português - teoria e exercícios - analista bacen 2011 - aula 00
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TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
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SAUDAÇÕES E APRESENTAÇÃO PESSOAL
Seja bem-vindo ao Ponto dos Concursos! Aqui você estudará para
um importante concurso: o do Banco Central (Bacen). E eu vou ajudá-lo
nessa preparação. Para isso, trago também a experiência do último concurso,
ocasião em que ministrei aulas para turmas de analista e de técnico.
Permita que eu me apresente a você. Sou o professor Albert
Iglésia, formado em Letras (Português/Literatura) pela Universidade de Brasília
(UnB) e pós-graduado em Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e
Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo
Branco. Ministro aulas de Língua Portuguesa desde o ano de 2001. Iniciei
minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem.
Atualmente moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, interpretação de
texto e redação oficial voltadas para concursos públicos. Durante quase seis
anos estive cedido à Casa Civil da Presidência da República, onde atuei no
setor de capacitação de servidores e ministrei cursos de atualização gramatical
e redação oficial. Também Integro o quadro de instrutores da Escola de
Administração Fazendária (Esaf) e já lecionei o curso de Redação de
Correspondências Oficiais e Atualização Gramatical para auditores fiscais e
analistas tributários da Receita Federal. Aqui no Ponto já participei de diversos
trabalhos. Neste momento, estou envolvido com os seguintes cursos: TRT-4ª
Região, TRT-24ª Região, TRT-14ª Região, TRE-PA, ICMS-DF, Fiscal deAtividades Urbanas-DF, Embratur, Pacote para Iniciantes, Banco do Brasil,
BNDES, TCU e – obviamente – do Bacen. Meu endereço eletrônico é
[email protected]. Sempre que precisar, faça contato comigo.
Se eu não lhe responder imediatamente, é provável que esteja envolvido com
aulas ou até mesmo esclarecendo outras dúvidas dos demais alunos.
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O CONCURSO DO BACEN
Em relação ao concurso do Banco Central, sabemos que a disputa
por uma vaga é muito acirrada. As vantagens que a carreira proporciona
atraem muitos candidatos. Para o cargo de analista, que exige nível superior, o
salário pago no início da carreira já ultrapassa R$ 12.000,00. Para o de
técnico, com nível médio, o salário beira os R$ 5.000,00. Além disso, os
servidores têm direito a auxílio-alimentação, plano de saúde e programa de
pós-graduação.
O edital ainda não foi publicado, por isso ninguém sabe com
certeza a quantidade de vagas que será ofertada, o que será exigido de você e
qual a instituição contratada para elaborar as provas. Mas, se você pensa que
isso é um grande problema, está muito enganado. Isso, na verdade, é um
motivo a mais para você iniciar seus estudos e sair na frente daqueles que
deixam as coisas para a última hora, quando já não existe quase nada a ser
feito.
LÍNGUA PORTUGUESA NO CONCURSO DO BACEN
No último concurso, nossa disciplina veio com apenas dez questões
na prova de analista e na de técnico. A Cesgranrio (instituição que elaborou o
evento) estabeleceu conteúdos distintos para os dois cargos. Aqui nos
basearemos no último programa de analista, mais abrangente do que o detécnico. Leia abaixo o que você estudará comigo:
1. Compreensão e interpretação de textos. 2. Tipologia textual. 3. Ortografia
oficial. 4. Acentuação gráfica. 5. Emprego das classes de palavras. 6. Emprego
do sinal indicativo de crase. 7. Sintaxe da oração e do período. 8. Pontuação.
9. Concordância nominal e verbal. 10. Regência nominal e verbal. 11.
Significação das palavras. 12. Redação e correspondências oficiais: Manual de
Redação da Presidência da República.
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Fiz uma análise das provas aplicadas pela Cesgranrio nos últimostrês anos e notei que a instituição tem dado ênfase aos seguintes aspectos:
a) compreensão e interpretação de texto;
b) significação contextual de palavras e expressões;
c) emprego de verbos e pronomes;
d) análise sintática dos termos da oração;
e) valores semânticos de orações e conjunções;
f) pontuação (principalmente o uso da vírgula);
g) regência e crase; e
h) concordância.
Para ser aprovado em concurso público, você não precisa
saber tudo sobre todos os assuntos do edital; mas, sim, saber o que a banca
examinadora normalmente exige dos candidatos.
O CURSO QUE PROPONHO
Este é um curso de teoria e exercícios comentados. Está
dividido em nove aulas. Cada uma será disponibilizada a você semanalmente,
às terças-feiras. Eis a distribuição do conteúdo:
Aula 1 – Ortografia e acentuação gráfica;
Aula 2 – Emprego das classes de palavras (ênfase no emprego deverbos e pronomes);
Aula 3 – Regência e crase;
Aula 4 – análise sintática dos termos da oração;
Aula 5 – Valores semânticos de orações e conjunções;
Aula 6 – Pontuação (ênfase no emprego da vírgula);
Aula 7 – Sintaxe de concordância;
Aula 8 – Texto: tipologia, compreensão e interpretaçãoSignificação das palavras
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Aula 9 – Redação de correspondências oficiais.
Prioritariamente, utilizarei questões de provas elaboradas
anteriormente pela Cesgranrio para direcionar os nossos estudos.
Secundariamente , poderei usar questões do Cespe e da Esaf para dar
sustentação ao seu aprendizado.
Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original
dos enunciados) que tratam do assunto abordado em cada aula.Espero que aproveite cada explicação e cada exemplo da melhor
forma possível. Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental
para o bom rendimento do curso.
“ESQUENTANDO OS MOTORES”
Deixo para você um comentário sucinto sobre a prova para o cargo
de engenheiro (nível superior) do BNDES aplicada em 2008 pela Cesgranrio
(questões mais recentes, inclusive as do último concurso do Bacen – que foi
um fiasco e contou com várias questões anuladas –, você verá nas próximas
aulas).
Texto I
O CÉREBRO EMOCIONAL
Do cérebro e apenas do cérebro nascem nossos prazeres, nossas alegrias,
nossos risos e nossas lágrimas.
Através dele, pensamos, vemos, ouvimos e distinguimos o feio do belo, o mau
do bom, o agradável do desagradável.
Hipócrates (séc.III a.C)
AS EMOÇÕES NO CORAÇÃO
A estrutura emocional
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Cabe perguntar: o que seria da emoção se ela não
provocasse um batimento acelerado do coração, uma pele
ruborizada, uma dor de cabeça, uma respiração ofegante,
um nó na garganta, uma agitação das mãos, uma
5 paralisia das pernas?
Desde o nascimento somos nutridos tanto de
emoções como de leite. Não é exagero dizer que a
falta de um ou de outro desses elementos pode
conduzir o recém-nascido à morte. Não se vive sem
10 afeto. Freud e depois os psicanalistas demonstraram
como as primeiras emoções estruturam a personalidade.
Na vida adulta evoluímos, apesar de emoções vividas na
fase de crescimento. Uma das principais vantagens da
maturidade e da experiência é saber identificar nossas
15 emoções e, em alguns casos, até domesticá-las progressivamente.
Pois, embora componente de nossa psique,
que nos identifica e nos singulariza, a emoção parece
ter uma certa independência em relação a nós mesmos.
Gostaríamos, por exemplo, de não corar quando nos
20 provocam ou nos constrangem, mas a emoção aflora
sem que possamos controlá-la. É nisso que ela parece
irracional. Por isso é comum dizer que “o coração tem
razões que a própria razão desconhece”.
Para muitos, o mundo perfeito não teria emoções,
25 tudo seria racional, refletido, calculado. Mas que sentido
teria a existência? O ser humano sem emoção seria uma
máquina. As emoções são tão inerentes ao ser que,segundo alguns estudiosos, estão inscritas no nosso
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patrimônio genético. Segundo Darwin, existiriam seis30 emoções que são comuns a toda a humanidade, independente
da cultura: alegria, tristeza, surpresa,
medo, desgosto e raiva. Há quem associe essa visão
das emoções à das cores. A variedade de matizes que
enxergamos seria uma mistura entre as cores de base.
35 No caso das emoções, as tonalidades seriam infinitas.
As emoções regulam nossa percepção do meio
e as relações com as pessoas. Em decorrência das
emoções nos aproximamos ou nos afastamos, às
vezes pelas mesmas razões, mas administrando as
40 emoções diferentemente.
URURAHY, Gilberto; ALBERT, Eric. O cérebro emocional: asemoções e o estresse do cotidiano . Rio de Janeiro: Rocco, 2005.
(com adaptação)
1
De acordo com o Texto I, a relação que se pode estabelecer entre cérebro,
coração e emoção é que a emoção
(A) é condicionada pelo coração e atua sobre o cérebro.
(B) atua concomitantemente sobre o cérebro e o coração.
(C) age primeiro sobre o coração e depois sobre o cérebro.
(D) origina-se no cérebro e atua sobre o coração.
(E) origina-se no coração que, por sua vez, comanda o cérebro.
Comentário – Abre o texto I uma citação das palavras proferidas por
Hipócrates a respeito da origem da emoção humana: “Do cérebro e apenas do
cérebro nascem nossos prazeres, nossas alegrias, nossos risos e nossas
lágrimas.” Ampliando a discussão sobre as nossas emoções, Ururahy e Albert
sustentam que ela provoca “um batimento acelerado do coração”. Portanto, a
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única relação correta entre cérebro, coração e emoção encontra-se na quartaopção.
Resposta – Alternativa D.
2
Assinale a opção em que, por dedução, a relação entre um efeito causado e o
estado emocional possível, desencadeador desse efeito, é MENOS provável.
(A) “batimento acelerado do coração” - indiferença
(B) “dor de cabeça” - desgosto
(C) “respiração ofegante” - ansiedade
(D) “agitação das mãos” - alegria
(E) “paralisia das pernas” – medo
Comentário – O método dedutivo de interpretação leva-nos a analisar um
texto “do sentido geral para o particular, da generalização para aespecificação, do desconhecido para o conhecido”, como nos ensina Othon M.
Garcia (Comunicação em prosa moderna, 26ª edição, Rio de Janeiro: Editora
FGV, 2006, página 309). É método que vai
da causa para o efeito
indiferença “batimento acelerado do coração”
desgosto “dor de cabeça”
ansiedade “respiração ofegante”
alegria “agitação das mãos”
medo “paralisia das pernas”
Indiferença é o sentimento que nos torna insensível às coisas
ou pessoas em geral, que nos faz ficar apático, sem energia. Sendo assim, é
pouco provável que esse tipo de emoção leve o nosso coração a um batimento
acelerado.
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Resposta – Alternativa A.
3
Em relação às emoções, segundo o Texto I, a maturidade e a experiência
possibilitam ao ser humano
(A) investigar e até neutralizar.
(B) perceber e até anular.
(C) constatar e até atenuar.
(D) distinguir e até disseminar.
(E) confrontar e até dissipar.
Comentário – A resposta a esta questão está fundamentada na seguinte
passagem do texto: “Uma das principais vantagens da maturidade e da
experiência é saber identificar nossas emoções e, em alguns casos, até
domesticá-las progressivamente.” (linhas 13 a 16). Os vocábulos “constatar” e “atenuar”, na terceira opção, foram empregados como sinônimos de
“identificar” e “domesticar”.
Resposta – Alternativa C.
4
A emoção parece ter uma certa independência em relação a nós mesmos
porque
(A) é um nutriente necessário à vida humana.
(B) é o contraponto da razão.
(C) sem emoção, o ser humano seria uma máquina.
(D) ela existe e manifesta-se independente da nossa vontade.
(E) ela é que dá sentido à existência humana.
Comentário – Leiam abaixo os recortes do texto:
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“...a emoção parece ter uma certa independência em relação anós mesmos.” (linhas 17 e 18);
“...a emoção aflora sem que possamos controlá-la. É nisso que
ela parece irracional.” (linhas 20 a 22).
Elas corroboram a ideia de que o ser humano não consegue
exercer domínio absoluto sobre as emoções, ainda que consiga amenizar os
seus efeitos em certas ocasiões, com a ajuda da maturidade e da experiência.
Resposta – Alternativa D.
5
Em “existiriam seis emoções que são comuns a toda a humanidade,” (l. 29-
30), substituindo a expressão destacada por outra, o a tem acento indicativo
de crase facultativo na expressão
(A) a ela.(B) a qualquer ser humano.
(C) a algumas pessoas.
(D) a nossa humanidade.
(E) a esta entidade.
Comentário – Observou-se aqui o emprego do acento grave indicativo de
crase a critério pessoal de quem redige. Das alternativas apresentadas,
somente a quarta apresenta um caso assim. Diante de pronome possessivo
adjetivo o emprego de tal acento é facultativo, conforme as normas
gramaticais. Lembremo-nos de que pronome possessivo adjetivo é aquele que
acompanha um substantivo explícito. No caso da alternativa D, esse
substantivo é o vocábulo “humanidade”. Convém ressaltar que o uso do
acento grave torna-se obrigatório quando o pronome possessivo é
substantivo:O professor referiu-se a minha prova e não à sua.
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Considerando o exemplo acima, a crase ocorrefacultativamente diante do pronome adjetivo “minha”, que acompanha o
substantivo “prova”. Já diante do possessivo substantivo “sua” (que surge
desacompanho de substantivo), o fenômeno linguístico ocorre
obrigatoriamente.
E o que temos nas outras alternativas? Em todas o emprego
do acento é proibido. O estudo das regras gramaticais indicam que a crase não
ocorre diante de
a) pronome pessoal (eu, ele, nós, lhe, mim, si etc.);
b) palavra de sentido indefinido, vago, impreciso (uma,
alguém, qualquer etc.);
c) diante de palavras no plural quando o “a” estiver no
singular (Vou a festas. / Vou às festas.)
d) diante do demonstrativos esse(s), essa(s), isso, este(s),
esta(s), isto(s).
Resposta – Alternativa D.
6
A analogia estabelecida, no Texto I, entre as cores e as emoções é para
(A)mostrar que os matizes das cores são determinados pela emoção.(B) intensificar as possibilidades de inter-relação das emoções e evidenciar
sua complexidade.
(C) demonstrar que as várias nuanças das cores, assim como os estados
emocionais, são impulsos comandados pela razão.
(D) contestar o princípio de que só as cores sofrem variação.
(E) evidenciar a ação do cérebro em relação à percepção ilusória das cores e
das manifestações da emoção.
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Comentário – Precisamos voltar ao texto:
“Segundo Darwin, existiriam seis emoções que são comuns a
toda a humanidade, independente da cultura: alegria, tristeza,
surpresa, medo, desgosto e raiva. Há quem associe essa visão
das emoções à das cores. A variedade de matizes que
enxergamos seria uma mistura entre as cores de base. No
caso das emoções, as tonalidades seriam infinitas.” (linhas 29
a 35).
Aprendemos desde a infância que a variabilidade das cores
surge do relacionamento entre as cores consideradas básicas ou primárias. A
combinação entre uma e outra, em maior ou menor grau, é que faz surgir as
diferentes tonalidades que conhecemos hoje. Esse processo de criação de
cores é tomado para representar a existência universal das emoções que,
segundo Darwin, são comuns a todos os homens. De acordo com o texto,essas emoções podem ainda se combinar, formando complexos e variados
tipos de sentimentos.
Resposta – Alternativa B.
7
O vocábulo destacado em “uma paralisia das pernas?” (l. 4-5) é grafado com
s. Em qual dos pares abaixo há um vocábulo que, segundo a norma culta, está
grafado INDEVIDAMENTE com s ?
(A) Análise / gasolina.
(B) Catequisar / arrasar.
(C) Extravasar / atrás.
(D) Poetisa / quis.
(E) Usura / improvisar.Comentário – Usa-se, normalmente, a letra S:
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1 – nos substantivos que designam origem, título honorífico efeminino: chinês, japonês, baronesa, duquesa, sacerdotisa, poetisa;
2 – nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE: fase, ascese, eletrólise,
apoteose;
3 – nos sufixos OSO e OSA: formoso, formosa, gostoso,
gostosa;
4 – nas palavras derivadas daquelas que possuem D, RT ou RGno seu radical: iludir – ilusão, defender – defesa; divertir – diversão, inverter –
inversão; imergir – imersão, submergir – submersão;
5 – no prefixo TRANS e nos seus derivados: transatlântico,
trasladar (ou transladar);
6 – após os ditongos: maisena, Sousa, coisa;
7 – nas formas verbais derivadas dos verbos QUERER e PÔR:quis, quisera, pusera, compusera.
Cuidado especial dever ser dado ao sufixo IZAR formador de
verbo: sintonia – sintonizar, real – realizar, visual – visualizar. Se a palavra
possuir S, o infinitivo verbal também levará S: análise – analisar, paralisia –
paralisar.
Além disso, é bom ficarmos atentos com relação à grafiacorreta de certos vocábulos que, como fez a Cesgranrio, são usados para
“pegar” o candidato desatento. São eles: hipnose – hipnotizar; síntese –
sintetizar; batismo – batizar; ca tequese – ca tequ izar ; ênfase – enfatizar.
Resposta – Alternativa B.
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sujeito
sujeito
8 “Segundo Darwin, existiriam seis emoções...” (l. 29-30). Substituindo-se a
forma verbal destacada acima por outra ou por uma locução verbal, a
concordância verbal estará correta, segundo a norma culta, caso se use
(A) haveria.
(B) haveriam.
(C) deveria existir.
(D) poderiam haver.
(E) haveria de existir.
Comentário – Devemos saber que o verbo ex is t i r é naturalmente pessoal, o
que significa dizer que terá sujeito e com ele concordará em número e pessoa.
...ex is t i r i am seis emoções...
O verbo haver não terá sujeito quando for impessoal, isto é,quando for empregado com o sentido de ex is t i r , oco r re r , acontecer , ficando
na terceira pessoa do singular:
...have r ia seis emoções...
Sendo eles o verbo principal de locuções verbais (verbo
auxiliar + verbo principal), ex is t i r faz com que o seu auxiliar se flexione em
número e pessoa para concordar com o sujeito:
...haveriam de/deveriam/poderiam ex is t i r seis emoções...
haver transmite sua impessoalidade para o seu auxiliar, que fica na terceira
pessoa do singular:
...poderia/deveria have r seis emoções...
obj. direto
obj. direto
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Resposta – Alternativa A.
9
“As emoções são tão inerentes ao ser que, segundo alguns estudiosos, estão
inscritas no nosso patrimônio genético.” (l. 27-29). A segunda oração do
período destacado, em relação à primeira, expressa, sintaticamente,
(A) causa.
(B) tempo.
(C) explicação.
(D) conseqüência.
(E) concessão.
Comentário – A segunda oração (“que, segundo estudiosos, estão inscritas no
nosso patrimônio genético.”) apresenta a consequência do que se diz na
oração anterior (“As emoções são tão inerentes ao ser)”. Sintaticamente,classifica-se como oração subordinada adverbial consecutiva. É uma oração
porque o enunciado se organiza em torno de um verbo. É subordinada por
exercer uma função sintática na oração que a precede e dela depender. É
adverbial porquanto, semanticamente, tem valor de advérbio.
É digna de nota a presença do elemento “tão” (comum nos
períodos que ensejam orações subordinadas consecutivas), sendo o “que” a
conjunção subordinativa consecutiva.
Resposta – Alternativa D.
10
Morfologicamente o que tem uma classificação diferente da dos demais
APENAS em
(A) “que nos identifica...” (l. 17).
(B) “...que ‘o coração tem razões...” (l. 22-23).
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(C) “...que a própria razão desconhece’.” (l. 23).(D) “...que são comuns a toda a humanidade,” (l. 30).
(E) “...que enxergamos...” (l. 33-34).
Comentário – Vamos aproximar os trechos aludidos pelo examinador a fim de
que o nosso entendimento seja facilitado.
Pois, embora componente de nossa psique, que nos identifica e
nos singulariza... (linhas 16 e 17).
Por isso é comum dizer que “o coração tem razões que a
própria razão desconhece”. (linhas 22 e 23).
Segundo Darwin, existiriam seis emoções que são comuns a
toda a humanidade... (linhas 29 e 30)
A variedade de matizes que enxergamos seria uma mistura
entre as cores de base. (linhas 33 e 34).
Em todos os segmentos apresentados, o vocábulo “que” é um
pronome relativo, introduz oração de valor adjetivo, que explica ou restringe
o alcance semântico dos substantivos indicados. Analisemos agora outra
ocorrência do vocábulo “que”.
Por isso é comum dizer que “o coração tem razões que a
própria razão desconhece”. (linhas 22 e 23).
Diferentemente dos casos anteriores, o vocábulo grifado é uma
típica conjunção integrante. Ela possibilita a articulação entre o verbo
“dizer” e o seu complemento, um objeto direto oracional: “...o coração tem
razões...”
Resposta – Alternativa B.
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Texto IICriatividade e capacidade de decisão
Determinadas pessoas são capazes de colocar
tanta energia naquilo que nos parece pouco importante,
até mesmo insignificante. Observe, por exemplo, como
uma criança pode passar horas numa praia sem o menor
5 sinal de cansaço procurando conchinhas ou fazendo
castelos de areia. Note como um atleta treinará todos
os dias, com determinação, para bater um recorde ou
vencer uma competição. Muitos empresários, depois de
ganharem muito dinheiro, sem, por vezes, jamais poder
10 gastá-lo, continuam querendo mais poder, mais dinheiro
e mais sucesso.
Por trás dessa enorme energia, existem emoções
que nos estimulam, que se tornam uma necessidade
interior. Estão ligadas à satisfação de nossas necessida-
15 des básicas e são fundamentais para gerar o impulso
que nos faz levantar todas as manhãs. Outras emoções
respondem por atitudes deliberadas que adotamos em
nossas vidas.
Certas drogas, como os neurolépticos, atenuam
20 as emoções. Pessoas sob o efeito de doses elevadas
deste medicamento procedem como verdadeiros zumbis.
Parecem realizar suas rotinas de forma mecânica, sem
nenhum entusiasmo nem vontade.
Tudo que fazemos envolve emoções. Um de
25 nossos grandes desafios na vida é saber utilizá-las comoestímulo à ação, em vez de nos inibir ou de nos bloquear.
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Ocorre que esta dualidade é uma das principais carac-terísticas das emoções, cujos efeitos sobre nosso
comportamento são muitas vezes imprevisíveis.
30 Um exemplo é o medo, que tanto pode ter efeito
paralisante, como nos impelir para a ação e a superação
de algum problema.
Como temos idéias? Em primeiro lugar devemos
sentir a necessidade delas. É preciso que algo nos
35 provoque de tal forma que mobilize o nosso cérebro no
mesmo sentido. Elaboramos nossos pensamentos, sem
hora e local determinado — às vezes, a solução para um
problema pode surgir até durante o banho. A emoção pode
emergir sob a forma de tensão, preocupação ou
40 inquietude, colocando nosso cérebro em um estado de
excitação. Ou se manifesta através do prazer da desco-
berta, da emulação criativa, processo que, normalmente,
resulta no aparecimento das soluções mais inventivas
para os problemas.
45 No plano profissional é comum a empresa estimu-
lar o florescimento de idéias através de um brainstorming
entre seus colaboradores. Neste caso, cria-se um clima
lúdico, no qual os participantes são instados a fazer
associações de palavras e de idéias, e é natural contes-
50 tarem-se uns aos outros. Não importa que em meio ao
turbilhão de idéias surjam algumas aparentemente
absurdas ou incoerentes: é desse livre-pensar que
emerge o novo. No fundo, a origem de tudo é a emoção.
O mesmo vale para a tomada de decisão. Os que55 decidem baseiam-se em instrumental racional, como a
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capacidade analítica, de síntese, o rigor na coleta deinformação. No entanto, quando ele está pensando, no
momento preciso da decisão, o que acontece?
Do ponto de vista das escolhas que somos
60 obrigados a fazer na vida podemos afirmar que
há uma emoção intrínseca no ato de decidir entre uma
coisa e outra. Decidir, de certa forma, é uma opção de
risco (o de se enganar) e de renúncia (ao que não foi
escolhido). O investidor assume riscos ou então
65 renuncia à possibilidade de ganhos maiores. Logo, se
quem decide é alguém que não gosta de riscos, optará
por um tipo de investimento mais conservador. Se, ao
contrário, excita-se com o risco, escolherá a alternativa
que implica mais insegurança. Nos dois casos, os
70 supostos aplicadores estarão convencidos de que suas
decisões estão amparadas em argumentos racionais.
Na verdade, não estão. Estudos sobre decisões econô-
micas mostraram que a carga emocional ligada ao risco
é predominante em relação aos aspectos racionais.
75 Eis aí uma das numerosas armadilhas provocadas
por nossas emoções. Muitas vezes, elas nos fazem agir
contra nós mesmos.
As decisões nem sempre geram altos riscos.
URURAHY, Gilberto; ALBERT, Eric. O cérebro emocional: asemoções e o estresse do cotidiano . Rio de Janeiro: Rocco, 2005.
11
No primeiro parágrafo, a finalidade dos exemplos apresentados é ratificar,
semanticamente, o(a)
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(A) dispêndio desnecessário de energia.(B) importância de se avaliar o conceito de energia.
(C) relatividade da importância das coisas para as pessoas.
(D) valorização indevida das coisas.
(E) necessidade de restringir o dispêndio de energia.
Comentário – No parágrafo introdutório, os autores consideram que a
importância atribuída às coisas pode variar de pessoa para pessoa. Para
reforçarem a sua tese, eles elencam alguns exemplos que, para muitos de nós,
seriam insignificantes.
Não há no trecho inicial nenhuma tentativa de estabelecer
um juízo de valor (“isso é certo, aquilo é errado”) sobre o que as pessoas
valorizam ou como elas gastam sua energia. Ururahy e Albert apenas
constatam um fato: a relativização daquilo que cada um considera importante.
Resposta – Alternativa C.
12
Pelas idéias apresentadas nos dois primeiros períodos do segundo parágrafo,
pode-se inferir que a(s)
(A) emoção é o estímulo que gera a energia necessária à consecução de uma
necessidade básica na vida.
(B) energia gera a emoção necessária à consecução das necessidades básicas
do indivíduo.
(C) energia, geradora da emoção, estimula o surgimento das necessidades
básicas do ser humano.
(D) consecução de um objetivo é o estímulo gerador das emoções e energia
humanas.
(E) necessidades básicas humanas geram a energia necessária ao surgimento
das emoções, estímulos da vida.
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Comentário – Ao afirmarem que “Por trás dessa enorme energia, existememoções que nos estimulam”, os autores indicam que estas acarretam aquela.
Portanto, estão em desacordo com essa passagem as alternativas B, C, D e E.
As duas primeiras apontam, inversamente, a energia como causa da emoção.
As duas últimas também contradizem o texto ao afirmarem, respectivamente,
que a geração de energia se dá pela “consecução de um objetivo” e pelas
“necessidades básicas humanas”.
Resposta – Alternativa A.
13
Segundo o Texto II, um dos desafios na vida está, especificamente, em
(A) perceber que a vida é pontilhada de emoções.
(B) identificar as emoções que nos levam à ação.
(C) distinguir, em cada emoção, suas dualidades.(D) controlar a imprevisibilidade de nossos comportamentos.
(E) ser capaz de fazer com que a emoção seja a alavanca propulsora da ação.
Comentário – Bastava ao candidato um pouquinho de atenção durante a
leitura do texto para responder acertadamente. Releiam o que está escrito nas
linhas 24, 25 e 26: “Tudo que fazemos envolve emoções. Um de nossos
grandes desafios na vida é saber utilizá-las como estímulo à ação, em vez de
nos inibir ou de nos bloquear.”
Resposta – Alternativa E.
14
Segundo as idéias apresentadas nos quarto e quinto parágrafos, é
INCORRETO afirmar que a(o)
(A) emoção deve ser usada para impulsionar a vida, não para limitá-la.
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(B) emoção caracteriza-se pela dualidade e, dependendo do efeito, podedificultar a consecução de um objetivo na vida.
(C) necessidade de algo faz com que nosso cérebro atue no sentido favorável
à concretização do que desejamos.
(D) medo é um exemplo de como as emoções podem regular nosso
comportamento.
(E) medo é um exemplo de ausência de emoção que pode tornar mecânica a
vida.
Comentário – Outra questão que não exigiu muito esforço dos candidatos.
Agora bastava a eles perceber a incoerência existente entre as alternativas D e
E. Enquanto em uma o “medo” é tomado como um exemplo de manifestação
da emoção, na outra ele é considerado como ausência dela. Tudo ficaria mais
fácil a partir daí: necessariamente, uma delas está incorreta. Vamos ao texto
verificar o que ele diz sobre esse sentimento: “Ocorre que esta dualidade éuma das principais características das emoções, cujos efeitos sobre nosso
comportamento são muitas vezes imprevisíveis. Um exemplo é o medo, que
tanto pode ter efeito paralisante, como nos impelir para a ação e a superação
de algum problema.” (linhas 27 a 32). Ao falar de nossas emoções e dos seus
efeitos, o texto imediatamente cita o “medo” como exemplo delas. Portanto é
incorreto afirmar que o “medo é um exemplo de ausência de emoção”.
Resposta – Alternativa E.
15
De acordo com o Texto II, no plano profissional, o novo surge do(a)
(A) confronto aberto entre as idéias.
(B) poder de contestação dos participantes em relação às idéias absurdas.
(C) seleção feita entre as melhores idéias.
(D) capacidade de convencimento de cada integrante do grupo.
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(E) incoerência verificada em algumas idéias.
Comentário – A resposta encontra-se no sexto parágrafo. Durante o processo
de formulação de ideias – chamado de “brainstorming” no texto –, o debate é
franco, aberto, direto. Nele, há a perspectiva de contestação entre os
participantes, independentemente de as ideias surgidas serem descabidas ou
não. Também não importa a capacidade de convencimento de uns em relação
aos outros. O que vale mesmo é o livre exercício de associação entre palavra e
ideias, a partir do qual “emerge o novo”.
Resposta – Alternativa A.
16
Segundo as idéias do Texto II, “Muitas vezes, elas [as emoções] nos fazem
agir contra nós mesmos.” (l. 76-77) porque
(A) uma tomada de decisão implica mecanismos racionais.(B) uma decisão de risco não é segura.
(C) uma decisão sem risco garante ao investidor a aquisição de ganhos
seguros.
(D) os aplicadores, em suas decisões, amparam-se em argumentos racionais.
(E) as decisões nem sempre geram altos riscos.
Comentário – Alternativa A. Segundo o texto, no momento exato da decisão,
“há uma emoção intrínseca no ato de decidir”, mesmo que os que decidam se
baseiem em instrumental racional. Reparem que o período iniciado pela
conjunção adversativa “No entanto” (linha 57) contrasta essa ideia inicial e
ingênua.
Alternativa B. Há investidor que opta “por um tipo de
investimento mais conservador” (linha 67).
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Alternativa C. Aquele que decide corre riscos, pois decidir já éuma opção de risco (linhas 62 e 63).
Alternativa D. “...os supostos aplicadores estarão convencidos
de que suas decisões estão amparadas em argumentos racionais. Na verdade,
não estão.” (linhas 69 a 72, com ênfase nossa).
Resposta – Alternativa E, com amparo na última linha do texto: “As decisões
nem sempre geram altos riscos.”
17
Nas frases que se seguem, extraídas do Texto II, a que está na voz passiva é
(A) “que se tornam uma necessidade interior.” (l. 13-14).
(B) “cria-se um clima lúdico,” (l. 47-48).
(C) “e é natural contestarem-se uns aos outros.” (l. 49-50).
(D) “...baseiam-se em instrumental racional,” (l. 55).(E) “Se, ao contrário, excita-se com o risco,” (l. 67-68).
Comentário – ao se falar de voz passiva, o aluno deve ter em mente quatro
coisas:
a) voz passiva é aquela em que o sujeito (paciente) da oração
sofre a ação expressa pelo verbo (O ladrão foi algemado pelo policial.);
b) toda voz passiva possui sujeito paciente – com o qual o
verbo terá que concordar em número e pessoa –, mas nem toda possui agente
da passiva, ser que pratica a ação verbal:
Prendeu-se o ladrão. – omitiu-se quem prendeu o ladrão;
c) a voz passiva pode se apresentar de forma sintética (ou
pronominal) ou analítica (ou verbal). No primeiro caso, surge a seguinte
estrutura: VTD + SE (pronome apassivador):
sujeito paciente
sujeito paciente
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I. Dá-se aula de português.
No segundo, aparece uma locução verbal formada por verbo
auxiliar (ser, estar, ficar etc.) e verbo principal no particípio:
.II. Aula de português é dada
d) Para comprovar se uma frase está mesmo na voz passiva,
recomenda-se fazer a transformação das estruturas: da passiva sintética para
a passiva analítica, e vice-versa:
I. Assinou-se a portaria.
II. A portaria foi assinada.
Observem a segunda opção. Nela, temos o verbo transitivo
direto CRIAR, o pronome apassivador SE e o sujeito UM CLIMA LÚDICO. Vejam
a transformação:
a) um clima lúdico é criado.
Na alternativa A, o “se” integra o verbo de ligação “tornam”; a
expressão “uma necessidade interior” é o predicativo. Na terceira alternativa, o
pronome “se” é reflexivo-recíproco, e a ideia de reciprocidade é reforçada pela
expressão “uns aos outros”. Na alternativa D, o “se” integra verbo transitivo
indireto, e o termo “em instrumental racional” é o objeto indireto. Na última
opção, o primeiro “SE” é uma conjunção que exprime ideia de condição; o
segundo é pronome reflexivo.
Resposta – Alternativa B.
18
Assinale a opção em que a justificativa do emprego da(s) vírgula(s) difere da
dos demais.
(A) “Por trás dessa enorme energia,” (l. 12).
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(B) “...o medo, que tanto pode ter efeito paralisante,” (l. 30-31).(C) “No fundo,” (l. 53).
(D) “Nos dois casos,” (l. 69).
(E) “Muitas vezes,” (l. 76).
Comentário – Nas alternativas A, C, D e E a vírgula foi empregada em virtude
do deslocamento de termo de valor adverbial. Digo “deslocamento” porque ele
ocupa o início da oração, posição que, a rigor, deve ser preenchida pelo
sujeito. É interessante ainda registrar que o advérbio deslocado, sendo de
“pequeno corpo”, pode ser empregado sem pausa:
a) Hoje sairemos mais cedo.
, sairemos mais cedo. – reparem que o segundo casob) Hoje
confere ênfase ao aspecto temporal em que se dará a ação
de sair.
A alternativa B é a que destoa das demais. Nela, a vírgula foi
usada para separar uma oração adjetiva de valor semântico explicativo.
Saliente-se que uma das diferenças essenciais entre as adjetivas explicativas e
as adjetivas restritivas é o fato de que estas não podem ser separadas do
termo a que se referem pela pontuação (vírgula, travessão, parênteses).
Resposta – Alternativa B.
19
Segundo a norma culta, em “supostos” (l. 70), a pronúncia da vogal tônica da
palavra é aberta. A palavra que, no plural, NÃO apresenta esse mesmo
fenômeno é
(A) poços.
(B) socorros.
(C) mornos.
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(D) esforços.(E) contornos.
Comentário – Exigiu-se do candidato um conhecimento que normalmente não
se cobra em prova: plural metafônico. Explico: alguns substantivos, além de
receberem a desinência -S na formação do plural, trocam a vogal tônica
fechada (ô) pela tônica aberta (ó): povo (ô) / povos (ó); tijolo (ô) / tijolos (ó);
porco (ô) / porcos (ó) etc. Eis algumas dicas para vocês não errarem na prova:
1 – Se a palavra possui feminino, o plural masculino assume o
timbre da forma feminina:
masculino feminino plural
oco (ô) oca (ô) ocos(ô)
bobo (ô) boba (ô) bobos (ô)
lobo( ô) loba (ô) lobos (ô)
novo (ô) nova (ó) novos (ó)porco (ô) porca (ó) porcos (ó)
choco (ô) choca (ó) chocos (ó)
Exceção: sogro (ô) – sogra (ó) – sogros (ô)
2 – Quando há consoante nasal M ou N, o timbre da vogal é
sempre fechado:
singular plural
gomo (ô) gomos (ô)
tremoço (ô) tremoços (ô)
pomo (ô) pomos (ô)
colono (ô) colonos (ô)
trono (ô) tronos (ô)
3 – Quando a palavra não se encaixa nos dois casos anteriores,
é comum a abertura do timbre da vogal O no plural:singular plural
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globo (ô) globos (ó)olho (ô) olhos (ó)
porto (ô) portos (ó)
miolo (ô) miolos (ó)
osso (ô) ossos (ó)
4 – Os substantivos femininos conservam no plural o mesmo
timbre do singular:
singular plural
arroba (ô) arrobas (ô)
bolha (ô) bolhas (ô)
boda (ô) bodas (ô)
folha (ô) folhas (ô)
moda(ó) modas (ó)
peroba (ó) perobas (ó)sova (ó) sovas (ó)
Resposta – Alternativa E.
20
Quanto ao comentário gramatical apresentado, assinale a afirmação
INCORRETA.
(A) “...como um atleta treinará...” (l. 6) e “como os neurolépticos,” (l. 19).
Os vocábulos destacados não pertencem à mesma classe de palavras.
(B) “sem hora e local determinado —” (l. 36-37). O adjetivo está no singular
concordando com o substantivo mais próximo.
(C) “...até durante o banho.” (l. 38) e “...através do prazer da descoberta,”
(l. 41-42). Os vocábulos destacados acentuam-se pela mesma regra.
(D) “...que há uma emoção intrínseca no ato de decidir entre uma coisa e
outra.” (l. 60-62). A forma verbal destacada é impessoal.
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(E) “...que implica mais insegurança.” (l. 69). O emprego do verbodestacado, quanto à regência, contraria o padrão culto e formal da língua.
Comentário – Notem bem que o examinador pediu a alternativa
“INCORRETA”. Na alternativa A, o vocábulo “como”, primeiramente,
equivale-se à conjunção integrante “que”; articula a oração principal “Note” à
sua subordinada objetiva direta “como um atleta treinará”. Aqui, vale a boa e
velha dica: troque a oração iniciada pelo vocábulo “como” por ISSO (Note
isso). Já na outra ocorrência indicada pela banca, a palavra “como” denota
explicação.
Na alternativa B, temos um caso concordância nominal.
Reparem que o adjetivo “determinado” está posposto a dois substantivos e
lhes serve de adjunto adnominal. Sempre que isso ocorre, pode o adjetivo
concordar com o núcleo mais próximo ou com os dois:
a) sem hora e local determinado;b) sem hora e local determinados.
A atenção que devemos ter é quando os gêneros dos
substantivos forem diferentes (masculino e feminino). Optando-se pela
concordância gramatical (com todos os núcleos), o gênero masculino tem
precedência. Lembramos que o adjetivo anteposto aos substantivos concorda
com o mais próximo (concordância atrativa):
c) sem determinada hora e local.
Na alternativa C, as duas palavras destacadas são oxítonas.
As regras de acentuação gráfica dizem que vocábulos oxítonos terminados por
A(S), E(S) e O(S) devem receber acentos, bem como os terminados por EM e
ENS: Paraná; cafés; xilindró; armazém; armazéns.
Na alternativa D, o verbo HAVER foi empregado com o
sentido de EXISTIR. Em casos como esse, deve manter-se na terceira pessoa
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do singular, justamente por ser impessoal (não possuir sujeito com o qualdeve concordar em número e pessoa). Assim também será o comportamento
do verbo HAVER quando ele significar ACONTECER, OCORRER ou for
empregado para indicar tempo decorrido (Há dias que não nos vemos.).
Vamos recordar as acepções do verbo IMPLICAR.
a) VTD = acarretar, trazer consequência Teu nervosismo
implicou a tua reprovação.
b) VTI (COM) = contender Ela implica muito com o seu
irmão.
c) VTI (EM) = pronominal Implicou-se em situações
delicadas.
Na passagem destacada, o verbo foi empregado com o
sentido semelhante ao que ocorre no primeiro exemplo.
Resposta – Alternativa E.
Por enquanto é só. Espero você na próxima aula!
Professor Albert Iglésia
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
Texto I
O CÉREBRO EMOCIONAL
Do cérebro e apenas do cérebro nascem nossos prazeres, nossas alegrias,
nossos risos e nossas lágrimas.
Através dele, pensamos, vemos, ouvimos e distinguimos o feio do belo, o mau
do bom, o agradável do desagradável.Hipócrates (séc.III a.C)
AS EMOÇÕES NO CORAÇÃO
A estrutura emocional
Cabe perguntar: o que seria da emoção se ela não
provocasse um batimento acelerado do coração, uma pele
ruborizada, uma dor de cabeça, uma respiração ofegante,
um nó na garganta, uma agitação das mãos, uma
5 paralisia das pernas?
Desde o nascimento somos nutridos tanto de
emoções como de leite. Não é exagero dizer que a
falta de um ou de outro desses elementos pode
conduzir o recém-nascido à morte. Não se vive sem
10 afeto. Freud e depois os psicanalistas demonstraram
como as primeiras emoções estruturam a personalidade.
Na vida adulta evoluímos, apesar de emoções vividas na
fase de crescimento. Uma das principais vantagens da
maturidade e da experiência é saber identificar nossas
15 emoções e, em alguns casos, até domesticá-las progressivamente.Pois, embora componente de nossa psique,
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que nos identifica e nos singulariza, a emoção pareceter uma certa independência em relação a nós mesmos.
Gostaríamos, por exemplo, de não corar quando nos
20 provocam ou nos constrangem, mas a emoção aflora
sem que possamos controlá-la. É nisso que ela parece
irracional. Por isso é comum dizer que “o coração tem
razões que a própria razão desconhece”.
Para muitos, o mundo perfeito não teria emoções,
25 tudo seria racional, refletido, calculado. Mas que sentido
teria a existência? O ser humano sem emoção seria uma
máquina. As emoções são tão inerentes ao ser que,
segundo alguns estudiosos, estão inscritas no nosso
patrimônio genético. Segundo Darwin, existiriam seis
30 emoções que são comuns a toda a humanidade, independente
da cultura: alegria, tristeza, surpresa,
medo, desgosto e raiva. Há quem associe essa visão
das emoções à das cores. A variedade de matizes que
enxergamos seria uma mistura entre as cores de base.
35 No caso das emoções, as tonalidades seriam infinitas.
As emoções regulam nossa percepção do meio
e as relações com as pessoas. Em decorrência das
emoções nos aproximamos ou nos afastamos, às
vezes pelas mesmas razões, mas administrando as
40 emoções diferentemente.
URURAHY, Gilberto; ALBERT, Eric. O cérebro emocional: asemoções e o estresse do cotidiano . Rio de Janeiro: Rocco, 2005.
(com adaptação)
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1De acordo com o Texto I, a relação que se pode estabelecer entre cérebro,
coração e emoção é que a emoção
(A) é condicionada pelo coração e atua sobre o cérebro.
(B) atua concomitantemente sobre o cérebro e o coração.
(C) age primeiro sobre o coração e depois sobre o cérebro.
(D) origina-se no cérebro e atua sobre o coração.
(E) origina-se no coração que, por sua vez, comanda o cérebro.
2
Assinale a opção em que, por dedução, a relação entre um efeito causado e o
estado emocional possível, desencadeador desse efeito, é MENOS provável.
(A) “batimento acelerado do coração” - indiferença
(B) “dor de cabeça” - desgosto
(C) “respiração ofegante” - ansiedade
(D) “agitação das mãos” - alegria
(E) “paralisia das pernas” – medo
3
Em relação às emoções, segundo o Texto I, a maturidade e a experiência
possibilitam ao ser humano
(A) investigar e até neutralizar.
(B) perceber e até anular.
(C) constatar e até atenuar.
(D) distinguir e até disseminar.
(E) confrontar e até dissipar.
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4A emoção parece ter uma certa independência em relação a nós mesmos
porque
(A) é um nutriente necessário à vida humana.
(B) é o contraponto da razão.
(C) sem emoção, o ser humano seria uma máquina.
(D) ela existe e manifesta-se independente da nossa vontade.
(E) ela é que dá sentido à existência humana.
5
Em “existiriam seis emoções que são comuns a toda a humanidade,” (l. 29-
30), substituindo a expressão destacada por outra, o a tem acento indicativo
de crase facultativo na expressão
(A) a ela.
(B) a qualquer ser humano.
(C) a algumas pessoas.
(D) a nossa humanidade.
(E) a esta entidade.
6
A analogia estabelecida, no Texto I, entre as cores e as emoções é para
(A) mostrar que os matizes das cores são determinados pela emoção.
(B) intensificar as possibilidades de inter-relação das emoções e evidenciar
sua complexidade.
(C) demonstrar que as várias nuanças das cores, assim como os estados
emocionais, são impulsos comandados pela razão.
(D) contestar o princípio de que só as cores sofrem variação.
(E) evidenciar a ação do cérebro em relação à percepção ilusória das cores edas manifestações da emoção.
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7O vocábulo destacado em “uma paralisia das pernas?” (l. 4-5) é grafado com
s. Em qual dos pares abaixo há um vocábulo que, segundo a norma culta, está
grafado INDEVIDAMENTE com s ?
(A) Análise / gasolina.
(B) Catequisar / arrasar.
(C) Extravasar / atrás.
(D) Poetisa / quis.
(E) Usura / improvisar.
8
“Segundo Darwin, existiriam seis emoções...” (l. 29-30). Substituindo-se a
forma verbal destacada acima por outra ou por uma locução verbal, a
concordância verbal estará correta, segundo a norma culta, caso se use
(A) haveria.
(B) haveriam.
(C) deveria existir.
(D) poderiam haver.
(E) haveria de existir.
9
“As emoções são tão inerentes ao ser que, segundo alguns estudiosos, estão
inscritas no nosso patrimônio genético.” (l. 27-29). A segunda oração do
período destacado, em relação à primeira, expressa, sintaticamente,
(A) causa.
(B) tempo.
(C) explicação.
(D) conseqüência.(E) concessão.
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10Morfologicamente o que tem uma classificação diferente da dos demais
APENAS em
(A) “que nos identifica...” (l. 17).
(B) “...que ‘o coração tem razões...” (l. 22-23).
(C) “...que a própria razão desconhece’.” (l. 23).
(D) “...que são comuns a toda a humanidade,” (l. 30).
(E) “...que enxergamos...” (l. 33-34).
Texto II
Criatividade e capacidade de decisão
Determinadas pessoas são capazes de colocar
tanta energia naquilo que nos parece pouco importante,
até mesmo insignificante. Observe, por exemplo, como
uma criança pode passar horas numa praia sem o menor
5 sinal de cansaço procurando conchinhas ou fazendo
castelos de areia. Note como um atleta treinará todos
os dias, com determinação, para bater um recorde ou
vencer uma competição. Muitos empresários, depois de
ganharem muito dinheiro, sem, por vezes, jamais poder
10 gastá-lo, continuam querendo mais poder, mais dinheiro
e mais sucesso.
Por trás dessa enorme energia, existem emoções
que nos estimulam, que se tornam uma necessidade
interior. Estão ligadas à satisfação de nossas necessida-
15 des básicas e são fundamentais para gerar o impulso
que nos faz levantar todas as manhãs. Outras emoções
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respondem por atitudes deliberadas que adotamos emnossas vidas.
Certas drogas, como os neurolépticos, atenuam
20 as emoções. Pessoas sob o efeito de doses elevadas
deste medicamento procedem como verdadeiros zumbis.
Parecem realizar suas rotinas de forma mecânica, sem
nenhum entusiasmo nem vontade.
Tudo que fazemos envolve emoções. Um de
25 nossos grandes desafios na vida é saber utilizá-las como
estímulo à ação, em vez de nos inibir ou de nos bloquear.
Ocorre que esta dualidade é uma das principais carac-
terísticas das emoções, cujos efeitos sobre nosso
comportamento são muitas vezes imprevisíveis.
30 Um exemplo é o medo, que tanto pode ter efeito
paralisante, como nos impelir para a ação e a superação
de algum problema.
Como temos idéias? Em primeiro lugar devemos
sentir a necessidade delas. É preciso que algo nos
35 provoque de tal forma que mobilize o nosso cérebro no
mesmo sentido. Elaboramos nossos pensamentos, sem
hora e local determinado — às vezes, a solução para um
problema pode surgir até durante o banho. A emoção pode
emergir sob a forma de tensão, preocupação ou
40 inquietude, colocando nosso cérebro em um estado de
excitação. Ou se manifesta através do prazer da desco-
berta, da emulação criativa, processo que, normalmente,
resulta no aparecimento das soluções mais inventivas
para os problemas.
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45 No plano profissional é comum a empresa estimu-lar o florescimento de idéias através de um brainstorming
entre seus colaboradores. Neste caso, cria-se um clima
lúdico, no qual os participantes são instados a fazer
associações de palavras e de idéias, e é natural contes-
50 tarem-se uns aos outros. Não importa que em meio ao
turbilhão de idéias surjam algumas aparentemente
absurdas ou incoerentes: é desse livre-pensar que
emerge o novo. No fundo, a origem de tudo é a emoção.
O mesmo vale para a tomada de decisão. Os que
55 decidem baseiam-se em instrumental racional, como a
capacidade analítica, de síntese, o rigor na coleta de
informação. No entanto, quando ele está pensando, no
momento preciso da decisão, o que acontece?
Do ponto de vista das escolhas que somos
60 obrigados a fazer na vida podemos afirmar que
há uma emoção intrínseca no ato de decidir entre uma
coisa e outra. Decidir, de certa forma, é uma opção de
risco (o de se enganar) e de renúncia (ao que não foi
escolhido). O investidor assume riscos ou então
65 renuncia à possibilidade de ganhos maiores. Logo, se
quem decide é alguém que não gosta de riscos, optará
por um tipo de investimento mais conservador. Se, ao
contrário, excita-se com o risco, escolherá a alternativa
que implica mais insegurança. Nos dois casos, os
70 supostos aplicadores estarão convencidos de que suas
decisões estão amparadas em argumentos racionais.
Na verdade, não estão. Estudos sobre decisões econô-micas mostraram que a carga emocional ligada ao risco
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é predominante em relação aos aspectos racionais.75 Eis aí uma das numerosas armadilhas provocadas
por nossas emoções. Muitas vezes, elas nos fazem agir
contra nós mesmos.
As decisões nem sempre geram altos riscos.
URURAHY, Gilberto; ALBERT, Eric. O cérebro emocional: asemoções e o estresse do cotidiano . Rio de Janeiro: Rocco, 2005.
11
No primeiro parágrafo, a finalidade dos exemplos apresentados é ratificar,
semanticamente, o(a)
(A) dispêndio desnecessário de energia.
(B) importância de se avaliar o conceito de energia.
(C) relatividade da importância das coisas para as pessoas.
(D) valorização indevida das coisas.(E) necessidade de restringir o dispêndio de energia.
12
Pelas idéias apresentadas nos dois primeiros períodos do segundo parágrafo,
pode-se inferir que a(s)
(A) emoção é o estímulo que gera a energia necessária à consecução de uma
necessidade básica na vida.(B) energia gera a emoção necessária à consecução das necessidades básicas
do indivíduo.
(C) energia, geradora da emoção, estimula o surgimento das necessidades
básicas do ser humano.
(D) consecução de um objetivo é o estímulo gerador das emoções e energia
humanas.
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(E) necessidades básicas humanas geram a energia necessária ao surgimentodas emoções, estímulos da vida.
13
Segundo o Texto II, um dos desafios na vida está, especificamente, em
(A) perceber que a vida é pontilhada de emoções.
(B) identificar as emoções que nos levam à ação.
(C) distinguir, em cada emoção, suas dualidades.
(D) controlar a imprevisibilidade de nossos comportamentos.
(E) ser capaz de fazer com que a emoção seja a alavanca propulsora da ação.
14
Segundo as idéias apresentadas nos quarto e quinto parágrafos, é
INCORRETO afirmar que a(o)
(A) emoção deve ser usada para impulsionar a vida, não para limitá-la.
(B) emoção caracteriza-se pela dualidade e, dependendo do efeito, pode
dificultar a consecução de um objetivo na vida.
(C) necessidade de algo faz com que nosso cérebro atue no sentido favorável
à concretização do que desejamos.
(D) medo é um exemplo de como as emoções podem regular nosso
comportamento.
(E) medo é um exemplo de ausência de emoção que pode tornar mecânica a
vida.
15
De acordo com o Texto II, no plano profissional, o novo surge do(a)
(A) confronto aberto entre as idéias.
(B) poder de contestação dos participantes em relação às idéias absurdas.(C) seleção feita entre as melhores idéias.
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(D) capacidade de convencimento de cada integrante do grupo.(E) incoerência verificada em algumas idéias.
16
Segundo as idéias do Texto II, “Muitas vezes, elas [as emoções] nos fazem
agir contra nós mesmos.” (l. 76-77) porque
(A) uma tomada de decisão implica mecanismos racionais.
(B) uma decisão de risco não é segura.
(C) uma decisão sem risco garante ao investidor a aquisição de ganhos
seguros.
(D) os aplicadores, em suas decisões, amparam-se em argumentos racionais.
(E) as decisões nem sempre geram altos riscos.
17
Nas frases que se seguem, extraídas do Texto II, a que está na voz passiva é
(A) “que se tornam uma necessidade interior.” (l. 13-14).
(B) “cria-se um clima lúdico,” (l. 47-48).
(C) “e é natural contestarem-se uns aos outros.” (l. 49-50).
(D) “...baseiam-se em instrumental racional,” (l. 55).
(E) “Se, ao contrário, excita-se com o risco,” (l. 67-68).
18
Assinale a opção em que a justificativa do emprego da(s) vírgula(s) difere da
dos demais.
(A) “Por trás dessa enorme energia,” (l. 12).
(B) “...o medo, que tanto pode ter efeito paralisante,” (l. 30-31).
(C) “No fundo,” (l. 53).
(D) “Nos dois casos,” (l. 69).(E) “Muitas vezes,” (l. 76).
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19Segundo a norma culta, em “supostos” (l. 70), a pronúncia da vogal tônica da
palavra é aberta. A palavra que, no plural, NÃO apresenta esse mesmo
fenômeno é
(A) poços.
(B) socorros.
(C) mornos.
(D) esforços.
(E) contornos.
20
Quanto ao comentário gramatical apresentado, assinale a afirmação
INCORRETA.
(A) “...como um atleta treinará...” (l. 6) e “como os neurolépticos,” (l. 19).
Os vocábulos destacados não pertencem à mesma classe de palavras.
(B) “sem hora e local determinado —” (l. 36-37). O adjetivo está no singular
concordando com o substantivo mais próximo.
(C) “...até durante o banho.” (l. 38) e “...através do prazer da descoberta,”
(l. 41-42). Os vocábulos destacados acentuam-se pela mesma regra.
(D) “...que há uma emoção intrínseca no ato de decidir entre uma coisa e
outra.” (l. 60-62). A forma verbal destacada é impessoal.
(E) “...que implica mais insegurança.” (l. 69). O emprego do verbo
destacado, quanto à regência, contraria o padrão culto e formal da língua.
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GABARITO1. D
2. A
3. C
4. D
5. D
6. B
7. B
8. A
9. D
10. B
11. C
12. A
13. E
14. E
15. A
16. E
17. B
18. B
19. E
20. E