precedimentos verbais

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Apresentar trechos de Lukács, a semelhança estrutural – 109, 110 – da forma-mercadoria, Os três tipos de discurso, a fala monológica, de si para si, sem relação com a fala do outro, a estilização, com a fala do outro, e finalmente a interação polêmica com a fala do outro – pensar e discutir a interação desses três tipos de discurso a partir da variável do terceiro tipo, o qual, no limite, retorna ao primeiro. Pensar o texto literário como jogo entre esses discursos, na dimensão passiva e ativa. 1. Precedimentos verbais: estilização, paródia, skaz, primeiro, segundo e quarto Parágrafos, 489-490 2. A fala do autor e a fala do personagem e a fala de um terceiro tipo do discurso, a de um autor estilizado, 491, segundo parágrafo. 3. 492, retomar, terceiro parágrafo. 4. 493, início 5. 494, primeiro, segundo e terceiro parágrafos completos, estilização, paródia, skaz 6. 495, continuar lendo estilização, imitação, estilização, convencionalidade, distância 7. Narrador como estilizador...495, segundo parágrafo completo, os graus de objetividade do narrador pressupõe uma convencionalidade mais fraca. O narrador como substituto do autor 8. 496, quando o narrador está estilizado, isto é, literariamente representado..., início 9. 497, definição do skaz, logo no início, 10. 498, orientação para a fala do outro skaz 11. 498, quarto parágrafo, texto monológico

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Page 1: Precedimentos verbais

Apresentar trechos de Lukács, a semelhança estrutural – 109, 110 – da forma-mercadoria,

Os três tipos de discurso, a fala monológica, de si para si, sem relação com a fala do outro, a estilização, com a fala do outro, e finalmente a interação polêmica com a fala do outro – pensar e discutir a interação desses três tipos de discurso a partir da variável do terceiro tipo, o qual, no limite, retorna ao primeiro. Pensar o texto literário como jogo entre esses discursos, na dimensão passiva e ativa.

1. Precedimentos verbais: estilização, paródia, skaz, primeiro, segundo e quartoParágrafos, 489-490

2. A fala do autor e a fala do personagem e a fala de um terceiro tipo do discurso, a de um autor estilizado, 491, segundo parágrafo.

3. 492, retomar, terceiro parágrafo.4. 493, início5. 494, primeiro, segundo e terceiro parágrafos completos, estilização, paródia,

skaz6. 495, continuar lendo estilização, imitação, estilização, convencionalidade,

distância7. Narrador como estilizador...495, segundo parágrafo completo, os graus de

objetividade do narrador pressupõe uma convencionalidade mais fraca. O narrador como substituto do autor

8. 496, quando o narrador está estilizado, isto é, literariamente representado..., início

9. 497, definição do skaz, logo no início,10. 498, orientação para a fala do outro skaz11. 498, quarto parágrafo, texto monológico12. 498, último parágrafo, paródia13. 499. Primeiro parágrafo aberto, retomar a paródia, página 500, pensá-la com a

turma – paródia como princípio geral da literatura. 14. A terceira modalidade do discurso, a polêmica, o dissenso, a fala do outro como

exterior mas ao mesmo tempo interna ao autor. Página 500 final, e subseqüente15. A polêmica declarada e a polêmica secreta, final da 5001, subseqüente –16. A polêmica interna – autobiografia, testemunho, 5002, penúltimo parágrafo17. O processo dialógico que pode ocorrer na paródia quando diante do terceiro tipo

de discurso, o da polêmica, a do dissenso, porque é uma paródia mais dialógica, 503/504

18. A questão diaológica e polifônica, misturas do passivo com o ativo, indiscernibilidade, paródia geral...continuar a partir do final da 503

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19. O monologismo do discurso poético...506 o poema como o terceiro tipo do discurso indiscernível ao primeiro tipo, a fala do outro refletida e a fala do outro por si mesma. Seria talvez um falso monologismo...

20. 507......A poética neoclássica , direcionado para uma única voz, fala direta, deus, o soberano, a tradição – a crítica muitas vezes vocacionada à epistemologia neoclássica. Relacionar essa questão com o texto anterior sobre o formalismo na poesia, que alegava que a crítica do século xix não dava conta de entender a criação do século xix – porque tinha inspiração neoclássica. O que define o neoclassicismo ou o classicismo é a relação com a palavra do outro, uma relação sem relação, sem problematização, sem tensão, como se as palavras fossem palavras da língua

21. O romantismo, com a expressividade da voz do autor, como uma tentativa de superar a poética clássica ou neoclássica, mas sem conseguir porque basicamente ainda não se refratava na palavra do outro..., p. 507, segundo parágrafo.

22. 509, final, fundamental. Conhecer o tipo de uso de palavra de sua época.. no caso da nossa, a da reificação dos direitos civis, nosso falso dialogismo e polifonia, nosso neoclassicismo.

Estruturalismo,luiz costa limaorigens – 247inconsciente não biológico-pessoal,248 pensamento infantil e do adulto, comparação, palavra-chave,e a relação do pensamento infantil com o pensamento primitivo.248/249 – a importância da relação, inspirada na fonologia, relação e comparação, portanto, final da página 248/249, o princípio regulador da estrutura.249 – o inconsciente estrutural-relacional, a metáfora da armadura – segundo paráfrafo – risco de uma espécie de fetichismo da estrutura ou fetichismo de um inconsciente universal-natural – A SINTAXE NO LUGAR DA SEMÂNTICA250, final, correntes críticas e o estruturalismo na literatura, na frança. COMPARAR COM A PÁGINA 267,/268 – RETOMAR, VERSÕES DIVERSAS DO INCONSCIENTE, NEM JUNGUEANO, INVARIANTES, NEM FREUDIANO, VICISSITUDES. NA QUAL É RETOMADA A QUESTÃO ESTRUTURALISTA A PARTIR DA FONOLOGIA ESTRUTURAL E DA SEMIOLOGIA DE SAUSSURE.

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252/253/254/255-256 – a teoria da recepção – diálogo com o estruturalismo e a história, evitando assim o fetichismo da estrutura, como armadura universal. PRIMEIRO PARÁGRAFO ABERTO – O ESCAPISMO DO ESTRUTURALISO NO BRASIL - O PAPEL AQUI DE FOUCAULT, NA FILOSOFIA, COM SUA CONCEPÇÃO DE FORMAÇÕES DISCURSIVAS – RELACIONAR TUDO. A ESQUERDA E A DIREITA NO BRASIL. CONTRA QUÉ SE VOLTOU O ESTRUTURALISMO, A HISTÓRIA E A HERMENÊUTICA – LANGUES E PAROLE – UMA GRAMÁTICA GERAL = O CULTO À LINGUA, O BELETRISMO, O BELO ASCÉPTICO, COMO ISSO FOI TRANSMIGRADO PRO CONTEMPOÂNEO. “ A ACEITAÇÃO DA LITERATURA PELA CLASSE DOMINANTE EXIGIA A NEUTRALIZAÇÃO DE SUA NEUTRALIDADE”, 256

256/257 – PRIMEIRO PARÁGRAFO ABERTO – A PERDA DE PRESTÍGIO DA LITERATURA.

257 – A RELAÇÃO ENTRE A HISTÓRIA E O ESTRUTURALISMO,CITAÇÃO DE MARX DE 18 DE BRUMÁRIO... PRIMEIRO PARÁGRAFO ABERTO HISTÓRIA E ETNOLOGIA – VER ESSA RELAÇÃO ENTRE ETINOLOGIA E HISTÓRIA A PARTIR DO FINAL DE PÁGINA 258/259 – HUMANISMO TRANSCENDENTAL – NO NÓS. O EQUÍVOCO DA CITAÇÃO DE MARX, QUE O FAZ TENDO EM VISTA A PRÓPRIA HISTÓRIA, E NÃO UMA IMANÊNCIA ESTRUTRUAL ( cf. com o final da página 269, última frase, só o imanente...) INCONSCIENTE UNIVERSAL. EIS QUE SURGE OUTRA RELAÇÃO, ENTRE O HUMANISMO TRANSCENDENTAL E A IMANÊNCIA ESTRUTRUAL. PROBLEMATIZAR ESSA QUESTTÃO. 258/259 – TRANSCENDENTALISMO LARVAR... AQUI A VOZ DE COSTA LIMA SE MISTURA COM A DE LEVIS-STRAUSS – REACIOARISMO PURO – A PRETEXTO DE CRITICAR A HERMENÊUTICA, RECUPARA-SE A HERMENÊUTICA, DEPDENTE DA POSIÇÃO DE TAL OU QUAL SUJEITO – 259 ATÉ O FINAL, INCLUSIVE COM A PÁGINA SEGUINTE – A SINTAXE NO LUGAR DA SEMÂNTICA

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262 – SOBRE A HERMENÊUTICA – PRIMEIRO E SEGUNDO OPARÁGRAFOS – 0RA MAIS NÃO ISSO QUE PROPÕE O ESTRUTURALISMO EM SUA VERSÃO DE LÉVI-STRAUSS, UM ETERNA VERDADE DA ESTRUTURA – É AQUIE QUE RESIDE UM FETICHISMO DA ESTRUTURA OU O FETICNISMO DA IMANÊNICA DA ESTRUTURA.

265 = FINAL – EPISTEME, SEGUNDO FOUCAULT, O INCONSCIENTE EPISTÊMICO, O INCONSCIENTE POSITIVO, A SEPARAÇÃO DO SIGNO DAS COISAS, DO SIGNO E DAS SEMELHANÇAS. INCONSCIENTE POSITIVO DE FOUCAULT, QUE RETOMA A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA – de novo o inconsciente lógico-estrutural de lévi-strauss, através do inconsciente a natureza penetra na cultura...segundo parágrafo da 270.

O inconsciente lógico-estrutural e o binarismo... 271

Lévi-strauss como um herdeiro do fetichismo da representação – o modelo estrutural é prévio, sob o nome de inconsciente lógico-binário. 273 – início. Compreensão, portanto, substancialista, tal como a substância de aristóteles.

273 .O inconsciente como ordem plasmática novamente foucault, a episteme.

ESTÉTICA E MATHESIS – A LÓGIA NUMA E NOUTRA, ATRAVÉS DE LÉVI-STRAUSS P. 274.

275.DIANTE DOS IMBrÓGlOS, costa lima retoma a importância do destinátário, do leitor, como sintoma de como uma obra é ou pode ser recepcionada – sintoma da episteme – o leitor, portanto, como mediador entre o inconscente lógico-estrutura e a história – o sintoma entre ambos - e aqui o risco de se reificar o leitor.

278= definição de leitor ou da estética da recepção no final do primeiro parágrafo, aberto na página anterior = o leitor e o contexto,

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o texto como interação. O risco aqui de se reificar o leitor. Não existiria, pois, mais leitura ideal e nem interpretação correta.

Reflexão....279~a forma como costa lima termina o texto. O sistema capitalista só é ameçado por suas próprias contradições. Por um lado,se esse argumento retoma marx, por outro tira o veneno deste porque reifica as contradições ao eliminar o sujeito coletivo, ao qual marx deu o nome, sem seu período histórico, de operariado...

Uma obra literária pode, pois, mediante uma forma estética inabitual, romper a expectativa de seus leitores e, ao mesmo tempo, colocá-los diante de uma questão cuja solução a moral sancionada pela religião ou pelo Estado ficou lhes devendo. Em lugar de outros exemplos, melhor é lembrar aqui que não foi somente Brecht, mas o Iluminismo, o primeiro a proclamar a relação de concorrência entre literatura e moral canonizada. Atesta-o entre outros Friedrich Schiller, que postulou explicitamente para o teatro burguês que as leis do palco terminam onde começam as leis mundanas P. 56 e 57

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O presente estudo é uma análise crítica da contribui- ção de Hans Robert Jauss à Estética da Recepção, movimento nascido em 1967, na Universidade de Constança, Alemanha. O trabalho apresenta-se dividido em três partes. Na primeira, as polêmicas de Jauss com formalistas, marxistas e estruturalistas. Na segunda, o núcleo da doutrina de Jauss e o confronto com R. Barthes. Na terceira, a fundamentação na hermenêutica e o diálogo Jauss-Gadamer. Se em O texto poético na mudança do horizonte de leitura, de

Jauss, O texto poético na mudança do horizonte de leitura – início 343

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1. primeiro parágrafo, questão metodológica, Proposta: primeira leitura de percepção estética e uma segunda leitura retrospectiva e uma terceira leitura, histórica, q inicia com a reconstruição do horizonte de expectativa em relação a obra, p.875, primeiro parágrafo

a hermenêutica como base em seus três momentos, compreensão, interpretação e aplicação, parágrafo seguinte ao anterior. Compreensão perceptiva, interpretação reflexiva, e aplicação/percepção, retrospecção, interpretação histórica/ a realização dessas três fases e suas dificuldades relacionais. Ligar este parágrofo ao da página 877, primeiro parágrafo aberto, marcado, porque nele jauss propõe, para fundamentar a autonomia estética de uma obra, que o segundo nível, o interpretativo, seja o que deva ser levado em conta, em função de sua dimensão aberta, em contrução. .

p. 876, parágrafo aberto, marcado. Uma pergunta: existe uma hemenêutica literária autônoma? O caráter estético como premissada própria interpretação. O efeito processsual do texto. Existe sempre um a priori estético sobre o estético. Função estética, processo de experiência com o texto.. efeito estético, 877

877 Ligar este parágrafo aberto, marcado, ao primeiro do texto, porque nele jauss propõe, para fundamentar a autonomia estética de uma obra, que o segundo nível, o interpretativo, seja o que deva ser levado em conta, em função de sua dimensão aberta, em construção. Os horizontes de expectativa implicados com as fases compreensão, interpretação e aplicação/percepção, retroação, história

878 – a experiência estética como compreensão perceptiva. Separar um momento do outro, a compreensão da interpretação não consitui um ato mecânica e precisa acionar o horizonte de experiência do leitor. Segundo parágrafo 879

a unidade temática entre compreensão, interpretação e aplicação corresponde à relação entre os horizontes da relevância temática, relevância de interpretação e motivação/ percepção, retroação, história. 878/879

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879 – ultimo parágrafo, desembocando na página seguinte. O modelo de Rifaterre e o de jauss; aquele, pressupõe um leitor ideal, ancorado no segundo momento, o interpretativo/retroativo; este um leitor que se permita à primeira fase, a da compreensão/percepção, se experimentando, fazendo perguntas. Um leitor com horizonte de formação da atualidade.

880/881 -A mudança de horizonte do primeiro para o segundo nível, final da página 880 início da página 881. o primeiro nível está mais comprometido com a forma. a passagem do primeiro para o segundo está no sentido-tarefa do leitor, através de uma leitura retrospectiva, tendo mais relação com o conteíudo que com a forma. Aqui é preciso considerar questões politico-ideológica/ o perfil social do leitor, o que nos faz entrar no terceiro nível, o horizonte histórico da obra. O segundo nivel ainda pertence à premissa hermenêutica da parcialidade. O horizonte histórico condiciona a gênero e o efeito da obra, limitando também a interpretação do leitor. O risco aqui de recaída num niilismo historicista, conformismo. p. 881, fim do parágrafo iniciado na página seguinte início do primeiro, aberto. A questão do horizonte histórico. O caráter estético como premissa hermenêutica da realização da interpretação.

p.882. O horizonte histórico como um suplemento da percepção e da interpretação devendo compreender o texto em sua época como alteridade, a fim de evitar os preconceitos do presente. Início da página 882. horizonte de expectativa original, historicismo, o que o texto me diz e o que eu digo sobre o texto – evitar o historicismo, mas também evitar a reificação do texto e a reificação do leitor. A aplicação: o horizonte de experiência própria, da alteridade do texto, com o horizonte da alteridade do contemporâneo, contrapondo-os.

Parágrafo importante, como síntese dos três horiozontes – 884

interação entre efeito e recepção – terceiro nivel – p. 904

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p.907/908 – baudelaire como pós-romântico – modernismo, fora do horizonte de expectativa do leitor romântico de sua época.

908- último parágrafo, continuado na página seguinte, final quebra do horizonte de expectativa do romantismo e alargamento do contexto histórico como aplicação da análise do poema.

912 – o reconhecimento de baudelaire por seus pares modernistas início.

Tédio

Tenho as recordações d'um velho milenário!

Um grande contador, um prodigioso armário, Cheiinho, a abarrotar, de cartas memoriais, Bilhetinhos de amor, recibos, madrigais, Mais segredos não tem do que eu na mente abrigo. Meu cer'bro faz lembrar descomunal jazigo; Nem a vala comum encerra tanto morto!

— Eu sou um cemitério estranho, sem conforto, Onde vermes aos mil — remorsos doloridos,

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Atacam de pref'rência os meus mortos queridos. Eu sou um toucador, com rosas desbotadas, Onde jazem no chão as modas desprezadas, E onde, sós, tristemente, os quadros de Boucher Fluem o doce olor d'um frasco de Gellé.

Nada pode igualar os dias tormentosos Em que, sob a pressão de invernos rigorosos, O Tédio, fruto infe'liz da incuriosidade, Alcança as proporções da Imortalidade.

— Desde hoje, não és mais, ó matéria vivente, Do que granito envolto em terror inconsciente. A emergir d'um Saarah movediço, brumoso! Velha esfinge que dorme um sono misterioso, Esquecida, ignorada, e cuja face fria Só brilha quando o Sol dá a boa-noite ao dia!

Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal" Tradução de Delfim Guimarães Obtido em Wikisource