potência hmnews - edição 106 - setembro de 2014
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RODRIGO AGUIAR, da Abesco, enfatiza a necessidade de se criar no Brasil uma cultura de uso racional de insumos como gua e energia
INTERRUPTORES E TOMADAS RESIDENCIAISDepois dos avanos no design e na qualidade das peas, empresas investem na incluso de recursos de automao em suas linhas
CERTIFICAO PROFISSIONALTem incio no Brasil o trabalho que tende a
elevar o nvel da mo de obra para reas classificadas
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2014
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Tem incio no Brasil o trabalho que tende a elevar o nvel da mo de obra para reas classificadas
CADERNO ATMOSFERAS
EXPLOSIVAS
Projetos-piloto espalhados por todo o Pas colaboram para o avano das Redes
Inteligentes na distribuio de eletricidade. Tendncia natural que, em breve, usurio
final tambm seja beneficiado, inclusive com a possibilidade de gerenciar seu
consumo e gerar energia
Smart Grid
A N O 11 N 106
ELTRICA, ILUMINAO, AUTOMAO, SUSTENTABILIDADE E SISTEMAS PREDIAIS
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SUMRIO
10 ENTREVISTARodrigo Aguiar, da Abesco, destaca a necessidade de se criar no Brasil uma cultura de combate ao desperdcio e uso racional de insumos como gua e energia.
20 MATRIA DE CAPAProjetos-piloto espalhados por todo o Pas colaboram para o avano do Smart Grid na distribuio de eletricidade. Tendncia natural que, em breve, usurio final tambm seja beneficiado pelas Redes Inteligentes, inclusive com a possibilidade de gerenciar seu consumo e gerar energia.
38 DESTAQUEProjeto Prdio Eficiente, criado pela Aureside, rene empresas para estimular a aplicao da automao predial no Brasil.
42 MERCADODepois de avanarem no design e na qualidade das peas, fabricantes de interruptores e tomadas residenciais investem na incluso de recursos de automao em suas linhas.
64 PRMIO ABRACOPELRevista Potncia e Portal HMNews recebem trs prmios no tradicional evento que chama a ateno para a necessidade de termos instalaes eltricas mais seguras.
70 CADERNO EXTem incio no Brasil o trabalho de certificao profissional no setor de reas classificadas e expectativa dos especialistas que nvel da mo de obra melhore nesse setor.
08 AO LEITOR
08 PONTO DE VISTA
14 HOLOFOTE
52 PAINEL DE PRODUTOS
58 ESPAO ABREME
66 RADAR SIEMENS
80 RADAR TS SHARA
82 PROJETO CONECTAR
84 ECONOMIA
88 VITRINE
92 OPINIO
94 AGENDA
96 LINK DIRETO
98 RECADO DO HILTON
OUTRAS SEES
Foto: DollarPhotoClub
2080
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42
I N D S T R I A
O F F S H O R E
L E O , G S E P E T R O L E O
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E X P E D I E N T E
a n o X I n 1 0 6 s e t e m b r o 2 0 1 4
Publicao mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulao nacional, dirigida a indstrias, dis-tribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharias, instaladores, integradores e demais profissionais que atuam nos segmentos de eltrica, iluminao, automao e sistemas prediais. rgo oficial da Abreme - Associao Brasileira dos Revendedores e Distribuidores de Materiais Eltricos.
Conceitos e opinies emitidos por entrevistados e
colaboradores no refletem, necessariamente, a opinio
da revista e de seus editores. Potncia no se responsa-
biliza pelo contedo dos anncios e informes publicit-
rios. Informaes ou opinies contidas no Espao Abreme
so de responsabilidade da Associao. No publicamos
matrias pagas. Todos os direitos so reservados. Proi-
bida a reproduo total ou parcial das matrias sem a
autorizao escrita da HMNews Editora, assinada pelo
jornalista responsvel. Registrada no INPI e matriculada
de acordo com a Lei de Imprensa.
Fechamento Editorial: 13/10/2014Circulao: 20/10/2014
Fundadores: Elisabeth Lopes Bridi
Habib S. Bridi (in memoriam)
AO LEITOR
POTNCIA8
DiretoriaHilton MorenoMarcos Orsolon
Conselho EditorialHilton Moreno, Marcos Orsolon, Carlos Soares
Peixinho, Daniel Tatini, Francisco Simon, Jos Jorge Felismino Parente, Jos Luiz Pantaleo, Marcos Sutiro, Nellifer Obradovic, Nemias de Souza Noia, Paulo Ro-berto de Campos, Roberto Said Payaro, Roberto Varoto, Nelson Lpez, Jos Roberto Muratori e Juarez Guerra.
RedaoDiretor de Redao: Marcos Orsolon
Editor-assistente: Paulo Martins Jornalista Responsvel: Marcos Orsolon
(MTB n 27.231)
Departamento ComercialExecutivos de Vendas:
Ceclia Bari, Renato Andrioli e Joaquim VitorinoContato Publicitrio: Pietro Peres
Atendimento e Relaes InstitucionaisDcio Norberto
AdministrativoMaria Suelma
Produo Visual e GrficaEstdio AMC
ImpressoGarilli
Equipe Portal HMNewsDiretor: Gustavo Tikao
Redes Sociais: Ricardo SturkMotion Design: Rafael Paes
Design: Raissa Santana
ContatosGeral
Caixa Postal 75.002 - CEP [email protected]: +55 11 3436-6063
[email protected]: +55 11 4746-1330
F. +55 11 3436-6063
MARCOS ORSOLON
Normalmente reservo este espao para falar sobre as reporta-
gens da edio. Mas dessa vez ser diferente. Hoje, dedico o espa-
o para apresentar a equipe que est por trs dessa nova fase da
Revista Potncia. Uma equipe que, em pouco tempo, j disse a que
veio e que tem sido fundamental para construirmos uma publica-
o cada vez melhor e mais forte.
Quando encaramos o desafio de assumir a direo da Potn-
cia, sabamos que tnhamos um longo caminho pela frente. E, nes-
se percurso, graas ao time montado, conseguimos ultrapassar os
primeiros obstculos com naturalidade.
O trabalho de todos foi essencial para mostrarmos ao setor que
no rompemos com o passado. Ao contrrio, deixamos claro desde
a primeira edio sob nossa gesto que os dez anos de histria ser-
vem de base para os voos que pretendemos alar nessa nova fase.
E o mercado entendeu bem nossa mensagem. Mais que isso, fon-
tes, leitores, clientes e parceiros j comeam a notar nosso estilo de
atuar, onde a ateno e o respeito vm sempre em primeiro lugar.
Montamos uma equipe coesa, dinmica e com muita vonta-
de de vencer. Um grupo que abraou o projeto como se fosse seu
e que est sempre pronto para ouvir e receber os amigos que h
mais de uma dcada acompanham o trabalho da Potncia. E que
venham novos amigos, leitores, clientes e parceiros. Nossas portas
e pginas estaro sempre abertas a todos. Podem entrar sem bater! UM
PRO
JETO
, VR
IAS
MO
S!Onde o Brasil mostra sua fora,a IPCE est presente
A IPCE acredita que o futuro moldado segundo as aes que so criadas e postas em prtica a cada dia.
Por isto, h 48 anos, tem como foco constante, o aperfeioamento de sua linha de produtos e do per l de relacionamento com clientes de diversos segmentos.
Todos os dias, a equipe IPCE, cria diferenciais que proporcionam vantagens competitivas para os usurios de seus produtos, alm de contribuir para a construo de um pas mais forte, moderno e arrojado.
Se o futuro moldado segundo nossas aes, a IPCE tem orgulho de participar deste esforo coletivo que conta com o reconhecimento mundial: o Brasil, o pas do presente e o futuro, um universo de oportunidades.
A melhor maneira de prever o futuro cri-loPeter Drucker
www.ipce.com.br
EQUIPE HMNEWS
Nomes da esquerda para a direita Pietro Peres, Renato Andrioli, Marcos Orsolon, maria suelma, Ceclia bari, Dcio norberto, Paulo martins e Hilton moreno.
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Onde o Brasil mostra sua fora,a IPCE est presente
A IPCE acredita que o futuro moldado segundo as aes que so criadas e postas em prtica a cada dia.
Por isto, h 48 anos, tem como foco constante, o aperfeioamento de sua linha de produtos e do per l de relacionamento com clientes de diversos segmentos.
Todos os dias, a equipe IPCE, cria diferenciais que proporcionam vantagens competitivas para os usurios de seus produtos, alm de contribuir para a construo de um pas mais forte, moderno e arrojado.
Se o futuro moldado segundo nossas aes, a IPCE tem orgulho de participar deste esforo coletivo que conta com o reconhecimento mundial: o Brasil, o pas do presente e o futuro, um universo de oportunidades.
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ENTREVISTA
POTNCIA10
RODRIGO AGUIAR
ENTREVISTA A PAULO MARTINS
A escassez cada vez maior de recursos naturais como a gua, bem como a tendncia de alta dos preos de ener-gia, deveriam ser motivos suficiente-mente fortes para convencer qualquer um de que preciso fazer o possvel e o impossvel para evitar o desperdcio.
Mas nem todos tm esse nvel de conscincia. Assim, o uso racional des-ses insumos, que deveria ser uma pr-tica constante, muitas vezes acaba se limitando a aes espordicas de de-terminadas corporaes.
Felizmente, outra tendncia tem ganhado corpo no Brasil, nos ltimos
Combate ao desperdcio
ESCOS TRABALHAM
PARA CRIAR NO BRASIL
UMA CULTURA DE USO
RACIONAL DE INSUMOS
COMO GUA E ENERGIA.Foto: Divulgao
anos: a busca pela eficincia energ-tica. Na linha de frente desse traba-lho que surge a figura das Escos, as Empresas de Servios de Conservao de Energia.
Graas a elas, aos poucos o mer-cado vai assimilando a importncia de adotar uma nova postura, essa sim centrada na cultura da reduo do des-perdcio. So as Escos que dissemi-nam e aplicam a reviso de processos, a renovao tecnolgica e a mudana dos hbitos de consumo, sintetiza Rodrigo Aguiar, presidente da Abesco - Associao Brasileira das Empresas de Servios de Conservao de Energia.
Nesta entrevista o executivo fala sobre as aes desenvolvidas pelas empresas nesse campo e as dificulda-des encontradas para levar esse tra-balho adiante. De acordo com Aguiar, o potencial de economia de ener-gia do mercado brasileiro ultrapassa 100TWh/ano. Entretanto, apenas uma pequena parte dessa economia co-locada em prtica.
Entre os principais desafios do Bra-sil, o porta-voz da Abesco destaca a ne-cessidade de disponibilizar benefcios fiscais e linhas de crdito mais atrati-vas, de forma a permitir que mais em-presas sintam-se estimuladas a investir
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POTNCIA 11
1Quais as principais aes da Abesco, enquanto associao representativa de classe? Destaco a atuao e representao junto s entidades governamentais e privadas; a articulao em busca de adequao de polticas pblicas que promovam a eficincia energtica e a facilitao do acesso s parcerias re-alizadas entre a associao e entida-des governamentais. Periodicamente promovemos cursos, palestras, treina-mentos e aperfeioamentos. Alm, claro, do inter-relacionamento entre as Escos, fornecedores de produtos e servios, agentes financeiros, entidades correlacionadas, agentes do setor e o mercado-alvo.
2Que tipo de empresa pode se associar Abesco?As Escos; empresas fornecedo-ras de equipamentos, produtos e ser-vios; agentes do setor eltrico e enti-dades acadmicas ligadas eficincia energtica.
3Que nvel de especializao ou conhecimento uma Esco precisa apresentar para atu-ar no mercado?Uma Esco, ou Energy Services Company, uma empresa de engenharia especiali-zada em promover a eficincia energ-tica e de consumo de gua nas insta-laes do cliente final. A Abesco possui o programa QualiEsco, que busca qua-lificar essas empresas. O QualiEsco ofe-rece ao mercado brasileiro uma lista de Escos qualificadas, divididas por sistema
A ESCO TEM
COMO OBJETIVO
PRINCIPAL REDUZIR
OS GASTOS COM
ENERGIA NAS SUAS
VRIAS FORMAS
DE UTILIZAO,
ALM DE AVALIAR
A CONFIABILIDADE
DO SEU
FORNECIMENTO.
consumidor de energia, visando garan-tir a tranquilidade do consumidor final de energia quando da contratao de uma Esco. E estamos trabalhando para criar uma certificao de Escos no Pas, em 2015.
4Que normas regulam o traba-lho de eficientizao energ-tica no Pas?A principal norma a ISO 50.001, que fala exatamente sobre a gesto de ener-gia para uma empresa. A ISO 14.001, que est ligada sustentabilidade, pos-sui um tpico especfico sobre eficincia energtica.
5Qual a importncia do traba-lho das Escos para o fomen-to da eficincia energtica? fundamental para a expanso e de-senvolvimento do uso racional dos insu-mos naturais, importante inclusive para o crescimento da economia e segurana energtica nacional, uma vez que pro-move a competitividade e a reduo do desperdcio. So as Escos que dissemi-nam e aplicam a reviso de processos, renovao tecnolgica e a mudana dos hbitos de consumo.
6 E como se d a atuao de uma Esco?A Esco tem como objetivo prin-cipal reduzir os gastos com energia nas vrias formas de utilizao, alm de ava-liar a confiabilidade do fornecimento e a possibilidade de substituio parcial ou integral do insumo energtico em consumo. Tambm faz parte do traba-lho de uma Esco a avaliao das van-tagens econmicas, incluindo as suges-tes viveis, a assessoria na contratao de financiamentos e a implantao das oportunidades identificadas.
7 Que aspectos so considera-dos nesse tipo de avaliao?As anlises e avaliaes de opor-tunidades geralmente so focadas em quatro pontos: o primeiro envolve o tipo de insumo, que pode ser energia eltrica - incluindo cogerao e questes como parmetros de demanda, consumo, fator de potncia e harmnicos -, gs natural e liquefeito de petrleo, energia solar, guas, etc. O segundo ponto envolve
em eficincia energtica, fomentando a competitividade do Pas como um todo.
Aguiar destaca que as perspectivas futuras para o mercado de energti-
cos so de elevao de preos, o que por tabela revela aqueles que devero ser os principais motivadores do mo-vimento de busca de melhor aprovei-
tamento da energia: Com certeza, a principal razo para se implantar pro-jetos de eficincia energtica ser em funo da reduo de custos.
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ENTREVISTA
POTNCIA12
RODRIGO AGUIAR
os tipos de carga e sistemas, como ilu-minao interna e externa, condiciona-mento de ar, ventilao, refrigerao e aquecimento, bombeamento, transporte de materiais, mquinas operatrizes, tra-tamento superficial de metais, prensas, caldeiras e fornos, produo e distribui-o de ar comprimido, armazenamento e distribuio de gases industriais, etc. O terceiro aspecto envolve o tipo de uso que se faz nas edificaes - indus-trial, comercial, residencial e servios. O quarto ponto engloba os tipos de bene-fcios financeiros, como tarifas adequa-das, crdito de carbono e contratos de performance, entre outros.
8 Quais so as principais aes implantadas pelas Escos para aumentar a eficincia ener-gtica nos clientes? preciso gas-tar muito dinheiro para colocar um projeto como esse em prtica?Aes nos sistemas de climatizao, ilu-minao, troca de motores por outros de alto rendimento e automao so as mais comumente realizadas. Os projetos tm um tempo de retorno mdio de dois a quatro anos e o gasto est diretamen-te ligado ao tamanho do sistema. Proje-tos de iluminao variam de R$ 300 a R$ 800 mil; projetos de climatizao, de R$ 1 a R$ 3 milhes; projetos de troca de motores, de R$ 250 a R$ 1,5 milho, e de automao, de R$ 100 a 500 mil.
9 Existem linhas de financia-mento destinadas promo-o da eficincia energtica? Diversas agncias regionais de fomento vm implantando linhas de financiamen-to bem atrativas. O BNDES possui aes
12 Geralmente o cliente de uma Esco j sabe exata-mente o que quer ou ele precisa de orientao para definir o projeto adequado para o seu caso?O cliente, quando procura uma Esco, nor-malmente sabe que o custo da energia est impactando os resultados de seu ne-gcio e/ou que necessita modernizar um sistema, e/ou quer realizar uma ao que tenha um impacto positivo, garantindo uma reduo dos impactos ambientais. Muitas vezes as equipes tcnicas tm uma grande noo/viso sobre o que ne-cessita ser feito. Mas h a necessidade de organizar tudo isto, portanto, o primeiro caminho sempre fazer um pr-diagns-tico da unidade, ou, se j existe realmen-te a certeza do que precisa ser realizado, fazer um diagnstico energtico.
13 De forma geral, como est, no Brasil, o nvel de conscincia do mercado profissional a respeito da questo da eficincia energtica?No mercado profissional j existe uma conscincia sobre o desperdcio de ener-gia e as possibilidades de reduo de custo com energia. O ponto principal que, no dia a dia das empresas, as priori-dades em torno de sua atividade-fim, ou
na rea do carto BNDES. Os diagnsti-cos energticos e os produtos adquiri-dos podem ser financiados pelo carto, e existe a linha PROESCO. O Banco do Brasil iniciou uma linha e a Caixa Eco-nmica Federal ir lanar uma linha para o segmento industrial.
10 Normalmente as Escos oferecem seu trabalho ao mercado ou os clientes que procuram por esses servios?O contato inicial pode ser feito por am-bas as partes. No entanto, para ter uma dimenso dos valores de economia e as reas de atuao necessrio o interes-se do cliente para que se possa realizar a auditoria energtica nas suas instala-es. Dessa forma possvel identificar as oportunidades de reduo do consu-mo e estabelecer os critrios econmi-cos. Havendo interesse, realizado um diagnstico energtico determinando a reduo do consumo e da economia e o investimento necessrio.
11 O que, normalmente, mo-tiva os clientes, ao enco-mendar um projeto de eficincia energtica: reduzir custos, contribuir para o meio ambiente, reconhecimento institucional, etc?Neste ano de 2014 se iniciou uma alta dos preos da energia pelas modifica-es de regras que o governo realizou. O mercado j sabe que para os prxi-mos cinco anos haver aumentos altos nos energticos. Portanto, nos prxi-mos anos, com certeza a principal razo para se implantar projetos de eficincia energtica ser em funo da reduo de custos.
NOS PRXIMOS ANOS, A PRINCIPAL RAZO
PARA SE IMPLANTAR PROJETOS DE EFICINCIA
ENERGTICA SER A REDUO DE CUSTOS.
Foto
: Div
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seja, seu core business, acabam se so-brepujando sobre as aes de eficincia energtica, que vo sendo postergadas. Portanto, existe a necessidade de criar benefcios fiscais e financeiros, como li-nhas de crdito mais atrativas, para for-talecer o interesse dos profissionais res-ponsveis pela rea de energia, tanto da parte tcnica quanto da rea financeira.
14 Onde essa conscincia mais forte: na indstria, no comrcio, na rea de servios, etc? E em relao ao por-te das empresas, onde maior ou menor essa conscincia?Na indstria de grande porte existe uma conscincia maior. Elas, inclusive, pos-suem comisses internas de conservao de energia, as CICEs. Mas um relatrio re-cente da ACEEE, o Conselho Americano
por uma Economia com mais Eficincia Energtica, mostrou que a pior nota dada no estudo para o Brasil foi justamente na rea industrial. Isto ocorre no s pela postergao de investimentos, mas pela acomodao dos profissionais por terem realizado em algum momento a implan-tao de um projeto de eficincia energ-tica e considerarem que no necessitam realizar mais. No setor comercial, princi-palmente na rea de shopping centers e edificaes, vem aumentando cada vez mais o interesse e essa conscincia.
15 Considerando o tamanho do mercado brasileiro, possvel dizer que ainda h muito trabalho a ser feito, no que diz respeito eficientizao energtica? O nmero de Escos existentes no Pas adequado?
O potencial de economia de energia do mercado brasileiro de mais de 100 TWh/ano, envolvendo energia eltrica, gs, combustvel e renov-veis. Hoje, infelizmente, fazemos de 6% a 8% deste potencial e as Escos que temos atendem esta necessida-de. Atualmente jogamos fora R$ 20 bilhes devido ao desperdcio. Temos que acabar com isso para aumentar a produtividade e a competitividade das empresas e do nosso Pas. preciso criar medidas de incentivo e linhas de crdito mais atrativas para que haja uma expanso do mercado. Quando conseguirmos realizar e implantar pla-nos que alavanquem o aumento deste volume de trabalho, tenho certeza de que teremos um aumento no nmero de Escos, pois haver uma atratividade neste mercado.
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HOLOFOTE
POTNCIA
NOTCIAS DO SETOR
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Foto
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Foto: DollarPhotoClub
Planos audaciososA Distribuidora Cummins Minas (DCML) tem atuado
de forma cada vez mais prxima dos clientes que
buscam solues em geradores e sistemas de energia, seja
para situaes de emergncia ou no horrio de ponta. Com a contratao de Carlos Henrique de Paula como gerente geral, a empresa quer ampliar ainda
mais sua participao nos estados do Amap, Minas
Gerais, Maranho e Par, no somente em volume de
vendas, mas tambm na qualificao de toda equipe de
consultores e tcnicos. Desenvolvemos um projeto
de Gesto de Conhecimento na DCML que ser implantando
ainda este ano, tendo como suporte os recursos
tecnolgicos, fsico e humano, para disseminao, equalizao
e elevao do conhecimento tcnico dos produtos Cummins. Assim, conseguiremos promover
a melhoria contnua dos processos e, principalmente,
levar informaes de interesse aos clientes, afirma
Carlos de Paula. Atualmente com 23% de
market share, a DCML, que integra a rede de distribuidores da Cummins Power Generation,
projeta um aumento nas vendas no ltimo trimestre de
2014 de 6% em relao ao trimestre anterior e de 83% em relao ao ltimo trimestre de 2013, para atender projetos
voltados para as mais diversas aplicaes:
Data Centers, indstrias, minerao, siderurgia, hospitais, entre outros
segmentos do mercado.
Cursos onlineA Schneider Electric, especialista global em gesto de energia, j alcanou mais de 400 mil inscritos em todo o mundo no seu programa Energy University, que oferece cursos online gratuitos sobre prticas de gesto de energia. No Brasil, o programa foi implantado em 2009 e at o primeiro semestre deste ano, mais de 4.800 pessoas j se inscreveram no Energy University.Estamos muito satisfeitos com este resultado. Se compararmos com o mesmo perodo do ano passado, houve um crescimento no nmero de interessados de 94% em todo o mundo. A participao do Brasil imensa, ocupando a segunda posio do ranking entre os pases que mais recebem interessados no programa, afirma Joo Carlos Salgueiro, gerente Nacional de Vendas Energia e Sustentabilidade.A iniciativa global tem o objetivo de fornecer informaes atualizadas e treinamento profissional por meio de cursos atrelados ao conceito de eficincia energtica. As aulas so voltadas para gesto de energia dos segmentos de indstria e infraestrutura, centros de processamentos de dados e redes, edifcios comercias e residncias. H desde aulas bsicas, como Fundamentos da Eficincia Energtica s mais tcnicas, como Instruo para Auditorias de Energia. A demanda por profissionais com conhecimento em eficincia energtica tem crescido no mundo todo e o Energy University uma oportunidade para estas pessoas se atualizarem s novas tendncias do mercado. Os cursos so gratuitos e online, o que permite que os interessados escolham o melhor dia e horrio para realizarem os mesmos, completa Joo Carlos Salgueiro.
Todo contedo do portal foi desenvolvido por especialistas da Schneider Electric com o apoio de empresas e consultores parceiros. Em menos de uma hora possvel concluir um mdulo de curso. So mais de 100 cursos voltados para profissionais que desejam atualizar seus conhecimentos sobre eficincia energtica. Atualmente, mais de 670 mil cursos foram realizados, em 13 idiomas e em mais de 180 pases.Para realizar os cursos, basta se inscrever no site da Schneider Electric e clicar na pgina do Energy University. A cada curso concludo, o profissional recebe um certificado digital.
Instalaes aparentesDuas das maiores empresas do segmento eltrico, a Cobrecom Fios e Cabos Eltricos e a Wetzel, especializada em produtos para linhas eltricas e luminrias, uniram-se para promover no dia 23 de setembro um Workshop na Villa Dei Colori, em Araraquara (SP). Um dos destaques do evento foi a Palestra Tcnica sobre Instalaes Eltricas Aparentes conforme a NBR 5410, ministrada pelo engenheiro eletricista, professor e consultor da Cobrecom e da Wetzel, Hilton Moreno. Na ocasio tambm houve a exposio de produtos de ambas as empresas.
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POTNCIA
NOTCIAS DO SETOR
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Portflio na palma da mo
Material escolarNo portflio da Carbinox, empresa do segmento de tubos, barras, chapas, eletrodutos e conexes em ao inoxidvel, ao liga e ligas especiais, esto produtos que fazem parte do dia a dia de diversos setores, como as indstrias sucroalcooleira, petrolfera e de papel e celulose. Assim, em um simples caderno tambm existe desenvolvimento tecnolgico Carbinox.Nada mais natural, portanto, que entre os diversos benefcios da empresa se destaque a oferta de kits de materiais escolares para filhos de funcionrios com idades entre 3 e 14 anos. Os kits so compostos por lpis, caneta, estojo, cola, lpis de
cor, canetinha, giz de cera, tesoura, rgua, cola, apontador, pasta e, claro, papel sulfite e cadernos. Para a empresa, ofertar papel e cadernos s crianas trata-se de um reconhecimento simblico do valor do trabalho de seus colaboradores que, como funcionrios da Carbinox, deram sua contribuio para a cadeia produtiva de papel e celulose no Pas. , tambm, uma ao de cunho social: um pequeno, mas significativo, investimento na educao das famlias de seus colaboradores.Acreditamos que a iniciativa seja uma forma de aliviar os gastos de nossos funcionrios na compra de materiais e tambm um incentivo para garantir que seus filhos possam alcanar seus objetivos e prosseguir num caminho de sucesso com tranquilidade e qualidade, afirma Joel Navarro, porta-voz da Carbinox.A iniciativa da empresa, que teve incio em 2009, contempla mais de 140 crianas com kits de materiais escolares. Os materiais so resultado de reciclagem, feita pelos prprios funcionrios, de papel, plstico e papelo, que retornam para a empresa, garantindo os recursos para a compra dos novos kits. Dessa maneira, o benefcio ecologicamente sustentvel e ajuda a conscientizar os colaboradores da importncia da coleta seletiva.
Mudanas internas
A unidade brasileira da Cummins Power Generation anunciou mudanas em seus quadros das reas de Logstica e Aftermarketing. Marco Bologna, que ocupava o cargo de gerente de Compras de Geradores e Componentes, passa a responder como gerente Executivo de Supply Chain e Operaes, tendo tambm a responsabilidade direta sobre os times de Logstica e OMCS (Order Management e Customer Service) de Power Generation. H 10 anos na empresa, ele foi estagirio do setor de usinagem da unidade de Motores, de 1998 a 2000, e a partir de 2006 conseguiu uma oportunidade para atuar como supervisor de Produo na rea de Geradores de Energia. De acordo com Bologna, a busca de desenvolvimento em diversos pases da Amrica do Sul, especialmente em infraestrutura, demandar cada vez mais investimentos no mercado de energia.J a gerncia de Aftermarketing de geradores para Amrica Sul ser liderada por Fbio Balesteros, responsvel por todas as atividades que sucedem a instalao de um produto Cummins, tais como servio, reposio de peas, garantia, treinamento e desenvolvimento de negcios de servios.
A partir de agora, usurios do iPad e do iPhone tero acesso ao portflio completo da multinacional alem Osram, j atualizado com os lanamentos mais recentes. Para acessar o contedo, basta selecionar o cone Apple Store, digitar OSRAM Kiosk e, aps instalar o aplicativo, escolher a opo OSRAM. Na sequncia, deve ser selecionado o quinto catlogo na lista: Linha de Produtos 14/15.Nas demais tecnologias, o mesmo portflio pode ser acessado em verso PDF atravs do link www.osram.com.br/download. O portflio apresenta detalhes de toda a linha de produtos disponvel atualmente no mercado brasileiro, dividida por categorias. No documento, possvel encontrar desde lmpadas at mdulos LED para aplicaes profissionais, entre outras solues de iluminao, com breves descritivos, fotos e fichas tcnicas completas.
Catlogos impressos so importantes fontes de consulta, mas a Osram prioriza a praticidade. Cada vez mais criamos ferramentas para interagir com nossos consumidores de forma online, de qualquer lugar. Tenho certeza de que o nosso catlogo no Kiosk tornar muito mais simples a consulta de muitos especialistas e at mesmo pessoas comuns interessadas em iluminao, comenta Ins Ferreira, analista de Marketing da Osram Brasil.Outros dispositivos, relacionados aos mais variados temas de iluminao, podem ser encontrados em verses para iPhone e Android na pgina http://www.osram.com.br/osram_br/ferramentas-e-servicos/ferramentas/index.jsp.
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NOTCIAS DO SETOR
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Ms do EletricistaDe olho nos profissionais que ainda no conhecem os seus produtos, mas, especialmente, cuidando daqueles que j utilizam e no abrem mo, a Wago, empresa alem especializada em conexes eltricas e automao, preparou aes por todo o Pas para comemorar o Ms do Eletricista. Em parceria com as principais revendas de materiais eltricos, a empresa participa de vrios eventos distribuindo amostras e brindes e mostrando ao pblico toda sua linha de Conexo Automtica.A iniciativa, que faz parte do calendrio da empresa desde 2012, tem como principal objetivo divulgar o conceito de conexo a mola em substituio s emendas feitas com fita isolante. A experincia tem mostrado que basta uma rpida demonstrao para que o profissional consiga perceber, na prtica, a rapidez e a praticidade dos produtos. E, ao tatear, consegue ainda ter a percepo de robustez e confiabilidade.Carlos Eduardo Demonte, consultor de Vendas da Wago, explica que as conexes eltricas feitas com conectores de emenda a mola dominam o mercado europeu e, a
Novo presidenteJoo Geraldo Ferreira o novo presidente da FLC, que assume o cargo em um momento de crescimento e expanso da empresa. A companhia agora faz parte do fundo de investimentos Victoria Capital Partners e aproveita o momento para apresentar o novo executivo. A chegada de Ferreira FLC acontece no momento em que a empresa busca crescer e se prepara para entrar em novos mercados, como o de iluminao pblica e corporativa, alm de fortalecer sua atuao nos setores onde j atua por meio de inovao e novas tecnologias para seus produtos. Ferreira diz estar feliz em assumir esse desafio nesse momento de expanso e crescimento para a FLC. O objetivo preparar a companhia para entrar em novos negcios, fortalecer a marca e reforar a busca constante pela inovao. Joo Geraldo Ferreira foi presidente da GE Oil&Gas para Amrica Latina e tem mais de 25 anos de experincia em negcios no Brasil, Venezuela e EUA.
Difuso de tecnologiaO Sistema Firjan, atravs do Senai Rio, firmou um convnio com aFinder Componentes, uma das maiores empresas de materiais de automao predial e industrial da Itlia. O acordo foi assinado pela diretora Regional do Senai,Maria Lucia Telles, junto ao diretor da filial da Finder no Brasil,Jos Juarez Guerra, e ao diretor da matriz italiana,Carlo Palmieri. Carlo Palmieri, lder da empresa que est no Brasil h 17 anos, afirma que o trabalho feito aqui importante para enfrentar a dificuldade que temos em levar a tecnologia a todas as pessoas. Estamos felizes em compartilharmos esse nosso compromisso com o Senai. JJos Guerrase diz orgulhoso com a aproximao com o Senai Rio. Este um passo importante, firmarmos uma parceria com o estado do Rio. A parceria estende a cesso de diversos componentes incialmente para as unidades do Senai na Tijuca e em Jacarepagu, com aparelhos de eletricidade predial; Niteri, com o foco no setor naval; e em Maca e Volta Redonda, com componentes da parte de indstria predial. Os cursos contemplados com a parceria so otcnico em Eletrotcnica, alm das turmas de qualificao e aprendizagem:Eletricista Predial de Baixa Tenso, Eletricista Industrial e Eletricista Naval.O contrato inicial vlido por dois anos. Maria Lucia Tellesdemonstrou satisfao com mais essa parceria. Melhorar cada vez mais e garantir que nossos ambientes estejam sempre atualizados. Estamos fazendo uma parceria com uma empresa sria, comemora.
cada dia, crescem no segmento eltrico brasileiro como tendncia na busca por maior produtividade e segurana nas instalaes eltricas prediais: Este o tipo de ao que fazemos questo de participar pelo fortalecimento da rede revendedora e, tambm, para atualizar o profissional local com o que existe de mais moderno e eficiente em conexes eltricas no mundo. Por outro lado, o eletricista o principal consumidor dos produtos da linha de Conexo Automtica e queremos agrad-lo, alm de oferecer queles que ainda no utilizam nossas conexes a oportunidade do primeiro contato com a tecnologia a mola. No ms de outubro, a Wago participou de festas do eletricista nas cidades de Caxias do Sul (RS), Florianpolis e Joinville (SC), Curitiba (PR) e So Jos do Rio Preto (SP). Tambm foram feitas aes com promotores no ponto de venda em So Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), alm de campanhas de incentivo a balconistas em Fortaleza (CE), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).
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MATRIA DE CAPA SMART GRID
AVANO DO SMART GRID DEVER
EXTRAPOLAR OS LIMITES DAS
CONCESSIONRIAS E CHEGAR AO
CONSUMIDOR FINAL, QUE TER
COMO GERENCIAR SEU CONSUMO E
AT GERAR SUA PRPRIA ENERGIA.
POR PAULO MARTINS
Da ruapara dentro
No novidade que as concessionrias de energia eltrica vm investindo fortemente no Smart Grid como ferramenta para reduzir os custos operacionais, combater as perdas tc-nicas e comerciais e melhorar a qualidade do servio pres-tado. Entretanto, esse no um assunto que diz respeito unicamente a elas. Mais cedo ou mais tarde, a transformao que est em andamen-to ir extrapolar os limites das companhias e chegar ao consumidor.
As mesmas tecnologias que esto sendo utilizadas para viabilizar a implantao das chamadas Redes Eltricas Inteligentes nas empre-sas tambm precisaro entrar na casa dos clientes - uma zona onde at ento as concessionrias nunca puderam atuar de maneira mais prxima. Recursos de TI, telecomunicaes e au-tomao passaro a fazer parte da vida do consumidor.
Com o advento do Smart Grid, o usurio de energia eltrica ganha um papel de destaque em todo o pro-cesso. Mais do que poder contar com novos servios,
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ele assumir responsabilidades inima-ginveis h algumas dcadas, como o gerenciamento do prprio consumo e at mesmo a gerao de eletricidade.
Naturalmente, ainda existem mui-tas dvidas sobre qual ser a partici-pao do cliente nas Redes Inteligen-tes. Que benefcios sero oferecidos, efetivamente? Ele poder exercer seu direito de opinar? E mais: como fazer para inseri-lo nesse turbilho de novas ideias da maneira menos traumtica possvel? Nesta matria procuramos abordar questes como essas, sempre com base na opinio de especialistas e autoridades do setor.
preciso ressaltar que a implanta-o do Smart Grid um processo din-mico, sujeito a mudanas de rota e de estratgia. Portanto, possvel que nem todas as perguntas tenham resposta, neste momento. De qualquer forma, to-dos concordam com uma coisa: os usu-rios precisam ser reconhecidos como o elemento-chave de todo esse processo.
Na opinio de Andr Pepitone da Nbrega, diretor da Aneel (Agncia Nacional de Energia Eltrica), o sen-tido de existir do Smart Grid depende do sucesso da interao entre a tecno-
O sentido de existir do Smart Grid depende do sucesso da interao entre a tecnologia e o consumidor.ANDR PEPITONE DA NBREGA | ANEEL
logia e o consumidor. No consegui-remos obter avano nenhum, caso se implante a tecnologia e o consumidor fique inerte a ela, alerta.
Tambm para Joo Brito Martins, gestor executivo de Inovao e Sus-tentabilidade da concessionria EDP, a participao do consumidor funda-mental para a consolidao das Redes Inteligentes. Somente com a interao dos clientes nos testes e levantamentos poderemos identificar quais as neces-
sidades e quais produtos e servios os mesmos anseiam que a concessionria disponibilize, destaca.
Dona de uma concesso que abran-ge 28 municpios no Estado de So Paulo e 78 no Esprito Santo, a EDP comanda aquele que considerado o mais avanado programa de Smart Grid do Pas: o Projeto InovCity, lanado em 2011 na cidade paulista de Aparecida (leia mais na pgina 34).
As aes comearam pela infor-mao da populao sobre o que iria acontecer na cidade e pelo estmulo prtica da eficincia energtica. Foram distribudas cartas explicativas a todos os clientes da cidade, momento esse em que foi fornecido a cada unidade consumidora um kit com seis lmpadas eletrnicas, folhetos de orientao so-bre o consumo racional de energia e a forma de integrao entre a empresa e os clientes, aps a implantao da me-dio inteligente. Alm disso, as comu-
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MATRIA DE CAPA SMART GRID
O Smart Grid permitir maior interao entre clientes e
concessionrias, inclusive na gesto do uso da energia.
GERAO DISTRIBUDAUma grande novidade decorrente das Redes Inteligentes a gerao distribuda, onde o usurio pode produzir sua prpria energia eltrica.
nidades de baixa renda foram benefi-ciadas com a doao de 540 geladeiras e 460 kits para aquecimento solar da gua do chuveiro.
Outro trabalho importante foi a ca-pacitao de todos os professores da rede pblica de ensino de Aparecida so-bre os conceitos de cidade inteligente, eficincia energtica e uso racional de energia eltrica. Tambm foram minis-tradas palestras nas escolas e comuni-dades locais, envolvendo aproximada-mente 25% da populao da cidade.
De acordo com Martins, essa expe-rincia comprovou que um forte traba-lho de esclarecimento das vantagens e benefcios que as Redes Inteligentes podem oferecer capaz de despertar no cliente o interesse em participar do processo: Assim ele entende que o ob-jetivo maior deste investimento o au-mento da qualidade e da confiabilidade do servio prestado. Quando isso fica claro, o cliente passa a ter uma postura de parceiro e a trabalhar conosco para o sucesso do projeto.
Mas afinal, o que ir mudar no dia a dia do consumidor, com o advento das Redes Inteligentes? Martins aponta que o Smart Grid permitir maior interao entre clientes e concessionrias, no so-mente por conta das informaes rela-tivas ao consumo, mas tambm envol-vendo a gesto do uso da energia. Isto acontecer porque estaro disponveis ferramentas que permitiro ao cliente o uso racional da energia eltrica, obser-va o executivo da EDP.
Conforme destaca Andr Pepitone, a ideia que o consumidor deixe de ser um agente passivo e intera-ja mais com os novos equipa-mentos inteligentes, como o medidor eletrnico de ener-gia. Com o Smart Grid ser possvel gerenciar o consumo em tem-po real, saber quanto a tarifa estar custando a cada momento e at traar
sua conta, diz o porta-voz da Aneel. Outros dois instrumentos regulat-
rios devero ajudar o consumidor a ge-renciar melhor o uso da eletricidade: a Tarifa Branca e o Sistema de Bandeiras Tarifrias. A primeira consiste em uma nova opo de tarifa que sinaliza a va-riao do valor da energia conforme o
uma projeo de gastos. Com o apoio das novas tecnologias, o usurio po-der inclusive diminuir os valores de sua fatura mensal. Respondendo aos estmulos econmicos que vo ser apresentados, assim como acontece hoje na rea de telefonia, o consumi-dor ter oportunidade real de reduzir
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AVANOA Tarifa Branca
e o Sistema de Bandeiras
Tarifrias devero ajudar
o consumidor a gerenciar
melhor o uso da eletricidade.
dia e o horrio do consumo. Ou seja, o cliente que aderir modalidade passa a ter a possibilidade de pagar valores di-ferentes em funo da hora e do dia da semana. O incio da aplicao da Tarifa Branca depende da certificao dos no-vos medidores pelo Inmetro.
J o Sistema de Bandeiras Tarifrias, que aparecer nas contas enviadas aos consumidores, indicar se a energia cus-ta mais ou menos, em funo das condi-es de gerao. A Bandeira Verde signi-ficar condies favorveis de gerao, no implicando em acrscimo tarifa. A Amarela significa condies menos favorveis, o que acarreta acrscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatt-hora consumido. A Vermelha representa con-dies mais custosas de gerao, incor-rendo em acrscimo de R$ 3,00 para cada 100 quilowatt-hora consumido.
A Aneel observa que o mecanis-mo apenas uma forma diferente de apresentar um custo que j existe na conta de energia, mas acaba passan-do despercebido pelas pessoas. Atual-mente os custos com compra de ener-gia pelas distribuidoras so repassados aos consumidores um ano depois de ocorridos, quando a tarifa reajustada passa a valer. Com as bandeiras, ha-ver a sinalizao mensal do custo de
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MATRIA DE CAPA SMART GRID
A participao do consumidor fundamental para a consolidao das Redes Inteligentes.JOO BRITO MARTINS | EDP
gerao da energia que ser cobrada do consumidor.
A Bandeira Tarifria no repre-senta em hiptese alguma um custo maior a ser includo na conta de luz. um mecanismo regulatrio que vai deslocar no tempo o momento do re-colhimento do custo da gerao. Esse um instrumento importante, porque vai sinalizar o preo para o consumidor, que vai poder responder ao sinal eco-nmico no sentido de consumir menos para pagar menos energia no final do ms, explica Andr Pepitone.
Cyro Boccuzzi, presidente do Frum Latino-Americano de Smart Grid e dire-tor da ECOee, empresa de consultoria es-pecializada na rea de energia, tambm mantm a expectativa de que os clientes venham a aprender a usar a eletricidade de forma mais racional, compreendendo no s o valor que pago, mas tambm o verdadeiro custo que esse insumo tem para toda a sociedade.
O executivo cita um problema co-mum envolvendo o uso de energia nas grandes cidades - decorrente do estilo de
vida moderno -, e traa um paralelo com a rea de transporte areo. Ele refere-se simultaneidade de uso, quando um gran-de nmero de pessoas chega em casa e no trabalho mais ou menos na mesma hora todos os dias, provocando o sobre-carregamento do sistema eltrico naque-la regio. Uma das sadas para combater esses picos justamente a diferenciao de preos conforme o horrio, estimulan-do a redistribuio do consumo,
Por exemplo: comum uma passa-gem area entre duas importantes ci-dades ter preos diferentes, s 7 e s 10 horas. Naturalmente, viajar no meio da manh mais barato, porque a procu-ra menor. Assim, o cliente que aceitar deslocar aquele horrio pode vir a ter um gasto menor. Para Boccuzzi, o mesmo fe-nmeno se repetir na rea de energia. O consumidor pode ter tarifas menores, desde que use a energia de forma mais consciente e em horrios mais adequa-dos. Quem no puder mudar o horrio de uso vai pagar um preo maior, necessrio
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CONTROLEJuno entre solues de Smart Grid e de automao predial ser um processo natural.
Outra grande novidade decorrente das Redes Inteligentes a gerao dis-tribuda, sistema pelo qual cada usu-rio poder produzir sua prpria energia eltrica. Foram criadas duas categorias, conforme a potncia instalada da plan-ta: microgerao (potncia menor ou igual a 100kW) e minigerao (potn-cia superior a 100kW e menor ou igual a 1MWp). Detalhe: preciso fazer o uso de fontes limpas, como solar, elica, hidrulica e biomassa.
Apesar da gerao distribuda j estar devidamente regulamentada pela
Resoluo Normativa N 482 da Aneel, a modalidade ainda no decolou no Bra-sil, o que intriga e decepciona os espe-cialistas e autoridades do setor eltrico. Apesar de ser algo que j est solidi-ficado, do ponto de vista regulatrio, e de ter grande atratividade, o nmero de consumidores que adotaram o sistema muito pequeno, lamenta Andr Pe-pitone. Ele disse que a Aneel ir estudar o caso e tomar providncias para con-tribuir para a difuso dessa tecnologia. Essa medida bastante benfica para toda a sociedade, acredita.
Quem se habilita a gerar a prpria energia?
para assegurar a expanso do sistema para atendimento da demanda simul-tnea. Mas haver a opo de obter um
preo melhor se conseguir se adequar e tiver alguma flexibilidade na mudana de hbitos, vislumbra o especialista.
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Gerao Distribuda
no Brasil At agosto de 2014, o Pas conta-
bilizava a existncia de 197 pro-jetos de microgerao distribuda de energia eltrica.
Quanto fonte utilizada, esses projetos dividem-se da seguin-te forma: Solar fotovoltaica = 177 projetosElica = 17 projetosBiogs = 1 projetoSolar/Elica = 2 projetos
Fonte: ANEEL (Agncia Nacional de Energia Eltrica)
Caractersticas geralmente atribudas s Redes Eltricas Inteligentes
Segundo dados fornecidos pela Aneel, em agosto de 2014 o Pas re-gistrava 197 sistemas de gerao dis-tribuda. A maioria fica nas reas de concesso da Cemig e da Coelce, por-que esses dois estados (Minas Gerais e Cear) adotaram a poltica de deso-nerao do ICMS na gerao. Existe uma deciso do Confaz (Conselho Na-cional de Poltica Fazendria) que diz que a energia gerada e injetada na rede deve ser tarifada pelo ICMS, o que tira um pouco a atratividade do negcio, constata o diretor da Aneel.
O dirigente discorda da cobrana do imposto. Afinal, ao gerar sua pr-
Autorrecuperao: capaci-dade de automaticamente detec-tar, analisar, responder e restaurar falhas na rede;
Participao proativa dos consumidores: habilidade de in-cluir os equipamentos e compor-tamento dos consumidores nos processos de planejamento e ope-rao da rede;
Tolerncia a ataques ex-ternos: capacidade de mitigar e
resistir a ataques fsicos e cyber- ataques;
Qualidade de energia: pro-ver energia com a qualidade exigi-da pela sociedade digital;
Capacidade para acomo-dar uma grande variedade de fontes e demandas: capacidade de integrar de forma transparente (plug and play) uma variedade de fontes de energia de vrias dimen-ses e tecnologias;
Menor impacto ambiental do sistema produtor de eletricidade, reduzindo perdas e utilizando fon-tes renovveis e de baixo impacto ambiental;
Resposta da demanda me-diante a atuao remota em dis-positivos dos consumidores;
Viabiliza e beneficia-se de mercados competitivos de energia, favorecendo o mercado varejista e a microgerao.
Fonte: CGEE (Centro de Gesto e Estudos Estratgicos)
pria energia a partir de fontes limpas, o consumidor contribui para a reduo dos ndices de emisso de poluentes e tambm para a postergao de novos investimentos em gerao em grande escala. Nada mais justo que ele seja beneficiado com a desonerao do ICMS, defende Pepitone.
Na opinio de Cyro Boccuzzi, o espe-rado boom da gerao distribuda no Brasil foi adiado pelo advento da Me-dida Provisria n 579, instrumento cria-do pelo governo federal para tratar da renovao das concesses de energia e que estabeleceu a reduo do valor das tarifas. De qualquer forma, ele ain-
da acredita que a modalidade ir des-lanchar nos prximos anos. S no vai acontecer se a economia der sinais de andar para trs, prev.
Para quem tem dvidas sobre que tipo de gerao adotar, o especialista aponta que para empreendimentos de pequeno porte, como residncias e es-tabelecimentos comerciais, o sistema mais simples de implantar, principal-mente em reas urbanas, o solar fo-tovoltaico. Dependendo do tipo de em-preendimento, prossegue ele, h outras opes interessantes, como biomassa, resduos slidos e gs, alm de solu-es combinadas - de elica e solar, por exemplo. Teremos minicentrais produtoras de energia com alto grau de desempenho e nvel de suficincia muito bom. Essa uma transformao que no vai demorar os cem anos que a indstria levou para chegar at aqui, nem cinquenta anos. Acredito que em dez, quinze ou vinte anos iremos ter solues de gerao local de energia com bastante proficincia, inclusive no armazenamento de energia, vislumbra o diretor da ECOee.
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POTENCIALBenefcios do Smart Grid
superam os limites das redes de distribuio de
energia.
Crditos de energia, como na telefonia celular
Tambm tem gerado grande ex-pectativa no setor a implantao do sistema de pr-pagamento de energia eltrica. Andr Pepitone informou que a questo j foi regulamentada. Para ser adotada na prtica, esta medida tambm depende da pendncia en-volvendo os medidores eletrnicos de energia. O diretor da Aneel falou so-bre os benefcios esperados. Para ele, essa modalidade de faturamento pro-porcionar maior transparncia para o consumidor e o ajudar a melhorar a gesto do consumo. J as distribuidoras podero reduzir os custos de atividade comercial, decorrentes do sistema de faturamento convencional.
Cyro Boccuzzi se diz um entusiasta do sistema de pr-pagamento de ener-gia. Ele conta que uma concessionria em que trabalhava nos anos 90 chegou a implantar a soluo em So Paulo, para atender algo entre 2,5 mil e 3 mil clientes. Segundo o especialista, quan-do precisavam mudar de casa, os con-sumidores que tinham o equipamento ligavam para a companhia para pedir a instalao tambm no novo endere-o. Havia uma aprovao entre 90%
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Projetos de Redes
Inteligentes no Brasil
De 2008 at o final de 2013, fo-ram identificados 273 projetos de desenvolvimento de Redes Eltricas Inteligentes no Brasil, catalogados em dez temticas. Os investimentos previstos de-
clarados nas propostas de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel supe-ram a marca de R$ 1,09 bilho.
Fonte: ANEEL (Agncia Nacional de Energia Eltrica)
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MATRIA DE CAPA SMART GRID
Para os consumidores que j utilizam os recursos
da Automao Residencial, a
implantao das Redes Inteligentes no ser novidade.
e 95%, entre as pessoas que usavam esse tipo de sistema, lembra.
O diretor da ECOee acredita que o pr-pagamento ajudar o consumidor a gerenciar a velocidade de consumo de energia, pois funcionar como o in-dicador do reservatrio de combustveis de um carro, que informa a quantidade de lquido disponvel. Na minha ava-liao, essa uma excelente ferramenta para o cliente que quer controlar o uso de energia, destaca.
Apesar de apostar no sucesso des-se mecanismo, Boccuzzi demonstra certa preocupao em relao cono-tao que ser dada ao modelo de ne-
lefonia, para a pessoa poder gerenciar os crditos dele, isso vai ser uma fer-ramenta fantstica, que ajudar o con-sumidor, contrape Boccuzzi.
gcio a ser implantado no Brasil. Segundo ele, algumas concession-rias estariam falando em direcionar o sistema para aqueles clientes que apre-sentam histrico de inadim-plncia. Se isso acontecer, prossegue, o usurio estaria recebendo automaticamente um carimbo de mau pagador, o que despertaria a ira dos r-gos de defesa do consumidor. Se colocar o pr-pago como mais uma opo para qualquer cliente, da mes-ma forma que se d o pr-pago da te-
A conversa entre Automao Residencial e Smart Grid
Boccuzzi lembra que entre os pri-meiros recursos de Automao Resi-dencial estavam comandos como levan-tar e descer cortinas e ligar e desligar eletroeletrnicos como o home theater. Depois, agregaram-se aspectos que vi-savam aumentar a segurana patrimo-nial. Com o passar do tempo, cresceu a disciplina em torno do uso de ener-gia. Ou seja, a partir da integrao com equipamentos de ltima gerao, como LEDs e eletrodomsticos inteligentes, o
Para um determinado grupo de consumidores, que j utilizam os recur-sos da Automao Residencial, a im-plantao das Redes Inteligentes no ser novidade total, pois eles certa-mente no partiro do zero.
Ao contrrio, muitos possuem bastante familiaridade com os equipamentos e softwares destinados ao gerenciamen-to de sistemas como ar-condicionado
(controle de temperatura) e ilumi-nao (acendimento, dimeri-
zao, composio de cen-rios, etc.).
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MATRIA DE CAPA SMART GRID
Existe uma convergncia tecnolgica entre essas duas
ondas de transformao, que so o Smart Grid e a Automao Residencial.
CYRO BOCCUZZI | ECOEE
sistema voltou-se bastante para a efici-ncia energtica. Existe, sim, uma con-vergncia tecnolgica entre essas duas ondas de transformao, o Smart Grid e a Automao Residencial. As empre-sas de energia precisam estar atentas a isso, pois precisam oferecer as inter-faces de integrao entre esses siste-mas, comenta o especialista.
Conforme destaca o diretor da ECOee, quando falamos em gerencia-mento da demanda, ou seja, o consu-midor afastar seu uso de energia da coincidncia com os horrios de pico para usufruir uma faixa especial de ta-rifa, isso no significa que ele ter que ficar programando seu eletrodomsti-co, mas sim que ele precisar dispor de funcionalidades em seu sistema de automao que permitam fazer a in-
tegrao com a grade tarifria da con-cessionria.
Existe toda uma linha de servios que podem surgir e que vo ajudar o consumidor a tomar as decises cor-retas. Ele no vai ficar programando a cada dia o uso de energia para o dia seguinte, mas vai apertar um boto no sistema de automao dele que ir en-quadr-lo em determinado regime ta-rifrio da concessionria, que a me-lhor opo de tarifa para o tipo de uso que ele quer fazer, explica Boccuzzi.
rao do Smart Grid. Estima-se que o Pas tenha hoje por volta de 78 milhes de unidades desse equipamento, sendo
Transformaes no setor sero profundas
No contexto geral, a implantao das Redes Eltricas Inteligentes no Bra-sil est ocorrendo por meio de proje t os-piloto que envolvem concessionrias de energia, universidades, laboratrios, fa-bricantes de equipamentos e desenvol-
vedores de softwares.
Os projetos esto em pleno de-senvolvimento pelas distribuidoras, in-clusive usando recursos da Aneel, que tem obrigao de investir meio por cento de sua receita operacional li-quida em pesquisa e desenvolvimento. Uma das reas contempladas a de Smart Grid, informa Andr Pepitone. Entre 2008 e o final de 2013, foram
identificados 273 projetos de desenvolvimento de Re-des Eltricas Inteligentes no Brasil, catalogados em dez temas. Os investimentos pre-vistos declarados nas propos-tas de Pesquisa e Desenvol-vimento da Aneel superam a marca de R$ 1,09 bilho.
Os projetos-piloto so im-portantes para testar os mais diversos tipos de tecnologias que compem um sistema in-teligente. o caso do medidor de energia, considerado o co-
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que aos poucos a tecnologia eletrome-cnica ter de ser substituda pela ele-trnica. Do ponto de vista da Aneel a regulamentao est pronta. Hoje o desafio a certificao dos medidores pelo Inmetro, refora Pepitone.
Outro ponto bastante importante que est sendo testado, e comum a to-das as empresas, envolve a comunica-o. Ou seja, que sistema ser empre-gado para fazer a comunicao entre o medidor das residncias e o concen-trador que vai agrupar uma srie de medidores, e tambm desse concentra-dor para o backhaul, que por sua vez ir reunir uma srie de concentradores. Hoje em dia existem vrias tecnolo-gias, com suas vantagens e desvan-tagens, pondera o diretor da Aneel.
Sobre os motivadores do Smart Grid, preciso destacar que cada pas tem as suas necessidades. Se na Europa uma das maiores preocupaes tornar a matriz eltrica limpa e reduzir a emisso
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SEGURANASmart Grid
ajuda no combate s perdas e ao
furto de energia eltrica.
O nvel montante fator determinante na capacidade de gerao de uma UG. Alm disso, muitas vezes uma UHE ou PCH possui a funo adicional de controle de fluxo fluvial. Para ambas as aplicaes, o sensor de inclinao Balluff proporciona confiabilidade e preciso na medio de nvel do reser-vatrio e no volume de gua vertida pela posio da comporta.
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O programa de Redes Eltricas Inte-ligentes desenvolvido pelo grupo EDP em Aparecida (SP) considerado um trabalho de vanguarda por especialis-tas da rea. At o momento, foi feita a substituio de mais de 13.500 medi-dores convencionais pelos eletrnicos, o que representa 98,6% dos clientes impactados pelo Projeto InovCity.
Conforme informa Joo Brito Mar-tins, gestor executivo de Inovao e Sustentabilidade da EDP, est em an-damento o processo de comissiona-mento dos medidores rede ZigBee, rede de comunicao de dados RF com topologia Mesh. Esta camada, chamada ltima milha, se conecta ao sistema de gerenciamento via rede WiMAX, implantada exclusivamente para atender a telecomunicao dos medidores inteligentes em Apareci-da, explica. Tambm j foram insta-lados os primeiros 150 rels que daro ao sistema a possibilidade de executar remotamente o corte e a religao de energia. Os testes com essa soluo iriam comear ainda em outubro.
Em fase bem mais recente est o Projeto InovCity realizado pela EDP em duas cidades do Esprito Santo: Do-mingos Martins e Marechal Floriano. O projeto foi iniciado oficialmen-te em junho deste ano, com a entrega de scooters eltricas e com as aes de eficincia energtica, que envolvem a conscientizao da sociedade, palestras nas escolas e capaci-tao dos professores da rede pblica. Est sendo criada a infraestrutura de telecomuni-cao que atender a medio inteligente nos dois munic-pios, bem como encaminhar os dados coletados at a sede da EDP em Carapina (ES). O
EDP revela detalhes das REIs em SP e no ESdiferencial deste projeto em relao ao de Aparecida est na tecnologia adotada para comunicao de ltima milha. Optamos por testar um padro mais moderno de comunicao RF, ba-seada em IPV6 para equipamentos de baixa potncia, conhecido como 6Lo-wPAN, informa Martins.
O porta-voz comentou como est sendo o processo de implantao das Redes Inteligentes. Em Aparecida, uma das dificuldades encontradas at o momento foi a falta de capacidade da infraestrutura pblica de telecomu-nicaes das empresas que prestam estes servios na cidade. Como no houve interesse, na poca, em poten-cializar os servios de disponibilidade de banda para trfego de dados via GPRS, tivemos que alterar o escopo da soluo de comunicao de GPRS para uma soluo prpria de comuni-cao, atravs da criao de uma rede proprietria de WiMAX. Esta situao provocou um atraso significativo no cronograma do projeto, pois tivemos que alterar a tecnologia embarcada em alguns dispositivos de comunica-o da rede, relata Martins.
Um novo problema, prossegue o executivo, foi a necessidade de ex-
teriorizao do dispositivo de corte e religao dos medidores inteligentes. Devido a impossibilidade do Inmetro testar os novos medidores com mdu-lo de corte embarcado, a EDP teve que modificar o projeto do medidor inteli-gente e criar um novo produto, o rel de corte externo. Essas alteraes geraram mais atraso no cronograma geral do projeto. Outro desafio que estamos superando neste momento est relacionado ao comissionamen-to dos medidores inteligentes. Temos atualmente aproximadamente 6 mil medidores em comunicao com a nossa infraestrutura de comunicao de dados, conta.
Ao ser indagado sobre a avalia-o que a empresa faz dos principais pontos do Projeto InovCity, Martins destaca que os medidores inteligen-tes instalados vm apresentando bons indicadores de qualidade, tanto rela-cionados vida til, quanto preci-so da medio. Ele ressaltou tambm a solidez do sistema de comunicao adotado, pois os ndices de sucesso de comunicao com os medidores comissionados so satisfatrios. Alm disso, a companhia est aferindo da-dos para verificar os ganhos relaciona-
dos diminuio das perdas no tcnicas.
Os possveis novos servi-os sero testados em outros dois projetos de P&D (Obser-vatrio do Cliente e Testes de Opes Tarifrias), que esto em fase inicial e mostraro quais produtos e servios podero ser oferecidos aos clientes do Grupo EDP em um futuro prximo, com o auxlio das Redes Inteligen-tes e adequao da regulao pela Aneel.
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de carbono, nos Estados Unidos o princi-pal drive a busca por maior eficincia energtica. No Brasil, o foco comba-ter as chamadas perdas no tcnicas, ou seja, o furto de energia. Quando se melhora a gesto da rede, consegue-se combater com mais eficcia e preciso essas perdas, observa Pepitone.
De acordo com ele, outro objetivo a ser atingido a melhoria da qualidade dos servios. Na Europa, a durao das interrupes tolerada de at 300 mi-nutos ao ano. Nos Estados Unidos, so 500 minutos. No Brasil, o nmero apura-do pelas empresas absurdo: 16 horas. Melhorando a gesto da rede, com cer-teza a gente vai conseguir diminuir isso significativamente e almejar ficar prximo dos padres mundiais de interrupo. A mdia do Pas, de 16 horas, um valor muito alto, aponta o dirigente.
Cyro Boccuzzi demonstra grande preocupao ainda em relao aos preos da energia praticados no Brasil e sentencia: para termos Redes Inteli-gentes, precisamos de tarifas inteligen-tes. Ele destaca que esses valores pre-
cisam estar alinhados com a realidade de mercado, espelhando os custos re-ais de suprimento, mas reclama que a eletricidade est sendo ofertada a um preo artificialmente baixo.
O que est sustentando o setor so subsdios governamentais, sejam direta-mente financiados pelo Tesouro, sejam
financiados por aumentos futuros da ta-rifa. Todo esse aprendizado (projetos-pi-loto de Smart Grid) j deu s empresas uma base de conhecimento tecnolgi-co e econmico, para que elas possam estruturar planos muito realistas de im-plementao. Mas esses planos s vo ser viveis economicamente se houver uma tarifa que realmente espelhe os custos de fornecimento, argumenta o especialista.
Toda essa situao, aliada a outros revezes, levaram as empresas do setor eltrico a viverem uma crise financeira sem precedentes, o que acabou obri-gando a protelao de determinados investimentos em Smart Grid. Entre-tanto, Andr Pepitone destaca que tem havido avanos ano a ano e que no h dvida de que esse fenmeno ir se concretizar. A questo seria apenas de timing, para buscar uma equao benfica entre investimento e resulta-do. No se deve perguntar se vamos avanar ou no, isso algo inexorvel. As Redes Eltricas Inteligentes sero adotadas, garante.
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Motivadores do Smart Grid
no Brasil R eduzir as perdas tcnicas e co-
merciais (fraudes); Melhorar a qualidade do servio
prestado pelas distribuidoras; Reduzir os custos operacionais; Melhorar o planejamento da ex-
panso da rede; Melhorar a gesto dos ativos; Promover a eficincia energtica; Fomentar a inovao e a indstria
tecnolgica.Fonte: CGEE (Centro de Gesto e Estudos Estratgicos)
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DESTAQUE AUTOMAO PREDIAL
AURESIDE RENE EMPRESAS
EM TORNO DO PROJETO
PRDIO EFICIENTE PARA
DIVULGAR INFORMAES
E ESTIMULAR A APLICAO
DA AUTOMAO PREDIAL E
RESIDENCIAL NO BRASIL.REPORTAGEM: MARCOS ORSOLON
Impulso parao setor
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Divulgar, capacitar e incentivar a utilizao de tecnologias inovadoras de automao para tornar toda e qualquer edificao mais eficiente, desde a sua con-cepo no projeto, at sua operao e ma-nuteno durante o seu ciclo de vida til.
Com este objetivo em mente, a Au-reside (Associao Brasileira de Auto-mao Residencial) criou, em maro de 2014, o Projeto Prdio Eficiente, iniciativa que tem o apoio institucional da Interna-tional Copper Association Brazil e conta com a participao das empresas ABB, Schneider Electric, Z-Wave Tecnologia & Automao, Finder, Neocontrol e Biltech.
Vrios fatores estimularam a Auresi-de a desenvolver este projeto. No entan-to, deve-se destacar o crescimento dos investimentos em edificaes eficientes e sustentveis no Brasil, tanto para im-veis novos como para retrofits; os custos crescentes de operao e manuteno, que geram uma necessidade imediata de implantar sistemas de superviso, gesto e controle automatizados; assim como as mudanas iminentes na poltica energtica que tendem a forar altera-es nas relaes de consumo entre con-domnios e concessionrias de energia.
Ou seja, so aspectos que se rela-cionam diretamente com as tecnologias
de automao. Devido ao crescimento de projetos sustentveis no Brasil, mu-dana no perfil de usurios e ao aumen-to do custo operacional e dos recursos naturais, sentimos a necessidade de di-vulgar as novas tecnologias e solues que propem o uso racional destes re-cursos e que aumentam a facilidade na operao do dia a dia, bem como criar capacitao para estes novos usurios, comenta Antonio Caramico, da Biltech.
Vanessa Dezordi, da Z-Wave, com-pleta: O projeto consiste em apresentar novos conceitos e soluespara edifica-es eficientes e sustentveis, utilizan-do produtos j existentes no mercado e pouco difundidos tanto para imveis novos como para retrofits.
Rogrio Ribeiro, gerente de Produtos da Schneider Electric, destaca ainda que o Prdio Eficiente tem o intuito de apro-ximar os administradores de edifcios co-merciais e residenciais dos fabricantes de solues inteligentes para economia de energia e para o gerenciamento do condomnio.
A aplicao destas tecnologias dimi-nui as ocorrncias de manuteno, me-lhorando assim o servio prestado para os condminos e padronizando suas instala-es, diminuindo a curva de aprendizado para os administradores, explica Ribeiro.
Para atingir estes objetivos, a inicia-tiva prev a realizao de diversas aes, como a realizao de eventos para a di-vulgao tcnica dos novos conceitos de projeto para edificaes eficientes e sustentveis, voltados para profissionais como arquitetos, engenheiros e projetis-tas; eventos para divulgao dos aspectos de operao e manuteno de edificaes eficientes e sustentveis voltadas a admi-nistradores de condomnios, profissionais de manuteno predial e prestadores de servios prediais em geral; criao de site (www.predioeficiente.com.br) para publi-cao do contedo apresentado nos even-tos e artigos de interesse dos participantes do projeto; e impresso e distribuio de material grfico respectivo.
Jos Roberto Muratori, diretor-exe-cutivo da Aureside, destaca que o Prdio Eficiente no s terico e conceitual, uma vez que tem a disposio de gerar novos cases no decorrer do projeto. A Aureside coordena e os patrocina-dores disponibilizam equipes tcnicas e equipamentos para criar projetos de efi-cincia energtica em edificaes onde os resultados possam ser mensurados e apresentados comunidade de pro-fissionais da rea, como exemplos de reduo de custos e de maior eficincia operacional, ressalta Muratori.
Iniciativa inovadora agrada empresas participantes
Um ponto relevante desse projeto consiste em atender as necessidades das empresas participantes, de modo que elas possam agregar valor aos trabalhos e iniciativas desenvolvidas, mesmo que, em alguns casos, elas sejam concorren-tes entre si. O relacionamento entre
as empresas amigvel e cooperativo. Apesar delas, em certo nvel, terem al-guns produtos concorrentes, na maioria das vezes elas se complementam nas so-lues e garantem uma proposta mais robusta. O papel principal de cada com-panhia divulgar as novas tecnologias,
em alguns casos, elas sejam concorren- robusta. O papel principal de cada com-
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em alguns casos, elas sejam concorren-tes entre si. O relacionamento entre
robusta. O papel principal de cada com-panhia divulgar as novas tecnologias, AB
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solues e a necessidade de capacitao para os novos usurios, elaborando pro-jetos, apresentaes e eventos, afirma Antonio Caramico, da Biltech.
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O Prdio Eficiente no s terico e conceitual, uma vez que tem a disposio de gerar novos cases no decorrer do projeto.JOS ROBERTO MURATORI | AURESIDE
Gustavo Vazzoler, da ABB, observa que, apesar de concorrentes, as empre-sas trabalham em conjunto para propagar cada vez mais o conceito de automao no Brasil. Esperamos que cada vez mais as pessoas compreendam o que auto-mao e seus benefcios no somente para os usurios, como economia, con-forto e segurana, mas tambm para a sociedade, que est cada vez mais cons-ciente da necessidade de reduo do uso da energia nas edificaes.
Rogrio Ribeiro, da Schneider Elec-tric, completa: Cada empresa tem como objetivo divulgar, capacitar e incentivar a utilizao de tecnologias inovadoras de automao para tornar toda e qualquer edificao mais eficiente.
Obviamente, o projeto tambm se configura numa boa oportunidade para que as companhias participantes se apre-sentem ao mercado como provedoras destas solues.
Patrocinamos o Prdio Eficiente por acreditar que uma iniciativa inovadora e um projeto muito promissor. Participamos de todas as edies levando ao pblico os
conceitos Finder, que so solues sim-ples para eficincia energtica e pr-au-tomao, destaca Camila Guerra, geren-te de Marketing e Tecnologia da Finder.
Camila afirma que, para a Finder, im-portante abraar esta iniciativa da Auresi-de e se apoiar na fora da associao para levar ao mercado muito mais do que pro-dutos, mas conceitos e inovaes. Desta forma, os prprios profissionais estaro capacitados a analisar e adotar as tecno-logias mais adequadas ao usurio final, de acordo com seu perfil e necessidade, ressalta a gerente de Marketing da Finder.
Em relao participao da ABB, Gustavo Vazzoler cita que os ganhos em torno do projeto ocorrem em duas fren-tes: no fomento dos negcios da prpria companhia e na formao de uma cultura em torno da automao predial no Brasil.
Ambos so importantes, pois geran-do negcios as pessoas podero viven-ciar a automao e seus benefcios. E a formao tambm muito importante, pois sero mais profissionais no mercado trabalhando na divulgao do sistema, observa Vazzoler.
Vanessa Dezordi explica que, pelo lado da Z-Wave, essa uma oportunida-de para demonstrar as diversas solues de automao residenciais e coorporati-vas utilizando o seu protocolo de comu-nicao sem fio. Esperamos difundir ain-da mais a tecnologia Wireless, disponibi-
lizando solues fceis, sustentveis e de valor acessvel. Nosso principal objetivo aumentar a divulgao e o conhecimento sobre as solues sustentveis j existen-tes no mercado, multiplicando o concei-to nas suas diferentes esferas, declara.
J para a Schneider Electric, a partici-pao importante para mostrar de uma forma ampla todo o potencial da empresa para este segmento de mercado e se tor-nar conhecida por suas solues.
O Brasil tem um potencial muito grande para automao predial, no s de edifcios de grande porte, mas tambm para edifcios de mdio e pequeno porte. Neste momento, o objetivo difundir a ideia de automao no mercado brasileiro que ainda um pouco tmida. Por conse-quncia deste trabalho, tambm acaba-mos reforando a marca da empresa nes-te segmento, comenta Rogrio Ribeiro.
E ele completa: importante que se crie uma cultura de resultados de longo prazo. O valor da implementao destas solues ainda alto e o brasileiro tem a viso de curto prazo, querendo o re-torno imediato do investimento, no en-xergando o retorno durante toda a vida til do edifcio.
Antonio Caramico tambm ressalta a importncia de se educar o mercado. E comenta que a ideia tambm posi-cionar a Biltech como uma das fornece-doras destas solues. Como principais ganhos nesse momento, ele acredita que eles devero ocorrer simultaneamente entre os avanos para a empresa e para o amadurecimento do prprio mercado como um todo.
Mas haver mais ganhos iniciais na formao de uma nova cultura, a qual poder determinar melhor suas neces-sidades de acordo com as mudanas do cenrio tecnolgico e econmico e, consequentemente, distinguir melhor as facilidades que estas novas tecno-logias proporcionam. Aps termos esta nova cultura disseminada, acreditamos que o ganho nos negcios ser ainda maior, explica Caramico.
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O objetivo desse projeto
difundir a ideia de automao predial
no mercado brasileiro, que
ainda um pouco tmida.
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MERCADO INTERRUPTORES, PLUGUES E TOMADAS RESIDENCIAIS
INTERRUPTORES E
TOMADAS AVANAM
NO DESIGN E NA
QUALIDADE DAS PEAS.
EVOLUO DAS LINHAS
PASSA PELA INCLUSO
DE RECURSOS DE
AUTOMAO.
REPORTAGEM: MARCOS ORSOLON
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Mais belos efuncionaisDurante muito tempo, os interruptores e tomadas eram lembrados apenas no momento de acen-der uma lmpada ou ligar um eletrodomstico. Tanto, que por dcadas o mercado foi domi-nado por produtos simples, principalmente pela tradicional linha com espelho cinza e teclas e tomadas amareladas.
Hoje, no entanto, a situao bem diferente. Graas iniciativa dos fabricantes, e com a natural ajuda de ar-quitetos e decoradores, o consumidor descobriu que as peas podem se integrar ao ambiente, valorizando os espaos e a decorao. De outro lado, as linhas tambm se tornaram mais sofisticadas, oferecendo novas funes e a j consolidada modularidade. Resultado: principal-mente nos ltimos dez anos, o mercado se transformou.
Quanto ao comportamento das vendas, o setor de interruptores e tomadas residenciais geralmente acom-panha o mercado da construo civil e seus ndices de desempenho, incluindo nesse contexto o segmento co-berto pelas construtoras, a autoconstruo e as reformas.
Por isso, mesmo com uma relativa desacelerao nos dois ltimos anos, as vendas tm se mantido em leve alta, inclusive em funo do aumento do poder aquisitivo dos consumidores. Este ano, em funo da realizao da Copa do Mundo de futebol, o setor tambm sofreu nos primei-ros seis meses, mas j voltou a registrar aquecimento.
O mercado de materiais de construo teve uma retrao de pouco mais de 4% no primeiro semestre de 2014, quando comparado com o mesmo perodo de 2013. Entretanto,para o segundo semestre j percebemos a re-
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MERCADO INTERRUPTORES, PLUGUES E TOMADAS RESIDENCIAIS
tomada das vendas e acredita-se que a maioria das industrias vai fechar o ano com crescimento, comenta Daniel Gatti, gerente de Marketing da diviso Residencial da Schneider Electric.
Uma caracterstica desse segmento a concorrncia acirrada. Especialis-tas da rea estimam que o nmero de competidores pode ultrapassar a mar-ca de 40 empresas, que so respons-veis por um faturamento de quase R$ 800 milhes.
Obviamente, assim como ocorre em outros mercados com um nmero grande de concorrentes, nem todos dis-ponibilizam produtos de alto nvel de qualidade. Ao contrrio, alguns players reclamam com frequncia de fabrican-tes que optam por competir com preos baixos e qualidade duvidosa, mesmo o mercado sendo bem coberto por nor-mas tcnicas.
Entre os competidores que buscam oferecer qualidade e segurana, o ca-minho para se destacar frente a con-corrncia geralmente passa pelo de-senvolvimento de novas tecnologias e
investimento no design das peas. H ainda empresas que oferecem linhas com acabamento em alto brilho e an-tiaderente sujeira. Sem contar, cla-ro, na variedade de cores.
Os consumidores esto vidos por novidades, por diferenciais e at mesmo pela exclusividade. Ainda que as indstrias no possam oferecer um produto nico a um determinado con-sumidor, a grande variedade de mo-delos, formatos, texturas, cores e ma-teriais, com possibilidade inclusive de personalizao, permite que cada um crie seu prprio projeto decorativo, comenta Roberto Aimi, diretor da Tra-montina Eletrik.
Aimi explica que, quando esses itens esto instalados, o design um grande diferencial para o cliente, o que no significa que ele no busque qua-lidade tambm na estrutura interna do produto. J a modularidade das peas possibilita mudanas rpidas e fceis das placas, simplificando tambm o estoque e a comercializao por parte dos lojistas.
Carlos Nonatto, coordenador de Marketing do Grupo Legrand, explica que o design um dos pontos que mais tm evoludo nos ltimos anos nessa linha de produtos porque a busca por ambientes personalizados cada vez maior, principalmente quando a quali-dade e o design das peas esto atrela-dos a funes que proporcionem bem-e star e economia de energia.
tambm uma preocupao do Grupo Legrand criar harmonia e com-patibilizao com o ambiente onde so empregados os interruptores e to-madas. Por isso investimos pesado na questo de design para acompanhar-mos as tendncias da arquitetura e tambm dos mveis em nosso Pas, afirma Nonatto, que destaca que a ati-vidade de design na empresa no visa apenas o aspecto esttico e o acaba-mento dos produtos. Os quesitos de segurana e ergonomia tambm esto em nosso ckeck-list, garantindo um produto final seguro, bonito, funcional e f