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Garcia Junior Imagética

PROFESSOR DE ARTEDESIGNER GRÁFICOARTISTA VISUALFOTÓGRAFOPRODUTOR CULTURAL

Garcia Junior

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• Professor de Arte graduado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).• Especialista em Educação Profissional de Jovens e Adultos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA).• Especialista em Design Gráfico pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).• Designer Gráfico e sócio proprietário da Imagética Consultoria & Design

Garcia Junior

SurrealismoHISTÓRIA DA ARTE

Dali Atomicus. Philippe Halsman (fotografia). 1948

LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DA ARTE EUROPEIA / OCIDENTAL

ARTE – ARTES VISUAIS

Prof. Esp. Garcia JuniorARTE-EDUCADOR / DESIGNER GRÁFICO

HISTÓRIA DA ARTE

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SERIA A REALIDADE A ILUSÃO DE UM SONHO?

“O termômetro do sucesso é apenas a inveja dos

descontentes.”

“Não se preocupe com a perfeição - você nunca irá consegui-la.”

Salvador Dali.

SERIA A ARTE UM SONHO ILUSÓRIO TORNADO REALIDADE?Garcia Junior

“

”

O termo “Surrealismo”, cunhado por André Breton (escritor e poeta francês) com base na ideia de "estado de fantasia supernaturalista" de Guillaume Apollinaire (escritor e crítico de arte francês, possivelmente o mais importante ativista cultural das vanguardas do início do século XX), traz um sentido de afastamento da realidade comum que o movimento surrealista celebra desde o seu primeiro manifesto, de 1924.



HISTÓRIA DA ARTE


Breton

Apolinaire


Nos termos de Breton, autor do manifesto, trata-se de "resolver a contradição até agora vigente entre sonho e realidade pela criação de uma realidade absoluta, uma supra-realidade".

A importância do mundo onírico, do irracional e do inconsciente, anunciada no texto, se relaciona diretamente ao uso livre que os artistas fazem da obra de Sigmund Freud e da psicanálise, permitindo-lhes explorar nas artes o imaginárioe os impulsos ocultos da mente.

Esse foi Freud.



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O caráter antiracionalista do surrealismo coloca-o em posição diametralmente oposta das tendências construtivas e formalistas na arte que florescem na Europa após a Primeira Guerra Mundial, 1914-1918, e das tendências ligadas ao chamado ”retorno à ordem”.

O fenômeno artístico denominado que remete ao período entre as guerras na Europa.



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Como vertente crítica de origem francesa, o surrealismo aparece como alternativa ao Cubismo, alimentado pela retomada das matrizes românticas francesa e alemã, do Simbolismo, da pintura metafísica italiana -Giorgio de Chirico, principalmente - e do caráter irreverente e dessacralizadordo Dadaísmo, do qual vem parte dos surrealistas.

“Antigamente, os pintores costumavam ser loucos e os compradores de pinturas espertos. Agora, os pintores são espertos e os compradores são loucos.”

Giorgio de

Chirico – Auto-

retrato – 1922 –

óleo sobre tela –

38,4 x 51 cm -

Toledo Museumof Art



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Como o movimento Dada, o Surrealismo apresenta-se como crítica cultural mais ampla, que interpela não somente as artes mas modelos culturais, tanto do passado quanto do presente.

Giorgio de Chirico – A

incerteza do poeta –

1913 – óleo sobre tela –

Tate Gallery, London



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Na contestação radical de valores que empreende, faz uso de variados canais de expressão - revistas, manifestos, exposições e outros -, mobiliza diferentes modalidades artísticas como escultura, literatura, pintura, fotografia, artes gráficas e cinema.

Giorgio de Chirico em 1978.



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A crítica à racionalidade burguesa em favor do maravilhoso, do fantástico e dos sonhos reúne artistas de feições muito variadas. Na literatura, além de Breton, Louis Aragon, Philippe Soupault, Georges Bataille, Michel Leiris, Max Jacob entre outros. Nas artes plásticas, René Magritte, Joan Miró, Max Ernst, Salvador Dali, Frida Kahlo e outros. Na fotografia, Man Ray, Dora Maar e outros. No cinema, Luis Buñuel com o filme “Cão Andaluz” com colaboração de Dali.

“As minhas pinturas são imagens visíveis que não escondem nada; elas evocam o mistério. (...)O mistério também não significa nada, é incognoscível.”

René Magrite



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A traição das imagens. 1928-29. René Magrite.



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Os amantes. 54 cm x 73 cm 1928. René Magrite.



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O espelho falso. 54 cm x 81 cm. 1928. René Magrite.



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Golconda. 81 cm x 100cm. 1953. René Magrite.



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O filho do

homem. 1964.

René Magrite.



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“A diferença entre mim e os surrealistas é que eu SOU um surrealista.”

O espanhol Salvador Dalí radicaliza a ideia de libertação dos instintos e impulsos contra qualquer controle racional pela defesa do método da "paranoia crítica", forma de tornar o delírio um mecanismo produtivo, criador.

Salvador Dali.



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A crítica cultural empreendida pelos surrealistas, baseada nas articulações arte/inconsciente e arte/política, deixa entrever sua ambição revolucionária e subversiva, amparada na Psicanálise - contra a repressão dos instintos - e na ideia de revolução oriunda do Marxismo (contra a dominação “burguesa”).

Construção mole com feijões cozidos –

premonição da guerra civil. 99cm x 100cm.1926. Salvador Dali.



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Certos temas e imagens são obsessivamente tratados por eles, com soluções distintas, como, por exemplo, o sexo e o erotismo; o corpo, suas mutilações e metamorfoses; o manequim e a boneca; a violência, a dor e a loucura; as civilizações primitivas; e o mundo da máquina.

O grande masturbador. 1929. Salvador Dali.



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Esse amplo repertório de temas e imagens encontra-se traduzido nas obras por procedimentos e métodos pensados como capazes de driblar os controles conscientes do artista, portanto, responsáveis pela liberação de imagens e impulsos primitivos.

Galatea das esferas.1954.

Salvador Dali.



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A persistência da memória. 24 cm x 33 cm. 1931. Salvador Dali.



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Sonho causado pelo voo

de uma abelha em torno

de uma romã um segundo

antes de acordar. 51cm x

41,5cm. 1944. Salvador

Dali.



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As relações controversas do grupo com a política aparecem na adesão de alguns ao trotskismo (Breton, por exemplo) e nas posições reacionárias de outros, como Dalí.

O elefante Celebe. 1921. Max Ernst.



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A difusão do surrealismo pela Europa e Estados Unidos faz-se rapidamente. É possível rastreá-lo em esculturas de artistas díspares como Alberto Giacometti, Alexander Calder, Hans Arp e Henry Spencer Moore. Na Bélgica, Romênia e Alemanha ecos surrealistas vibram em obras de Max Ernst, Paul Delvaux, Victor Brauner e Hans Bellmer, respectivamente.

O triunfo do Surrealismo. 1937. Max Ernst.



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Joan Miró (espanhol), pintor, escultor egravurista, foi umcriador de figuras, imaginárias, que o identificam por uma linguagem visual própria composta por pontos, linhas, formas e texturas, carregadas de intensas cores que acompanha toda a sua obra. Esse estilo de Surrealismo foi chamado “automatismo psíquico” por ser um método criativo livre e quase abstrato.

Joan Miró. Mulher na frente do sol. 1950.



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Joan Miró. Carnaval do Arlequim. 1925.



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Na América do Sul e no Caribe, o chileno Roberto Matta, o cubano Wifredo Lame a mexicana Frida Kahlo devem ser lembrados como afinados com o movimento.

Em 1938, André Breton qualifica a obra de Frida como surrealista em um ensaio que escreveu para sua exposição na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declarou mais tarde:”Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era.Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade”.



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A coluna partida. 40cm x 30,7cm. 1944. Frida Kahlo.

“Nem André Derain, nem você, nem eu, nenhum de nós consegue pintar uma cabeça tão bem como Frida Kahlo.”Pablo Picasso falando para Diego Rivera (artista e marido de Frida).

Frida Kahlo nasceu em 6 de julho de 1907 na casa de seus pais, conhecida como La Casa Azul em Coyoacán, na época uma pequena cidade nos arredores da Cidade do México e hoje um distrito.



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O Abraço de amor do Universo, a Terra (México), eu, Diego e Senhor Xolotl – 1949. Frida Kahlo.



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Em 1941, Halsmanconheceu Salvador Dalí, começaram a colaborar no final da década de 1940 . O trabalho de 1948 ”Dalí Atomicus” explora a ideia de suspensão, mostrando três gatos voadores, um balde de água jogado e Dalí no ar. O título da fotografia é uma referência à obra de Dalí ”Leda Atômica” , que pode ser visto no lado direito da fotografia atrás dos dois gatos. Halsmaninformou que fez 28 tentativas até alcançar um resultado satisfatório.



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Dali Atomicus. Philippe Halsman (fotografia). 1948

Leda Atômica (pintura). Salvador Dali. 1949.




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A pintura descreve (de modo surreal) Leda, a rainha mitológica de Esparta, com o cisne. Leda é um retrato frontal da esposa de Dalí, Gala, que está sentada em um pedestal com um cisne suspenso atrás e à sua esquerda. Diferentes objetos tais como um livro, um esquadro, dois bancos de pisos e um ovo flutuando em torno da figura principal. No fundo em ambos os lados, as rochas do Cabo Norfeu (na Costa Brava na Catalunha) define a localização da imagem.


Preto e branco (fotografia), c.1926.Man Ray (pseudônimo de Emanuel Rudzitsky – pintor, fotógrafo e cineasta).



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Observatório do tempo – os amantes (fotografia), c.1936.Man Ray.




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Os anos mentem esperando por você (fotografia). Dora Maar. Aprox. 1936.

Dora Maar (pseudônimo de Henriette TheodoraMarkovitch) foi uma fotógrafa, poeta e pintora francesa, descendente de croatas. Foi a quarta das sete mulheres de Pablo Picasso tendo sido uma das suas musas e colaborou na famosa obra “Guernica” de Picasso. Experimentou colagens expressivas na manipulação da fotografia surrealista.




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Sem título. (colagem fotográfica). Dora Maar. 1934.


Nos Estados Unidos, o Surrealismo é fonte de inspiração para o Expressionismo Abstrato e a Pop Art.

No Brasil, especificamente, o Surrealismo reverbera em obras variadas como as de Ismael Nery e Cícero Dias, assim como nas fotomontagens de Jorge de Lima. Nos dias atuais artistas continuam a tirar proveito das lições surrealistas.

Composição Surrealista. 1929. Ismael Nery – Coleção Particular. São Paulo, Brasil.



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FONTES:

Web: SURREALISMO . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: < http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3650/surrealismo >. Acesso em: 21 de Ago. 2018. Verbete da Enciclopédia.ISBN: 978-85-7979-060-7

Livros: - Arte Moderna. Vol 1. Taschen

Editora.- Tudo sobre Arte. Editora Sextante.- História da Arte – Arte

Contemporânea. Editora Folio.



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