão in-sinuante quanto a língua falada, mas é sóbria, exatae duradoura.

“O discurso de um orador inflamado é muito maisbelo e empolgante ouvido do que lido, mas comofogos de artifício, que ao explodirem, mostramtoda a beleza do ato, mas não deixam resíduos...”

COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS

“A coesão não nos revela a significação do texto;revela-nos a construção do texto enquanto edifíciosemântico.”

(M. Halliday)

A metáfora acima representa de forma bastante efi-caz o sentido de coesão, assim como as partes que com-põem a estrutura de um edifício devem estar bemconectadas, bem “amarradas”, as várias partes de umafrase devem se apresentar bem “amarradas”, conectadaspara que o texto cumpra sua função primordial – veículoentre o articulador deste e seu leitor.

Portanto, coesão é essa “amarração” entre as váriaspartes do texto, ou seja, o entrelaçamento significativoentre declarações e sentenças.

Vejam, pode-se dizer:Procurei Túlio, mas ele havia partido.Porém, não se pode dizer:Mas ele havia partido. ProcureiObserve que a seqüência lógica das orações está pre-

sente em:

“Procurei Túlio ” e depois “ Mas ele havia partido.”

o pronome retoma o subst.

estabelece a oposição entreas duas orações

Existem, em nossa língua, dois tipos de coesão: alexical e a gramatical.

A coesão lexical é obtida pelas relações de sinônimosou quase sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos e for-mas elididas.

Já a coesão gramatical é conseguida a partir do em-prego adequado de pronome, adjetivos, pronomes subs-tantivos, pronomes pessoais de 3a pessoa, elipse, deter-minados advérbios e expressões adverbiais, conjunções enumerais.

Vejamos, agora, alguns exemplos de coesão:

1. Epítetos

Epíteto é a palavra ou frase que qualifica pessoa oucoisa.

Glauber Rocha fez filmes memoráveis. Pena que ocineasta mais famoso do cinema brasileiro tenha morridotão cedo.

Glauber Rocha foi substituído pelo qualificativo ocineasta mais famoso do cinema brasileiro.

2. Nominalizações

Ocorre nominalização quando se emprega um subs-tantivo que remete a um verbo enunciado anteriormente.

Eles foram testemunhar sobre o caso. O juiz disse,

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porém, que tal testemunho não era válido por seremparentes do assassino.

Pode também ocorrer o contrário: um verbo retomarum substantivo já enunciado.

Ele não suportou a desfeita diante de seu próprio fi-lho. Desfeitear um homem de bem não era coisa para sedeixar passar em branco.

3. Palavras ou expressões sinônimas ou quasesinônimas

Os quadros de Van Gogh não tinham nenhum valorem sua época. Houve telas que serviram até de porta degalinheiro.

4. Repetição de uma palavra

Podemos repetir uma palavra (com ou sem deter-minante) quando não for possível substituí-la por outra.

A propaganda, seja ela comercial ou ideológica, estásempre ligada aos objetivos e aos interesses da classedominante. Essa ligação, no entanto, é ocultada por umainversão: a propaganda sempre mostra que quem sai ga-nhando com o consumo de tal ou qual produto ou idéianão é o dono da empresa, nem os representantes do siste-ma, mas, sim, o consumidor. Assim, a propaganda é maisum veículo da ideologia dominante.

(ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena

Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo,

Moderna, 1993, p. 50.)

5. Um termo-síntese

O país é cheio de entraves burocráticos. É precisopreencher um sem-número de papéis. Depois, pagar umainfinidade de taxas. Todas essas limitações acabamprejudicando o importador.

A palavra limitações sintetiza o que foi dito antes.

6. Pronomes

• Vitaminas fazem bem à saúde. Mas não devemostomá-las ao acaso.

• O colégio é um dos melhores da cidade. Seus diri-gentes se preocupam muito com a educação inte-gral.

• Aquele político deve ter um discurso muito convin-cente. Ele já foi eleito seis vezes.

• Há uma grande diferença entre Paulo e Maurício.Este guarda rancor de todos, enquanto aquele ten-de a perdoar.

7. Numerais

• Não se pode dizer que toda a turma esteja mal pre-parada. Um terço pelo menos parece estar domi-nando o assunto.

• Recebemos dois telegramas. O primeiro confirmavaa sua chegada; o segundo dizia justamente o con-trário.

8. Advérbios pronominais (aqui, ali, lá, aí)

Não podíamos deixar de ir ao Louvre. Lá está a obra-prima de Leonardo da Vinci: a “Mona Lisa”.

9. Elipse

O ministro foi o primeiro a chegar. (Ele) Abriu a sessãoàs oito em ponto e (ele) fez então seu discurso emocionado.

10. Repetição do nome próprio (ou parte dele)

• Manuel da Silva Peixoto foi um dos ganhadores domaior prêmio da loto. Peixoto disse que ia gastartodo o dinheiro na compra de uma fazenda e emviagens ao exterior.

• Lygia Fagundes Telles é uma das principais escri-toras brasileiras da atualidade. Lygia é autora de“Antes do baile verde”, um dos melhores livros decontos de nossa literatura.

11. Metonímia

Metonímia é o processo de substituição de umapalavra por outra, fundamentada numa relação decontigüidade semântica.

• O governo tem-se preocupado com os índices deinflação. O Planalto diz que não aceita qualquerremarcação de preço.

• Santos Dumont chamou a atenção de toda Paris. OSena curvou-se diante de sua invenção.

12. Associação

Na associação, uma palavra retoma outra porquemantém com ela, em determinado contexto, vínculosprecisos de significação.

São Paulo é sempre vítima das enchentes de verão.Os alagamentos prejudicam o trânsito, provocandoengarrafamentos de até 200 quilômetros.

A palavra alagamentos surgiu por estar associada aenchentes. Mas poderia ter sido usada uma outra comotranstornos, acidentes, trasbordamento do Tietê, etc.

Ruptura da Coesão

As rupturas da coesão podem ser voluntárias:• inserção de um comentário, intervenção do autor

ou do narrador, o uso de apóstrofes, etc.Ex.: gostaria de dizer – não sei se devo – que elenunca agiu bem como amigo.

• anacolutos (ruptura da coesão sintática)Ex.: não sei, creio que ele não chegará.

As rupturas de coesão, quando involuntárias, cons-tituem erro:

• frases inacabadas, ambigüidades em relação aoantecedente do pronome, erros de concordância, etc.Exs.: Entre a cadeira e a mesa, creio que ela gosta-ria mais dela.Muitos de nós e o João teve vontade.A campanha do famoso jornalista em favor do pre-sidente levou-o ao desentendimento com o jornal.

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Coerência textual

Coerência é a relação que se estabelece entre as par-tes do texto, criando uma unidade de sentido.

A coesão auxilia no estabelecimento da coerência,entretanto, não é algo necessário para que ela se dê. Te-mos conjuntos lingüísticos que são textos porque são co-erentes, embora não tenham coesão.

Então, quando se fala em coerência, pensa-se na não-contradição de sentidos entre as passagens do texto, naexistência da continuidade semântica. Ela possibilita aatribuição de sentido ao texto, assegurando um princí-pio, um meio, um fim e uma adequação da linguagemde acordo com o tipo do texto.

Então, os textos informativos (guias, receitas, con-vocações) devem ser predominantemente referenciais,objetivos e denotativos – com poucas frases, empregan-do formas verbais simples e vocabulário adequado (ele-mentos que asseguram a sua coesão).

Já um texto legislativo deve obedecer a critérios deexposição específicos, assim como um texto técnico oucientífico tem a sua coerência fundamentada na expe-rimentação, nas provas científicas, etc. Os textos de defe-sa de idéias ou opiniões têm a sua coerência asseguradapelo uso dos recursos da retórica (discurso). E os textosnarrativos têm em comum uma coerência fundamentadana organização das relações entre os episódios da nar-ração, os momentos, os lugares, as personagens, etc. As-sim como os textos poéticos jogam com os sons, com asassociações de idéias, as metáforas, etc.

Leia o texto a seguir e faça o que se pede.

Texto I

Será que você é um líder?

O líder é um sujeito que:1. Faz que as pessoas sob seu comando gostem

de executar o que ele quer.2. Consegue que subordinados queiram ajudá-lo

e se sintam realizados com isso.3. Não tem subordinados. Tem seguidores. Ele

não dá ordens, mas todo mundo faz o que ele deseja.4. Consegue fazer que as pessoas acreditem que

o interesse delas e o dele é o mesmo.5. Transmite segurança, confiança. Ele inspira

lealdade. É confidente, faz que as pessoas se sintamà vontade para falar a verdade.

6. Transmite senso de justiça. Ele toma decisõesjustas, não protege um ou outro. Todas as suas deci-sões e atitudes são transparentes.

7. Dá o exemplo. Se o expediente começa às 8horas, ele chega às 8 horas. Em uma campanha de cortede custos, não promove festas nem troca de carro.

8. Não precisa ser infalível. Mas precisa ter maisacertos que erros.

9. Faz que as pessoas sigam na direção da com-panhia. Ele faz que essa direção seja transparente,justa e clara.

10. Sabe que não consegue fazer tudo sozinho.Mas não comanda pelo medo. As pessoas o seguemporque acreditam na sua visão.

Pensando bem, o líder, tal como descrito acima, éum sujeito que não existe. Pelo menos não com todasessas qualidades juntas na mesma pessoa. Procure nabibliografia básica sobre líderes e liderança e vocêencontrará centenas de outras definições para esse caracom poderes quase sobrenaturais. O profissional quereúne todas essas características ou parte delas valeouro no mercado de trabalho.

Ser líder não é bom só para ele. A razão? Eleterá uma equipe que vai suar a camisa por ele e pelaempresa. Isso é fabuloso para a empresa. Emprega-dos motivados são mais criativos, trabalham commais vontade, dão o sangue pelo chefe e, portanto,pela companhia. Os líderes também são importantespara o cara que está abaixo dele. Ele vai gerar umambiente de trabalho fértil para o desenvolvimentopessoal e profissional de todo mundo.

Ser líder é ótimo, acima de tudo, para o própriolíder. Ele vale cada vez mais no mercado de trabalho.Os testes de seleção das empresas vêm tentando detec-tar nos candidatos a empregos as características intan-gíveis de um líder. Nos escritórios dos recrutadores deexecutivos, esse pessoal tem sempre as portas abertas.

Por que um líder é importante? Acima de tudo por-que o empregado, por mais motivado que esteja, nãoestá ligado à empresa. Ele está ligado diretamente àspessoas com quem fala, para quem apresenta suas idéi-as, de quem ouve uma palavra de apoio ou um resmun-go de intolerância. Se, acima de um empregado criati-vo, competente e motivado, estiver um líder, tanto me-lhor. Mas, se ele não encontrar quem dê valor às suasidéias, vai procurar outras paragens onde se sinta valo-rizado. Isso é péssimo para a empresa que precisa so-breviver em um mercado globalizado, no qual chegar àfrente da concorrência pode significar a diferença en-tre sobreviver ou perecer.

(Maria Tereza Gomes. VOCÊ S.A., 4/98, pp. 49-50, com adaptações.)

1. Considerando que a interpretação de um texto teminício na compreensão do vocabulário utilizado,julgue os itens abaixo.

a) O vocábulo “sujeito” (ls. 1 e 28) e a palavra “cara”(l. 31) têm o mesmo referente, podendo, por isso,ser permutadas no contexto.

b) As formas verbais “quer” (l. 3) e “deseja” (l. 7) ad-mitem ser permutadas, sem prejuízo do sentido.

c) O sentido da expressão “as pessoas sob seu co-mando” (l. 2) é recuperado no decálogo com ostermos “subordinados” (l. 6), “seguidores” (l. 6),“todo mundo” (l. 7), “as pessoas” (ls. 8, 11, 21),“um ou outro” (l. 14) e “As pessoas” (l. 25).

d) A palavra “cara” (l. 31) não tem o mesmo referen-te que tal palavra empregada na linha 41.

e) O pronome ele, empregado nas linhas 35 (nas trêsocorrências), 52 e 57, refere-se à palavra “líder” ea substitui em todas as ocorrências indicadas.

2. As qualificações de um líder enumeradas no textoforam reagrupadas nos itens que se seguem. Julgue-os quanto à fidelidade às idéias originais.

a) O líder faz que as pessoas lideradas desejem ajudá-lo e sintam-se realizadas ao executarem o que elequer.

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b) O líder não tem subordinados, uma vez que não dáordens; ele se ilude com a idéia de que ele tem segui-dores que fazem o que ele deseja, porque acreditamque há uma unidade de interesses entre todos.

c) O líder transmite segurança, confiança, lealdade, ver-dade, justiça, confidência, transparência e proteção.

d) Mesmo que possa ser considerado exemplo de pon-tualidade e economia, o líder é infalível, porquepossui mais virtude do que defeitos.

e) O líder, comandando mais por sua visão coletiva doque pela imposição do medo individual, direciona aspessoas com clareza, transparência e justiça.

3. Os itens abaixo apresentam reescrituras de partes dotexto em que houve inversão da ordem das palavras.Julgue-os quanto à manutenção do sentido original.

a) Linha 24: Sozinho, sabe que tudo não conseguefazer.

b) Linhas 25 e 26: As pessoas acreditam na sua visãoporque o seguem.

c) Linhas 32, 33 e 34: No mercado de trabalho, oprofissional que vale ouro, reúne todas essas ca-racterísticas ou parte delas.

d) Linhas 37 a 40: Empregados motivados são maiscriativos, trabalham e, portanto, dão o sangue commais vontade, pela companhia do chefe.

e) Linha 45: O mercado de trabalho vale cada vezmais para ele.

4. Julgue se os itens a seguir correspondem às idéiasapresentadas no texto.

a) Ter liderança é bom para o líder, para os subordi-nados e para a empresa.

b) Os líderes não se comunicam por meio de pala-vras enfadonhas, indiferentes e intangíveis.

c) Tal qual um semideus, o líder adapta-se ao melhoresquema de liderança exigido pela empresa.

d) Líderes não temem aproveitar as boas idéias e, maisdo que isso, não temem falar para todos que a idéiafoi do empregado.

e) Por terem de tomar medidas algumas vezes impo-pulares, os líderes precisam entender de relaçõeshumanas.

(CESPE/UnB – TJDF – Analista de Controle Externo/2002)

Texto II

Conduzir negócios na Internet de forma adequadaé um grande desafio: tarefas simples, tais como iden-tificar um parceiro de negócios rapidamente e de ma-neira inequívoca, tornaram-se difíceis.

Entender onde exatamente o cliente está localiza-do no mundo para empregar regras aplicáveis de im-postos e negócios é outro desafio.

Prover a proteção adequada para as informações re-cebidas de indivíduos e empresas é essencial para aten-der a requisitos legais a manter uma boa reputação.

As empresas de sucesso serão aquelas que estabe-lecerão uma infra-estrutura para garantir essa confian-ça: um conjunto de tecnologias a processos paragerenciar a autenticação e o controle de acesso tanto

de seus empregados quanto de usuários externos.A estratégia que pode produzir melhores resulta-

dos é aquela que combina tecnologia e processos paratrabalhar em um nível aceitável de riscos.

(Sérgio Lozinsky. E. business e confiança. In: Ícaro Brasil,junho de 2001, p. 36, com adaptações.)

5. Os itens seguintes são reescrituras propostas para tre-chos do texto acima. Julgue-os quanto ao respeito àsidéias originais e à correção gramatical.a) Primeiro parágrafo: É um grande desafio con-

duzir negócios na Internet de forma adequada,pois tarefas simples tornaram-se difíceis, taiscomo identificar um parceiro de negócios rápi-da e inequivocamente.

b) Segundo parágrafo: Um outro desafio para em-pregar regras aplicáveis aos impostos de umnegócio dependem de entender aonde, no mun-do, se localiza o cliente.

c) Terceiro parágrafo: Para atender a requisitos le-gais e manter uma boa reputação, é essencial oprovimento da proteção adequada às informa-ções prestadas por indivíduos e empresas.

d) Quarto parágrafo: As empresas que estabelece-rem uma infra-estrutura para garantir essaconfiança – um conjunto de tecnologias e pro-cessos para gerenciar a autenticação e o con-trole não só de seus empregados como tambémde usuários externos – terão sucesso.

e) Quinto parágrafo: Combinando tecnologia e pro-cessos para trabalhar para que exista níveisaceitáveis de riscos, aquela estratégia pode pro-duzir os melhores resultados.

Texto III

Em geral, quando falamos de violência, pensamosem uso da força, com vistas à exclusão de grupos ouindivíduos de uma dada situação de poder. Essa vio-lência pode ou não encontrar resistência na violência dosexcluídos. Como quer que seja, nos dois casos estão emjogo os princípios axiológicos que permitem arbitrar oque é legal ou ilegal, legítimo ou ilegítimo, na interaçãoentre os humanos. O ponto central é a noção de abuso depoder, de invasão desestruturante de uma ordem desejá-vel, posta no horizonte ético da cultura.

O fato histórico do alheamento de indivíduos ougrupos humanos em relação a outros não é novo nadinâmica social. Desqualificar moralmente o outrosignifica não vê-lo como um agente autônomo e cria-dor potencial de normas éticas ou como um parceirona obediência a leis partilhadas e consentidas ou, porfim, como alguém que deve ser respeitado em sua in-tegridade física e moral.

No estado de alheamento, o agente da violência nãotem consciência da qualidade violenta de seus atos. Se opossível objeto da violência nada tem a oferecer-lhe, en-tão não conta como pessoa humana e pouco importa o quevenha a sofrer. Ao contrário da crueldade inspirada na ri-validade ameaçadora, real ou imaginária, a indiferençaanula quase totalmente o outro em sua humanidade.

(Jurandir Freire. A ética democrática e seus inimigos. In:O desafio ético, p. 77-80, com adaptações.)

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6. Com respeito à organização das idéias no texto, jul-gue os itens a seguir.a) O texto pode ser assim resumido: a violência é

uma invasão desestruturante de uma ordemdesejável que não se dá apenas pelo uso daforça, mas também pela indiferença, peladesqualificação moral do outro.

b) Depreende-se da argumentação do texto o se-guinte esquema de causas e conseqüências:

abuso do podercom força

resistênciaviolência

ilegalidadesem força

desobediência anormas éticas

alheamento

c) A progressão temática no texto vai da generali-zação do problema à ilustração histórica parachegar, no terceiro parágrafo, à individualizaçãoda violência.

d) O trecho a seguir serviria como conclusão paraa argumentação do texto: Assim, por meio dadiscussão constante de seus conflitos, cren-ças, desejos, ideais e aspirações, elas reve-lam o modo como aprendem a subjetivar-se e a maneira como interpretam seus pa-péis na condução de tal estado dealheamento.

e) A seguinte recomendação (adaptada de CorreioBraziliense, 23/6/2002) serve como ilustraçãopara se evitar um tipo de violência focalizado notexto: Aprenda a lidar com as diferentes perso-nalidades dos colegas de trabalho ao longo dopercurso, esperando de cada um somente o quepodem oferecer. Quando chefiar, aproveite a va-riedade de comportamentos para alcançar bonsresultados.

7. Com respeito ao emprego das expressões ou pala-vras no texto, julgue os itens que se seguem.a) Por estar empregado na acepção de discorrer, o

verbo falar , na expressão “falamos de violência”(l. 1), admite alternativamente o emprego da pre-posição em ou sobre, em lugar de “de”.

b) Mantém-se a coerência textual e a correção gra-matical se, na expressão “exclusão de” (l. 2), otermo sublinhado for substituído pelo verbo ex-cluir, com a conseqüente retirada da preposição“de”.

c) As expressões “o outro” (l. 13), “-lo” (l. 14) e “al-guém” (l.17), estabelecem uma cadeia coesiva, de-signando o mesmo referente.

d) Não ocorre o sinal indicativo de crase em “a leis”(l. 16) por não estar aí empregado o artigo defini-do feminino.

e) Por indicar eventualidade, o tempo de presenteda forma verbal “que venha a sofrer” (ls. 22-23)admite a substituição pela forma de futuro no modocorrespondente sem que sejam desrespeitadas a co-erência textual e as regras gramaticais.

8. Os fragmentos abaixo, adaptados de Veja, 13/2/2002,constituem um texto, mas estão ordenados aleatoria-mente.I - Para chefes, o caso é ainda mais complexo. Os

que acham que seus subordinados nunca en-tendem o que eles falam precisam ficar aten-tos à própria conduta. Talvez o problema sejatanto de habilidade quanto de falta de comuni-cação.

II - E você? Está pronto para coordenar uma equi-pe ou para relatar a um grupo as propostas deseu departamento? Se a resposta é não, cuide-se. Corra atrás de cursos de liderança, comprelivros que lhe ensinem a expressar suas idéiasclaramente.

III - O caixa da agência bancária é o mais indica-do para liderar a equipe que vai propor alte-ração no desenho da área de atendimento aopúblico, onde ficam as filas. O faxineiro devetomar a frente do pessoal que decidirá o localmais adequado para estocar material de lim-peza.

IV - Competência técnica é só um ingrediente ne-cessário à liderança. Um bom coordenador temde conseguir explicar como a tarefa sob seucontrole vai contribuir para os resultados dacompanhia, ou da instituição.

Considerando que a organização de um texto implicaa ordenação lógica e coerente de seus fragmentos,julgue os itens a seguir quanto à possibilidade de cons-tituírem seqüências lógicas e coerentes para os frag-mentos acima.a) I, II, IV, IIIb) I, III, II, IVc) II, III, IV, Id) III, I, II, IVe) IV, III, I, II

Texto IV

Cada vez que sai a lista das melhores empresas parase trabalhar, as pessoas se perguntam o que elas têmde diferente. Imaginam que provavelmente são as quemelhor pagam ou que têm os melhores pacotes debenefícios, porém isso não é necessariamente verda-de. Boas práticas de recursos humanos também pe-sam, mas não parecem ser o mais importante. A maisrelevante das características que essas empresas de-monstram ter em comum é a confiança. Um ambien-te de confiança gera maior comprometimento dosempregados e, em conseqüência, maior disponibili-dade para mudanças. Gera também maior flexibili-dade para adaptações às necessidades do mercado.Segundo pesquisas, o clima de confiança se des-membra em três dimensões: a credibilidade, que é amaneira como o empregado vê a chefia; o respeito,que é como o empregado acha que é visto pela che-fia; e a justiça, que é a percepção de um ambienteigualitário em termos de pagamentos, benefícios, pro-moções etc.

(José Tolovi. Um excelente lugar para se trabalhar. In:Ícaro do Brasil, junho de 2001, p. 38, com adaptações.)

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9. Julgue os itens subseqüentes, a respeito do empregodas palavras e expressões no texto acima.a) Textualmente, a expressão “Cada vez” (l. 1)

corresponde a Todas as vezes, mas, para que essasubstituição seja gramaticalmente aceitável, é ne-cessário empregar o verbo seguinte no plural: saem.

b) Na linha 2, as duas ocorrências do pronome “se”indicam, sintática e semanticamente, a reflexiviza-ção do verbo.

c) Na linha 2, para manter a coerência textual e aconcordância verbal, a supressão do pronome“elas” exigiria também a supressão do sinal deacento em “têm”.

d) As dependências sintático-semânticas das expres-sões nos períodos das linhas de 9 a 12 admitem oseguinte esquema:

maior comprometimento maior disponibilidadedos empregados para mudanças

ambiente de confiança

maior flexibilidade para adaptações

e) Subentende-se que as palavras “credibilidade” (l. 15),“respeito” (l. 16) e “justiça” (l. 18) servem pararotular diferentes aspectos ou sentidos de “climade confiança” (l. 14).

PARAFRASEANDO

1. LENDO E ENTENDENDO O TEXTO

MÚSICA-TEXTO DE APOIO

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORESGeraldo Vandré

Caminhando e cantando e seguindo a cançãoSomos todos iguais, braços dados ou nãoNas escolas, nas ruas, campos, construçõesCaminhando e cantando e seguindo a canção.

5 Vem, vamos embora que esperar não é saberQuem sabe faz a hora, não espera acontecerVem, vamos embora que esperar não é saberQuem sabe faz a hora não espera acontecer.

Pelos campos há fome em grandes plantações10 Pelas ruas marchando indecisos cordões

Ainda fazem da flor seu mais forte refrãoE acreditam nas flores vencendo o canhão.

Há soldados armados, amados ou nãoQuase todos perdidos de armas na mão

15 Nos quartéis lhes ensinam antigas liçõesDe morrer pela pátria e viver sem razão.

Nas escolas, nas ruas, campos, construçõesSomos todos soldados, armados ou nãoCaminhando e cantando e seguindo a canção

20 Somos todos iguais, braços dados ou não.

Os amores na mente, as flores no chãoA certeza na frente, a história na mãoCaminhando e cantando e seguindo a cançãoAprendendo e ensinando uma nova lição.

(Vandré – Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, músico brasileiro.Compositor de músicas ditas de protesto, muito popular na época dosfestivais da canção, na década de 1960. Porta-estandarte (1965), Dis-parada (1966), Pra não dizer que não falei de flores (1968) constituemalguns dos seus maiores sucessos.)

Questão Proposta

1. Julgue os itens a seguir.a) “Caminhando” constitui uma canção brasileira de

protesto.b) Pela sua estrutura formal, “Caminhando” consti-

tui um soneto.c) Considerando a metrificação e a cadeia sonora do

texto, é possível dizer que este lembra uma mar-cha entoando em ritmo lento os versos com acen-to contínuo na terceira sílaba: “caminhando ecantando e seguindo a canção”.

d) O propósito de Geraldo Vandré era fazer um cantopessoal, inexistindo, portanto, marcas do coletivono discurso.

e) Com os versos “esperar não é saber / não esperaacontecer”, deve-se observar que a canção presen-tifica o tempo.

f) A última estrofe deixa transparecer sentimentos deamor, revolta, ousadia e arrefecimento de ânimos.

g) Reescrevendo o verso 9, sem alterar-lhe o sentidoprimeiro, obtém-se: “Pelos campos existe fome emgrandes plantações”.

h) O verso 15 pode ser reescrito da seguinte manei-ra: “Nos quartéis nos ensinam ultrapassadas li-ções”, sem alteração do sentido original.

i) Uma outra possibilidade de reescritura do verso15, sem alterar-lhe o sentido primitivo, é: “Anti-gas lições são ensinadas a eles nos quartéis”.

2. DOMINANDO BASES CONCEITUAIS

Você notou, com base na resolução dos últimos itensda questão proposta, que a língua possui uma série de re-cursos lingüísticos que permitem dizer a mesma mensa-gem com estruturas diferentes. O ponto de partida é sem-pre o texto-fonte. Esses recursos constituem uma forma deintertextualidade que denominamos PARÁFRASE.

A paráfrase contribui para o aprimoramento do voca-bulário e proporciona inúmeras oportunidades dereestruturação de frases, considerando as múltiplas pos-sibilidades combinatórias da nossa língua.

Dessa forma, a paráfrase corresponde a uma espéciede tradução dentro da própria língua, em que se diz, demaneira mais clara, num texto B o que contém um texto A,sem comentários marginais, sem nada acrescentar e semnada omitir do que seja essencial, tudo feito com outrostorneios de frase e, tanto quanto possível, com outras pa-lavras, e de tal forma que a nova versão – o que pode sersucinta sem deixar de ser fiel – evidencie o pleno enten-dimento do texto original.

Em síntese, PARÁFRASE é a reescritura do texto,mantendo-se o sentido original, primeiro.

Vejamos, portanto, algumas dessas possibilidadescombinatórias da nossa língua:

1) Substituição lexical (relações de sinonímia):A. Embora falasse a verdade, ninguém acredi-

tou em seu discurso.

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B. Conquanto falasse a verdade, ninguém acre-ditou em seu discurso.

2) Inversão dos termos da oração ou das orações doperíodo:I - A. Grande parte de nossas vidas transcorre em

locais de trabalho.B. Em locais de trabalho, grande parte de nos-sas vidas transcorre.

II - A. Irei ao Japão quando me formar.B. Quando me formar, irei ao Japão.

3) Transposição da voz ativa para a voz passiva evice-versa:A. Ele elogiou a obra literária.B. A obra literária foi elogiada por ele.

4) Transposição do discurso direto para o discursoindireto e vice-versa:A. O padre confessou:– Estou muito doente.B. O padre confessou que estava muito doente.

Atenção:Na passagem do discurso direto para o indireto ouvice-versa, observe as seguintes transformações:a) discurso direto: primeira pessoa

Eles indagaram: – O que devemos resgatar?Discurso indireto: terceira pessoaEles indagaram o que deviam resgatar.

b) discurso direto: imperativoO chefe ordenou: – Redijam o relatório.Discurso indireto: pretérito imperfeito do subjuntivoO chefe ordenou que redigíssemos o exercício.

c) discurso direto: futuro do presenteO médico explicou: – Com o exame, a criançaficará curada.Discurso indireto: futuro do pretéritoO médico explicou que, com o medicamento, acriança ficaria curada.

d) discurso direto: presente do indicativoGudestéia me perguntou: – A quem devo infor-mar o problema?Discurso indireto: pretérito imperfeito do indicativoGudestéia me perguntou a quem devia informar oproblema.

e) discurso direto: pretérito perfeitoAbigail disse: – Estive no STF e falei com o pre-sidente.Discurso indireto: pretérito mais-que-perfeitoAbigail disse que estivera no STF e falara com opresidente.

5) Substituição da oração adverbial, substantiva ouadjetiva pelas classes gramaticais corresponden-tes ou vice-versa:I - A. A moça escorregou porque ventava. (ora-

ção adverbial causal)

B. A moça escorregou por causa do vento. (locuçãoadverbial causal)

II - A. Desejo que você silencie. (oração substan-tiva)B. Desejo o seu silêncio. (substantivo)

III- A. Ela é uma pessoa que tem convicções. (ora-ção adjetiva)B. Ela é uma pessoa convicta. (adjetivo)

6) Substituição de orações desenvolvidas por redu-zidas ou vice-versa:A. É importante que o trabalho seja prossegui-do. (oração desenvolvida)B. É importante prosseguir o trabalho. (oraçãoreduzida)

Perífrase/Antonomásia

É um recurso verbal que consiste em exprimir emmais palavras o que poderia ser dito em poucas. Permiteconhecer um objeto por suas qualidades ou usos e nãopelo seu próprio nome. Serve para variar a expressão, su-blinhar a harmonia da frase, encobrir alusões vulgares ousuavizar idéias desagradáveis. Também conhecido comocircunlóquio. Exemplos:

I. A humanidade agradece ao gênio da lâmpada. (emlugar de Tomas Edson)

II. O Redentor (em lugar de Cristo)III. Criador dos seres (em lugar de Deus)IV. Poeta dos Escravos (em lugar de Castro Alves)V. Cidade maravilhosa (em lugar de Rio de Janeiro).

3. PRATICANDO

Entendeu? Vamos treinar um pouco.

1. Julgue os itens considerando se o sentido da frase entreaspas permanece ou não o mesmo, quando reescritana forma apresentada em itálico:a) “O tempo aos poucos fora afastando de minha

memória a sua imagem.”Sua imagem estava-se afastando de minha memó-ria, aos poucos, pelo tempo.

b) “Daqui a cinqüenta anos teremos avaliado osfuturólogos de hoje.”Os futurólogos de hoje terão sido avaliados pornós daqui a cinqüenta anos.

c) “Os vândalos iam destruindo tudo em sua passagem.”Em sua passagem, tudo foi destruído pelos vândalos.

d) “Fomos informados de que já haviam julgado acausa.”Informaram-nos de que a causa já havia sidojulgada.

e) “Os índios haviam devorado os prisioneiros deguerra.”Os prisioneiros de guerra já haviam sido devora-dos pelos índios.

f) “Todo homem é mortal.”“O homem todo é mortal.”

g) “No final da Guerra Civil Americana, o ex-coro-nel ianque sai à caça do soldado desertor que rea-lizou assalto a trem com confederados.”

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No final da Guerra Civil Americana, o ex-coronelianque sai à caça do soldado desertor que, comconfederados, realizou assalto a trem.

h) “Os meninos de rua que procuram trabalho sãorepelidos pela população.”Os meninos de rua, que procuram trabalho, sãorepelidos pela população.”

i) “O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá man-ter-se, ou restituir-se, por sua própria força,contanto que o faça logo.”Fazendo-o logo, o possuidor turbado, ou esbu-lhado, poderá manter-se, ou restitui-se, por suaprópria força.

j) “Maurício saudou, com silenciosa admiração, estaminha avisada malícia. E imediatamente disse parao meu Príncipe:

– Há três anos que não te vejo, Jacinto.”Maurício saudou, com silenciosa admiração, estaminha avisada malícia. E imediatamente disse parao meu Príncipe que havia três anos que não o via.

4. EXERCITANDO (QUESTÕES ESPECIAIS)

(UnB/CESPE/TJDF) Leia o texto abaixo e responda àsquestões de 1 a 3.

Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de umnobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta deNotícias contra essa lenda de meio século.

Segundo o ilustrado paulista não houve nemgrito nem Ipiranga.

Houve algumas palavras, entre elas a Inde-pendência ou Morte, – as quais todas foram pro-feridas em lugar diferente das margens doIpiranga.

Pondera meu amigo que não convém, a tãocurta distância, desnaturar a verdade dos fatos.

Ninguém ignora a que estado reduziram a His-tória Romana alguns autores alemães, cuja pena,semelhante a uma picareta, desbastou os inventosde dezoito séculos, não nos deixando mais que umacerta porção de sucessos exatos.

Vá feito! O tempo decorrido era longo e a tra-dição estava arraigada como uma idéia fixa.

(...)Mas isso é história antiga.O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cin-

qüenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coi-sa que o dito meu amigo declara não ter existido.

Houve resolução do Príncipe D. Pedro, inde-pendência e o mais; mas não foi positivamente umgrito, nem ele se deu às margens do célebre ribeiro.

Lá se vão as páginas dos historiadores e isso éo menos.

Emendam-se futuras edições. Mas os versos? Osversos emendam-se com muito menos facilidade.

Minha opinião é que a lenda é melhor do quea história autêntica. A lenda resumia todo o fatoda independência nacional, ao passo que a versãoexata o reduz a uma coisa vaga e anônima. Tenhapaciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o gri-to do Ipiranga: é mais sumário, mais bonito e maisgenérico.

(Machado de Assis)

1. Assinale a opção correta.a) O autor deplora as informações enganosas vei-

culadas pelos historiadores, manifestando sua pre-ferência pelos poetas e narradores épicos.

b) Na falta de uma informação segura sobre os fatos,o autor opta por dar crédito ao que se descreve nosversos, cuja deturpação é menos provável.

c) Para o autor, pouco importa a versão exata dos fa-tos, diante do poder de síntese e do impacto dasnarrativas e lendas que atravessam os tempos.

d) À lenda o autor prefere a história autêntica, comseus dados precisos, sumários e abrangentes.

e) O autor esforça-se por demover o amigo da idéiade alterar as futuras edições dos livros de histó-ria, sob o argumento de que a lenda já está assi-milada, não havendo mais nada a fazer senão terpaciência.

2. Assinale a opção que recupera as idéias do últimoparágrafo do texto.

a) Minha convicção é que a lenda é superior à histó-ria autêntica. A primeira resumiu o fato de inde-pendência nacional, a segunda transforma-o emalgo difuso e anônimo, destituindo-o de seu cará-ter sumário, abrangente e belo. Tenha paciência omeu ilustrado amigo, mas eu prefiro o grito doIpiranga à versão exata dos fatos.

b) Estou convicto de que a lenda é superior à históriaautêntica. Enquanto esta reduz o fato da independên-cia nacional a algo difuso e anônimo, aquela o sinte-tizava. Tenha paciência o meu instruído amigo. Àversão exata prefiro o grito do Ipiranga, que é maissumário, mais belo, mais genérico.

c) Creio que a lenda é melhor do que a história au-têntica. A lenda resumia o fato da independêncianacional. A versão exata o transforma em algodifuso e anódino. O meu ilustrado amigo deve terpaciência, mas a lenda é preferível ao sumário, beloe genérico grito do Ipiranga.

d) Tenha paciência o meu ilustrado amigo, mas pre-firo à lenda do grito do Ipiranga a versão exata dosacontecimentos, que reduz o fato da independên-cia nacional a uma coisa vaga e anônima, destitu-indo o gesto lendário de seu caráter generalizante.

e) O meu instruído amigo tenha paciência, mas a mi-nha opinião é a seguinte: entre a lenda e a históriaautêntica, àquela prefiro esta, que resume o fato daindependência nacional em um gesto sumário, beloe genérico.

3. Assinale a opção em que a relação semântica desinonímia entre a expressão destacada e a expressãoentre parênteses é incorreta.a) (...) todas foram proferidas (...) (ls. 7-8) (procla-

madas).b) Pondera meu amigo (...) (l. 10) (Alega).c) O tempo decorrido era longo (...) (l. 17) (escoado).d) (...) a tradição estava arraigada (...) (ls. 17 e 18)

(erradicada).e) (...) é mais sumário (...) (l. 36) (conciso).

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4. (ESAF/Analista/98) Indique o trecho que constituiparáfrase das idéias essenciais do segmento transcri-to abaixo.

Os europeus do século XVI, cuja vida continuavapautada na religião e nas normas da Igreja, não ha-viam de todo abandonado as antigas prescrições te-ológicas que condenavam os lucros advindos de em-préstimos a juro, por serem uma forma estéril deriqueza.

(Adalberto Marson)

a) Nem todos os europeus do século XVI, cuja vidapermanecia adstrita às normas religiosas da Igre-ja, haviam abandonado as antigas determinaçõesteológicas de condenação aos lucros obtidos pelosagiotas, por serem uma forma espúria de gerar ri-queza.

b) Por terem abandonado as antigas restrições teoló-gicas que condenavam os lucros provenientes dejuros de empréstimos, consideradas uma forma im-produtiva de riqueza, os europeus do século XVIcontinuavam a pautar sua vida na religião e nasnormas da Igreja.

c) Seguindo as normas religiosas e cristãs, os euro-peus de seiscentos não haviam abandonado com-pletamente os antigos preceitos teológicos de ob-tenção de riqueza através da forma estéril de em-préstimos a juros.

d) Obter riqueza por meio da usura era práticacondenada pelas antigas prescrições teológi-cas, cuja religião e normas da Igreja os euro-peus do século XVI não haviam de todo aban-donado.

e) Continuando a manter sua vida pautada na reli-gião e nas normas da Igreja, os europeus qui-nhentistas respeitavam as antigas determinaçõesteológicas segundo as quais os lucros obtidos apartir de empréstimos a juro mereciam conde-nação, por constituírem uma forma improlíferade riqueza.

(UnB/ CESPE/ MTb/ Engenheiro) Leia o texto abaixopara responder à questão 5.

Segurança e saúde são imprescindíveis quando o pro-pósito é manter um ambiente de trabalho hígido e produ-tivo. Tais questões estão diretamente ligadas à valorizaçãodo elemento humano como primordial para o sucesso dequalquer organização.

Em um mundo em que, a cada dia, são crescentes asdescobertas e inovações tecnológicas, a discriminação deinformações sobre a prevenção de acidentes e doenças dotrabalho se torna decisiva para que a qualidade de vida noambiente laboral seja valorizado.O trabalho educativo den-tro das empresas permite que haja cada vez mais traba-lhadores e empresários conscientes da importância da saú-de e segurança no Trabalho.

(Fernando Bezerra. Apresentação In: Informações básicas sobresaúde e segurança no trabalho.

São Paulo, CIPA, p. 5, 1997.)

5. Julgue se os itens seguintes mantêm as idéias origi-nais do texto e estão corretos, no que se refere ao usodo sistema gráfico, do vocabulário, da estruturamorfossintática e da pontuação.a) Quando a finalidade é manter um ambiente limpo

e eficiente, são aconselháveis segurança e saúde.b) O homem, e sua valorização está diretamente liga-

do ao sucesso de uma empresa.c) Para que a qualidade de vida no ambiente de tra-

balho seja valorizada, informações a respeito dedoenças do trabalho e prevenção de acidentes sãoessenciais.

d) Deve haver trabalhos educativos nas empresas paraque evitem-se acidentes.

e) Trabalhadores e empresários informados acerca daimportância da saúde e segurança no trabalho sãofundamentais para a valorização da qualidade devida no ambiente laboral.

(UnB/CESPE)

A ROTINA E A QUIMERA

Sempre se falou mal de funcionários, inclu-sive dos que passam a hora do expediente escrevi-nhando literatura. Não sei se esse tipo de burocra-ta-escritor existe ainda. A racionalização do servi-ço público, ou o esforço por essa racionalização,trouxe modificações sensíveis ao ambiente de nos-sas repartições, e é de crer que as vocações literá-rias manifestadas à sombra de processos se hajamressentido desses novos métodos de trabalho. Semembargo, não se terão estiolado de todo tão forteé, no escritor, a necessidade de exprimir-se, den-tro ou fora da rotina que lhe é imposta. Se nãoescrever no espaço de tempo destinado à produ-ção de ofícios, escreverá na hora do sono ou dacomida, escreverá debaixo do chuveiro, na fila, aosol, escreverá até sem papel – no interior do pró-prio cérebro, como os poetas prisioneiros da últi-ma guerra, que voltaram ao soneto como uma for-ma que por si mesma se grava na memória.

E por que se maldizia tanto o literato-funcio-nário? Porque desperdiçava os minutos do seu dia,reservado aos interesses da Nação, no trato de qui-meras pessoais. A Nação pagava-lhe para estudarpapéis obscuros e emaranhados, ordenar casos di-fíceis, promover medidas úteis, ouvir com benig-nidade as “partes”. Em vez disso, nosso poeta afi-nava a lira, nosso romancista convocava suas per-sonagens, e toca a povoar o papel da repartiçãocom palavras, figuras e abstrações que em nadaadiantam à sorte do público.

É bem verdade que esse público, logo em se-guida, ia consolar-se de suas penas na trova dopoeta ou no mundo imaginado pelo ficcionista.Mas, sem gratidão especial ao autor, ou talvez se-parando neste o artista do rond de cuir, para esti-mar o primeiro sem reabilitar o segundo.

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O certo é que um e outro são inseparáveis, ouantes, este determina aquele. O emprego do Esta-do concede com que viver, de ordinário sem fol-ga, e essa é a condição ideal para um bom númerode espíritos: certa mediania que elimina os cuida-dos imediatos, porém não abre perspectiva de ócioabsoluto. O indivíduo tem apenas a calma neces-sária para refletir na mediocridade de uma vidaque não conhece a fome nem o fausto; sente o pesodos regulamentos, que lhe compete observar oufazer observar; o papel barra-lhe a vista dos obje-tos naturais, como uma cortina parda. É então queintervém a imaginação criadora, para fazer dessepapel precisamente o veículo de fuga, sorte de ta-pete mágico, em que o funcionário embarca, arre-batando consigo a doce ou amarga invenção, queirá maravilhar outros indivíduos, igualmente pri-sioneiros de outras rotinas, por este vasto mundode obrigações não escolhidas.

(Carlos Drummond de Andrade)

6. No que diz respeito ao conteúdo do texto, julgue ositens que se seguem.

a) Somente o funcionário “burocrata-escritor” temsido criticado pela população.

b) A verdadeira vocação literária só se manifesta noambiente do serviço público.

c) Infere-se do texto que, no Brasil, o Estado tem,indiretamente, subvencionado a literatura na-cional.

d) Infere-se do texto que a expressão francesa rondde cuir (l. 35) significa burocrata.

e) A condição de escritor determina a condição defuncionário público.

7. Julgue os itens a seguir.a) No fragmento “que voltaram ao soneto” (l. 18), o

vocábulo “que” tem como referente “última guer-ra” (ls. 17-18).

b) Em “A Nação pagava-lhe para estudar papéis”(ls. 23 e 24), o vocábulo “lhe” tem como referenteo “literato-funcionário” (ls. 20 e 21).

c) Em “ouvir com benignidade as ‘partes’ ” (ls. 25 e26), o vocábulo “partes” tem como referente “qui-meras pessoais” (ls. 22 e 23).

d) Os vocábulos “primeiro” e “segundo” (l. 36) têmcomo referentes “poeta” e “ficcionista” (l. 33),respectivamente.

e) Os vocábulos “este” e “aquele” (l. 38) têm comoreferentes “rond de cuir” e “artista” (l. 35), res-pectivamente.

8. Os períodos abaixo foram reescritos. Tendo porparâmetro o texto original, julgue-os quanto à manu-tenção de sentido na nova versão.a) Não sei se ainda há esse tipo de burocrata-escritor.

(ls. 3 e 4)b) Modificações sensíveis ao ambiente de nossas re-

partições foram trazidas pela racionalização do

serviço público, ou pelo esforço por essa raciona-lização. (ls. 4 e 5)

c) Porque desperdiçava, no trato de quimeras pes-soais, os minutos de seu dia, reservados ao inte-resse da Nação. (ls. 21 e 22)

d) O indivíduo tem apenas a calma necessária pararefletir a mediocridade de uma vida que desconhe-ce a fome e o fausto (ls. 43 a 45)

e) (...) sente que lhe compete observar ou fazer ob-servar o peso dos regulamentos (ls. 45 e 46)

9. Marque o texto que expressa as mesmas idéias do tre-cho sublinhado abaixo.

A ARTE DE NÃO FAZER NADA

Dizem-me que mais da metade da humanidade se de-dica à prática dessa arte; mas eu discordo desta afirmati-va, visto que não existe tal quantidade de gente inativa. Oque acontece é estar essa gente interessada em atividadesexclusivamente pessoais sem conseqüências úteis para omundo.

(Cecília Meireles – adaptado.)

a) ...mas eu questiono essa afirmativa, uma vez queexiste muita gente inativa. O fato é que essa gentedemonstra interesse por atividades impessoais comrepercussões imediatas para o mundo.

b) ...mas eu duvido desta afirmativa, já que não exis-te tanta gente laboriosa. O fato é que essa gentedecide desenvolver atividades imparciais sem con-seqüências vantajosas para o mundo.

c) ...mas eu interrogo esta afirmação, posto que exis-te muita gente sem fazer nada. O que acontece éque essa gente está interessada em atividades bila-terais sem conseqüências vãs para o mundo.

d) ...mas eu discordo desta afirmativa, porque existemuita gente inativa. O que acontece é que essagente fica desinteressada em atividades exclusi-vistas com repercussões positivas para o mundo.

e) ...mas eu não concordo com esta afirmação, por-que não existe tanta gente sem fazer nada. O fato éque essa gente prefere desenvolver atividades in-dividualistas sem repercussões positivas para omundo.

Esforçando-se pela apropriação e conhecimento douniverso, o homem encontra sempre embaraços e di-ficuldades de toda ordem, sendo a própria fraqueza,em face da soberania inalterável da natureza, e suanecessidade de luta, frente à complexidade dos fatosdo cotidiano, as maiores destas dificuldades.

(Álvaro Lins – fragmentado.)

10. Marque a opção que expressa, coerentemente, as idéiasdo texto.a) O esforço do homem pela apropriação e conheci-

mento do universo resulta sempre de embaraços edificuldades de toda ordem, em face da fraqueza

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humana em alterar a soberania da natureza e emminimizar a complexidade dos acontecimentos dodia-a-dia.

b) A necessidade de luta diante da complexidade dosfatos do cotidiano e a fraqueza humana em face dasoberania adulterável da natureza encontram nohomem impedimentos e dificuldades que motivamo seu esforço pela apropriação e conhecimento douniverso.

c) O conhecimento e a apropriação do universo fa-zem com que o homem encontre sempre embara-ços e dificuldades de toda ordem nos fatos do co-tidiano, sendo as maiores dificuldades aquelasprovocadas pelo esforço e fraqueza humana emface da alteração da soberania da natureza.

d) A posse e o conhecimento do universo fazem comque o homem se esforce em lutar contra a comple-xidade dos fatos e contra a própria fraqueza de al-terar a soberania de toda ordem encontrados porele no cotidiano.

e) A fraqueza humana, diante da imutável suprema-cia da natureza, e a necessidade de luta, em faceda complexidade dos acontecimentos do dia-a-dia,constituem as maiores dificuldades e obstáculoscom que o homem depara, ao esforçar-se pela possee conhecimento do universo.

11. Assinale a opção que mantém o mesmo sentido dotrecho sublinhado a seguir.

Uma das grandes dificuldades operacionais encontra-das em planos de estabilização é o conflito entre perdedorese ganhadores. Às vezes reais, outras fictícios, estes confli-tos geram confrontos e polêmicas que, com freqüência, po-dem pressionar os formuladores da política de estabiliza-ção a tomar decisões erradas e, com isto, comprometer osucesso das estratégias antiinflacionárias.

(Folha de São Paulo, 7/5/94.)

a) Os formuladores da política de estabilização po-dem tomar decisões erradas se os conflitos, gera-dos por confrontos e polêmicas, os pressionarem;o sucesso das estratégias antiinflacionárias fica,com isto, comprometido.

b) Estes conflitos, reais ou fictícios, geram confron-tos e polêmicas que, freqüentemente, podem pres-sionar os formuladores da política de estabiliza-ção a tomar decisões erradas, sem, com isso, com-prometer o sucesso das estratégias antiinflacio-nárias.

c) O sucesso das estratégias antiinflacionárias podeficar comprometido se, pressionados por confli-tos, reais ou fictícios, os formuladores da políticade estabilização gerarem confrontos e polêmicasao tomarem as decisões erradas.

d) Os conflitos, às vezes reais, outras fictícios, quepodem pressionar os formuladores da política deestabilização a confrontos e polêmicas, compro-metem os sucesso das estratégias antiinflacionárias,se as decisões tomadas forem erradas.

e) O sucesso das estratégias antiinflacionárias podeficar comprometido se os formuladores da políti-ca de estabilização, pressionados por confrontos epolêmicas decorrentes de conflitos, tomarem de-cisões erradas.

12. Marque, entre as opções propostas, aquela que nãocontém, ainda que parcialmente, as mesmas idéiasexpressas no trecho abaixo:

A reificação do escravo produzia-se objetiva e subjeti-vamente. Por um lado, tornava-se uma peça cuja necessida-de social era criada e regulada pelo mecanismo econômicode produção. Por outro lado, o escravo auto-representava-see era representado pelos homens livres como um ser incapazde ação autonômica.

(F. H. Cardoso, Capitalismo e Escravidão no Brasil

Meridional, Rio, Paz e Terra, 1977.)

a) Do ponto de vista jurídico é óbvio que, no sul comono resto do país, o escravo era uma coisa, sujeitaao poder e à propriedade de outrem....

b) ... o escravo não encontra a condição de pessoahumana objetivada no respeito e nas expectativasformadas em torno de si pelos homens livres, pe-los senhores.

c) A liberdade desejada e impossível apresentava-se,pois, como mera necessidade subjetiva da afir-mação, que não encontrava condições para reali-zar-se concretamente.

d) ... o escravo se apresentava, enquanto ser humanotornado coisa, como alguém que, embora fossecapaz de empreender ações com “sentido”, poiseram ações humanas, exprimia, na própria consci-ência e nos atos que praticava, orientações e signi-ficações sociais impostas pelos senhores.

e) ... a consciência do escravo apenas registrava eespelhava, passivamente, os significados sociaisque lhe eram impostos.

13. Marque a opção que não constitui paráfrase do seg-mento abaixo:

O abolicionismo, que logrou pôr fim à escravidão nasAntilhas Britânicas, teve peso ponderável na políticaantinegreira dos governos britânicos durante a primeirametade do século passado. Mas tiveram peso também osinteresses capitalistas, comerciais e industriais, que dese-javam expandir o mercado ultramarino de produtos in-dustriais e viam na inevitável miséria do trabalhador es-cravo um obstáculo para este desiderato.

(P. Singer. A formação da classe operária, São Paulo,

Atual, 1988, p. 44.)

a) Na primeira metade do século passado, a despeitoda forte pressão do mercado ultramarino em criarconsumidores potenciais para seus produtos indus-triais, foi o movimento abolicionista o motor quepôs cobro à miséria do trabalhador escravo.

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b) A política antinegreira da Grã-Bretanha na primeirametade do século passado foi fortemente influenciadanão só pelo ideário abolicionista como também pelapressão das necessidades comerciais e industriais emer-gentes.

c) Os interesses capitalistas que buscavam ampliar omercado para seus produtos industriais tiverampeso considerável na formulação da políticaantinegreira inglesa; mas teve-o também a consci-ência liberal antiescravista.

d) Teve peso considerável na política antinegreirabritânica o abolicionismo. Mas as forças de mer-cado tiveram também peso, pois precisavam dis-por de consumidores para seus produtos.

e) Ocorreu uma combinação de idealismo e interes-ses materiais, na primeira metade do século XIX,na formulação da política britânica de oposição àescravidão negreira.

14. Marque a alternativa que reproduz o mesmo signifi-cado do segmento sublinhado no trecho abaixo.

Universalizando o particular pelo apagamento das dife-renças e contradições, a ideologia ganha coerência e forçaporque é um discurso lacunar que não pode ser preenchido.Em outras palavras, a coerência ideológica não é obtidamalgrado as lacunas, mas, pelo contrário, graças a elas.

(M. Chauí)

a) Não obstante a presença de lacunas, mas, não con-trário, graças a elas, a coerência ideológica não éobtida.

b) Obtém-se a coerência ideológica a despeito do dis-curso lacunar, e não, o contrário, graças a suas la-cunas.

c) A coerência ideológica é obtida não obstante aslacunas, mas, ao contrário, graças às suas diferen-ças e contradições.

d) Malgrado as lacunas, mas, ao contrário, graças aelas, obtém-se a coerência ideológica.

e) Obtém-se a coerência ideológica não a despeitodas lacunas, mas devido a sua própria existência.

15. Indique o item em que o par de sentenças não apre-senta o mesmo sentido.a) “O despreparo do aluno, principalmente na parte

de emissão de mensagens escritas, fez com que asautoridades educacionais decretassem a inclusãoda redação no vestibular”. (E. T. da Silva)As autoridades educacionais instituíram nos exa-mes vestibulares a prova de redação devido à faltade preparo do aluno mormente no tocante à pro-dução escrita.

b) “Quem diz cópia pensa nalgum original, que tema precedência, está noutra parte, e do qual a pri-meira é o reflexo inferior”. (R. Schivarz)Falar em cópia implica tomar algo como primei-ro, que antecede, que está alhures, cujo original éo reflexo inferior.

c) “Os estóicos constroem, afinal, aquela teoria da

significação que vinha sendo preparada desdePlatão e confirmam a tradição grega da preemi-nência do significado”. (M. H. M. Neves)Preparada desde a época de Platão, a teoria da sig-nificação é construída, finalmente, pelos estóicos,que assim corroboram a tradição helênica da pri-mazia do significado.

d) “As histórias ‘abertas’ – isto é, incompletas ou comum final a escolher – têm a forma do problemafantástico: a partir de certos dados, decide-se so-bre sua combinação resolutiva”. (G. Radari)As histórias que não apresentam o fechamento deum fim explícito, ou que trazem várias possibili-dades de finalização, têm a forma do problema fan-tástico, no qual se chega à resolução pela combi-nação de certos dados.

e) “Inventar estórias com os brinquedos é quase na-tural, é uma coisa que vem por si nas brincadeirascom as crianças: a estória não é senão um prolon-gamento, um desenvolvimento, uma alegre explo-são do brinquedo”. (G. Rodari)Quando brincam, é comum, quase natural, as cri-anças inventarem estórias com os brinquedos – aestória passa a ser uma extensão, um prolonga-mento, um alegre transbordar do brinquedo.

16. Marque o item em que a segunda frase diz o mesmoque a primeira.a) 1ª: Para a formação do povo brasileiro contribuí-

ram, basicamente, indivíduos pertencentes às ra-ças branca, negra e índia.2ª: Para a formação do povo pertencente às raçasbranca, negra e índia contribuíram basicamenteindivíduos brasileiros.

b) 1ª: Os descobridores portugueses resultavam deuma mistura de lusitanos, romanos, árabes e atémesmo negros.2ª: De uma mistura de lusitanos, romanos, árabese até mesmo negros, resultavam os descobridoresportugueses.

c) 1ª: A mistura de raças foi muito intensa, desde oinício da colonização, devido ao pequeno númerode mulheres brancas existentes entre os colonosportugueses.2ª: Devido ao pequeno número de mulheres, amistura de raças brancas foi intensa entre os colo-nos portugueses, desde o início da colonização.

d) 1ª: Entre os imigrantes, o grau de mistura étnicafoi elevado, embora alguns deles tivessem a ten-dência a se manter um comunidades fechadas.2ª: Foi elevada a tendência a se manter em comu-nidades fechadas, entre os imigrantes, embora al-guns deles tivessem grau de mistura étnica.

e) 1ª: Considerados de origem asiática, os índios foramperseguidos e capturados no início da colonização, paraservirem de mão-de-obra escrava na agricultura.2ª: Os índios foram perseguidos e capturados no

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início da colonização asiática, para servirem demão-de-obra escrava na agricultura.(Texto de base: Almanaque Abril, 1993, p. 129.)

Proposta de redação:

1. Faça a paráfrase do 3º e do 4º parágrafos do texto aseguir:

A globalização – conceito historicamente inaca-bado – constitui um processo contraditório e, em vir-tude das diferenças de seus impactos e perspectivas,atribui ao estado um novo papel no que concerne àsestratégias competentes de inserção nesse mesmo pro-cesso. Sendo assim, cabe ao estado a vontade políticade mudança, baseada na reafirmação da prioridade dointeresse nacional e na manutenção dos laços materiaise éticos entre classes e regiões desiguais, e, no caso doBrasil, ainda, uma nova solidariedade inter-regional,ou seja, uma verdadeira força coesiva interna.

A cultura mitológica da globalização é marcada pordeterminações ideológicas, políticas e econômicas queestabelecem traços irreais em se considerando o con-texto atual – restrito e excludente.

Em primeiro lugar, dizer que a globalização é resul-tado exclusivo das forças de mercado e da competi-tividade é falso, uma vez que a história evidencia umfenômeno político-econômico de caráter centralizadoe imperial dominado por poucas potências mundiais.Um exemplo disso é o padrão dólar-ouro nos EstadosUnidos, que, depois da imposição de novas estratégias,fortaleceram o dólar e recuperaram a hegemonia mun-dial – poder maior do governo, portanto – mediantetaxas de câmbio e juros flexíveis. Verifica-se, por con-seguinte, uma explosão financeira – obra material dosmercados – que se torna, invariavelmente, apanágio depoucos numa realidade capitalista.

É improcedente, também, dizer que a globalizaçãoé um fenômeno “global”, ou seja, universal, inclusivoe homogeneizador. As informações acerca do cresci-mento anual do comércio, da realidade de empresastransnacionais – de caráter supranacional – e do resul-tado das fusões e incorporações não são nada otimis-tas. O que se vêem, hoje, são indícios de um processoproblemático: separação do globo em países ricos epaíses pobres; fragmentação econômico-territorial dospaíses; criação de espaços econômicos descontínuos,extrovertidos e menos integrados; desregulações eprivatizações selvagens; aumento da polarização entrepaíses e classes em se tratando da distribuição da ri-queza, da renda e do emprego.

Finalmente, afirmar que a globalização promoveuma redução pacífica e inevitável da soberania dos es-tados nacionais é inverossímil, já que poucos estadosvêm se fortalecendo significativamente e agregandograus de soberania interna e externa, haja vista aassimetria e a hierarquização impostas pelo sistemainterestatal. É nesse contexto que surge a “janela dasoportunidades”, cabendo aos governantes a complexatarefa de buscar estratégias capazes de reafirmar a au-

todeterminação soberana e a consolidação da capaci-dade de influenciar sobre o futuro. Além disso, torna-se necessário dinamizar o sistema econômico por meiode projetos nacionais. Tal atitude poderá, assim, atenuaras imensas disparidades existentes.

(Professor Fernando Moura)

2. Sua vez:

A partir das idéias apresentadas nos textos anterio-res, redija um texto de natureza dissertativa, com ex-tensão mínima de trinta linhas, posicionando-se a respei-to do seguinte tema:

Globalização e países em desenvolvimento: mito?

RESUMINDO

1. DOMINANDO BASES CONCEITUAIS

TEXTO DE APOIO

• Observe o plano de estruturação do seguinte texto:

[Imagens do nosso planeta: na França, acontecerameleições dentro de uma perfeita calma, com a pitada desurpresa necessária para despertar o interesse. No mesmodia, em Ruanda (África Negra), 5 mil ou talvez 8 mil hutusforam assassinados por soldados tutsis, essa mesmaRuanda que no ano passado assistiu a um genocídio tra-duzido em meio milhão de cadáveres.

Ainda no mesmo dia, mas dessa vez na Itália, acon-teceram eleições regionais, enquanto nos Estados Unidosse descobria, com ânsia de vômito, que a carnificina deOklahoma City foi obra de americanos de verdade, patrio-tas, totalmente brancos, que amam as árvores e os pássa-ros. Finalmente em Tóquio, o número dois da seita Aum,Shinri Kyo, suspeito de ter organizado o atentado comgás de combate ao metrô de Tóquio, foi apunhalado porum fanático de extrema direita.]

É difícil para um jornalista descobrir suas âncoras esuas observações entre tantas imagens incompatíveis, cujoespectro abrange desde a rotina eleitoral à mais pura erup-ção de loucura coletiva. Devemos confessar que às ve-zes temos certos escrúpulos de dedicar extensos co-mentários a acontecimentos tão clássicos, simplistas eordenados quanto as eleições presidenciais, por exem-plo, ao mesmo tempo em que a demência do planetanos faz assistir, de Tóquio a Michigan e a Ruanda, aoinício do apocalipse.

Esses acontecimentos tão díspares merecem, no en-tanto, uma interrogação comum. A cerimônia eleitoraltão terna, tão pouco romântica, ocorrida no domingonão extrairia seu mérito precisamente do abominávelespetáculo que nos foi oferecido pelo mundo (Japão,Ruanda), quando a democracia não esteve presente paraerradicar os impulsos da morte e de assassinato quedevastam os homens e as sociedades humanas?

Sem dúvida, a democracia não tem nada de cômi-co. Falta-lhe talento. Ela não conseguiria competir com

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o genial diretor teatral, trágico e sádico, que joga cen-tenas de milhares de crianças perdidas nas suaves coli-nas da África tropical, em Ruanda. É verdade: faltabrilho à democracia. Ela é aborrecida, sem imagina-ção, repetitiva, medíocre. E no entanto...

[No entanto, ela constitui a última proteção, tãofrágil e poderosa ao mesmo tempo, que as sociedadespodem opor ao desencadear de suas pulsões mais som-brias, mais diabólicas. Pulsões que vemos se desenca-dear assim que saltam os marcos da democracia.

É o que ocorre em Ruanda, onde massacres se su-cederam ao fracasso do pacto democrático. No Japão,o crime do metrô foi perpetrado por uma seita antidemo-crática: militarizada, hierarquizada, fúnebre, secreta emórbida. E se a matança de Oklahoma City foi cometi-da num país absolutamente democrático, os EUA, seusatores são homens que declararam guerra principalmen-te à democracia. Esses “bárbaros” brancos, que seautodenominam patriotas, querem voltar aos bons ve-lhos tempos dos pioneiros, do desbravamento das fron-teiras e em seu ódio irracional por Washington – querdizer, pela lei democrática – matam centenas de cida-dãos ao acaso.]

Nesse sentido é que continua sendo, sem dúvida,legítimo escrever longos artigos sobre as eleições de-mocráticas na França ou na Itália. Precisamente paratentar lutar contra essas outras notícias do dia que, deRuanda a Michigan, só nos falam sobre o fascínio damorte.

(Gilles Lapouge. O Estado de S. Paulo. 26/4/1995, A8.)

• Observe, agora, o plano de condensação:

1ª parte (dois primeiros parágrafos) : concomitânciade acontecimentos contraditórios no mundo: rotina elei-toral versus massacres e chacinas;

2ª parte (terceiro parágrafo): escrúpulos do jornalistaem tratar de acontecimentos não espetaculares, quandoacontecimentos dramáticos ocorrem;

3ª parte (quarto parágrafo): o mérito da rotina eleito-ral surge do contraste com os impulsos da morte;

4ª parte (quinto parágrafo): ausência de uma dimen-são espetacular da democracia;

5ª parte (sexto e sétimo parágrafos): democracia – últi-ma proteção contra as pulsões mais sombrias da sociedade,como o comprovam todos os casos de massacres e chacinas;

6ª parte (oitavo parágrafo): validade de escrever arti-gos sobre eleições democráticas – luta contra as pulsõesda morte.

• Possível redação do resumo do texto:

Acontecimentos contraditórios ocorrem todos dias nomundo: de um lado, eleições realizadas na mais absolutaordem; de outro, massacres e atos terroristas. Um jorna-lista, diante desse quadro, sente escrúpulos em tratar deacontecimentos não dramáticos, como eleições.

O mérito da rotina eleitoral, entretanto, surge do con-traste com os acontecimentos que revelam os impulsos damorte. A democracia não tem uma dimensão espetacular.

No entanto, é a última proteção contra as pulsões mais som-brias da sociedade, pois, como o comprovam recentes acon-tecimentos, massacres e atos de terror são devidos à faltade democracia ou ao ódio a ela. O que legitima, portanto,escrever artigos sobre eleições democráticas é que eles fa-zem parte da luta contra o desejo de matar.

(Francisco Savioli e José Luiz Fiorin.

Manual do candidato/Português. Brasília, FUNAG, 1995, p. 214.)

• Distorções conceituais sobre o resumo:

a) Não é um plano, um esquema de notas dispostasem ordem e redigido telegraficamente, ou seja, apartir de palavras-chave.

b) Não é uma colagem de fragmentos do texto origi-nal, um mosaico de frases ou expressões do autor,uma montagem de citações do texto a ser resumi-do, uma justaposição de trechos do original. Nãoreproduza frases inteiras ou segmentos de frases,ainda mais sem aspas.

c) Não constitui uma redução mecânica do texto ori-ginal. Não se deve construir um resumo com tan-tos parágrafos quantos forem os do texto original.Embora a ABNT recomende a redação do resumoem um só parágrafo, não existe tal obrigato-riedade. O plano de estruturação do texto origi-nal é que vai determinar o plano de condensação.

d) Não é um comentário, nem um julgamento de va-lor. É imprescindível que haja submissão ao pen-samento do autor, fidelidade ao sentido do textooriginal. Não se pode fazer objeções, nem críti-cas. Por isso, evite expressões do tipo: “No textolido, o autor comenta...”.

e) Não é uma análise, em que se explica o que o objeti-vo do autor, o modo de argumentação, a forma dedivisão ou estruturação de idéias, etc.

• Concepções corretas acerca do resumo:

a) É um texto redigido com períodos completos quesintetizam, numa determinada proporção, um textomais longo, sem acrescentar-lhe nenhum dado pes-soal, e cuja articulação corresponde à organiza-ção geral do texto original. Nos concursos, reco-menda-se, em geral, que o tamanho do resumocorresponda a 1/4 da extensão do texto a sercondensado.

b) É uma condensação que evidencia o entendimen-to do texto e isso só se demonstra por meio deuma formulação pessoal. Apresentam-se, com suaspróprias palavras, os pontos relevantes do texto.

c) É uma redução do texto original, procurando cap-tar suas idéias essenciais na progressão e no enca-deamento que aparecem no texto. Por isso, pararesumir é preciso estar atento a três aspectos dotexto: suas partes, sua progressão, a conexão en-tre elas.

d) É um texto com características do texto disserta-tivo. Isso significa que o resumo de uma narraçãonão será redigido como uma pequena narração,mas como a explicitação do assunto nela tratado.

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• Passos para a elaboração de um bom resumo:

1. Primeira leitura: ler o texto inteiro, unindo cuida-dosamente os parágrafos afins (Rever o texto apre-sentado e a utilização dos colchetes).

2. Segunda leitura: agora com interrupções, definiro campo lexical e o significado de palavras des-conhecidas. Dar atenção também às palavrascoesivas, isto é, àquelas que estabelecem cone-xões ou retomam o que foi fito (por exemplo, as-sim, mas, por conseguinte, seu, isso, ele, aqui).Ao verificar as conexões entre as partes, percebe-se o movimento do texto, sua progressão, o enca-deamento das idéias.

3. Segmentação: dividir o texto em unidades temá-ticas. Encontrar a divisão mais adequada do texto.

4. Redação: fazer a redação final com suas própriaspalavras. Nela, apresentam-se os temas de cadaparte, encadeados na progressão em que aparecemno texto, respeitando-se as relações estabelecidasentre eles no texto. Cuidado com os períodos lon-gos demais.

5. Recomendação: quando condensar um texto lon-go (solicitação da maioria das bancas elaboradorasde concursos), estruturar o resumo em parágrafos– respeitando-se as orientações acima. Eles dei-xam entrever o plano da condensação realizada.

2. PRATICANDO

Seguindo as orientações e os passos apresentados nes-te capítulo, redija um bom resumo para o texto a seguir:

Estamos à margem da lei?

A descoberta de uma quadrilha de bandidos tra-vestidos de fiscais na Administração Regional de Pinhei-ros, bairro da zona sudoeste de São Paulo, não deve tersurpreendido ninguém. Qualquer pessoa que tenha preci-sado podar uma árvore ameaçadora, retirar entulho, fazeruma pequena reforma ou algo do gênero nessa região játerá experimentado o peso da burocracia organizada paracriar dificuldades com o objetivo de vender facilidades.

Era corrente a idéia de que não adiantava reclamarde bares ruidosos, restaurantes funcionando em locaisimpróprios ou construções irregulares. O alerta dos cida-dãos só ajudava os fiscais a localizar novas fontes de ren-da para si mesmos. E o interesse da cidade? Ora, o inte-resse da cidade... Não espanta a existência da quadrilha,mas a tranqüilidade com que funcionava, com o beneplá-cito do Executivo e do Legislativo, o apoio de maus cida-dãos (sim, pois não há corruptos sem corruptores) e a co-nivência da população, que via a região se deteriorando eachava que as coisas eram “assim mesmo”.

Os fatos são graves, muito graves mesmo. A ocupa-ção indiscriminada do solo e a sua impermeabilização,com vistas apenas a interesses comerciais imediatos, im-plicam a destruição da já rara área verde que a região pos-sui, com graves conseqüências sobre a vida urbana, comoo transbordamento dos córregos (já que a água não temcomo se infiltrar no solo) e a piora do trânsito e de nossajá não tão excepcional qualidade de vida. A abertura debarzinhos em locais proibidos prejudica o sono e a segu-rança da vizinhança, levando para áreas residenciais boê-

mios e arruaceiros, além de ocupar calçadas e até partesda rua com cones, filas duplas e tudo o mais. Ingênuos osque achavam que a prefeitura, por ter poucos fiscais, nãotinha como atacar o problema. Ele era atacado, mas emproveito de gangues organizadas exatamente por quemdeveria lutar contra irregularidades.

Mas há um aspecto que talvez seja o mais grave: ofracasso do Estado exatamente numa das áreas em quesua atuação é insubstituível. Na verdade, a corrupção fazcom que os agentes do governo (no caso, os fiscais), quedeveriam ter por função apenas executar as leis (suposta-mente inspiradas pelo povo e criadas pelo Legislativo),tomem a si o direito de criar seus próprios regulamentos,aplicá-los e tirar proveito pessoal dessa aplicação. É comose houvesse uma lei “para inglês ver” e outra para valer.É só perguntar às centenas de comerciantes que pagavampropina qual poder eles respeitavam.

Infelizmente, o caso dos fiscais não é isolado. Arrancarrecibo de certos dentistas e médicos é quase tão difícil quan-to receber uma nota fiscal de muitas lojas. Máquinas regis-tradoras que não emitem cupons fiscais, só boletos de “con-trole interno”, são comuns, e é freqüente o pedido de umanota fiscal ser recebido com expressão de ódio mortal porparte do comerciante. Esse sentimento de impunidade só podese escudar numa (digamos assim) colaboração estreita comaqueles que teriam por função fazer cumprir a lei.

Isso vale, é claro, para “colaborações” em esferas maiselevadas. Não consigo achar que seja menos do que umescândalo a apropriação indébita do INSS do empregado,descontado da folha de pagamento e não recolhido peloempregador. Vez por outra saem listas dos maiores deve-dores, muitos dos quais empresas da área de comunica-ção, e não posso deixar de imaginar qual seria a contrapar-tida exigida pelos “bondosos” governantes pelo perdãoinformal das dívidas. É, mais uma vez, o funcionário degoverno extrapolando suas funções, corporificando todosos poderes, arrogando-se poderes imperiais, como se aRevolução Francesa não tivesse existido para nada.

De resto, ainda somos um país que tem leis escritasque “não pegam” e leis não-escritas que já pegaram. Le-gislar para o nada é inócuo, na melhor das hipóteses. E, naprática, sempre há algum agente fazendo algum tipo de leifuncionar. Bom exemplo é o de estupradores (ou supostosestupradores) encarcerados. Por mais desprezo que se pos-sa sentir por eles, não é aceitável que sejam postos numacela com a recomendação dos carcereiros para que sejamsodomizados pelos companheiros, como punição pelo seuato. Aqui, temos carcereiros julgando e condenados exe-cutando a lei. Ora, sejamos sérios. Ou os legisladores assu-mem que somos trogloditas e colocam a sodomização comopena para o estupro ou façamos cumprir a lei. Para todos.

(Jaime Pinsky, 59, historiador e editor, doutor e livre-docente

pela Universidade de São Paulo, é professor titular do Departamento

de História da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e

autor de “Cidadania e Educação”, entre outros livros.

E-mail: [email protected])

SÍNTESE

No que diz respeito à síntese, tem-se um texto maiscondensado que o resumo. Nesse sentido, busca-se ape-nas a idéia-núcleo orientadora de todo o texto, ou seja, a

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palavra ou expressão que constitui o núcleo da tese de-fendida pelo autor.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

ORIENTAÇÃO PARA AS QUESTÕES DE TEXTO

1. Ler duas vezes o texto. A primeira para ter noçãodo assunto, a segunda para prestar atenção às par-tes. Lembrar-se de que cada parágrafo desenvolveuma idéia.

2. Ler duas vezes o comando da questão, para saberrealmente o que se pede.

3. Ler duas vezes cada alternativa para eliminar o que éabsurdo. Geralmente um terço das afirmativas o são.

4. Se o comando pede a idéia principal ou tema, nor-malmente deve situar-se no primeiro ou no últimoparágrafo – introdução ou conclusão.

5. Se o comando busca argumentação, deve localizar-se nos parágrafos intermediários – desenvolvimento.

6. Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais sig-nificativo e/ou fazer observações à margem do texto.

Texto I

Questões de 1 a 4

Habeas corpus

No tribunal da minha consciência,O teu crime não tem apelação.Debalde tu alegas inocência,E não terás minha absolvição.Os autos do processo da agonia,Que me causaste em troca ao bem que eu fiz,Chegaram lá daquela pretoriaNa qual o coração foi o juiz.Tu tens as agravantes da surpresaE também as da premeditaçãoMas na minh’alma tu não ficas presaPorque o teu caso é caso de expulsão,Tu vais ser deportada do meu peitoPorque teu crime encheu-me de pavor.Talvez o habeas corpus da saudadeConsinta o teu regresso ao meu amor.

(Orestes Barbosa e Noel Rosa)

1. Com relação à estrutura e às idéias do texto I, julgueos itens abaixo.a) O texto constitui uma paráfrase poética de um jul-

gamento.b) O texto caracteriza-se pelo uso predominante da

linguagem figurada.c) Infere-se do texto que os dois autores contam uma

história real acontecida com eles.d) No texto, um dos autores é o juiz, e o outro é o

advogado de defesa.e) No final do poema, os autores descriminam a ré,

isentando-a de culpa por meio do habeas corpus.

2. Acerca da compreensão e da interpretação das idéiasdo texto I, julgue os itens a seguir.a) Pelo uso dos pronomes “eu” e “tu”, infere-se que o

texto foi estruturado a partir de diálogo ocorridoentre namorados.

b) Alega-se que a ré agia premeditada a surpreenden-temente; por isso, seu castigo será a prisão.

c) O habeas corpus é apresentado, no final, comopossibilidade de reconciliação.

d) No poema, a consciência representa, metaforica-mente, o tribunal, e o coração, o juiz da causa.

e) No poema, não está explícito qual foi o “crime”praticado.

3. Quanto aos aspectos coesivos de referência no textoI, julgue os itens que se seguem.a) A conjunção “E” (v.4) pode ser corretamente

substituída por mas sem prejuízo da coesão tex-tual.

b) O pronome relativo “Que” (v.6) tem como refe-rente semântico “autos do processo” (v.5).

c) Na expressão “as da premeditação” (v.10), o pro-nome demonstrativo na forma plural “as” exerce amesma função sintática que no verso 9.

d) Nos versos 12 e 14, o sentido de causalidade ex-presso pelo termo “Porque” vem explícito nas res-pectivas frases.

e) O advérbio “Talvez” (v.15) admite que a formaverbal “Consinta” (v.16) seja alterada para Con-sente, no modo indicativo.

4. Considerando a hipótese de se alterar a forma de trata-mento no texto I, de “tu” para “você”, sem prejuízo dosentido original, julgue os itens seguintes,a) No verso 3, a forma verbal passaria a ser alega.b) O verso 4 assim seria reescrito: E não terá sua

absolvição.c) O verso 6 poderia assim ser reescrito: Que me cau-

saram em troca do bem que eu lhe fiz.d) Os versos 11 e 12 seriam assim reescritos: Mas na

minh’alma você não fica presa / Porque o seucaso é caso de expulsão.

e) O verso 14 poderia ser alterado para: Porque ocrime dela encheu-me de pavor.

Texto II

Questões de 5 a 7

A espada

A inteligência, o direito, a religião são os três po-deres legítimos do mundo. Eles representam, cadavez um per si, o eu humano, a sociedade humana, e odestino humano, e, associados, as três expressões dahumanidade: a sua evolução mental, a sua existênciana superfície da terra, o misterioso fim do seu de-senvolvimento. Diante deles a força, nas eras não bár-baras, se reduz a uma entidade subalterna, cuja in-tervenção não valerá nunca senão pelos serviços deque a sua obediência for capaz. Para a constituir numaorganização geral, a civilização adotou, como sím-bolo, a espada, coeva das primeiras idades históri-cas, outrora senhora dos povos escravizados, mashoje, nas mãos dos povos livres, criatura das suasleis, dependência da sua administração, instrumentodos seus governos.

Fora daí a espada não é a ordem, mas a opressão,não é a tranqüilidade, mas o terror, não é a discipli-na, mas a anarquia, não é a moralidade, mas acorrupção, não é a economia, mas a bancarrota, nãoé a ciência, mas a incapacidade, não é a defesa nacio-

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nal, mas a ruína militar, a invasão e o desmem-bramento. Isto é, e não poderia deixar de ser; por-quanto com o domínio da espada se estabelece a ne-cessariamente o governo da irresponsabilidade, o ju-bileu dos estados de sítio, a extinção da ordem jurídica,a subalternização da justiça à força.

(R. Barbosa. Escritos e discursos seletos.

Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1975, p, 546)

5. Considerando a tipologia textual do texto II e as re-lações discursivas nele presentes, julgue os seguin-tes itens.a) A inteligência, o direito e a religião, como poderes

legítimos, constituem a idéia central do texto.b) O texto é, na sua totalidade, descritivo-argumen-

tativo.c) De acordo com o texto, a inteligência está para a

pessoa e o direito para a sociedade assim como areligião está para o destino do homem.

d) O texto considera a inteligência, o direito e a re-ligião, isoladamente como forças da humanida-de.

e) A espada como símbolo da força, nas eras bárbarae civilizada, tem significados diferentes.

6. Do ponto de vista da coerência e da coesão, julgue ositens a seguir, relativos ao texto II.a) O pronome “Eles” (l. 2) refere-se a “poderes legí-

timos do mundo” (ls. 1-2).b) Na linha 5, as duas ocorrências do pronome pos-

sessivo “sua” têm “inteligência” (l. 1) como refe-rente.

c) A expressão “Fora daí” (l. 17) recupera a afirma-ção anterior, iniciada em “nas mãos dos povos li-vres” (l. 14).

d) No primeiro período do último parágrafo, as repe-tições da conjunção “mas” servem à ênfase na apre-sentação de contrastes.

e) A expressão “Isto é” (l. 23) introduz vários escla-recimentos a respeito do conteúdo do parágrafoanterior.

7. Considerando a tipologia textual do texto II, julgueos itens abaixo.a) O texto estrutura-se a partir de uma narração de

fatos históricos, concluindo com a definição dosdiversos usos da espada.

b) O texto descreve em detalhes o trajeto da humani-dade desde a idade antiga até a moderna.

c) A estrutura textual apresentada em dois parágra-fos foi insuficiente para o autor esclarecer seus pon-tos de vista.

d) Por apresentar frases e períodos longos, o textonão apresenta unidade de sentido nem coerência.

e) A maioria dos vocábulos utilizados no texto temsentido literal, próprio da linguagem argumen-tativo-dissertativa.

Texto III

8. Dentro de uma acepção ampla do vocábulo legisla-dor, havemos de inserir as manifestações singulares

e plurais emanadas do Poder Judiciário, ao exarar suassentenças e acórdãos, veículos introdutórios de nor-mas individuais a concretas no sistema do direitopositivo. O termo abriga também, na sua amplitudesemântica, os atos administrativos expedidos pelosfuncionários do Poder Executivo e até os praticadospor particulares, ao realizarem as figuras tipificadasna ordenação jurídica.

(Paulo de Barros Carvalho Curso de direito tributário– com adaptações.)

Com relação aos aspectos sintáticos e semânticos dotrecho acima, julgue os itens subseqüentes.a) Não se altera o sentido original, se a expressão

“havemos de inserir” (l. 2) for reescrita como te-mos de inserir.

b) A expressão “manifestações singulares e plurais”(ls. 2-3) equivale a manifestações no singular eno plural.

c) O trecho “O termo abriga também, na sua amplitu-de semântica” (ls. 6-7) admite a seguinte reescritura,sem alteração de sentido: Na sua extensão semân-tica, o vocábulo comporta também.

d) Sem alteração do sentido original, o fragmento “aorealizarem as figuras tipificadas na ordenação jurí-dica” (ls. 9-10) pode assim ser reescrito: realiza-ram as figurações típicas da ordem jurídica.

e) Um título adequado ao texto seria A abrangênciaconceitual da palavra legislador.

Texto IV

Questões 9 e 10

Ética

A ética vem do latim e do grego, ethica e ethiké.Em grego, significa a casa, a moradia, lugar de aconchego,um refúgio onde nós, humanos, vamos e nos desarmamos;onde tiramos as armas do dia-a-dia, depois de um períodode luta, de trabalho. Deixamos os nossos uniformes e nossentimos bem. Então a ética é essa casa, que nósprecisamos cultivar, esse espaço externo. E ethica (ethiké,no grego, um pouco mais tarde, significava o espaçointerno, o espaço da reflexão) é o espaço do aconchego, éa busca de uma identidade dentro de uma certacomunidade. De um lado, a ética global trata da casaexterna; portanto, do nosso planeta. E, por outro lado,trata do nosso planeta interno, sempre inacabado, semprese formando ao lado do outro, junto com o outro.

A ética é uma arte, a arte da convivência de um como outro. Ética, cidadania e cultura da sustentabilidadedevem estar juntas. A sustentabilidade e a planetariedadesão categorias fundamentais para o futuro. E a Carta daTerra serve como um instrumento nesse poderoso processode empoderamento que nós precisamos construir paratermos um só povo, uma só nação no planeta, onde todosos cidadãos possam viver com justiça e eqüidade, e possamse sentir felizes. Possam construir o seu projeto de vida.

A Carta da Terra deve, de certa forma, contemplaros desejos mais bonitos dos seres humanos que vivemneste planeta. E talvez o desejo mais profundo dahumanidade hoje, na crise da ética, na crise de valores, na

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crise de paradigmas, seja criar uma sociedade solidária.Seja criar uma cultura da paz. Uma paz duradoura, que sóse sustenta com a justiça social, econômica e política, é oque a gente espera do movimento pela Carta da Terra.

Moacir Gadotti. Conferência eletrônica sobre ética global,desenvolvimento sustentável e Carta da Terra, nov. 1999.

Internet: <http://www.earthcharter.org.> Acesso em 21/4/2003com adaptações.

9. A partir da leitura do texto IV, julgue os seguintes itens.a) No primeiro parágrafo, o autor utiliza palavras de

sentido bélico para criar suas imagens.b) No início do segundo parágrafo, “cidadania” e

“cultura” podem ser consideradas como artes dasustentabilidade.

c) Segundo o texto, a paz é incompatível com asjustiças social, econômica e política.

d) A Carta da Terra é um tratado de agronomia, cujoobjetivo é viabilizar o cultivo, com eqüidade, dasterras aráveis do planeta.

10. Acerca das funções e das estruturas lingüísticas dotexto IV, julgue os itens abaixo.a) No segundo período, existe coordenação de termos

e de orações.b) Considerando a progressividade da argumentação

do texto, o conector “portanto” (l. 12) foi emprega-do como sinônimo de todavia.

c) São substantivos abstratos os seguintes vocábulos:“sustentabilidade” e “planetariedade”, (ls. 17) e“empoderamento” (l. 20).

d) O vocábulo “empoderamento” (l. 20) é um neo-logismo formado por parassíntese.

e) No segmento “na crise da ética, na crise de valores,na crise de paradigmas” (ls. 27-28), a substituiçãodas expressões sublinhadas por ética, valorativae paradigmática, respectivamente, não altera osentido original com que as locuções foramempregadas no texto.

Texto V

Questões 11 e 12

Rinha de galos

Um sujeito vai assistir a uma rinha de galos.Quando ele entra no ringue, estão todos prontos parainiciar um embate entre dois galos, um branco e outrovermelho. O cara fica a fim de apostar e pergunta praum capiau ao lado:

– Qual é o galo bom?– O bom é o branquinho – responde o capiau.O sujeito aposta no galo branco, e a rinha

começa. O galo vermelho sai enchendo o branquinhode bicadas. O cara fica surpreso e pergunta pro capiau:

– Tu não falou que o bom era o branquinho?– O branco é bom, mas o vermelho é mau para

caramba!Revista Céu Azul, n. ??, p. 54 (com adaptações)

11. Considerando no texto V, as variações lingüísticas,bem como suas implicações nos níveis e aspectos designificação vocabular e textual, julgue os itenssubseqüentes.a) O sentido de “capiau” (l. 5) é de espertalhão,

manipulador.

b) Se for reescrita em discurso indireto, a primeirafala do capiau (l. 7) fica assim: O capiaurespondera que o bonzinho era o branco.

c) Para caracterizar os temperamentos dos galos, oautor se serve de associaçõse cromáticas relacio-nadas aos conceitos de paz e de luta.

d) Os vocábulos “pra” e “pro” são formas variáveiscoloquiais para a contração de uma conjunção, paracom o artigo definido, as quais também podem sercorretamente escritas como p’ra , prá e p’ro .

e) A expressão “mau pra caramba” (ls. 12-13)apresenta-se como uma forma variante coloquialdo superlativo absoluto analítico muito mau.

12. Considerando a tipologia textual, os fatores detextualidade e as estruturas morfossintáticas e semân-ticas do texto V, julgue os itens que se seguem.a) O autor apresentou o protagonista no primeiro

parágrafo com o uso de artigo indefinido, maspoderia tê-lo feito, sem perda para a coerência danarrativa, com o uso de artigo definido.

b) Do ponto de vista da norma culta, o primeiroperíodo do texto pode ser assim redigido:Umsujeito vai assistir uma rinha de galos.

c) Na linha 12, há um erro de concordância verbal.d) Julgue se a descrição das personagens a seguir,

inferida do texto, está correta:“sujeito”:

deseja ganhar a aposta, provavelmente não vaiconseguir o que quer, imprevidente.

“capiau”:deseja que o outro não ganhe, provavelmente,vai conseguir o que quer, astuto.

Texto VI

Questões 13 e 14

Liberdade com responsabilidade(ou ar com oxigênio)

Comecemos pelo bordão que prega “Liberdadecom responsabilidade”. É uma tautologia. É como fa-lar de “ar com oxigênio”. A liberdade é irmã siamesada responsabilidade. Uma está para a outra como oselo para o envelope, sem um, o outro não segue seude destino. Quem não é responsável, quem não mane-ja com senso de vida em sociedade os confrontos entreinstinto e cultura, não é livre, e muito menos responsá-vel. Podemos ser grotescamente responsáveis sem serlivres, mas é impossível ser altivamente livre de formairresponsável. Aí seremos, em um exemplo fácil, cri-minosos, desrespeitadores, abusivos, invasivos e tudomais que nós jornalistas gostamos de ser.

Notícia de interesse público não se confunde comnotícia de interesse do público. O público tem o di-reito de ser informado sobre quase tudo, e esse man-dato a sociedade dá à imprensa: agir em nome dela eaté importunar pessoas (sobretudo autoridades) parainformar o público. A diferença é que a curiosidadedo público, às vezes mórbida e sórdida, não tem li-mites, mas a imprensa deve ter.

A indústria da mídia e os jornalistas precisamaprender a delimitar a liberdade de imprensa e enten-der que, depois de apurada, editada e publicada umanotícia, livremente, devem responder por ela no mes-mo figurino democrático que talha a liberdade de im-prensa. A saída fácil e autoritária é repudiar qualquer

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legislação democrática que instrumentalize o direitodos cidadãos de enfrentar os erros, a prepotência e amanipulação das notícias.

Instituto Gutemberg. Congresso Internacional de Jornalistas.Recife, maio 1995, (com adaptações)

13. Com relação ao texto VI, julgue os itens a seguir.a) Por estar distribuído em três parágrafos, evidencia-

se que o texto é um todo bem estruturado, umavez que apresenta, corretamente, as três partesessenciais de um texto: introdução, desenvolvi-mento e conclusão.

b) O autor do texto circunscreve o assunto abordadoà área de circulação da indústria gráfica.

c) Já que a sociedade não pode ter acesso direto atodo tipo de informação, ela outorga à imprensa atarefa de obtê-la para, a seguir, repassá-la ao pú-blico.

d) Para o autor, a indústria da mídia é livre e não devesubmeter-se a nenhum tipo de legislação democrá-tica.

14. A respeito das idéias e das estruturas sintáticas dotexto VI, julgue os seguintes itens.a) A linguagem figurada da construção “A liberdade

é irmã siamesa da responsabilidade” (ls. 3-4)decorre de sua estrutura predicativa.

b) Nas linhas 14 e 15, os termos “público” e “do público”,ambos usados após “interesse”, embora exerçamfunções sintáticas diferentes, têm o mesmo sentido.

c) No texto, a palavra “mandato” (ls. 16-17) significaperíodo de exercício de um cargo eleitoral.

d) Há equivalência semântica entre “sobretudoautoridades” (l. 18) e sobre tudo as autoridades.

e) Na linha 20, a coordenação estabelecida pelaconjunção “e” tem caráter de ênfase, uma vez queas palavras “mórbida” e “sórdida” são sinônimas.

Texto VII

Questões de 15 a 17

Os estados e a União não têm recursos para coi-sa nenhuma. Hoje em dia, com essa preocupaçãoneoliberal de Estado mínimo, de redução das ativida-des públicas, de sucateamento da máquina pública,eu faço uma pergunta: se todas as atividades ficas-sem com a iniciativa privada e o Estado fosse reduzi-do a uma única atividade, qual seria essa atividade?A justiça, administrar a Justiça. E isso pressupõe se-gurança. Se o Estado abdicar de uma dessas funções,ele simplesmente deixa de ser Estado. A palavra Es-tado existe desde Maquiavel e significa uma naçãocom um governo institucionalizado e dotada de esta-bilidade. Estado e estabilidade têm a mesma raiz. UmEstado que deixa de ter estabilidade deixa de ser Es-tado. E um Estado que deixa de ter segurança públicadeixa de ter estabilidade.

Flávio Bierrenbach. Entrevista. In: Folha de S. Paulo,6/8/2001, A4 (com adaptações)

15. Quanto às idéias do texto VII, julgue os seguintes itens.a) Os recursos dos estados são inversamente propor-

cionais aos recursos da União.b) A “redução das atividades públicas” (ls. 3-4) é

decorrência de uma “preocupação neoliberal deEstado mínimo” (ls. 2-3).

c) Quanto mais antigo o Estado, mais atividades sãodeixadas à iniciativa privada.

d) Nação com governo institucionalizado + estabi-lidade = Estado.

e) Se há estabilidade, há segurança pública; se háEstado, há segurança pública e estabilidade.

16. A respeito da organização das idéias do texto VII,julgue os itens a seguir.a) Na linha 1, o uso do acento gráfico na forma verbal

“têm” indica que, no texto, o verbo está concor-dando com o sujeito simples “União”.

b) Respeita-se a idéia de negação e a correção gramaticalao se substituir “nenhuma” (l. 2) por alguma.

c) Para respeitar as regras de pontuação, se, no lugarda expressão “uma pergunta” (l. 5), for usada aexpressão a seguinte pergunta, então uma vírguladeve ser usada no lugar dos dois-pontos.

d) Pelo sentido textual, a forma verbal subentendidano início da oração “A justiça, administrar aJustiça” (l. 8) é Seria.

e) O pronome “isso” (l. 8) tem a função textual deretomar e resumir as idéias expressas pela perguntadas linhas de 5 a 7.

17. No texto VII, a correção sintática do período “Se oestado abdicar de uma dessas funções, ele simples-mente deixa de ser Estado” (ls. 9-10) será mantida sesuas formas verbais “abdicar” e “deixa” foremsubstituídas, respectivamente, por abdicasse ea) deixará.b) deixaria.c) deixasse.d) iria deixar.e) terá deixado.

Texto VIII

Questões 18 e 10

A denúncia da Anistia Internacional quanto àprática, no Brasil, de torturas e execuções por esqua-drões da morte de modo algum surpreende as autori-dades governamentais. É fato notório que as viola-ções aos direitos humanos se sucedem no país comfreqüência indesejável, embora diante da reação in-dignada da sociedade e dos órgãos oficiais e encarre-gados de reprimi-las. Desde a criação da comissãode Defesa de Direitos Humanos no âmbito do Minis-tério da Justiça, já lá se vão mais de três anos, osatentados contra a dignidade e incolumidade físicadas pessoas têm diminuído.

Com o restabelecimento da legalidade democrá-tica, após os anos de vigência do regime militar, ins-talou-se outro comportamento. Leis específicas e

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ações concretas têm sido adotadas para prevenir epunir os desrespeitos às prerrogativas humanas dapessoa. Os inquéritos de organizações internacionaisem torno do problema passaram a servir de impulsoao sistema de garantias contra abusos do gênero.

Direitos humanos. “Opinião”. In. Correio Braziliense,

20/6/1999, p. 30 (com adaptações)

18. No texto VIII, o objeto da denúncia da AnistiaInternacional é explicitado de várias maneiras. Emcada um dos itens abaixo, julgue se o trecho destacadocorresponde ao objeto da denúncia.a) “à prática (...) de torturas e execuções por

esquadrões da morte” (ls. 1 a 3).b) “violações aos direitos humanos” (ls. 4-5).c) “atentados contra a dignidade e incolumidade física

das pessoas” (ls. 11-12).d) “legalidade democrática” (ls. 13-14).e) “desrespeitos às prerrogativas humanas da pessoa”

(ls. 17-18).

19. Quanto à correção gramatical e à preservação dossentidos textuais do texto VIII, seria correto subs-tituir.a) “modo algum” (l. 3) por algum modo.b) “as violações aos” (ls. 4-5) por violar aos.c) “já lá se vão” (l. 10) por há.d) “têm diminuído” (l. 12) por diminuiu .e) “humanas da pessoa” (ls. 17-18) por das pessoas

humanas.

Texto IX

Questões de 20 a 22

Se o delírio capitalista exacerba a competiçãoexcludente, promove a desumanização ao trocar afe-tos e sentimentos por competência desligada de con-sideração ética e potencializa a acumulação econô-mica que esvazia o significado da vida, o que nosoferece o terror?

Haverá quem diga que o capitalismo, promoven-do a miséria na lógica que implanta, também é frio, ede forma duradoura.

Sucede que a ordem vigente no mundo, até ocor-rer a barbárie planejada para ser exposta frente àscâmaras de televisão mundiais, era a que fomos cons-truindo – nada mais nada menos. Como tem sido aconstrução? Iniciativa e proveito de uns. Omissão demuitos. Incapacidade de construir alternativas efeti-vas, reforçada pela crítica ácida e destrutiva sobrequem ousa propor e executar inovações. Louvaçãode princípios humanos que engoliram pouco a pou-co os seres humanos, como aqueles que colocamorganizações e suas regras acima do humano, dadefesa de Estados que promovem o terror do Esta-do em múltiplas formas, contra o cidadão, domi-nação dos povos, uns sobre os outros, ódios mera-mente humanos que são potencializados invocando-se a divindade.

Roseli Fischman. Tempo de chamar por paz. In: CorreioBraziliense. 17/9/2001, p. 5 (com adaptações)

20. Quanto às estruturas sintáticas empregadas no textoIX, julgue os itens que se seguem.a) A oração principal do primeiro parágrafo do texto

é “o que nos oferece o terror?” (ls. 5-6).b) A primeira oração do texto expressa uma circuns-

tância, no caso, uma condição.c) Pelas ligações sintáticas, subentende-se a idéia da

expressão “Se o delírio capitalista” no início dasegunda oração do texto.

d) Seria correto o deslocamento da oração destacadapor vírgulas nas linhas de 10 a 12 para imedia-tamente após “que” (l. 10), mantendo-a entrevírgulas.

e) Mantém-se o sentido textual se as duas oraçõessintaticamente independentes iniciadas nas linhas14 e 15 por “Omissão” e por “Incapacidade” foremunidas pela conjunção e.

21. A respeito dos mecanismos de coerência e coesão naargumentação do texto IX, julgue os itens a seguir.a) Iniciar o texto por uma pergunta constitui um

defeito de argumentação, que deve ser evitadoporque levanta uma expectativa não-respondidatextualmente.

b) O raciocínio iniciado por “Haverá quem diga” (l. 7)representa a tese, a idéia a ser defendida pelo autor.

c) Em “a que fomos construindo” (ls. 12-13), o termosublinhado refere-se a “ordem vigente no mundo”(l. 10).

d) A resposta a “Como tem sido a construção?”(ls. 13-14) é dada, até o final do texto, na formade uma enumeração de argumentos iniciados porsubstantivos.

e) O texto sustenta sua tese em citações indiretas dasidéias de outros pensadores ou autores.

22. Julgue os itens abaixo quanto às estruturas dotexto IX.a) Na linha 16, a substituição do trecho “reforçada

pela” por embora haja acarretaria prejuízo àcoerência do texto.

b) A substituição da preposição “sobre” (l. 16) por apreserva a correção gramatical e as relaçõessemânticas da oração em que ocorre.

c) Por ser opcional o uso do sinal indicativo de craseem certas expessões, preserva-se a correção gra-matical ao se escrever pouco à pouco, nas linhas18 e 19.

d) O valor semântico de “como” (l. 19) é explicativo,semelhante a porque.

e) A preposição “contra” é subentendida no início dosseguintes termos da enumeração iniciada na linha 22:“[contra] dominação”, “[contra] uns”, “[contra] ódios”.

Texto X

Confúcio ensinava que, ao observarmos um ho-mem magnificamente digno e virtuoso, podemos nosregozijar, porque qualquer um da mesma sociedade –ou da espécie humana – poderá atingir o mesmo graude dignidade e virtude. Alertava, porém, que, da mes-ma forma, devemos ficar alertas quando vemos alguémextremamente vil, pois equivalente vileza poderá serencontrada em qualquer um. Ou seja, não estamos iso-lados sobre a face da Terra. Quem de nós se eleva ele-va os demais, quem de nós decai leva consigo todos.

Idem, ibidem.

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23. Julgue os itens seguintes com relação à organizaçãodas idéias no texto acima.a) A expressão “o mesmo grau” (l. 4) remete a

“magnificamente” (l. 2).b) Subentende-se “Confúcio” como sujeito de “Aler-

tava” (l. 5).c) Na linha 6, a concordância de “alertas” com

“devemos” é gramaticalmente opcional: aí tambémé possível empregar alerta.

d) Na linha 7, a relação morfológica entre “vil” e“vileza” é semelhante à que existe entre torpe etorpeza e entre triste e tristeza.

e) Nas linhas 9-10, as duas ocorrências consecutivasde “eleva” estão gramaticalmente corretas.

Texto XI

Nos séculos XVI e XVII, os escritos dos cha-mados fundadores do Direito Internacional sustenta-vam o ideal da civitas maxima gentium, constituídade seres humanos organizados socialmente em esta-dos e coextensiva com a própria humanidade. Ne-nhum Estado pode considerar-se acima do Direito,que cujas normas têm por destinatários últimos osseres humanos.

Antônio Augusto Cançado Trindade. O acesso direto à justiçainternaiconal. In: Correio Braziliense, 6/8/2001, “Direito &

Justiça”, p. 1 (com adaptações).

24. A respeito das estruturas lingüísticas do texto acima,julgue os itens subseqüentes.a) Nas linhas 2 e 3, a forma verbal “sustentavam”

está empregada no plural porque deve concordarcom “fundadores”.

b) Pelo caráter explicativo da oração, seria corretoincluir a expressão que era imediatamente antesde “constituída” (l. 3).

c) O emprego da inicial maiúscula na palavra“Estado” (l. 6) constitui uma violação das regrasgramaticais, uma incoerência, já que a ocorrênciana linha 4, no plural inicia-se por minúscula.

d) Na linha 7, o pronome “cujas” corresponde a emque e refere-se a “Estado”.

e) O emprego textual de “últimos” (l. 7) significa queo Estado e o Direito vêm antes dos seres humanose são mais importantes que eles.

Texto XII

Como se tornar o número l

Chegar ao posto mais alto de uma empresa não étarefa para acomodados. Exige talento, dedicação,persistência e principalmente uma boa dose de sacri-fício. Segundo consultores de recursos humanos, é jus-tamente esse empenho e espírito de liderança que asempresas valorizam nos ocupantes de cargos mais al-tos. “A pessoa deve ter iniciativa, capacidade de to-mar decisões, fazer as coisas acontecerem”, diz o di-retor da Top Human Resources, de São Paulo.

A qualificação profissional também é um dos princi-pais aspectos para se alcançar o posto mais alto. “Qual-quer executivo tem de investir sempre em sua educa-ção”, enfatiza outro diretor de recursos humanos. “Se-não você será um computador sem software”, completa.

Traçar metas profissionais é outro aspecto funda-mental para quem quer chegar ao topo. Nesse caso, aambição acaba sendo uma boa aliada.

A intuição também é uma boa arma na hora de darum palpite em uma reunião. E, quem sabe, pode valeraquela promoção esperada...

Conhecer passo a passo cada etapa do processo de pro-dução da empresa e do setor é um dos principais fatoresque levaram M. C. P. a uma carreira bem-sucedida.

Ele aponta ainda a importância de valorizar oscolegas “Ninguém consegue as coisas sozinho. É fun-damental reconhecer a participação do grupo e sem-pre motivá-lo”.

A primeira regra da cartilha daqueles que anseiamalcançar um alto cargo em uma corporação, de acordocom esses consultores, é não permanecer estagnado emuma função ou empresa por um longo período.

(Daniela Paiva. Emprego e formação Profissional. In CorreioBraziliense 23/6/2002 – com adaptações.)

25. Considerando o desenvolvimento das idéias do textoXII, julgue a pertinência das inserções sugeridas emcada parágrafo indicado nos itens abaixo, de modo apreservar os argumentos utilizados, as relações de co-esão a coerência e a correção gramatical do texto.a) Ao final do segundo parágrafo: Ciente disso, o

economista R. B. nunca passou mais de um anosem participar de algum tipo de especializaçãoe considera que a aprendizagem é que vai per-mitir que alguém permaneça na função e obte-nha resultados melhores.

b) Ao final do terceiro parágrafo: “Pois, se não sabeo que quer, dificilmente o profissional vai al-cançar uma função significativa”, alerta umconsultor paulista.

c) Ao final do quarto parágrafo: “Correr riscos combom senso e ter uma boa percepção são necessá-rios para se tornar um líder”, acrescenta umdiretor da Executive Search.

d) Ao final do quinto parágrafo: Ele planejou, deta-lhe por detalhe, sua carreira de executivo naAXIOM Corporation, qualificando-se por meiode MBA e dedicando tempo, além do horáriode expediente, ao aprimoramento de línguas epesquisas sobre o mercado.

e) Ao final do sexto parágrafo: O executivo da CBI,J. S., concorda com M. C. P. e acrescenta: “Vocêtem de reconhecer a importância de cada um eas dificuldades de sua equipe”.

26. Julgue os itens subseqüentes com relação aos recur-sos de coesão textual e à adequação das palavras a dapontuação utilizadas no texto XII.a) O adjetivo “acomodados” (l. 2) está empregado,

textualmente, em oposição ao conjunto de substan-tivos expressos em “talento, dedicação, persistên-cia e principalmente uma boa dose de sacrifício”(ls. 2 a 4), que, por sua vez, podem ser interpreta-dos como resumidos em “esse empenho” (l. 5).

b) Para que o texto fosse adequado ao tema e aosleitores em potencial, o estilo muito informal delinguagem e, especialmente, o título deveriam so-frer ajustes retóricos de modo a se tornarem maiscoerentes com o gênero argumentativo utilizado.

c) O emprego de “outro” (l. 15), “também” (l. 18) e“ainda” (l. 24) mostra que diferentes classes gramati-

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cais podem desempenhar a função de manter a coesãotextual entre os parágrafos e no texto como um todo.

d) Ao usar, tão freqüentemente, o recurso do discursoalheio, o autor do texto toma o cuidado de marcar poraspas aquelas afirmações acerca das quais não temmuita certeza ou que são empregadas com ironia.

e) De acordo com o desenvolvimento da argumenta-ção, a troca de lugar entre o último período sintá-tico do texto (ls. 28-31) e o primeiro (ls. 1-2) pre-servaria a coerência e a coesão textuais.

27. Alguns fundamentos do modelo americano de negó-cios idolatrados na década de 90 do século XX sãoatualmente condenados.

(Adriana Carvalho. Os novos pilares do capitalismo.In Veja. 31/07/2002, p. 90 - 1 – com adaptações.)

Considerando as informações do quadro acima, jul-gue os itens a seguir quanto à manutenção das idéiasoriginais e à correção gramatical.a) Diferentemente de agora, os aspectos executivos,

potencial de crescimento e contabilidade apresen-tavam, nos anos 90 do século passado, caracterís-ticas em que predominavam, respectivamente, opoder absoluto, empresas de alta tecnologia quevaliam bilhões de dólares a balanços de risco.

b) Atualmente, o modelo americano, quanto às ca-racterísticas dos executivos, tornou-se maisabrangente, de personalidade menos cultuada aolíder empresarial, cujas decisões colegiadas sãomais transparentes.

c) A década de 90 do século XX foi dominada porgurus bilionários, de poder absoluto, que chega-vam a ganhar 400 vezes mais que a média dosempregados da empresa. Hoje, com o fim do cultoà personalidade do líder empresarial, as decisõestendem a ser colegiadas e transparentes.

d) As empresas que hoje têm sede, faturamento e lu-cro – são avaliadas por seus resultados –, na déca-da passada não tinham sede própria mas apresen-tavam faturamento de bilhões de dólares.

e) Como hoje as empresas de auditoria regulam asgrandes empresas e as agências governamentais, acontabilidade agressiva foi superada e tende-se aevitar os riscos e mesmo as fraudes que já estoura-ram sem parar.

Texto XIII

Questões 28 e 29

Assinale certo (C) ou errado (E) para as alternativas abaixo.

O nome é um pouco esquisito, mas se trata de

algo bastante conhecido: hoax é sinônimo de boatono mundo digital. Quem nunca recebeu mensagensdifamando empresas ou noticiando o caso do garotocom câncer? Ou então a história de ter os rins retira-dos e acordar em uma banheira de gelo, que, no final,ainda pede para enviar o e-mail para os amigos? Nun-ca se sabe como os boatos surgem. Dizem os espe-cialistas que o prazer de quem envia boatos por e-mail é receber as histórias escritas por eles mesmosdepois de algum tempo. Se isso serve de consolo aosusuários que um dia já acreditaram em boatosinternéticos, um grande jornal impresso paulista – nãoa Folha – chegou a noticiar um, como se fosse umanotícia verdadeira. Tratava-se de um e-mail dizendoque as escolas norte-americanas ensinavam a suascrianças que a Amazônia não era de fato brasileira.Segundo a mensagem, essa área era de controle in-ternacional. É claro que, depois de sua publicação, afalsa notícia ganhou contorno de realidade. Mas umboato internético é tão confiável quanto o boato con-vencional. A melhor proteção contra ele é nunca pas-sar adiante mensagens com conteúdo duvidoso. Nadúvida, delete a mensagem.

(Mensagem circulada pela Internet, em dezembro de 2001,

com adaptações)

28. A partir das idéias explícitas e implícitas no texto XIII,julgue os itens abaixo.a) A grande maioria das pessoas que vivem nos

centros urbanos costuma receber mensagenseletrônicas apelativas, com propagandas deinstituições comerciais ou com solicitações deauxílio, principalmente envolvendo crianças e (ou)velhos doentes.

b) A circulação de algumas mensagens, como a de seter os “rins retirados e acordar em uma banheira degelo” (ls. 5 e 6), de caráter jocoso e assustador, podepartir do princípio de que alguns usuários desse tipode comunicação são ingênuos – acatam e divulgam,sem julgamento prévio, tudo o que lêem.

c) Embora os destinatários possam ignorar a realprocedência e a veracidade das informações dacorrespondência, geralmente os remetentes últimospodem ser reconhecidos pelos recebedores que, apartir dos dados do endereçamento, acompanhamas informações de quem a enviou.

d) Segundo os especialistas, o prazer daqueles queinventam e fazem circular histórias de fundoapelativo ou informativo é transformarem-se emdestinatários das mensagens por eles próprioscriadas.

e) As melhores maneiras de se prejudicar ou impedira expansão de um boato internético, de conteúdotão incerto quanto o de um boato convencional,são impedir-lhe a circulação, interrompendo ocircuito comunicacional, e apagar a mensagem.

29. Com referência ao emprego das classes gramaticaisno texto XIII, julgue os itens a seguir.a) Infere-se do texto que “hoax” ( l .2) é um

Atualmente

O culto à personalidade do líder em-presarial acabou. As decisões tendema ser colegiadas e transparentes.

As empresas devem ter faturamen-to, lucro, sede, empregados e se-rem avaliadas por seus resultados.

Há propostas para que as empresasde auditoria e contabilidade sejam re-guladas por uma agência governa-mental para tentar impedir fraudes.

Anos 90 - século XX

Década dominada por gurus bilionáriosque chegavam a ganhar 400 vezes maisque a média dos empregados da empre-sa. Tinham poder absoluto.

Mesmo sem faturamento expressivo,lucro ou sede própria, empresas de altatecnologia chegaram a valer bilhões dedólares.

Inovou-se tanto nos balanços que daagressividade se foi ao risco daí às frau-des que estouraram sem parar.

Aspecto

Executivos

Potencial deCrescimento

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substantivo usado pelos internautas para designarnotícia de fonte desconhecida, muitas vezesinfundada.

b) São formas verbais flexionadas as seguintespalavras: “difamando” (l. 4), “receber” (l. 10),“consolo” (l. 11), “impresso” (l. 13), “contorno”(l. 20) e “delete” (l. 24).

c) Considerando que certos pronomes demonstrativosrelacionam-se com passagens discursivas, oemprego de “isso” (l. 11) está inadequado: deveriater sido usado o isto, uma vez que se está anteci-pando algo que vai ser referido.

d) O adjetivo “internéticos” (l. 13) é um neologismo,composto por hibridismo do vocábulo internetcom o sufixo latino éticos.

e) Em cada uma das seguintes expressões, osconstituintes nominais mantêm, entre si, quanto àclassificação gramatical, a mesma seqüência:“histórias escritas” (l. 10), “boatos internéticos”(ls. 12-13), “notícia verdadeira” (l. 15), “escolasnorte-americanas” (l. 16), “controle internacional”(ls. 18-19), “boato convencional” (ls. 21-22) e“conteúdo duvidoso” (ls. 23).

Texto XIV

Questões de 30 a 32

Estive fazendo um levantamento de todas asmensagens que me enviaram pela Internet e observeicomo elas mudaram a minha vida.

Primeiro, deixei de ir a bares e boates por medode me envolver com alguém ligado a alguma quadri-lha de ladrões de órgãos, com terror de que me rou-bem as córneas, arranquem-me os dois rins, ou atémesmo esperma, deixando-me estirado dentro de umabanheira cheia de gelo com uma mensagem: “Chamea emergência ou morrerá”. Em seguida, deixei tam-bém de ir ao cinema, com medo de sentar-me em umapoltrona com seringa infectada com o vírus da AIDS.

Depois, parei de atender o telefone para evitarque me pedissem para digitar *9 e minha linha serclonada e eu ter de pagar uma conta astronômica.Acabei dando o meu celular porque iriam me presen-tear com um modelo mais novo, de outra marca, oque nunca aconteceu. Então, tive de comprar outro,mas o abandonei em um canto com medo de que asmicroondas me dessem câncer no cérebro.

Deixei de comer vários alimentos com medo dosestrógenos. Parei de comer galinha e hambúrgueresporque eles não são mais que carne de monstros hor-ríveis sem olhos, cabeludos e cultivados em um la-boratório.

Deixei de ter relações sexuais por medo de com-prar preservativos furados que me contagiem comalguma doença venérea. Aproveitei e abandonei ohábito de tomar qualquer coisa em lata para não mor-rer devido aos resíduos infectados pela urina de rato.

Deixei de ir aos shoppings com medo de queseqüestrem a minha mulher e a obriguem a gastartodos os limites do cartão de crédito ou coloquemalguém morto no porta-malas do automóvel dela.

Eu participei arduamente em uma campanhacontra a tortura de alguns ursos asiáticos que tinhama bílis extraída, e contra o desmatamento da florestaamazônica.

Fiquei praticamente arruinado financeiramente porcomprar todos os antivírus existentes para evitar que amaldita rã da Budweiser invadisse o meu micro ou queos Teletubies se apoderassem do meu protetor de tela.

Quis fazer o meu testamento e entregá-lo ao meuadvogado para doar os meus bens para a instituiçãobeneficente que recebe um centavo de dólar por pes-soa que anota seu nome na corrente pela luta da inde-pendência das mulheres no Paquistão, mas não pudeentregar porque tive medo de passar a língua sobre acola na borda do envelope e contaminar-me com asbaratas ali incubadas, segundo me haviam me infor-mado por e-mail.

E acabei acreditando, como se não bastasse, quetudo de ruim e de injusto que me aconteceu é porquequebrei todas as ocrrentes ridículas que me enviarame acabei sendo amaldiçoado. Resultado: estou em tra-tamento psiquiátrico.

(Mensagem circulada pela Internet, em dezembro de 2001,com adaptações.)

30. Comparando os textos XIII e XIV quanto às idéias, àtipologia textual e às relações discursivas, julgue osseguintes itens.a) No texto XIII, predomina a construção expositiva

do tema, com o intuito de advertir o leitor acercados boatos circulantes em correspondênciaseletrônicas; no texto XIV, no entanto, tem-se umaestrutura eminentemente narrativa, em que apersonagem recebedora desse tipo de mensagemexpõe as limitações e os vexames passados, emdecorrência de dar crédito ao conteúdo dos e-mail.

b) Com respeito ao assunto e ao enfoque dado ao tema,o texto XIV constitui uma paráfrase, expandida,do texto XIII.

c) Distinta da estruturação do texto XIII, a constitui-ção do texto XIV está embasada em uma seqüênciade relações de conseqüências com suas respectivascausas.

d) O segundo parágrafo do XIV apresenta, por meiode uma construção perifrástica, uma referênciadireta a uma informação explícita no texto XIII.

e) Há, em cada um dos dois textos, com referência aoconteúdo dos e-mail, alusões aos seguintes aspectos:finalidades publicitárias, solicitação de auxílios paracasos de doenças graves, advertências quanto à saúde,troca de mensagens de amizades, preocupação políticae ecológica e ampliação das fontes de consulta.

31. Julgue se os itens que se seguem respeitam as idéias bási-cas do texto XIV e estão gramaticalmente corretos.a) No que diz respeito às telecomunicações, o

narrador tomou as seguintes providências: desligouo telefone, afim de evitar que pedissem para ele adigitação de asterisco 9; doou o celular, naexpectativa de ser presenteado com um modelomais recente; adquiriu outro aparelho por temerque as microondas o dessem câncer no cérebro.

b) No tocante à área alimentar, o narrador parou deingerir alguns alimentos, por medo do desequilíbriohormonal; outros, tais quais frango e sanduíche

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de carne moída, devido à aparência ou aosconstituintes orgânicos, desenvolvidos emlaboratório.

c) A violência urbana é denunciada nesse tipo demensagem, por meio da referência aosshoppings, grandes lugares comerciais ondecostumam acontecer extorsões financeira eagressões à liberdade, a exemplo de sequestrose gastos ilimitados em cartões de crédito,respectivamente.

d) A preocupação com a preservação da fatura e daflora está explícita na referência às campanhascontrárias à existência da rã da Budweiser, aosresíduos da urina de ratos nas latas de cerveja, àtortura da extirpação da bílis de alguns ursosasiáticos e ao desmatamento da florestaamazônica.

e) Incluindo as contribuições para a luta pelaindependência das mulheres Paquistanesas, osboatos foram tantos, que o narrador foi à procurade um advogado, para doar os bens materiais, ede um tratamento psiquiátrico, para preservar asua saúde mental.

32. Analisando as passagens do texto XIV sob a óticados processos de coordenação e subordinação,julgue os itens subseqüentes.a) Exercem a função de complemento direto das

formas verbais a elas relacionadas as seguintesexpressões: “um levantamento” (l. 1), “alguémmorto” (l. 34), “todos os antivírus existentes”(l. 40) e “a língua” (l. 48).

b) Nos trechos “Chame a emergência” (ls. 9-10),“pagar uma conta astronômica” (l. 15), “dessemcâncer” (l. 20) e “comprar preservativos” (ls.26-27), as formas verbais não são intransitivas.

c) Os seguintes nomes têm significação incompletae carecem de uma expansão sintática que lhescomplete o sentido: “medo” (l. 4), “infectada”(l. 12) e “hábito” (l. 29).

d) Na construção parei de comer galinha, deixeide ter relações sexuais, abandonei o hábito detomar qualquer coisa em lata, deixe de ir aosshoppings, entre as orações, estabelece-se umarelação de coordenação mas, dentro de cadaoração, dá-se a subordinação dos termos.

e) Em todos os parágrafos, a função de sujeito sintáticoda oração inicial é marcada, flexionalmente, pelouso da primeira pessoa do singular, que corresponde,semanticamente, à voz do narrador.

Texto XV

Questões de 33 a 35

Objeto da moda

Um objeto estranho ameaça incorporar-se à ele-gância masculina. Seu aparecimento ocorreu na Itália,e sua presença já se faz sentir em outras cidades euro-péias. É a maçaranduba.

A primeira singularidade da maçaranduba con-siste em que ela absolutamente não participa da sortedas demais peças do equipamento humano a que sejunta. É que a maçaranduba fica perto do vestuário,sem se ligar a ele. É ciosa de sua independência, aocontrário dos outros elementos que colaboram na apre-sentação do homem em público. Estes seguem conosco

na condição de servos dóceis, ao passo que ela man-tém liberdade de movimentos. E exige de nossa parteatenções especiais, sob pena de abandonar-nos à pri-meira distração. Concorda em fazer-nos companhia,mas sem o compromisso de aturar-nos o dia inteiro.Dir-se-ia, mesmo, que nós é que a acompanhamos noseu ir e vir pretensiosa pelas ruas.

A maçaranduba está sempre à mostra, ostensivae vaidosa. Sua tendência é para assumir a liderança doconjunto e exibir-se em evoluções fantasiosas, queexigem certas habilidades do portador. Assim, quandonão tem o que fazer (e de ordinário não tem) descrevecírculos e volteios que pretendem ser graciosos em suagratuidade.

A maçaranduba parece ter mau gênio? Parece,não; tem. Já o demonstrou sempre que algum transeuntelhe despertou antipatia ou lhe recordou episódios me-nos agradáveis. Ela não é de suportar opiniões contrá-rias às suas. À falta de melhor argumento, na polêmi-ca, ergue-se inopinadamente, avança como um raio eprocura alcançar a parte doutrinária alheia nos pontosmais vulneráveis, desde o lombo até os óculos. Suaagressividade impulsiva costuma levá-la à polícia,quando não se recolhe inerte e indiferente a um cantodeixando que seu portador pague a nota dos estragos.

A maçaranduba é basicamente feita de madeira,às vezes se beneficia de espécies vegetais, não-com-pactas, o que lhe permite estocar recursos ofensivosde grande termibilidade. Ao vê-la aproximar-se, tomecuidado, pois sua ira não se satisfaz com simplesequimoses.

A impertinência da maçaranduba, para não dizerarrogância, deve-se talvez ao fato de que em outraseras foi símbolo de poder e, sob formas diversas, este-ve ligada à realeza e a seu irmão gêmeo, o absolutis-mo. Em mãos governamentais, era duplamente terrí-vel: pela contundência material e pela espiritual.

Diga-se em favor da maçaranduba, para que oretrato não fique excessivamente carregado, que algu-mas espécies são inclinadas à generosidade, e secomprazem em ajudar pessoas encanecidas ou faltasde visão. Contudo, trata-se de exceção.

(Carlos Drummond de Andrade. Folha da Tarde, 1º/2/1973,

com adaptações)

33. Em cada um dos itens seguintes julgue se a reescriturado trecho indicado do texto XV, destacada em negrito,mantém as idéias originais desse trecho.a) “Um objeto (...) maçaranduba.” (ls. 1-4): A

maçaranduba é um estranho objeto que ameaçaincorporar-se à elegância masculina; seusurgimento aconteceu na Itália, mas suapresença já se faz sentir em outros centroseuropeus.

b) “A maçaranduba (...) portador.” (ls. 19-22): Amaçaranduba, ostensiva, está sempre à mostra;vaidosa, tem a tendência de assumir a liderança,no conjunto do vestuário, e de exibir-se emevoluções fantasiosas; exige muitas habilidadesdo portador.

c) “À falta (...) vulneráveis” (ls. 30-33): Amaçaranduba é polêmica! Não suporta opiniões

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contrárias às suas e, na falta de argumentos,ergue-se; avança como um raio, e procuraalcançar os pontos alheios mais vulneráveis.

d) “Sua (...) estragos.” (ls. 33-36): Impulsiva, emsua agressividade, isso costuma levá-la à polícia:quando não se recolhe, inerte e indiferente, aum canto; deixando que seu portador pague osestragos.

e) “A maçaranduba (...) temibilidade.” (ls. 37-40): Amaçaranduba, produzida em madeira às vezes,é beneficiada por ser feita, também, de espéciesvegetais não-compactadas, fato que permite aela estocar recursos ofensivos de grandetemibilidade.

34. A partir da análise do vocabulário do texto XV, julguese as duas equivalências de sentido apresentadas emcada um dos itens abaixo satisfazem ao contexto.a) “singularidade” (l. 5) = peculiaridade e “osten-

siva” (l. 19) = ostentosab) “sorte” (l. 6) = fortuna e “ciosa” (l. 9) = zeladorac) “inopinadamente” (l. 31) = sem opinião e “impul-

siva” (l. 34) = incontinentid) “doutrinária” (l. 32) = exposta e “vulneráveis” (l. 33)

= frágeise) “arrogância” (l. 44) = orgulho e “encanecidas”

(l. 52) = encarecidas.

35. Analisando as relações de referência e de morfos-sintaxe e o processo coesivo do texto XV, julgue ositens que se seguem.a) O pronome “ela” (l. 12) refere-se ao substantivo

“independência” (l. 9).b) A expressão “servos dóceis” (l. 12) refere-se a

“outros elementos” (l. 10).c) O sujeito sintático e semântico de “abandonar-nos”

(l. 14) é a maçaranduba, palavra principal dotexto.

d) A palavra enfática “mesmo” (l. 17) está sereferindo a “nós” (l. 17)

e) O sujeito a que está subordinada a expressão verbal“tome cuidado” (ls. 40-41) é o leitor, a quem oautor se dirige.

(TJDFT – Técnico Judiciário – CESPE/UnB/2003)

Texto XVI

A VIABILIDADE DOS DIREITOS HUMANOS

A consciência universal sobre a importânciados direitos humanos chegou a uma nitideznunca antes atingida. Entende-se: já comemo-ramos o cinqüentenário da Declaração Universaldos Direitos do Homem (aprovada pelaAssembléia-Geral das Nações Unidas, de 10 dedezembro de 1948, em Paris).

Nunca se proclamaram tão alto essesdireitos, e nunca – é obrigação reconhecê-lo –

eles foram tão sistematicamente violados comoem nossos tempos. A luta para estabelecê-losfirmemente em nossas consciências, naconsciência de cada ser humano, em especial naconsciência dos governantes, passa obrigatoria-mente por uma luta constante por parte daquelesque se reivindicam “militantes da causa dosdireitos humanos”.

Essa tensão entre o crescente interesse pelosdireitos humanos e suas constantes violações noschama dramaticamente à ação, em contribuirpermanentemente para dar-lhes vigência. Nãobasta, não é suficiente que estejam formalmentedeclarados, firmados e confirmados no planointernacional, bem como, na maioria dos casos,inseridos no direito positivo interno dos Estados.Na verdade uma grande exigência se fazpresente: agir diuturnamente para transformá-los em realidade bem viva. Conhecida e aceitapor todos.

No próprio ventre da Revolução Francesa,de onde os direitos humanos de primeira geraçãose originaram, estabeleceu-se a crítica; portanto,a luta não é nova. O abismo existente entre aigualdade proclamada e a desigualdade real veioa agravar-se com o advento da RevoluçãoIndustrial. As péssimas condições de vida dasmassas sociais agrupadas em torno dos centrosmineiros e fabris inspiraram a busca de uma novaordem, que garantisse condições de vida digna.

Começou então a luta pelo reconhecimentodos direitos humanos de segunda geração, ouseja: os direitos de igualdade econômica, sociale cultural, que passou a ser uma nova exigênciadesde as reuniões da Internacional Socialista edos congressos sindicais que ocorreram duranteo século XIX. No plano internacional, somenteem 1966 os direitos humanos de segunda geraçãoforam reconhecidos, por meio do Pacto Inter-nacional de Direitos Econômicos, Sociais eCulturais , aprovado pela Assembléia-Geral dasNações Unidas.

O referido pacto, em seus primeiros artigos,reconhece o direito ao trabalho e a uma remu-neração que assegure condições de umaexistência digna, direito à sindicalização, aodescanso e ao lazer, à segurança social, direitoà proteção e assistência à família, à mãe e àscrianças, bem como o direito à saúde e àeducação.

Em outro artigo, é reconhecido o direitofundamental de toda pessoa estar protegida contraa fome. Novamente nos deparamos com a grandecontradição entre o que se proclama e o que é arealidade concreta em nossa América Latina. Amiséria latino-americana é simplesmente escan-dalosa; na verdade, nos últimos tempos, temosproduzido uma horda de milhões de novos pobres,sendo que a metade desse contingente é formada

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por miseráveis que não conseguem sequer satis-fazer minimamente as suas necessidades básicas.

Jair Krischke. Internet: <http://www.dhnet.com.br>.Acesso em abril de 2003 (com adaptações).

36. Assinale a opção correta quanto à síntese das idéiasdesenvolvidas nos parágrafos do texto IV.a) Os dois primeiros parágrafos apresentam o

histórico do problema abordado no texto: osdireitos sociais e culturais que são garantidosaos cidadãos.

b) O terceiro parágrafo aborda o interessecrescente pelos direitos humanos, alertandoque, apesar de estarem já declarados, énecessário que eles sejam firmados emrealidade conhecida e aceita por todos.

c) O quarto parágrafo faz um percursocronológico desde a Revolução Francesa,origem dos direitos humanos, passando pelaRevolução Industrial inglesa, chamada deprimeira geração, até chegar à segunda geração,a dos direitos de igualdade econômica, sociale cultural, no século XX.

d) O quinto parágrafo refere-se explicitamente aoPacto de Varsóvia, após a Primeira GrandeGuerra Mundial, que reconhece o direito aotrabalho e à remuneração que assegure umaexistência digna, ao descanso remunerado, aolazer, bem como à saúde e à educação gratuitas.

e) No último parágrafo, está expresso o direitofundamental de toda a pessoa – a fome –,principalmente na América Latina, onde háuma população de miseráveis que nãoconseguem sequer satisfazer suas necessidadesbásicas.

37. Assinale a opção incorreta com referência aoúltimo parágrafo do texto IV.a) O fragmento “toda pessoa estar protegida

contra a fome” (ls. 61-62) opõe-se a todapessoa estar faminta.

b) A “grande contradição entre o que se proclamae o que é a realidade concreta” (ls. 62-64) situa-se entre o discurso e a prática.

c) A passagem “A miséria latino-americana ésimplesmente escandalosa” (ls. 64-66)significa que as mulheres muito pobrescostumam se prostituir para garantir uma formade sobrevivência.

d) O vocábulo “horda” (l. 67) significa bando,quantidade muito grande.

e) O termo “miseráveis” (l. 69) refere-se àquelescidadãos que não têm como satisfazer suas“necessidades básicas” (l. 70), que incluem aalimentação.

38. Assinale a opção cuja paráfrase do segundoparágrafo do texto IV, além de manter relação com

as idéias principais do texto, está com a pontuaçãocorreta.a) Nunca esses direitos foram proclamados tão alto

e nunca é demais reconhecê-los assim: tão violadoscomo em nossos tempos; por isso, a luta paraestabelecê-los firmemente em nossas consciências,passa obrigatoriamente por uma disputa constante,por parte daqueles que se denominam “militantesda causa dos direitos humanos”.

b) É obrigação de todos reconhecer que os direitoshumanos são sistematicamente proclamados eviolados, em nossos tempos, quando a luta paraestabelecê-los definitivamente na consciência decada ser humano, passa por uma briga acirradacontra aqueles que se intitulam “militantes dacausa dos direitos humanos”.

c) A luta para estabelecer fortemente os direitoshumanos na consciência de cada ser humano, emespecial nos governantes, “militantes da causa”,decorre do fato de que nunca se proclamaram tãoalto esses direitos e, nunca eles foram tãosistematicamente violados como em nossostempos.

d) Nunca os militantes da causa dos direitoshumanos proclamaram-nos tão alto; todavia, éobrigação declarar, que jamais eles foram tãosistematicamente violados, como em nossostempos, quando a luta para estabelecer firme-mente nossas consciências, a consciência de cadaser humano, especialmente a consciência dosgovernantes, é constante.

e) É necessário se reconhecer isto: nunca os direitoshumanos foram proclamados tão alto, e nuncaforam tão violados como em nossos dias. Assim,a luta para estabelecê-los, com firmeza, naconsciência de cada ser humano, especialmentena dos governantes, passa, obrigatoriamente, porum esforço constante daqueles que se dizem“militantes da causa dos direitos humanos”.

GABARITO

Tipologia Textual1. Descritivo2. Narrativo3. Narrativo4. Descritivo5. Dissertativo6. Dissertativo7. Dissertativo8. Descritivo

Funções da Linguagem1. Função Emotiva2. Função Referencial3. Função Conativa4. Função Metalingüística5. Função Fática6. Função Conativa

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7. Função Metalingüística8. Função Metalingüística9. Função Referencial

Estilística1. Antítese2. Hipérbole3. Personificação4. Comparação – Anáfora5. Metáfora6. Metonímia7. Metáfora – Comparação – Metonímia8. Eufemismo9. Ironia10. Paradoxo11. A, D, A, B, D, D, E, A, C-E

Coesão e Coerência Textuais

Texto I1. C, C, C, C, E2. C, E, E, E, E3. E, E, E, E, E4. C, E, E, E, E

Texto II5. C, E, C, C, E

Texto III6. C, E, E, E, C7. C, E, C, C, C8. E, E, E, C, C

Texto IV9. E, E, E, C, C

ParafraseandoQuestão Proposta1. C, E, C, E, C, E, C, E, C

Praticando1. E, C, E, C, C, E, E, E, C, C

Exercitando 1. c 2. b 3. d 4. e 5. E, E, C, E, C 6. E, E, C, C, E 7. E, C, E, E, C 8. C, C, E, E, E 9. e10. e11. e12. c13. a14. e15. b16. b

Interpretação de Textos

Texto IQuestão 1Itens certos: (a) e (b)Itens errados: (c), (d) e (e)(c) O texto sugere um fato fictício pelo emprego dalinguagem metafórica.(d) No texto: o coração e o juiz.(e) Trata-se de uma contradição às idéias do texto.

Questão 2Itens certos: (c), (d) e (e)Itens errados: (a) e (b)(a) Não há no texto estrutura de diálogo.(b) Trata-se de uma contradição às idéias do texto.

Questão 3Itens certos: (a), (d) e (e)Itens errados: (b) e (c)(b) O pronome relativo que refere-se à agonia.(c) As formas pronominais exercem funções sintáticasdistintas.

Questão 4Itens certos: (a) e (d)Itens errados: (b), (c) e (e)(b) A forma correta seria: E não terá minha absolvição.(c) A forma correta seria: Que me causaste em troca dobem que fiz.(e) A forma correta seria: Por que seu crime encheu-mede pavor.

Texto IIQuestão 5Itens certos: (a), (b) e (c)Item errado: (d)(d) O texto considera os três elementos associados entre si.

Questão 6Itens certos: (a), (c) e (d)Itens errados: (b) e (e)(b) As duas ocorrências têm como referente as duasexpressões da humanidade.(e) A expressão “isto é” retoma esclarecimentos dopróprio parágrafo.

Questão 7Item certo: (e)Itens errados: (a), (b), (c) e (d)(a) Trata-se de uma estrutura dissertativo-argumentativa.(b) O texto faz alusão às idéias antiga e moderna.(c) Predomina no texto a clareza de idéias.(d) O texto estrutura-se a partir dos princípios de clarezae coerência.

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Texto IIIQuestão 8Itens certos: (a), (c), (e)Itens errados: (b), (d)(b) O uso do artigo em: no singular e no plural, altera osentido do texto.(d) O emprego da forma verbal “realizaram” altera osentido do texto.

Texto IVQuestão 9Itens certos: (a)Itens errados: (b), (c) e (d)(b) Ética, cidadania e cultura da sustentabilidade. Observeas linhas 17 e 18.(c) A paz é compatível com as justiças social, econômicae política. (ls. 32-33)(d) Trata-se de uma extrapolação.

Questão 10Itens certos: (a), (c) e (d)Itens errados: (b) e (e)(b) O conector “portanto” estabelece idéia de conclusão.(e) Haverá alteração de sentido. Valorativo equivale aatribuir um valor.

Texto VQuestão 11Itens certos: (c) e (e)Itens errados: (a), (b) e (d)(a) Capiau equivale a caipira.(b) O capiau respondeu que o bom era o branquinho.(d) O vocábulo para classifica-se como preposição.

Questão 12Itens certos: (a), (c) e (d)Item errado: (b)(b) O verbo assistir é VTI regido da preposição a no sentidode assistir: Um sujeito vai assistir a uma rinha de galos.

Texto VIQuestão 13Item certo: (c)Itens errados: (a), (b) e (d)(a) O texto não se apresenta bem estruturado.(b) O texto trata do campo de atuação da imprensa.(d) No último parágrafo o texto diz que a imprensa deveter limites fixados pela legislação democrática.

Questão 14Item certo: (a)Itens errados: (b), (c), (d) e (e)(b) Possuem significados diferentes.(c) Mandato equivale à delegação de poder.(d) Correspondem a significados diferentes.(e) Não há relação de sinonímia entre as palavras.

Texto VIIQuestão 15Itens certos: (b), (d) e (e)Itens errados: (a) e (c)(a) Trata-se de uma contradição. (ls. 1 e 2)(c) O texto não diz nada a respeito.

Questão 16Itens certos: (b) e (d)Itens errados: (a), (c) e (e)(a) Tem-se sujeito composto, portanto a forma verbal deveflexionar-se no plural.(c) Os sinais de pontuação devem ser mantidos, poisintroduzem uma pergunta.(e) O pronome demonstrativo isso retoma o períodoanterior.

Questão 17Itens certos: (b) e (d)Itens errados: (a), (c) e (e)A forma verbal no subjuntivo estabelece paralelismoverbal com o futuro do pretérito.

Texto VIIIQuestão 18Itens certos: (a), (b), (c) e (e)Item errado: (d)(d) A expressão opõe-se à idéia de objeto de denúncia.

Questão 19Item certo: (c)Itens errados: (a), (b), (d) e (e)(a) As expressões estabelecem entre si idéia de oposição.(b) A forma verbal violar é verbo transitivo direto.(d) A forma verbal destacada do texto traduz açãocontínua e está flexionada no plural.(e) A expressão pessoas humanas é exemplo deredundância.

Texto IXQuestão 20Itens certos: TodosItens errados: Nenhum

Questão 21Itens certos: (c) e (d)Itens errados: (a), (b) e (e)(a) Iniciar o texto por uma pergunta é um dos recursos daestrutura dissertativa.(b) A expressão “Haverá quem diga” representa recursoda argumentação do texto.(e) Na tese do texto não há citação de outros autores.

Questão 22Itens certos: (a) e (b)Itens errados: (c), (d) e (e)(c) Não se usa crase com palavras repetidas.(d) O vocábulo “como” estabelece idéia de comparação.(e) Subentende-se a expressão “favor” e não “contra”.

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Texto XQuestão 23Itens certos: (a), (b), (d), (e)Item errado: (c)(c) O vocábulo alerta deve ficar no singular.

Texto XIQuestão 24Item certo: (b)Itens errados: (a), (c), (d) e (e)(a) A forma verbal concorda com os fundadores.(c) O emprego da inicial maiúscula estabelece aparticularização de uma idéia.(d) O vocábulo “cujas” refere-se a normas.(e) Os destinatários últimos são os seres humanos.

Texto XIIQuestão 25Itens certos: (a), (b), (c) e (e)Item errado: (d)(d) O fragmento refere-se ao planejamento individual enão da empresa.

Questão 26Itens certos: (a) e (c)Itens errados: (b), (d) e (e)(b) O texto estrutura-se numa linguagem informal.(d) As aspas representam o discurso direto.(e) Haverá quebra da coerência textual.

Questão 27Itens certos: (a), (c) e (d)Itens errados: (b) e (e)(b) Atualmente o culto à personalidade do líder empresa-rial acabou.(e) As agências governamentais é que podem regular asempresas de auditoria.

Texto XIII28. E, C, C, C, C29. C, E, C, E, C

Texto XIV30. C, E, C, C, E31. E, E, E, E, E32. C, C, C, C, C

Texto XV33. C, E, E, E, E34. C, E, E, C, E35. E, C, C, E, C

Texto XVI

(TJDF – Técnico Judiciário – CESPE/Unb/2003)36. b37. c38. e

ORTOGRAFIA OFICIAL

REGRAS PRÁTICAS PARA O EMPREGO DE LETRAS

1. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /Z/

a) Dependendo da sílaba inicial da palavra, podeser representado pelas letras z, x, s:Sílaba inicial a > usa-se z – azar, azia, azedo,azorrague, azêmola...Exceções: Ásia, asa, asilo, asinino.

Sílaba inicial e > usa-se x – exame, exemplo,exímio, êxodo, exumar...Exceções: esôfago, esotérico.

Sílaba inicial i > usa-se s – isento, isolado, Isa-bel, Isaura, Isidoro...

Sílaba inicial o > usa-se s – hosana, Osório,Osíris, Oséias...Exceção: ozônio.

Sílaba inicial u > usa-se s – usar, usina, usura,usufruto...

b) No segmento final da palavra (sílaba ou sufi-xo) pode ser representado pelas letras z e s:1) letra z – se o fonema /z/ não vier entre vo-

gais:az, oz – (adj. oxítonos) audaz, loquaz, veloz,atroz...iz, uz – (pal. oxítonas) cicatriz, matriz, cuscuz,mastruz...Exceções: anis, abatis, obus.ez, eza – (subst. abstratos) maciez, embria-guez, avareza...

2) letra s – se o fonema /z/ vier entre vogais:asa – casa, brasa...ase – frase, crase...aso – vaso, caso...Exceções: gaze, prazo.ês(a) – camponês, marquesa...ese – tese, catequese...esia – maresia, burguesia...eso – ileso, obeso, indefeso...isa – poetisa, pesquisa...Exceções: baliza, coriza, ojeriza.ise – valise, análise, hemoptise...Exceção: deslize.iso – aviso, liso, riso, siso...Exceções: guizo, granizo.oso(a) – gostoso, jeitoso, meloso...Exceção: gozo.ose – hipnose, sacarose, apoteose...uso(a) – fuso, musa, medusa...Exceção: cafuzo(a).

c) Verbos:Terminação izar – derivados de nomes sem “s”na última sílaba:

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util izar, avalizar, dinamizar, centralizar...– cognatos (derivados com mesmo radical) comsufixo “ismo”: (batismo) batizar – (catecismo)catequizar...

Terminação isar – derivados de nomes com “s” naúltima sílaba: avisar, analisar, pesquisar, alisar, bi-sar...

Verbos pôr e querer – com “s“ em todas as flexões:pus, pusesse, pusera, quis, quisesse, quisera...

d) Nas derivações sufixais:letra z – se não houver “s” na última sílaba dapalavra primitiva: marzinho, canzarrão, balázio,bambuzal, pobrezinho...

letra s – se houver “s” na última sílaba da pala-vra primitiva: japonesinho, braseiro, parafusi-nho, camiseiro, extasiado...

e) Depois de ditongos:letra s – lousa, coisa, aplauso, clausura, maise-na, Creusa...

2. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /X/

Emprego da letra X

a) Depois das sílabas iniciais:me – mexerico, mexicano, mexer...Exceção: mechala – laxante...li – lixa...lu – luxo...gra – graxa...bru – bruxa...en – enxame, enxoval, enxurrada...Exceção: enchova.

Quando en for prefixo, prevalece a grafia da pa-lavra primitiva: encharcar, enchapelar, encher,enxadrista...

b) Depois de ditongos:caixa, ameixa, frouxo, queixo...Exceção: recauchutar.

3. OUTROS CASOS DE ORTOGRAFIA

a) Letra gPalavras terminadas em:ágio – presságioégio – privilégioígio – vestígioógio – relógioúgio – refúgioagem – viagemege – heregeigem – vertigemoge – paragogeugem – penugemExceções: pajem, lajem, lambujem.

b) Letra c (ç)1) nos sufixos:

barcaça, viração, cansaço, bonança, roliço.2) depois de ditongos:

louça, foice, beiço, afeição.3) cognatas com “t”:

exceto > exceção, isento > isenção.4) derivações do verbo “ter”:

deter > detenção, obter > obtenção.

c) Letra s (ss)

Nas derivações, a partir das terminações verbais:

ender – pretender > pretensão;ascender > ascensão.

ergir – imergir > imersão;submergir > submersão.

erter – inverter > inversão;perverter > perversão.

pelir – repelir > repulsa;compelir > compulsão.

correr – discorrer > discurso;percorrer > percurso.

ceder – ceder > cessão;conceder > concessão.

gredir – agredir > agressão;regredir > regresso.

primir – exprimir > expressão;comprimir > compressa.

tir – permitir > permissão;discutir > discussão.

MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS

Emprega-se a inicial maiúscula:

a) nas citações diretas: Como escreveu Rui Barbosa:“A pátria é a família amplificada.”

b) nos substantivos próprios e siglas: Antônio, Brasil,Rio de Janeiro, FGTS (Fundo de Garantia do Tempode Serviço)...

c) em nomes de vias e lugares públicos: Avenida Beira-Rio, Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três Po-deres, Rodovia dos Imigrantes...

d) nos altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalis-tas: a Igreja, o Estado, a Nação, a República, o Senado...

e) nos nomes de artes, ciências e disciplinas: a Músi-ca, a Matemática, a Pintura, o Português...

f) nos nomes de obras: Os Lusíadas, Os Sertões, a NonaSinfonia, a Divina Comédia... (ver se o artigo faz par-te do nome)

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g) nos nomes de altos cargos, dignidades ou postos:Papa, Presidente, Governador, Ministro...

h) nos nomes de expressões de tratamento: Dom, Se-nhor, Vossa Excelência, Ilustríssimo Senhor...

i) nos nomes de épocas e fatos históricos: a RevoluçãoFrancesa, a Renascença, o Fico, o Descobrimento doBrasil, a Idade Média...

j) nos nomes de atos de autoridades públicas: o De-creto-Lei nº 200, a Lei nº 7.625, o Aviso nº 12...

Emprega-se a inicial minúscula:

a) nos nomes de povos: gaúcho, carioca, chileno, aimoré,capixaba, porto-alegrense, potiguar...

b) nos nomes dos meses e dias da semana: janeiro, fe-vereiro, março...; segunda-feira, sábado...

c) nas partículas átonas no interior de locuções ou ex-pressões com iniciais maiúsculas: Memorial de Aires,Uma Jangada para Ulisses, Vestida para Matar...

d) nos nomes comuns que acompanham os geográfi-cos: o rio Amazonas, o oceano Pacífico, a baía daGuanabara, o canal de Suez...

e) nos nomes de festas pagãs ou populares: o carna-val, a vaquejada, o rodeio...

f) nos nomes próprios formando compostos: agrião-do-brasil, joão-ninguém, deus-nos-acuda...

EXERCÍCIOS

1. Qual a opção correta para completar as lacunas?“A ............ de uma guerra nuclear provoca uma gran-de .............. na humanidade e a deixa .................. quan-to ao futuro.”a) espectativa – tensão – exitante.b) espectativa – tenção – hesitante.c) expectativa – tensão – hesitante.d) expectativa – tenção – hezitante.e) espectativa – tenção – exitante.

2. Assinale a alternativa em que todas as palavras este-jam corretamente grafadas.a) tecer – vazar – aborígene – tecitura – maisena.b) rigidez – garage – dissenção – rigeza – cafuzo.c) minissaia – paralisar – extravasar – abscissa – co-

seno.d) abscesso – rechaçar – indu – soçobrar – coalizão.e) lambujem – advinhar – atarraxar – bússola – usofruto.

3. Assinale a correta.a) expontâneo – explêndido – estender – nescessário.b) expontâneo – esplêndido – estender – nescessário.c) expontâneo – explêndido – extender – necessário.d) espontâneo – esplêndido – estender – necessário.e) espontâneo – explêndido – extender – necessário.

4. Examinando as palavras viajens – gorgeta – maizena– xácara, verifica-se quea) apenas uma está escrita corretamente.b) apenas duas estão escritas corretamente.c) três estão escritas corretamente.d) todas estão escritas corretamente.e) nenhuma está escrita corretamente.

5. Indicar a vogal que completa corretamente.a) i – d...stilar, pr...vilégio, cr...ação, d...senteria.b) e – quas.., ..mpecilho, cand...eiro; crân...o.c) o – cap...eira, g...ela, p...leiro, t...ssir.d) u – táb...a, jab...ticaba, ch...visco, p...lenta.e) i – s...quer, efetu.., cr...ador, pát...o.

6. Assinale a alternativa correta quanto à ortografia.a) A cultura não prezume, não pode almejar, nem à

uniformisação, nem à unidade sem diversidade.b) A linguagem administrativa e legal, em qualquer

sociedade organizada, apresenta um hiato em re-lação aos usos correntes da língua.

c) O fenômeno da inteleção da linguagem jurídica apre-senta uma série de problemas ao cidadão leigo.

d) É necessário consiliar a tecnisidade dos textos le-gais com a comunicação do povo, que é o princi-pal destinatário da lei.

7. Que frase apresenta um ou mais vocábulos escritosincorretamente?a) Aos dezessete anos de idade, Nélson já era um ra-

paz extremamente extravagante.b) Ao marquês e a toda sua comitiva foi oferecido

um esplêndido banquete.c) Atualmente, as línguas estrangeiras estão sendo

ensinadas através de processos audiovisuais.d) A dispensa de muitos funcionários da seção de

pessoal causou dissensão entre os diretores.e) Homem pretencioso, o ministro não conseguia dis-

farçar sua inexgotável presunção.

8. Assinale a alternativa em que a frase esteja gramati-calmente correta.a) Foi graças a interseção do Diretor que consegui

renovar a matrícula.b) Entre os índios, a pior ofensa era ser tachado de

covarde.c) Li, na sessão policial do matutino, que “o crimino-

so cozera o desafeto a faca”.d) Apresentadas aquelas provas concludentes, o réu

foi absorto.e) A falsificação de minha rúbrica não convenceu a

ninguém.

9. Grafam-se com S todas as lacunas do grupoa) pobre...a, chinê..., reali...ar.b) atra...ado, cortê..., anali...ar.c) prince...a, montê..., civili...ar.d) suavi...ado, francê..., economi...ar.e) rique...a, robuste..., canali...ar.

10. Assinale a única alternativa que não apresenta errode ortografia.a) Regina quis fazer uma viagem, mas o alforje que ia

levar causava-lhe chacota por parte de conhecidos.

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b) Regina quis fazer uma viajem, mas o alforge queia levar causava-lhe chacota por parte de conhe-cidos.

c) Regina quiz fazer uma viagem, mas o alforje queia levar causava-lhe chacota por parte de conheci-dos.

d) Regina quis fazer uma viagem, mas o alforge que ialevar causava-lhe xacota por parte de conhecidos.

e) Regina quiz fazer uma viagem, mas o alforge queia levar causava-lhe xacota por parte de conheci-dos.

11. Qual a opção correta para completar as lacunas?A ............... científica do povo levou-o a .......... defeiticeiros os ................... em astronomia.a) insipiência – tachar – expertos.b) insipiência – taxar – expertos.c) incipiência – taxar – espertos.d) incipiência – tachar – espertos.e) insipiência – taxar – espertos.

12. Qual a opção para completar as lacunas?“Estavam ......................... de que os congressistas che-gassem ................... para a ................ de abertura.”a) receosos – atrasados – sessão.b) receosos – atrazados – seção.c) receiosos – atrazados – seção.d) receiosos – atrasados – sessão.e) receiosos – atrazados – sessão.

13. Assinale a única alternativa que não apresenta errode ortografia.a) Indo atrás de uma esplêndida profissão, ele quis

realizar-se.b) Indo atráz de uma esplêndida profissão, ele quis

realizar-se.c) Indo atrás de uma explêndida profissão, ele quis

realizar-se.d) Indo atrás de uma esplêndida profissão, ele quiz

realizar-se.e) Indo atrás de uma esplêndida profissão, ele quis

realisar-se.

14. Escolha a opção para completas as lacunas.1) Assisti a um ............ da máquina.2) Os .................. não são ignorantes.3) Ele fez ao filho a ............... de uma parte das terras.4 ) Periodicamente se faz o .............. geral da população.a) conserto – incipientes – sessão – censo.b) concerto – insipientes – seção – senso.c) conserto – insipientes – secção – censo.d) conserto – incipientes – cessão – censo.e) concerto – incipientes – cessão – senso.

15. A única palavra que não se escreve com “j” éa) estranjeiro.b) jeito.c) gorjeio.d) sarjeta.e) ojeriza.

16. Em qual das opções há erro(s) de grafia?a) empecilho – crânio – sequer.b) terebintina – impigem – vultoso.c) previlégio – desinteria – polir.d) destilar – tossir – arrepiar.e) cumeeira – entronizar – molambo.

17. Indique a alternativa correta.a) O ladrão foi apanhado em flagrante.b) Ponto é a intercessão de duas linhas.c) As despesas de mudança serão vultuosas.d) Assistimos a uma violenta coalização de cami-

nhões.e) O artigo incerto na revista foi lido por todos nós.

18. Assinale a série em que há um erro de ortografia.a) extensão – dançar – magestade.b) erva – jeito – flecha.c) Manuel – laranjeira – freguesia.d) esquisito – pretensão – Teresa.e) quiseram – expectativa – enxoval.

19. Em qual série todas as palavras são grafadas com x?a) ...ácara – ...ávena – pi...e – be...iga.b) ...enófobo – en...erido – en...erto – ...aveco – ...epa.c) li...ar – ta...ativo – sinta...e – bro...e.d) bre...a – ni...o – en...ova – en...ergão.e) ê...tase – e...torquir – ...u..u – ...ilrear.

20. Qual a opção para completar as lacunas?“Em seu olhar não havia ...........; havia .......... e

..................... .”a) mágua – escárneo – desprezo.b) mágoa – escárneo – despreso.c) mágoa – escárnio – desprezo.d) mágua – escárnio – desprêso.e) mágoa – escárneo – desprezo.

GABARITO COMENTADO

1. c A expectativa espectativa (= esperança; ) deuma guerra nuclear provoca uma grande ten-são (= nervosismo; tenção = intenção) nahumanidade e a deixa hesitante (= vacilante;exitante e hezitante) quanto ao futuro”.

2. c todas corretas: abscissa (ou abcissa), co-seno(ou cosseno). Obs.: a) aborígene (ou aborí-gine), tecitura / tessitura; b) garage (ou gara-gem) – dissenção / dissensão (divergência,desavença); rigeza /rijeza; d) aindu /hindu; e)advinhar /adivinhar, usofruto /usufruto.

3. d espontâneo, esplêndido, estender, necessário. 4. a apenas uma está escrita corretamente: xácara

(canção em versos); Obs.: viajens viagens –gorgeta /gorjeta – maizena / maisena.

5. c c) o: capoeira, goela, poleiro, tossir. Obs.:a) i: destilar; b) e: crânio; d) u: polenta;e) i: sequer, efetue.

6. b Obs.: a) ... prezume / presume; ... uniformi-zação / uniformização... c) ... inteleção / inte-lecção ... d) ... consiliar / conciliartecnisidade / tecnicidade ...

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7. e ... pretencioso / pretensioso ... inexgotável /inesgotável ...

8. b Obs.: a) ... interseção / intecessão; c) ...sessão / seção ..., cozera / cosera ... d) absorto

/ absolvido. e) ... rúbrica rubrica. 9. b Obs.: a) pobreza, realizar. c) civilizar. d) suaviza-

do, economizar. e) riqueza, robustez, canalizar.10. a Obs.: b)viajem/viagem c) quiz / quis; d)

alforge / alforje ... xacota /chacota; e) quiz /quis ... alforge / alforje... xacota /chacota.Obs.: alforje ou alforge

11. a A insipiência (= ignorância; incipiência=inexperiência) científica do povo levou-o a ta-char (= atribuir defeito; taxar = tributar) defeiticeiros os expertos (= especialistas; esper-tos = inteligentes) em astronomia.

12. a Estavam receosos (=que têm receio; receiosos)de que os congressistas chegassem atrasados(atrazados) para a sessão (=atividade; seção= repatição) de abertura.

13. a Obs.: b) atráz / atrás; c) explêndida / esplên-dida; d) quiz / quis; e) realisar-se / realizar-se.

14. d 1) Assisti a um conserto (=reparo); 2) Osincipientes (=inexperientes) ... 3) Ele fez aofilho a cessão (=cedência); 4 ) ... se faz o cen-so (=recenseamento).

15. a estranjeiro / estrangeiro.16. c previlégio / privilégio – desinteria / disenteria...17. a a) O ladrão foi apanhado em flagrante (no ato).

b) intercessão / intersecção ou interseção; c)vultuosas / vultosas; d) coalização / colisão;e) incerto / inserto / inserido.

18. a magestade /majestade.19. b b) xenófobo, enxerido, enxerto, xaveco, xepa.

Obs.: a) xácara (cantiga) ou chácara (sítio,chávena, piche. c) broche. d) brecha, nicho,enchova; e) chuchu (no VOLP, também,xuxu), chilrear.

20. c Em seu olhar não havia mágoa; havia escár-nio e desprezo. Obs.: mágua, escárneo edespreso.

EMPREGO DO HÍFEN

1. Nos compostos por justaposição:água-furtada, banho-maria, navio-escola, porto-alegrense...

Observação:Há muitas exceções (malmequer, mandachuva,rodapé, vaivém, sanguessuga, pontapé, girassol,ziguezaguear...).

2. Com os sufixos açu, guaçu, mirim.Palavras terminadas em vogais acentuadas:tamanduá-mirim, jacaré-açu, amoré-guaçu...Exceção: capim-açu (devido à pronúncia).

3. Com prefixos:a) com hífen, dependendo da vogal inicial.

Prefixos Vogal inicial

h r s vogais

1) auto, contra, extra,infra, intra, neo,proto, pseudo,semi, supra, ultra. X X X X

2) ante, anti, arqui, sobre. X X X –

3) hiper, inter, super. X X – –

4) circum, mal, pan. X – – X

5) sob, sub, ab, ad, ob. – X – –

Exemplos:auto-retrato, contra-senso, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, neo-socialista, proto-histórico, pseudo-herói, semi-reta, supra-renal,ultra-som, ante-sala, anti-herói, arqui-rabino,sobre-humano, circum-hospitalar, circum-adjacente, mal-estar, pan-americano, sob-roda,sub-reino, ab-rogar, ad-rogar, ob-rogar.Exceções: extraordinário, sobressair, sobressa-lente, sobressaltar, sobressalto.

b) com hífen, em quaisquer vocábulos.aquém, além, recém, bem, sem, vice, vizo, soto,sota, pré, pró, pós, nuper, grã, grão, bel, pára.

Exemplos:aquém-mar, além-mar, recém-nascido, sem-fim, bem-visto, vice-chefe, vizo-rei, soto-mes-tre, sota-capitão, pré-apical, pró-americano,pós-graduado, nuper-falecido, grã-cruz, grão-vizir, bel-prazer, pára-quedas.

c) sem hífen, em quaisquer vocábulos.Todo prefixo ou pseudo-radical que não constedos casos de emprego do hífen.

Exemplos:audiosseletivo, auri rrubro, bioestatística,cardiorrenal, cloroacético, dermatomicose,entreaberto, fotoalgrafia, geoistório, isossilábico,hidroavião, macroeconomia, microrregião,mini ssasia, morfossintaxe, psicossocial,radioamador, socioeconômico, teleobjetiva,zooiatra.

Observações:1) sempre haverá hífen no encontro de con-

soantes iguais:sob-bosque, sub-base, ad-digital, pan-nacio-nalista, inter -racial...

2) casos com dupla grafia (VOLP):subumano (sub-humano);subepático (sub-hepático);bem-vindo (benvindo);bem-dizer (bendizer);bem-querer (benquerer);grã-fino (granfino);abrupto (ab-rupto).

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EXERCÍCIOS

1. Quanto ao hífen, assinale a frase incorreta.a) Aqueles recém-nascidos bebiam o ar com aflição.b) A cerimônia de ordenação será no arqui-episcopado.c) Era tão sem ternura o afago, que saí mal-humorado.d) Havia uma super-relação entre aquela região de-

serta e esta cidade enorme.e) Este silêncio imperturbável, amá-lo-emos com uma

alegria que não deixa de ser triste.

2. Qual a opção correta para completar as lacunas?Fez um esforço ............ para vencer o campeonato.........................a) sobre-humano – inter-regional.b) sobrehumano – interregional.c) sobreumano – interregional.d) sobrehumano – inter-regional.e) sobre humano – interegional.

3. Quanto ao hífen, assinale a frase incorreta.a) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.b) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifi-

nal do campeonato.c) Era um senvergonha, pois andava semi-nu.d) O recém-chegado veio de além-mar.e) O vice-reitor está em estado pós-operatório.

4. Qual a opção correta para completar as lacunas?O ............... inimigo não conseguiu afundar o.................... graças ao comando do....................a) sub-marino – contratorpedeiro – contraalmirante.b) submarino – contra-torpedeiro – contra-almirante.c) submarino – contra-torpedeiro – contraalmirante.d) submarino – contratorpedeiro – contra-almirante.e) sub-marino – contra-torpedeiro – contra-almirante.

5. Assinale a série que contém apenas exemplos certos.a) extraordinário – sobre-mesa – anti-higiênico.b) mal educado – mal-humorado – subreino.c) arco-íris – tenente-coronel – luso-brasileiro.d) paraquedista – pan-germanismo – bel-prazer.e) auto-sugestão – extraregimental – pró-cônsul.

6. Dadas as palavras:1) pão duro,2) copo de leite,3) sub raça,constatamos que o hífen é obrigatórioa) apenas na palavra nº 1.b) apenas na palavra nº 2.c) apenas na palavra nº 3.d) em todas as palavras.e) em nenhuma das palavras.

7. Qual a opção correta para completar as lacunas?Os ................. anunciavam que as relações .............estavam ........................ .a) alto-falantes – teuto-brasileiras – recém iniciadas.b) altos falantes – teuto-brasileiras – recém-iniciadas.c) altos-falantes – teutobrasileiras – recem-iniciadas.d) auto-falantes – teuto-brasileiras – récem-iniciadas.e) alto-falantes – teuto-brasileiras – recém-iniciadas.

8. Quanto ao hífen, assinale a opção incorreta.a) infra-estrutura – super-homem – auto-educação.b) bem-vindo – ante-sala – contra-regra.c) proto-história – contra-mestre – infra-vermelho.d) neo-escolástico – ultra-som – pseudo-herói.e) extra-oficial – infra-hepático – semi-reta.

9. Qual a opção em que todos os vocábulos devem sergrafados com hífen?a) auto-educação – auto-retrato – auto-biogafia.b) contra-ataque – contra-indicado – contra-golpe.c) extra-judicial – extra-estatutário – infra-estrutura.d) mal-intencionado – ultra-sensível – inter-racial.e) intra-muscular – neo-liberal – semi-direto.

10. Somente uma frase está correta. Assinale-a.a) Os super-mercados têm movimento cada vez maior.b) Conseguiu desenhar um semicírculo quase perfeito.c) Realizaram-se os jogos inter-séries.d) A vida sobre-natural alimenta a minha esperança.e) Tua atitude foi anti-desportiva.

GABARITO COMENTADO

1. b b) ... arquiepiscopado (hífen só antes de h, r, s).Obs.: a) recém-nascidos (sempre c/hífen);c) mal-humorado (hífen antes de h e vogais);d) super-relação (hífen antes de h e r); e) amá-lo-emos (mesóclise sempre c/hífen).

2. a Fez um esforço sobre-humano (hífen antes deh, r e s) para vencer o campeonato inter-regio-nal (hífen antes de h e r).

3. c c) Era um senvergonha sem-vergonha, (sem-pre com hífen) pois andava semi-nu seminu(hífen antes de h, r, s, vogais).

4. d O submarino (hífen só antes de b e r) ...contratorpedeiro (hífen só antes de h, r, s, vo-gais)... . contra-almirante (hífen antes de h, r,s, vogais).

5. c c) arco-íris, tenente-coronel, luso-brasileiro(compostos). Obs.: a) sobremesa (hífen só an-tes de h, r e s); b) mal-educado (hífen antes deh e vogais), sub-reino (hífen antes de b e r);d) pára-quedista (sempre c/hífen), pangerma-nismo (hífen só antes de h e vogais); e) extra-regimental (hífen antes de h, r, s, vogais).

6. c 3) sub-raça (raça inferior; hífen antes de b e r).Obs.: 1 ) pão duro (pão endurecido), pão-duro(avaro); 2) copo de leite (copo com leite), copo-de-leite (flor).

7. e Os alto-falantes (subst. composto) anunciavamque as relações teuto-brasileiras (adj. compos-to) estavam recém-iniciadas (sempre c/hífen).

8. c c) contramestre – infravermelho (hífen só an-tes de h, r, s, vogais).

9. d d) mal-intencionado (hífen antes de h e vogais)– ultra-sensível (hífen antes de h, r, s, vogais) –inter-racial (hífen antes de h e r). Obs.: nosdemais, hífen só antes de h, r , s, vogais: a)autobiografia; b) contragolpe; c) extrajudicial;e) intramuscular; neoliberal, semidireto

10. b b) semicírculo (hífen só antes de h, r, s, vo-gais). Obs.: a) supermercados (hífen só antesde h e r); c) interséries (hífen só antes de h e r);d) sobrenatural (hífen só antes de h, r, s);e) antidesportiva (hífen só antes de h, r, s).

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SEPARAÇÃO SILÁBICA

A divisão silábica é feita pela soletração, isto é, semconsiderar outros elementos estruturais dos vocábulos.

Exemplos:tran-sa-tlân-ti-co, su-pe-rin-te-res-san-te.

REGRAS

1. NÃO SE SEPARAM LETRAS QUEREPRESENTAM:a) ditongos e tritongos: dois, neu-tro, ó-dio, sa-

guão, i-guais...b) os dígrafos: ch, lh, nh, gu, qu: a-cho, ma-lha, mi-

nha, pre-gui-ça, brin-que-do...c) consoantes em contato com r ou l: ta-bla-do,

so-bre, te-cla, o-cre, pa-dre, ri-fle, re-gra, so-pro, a-tlas, pa-la-vra...Exceções: sub-lo-car, sub-lu-nar, ab-rup-to; po-rém sub-li-nhar ou su-bli-nhar, sub-le-var ou su-ble-var (VOLP).

d) encontros consonantais iniciais: gno-mo, pneu,psí-qui-co...

2. SEPARAM-SE AS LETRAS QUEREPRESENTAM:a) hiatos: pes-so-a, ca-res-ti-a, pe-rí-o-do, ál-co-ol,

co-e-lho, du-e-lo, a-ve-ri-gu-o, co-or-de-nar, re-pre-en-der, xi-i-ta...

b) falsos hiatos: mai-o, a-rei-a, goi-a-ba, tu-xau-a,ta-pui-a...

c) dígrafos: rr, ss, sc, sç, xc: ter-r a, cras-so, des-cer,cres-ça, ex-ce-to...

Observações:1) encontros consonantais com “s” interno (se-

param-se após o S):felds-pa-to, tungs-tê-nio, ads-trin-gen-te, pers-pi-caz...

2) as palavras terminadas em ia (ea), ie, io (eo), ua(oa), ue, uo – sendo a sílaba anterior tônica, em-bora possam ser pronunciados como hiatos – sãoinseparáveis: gló-ria, sé-rie, sá-bio, co-le-tâ-nea,gê-meo, tê-nue, nó-doa, es-pá-dua, am-bí-guo.

3. TRANSLINEAÇÃO:a) não se deve deixar vogal isolada no final ou no

início da linha: (a-/jeitar) – (á-/gua) – (anisti-/a) –(acentu-/e)...

b) deve-se evitar a partição em “pontos críticos”,isto é, onde um dos elementos lembre palavra ri-dícula ou obscena: (fede-/ral) – (cu-/pido) – (dele-/gado) – (acú-/mulo)...

c) nos compostos, devido à clareza, podemos re-petir o hífen: (quarta-/-feira) – (vaga-/-lume) –(mal-/-estar) – (couve-/-flor)...

EXERCÍCIOS

1. Indique a série em que a divisão silábica está correta.a) a-brup-ta-men-te – per-spi-cá-ci-a – en-xa-gu-ou.b) trans-a-tlân-ti-co – sub-lin-gu-al – mne-mô-ni-co.c) sub-li-me – a-ben-çô-o – sa-bi-a – sa-i-a.d) a-má-veis – sa-iu – a-pói-o – sa-ú-de.e) i-gu-ais – lín-gu-a – Pi-auí – amíg-da-la.

2. Dadas as palavras:1) tung-stê-nio,2) bis-a-vó,3) du-e-lo,constatamos que a separação silábica está corretaa) apenas na palavra nº 1.b) apenas na palavra nº 2.c) apenas na palavra nº 3.d) em todas as palavras.e) em nenhuma delas.

3. Assinale a opção em que não há erro.a) con-sci-ên-cia – si-gni-fi-car – i-lu-mi-nar – sin-

fo-nia.b) go-ia-ba-da – su-bli-nha-do – a-ten-ção – e-xer-cí-cio.c) su-bli-ma-do – a-po-ia-do – o-cor-rer – pneu-má-

ti-co.d) con-sti-tui-ção – per-spi-caz – cren-ça – ima-gi-

ná-rio.e) pau-lis-ta – ra-dí-cu-la – po-ten-cia-ção – de-sa-fe-to.

4. Assinale a opção com a divisão silábica incorreta.a) a-bai-xa-do.b) ba-i-nhas.c) ha-vi-a.d) es-fi-a-pa-da.e) si-me-tria.

5. A opção em que todas as palavras apresentam sepa-ração correta de sílabas éa) ex-ce-ção – cre-sci-men-to – pro-fes-sor.b) ins-tru-ção – ex-ci-tar – eu-ro-pe-u.c) ex-ce-len-te – a-vi-ão – me-io.d) pers-pe-cti-va – am-bí-guo – trans-por-te.e) rit-mo – dig-no – ap-to.

6. A separação silábica de: cooperar – caíeis – tainha– feldspato é, respectivamente,a) coo-pe-rar – caí-eis – tai-nha – feld-spa-to.b) co-o-pe-rar – ca-í-eis – ta-i-nha – felds-pa-to.c) coo-pe-rar – ca-í-eis – ta-i-nha – fel-dspa-to.d) coo-pe-rar – ca-í-eis – tai-nha – fel-dspa-to.e) co-o-pe-rar – caí-eis – tai-nha – feld-spa-to.

7. Assinale a separação silábica feita incorretamente.a) ca-a-tin-ga.b) oc-ci-pi-tal.c) psi-co-lo-gia.d) cons-ci-ên-cia.e) in-te-lec-ção.

8. Assinale a opção com correta separação silábica.a) Cla-ri-ssa – me-lhor – bo-ni-ta – a-cor-doub) ca-í-do – ím-pe-to – ne-ces-si-da-de – ca-cho-rrosc) cor-rer – le-i-to-sos – ne-ce-ssi-da-de – clas-sed) des-or-de-nar – miú-da – lu-min-o-so – hum-a-noe) pu-li-nhos – sor-ri – des-cí-eis – ti-ves-se – fa-ís-ca

9. Em qual opção não há erro de separação silábica?a) trans-a-mé-ri-ca – res-pei-to – ba-e-ta – a-tras-a-do.b) ab-sol-ver – his-tó-ria – su-per-sti-ção – a-í.c) ve-io – fui-nha – ei-xo – cau-ci-o-nar – ia-iá.d) trans-por-te – ca-iais – pa-ra-guai-o – a-real.e) de-sa-bri-do – a-blu-ção – bi-sa-vô – co-e-so.

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10. Qual a série com separação silábica correta?a) as-sa-ssi-na-da – chei-ro – ma-de-i-ra.b) pers-pi-caz – felds-pa-to – des-cer.c) avi-so – mi-nha – in-fân-cia.d) per-spi-caz – em-pa-pa-da – pa-i-nei-ra.e) extra-or-di-ná-rio – ve-lha – fel-ds-pa-to.

11. Em qual houve erro de separação silábica?a) cons-ci-ên-cia.b) psi-có-lo-go.c) flui-do.d) pá-ti-o.e) de-sa-ce-le-rar.

12. A separação silábica está incorreta ema) car-ros-sel – pro-rro-gar.b) in-cons-ci-en-te – des-can-sar.c) pe-chin-char – a-pa-nhar.d) pros-se-guir – pas-sa-do.e) ex-ce-ção – ex-ce-lên-cia.

13. Qual a opção correta?a) abs-ces-so – ri-tmo – sub-ju-gar.b) se-cre-ta-ria – ins-tru-ir – né-c-tar.c) co-o-pe-rar – tungs-tê-ni-o – i-gu-ais.d) cir-cu-i-to – subs-cre-ver – a-po-teo-se.e) fi-a-do – flui-do – ru-im.

14. Assinale a série em que há separação incorreta.a) cin-zei-ro – quais-quer – Ja-cu-í.b) pro-i-bi-do – sa-ú-de – cons-ci-ên-cia.c) sa-güi – ar-cai-co – su-ce-dâ-neo.d) subs-cre-ver – di-á-ri-o – vá-cu-o.e) cog-no-me – al-fai-a-te – cáp-su-la.

15. Assinale a opção com separação silábica correta.a) fre-qüên-cia – au-sên-cia – ab-rup-ta-men-te.b) má-go-a – ja-nei-ro – ra-zoá-vel.c) se-ria-do – pára-bri-sa – I-tá-lia.d) gau-cha-da – cor-rei-o – de-sa-ca-tar.e) ex-ci-ta-do – nas-ci-do – p-neu.

GABARITO COMENTADO

1. d Obs.: a) ab-rup-ta-men-te – pers-pi-cá-cia –en-xa-guou. b) tran-sa-tlân-ti-co; c) su-bli-me, sai-a. e) i-guais – lín-gua – Pi-au-í, a-míg-da-la.

2. c 3) du-e-lo (hiato); Obs.: 1) tungs-tê-nio,2) bi-sa-vó.

3. e Obs.: a) cons-ci-ên-cia – sig-ni-fi-car – sin-fo-ni-a; b) goi-a-ba-da; c) a-poi-a-do; d) cons-ti-tui-ção – pers-pi-caz – i-ma-gi-ná-rio.

4. e si-me-tria / si-me-tri-a. 5. e Obs.: a) cres-ci-men-to; b) eu-ro-peu; c) mei-o;

d) pers-pec-ti-va. 6. b co-o-pe-rar – ca-í-eis – ta-i-nha – felds-pa-to. 7. c psi-co-lo-gia / psi-co-lo-gi-a. 8. e Obs.: a) Cla-ris-sa; b) ca-chor-ros; c) lei-to-sos

– ne-ces-si-da-de; d) de-sor-de-nar – mi-ú-da– lu-mi-no-so – hu-ma-no.

9. e Obs.: a) tran-sa-mé-ri-ca – a-tra-sa-do; b) su-pers-ti-ção; c) vei-o – fu-i-nha – cau-cio-nar;d) cai-ais – a-re-al.

10. b Obs.: a) as-sas-si-na-da – ma-dei-ra; c) a-vi-so;d) pers-pi-caz – pai-nei-ra; e) ex-tra-or-di-ná-rio – felds-pa-to.

11. d pá-ti-o / pá-tio.12. a pro-rro-gar / pror-ro-gar.13. e Obs.: a) rit-mo; b) se-cre-ta-ri-a – néc-tar; c) tungs-

tê-nio – i-guais; d) cir-cui-to – a-po-te-o-se.14. d di-á-ri-o / di-á-rio – vá-cu-o / vá-cuo.15. a Obs.: b) má-goa – ra-zo-á-vel; c) se-ri-a-do,

pá-ra-bri-sa; d) ga-u-cha-da; e) pneu.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1. REGRAS DE ACENTUAÇÃO BASEADAS NATONICIDADE

TERMINAÇÕES TONICIDADE

a(as) e(es) o(os) em(ens) Outras(*) 1. Oxítonas X X X X não 2. Mon. tônicas X X X não não 3. Paroxítionas não não não não X 4. Proparoxítonas X X X X X

(*) l, n, r, x, ps, um, i(s), us, ã, ão, ditongos.

Exemplos:Oxítonas: araçá, lilás, dendê, revés, paletó, retrós,porém, amá-lo, vendê-lo.Monossílabas tônicas: trás, lá, fé, rés, mês, pó,cós, dá-lo.Paroxítonas: útil, éden, âmbar, tórax, bíceps, ál-bum, ímã, sótão, júri, pônei, série.Proparoxítonas: friíssimo, ínterim, anátema,bávaro, álibi, período.

Observações:1) Veja que só não são acentuadas as paroxítonas

terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens).2) Alguns gramáticos, entre eles Celso Cunha,

baseados no Formulário Ortográfico de1943, consideram proparoxítonos os vocábu-los terminados em ditongos crescentes, comoglória, série, sábio, água, tênue, mágoa, gê-meo, etc.

2. OUTRAS REGRAS DE ACENTUAÇÃO

a) Ditongos (éi, ói, éu) – abertos e tônicos:éi – réis, fiéis, idéia;ói – dói, faróis, jóia;éu – céu, chapéu, mundéu.

b) Hiatos1) Hiato êe – da 3ª pessoa do plural dos verbos.

dar – dêem ver – vêemler – lêem crer – crêemO mesmo ocorre com derivados desses verbos:desdêem, prevêem, antevêem, provêem, re-lêem, descrêem, etc.

2) Hiato ôo – da 1ª pessoa do singular dos verbosterminados em:oar – vôo, magôo, enjôo, abotôo, corôo, côo, etc.oer – môo, rôo, remôo, condôo-me, etc.

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3) Hiatos em “i” e “u” – quando tônicos, sozi-nhos ou seguidos de “s”.Exemplos:

ca-í, sa-ú-de, fa-ís-ca, ba-la-ús-tre.Exceções (não são acentuados):a) “i” seguido de nh: campainha, moinho,

fuinha, tainha, etc.b) “i” e “u” repetidos: xiita, vadiice, juuna,

paracuuba, etc.

c) Acento Diferencial1) vocábulos tônicos (homógrafos de preposiçõesou combinações): pára, pêlo(s), pêra, pélo(a)(os)(as), péra, pôr, pôla(s), pôlo(s), pólo(s), póla(s),côa(s).Exceções: pôde/pode (verbo), ás/às/as (CelsoCunha, Cegalla e outros).2) 3a pessoa do plural dos verbos ter, vir e deri-vados: tem/têm, vem/vêm, contém/contêm, in-tervém/intervêm, obtém/obtêm, advém/advêm.

d) Acentuação dos grupos – gue, gui, que, qui.1) Trema: “u” sonoro e átono: tranqüilo2) Acento: “u” sonoro e tônico: averigúeExemplos: arguo, argúis, argúi, argüimos, argüis,

argúem.

Palavras de dupla prosódia (VOLP)a) Com ou sem acento: acróbata, alópata, amné-

sia, autópsia, boêmia, crisântemo, hieróglifo,homília, nefelíbata, Oceânia, ômega, ortoépia,projétil, réptil, safári, sóror, xérox, zângão.

b) Com ou sem trema: equídeo, equidistante,equilátero, equípede, equitativo, equivalente,líquido (e derivadas), questão (e derivadas),quérulo, sanguinário, sanguíneo, sanguinoso,séquito.

EXERCÍCIOS

1. Aponte a série com erro de acentuação gráfica.a) pegada – sinonímia .b) êxodo – aperfeiçoe.c) álbuns – atraí-lo.d) ritmo – itens.e) redimí-la – grátis.

2. Qual a opção correta para preencher as lacunas?Essa ......................... é causada por um ...................de forma ..........................a) moléstia – vírus – esferóide.b) moléstia – virus – esferóide.c) molestia – vírus – esferóide.d) moléstia – virus – esferoide.e) molestia – virus – esferoide.

3. Qual a opção correta para preencher as lacunas?Eles ....... em tudo quanto ........a) creem – leem.b) crem – lem.c) crêm – lêm.d) crêem – lêem.e) crêem – lêm.

4. As palavras após e órgãos são acentuadas por se-rem, respectivamente,a) paroxítona terminada em s e proparoxítona.b) oxítona terminada em o(s) e paroxítona terminada

em ditongo.c) proparoxítona e paroxítona terminada em s.d) monossílaba tônica e oxítona terminada em o se-

guido de s.e) proparoxítona e proparoxítona.

5. Qual a opção correta para preencher as lacunas?Terminado o ......, o .......... recebeu ........... aplausos.a) vôo – herói – veemêntes.b) voo – heroi – vêementes.c) vôo – heroi – veementes.d) voo – herói – vêementes.e) vôo – herói – veementes.

6. A acentuação das palavras pudico, interim , aerolito,foi, aqui, caso ocorra, propositadamente eliminada.Quanto à tonicidade, sua respectiva classificação éa) paroxítona – paroxítona – paroxítona. b) paroxítona – proparoxítona – proparoxítona.c) proparoxitona – proparoxítona – proparoxítona.d) paroxítona – proparoxítona – proparoxítona.e) paroxítona – oxítona – paroxítona.

7. Marque a série em que todos os vocábulos são acen-tuados por serem paroxítonos.a) imã – album – alem.b) item – ritmo – assembleia.c) orfão – biceps – indelevel.d) lapis – miosotis – avaro.e) interim – rubrica – fenix.

8. Assinale a opção em que há erro de acentuação.a) apóiam – obliqúe – averigúe.b) cauím – egoísta – contêm.c) órgão – estréiam – saúva.d) inexcedível – influí – enjôo.e) concluí – além-túmulo – médium.

9. Aponte a frase em que há erro de acentuação.a) “Um pensamento que nos ilumine a existência, eis

o melhor presente que os céus nos podem dar.”b) “No esquema cósmico tudo têm um propósito a

preencher.”c) “O acaso é, talvez, o pseudônimo que Deus usa,

quando não quer assinar suas obras.”d) “A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.”e) “Sê humilde, se queres adquirir a sabedoria; sê mais

humilde ainda, quando a tiveres adquirido.”

10. Qual a opção correta para preencher as lacunas?Por favor, ....... com esse .......... pois precisamos de.........................a) para – ruído – tranqüilidade.b) para – ruido – tranquilidade.c) para – ruído – tranquilidade.d) pára – ruido – tranqüilidade.e) pára – ruído – tranqüilidade.

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11. Dadas as palavras:1) apóiam, 2) baínha, 3) abençôo,constatamos que está (estão) corretamente grafada(s)a) apenas a palavra nº 1.b) apenas a palavra nº 2.c) apenas a palavra nº 3.d) apenas as palavras 1 e 2.e) apenas as palavras 1 e 3.

12. Em qual das séries todas as palavras devem receberacento gráfico?a) taxi – hifen – gas.b) ritmo – amor – lapis.c) chines – ruim – jovem.d) juriti – gratís – traz.e) açucar – abacaxi – molestia.

13. Assinale a série em que pelo menos um vocábuloapresenta erro de acentuação gráfica.a) urubú – bainha – raíz.b) Grajaú – automóvel – retêm (3ª pessoa do plural).c) pôde – vôos – revêem.d) colibri – raízes – balaústre.e) amá-la – colher – álbum.

14. A única série de palavras corretamente acentuadas éa) hieróglifo – javanês – lingüística – urutú.b) sósia – dá-lo – órgão – vêzes.c) gás – pôde – fusível – retrós.d) jibóia – viés – fa-lo-á – construí-lo.e) cajá – hás – vácuo – púdico.

15. Em qual das frases não ocorre erro de prosódia?a) Eis aí um prototipo de rúbrica de um homem vai-

doso.b) Para mim a humanidade está dividida em duas

metades: a dos filântropos e a dos misântropos.c) Os arquétipos dos iberos são mais pudicos do que

se pensava na Antiguidade.d) Nesse interim, chegou o médico com a conta-

gem dos leucocitos e o resultado da cultura delêvedos.

e) Ávaro de informações, segui as pegadas do éfebo.

16. Qual a opção que completa corretamente as frases?I. Cada qual faz como melhor lhe ........................ .II. O que ...................... estes frascos?III. Neste momento os teóricos .............. os conceitos.IV. Eles ............... a casa do necessário.a) convém – contêm – revêem – provêem.b) convém – contêm – revêem – provém.c) convém – contém – revêm – provêm.d) convêm – contém – revêem – provêem.e) convêm – contém – revêem – provêem.

17. Qual a opção correta para preencher as lacunas?Pôs com ....................... os ................................. .a) displicencia – papéis sobre a mesa.b) displicencia – papéis sôbre a mesa.c) displicência – papéis sôbre a mesa.d) displicência – papéis sobre a mesa.e) displiscência – papéis sobre a mesa.

18. Qual a série que não está totalmente correta?a) destituído – diluído – conteúdo.b) anágua – árduo – bênção.c) francês – inglês – inglêsa.d) benefício – benemérito – bíblico.e) tamanduá – seda – apóia.

19. Em qual das séries nenhuma palavra é acentuada?a) bonus – tenis – aquele – virus.b) repolho – cavalo – onix – grau.c) juiz – saudade – ritmo – flores.d) levedo – carater – condor – ontem.e) caju – virus – niquel – ecloga.

20. Qual a opção correta para preencher as lacunas?O ............ era grande. Os exportadores de .......... ten-taram, inutilmente, ...................... .a) prejuízo – têxteis – reduzi-lo.b) prejuizo – téxteis – reduzi-lo.c) prejuizo – têxteis – reduzí-lo.d) prejuizo – téxteis – reduzí-lo.e) prejuízo – texteis – reduzi-lo.

GABARITO COMENTADO

1. e e) redimí-la /redimi-la (s/acento: oxítona c/term. i).

2. a a) moléstia (parox. term. em ditongo, ouproparox.) – vírus (parox. c/term. us) –esferóide (dit. aberto tônico).

3. d Eles crêem em tudo quanto lêem (hiatos: 3ª p.pl. de “crer” e “ler” ).

4. b após (oxítona c/term. os); órgãos (parox. term.em ditongo).

5. e vôo (hiato: verbo term. em oar) – herói (dit. abertotônico) – veementes (s/acento: parox. c/term. es).

6. b pudico (s/acento: parox. c/term o:), ínterim(proparox.), aerólito (proparox.).

7. c c) órfão, bíceps, indelével. Obs.: a) além(oxítona); assembléia (dit. aberto tônico); d)avaro (s/acento: parox. c/term. o). e) ínterim(proparox.), rubri ca (s/acento: parox. c/term. a).

8. b cauím / cauim (cau-im: s/ acento, hiato segui-do de “m”).

9. b ... tudo têm tem (conc. c/suj. subl.)...10. e pára (ac. diferecial: pára / para) – ruído (ru-í-do:

hiato) – tranqüilidade (qüi: u sonoro e átono).11. e 1) apóiam (dit. aberto tônico); 3) abençôo

(hiato ô-o: v. term. em oar). Obs.: 2) baínha /bainha (ba-i-nha: hiato nasalizado por nh).

12. a a) táxi (parox. c/term. i) – hífen (parox. c/term.en); – gás (mon. tônico c/term. as). Obs.:b) lápis (parox. c/term. is); c) chinês (oxítonac/term. es); d) grátis (parox. c/term. is); e) açú-car (parox. c/term. r), moléstia (parox. c/term.ditongo, ou proparox.).

13. a a) urubú / urubu (s/acento: oxítona c/term. u),raíz / raiz (ra-iz: s/acento hiato seguido de z).

14. c c) gás (mon. tônica c/term. as) – pôde (ac. diferen-cial: pôde/pode) – fusível (parox. c/term. l) – retrós(oxítona c/term. os). Obs.: a) hieróglifo (ouhieroglifo: dupla prosódia) – urutú / urutu; b) vêzes/ vezes; d) fa-lo-á /fá-lo-á; e) púdico / pudico.

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15. c c) Os arquétipos dos iberos são mais pudicosdo que se pensava na Antiguidade (ou Anti-güidade). Obs.: a) prototipo de rúbrica pro-tótipo de rubri ca; b) filântropos / filantropos... misântropos / misantropos; d) interim / ínte-rim ... leucocitos / leucócitos ... e) Á varo / Ava-ro ... éfebo / efebo.

16. a convém (convir: 3ª p. sing. / oxítona c/term.em) – contêm (conter: 3ª p. pl. / ac. diferen-cial; contém/contêm) – revêem (rever: 3ª p. pl.:hiato ê-e) – provêem (prover: 3ª p. pl.: hiato ê-e).

17. d displicência (parox. term. em ditongo ouproparox.) – papéis (dit. aberto tônico) sobre(parox. c/term. e).

18. c c) inglêsa / inglesa (s/acento: parox. c/term. a).19. c Obs.: a) bônus, vírus. (parox. c/term. us) – tênis

(parox. c/term. is) b) ônix (parox. c/term. x);d) levedo (ou lêvedo); caráter (parox. c/term.r); condor (s/acento: oxítona c/term. r); e) ví-rus (parox. c/term. us); níquel (parox. c/ term.l); écloga (proparox.).

20. a a) prejuízo (pre-ju-í-zo: hiato) – têxteis (parox. c/term. is) – reduzi-lo (s/acento: oxítona c/term. i).

EMPREGO DA PALAVRA PORQUÊ

EQUIVALÊNCIAS por que por quê porquê porque1. por que (motivo)

pelo qual e flexõesX

2. por que (motivo)– antes de sinal de

pontuaçãoX

3. substantivo– determinado por

artigo/pronomeX

4. pois, visto que, oucom outros valores

X

Exemplos:• Já sei por que não és mais nosso candidato.• Por que as pessoas não são mais sinceras?• Não deverias trair os princípios por que sem-

pre lutaste.• Tanto estudo, tanto trabalho, por quê?• Os políticos reclamam sem saber por quê.• Você é o porquê da minha vida.• Sejam perspicazes, porque a vida é luta re-

nhida.• A questão é mais difícil porque não tem solu-

ção.• Estudem porque possam fazer excelente prova.

EXERCÍCIOS

1. Qual a opção que não se completa com por que?a) Quero saber .......... não me convidaram.b) .......... você não nos ajuda mais?c) A situação é difícil .......... não temos saída.d) Diga-me a razão........... ela concordou tão facil-

mente.e) Todos querem saber o ........... tanta teimosia.

2. Qual a série que completa corretamente as lacunas?I. Gostaria de saber ............ ficaram perplexos.II. Quero saber o ............. da tua recusa.III. Não me perguntes nada, ............... não tenho asrespostas.IV. .................... lugares distantes andamos?a) porque – porquê – por que – Porque.b) por que – porquê – porque – Por que.c) por que – porque – porque – Por quê.d) porquê – porque – por quê – Por que.e) porque – porquê – porque – Por que.

3. Qual a série que completa corretamente as lacunas?I. O serviço de encomenda de filhos e o serviço deconstrução de escolas não funcionam juntos, ...........?II. Ignoro ........... andam tão distanciados.III. ......... vivem tão distanciados?IV. O .......... de tudo resume-se nisto: desorganização!a) por quê – por que – Por que – porquê.b) por que – porque – Por que – por quê.c) por que – porque – Porque – porque.d) por quê – porque – Por que – porque.e) por que – porque – Por que – porquê.

4. Qual a opção que completa corretamente os espaços?1)Maria Clara estava melancólica sem saber .............2) Ela se indagava o ............... da situação: estavatriste .............. o namorado tinha partido?3) Não, era ................. ele não lhe tinha dito adeus.a) porquê – por quê – porque – por que.b) por que – por que – por que – porque.c) por quê – por quê – porque – porquê.d) por quê – porquê – porque – porque.e) por que – por quê – por quê – porque.

5. Qual a série que completa corretamente as lacunas?1) – ............ me consideras prepotente?2) – ................. tenho meu ponto de vista.3) – E não o expões .................. ?4) – Isso nem eu sei o ................. .a) Por que – Porque – por que – por quê.b) Por que – Porque – por quê – porquê.c) Porque – Por que – porque – por quê.d) Por quê – Porque – por que – porquê.e) Porque – Porque – por quê – por quê.

6. Qual a série que completa corretamente as lacunas?I. ............. não fui convidado, não compareci à festa.II. Localizei no mapa as ruas .......... teremos de passar.III. Continuo sem saber o ................ da confusão.IV. ................... não perguntam ao Lalau?a) Por quê – por que – por quê – Por que.b) Por que – porque – porque – Por quê.c) Porquê – porque – por quê – Por que.d) Porque – por que – porquê – Por que.e) Porque – por que – porquê – Por quê.

7. Assinale a frase correta.a) Não sei por que discutimos.b) Ele não veio por que estava doente.c) Mas porque não veio ontem?d) Não respondi porquê não sabia.e) Eis o porque da minha viagem.

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8. Qual a série que completa corretamente as lacunas?I. Você não fala mais conosco, ................. ?II. ............. nossos convidados não vieram?III. Não atino o .................. de atitude tão radical.IV. Todos fugiram mesmo sem saber ............... .V. Não vejo ............... razão ainda não me pagaram.VI. Não se vá, ............ ainda preciso falar com você.a) por quê – Por que – porquê – por quê – por que –

porque.b) por que – Por quê – porque – por quê – por quê –

porquê.c) por quê – Por quê – porque – porquê – por quê –

por quê.d) por que – Porquê – por que – porque – por que –

por quê.e) porque – Porquê – por quê – por que – por que –

porque.

9. Qual a frase incorreta?a) Alguns já sabem por que ela se demitiu.b) Todos estão chorando, por quê?c) Olha o precipício por que fomos obrigados passar!d) Porque razão não trabalhas mais com teu pai?e) Não sei por que não quero saber, e pronto!

10. Qual a série correta para completar as lacunas?I. Você se preocupa ........ tipo de problema?II. Não esclareceu .......... rodovias passou.III. Não disse ......... motivo faltou.a) porque – porque – porque.b) por que – por que – por que.c) por que – porque – por que.d) porque – por que – porque.e) por que – porque – porque.

GABARITO COMENTADO

1. c c) porque (= pois, visto que). Obs.: a) por que(=por que motivo); b) Por que (= por quemotivo); d) por que (= pela qual); e) porquê(substantivo).

2. b I. por que (= por que motivo); II. porquê(substantivo); III. porque (=pois); IV. Por que(= por quais).

3. a I. por quê (= por que motivo, final de ora-ção); II. por que (= por que motivo); III. Porque (=por que motivo); IV. porquê (substan-tivo).

4. d 1) por quê (= por que motivo, final de ora-ção); 2) porquê (substantivo)... porque (= vis-to que; pergunta c/resposta implícita); 3) por-que (= visto que)

5. b 1) Por que (= por que motivo); 2) Porque (=visto que); 3) por quê (= por que motivo; finalde oração); 4) porquê (substantivo).

6. d I. Porque (= visto que); II. por que (=pelasquais); III. porquê (substantivo); IV. Por que(=por que motivo).

7. a a) Não sei por que = por que motivo) ... Obs.: b)Ele não veio por que porque = pois)... c) Masporque por que = por que motivo)... d) Não res-pondi porquê porque = pois)... e) Eis o porqueporquê (substantivo).

8. a I. por quê (= por que motivo; final de ora-ção); II. Por que (= por que motivo); III. por-quê (substantivo); IV. por quê (= por quemotivo: final de oração); V. por que razão(= por que motivo); VI. porque (=pois).

9. d Porque Por que razão (motivo) não trabalhasmais com teu pai?

10. b I. por que (= por qual); II. por que (= porquais); III. por que motivo...

CRASE

Do grego krâsis (mistura, fusão). Em gramática nor-mativa, significa a contração ou fusão de duas vogais em umasó (aa > à), esse fenômeno é indicado pelo acento grave.Formulário Ortográfico (título XII, nº 43, 16ª regra).

A crase vai ocorrer quando houver a fusão da pre-posição “a” com:

1) o artigo feminino “a” ou “as”Refiro-me a a concorrência.

prep.+ art.

Refiro-me à concorrência. crase

2) o pronome demonstrativo “a” ou “as”Perdoarei a as que quiserem. prep. + pron. demonst.

Perdoarei às que quiserem. crase

3) os pronomes demonstrativos “aquilo”, “aquele”e flexõesAssistirei a aquele filme. prep. + pron. demonst.

Assistirei àquele filme. crase

CASOS EM QUE PODE OCORRER CRASE

1. Antes de palavras femininas(claras ou subentendidas)Dirijam-se à secretaria.Usava bigodes à Salvador Dali. (à moda de)

Método prático:Substituir a palavra feminina por masculina eobservar a conseqüência (a > ao = à).

O orador aspirava a(?) fama.O orador aspirava ao sucesso.O orador aspirava à fama.

Os críticos elogiaram as(?) poesias.Os críticos elogiaram os poemas.Os críticos elogiaram as poesias.

2. Antes dos pronomes relativosque, a qual e as quais• Dirigiu-se à que estava ao seu lado.• As pessoas às quais aludimos moram no Sul.

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Método prático:Substituir o antecedente por palavra masculinae observar a conseqüência (a > ao > à).

Esta caneta é igual a(?) que perdi.Este livro é igual ao que perdi.Esta caneta é igual à que perdi.

Vi a peça a(?) que te referes.Vi o filme a que te referes.Vi a peça a que te referes.

A glória a(?) qual aspirei era efêmera.O êxito ao qual aspirei era efêmero.A glória à qual aspirei era efêmera.

3. Com os pronomes demonstrativosaquilo, aquele (e flexões)• Não chegarás àquele patamar.• Sempre visou àquilo mesmo.

Método prático:Substituir os pronomes, respectivamente, por“isto” ou “este”, observando a presença ounão da preposição.aquilo > isto = aquiloaquele > este = aqueleaquilo > a isto = àquiloaquele > a este = àquele

O povo não obedecia aquelas(?) leis.O povo não obedecia a estas leis.O povo não obedecia àquelas leis.

Ninguém aceitou aquilo(?).Ninguém aceitou isto.Ninguém aceitou aquilo.

4. Crase antes de nomes de lugaresSó haverá crase se houver artigo a.• Quando formos à Bahia. (há artigo)• Quando formos a Belém. (não há artigo)

Método prático para saber se há artigo“Versinho da Tia Júlia”:Se estou na ou volto da, pode haver crase no a;Se estou em ou volto de, crase pra quê?

Os turistas dirigiam-se a (?) Califórnia. prep. a + art. a (estou na Califórnia)Os turistas dirigiam-se à Califórnia. (dirigir-se a...)

Observação:Nomes de lugares, quando qualificados, sem-pre serão determinados por artigo.• Ainda voltarei à Roma eterna.

CASOS PARTICULARES

1. Com a palavra “casa”a) Significando lar (nossa própria casa).

Aparece sozinha, isto é, sem adjetivos, prono-mes ou locuções.Nesse caso, não há crase porque não há artigo.• Ao chegarmos a casa, já era noite alta.

b) Indicando ser a casa de outrem ou estabele-cimento comercial, aparece acompanhada deadjetivos, pronomes ou locuções.Nesse caso, pode haver crase: há artigo, masdepende de preposição.• Logo chegaremos à casa dos noivos. (chegar a)

• Todos querem comprar a casa própria. (v.t.d.)

2. Com a palavra “terra”a) Significando terra firme (o oposto de mar,

água, bordo), aparece sem adjetivos, pronomesou locuções.Nesse caso, não há crase porque não há artigo.• Os turistas foram a terra comprar flores.

b) Significando lugar (cidade, estado, país), apa-rece com adjetivos, pronomes ou locuções.Nesse caso, pode haver crase: há artigo, masdepende de preposição.• Os marujos retornaram à terra dos piratas. (retornar a)

• Gostaria de conhecer a terra de meus pais. (v.t.d.)

3. Com a palavra “distância”A única locução adverbial formada com palavrafeminina em que não ocorre crase é “a distân-cia”; entretanto, se estiver determinada, teremoslocução prepositiva, acentuada: “à distância de”.• O povo ficou a distância do congresso.• O povo ficou à distância de cem metros.

4. Crase facultativaa) Antes de nomes personativos femininos

• Os diretores referiam-se a (à) Maria Helena.Se fosse um nome personativo masculino:

• Os diretores referiam-se a (ao) Paulo Miguel.• O uso de artigo é facultativo.

Observação:Vindo o nome determinado como de pessoaamiga, parente, a crase não mais será facul-tativa, porque nesse caso o uso do artigo sefará mister.• Os diretores dirigiram-se à Maria Helena,

a minha irmã.

b) Antes de pronomes possessivos adjetivos• Antes de tudo viso a (à) minha salvação.

Se fosse um pronome masculino:• Antes de tudo viso a (ao) meu bem-estar.

O uso do artigo é facultativo.

Observação:Em se tratando de pronome adjetivo no plu-ral ou de pronome substantivo (e havendo apreposição) a crase será de rigor:• Referiu-se às suas obras.• Viso a (à) minha salvação e não à tua.

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c) Na locução “até a”• Esta alameda vai até a (à) fazenda do meu pai.

Se houvesse um nome masculino:• Esta alameda vai até o (ao) sítio do meu pai.

Pode-se inferir que é facultativa a combina-ção das preposições até e a para ressaltar aidéia de limite ou exclusão.

5. Crase em locuções com palavras femininasAcentua-se o a das locuções adverbiais, prepositivase conjuntivas, formadas com palavras femininas.a) Locuções adverbiais

• À primeira vista , o trabalho pareceu-nosbem simples.

• Sempre estudei à noite e nem por isso fi-quei obscuro.

b) Locuções prepositivas• Quem vive à espera de facilidades, encon-

tra falsidades.• Triunfaremos à custa de nossos méritos.

c) Locuções conjuntivas• O flagelo aumentava à medida que as chu-

vas continuavam.• À proporção que subíamos, o ar tornava-se

mais leve.

Observações:1) Segundo alguns autores, às vezes, o acento gra-

ve no “a” (à) representa a pura preposição querege substantivo feminino, formando locuçãoadverbial. (Bechara, R. Lima)

Se tal procedimento não fosse adotado, tería-mos, então, muitas frases ambíguas.• O rapaz cheirava a bebida.

(aspirava o cheiro da bebida)• O rapaz cheirava à bebida.

(exalava o cheiro da bebida)

2) Em relação à crase nas locuções adverbiais, hádivergência entre alguns gramáticos; porém háconsenso nos casos em que possa haver ambi-güidade:• Fique a vontade na sala. É sujeito ou adj. adv. modo?

EXERCÍCIOS

Qual a opção correta para completar as lacunas?

1. De ....... muito, ele se desinteressou em chegar a ocu-par cargo tão importante, ....... coisas mais simplesna vida e que valem mais que a posse momentâneade certos postos de relevo ....... que tantos ambicio-nam por amor ....... ostentação.a) a – há – à – à.b) a – hão – a – à.c) há – as – a – a.d) há – a – a – a.e) há – há – a – à.

2. Fique ....... vontade e confie ....... mim tudo que tem....... dizer.a) a – a – à.b) à – à – à.c) à – a – a.d) a – à – a.e) à – a – à.

3. “Chamam ....... isto de aventura?Tão logo desceram ....... terra, os aviadores foram cal-mamente assistir ....... sessão, depois voltaram .......pressas, deixando os repórteres ....... meio quarteirãode distância.”a) a – a – à – às – a.b) a – à – a – as – a.c) a – a – a – às – à.d) à – à – a – as – à.e) a – à – a – as – à.

4. Fomos ..... Roma e ....... bela Paris; nosso amigo vie-ra ....... Londres e dirigia-se ..... Alemanha.a) a – a – de – à.b) à – a – de – à.c) a – à – de – a.d) a – à – de – à.e) à – à – de – a.

5. Recorreu ..... irmã e ..... ela se apegou como ...... umatábua de salvação.a) à – à – a.b) a – a – a.c) à – a – a.d) à – a – à.e) à – à – à.

6. Refiro-me ..... atitudes de adultos que levam as moças........ rebeldia insensata e ...... uma fuga insensata.a) às – à – à.b) as – à – a.c) as – à – à.d) às – a – à.e) às – à – a.

7. I. ........ meia-noite chegamos ....... Bahia.II. Gosto muito de andar ...... pé.III. Vive, entregue ....... luta pela vida.IV. É grande a distância do Rio ...... Belém.V. Abrimos ....... oito horas.a) A – à – à – à – à – às.b) À – à – a – à – a – às.c) À – à – à – à – à – às.d) A – à – à – à – a – as.e) A – a – a – à – a – as.

8. Estou .......espera de uma certa pessoa, ....... quem po-derei pedir informações ....... respeito deste processo.a) à – à – a.b) a – à – à.c) à – a – a.d) à – a – à.e) a – a – à.

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9. O poeta aspirava ..... felicidade, mas sem ......volta daamada ele não ...... obteria.Qual a opção correta para completar as lacunas?a) à – à – a.b) a – à – a.c) à – à – à.d) à – a – a.e) à – a – à.

10. Todos acorreram ..... praça, ..... fim de apreciar osfestejos que se iniciariam daí ....... alguns instantes.a) à – a – à.b) a – à – a.c) à – à – à.d) à – à – a.e) à – a – a.

11. Eram amigos comuns .......... ele e .......... vovó, mas.......... essa altura já deviam estar muito longe.a) a – à – à.b) a – à – a.c) a – a – à.d) à – a – à.e) à – à – a.

12. Os que assistiram ....... peça chegaram ....... aplaudi-lade pé, postando-se ....... poucos metros do palco.a) à – à – há.b) à – a – a.c) a – a – à.d) à – a – há.e) a – à – a.

13. I. Devo obediência ........ professor.II. Não fiz referência ........ .III. Os alunos estavam presentes ....... acontecimentos.IV. Continuaremos fiéis ........ que são os nossos ami-gos.a) àquele – àquilo – àqueles – àqueles.b) àquele – aquilo – aqueles – àqueles.c) aquele – aquilo – aqueles – aqueles.d) àquele – aquilo – aqueles – aqueles.e) aquele – aquilo – àqueles – aqueles.

14. I. Daqui ....... pouco vai começar o exame.II. Compareci ....... cerimônia de posse do governador.III. Não tendo podido ir ....... faculdade hoje, prome-to assistir ....... todas as aulas amanhã.a) à – a – a – à.b) há – na – à – à.c) há – na – à – a.d) a – à – à – a.e) a – há – na – à.

15. Os alunos do primeiro ano ...... essas horas não sai-rão mais ...... ruas, ........ menos que estejam acompa-nhados por um veterano.a) à – às – à.b) à – às – a.c) a – às – a.d) a – às – à.e) a – as – a.

16. Dadas as sentenças:I. Meu irmão dedicou-se à áreas literárias.II. Estamos à espera de socorro.III. Transmita esta informação à Sua Excelência.deduzimos quea) apenas a sentença I está correta.b) apenas a sentença II está correta.c) apenas a sentença III está correta.d) todas estão corretas.e) nenhuma está correta.

17. Indique a sentença em que não foi empregado ade-quadamente o acento indicador de crase:a) “Foi o que procurei fazer, na medida do possível e

ao longo de vários anos, ouvindo reações à pro-posta que apresentara.”

b) “A hora das frivolidades acabara, a que começavaera a do sacrifício austero e diuturno.”

c) “Posto que Jorge falasse do coronel nas cartas queescrevia à mãe, não o dava como amigo seu.”

d) “Comparava-se ao mar daquela manhã, nem bor-rascoso nem quieto, mas levemente empolado ecrespo, tão prestes a adormecer de todo, como acrescer e arremessar-se à praia.”

e) “De Buenos Aires, chegara-lhe na véspera, a tar-de, a notícia da morte de um irmão, seu últimoparente.”

18. Assinale a frase gramaticalmente correta.a) O papa caminhava à passo firme.b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.c) Chegou à noite, precisamente as dez horas.d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas.e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.

19. Preencha corretamente com há, a, as, à, às.I. Irei ......... Belo Horizonte daqui .......... três semanas.II. Esta roupa é semelhante .......... que comprei.III. Aprecio muito andar .......... pé.IV. Ele chegou .......... dias.a) a – a – a – a – a.b) a – a – à – a – há.c) a – há – a – à – há.d) à – à – à – à – há.e) a – a – à – à – há.

20. Qual a opção que se completa corretamente com aseqüência: há – às?a) ..... algum tempo, a tecnologia revoluciona em áreas

que vão da cirurgia plástica ...... armas nucleares.b) O raio laser se revela ....... altura de um bisturi de

alta precisão ...... anos.c) ...... quem afirme que ....... áreas da medicina em

que o uso do raio laser é imprescindível.d) ...... novidade surgiu na França onde o laser está

sendo usado na restauração da Catedral, recupe-rando vestígios das cores aplicadas ...... sete sé-culos.

e) Debaixo da fuligem que conferiu um tom acinzen-tado ............ igreja, o laser revelou uma gama dedourados, azuis e vermelhos existentes ......... épo-ca da feitura de obras góticas.

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21. Qual a frase em que há erro ou omissão de crase?a) À janela, os meninos assistiam a enchente.b) Às vezes eu ia àquela fazenda a cavalo.c) Aqueles presentes foram doados a crianças pobres,

a ninguém mais.d) A calma era semelhante à que antecede a tormenta.e) Indo a casa, cheguei à Baía de Guanabara às cinco

horas da tarde.

22. Assinale a frase incorreta.a) Irei a Recife brevemente.b) Seu amigo o espera há tempo.c) A prova foi marcada há tempo de minha chegada.d) Não quero que vá embora, só daqui a instantes.e) De hoje a oito dias, haverá um show no salão de

festas do clube.

23. Assinale a opção em que há erro no emprego do acentoindicativo de crase.a) Passeio à Tijuca.b) Passeio à Urca.c) Passeio à Ipanema.d) Passeio à Barra da Tijuca.e) Passeio à Gávea.

24. Assinale a alternativa em que o acento indicativo dacrase foi empregado corretamente.a) Venho à mando do professor.b) Escreveu uma carta à lápis.c) Aquele duque pertencia à casa de Orleans.d) Não esforce a vista, compre óculos à prazo.e) Admirei o quadro à óleo.

25. Marque a alternativa correta, quanto ao acentoindicativo da crase.a) A cidade à que me refiro situa-se em plena flores-

ta, a algumas horas de Manaus.b) De hoje à duas semanas estaremos longe, a muitos

quilômetros daqui, a gozar nossas merecidas férias.c) As amostras que servirão de base a nossa pesquisa

estão há muito tempo a disposição de todos.d) A qualquer distância percebia-se que, à falta de

cuidados, a lavoura amarelecia e murchava.

GABARITO COMENTADO

1. e há, há, a, à: De há (“haver” indic. tempo)muito, (...), há (haver=existir) coisas mais (...)postos de relevo a que (antec. masc. pl.) tantosambicionam por amor (ao luxo) à ostentação.

2. c à, a, a: Fique à vontade (loc. adv. c/núcl. fem.)e confie a mim (pron. pes.: não há art.) tudoque tem a dizer. (verbo: não há art.).

3. a a, a, à, às, a: Chamam a isto (pal. masc.)...Tão logo desceram a terra, (= terra firme: s/art.) ... assistir (ao filme) à sessão, ... voltaramàs pressas, (loc. adv. c/núcl. fem.) ... . a meio(pal. masc.) ...

4. d a, à, de, à: Fomos a Roma (topônimo s/art.) eà bela Paris (topônimo determ.: c/art.)... vieraa Londres (topônimo s/art.) e dirigia-se à Ale-manha (topônimo c/art.).

5. c à, a, a: Recorreu (ao irmão) à irmã e a ela(pron. pes.: s/art.) se apegou como a uma (art.indef.) tábua de salvação.

6. e às, à, a: Refiro-me (aos modos) às atitudes deadultos que levam as moças (ao comportamen-to) à rebeldia insensata e a uma (art. indef.)fuga insensata.

7. b À, à, a, à, a, às: I. (Ao meio-dia) À meia-noitechegamos à Bahia. (topônimo c/ art. ); II... .andar a pé. (pal. masc.); III... . entregue à luta(loc. adv. c/núcl. fem.); IV. do Rio a Belém.(topônimo s/art.); V. Abrimos (ao meio-dia) àsoito horas.

8. c à, a, a: Estou à espera de (loc. prepos. c/núcl.fem.) uma certa pessoa, a quem (pron. rel.: s/art.) poderei pedir informações a respeito des-te (loc. prepos. c/ núcl. masc.) processo.

9. d à, a, a: O poeta aspirava (ao sucesso) à felicida-de, mas sem (o retorno) a volta da amada ele nãoa (pron. pessoal: a = ela = felicidade) obteria.

10. e à, a, a: Todos acorreram (ao palácio) à praça,a fim de (loc. prepos. c/núcl. masc.) apreciaros festejos que se iniciariam daí a alguns ins-tantes (masc. pl.).

11. b a, à, a: ... comuns a ele (masc.) e (a/ao vovô) à/ a vovó, mas (a esse tempo) a essa altura ...

12. b à, a, a: Os que assistiram (ao filme) à peça che-garam a aplaudi-la (verbo: s/art.) de pé, pos-tando-se a poucos (masc. pl.) metros do palco.

13. a I... . (a este) àquele professor. II... . . referên-cia (a isto) àquilo. III... . presentes (a estes)àqueles ... IV... . fiéis (a estes) àqueles...

14. d a, à, à, a: I. Daqui a pouco (tempo futuro)... II.Compareci (ao evento) à cerimônia ... III. Nãotendo podido ir (ao curso) à faculdade hoje, pro-meto assistir a todas (plural) as aulas amanhã.

15. c a, às, a: Os alunos (...) a essas (plural) horasnão sairão mais (aos corredores) às ruas, amenos que (loc. conj. s/núcl. fem.) estejamacompanhados ...

16. b II está correta: Estamos à espera de (loc.prepos. c/núcl. fem.) socorro. Obs.: I... . à aáreas (plural)... III... . à a Sua Excelência (pron.trat.: s/art.).

17. e De Buenos Aires, chegara-lhe na véspera, (aomeio-dia) à à tarde ...

18. d d) (Este é o prédio ao qual) Esta é a casa àqual me referi ontem às pressas (loc. adv. c/núcl. fem.). Obs.: a) ... à a passo (pal. masc.) ...b) ... à a falar (verbo)... c) ... (ao meio-dia) asàs dez horas... e) Ora aspirava a isto, ora (aisso) aquilo àquilo.

19. b a, a, à, a, há: I. Irei a Belo Horizonte (nome s/art.) daqui a três semanas. (tempo futuro). II.(Este paletó é semelhante ao que comprei) Estaroupa é semelhante à que comprei. III... . a pé(masc.). IV... . há dias (= faz; tempo passado).

20. a há, às: a) Há (=faz) algum tempo, (...) quevão da cirurgia plástica (aos foguetes) às ar-mas nucleares. Obs.: b) à altura / há anos; c)Há quem / há áreas; d) A novidade / há seteséculos; e) à igreja / à época.

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21. a ... assistiam (ao pôr-do-sol) à enchente.22. c ... há a tempo (tempo futuro) ...23. c Passeio à a Ipanema (topônimo s/art.).24. c c) Aquele duque pertencia (ao castelo) à casa

de Orleans. Obs.: a) ... à a mando (masc.);b) ... à a lápis (masc.). d) ... à a prazo (masc.);e) ... à a óleo (masc.).

25. d d) ... à falta de cuidados (loc. prepos. c/núcl.fem.). Obs.: a) (O bairro a que me refiro) Acidade à a que me refiro... b) De hoje à a duassemanas (futuro); c) ... (ao dispor de) à à dis-posição de...

MORFOLOGIA

ESTRUTURA E PROCESSOS DEFORMAÇÃO DAS PALAVRAS

1. ELEMENTOS ESTRUTURAISa) Radical: elemento básico e significativo.

maresia, pelanca, barcaça, enfur ecido, paulada,reluzir...

Cognatos são vocábulos que têm o mesmo radi-cal (pedra, pedreira, pedrisca, pedrada...).

b) Afixos: elementos básicos da derivação. 1) Prefixos: coirmão, bisavô, extra-oficial... 2) Sufixos: forçudo, canalizar, esperança...

c) Vogal e consoante de ligação: ligam radicais,prefixos e sufixos: gasômetro, paulada, barzinho,girassol, ir real...

d) Vogal Temática (liga radicais a desinências).1) nos verbos (indica a conjugação):

amar: 1ª conj.; deter: 2ª conj.; sair: 3ª conj.2) nos nomes as vogais finais átonas a, e, o,

(livro, brasa, pente).

e) Tema (radical + vogal temática): (estud + a + r) – (ded + o + s).

Observação:Nomes terminados em vogais tônicas, em desi-nências de gênero e em consoantes (bambu,aluno, açúcar ...) são atemáticos.

f) Desinências (indicam flexões).1) desinências nominais (indicam gênero femi-

nino e plural):moça – desinência nominal de gênero.dentes – desinência nominal de número.

2) desinências verbais (indicam número, pessoa,tempo e modo dos verbos):venceríeis: desinência número-pessoal.trabalhavas: desinência modo-temporal.

Método prático para as desinências verbais:a) Sobrepor à forma em análise a 1ª pessoa do

plural, no mesmo tempo e modo.b) Isolar o tema e a desinência “mos”.c) As desinências são correspondentes.

V e n c e r í a m o s (Fut. pret. ind.) V e n c e r í e is (Tema) des. número-pessoal

des. modo-temporal

2. PROCESSOS DE FORMAÇÃOa) Composição (união de dois ou mais radicais).

1) Justaposição(sem perda ou transformação fonética):toca-discos, pé-de-galinha, girassol, rodapé,cafeicultura...

2) Aglutinação(com perda ou transformação fonética):planalto (plano+alto)pontiagudo (ponta+agudo)embora (em+boa+hora)fidalgo (filho+de+algo)

b) DerivaçãoO radical sofre modificação:1) prefixal: subsolo, pré-aviso, ultra mar,

coirmão, antebraço...

2) sufixal: vasilhame, fumaceira, forçudo,alagadiço, virose...

3) Prefixal e sufixal: deslealdade, desonrado...

Método prático: o prefixo pode ser retiradoe, ainda, restará vocábulo completo:(deslealdade – des = lealdade)

4) Parassintética: enfurecido, amanhecer...

Método prático: o prefixo não pode ser reti-rado, porque o restante não terá sentido:(enfurecido – en = “furecido”).

5) Regressiva ou deverbalSubstantivo abstrato derivado de verbo:fugir (fuga), vender (venda), lutar (luta).Os substantivos indicam ação.

6) Imprópria ou conversãoMudança de classe gramatical:Houve um comício monstro em Itu.

adjetivo

(o substantivo transformou-se em adjetivo)

c) Outros processos1) Sigla: ONU, MEC, FGTS, VOLP (Volp), FU-

NAI (Funai), SENAI (Senai), VARIG (Varig),EMBRATEL (Embratel)...

Observação:Letras minúsculas, exceto a inicial, ha-vendo mais de três letras que formem sí-labas.

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2) Abreviação (redução): moto, cine, pneu, zôo,Zé, Chico...

3) Reduplicação (redobro): reco-reco, tico-tico,quero-quero...

4) Hibridismo (línguas diferentes):buro + cracia > francês + grego,bat + ismo > grego + português,auto + móvel > grego + português.

EXERCÍCIOS

1. Assinale a alternativa em que o elemento mórficoem destaque está corretamente analisado.a) menina (-a) = desinência nominal de gênero.b) vendeste (-e-) = vogal de ligação.c) gasômetro (-o-) = vogal temática de 2ª conjugação.d) amassem (-sse-) = desinência de 2ª pessoa do

plural.e) cantaríeis (-is) = desinência do imperf. do subjun-

tivo.

2. Assinale o vocábulo que não se ajusta à definição.a) macrobia – estado de vida longa.b) claustrofobia – aversão a lugares fechados.c) misantropia – aversão à sociedade.d) xilografia – arte de grafar em pedra.e) etnologia – estudo das raças.

3. Associação incorreta do radical ao seu significado.a) Existem povos beligerantes. (guerra)b) Existem pessoas retrógradas. (que andam)c) Deus é onipotente. (todo)d) Visitam uma região aurífera. (que contém ouro)e) O sesquicentenário da Independência. (meio)

4. Couve-flor, planalto e aguardente são formadas pora) derivação.b) composição.c) onomatopéia.d) hibridismo.e) prefixação.

5. Assinale a opção com associação incorreta.a) compatriota – companhia.b) hipotrofia – escassez.c) eufonia – bom.d) sobrepor – posição superior.e) perífrase – posição ao lado.

6. Assinale a palavra cujos elementos mórficos estãoseparados de forma incorreta.a) fogueiras: fogu-eira-s.b) errantes: err-a-nte-s.c) profundamente: pro-fund-a-mente.d) dormindo: dorm-i-nd-o.e) deitados: deit-a-do-s.

7. As palavras aguardente, livro , barco, bebedouro,quanto à formação, classificam-se, respectivamente, ema) composta – primitiva – primitiva – derivada.b) derivada – primitiva – primitiva – composta.

c) composta – derivada – primitiva – derivada.d) derivada – derivada – derivada – composta.e) composta – derivada – primitiva – composta.

8. O prefixo indica duplicidade ema) êxodo.b) antídoto.c) justapor.d) hemiplegia.e) díptero.

9. Todas são formadas por derivação sufixal?a) duradouro – inativo – pára-quedas – preconcebido.b) cabecear – celeste – cooperar – objeto.c) movediço – mourisco – chuvinha – bebedeira.d) terreno – campal – injusto – conteúdo.e) hebreu – mineiro – doente – banana.

10. Na forma verbal perguntou, a letra oa) faz parte do radical do verbo.b) não faz parte do tema verbal.c) representa o sufixo modo-temporal.d) é parte da desinência número-pessoal.e) é a vogal temática a modificada.

11. O sufixo ção, de contemplação, e o sufixo ncia, deurgência, também serão usados para formar nomesdos seguintes verbos, respectivamente,a) imaginar – preferir.b) compreender – supor.c) reclamar – adiantar.d) aderir – arder.e) arredondar – encher.

12. Todas são formadas por parassíntese.a) acorrentar – esburacar – despedaçar – amanhecer.b) solução – passional – corrupção – visionário.c) enrijecer – deslealdade – tortura – vidente.d) biografia – macróbio – bibliografia – asteróide.e) acromatismo – hidrogênio – litografar – idiotismo.

13. Só uma das palavras não é formada por prefixação.a) readquirir – predestinado – propor.b) irregular – amoral – demover.c) remeter – conter – antegozar.d) irrestrito – antípoda – prever.e) dever – previsão – antever.

14. Qual o par de vocábulos cujos prefixos guardam en-tre si oposição semântica?a) inconsciente – anormal.b) antevisão – predestinação.c) contracultura – anticorpo.d) interplanetária – entrelinha.e) importado – exposto.

15. A palavra endomingado é formada pelo processo dea) parassíntese.b) prefixação.c) aglutinação.d) hibridismo.e) derivação imprópria.

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GABARITO COMENTADO

1. a a) menina (-a) = des. nom. gên. Obs.: b) vog.temática; c) vog. lig.; d) des. imperf. subj.;e) des. 2ª p. pl.

2. d xilo (madeira)+ grafia (escrita). 3. e sesqui (uma vez e meia)+ centenário = 150

anos. 4. b Couve-flor (composição justaposição), pla-

nalto e aguardente (composição aglutinação). 5. e e) perífrase – posição ao lado ao redor / em

torno de. 6. d dormindo: dorm-i-ndo (des. gerúndio). 7. a aguardente (composta: água+ardente), livro

(primitiva), barco (primitiva), bebedouro (de-rivada: bebido com tema -e- da 2ª conj. + -ouro).

8. e díptero (duas asas). 9. c movediço (part. movido sob a f. rad. moved-

+ -iço); mourisco (mouro+-isco), chuvinha(chuva+-inha), bebedeira (rad. do part. bebi-do com tema -e- da 2ª conj. + -eira).

10. e vog. temát. a modif.: ler: leu; partir: partiu;perguntar: perguntou. (a ⇒ o).

11. a a) imaginar: imaginação, preferir: preferência.12. a a) corrente: acorrentar, buraco: esburacar, pe-

daço: despedaçar , manhã: amanhecer(prefixação e sufixação simultâneas: deriva-ção parassintética).

13. e dever (primitivo), previsão (derivado:pre+visão), antever (derivado: ante+ver).

14. e importado (im: movimento para dentro) –exposto (ex: movimento para fora).

15. a domingo: endomingado (prefixação e sufixa-ção simultâneas: parassíntese).

CLASSES GRAMATICAIS

SUBSTANTIVOMORFOSSINTAXE � FLEXÃO NOMINAL

Substantivo é a palavra que dá nome aos seres emgeral, e às qualidades, ações, estados, sentimentos, quan-do usados como seres independentes.

1. CLASSIFICAÇÃO SEMÂNTICA

a) Comuns (nomes comuns a todos os seres da mes-ma espécie): estudante, dança, felicidade, doen-ça, cardume, bruxa...1) Concretos (seres com existência própria, real

ou imaginária): mar, sol, areia, praia, guarda-sol, biquíni, alma, fada...

2) Abstratos (designam qualidade, ação, estado,sentimento): covardia, luta, felicidade, sauda-de, calor, viagem, estudo...

b) Próprios (nomes específicos, próprios, de umúnico ser): Paula, Brasília, Xuxa, Canadá, Euro-pa, Chico, Pirineus...

2. CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL

a) Simples (com apenas um radical): gato, caneta,política, século, bando, estudo, viagem, dor...

b) Compostos (com mais de um radical): girassol,lobisomem, rodapé, pé-de-moleque, couve-flor...

c) Primitivos (os que não se derivaram de outra pa-lavra): bruxa, mar, sol, alma, fada, dor, covarde,Paula, biquíni...

d) Derivados (os que se formaram a partir de outrapalavra): Brasília, covardia, felicidade, estudo,maresia, desalmado...

Substantivos coletivos (dentre os comuns encon-tram-se os coletivos, que, no singular, designam conjun-to de seres da mesma espécie).

Exemplos:acervo (bens, obras), alcatéia (lobos), atilho (es-pigas), arsenal (armas), atlas (mapas), baixela(utensílios de mesa), banca (examinadores), ban-deira (exploradores), boana (peixes miúdos), ca-bido (cônegos), cabilda (selvagens), cáfila (ca-melos), chusma (marinheiros), código (leis),cingel (bois), corja (bandidos), cortiço (abelhas,casas velhas), correição (formigas), dactilioteca(anéis), enxoval (roupas), falange (soldados, an-jos), farândola (maltrapilhos), fressura (vísceras),girândola (fogos), hemeroteca (jornais, revistas),matilha (cães), mó (gente), pinacoteca (quadros),récua (animais de carga), tertúlia (amigos), sú-cia (gente ordinária)...

3. GÊNERO DOS SUBSTANTIVOS

a) Uniformes (única forma para ambos os gêneros)1) epicenos (macho/fêmea): jacaré, onça, borbo-

leta, mosca, tatu, barata, anta...2) comuns-de-dois (o/a): estudante, fã, motoris-

ta, rival, agente, jornalista, jovem...3) sobrecomuns (sem flexão do artigo): o sósia,

a mascote, a vítima, o ídolo, a criatura...

b) Biformes (uma forma para cada gênero)1) flexão desinencial: búfalo (búfala), guri

(guria), pardal (pardoca), ilhéu (ilhoa)...2) heterônimos (desconexos): cavaleiro (amazo-

na), frei (sóror), bispo (episcopisa), rinoceronte(abada), zangão (abelha)...

4. PLURAL DOS COMPOSTOS

a) Ambos se flexionamSubstantivo + substantivo:couve-flor > couves-floresSubstantivo + adjetivo:água-marinha > águas-marinhasAdjetivo + substantivo:puro-sangue > puros-sanguesNumeral + substantivo:quarta-feira > quartas-feiras

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2. Aponte a alternativa que contém algum erro.a) No choque, quebrara-se-lhe a omoplata.b) A sentinela saiu da guarita e o enxotou sem ne-

nhum dó.c) Reclinado à sombra da velha árvore, tomou sosse-

gadamente seu champanha.d) Qual não foi a surpresa do noivo, quando, à per-

gunta do padre se queria casar-se, sua cônjuge res-pondeu solenemente que não!

e) O pedreiro, sacolejando o balde, enquanto andava,ia marcando com a cal derramada o seu caminho.

3. Qual é o substantivo no grau normal?a) animalzinho.b) carrinho.c) peixinho.d) cachorrinho.e) borboleta.

4. Os dois vocábulos são invariáveis em gênero ema) inglesa pálida.b) alguns mestres.c) moça ideal.d) jovem leitor.e) semelhante criatura.

5. Qual o plural errado?a) escolas-modelob) quebra-nozesc) chefes-de-sessõesd) guardas-noturnose) redatores-chefes

6. Identifique o substantivo que só se usa no plural.a) lápisb) piresc) tênisd) ônibuse) núpcias

7. O plural de couve-flor, pão-de-ló e amor-perfeito éa) couve-flores, pães-de-ló, amores-perfeitos.b) couves-flores, pães-de-ló, amores-perfeitos.c) couves-flor, pão-de-lós, amores-perfeitos.d) couves-flores, pão-de-lós, amor-perfeitos.e) couves-flores, pão-de-lós, amor-perfeitos.

8. Qual o substantivo com plural incorreto?a) os vice-diretores.b) os grão-duques.c) os pontapés.d) os pés-de-moleques.e) os leva-e-traz.

9. Os plurais álcoois, caracteres e anãos, respectiva-mente, de álcool, caráter e anão, sãoa) todos incorretos.b) todos corretos.c) corretos os dois últimos.d) incorretos os dois últimos.e) corretos o primeiro e o último.

b) Somente o primeiro variaSubstantivo + substantivo (o segundo determi-na tipo, finalidade ou semelhança ao primeiro,como se fosse um adjetivo):pombo-correio > pombos-correio (finalidade),peixe-espada > peixes-espada (semelhança),manga-rosa > mangas-rosa (tipo).

Observação:A maioria das gramáticas e dicionários regis-tra, também, o plural com flexão de ambos ostermos: pombos-correios, peixes-espadas,mangas-rosas.

Substantivo + prep.+ substantivo:água-de-colônia > águas-de-colônia,mula-sem-cabeça > mulas-sem-cabeça.

c) Somente o segundo variaVerbo + substantivo:arranha-céu > arranha-céusAdvérbio + adjetivo:alto-falante > alto-falantesPrefixo + substantivo:vice-diretor > vice-diretoresReduplicação (palavras repetidas ou quase):1) onomatopéias – só o segundo varia:

reco-reco > reco-recos,tique-taque > tique-taques.

2) verbos repetidos – (têm dois plurais):pisca-pisca > pisca-piscas ou piscas-piscas.

d) InvariáveisVerbo + advérbio:pisa-mansinho > os pisa-mansinhoVerbos antônimos:senta-levanta > os senta-levantaFrases substantivas:deus-nos-acuda > os deus-nos-acuda,maria-vai-com-as-outras > os/as maria-vai-com-as-outras,louva-a-deus > os louva-a-deus.

e) Alguns substantivos que admitem dois pluraisGuarda-marinhaguardas-marinhas ou guardas-marinhaSalvo-condutosalvo-condutos ou salvos-condutosXeque-matexeques-mate ou xeques-matesFruta-pãofrutas-pão ou frutas-pães

EXERCÍCIOS

1. Examinando as palavras telefonema, clã, dinamite,cataplasma, verifica-se quea) apenas uma pertence ao gênero masculino.b) apenas uma pertence ao gênero feminino.c) todas pertencem ao gênero masculino.d) todas pertencem ao gênero feminino.e) nenhuma das afirmações acima está correta.

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17. Assinale a única dupla incorreta.a) cidadão – cidadões.b) cônsul – cônsules.c) projetil – projetis.d) corrimão – corrimões.e) olho-de-sogra – olhos-de-sogra.

18. Observe as frases.1) O cônjuge se aproximou.2) O servente veio atender-nos.3) O gerente chegou cedo.Não está claro se é homem ou mulhera) no primeiro período.b) no segundo período.c) no terceiro período.d) no primeiro e no segundo períodos.e) no segundo e no terceiro períodos.

19. Indique a frase com erro na formação do plural.a) Ele gosta de amores-perfeitos e cravos.b) Os vice-diretores reunir-se-ão na próxima se-

mana.c) As aulas serão dadas às segundas-feiras.d) Há muitos beijas-flores no meu quintal.e) A moda está voltando às saias-balão.

20. Em qual das opções houve troca de significado?a) o cisma: a desconfiança / a cisma: separação.b) o crisma: o óleo santo / a crisma: ato religioso.c) o moral: a coragem / a moral: a ética.d) o grama: a unidade de massa / a grama: a relva.e) o lenho: o tronco / a lenha: a madeira para quei-

mar.

GABARITO COMENTADO

1. e o telefonema, o clã, a dinamite, a cataplasma. 2. d ... sua seu cônjuge (sobrecomum). 3. e borboleta. 4. e e) semelhante criatura. Obs.: a) inglês pálido;

b) algumas mestras; c) moço ideal; d) jovemleitora.

5. c chefes-de-sessões / chefe-de-sessões. 6. e e) as núpcias. Obs.: a) o/os lápis; b) o/os pires;

c) o/os tênis; d) o/os ônibus. 7. b couves-flores (subst. + subst.: ambos variam),

pães-de-ló (prepos.: só o 1º varia) e amores-perfeitos (subst. + adj.: ambos variam).

8. d os pés-de-moleque (prepos.: varia o 1º). 9. b todos corretos: álcool: álcoois, caráter:

caracteres, anão: anãos (e anões).10. b vice-governadores (pref. + subst.: só o 2º va-

ria).11. b o cônjuge, a criança (sobrecomuns), cobra

(macho/fêmea: epiceno) e o/a cliente (comum-de-dois).

12. b abaixo-assinados (adv. + adj.: só varia o 2º),salários-família (subst. + subst. determ.: o 1ºou ambos variam), fogões a gás (c/term.prepos.: só varia o 1º).

10. O plural de vice-governador éa) vices-governadores.b) vice-governadores.c) vices-governador.d) os vice-governador.

11. Em cônjuge, criança, cobra e cliente, temosa) 2 substantivos sobrecomuns e 2 epicenos.b) 2 substantivos sobrecomuns, 1 epiceno e 1 co-

mum de dois gêneros.c) 1 substantivo sobrecomum, 1 epiceno e 1 comum

de dois gêneros.d) 2 substantivos comuns de dois gêneros e 2

sobrecomuns.e) 3 substantivos comuns de dois gêneros e 1

epiceno.

12. Em qual das séries os compostos estão corretos?a) abaixos-assinados – salários-famílias – fogões a gás.b) abaixo-assinados – salários-família – fogões a gás.c) abaixo-assinados – salários-família – fogões a

gases.d) abaixos-assinado – salários-família – fogões a gás.e) abaixo- assinados – salário-famílias – fogões a gás.

13. Quais os períodos corretos?1) Alguns cidadãos ajudaram o governo a dissolver

os males daquela cidade.2) Enquanto a gurizada soltava balãozinhos, os

anciãos admiravam as nuvenzinhas.3) Os cirurgiões tiveram que seccionar os tórax dos

animaizinhos.4) Pelos fósseis, encontrados em regiões ocidentais,

pesquisas arqueológicas confirmam a existência,no passado, de grandes reptis.

a) todos.b) nenhum.c) l, 3 e 4.d) 1, 2 e 4.e) l, 2 e 3.

14. O plural de “qualquer capitão-mor português” éa) qualquer capitãos-mores portugueses.b) quaisquer capitão-mores portugueses.c) quaisquer capitães-mor portugueses.d) quaisquer capitães-mores portugueses.e) quaisquer capitãos-mores portugueses.

15. Assinale a flexão incorreta.a) patrão – patroa.b) senhor – senhora.c) lebrão – lebre.d) hortelão – hortelã.e) jogral – jogralesa.

16. Qual o substantivo do gênero masculino?a) cataplasma.b) anátema.c) ráfïa.d) antífona.e) astenia.

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13. c Corretos: 1) cidadão: cidadãos; mal: males;3) cirurgião: cirurgiões e cirurgiães; toráx: in-variável; animalzinho: animaizinhos (ani-mais+zinhos); 4) fóssil: fósseis; réptil: répteisou reptil: reptis (pal. de dupla prosódia). In-correto: 2) balãozinho: balãozinhos balõezi-nhos (balões+zinhos), ancião: anciãos (tam-bém anciões e anciães).

14. d “quaisquer capitães-mores (subst. + adj.: am-bos variam) portugueses”.

15. d hortelão (cuida de horta) – horteloa.16. b o anátema (=excomunhão).17. a cidadão – cidadões cidadãos.18. a 1) O cônjuge (sobrecomum: homem ou mu-

lher); 2) O (a) servente (homem); 3) O (a) ge-rente (homem).

19. d ... beijas-flores / beija-flores (verbo + subst.:só o 2º varia).

20. a a) o cisma: a desconfiança separação / a cis-ma: separação / a desconfiança.

ADJETIVOMORFOSSINTAXE � FLEXÃO NOMINAL

Adjetivo é a palavra que qualifica o substantivo, in-dicando qualidade, característica ou origem.

O aluno moreno é brasileiro e muito inteligente.

1. CLASSIFICAÇÃO SEMÂNTICA

a) RestritivoNão qualifica todos os seres da mesma espécie.Aluno inteligente. Mulher sincera.Homem fiel. Cidade limpa.

b) Explicativo (sem restrição)Qualifica todos os seres da mesma espécie.Homem mortal . Água mole. Pedra dura.Animal irracional .

c) Uniforme (sem flexão de gênero)Aluno(a) gentil, inteligente e fiel.

d) Biforme (com flexão de gênero)Aluno(a) bonito(a), dedicado(a) e sincero(a).

2. CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL

a) Simples (um só radical): lindo, elegante, bom,verde, claro.

b) Composto (mais de um radical): azul-claro, polí-tico-social.

c) Primitivo (original): fácil, nobre, afável, ruim,sério, ágil.

d) Derivado (de outro vocábulo): hospitalar, antiá-cido, feioso.

3. FLEXÃO DOS COMPOSTOS

Regra: só o último termo pode flexionar-se em gê-nero e número.

Instrumento médico-cirúrgico .Sala médico-cirúrgica .Trauma afetivo-emocional.Traumas afetivo-emocionais.

Exceções:1) Cores, indicadas com auxílio de substantivo, ficam

invariáveis em adjetivos simples e compostos:Vestido rosa > Vestidos rosa.Blusa gelo > Blusas gelo.Bandeira azul-turquesa > Bandeiras azul-tur-quesa.Terno cinza-chumbo > Ternos cinza-chumbo.

2) Também ficam invariáveis: azul-marinho e azul-celeste.

3) Flexionam-se ambos os termos:surdo-mudo > surda-muda > surdos-mudos >surdas-mudas.

4. GRAU DO ADJETIVO

1) COMPARATIVOa) de igualdade (tão/tanto...como/quanto)

• Os alunos eram tão dedicados como/quan-to os mestres.

• Os alunos eram tão dedicados como/quan-to inteligentes.

b) de inferioridade (menos...que, menos...do que)• O salário era menos interessante que/do que

o trabalho.• O salário era menos interessante que/do que

necessário.

c) de superioridade (mais...que, mais...do que)• Português era mais fácil que/do que Mate-

mática.• Português era mais fácil que/do que com-

plicado.

2) SUPERLATIVOa) relativo de inferioridade (o menos... de)

• Seu chute era o menos confiável do time.b) relativo de superioridade (o mais... de)

• O brasileiro tem sido o mais confiante dossul-americanos.

c) absoluto analítico (com auxílio de palavras)• Os concursos têm sido muito difíceis.

d) absoluto sintético (com sufixos)1) vernáculo (português + sufixo):

Modelos magríssimos.2) erudito (latim + sufixo):

Modelos macérrimos.Exemplos de adjetivos e seus respectivossuperlativos eruditos: amargo (ama-ríssimo), áspero (aspérrimo), célebre(celebérrimo), cristão (cristianíssimo), cruel(crudelíssimo), doce (dulcíssimo), fiel(fidelíssimo), frio (frigidíssimos), humilde(humílimo), íntegro (integérrimo), livre(libérrimo), magnífico (magnificentíssimo),miserável (miserabilíssimo), manso(mansuetíssimo), magro (macérrimo), miú-do (minutíssimo), negro (nigérrimo), pobre(paupérrimo), sagrado (sacratíssimo), senil(senílimo), tenro (teneríssimo), velho(vetérrimo).

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Observação:Usam-se as formas mais bom, mais mau, maisgrande e mais pequeno, quando se comparamqualidades do mesmo ser:• Aquele aluno é mais bom que inteligente.• Esta sala é mais grande do que confortável.

EXERCÍCIOS

1. Em qual dos itens abaixo há um superlativo relativo?a) Fernando Pessoa foi o poeta mais notável do século!b) Planos econômicos de péssimas conseqüências.c) Todos os regimens são ótimos.d) Nasci num inverno andino extremamente frio.e) Os homens se surpreendem com um político honesto.

2. Assinale a série errada quanto ao superlativo erudito.a) amargo – amaríssimo; cruel – crudelíssimo.b) pobre – paupérrimo; livre – libérrimo.c) negro – negríssimo; doce – dulcíssimo.d) sagrado – sacratíssimo; feroz – ferocíssimo.e) magro – macérrimo; nobre – nobilíssimo.

3. Em qual opção houve erro no grau superlativo?a) livre: libérrimo.b) magro: macérrimo.c) dócil: dulcíssimo.d) tétrico: tetérrimo.e) cruel: crudelíssimo.

4. Mandamos confeccionar cortinas.................... .a) verdes-águas.b) verde-água.c) verdes-água.d) verde-águas.e) todas corretas.

5. Assinale a relação incorreta.a) guerra – bélico.b) mestre – magistral.c) dedo – digital.d) caverna – rupestre.e) sonho – onírico.

6. Na frase: “Era um dia muito frio.”, temos uma formaanalítica do superlativo absoluto; a sintética pode ser,no caso, facultativamente, “friíssimo” ou “frigidís-simo”, ambas aceitas pela norma culta. O mesmoocorre com o adjetivo...................... .a) alinhado.b) fraco.c) negro.d) feroz.e) branco.

7. Assinale a associação incorreta.Modificação da paisagem: modificação paisagística.a) água da chuva – fluvial.b) exageros da paixão – passionais.c) atitude de criança – pueril.d) soro contra veneno de serpente – antiofídico.e) morador das margens do rio – ribeirinho.

8. Assinale a opção que contém o superlativo dos se-guintes adjetivos: nobre, pobre, doce e amável.a) nobérrimo – paupérrimo, docíssimo, amabilíssimo.b) nobilíssimo – paupérrimo – dulcíssimo – amabilíssimo.c) nobilíssimo – pobríssimo – docíssimo – amavelíssimo.d) nobérrimo – paupérrimo – docérrimo – amabilíssimo.e) nobilíssimo – pobríssimo – docíssimo – amavelíssimo.

9. Qual a flexão errada do adjetivo composto?a) carros amarelo-ouro.b) caixas amarelo-ouro.c) gravatas vermelha-sangue.d) lenços vermelho-sangue.e) flores vermelho-sangue.

10. Assinale a opção com adjetivos invariáveis em gênero.a) delgado – móbil – forte.b) oval – preto – simples.c) feroz – exterior – enorme.d) brilhante – agradável – esbelto.e) imóvel – curto – superior.

11. Há dois vocábulos invariáveis em gênero ema) inglesa pálida.b) jovem leitor.c) alguns mestres.d) semelhante criatura.e) moça ideal.

12. Adjetivos, respectivamente, biforme e uniforme.a) portentosas – turbados.b) desconcertante – surpreendentes.c) sagrada – devotas.d) impressionantes – escuros.e) extensa – celeste.

13. Preencha as lacunas conforme o modelo.A Lua não é constante: é inconstante.Uma redação sem mácula: uma redação ................Um argumento sem defesa: um argumento .................Aquela casa não é habitada: é ..................Meu amigo não tem habilidade: é ................O rapaz não foi escrupuloso: foi ................. Qual das séries contém as palavras apropriadas?a) imaculada – indefensível – inabitável – inabilitado,

desescrupuloso.b) imaculável – indefensível – inabitável – inabilitado

– desescrupuloso.c) imaculada – indefensível – inabitada – inábil –

desescrupuloso.d) imaculável – indefensável – inabitável – inábil –

inescrupuloso.e) imaculada – indefensável – inabitada – inábil –

inescrupuloso.

14. Em qual opção o primeiro elemento do adjetivo com-posto não corresponde ao substantivo entre parênteses?a) Indo-europeu (Índia).b) Ítalo-brasileiro (Itália).c) Luso-brasileiro (Portugal).d) Sino-árabe (Síria).e) Anglo-americano (Inglaterra).

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15. Dadas as afirmações de que os adjetivos correspon-dentes aos substantivos1) raio 2) morte 3) quadrilsão, respectivamente,1) fulgural 2) letal 3) ciáticoverificamos que está (estão) correta(s)a) apenas a afirmação n° 1.b) apenas a afirmação n° 2.c) apenas a afirmação n° 3.d) apenas as afirmações n° 1 e nº 2.e) todas as afirmações.

16. Dadas as afirmações de que quem nasce em1) Lima é limenho.2) Buenos Aires é buenairense.3) Jerusalém é hierosolimitano.Verificamos que está (estão) correta(s)a) apenas a afirmação n° 1.b) apenas a afirmação n° 2.c) apenas a afirmação n° 3.d) apenas as afirmações n° 1 e nº 2.e) todas as afirmações.

17. Indique a opção que completa as lacunas da frase:De parte dos alunos, temos reclamações................ .a) didática-pedagógicas.b) didático-pedagógicas.c) didáticos-pedagógicas.d) didáticas-pedagógicas.e) didáticas-pedagógico.

18. Nas orações: “Seu trabalho foi maior do que o meu.”e “Minha casa é mais confortável que a sua.”, há osgraus comparativos (de)a) superioridade, respectivamente, sintético e analítico.b) superioridade, ambos analíticos.c) superioridade, ambos sintéticos.d) relativos.e) superlativos.

19. Em qual frase não há grau superlativo absoluto?a) Foi um processo demorado, demorado mesmo.b) Políticos integérrimos, isso é sonhar com utopias.c) É um professor muito vaidoso. Considera-se o

melhor de todos.d) Machado de Assis é o mais importante escritor

brasileiro do século XIX.e) Elas ficaram profundamente impressionadas con-

tigo.

20. Em qual frases não há grau superlativo absoluto?a) Era considerado o mais inteligente da família.b) Ele demonstra ser um excelente profissional.c) O goleiro foi muito azarado naquele lance.d) Seu desempenho foi péssimo.e) Tuberculose era uma doença é muito contagiosa.

GABARITO COMENTADO

1. a a) ... mais notável do século (notável em rel.ao século). Obs.: b) superl. c) superl. d) superl.e) normal.

2. c negro – negríssimo / nigérrimo. 3. c dócil: dulcíssimo / docílimo.

4. b cortinas verde-água (subst. indic. cor: invariá-vel).

5. d caverna – cavernal. Obs.: rupestre (relativoa rochas); espele(o) (relativo a cavernas, comoem espeleólogo).

6. c frio : friíssimo, frigidíssimo; negro: negríssimo(vernáculo), nigérrimo (erudito).

7. a água da chuva – fluvial / pluvial. 8. b nobre (nobilíssimo), pobre (pobríssimo, pau-

pérrimo), doce (docíssimo, dulcíssimo) e amá-vel (amabilíssimo).

9. c gravatas vermelha vermelho-sangue (subst.indic. cor: invariável).

10. c c) feroz, exterior, enorme. Obs.: a) delgada;b) preta; d) esbelta; e) curta.

11. d d) semelhante criatura. Obs.: a) inglês pálido.b) jovem leitora. c) algumas mestras. e) moçoideal.

12. e e) extensa(o): biforme – celeste: uniforme;Obs.: a) portentosas(os) – turbados (as):biformes; b) desconcertante – surpreendentes:uniformes; c) sagrada(o) – devotas(os): bifor-mes; d) impressionantes: uniforme – escu-ros(as): biforme.

13. e Uma redação sem mácula (imaculada); Umargumento sem defesa (indefensável); ... casanão é habitada (inabitada); ... não tem habili-dade (inábil); O rapaz não foi escrupuloso(inescrupuloso).

14. d Sino-árabe (China).15. e fulgural: relativo a raio; letal: que se refere ou

acarreta morte; ciático: relativo à articulaçãodo quadril, nervo ciático.

16. e Lima: limenho; Buenos Aires: buenairense,portenho; Jerusalém; hierosolimitano, hieroso-limita.

17. b ... reclamações didático-pedagógicas (adj.composto: só o último se flexiona).

18. a Seu trabalho foi maior do que o meu. (comp.sintético de superioridade) – Minha casa é maisconfortável que a sua. (comp. analítico de su-perioridade).

19. d ... o mais importante escritor brasileiro doséculo XIX (importante em relação ao séculoXIX: superl. relativo de superioridade).

20. a ... o mais inteligente da família (inteligente emrelação à família: superl. relativo de superio-ridade).

VERBO

É a palavra que exprimeAção:• Os peregrinos percorreram terras distantes.Estado:• Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.Fenômenos:• Trovejou muito; mas, felizmente, não choveu.

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FLEXÃO VERBAL

O verbo é a classe gramatical que mais se flexiona,indicando tempo, modo, número, pessoa e voz.

Sempre vendíamos fiado.Tempo: pretérito imperfeitoModo: indicativoNúmero: pluralPessoa: primeiraVoz: ativa

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS

1. Auxiliares – os que indicam a flexão de um verbo prin-cipal e emprestam novo matiz à ação, formando aslocuções verbais.

• Amanhã poderá chover em Brasília.

3ª pes. sing. / fut. pres. indic.

ação possível.

Principais verbos auxiliaresa) Ser, estar, ficar (+ particípio)

– formam a voz passiva.• A cidade foi/esteve/ficou cercada pelos inimigos.

b) Ter e haver (+ particípio)– formam os tempos compostos.• Nós tínhamos/havíamos falado.

(pret. m.-q.-perf. composto)

c) Ir, vir, estar, poder, dever, querer, parecer eoutros (+ gerúndio ou infinitivo)– indicam matizes da ação (os aspectos verbais).• O dia vinha chegando. (ação progressiva)• Os alunos estavam estudando. (ação continuada)• O tempo parecia voar. (ação aparente)• Todos queriam estudar muito. (ação pretendida)• A prova poderia ser fácil. (ação possível)

Observação:Quando o infinitivo puder ser flexionado oudesenvolvido em oração, não haverá locuçãoverbal; e, sim, duas orações.

• Penso estar com sono.estarmos com sono.que estou com sono.

2. Verbos regulares – os que não modificam seus radi-cais durante a conjugação e seguem integralmente omodelo de sua conjugação.

Observação:Obtém-se o radical de um verbo, a partir do infi-nitivo, retirando-se as terminações -ar, -er, -ir : >fal -ar, chov -er, possu -ir.

3. Verbos irregulares – os que, em algumas flexões, apre-sentam modificações nos radicais e afastam-se doparadigma da conjugação.

Método prático para classificar um verbo:

Verbos Pres. Pret. perf. Classificaçãoindic. indic.

molh ar molh o molh ei regularprefer ir prefir o prefer i irregular fracopod er poss o pud e irregular forte

Observação:Os irregulares se dividem em fracos e fortes. Fra-cos, aqueles cujos radicais se modificam apenasno pres. indic. e tempos derivados; fortes, cujasmodificações ocorrem também no pret. perf. indic.e seus derivados.

4. Verbos anômalos – assim são classificados os verbosir e ser, por causa das profundas modificações que severificam em seus radicais e, também, estar, haver,ter, vir e pôr.

Verbos Pres. indic. Pret. perf. indic.

ser sou, és, é... fui, foste, foi...ir vou, vais, vai... fui, foste, foi...

5. Verbos defectivos – aqueles que não apresentam de-terminadas flexões de pessoa, tempo ou modo.

Exemplos:abolir, brandir, carpir, colorir, falir, demolir, es-culpir... (que não se conjugam na 1ª pes. sing. dopres. indic. e tempos derivados, como será vis-to).

EMPREGO DOS MODOS E TEMPOS VERBAIS

EMPREGO DOS MODOS VERBAIS

MODO – indica a relação entre o emissor e o fatoexpresso.

1. Modo indicativo – fato real, certo.Amanhã estudarei verbos.

2. Modo subjuntivo – fato duvidoso, possível.Quando estudares.

3. Modo imperativo – ordem, proibição, pedido.Estudem mais.

EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS

TEMPO – posiciona o fato em relação ao momentoefetivo da comunicação: presente, passado, futuro .

NO MODO INDICATIVO

a) Presente: fato atual, habitual, definições.Os concursandos trabalham cuidadosamente.Ela sempre vai ao cinema.O átomo é uma partícula da matéria.

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b) Pretérito perfeito: fato totalmente concluído.O deputado terminou sua árdua tarefa.

c) Pretérito imperfeito: fato que ainda não foi con-cluído plenamente.O Presidente descia a rampa quando chegamos.

d) Pretérito mais-que-perfeito: fato concluído eanterior a outro também concluído.O filme já começara quando cheguei ao cinema.

e) Futuro do presente: fato que ainda irá realizar-se.Os bons alunos passarão neste concurso.

f) Futuro do pretérito : fato futuro, condicionadoao passado.Se estudássemos mais, teríamos sucesso nasprovas.

NO MODO SUBJUNTIVO

a) Presente: fato que pode ocorrer no presente.É preciso que te dediques com afinco e seriedade.

b) Imperfeito: expressa uma condição, uma hipótese.Se fizesse sua parte, teria mais facilidade.

c) Futuro: fato que pode ocorrer no futuro.Quando você vier a Brasília e vir suas obras...

NO MODO IMPERATIVO

a) Imperativo afirmativo : ordens, pedidos, vontades.Estuda e não te arrependerás.

b) Imperativo negativo: proibições.Não faças a outrem o que não queres para ti.

CONJUGAÇÃO

TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS

Primitivos Derivados

1. Pres. indic. Pres. subj.Imper. afirm.Imper. negat.

2. Pret. perf. indic. Pret. m.-q.-perf. indic.Fut. subj.Imperf. subj.

3. Infinitivo Pret. imperf. indic.Fut. pres.Fut. pret.

1. Do presente do indicativo, forma-se o presente dosubjuntivo, trocando-se a desinência “o” da 1ª pes. sing.por “e” ou “a” , dependendo da conjugação a que per-tencer o verbo:

Pres. indic. > Pres. subj. Conjugação

estudo o > e estude 1ª conjugaçãovendo o > a venda 2ª conjugaçãoparto o > a parta 3ª conjugação

Do presente do indicativo e do presente do sub-juntivo , formam-se os imperativos (afirmativo e ne-gativo):

Pres. > Imper. < Pres. > Imper.indic. afirm. subj. negat.

estudo ////////////////// estude ///////////////////////estudas > estuda (tu) estudes Nãoestudes (tu)estuda estude (você) < estude “ estude (você)estudamos estudemos (nós) < estudemos “ estudemos (nós)estudais > estudai (vós) estudeis “ estudeis (vós)estudam estudem (vocês) < estudem “ estudem (vocês)

2. Da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito doindicativo, são formados os seguintes tempos:

Pret. perf. Pret. m-q-perf. Futuro do Imperfeitoindicativo indicativo subjuntivo subjuntivo

disseram disseram disseram(-m) (-am) (-ram + sse)

disse dissera disser dissessedisseste disseras disseres dissessesdisse dissera disser dissessedissemos disséramos dissermos disséssemosdissestes disséreis disserdes dissésseisdisseram disseram disserem dissessem

3. Do infinitivo , derivam-se os seguintes tempos, acres-centando-se ao tema as respectivas desinências:

Infinitivo Pret. imperf. Fut. pres. Fut. pret.pessoal indicativo indicativo indicativodes. “r” des. “va” e “ia” des. “rei” des. “ria”

sorrir amava sorria sorrirei sorririasorrires amavas sorrias sorrirás sorririassorrir amava sorria sorrirá sorririasorrirmos amávamos sorríamos sorriremos sorriríamossorrirdes amáveis sorríeis sorrireis sorriríeissorrirem amavam sorriam sorrirão sorririam

4. Do infinitivo, derivam-se as outras formas nominais:

Infinitivo Gerúndio Particípio

trabalhar trabalhando trabalhadoatender atendendo atendidoconferir conferindo conferido

CONJUGAÇÃO DOS PRINCIPAIS VERBOS

1. OS VERBOS DERIVADOS

A conjugação de um verbo derivado é idêntica à daforma primitiva.

a) Derivados do verbo “ver”:antever, entrever, prever e rever...

Exceção: prover e desprover que, nos temposabaixo, são conjugados como verbo regular:1) Pret. perf. indic.: provi, proveste, proveu, pro-

vemos, provestes, proveram.

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2) Nos demais tempos, são regulares; portan-to, sem “i” no radical.Exemplo: verbo frear(formas que apresentam problemas)a) Pret. perf. indic.: freei, freaste, freou,

freamos, freastes, frearam.b) Pret. m.-q.-perf.: freara, frearas, freara,

freáramos, freáreis, frearam.c) Fut. subj.: frear, freares, frear, frearmos,

freardes, frearem.d) Imperf. subj.: freasse, freasses, freasse,

freássemos, freásseis, freassem.

b) os verbos terminados em “iar”São regulares, não sofrem alterações em seus ra-dicais, exceto os seguintes, cujas iniciais formamo nome “MÁRIO”:

Mediar São irregulares nas formasAnsiar rizotônicas do presente doRemediar indicativo e tempos derivados,Incendiar em que o radical é acrescidoOdiar de “e”.

1) O verbo “ansiar”(comparado ao verbo “copiar”)

Pres. indic. Imper. afirm. Pres. subj.

anseio copio ////////////// ////////////// anseie copieanseias copias anseia (tu) copia (tu) anseies copiesanseia copia anseie copie anseie copieansiamos copiamos ansiemos copiemos ansiemos copiemosansiais copiais ansiai copiai ansieis copieisanseiam copiam anseiem copiem anseiem copiem

2) O verbo “mobiliar”(apresenta anomalia fonética)

Pres. indic. Imper. afirm. Pres. subj. Imper. negativo

mobílio ////////////////// mobílie ///////////////////////mobílias mobília (tu) mobílies Não mobílies (tu)mobília mobílie mobílie “ mobíliemobiliamos mobiliemos mobiliemos “ mobiliemosmobiliais mobiliai (vós) mobilieis “ mobilieis (vós)mobíliam mobíliem mobíliem “ mobíliem

Observação:Este verbo também se escreve mobilhar (VOLP)e mobilar (forma preferida em Portugal); ambasde conjugação regular.

3. OS VERBOS TERMINADOS EM “UAR”Esses verbos são regulares, portanto têm a sílabatônica no “u”.

Exemplos: averiguar, apaziguar, obliquar, apani-guar, etc.1) Pres. indic.: averiguo, averiguas, averigua,

averiguamos, averiguais, averiguam.2) Pres. subj.: averigúe, averigúes, averigúe,

averigüemos, averigüeis, averigúem.

2) Pret. m.-q.-perf.: provera, proveras, provera,provêramos, provêreis, proveram.

3) Fut. subj.: prover, proveres, prover, prover-mos, proverdes, proverem.

4) Imperf. subj.: provesse, provesses, provesse,provêssemos, provêsseis, provessem.

5) Particípio: provido.

b) Derivados do verbo “vir”:advir, convir, desavir-se, intervir, provir...

Exemplo: verbo intervir(formas que apresentam problemas)1) Pret. perf. indic.: intervim, intervieste, inter-

veio, interviemos, interviestes, intervieram.2) Pret. m.-q.-perf. indic.: interviera, intervie-

ras, interviera, interviéramos, interviéreis, in-tervieram.

3) Fut. subj.: intervier, intervieres, intervier, in-terviermos, intervierdes, intervierem.

4) Pret. imperf. subj.: interviesse, interviesses,interviesse, interviéssemos, interviésseis, inter-viessem.

5) Particípio: intervindo. (igual ao gerúndio)

c) Derivados do verbo “pôr”:antepor, apor, compor, contrapor, decompor, de-por, dispor, expor, impor, propor, repor, supor,transpor...

Exemplo: verbo compor(formas que apresentam problemas)1) Pret. perf. indic.: compus, compuseste, com-

pôs, compusemos, compusestes, compuseram.2) Pret. m.-q.-perf. indic.: compusera, com-

puseras, compusera, compuséramos, com-puséreis, compuseram.

3) Fut. subj.: compuser, compuseres, compuser,compusermos, compuserdes, compuserem.

4) Pret. imperf. subj.: compusesse, compuses-ses, compusesse, compuséssemos, compusésseis,compusessem.

2. OS VERBOS TERMINADOS EM “EAR” E “IAR”a) os terminados em “ear”

São irregulares nas formas rizotônicas(*) dopresente do indicativo e tempos derivados, poisrecebem o acréscimo de “i” ao radical.

(*) Forma rizotônica : vogal tônica dentro do radical (pente/io).

Forma arrizotônica: vogal tônica fora do radical (pente/amos).

1) Exemplo: verbo pentear

Pres. indic. Imper. afirm. Pres. subj. Imper. neg.

penteio /////////////////// penteie /////////////////penteias penteia (tu) penteies Não penteies (tu)penteia penteie (você) penteie “ penteie (você)penteamos penteemos (nós) penteemos “ penteemos (nós)penteais penteai (vós) penteeis “ penteeis (vós)penteiam penteiem (vocês) penteiem “ penteiem (vocês)

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Observação:Alguns apresentam deslocamento da sílabatônica, no presente do indicativo e temposderivados.

Exemplos: aguar, desaguar, enxaguar, minguar.1) Pres. indic.: águo, águas, água, aguamos,

aguais, águam.2) Pres. subj.: ágüe, ágües, ágüe, agüemos,

agüeis, ágüem. “Há quem considere corretas as formas comsílaba tônica no ‘u’ (aguo, aguas, agua...), po-rém tal procedimento não deve encontrar am-paro nas normas cultas da língua portuguesa”.(Mário Barreto)

4. VERBO REQUERERSemelhante ao verbo querer, só não segue a con-jugação dele nos seguintes casos:

Pres. indic. Pret. perf. Pret. m.-q. Fut. subj. Pret. imperf.

(1ª p. sing.) indic. -perf. indic. subj

requeiro requeri requerera requerer requeresserequeres requereste requereras requereres requeressesrequer requereu requerera requerer requeresserequeremos requeremos requerêramos requerermos requerêssemosrequereis requerestes requerêreis requererdes requerêsseis

requerem requereram requereram requererem requeressem

5. VERBOS IRREGULARES DA 3ª CONJUGAÇÃOa) Modelo: “cair” – perdem o “i” na 3ª pes. pl.

do pres. indic.Pres. indic.: caio, cais, cai, caímos, caís, caem.Seguem o modelo: atrair, contrair, distrair,extrair, retrair, sair, etc.

b) Modelo: “ferir” – trocam o “e” por “i” na1ª pes. sing. do pres. indic. e em todo o pres. subj.Pres. indic.: firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem.Pres. subj.: fira, firas, fira, firamos, firais,firam.Seguem o modelo: aderir, advertir, aferir, assen-tir, auferir, competir, conferir, conseguir, consen-tir, convergir, deferir, desferir, despir, diferir,discernir, divergir, divertir, expelir, gerir, impelir,inferir, ingerir, inserir, investir, mentir, perseguir,preferir, preterir, proferir, referir-se, refletir, re-pelir, repetir, revestir, seguir, sentir, servir, suge-rir, transferir, vestir e outros (esses verbos, por-tanto, não são defectivos).

c) Modelo: “agredir” – trocam o “e” por “i” nasformas rizotônicas do pres. indic. e em todo opres. subj.Pres. indic.: agrido, agrides, agride, agredimos,agredis, agridem.Pres. subj.: agrida, agridas, agrida, agridamos,agridais, agridam.Seguem o modelo: regredir, progredir, trans-gredir, prevenir, cerzir e denegrir.

d) Modelo “cobrir” – trocam o “o” por “u” na1ª pes. sing. do pres. indic. e em todo o pres. subj.Pres. indic.: cubro, cobres, cobre, cobrimos,cobris, cobrem.

Pres. subj.: cubra, cubras, cubra, cubramos,cubrais, cubram.Seguem o modelo: encobrir, engolir, desco-brir, recobrir, dormir, tossir.

e) Modelo “subir” – trocam o “u” por “o” nasformas rizotônicas do pres. indic. (exceto na1ª pes. sing.)Pres. indic.: subo, sobes, sobe, subimos, subis,sobem.Seguem o modelo: acudir, bulir, consumir,cuspir, entupir, escapulir, fugir, sumir.

f) Modelo “polir” – trocam o “o” por “u” nasformas rizotônicas do pres. indic. e em todo opres. subj.Pres. indic.: pulo, pules, pule, polimos, polis,pulem.Pres. subj.: pula, pulas, pula, pulamos, pulais,pulam.Seguem o modelo: sortir e despolir.

g) O verbo “frigir” – troca o “i” por “e” nas for-mas rizotônicas do pres. indic. (exceto na 1ªpes. sing., em que troca o “g” por “j”).Pres. indic.: frijo, freges, frege, frigimos, frigis,fregem.Pres. subj.: frija, frijas, frija, frijamos, frijais,frijam.

6. VERBOS DEFECTIVOSAqueles que não são conjugados integralmente,faltam pessoas ou tempos inteiros.

Principais Verbos Defectivos

a) Reaver e Precaver-seConjugados apenas nas formas arrizotônicas dopresente do indicativo e tempos derivados.

1) Pres. indic.: Pres. subj. – não há(Reaver) (Precaver-se) Imper. negativo – não há________ ________________ ________________ ________

Imper. afirmativoreavemos precavemos (Reaver) – reavei (vós)reaveis precaveis (Precaver) – Precavei-vos

(vós) (*)_________ ________

(*) Precaver-se é usado mais freqüentemente como verbo reflexivo.

2) Nos demais tempos:Reaver – conjuga-se como o verbo haver.Precaver-se – conjuga-se como verbo regular(mod. vender).

b) Grupo do EIConjugados apenas nas formas com E ou I de-pois do radical:abolir, aturdir, banir, brandir, carpir, colorir, de-molir, delinqüir, esculpir, explodir, fulgir, feder,soer.

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c) Grupo do IConjugados apenas nas formas com I depois doradical:falir, adir, remir, ressarcir, vagir, espavorir.

d) O verbo viger só é conjugado nas formas com Edepois do radical.

7. PARTICÍPIOS ABUNDANTES

Verbos Particípio regular Partícipio irregular

aceitar aceitado aceitoacender acendido acesobenzer benzido bentoeleger elegido eleitoentregar entregado entregueenxugar enxugado enxutoexpressar expressado expressoexpulsar expulsado expulsoextinguir extinguido extintomatar matado mortoprender prendido presoromper rompido rotosalvar salvado salvosoltar soltado soltosuspender suspendido suspensotingir tingido tinto

As formas regulares são empregadas na voz ativa(tempos compostos) com os auxiliares “ter” ou “haver”,as formas irregulares são usadas na voz passiva com osauxiliares “ser” ou “estar”.

• O diretor havia aceitado a proposta. (voz ativa – tempo composto)

• A tarefa foi aceita por nós. (voz passiva)

• O professor tinha suspendido a aula. (voz ativa – tempo composto)

• O jogo foi suspenso pelo árbitro. (voz passiva)

8. PARTICÍPIOS ESPECIAIS

a) Somente particípios irregulares:abrir : aberto; cobrir : coberto; dizer: dito; escrever: escrito; fazer: feito; ver: visto; vir : vindo; pôr: posto.

b) Particípios regulares que se tornam obsoletos:Ganhar: ganhado, ganhoGastar: gastado, gastoPagar: pagado, pago

Na linguagem contemporânea, já não se usam os par-ticípios ganhado, gastado e pagado, embora tais usos nãoestejam incorretos.

c) Particípio literárioPegar: pegado, pego

“Embora o uso tenha consagrado o particípio pego,deve-se preferir pegado com qualquer auxiliar”.

• O ladrão foi pegado pela polícia.• Jamais tinha pegado um passarinho na arapuca.

(Rocha Lima)

9. TEMPOS COMPOSTOSAuxiliares (ter ou haver) + Particípio (regular)Quadro (resumo) da conjugação de temposcompostos.Exemplo: verbo vender

Modos Indicativo Subjuntivo

Tempos compostos

Pret. Perf. tenho vendido tenha vendido

Pret. M-Q-Perf. tinha vendido tivesse vendido

Futuro Pres. terei vendido tiver vendido

Futuro Pret. teria vendido

Formas nominais compostas

Infinitivo ter vendido

Gerúndio tendo vendido

Observação:Presente, pretérito imperfeito, imperativo eparticípio compostos não existem.

VOZES DO VERBO

Ativa – sujeito agente• O deputado apresentou um novo projeto.

Passiva – sujeito paciente• O muro foi derrubado pela liberdade.

Reflexiva – sujeito agente e paciente• A menina via-se no espelho.

A voz reflexiva é obtida com os pronomes oblíquosme, te, se, nos, vos.

Observação:Uma variante da voz reflexiva no plural denotareciprocidade (ação mútua).• Os irmãos abraçaram-se e cumprimentaram-se

com alegria.

PASSAGEM DA VOZ ATIVA PARA A VOZPASSIVA ANALÍTICA

Condições essenciais: verbo pessoal, transitivo di-reto, e de ação.

1º Esquema – voz passiva analítica (com um verbo)

VOZ ATIVAO fogo destruía o jardim. sujeito v. t. d. objeto direto

VOZ PASSIVAO jardim era destruído pelo fogo. sujeito paciente particípio ag. da passiva

verbo ser no mesmo tempo e modo do verbo da voz ativa.

2º Esquema – voz passiva analítica (com locuçãoverbal)

VOZ ATIVA• Os alunos estavam assinalando as respostas. sujeito v. aux. v. principal objeto direto

v. t. d.

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VOZ PASSIVA• As respostas estavam sendo assinaladas pelos alunos. sujeito paciente v. aux. particípio ag. da passiva

verbo ser no mesmo tempo e mododo verbo principal da voz ativa.

o verbo auxiliar conc. c/ o sujeito.

Passagem da voz passiva analíticapara a voz ativa

É o processo inverso:

VOZ PASSIVAA prova seria corrigida pela professora.sujeito paciente ag. da passiva

VOZ ATIVAA professora corrigiria a prova.sujeito agente fut. pret. objeto direto

VOZ PASSIVA SINTÉTICAV.T.D. + SE (partícula apassivadora)A voz passiva sintética, ou pronominal, provém devoz ativa com sujeito indeterminado, isto é, comverbo na 3ª pessoa do plural.• Chamaram a polícia. (voz ativa) (sujeito indeterminado)

Método prático paraa) passar para a voz passiva sintética:

• Chamaram a polícia. (voz ativa) (objeto direto)

Faça o verbo concordar com o sujeito (o objeto direto da voz ativa) e acrescente o “se”:

• Chamou-se a polícia. (voz passiva sintética) (sujeito)b) passar para a voz ativa: • Solicita-se calma. (voz passiva sintética)

Retire a partícula SE e coloque o verbo na 3ªpessoa do plural para indeterminar o sujeito:

• Solicitam calma. (voz ativa)

EXERCÍCIOS

Qual a série correta para completar as lacunas?

1. Quando ele ............ as guias, entregue-as a quem.................. ao médico e ................... dispensa.a) trazer – fosse – querer.b) trazer – for – querer.c) trouxer – fosse – quiser.d) trouxer – for – querer.e) trouxer – for – quiser.

2. O acordo não ................. as reivindicações, a não serque .................. os nossos direitos e .................. da luta.a) substitui – abdicamos – desistimos.b) substitue – abdicamos – desistimos.c) substitui – abdiquemos – desistamos.d) substitui – abdiquemos – desistimos.e) substitue – abdiquemos – desistamos.

3. Devemos .................... contra possíveis dificuldades.a) nos precaver.b) precavermos.c) precaver-mo-nos.d) precaver-nos.e) precavermos-nos.

4. As linhas ............ para um ponto e depois se ............no infinito.a) convergem – esvão.b) convirgem – esvaem.c) convergem – esvaiem.d) convergem – esvaem.e) convirgem – esvão.

5. Se o diretor ................. exatamente do que se trata,por certo .......... o projeto cuja aprovação vocês..................a) saber – reverá – requiseram.b) saber – revirá – requereram.c) souber – reverá – requereram.d) souber – reverá – requiseram.e) souber – revirá – requereram.

6. O juiz permitirá que eles ................... sigilosamente,embora não o ................. requerido a tempo.a) deporão – têm.b) deponham – tenham.c) depuserem – tiverem.d) depusessem – terão.e) depõem – tivessem.

7. Quando o ......., diga-lhe que ................ que ............ aaparecer.a) ver – convêm – continui.b) ver – convêm – continue.c) vir – convêm – continui.d) vir – convêm – continue.e) vir – convém – continue.

8. Não sei que conseqüências ................... se ele não.................... o carro na faixa.a) adveria – detesse.b) adviria – detivesse.c) adveriam – detesse.d) adviriam – detivesse.e) adviriam – detesse.

9. Como ............. o pagamento, ele não .............. o cré-dito que desejava.a) sustaram – rehaveu.b) sustaram – reouve.c) susteram – reaveu.d) susteram – reouve.e) sustiveram – rehouve.

10. “Você não se ................., agora não se ...............a) precaveu – queixa.b) precaviu – queixa.c) precaveu – queixe.d) precouve – queixe.e) precaviu – queixe.

11. Por ocasião de um desastre, .................. os acidenta-dos sem nos .................... a novos perigos.a) acudamos – expusermos.b) acodamos – expusermos.c) acudamos – expor.d) acodamos – expor.e) acodimos – expormos.

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12. Na voz ativa, a oração “Tal fato já foi cientificamentecomprovado” tem a forma verbal .......................a) se comprovou.b) comprovaram.c) haviam de comprovar.d) tem sido comprovado.e) têm comprovado.

13. Na voz passiva, a oração “Já haviam restaurado astelas.” apresenta a forma verbal ...........................a) haviam sido restauradas.b) restauraram.c) restaurar-se-iam.d) haveriam de ser restauradas.e) houveram de restaurar.

14. Os verbos ir , vir , ver, fazer e resfolegar na 2ª pes-soa do singular do imperativo afirmativo são, respec-tivamente,a) vai – vem – vê – faze – resfólega.b) vai – vem – veja – faz – resfolegue.c) vá – vêm – veja – faz – resfolegue.d) vai – venha – vê – faz – resfolega.e) vá – vem – vê – faze – resfolega.

15. Do verbo requerer a única afirmativa certa éa) requis – pretérito perfeito do indicativo.b) requero – presente do indicativo.c) requeiresse – imperfeito do subjuntivo.d) requeirera – mais que perfeito do indicativo.e) requeiro – presente do indicativo.

16. Assinale a alternativa correta.a) Não odeie teu semelhante.b) Não odieis teu semelhante.c) Ama o seu próximo como a si mesmo.d) Ame a seu próximo como a si mesmo.e) Ame a teu próximo como a ti mesmo.

17. Qual das frases não possui verbo auxiliar?a) Urge conhecer-te melhor.b) Estavam todos dormindo.c) As almas vão sorrindo e vão orando.d) Veio vindo a ventania,e) Andei buscando esse dia.

18. Assinale a frase em que há erro.a) Requeiro-lhe um atestado de bons antecedentes.b) Ele interviu na questão.c) Eles foram pegados de surpresa.d) O vendeiro proveu o seu armazém do necessário.e) Os meninos desavieram-se por causa do jogo.

19. Na voz ativa “Os pratos foram colocados cuidadosa-mente na prateleira.”, tem-se a forma verbal ...........a) tinham colocado.b) colocavam.c) haviam colocado.d) foram-se colocando.e) colocaram.

20. Na voz passiva analítica “Não se conhecem pesquisassemelhantes.”, temos a forma verbal .....................a) são conhecidas.b) conhecem.c) temos conhecido.d) é conhecido.e) temos conhecido.

GABARITO COMENTADO

1. e Quando ele trouxer as guias, entregue-as aquem for ao médico e quiser dispensa. (fut.subj.: possibilidade futura).

2. c O acordo não substitui (pres. indic.) as reivin-dicações, a não ser que abdiquemos (pres.subj.) os nossos direitos e desistamos (pres.subj.) da luta.

3. d d) Devemos precaver-nos ... Obs.: a)Devemo-nos precaver; b) precaver-se (verbopronominal); c) precavermo-nos; e) preca-vermo-nos.

4. d As linhas convergem (convergir: pres. indic.)...depois se esvaem (esvair-se: pres. indic.) noinfinito.

5. c Se o diretor souber (fut. subj.)..., por certo re-verá (fut. pres.) o projeto ... vocês requere-ram (pret. perf. indic.).

6. b O juiz permitirá que eles deponham (pres.subj.) ... embora não o tenham requerido (pret.perf. composto subj.) a tempo.

7. e Quando o vir (fut. subj.), diga-lhe que convém(pres. indic.) que continue (pres. subj.) a apa-recer.

8. d ... conseqüências adviriam (fut. pret.) se elenão detivesse (imperf. subj.) o carro ...

9. b Como sustaram (pret. perf. indic.) o pagamento,ele não reouve (pret. perf. indic.) o crédito ...

10. c Você não se precaveu (pret. perf. indic.), ago-ra não se queixe (imper. negativo).

11. e Por ocasião de um desastre, acodimos (pret.perf. indic.) ... . sem nos expormos (infin. pes-soal) a novos perigos.

12. b Tal fato já foi (...) comprovado: Já compro-varam (...) tal fato (v. princ. no tempo do v. ser/ 3ª p. pl. p/ indet. o suj.).

13. a Já haviam restaurado as telas: As telas já ha-viam sido restauradas. (v. ser no tempo verbalda voz ativa).

14. a 2ª pes. imper. afirm = pres. indic. sem “s”: ir(vais: vai), vir (vens: vem), ver (vês: vê), fazer( fazes: faze ou faz) e resfolegar (resfólegas:resfólega).

15. e e) requeiro. Obs.: a) requeri; b) requeiro; c)requeresse; d) requerera.

16. d d) Ame (3ª pes. = pres. subj.) a seu próximocomo a si mesmo. Obs.: a) Não odeies teu ...b) Não odeies teu... c) Ame seu... e) Ama(2ª pes. imper. = pres. indic. sem “s”) a teu...

17. a Urge (or. princ.) // conhecer-te melhor (or. s.subst. subj. – red. de infinitivo).

18. b Ele interviu interveio na questão.19. e Os pratos foram colocados ...: Colocaram os

pratos... (v. princ. no tempo do v. ser / 3ª p. pl.p/ indet. o suj.).

20. a Não se (p. a.) conhecem pesquisas semelhan-tes: Pesquisas semelhantes não são conheci-das. (v. ser no tempo verbal da voz passivasintética).

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PRONOMES

Palavras que representam ou acompanham um subs-tantivo.

a) Pronomes adjetivos – quando acompanham umsubstantivo:• Meus amigos adoram esta casa.

b) Pronomes substantivos – quando representam umsubstantivo:• Alguns se julgam melhores que outros.

1. PRONOMES PESSOAIS

EMPREGO E FORMAS DE TRATAMENTO

Os pronomes pessoais designam as pessoas gra-maticais:

Pronomes Pessoas Funções

eu – nós 1ª pessoa emissor – quem fala.tu – vós 2ª pessoa receptor – com quem se fala.ele – eles 3ª pessoa assunto – de quem se fala.

Classificação:

Retos Oblíquos

Sujeito Outras funções Observações

Eu me, mim, comigo 1. Os pronomes eu e tuTu te, ti, contigo são normalmenteEle se, si, o/a, lhe, pronomes retos.

consigo 2. Os demais pronomesNós nos, conosco (ele, nós, vós, eles)Vós vos, convosco serão oblíquos quandoEles se, si, os/as, lhes, em outras funções sin-

consigo táticas.

• Nós seremos os primeiros colocados.– Sujeito: pronome reto.

• O diretor convidará todos eles.– Objeto direto: pronome oblíquo.

Emprego dos pronomes pessoais

a) Para eu / para tu – Para mim / para ti

1) Para eu – para tuAntes de infinitivos na função de sujeito:• Recomende um livro para eu ler. sujeito do verbo ler

2) Para mim – para ti• Sempre que não forem sujeito da oração:• Traga um presente para mim.

objeto indireto

• É fácil para ti trabalhar aqui. complemento nominal

b) Entre mim e ti

“eu” e “tu”, por exercerem a função de sujeito, nãopodem aparecer preposicionados.• O namoro acabou, nada mais há entre mim e ti .• Pesam suspeitas sobre você e mim.

c) Conosco / convosco – Com nós / com vós

1) Conosco ou convosco“nós” e “vós” combinam-se com a preposição com.• Os mestres ficaram satisfeitos conosco.

2) Com nós e com vósNão haverá combinação se os pronomes vieremdeterminados por mesmos, próprios, outros, am-bos e numerais cardinais.• Evitava falar com nós todos.

d) Consigo – contigo – com você(s)

1) ConsigoPronome pessoal reflexivo (indica que a ação ver-bal se refere ao próprio sujeito).• O rapazinho trazia consigo a intolerância.

2) ContigoPronome não-reflexivo: tu > contigo.• Leva contigo tuas lembranças e segredos.

3) Com você(s)Pronome não-reflexivo: você > com você.• Espere um pouco: quero falar com você.

e) O pronome o, a, os, as(e suas transformações)

1) lo, la, los, las– ênclise em formas verbais terminadas em R, S, Z:

estudar + o estudar-lo > estudá-lochamas + a chamas-la > chamá-lasatisfez + os satisfez-los > satisfê-los

2) no, na, nos, nas– ênclise em formas verbais terminadas em sons

nasais:dão + o > dão-nocompõe + as > compõe-nasamam + a > amam-navendem + os > vendem-nos

3) combinações (O.I.+ O.D.)– os pronomes me, te, lhe, nos, vos, lhes (O.I.)

combinam-se com o, a, os, as (O.D.), da seguinteforma:me + o, a, os, as > mo, ma, mos, maste + o, a, os, as > to, ta, tos, taslhe + o, a, os, as > lho, lha, lhos, lhasnos + o, a, os, as > no-lo, no-la, no-los, no-lasvos + o, a, os, as > vo-lo, vo-la, vo-los, vo-laslhes + o, a, os, as > lho, lha, lhos, lhas• Não perdoará os crimes aos maus.

obj. direto obj. indireto

• Não lhos perdoará. lhe(o.i.) + os(o.d.)

f) Função sintática dos pronomes oblíquos

1) o, a, os, as– objeto direto

• Jamais o acompanharei nesta loucura.– sujeito de verbos causativos (mandar, deixar,

fazer) e sensitivos (ver, ouvir, sentir)• Deixei-o sair em péssimas companhias.

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2) lhe, lhes– objeto indireto (pessoa)

• Não façam apenas o que lhes convém.– adjunto adnominal ou objeto indireto de pos-

se (valor de um possessivo)• A flecha transpassou-lhe o coração.

– complemento nominal (acompanha verbo deligação)• Era-lhe impossível sorrir.

3) me, te, nos, vos– objeto direto ou indireto

• Os súditos me obedeciam. (o.i.)• Os peregrinos me acompanhavam. (o.d.)

– adj. adnominal ou obj. indireto de posse• Capitu captou-me as intenções.(minhas)

– complemento nominal• A vitória parecia-me impossível.

– sujeito (verbos sensitivos: ver, ouvir, sen-tir... / causativos: deixar, fazer, mandar)• Deixei-me cair a seus pés...

PRONOMES DE TRATAMENTOReferem-se às pessoas de modo cerimonioso ou oficial.

Pronomes Abreviaturas Autoridades

Vossa Excelência V. Exª. GovernamentaisVossa Magnificência V. Magª. ReitoresVossa Alteza V. A. Príncipes, duquesVossa Majestade V. M. Reis, imperadoresVossa Reverendíssima V. Revma. SacerdotesVossa Eminência V. Emª. CardeaisVossa Santidade V. S. PapaVossa Senhoria V. Sª. As demais

Observação:Vossa.......... – para falar com (2ª pes. gram.)Sua............. – para falar de (3ª pes. gram.)

2. PRONOMES POSSESSIVOS

Indicam “posse” e “possuidor”, posicionam os seresem relação às pessoas gramaticais.

1ª pes. 2ª pes. 3ª pes. 1ª pes. pl. 2ª pes. pl.

meu(s) teu(s) seu (s) nosso(s) vosso(s)minha(s) tua(s) sua(s) nossa(s) vossa(s)

Emprego dos possessivos

a) É erro a falta de correlação entre pronomes pos-sessivos e pessoais:teu(s), tua(s) > tuseu(s), sua(s) > ele(s)/ você(s)• Se você vier à festa, traga o seu irmão.• Se tu vieres à festa, traz o teu irmão.

b) O pronome seu quase sempre traz ambigüidade:• Chegou Pedro, Maria e o seu filho.

(De quem é o filho? de Pedro? de Maria? ou seu?)

c) Constitui pleonasmo vicioso usar pronome pos-sessivo referindo-se às partes do próprio corpo:• Estou sentindo muita dor no meu joelho.

(Poderia sentir dor no joelho de outra pessoa?)

3. PRONOMES RELATIVOS

Substituem um termo comum a duas orações, estabe-lecendo uma relação de subordinação entre elas.

• Conheço o aluno. O aluno chegou atrasado.• Conheço o aluno que chegou atrasado.

Pronomes relativos:– que, quem, o qual, onde, quanto, como, cujo.

Emprego dos pronomes relativos

Quem – refere-se a pessoas,– prep. “a” com V.T.D.

• Conheça a mulher a quem tanto amas.

Que – refere-se a coisas ou pessoas e ao ante-cedente mais próximo,

– só aceita preposições monossílabas.• Você é a pessoa que sempre chega na hora.• O estudo é o caminho que conduz ao sucesso.• Aquela é mãe da menina que venceu a prova.

Qual – refere-se a coisas ou pessoas,– antecedente mais distante.

• Aquela é mãe da menina a qual é muito gentil.

Onde – equivalente a no qual,– indica lugar aonde e donde.

• Visitaremos a casa onde nasceu Bilac.• Ninguém sabe aonde você quer chegar.

Quanto – aparece após tanto, todo e tudo.• Não gastes num dia tudo quanto ganhas no mês.

Como – antecedentes maneira, modo.• Este é o modo como deves estudar gramática.

Cujo – refere-se a um antecedente, mas concor-da e indica posse ao termo posposto,

– não admite artigo (antes ou depois).• Há pessoas cuja inimizade nos honra.

Regência

Os pronomes relativos vêm precedidos das preposi-ções exigidas pelos verbos das respectivas orações.

• Este é o filme / a que assistimos ontem.• Repudio o ideal / pelo qual lutas.

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4. PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Demonstram a posição dos seres no tempo e no espaço.

Emprego dos pronomes demonstrativos

Pronomes este esse aqueleEmprego isto isso aquilo

a) Em relação às pessoas gramaticais:– 1ª pes. (o emissor) lugar: aqui; X– 2ª pes. (o receptor) lugar: aí; X– 3ª pes. (o assunto) lugar: ali, lá. X

• Veja estes livros aqui nesta mesa.• Não é leve essa culpa que carregas.• Os melhores cargos são aqueles que não alcançamos.• Aquilo que vês lá em alto-mar é a salvação e a bênção.

b) Em relação ao tempo da mensagem:– o que será comunicado; X– o que já foi comunicado; X– o que foi comunicado há muito. X

• Sabemos apenas isto: nada somos.• Estudar muito? Isso não me emociona...• O deputado não honrou aquilo que prometera.

c) Em relação ao tempo cronológico:– o presente; X– passado e futuro próximos; X– passado e futuro distantes. X

• Este foi o século mais importante de todos.• Uma noite dessas irei à tua casa em Goiânia.• “Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos...”

d) Localizando termos da oração:– o último de uma série; X– o primeiro de uma série. X

• Diálogo entre pais e filhos é difícil: estes não queremouvir nada, e aqueles querem falar muito.

São também pronomes demonstrativos

a) o, a, os, as• Todos diziam o que queriam. (isso, aquilo)• Conheço o idioma latino e o grego. (idioma)

b) tal• Jamais fiz tal assertiva. (essa, aquela)

c) mesmo, próprio (com caráter reforçativo)• As carpideiras mesmas choraram de verdade.• Esta é a mesma questão que foi impugnada.

5. PRONOMES INDEFINIDOS

Referem-se a verbos e a substantivos, dando a elessentido vago ou quantidade indeterminada.

• Alguém virá procurá-lo mais tarde. (quem?)• Muitos candidatos serão chamados. (quantos?)

Relação dos principais pronomes e locuções

a) Pronomes indefinidos: algo, alguém, algum, bas-tante, cada, certo, mais, menos, muito, nada, nin-guém, nenhum, outro, outrem, pouco, quem, qual-quer, quanto, tanto, tudo, todo, um, vários.

b) Locuções pronominais: cada um, cada qual, sejaquem for, todo aquele que, qualquer um, quemquer que...

Observação:Alguns podem ser advérbios de intensidade.

Vocábulos Pronome indefinido Advérbio de intensidade

Muito Quando substituir Quando acompanhar ePouco ou modificar um modificar:Mais substantivo – verbosMenos – adjetivosBastante – advérbios

• Os jogadores do Brasil têm muito preparo físico. (pronome)• O preparador físico trabalhou muito com os atletas. (advérbio)• O técnico convocou atletas muito competentes. (advérbio)• A Seleção jogou muito bem na semifinal. (advérbio)

6. PRONOMES INTERROGATIVOS

Introduzem perguntas diretas e indiretas.São interrogativos: que, quem, qual e quanto.• Que loucura é essa?• Quem inventou a pinga?• Qual é o plano?• Quantos candidatos foram aprovados?

a) Pergunta direta: pronome no início da frase componto de interrogação.• Quem foi o maior jogador de futebol?

b) Pergunta indireta: o pronome é usado após ver-bos, como, saber, responder, informar, indagar,ver, ignorar,... chamados “dicendi”.• Não sei quem fez tal acusação.• Gostaria de saber qual é seu nome.

Observação:Outras palavras usadas em frase interrogativa se-rão, com certeza, advérbios interrogativos.• Quando começaram as provas? (adv. de tempo)• Como vens para o trabalho? (adv. de modo)• Poderias dizer aonde queres ir? (adv. de lugar)

EXERCÍCIOS

Qual a opção correta para completar as lacunas?

1. Asseguro- ..... que V Sª. ........... convidado, pois to-dos reconhecem a .......... liderança.a) lhe – será – vossa. d) os – será – sua.b) lhe – será – sua. e) vos – será – vossa.c) vos – sereis – vossa.

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2. Este é encargo para ......... assumir sozinho, sem quese repartam as responsabilidades entre .................a) mim – eu e tu.b) você – mim e si.c) mim – mim e ti.d) eu – eu e ti.e) eu – mim e ti.

3. V. Exª ......... motivos ......... assessores não chegaram?a) sabe porque – vossos.b) sabe por que – seus.c) sabeis por que – seus.d) sabeis por que – vossos.e) sabeis porque – vossos.

4. Pedimos a Vossa Senhoria, Sr. Gerente, que ..............outra vez os contratos que estão sob ............ guarda.a) verifique – vossa.b) verifiques – vossa.c) verifiqueis – sua.d) verifique – sua.e) verifiqueis – vossa.

5. Era para ..... falar .......... ontem, mas não ....... encon-trei em parte alguma.a) mim – consigo – o.b) eu – com ele – lhe.c) mim – consigo – lhe.d) mim – contigo – te.e) eu – com ele – o.

6. O diretor deixou as provas para .......... revisar.Este assunto fica só entre .......... e você.Rafael, espera, tenho que falar ...............a) eu – mim – com você.b) mim – eu – contigo.c) eu – mim – contigo.d) mim – eu – com o senhor.e) mim – mim – consigo.

7. Se é para ...... dizer o que penso, creio que a escolhase dará entre .............a) mim – eu e tu.b) mim – mim e ti.c) eu – mim e tu.d) eu – mim e ti.e) eu – eu e tu.

8. Quem ........... estragado que ........... de ..............a) o trouxe – encarregue-se – consertá-lo.b) o trouxe – se encarregue – consertá-lo.c) trouxe-o – se encarregue – o consertar.d) trouxe-o – se encarregue – consertá-lo.e) trouxe-o – encarregue-se – o consertar.

9. Pega ............ cadeira ali na outra sala e põe- ..... aquiperto de mim.a) essa – a.b) essa – la.c) esta – la.d) aquela – a.e) aquela – na.

10. Aguardando .......... parecer, reafirmamos nossa es-perança de que V. Sª. .......... de acordo com as su-gestões que ora .......... enviamos.a) seu – esteja – lhe.b) vosso – estejais – vos.c) seu – esteje – lhe.d) vosso – estejai – vos.e) vosso – esteja – lhe.

11. Assinale a opção correta.a) Entre ela e eu não há divergência.b) É difícil para mim aceitar a proposta.c) Vou estar consigo amanhã.d) Ele fez tudo para mim entrar na faculdade.e) Entre eu e meus colegas não há grandes divergên-

cias.

12. Dirigindo-se a sacerdotes em geral, que pronome detratamento se deve empregar?a) Vossa Paternidade.b) Vossa Santidade.c) Vossa Eminência.d) Vossa Reverendíssima.e) Vossa Onipotência.

13. Assinale a alternativa correta.a) Este é um problema para mim resolver.b) Entre eu e tu não há mais nada.c) A questão deve ser resolvida por eu e você.d) Para mim, viajar de avião é um suplício.e) Quando voltei a si, não sabia onde me encontrava.

14. Dadas as sentenças:I. Ela comprou um livro para mim ler.II. Nada há entre mim e ti.III. Raimunda, gostaria de falar consigo.verificamos que está (estão) correta(s)a) apenas a sentença I.b) apenas a sentença II.c) apenas a sentença III.d) apenas as sentenças I e II.e) todas as sentenças.

15. Aponte a frase correta.a) Cantei para ti dormir.b) As crianças ficarão com nós.c) Quero conversar consigo, Raquel.d) Elas vieram com nós mesmos.e) Vossa Senhoria trouxe convosco esses documentos?

16. Assinale a frase incorreta.a) Vossa Excelência e seus convidados.b) Mandou-me embora mais cedo.c) Vou estar consigo amanhã.d) Vós e vossa família estais convidados para a festa.e) Deixei-o encarregado da turma.

17. Assinale a frase incorreta.a) Espero que você leve consigo o passaporte.b) Já houve discussões graves entre ti e mim.c) Cada um faça por si mesmo a redação.d) Sem ti e mim poucas coisas se fariam nesta casa.e) Capitu, desejo falar consigo um instante.

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18. Assinale a frase incorreta.a) De longe, vimos passar um vulto. = De longe,

vimo-lo passar.b) Mandaram as encomendas fora do prazo. = Man-

daram-nas fora do prazo.c) Fez todos os deveres com muito carinho. = Fê-los

com muito carinho.d) Num acesso de fúria, quebrastes todos os pratos.

= Num acesso de fúria, quebraste-os.e) Enviaremos um mensageiro ao coronel. = Enviá-lo-

emos ao coronel.

19. O que não é pronome relativo na opção?a) “Não há mina de água que não o chame pelo nome,

com arrulhos de namorada.”b) “Não há porteira de curral que não se ria para ele,

com risadinha asmática de velha regateira.”c) “Me espere em casa, que eu ainda vou dar uma espia-

da na novilhada parida da vereda.”d) “Tenho uma corrente de prata lá em casa que anda

atrás de uma trenheira destas para pendurar na porta”.e) “Quem seria aquele sujeito que estava de pé, en-

costado ao balcão, todo importante no terno decasimira?”

20. Assinale o item em que há erro no emprego do de-monstrativo.a) Paulo, que é isso que você leva?b) “Amai vossos irmãos!” São essas as verdadeiras

palavras de amor.c) Trinta de dezembro de 1977! Foi significativo para

mim esse dia.d) Pedro, esse livro que está com José é meu.e) Não estou de acordo com aquelas palavras que José

pronunciou.

21. Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca devalores materiais, nem mesmo os que consideram talatitude um privilégio dado pela existência.Os pronomes destacados no período acima classifi-cam-se, respectivamente, comoa) indefinido – demonstrativo – relativo – demons-

trativo.b) indefinido – pessoal oblíquo – relativo – indefinido.c) de tratamento – demonstrativo – indefinido – de-

monstrativo.d) de tratamento – pessoal oblíquo – indefinido –

demonstrativo.e) demonstrativo – demonstrativo – relativo – demons-

trativo.

22. Destaque a frase em que o pronome relativo está em-pregado corretamente.a) É um cidadão em cuja honestidade se pode confiar.b) Feliz o pai cujos os filhos são ajuizados.c) Comprou uma casa maravilhosa, cuja casa lhe cus-

tou uma fortuna.d) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não

poderei terminar meu quadro.e) Os jovens, cujos pais conversei com eles, prome-

teram mudar de atitude.

23. Assinale a opção só com pronomes adjetivos.a) Meu filho, minha vida.b) Todos são iguais a ele.

c) Ninguém compareceu.d) O que você tem de bom, ele tem de ruim.e) Ninguém é de ninguém.

24. “..... somente as do Fé-em-Deus (...) sairiam ao lar-go...” Nessa construção, a palavra as éa) pronome pessoal oblíquo átono.b) pronome demonstrativo.c) artigo definido feminino plural.d) preposição simples, essencial.e) pronome pessoal, com função de sujeito.

25. Em “Os outros é que me chamam de Zé.”, a palavragrifada éa) pronome indefinido substantivo e sujeito.b) pronome indefinido adjetivo e adjunto adnominal.c) pronome relativo e sujeito.d) pronome relativo e objeto direto.e) pronome possessivo e sujeito.

GABARITO COMENTADO

1. b Asseguro-lhe (v. t. d. i.) que V Sª. será (suj.pron. trat.) convidado, pois todos reconhecema sua (ref.: pron. trat.) liderança.

2. e Este é encargo para eu (suj.) assumir sozinho,(...) as responsabilidades entre mim e ti(prepos.).

3. b V. Exª sabe (suj.: pron. trat.) por que motivosseus (ref.: pron. trat.) assessores não chega-ram?

4. d Pedimos a Vossa Senhoria, Sr. Gerente, queverifique (suj. pron. trat.) outra vez os contra-tos que estão sob sua (ref.: pron. trat.) guarda.

5. e Era para eu (suj.) falar com ele (consigo: sóreflex.) ontem, mas não o encontrei (v. t. d.) emparte alguma.

6. c ... para eu (suj.) revisar. / ... entre mim e você(prepos.). / ... espera (tu), tenho de falar contigo.

7. d Se é para eu (suj.) dizer (...) escolha se daráentre mim e ti. (prepos.).

8. b Quem o trouxe (pron. indef.: próclise) estra-gado que se encarregue (conj.: próclise) deconsertá-lo (infin. prepos.: ênclise).

9. e Pega aquela cadeira ali ... e põe-na (põe+a:nasaliz. do “a”: põe-na) aqui ...

10. a Aguardando seu parecer (ref.: pron. trat.), (...)de que V. Sª. esteja (suj.: pron. trat.) de acor-do com as sugestões que ora lhe enviamos (ref.:pron. trat.).

11. b b) É difícil para mim aceitar a proposta (opron. não é suj.: é compl. nom. de “difícil”: Acei-tar a proposta é difícil para mim). Obs.: a)Entre ela e eu mim (prepos.)... c) Vou estarconsigo contigo ou com você (consigo: sóreflex... . d) ... para mim eu entrar (suj.)... e)Entre eu mim (prepos.) e meus colegas ...

12. d d) Vossa Reverendíssima (p/sacerdotes); Obs.:a) superior de ordem; b) papa; c) cardeal; e) Deus.

13. d d) Para mim, viajar de avião é um suplício: Vi-ajar de avião é um suplício para mim (compl.nom.); Obs.: a) ... para mim eu resolver (suj.)...b) Entre eu mim e tu ti (prepos.); c) ... por eumim e você... e) Quando (eu) voltei a si mim...

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14. b II. (C) Nada há entre mim e ti. (prepos.) Obs.:I. (E) livro para mim eu ler. III. (E) Raimunda,gostaria de falar consigo contigo / com você(consigo: só reflex.).

15. d d) Elas vieram com nós mesmos. Obs.:a) ... para tu (suj.) dormires. b) com nós...conosco; c) Quero conversar consigo contigo/ com você (consigo: só reflex.) e) Vossa Se-nhoria trouxe convosco consigo (pron. reflex.– ref. a pron. trat.).

16. c Vou estar consigo contigo / com você ama-nhã. (consigo: só reflex.).

17. e Capitu, desejo falar consigo contigo / comvocê ... (consigo: só reflex.).

18. d Num acesso de fúria, (quebrastes+os =quebrastes+l+os) quebraste-los.

19. c ... que (=pois: conj.) eu ainda vou dar umaespiada ...

20. d Pedro, esse aquele livro que está com José émeu (nem comigo, nem contigo).

21. a Ninguém (indefinido) atinge a perfeição... nemmesmo os (= aqueles: demonstrativo) que (=os quais: relativo) consideram tal (=essa: de-monstrativo) atitude...

22. a a) É um cidadão em cuja honestidade se podeconfiar (cujo indic. posse: Pode-se confiar nahonestidade do cidadão). Obs.: b) ... cujos os(não admite art.) filhos ... c) ... cuja casa a qual /que lhe custou uma fortuna. d) ... sem o cujoqual ... e) Os jovens, cujos pais converseicom eles, com cujos pais conversei, prome-teram mudar de atitude.

23. a a) Meu filho, minha vida (pron. + subst. =pron. adj.). Obs.: pron. s/subst. = pron. subst.b) Todos são iguais a ele. c) Ninguém compa-receu. d) O que você tem de bom, ele tem deruim. e) Ninguém é de ninguém.

24. b ... . . somente as (=aquelas: pronome desmons-traivo) do Fé-em-Deus.

25. a Os outros (morfologia: pron. indef. subst. –sintaxe: sujeito) é que me chamam de Zé.

OUTRAS CLASSES GRAMATICAIS(Subsídios para análise sintática, principalmente)

ARTIGO

1) Artigo definido: o, a, os, as – “define” um ser den-tre tantos da espécie, determinando, também, gêneroe número.• Chamem o jovem. (aquele jovem, sexo masculino)

2) Artigo indefinido: um, uma, uns, umas – designaqualquer ser dentro da espécie, deixando-o vago “in-definido”; determina gênero e número.• Contratem uma jovem. (qualquer jovem, sexo fe-

minino)

3) Observações sobre o artigo definidoa) Facultativo antes dos possessivos adjetivos:

• Amanhã visitarei (o) seu pai.b) Facultativo também antes de nomes próprios (usa-

do para indicar intimidade ou parentesco):• Maria sempre estuda com (o) Paulo.

c) Omite-se o artigo antes da palavra casa no sentidode “lar”:• Não saio de casa.• Fico sempre em casa.• Já vou para casa.

ADVÉRBIO

É a palavra invariável que modifica o verbo, o adje-tivo e o próprio advérbio.

Principais tipos de advérbio:1) de afirmação: sim, certamente, deveras, realmen-

te, efetivamente, etc.2) de dúvida: talvez, quiçá, decerto, acaso, porven-

tura, etc.3) de intensidade: muito, pouco, bastante, mais,

menos, tanto, que, etc.4) de lugar: aqui, ali, lá, acolá, perto, longe, den-

tro, fora, além, etc.5) de modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, aler-

ta, adrede, debalde, e os terminados em “mente”:calmamente, tristemente, etc.

6) de negação: não, absolutamente, tampouco, nun-ca, jamais, etc.

7) de tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem,anteontem, já, sempre, nunca, jamais, cedo, tar-de, outrora, breve, novamente, diariamente, etc.

Classificam-se como advérbios interrogativos aspalavras onde, aonde, donde, como, quando, por que,usadas nas interrogações.

• Como você aprendeu a dirigir? (interrogação direta)• Você poderia contar como aprendeu a dirigir. (in-

terrogação indireta)

NUMERAL

Exprime número, ordem, múltiplo ou fração.

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionáriosum primeirodois segundo dobro (duplo) meio (metade)três terceiro triplo (tríplice) terçoquatro quarto quádruplo quartocinco quinto quíntuplo quintoseis sexto sêxtuplo sextosete sétimo sétuplo sétimooito oitavo óctuplo oitavonove nono nônuplo nonodez décimo décuplo décimoonze déc. primeiro (*) undécuplo onze avosdoze déc. segundo (**) duodécuplo doze avosvinte vigésimo vinte avostrinta trigésimo trinta avosquarenta quadragésimo quarenta avoscinqüenta qüinquagésimo cinqüenta avossessenta sexagésimo sessenta avossetenta septuagésimo setenta avosoitenta octogésimo oitenta avosnoventa nonagésimo noventa avoscem centésimo cêntuplo centésimoduzentos ducentésimo ducentésimotrezentos trecentésimo trecentésimoquatrocentos quadringentésimo quadringentésimoquinhentos qüingentésimo qüingentésimoseiscentos sexcentésimo sexcentésimosetecentos setingentésimo setingentésimooitocentos octingentésimo octingentésimonovecentos nongentésimo nongentésimo

(*) ou undécimo(**) ou duodécimo.

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Emprego dos numerais:a) para séculos, reis, papas, usam-se os ordinais até dé-

cimo, e, daí em diante, os cardinais: século IX (nono),Henrique VIII (oitavo), capítulo X (décimo), séculoXI (onze), João XXIII (vinte e três)...

b) para artigos de leis e decretos, usam-se os ordinais aténove, e, daí por diante, os cardinais: artigo 9º (nono),artigo 10 (dez).

PREPOSIÇÃO

É a palavra invariável que liga duas palavras, estabe-lecendo entre elas uma relação de dependência.

1) Preposições essenciais: a, ante, após, até, com,contra, de, desde, em, entre, para, perante, por,sem, sob, sobre.• Era nosso agregado desde muitos anos.• E jorrou a água de todos os afluentes...• O velho pescador usava óculos sem aros.

2) Preposições acidentais: afora, conforme, con-soante, durante, exceto, fora, mediante, menos, sal-vo, segundo, senão, tirante, visto, etc.• Salvo melhor juízo, julgo correta a expressão.• Ele sofreu um acidente durante o exercício.• Eles sempre se vestiam conforme a moda.

3) Locução prepositiva: ao lado de, abaixo de, aci-ma de, a despeito de, a fim de, ao redor de, a parde, apesar de, de acordo com, por causa de, gra-ças a, junto a, até a, etc.• O perigo morava ao lado de todos.• Passamos no concurso graças a nossa capaci-

dade intelectual.• A prova foi realizada de acordo com o calen-

dário do edital.

CONJUNÇÃO

É a palavra invariável que liga orações ou termos demesma função.

1. CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

a) Aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, comotambém, bem como.

b) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, en-tretanto, no entanto, e.

c) Alternativas: ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer,seja...seja.

d) Conclusivas: logo, portanto, senão, por isso, porconseguinte, pois (depois do verbo).

e) Explicativas: porque, que, porquanto e pois (an-tes do verbo).

2. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

a) Integrantes: que, se.b) Causais: porque, visto que, pois, que, como.c) Comparativas: como, (mais) que, (menos) que,

assim como, tal qual.d) Condicionais: se, caso, uma vez que, posto que,

salvo se, sem que.

e) Concessivas: embora, ainda que, se bem que,mesmo que.

f) Conformativas: conforme, segundo, consoante,como.

g) Consecutivas: tão... que, tal...que, tanto... que, demodo que, que.

h) Finais: para que, a fim de que, de sorte que, demodo que, porque.

i) Proporcionais: à medida que, à proporção que,quanto mais... menos, quanto menos... mais.

j) Temporais: quando, mal, logo que, assim que,sempre que, depois que.

INTERJEIÇÃO

Palavra ou expressão que exprime o sentimento deque estamos possuídos.

Ah! oh! ai! oxalá! apoiado! psiu! puxa! ó! olá! Aimeu Deus! Nossa Senhora!

palavras e locuções denotativas

De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasi-leira, certas palavras que antigamente eram classificadascomo advérbios passaram a ter classificação à parte, semdesignação própria. Elas são analisadas em função daidéia que expressam; assim, podem aparecer numa frasepalavras ou locuções denotativas de:

a) inclusão – até, mesmo, também, inclusive, etc.• Até eu fui envolvido na discussão.

b) designação – eis.• Eis a noite que chega!

c) realce – é que, só, cá, lá, etc.• Eu é que vou falar hoje.• Lá vem você de novo com essa desculpa!

d) retificação – aliás, ou melhor, digo, isto é, etc.• Vou sair já, ou melhor, daqui a alguns minutos.

e) situação – então, mas, afinal, agora, etc.• Então, como vai a família?

f) exclusão – somente, apenas, unicamente, sequer,só, salvo, etc.• Todos vieram à reunião, menos ele.

g) explicação – isto é, por exemplo, a saber, como, etc.• Duas alunas desta classe, a saber, Renata e• Cláudia, ficaram doentes.

EXERCÍCIOS

1. Assinale a opção incorreta.a) “Há dores secas, como há cóleras mudas.” (subs-

tantivo)b) “Não podemos evitar as paixões, mas podemos

vencê-las.” (pronome oblíquo)c) “Quando a pena é justa, torna-se injusto o per-

dão.” (conjunção subordinativa temporal)d) “O que teme sofrer, começa a sofrer o que teme.”

(artigo definido)e) “Os medíocres admiram com hipocrisia e invejam

com rancor.” (locução adverbial)

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2. Em que frase quanto é pronome relativo?a) Não sei quanto ganho.b) Gasto quanto ganho.c) Gasto tudo quanto ganho,d) Quanto desperdício, meu Deus!e) Quanto mais ganho, mais gasto.

3. A palavra destacada não é advérbio ema) Quantos passaram em Matemática?b) Por que as crianças choravam?c) Como vocês me encontraram?d) Onde você colocou meus óculos?e) Quando iremos ao circo?

4. Assinale a opção incorreta.a) “Nunca é tarde para nos desfazermos dos nossos

preconceitos.” (conjunção subordinativa final)b) “A resposta branda apaga a ira.” (artigo definido)c) “A morte é um sinal de igual na equação da vida.”

(contração da preposição com o artigo)d) “Quem a todos quer agradar, não sabe governar.”

(pronome indefinido)e) “A falsa ciência é pior do que a ignorância.” (con-

junção subordinativa comparativa)

5. Assinale a frase em que mais é advérbio de tempo.a) Cheguei mais cedo.b) Não sou mais aluno.c) Comprei mais livros.d) Não tenho mais que fazer.e) Sempre fui mais estudioso que ele.

6. Em que frases não se destacou locução adverbial?a) Choveu a cântaros no início do ano.b) De vez em quando jogamos cartas.c) O país progredia a olhos vistos.d) Meu primo é um médico de talento.e) Gostamos muito de passear a cavalo.

7. Assinale essa opção incorreta.a) “A consciência é a presença de Deus nos homens.

“ (substantivo próprio)b) “O artista que fica satisfeito com sua obra faltou à

vocação.” (conjunção subordinativa integrante)c) “A velhice é um privilégio angustiante.” (adjeti-

vo uniforme)d) “A eternidade é um oceano sem praias.” (preposi-

ção essencial)e) “Há censuras que louvam, e louvadores que cen-

suram.” (verbo, no presente do indicativo)

8. Qual a classe gramatical da palavra grifada na frase“Ele é tido como culpado”?a) advérbio.b) conjunção coordenativa.c) conjunção subordinativa.d) preposição essencial.e) preposição acidental.

9. Não se destacou preposição na alternativa:a) Dizem que todos somos iguais perante a lei.b) Fizemos tudo conforme nos pediram.c) Estavam todas corretas, exceto a última.d) Contra mim não pairam quaisquer suspeitas.e) Estávamos a quinze dias dos exames.

10. “Não fortalecerás a dignidade humana, se subtraíresao homem a iniciativa e a liberdade.” Nesse período,a conjunção destacada classifica-se comoa) coordenativa aditiva.b) subordinativa causal.c) subordinativa final.d) subordinativa condicional.e) subordinativa concessiva.

GABARITO COMENTADO

1. d ... começa a sofrer o (=aquilo) que teme.(artigo definido / pron. demonstrativo).

2. c c) Gasto tudo quanto ganho (“quanto” c/antec. “tudo”: pron. relativo). a) pron. interrog.b) conj. comparativa; d) pron. indef. e) adv.intens.

3. a a) Quantos: pron. interrog. Obs.: b) adv. cau-sa; c) adv. modo; d) adv. lugar; e) adv. tempo.

4. a Nunca é tarde para nos desfazermos dos nos-sos preconceitos. (conjunção subordinativafinal preposição).

5. b Não sou mais aluno. = Já não sou aluno (adv.tempo).

6. d médico de talento (loc. adj. = talentoso).7. b b) O artista que (= o qual: pronome relativo)

fica satisfeito com sua obra ...8. e Ele é tido como culpado (prep. acidental. Ob-

serve a analogia: Ele é chamado de culpado).9. b Fizemos tudo conforme (conj. subord.) nos

pediram.10. d ... se (conj. subord. condicional) subtraíres ao

homem a iniciativa e a liberdade.

MORFOSSINTAXE

CONCORDÂNCIA VERBAL

O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.

SUJEITO SIMPLES

Regra: o verbo concorda com o núcleo do sujeito.• Os povos constroem sua História.• A virtude purifica o ar, os vícios o corrompem.• Aos maus e aos poderosos só interessa a vantagem.

SUJEITO COMPOSTO

Regra: verbo no plural e (caso seus núcleos sejamde pessoas gramaticais diferentes) na pessoa de númeromais baixo.

• O candidato e os eleitores acreditam na reforma. 3ª pes. 3ª pes. 3ª pes. pl. (eles)

• Eu, tu e tua madrinha faremos a visita. 1ª pes. 2ª pes. 3ª pes. 1ª pes. pl. (nós)

• Tu e as melhores alunas representareis nosso colégio. 2ª pes. 3ª pes. 2ª pes. pl. (vós)

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Observação:Na linguagem moderna, ocorre, cada vez mais, asubstituição do tratamento “vós” por “vocês” (umaforma de silepse de pessoa).• “ Juro que tu e tua mulher me pagam.” 2ª pes. 3ª pes 3ª pes. pl. (vocês)

Casos especiais com o sujeito composto

1. Posposto ao verbo – o verbo vai para o plural,mas pode concordar também com o núcleo maispróximo.• À festa, compareceram / compareceu o prefei-

to e sua comitiva.• Passareis / Passarás tu e todos que estudarem.

2. Núcleos sinônimos – o verbo concorda com onúcleo mais próximo, podendo também ir para oplural.• A dor e o sofrimento sempre nos acompanha /

acompanham.

3. Núcleos em gradação – o verbo concorda com onúcleo mais próximo, podendo também ir para oplural.• Um século, um ano, um mês não fará / farão

diferença.

4. Núcleos ligados pela conjunção “ou”a) havendo exclusão – concorda com o núcleo

mais próximo.• O Flamengo ou o Fluminense será campeão

carioca em 2010.• Os estrangeiros ou eu vencerei a maratona.

b) não havendo exclusão – vai para o plural napessoa gramatical predominante.• O calor ou o frio excessivos prejudicam os

atletas.• Tu ou a mulher dele sereis sempre malvistos

nesta casa.c) havendo função retificativa – concorda com

o mais próximo.• O professor ou os professores elaboraram

as questões.• Os professores ou o professor elaborou as

questões.

5. Núcleos infinitivos – o verbo fica no singular.Fazer e escrever é para mim a mesma coisa.Observação:

Verbo no plural se os infinitivos estiveremdeterminados por artigo ou se forem antônimos.• Em sua vida, à porfia, rir e chorar se alter-

nam.• O amar e o sofrer tornam os homens mais

humanos.

6. Núcleos ligados pela preposição “com” – o ver-bo de preferência no plural, podendo concordarcom o 1º núcleo para realçá-lo.• O professor com seus alunos realizaram / rea-

lizou a pesquisa.

Observação:Se o núcleo preposicionado vier separado porvírgulas, o verbo deverá concordar com o 1ºnúcleo (suj. simples).• O professor, com seus alunos, realizará a

suj. simples adv. companhia

pesquisa.

7. Núcleos ligados por conjunção comparativa– o verbo concorda com o lº núcleo, se quiser-

mos destacá-lo (o 2º núcleo vem separado porvírgulas).• Na realidade, a felicidade, como o paraíso,

não existe.– o verbo concorda com os dois núcleos, isto é,

no plural (nesse caso não há vírgulas).• O homem como todos os seres humanos são

mortais.

8. Seguido do aposto resumitivo – o verbo concor-da com o aposto.• Vinho, dinheiro, mulheres, nada o alegrava mais. sujeito composto aposto

CASOS PARTICULARES

a) Um ou outro – verbo no singular.• Um ou outro vaga-lume tornava mais vasta a

escuridão.

b) Um e outro,nem um nem outro,nem... nem ...– verbo no singular ou plural, facultativamente.• Uma e outra coisa aconteceu / aconteceram.• Nem um nem outro policial fez / fizeram a ronda.• Nem concurso nem loteria daria / dariam

maior felicidade.

Observação:Essa regra será quebrada se houver:1) reciprocidade – verbo somente no plural.

• Um e outro carro chocaram-se na pista.2) exclusão – verbo somente no singular.

• Nem um nem outro se elegerá presidente.

c) Mais de um – verbo no singular.• Mais de um jornal publicou a notícia.

Observação:Essa regra será alterada se ocorrer:1) reciprocidade – verbo no plural.

• Mais de um deputado se agrediram.2) repetição – verbo no plural.

• Mais de um professor, mais de um alunoficaram surpresos.

d) Um dos (...) que – verbo na 3ª pessoa do singularou do plural.• Camões foi um dos poetas que fez / fizeram

escola na Literatura.• Não serei eu um dos que lutará / lutarão por

muitas reformas.

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e) Sujeito coletivo, partitivo ou percentual – o ver-bo concorda com o núcleo do sujeito ou com seudeterminante, se houver.• O bando pousou no varal.• O bando de pássaros pousou / pousaram no varal.• A maioria estuda seriamente para o concurso.• A maioria dos alunos estuda / estudam para o

concurso.• Dez por cento vivem na miséria.• Dez por cento da população vivem / vive na

miséria.

Observação:Se o percentual vier determinado por artigoou pronome, o verbo concordará apenas com onúcleo do sujeito (o percentual).• Meus dez por cento do lucro sumiram.

f) Locução com pronome pessoal preposicionado– podem ocorrer duas estruturas:1) núcleo no singular – verbo na 3ª pessoa do

singular.• Nenhum de nós faria tamanha tolice.• Qual de vós comunicou o resultado da pesquisa?

2) núcleo no plural – verbo na 3ª pessoa do plu-ral ou concordando com o pronome pessoal.• Poucos de nós fariam / faríamos isso.• Quais de vós comunicaram / comunicastes

o resultado?

g) Nomes pluralícios – podem ocorrer duas cons-truções:1) nomes determinados por artigo no plural –

verbo no plural.• Os Estados Unidos apoiaram o México.

2) não havendo artigo – verbo no singular.• Minas Gerais produz muitos trens.

Observações:1) Com títulos de obras vacilam os escritores,

ora deixando o verbo no singular, ora noplural, alegando-se uma concordância comum termo implícito.• Os Sertões imortalizaram Euclides da

Cunha. (preferível)• Os Sertões (o romance) imortalizou

Euclides da Cunha.2) Com o verbo ser é facultativa a concordân-

cia com o sujeito ou com o predicativo.• As Cartas Persas são / é um livro genial.

sujeito predicativo(Bechara)

h) Haja vista – a expressão é invariável.• Não viajaremos, haja vista o / ao problema.• Não viajaremos, haja vista os / aos problemas.

Observação:O verbo pode flexionar-se (hajam vista), refe-rindo-se a nome no plural sem preposição.• Não viajaremos, hajam vista os problemas.

i) Verbo “parecer” seguido de infinitivo – flexiona-se o verbo parecer ou o outro verbo, nunca os dois.• As crianças parecem estar felizes.• As crianças parece estarem felizes.

j) A partícula “se” – a concordância verbal depen-de da identificação das funções dessa palavra.

Método prático: duas perguntas para determi-nar as funções básicas do “se”.1ª) O “se” é equivalente a “a si mesmo”?

SIM – pronome pessoal reflexivo.NÃO – faça a 2ª pergunta.

2ª) O verbo da oração é V.T.D.?SIM – partícula apassivadora.NÃO – índice de indeterminação do sujeito.

• Condordar-se-ia (i.i.s.) com o projeto, desde quenão se (p.a.) violassem direitos de pessoas quese (pron.) machuquem em serviço.

Partícula apassivadora (se + v.t.d.) – o verboconcorda com o sujeito: trata-se da voz passivasintética.• Nem sempre se avaliam os resultados. p.a. v.t.d. sujeito

• Elogiou-se o trabalho dos alunos. v.t.d. p.a. sujeito

Índice de indeterminação do sujeito [se + (v.i. /v.t.i. / v. lig.)] – verbo na 3ª pessoa do singular,sujeito indeterminado.• Aqui, vive-se feliz: lá, só Deus sabe. v.i. i.i.s.

• Na escola, assistiu-se a filmes instrutivos. v.t.i. i.i.s.

• Nem sempre se está feliz. i.i.s. v. lig.

Observação:Quando se empregar o objeto direto preposi-cionado, o verbo ficará, também, na 3ª pessoado singular; o sujeito é indeterminado.

• Louva-se a Deus, porque se teme ao demônio. v.t.d. o.d. prep. v.t.d. o.d. prep.

i.i.s. i.i.s.

l) Pronome de tratamento – verbo na 3ª pessoa.• V. Exª. assistirá ao fim do Governo, se persis-

tirem suas atitudes.

m) Pronome “que” – o verbo concorda com o ante-cedente.• Não seremos nós que assumiremos a respon-

sabilidade.

n) Pronome “quem” – o verbo fica na 3ª pessoa dosingular, mas pode concordar, também, com oantecedente.• Fui eu quem resolveu a questão.• Fui eu quem resolvi a questão. (Rocha Lima)

o) Sujeito oracional – verbo na 3ª pessoa do singu-lar.• Convém que todos estudem muito para a prova.

or. subord. subst. subjetiva

• Com certeza ainda falta definir os objetivos. or. subord. subst. subjetiva

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p) Verbos impessoais – na 3ª pessoa do singular.1) os que indicam tempo cronológico ou

meteorológico: haver, fazer, ser, estar, ir.2) os que indicam fenômenos da natureza

(sentido denotativo): chover, nevar, relampe-jar, gear, trovejar, etc.

3) o verbo haver, significando existir, ocorrer.• O povo, há alguns anos, acreditou em sua

prosperidade.• Faz mais de dez dias que se publicou o edital.• No Sul, fazia dias constantemente frios.• Trovejava noites a fio, mas não chovia.• Como havia poucas vagas, o povo fazia fi-

las na escola.

Observação:Nas locuções verbais, formadas com esses ver-bos, a impessoalidade (3ª pessoa do singular)recai no verbo auxiliar.• Os lugares eram poucos e, por isso, come-

çou a haver brigas.

CONCORDÂNCIA DO VERBO SER

O verbo ser concorda com o sujeito, com o predi-cativo ou, facultativamente, com o sujeito ou com o pre-dicativo.

CONCORDÂNCIA COM O SUJEITO

O sujeito é pessoa (substantivo ou pronome pessoal)• Tua irmã era as alegrias do bairro.• Nós somos a Pátria.

CONCORDÂNCIA COM O PREDICATIVO

O predicativo é pessoa (pronome ou substantivo)• Sua maior alegria eram as crianças.• O principal culpado foste tu.

O predicativo indica horas, distâncias e datas• Quando forem dez horas, sairemos.• Daqui à cidade serão 20 quilômetros a pé.• Hoje são dez de maio.

Observação:Em relação às datas, admitem-se três construções.1) Concordando com o numeral:

• Amanhã serão vinte de abril.2) Concordando com a palavra “dia”, expressa:

• Hoje é dia quatro de janeiro.3) Concordando com a palavra “dia”, elíptica:

• Hoje é (dia) quatro de janeiro. (Cegalla, Matoso

Câmara e outros)

O predicativo indica quantidade(muito, pouco, mais, menos, etc.)• Dez mil reais é mais do que eu preciso.

O sujeito é pronome interrogativo que ou quem• Quem teriam sido os primeiros colocados?• Que são ideais?

O sujeito é expressão partitiva(a maioria, o resto, a maior parte, etc.)• A maior parte eram pobres ou desempregados.

O predicativo é o pronome demonstrativo “o”• Produção era o que pedíamos aos nossos operá-

rios.

CONCORDÂNCIA FACULTATIVA

Sujeito pronome indefinido (tudo ou nada)• Na juventude, tudo é / são flores.Sujeito pronome demonstrativo (isto, isso, aquilo)• Aquilo era / eram saudades que o tempo apagaria.

Sujeito e predicativo indicando “coisas”.• A vida é / são ilusões.

EXERCÍCIOS

Qual a opção correta para completar as lacunas?

1. Enquanto a expectativa dos acontecimentos ............ ,.............. que ................ do congresso representantesde vários países.a) cresciam – esperava-se – participasse.b) crescia – esperava-se – participassem.c) cresciam – esperava-se – participassem.d) crescia – esperavam-se – participassem.e) crescia – esperavam-se – participasse.

2. “Fomos nós que o ........... porque a maioria dos rapa-zes .......... dar-lhe uma surra.Quais de vós ............... isso também?”a) defendemos – queria – faria.b) defendeu – queriam – faríeis.c) defendemos – queriam – faria.d) defendeu – queria – fariam.e) defendemos – queriam – fariam.

3. “Quando .......... os técnicos contratados, .......... que adireção das empresas ............. as providências neces-sárias para hospedá-los.”a) chegarem – espera-se – tomem.b) chegar – espera-se – tomem.c) chegar – esperam-se – tome.d) chegarem – esperam-se – tomem.e) chegarem – espera-se – tome.

4. Grande parte dos alunos ................. hoje.Não serão vocês quem .................... o problema.Os Estados Unidos ................... da reunião.a) faltou – resolverão – participará.b) faltaram – resolverá – participará.c) faltaram – resolverá – participarão.d) faltou – resolverá – participarão.e) alternativas c e d são corretas.

5. “Pela estrada, ........... ela, o pai e eu; o relógio ............três horas.”a) vinham – dera.b) vinha – dera.c) vinham – davam.d) vinham – deram.e) vínhamos – deram.

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6. Não se .............. tais acordos.Família, amigos, vizinhos, ninguém .............ajudá-lo................ -se de auxiliares.a) farão – pode – Precisam.b) fará – podem – Precisa.c) farão – podem – Precisa.d) farão – pode – Precisa.e) farão – pode – Precisar.

7. Os lucros nunca ................. para sua avidez; e maisrendimentos ............., mais ele quereria.a) era suficiente – houvesse.b) era suficiente – houvessem.c) eram suficientes – houvesse.d) eram suficientes – houvessem.e) eram suficiente – houvesse.

8. ............ muitos anos que não ............dessas pragas nalavoura, nem se ............... tantas alterações no clima.a) Faz – haviam – observavam.b) Faz – havia – observava.c) Faz – havia – observavam.d) Fazem – havia – observava.e) Fazem – haviam – observavam.

9. Neste inverno ......... havido dias bonitos, mas agorajá ........... duas semanas que se .......... as manhãs desol.a) tem – faz – foram.b) têm – faz – foi.c) tem – fazem – foram.d) tem – fazem – foi.e) têm – fazem – foram.

10. Assinale a frase incorreta.a) Nesta segunda-feira, quando o interventor desig-

nado pela Reitoria, Othon de Souza, diretor daFaculdade de Tecnologia, iniciar seu trabalho, co-meçará a aparecerem, no próprio Departamento deCiências, as origens da crise.

b) Cerca de mil aposentados e pensionistas, segundoo advogado Mílton Peixoto, deverão ingressar naJustiça, esta semana, para salvaguardar direitosadquiridos.

c) A liquidação extrajudicial era uma das poucas me-didas disponíveis aos ministros econômicos quesolucionaria o rombo do grupo financeiro.

d) Quantos dentre vós, que ontem mesmo abando-nastes o Partido do Governo, continuareis a rece-ber as benesses do Poder?

e) O fato, porém, é que poucos e raros dentre nósestarão integrando o reduzido grupo de intelectuaisdo Palácio do Planalto.

11. Enumere a segunda coluna pela primeira.1) Pensamos ( ) eu e tu2) Pensais ( ) eu e ele3) Pensam ( ) tu e ele

( ) ele e elaa) 1 – 3 – 3 – 3.b) 1 – 3 – 2 – 2.c) 2 – 3 – 3 – 3.d) 1 – 1 – 2 – 3.e) 1 – 2 – 2 – 2.

12. No grupo, os trabalhos.........................a) sou eu que coordena.b) é eu que coordena.c) é eu quem coordena.d) é eu quem coordeno.e) sou eu que coordeno.

13. Assinale a frase incorreta.a) Nem um nem outro renegaram a fé.b) Nem um nem outro apareceu.c) Mais de um constituinte votou a favor do projeto.d) Mais de um vereador cumprimentaram-se alegres.e) Um ou outro aluno estudioso resolveram as questões.

14. A lacuna deve ser preenchida apenas pela forma plu-ral do verbo colocado nos parênteses na frase.a) Porém, a maior parte das coisas não .......... nas

barracas. (está – estão)b) Um estranho grupo de esfarrapados .......... na rua

de cima. (apareceu – apareceram)c) Viu uma nuvem de gafanhotos que .......... a planta-

ção. (sobrevoava – sobrevoavam)d) Depois, .......... outros barcos, todos brancos e si-

lenciosos. (surgia – surgiam) e) Um bando de mulheres, com grandes varas, .......... em

redor a ramagem das mangueiras. (batia – batiam)

15. Assinale a frase incorreta.a) Os Lusíadas imortalizaram Camões.b) Quais de vós ireis à escola?c) Até poderia existir opiniões divergentes.d) Quem de nós pagará as despesas?e) O medo e o temor sempre me acompanha.

16. Assinale a frase incorreta.a) Quantos de vós estais dispostos a ir.b) A maioria dos alunos não conhecem essas normas.c) O meu desejo é que neste caso não haja dificuldades.d) João com um velho amigo passaram por aqui.e) Sem educação, não podem haver cidadãos cônscios.

17. Assinale a frase incorreta.a) Fomos nós quem se responsabilizou pela operação.b) Os estudantes somos, em geral, muito vibradores.c) Se V. Exª. determinar o que se deve fazer, a obra

será executada imediatamente.d) Os jovens parece ficarem isentos de responsabili-

dade.e) Não sabemos qual de nós devemos nos submeter

ao concurso.

18. Concordância verbal incorreta.a) Poderá haver problemas.b) V. Sª. já se decidiu?c) Eu e tu iremos hoje.d) Você e ele ficarão de guarda.e) Quando chegares, telefone-me.

19. Assinale a opção em que a lacuna pode ser preenchi-da por qualquer das duas formas verbais.a) Um dos seus sonhos ..... morrer na roça. (era, eram)b) Já não ......... os sítios onde eu brinquei. (existe,

existem)

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c) Uma porção de sabiás ......... na laranjeira. (canta-va, cantavam)

d) Não ............ em minha terra belezas naturais. (fal-ta, faltam)

e) Sou eu que ............. morrer ouvindo o canto dosabiá. (quero, quer)

20. Assinale a frase incorreta.a) Há de existir recursos para eliminar o mal.b) Haviam decorrido muitos anos desde que ela partiu.c) Espero que a você hajam ocorrido essas idéias.d) Quanto não hão de ter custado esses livros?!e) Faça a correção de todos os erros que houver.

21. Assinale a opção correta.1) Os Estados Unidos não só desenvolveu a indústria,mas também incentivou enormemente a agricultura.2) A antiga União das Repúblicas Socialistas Sovié-ticas fez um acordo comercial com o Brasil.3) Quaisquer de vós seríeis barrados na fronteira.4) Qualquer de vós seriam barrados na fronteira.5) Os bombeiros, estamos sempre de prontidão.

a) Apenas o 1° período está correto.b) Apenas os períodos 1 e 3 estão incorretos.c) Apenas os períodos 1 e 4 estão incorretos.d) Apenas os períodos 1, 3 e 4 estão incorretos.e) Apenas os períodos 1, 2 e 5 estão corretos.

22. Assinale a frase incorreta.a) Deram duas horas.b) Bateu uma hora.c) O relógio deu duas horas.d) O sino bateu duas horas.e) Tinha soado seis horas.

23. Assinale a incorreta.a) Mais de um jogador foi expulso.b) Mais de um jogador foram expulsos.c) Mais de um jogador reclamou ao juiz.d) Mais de um jogador se agrediram mutuamente.e) Mais de um jogador se queixou ao Tribunal.

24. Assinale a frase correta.a) Se haviam estudado, teriam passado de ano.b) Os bandeirantes voltaram satisfeitos: havia encon-

trado a tão cobiçada esmeralda.c) Hão coisas que se aprendem tarde.d) Pessoas há que não sabem organizar sua vida.e) No lugar onde é hoje Copacabana, haviam, no sé-

culo passado, apenas ranchos de pescadores.

25. Assinale a frase incorreta.a) Não se apanham moscas com vinagre.b) Casamento e mortalha no céu se talha.c) Quem ama o feio, bonito lhe parece.d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias.e) Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum

lugar lhe vêm.

26. Assinale a frase incorreta.a) Machado de Assis foi um dos realistas que escre-

veu Dom Casmurro.b) Machado de Assis foi um dos realistas que escre-

veram Dom Casmurro.

c) Machado de Assis foi um dos realistas que escre-veram romances.

d) Palmeiras é um dos times que disputam o campe-onato paulista de futebol.

e) Se dez é pouco, nove reais é menos ainda.

27. Assinale a frase correta.a) As paredes parecia estremecer.b) As paredes pareciam estremecerem.c) Eu com outros amigos vínhamos de São Paulo.d) Tu não sois inimiga dele, não?e) Amai a terra em que nasceste.

28. Assinale o erro de concordância.a) Os homens nem sempre nos arrependemos em tem-

po do mal que praticamos.b) Os erros parece que se repetem, teimosos, neste

nosso breve trânsito do berço ao túmulo.c) Triste ventura, o negro fado nos chama nesta hora!d) Se lhe houverem de fazer restrições, serão elas,

decerto, pouco numerosas.e) Trata-se de problemas complexos que não estão ao

meu alcance resolver.

29. Assinale a frase incorreta.a) Vai haver eleições em novembro.b) No Sul, fazem invernos rigorosos.c) Daqui até sua casa, são oito léguas.d) Seriam talvez duas e meia.e) É cinco horas da madrugada.

30. Assinale a frase correta.a) Mais de uma pessoa viram a agressão.b) Foi ela mesma quem provocou o Almir.c) Foste tu que ouviu a sentença final.d) Eu estava na prisão deviam haver seis meses.e) Nem Pedro nem Paulo conseguirão ser nomeado

presidente do conselho escolar.

GABARITO COMENTADO

1. b Enquanto a expectativa dos acontecimentoscrescia (conc. c/suj. subl.), esperava-se (suj.oracional: v. 3ª p. sing.) que participassem(conc. c/suj. subl.) do congresso representan-tes de vários países.

2. e Fomos nós que o defendemos (suj. “que”:conc. c/antec. “nós”) porque a maioria dos ra-pazes queria / queriam (suj. “partitivo”: conc.c/ suj. ou c/ determ.) dar-lhe uma surra. Quaisde vós fariam / faríeis (suj. loc. pron. c/núcl.pl.: v. no pl. ou conc. c/pron. pes.) isso tam-bém?

3. e Quando chegarem (conc. c/suj. subl.) os téc-nicos contratados, espera-se (suj. oracional:v. 3ª p. sing.) que a direção das empresastome (conc. c/suj. subl.) as providências ne-cessárias ...

4. e Grande parte dos alunos faltou / faltaram (suj.partitivo: conc. c/suj. ou c/determ.) hoje. Nãoserão vocês quem resolverá / resolverão (suj.“quem”: v. 3ª p. sing. ou conc. c/ antec.) o pro-blema. Os Estados Unidos participarão (suj.pluralício c/art. pl.: v. no pl.) da reunião.

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5. b Pela estrada, vinha / vínhamos (suj. pospos-to: v. pl. na pes. gram. predom. ou conc. c/mais próx.) ela, o pai e eu; o relógio dera(conc. c/suj. subl.) três horas.

6. d Não se farão (conc. c/suj. subl.) tais acordos.Família, amigos, vizinhos, ninguém pode(conc. c/aposto subl.) ajudá-lo. Precisa-se (suj.indet. p/se: v. 3ª p. sing.) de auxiliares.

7. c Os lucros nunca eram suficientes (conc. c/ suj.ou c/predic.) para sua avidez; e mais rendimen-tos houvesse (=existir: v. impes.: 3ª p. sing.),mais ele quereria.

8. c Faz (indic. tempo: v. impes.: 3ª p. sing.) mui-tos anos que não havia (=existir: v. impes.: 3ªp. sing.) dessas pragas na lavoura, nem se ob-servavam (“se” part. apassiv.: v. conc. c/suj.subl.) tantas alterações no clima.

9. a Neste inverno tem havido (haver = existir, v.impes.: v. aux. na 3ª p. sing.) dias bonitos, masagora já faz (indic. tempo, v. impes.: 3ª p. sing.)duas semanas que se foram (conc. c/suj. subl.)as manhãs de sol.

10. a ... começará a aparecerem, começarão a apa-recer, (conc. c/suj. subl.) no próprio Departa-mento de Ciências, as origens da crise.

11. d (1) eu e tu = pensamos; (1) eu e ele = pensa-mos; (2) tu e ele = pensais; (3) ele e ela = pen-sam.

12. e No grupo, os trabalhos sou eu que coordeno(suj. “que”: conc. c/antec. “eu”).

13. e Um ou outro aluno estudioso estudiososresolveram resolveu (c/ loc. “um ou outro”,adj. no pl. / v. 3ª p. sing.) ...

14. d Depois, surgiam (conc. c/suj. subl.) outrosbarcos...

15. c Até poderia poderiam existir (conc. c/suj.subl.) opiniões divergentes.

16. e ... não podem pode haver (haver=exisitir: v.aux. na 3ª p. sing. em loc. c/v. impes.).

17. e Não sabemos qual de nós devemos nos devesubmeter-se (suj. loc. pron. c/núcl. sing.: v. na3ª p. sing.) ao concurso.

18. e Quando (tu) chegares, telefone telefona-me (2ªpes. imper. afirm. = pres. indic. sem “s”).

19. c c) Uma porção de sabiás cantava / cantavam(suj. partitivo: v. conc. c/suj. ou c/determ.) ...Obs.: a) Um dos seus sonhos era... b) Já nãoexistem os sítios d) Não faltam ... belezas natu-rais... e) Sou eu que quero morrer ouvindo ...

20. a Há Hão de existir (loc. verbal c/ v. pessoal:conc. c/suj. subl.) recursos ...

21. c 1) Os Estados Unidos não só desenvolveudesenvolveram a indústria, mas tambémincentivou incentivaram enormemente a agri-cultura (suj. pluralício c/art. pl.: v. no pl.). 4)Qualquer de vós seriam barrados seria bar-rado na fronteira (loc. pron. c/ núcl. sing.: v.na 3ª p. sing.).

22. e Tinha Tinham soado seis horas. (conc. c/suj.subl.).

23. b Mais de um jogador foram expulsos foi ex-pulso (suj. c/loc. “mais de um”: v. 3ª p. sing.).

24. d d) Pessoas há (haver = existir, v. impes.: 3ª p.sing.) que não sabem organizar sua vida.Obs.: a) Se haviam houvessem estudado...b) ... havia haviam encontrado ... c) Hão Há(haver = existir, v. impes.: 3ª p. sing.) coisas ...e) ..., haviam, havia, (haver = existir, v. impes.:3ª p. sing.) ... apenas ranchos de pescadores.

25. b b) Casamento e mortalha no céu se talha ta-lham (suj. composto: v. no plural). Obs.: a) Nãose apanham (conc. c/suj. subl.) moscas ...c) Quem ama (conc. c/suj. subl.) o feio, bonitolhe parece (conc. c/suj. elíptico “o feio”).d) ... as sepulturas estão cheias (conc. c/suj.subl). e) Quem cabras não tem e cabritos ven-de (conc. c/suj. “quem”) de algum lugar lhevêm (conc. c/suj. elíptico “cabritos”).

26. b Machado de Assis foi um dos realistas queescreveram escreveu Dom Casmurro. (suj.“que”: v. conc. c/o antec.).

27. c c) Eu com outros amigos vinha / vínhamos deSão Paulo. (suj. comp. c/núcl. lig. p/prep. com:v. conc. c/1º núcl. ou fica no plural). Obs.: a)As paredes pareciam estremecere pareciam es-tremecer / parecia estremecerem (parecer +infinitivo: flex. um ou outro). b) As paredes pare-des pareciam estremecerem (idem ao anterior).d) Tu não sois és inimiga dele, não? e) Amai aterra em que nasceste nascestes.

28. e e) Trata-se de problemas complexos que nãoestão está (suj. oracional subl.: v. 3ª p. sing.)ao meu alcance resolver.

29. e e) É São (conc. c/suj. subl.) cinco horas ...30. b b) Foi ela mesma quem provocou (conc. c/suj.

subl.) o Almir. Obs.: a) Mais de uma pessoaviram viu (suj. c/loc. mais de um: v. 3ª p. sing.)a agressão. c) Foste tu que ouviu ouviste(suj. que: v. conc. c/o antec.) a sentença final.d) ... deviam devia haver (loc. c/v. impes.: v.aux. na 3ª p. sing.) seis meses. e) Nem Pedronem Paulo conseguirão conseguirá (loc. nem... nem ... c/exclusão: v. sing.) ser nomeado pre-sidente do conselho escolar.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

FLEXÃO NOMINAL: PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS

Os adjuntos adnominais, isto é, artigos, pronomes,numerais e adjetivos, concordam em gênero e número como nome a que se referem.

• As nossas duas principais fontes secaram. art. pron. num. adj. subst.

O predicativo concorda com o sujeito ou com o objeto.• A ciência sem consciência é desastrosa. sujeito predic.

• O advogado considerou indiscutíveis os direitos. predic. objeto direto

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PRINCIPAIS CASOS DE CONCORDÂNCIA

1. UM ADJETIVO COM MAIS DE UMSUBSTANTIVO

a) Adjetivo posposto1) Concorda com o mais próximo em gênero e

número.• Passamos por problemas e provas complicadas.

2) Vai para o plural no gênero predominante.• Passamos por problemas e provas complicados.

masc. fem. masc. plural

Observação:Com gêneros diferentes, predomina o mas-culino.

b) Adjetivo antepostoA concordância será feita conforme a funçãosintática do adjetivo.1) sendo adjunto adnominal,

concorda apenas com o mais próximo: • Ele lhe oferecera perfumadas rosas e lírios.

adj. adn.

2) sendo predicativo,vai para o plural (de preferência) no gêneropredominante:

• Considerou satisfatórios a nota e o prêmio. predic.

ou concorda com o mais próximo (raramente): • Considerou satisfatória a nota e o prêmio.

predic.

Observação:Alguns autores afirmam que o predicativo antepos-to pode concordar com o núcleo mais próximo:Cegalla: “É preciso manter limpas as ruas e osjardins”.Sacconi: “Mantenha acesas as lâmpadas e os lam-piões”.Savioli: “Estava deserta a vila, a casa e o templo”.

2. OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA

a) MesmoConcorda com o nome a que se refere.• As mulheres mesmas exigiram igualdade.• Elas querem os mesmos direitos e quase as mes-

mas obrigações.

Observação:Invariável , quando se referir a verbos ou de-notar inclusão.• As mulheres exigiram mesmo igualdade de

direitos.• Mesmo as mulheres querem levar vantagem.

b) BastanteConcorda com o nome a que se refere.• O estudo gera bastantes ansiedades.

Observação:Invariável , quando se referir a verbos, adjeti-vos ou advérbios.• Não a procuramos bastante para encontrá-la.• Todos parecem bastante ansiosos.• O ancião, na noite anterior, passara bastan-

te mal.

c) MeioConcorda com o substantivo a que se refere (in-dicando fração).• Não serei homem de meias palavras.

Observação:Invariável , quando advérbio (referindo-se a ad-jetivos).• A funcionária sentiu-se meio envergonha-

da com a situação.

d) LesoConcorda em gênero e número com o 2º vocá-bulo do composto.• Revelavam desvios de lesos-caracteres.

e) QuiteConcorda com o nome a que se refere.• Os eleitores ficaram quites com suas obrigações.• Só fará prova o aluno quite com a tesouraria.

f) SóConcorda com o nome a que se refere. (só =sozinho > adjetivo)• Foram meninos que se fizeram por si sós.Denotando exclusão (só = somente), invariável.• Só os deuses são imortais.

Observação:A locução a sós é invariável.• Nesses casos, nada melhor que uma conver-

sa a sós.

g) Anexo, incluso, separadoConcordam com o nome a que se referem.• Anexas à carta seguirão as duplicatas.• Remeteu inclusos os autos do inquérito.• Seguem, separadas, as cópias das notas fiscais.

Observação:As locuções em anexo e em separado são in-variáveis.• Em anexo, seguirão as duplicatas correspon-

dentes.• Seguem, em separado, as cópias das notas• fiscais.

h) PossívelConcorda com o nome a que se refere.• Já fizemos todas as tentativas possíveis.No singular, com as expressões superlativas omais, o menos, o melhor, o pior.

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• Mantenha os alunos o mais ocupados possí-vel.No plural, com essas expressões no plural:os / as mais, os / as menos, os / as melhores,os / as piores.• Na Suíça, fabricam-se os melhores relógios pos-

síveis.

Observação:A expressão (o) quanto possível é invariável.• Gosto de cervejas tão geladas (o) quanto pos-

sível.

i) É bom, é proibido, é necessário, etc.Ficarão invariáveis tais expressões e outras equi-valentes quando o substantivo a que se referemestiver sendo usado em sentido geral, isto é, nãodeterminado por artigo ou pronome.• É necessário paciência com as crianças.• Mulher é talhado para secretária.

Observação:Com determinante a concordância será obri-gatória.• Aquela mulher é talhada para secretária.• Nenhuma bebida é boa como a água.

j) Um e outro, um ou outro, nem um nem outroQuando seguidas de substantivo e/ou adjetivo te-rão a seguinte sintaxe: substantivo no singular eadjetivo no plural.• Nem um nem outro político demagogos votaram.

subst. adj.

l) Menos, alerta, pseudo, salvoSão invariáveis• Os policiais estão alerta, embora haja menos

greves hoje.• Salvo as enfermeiras, todas as demais são sus-

peitas.• No Brasil, temos pseudopoetas e pseudo-ro-

mancistas.

m) A olhos vistosNa linguagem contemporânea, invariável.• A menina emagrecia a olhos vistos.

Observação:Em linguagem já arcaica, o particípio “visto”concorda com o sujeito (aquilo que se vê).• A menina emagrecia a olhos vista.

n) Tal qualEm função predicativa, concordam com os res-pectivos sujeitos.• Os jogadores do Flamengo são tais qual o time. suj. suj.

Com outros verbos, será invariável:• Os filhos falam tal qual o pai.

EXERCÍCIOS

Qual a opção correta para completar as lacunas?

1. Deixou ....................., desde logo, os prêmios a quefaria jus o vencedor: dois ....................................a) estabelecidos – corcel azuis-claros.b) estabelecido – corcéis azul-claro.c) estabelecidos – corcéis azul-claros.d) estabelecidos – corcéis azul-claro.e) estabelecido – corcel azuis-claros.

2. ........................... a difícil fase inicial e o período daexperimentação, ..................... algumas semanas antesque se ............................ os objetivos estipulados.a) Vencidos – decorreu – alcançassem.b) Vencidas – decorreram – alcançassem.c) Vencido – decorreram – alcançasse.d) Vencidos – decorreram – alcançassem.e) Vencida – decorreu – alcançasse.

3. Em sua simplicidade, trajava uma calça .................uma blusa .......... e piscava os olhos ....... , cheios detemores.a) azul-marinho – verde-clara – castanho.b) azul-marinha – verde-claro – castanhos.c) azul-marinha – verde-clara – castanhos.d) azul-marinha – verde-claro – castanho.e) azul-marinho – verde-clara – castanhos.

4. Os Lusíadas ................ o maior poema épico das lite-raturas ................................. e ............................a) é – portuguesas – brasileiras.b) são – portuguesas – brasileiras.c) é – portuguesas – brasileira.d) são – portuguesa – brasileira.e) são – portugueses – brasileiras.

5. “Muito ................, disse ela. Vocês procederam................ considerando meu ponto de vista e minhaargumentação ..............”a) obrigado – certos – sensata.b) obrigada – certo – sensatos.c) obrigada – certos – sensata.d) obrigada – certos – sensatos.e) obrigado – certo – sensatos.

6. Vera, você está ..........., mas como ............ ainda unsdias para o jogo, é possível sua recuperação.a) meio gorda – falta.b) meia gorda – falta.c) meio gorda – faltam.d) meio gordo – faltam.e) meia gorda – faltam.

7. Assinale a frase incorreta.a) Ela mesma fez o discurso de posse.b) Seguem anexas as fotografias do acidente.c) O exercício encontra-se nas páginas um e dois.d) Nós próprios assumimos a responsabilidade.e) Um e outro rapaz maltrapilho, sem vintém, sem

ninguém...

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8. Assinale a frase que não admite a variante entre pa-rênteses.a) Sistema de idéias implantado pela República. (Ou

implantadas.)b) Dou-lhe o prazo de dez minutos, prorrogável por

mais cinco. (Ou prorrogáveis.)c) A maioria dos alunos estavam cansados. (Ou esta-

va cansada.)d) O “Diário de Notícias” é um dos jornais mais lidos

do Rio de Janeiro. (Ou lido.)e) Pertenceu a um dos governos que mais foi ataca-

do. (Ou foram atacados.)

9. Assinale a opção em que há erro de concordância.a) Não eram caras a canetinha e o balãozinho que o

camelô vendia.b) O camelô vendia barato canetas e balões coloridos.c) O camelô vendia, baratos, os balõezinhos e as

canetinhas.d) Os balões e as canetas vendidos pelo camelô eram

baratíssimos.e) Os pequeninos balões e canetas, que o camelô ven-

dia, não eram caros.

10. Sobre os períodos abaixo, qual a opção correta?1) Os policiais estavam alerta.2) Os policiais estavam alertas.3) Os policiais, estávamos alerta.4) Os policiais, estávamos alertas.5) O policial estava alerta.

a) Estão corretos apenas os período 2 e 5.b) Estão corretos os períodos 2, 4 e 5.c) Estão corretos os períodos 1 e 4.d) Estão corretos os períodos 1, 3 e 5.e) Nenhuma das respostas acima.

11. Observando a concordância,1) Entrada proibida.2) É proibido entrada.3) A entrada é proibida.4) entrada é proibido.5) Para quem a entrada é proibido?conclui-se quea) o nº 5 está errado.b) os nºs 4 e 5 estão errados.c) o nº 2 está errado.d) todos estão certos.e) os nºs 2 e 5 estão errados.

12. Assinale a alternativa que contém erro.a) Ele fez questão de deixar bem claras as intenções.b) Deixarei gravadas estas palavras de saudade.c) A Revolução Húngara tornou visíveis os erros do

comunismo.d) Tomei emprestados ao professor vários livros.e) Os sindicatos tiveram reconhecidos o seu direito

de greve.

13. Aponte a alternativa correta.a) As grã-cruzes condecoravam os soldados.b) Sujas e rotas calças e camisas foram trocadas por

outros.

c) Havia na mesa deliciosos peras e maçãs importadas.d) Um e outro atletas contundidos foram substituídos.e) Concretizaram-se os planos húngaros-poloneses.

14. Assinale a frase incorreta.a) Em seus escritos, nunca se refere a pseudodrama-

turgos.b) Os ônibus partirão para lá ao meio-dia e meia.c) Envio-lhe anexos os processos solicitados por

V. Exª.d) Os alunos possuem bastante recursos para a viagem.e) A entrada é proibida.

15. Assinale a frase incorreta.a) É proibido entrada de pessoas estranhas à seção.b) A primeira e a terceira séries tiveram bom índice

de aprovação.c) Chegada a sua hora e a sua vez, intimidou-se.d) Considerou perigosos o argumento e a decisão.e) Tenho o réu e seu comparsa como mentiroso.

16. Assinale a frase incorreta.a) Todo homem deve estar quite com suas obrigações.b) As crianças não devem ficar descalças.c) Anexas seguem as informações pedidas.d) Os policiais estavam alertas.e) O divórcio é sempre um mal.

17. Assinale a frase incorreta.a) Os livros e as canetas velhos serviriam para outrem.b) Nos quartéis, os soldados permaneciam alerta.c) Puxou dos pais perfeitos boca e olhos.d) Ao chegar a sua vez e a sua hora, desencorajou-se.e) A segunda e a quinta séries, apenas, cumpriram o

programa.

18. Assinale a frase incorreta.a) Deixe bem fechadas a porta e as janelas.b) Vossa Eminência foi muito severa.c) Júlia tinha tanto de magra, quanto de feia.d) Água é bom para a saúde.e) O céu e as árvores ficariam assombrados.

19. Enumere a segunda coluna pela primeira: (adjetivoposposto)1) velhos ( ) camisa e calça2) velhas ( ) chapéu e calça

( ) calça e chapéu( ) chapéu e paletó( ) chapéu e camisa

a) 1 – 2 – 1 – 1 – 2.b) 2 – 2 – 1 –1 – 2.c) 2 – 1 – 1 – 1 – l.d) 1 – 2 – 2 – 2 – 2.e) 2 – 1 – 1 – 1 – 2.

20. Assinale a alternativa em que há erro.a) Nunca tolerei as meio verdades.b) Os espíritos conformes aceitam a dor.c) Não há aula nos dias santos de guarda.d) Aquelas foram só palavras de carinho.e) Ele ficou toda uma noite acordado.

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GABARITO COMENTADO

1. c Deixou estabelecidos (conc. nome subl.), des-de logo, os prêmios a que faria jus o vencedor:dois corcéis azul-claros (adj. composto: só o2º se flexiona).

2. d Vencidos (predic. anteposto: plural ou conc.c/mais próx.) a difícil fase inicial e o períododa experimentação, decorreram (conc. c/suj.subl.) algumas semanas antes que se alcanças-sem (idem) os objetivos estipulados.

3. e Em sua simplicidade, trajava uma calça azul-marinho (invariável) uma blusa verde-clara(adj. comp.: só o 2º se flex.) e piscava os olhoscastanhos, (conc. c/nome subl.) cheios de te-mores.

4. d Os Lusíadas são / é (suj. título pluralício: v.ser conc. c/suj. ou c/predic.) o maior poemaépico das literaturas portuguesa e brasileira.(subst. pl. + adjetivos = adj. sing.).

5. b Muito obrigada (conc. c/emissor), disse ela.Vocês procederam certo (adv.) considerandomeu ponto de vista e minha argumentação sen-satos / sensata (adj. posposto: no plural ouconc. c/mais próx.).

6. c Vera, você está meio (= um pouco: adv.) gor-da, mas como faltam (conc. c/suj. subl.) aindauns dias para o jogo...

7. e Um e outro rapaz maltrapilho maltrapilhos(c/loc. um e outro, subst.: sing. – adj.: plural)sem vintém...

8. b b) ... prazo de dez minutos, prorrogável pormais cinco (o prazo é prorrogável, os minutosnão). Obs.: a) conc. c/sistema ou c/idéias; c)conc. c/maioria ou c/alunos; d) conc. c/um ouc/jornais; e) conc. c/um ou c/governos.

9. a Não eram caras caros a canetinha e o balãozinho... ou Não era cara a canetinha e o balãozinho(predic. anteposto: plural ou conc. c/maispróx.).

10. d 1. (V) Os policiais estavam alerta (adv.).3. (V) Os policiais, (nós) estávamos alerta.(silepse: subentende-se nós) 5. (V) O policialestava alerta (adv.).

11. a 1. (V) Entrada proibida . (adj. adn.: conc. c/nome subl.). 2. (V) É proibido entrada. (suj.s/art.: predic. invariável). 3. (V) A entrada é proi-bida (suj. determ. p/art.: predic. conc. c/suj.).4. (V) Entrada é proibido (idem ao 2). Obs.:5. (F) Para quem a entrada é proibido proibi-da? (ver nº 3).

12. e ...tiveram reconhecidos reconhecido (conc. c/nome subl.) o seu direito de greve.

13. a a) As grã-cruzes (pref.: invariável). Obs.:b) ... por outros outras (conc. c/ calças e ca-misas); c) deliciosos deliciosas peras e maçãs(adj. adn. anteposto: conc. c/mais próx.);d) Um e outro atletas atleta contundidos (loc.“um e outro“: subst. sing., adj. pl.) foram subs-tituídos. e) ... os planos húngaros húngaro-po-loneses. (adj. comp.: só o 2º se flex.).

14. d ... possuem bastante bastantes recursos (pron.indef.: conc. c/nome subl.) ...

15. e Tenho o réu e seu comparsa como mentirosomentirosos (predic. conc. c/nomes subl.).

16. d Os policiais estavam alertas alerta (adv.).17. c ... perfeitos perfeita (adj. adn. anteposto:

conc. c/mais próx.) boca e olhos.18. b b) Vossa Eminência (cardeal) foi muito severa

severo (gênero = sexo da pessoa).19. c (2) camisa e calça velhas; (1) chapéu e calça

velhos; (1) calça e chapéu velhos; (1) chapéue paletó velhos; (1) chapéu e camisa velhos.

20. a ... as meio meias verdades (numeral: conc. c/nome subl.).

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

Regula a complementação verbal ou nominal e suaspreposições.

REGÊNCIA VERBAL

É a maneira de o verbo relacionar-se com seus com-plementos.

VERBOS COM MAIS DE UM SIGNIFICADO

Agradar (v.t.d. – fazer agrados, carinhos).• Não agrade os meninos com doces.• Não os agrade com doces.

Agradar a (v.t.i. – ser agradável, satisfazer)Desagradar a

• O resultado não agradou aos concursandos.• O resultado não lhes agradou.

Aspirar (v.t.d. – sorver, respirar).• Como é gostoso aspirar seu perfume.• Como é gostoso aspirá-lo.• Há máquinas que aspiram o pó.• Há máquinas que o aspiram.

Aspirar a (v.t.i. – pretender, almejar).• Quem não aspira a uma vida saudável?• Quem não aspira a ela.

Observação:O pronome lhe é normalmente usado quando oobjeto indireto indicar pessoa e com verbos queexijam a preposição “a”; caso contrário, usa-se opronome ele com a respectiva preposição.

Alguns V.T.I. que repelem o pronome lhe:aludir, anuir, aspirar, assentir, assistir, presidir, pro-ceder, referir-se, visar...Atender, obedecer, desobedecer, responder (obj. in-direto “coisas”).

Assistir (a) – (v.t.d. ou v.t.i.) – dar assistência.• O Governo assiste as populações carentes.• O Governo assiste-as.• O Governo assiste às populações carentes.• O Governo assiste a elas.

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Observação:Para evitar ambigüidade deve-se dar preferênciaao uso como v.t.d.• A enfermeira assistiu ao transplante.• (viu ou deu assistência?)• A enfermeira assistiu o transplante.

Assistir a – (v.t.i. – ver, estar presente; ou caber, terdireitos, deveres).

• Queremos assistir ao jogo.• Queremos assistir a ele.• Esse direito só assistia ao Presidente.• Esse direito só lhe assistia.

Assistir em (v.i. – morar, residir).• D. Pedro assistia em Petrópolis. (a. adv. lugar)

Atender – (v.t.d. – deferir um pedido, conceder algo).• Deus atenderá nossas súplicas.• Deus as atenderá.

Atender (a) – (v.t.d. ou v.t.i. – dar atenção – com-plemento “pessoa”).

• O professor atende os / aos alunos.• O professor atende-os / lhes.

Observação:Quando complementado por pronome, algunsgramáticos preferem “o” a “lhe”.

Atender a – (v.t.i. – dar atenção – complemento“coisa”).

• Por favor, atenda ao telefone. Atenda a ele.

Chamar – (v.t.d. – convidar, convocar, atrair).• Chamei meus amigos e pedi discrição.• Chamei-os e pedi discrição.• Aquele fato chamou a atenção da polícia.

Chamar por – (v.t.i. – invocar).• Quando se sentiu só chamou pela mãe.

Chamar a – (v.t.d.i. – repreender).• Chamei à atenção os alunos.• Chamei-os à atenção.

Chamar (a) – (v.t.d./v.t.i. + predicativo – tachar). • Chamei a moça de bela. Chamei-a de bela.

o.d. + predic. o.d. + predic. • Chamei a moça, bela. Chamei-a bela.

o.d. + predic. o.d. + predic. • Chamei à moça de bela. Chamei-lhe de bela.

o.i. + predic. o.i. + predic. • Chamei à moça bela. Chamei-lhe bela.

o.i. + predic. o.i. + predic.

Comparecer a – (v.t.i. – complemento “atividade”).• Os magistrados não compareceram ao júri.

Comparecer a (em) – (v.i. – complemento “lugar”).• Eles compareceram ao / no local na hora pre-

vista.

Constar – (v.i. – dizer-se, passar por certo).• Consta que Cristo fez maravilhosos portentos.

Constar de – (v.t.i. – ser composto ou constituído).• Esta obra consta de dois volumes.

Constar em – (v.i. – estar registrado, escrito).• Algumas palavras nem constam no dicionário.

Custar – (v.t.d.i. – acarretar).• O remorso custava lágrimas ao pecador.• O remorso custou-lhas.

Custar a – (v.t.i. – ser custoso, difícil, demorado).• Custa aos alunos entender tais assuntos. o.i. sujeito

Observação:Como se pode ver, o objeto indireto é pessoa e osujeito, oracional; devendo, portanto, evitar-se:• Os alunos custaram a entender tais assuntos.

Deparar (com) – (v.t.d. ou v.t.i. – encontrar).• Quando deparou (com) o erro, procurou corri-

gi-lo imediatamente.Deparar a – (v.t.d.i. – fazer aparecer, apresentar).

• Nem a ciência deparava solução ao mistério.Deparar-se a – (v.t.i. pronominal – apresentar-se,oferecer-se, surgir).

• Uma nova situação deparou-se aos alunos.

Implicar – (v.t.d. – acarretar).• Contratação de pessoal implica despesas.

Implicar com – (v.t.i. – ter implicância).• Não sei por que implicas com as crianças.

Implicar em – (v.t.d.i. – envolver).• Cacilda implicara o namorado em crimes.

Implicar-se em – (v.t.i. pronominal – envolver-se).• Implicou-se em conspirações.

Lembrar – (v.t.d. – não esquecer).• Não lembramos as datas de aniversários.

Lembrar-se de – (v.t.i. pronominal).• Lembre-se dos fatos marcantes da vida.

Lembrar a – (v.t.d.i. – advertir, recordar).• Lembro todos da necessidade do convite.

Lembrar a – (v.t.i. – vir à lembrança).• Lembrou a todos aquele fato inusitado. o.i. sujeito

Observação:Essa é construção clássica que tem como su-jeito o ser lembrado.Esquecer, recordar e admirar apresentamidêntica regência.

Precisar – (v.t.d. – indicar com exatidão).• O guarda não precisou o local da infração.• O guarda não o precisou.

Precisar de – (v.t.i. – ter necessidade, carecer).• Quem não precisa de dinheiro?• Quem não precisa dele?

Observação:Alguns autores clássicos o empregaram comov.t.d. – porém, na linguagem atual, esse proce-dimento não tem mais trâmites.

Proceder – (v.i. – comportar-se, provir, ter fun-damento).

• Vivia com austeridade, e procedia como rei.• Os retirantes procediam de longínquas ter-ras.• Infelizmente, seu pleito não procede.

Proceder a – (v.t.i. – realizar, fazer).• A polícia procederá ao inquérito.• A polícia procederá a ele.

Querer – (v.t.d. – desejar).• Quero sucesso imediato. Quero-o.

Querer a – (v.t.i. – amar, estimar, bem-querer).• Quero muito a meus pais. Quero-lhes muito.

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Responder – (v.t.d. – exprimindo a resposta).• O homem respondeu qualquer coisa ininteli-gível.

Responder a – (v.t.i. e v.t.d.i. – dizer em resposta).• Todos deveriam responder ao questionário.• Os alunos responderam ao professor que não• tinham estudado.

Visar – (v.t.d. – apor visto, apontar para).• Não te esqueças de visar teu passaporte.• Não te esqueças de visá-lo.• Apontou o arcabuz, mas não visava o alvo.• Não o visava.

Visar a – (v.t.i. – pretender, almejar, ter em vista).• Os políticos visam apenas aos seus interes-ses.• Visam apenas a eles.Observações:

a) Seguido de infinitivo, pode a preposiçãoficar subentendida.• O pequenino visava conquistar a sim-

patia de todos.b) Apesar de exemplos clássicos como tran-

sitivo direto, não se recomenda tal pro-cedimento na linguagem hodierna.

Verbos pronominaisa) Os que não existem sem o pronome oblíquo:

referir-se, arrepender-se, suicidar-se...b) Os que mudam o significado ou a regência:

debater (discutir), debater-se (agitar-se); de-parar (encontrar), deparar-se (apresentar-se); lembrar (v.t.d.), lembrar-se (v.t.i.); es-quecer (v.t.d.), esquecer-se (v.t.i.)...

VERBOS COM PROBLEMAS(decorrentes da linguagem coloquial)

Chegar – (v. i. – exige as preposições a ou de)• Amanhã chegaremos cedo ao colégio.• Elas chegavam de Taguatinga e iam a Sobra-• dinho.Observação:

O erro comum é usar a preposição em em vezde a.• Quando cheguei em Brasília. (incorreto)

Ir – (v. i. – exige as preposições a ou para).• Nessas férias, iremos a Fortaleza. (ida e retor-no).• Fui transferido, estou indo para o Canadá. (ida• e permanência)Observação:

O erro comum é usar a preposição em.• Com licença, preciso ir no banheiro. (incor-

reto)

Namorar – (v.t.d.)• Paula namorava todos os rapazes da rua.Observação:

O erro comum é usar a preposição com.• Raimunda só foi feliz namorando com

Ricardo. (incorreto)

Obedecer – desobedecer – (v.t.i. – preposição a).• Seria bom obedeceres aos teus estímulos.• Não desobedeças ao teu pai.

Observação:O erro é usá-los como transitivos diretos.• Pedrinho, não desobedeças teu pai! (incor-

reto)

Pagar – perdoar – (v.t.d.i. – obrigatoriamente: o.d.“coisa” e o.i. “pessoa”).

• Já paguei a prestação ao cobrador.Observação:

O erro comum é “pessoa” como objeto direto.• Amanhã pagaremos os funcionários. (incor-

reto)

Preferir – (v.t.d.i.)• Há indivíduos que preferem o sucesso fácil ao

triunfo meritório.Observação:

O erro comum é o uso redundante de “refor-ços” (antes, mais, muito mais, mil vezes, etc.)e de “comparativos” (que ou do que).• Prefiro mil vezes um inimigo do que um

falso amigo. (incorreto)

Residir – (v. i. – exige a preposição em).• Ela reside na Avenida das Nações.Observações:

Têm a mesma regência os verbos morar , si-tuar-se, estabelecer-se e os derivados sito, re-sidente, morador, estabelecido.• Ela reside na SQN 315, estabeleceu-se na

QNG, sito na casa 10.O erro comum é usar-se com preposição a.• Todos estarão no local determinado, sito a

SCLN 314. (incorreto)

Simpatizar – antipatizar – (v.t.i. – preposição com).• Alguns não simpatizavam com o treinador.Observação:

O erro é usar como verbo reflexivo, isto é, compronome oblíquo.• Nunca me simpatizei com modas. (incorreto)

TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS

Aconselhar, autorizar, avisar, comunicar, certifi-car, cientificar, dissuadir, ensinar, incumbir, informar,lembrar, notificar, participar, etc.

Alguns desses verbos admitem alternância, isto é,objeto direto e indireto de “coisa” ou “pessoa”, indife-rentemente.

• “Informei o fato aos alunos.” o.d. o.i.• “Informei os alunos do fato.”

o.d. o.i.

Observação:O erro comum, com esses verbos, é apareceremdois objetos diretos ou dois indiretos, isto é, ex-cesso ou omissão de preposição.

• Avisei-os que a prova fora transferida. (incorreto) o.d. o.d. > dois objetos diretos• Avisei-os de que a prova fora transferida. (correto) o.d. o.i.

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• Avisei-lhe de que a prova fora transferida. (incorre-to)

o.i. o.i. > dois objetos indiretos• Avisei-lhe que a prova fora transferida. (correto) o.i. o.d.

REGÊNCIA NOMINAL

É a relação de subordinação entre o nome e seuscomplementos, devidamente estabelecida por intermédiodas preposições correspondentes.

Acostumado (a, com)• Estava acostumado a / com qualquer coisa.

Afável (a, com, para com)• Parecia afável a / com / para com todos.

Afeiçoado (a, por)• Afeiçoado aos estudos. Afeiçoado pela vizinha.

Aflito (com, por)• Aflito com a notícia. Aflito por não ter notícia.

Amizade (a, por, com)• Amizade à / pela / com a irmã mais velha.

Analogia (com, entre)• Não há analogia com / entre os fatos históricos.

Apaixonado (de, por)• Era um apaixonado das / pelas flores.

Apto (a, para)• Estava apto ao / para o desempenho das fun-ções.

Ávido (de, por)• Um homem ávido de / por novidades.

Constituído (de, por)• Um grupo constituído de / por várias turmas.

Contemporâneo (a, de)• Um estilo contemporâneo ao / do Modernismo.

Devoto (a, de)• Um aluno devoto às / das artes.

Falho (de, em)• Um político falho de / em caráter.

Imbuído (de, em)• Imbuído de / em vaidades.

Incompatível (com)• A verdade é incompatível com a realidade.

Passível (de)• O projeto é passível de modificações.

Propenso (a, para)• Sejam propensos ao / para o bem.

Residente (em)• Os residentes na Capital.

Vizinho (a, de)• Um prédio vizinho ao / do meu.

EXERCÍCIOS

Qual a opção correta para completar as lacunas?

1. Posso informar ....... senhores ....... ninguém, na reu-nião, ousou aludir ....... tão delicado assunto.a) aos – de que – o.b) aos – de que – ao.c) aos – que – à.d) os – que – à.e) os – de que – a.

2. “Quanto a amigos, prefiro João ....... Paulo, ...........quem sinto ...... simpatia.”a) do que – por – menos.

b) e – para – menas.c) do que – com – menas.d) do que – para – menos.e) a – por – menos.

3. “A ida dos meninos ...... casa da fazenda fez ..........que o velho, sempre intolerante ...... crianças e fiel...... seu costume de assustá-las, persistisse ....... busca....... um plano para pô-las...... fuga.”a) a – a – às – em – na – a – na.b) na – em – das – do – com – por – de.c) à – com – com – a – na – de – em.d) a – em – de – de – com a – para – com.e) à – com – nas – à – com – por – em.

4. “Embora pobre e falto .....recursos, foi fiel........ ela,que .......... queria bem com igual constância.”a) em – a – o.b) em – para – o.c) de – para – o.d) de – a – lhe.e) de – para – lhe.

5. “Alguns demonstram verdadeira aversão ....... exa-mes, porque nunca se empenharam o suficiente .......utilização do tempo ....... dispunham para o estudo.”a) com – pela – de que.b) por – com – que.c) por – na – que.d) com – na – que.e) a – na – de que.

6. O governo deve assistir ....... trabalhadores.O filme de aventuras é o ....... mais gosto.Os presidenciáveis aspiram ....... cargo com ardor.Os fracos abdicam ....... luta pela vida.É um regulamento ....... ninguém obedece.a) os – que – o – da – a que.b) os – que – ao – pela – que.c) aos – do que – o – da – a que.d) aos – de que – ao – da – a que.e) os – de que – o – pela – de que.

7. “Como não ......vi, chamei o contínuo e mandei- .... ,então, ........... .”a) o – o – procurá-lo.b) lhe – o – procurá-lo.c) o – ele – procurar-lhe.d) lhe – ele – procurar você.e) lhe – lhe – procurar-lhe.

8. “Imbuído.......... preconceitos, com tendência ........intolerância, era impermeável.....qualquer influên-cia.”a) com – pela – contra.b) por – à – a.c) de – à – a.d) com – para – à.e) de – pela – ante.

9. “Os encargos ....... nos obrigam são aqueles ...... odiretor se referira”.a) de que – que.b) a cujos – cujo.c) por que – que.d) cujos – cujo.e) a que – a que.

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10. “São excelentes técnicos, ........ colaboração não po-demos prescindir.”a) cuja.b) de cuja.c) que a.d) de que a.e) dos quais a.

11. “A difícil situação, ......naquele momento se encon-travam, era análoga ..... crise de anos atrás.”a) que – da.b) onde – na.c) a que – a.d) sob que – com a.e) em que – à.

12. “Era um tique peculiar .... cavalariço o de deixar caí-do, .... canto da boca, o cachimbo vazio .... fumo,enquanto alheio ..... tudo e solícito apenas....... ani-mais, prosseguia .... seu serviço.”a) do – no – em – de – dos – para.b) para o – no – de – com – pelos – a.c) ao – ao – de – a – com os – em.d) ao – pelo – do – por – sobre – em.e) do – para o – no – para – para com os – no.

13. A planta ....... frutos são venenosos foi derrubada.O estado ....... capital nasci é este.O escritor ....... obra falei morreu ontem.Este é o livro ....... páginas sempre me referi.Este é o homem ....... causa lutei.a) em cuja – cuja – de cuja – a cuja – por cujab) cujos – em cuja – de cuja – cujas – cujac) cujos – em cuja – de cuja – a cujas – por cujad) cujos – cuja – cuja – a cujas – por cujase) cuja – em cuja – cuja – cujas – cuja

14. “Apesar de muito sensível ..... censuras, ela não fezobjeção ....... minha crítica.”a) de – contra.b) a – a.c) por – para com.d) às – de.e) com – para.

15. “O projeto ....... estão dando andamento é incompa-tível ....... tradições da firma.”a) de que – com as.b) à que – às.c) que – às.d) a que – com as.e) que – com as.

16. “Mostrou-se admirado .......não ver o amigo ...............ia apresentar protestos ............ estima.”a) de – que – de.b) por – à quem – na.c) de – quem – na.d) por – quem – de.e) por – a quem – de.

17. “Sua avidez ..... lucros, ..... riquezas, não era com-patível ..... seus sentimentos de amor ....... próximo.”a) por – por – em – do.b) de – de – com – para o.

c) de – de – por – para com o.d) para – para – de – pelo.e) por – por – com – ao.

18. Assinale a frase incorreta.a) Este argumento não procede.b) As línguas românticas procedem do latim vulgar.c) Jurou que lhe queria muito.d) Prefiro sempre mais a glória do que o fracasso.e) Não simpatizei com você.

19. Assinale a frase correta.a) Chamamo-lo inteligente.b) Chamamo-lo de inteligente.c) Chamamos-lhe inteligente.d) Chamamos-lhe de inteligente.e) Todas as frases acima estão corretas.

20. Assinale a opção correta.a) Prefiro mais a cidade que o campo.b) Chegamos finalmente em Santo André.c) Esta é a cidade que mais gosto.d) Assisti ao concerto de que você tanto gostou.e) Ainda não paguei o médico.

21. Assinale a alternativa que indica, dentre as oraçõesabaixo, as com erro de regência nominal.1) Sou avesso aos abusos de certas autoridades.2) Ele é versado com a arte de enganar os trouxas.3) Sua mente é escassa de boas idéias.4) Os inseticidas são nocivos às aves que se alimen-

tam de sementes e insetos.5) Esta função não é compatível de sua dignidade.a) 1 – 2. d) 3 – 5.b) 3 – 4. e) 2 – 3.c) 2 – 5.

22. Assinale a frase incorreta.a) Obedeço-o porque ele o perdoa em suas faltas.b) Obedeça-lhe prontamente se você quer que lhe

perdoe a dívida.c) Perdoe-me Deus, se lhe desobedecer.d) Pague a seu amigo, que nada lhe perdoará depois.e) Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.

23. Assinale a frase incorreta.a) Ele preferiu pudim a groselha.b) Nós nos valemos dos artifícios que dispúnhamos

para vencer.c) O esporte de que gosto não é praticado no meu

colégio.d) Sua beleza lembrava a mãe, quando apenas casa-

da.e) Não digo com quem eu simpatizei, pois não lhe

interessa.

24. Assinale a frase incorreta.a) Este autor tem idéias com que todos simpatiza-

mos.b) Eis a ordem de que nos insurgimos.c) Aludiram a fatos de que já ninguém se lembrava.d) Qual o cargo a que aspiras?e) Há fatos que nunca esquecemos.

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25. Assinale a frase incorreta.a) Esqueci a aparência dela.b) Esqueci-me da aparência dela.c) Esqueceu-me a aparência dela.d) Esqueci da aparência dela.e) Esqueceu-se da aparência dela.

26. Assinale a opção que contém as respostas certas.I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele,involuntariamente, prejudicou toda uma família.II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a fir-ma a aceitar qualquer ajuda do sogro.III. Desde criança sempre aspirava a uma posição dedestaque, embora fosse tão humilde.IV. Aspirando o perfume das centenas de flores queenfeitavam a sala, desmaiou.a) I – III. d) I – II.b) I – II – III. e) I – III – IV.c) II – III – IV.

27. Em que alternativa as duas frases estão erradas?a) Esqueci-me do seu telefone – Esqueci o seu telefone.b) Esqueci-me o telefone – Lembrei-me o telefone.c) Lembrou-me o seu telefone – Esqueceu-me da sua

secretária eletrônica.d) Esqueceu-me desta referência – Lembrei-me de

você.e) Lembrei seu nome – Esqueceu-se do aviso dado.

28. Assinale a frase incorreta.a) Avisaram-no que chegaríamos logo.b) Informei-lhe a nota obtida.c) Os motoristas irresponsáveis, em geral, não obe-

decem aos sinais de trânsito.d) Há bastante tempo que assistimos em São Paulo.e) Muita gordura não implica saúde.

29. Assinale a frase incorreta.a) Esta alternativa obedece ao padrão da gramática

normativa.b) Entretanto, não costuma haver distúrbios na fila.c) Jamais poderão existir tantos recursos para tantos

planos.d) Só faltou mandar ele embora de casa.e) Quando entrou, bateram onze horas no relógio da

sala.

30. Assinale a frase incorreta.a) Ele custará muito para me entender.b) Hei de querer-lhe como se fosse minha filha.c) Em todos os recantos do sítio, as crianças sentem-

se felizes, porque aspiram o ar puro.d) O presidente assiste em Brasília há quatro anos.e) Chamei-lhe sábio, pois sempre soube decifrar os

enigmas da vida.

GABARITO COMENTADO

1. e Posso informar (v. t. d. i. c/prep. a ou de) ossenhores de que ninguém (ou informar aossenhores que ninguém), na reunião, ousou alu-dir (v. t. i. c/prep. a) a tão delicado assunto.

2. e Quanto a amigos, prefiro (v. t. d. i. c/prep. a)João a Paulo, por quem sinto (v. t. d. i. c/prep.por) menos simpatia.

3. c A ida dos meninos (ao rancho) à casa da fa-zenda fez com que o velho, sempre intolerantecom crianças e fiel a seu costume de assustá-las, persistisse na busca de um plano para pô-las em fuga.

4. d Embora pobre e falto de recursos, foi fiel a ela,que lhe queria bem (= amar: v. t. i.) com igualconstância.

5. e Alguns demonstram verdadeira aversão a exa-mes, porque nunca se empenharam (v. t. i. c/prep. em) o suficiente na utilização do tempode que dispunham (v. t. i. c/prep. de) para oestudo.

6. d O governo deve assistir (=ajudar: v. t. i. c/prep.a, ou v. t. d.) aos /os trabalhadores. / O filme deaventuras é o de que mais gosto (v. t. i. c/prep.de). / Os presidenciáveis aspiram (v. t. i. c/prep.a) ao cargo com ardor. / Os fracos abdicam (v.t. i. c/prep. de, ou v. t. d.) da / a luta pela vida./ É um regulamento a que ninguém obedece.(v. t. i. c/prep. a).

7. a Como não o vi (v. t. d.), chamei o contínuo emandei-o (v. t. d.)... procurá-lo (v. t. d.).

8. c Imbuído de preconceitos, com tendência (aomau humor) à intolerância, era impermeável aqualquer influência.

9. e Os encargos a que nos obrigam (v. t. d. i. c/prep. a) são aqueles a que o diretor se referira(v. t. i. c/prep. a).

10. b ... técnicos, de cuja colaboração não podemosprescindir. (v. t. i. c/ prep. de).

11. e A difícil situação, em que naquele momentose encontravam, (v. t. i. c/prep. em) era análo-ga (ao conflito) à crise de anos...

12. c Era um tique peculiar ao cavalariço o de dei-xar caído, ao canto da boca, o cachimbo vaziode fumo, enquanto alheio a tudo e solícito ape-nas com os animais, prosseguia em seu servi-ço.

13. c A planta cujos frutos são (v. lig.) venenosos... /O estado em cuja capital nasci (v. i.; adj. adv.c/prep. em) é este. / O escritor de cuja obrafalei (v. i.; adj. adv. c/prep. de)... / Este é o li-vro a cujas páginas sempre me referi (v. t. i. c/prep. a) / Este é o homem por cuja causa lutei(v. t. i. c/prep. por).

14. b Apesar de muito sensível a censuras, ela nãofez (v. t. d. i. c/prep. a) objeção a minha crítica(crase facultativa).

15. d O projeto a que estão dando andamento (darandamento a) é incompatível com as tradiçõesda firma.

16. e Mostrou-se admirado por não ver o amigo aquem ia apresentar (v. t. d. i. c/prep. a) protes-tos de estima.

17. e Sua avidez por lucros, por riquezas, não eracompatível com seus sentimentos de amor aopróximo.

18. d Prefiro sempre mais a glória do que ao fra-casso. (v. t. d. i. c/prep. a; s/reforços e/ou com-parativos).

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19. e Todas estão corretas. (chamar = considerar:v. t. d., ou v. t. i. c/ prep. a; ambos c/ predic.,este com ou sem prep. de).

20. d d) Assisti (v. t. i. c/prep. a) ao concerto de quevocê tanto gostou (v. t. i. c/prep. de). Obs.: a)Prefiro mais a cidade que o ao campo. b) Che-gamos finalmente em a Santo André. c) Esta éa cidade de que mais gosto. e) . . não paguei aomédico.

21. c 2) Ele é versado com na arte de enganar ostrouxas. 5) Esta função não é compatível decom sua dignidade.

22. a a) Obedeço-o lhe (v. t. i.) porque ele o lhe per-doa (v. t. i. – obj. pessoa) ...

23. b Nós nos valemos dos artifícios de que dis-púnhamos (v. t. i; c/prep. de) ...

24. b b) Eis a ordem de que contra a qual nos insur-gimos. (v. t. i. c/prep. contra; prep. c/mais deuma sílaba: pron. a qual).

25. d Esqueci (s/pron. oblíquo: v. t. d.) da a aparên-cia dela.

26. c c) II – III – IV: Obs.: I. (F) Visando (v. t. i. c/prep. a) apenas os aos seus próprios interesses...

27. b b) Esqueci-me o do telefone – Lembrei-me odo telefone. (pronominais: v. t. i. c/prep. de).

28. a Avisaram-no que de que chegaríamos ... (ouAvisaram-lhe que chegaríamos ...).

29. d Só faltou mandar ele mandá-lo embora decasa. (“ele” não pode ser obj. direto).

30. a a) Ele custará Custar-lhe-á muito para meentender. (custar = ser custoso: o. i. “pessoa”;suj. “oracional” ).

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Os pronomes oblíquos átonos podem ser colocadosem três posições:

Próclise – (antes do verbo)• Jamais me esquecerei de você.Ênclise – (depois do verbo)• O gerente lembrou-lhe o dia do contrato.Mesóclise – (no meio do verbo)• Avisar-lhe-ei a hora da partida.

PRINCÍPIOS BÁSICOS

1. Desde que não inicie oração, a colocação do pro-nome antes do verbo estará, quase sempre, correta.• As competições se iniciaram na hora marcada.Observação:

O pronome átono, no entanto, pode iniciar ora-ções interferentes.• As férias de julho, me diziam as crianças,

foram as melhores.2. Depois dos infinitivos invariáveis, a colocação

será correta, mas não obrigatória.• Não dizer-lhe a verdade, será pior.• Não lhe dizer a verdade, será pior.

3. É proibida a colocação do pronome depois deverbos no particípio, no futuro do presente ou nofuturo do pretérito.

• Tenho dedicado-me ao trabalho.(incorreto)• Tenho-me dedicado ao trabalho. (correto)• Avisarei-te assim que chegarem. (incorreto)• Avisar-te-ei assim que chegarem. (correto)

PRÓCLISE

CASOS OBRIGATÓRIOS

1. Orações negativas, exclamativas, interrogati-vas e optativas.• Ninguém o chamou aqui.• Como te iludes! meu amigo.• Onde nos informarão a hora certa?• Bons ventos o levem.(!)

2. Orações subordinadas com a conjunção claraou subentendida.• O resultado será divulgado hoje, segundo me

informaram.• Solicitamos nos informem o resultado. (que nos

informem)

3. Com pronomes substantivos.a) indefinidos

• Todos nos elogiavam, mas ninguém nos de-fendia.

b) relativos• O “artista” a quem te referes é o Tiririca.

c) interrogativos• Quando me convencerás desta necessidade?

4. Com advérbios de qualquer tipo.• Talvez lhe interesse este produto.• Lá nos acusam de fraqueza.• Depois o informaremos do objetivo da reu-nião.

5. Com o gerúndio preposicionado (prep. “em” +gerúndio).• O zagueiro adversário, em se defendendo, cor-

tou-lhe a frente.

6. Com verbos no infinitivo flexionado.• Não serás criticado por me dizeres a verdade.

PRÓCLISE FACULTATIVA

1. Estando o sujeito expresso• Os alunos se arrependeram / arrependeram-se

de não terem estudado.

2. Com infinitivos invariáveis• O meu propósito era não lhe obedecer / obede-

cer-lhe mais.

3. Com as orações coordenadas sindéticas• Ela chegou e me perguntou / perguntou-me pelo

filho.

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ÊNCLISE

CASOS OBRIGATÓRIOS

1. Períodos iniciados por verbo• “Vai-se a primeira pomba despertada!”

2. Pronomes o, a, os, as – seguidos de infinitivoscom a preposições “a” e “por”• Sabe ele se tornará a vê-los algum dia?• Encontrei a madrasta a maltratá-las.• Ansiava por encontrá-lo.

3. Orações imperativas afirmativas• Procure suas amigas e convide-as.

MESÓCLISE

A mesóclise será obrigatória com verbos no futurodo indicativo, desde que não haja caso de próclise obri-gatória.

• Afinal, ter-se-ão obtido os melhores resultados.• Sua atitude é serena, poder-se-ia dizer hierática.

COLOCAÇÃO PRONOMINALNOS TEMPOS COMPOSTOS

Os pronomes juntam-se ao verbo auxiliar.• Os presos tinham-se revoltado.• Haviam-no declarado vencedor.

COLOCAÇÃO PRONOMINALNAS LOCUÇÕES VERBAIS

1) Não havendo caso de próclise.Será livre a colocação.• O diretor nos deve oferecer o prêmio.• O diretor deve-nos oferecer o prêmio.• O diretor deve oferecer-nos o prêmio.

2) Havendo caso de próclise.O pronome será colocado antes ou depois da lo-cução verbal, isto é, não poderá ficar entre osverbos.• O rapaz não se deve casar hoje.• O rapaz não deve casar-se hoje.

Observação:A SINTAXE BRASILEIRA , isto é, a colocaçãodo pronome oblíquo “solto” entre os verbos, mes-mo havendo fatores de próclise, vem sendo consa-grada por escritores e gramáticos de renome, masainda não foi definitivamente aceita pelos padrõesclássicos da língua.• Os alunos ainda não tinham nos informado adata.O concursando, numa prova, deve optar pelacolocação tradicional:• “Os alunos ainda não nos tinham informado a

data”.

EXERCÍCIOS

1. Pronome mal colocado.a) Lá, disseram-me que entrasse logo.b) Aqui me disseram que saísse.c) Posso ir, se me convidarem.d) Irei, se quiserem-me.e) Estou pronto. Chamem-me.

2. Julgue V ou F a colocação pronominal.( ) Não lhe quero chamar agora.( ) Dir-se-ia que preferem lhe ocultar os fatos.( ) Já notavam-se diferenças nas primeiras horas.( ) Todos querem lhe perguntar sobre a viagem.( ) Ela tem preocupado-se bastante com as provas.( ) Alguém me havia falado do teu caso.( ) Ninguém interessou-se pelo programa.

A seqüência correta, de cima para baixo, éa) V – F – F – F – F – V – F.b) F – F – F – V – V – V – F.c) V – V – F – F – V – V – F.d) V – F – F – V – F – F – V.e) F – V – V – F – V – F – V.

3. Qual a opção correta para completar as lacunas?Quanto ....... se ....... no ponto que ....... !a) alegrar-nos-íamos – atendêsseis-nos – solicitamos-

vos.b) alegraríamo-nos – atendêsseis-nos – solicitamos-

vos.c) alegrar-nos-íamos – atendêssei-nos – solicitamo-

vos.d) nos alegraríamos – atendêsseis-nos – vos solicita-

mos.e) nos alegraríamos – nos atendêsseis – vos solicita-

mos.

4. Quanto à colocação pronominal no texto:“O funcionário que se inscrever, fará prova amanhã.”1) Ocorre próclise em função do pronome relativo.2) Deveria ocorrer ênclise.3) A mesóclise é impraticável.4) Tanto a ênclise quanto a próclise são aceitáveis.a) Correta apenas a 1ª afirmativa.b) Apenas a 2ª é correta.c) São corretas a 1ª e 3ª.d) A 4ª é a única correta.e) Todas estão corretas.

5. Nas frases abaixo:I - Os guris corriam barulhentos, me pedindo dinheiro.II - Dizia ele cousas engraçadas, coçando-se todo.III. Ficarei no lugar onde encontro-me: aqui na som-bra.IV - Quando me vi sozinho, tremi de medo.

A ênclise e a próclise foram corretamente emprega-dasa) nas orações I e II.b) nas orações III e IV.c) nas orações I e III.d) nas orações II e IV.e) em todas as orações.

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6. Qual a opção correta para completar as lacunas?Se ninguém ........... a verdade, e se precisei lutar para.............., nada ............... a respeito.a) disse-me – a encontrar – se falou.b) me disse – encontrá-la – se falou.c) me disse – a encontrar – falou-se.d) disse-me – encontrá-la – falou-se.

7. Qual a opção correta para completar as lacunas?Nada .......... sem que ....................a ...............a) far-se-á – nos disponhamos – lhe perdoar.b) se fará – disponhamos – nos – perdoar-lhe.c) se fará – nos disponhamos – perdoar-lhe.d) far-se-á – disponhamo-nos – lhe perdoar.e) far-se-á – nos disponhamos – perdoar-lhe.

8. O uso da mesóclise é incorreto em:a) Nunca sujeitar-me-ia a tal exigência.b) Dir-se-ia que ela tem menos de quarenta anosc) Convencê-lo-ei, se puder.d) Dize-me com quem andas, dir-te-ei quem és.e) Perdoar-te-ia mil vezes, se preciso fosse.

9. Assinale com V a colocação verdadeira e com F acolocação falsa dos pronomes oblíquos átonos nosperíodos abaixo.( ) Ele tem dado-se muito bem com esse nosso clima.( ) Talvez a luz, contínua e ofuscante, tenha-me afe-

tado a visão.( ) Ninguém retirara-se antes do encerramento do

conclave.( ) Tudo me parecia bem até que me alertaram do

perigo que corria.( ) Em se tratando das artes, preferimos sempre a

divina música.( ) Dir-se-ia que fatos assim jamais ocorreriam de novo.

A seqüência correta, de cima para baixo, éa) F – F – V – F – V – V.b) V – V – F – V – F – F.c) F – V – F – V – V – V.d) F – V – V – F – V – V.e) V – F – F – V – F – F.

10. Escolha a opção correta.I. Um vento pesado e vagaroso soprava, me arreben-tando os tímpanos.II. Nada se conhece sobre a situação econômica do país.III. Uma tosse rouca quebrava o silêncio; se erguia,em seguida, um riso curto.IV. Ele não conseguiu saber o que o despertara da-quele sono profundo.a) As orações I e IV.b) As orações II e IV.c) Todas as orações.d) As orações III e IV.e) As orações I e III.

11. Assinale a colocação inaceitável.a) “Maria Oliva convidou-o.”b) “Se abre a porta da caleça por dentro.”c) “Situar-se-ia Orfeu numa gafieira.”d) “D. Pedro II o convidou.”e) “O cinema foi-lhe um recurso de leitura.”

12. Quais são as frases que têm o pronome oblíquo malcolocado?1) Ninguém falou-me jamais dessa maneira.2) Bons ventos o levem!3) Ele se recordará com certeza do vexame sofrido.4) As pastas que perderam-se, não foram as mais im-

portantes.5) Confesso que tudo me pareceu confuso.6) Me empreste o livro!7) Por que permitiriam-lhe esses abusos?

Assinale a seqüência correta.a) 1 – 4 – 6 – 7.b) 2 – 3 – 5 – 7.c) 1 – 2 – 3 – 6.d) 3 – 4 – 5 – 6.e) 1 – 3 – 5 – 7.

13. Qual a opção correta para completar as lacunas?Nem sequer ............. das coisas que .............. quando.................a) se lembra – disse-me – procurei-o.b) se lembra – me disse – procurei-o.c) lembra-se – disse-me – o procurei.d) se lembra – me disse – o procurei.e) lembra-se – me disse – procurei-o.

14. Qual a opção com incorreta colocação pronominal?a) Se o tivesse encontrado, eu lhe teria dito tudo.b) Os alunos tinham preparado-se para a grande prova.c) Em se tratando urgência, nada o retinha em casa.d) No portão de entrada da cidade lia-se, em letras

grossas, numa placa de bronze: “Estranhos, afas-tem-se!”

e) Logo que me formar, colocar-me-ei à disposiçãoda empresa.

15. Admirou-me a despesa porque não.............. que opresente .................. tão caro.Assinale a opção que completa corretamente as lacunas.a) me havias dito – iria custar-te.b) havias-ma dito – iria te custar.c) me havias dito – iria-te custar.d) havias me dito – te iria custar.e) havias me dito – iria-te custar.

GABARITO COMENTADO

1. d Irei, se me quiserem-me . (conj. subord.:próclise).

2. a V, F, F, F, F, V, F: (V) Não lhe quero (adv.:próclise); (F) ... que lhe preferem lhe ocultar,ou … que preferem ocultar-lhe... (loc. verbalc/pal. atrativa: antes do aux. ou depois doprinc.); (F) Já se notavam-se (adv.: próclise)...(F) Todos lhe querem lhe perguntar..., ou To-dos querem perguntar-lhe (loc. verbal c/pal.atrativa: antes do aux. ou depois do princ.);(F) Ela se tem preocupado-se ou Ela tem-sepreocupado... (tempo composto sem pal. atra-tiva: próclise ou ênclise ao v. aux.); (V) Al-guém me havia falado (tempo composto compal. atrativa: próclise ao v. aux.); (F) Ninguémse interessou-se (pron. indef.: próclise).

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3. e Quanto nos alegraríamos (adv.: próclise) senos atendêsseis (conj. subord.: próclise) noponto que vos solicitamos! (pron. rel.:próclise).

4. c O funcionário que se inscrever 1) pron. rel.:próclise); 3) mesóclise só c/verbos no fut. pres.ou fut. pret.).

5. d I. (F) … me pedindo-me dinheiro. (início deoração: ênclise); II . (V) … coçando-se todo(idem); III. (F) … onde me encontro-me (pron.rel.: próclise); IV . (V) Quando me vi sozinho(conj. subord.: próclise).

6. b Se ninguém me disse (pron. indef.: próclise)a verdade, e se precisei lutar para encontrá-la, (pron. “a” + infinit. prepos: ênclise) nadase falou (pron. indef.: próclise) a respeito.

7. c Nada se fará (pron. indef.: próclise) sem quenos disponhamos (conj. subord.: próclise) alhe perdoar ou perdoar-lhe (c/infinitivo,exceto pron. “o”: próclise ou ênclise).

8. a a) Nunca sujeitar-me-ia me sujeitaria (adv.:próclise).

9. c F, V, F, V, V, V: (F) Ele se tem dado-se ouEle tem-se dado (tempo composto sem pal.atrativa: próclise ou ênclise ao v. aux.); (V)... tenha-me afetado (início de oração:ênclise); (F) Ninguém se retirara-se (pron.indef.: próclise); (V) Tudo me parecia (pron.indef.: próclise) bem até que me alertaram(conj. subord.: próclise); (V) Em se tratan-do das artes (gerúndio. prepos.: próclise);(V) Dir-se-ia (fut. pret. inciciando oração:mesóclise).

10. b I. (F) … me arrebentando-me os tímpanos (iní-cio de oração: ênclise). II . (V) Nada se conhe-ce (pron. indef.: próclise). III. (F) … se er-guia-se (início de oração: ênclise). IV . (V) …o que o despertara (pron. rel.: próclise).

11. b Se Abre-se a porta (início de oração: pró-clise).

12. a 1, 4, 6, 7: . 1) Ninguém me falou-me (pron.indef.: próclise). 4) As pastas que se perde-ram-se , (pron. rel.: próclise). 6) Me Empres-te-me o livro! (início de oração: próclise).7) Por que lhe permitiriam-lhe esses abusos?(adv.: próclise).

13. d Nem sequer se lembra (adv.: próclise) das coi-sas que me disse (pron. rel.: próclise) quandoo procurei. (conj. subord.: próclise).

14. b Os alunos tinham-se preparado-se (c/particí-pio, ênclise proibida).

15. a ... porque não me havias dito (tempo compos-to c/pal. atrativa: próclise ao verbo aux.) queo presente iria custar-te (ou ir-te-ia custar) ...(loc. verbal, fut. pret., sem pal. atrativa: êncliseao v. princ. ou mesóclise ao aux.).

ANÁLISE SINTÁTICA

RELAÇÕES MORFOSSINTÁTICAS

A ORAÇÃO

TERMOS ESSENCIAIS

SUJEITO

É o ser do qual se declara algo.• O avião decolou rapidamente.• Ninguém o conhecia na cidade.• Todos os povos do mundo têm problemas.

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO

1. Simples (um só núcleo)Morfossintaxe: sujeito é função sintática de subs-tantivo, pronome substantivo ou oração substan-tiva.• O professor de Português chegou atrasado.• Todos têm, ou julgam ter, bom-senso.• José Almir Fontella Dornelles é um grande nome.• Convém que estudem muito.

2. Composto (mais de um núcleo)• Eles e seus amigos chegaram para vencer.

3. Elíptico(Sujeito oculto, elíptico ou desinencial) é o sujei-to simples ou composto que não vem diretamenteexpresso na oração: está implícito na desinênciaverbal ou elíptico.• Saímos muito cedo para curtir o sol.– Sujeito: (nós) – implícito na desinência verbal• Tico e Teco vieram à festa e comeram todas as

nozes.– Sujeito: (Tico e Teco) – elíptico

4. Indeterminado (não pode ser identificado)Casos em que ocorre o sujeito indeterminado:a) Verbos na 3ª pessoa do plural

• Roubaram a mulher do Rui.• Falaram muito mal de vocês.Observação:

Não há sujeito indeterminado em verbos noimperativo:• Saiam já da sala. (vocês)

b) Verbos na 3ª pessoa do singular acompanha-dos da partícula se (I.I.S. – índice de inde-terminação do sujeito)Ocorre com todos os verbos, exceto transiti-vos diretos.• Respondeu-se a todas as cartas. v.t.i

• Vive-se bem em Brasília. v.i.

• Nem sempre se está feliz. v. lig.

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Observação:Com V.T.D. + objeto direto preposicionado• Ofendeu-se a todos indistintamente.

v.t.d. o.d. prep.

i.i.s.

c) Verbos no infinitivo impessoal (nas orações re-duzidas)• Convém // salvar as baleias.

Or. subord. subst. subjetiva – reduzida de infinitivo

Observação:Essas, quando desenvolvidas, levam o verbopara a 3ª pessoa do plural.• Convém//que salvem as baleias.

5. Oração sem sujeito (sujeito inexistente)Ocorre com verbos impessoais, nos seguintescasos:a) Com verbos de fenômeno meteorológico

(chover, nevar, relampejar, gear, ventar, escure-cer, etc.):• Choveu muito ontem.• Neste inverno, poderá nevar no Sul.Atenção:No sentido “conotativo” terão sujeito:• Choveram dólares lá em casa.• O professor trovejava exemplos e, depois,• choviam os exercícios.

b) Com o verbo HAVERSignificando existir ocorrer, acontecer:• Ontem houve muitas faltas.• Amanhã poderá haver muitas mais.Indicando tempo decorrido:• O concurso foi realizado há dias.

c) Com o verbo FAZERIndicando tempo cronológico:• Faz séculos que não vou ao cinema.• Deve fazer seis meses que não a vejo.Meteorológico:• Fez noites frias naquele mês.• Pode fazer calor nas montanhas.

d) Com o verbo SERIndicando tempo ou distância:• Eram seis horas da tarde.• Daqui à cidade são dez quilômetros.• Hoje são vinte de maio.

e) Com os seguintes verbos:PASSAR (indicando tempo)• Passava de quatro horas.BASTAR e CHEGAR (indicando cessamento)• Basta de problemas. Chega de miséria.PARECER e FICAR• Parece domingo!• De repente, ficou muito escuro.ESTAR (indicando tempo)• Como está quente hoje!

PREDICADO

É a declaração que se faz a respeito do sujeito.• O avião decolou rapidamente Sujeito (o ser) Predicado (a declaração)

CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO

1. NominalDeclara-se estado, qualidade ou característica –com núcleo nominal.• Maria está apaixonada.

No predicado nominal, aparecem osVERBOS DE LIGAÇÃO:–Ser, estar, ficar, parecer, permanecer, conti-

nuar, andar...–Viver – indicando aspecto permanente.–Tornar-se, acabar, cair, fazer-se, virar, con-

verter-se, meter-se, eleger-se, passar a, che-gar, etc e todos os verbos que indicam mudançaou transformação:

• Os vizinhos vivem preocupados.• O fazendeiro caiu de cama.• O vereador chegará a deputado.• O gato virou tamborim.Observação:

Um verbo será de ligação somente quando li-gar o sujeito ao predicativo (estado, qualida-de ou característica).• João ficou aborrecido.

v. lig. predicativo

• João ficou em casa. v. i. a. adv. lugar

Predicativo – é o núcleo do predicado nominal.Os alunos permaneceram calados. (predicativo)No predicado nominal, o predicativo sempre serefere ao sujeito.• O juiz acabou muito nervoso.

(predicativo do sujeito)

2. Predicado verbalA declaração, no predicado verbal, tem como nú-cleo o próprio verbo que, geralmente, expressaação.

Classificação dos verbos:a) Intransitivos

Verbos de sentido completo porque expressamação que se realiza no próprio sujeito (às vezesnecessitam de adjuntos adverbiais).• O bandido morreu.• O aluno procedeu bem. (ad. adv.)• Os cães latiam.

b) TransitivosVerbos de sentido incompleto necessitam de com-plementos, pois expressam ação que vai além dosujeito.• Os operários construíram as casas.

v.t.d.

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• O pai perdoou aos filhos. v.t.i.

• Ela ofereceu um presente ao namorado v.t.d.i. o.d. o.i.

3. Predicado verbo-nominalA declaração apresenta-se em dois núcleos: umverbal, outro nominal.

Observação: o predicado verbo-nominal resultada combinação de duas orações:a) O trem chegou ontem.b) O trem estava atrasado ontem.(a + b = c) O trem chegou atrasado ontem.

O predicado verbo-nominal pode acontecer comos seguintes verbos:a) verbo intransitivo + predicativo

• O aluno chegou atrasado. v. i. pred. suj.

b) verbo transitivo direto + predicativo• Considero a vida difícil.

v. t. d. o.d. pred. o. d.

c) verbo transitivo indireto + predicativo• Nós lhe chamamos de sábio.

o.i. v.t.i. pred. o.i.

d) verbo na voz passiva + predicativo• O preso foi encontrado morto.

(voz passiva) pred. suj.

e) verbo transitivo direto e indireto + pre-dicativo• A diretora, esperta, ofereceu prêmios aos

alunos. pred. suj. o.d. o. i.

o.i.

TERMOS INTEGRANTES

OBJETO DIRETO

É o complemento de V.T.D.(normalmente sem preposição)• O pedreiro construiu a casa.

o.d.

• Maria conheceu Paulo. o. d.

MorfossintaxeO núcleo do objeto direto pode ser:a) substantivo

• Já resolvemos o seu problema.

b) pronomes oblíquos (exceto lhe)• Tua riqueza separou-nos para sempre• Chamei-o imediatamente.

c) qualquer pronome substantivo• Sua preocupação não comove ninguém.

d) oração substantiva• Não quero que você ande preocupado.

OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO

É o objeto direto que vem regido de preposição (nãoexigida pelo verbo).

a) Verbos que denotam sentimento(objeto direito “pessoa”)• Os romanos adoravam a Júpiter.• Nunca desprezes aos amigos.

b) Pronome pessoal tônico• Ofenderam a mim, não a ele.• (preposição exigida pelo pronome)

c) Pronomes substantivos• Aprecio mais a este.• Magoou a todos indistintamente.• A quem preferes?• Conheci a pessoa a quem admiras.

d) Quando antecipado• Aos maus, não os temo.

e) Para evitar ambigüidade• Matou ao leão o caçador.

f) Com o numeral “ambos”• A chuva molhou a ambos.

g) Construções paralelas• Conheço-os e a seus amigos.

h) Construções enfáticasExpressões idiomáticas:• Puxou da arma.• Comeu do pão.• Beber do vinho.• Cumpriu com o dever.• Os revoltosos tomaram das armas.

OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO

É o objeto direito repetido como pronome.• Estas palavras, não as proferi. o.d. o.d. pleonástico

• O seu desejo, não o realizarei. o.d. o.d. pleonástico.

Observação:Chama-se objeto direto interno, quando ocorrer atransformação de verbo intransitivo em transitivodireto, resultando construção pleonástica, como:• Morrerás infame. > Morrerás morte infame.• Dorme tranqüilo. > Dorme teu sono tranqüilo.

OBJETO INDIRETO

É o complemento de V.T.I. – com preposição a, de,em, para, com, por.

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Compl. nominal NOME + T. P.

Adj. adnominal

Complemento nominalComplemento de nomes transitivos:a) adjetivos

• Era um programa impróprio para crianças.

b) advérbios• A rua corria paralelamente ao mar.

c) subst. abstratos (exceto prep. de)• Tenha fé em Deus.

d) subst. abstratos (prep. de + paciente)• Recebi o aviso de perigo.

Adjunto adnominal

Locução adjetiva:a) substantivos concretos

• Era homem sem escrúpulos.

b) subst. abstratos (prep. “de” + agente)• Recebi o aviso do diretor.

AGENTE DA PASSIVA

Indica o ser que pratica a ação expressa pelo verbona voz passiva.

• A cidade estava cercada pelo exército.

O agente da passiva corresponde ao sujeito da vozativa.

• O fogo destruiu o jardim. suj. (agente) v.t.d. o.d. (paciente)

• O jardim foi destruído pelo fogo. suj. (paciente) v.t.d. agente da passiva

TERMOS ACESSÓRIOS

ADJUNTO ADNOMINAL

Especifica ou delimita o significado de um nome.• Esse assunto delicado pede outra conversa.

Morfossintaxe:a) serão sempre adjuntos adnominais: artigos, pro-

nomes adjetivos e numerais adjetivos.• Os nossos dois alunos passaram.

b) O adjetivo pode ser adjunto adnominal ou predica-tivo.

MorfossintaxeFunção sintática do adjetivo:adjunto adnominal ou predicativo

• Gosto muito de crianças. preposição clara.• Comuniquei-lhe nossa decisão.

(a ele) prep. subentendida.

MorfossintaxeO núcleo do objeto indireto pode ser:a) substantivo

• Penso constantemente em meus pais.

b) pronomes oblíquos (exceto o, a, os, as)• Obedeçam-me.• Ofereceram-nos belos presentes.

c) pronomes substantivos• Eles não desconfiaram de nada.

d) oração substantiva• Duvido de que saibam toda a história.

OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO

É o objeto indireto repetido como pronome.• Aos ricos, nada lhes devo. o.i. o.i. pleonástico.

COMPLEMENTO NOMINAL

Termo preposicionado que complementa nomes tran-sitivos.

Substantivos abstratos• Recebemos a notícia do incêndio.

Adjetivos• Sempre fora muito obediente à lei.

Advérbios• Reagiu satisfatoriamente ao infortúnio.

Método prático para analisar termos preposicio-nados:

1) verificar a subordinação;2) determinar a função sintática.

Obj. indiretoVERBO + T. P. Obj. direto prepos.

Ag. da passivaAdj. adverbial

Objeto indiretoV.T.I. (preposição exigida pelo verbo)• O povo aderia a o movimento.

Objeto direto preposicionadoV.T.D. (preposição não exigida pelo verbo)• O político cumpriu com sua palavra.

Agente da passivaV.T.D. (voz passiva analítica)• O muro foi derrubado pela liberdade.

Adjunto adverbialVerbo + T. P. acessório (locução adverbial)• O vento frio assoviava nas esquinas.

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Adjunto adnominal– ligado ao substantivo;– estado perene, próprio do ser;– termo acessório.

Predicativo– ligado ao verbo;– estado acidental atribuído ao ser;– termo essencial.

• O rapaz alegre saiu da sala. adj. adn. (sempre alegre)

• O rapaz, alegre, saiu da sala. predic. (alegre quando saiu)

• O xerife encontrou o bandido perigoso. adj. adn. (sempre perigoso)

• O rapaz saiu alegre da sala. predic. (alegre quando saiu)

• O xerife encontrou o bandido, morto. predic.

(morto ao ser encontrado)

ADJUNTO ADVERBIAL

Indica circunstância ao fato relatado pelo verbo.• Talvez possa chover amanhã.

MorfossintaxeAdjunto adverbial: é a função sintática de advér-

bios e locuções adverbiais.

Observação:Embora o adjunto adverbial seja termo ligado aoverbo, o de intensidade modifica, também, adjeti-vos e outros advérbios.• Os concursandos estudam muito.• Os meninos falam muito alto.• Aquela mulher era muito bonita.

APOSTO

Termo ou expressão de função esclarecedora.• Marcela, única irmã de mamãe, morreu cedo.Morfossintaxe: o núcleo é substantivo, pronome

substantivo ou oração substantiva.

TIPOS DE APOSTOa) Explicativo:

• A palavra, mensageira das idéias, é a profundaexpressão da alma.

b) Enumerativo:• O homem, para ver a si mesmo, necessita de

três coisas: olhos, luz e espelho.

c) Especificativo (denominativo):• O presidente Vargas cometeu suicídio.• A cidade de Curitiba é muito jovem.

d) Resumitivo (recapitulativo):• Dinheiro, poder, glória, nada o seduzia mais.

e) Distributivo:• Carlos e José são ótimos alunos; este em Física

e aquele em Biologia.

Observação:Não confundir aposto especificativo com adjuntoadnominal ou complemento nominal.• A cidade de Brasília continua linda. (aposto) (nome da cidade)

• O solo de Brasília é fértil (adj. adn.) (não é o nome do solo)

• O trânsito de Brasília continua péssimo. (compl.nom.) (não é o nome do trânsito)

VOCATIVO

Termo isolado, chamamento, indica com quem se fala.• Meninos, estudem para a prova.• Estudem para a prova, meninos.• Estudem, meninos, para a prova.

Atenção!Aposto: “fala” do ser.Vocativo: “fala” com o ser.

EXERCÍCIOS

1. Assinale a alternativa que, em seqüência, numera cor-retamente as frases abaixo, indicando, assim, a fun-ção sintática do que1) sujeito2) objeto direto3) objeto indireto4) predicativo5) complemento nominal( ) Perdeu o único aliado a que se unira.( ) O artilheiro que o julgaram ser não se confirmou.( ) À janela, que dava para o mar, assomavam todos.( ) A prova de que tenho receio é a de Matemática.( ) Os exames que terá pela frente não o assustam.

a) 3 – 2 – 1 – 4 – 1.b) 5 – 2 – 2 – 3 – 1.c) 5 – 4 – 4 – 3 – 2.d) 3 – 4 – 1 – 5 – 2.e) 3 – 1 – 2 – 5 – 4.

2. Na oração: “Um dia um tufão furibundo abateu-a pelaraiz”, um dia éa) sujeito.b) adjunto adnominalc) adjunto adverbial de tempo.d) adjunto adverbial de modo.e) complemento nominal

3. Qual a frase com análise incorreta?a) Isso não me convém. (objeto indireto)b) Convidaram-te para a festa? (objeto direto)c) Telefonei-lhe no sábado. (objeto indireto)d) Saudaram-te pela vitória. (objeto indireto)e) A verdade os constrangeu. (objeto direto)

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4. No período: “Quando enxotada por mim foi pousarna vidraça”, qual a função sintática de por mim?a) objeto direto.b) complemento nominal.c) sujeito.d) agente da passiva.e) objeto indireto.

5. “Apesar de vistosa a construção acelerada daqueleedifício deixou-nos insatisfeitos novamente.”Os termos em destaque são, respectivamente,a) adj. adnominal, objeto indireto e adj. adverbial.b) compl. nominal, objeto direto e adj. adverbial.c) adj. adnominal, objeto direto e predicativo do ob-

jeto.d) compl. nominal, objeto direto e predicativo do

objeto.e) adj. adnominal, objeto indireto e adj. adnominal.

6. Na oração “O alvo foi atingido por uma bomba for-midável”, a expressão destacada tem a função dea) objeto indireto.b) complemento nominal.c) agente da passiva.d) adjunto adnominal.e) adjunto adverbial.

7. Em qual das frases o termo assinalado não é adjuntoadnominal?a) Infinitos são os poderes de Deus.b) O amor a Deus nos torna mais caridosos.c) A inocente menina tem uma beleza de anjo.d) Funcionários sem responsabilidade serão demiti-

dos.e) Pessoas sem escrúpulo não merecem considera-

ção.

8. Em que alternativa há objeto direto preposicionado?a) Passou aos filhos a herança recebida dos pais.b) Amou a seu pai com a mais plena grandeza da alma.c) Naquele tempo, era muito fácil viajar para o Exte-

rior.d) Em dias ensolarados, gosto de ver nuvens flutua-

rem nos céus de agosto.

9. Assinale a opção em que o pronome lhe apresenta omesmo valor significativo que possui em “Uma espé-cie de riso sardônico e feroz contraía-lhe as negrasmandíbulas”.a) A mãe apalpava-lhe o coração.b) Aconteceu-lhe uma desgraça.c) Tudo lhe era indiferente.d) Ao inimigo, não lhe rogo perdão.e) Não lhe contei o susto por que passei.

10. Qual a função sintática da palavra destacada no perío-do seguinte: “... a hora em que o pássaro volta, masde há muito não há pássaros”.a) compl. nominal.b) sujeito.c) predicativo do sujeito.d) objeto indireto.e) objeto direto.

11. Em “A invenção da bomba atômica foi danosa paraa humanidade”, foram destacados, respectivamente,a) adjunto adnominal e adjunto adnominal.b) complemento nominal e complemento nominal.c) adjunto adnominal e complemento nominal.d) complemento nominal e adjunto adnominal.e) complemento nominal e adjunto adverbial.

12. “Sorvete Kibon decora sua cozinha. E dá nome àslatas.” Os termos destacados são, respectivamente,a) sujeito, objeto direto, objeto indireto.b) objeto direto, sujeito, objeto indireto.c) sujeito, objeto indireto, objeto direto.d) sujeito, sujeito, objeto indireto.e) objeto direto, sujeito, objeto direto.

13. “Cecília e o cão olharam-se.” A função do se éa) objeto direto.b) objeto indireto.c) partícula apassivadora.d) índice de indeterminação do sujeito.e) partícula integrante do verbo pronominal.

14. Observe os períodos abaixo e assinale a alternativaem que o lhe é adjunto adnominal.a) “... anunciou-lhe: Filho, amanhã vais comigo.”b) O peixe cai-lhe na rede.c) Ao traidor, não lhe perdoaremos jamais.d) Comuniquei-lhe o fato ontem pela manhã.e) Sim, alguém lhe propôs emprego.

15. Falhou a interpretação sintática em:a) A construção de novas estradas requer vultosos

recursos. (complemento nominal)b) A bela construção do engenheiro mereceu muitos

elogios. (adjunto adnominal)c) O combate às doenças devia ser prioridade de to-

dos os governos. (complemento nominal)d) Inúmeras são as riquezas do Brasil. (adjunto

adnominal)e) A disputa pela presidência da República está

mobilizando o Brasil. (adjunto adnominal)

16. Ele gostava de vinhos bons.O termo destacado éa) objeto indireto.b) predicativo do sujeito.c) agente da passiva.d) sujeito.

17. Assinale a alternativa em que o termo destacado écomplemento nominal.a) A enchente alagou a cidade.b) Precisamos de mais informações.c) A resposta ao aluno não foi convincente.d) O professor não quis responder ao aluno.e) Muitos caminhos foram abertos pelos bandei-

rantes.

18. “Perto de casa havia um barbeiro, que me conheciade vista, amava a rabeca e não tocava inteiramentemal.” Dos termos destacados, um está analisado in-corretamente. Aponte-o.a) perto de casa (adjunto adverbial).b) barbeiro (sujeito simples).

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c) me (objeto direto).d) não (adjunto adverbial).e) mal (adjunto adverbial).

19. Marque a alternativa que não apresenta pelo menosum adjunto adverbial.a) “No enterro do carcereiro, os detentos choravam.”b) “Os covardes duram mais, mas vivem menos.”c) “Os vícios de outrora são os costumes de hoje.”d) “Correr não adianta, é preciso partir na hora.”e) “Pelos modos do criado, pode-se julgar o amo.”

20. Na expressão “...chamei Armando Nogueira de carioca...” , encontramos, no predicado, pela ordema) objeto direto e objeto indireto.b) objeto direto e predicativo.c) objeto indireto e adjunto adnominal.d) objeto indireto e predicativo.e) objeto direto e adjunto adverbial.

21. Na oração: “Sem dúvida, esta menina toca pianomuito bem”, a palavra piano e a palavra menina sãorespectivamentea) sujeito e agente da passiva.b) agente da passiva e sujeito.c) adjunto adverbial de instrumento e sujeito.d) objeto direto e sujeito.e) adjunto adverbial de modo e sujeito.

22. Os termos em destaque nos períodos:I. A cidade do Rio de Janeiro atrai muitos turistas.II. As belezas do Rio de Janeiro atraem muitos tu-ristas.são, respectivamente,a) sujeito e adjunto adnominal.b) aposto e adjunto adnominal.c) sujeito e aposto.d) aposto e adjunto adverbial.e) adjunto adnominal e aposto.

23. O Brasil jovem está “curtindo” o vestibular.Os termos destacados, no período acima, são, respec-tivamente,a) adjunto adverbial e objeto direto.b) predicativo do sujeito e objeto direto.c) adjunto adnominal e complemento nominal.d) adjunto adnominal e objeto direto.e) adjunto adverbial e predicativo do sujeito.

24. Falhou a análise sintática do pronome relativo ema) O homem que luta merece vencer. (sujeito)b) A cidade que visitei é uma metrópole. (objeto di-

reto)c) O colégio em que estudei era dirigido por padres.

(agente da passiva)d) O autor a que fizeste referência está consagrado

pelos críticos. (complemento nominal)e) As leis a que obedecemos nem sempre são justas.

(objeto indireto)

25. Marque a assertiva correta.“Lá, sim, a vida era alegre, havia muitas casas, mui-ta gente, e festas, igrejas, lojas...

Os termos destacados sãoa) objeto direto de verbo pessoal.b) sujeito de verbo impessoal.c) objeto direto de verbo impessoal.d) sujeito de verbo pessoal.e) sujeito inexistente.

26. Relacione as colunas conforme o código:1) objeto indireto2) adjunto adverbial de modo3) aposto4) adjunto adnominal5) vocativo( ) “A Praça da Liberdade, coroa de Minas, estava

posta em sossego.”( ) “Chegada é a hora de rezarmos, ó mineiros, por

alma da que foi a Praça da Liberdade...”( ) “Carros deslizavam, levando e trazendo senado-

res da velha guarda...”( ) “O Príncipe de Gales lançou-lhe um olhar ene-

voado de uísque...”( ) “Ah, como pisavam de leve na areia... “

A seqüência numérica correspondente à resposta cer-ta éa) 1 – 2 – 3 – 4 – 5. d) 3 – 5 – 4 – 1 – 2.b) 4 – 3 – 5 – 2 – 1. e) 3 – 4 – 2 – 1 – 5.c) 5 – 3 – 4 – 1 – 2.

27. Na oração:“A inspiração é fugaz, violenta.”, podemos afirmarque o predicado éa) verbo-nominal, porque o verbo é de ligação e vem

seguido de dois predicativos.b) nominal, porque o verbo é de ligação.c) verbal, porque o verbo é de ligação e são atribuí-

das duas caracterizações ao sujeito.d) verbo-nominal, porque o verbo é de ligação e vem

seguido de dois advérbios de modo.e) nominal, porque o verbo tem sua significação com-

pletada por dois nomes que funcionam como ad-juntos adnominais.

28. Falhou a análise do termo destacado ema) Os amigos, é preciso ajudá-los.

(objeto direto pleonástico)b) É necessário que amemos a Deus.

(objeto direto preposicionado)c) Os imóveis são vendidos por corretores.

(agente da passiva)d) É notória sua dedicação aos pobres.

(complemento nominal)e) Paguei a meus credores.

(objeto direto preposicionado)

29. Em “. . . as empregadas das casas saem apressadas,de latas e garrafas na mão, para a pequena fila deleite.”,os termos destacados são, respectivamente”a) adj. adverbial de modo e adj. adverbial de matéria.b) predicativo do sujeito e adj. adnominal.c) adj. adnominal e complemento nominal.d) adj. adverbial de modo e adj. adnominal.e) predicativo do objeto e complemento nominal.

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30. Na oração “Serenai, verdes mares, e alisai a vagaimpetuosa... “, o termo destacado tem função dea) aposto.b) vocativo.c) sujeito.d) objeto direto.e) predicativo do sujeito

GABARITO COMENTADO

1. d (3) ... a que se unira (Unira-se ao aliado: obj.ind.); (4) que o julgaram ser (Julgaram-no serartilheiro: predic.); (1) À janela, que dava parao mar ... ( A janela dava para o mar: sujeito);(5) A prova de que tenho receio (Tenho receioda prova: compl. nominal); (2) Os exames queterá pela frente (Terá os exames pela frente:obj. direto).

2. c Um dia um tufão furibundo abateu-a pela raiz(quando a abateu? – um dia: adj. adv. tempo).

3. d d) Saudaram-te (v. t. d. i.) pela vitória (o. i.).(objeto indireto direto).

4. d Quando (foi) enxotada por mim (ag. da passi-va) foi pousar na vidraça.

5. d Apesar de vistosa, a construção acelerada da-quele edifício (subst. abstr. + termo prepos. c/prep. de, paciente: compl. nominal): deixou(v. t. d.)-nos (obj. direto) insatisfeitos (predic.do obj. direto) novamente.

6. c O alvo foi atingido (voz passiva) por uma bom-ba formidável (ag. da passiva).

7. b b) O amor a Deus (subst. abstr. + termoprepos.: compl. nominal).

8. b Amou (v. t. d.) a seu pai (obj. direto prep.). 9. a ... contraía-lhe as negras mandíbulas (= as suas,

dele). A mãe apalpava-lhe o coração (=o seu,dele). Adj. adn. ou obj. indireto de posse.

10. e ... não há (v. t. d. – impes.) pássaros (obj. direto).11. b A invenção da bomba atômica (subst. abstra-

to = termo prepos. c/prep. de, paciente: compl.nominal) foi danosa para a humanidade (adj.+ termo prepos.: compl. nominal).

12. a Sorvete Kibon (sujeito) decora sua cozinha. Edá (v. t. d.) nome (obj. direto) às latas (obj. in-direto).

13. a Cecília e o cão olharam(v. t. d.)-se (= entre si:pron. pes. reflex.:obj. direto).

14. b O peixe cai-lhe na rede. (lhe = sua, dele: Opeixe cai na sua rede / na rede dele.): adj.adnominal.

15. e A disputa pela presidência da República estámobilizando o Brasil. (subst. abstrato + termoprepos.: adjunto adnominal) compl. nominal).

16. a Ele gostava (v. t. i.) de vinhos bons (obj. indi-reto).

17. c A resposta ao aluno (subst. abstrato + termoprepos.: compl. nominal) não foi convincente.

18. b Perto de casa (adj. adv. lugar) havia(v. t. d.)um barbeiro (sujeito simples obj. direto), queme (obj. direto) conhecia (v. t. d.) de vista, ama-va a rabeca e não (adj. adv. negação) tocavainteiramente mal. (adj. adv. modo).

19. c Os vícios de outrora (adj. adn.) são os costu-mes de hoje (adj. adn.). Obs.: a) No enterro docarcereiro (adj. adv. tempo), os detentos chora-vam. b) Os covardes duram mais, mas vivemmenos. (adj. adv. intensidade); d) Correr não(adj. adv. negação) adianta, é preciso partir nahora (adj. adv. tempo); e) Pelos modos do cria-do (adj. adv. modo), pode-se julgar o amo.

20. b ... chamei (v. t. d.)Armando Nogueira (obj. di-reto) de carioca (predicativo).

21. d Sem dúvida, esta menina (sujeito) toca piano(obj. direto) muito bem.

22. b I. A cidade do Rio de Janeiro (nome da cida-de: aposto especificativo) atrai muitos turistas.II. As belezas do Rio de Janeiro (não é nomedas belezas: adj. adnominal) atraem muitos tu-ristas.

23. d O Brasil jovem (adjetivo lig. ao nome: adj.adn.) está “curtindo”(v. t. d.) o vestibular (obj.direto).

24. c O colégio em que estudei era dirigido por pa-dres. (Estudei no colégio: agente da passivaadj. adverbial de lugar).

25. c Lá, sim, a vida era alegre, havia (= existir, v. t.d. – v. impessoal) muitas casas, muita gente,e festas, igrejas, lojas (obj. direto).

26. d (3) A Praça da Liberdade, coroa de Minas(aposto)... (5) Chegada é a hora de rezarmos, ómineiros (chamamento: vocativo) ... (4) ... se-nadores da velha guarda... (subst. concreto +termo prepos.: adj. adnominal)... (1) ... lan-çou (v. t. d. i.)-lhe (obj. indireto) um olhar ene-voado de uísque (o. d.)... (2) ... pisavam de leve(como? adj. adv. modo) na areia...

27. b A inspiração (suj.) é (v. lig.) fugaz, violenta(predic. suj.). Predicado nominal.

28. e Paguei (ref. a “pessoas”: v. t. i.) a meus cre-dores (objeto direto preposicionado objeto in-direto).

29. b ... as empregadas das casas saem apressadas(predicativo do sujeito), de latas e garrafas namão, para a pequena fila de leite (subst. con-creto + termo prepos.: adjunto adnominal).

30. b Serenai, verdes mares (chamamento: voca-tivo), e alisai a vaga impetuosa...

FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO

Frase: expressão de sentido completo, com ou semverbo.

– Frases nominais• Socorro!• Fogo!• As belas praias do Sul.

– Frases verbais• Gosto muito de vocês.• O sábio é aquele que sabe o que sabe e sabe oque não sabe aquele que não sabe.

Oração: expressão verbal de sentido completo ou não.• Pare! • Esperamos...• Choveu. que todos voltem alegres.

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Período: expressão verbal de sentido completo, ne-cessariamente.

• Gosto muito de vocês. Vim, vi e venci.• Esperamos que todos voltem alegres.

CLASSIFICAÇÃO DO PERÍODO

1. PERÍODO SIMPLES (só uma oração, chamada“ absoluta” )• Você estuda muito.• Algumas rádios de Brasília transmitem de seus• estúdios, diariamente, excelentes programas• musicais e esportivos.

2. PERÍODO COMPOSTO (mais de uma oração)a) por coordenação: reúne orações independentes,

isto é, uma não é função sintática da outra.• Você estuda em Brasília e trabalha em Taguatinga.

(a) (b)

Observação:As orações existem independentemente.(a) Você estuda em Brasília.(b) Você trabalha em Taguatinga.

As orações coordenadas possuem, internamen-te, todos os termos necessários à sua estruturasintática e são ligadas por conjunções coorde-nativas (claras ou subentendidas).

b) por subordinação: reúne orações dependentes,isto é, uma é função sintática da outra.Desejo que você seja feliz .

(a) (b)

Observação:As orações não existem separadamente.(a) Desejo (o quê?)(b) que você seja feliz. – objeto direto de (a)Uma oração não possui todos os termos ne-cessários à sua estrutura sintática; a outra nãotem nexo isoladamente. São introduzidas porconjunções subordinativas ou pronomes rela-tivos.

c) por coordenação e subordinação:Combinação dos dois tipos de período:Desejo e espero que sejas feliz. coordenação subordinação

Espero que estudes e faças boa prova. subordinação coordenação

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES

1. NO PERÍODO COMPOSTOPOR COORDENAÇÃO

a) Orações coordenadas assindéticas (sem conjun-ção): Você estuda e trabalha.

b) Orações coordenadas sindéticas (com conjun-ção coordenativa): Você estuda e trabalha.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

Aditivas: e, nem, mas também, que, mas ainda, comotambém, bem como.Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretan-to, no entanto, e.Alternativas : ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer,seja...seja.Conclusivas: logo, portanto, senão, por isso, por con-seguinte, pois (depois do verbo).Explicativas: porque, que, porquanto, pois (antes doverbo).

ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS

As assindéticas aparecem, principalmente, nos seguin-tes casos:

1) orações iniciais da coordenação• Você correu muito, logo deve estar muito cansado.

2) com a conjunção “e” subentendida• Estuda, trabalha, brinca.

3) com a conjunção “pois” subentendida• Não zombes dele: está apaixonado.

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS

1) Aditivas: estabelecem uma relação de soma, adição.• Vou e já volto.• Não trabalha, nem estuda.• Canto, mas também danço.• Fala que fala, mas nada diz.

2) Adversativas: estabelecem uma relação de con-tradição, oposição.• A ignorância é um mal, porém não é contagioso.• Estudei muito, no entanto não passei.

3) Alternativas: estabelecem uma relação de alter-nância (uma opção implica a recusa da outra).• Siga o mapa, ou peça informações.• Irei à praia, ou viajarei para Santos.

4) Conclusivas: estabelecem uma relação em que umato é conclusão de outro, pressuposto.• São todos pobres, portanto não podem ter luxo.• Sou mulher, logo só posso falar palavrão em• língua estrangeira.

5) Explicativas: estabelecem uma relação de expli-cação (uma confirmação da oração anterior ouargumentação em relação aos imperativos).• Choveu à noite, pois o chão está molhado.

(confirmação)• Não chore, porque melhores dias virão.

(argumentação)

2. NO PERÍODO COMPOSTOPOR SUBORDINAÇÃO

• Desejo que você seja feliz. or. principal or. subordinadaa) Oração principal – é completada por outra.

• Desejo que você seja feliz.b) Oração subordinada – completa a principal.

• Desejo que você seja feliz.

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AS ORAÇÕES SUBORDINADAS

1) Substantivas – têm a função de um substantivo.• Ela deseja a sua recuperação.

substantivo

• Ela deseja que você se recupere. or. subord. substantiva

2) Adjetivas – têm a função de um adjetivo.• Gosto de mulheres livres.

adjetivo

• Gosto de mulheres que sejam livres. or. subord. adjetiva

3) Adverbiais – têm a função de um advérbio.• Todos saíram às dez horas.

loc. adv.

• Todos saíram quando soaram dez horas. or. subord. adverbial

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Método prático para identificar e analisar oraçõessubordinadas substantivas:1) Toda oração que possa ser substituída por prono-

me (usa-se “isso”) é substantiva.2) O tipo da oração subordinada substantiva corres-

ponde à função sintática do pronome “isso”.• Não sabia que chegara sua hora.• Não sabia isso.

objeto diretoPortanto:Não sabia que chegara sua hora.

or. subord. subst. objetiva direta

Observação:Essas orações são, normalmente, introduzidas pe-las conjunções integrantes que e se.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕESSUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

1. SubjetivasConvinha a todos que você partisse.Convinha a todos isso.

suj.

Convinha a todos que você partisse. or. subord. subst. subjetiva

2. PredicativasO problema foi que chegaste tarde.O problema foi isso.

predic.

O problema foi que chegaste tarde. or. subord. subst. predicativa

3. Objetivas diretasEla viu que o dinheiro terminara.Ela viu isso.

o.d.

Ela viu que o dinheiro terminara. or. subord. subst. objetiva direta

4. Objetivas indiretasTodos gostaram de que estivesses lá.Todos gostaram disso.

o.i.Todos gostaram de que estivesses lá.

or. subord. subst. objetiva indireta

5. Completivas nominaisTive a impressão de que algo explodiu.Tive a impressão disso.

c.n.Tive a impressão de que algo explodiu.

or. subord. subst. compl. nominal6. Apositivas

Disse-me algo terrível: que ia casar.Disse-me algo terrível: isso.

apostoDisse-me algo terrível: que ia casar.

or. subord. subst. apositiva7. Agente da passiva

(não está prevista na N.G.B.)O livro foi escrito por quem não entende de futebol.

or. subord. subst. agente da passiva

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Método prático para identificar e analisar oraçõessubordinadas adjetivas:1) Toda oração introduzida por pronome relativo

(que, quem, o qual, onde, quanto, cujo) é adjetiva.2) Estando separada por vírgula, é adjetiva expli-

cativa; caso contrário, restritiva .• Não analisamos a proposta com que concordaste.

or. subord. adj. restritiva• Os jogadores do Grêmio, que são pernas-de-pau, só querem “bicho”. or. subord. adj. explicativa

1) Restritivas• Os técnicos preferem jogadores que obedecem a esquemas.– Nem todos os jogadores obedecem a esquemas.– A oração está restringindo um subconjunto.• As regiões que produzem laranjas tiveram pro- blemas com o frio.– Oração subordinada adjetiva restritiva não vemseparada por vírgula.

2) Explicativas• Vozes d’África, que é um poema épico, é um raro momento da poesia.– A oração explicativa traz uma qualidade ou ca-racterística inerente ao ser ou ao conjunto a quese refere.• O homem, que é um simples mortal, julga-se eterno.– A oração explicativa vem separada por vírgula(s).

Funções sintáticas do �que� e dos demaispronomes relativos

Método prático para analisar o pronome relativo:

• Li a proposta com que concordaram.

1) Desenvolver a oração adjetiva a partir do verbo;Eles concordaram com...

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2) Substituir o pronome relativo por seu antecedente;Eles concordaram com a proposta.

3) Analisar o termo que substituiu o pronome;Eles concordaram com a proposta.

objeto indireto

4) Aplicar esse resultado ao pronome relativo.Li a proposta com que concordaram.

objeto indireto

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

– Indicam a circunstância em que ocorre a ação.– Introduzidas pelas conjunções subordinativas

(exceto as integrantes).

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

Integrantes: (or. subord. substantivas) que, se.Causais: porque, visto que, pois, que, como.Comparativas: como, (mais) que, (menos) que,assim como, tal qual.Concessivas: embora, ainda que, se bem que, con-quanto, mesmo que.Condicionais: se, caso, uma vez que, posto que,salvo se, sem que.Conformativas: conforme, segundo, consoante,como.Consecutivas: tão...que, tal...que, tanto...que, demodo que, de forma que.Finais: para que, a fim de que, de sorte que, demodo que, porque.Proporcionais: à medida que, à proporção que,quanto mais...menos, quanto menos... mais.Temporais: quando, mal, logo que, assim que, sem-pre que, depois que.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕESSUBORDINADAS ADVERBIAIS

1) Causais: indicam a causa do fato expresso na ora-ção principal.A aula foi interrompida porque faltou giz.

or. subord. adv. causal

2) Comparativas: uma relação de comparação en-tre os fatos expressos.• Nada dói tanto como um sorriso triste de criança.

or. subord. adv. comparativa

3) Consecutivas: indicam conseqüência da oraçãoprincipal.• O professor falou tanto que ficou rouco.

or. subord. adv. consecutiva

4) Condicionais: condição sob a qual se realiza aoração principal.• Iremos ao clube se não chover.

or. subord. adv. condicional

5) Concessivas: concedem ou admitem uma condi-ção contrária.• Amanhã haverá aula embora seja sábado.

or. subord. adv. concessiva

6) Conformativas: adequação ou conformidade coma oração principal.• Tudo terminou conforme tínhamos visto.

or. subord. adv. conformativa

7) Finais: a finalidade para a qual se destina a ora-ção principal.• Estudou muito para que fosse aprovado.

or. subord. adv. final

8) Proporcionais: fatos direta ou inversamente pro-porcionais.• A inundação aumentava à medida que subiam• as águas. or. subord. adv. proporcional

9) Temporais: indicam em que tempo ocorreu a ora-ção principal.• O rapaz ficou pálido quando viu a noiva.

or. subord. adv. temporal

10) Modais: exprimem o modo como se realiza a oração principal.

• Viverás em paz, sem que te incomodem. or. subord. adv. modal

11) Locativas: indicam o lugar onde se realiza a oração principal.

• Ficarei feliz onde me quiserem. or. subord. adv. locativa

Observações:1) As orações adverbiais podem estar em qual-

quer posição:• Os alunos sairão felizes quando soar o sinal.• Quando soar o sinal, os alunos sairão felizes.• Os alunos, quando soar o sinal, sairão felizes.

2) As orações subord. adverbiais modais elocativas não constam na N.G.B.

ORAÇÕES REDUZIDAS

Não constituem novos tipos de orações. São assimchamadas aquelas que apresentam verbos em formas no-minais e não se iniciam por conjunções.

• Diziam acreditar na sorte.

Método prático para analisar orações reduzidas:

• Diziamacreditar na sorte.1) Desenvolver a oração, isto é, colocar conjun-

ção ou pronome relativo e flexionar o verbo:que acreditavam na sorte.

2) Analisar a oração desenvolvida:que acreditavam na sorte.or. subord. subst. objetiva direta

3) Aplicar essa classificação, acrescentando “re-duzida de”

Diziam acreditar na sorte. or. subord. subst. objetiva direta,

reduzida de infinitivo.

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TIPOS DE ORAÇÕES REDUZIDAS

1) De infinitivo• É necessário terem paciência.

or. subord. subst. subjetivareduzida de infinitivo

(que tenham paciência)

• O essencial é salvar tua alma.or. subord. subst. predicativa,reduzida de infinitivo

(que salves tua alma)

2) De particípio• Abertas as portas, entramos. or. subord. adv. temporal, reduzida de particípio• (quando as portas foram abertas)

• Atingidos pela chuva, fugimos rápido. or. subord. adv. causal, reduzida de particípio• (porque fomos atingidos)

3) De gerúndio• Havia ali crianças pedindo esmolas.

or. subord. adjetiva restritiva,reduzida de gerúndio(que pediam esmolas)

• O vaso caiu da mesa despedaçando-se.or. coord. aditiva, reduzidade gerúndio(e despedaçou-se)

• Estando adoentado, não saiu de casa. or. subord. adv. causal, reduzida de gerúndio • (porque estava adoentado)

EXERCÍCIOS

1. Considere I para oração coordenada, II para oraçãosubordinada e III para oração principal.Observe a oração em destaque em cada alternativa eindique a falsa associação.a) Meu desejo era que me explicassem o mistério. (II)b) É bondoso, mas não o demonstra. (I)c) Não me oponho a que vendam este velho piano. (II)d) Seu grande valor foi estar sempre a nosso lado. (III)e) Não sabia como resolver tão difícil problema. (II)

2. A palavra se é conjunção subordinativa integrante (porintroduzir oração subordinada substantiva objetivadireta) em qual das orações seguintes?a) Ele se morria de ciúmes pelo patrão.b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.c) O aluno fez-se passar por doutor.d) Precisa-se de pedreiros.e) Não sei se o vinho está bom.

3. Em: “Meu pai, se vivesse, é possível que alterasse osplanos e, como tinha vocação política, é possível queme encaminhasse somente à política, embora os doisofícios não fossem nem sejam inconciliáveis.”a) há 6 orações.b) há 7 orações.c) há 8 orações.d) há 9 orações.e) há 10 orações.

4. Em: “Apenas na manhã seguinte, conhecemos comdetalhes os planos industriais do primo Basílio”, te-mos do ponto de vista sintático,a) um período simples.b) um período composto por subordinação cuja ora-

ção principal é: “Apenas na manhã seguinte”, comverbo subentendido.

c) um período composto por subordinação cuja ora-ção principal é: “Apenas na manhã seguinte co-nhecemos com detalhes os planos industriais doprimo Basílio”.

d) um período composto por coordenação e subordi-nação.

e) um período composto por subordinação cuja ora-ção principal é: “Conhecemos com detalhes os pla-nos industriais do primo Basílio”.

5. Em qual período há erro de análise sintática?a) “Um filantropo é, muitas vezes, um milionário no

qual a vaidade é mais forte que a ganância.” (su-bordinada adverbial locativa)

b) “Os olhos deixam de ver quando o coração dese-ja que sejam cegos” (subordinada adverbial tem-poral e principal)

c) “A ciência dá-nos conhecimentos. Só a filosofianos dá sabedoria.” (absoluta)

d) “Um rosto silencioso diz às vezes mais que aspalavras.” (subordinada adverbial comparativa)

e) “Os espíritos mesquinhos são conquistados comfavores; os espíritos generosos, com afeto.”(coordenada assindética)

6. “Tento esquecer a terra onde tanto sofri”, nesse perío-do há oraçãoa) subordinada adverbial de lugar.b) subordinada adjetiva restritiva.c) subordinada adjetiva explicativa.d) coordenada assindética.e) subordinada adverbial locativa.

7. Em qual dos períodos abaixo, há oração coordenadasindética conclusiva?a) Sérgio foi bom filho; logo será bom pai.b) Os meninos ora brincavam, ora brigavam.c) Sílvio trabalha depressa, contudo produz pouco.d) Os cães mordem, não por maldade, mas por preci-

sarem viver.e) Adão comeu a maçã, e nossos dentes até hoje doem.

8. Em que período há uma oração adjetiva restritiva?a) Brasília, que é capital do Brasil, é linda.b) Penso que você é de bom coração.c) A casa onde estou é ótima.d) Vê-se que você é de bom coração.e) Nada obsta a que você se empregue.

9. “O maior dos mandamentos é este: amar ao próxi-mo.” A oração destacada classifica-se comoa) substantiva predicativa.b) substantiva apositiva.c) substantiva completiva nominal.d) substantiva subjetiva.e) substantiva objetiva direta.

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10. A segunda oração do período “Não sei no que pen-sa” é classificada como.....................a) substantiva objetiva direta.b) substantiva completiva nominal.c) adjetiva restritiva.d) coordenada explicativa.e) substantiva objetiva indireta.

11. Marque a opção correta a respeito do período: “Jan-tamos num restaurante próximo de casa, depois fo-mos ao cinema.”a) Apresenta quatro orações.b) Apresenta três orações.c) Apresenta duas orações.d) É composto por coordenação e subordinação.e) É composto por orações que se caracterizam, to-

das, por não possuírem sujeito determinado.

12. Em que período há oração substantiva predicativa?a) Meu ideal é este: fazer bem a todos.b) Não sei onde ela está.c) Lembre-se de que tudo passa neste mundo.d) Estava ansioso por que ela viesse.e) Meu ideal é fazer bem a todos.

13. Em relação ao trecho:“Durante o enterro, abraçou-se ao caixão, aflita; le-varam-na para dentro.”, é correto afirmar quea) a primeira oração é coordenada assindética.b) uma das orações é reduzida de infinitivo.c) trata-se de um período composto por coordenação

e subordinação.d) há apenas uma oração coordenada sindética.e) há uma oração subordinada adverbial.

14. Em qual dos períodos não há oração subordinada subs-tantiva subjetiva?a) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço.b) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita

sobre sua vida.c) Ignoras quanto custou meu relógio?d) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebi-

dos.e) Convinha-nos que vocês estivessem presentes à

reunião.

15. Não compreendíamos a razão por que o ladrão nãomontava a cavalo.” A oração em destaque éa) subordinada adjetiva restritiva.b) subordinada adjetiva explicativa.c) subordinada adverbial causal.d) substantiva objetiva indireta.e) substantiva completiva nominal.

16. “Não és mais prudente que eu.” A oração destacadadeve ser classificada comoa) subordinada adverbial final.b) subordinada adverbial concessiva.c) subordinada adverbial consecutiva.d) subordinada adverbial comparativa.e) subordinada substantiva subjetiva.

17. Em qual dos períodos há oração coordenada?a) A paisagem perdeu o encanto da frescura.b) O autor sobre quem falávamos fará uma palestra

amanhã.c) Não vejo flores nesta primavera.d) Estudamos toda a matéria para o vestibular.e) Vesti-me rapidamente, tomei um táxi, mas ainda

cheguei atrasado.

18. Assinale a análise feita incorretamente.a) “Não fortalecerás a dignidade humana, caso abdi-

ques da cidadania e da liberdade.” (adverbialcondicional)

b) “Quando quiser falar mal de alguém, escreva naareia da praia, perto das ondas.” (adverbial tem-poral)

c) “O trabalho mais produtivo é aquele que sai dasmãos de uma pessoa alegre.” (adverbial compa-rativa)

d) “A riqueza conquistou Roma após ter Roma con-quistado o mundo.” (adverbial temporal)

e) “Embora todos os homens sejam feitos do mes-mo metal, não são todos fundidos no mesmo mol-de.” (adverbial concessiva)

19. Em que período há oração subordinada adjetiva?a) Ele falou que compraria a casa.b) Não fale alto, que ela pode ouvir.c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo.d) Em time que ganha não se mexe.e) Parece que a prova não está difícil.

20. “Podem acusar-me: estou com a consciência tranqüi-la.” Os dois pontos (:) do período acima poderiamser substituídos por vírgula, explicando-se o nexoentre as duas orações pela conjunçãoa) portanto. d) pois.b) e. e) embora.c) como.

21. Observando os períodos:I. Não caía um galho, não balançava uma folha.II. O filho chegou, a filha saiu, mas a mãe nem notou.III. O fiscal deu o sinal, os candidatos entregaram aprova. Acabara o exame.Nota-se que existe coordenação assindética ema) I apenas. d) I e II.b) I, II e III. e) III apenas.c) II apenas.

22. Qual é o período composto por subordinação?a) A palavra vale prata, o silêncio vale ouro.b) A boa reputação é um segundo patrimônio.c) Suporta melhor a censura o que merece elogios.d) Muita intimidade encurta o respeito e rebaixa a

autoridade.e) A compaixão mantém a ferida aberta.

23. “A verdade é que a gente não sabia nada...”A segunda oração classifica-se comoa) subordinada substantiva objetiva direta.b) subordinada adverbial conformativa.c) subordinada substantiva objetiva indireta.d) subordinada substantiva predicativa.e) subordinada substantiva apositiva.

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24. Em que período há oração objetiva indireta?a) Tenho medo de que você se engane.b) Meu sonho era morar nos Estados Unidos.c) Recomendo-lhe uma coisa: seja sempre sincero.d) Aconselho-te a não fazeres este negócio.e) Dizem que você será eleito.

25. Em que período há oração coordenada sindéticaexplicativa?a) A casaca dele estava remendada, mas estava limpa.b) Ambos se amavam, contudo não se falavam.c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão, ou

lavando as vidraças.d) Chora, que lágrimas lavam a dor.e) O time ora atacava, ora defendia e no placar apare-

cia o resultado favorável.

26. Qual o período em que uma oração substitui um adje-tivo?a) Nem tudo que reluz é ouro.b) O barbeiro agitou o chapéu, para que a turba ficas-

se em silêncio.c) Não sairei do consultório, a menos que haja casos

urgentes.d) Bebia que era uma lástima!e) Por mais que gritasses, não te ouviriam.

27. No período “É necessário que todos se esforcem.”, aoração destacada éa) substantiva objetiva direta.b) substantiva objetiva indireta.c) substantiva completiva nominal.d) substantiva subjetiva.e) substantiva predicativa.

28. No período “Mas, como pintaria ele uma cena matu-tina sobre o rio Tietê, sem mergulhá-la na bruma?”,a oração grifada classifica-se comoa) adverbial temporal.b) adverbial condicional.c) adverbial consecutiva.d) adjetiva.e) adverbial causal.

29. “Penso, logo existo.”, a oração grifada deve ser clas-sificada comoa) coordenada sindética conclusiva.b) coordenada sindética aditiva.c) coordenada sindética alternativa.d) coordenada sindética adversativa.e) coordenada sindética explicativa.

30. Houve erro de análise sintática.a) “Os espinhos que colhi vêm da árvore que plan-

tei.” (período composto por subordinação, comduas orações adjetivas introduzidas por pronomerelativo na função de objeto direto)

b) “Os homens de bem perdem e empobrecem nosmesmos empregos que os velhacos ganham e seenriquecem.” (período misto, com duas oraçõesadjetivas coordenadas entre si)

c) “Se quiseres viver em paz, ouve, vê e cala.” (perío-do composto coordenação, com três orações coor-denadas assindéticas)

d) “Nada pode ser politicamente certo se for moral-mente errado.” (período composto por subordina-ção, com oração principal e subordinada adver-bial condicional, respectivamente)

e) “Alguns nascem grandes; outros conquistam a gran-deza; outros a recebem gratuitamente de circuns-tâncias fortuitas.” (período composto por coor-denação, com três orações coordenadas assin-déticas)

GABARITO COMENTADO

1. c c) Não me oponho (III: or. principal)a que vendam este velho piano. (or. subord. obj.indireta). Obs.: a) Meu desejo era isso (queme explicassem o mistério). (II: subord.predic.) b) É bondoso, mas (conj. coord.) nãoo demonstra. (I: coord. sind. adversativa); d)Seu grande valor foi isso (estar sempre a nos-so lado: subord. predic.). (III: or. principal);e) Não sabia isso (como resolver tão difícilproblema). (II: subord. obj. direta).

2. e e) Não sei isso (se o vinho está bom): or.subord. subst. obj. direta. Obs.: a) part.expletiva; b) pron. pes. reflex. (o. i.); c) pron.pes. reflex. (o. d.); d) índice indet. do sujeito.

3. c 8 orações: 1) é possível // 2) se vivesse // 3)que (meu pai) alterasse os planos // 4) e é pos-sível // 5) como tinha vocação política // 6)que me encaminhasse somente à política // 7)embora os dois oficiais não fossem // 8) nemsejam inconciliáveis.

4. a Apenas na manhã seguinte, conhecemos comdetalhes os planos industriais do primo Basí-lio. (apenas 1 verbo: oração absoluta: perío-do simples).

5. a Um filantropo é, muitas vezes, um milionáriono qual (pron. rel.) a vaidade é mais forte quea ganância.” (subordinada adverbial locativa

adjetiva restritiva ). b) subord. adv. temp. emrel. à 1ª or.; principal em rel. à 3ª; c) 2 perío-dos: 2 or. absolutas; d)... que as palavras (di-zem) verbo subentendido; e) ... (mas) os espí-ritos generosos (são conquistados) com afeto.(os termos entre parênteses estão elípticos).

6. b Tento esquecer a terra (or. princ.)// onde (=naqual: pron. rel. – s/ vírg.) tanto sofri (or. subord.adj. restritiva).

7. a a) Sérgio foi bom filho; logo (= portanto: conj.concl.) será bom pai. (or. coord. sind. conclu-siva). Obs.: b) ora ... ora...: alternativas; c) con-tudo: adversativa; d) mas: adversativa; e) e =mas: adversativa.

8. c c) A casa onde estou é ótima. (onde = na qual:pron. rel. – s/vírg.: or. subord. adj. restritiva).Obs.: a) explicativa; b) obj. direta; d) subjeti-va; e) obj. indireta.

9. b O maior dos mandamentos é este: amar aopróximo (esclarece o pron. “este”: or. subord.subst. apositiva, red. de infinitivo).

10. a Não sei (v. t. d.) isso (no que pensa): or. subord.subst. obj. direta.

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11. c 2 orações: (nós) Jantamos num restaurantepróximo de casa, (or. coord. assind.) // (e) de-pois (nós) fomos ao cinema. (or. coord.assind.).

12. e e) Meu ideal é isso (fazer bem a todos). or.subord. subst. predic. Obs.: a) apositiva; b) obj.direta; c) obj. indireta; e) compl. nominal.

13. a Durante o enterro, abraçou-se ao caixão, afli-ta; (or. coord. assindética)// (e) levaram-na paradentro. (or. coord. assindética).

14. c (tu)Ignoras(v. t. d.) isso (quanto custou meurelógio?): or. subord. subst. obj. direta.

15. a Não compreendíamos a razão por que o la-drão não montava a cavalo. (que = qual: pron.rel. – s/vírg.): or. subord. adj. restritiva.

16. d Não és mais prudente// que eu (sou). que =como): or. subord. adv. comparativa.

17. e Vesti-me rapidamente (or. coord. assind.), (e)tomei um táxi (or. coord. assind.), mas aindacheguei atrasado (or. coord. sind. adversativa).

18. c O trabalho mais produtivo é aquele que sai dasmãos de uma pessoa alegre. (que = o qual:pron. rel. – s/vírg.) (adverbial comparativa )or. subord. adj. restritiva.

19. d d) Em time que ganha não se mexe. (que = oqual: pron. rel. – s/vírg.): or. subord. adj.restritiva. Obs.: a) subord. obj. direta; b) coord.sind. explicativa; c) subord. adv. causal; e)subord. subjetiva.

20. d Podem acusar-me: (pois) estou com a cons-ciência tranqüila. (dois-pontos separando or.coord. explicativa c/conj. subentendida).

21. b I, II e III: Veja, entre parênteses, a conj. su-bentendida: I. Não caía um galho, (e) não ba-lançava uma folha. II. O filho chegou, (e) a filhasaiu, mas a mãe nem notou. III. O fiscal deu osinal, (e) os candidatos entregaram a prova.

22. c c) Suporta melhor a censura o (or. princ.) //que merece elogios (que = o qual: pron. rel. –s/vírg.: or. subord. adj. restr.): p. comp. p/ su-bordinação. Obs.: a) p. comp. p/ coord. b) p.simples; d) p. comp. p/ coord. e) p. simples.

23. d A verdade é isso (que a gente não sabia nada):or. subord. subst. predicativa.

24. d d) Aconselho (v. t. d. i.)-te a isso (não fazereseste negócio): or. subord. subst. obj. indireta.Obs.: a) compl. nom. b) predic. c) apositiva;e) obj. direta.

25. d d) Chora (imperativo), // que lágrimas lavam ador. (que = porque: conj. coord. explic.):or. coord. sind. explicativa. Obs.: a) adversativa;b) adversativa; c) alternativa; e) alternativa eaditiva.

26. a a) Nem tudo que reluz (= reluzente) é ouro.(or. subord. adj. restritiva).

27. d É necessário isso (que todos se esforcem):or. subord. subst. subjetiva.

28. b ... sem mergulhá-la na bruma?: or. subord.adv. condicional (or. red. de infinitivo, equiva-lente à desenvolvida “ ... caso não a mergulhena bruma?”.

29. a Penso, logo existo. (logo = portanto: conj.coord. concl.): coord. sind. conclusiva.

30. c Se quiseres viver em paz (se=caso: or. subord.adv. condicional), ouve, vê e cala. (or. coord.entre si, e princ. em rel. à 1ª or.): período com-posto por coordenação e subordinação.

PONTUAÇÃO

A VÍRGULA

É o sinal que indica pequena pausa na leitura. Separatermos de uma oração e certas orações no período.

A VÍRGULA SEPARANDO TERMOS DA ORAÇÃO

a) Termos coordenados, isto é, de mesma funçãosintática.• Era um rapagão corado, forte, risonho.• A terra, o mar, o céu, tudo glorifica Deus.Observação:

Normalmente não se separam termos unidos pore, nem e ou.• Possuía lavouras de trigo, arroz e linho.• Não aprecia cinema, teatro nem circo.• Os mendigos pediam dinheiro ou comida.

b) Vocativo, aposto, predicativo, palavras repeti-das.• Brasília, Capital da República, foi fundada em

1960.• Senhor, eu queria saber quem foi o poeta que

inventou o beijo.• Lentos e tristes, os retirantes iam passando pela

caatinga.• As paredes do hospital eram brancas, bran-

cas.

c) Termos explicativos, retificativos, conclusivos,enfáticos...• Quer dizer que você, então, não voltou mais.• Elas, aliás, não saíam de casa.• Pois sim, faça como quiser.• Em suma, a pontuação é um problema.• Portanto, usa-se a vírgula nas expressões deno- tativas.

d) Termos antepostos (e repetidos pleonasticamente).• Essas palavras, eu não as disse jamais.• Aos poderosos, nada lhes devo.

e) Conjunções deslocadas.• O sinal estava fechado; os carros, porém, não pararam.• Já lhe comprei balas, sorvete; convém, pois, fi- car calado agora.

f) Adjunto adverbial anteposto ao verbo.• Com mais de setenta anos, andava a pé.• Os convidados, depois de algum tempo, che- garam ao clube.

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Observação:Adjunto adverbial de pequeno corpo costumadispensar a vírgula.• Amanhã(,) o Presidente viajará.Quando usada, serve para dar ênfase.

g) Datas (local e data – número e data, em documen-tos).• Brasília, 5 de junho de 1994.• O Decreto nº 5.765, de 18 de dezembro de 1971.

h) Zeugma (supressão do verbo constante da ora-ção anterior).• O pensamento é triste; o amor, insuficiente.

i) Depois do sim e do não, nas respostas.• Não, porque fui embora mais cedo.• Sim, passaremos no concurso.

A VÍRGULA SEPARANDO ORAÇÕES NO PE-RÍODO

a) Orações coordenadas assindéticas.• O tempo não pára, não apita na curva, não

espera ninguém.

b) Orações coordenadas sindéticas• Você já sabe bastante, porém deve estudar mais.• Não solte balões, porque causam incêndio.• O mal é irremediável, portanto conforma-te.

Exceção: As aditivas com a conjunção e.• O agricultor colheu o trigo e vendeu-o ao Ban-

co do Brasil.

Casos em que se usa vírgula com a conjunção “e”:1) Orações coordenadas aditivas com sujei-

tos diferentes:• Afinal vieram outros cuidados, e não pen-

sei mais nisso.• O concurso foi difícil, e a prova não cor-

respondeu ao programa.

2) Orações coordenadas adversativas (e = mas)• Morava no Brasil, e votava na Espanha.

3) Quando se quiser enfatizar o último termode uma série coordenada• Deitou-se tarde, custou-lhe dormir, pensou

muito nela, e sonhou.

4) No polissíndeto (facultativa)• Os dias passavam, e as águas, e os versos, e

com eles ia passando a vida.

c) Orações subordinadas adverbiais antepostasou intercaladas.• Embora estivesse cansado, fui à reunião.• Quando chegar o verão, iremos ao Sul.• As viúvas, quando são jovens, sempre são con-

soladas.

Observações:Com orações adverbiais pospostas, só é reco-mendável usar vírgula:1) Se a oração principal for muito extensa;

• O ar poluído corrói a saúde do povo,

embora não se perceba a curto prazo.2) Se a oração principal vier seguida de outraqualquer.

• Os alunos declararam ao diretor que es-tavam satisfeitos, quando o curso aca-bou.

d) Orações substantivas antepostas.• Que venham todos, é preciso: estou saudoso.

(Sacconi, Hildebrando)

e) Orações interferentes.• A História, disse Cícero, é a grande mestra davida.

f) Orações adjetivas explicativas.• O Sol, que é uma estrela, aquece a Terra.

g) Orações reduzidas equivalentes a adverbiais.• Terminada a aula, todos saíram felizes.

h) Idéias paralelas dos provérbios.• Casa de ferreiro, espeto de pau.• Mocidade ociosa, velhice vergonhosa.

O PONTO-E-VÍRGULA

É o sinal que indica, na leitura, pausa maior que avírgula e menor que o ponto.

Usa-se o ponto-e-vírgula nos seguintes casos:a) separando os itens de uma enumeração;

A gramática normativa trata dos seguintes assun-tos:1) fonética;2) morfologia;3) sintaxe;4) estilística.

b) separando as partes principais de um período,cujas secundárias já foram separadas por vír-gula;• Na volta da escola, alguns brincavam; outros,

no entanto, vinham sérios; quando chegamos,todos riam.

c) separando orações com a conjunção deslocada;• A aula já terminou; vocês, porém, não devem sair.

d) separando orações coordenadas (adversativas)assindéticas.• Há muitos modos de acertar; há um só de errar.

OS DOIS-PONTOS

Assinalam uma pausa para indicar que a frase não foiconcluída, isto é, há algo a se acrescentar.

Usam-se dois-pontos nos seguintes casos:a) introduzindo citação ou transcrição;

• Diz um provérbio árabe: “A agulha veste osoutros, e anda nua”.

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b) introduzindo enumeração;• Os meios legítimos de adquirir fortuna são três:

ordem, trabalho e sorte.

c) em oração explicativa com a conjunção suben-tendida;• Você fez tudo errado: gritou quando não devia e

calou quando não podia.

d) com oração apositiva.• Disse-me algo horrível: que ia casar.

EXERCÍCIOS

1. Assinale o período de pontuação correta.a) Já se vai embora? perguntou, ele, ao moço, quando

o viu tirar, o casaco, do cabide.b) Já? se vai embora? perguntou ele ao moço quando,

o viu tirar o casaco do cabide.c) Já se vai embora? perguntou ele ao moço, quando

o viu tirar o casaco do cabide.d) Já se vai, embora, perguntou ele? ao moço quando

o viu tirar o casaco do cabide.e) Já se vai embora, perguntou ele ao moço? quando

o viu tirar o casaco do cabide.

2. Assinale a alternativa em que o texto está correta-mente pontuado.a) Eram frustradas, insatisfeitas; além disso, seus co-

nhecimentos eram duvidosos.b) Eram frustradas, insatisfeitas, além disso seus co-

nhecimentos eram duvidosos.c) Eram frustradas; insatisfeitas; além disso, seus co-

nhecimentos eram duvidosos.d) Eram frustradas, insatisfeitas; além disso seus co-

nhecimentos eram duvidosos.e) Eram frustradas, insatisfeitas, além disso, seus co-

nhecimentos eram duvidosos.

3. Assinale o período que está pontuado corretamente.a) Solicitamos aos candidatos que respondam às per-

guntas a seguir, importantes para efeito de pesqui-sas relativas aos vestibulares.

b) Solicitamos aos candidatos, que respondam, àsperguntas a seguir importantes para efeito de pes-quisas relativas aos vestibulares.

c) Solicitamos aos candidatos, que respondam às per-guntas, a seguir importantes para efeito de pesqui-sas relativas aos vestibulares.

d) Solicitamos, aos candidatos que respondam às per-guntas a seguir importantes para efeito de pesqui-sas relativas aos vestibulares.

e) Solicitamos aos candidatos, que respondam às per-guntas, a seguir, importantes para efeito de pes-quisas relativas aos vestibulares.

4. Sobre o texto “Numa Copa do Mundo, que envolveinteresses promocionais e comerciais cada vez maisgigantescos, a FIFA fez tudo para que seus árbitrossó tenham uma preocupação, quando entrarem emcampo para apitar o jogo: a correta aplicação das leis.”a) A pontuação está correta.b) A pontuação está incorreta.

c) A segunda vírgula deve ser omitida.d) Os dois-pontos foram empregados incorretamente.e) A vírgula depois da palavra preocupação é obriga-

tória.

5. Assinale a alternativa em que o texto está correta-mente pontuado.a) Não, o homem que achei não é nada disso.b) Não, o homem, que achei, não é nada, disso.c) Não o homem, que achei, não é nada disso.d) Não, o homem que, achei, não é, nada disso.e) Não o homem, que, achei não, é nada disso.

6. Cada um dos períodos seguintes foi pontuado de cin-co formas diferentes. Leia-os todos e assinale a letraque corresponde ao período de pontuação correta.a) Deixei, a capital, e fui advogar na roça, mas por

pouco tempo.b) Deixei a capital e fui advogar na roça, mas por

pouco tempo.c) Deixei a capital e fui advogar na roça mas por pou-

co tempo.d) Deixei, a capital e fui advogar, na roça mas por

pouco tempo.e) Deixei, a capital, e fui advogar, na roça mas por

pouco tempo.

7. Alterou-se a pontuação de passagens do texto, inse-rindo-se a vírgula que vem entre parênteses.A alternativa em que a inserção da vírgula não con-traria a norma culta da língua é:a) Ela termina por afetar nosso próprio caráter(,) afas-

tando-nos assim do ideal de nos tornarmos cadavez mais(,) seres éticos e morais.

b) É necessário(,) que se acredite em alguma coisa.c) Devemos ver no abandono e vilipêndio desses va-

lores(,) uma ameaça grave a nossa sobrevivência.d) E, portanto, seus defeitos são nossos defeitos(,)

por mais que isto nos cause desalento; ou mesmovergonha.

e) Os privilégios e interesses ilegítimos(,) estão tãoarraigados, misturados como argamassa no siste-ma, que não vejo força capaz de derrubá-los.

8. Aponte a alternativa pontuada corretamente.a) Como explicar, que as estruturas lógicas se tornam

necessárias, num dado nível?b) Como explicar, que as estruturas lógicas se tornam

necessárias num dado nível?c) Como explicar, que as estruturas lógicas, se tor-

nam necessárias num dado nível?d) Como explicar que as estruturas lógicas se tornam

necessárias num dado nível?e) Como explicar que as estruturas lógicas, se tornam

necessárias num dado nível?

9. Marque o período mal pontuado.a) “O homem comum é exigente com os outros; o

homem superior é exigente consigo mesmo.”b) “Quando os que mandam perdem a vergonha, os

que obedecem perdem o respeito.”c) “Se os homens soubessem até que ponto seus

governantes são egoístas e insensíveis, nenhumgoverno duraria um ano.”

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d) “Os jovens buscam a felicidade na novidade; osvelhos, nos hábitos.”

e) “Palavras fortes e amargas; indicam uma causafraca.”

10. Assinale a opção em que a vírgula está empregadapara separar dois termos que possuem a mesma fun-ção na frase.a) “Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo

enquanto viveu.”b) “Respeitei o engenho do dr. Magalhães, juiz.”c) “E fui mostrar ao ilustre hóspede a serraria, o des-

caroçador e o estábulo.”d) “Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca...”e) “Não obstante essa propaganda, as dificuldades

surgiram.”

11. Aponte o período corretamente pontuado.a) “O contato com vidas sublimes, beneficia e enri-

quece.”b) “A prosperidade produz, alguns amigos e muitos

inimigos.”c) “Uma casa cheia, de livros é um jardim cheio de

flores.”d) “Quando os ricos estão em guerra, são os pobres

que morrem.e) “Os olhos vêem, o coração deseja: e o corpo peca.”

12. Assinale a frase de pontuação correta.a) Um deles muito menor, que todos, apegava-se às

calças de outro taludo.b) Um deles, muito menor que todos, apegava-se às

calças de outro, taludo.c) Um deles, muito menor que todos apegava-se, às

calças de outro, taludo.d) Um deles – muito menor – que todos, apegava-se

às calças de outro, taludo.e) Um deles muito menor que todos, apegava-se, às

calças de outro taludo.

13. Assinale a alternativa correta, contendo os três sinaisde pontuação que foram retirados dos seguintes ver-sos:“Pastor ( ) que sobes o monte ( ) que queres galgan-do-o assim ( ) “ (Olegário Mariano)a) vírgula, ponto e vírgula, ponto de exclamação.b) vírgula, dois pontos, ponto de interrogação.c) vírgula, vírgula, ponto de interrogação.d) ponto de exclamação, vírgula, ponto de interroga-

ção.e) vírgula, dois pontos, ponto final.

14. Assinale a pontuação correta.a) Às vezes, mas, nem sempre, minhas primas pas-

sam por aqui; hoje por exemplo, elas não vieram.b) Às vezes mas nem sempre, minhas primas, passam

por aqui; hoje, por exemplo elas não vieram.c) Às vezes, mas nem sempre, minhas primas passam

por aqui: hoje, por exemplo, elas não vieram.d) Às vezes mas nem sempre minhas primas passam,

por aqui; hoje por exemplo elas, não vieram.e) Às vezes, mas nem sempre, minhas primas pas-

sam, por aqui; hoje por exemplo elas não vieram.

15. Assinale a alternativa em que a pontuação do períodoé incorreta.a) Só te peço isto: que não demores.b) A raposa, que é matreira, enganou o corvo.c) Mal ele entrou, todos se retiraram.d) A cartomante fez uma só previsão; que ele ainda

seria feliz.e) Pensei que não mais virias.

16. Pontuação correta.a) A citação é antiga; “Trabalhar para progredir”.b) Leia dois autores, pelo menos; Machado, e Aluí-

sio, por exemplo.c) Sempre aconselhou aos mais novos; lutem pela vida.d) Primeira regra do jogo; respeitar o adversário.e) Amado e Osman, escritores brasileiros; Camilo,

português.

17. Assinale a alternativa que apresenta o período devi-damente pontuado.a) Digam o que quiserem, dizer os hipocondríacos; a

vida é uma cousa doce.b) Digam, o que quiserem dizer os hipocondríacos, a

vida é uma cousa doce.c) Digam o que quiserem dizer os hipocondríacos: a

vida é uma cousa doce.d) Digam o que, quiserem dizer os hipocondríacos a

vida é uma cousa docee) Digam, o que quiserem dizer, os hipocondríacos –

a vida é uma cousa doce.

18. “Nesta sala, alguns alunos preferem Machado de As-sis; outros, Jorge Amado.” A propósito da pontuaçãono período, pode-se dizer quea) está totalmente correta.b) a primeira vírgula é improcedente.c) o ponto-e-vírgula deve ser substituído por vírgula.d) a segunda vírgula está incorreta.e) o ponto-e-vírgula deve ser trocado por dois-pontos.

19. Assinale a letra que corresponde ao período de pon-tuação correta.a) Quem foi, que me disse, que o Pedro estava à pro-

cura, de uma gramática de alemão?b) Quem foi que, me disse, que o Pedro, estava à pro-

cura de uma gramática, de alemão?c) Quem foi que, me disse que o Pedro estava à pro-

cura, de uma gramática de alemão?d) Quem foi que me disse que a Pedro estava à procu-

ra de uma gramática de alemão?e) Quem foi que me disse que o Pedro, estava à pro-

cura de uma gramática, de alemão?

20. Assinale o período pontuado de maneira incorreta.a) Foram três os alunos que chegaram atrasados, a

saber: Carlos, André e Júlio.b) O homem, por ser um indivíduo racional, pode, a

meu ver, dominar o mundo.c) A guerra é uma desgraça social, destrói vidas pre-

ciosas espalha o luto a orfandade: empobrece anação.

d) O mar, o céu, a terra, tudo tem belezas imensas,incontáveis, infinitas.

e) O Rio Paraíba, assim como muitos outros, estácondenado à destruição por agentes poluidores.

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GABARITO COMENTADO

1. c c) Já se vai embora? perguntou ele ao moço,(sep. or. interferente) quando o viu tirar o ca-saco do cabide.

2. a Eram frustradas, (sep. predicativos) insatisfei-tas; (sep. orações pont. c/vírgula) além disso,(sep. adj. adv. anteposto) seus conhecimentoseram duvidosos.

3. a Solicitamos aos candidatos que respondam àsperguntas a seguir, (sep. expressão explicativa)importantes para efeito de pesquisas relativasaos vestibulares.

4. a Numa Copa do Mundo, que envolve interessespromocionais e comerciais cada vez mais gigan-tescos, (or. subord. adj. explic.) a FIFA fez tudopara que seus árbitros só tenham uma preocupa-ção, (facultativa, p/sep. or. adv. posposta) quan-do entrarem em campo para apitar o jogo:(introd. citação) a correta aplicação das leis.

5. a a) Não, (sep. o “não” na resposta) o homemque achei (or. adj. restr.) não é nada disso.

6. b b) Deixei a capital e fui advogar na roça(or. coord. sind. aditiva), mas por pouco tem-po. (or. coord. sind. adversativa).

7. d d) E, portanto, seus defeitos são nossos defei-tos(,) por mais que isto nos cause desalento; oumesmo vergonha. (facultativa, sep. or. adv.posposta). Obs.: a) (,) seres éticos e morais.(sep. predic.); b) (,) que se acredite em algumacoisa. (sep. or. subjetiva); c) (,) uma ameaçagrave a nossa sobrevivência. (sep. obj. direto);e) (,) estão tão arraigados... (sep. predic.)

8. d Como explicar (or. princ.) que as estruturas ló-gicas se tornam necessárias num dado nível?(or. subord. subst. obj. direta). Obs.: a) sep.or. obj. direta e adj. adv. posposto; b) sep. or.obj. direta; c) sep. or. obj. direta e suj. do ver-bo; e) sep. suj. do verbo.

9. e Palavras fortes e amargas(;) indicam uma cau-sa fraca. (sep. suj. do verbo)

10. c E fui mostrar ao ilustre hóspede a serraria, odescaroçador e o estábulo. (sep. obj. diretos).

11. d d) Quando os ricos estão em guerra, (sep. or.adv. anteposta) são os pobres que morrem.Obs.: a) sep. suj. b) sep. obj. direto; c) sep.compl. nom. e) dois-pontos em lugar de vírgula(or. coord. sind. adversativa: e = mas).

12. b b) Um deles, muito menor que todos, apegava-se às calças de outro, taludo. (sep. termosexplicativos).

13. c Pastor, (vocativo) que sobes o monte, (or.subord. adj. explic.) que (pron. interrogativo)queres galgando-o assim ? (pergunta direta).

14. c c) Às vezes, (loc. adv. anteposta) mas nem sem-pre, (adj. adv. anteposto) minhas primas pas-sam por aqui: (citação) hoje, por exemplo, (ex-pressão denotativa) elas não vieram.

15. d A cartomante fez uma só previsão: que ele ain-da seria feliz. (or. subord. subst. apositiva: dois-pontos em lugar de ponto-e-vírgula).

16. e Amado e Osman, (aposto) escritores brasilei-ros; (sep. or. pont. c/vírgula) Camilo, (indic.zeugma) português.

17. c Digam o que quiserem dizer os hipocondría-cos: (citação) a vida é uma cousa doce.

18. a Nesta sala, (adj. adv. anteposto) alguns alunospreferem Machado de Assis; (sep. or. já pon-tuada c/vírgula) outros, (indic. zeugma) JorgeAmado.

19. d Quem foi que me disse que a Pedro estava àprocura de uma gramática de alemão? (nãopode haver pontuação)

20. c A guerra é uma desgraça social, destrói vidaspreciosas, (sep. or. coord. assind.) espalha oluto, (sep. termo coordenado) a orfandade,empobrece a nação. (or. coord. assind.: vírgu-la em lugar de dois-pontos).

SEMÂNTICA

É o estudo da significação das palavras.

SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO

Significante é a parte física da palavra (os fonemas eas letras).

Significado é o sentido da palavra que provoca namente do ouvinte ou do leitor uma imagem ou uma idéia.

SINONÍMIA E ANTONÍMIA

Sinonímia é o fenômeno em que palavras diferentesapresentam o mesmo significado (ou bastante próximos).

Casa – moradia, lar, teto.Rosto – face, semblante, cara.Zelo – cuidado, carinho.

Antonímia é o fato semântico em que as palavrasapresentam significados contrários.

Economizar – gastarLargo – estreitoRiqueza – pobreza

HOMONÍMIA E PARONÍMIA

Homonímia é a identidade fonética e/ou gráfica depalavras com significados diferentes.

Homônimos homófonos:Conserto – concertoCenso – sensoIncipiente – insipienteEsotérico – exotérico

Homônimos homógrafos:Colher (verbo) – colher (subst.)Molho (caldo) – molho (de chaves)Jogo (subst.) – jogo (verbo)

Homônimos homógrafos e homófonos:Canto (verbo) – canto (subst.)Verão (verbo) – verão (subst.)Morro (verbo) – morro (subst.)

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Paronímia é a semelhança fonética e/ou gráfica en-tre palavras.

Previdência – providênciaDescrição – discriçãoEminente – iminentePequenez – pequinêsComprimento – cumprimento

Polissemia é a multiplicidade de significados de umamesma palavra.

Linha (costura), linha (conduta), linha (de ônibus),linha (estrada de ferro), linha (o ataque, no futebol), li-nha (telefone), linha (alinhamento).

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

A denotação é o emprego da palavra em seu sentidopróprio (usada quando se quiser dar caráter técnico oucientífico ao texto). A conotação é o uso da palavra emsentido figurado, dando ao texto várias interpretações (nasobras literárias, os autores valem-se desse artifício paracriarem a supra-realidade).

• O mendigo morreu do coração.(sentido denotativo)• Meu coração mendiga seu amor.(sentido conota-

tivo)

LISTA DE HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS

Acender (atear fogo) ascender (subir), acento (si-nal gráfico) assento (cadeira), acerca de (a respeito de)a cerca de (distância aproximada) há cerca de (aproxi-madamente), afim (parente) a fim (para), aleatório (even-tual) alheatório (que alheia), amoral (sem moral) imo-ral (indecente), ao invés de (ao contrário) em vez de(em lugar de), a par (ciente) ao par (sem ágio), apreçar(tomar preço) apressar (dar pressa), área (superfície)ária (cantiga), aresto (decisão judicial) arresto (penho-ra), ás (carta de jogo) az (esquadrão), asado (alado) azado(oportuno), assoar (limpar nariz) assuar (vaiar), à-toa(ruim) à toa (sem rumo), brocha (prego curto) broxa(pincel grande), cabide (pendurar roupas) cabido (co-letivo de cônegos), caçar (apanhar animais) cassar (sus-pender), casual (acidental) causal (de causa), cavaleiro(homem a cavalo) cavalheiro (homem gentil), cela (cubí-culo) sela (arreio), censo (contagem) senso (juízo), cer-rar (fechar) serrar (cortar), cessão (ato de ceder) seção(setor) secção (corte) sessão (atividade), chá (infusão)xá (soberano persa), chácara (quinta) xácara (romanceem verso), cheque (ordem de pagamento) xeque (lancede xadrez), cível (relativo ao Direito Civil) civil (relati-vo às relações dos cidadãos), comprimento (extensão)cumprimento (saudação), concertar (harmonizar) con-sertar (restaurar), coser (costurar) cozer (cozinhar),deferir (conceder) diferir (divergir, adiar), degradar(rebaixar) degredar (desterrar), delatar (denunciar) di-latar (prorrogar, aumentar), descrição (descrever) dis-crição (reserva), descriminar (inocentar) discriminar(separar), despensa (depósito) dispensa (licença), des-percebido (não visto) desapercebido (desprevenido),

destratar (ofender) distratar (desfazer trato), eminente(célebre) iminente (imediato), emigrar (sair da pátria)imigrar (entrar em país), emitir (expedir) imitir (fazerentrar), espectador (assistente) expectador (esperanço-so), esperto (inteligente) experto (perito), espiar(espreitar) expiar (pagar falta), estada (permanência depessoa) estadia (permanência paga de navio para cargae descarga), flagrante (evidente) fragrante (perfumoso),florescente (florido) fluorescente (luminoso), fusível(eletricidade) fuzil (arma), incerto (duvidoso) inserto(inserido), incipiente (principiante) insipiente (ignoran-te), incontinente (imoderado) incontinenti (imediata-mente), indefeso (sem defesa) indefesso (incansável),infligir (aplicar pena, castigo) infringir (transgredir),intercessão (intervenção) interse(c)ção (ponto onde secruzam linhas), intimorato (destemido) intemerato(puro, íntegro), locador (proprietário) locatário (inqui-lino), lustre (candelabro) lustro (qüinqüênio, brilho),mandado (ato de mandar) mandato (procuração), paço(palácio) passo (marcha), preceder (anteceder) proce-der (provir, comportar-se, realizar, ter fundamento), per-filar (alinhar) perfilhar (adotar como filho), presar (cap-turar) prezar (estimar), prescrever (ficar sem efeito,receitar) proscrever (condenar a degredo), prever(antever) prover (abastecer), ratificar (validar) retifi-car (corrigir), sobrescritar (endereçar) subscritar (as-sinar, subscrever), tacha (prego) taxa (juro), tapar (fe-char) tampar (cobrir com tampa), tráfego (trânsito) trá-fico (negócio ilícito), vestiário (onde se troca de roupa)vestuário (peças que se vestem), vultoso (volumoso)vultuoso (o rosto vermelho e inchado).

EXERCÍCIOS

1. A alternativa em que os homônimos foram empre-gados corretamente éa) É preciso muito censo de responsabilidade para

realizar o senso geral do país.b) Por haver infligido o Código, o guarda lhe infrin-

giu severa penalidade.c) Porque no processo as datas deferiam, o juiz não

diferiu o que solicitávamos.d) A seção das terras àquela instituição foi negada

na sessão plenária de ontem.e) Depois do conserto das instalações danificadas, o

artista pôde iniciar o concerto.

2. Qual a alternativa que não apresenta nenhum par depalavras homógrafas homófonas?a) Por ele, ninguém ousaria pôr calções de banho.b) O artista pára um instante para agradecer os

aplausos.c) O pêlo da crina foi escovado pelo tratador.d) O nadador péla os pêlos pela manhã.e) Pôde perceber que ele não pode andar sem apoio.

3. Observe o período:“O indivíduo foi apanhado em ............ ao surrupiaruma ............ de cem reais e foi conduzido ................

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à presença do delegado que lhe................ as penali-dades legais.”As palavras que preenchem corretamente as lacunassãoa) fragrante – cédula – incontinente – infligiu.b) flagrante – cédula – incontinenti – infringiu.c) flagrante – cédula – incontinenti – infligiu.d) flagrante – sédula – incontinenti – infligiu.e) fragrante – sédula – incontinenti – infligiu.

4. Assinale a alternativa que preenche corretamente aslacunas.1) O último ........... acusou uma população de 100

mil habitantes.2) O novo diretor foi .............. ontem.3) O delegado condenou o ............... de entorpecen-

tes.4) Minha mãe tem cabelos ................5) Para impedir a corrente de ar, ela ............... a porta.a) senso – empossado – tráfico – ruços – serrou.b) senso – empoçado – tráfico – ruços – cerrou.c) censo – empossado – tráfego – russos – cerrou.d) censo – empossado – tráfico – ruços – cerrou.e) censo – empoçado – tráfico – russos – serrou.

5. Assinale a alternativa cujos elementos preenchemcorretamente os pontilhados.1) Todos o admiram, pois é homem de bom ............2) Pôs a ..............., desamarrou o cavalo e partiu.3) Respondeu com .................... a todas asperguntas.4) Este sapato não tem mais ....................a) censo – cela – acerto – conserto.b) senso – sela – acerto – conserto.c) senso – sela – asserto – concerto.d) senso – cela – asserto – conserto.e) censo – sela – acerto – concerto.

6. Depois de várias ............, a verdade finalmente............; portanto aos que ............ a lei serão ............severas penas.a) conjeturas – imergiu – infringiram – infligidas.b) conjunturas – emergiu – infringiram – infligidas.c) conjeturas – emergiu – infligiram – infringidas.d) conjeturas – emergiu – infringiram – infligidas.e) conjunturas – imergiu – infligiram – infringidas.

7. Assinale a única alternativa correta para completaras lacunas da frase abaixo.“Na ............ em que trabalho, informaram-me que a........... da Assembléia Legislativa apreciará hoje oprojeto de uma lei que trata da ............ de uma glebaao grupo de imigrantes recém-chegados.”a) secção – sessão – sessão.b) seção – sessão – cessão.c) cessão – cessão – cessão.

d) sessão – sessão – sessão.e) ceção – sessão – sessão.

8. Assinale a alternativa em que há troca de sentidoquanto ao emprego dos homônimos ou parônimos.a) lenimento – que suaviza / linimento – para fric-

ção.b) vadear – passar o rio a pé / vadiar – viver no ócio.c) preeminente – elevado, alto, saliente / proeminente

– distinto, nobre.d) esbaforido – ofegante / espavorido – apavorado.e) delação – denúncia / dilação – adiamento.

9. Complete:1) Ninguém o tinha visto. Passara..................2) Estava com sorte! No jogo veio-lhe um .................3) Quando faltar luz, acenda-se o .......................4) Às primeiras respostas, o chefe o ......... de igno-

rante.A ordem correta éa) despercebido – coringa – candeeiro – tachou.b) desapercebido – curinga – candeeiro – tachou.c) despercebido – coringa – candieiro – taxou.d) despercebido – curinga – candeeiro – tachou.e) desapercebido – coringa – candieiro – taxou.

10. Age com ............., ..................... queres fa-zer.............. à curiosidade alheia.a) discreção – senão – conseções.b) discrição – se não – concessões.c) discrição – senão – conseções.d) discreção – se não – concessões.e) discreção – senão – concessões.

11. Dirigindo-se à ............ de informações, soube quenão haveria a ............ das oito; por isso fez ............do bilhete para seu amigo.a) sessão – cessão – cessão.b) seção – sessão – cessão.c) sessão – cessão – seção.d) cessão – seção – sessão.e) seção – seção – cessão.

12. Preencha convenientemente as lacunas das frases se-guintes, indicando o conjunto obtido.1) O governo está na ........... de cair.2) O irmão agiu com muita ............... .3) O índio ............. na floresta.4) A medida não ............... efeito.5) A região foi ................. pelo vendaval.a) eminência – descrição – emergiu – surtiu – açulada.b) eminência – discrição – imergiu – surtiu – açulada.c) iminência – descrição – imergiu – sortiu – assolada.d) iminência – discrição – emergiu – sortiu – assolada.e) iminência – discrição – imergiu – surtiu – assolada.

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13. Indique os homônimos ou parônimos, cujo significa-do está trocado.a) cínico (relativo à China), sínico (desavergonha-

do).b) laço (nó), lasso (cansado).c) assento (banco), acento (sinal gráfico).d) tacha (prego), taxa (imposto).e) arrolhar (pôr rolha), arrulhar (dos pombos).

14. Observe:1) Havíamos conhecido aquele............. professor.2) As reprimendas não .......... nenhum efeito.3) Não deves ..................... os colegas.4) O ladrão foi ..................... da comunidade.

Assinale a alternativa que preenche corretamente ospontilhados.a) imérito – sortiram – delatar – proscrito.b) emérito – surtiram – delatar – proscrito.c) emérito – sortiram – delatar – prescrito.d) emérito; surtiram – dilatar – prescrito.e) imérito – surtiram – dilatar – proscrito.

15. No último ............ da orquestra sinfônica, houve .......entre os convidados, apesar de ser uma festa .......... .a) conserto – flagrantes descriminações – benefi-

cente.b) concerto – fragrantes discriminações – beneficie-

nte.c) conserto – flagrantes descriminações – beneficie-

nte.d) concerto – fragrantes discriminações – benefi-

cente.e) concerto – flagrantes discriminações – beneficente.

GABARITO COMENTADO

1. e e) Depois do conserto (reparo) das instalaçõesdanificadas, o artista pôde iniciar o concerto(recital). Obs.: a) censo (recenseamento); sen-so (sentido); b) infl igir (aplicar pena); infr in-gir (transgredir); c) deferir (conceder, outor-gar); diferir (adiar, procrastinar, distinguir-se); d) seção / secção (repartição); cessão(cedimento); sessão (atividade).

2. e homógrafa homófona = mesma grafia, mes-mo som. e) pôde / pode: homógrafas.

3. c O indivíduo foi apanhado em flagrante (noato) ao surrupiar uma cédula (nota) de cemreais e foi conduzido incontinenti (imediata-mente) à presença do delegado que lhe infli-giu (aplicou) as penalidades legais. Obs.: fra-grante (perfumado); sédula (zelosa); inconti-nente (que não se contém); infr ingir (trans-gredir).

4. d 1) O último censo (recenseamento... 2) ... foiempossado (tomar posse) ... 3) tráfico (co-mércio ilícito)... 4) ... cabelos ruços (grisalhos).

5) ... ela cerrou (fechou) a porta. Obs.: sen-so (sentido); empoçado (que criou poça); trá-fego (trânsito); russo (da Rússia); serrou(cortou c/serra).

5. b 1) ... bom senso (sentido); 2) Pôs a sela (ar-reio); 3) ... com acerto (acertamento); 4)... mais conserto (reparo). Obs.: censo (re-censeamento); cela (cubículo); asserto (afir-mação); concerto (recital).

6. d Depois de várias conjecturas (hipóteses, su-posições), a verdade finalmente emergiu(veio à tona); portanto aos que infringiram(transgrediram) a lei serão infligidas (apli-cadas) severas penas.

7. b Na seção (repartição)... a sessão (ativida-de) da Assembléia ... que trata da cessão(cedimento)...

8. c c) proeminente – elevado, alto, saliente /preeminente – distinto, nobre.

9. d 1)... Passara despercebido (sem ser visto);2) ... veio-lhe um curinga (carta de bara-lho) ; 3) ... acenda-se o candeeiro(lamparina); 4) ... tachou (tachar: apontardefeitos) de ignorante. Obs.: desapercebido(desmunido); coringa (pessoa muito feia);candieiro (vocábulo inexistente); taxar (co-brar taxa, tributo).

10. b Age com discrição (comedimento), senão(caso não, desde que não) queres fazer con-cessões (consentimentos) à curiosidadealheia.

11. b Dirigindo-se à seção (repartição) ... haveriaa sessão (atividade) ... fez cessão(cedimento) do bilhete ...

12. e 1) ... na iminência (prestes) de cair. 2) agiucom muita discrição (comedimento). 3) Oíndio imergiu (mergulhou) ... 4) A medidanão surtiu (provocou) efeito. 5) foi assola-da pelo vendaval. Obs.: eminência (desta-cado, ilustre); descrição (de descrever);emergir (vir à tona); sortir (abastecer);assular (não existe).

13. a sínico (relativo à China), cínico (desaver-gonhado).

14. b 1) ... emérito (sábio, eminente) professor.2) ... não surtiram (provocaram) nenhumefeito. 3) ... delatar (denunciar, trair)os colegas. 4) O ladrão foi proscrito (bani-do) ... Obs.: imérito (sem merecimento);sortir (abastecer); dilatar (aumentar); pres-crito (o que se prescreve, ordena).

15. e No último concerto (recital) da orquestrasinfônica, houve flagrantes (evidentes) dis-criminações (separações, segregações) en-tre os convidados, apesar de ser uma festabeneficente (filantrópica).