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Potencialidades do Melhoramento Genético de Forrageiras no RS Miguel Dall’Agnol UFRGS

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Potencialidades do Melhoramento Genético de Forrageiras no RS

Miguel Dall’Agnol

UFRGS

Há mesmo a necessidade de novas cultivares de forrageiras?

• Porque em outras culturas, é comum a compra de cvs?

• Em forrageiras, o “saco branco” é a regra, mesmo há cultivares registrados?

• Procura pela planta salvadora...

Capim Maravilha

• Geada e seca não são mais problemas

• Tolerante à seca

• Resistente ao frio

– 11 0C

• Ração verde

• Produz o melhor feno

• Cresce 11cm por dia

• Capim Annoni 2

• Gramafante

• Gramalante

• Tifton

• Cuidado!!!

– Capim Faquir

– Capim Gostosura

– Grama Milagrosa

Na dúvida...

• Duvide dos milagres!!! Seja cético!!!

• Use o que se sabe que funciona

– Barato

– Eficiente

• Plante uma pequena área para observações

Como é o processo de registro e proteção de variedades no Ministério da

Agricultura? • Procedimento legal para a

comercialização. • Processo demorado:

– Vários anos – Tempo e recursos.

• Principais problemas: – Persistência:

• Manejo, doenças, adaptação.

– Produção/distribuição estacional.

Registro e Proteção Cultivares

Separação botânica: Folha Colmo Inflorescência Material Morto

Altura Número de Afilhos Diâmetro da planta

Registro e Proteção de Cultivares

Diâmetro

Altura

Número de Afilhos

COLETAS

AVALIAÇÕES REGIONAIS (~ 10)

CARACTERIZAÇÃO DOS ACESSOS

LANÇAMENTO

AVALIAÇÃO (>quantidade)

MULTIPLICAÇÃO

AVALIAÇÃO EM PASTEJO (3 a 4)

VCU / DESCRITORES

Etapas básicas do Programa de Seleção e Melhoramento de Plantas Forrageiras

• Citogenética • Morfológica

• Rendimento/planta • Persistência • Tolerância

• Produção MST/ha-1

• Produção de folhas • Vigor de rebrote • Produção de Sementes

• GMD, G/ha-1

• Persistência

CONSUMIDOR FINAL

O que está sendo feito com melhoramento de forrageiras no RS?

• O que poderia ou deveria ser feito?

– Sugestões?

• Quais as principais espécies?

– Curto e longo prazo.

• Possíveis resultados?

O que está sendo feito com melhoramento de

forrageiras no RS? Principais Espécies:

• Gramíneas: – Verão:

• Paspalum

• Capim Sudão

– Inverno • Azevém

• Aveias

• Dátilis

• Cevadilha

• Leguminosas: – Verão

• Alfafa

– Inverno: • Trevo branco

• Trevo vermelho

• Cornichão

• Ervilhaca

• Trevo vesiculoso

• Serradela nativa

• Trevo encarnado

Alfafa

Efeito Calagem

Cornichão

• São Gabriel

• Tolerância ao pastejo – Seleção de tipos

morfológicos

– Caracterização molecular

– Seleção estirpes rizóbio • extremamente

importante, ao de lado por dácadas.

Resposta

ao Al

- Al + Al

Trevo Branco

• Persistência verão

– déficit hídrico

– altas temperaturas

– doenças

Trevo Vermelho

• Seleção para persistência

– Verões quentes e secos

– Doenças

Azevém

• Problemas?

– Ciclo tardio

– Pouca produção

– Lento

– ...termina muito cedo!

– E agora?

EEA EEV

Avaliação de populações de azevém oriundas do RS

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

Com

um

Gl102

Le28

4

Az7

8

Gl136

Gl162

Gl160

Gl161

Gl158

Eclipse

Gl141

Gl163

Sul 001

Gl135

Sar

andi

Az7

7

Populações

To

tal a

cu

mu

lad

o

Produção total de MS de folhas acumulada em 4 cortes de populações de azevém (EEA).

Principais Espécies Nativas • Adesmia

– A. latifolia – A. bicolor

• Trifolium – T. riograndense – T. argentinense

• Desmodium – D. incanum – D. uncinatum

• Paspalum – P. notatum – P, guenoaraum, urvillei – P. lividum, almum, modestum

Adesmia na Região Sul A

dap

tado

de

Mio

tto (1

99

3)

A. incana var. incana

A. punctata

A. tristis

A. reitziana

A. rocinhensis

A. psoraleoides

A. paranensis

A. araujoi

A. vallsii

A. securigerifolia

A. riograndensis

A. latifolia

A. bicolor

A. sulina

A. ciliata

A. arillata

A. muricata var. muricata

Qualidade

PM(%) DIVMO (%)

Ca (%) P (%)

Cornichão 30 75 1,29 0,19

A. latifolia 23 71 2,95 026

A. tristis 25 70 1,07 0,18

A. bicolor 18 78 ---- ----

(Sheffer-Basso et al., 2001)

A.bicolor

T. polymorphum

T. polymorphum

T. riograndense

Viceja bem no inverno, suporta bem o pastoreio, boa produção de matéria verde, tolerante a solos ácidos

Trifolium argentinense

Produção de Forragem-kg/ha Espécies Ano-1 Ano-2 Total

Trevo branco 3042 a 2398 abc 5440 ab

T.riograndense (2x)

168 b 1349 bcd 1517 c

T. riograndense (4x)

117 b 520 d 637 c

T. polymorphum 120 b 374 d 494 c

Persistencia-(% solo coberto)

Espécies Soil Cover

Trevo branco 44 b

T. riograndense (2x) 100 a

T. riograndense (4x) 100 a

T. polymorphum ____

(Moraes, 1986)

Desmodium

D. triarticulatum

Desmodium uncinatum

Paspalum

9138 9174

14301

17934 18292

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

20000

A Rocha Bagualudo Pensacola Azulão Baio

Forrageiras

MS

Kg

/ha

Produção MS Total de Ecótipos de Paspalum, Eldorado do Sul (2003-2004)

(Steiner & Dall’Agnol)

1009410242

4931

8112

6930

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

A Rocha Bagualudo Pensacola Azulão Baio

Kg

/ha M

S

Produção MS Folhas de Ecótipos de Paspalum, Eldorado do Sul (2003-2004)

(Steiner & Dall’Agnol)

Formação de Híbridos

Emasculação

Coleta de pólen

Sementes F1

Apomíticas??? Plantas F1 Sexuais???

Marcadores moleculares Citômetro de fluxo Clareamento de ovário

Plantas F1 – 240 plantas 198 avaliadas + pais (6) + Pensacola 4 plantas vegetativamente (4 repetições)

Avaliação de planta individual Número de afilhos Altura de plantas

Hábito de crescimento

Avaliações de Campo

Cortes Plantas com 20 cm de altura em média

Separação botânica

Produção de Matéria Seca Total

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si a uma significância de 5%, pelo teste de Dunnett

Acesso Produção MST Acesso Produção MST

D3 166,7 A B26 82,9 A

C17 126,7 A D1 81,2 A

D16 117,8 A D8 79,8 A

C15 114,4 A B27 79,6 A

C2 113,0 A B38 78,6 A

C1 108,7 A D5 76,5 A

C23 103,0 A C22 76,0 A

B8 96,7 A B35 73,9 A

B29 94,8 A C5 72,4 A

B28 93,5 A B19 71,7 A

D6 93,1 A F15 71,1 A

B4 92,6 A D17 69,7 A

D25 90,8 A Pensacola 10,1 B

B17 89,9 A Bagual 52,4 B

C35 88,4 A André da Rocha 18,8 B

F29 88,0 A Q4188 36,0 B

C18 85,5 A Q4205 23,4 B

D24 85,4 A C44X 3,3 B

A13 83,2 A

Desempenho de 15 híbriddos, mais os pais e penascola quanto a hábito de crescimento, produção matéria seca total e modo de reprodução.

Acesso Hábito de Crescimento Produção MST - 2 cortes Reprodução

Pensacola Prostrado 100 S

Bagual Prostrado 518 A

André da Rocha Prostrado 187 A

Q4188 Ereto 357 S

Q4205 Ereto 113 S

C44X Prostrado 33 S

D3 Ereto 1650 A

C17 Ereto 1254 A

D16 Prostrado 1166 A

C15 Ereto 1132 S

C2 Prostrado 1122 A

C1 Ereto 1076 A

C23 Ereto 1020 A

B8 Prostrado 957 S

B29 Ereto 938 A

B28 Ereto 925 A

D6 Ereto 922 A

B4 Prostrado 916 S

D25 Ereto 899 A

B17 Prostrado 890 S

C35 Ereto 876 A

Modo de reprodução: S – sexual; A – Apomítico

Mãe Baio

Híbridos Híbridos

Híbrido 9 Híbrido 3 Azulão

Pensacola

Pensacola H

(Sawasato, 2006)

Produção Total Paspalum urvillei

0

20004000

6000

800010000

12000

1400016000

18000

Azul

Baio

Urv

A.R

ocha

Bagé

Eldor

ado

Not

A.R

ocha

Bagua

l

Pensa

cola

MS

(k

g/h

a)

Produção Total de P. guenoarum

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

30/10 5/1 7/2 16/3 20/4 6/6

Cortes

Pro

du

ção

(kg

/ha)

Baio

Azul

(Sawasato & Dall’Agnol)

Outras Espécies

• Capim dos pomares

• Aveia branca

• Aveia preta

• Ervilhaca

• Capim Sudão

Será que só eu sei o quanto isso vale?

• Temos que deixar paixões de lado e saber usar as boas espécies forrageiras. Vamos perder a impressão de que forrageiras produzem pouco. Elas produzem exatamente e de acordo com as nossa capacidade.

(Maraschin,1984).

Perspectivas de Utilização