press kit flm 2013

48
Terceira Edição MANIFESTO À ARTE

Upload: euthalia-editora

Post on 08-Apr-2016

233 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Consulte aqui o Press Kit do FLM

TRANSCRIPT

Page 1: Press Kit FLM 2013

Terceira Edição

MANIFESTOÀ ARTE

Page 2: Press Kit FLM 2013

Estamos convencidos que a Arte e a Literatura exercem

uma determinada influência em todas as classes sociais,

inclusive as mais ignorantes, que delas “bebem” através

de misteriosas infiltrações.

Marinetti, in Manifesto Futurista (1909)

Page 3: Press Kit FLM 2013

Nota Prévia

O FLM nasceu, cresceu e afirma-se como um momen-

to cultural incontornável. Começamos por centrar

a nossa discussão nos maiores responsáveis pelos

livros que nos fazem pensar, questionar, rir, apaixo-

nar: os escritores. Falamos dos que fogem da fama,

dos malditos, dos inconstantes, dos esquecidos e até

dos maltratados.

«Éramos felizes e não sabíamos». Por isso, no segun-

do ano, quisemos que a literatura fosse feliz na Ma-

deira e troikamos as voltas à crise. Tivemos a inter-

nacionalização do Festival, com honras de destaque

para a Poesia, esse género maior da expressão dos

sentimentos, do pensamento sobre o mundo, o ho-

mem e a humanidade.

Agora, a síntese, depois da tese e da antítese, como

propunha Hegel, essa trilogia perfeita para (tentar)

atingir o conhecimento supremo. Assim, o 3.º Festival

é a negação da negação, a rutura com um passado

para almejar a um novo futuro. É a revolução, a rutura

e a renovação do pensamento sobre a arte. Ou a arte

do pensamento?

FLM 2013 // NOTA PRÉVIA | 1 |

Page 4: Press Kit FLM 2013

É nas alturas de maior contestação social que o Ma-

nifesto se afirma como o género predileto para lan-

çar novas bases para o futuro. Seja estético-literário

ou político-ideológico, o Manifesto, pela sua natureza

reivindicativa, apresenta-se como o meio privilegiado

para comunicar de forma clara, sintética e precisa,

objetivos programáticos para o futuro, que se assu-

mem em total rutura com o passado, numa tentativa

de renovação estética, literária e até política (política

cultural e ideológica). Falar hoje do Manifesto en-

quanto género literário que se demarca dos paradig-

mas literários que já não satisfazem propósitos, é fa-

lar de textos que, pela sua ousadia e visão de futuro,

fizeram com que os movimentos estético-literários

evoluíssem, se reinventassem e se reencontrassem

no seu propósito.

Inicialmente dirigido sobretudo a um leitor intelectu-

al, ao qual pretende motivar e mobilizar para a mu-

dança, o Manifesto carateriza-se pela clareza de dis-

curso, por ser incisivo e agressivo nas palavras e pelos

métodos que sugere para alcançar os fins a que se

propõe. Introduz-se, inclusive, o conceito de «violên-

cia», assumido como uma forma clara de fazer rutura

com o passado, e iniciar um novo projeto estético.

ContextoMANIFESTO em 3 atos | Revolução | Rutura | Renovação

| 2 | CONTEXTO // FLM 2013

Ao longo dos tempos, o modelo de Manifesto tam-

bém se alterou tanto na forma pelo qual se apresen-

ta como nos meios usados para atingir o público. De

panfleto distribuído anonimamente na rua, a texto

assinado e publicado pelos jornais, o Manifesto pre-

serva os seus matizes genéticos:   caraterização do

presente, consciência de si e do outro, do que temos

e do que poderemos ter, do que somos e do que

queremos ser; do dever coletivo, da construção da

sociedade; da rutura com esse mesmo presente e a

construção de algo novo para o futuro; O Manifesto é

a determinação, a manifestação da vontade de trans-

formar.

Page 5: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // CONTEXTO | 3 |

Estes tempos revelam-se turbulentos e é possível

identificar, em épocas convulsivas da História ociden-

tal, obras literárias que, de alguma forma, produzi-

ram ruturas que não se esgotaram na literatura. Pelo

contrário, alastraram-se, como vagas impetuosas, a

todas as dimensões do quotidiano coletivo. É expec-

tável que, dentro de algumas décadas, possamos es-

tabelecer uma ligação inequívoca entre a conjuntura

político/económica e uma obra literária? Em Portugal,

a nova vaga de autores, alguns dos quais presentes

neste Festival, é influenciada pelos matizes dos tem-

pos, ou a produção destes autores seria a mesma

caso vivêssemos tempos de prosperidade? O Admi-

rável Mundo Novo, de Aldous Huxley, ou O Processo,

de Kafka, são distopias intemporais porque também

anteciparam o apocalipse dos regimes totalitários, ou

são intemporais pela sua intrínseca, e descomprome-

tida, exploração da condição humana? Qualquer das

perspetivas legitima a conclusão: Huxley e Kafka es-

creveram Manifestos. Bastará relê-los, porque toda a

Arte é um palimpsesto, ou há espaço para a reinven-

ção do Manifesto em forma de literatura?

Manifestamo-nos?

Porquê um Manifesto à Arte? Faz sentido, hoje, atri-

buir à produção artística a expectativa de um Mani-

festo, na esteira de outros que a História eternizou?

A conotação revolucionária do Manifesto não pode

ser reivindicada por qualquer um dos quadrantes po-

lítico/ideológicos. Sabemos, porém, que é forte a ten-

tação de vislumbrar num apelo, génese do Manifesto,

mundividências cunhadas pela ideologia. E é quase

inevitável a conversão de um Manifesto no substrato

ideológico de um novo paradigma. Porque a grande

Arte literária se escora numa incisiva consciência de

si e dos outros, o Manifesto reconhece as influências

ideológicas, embora não seja delas refém. A premissa

pode ser sintetizada assim: toda a grande literatura é

um manifesto. Ou, para não ferir suscetibilidades que

podem ver na premissa um dogma, perguntamos:

toda a grande literatura é um Manifesto?

O impacto dos Manifestos que mais facilmente recor-

damos não pode ser dissociado das épocas em que

eles emergiram. A informação não proliferava, como

hoje, e os meios ao dispor dos homens que prota-

gonizaram as Conferências do Casino, por exemplo,

não permitiam a sua propagação instantânea. Hoje,

qualquer laivo de indignação — ou qualquer sonho

frívolo, conquanto legítimo — pode aspirar a uma

visibilidade global. A globalização veio tornar áridos

os terrenos onde os manifestos, outrora, germina-

vam? Os Manifestos que a História perpetuou gera-

ram ondas sísmicas porque havia um imenso vazio a

preencher? A adesão a uma causa, consagrada num

Manifesto, indiciava uma capacidade de sonhar que

se perdeu? O Manifesto é a expressão [parcial com

aspirações identitárias] de uma vontade de mudança,

ou de reinvenção, que os novos tempos refrearam?

Ainda nos restam desígnios que a Arte literária possa

traduzir? Ou melhor, pode a Arte literária traduzir os

desígnios que nos restam? Se sim, cabe ao escritor

assumir essa missão?

Page 6: Press Kit FLM 2013

| 4 | PROMOTOR // FLM 2013

PromotorNOVA DELPHI - 3 Vocações

Livros | Ebooks | Eventos

A NOVA DELPHI é um projeto editorial que resulta da

paixão pelo livro, entendido como veículo privilegiado

para a promoção e reinterpretação do pensamento,

nas suas múltiplas formas. Tem a particularidade de

estar sedeada em Portugal, na cidade do Funchal, e

ter uma filial em Itália, na cidade de Roma.

Dinamizada por uma equipa jovem, ambiciona que as

suas publicações sejam espaços de leitura, encontro

e diálogo — espaços de comunicação, nas suas múlti-

plas e profusas linguagens. A esfinge da Nova Delphi

simboliza o desafio pretendido: desvendar enigmas

em cada uma das suas vocações.

Nesta procura constante pela interpelação, assumiu

também, desde a sua constituição, a realização de

eventos literários, cuja expressão maior é o Festival

Literário da Madeira.

A caminho da terceira edição, a Nova Delphi assume

um objetivo maior: fazer da Madeira um ponto de

chegada e de partida de pensamentos e ideias, e le-

var o FLM cada vez mais longe no mapa dos eventos

culturais de maior expressão.

Page 7: Press Kit FLM 2013

ObjetivosMANIFESTO em 3 atos

Aproximar | Internacionalizar | Madeira: Destino Cultural

A Organização sempre assumiu a pretensão de entrar

nos roteiros culturais internacionais. Inserir o arqui-

pélago da Madeira no mapa dos Festivais Literários

internacionais transforma positivamente a imagem

da Região, pois revela o nível cultural dos residentes

e demonstra ao visitante a maturidade de um destino

que não se contenta em oferecer bons serviços, mas

também um programa cultural de excelência. Suprir

esta lacuna na oferta cultural, nomeadamente no que

à cultura literária diz respeito, significa beneficiar os

leitores residentes, mas também permitir uma ofer-

ta alternativa ou complementar àqueles que nos vi-

sitam.

As singularidades naturais da Madeira, com a sua Be-

leza intrínseca e intemporal, conjugadas com as infra-

-estruturas modelares que se dispersam pela Região,

asseguram condições ímpares para a realização de

um evento com esta dimensão. Como Região exalta-

da pelo seu Turismo de excelência, o FLM represen-

ta, acreditamos, um veículo promocional inestimável.

A Madeira, através de um Festival Literário que atrai

figuras de indubitável relevo nacional e além-frontei-

ras, tem toda a legitimidade para aspirar à sua plena

consagração como destino cultural.

FLM 2013 // OBJETIVOS | 5 |

Page 8: Press Kit FLM 2013

A programação é bastante diversificada, no que à

forma das iniciativas diz respeito, tendo em conta

os públicos a atingir. Alargaremos a oferta cultural e

apresentaremos o livro nas suas múltiplas leituras e

representações.

Assim, em parceria com várias entidades regionais

nas mais diversas áreas da Arte – como a banda de-

senhada,  o  design gráfico, a fotografia, a música, o

teatro e o vídeo -, o livro servirá de inspiração criado-

ra, a fim de proporcionar e fomentar a participação

das diferentes faixas etárias, oferecendo um contac-

to direto com múltiplas formas de ver e interpretar o

Mundo.

Queremos abrir o “livro” ao Mundo com uma pro-

gramação que aproxime o público. Neste sentido, a

edição de 2013 terá diferentes modelos de conversas,

conferências, espetáculos, manifestações artísticas

com a participação de diversos agentes culturais da

ilha, distribuídas por vários espaços: escolas, univer-

sidade, teatro, entre outros.

Para além do «Festival nas Escolas» e das Conferên-

cias na Universidade da Madeira, lançamos este ano

o FLI – Festivalinho Literário Infantil. Entendemos ser

esta uma excelente oportunidade para se iniciar o

contacto dos mais pequeninos com o FLM, estimulan-

do um maior contacto com os livros e seus escritores

e ilustradores.

ProgramaçãoMANIFESTO em 3 atos | Revolução | Rutura | Renovação

| 6 | PROGRAMAÇÃO // FLM 2013

Conferência Inaugural

3 DE ABRIL | 18:00com Naomi WolfMarca o arranque oficial do FLM. Este é o momento

em que se dará o mote para o Manifesto à Arte.

Teatro Municipal Baltazar Dias

Page 9: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PROGRAMAÇÃO | 7 |

Conversas

Todas as conversas têm lugar no Teatro Municipal

Baltazar Dias.

3 DE ABRIL | 19:00 | Conversa à mesaNaomi Wolf e Rui TavaresDois cidadãos ativos, uma Americana e um Europeu,

partilham as suas experiências e o seu pensamento

sobre os dois continentes.

4 DE ABRIL | 18:00 | Conversa cruzadaA arte de morrer longe (Mário de Carvalho)DIÁSPORA Há um português em cada canto do Mun-

do, diz-se. A diáspora da Madeira é imensa. “Dói me-

nos quando morremos em vários lugares”? A condi-

ção insular também é condicionada por quem nos

morre à distância?

Participantes: João Tordo, Raquel Ochoa, Tiago

Patrício e Tiago Salazar

Moderadora: Cláudia Rodrigues

5 DE ABRIL | 18:00 | Conversa cruzadaA arte de lidar com as mulheres(Schopenhauer)DIFERENÇA Diferentes formas de ver o mundo ge-

ram conflitos. Podem duas visões opostas habitar o

mesmo mundo? Podem coexistir? Ou a relação será

sempre de subalternidade de uma em relação à ou-

tra? O feminismo como a expressão da libertação da

humanidade?

Participantes: Ana Luísa Amaral, Filipa Leal, Inês

Fonseca Santos, João Paulo Cotrim e Waldir Araújo

Moderadora: Paula Moura Pinheiro

6 DE ABRIL | 10:00 | Conversa cruzadaA arte da guerra (Sun Tzu)GUERRA Como a Guerra revolucionou ou revolucio-

na o Mundo; o dominador e o dominado; a guerra do

pensamento e da ideologia é uma guerra com efeitos

mais devastadores do que uma guerra com armas?

O século XX mudou o paradigma da Guerra como so-

lução dos conflitos?

Participantes: Antonio Scurati, Carlos Vaz Marques,

João Luís Barreto Guimarães e Pedro Mexia

Moderador: Ricardo Miguel Oliveira

6 DE ABRIL | 11:45 | Conversa cruzadaA arte da libertação (Krishnamurti)RELIGIÃO A religião liberta ou aprisiona? A liberdade

da verdade pertence a uma só fonte? Tem a Huma-

nidade a necessidade de acreditar que há algo que

nos transcende? A religião é (ainda) o ópio do povo?

A moral religiosa é ainda o meio mais adequado para

regular os conflitos na era da técnica? O Medo.

Participantes: Anselmo Borges, Gina Picart, Lídio

Araújo e Tabish Khair

Moderador: Sílvio Fernandes

6 DE ABRIL | 15:30 | Conversa cruzadaA arte de pagar as suas dívidas (Balzac)ECONOMIA A religião do dinheiro e a lei da necessida-

de. O dinheiro existe? Quanto vale e o que pode com-

prar? Estamos a viver uma guerra económica? Haverá

alternativa ao capitalismo? Pode o capitalismo procu-

rar o bem comum sem mudar o seu ADN?

Participantes: Carlos Quiroga, Maria do Rosário

Pedreira, Raquel Varela e Rui Zink

Moderador: Carlos Vaz Marques

6 DE ABRIL | 17:15 | Conversa à mesaZygmunt Bauman e José Rodrigues dos SantosDois homens de gerações distintas, que viveram perí-

odos históricos marcantes, abordam, entre outros te-

mas, as mudanças e os desafios das novas gerações.

Page 10: Press Kit FLM 2013

| 8 | NOVOS LEITORES // FLM 2013

Novos LeitoresMANIFESTO em 3 atos

Jardins de Infância | Escolas Secundárias | Universidade

1 DE ABRIL | 15:00Orfanato Princesa D. AméliaParticipantes: Francisco Fernandes e Luísa Spínola

1 DE ABRIL | 18:00ATL GymboreeParticipantes: Adélia Carvalho e Paulo Sérgio BEJu

2 DE ABRIL | 9:30Externato Princesa D. Maria AméliaParticipantes: Adélia Carvalho e Paulo Sérgio BEJu

2 DE ABRIL | 10:00Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Professor Francisco BarretoParticipantes: Francisco Fernandes e Luísa Spínola

2 DE ABRIL | 10:30Colégio de Santa TeresinhaParticipantes: Isabel Leal e Roberto Macedo Alves

2 DE ABRIL | 11:30Colégio de Santa TeresinhaParticipantes: Cláudia Sousa, Maria de Menezes e

Vasco Serôdio

Festivalinho Literário Infantil – fli

Este ano inauguramos o fli dedicado aos mais peque-

nos. Durante dois dias as crianças terão contacto com

os escritores, ouvindo histórias para recriá-las através

dos seus desenhos. Uma participação ativa em que os

miúdos perceberão como se constrói um livro, esse

misto de palavras e imagens que formam um sentido

sempre em evolução, não fossem os mais novos ver-

dadeiros inventores.

Com o objetivo de desenvolver hábitos e gosto pela

leitura desde cedo, os escritores visitarão algumas es-

colas do pré-escolar e 1.º ciclo. O escritor lê um livro

à sua escolha. É lançado um desafio às crianças para

reinventarem a história através de um desenho. O Ilus-

trador conduz o processo criativo, auxilia as crianças,

fornecendo dicas e dando sugestões, deixando sem-

pre o espaço necessário para a liberdade criativa.

Page 11: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // NOVOS LEITORES | 9 |

Festival nas escolas

Desde o início desta realização, o FLM tem apostado

no contacto dos autores com os jovens leitores, em

sessões organizadas em parceria com as Escolas Se-

cundárias. Estamos, pois, convictos de que o sucesso

de futuras edições do FLM dependerá em boa parte

desta oportunidade de contacto com os escritores

pelo efeito de contágio que eles criarão no interesse

pelos livros, pela leitura e pelo pensamento.

3 DE ABRIL | 10:00Escola B+S Dr. Luís Maurílio da Silva DantasParticipantes: Adélia Carvalho e António Barroso

Cruz

3 DE ABRIL | 11:50Escola B+S CalhetaParticipantes: João Tordo e Lídio Araújo

4 DE ABRIL | 10:00Escola Secundária Francisco FrancoParticipantes: Carlos Quiroga e Rui Zink

4 DE ABRIL | 10:00Escola B+S Prof. Dr. Freitas Branco (Porto Santo)Participantes: Manuela Ribeiro e Raquel Ochoa

4 DE ABRIL | 10:00Escola B+S Padre Manuel ÁlvaresParticipantes: Filipa Leal e Tiago Salazar

4 DE ABRIL | 11:30Escola B+S Dr. Ângelo Augusto da SilvaParticipantes: Inês Fonseca Santos e Tiago Patrício

2 DE ABRIL | 14:30Biblioteca do Curral das FreirasParticipantes: Isabel Leal e Roberto Macedo Alves

2 DE ABRIL | 14:30Biblioteca de Camara de LobosParticipantes: Cláudia Sousa, Maria de Menezes,

Paulo Sérgio BEJu e Vasco Serôdio

2 DE ABRIL | 15:00Escola Basica e Pré escolar do BoliqueimeParticipantes: Francisco Fernandes e Luísa Spínola

Page 12: Press Kit FLM 2013

| 10 | NOVOS LEITORES // FLM 2013

Universidade da Madeira

O Festival Literário da Madeira é, na sua essência, um

incitamento à reflexão. A Universidade da Madeira

surge, por isso, como parceira natural de um oceano

de pensamentos com múltiplos afluentes. A mais jo-

vem academia portuguesa consolidou o seu espaço

no panorama académico português e, recentemen-

te, reforçou o seu prestígio internacional mediante

protocolos que transformam a UMa em legítima em-

baixadora da Madeira. Este ano, a Universidade da

Madeira volta acolher alguns eventos integrados no

programa do FLM. Serão 3 os momentos que reno-

vam o elo umbilical entre o Festival Literário a Univer-

sidade. Região com uma imensa diáspora, a Madeira

também se expande pelo Mundo com os contributos

que emanam da sua Academia.

4 DE ABRIL | 14:30«Because I know that time is always time

And place is always and only place (…)

Because I cannot hope to turn again

Consequently I rejoice, having to construct something

Upon which rejoice» T. S. Eliot

Participantes: Antonio Scurati, Gina Picart, Naomi

Wolf, Tabish Khair e Zygmunt Bauman

Moderadora: Diana Pimentel

5 DE ABRIL | 14:30«[...] para quê, perguntou ele, para que servem

Os poetas em tempo de indigência?» Hélia Correia

Participantes: Ana Luísa Amaral, Filipa Leal, Inês

Fonseca Santos e Maria do Rosário Pedreira

Moderadora: Manuela Ribeiro

5 DE ABRIL | 16:00«E agora, José. (…) Aqui e ali vão-se levantando farra-

pos do muito que em nós se adiou e do muito que em

nós se morreu, e nalguns casos podemos até distin-

guir o traço de liberdade que abrimos com os nossos

livros nessa desolação prolongada. Pronto, estamos

feitos, José.» José Cardoso Pires

Participantes: João Luís Barreto Guimarães, João

Paulo Cotrim, Rui Zink e Tiago Patrício

Moderadora: Diana Pimentel

Page 13: Press Kit FLM 2013

Novos PúblicosMANIFESTO em 3 atos | Noite | Ação | Recriação

Eventos e Espetáculos

3 DE ABRIL | 21:00Espetáculo | Jazz, a Minha ArteMassimo Cavalli e CEPAM Escola das Artes

O SCAT apadrinha um momento musical, sob os bons

auspícios do músico italiano Massimo Cavalli. Com

alunos do CEPAM – Escola das Artes – Cavalli inter-

preta, entre outros, temas oriundos do seu primeiro

trabalho a solo, Varandas do Chiado.

SCAT - Music Club and Restaurant

4 DE ABRIL | 21:30Evento | Multimédia, a Minha ArteAs sinergias entre o FLM e a Universidade convergem

para o Pátio dos Estudantes, no Colégio dos Jesuítas.

Os alunos da academia projectam, nas paredes do

claustro, formas, cores e sons inspirados em frases

dos autores presentes no FLM 2013.

Universidade da Madeira, Colégio dos Jesuítas

5 DE ABRIL | 11:00Abertura da Exposição | A Arte de Outro LugarPorque um Manifesto à Arte incita à intervenção de

todas as expressões artísticas, o toque a rebate tam-

bém convoca as artes plásticas. Artistas madeirenses

e forasteiros radicados na Madeira partem de excer-

tos de obras literárias à sua escolha para a recriação.

Teatro Municipal Baltazar Dias

5 DE ABRIL | 21:30Concerto | «Da minha língua vê-se o mar»Mariano Deidda e Sérgio Godinho

O italiano Mariano Deidda, embaixador da poesia de

Fernando Pessoa, e Sérgio Godinho, nome de vulto

entre os músicos portugueses, protagonizam um es-

pectáculo musical que acentua o fascínio da palavra.

Teatro Municipal Baltazar Dias | Entrada: 15€

Bilhetes à venda no local

6 DE ABRIL | 21:00Espetáculo | Poesia, a Minha Artee Jam Session com Maggiore e Nuno Filipe

Num espaço onde o horizonte do Atlântico se abre,

desce a cortina sobre o FLM. Após o jantar, uma Jam

Session, com Maggiore e Nuno Filipe, embala o recital

poético que apela à espontaneidade. Sem programa

e sem âncora, ouvir-se-á o chamamento da poesia:

Levanta-te e diz.

Estalagem da Ponta do Sol

FLM 2013 // NOVOS PÚBLICOS | 11 |

Page 14: Press Kit FLM 2013

A ilha como ponto de partida e de chegada de novos

pensamentos e novas propostas para a Humanidade.

ParticipantesMANIFESTO em 3 atos | Gerações | Continentes | Géneros

Adélia Carvalho

Ana Luísa Amaral

Anselmo Borges

António Barroso Cruz

Antonio Scurati

Carlos Quiroga

Carlos Vaz Marques

Cláudia Rodrigues

Cláudia Sousa

Filipa Leal

Francisco Fernandes

Gina Picart

Inês Fonseca Santos

Isabel Leal

João Luís Barreto Guimarães

João Paulo Cotrim

João Tordo

José Rodrigues dos Santos

Lídio Araújo

Luísa Spínola

Manuela Ribeiro

Fazemos convergir nesta Ilha gerações de autores ori-

undos de 4 continentes: Europa, África, América e Ásia.

Maria do Rosário Pedreira

Maria João Saraiva de Menezes

Mariano Deidda

Massimo Cavalli

Naomi Wolf

Paula Moura Pinheiro

Paulo Sérgio BEJu

Pedro Mexia

Raquel Ochoa

Raquel Varela

Ricardo Miguel Oliveira

Roberto Macedo Alves

Rui Tavares

Rui Zink

Sérgio Godinho

Sílvio Fernandes

Tabish Khair

Tiago Patrício

Tiago Salazar

Waldir Araújo

Zygmunt Bauman

| 12 | PARTICIPANTES // FLM 2013

Page 15: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PARTICIPANTES | 13 |

Adélia Carvalho

Adélia Carvalho é uma das novas referências portu-

guesas no segmento da literatura infantil. Autora de

diversos livros que têm vindo a compor o imaginário

das crianças, a escritora nascida em Penafiel fun-

dou, recentemente, a editora Tcharan em parceria

com a ilustradora Marta Madureira. Em 2008, a ati-

vidade literária de Adélia Carvalho ganhou uma nova

dimensão mediante a abertura, no Porto, da livraria

Papa-Livros, um espaço dedicado à literatura infan-

tojuvenil. Licenciada em Educação de Infância, a es-

critora tem lecionado em várias escolas, fazendo uso

das suas prerrogativas para promover encontros com

escritores e ilustradores. Era uma vez um cão, lançado

no final de 2012, é a obra mais recente da escritora.

Ana Luísa Amaral

Nome de vulto da poesia portuguesa, Ana Luísa Ama-

ral nasceu na capital portuguesa em 1956. Doutorada

em Literatura Norte-Americana com uma tese sobre

Emily Dickinson (1830-1886), leciona Literatura Ingle-

sa no Departamento de Estudos Anglo-Americanos

da Faculdade de Letras do Porto. Com 14 livros de po-

esia e 9 infantis no currículo, para além de traduções,

o engenho poético de Ana Luísa Amaral assegurou-

-lhe lugar de honra em múltiplas antologias portu-

guesas e estrangeiras. Traduzida para várias línguas,

como castelhano, inglês, francês, alemão, holandês,

russo, búlgaro e croata, a poetisa tem, no seu pecúlio

de condecorações, o Prémio Literário Casino da Pó-

voa / Correntes d’Escrita (2007), fruto d’ A Génese do

Amor e o Grande Prémio de Poesia da Associação Por-

tuguesa de Escritores (2008) com o livro Entre dois rios

e outras noites. Em 2012, a primeira edição do Prémio

Rómulo de Carvalho / António Gedeão agraciou Ana

Luísa Amaral. Vozes, um trabalho de 2011, foi escolhi-

da por unanimidade pelo júri. Antes, a poetisa portu-

guesa recebeu a primeira distinção internacional, ao

ser contemplada, em Itália, com o Prémio de Poesia

Giuseppe Acerbi. Feminista e com uma vasta inves-

tigação na área, Ana Luísa Amaral é autora, com Ana

Gabriela Macedo, do Dicionário de Crítica Feminista e

coordenou a edição anotada de Novas Cartas Portu-

guesas. Neste momento, coordena o projeto inter-

nacional Novas Cartas Portuguesas, 40 anos depois, o

qual envolve 13 equipas internacionais e mais de 15

países.

Page 16: Press Kit FLM 2013

Anselmo Borges

Anselmo Borges é uma das grandes autoridades por-

tuguesas em matéria de Religião. Teólogo, Filósofo e

Professor, leciona Filosofia na Faculdade de Letras da

Universidade de Coimbra, depois de ter estudado Te-

ologia na Universidade Georgiana, em Roma, Ciências

Sociais na École des Hautes Étudese, Paris, e Filosofia

na Universidade de Coimbra. Colunista do Diário de

Notícias, espaço que Anselmo Borges dedica, normal-

mente, a questões de atualidade religiosa, o teólogo e

filósofo é autor de uma vasta obra que contribui para

tomar o pulso à relação entre o Homem e a Trans-

cendência. Marx ou Cristo, Janela do (In)visível, Religião:

Opressão ou Libertação?, Morte e Esperança, Corpo e

Transcendência ou Janela do (In)finito: Deus e o senti-

do da existência são alguns dos títulos que compõem

o trajeto de um autor prolífero. Para além dos livros

da sua autoria, Anselmo Borges também coordenou

algumas obras, entre as quais E Deus Criou a Mulher,

publicado pela Nova Delphi, e Deus no Século XXI e o

Futuro do Cristianismo. Já durante este ano, Anselmo

Borges coordenou a obra Quem foi/Quem é Jesus Cris-

to, aclamada pela crítica como uma das mais abaliza-

das análises à vida e legado de Jesus.

António Barroso Cruz

António Barroso Cruz nasceu na capital portuguesa

em 1962. Licenciado em Turismo pelo Instituto Su-

perior de Línguas e Administração, o escritor apaixo-

nado por viagens escolheu a Madeira como porto de

abrigo. Cosmopolita, António Barroso Cruz já visitou

mais de 60 países em viagens que nutrem a profusa

atividade literária. Colaborador de revistas e jornais,

para além de passagens pela representação teatral,

o escritor perfila-se em várias antologias publicadas

em Portugal, Itália e Brasil. Da poesia à crónica, sem

descurar o conto, escrita infantojuvenil e a narrativa

de viagens, a última obra de poesia do autor chegou

aos escaparates já em 2013: Poemas à flor da pele.

Contos de um pretérito (im)perfeito e Palavras de Mal-

dizer e Bem-querer são os últimos trabalhos do autor.

| 14 | PARTICIPANTES // FLM 2013

Page 17: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PARTICIPANTES | 15 |

Carlos Quiroga

Galego, Carlos Quiroga é um dos grandes responsá-

veis pela preservação e valorização do património

cultural que Portugal partilha com a Galiza. Cultor da

lusofonia e reputado especialista em Fernando Pes-

soa, Quiroga leciona Literaturas Lusófonas na Univer-

sidade de Santiago de Compostela. Nascido em Escai-

rom, Terra de Lemos, nos alvores da década de 60,

Carlos Quiroga é uma das vozes mais obstinadas na

luta pela defesa da Língua Galega. Com um vasto tra-

balho académico que reforça o diálogo entre a lusofo-

nia e o galego, o início da carreira literária de Quiroga

remonta a 1999, com a publicação de G.O.N.G – mais

de 20 poemas globais e um prefácio esperançado. No

mesmo ano, Periferias, obra em prosa que comprova

a versatilidade do escritor, mereceu a atribuição do

Prémio Carvalho Calero, galardão que consagra nar-

rativas e que o autor voltaria a conquistar em 2006,

através de Inxala – Espero por ti na Abissínia. Em 2002,

a trilogia Viagem ao Cabo Nom fez a sua primeira es-

cala n’ A Espera Crepuscular de um poeta que elege

Lisboa como santuário de criação, enredo pelo qual

a influência heteronímica de Pessoa se passeia com a

naturalidade de um residente. O ciclo da trilogia – que

reúne poesia, fotografia e narrativa – fechou-se em

2005 com O regresso a arder. Publicado no Brasil, Itália

e, naturalmente, Portugal, Carlos Quintana sintetizou

assim o seu amor de um galego à Língua Portugue-

sa, num artigo publicado pelo Jornal de Letras: “Por

isso, Língua, como se fosses a gente que és, volta os

olhos de letra e admira-te desta nossa intensidade de

amor: tem o sorriso louco das mães do Helder, colado

à boca que te roça em Camões.”

Antonio Scurati

Nascido em 1969 na cidade de Nápoles, Antonio Scu-

rati é um escritor incontornável no panorama literário

italiano. Após concluir a licenciatura em Filosofia, Scu-

rati rumou a França, país que promoveu o seu encon-

tro com Jacques Derrida, na École des Hautes Études.

Regressou a Itália para realizar doutoramento em Ber-

gamo, período durante o qual decidiu enveredar pela

carreira académica. Hoje, é professor e investigador

na Libera Università di Lingue e Comunicazione, em

Milão. Com alguns livros publicados, o ano de 2005

marcou a ascensão de Scurati ao patamar dos escri-

tores consagrados. Il sopravvissuto, o seu segundo

romance, arrebatou a XLII edição do Prémio Literário

Campiello. Interventivo e atento às mutações impos-

tas pelos tempos, o escritor napolitano conquistou a

sua tribuna na imprensa italiana, com crónicas no jor-

nal diário La Stampa e no semanário Internazionale. A

crescente influência de Scurati na digestão do quoti-

diano transalpino e internacional – representada, em

todo o seu esplendor, no livro de crónicas Gli anni che

non stiamo vivendo - garantiu-lhe, também, uma ru-

brica no mediático programa televisivo Parla com Me.

Em 2012, e sob a chancela da editora Nova Delphi, o

talento de Scurati ganhou expressão na Língua Portu-

guesa com a publicação de A Criança que sonhava com

o fim do mundo, lançada em 2009. Antonio Scurati,

para quem a escrita surgiu sem a influência pessoal

de qualquer mestre – “todos aqueles que foram meus

mestres já estão mortos” –, repete a presença no Fes-

tival Literário da Madeira, depois de ter contribuído

para abrilhantar a edição de estreia em 2011.

Page 18: Press Kit FLM 2013

Carlos Vaz Marques

Jornalista profissional desde 1987, Carlos Vaz Marques

é dono de uma voz inconfundível. Património vivo da

rádio portuguesa, o jornalista integra a redação da

TSF desde 1990. Antes, uma passagem pelo JL - Jornal

de Letras, Artes e Ideias, casa que apadrinhou a sua

estreia no jornalismo, terá contribuído para reforçar o

apelo magnético da cultura sobre Vaz Marques. Com

uma carreira recheada de glórias, Carlos Vaz Marques

é autor do programa Pessoal e Transmissível, na TSF,

veículo através do qual o jornalista já entrevistou cen-

tenas de personalidades. Dalai Lama, Xanana Gus-

mão, os Nobel da Literatura José Saramago e Mário

Vargas Llosa, Salman Rushdie e Caetano Veloso, entre

outros nomes ínclitos, desfilam na antena da rádio

desde 2001.Rubrica incontornável, Carlos Vaz Mar-

ques também coordena o Governo Sombra, programa

semanal que começou na TSF e conquistou espaço na

televisão. Pedro Mexia, João Miguel Tavares e Ricar-

do Araújo Pereira compõem a equipa ministerial. Na

rádio, Carlos Vaz Marques já exerceu múltiplas fun-

ções. Antigo responsável pelas manhãs informativas

da TSF, moderador de debates em período eleitoral e

enviado especial a várias zonas do globo, a coordena-

ção da coleção Literatura de Viagens, nas edições tinta

da China, materializa a paixão de Carlos Vaz Marques

pela dilatação de horizontes. Tradutor de várias obras

literárias, Carlos Vaz Marques foi premiado pela Casa

da Imprensa como autor de rádio, em 2005, Em 2009,

arrebatou o prémio “Jornalismo Científico” com a re-

portagem “Dali, primata como nós.” Este ano, a versão

portuguesa da consagrada e centenária revista Gran-

ta chega às bancas sob a sua direção.

Cláudia Rodrigues

Jornalista madeirense, Cláudia Rodrigues acabou o en-

sino secundário e rumou a Coimbra. Na mais antiga

Universidade portuguesa e uma das mais antigas do

Velho Continente, concluiu a licenciatura em Comunica-

ção Social. A redação do Diário de Notícias, em Lisboa,

apadrinhou o batismo no ofício do jornalismo. Após um

ano a trabalhar num dos principais jornais portugueses,

Cláudia Rodrigues iniciou a sua colaboração com a revis-

ta Evasões. No regresso à ilha, ingressou na redação do

extinto Notícias da Madeira, antes de integrar o elenco

do Culturalmente, um magazine de divulgação cultural

transmitido pela RTP Madeira. Em 2008, ganhou voz na

Antena 1 Madeira e permanece nos quadros da rádio

pública nacional. Apresenta o programa semana Casa

das Artes, na RTP Madeira.

| 16 | PARTICIPANTES // FLM 2013

Page 19: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PARTICIPANTES | 17 |

Filipa Leal

Licenciada em Jornalismo pela Universidade de West-

minster, Londres, e com Mestrado em Literatura

(Estudos Portugueses e Brasileiros) na Faculdade de

Letras da Universidade do Porto, Filipa Leal publicou,

em 2003, Lua-Polaroid, livro de estreia que serve de

referência luminosa para um trajeto literário que

comemora o 10º aniversário. Em 2004, a escritora

apresentou o seu primeiro trabalho de poesia, Talvez

os Lírios Compreendam. A Cidade Líquida e Outras Tex-

turas, O Problema de Ser Norte e A Inexistência de Eva

(finalista do Prémio Correntes d’Escritas) compõem

o percurso literário da autora. No exercício do jor-

nalismo, Filipa Leal foi, durante os últimos três anos,

jornalista e locutora residente do extinto programa

Câmara Clara/Diário Câmara Clara, emitido pela RTP2.

Antes, protagonizou uma incursão pela Rádio Nova e

assumiu a edição do suplemento Das Artes, Das Letras,

no jornal O Primeiro de Janeiro, para além de ter de-

sempenhado as mesmas funções na revista da Casa

Fernando Pessoa. Antiga colaboradora da revista Os

Meus Livros, a escritora publicou artigos em múltiplos

jornais e revistas (Egoísta, MeaLibra, INÚTIL, Colóquio

Letras, Textos e Pretextos, entre outras) e perfila-se en-

tre autores antologiados em Portugal, Itália, Croácia,

Galiza, Colômbia e Venezuela. A Cidade Líquida e Ou-

tras Texturas mereceu publicação em Espanha, numa

edição bilingue, e um dos seus poemas foi exposto

no Metro de Varsóvia, ao abrigo da iniciativa, Poems

on the Underground. Em 2012, Filipa Leal representou

Portugal no Festival de Poesia de Berlim e lançou a

sua última coletânea de poesia, Vale Formoso.

Cláudia Sousa

Artista plástica nascida na Madeira em 1981, Cláu-

dia Sousa dedicou-se desde precoce idade ao ofício

do desenho. Licenciada em Artes Plásticas, variante

de Pintura, pela Universidade da Madeira, a artista

madeirense enveredou pelo ensino, caminho atra-

vés do qual reforçou a relação íntima que há muito

mantinha com a Arte. Com Mestrado em Educação

Artística, Cláudia Sousa trabalha com crianças desde

os primeiros meses até aos 5 anos, num projeto de

desenvolvimento infantil que conjuga a Arte plástica

e a Música. Protagonista de algumas exposições indi-

viduais desde 2006, Cláudia Sousa participou no pro-

jeto coletivo Há Sempre Magia no Natal, ao lado de 16

autores madeirenses e 15 ilustradores.

Page 20: Press Kit FLM 2013

Francisco Fernandes

Francisco Fernandes nasceu no Funchal, em 1952,

cursou Finanças e concluiu o mestrado em Gestão do

Desporto. Docente de Matemática, Ciências Naturais

e Estatística, foi Secretário Regional de Educação e

Cultura da Região Autónoma da Madeira. Com vários

livros publicados nas áreas da investigação, drama-

turgia e ficção (narrativa e romance), Francisco Fer-

nandes consagrou-se como autor de literatura infan-

til. Duas Estrelas do Mar e Um Peixe Prateado assinalou,

em 2003, a estreia do autor como compositor do ima-

ginário infantil. O Diogo quer ser futebolista, a Estrela

Perdida, A História de Monakus, A Madalena descobre o

Basquetebol, Alguém avisou o Pai-Natal?, O Enigma do

Código *uSn, O Enigma da Casa das Mudas, O Enigma do

Palácio, Irina, Aliane e Zaneah, Porque devo ir à Escola?,

O Sonho da Maria e a biografia do General José Vicente

de Freitas,  A Liberdade de Pensar, compõem o currí-

culo do autor. O seu romance A Casa do Penedo da

Gaivota mereceu uma Menção Especial, no âmbito do

Prémio Literário Edmundo Bettencourt. O conto inti-

tulado A esquina 95 justificou a atribuição do prémio

António Feliciano Rodrigues, promovido pela Junta de

Freguesia de Santa Maria Maior.

Gina Picart

Demorou a chegar, mas chegou. O ano de 2012 assi-

nalou a entrada de Gina Picart no mercado editorial

europeu, sob a chancela da editora madeirense Nova

Delphi. De Cuba para o Velho Continente, com escala

noutra ilha atlântica, Óleo Sobre Tela é a obra que co-

meça a desenhar os contornos europeus de um futu-

ro literário que se prevê auspicioso. Nascida em 1956,

Gina Picart cedo se dedicou à palavra, licenciando-se

em Filologia e Jornalismo na Universidade de Havana.

Omnipresente no meio cultural cubano, a autora de

A lagoa do Anjo, sua obra de estreia, distinguiu-se no

jornalismo cultural. O labor de Gina Picart encontrou

veículos de expressão em várias rádios, jornais e re-

vistas, plataformas a partir das quais também exer-

ceu crítica literária. Com 10 livros publicados - o últi-

mo dos quais em 2012 (La casa del alibi) – e presença

em inúmeras antologias, à escritora cubana foi atri-

buído, em 2007, o mais importante prémio literário

cubano, Alejo Carpentier del Cuento, com Óleo Sobre

Tela. A obra de Gina Picart revela-se demasiado es-

corregadia para caber numa categorização literária. A

crítica situa-a em territórios movediços, entre os gé-

neros gótico e fantástico, com incursões pela História.

| 18 | PARTICIPANTES // FLM 2013

Page 21: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PARTICIPANTES | 19 |

Isabel Leal

Trabalhar com as crianças e suas famílias é a missão a

que se dedica Isabel Leal. Mulher do Mundo, a autora

aproveitou afazeres profissionais para absorver cul-

turas díspares e estabelecer diálogos entre elas. Com

os comportamentos inter-relacional e intergeracional

no seio familiar como objetos de estudo, Isabel Leal é

o rosto de uma nova abordagem didática. Professora

de Meditações Reiki para crianças e jovens, a autora

já publicou quatro livros: Meditação para Crianças,

Crianças de um Novo Mundo – Os Cristal, Crianças de

um Novo Mundo – Os Índigo, Em Casa ou na Escola, O

Meu Anjo da Guarda Aconselha…

Inês Fonseca Santos

Jornalista e poeta, Inês Fonseca Santos nasceu em

1979 e publicou As Coisas, o seu primeiro livro de po-

esia, em 2012. Em escassos dias, confessou a autora,

As Coisas compuseram-se após anos de formação len-

ta, “quase geológica”, diagnosticou o crítico e escritor

José Mário Silva. Licenciada em Direito, Inês Fonseca

Santos iniciou a carreira jornalística por mero acaso.

Quando já realizava Mestrado em Literatura Portu-

guesa, do qual emergiu a tese A poesia de Manuel An-

tónio Pina – O encontro do escritor com o seu silêncio

–, uma vaga no programa Sociedade das Belas Artes,

do canal privado SIC Notícias, abriu-lhe as portas do

jornalismo. Mais tarde, já como jornalista freelancer,

trabalhou no programa Laboratório, dedicado aos

criadores nacionais. Colaborou com algumas revistas

literárias, como Ficções, Textos e Pretextos, Relâmpago

e, mais recentemente, Duas Margens e Inútil. Em 2006

publicou Produções Fictícias - 13 anos de insucessos e,

pouco depois, tornou-se associada da empresa que

se dedica à produção de conteúdos para televisão, rá-

dio e imprensa escrita, assumindo a coordenação e

apresentação do programa de rádio A História Devida.

Em parceria com Nuno Artur Silva, organizou Anto-

logia do Humor Português. Jornalista do Câmara Cla-

ra entre 2006 e 2012, foi editora e apresentadora da

versão diária do mesmo programa da RTP2. Ao longo

deste ano, Inês Fonseca Santos coordena o ciclo Hu-

mor de Pessoa, na Casa Fernando Pessoa.

Page 22: Press Kit FLM 2013

João Luís Barreto Guimarães

Uma poesia cirúrgica, construída e reconstruída com

a precisão do bisturi. Esta pode ser uma definição

possível para a arte poética de João Luís Barreto Gui-

marães, especialista em Cirurgia Plástica, Recons-

trutiva e Estética no Centro Hospitalar de Vila Nova

de Gaia/Espinho. Com várias coletâneas de poesia

publicadas, o autor nasceu em 1967 e estreou-se

com o auspicioso Há Violinos na Tribo, em 1989, dan-

do continuidade à carreira literária com Rua Trinta e

Um de fevereiro (1991), Este Lado para Cima (1994) e

Lugares Comuns (2000). 3 (poesia 1987-1994), o seu

quarto livro, reúne as três primeiras obras. Em 2003,

Rés-do-Chão confirmou João Luís Barreto Guimarães

como um dos novos poetas portugueses que mais se

elevam. Luz Última (2006), A Parte pelo Todo (2009) e

Poesia Reunida (Lisboa, Quetzal, 2011), este último tí-

tulo a compilação de 22 anos de poesia, completam

o trajeto literário do autor. O título da última obra de

João Luís Barreto Guimarães pode ser lido pelo autor

como se procurasse orientação no mapa da grande

poesia: Você está aqui (Lisboa, Quetzal, 2013).

João Paulo Cotrim

João Paulo Cotrim nascem em Lisboa em 1965. Lan-

çou-se há pouco ao abysmo, uma editora onde os

livros se fazem projetos, entre os quais o premiado

álbum Sérgio Godinho e as 40 Ilustrações ou Autismo,

de Valério Romão. Guionista para filmes de animação,

como o Fado do Homem Crescido, com Pedro Brito, ou

Sem Querer, com João Fazenda, escreveu também no-

velas gráficas, como a aclamada Salazar – Agora, na

Hora da Sua Morte, e ficção, de que é exemplo O Bran-

co das Sombras Chinesas, em parceira com António

Cabrita. Dedicou-se também aos ensaios, destacan-

do-se Stuart – A Rua e o Riso ou El Alma de Almada El Ím-

par – Obra Gráfica 1926-1931) e à arte dos aforismos,

plasmados n’A minha gata. Já deixou a sua marca na

poesia, ao publicar Má Raça, com Alex Gozblau, e privi-

legiou histórias para “as mais disparatadas infâncias”,

expostas em Sem Querer, em articulação com André

da Loba. Dirigiu desde a sua abertura, em 1996, até

2002, a Bedeteca de Lisboa, tendo em consequência

organizado um sem número de edições, iniciativas

e exposições, bem como participado em colóquios,

simpósios e conferências. Lecionou vários workshops

e cursos no ArCo e no IADE, na Pós-Graduação em

Ilustração e Banda Desenhada. Assinou A Narrativa

do Século – Dois ou  três apontamentos sobre a picares-

ca viagem da banda desenhada pelo século XX incluída

em A Arte no Século XX (Afrontamento/Fundação Ser-

ralves, 2002). É coordenador do site de promoção de

leitura Cata Livros.

| 20 | PARTICIPANTES // FLM 2013

Page 23: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PARTICIPANTES | 21 |

José Rodrigues dos Santos

Rosto indissociável da televisão portuguesa, José Ro-

drigues dos Santos é o escritor português que mais

livro vende no país e um dos autores lusos mais tra-

duzidos. Jornalista desde 1981 quando ingressou na

Rádio Macau durante a sua estadia na antiga posses-

são portuguesa, José Rodrigues dos Santos regressaria

a Portugal em 1983 para cursar Comunicação Social,

na Universidade Nova de Lisboa. Concluído o curso,

rumou a Londres e trabalhou na mítica BBC. O talento

do jovem jornalista não passou despercebido em Por-

tugal, pelo que José Rodrigues dos Santos regressaria

ao país para integrar os quadros da RTP. Apresentador

do noticiário 24 Horas, a eclosão da Primeira Guerra do

Golfo “apanhou” José Rodrigues dos Santos em direto.

Protagonista de uma maratona de 10 horas que entrou

para a história do jornalismo televisivo português, a fa-

çanha contribuiu para guindar o jornalista ao principal

palco noticioso da RTP, o Telejornal. José Rodrigues dos

Santos continua, hoje, a ser um dos apresentadores do

principal bloco noticioso da televisão pública portugue-

sa. Doutorado em Ciências da Comunicação, leciona

na Universidade Nova de Lisboa e conjuga jornalismo,

docência e literatura. Jornalista com um percurso re-

pleto de consagrações – como os três prémios da CNN

–, estreou-se no romance com A Ilha das Trevas. Com 10

romances publicados até ao final de 2012, o jornalista

e escritor já vendeu mais de 1,5 milhões de exempla-

res e as suas obras estão traduzidas em 18 línguas. O

seu mais recente livro, A Mão do Diabo, mantém o autor

no topo das preferências literárias dos portugueses, na

esteira de outros sucessos como Codex 632, A Fórmula

de Deus, O Sétimo Selo ou O Último Segredo.

João Tordo

Nascido em agosto de 1975, sob o signo das disputas

ideológicas que marcaram o “verão quente”, João Tor-

do cedo percebeu que a palavra seria o seu caminho

natural. João Tordo licenciou-se em Filosofia e logo en-

veredou pela dimensões que lhe garantiam uma rela-

ção diária com a escrita. Com passagens por Londres

e Nova Iorque, justificadas pelos cursos de jornalismo

e escrita criativa, Tordo manteve colaborações assídu-

as com vários jornais e revistas portuguesas. Em 2004,

fez-se luz sobre João Tordo como romancista. O livro

dos Homens sem luz foi o primeiro do autor a chegar

aos escaparates, seguindo-se Hotel Memória, em 2007.

Com As três vidas (2008), venceu o Prémio Literário José

Saramago, distinção que confirmou o autor como um

dos mais promissores da nova geração de escritores

portugueses. Livro de grande fôlego, a edição brasilei-

ra de As três vidas foi finalista do Prémio Portugal Tele-

com. A carreira literária prosseguiu com O Bom inverno,

finalista do prémio para Melhor Livro de Ficção Narra-

tiva da Sociedade Portuguesa de Autores e do Prémio

Fernando Namora. A tradução francesa de O Bom in-

verno compôs a plêiade de obras selecionadas para a

6ª edição do Prémio Literário Europeu. Anatomia dos

Mártires, romance publicado em 2011, voltou a colocar

o escritor entre os finalistas do Prémio Literário Fer-

nando Namora. Já este ano, os leitores e o mercado

editorial aguardaram, com expectativa, a publicação de

O Ano Sabático, romance que sublinha o poder encan-

tatório dos enredos criados por João Tordo. Com traba-

lho realizado no âmbito audiovisual, mediante a escrita

de guiões, João Tordo tem traduções dos seus livros

publicados em França, Itália, Brasil, Sérvia e Croácia.

Page 24: Press Kit FLM 2013

Lídio Araújo

Escritor madeirense, Lídio Araújo nasceu em Câmara

de Lobos em 1951. Licenciado em Línguas e Literatu-

ras Modernas, variante Português-Francês, pela Uni-

versidade Clássica de Lisboa, a passagem do autor

pela capital portuguesa revelou-se importante para a

afirmação das suas raízes, encontrando na literatura

um meio de transmissão dos traços etnográficos de

um povo. Professor de Língua Francesa numa escola

do Funchal, Lídio Araújo é um escritor tardio. Publi-

cou em 2002 o seu primeiro livro, Filhos do Mar. Obra

que já conquistou um espaço singular na literatura

contemporânea produzida por madeirenses, Lídio

Araújo interpreta a ambiência distintiva da classe pis-

catória de Câmara de Lobos, cuja baía, polvilhada de

pequenas embarcações, Churchill imortalizou na tela.

No mesmo ano, lançou A Festa, obra que sintetiza a

forma inimitável como os madeirenses celebram a

quadra natalícia. No ano seguinte, assinou a primeira

coletânea de poemas, Maresias. Os Bravos da Picada,

uma narrativa de guerra, sistematiza as suas memó-

rias de Moçambique, onde cumpriu serviço militar

durante a guerra colonial. Casa Verde – Tribulações na

vida de um seminarista, Princípio... E Fim e, mais recen-

temente, Ilha – a preto e branco complementam o cur-

rículo literário do autor madeirense.

Luísa Spínola

Luísa Spínola nasceu em 1962, na Madeira, e licen-

ciou-se em Artes Plásticas, variante de Pintura, pelo

Instituto Superior de Arte e Design. Mestre em Arte e

Património, a carreira artística de Luísa Spínola con-

solidou-se com a participação em inúmeras exposi-

ções coletivas e individuais, desde 1994. Artista com

alguns prémios no currículo, Luísa Spínola ilustrou 3

livros de Francisco Fernandes: O Diogo Quer Ser Fute-

bolista, A Madalena Descobre o Basquetebol e O João

Gosta do Mar, para além de Antes que a Noite Caia, de

Maria Aurora Homem. Desde 2006, a artista preside

aos destinos do Atelier Gatafunhos, um espaço que

procura inserir o ofício das Artes plásticas no quoti-

diano de crianças de 5 anos até jovens de 15.

| 22 | PARTICIPANTES // FLM 2013

Page 25: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PARTICIPANTES | 23 |

Maria do Rosário Pedreira

A escritora e editora Maria do Rosário Pedreira é um

dos nomes que a década de 90 do século passado

consagrou. Licenciada em Línguas e Literaturas Mo-

dernas, na variante de Estudos Franceses e Ingleses,

pela Universidade de Lisboa, enveredou pelo ensino

e lecionou Português e Francês durante cinco anos. O

contacto próximo com os jovens alunos influenciaria

o rumo que trilharia, dedicando-se a uma criação lite-

rária fecunda com as crianças e os adolescentes como

destinatários. O seu trabalho como escritora alimenta,

há mais de duas décadas, o imaginário infantojuvenil

português, mas os terrenos percorridos pela escritora

não admitem fronteiras estanques. Nascida em 1959,

as primeiras impressões digitais de Maria do Rosário

Pedreira como escritora remontam a 1996, ano em

que publicou A Casa e o Cheiro dos Livros. Seis anos de-

pois, O Canto do Vento nos Ciprestes correspondeu aos

anseios de todos aqueles leitores de poesia que esgo-

taram a primeira edição d’ A Casa e o Cheiro dos Livros.

Entre obras poéticas, lançou vários títulos em prosa,

como o romance Alguns Homens, Duas Mulheres e Eu.

Antes e depois de 1996, a autora publicou uma miríade

de livros infantojuvenis, destacando-se a saga do Dete-

tive Maravilhas e a as aventuras d’ O Clube das Chaves,

em parecia com Maria Teresa Maia Gonzalez. Em 2004,

voltaria à poesia com Nenhum Nome Depois. Poesia

Reunida, obra que condensa a poesia distribuída pelas

três coletâneas publicadas e integra o inédito A Ideia

do Fim, justificou a atribuição do Prémio Literário Fun-

dação Inês de Castro 2012. Com uma já longa carreira

como editora, a galardoada escritora exerce funções

na Leya, um dos maiores grupos editoriais lusófonos.

Manuela Ribeiro

Manuela Ribeiro nasceu em 1963 na freguesia de Na-

vais, Póvoa do Varzim. Cursou Línguas e Literaturas

Modernas na Faculdade de Letras do Porto e, após a

conclusão da licenciatura, lecionou Português e Fran-

cês. Trabalhou como jornalista na SOPETE Rádio Mar,

para além de ter sido correspondente do jornal Pú-

blico. Funcionária da Câmara Municipal da Póvoa do

Varzim, Manuela Ribeiro é coorganizadora do Corren-

tes d’ Escritas – Encontro de Escritores de Expressão

Ibérica, o maior evento literário do país que come-

morou, este ano, o 14º aniversário. Coordenadora da

revista Correntes d’Escritas, Manuela Ribeira é autora

das obras Rosas e Feitiços do Mar, Catitinha e Cego do

maio, livros indissociáveis de um cenário que sempre

marcou a autora: o mar.

Page 26: Press Kit FLM 2013

Maria João Saraiva de Menezes

Maria João Saraiva de Menezes nasceu no Porto, em

1971. Entre 1987 e 1990, viveu em Macau onde fre-

quentou o primeiro ano do curso de Direito na Uni-

versidade da Ásia Oriental. De regresso a Portugal em

1991, ingressou na Universidade Católica Portuguesa,

onde se licenciou em Filosofia. É professora de Filo-

sofia e de Educação Moral e Religiosa Católica. Publi-

cou poesia em revistas literárias e jornais. É autora de

vários livros para crianças, dos quais se destacam os

últimos títulos: Vasco das forças, o bullying e a violência

infantil e O menino Natal e o Pai Jesus, afinal o que é o

Natal? Em 2012, a Nova Delphi apadrinhou a publica-

ção do seu último livro, O Gafanhoto Garoto Não Pode

Brincar.

Mariano Deidda

Mariano Deidda é um caso inimitável no panorama

musical europeu. Italiano natural da Sardenha, o can-

tautor “cruzou-se” com a obra de Fernando Pessoa

e foi agraciado com uma verdadeira epifania. Com

vários discos dedicados à poesia de Pessoa, a voz de

Deidda materializa um fenómeno de alquimia, com a

obra do poeta português como centelha que cria ilhas

de beleza. Autor da trilogia Deidda Interpreta Pessoa,

o cantor e compositor sardo representou a música

italiana durante a Expo 98, em Lisboa, e apaixonou-

-se pela ilha do Porto Santo, um dos seus destinos

prediletos. Na ilha que acolheu Cristóvão Colombo,

Mariano Deidda gravou um vídeo-clip para o cd de-

dicado a Cesare Pavese, nome maior entre os poetas

transalpinos. Antes, Deidda lançou L’era dei Replicanti,

trabalho que integra o tema Porto Santo, um tributo

que sublima a “ilha dourada”. Este trabalho justificou

a atribuição do título “melhor cantautor do ano”, em

Itália. Presença assídua nos mais afamados teatros

europeus, Mariano Deidda assume-se como um em-

baixador itinerante de Fernando Pessoa. Em 2012, o

músico lançou um livro que escrutina as afinidades

entre Fernando Pessoa e Cesare Pavese, Da Pessoa a

Pavese, così lontani, così vicini. Já em 2013, o mercado

editorial acolheu Deidda canta Pavese – Un paese ci

vuole –, reedição do trabalho discográfico com a adi-

ção de um livro que inclui três pequenas histórias es-

critas por Mariano Deidda.

| 24 | PARTICIPANTES // FLM 2013

Page 27: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PARTICIPANTES | 25 |

Naomi Wolf

É uma jornalista e escritora norte-americana que se

tem destacado pelo seu ativismo político e crítica

social. O seu livro de 1991, o Mito da Beleza, foi um

bestseller internacional que desafiou a indústria da

cosmética e a existência de padrões irrealistas de

beleza. O The New York Times considerou-o um dos

livros mais importantes do século XX. É cofundadora

do The Woodhull Institute for Ethical Leaderships, uma

organização que ensina jovens mulheres a tornarem-

-se líderes e agentes de mudança no século XXI e da

The American Freedom Campaigne, uma organização

vocacionada para a sensibilização dos cidadãos para

a proteção individuais consagrados na constituição.

Escreveu ensaios para o The New Republic, The Wall

Street Journal, Glamour e The New York Times e é uma

das colunistas do projeto Syndicate, cujos artigos têm

sido publicados em Portugal pelo jornal Público. Iné-

dita no mercado editorial português até 2012- O Mito

da Beleza foi publicado no Brasil nos primórdios da

década de 90 -, a Nova Delphi abriu-lhe as portas com

O fim da América – carta de aviso a um jovem patriota,

uma espécie de diatribe contra um país que perdeu

o rasto dos seus Fundadores. O último livro de Na-

omi Wolf, Vagina - a Cultural History (2012), voltou a

provocar abalos sísmicos nos meios literários, sociais

e políticos, em consonânia com um trajeto interven-

tivo que faz da confrontação e rutura as suas grandes

premissas.

Massimo Cavalli

Nasceu em Trivero, Itália, em 1969. Mudou-se para

Portugal em junho de 1996. Em setembro de 2006, li-

cenciou-se em Contrabaixo Jazz na Escola Superior de

Música e das Artes do Espetáculo do Porto. Em 2011

acabou o mestrado em Interpretação Artística Jazz

na mesma escola. Iniciou a sua atividade profissional

em 1990, tocando em vários clubes no Norte da Itália.

Participou em vários festivais no mundo. Atuou, entre

outros, com Laurent Filipe, Jacinta, Ficções, Melissa

Walker, Amélia Muge, Joel Xavier e Didier Lockwood,

Jean Pierre Como Trio e Quarteto. Colaborou, entre

2003 e 2009, com o grupo Ala dos Namorados, gravou

com Mafalda Veiga e João Pedro Pais o CD ao vivo

Lado a Lado, atuando na respetiva tour nacional. Atu-

almente colabora com Susana Félix e com o projeto

Rua da Saudade, com o quarteto de Alexandre Diniz e

com Laurent Filipe, The Song Band. Leciona na Univer-

sidade Lusíada de Lisboa, na Escola de Jazz Luiz Villas-

-Boas e na Escola de Jazz do Barreiro. Em setembro de

2012 lançou o primeiro trabalho em seu nome com

composições originais, Varandas do Chiado.

Page 28: Press Kit FLM 2013

Paula Moura Pinheiro

Licenciada em Comunicação Social pela Universidade

Nova de Lisboa e pós-graduada em Direito Comuni-

tário pelo Instituto Europeu da Faculdade de Direito

da Universidade de Lisboa, o início da carreira jorna-

lística de Paula Moura Pinheiro remonta a 1987. Mais

tarde, em 1992, estreou-se no pequeno ecrã, supor-

te através do qual contribuiu para fazer história no

jornalismo cultural português. Subdiretora da RTP2

entre 2006 e 2012, Paula Moura Pinheiro editou e

apresentou o Câmara Clara até à sua extinção. Pro-

grama emblemático no âmbito da divulgação e deba-

te culturais, a jornalista entrevistou centenas de con-

vidados que asseguravam a dose diária recomendada

de grande Arte. Escritores, músicos, historiadores,

filósofos, dramaturgos, arquitetos, cineastas e escul-

tores, entre outros intérpretes da Arte, eternizaram

uma câmara Clara cujo brilho orientador não se apa-

ga. Na rádio, a voz de Paula Moura Pinheiro ecoou,

pela primeira vez, em 1994. Na imprensa escrita, foi

entrevistadora, repórter e colunista da revista Gran-

de Reportagem durante seis anos. Colaboradora do

Instituto Português do Livro e das Bibliotecas como

dinamizadora de comunidades de leitores por todo o

país, Paula Moura Pinheiro assinou o Guia de Leituras

do IPLB de 2003 e promoveu, em articulação com a

Fundação Calouste Gulbenkian, os Clássicos. Mentora

da animação cultural das 74ª e 75ª edições da Feira

do Livro de Lisboa, a jornalista tem quatro livros edi-

tados: 27/8, Portugal no Futuro da Europa, Estória da

Pré-História do Chapitô e Viagem de Regresso.

Paulo Sérgio BEJu

Nasceu no Monte, Funchal, em 1971. Em 1999, con-

cluiu a licenciatura em Artes Plásticas – Escultura e,

em 2003, pós-graduou-se em Direção Artística. Tem

desenvolvido diversos projetos no âmbito da expres-

são dramática, teatro, cenografia, performance, artes

plásticas e curadoria. Tem participado, desde setem-

bro de 2002, em exposições individuais e coletivas,

como artista plástico. Recebeu diversos prémios no

âmbito do teatro (encenação), escrita e artes plásticas,

destacando-se o 1º prémio no Concurso de Poesia de

Abrantes (junho de 1996) e o 1º prémio do Concurso

de Artes Plásticas “Henrique e Francisco Franco” (Ca-

lheta, dezembro de 2005), atribuído por um júri presi-

dido pela curadora Isabel Carlos. Recentemente, ilus-

trou o livro As Coisas mais belas do mundo, de Valter

Hugo Mãe, lançado em setembro de 2010. Ilustrou,

também, O Pote da Peste e o Pote de Ouro, o primeiro

título da coleção Mistério e Fantasia, da Nova Delphi.

| 26 | PARTICIPANTES // FLM 2013

Page 29: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PARTICIPANTES | 27 |

Raquel Ochoa

Licenciada em Direito, Raquel Ochoa nasceu na capi-

tal portuguesa em 1980. Nome de vulto entre a nova

geração de escritores portugueses, a carreira literária

de Raquel Ochoa destaca-se por um início auspicioso.

O seu primeiro romance, A Casa-Comboio, foi distin-

guido com o Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís,

em 2009, e traduzido em Itália pela sucursal transal-

pina da Nova Delphi. Epopeia de uma família indo-

-portuguesa, originária de Damão, joia da Índia Portu-

guesa, a obra reflete a paixão de Raquel Ochoa pela

Índia, um dos destinos prediletos de quem considera

que o mundo lê-se a viajar. Errante, as ininterruptas

viagens de Raquel Ochoa são digeridas pela arte da

crónica, bem representada em O Vento dos Outros,

um relato de viagens à América do Sul publicado em

2008. No mesmo ano, a escritora e formadora de Es-

crita Criativa também deu a conhecer Bana – Uma vida

a cantar Cabo Verde. Em 2011, Raquel Ochoa aventu-

rou-se no registo biográfico, reconstituindo a vida de

D. Maria Adelaide de Bragança, A Infanta Rebelde. O

seu segundo romance, Sem Fim à Vista – a viagem, che-

gou aos escaparates em 2012 e recupera o enlevo da

narrativa de viagens, cujo protagonista, portador de

problemas cardíacos, deambula por Singapura, Ma-

lásia, Indonésia, Austrália, Nova Zelândia, Hong Kong,

Macau e Sri Lanka.

Pedro Mexia

Licenciado em Direito pela Universidade Católica Por-

tuguesa, Pedro Mexia nunca exerceu e mantém a sua

inscrição na Ordem dos advogados suspensa ad ae-

ternum. Cronista e crítico do Diário de Notícias entre

1998 e 2007, Pedro Mexia, nascido em 1972, foi um

dos grandes impulsionadores da blogosfera portu-

guesa. A Coluna Infame, blogue que mantinha com

Pedro Lomba e João Pereira Coutinho, marcou uma

época e abriu as portas da imprensa escrita a talen-

tos que se revelaram nos blogues. Antes, Pedro Mexia

estreou-se no DN-Jovem, uma rubrica, mais tarde su-

plemento, que catapultou muitos daqueles que, hoje,

enformam a nova geração de escritores portugue-

ses. Autor de uma crónica semanal no Expresso, para

além de uma coluna mensal na revista  LER, Pedro

Mexia foi subdiretor e diretor interino da Cinemate-

ca Portuguesa, sucedendo ao saudoso João Bernard

da Costa. Membro do Governo Sombra, programa ra-

diofónico que ganhou plataforma no pequeno ecrã,

Pedro Mexia publicou seis livros de poemas:  Duplo

Império, Em Memória, Avalanche, Eliot e Outras Obser-

vações, Vida Oculta e Senhor Fantasma. Em 2011, o au-

tor lançou Menos por Menos – Poemas Escolhidos, uma

súmula do seu percurso poético. Para além da poesia,

Mexia publicou quatro coletâneas de crónicas e a sua

poesia perfila-se em várias antologias. Eclético, Pedro

Mexia também já deixou marcas na dramaturgia. En-

tre outras impressões digitais, encenou a peça Agora

a Sério, de Tom Stoppard.

Page 30: Press Kit FLM 2013

Raquel Varela

Raquel Varela é investigadora do Instituto de Histó-

ria Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa,

onde coordena o Grupo de Estudos do Trabalho e dos

Conflitos Sociais e investigadora do Instituto Interna-

cional de História Social. É coordenadora do projeto

História das Relações Laborais no Mundo Lusófono.

Doutorada em História Política e Institucional pelo

ISCTE, Raquel Varela é, neste momento, Presidente

da International Association Strikes and Social Conflicts.

Autora de Quem paga o Estado Social em Portugal?,

uma obra que reúne contributos que procuram des-

montar o “mito” do Estado” gordo”, a investigadora

publicou, em 2011, História da Política do PCP na Re-

volução dos Cravos. Coordenadora da obra Revolu-

ção ou Transição? - História e Memória da Revolução dos

Cravos, Raquel Varela foi cocoordenadora de Greves e

Conflitos Sociais no Portugal Contemporâneo e de O Fim

das Ditaduras Ibéricas (1974-1978). Os seus artigos es-

tão publicados em revistas nacionais e internacionais

com arbitragem científica, como Revista Brasileira de

História, Hispania, XX Century Communism, Revolutiona-

ry Russia, Historia del Presente, Revista Espacio, Tiempo y

Forma e Análise Social. Especialista em História Global

do Trabalho e História do Estado Social, Raquel Vare-

la tem vindo a desenvolver um importante trabalho

sobre o comunismo europeu, tornando-se uma auto-

ridade no estudo comparativo dos Partidos Comunis-

tas Europeus.

Ricardo Miguel Oliveira

Diretor do Diário de Notícias e da TSF-Madeira, Ricar-

do Miguel Oliveira foi redator do jornal mensal Pre-

sença Portuguesa, editado em Paris, e coordenador

na Madeira do Correio da Venezuela. No DN-Madeira,

desempenhou as funções de jornalsista, subchefe de

redação, subdiretor, editor de Economia e editor exe-

cutivo. Passou pela Rádio Jornal da Madeira e pela Es-

tação Rádio da madeira, onde foi chefe de redação. Li-

cenciado em Teologia pela Faculdade de Teologia da

Universidade Católica Portuguesa, frequentou vários

cursos na área da Comunicação Social, entre os quais

o diploma e Jornalismo e Ciências de Informação no

Institut Français de Presse. Lecionou Jornalismo na

Escola Profissional Atlântico e tem sido orador em

diversos seminários, comentador televisivo e mode-

rador de debates, conferências e afins, com destaque

para as conferências finais da iniciativa promovida

pelo DN-Madeira, 100 maiores e melhores empresas da

Madeira.

| 28 | PARTICIPANTES // FLM 2013

Page 31: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PARTICIPANTES | 29 |

Rui Tavares

Rui Tavares nasceu em Lisboa, corria o ano de 1972.

Especialista em História e Cultura do Século XVIII,

deputado independente  ao Parlamento Europeu, a

opinião de Rui Tavares tornou-se referência desde os

tempos áureos da blogosfera. Dinamizador do blogue

coletivo O Barnabé, o historiador, tradutor e escritor

português rapidamente encontrou na imprensa escri-

ta veículo para a medição dos tempos. Colaborador

do jornal Público há mais de sete anos, Rui Tavares é

autor de O Pequeno Livro do Grande Terramoto, uma

obra de índole ensaística que disseca as consequên-

cias políticas, sociais, económicas, culturais e religio-

sas do grande terramoto que abalou Lisboa em 1755.

Obra aclamada que não se confina ao sismo que

destruiu grande parte da capital portuguesa, Rui Ta-

vares enceta uma análise sagaz que expõe a relação

causal entre tragédias que marcaram toda a Humani-

dade e as grandes transformações que delas resulta-

ram. Outra obra icónica no percurso historiográfico

de Rui Tavares, O Regicídio, escrito em parceria com

a historiadora Maria Alice Samara, debruça-se sobre

o assassinato do Rei D. Carlos e do Príncipe Herdei-

ro, episódio sangrento que viria a sentenciar o regi-

me monárquico português. Eclético, o percurso de

Rui Tavares também visitou o teatro, com a peça O

Arquiteto. Em 2012, o eurodeputado eleito em 2009

publicou o ensaio A Ironia do Projeto Europeu, obra

que diagnostica as debilidades do projeto político eu-

ropeu e mergulha no passado para encontrar “os fios

de uma narrativa perdida.”

Roberto Macedo Alves

Licenciado em Engenharia Informática, Roberto Ma-

cedo Alves é um verdadeiro representante da Tercei-

ra Cultura, ideário que estimula uma relação íntima

entre as diversas áreas do saber. Eclético e autodida-

ta, Roberto Macedo Alves é um cultor da Arte inclusi-

va. “O binómio de Newton é tão belo como a Vénus de

Milo. O que há é pouca gente para dar por isso”, sinte-

tizou Fernando Pessoa num verso que o engenheiro

de formação, e artista por devoção, interpreta como

poucos. Entusiasta da BD como género literário, o

fascínio de Roberto Macedo Alves pelos super-heróis

materializou-se na Livraria Sétima Dimensão, espaço

que protege a longa herança da BD. Com uma ativida-

de artística intensa, o seu primeiro trabalho foi publi-

cado na revista X-Men 50. Organizador do Festival Pe-

chaKucha Nigths e do Festival de Arte Sequencial da

Madeira, entre as suas obras publicadas encontra-se

o livro Os Sonhos dos Maravilhas, edição que assinalou

o centenário do Centenário do Club Sport Marítimo.

Page 32: Press Kit FLM 2013

Sérgio Godinho

Nascido em 1945, no Porto, Sérgio Godinho tem mais

de 20 discos editados, entre os quais 17 álbuns de

originais. Estreou-se com Os Sobreviventes, gravado

em França em 1971. Ainda no estrangeiro, lançou o

segundo álbum, Pré-História. Discos premiados pela

Casa da Imprensa e censurados pela ditadura, Go-

dinho assumiu sempre o estatuto de “artista com-

prometido”. Com Um Brilhozinho Nos Olhos, Godinho

cantou o ideário da reinvenção, pessoal e coletiva.

Primeiro Dia e Terça-Feira, entre outros temas, eleva-

ram o cantor ao estatuto de intérprete de uma certa

portugalidade. O regresso à Pátria deu origem a uma

atividade fulgurante. Os tempos fervilhantes do pe-

ríodo pós-revolução contagiam Godinho. Em 1979,

o cantor edita o seu sexto álbum de originais, Cam-

polide, considerado o Melhor Álbum de Música Por-

tuguesa do Ano. Canto da Boca, no início da década

80, voltou a merecer laudatórias. A Casa da Imprensa

contemplou-o com o prémio para Melhor Disco Por-

tuguês do Ano e com o galardão que distingue o Me-

lhor Cantor Português do Ano. Ainda nesse reluzente

decénio, Sérgio Godinho gravou temas compostos

em parceria com alguns dos mais conceituados mú-

sicos brasileiros, como Chico Buarque, integrados no

álbum Coincidências. Artista versátil, foi autor de uma

série para televisão, Luz na Sombra, e realizou três pe-

quenos filmes de ação. Já no século XXI, o “escritor de

canções” dissecou o Mundo à Lupa, álbum que ante-

cedeu uma trilogia que assinalou 30 anos de carrei-

ra. Ligação direta, de 2006, e Mútuo Consentimento, de

2011, reforçam a discografia de um artista que parece

ter descoberto O Elixir da Eterna Juventude.

Rui Zink

Rui Zink nasceu em Lisboa nos alvores da década de

60. Licenciado em Estudos Portugueses pela Facul-

dade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade

Nova de Lisboa, o início da carreira de Rui Zink como

ficcionista remonta a 1987, ano em que publicou Hotel

Lusitano. Na década de 90, e depois de uma passagem

pela Universidade de Michigan como Leitor de Língua

Portuguesa, Zink foi um dos protagonistas da Noite da

Má Língua. Polémico, o autor assume que se socorre

do “estilo pirata” como orientador de uma interven-

ção que não se esgota na literatura: “lanço-me sobre

a questão que me interessa de pé descalço e de faca

nos dentes.” Autor multifacetado, Apocalipse Nau, pu-

blicado em 1996, foi muito bem acolhido pela crítica.

Antes, o escritor lançou livros de contos – como A re-

alidade agora a cores e Homens-Aranhas -, e regressou

aos romances com O Suplente, em 2000, e Os Surfistas,

em 2001, obra pioneira por resultar da interação en-

tre o escritor e os internautas, através de um portal.

Devoto da BD como género literário, Zink dedicou a

sua tese de doutoramento à produção de BD portu-

guesa entre 1968 e 1994. Como argumentista, o seu

nome está ligado a vários livros de BD, entre os quais

Major Alverca, uma paródia da série televisiva Major Al-

vega. Tradutor de autores como Saul Bellow, Rui Zink

foi galardoado com o Prémio P.E.N. Clube Português

pela obra Dádiva Divina. Destino Turístico, por sua vez,

integrou a antologia Best European Fiction 2012. Entre

2011 e 2012, deu à estampa três livros que consolidam

o seu estatuto de escritor-barómetro, expressão que

lhe é cara: O Amante é Sempre o Último a Saber, Luto

pela Felicidade dos Portugueses e A Instalação do Medo.

| 30 | PARTICIPANTES // FLM 2013

Page 33: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PARTICIPANTES | 31 |

Tabish Khair

Nascido na Índia, em 1966, Tabish Khair é um autor

anglófono prolífero e eclético. Poeta, novelista e en-

saísta com várias obras exaltadas pela crítica, Tabish

Khair concilia a atividade literária com uma carreira

académica que o levou até à Dinamarca, onde atual-

mente leciona na Universidade de Aarhus. Com livros

dispersos pelo globo e traduzidos em várias línguas,

Lugar Marcado, cujo original inglês remonta a 2004,

concretizou a estreia de Tabish em língua portuguesa,

sob os auspícios da Nova Delphi. Ao longo de um tra-

jeto literário pleno de originalidade, sucederam-se as

loas a um dos mais fascinantes escritores indianos da

contemporaneidade. Contemplado com o prémio All-

-India Poetry Prize, o talento de Tabish justificou a sua

nomeação para o galardão britânico Encore Award,

pela obra Bus Stopped (Lugar marcado, Nova Delphi,

2011) – e para o The Man Asian Literary Prize, para

além de outras nomeações prestigiantes em cinco

países. Tabish Khair mantém colaborações com jor-

nais incontornáveis no mundo anglófono, como o The

Guardian, Hindu e Times of India.

Sílvio Fernandes

Sílvio Fernandes é Professor Auxiliar no Centro de

Competências de Artes e Humanidades da Universi-

dade da Madeira. Doutorado em Letras – Estudos Hu-

manísticos, pela Universidade da Madeira, em 2006,

tem lecionado as unidades curriculares de Teoria da

Comunicação e Argumentação, Retórica e Comunica-

ção, bem como Matrizes da Cultura Ocidental. Para

além da atividade docente e de investigação, exerce

as funções de Presidente do Centro de Competências

de Artes e Humanidades. Foi também Presidente do

CITMA – Centro de Ciência e Tecnologia da Madeira e

Pró-Reitor da Universidade da Madeira. Atualmente

está indicado para integrar a equipa reitoral da Uni-

versidade, na qualidade de Vice-reitor.

Page 34: Press Kit FLM 2013

Tiago Salazar

Tiago Salazar nasceu em Lisboa em 1972. Formou-

-se em Relações Internacionais e estudou Guionismo

e Dramaturgia em Londres. Trabalha como jornalis-

ta desde 1991, tendo publicado, entre outros títulos,

no Diário de Notícias, Grande Reportagem e Vogue. Foi

vencedor do prémio Jovem Repórter do Centro Nacio-

nal de Cultura, em 1995. É autor de diversos contos

publicados no jornal Expresso, na revista Ficções, no

DNA, na revistas Egoísta e Mea-Libra, do Centro Cultu-

ral do Alto Minho. Em 2010 foi bolseiro da Fundação

Luso-Americana, em Washington, ao abrigo da Bolsa

José Rodrigues Miguéis. Andarilho, publicou quatro li-

vros de viagens: Viagens Sentimentais (2007), A Casa do

Mundo (2008), As Rotas do Sonho (2010) e Endereço Des-

conhecido (2011). Atualmente é jornalista freelancer,

cronista da revista Visão & Viagens, guia de “Viagens Li-

terárias” e formador na área da escrita e literatura de

viagens. É ainda autor e apresentador do programa

Endereço Desconhecido, em exibição na RTP2.

Tiago Patrício

Nasceu na Madeira, em 1979, e rumou a Trás-os-

-Montes com apenas 9 meses. Filho de um Marinhei-

ro de Comunicações e de uma professora da Teles-

cola, o farmacêutico de profissão viveu na Fortaleza

do Pico, sobranceira ao Funchal. A vida deu-lhe o que

não passa de um ideal onírico para quase todas as

crianças: ter um castelo como casa. Entrincheirado na

austeridade telúrica de Trás-os-Montes, a ilha exerceu

sempre um forte fascínio sobre Tiago Patrício. Aos 19

anos, e honrando a tradição familiar, o escritor decide

ingressar na Marinha de Guerra, após um “ano sabáti-

co” durante o qual se dedicou a uma leitura voraz que

lhe permitiu acumular e solidificar referências literá-

rias. Tiago Patrício regressou pela primeira vez à Ma-

deira como tripulante da fragata Batista de Andrade

e no verão de 1999 participou na regata internacio-

nal Canárias-Madeira, a bordo do Navio Escola Vega,

período durante o qual pôde reconstruir, na plenitu-

de dos sentidos, a relação insular com o seu arqui-

pélago-natal. Mais tarde, abandonaria a vida militar,

optando pelo regresso à faculdade de farmácia. Com

o vagar académico típico de quem atribui primazia à

criação literária, o escritor dedicou-se a múltiplos pro-

jetos paralelos. O desempenho académico ressentiu-

-se, mas o caminho estava escolhido. Em 2011, Tiago

Patrício foi contemplado com dois prémios literários.

Com o romance Trás-os-Montes, arrebatou o Prémio

Revelação Agustina Bessa-Luís. A Memórias das Aves,

coletânea de poemas, valeu-lhe o Prémio Nacional de

Poesia Natércia Freire. Antes, Tiago Patrício foi galar-

doado com o Prémio Daniel Faria pelo seu livro de

estreia, O Livro das Aves, em 2009.

| 32 | PARTICIPANTES // FLM 2013

Page 35: Press Kit FLM 2013

FLM 2013 // PARTICIPANTES | 33 |

Zygmunt Bauman

Um dos mais insignes pensadores da contemporanei-

dade, Zygmunt Bauman nasceu em 1925, na Polónia.

Sociólogo, iniciou a sua carreira académica na Univer-

sidade de Varsóvia e logo gerou convulsões. As vagas

antissemitas obrigaram Bauman ao exílio na Rússia,

integrando-se no exército polaco, sob a égide soviética,

para combater Hitler. Condecorado pelo seu contribu-

to durante o apocalipse da II Guerra Mundial, prosse-

guiu uma carreira militar que viria a ser interrompida

porque o seu pai tentou obter, junto da embaixada de

Israel, carta-branca para emigrar. Dedicando-se, exclu-

sivamente, à carreira académica, em 1957 Bauman pu-

blicou o seu primeiro livro, anunciando ao que vinha.

Em plena Guerra Fria e num país que vivia à sombra da

“Cortina de Ferro”, Bauman reflete sobre as premissas

que sustentam o centralismo democrático de Lenine.

Com livros censurados, Bauman foi obrigado a emigrar,

estabelecendo-se como professor titular na Universi-

dade de Leeds, após passagens pelo Canadá, Estados

Unidos e Austrália. Autor com uma obra imensa, entre

livros e ensaios, tudo o que compõe o quotidiano está

sujeito ao crivo de Bauman. Com Modernidade Líquida,

livro através do qual o professor emérito da Universi-

dade de Leeds escalpeliza estes tempos hostis à cons-

trução de laços sólidos, Bauman cunhou um conceito.

Em Modernidade e Holocausto, uma das suas mais acla-

madas obras, o sociólogo diagnostica as repercussões

virulentas que percorreram os tempos, até hoje. Há

mais de meio século “a traduzir o Mundo em textos”,

como se autodefiniu, A Nova Delphi publicou, este ano,

Europa Líquida, uma entrevista em forma de livro que

reforça a sagacidade analítica de Zygmunt Bauman.

Waldir Araújo

Waldir Araújo nasceu na Guiné-Bissau em 1971. Em

1985 viaja, pela primeira vez, para Portugal. É em Lis-

boa que prossegue os estudos secundários e acadé-

micos, em Direito, e alimenta a paixão pelas palavras.

Jornalista desde 1996, passa pela imprensa escrita,

pertencendo aos quadros da revista Valor e colabo-

rando com vários jornais e revistas. Desde 2001 que

exerce a profissão na RDP África. Publica, de forma

regular, prosas e poemas em sites culturais portugue-

ses e brasileiros. Em 2004 é-lhe atribuída a Bolsa de

Criação Literária pelo Centro Nacional da Cultura, de

Portugal, o que lhe proporciona uma investigação de

vários meses junto da comunidade dos “Rabelados”,

na Ilha de Santiago, Cabo Verde. Admirável Diaman-

te Bruto e Outros Contos é o primeiro livro de Waldir

Araújo, um conjunto de treze contos nos quais diver-

sos personagens vão vivendo no meio de aconteci-

mentos, umas vezes fantásticos, outras vezes tão re-

ais, sempre num ambiente onde sobressai a Guiné,

através do olhar de um narrador, cuja existência car-

rega também o desencanto de uma certa urbanidade.

Page 36: Press Kit FLM 2013

| 34 | MADEIRA // FLM 2013

MadeiraMANIFESTO em 3 atos

Natureza | Cultura | Gastronomia

Descobrimentos e cultura sacarina

Pórtico dos Descobrimentos, empreitada lusa que vi-

ria a dar “novos mundos ao Mundo”, o Arquipélago da

Madeira foi a primeira descoberta dos navegadores

portugueses. Naqueles tempos, ainda sob influência

de uma Idade Média que se demorou em Portugal,

fez sentido resgatar a frase do general romano Pom-

peu quando, perante marinheiros temerosos, bradou

“navegar é preciso, viver não é preciso”. “Quero para

mim o espírito desta frase”, assumiria, séculos depois,

Fernando Pessoa. Num acaso venturoso, enquanto as

caravelas farejavam o odor magnético da costa afri-

cana, um temporal afastou-as da rota. À deriva du-

rante algum tempo, os homens liderados por João

Gonçalves Zarco avistaram uma pequena ilha que os

redimiu da tragédia. Corria o ano de 1418 quando os

primeiros passos tatuaram uma marca indelével nas

areias do Porto Santo, como logo batizaram a ilha.

Pouco depois, em 1419, a Madeira, hoje capital do ar-

quipélago, acolheu os navegadores portugueses. Es-

tava cumprida a primeira etapa de uma das maiores

epopeias da Humanidade.

Logo nos primórdios do povoamento, o visionário

Infante D. Henrique, mentor dos Descobrimentos,

apercebeu-se do potencial telúrico da ilha. A cultura

sacarina, rara na Europa, foi importada da Sicília e

testada na Madeira. A experiência revelou-se auspi-

ciosa e, num ápice, o esplendor da cultura sacarina

permitiu à Madeira reivindicar um espaço singular

nos principais roteiros comerciais. A “descoberta” e

povoamento do Brasil, país que também proporcio-

nou condições ímpares para o desenvolvimento da

cana-de-açúcar, feriram a primazia da Madeira, pelo

que o declínio era inevitável. Hoje, contudo, a cana-

-de-açúcar continua a distinguir a atividade agrícola

da Região, essencial para a produção do consagrado

mel-de-cana madeirense.

© p

apar

azis

Page 37: Press Kit FLM 2013

Vinho Madeira no Mundo

Após o ciclo da cana sacarina, outro produto regional

guindou a Madeira às bocas do Mundo. Literalmente.

O Vinho Madeira, um dos mais cobiçados pelos de-

votos do vinho fortificado, devolveu à ilha o estatuto

de grande entreposto comercial. Numa época em que

as relações comerciais floresciam, a localização da

Madeira garantiu-lhe predominância nos itinerários

mercantis, com o Atlântico como plataforma girató-

ria entre a Europa, o continente americano e o orien-

te. Obras literárias intemporais também reservaram

ao Vinho Madeira um lugar particular. Shakespeare,

Tolstoy e Dostoievski, por exemplo. Esta liturgia da

eternização dos “vinhos odoríferos”, como o definiu

Camões no episódio da Ilha dos Amores, terá encon-

trado na Declaração da Independência dos Estados

Unidos da América um dos seus momentos de glória.

Diz a tradição que George Washington e companhei-

ros brindaram com Vinho Madeira. Será um devaneio

imaginar que o Vinho Madeira contribuiu para que o

“sonho americano” inebriasse tantos?

A presença incontornável da Madeira nas rotas mer-

cantis atraiu para a ilha britânicos que aqui se insta-

laram e deram origem a uma comunidade vigorosa.

Cedo manifestaram interesse no Vinho Madeira, as-

sumindo posições estratégias na sua produção e co-

mercialização. Nos alvores do século XIX, John Blandy,

soldado britânico destacado para a Madeira durante

o período das invasões napoleónicas, estabeleceu-se

na ilha e iniciou a construção de um império asso-

ciado ao vinho que, dois séculos depois, não perdeu

fôlego. Integrada na Madeira Wine Company, junta-

mente com outras empresas que se dedicam ao Vi-

nho Madeira, as Adegas de São Francisco, “The Old

Blandy Wine Lodges”, prestam tributo à excelência de

um néctar que circula, há séculos, nas veias do globo.

© p

apar

azis

FLM 2013 // MADEIRA | 35 |

Page 38: Press Kit FLM 2013

Gastronomia

Quem tem boca vai a Roma, diz-se, mas também con-

vém saborear a inimitável espetada regional madei-

rense. Singularidade da gastronomia local, a espetada

regional, com carne de vaca e originalmente servida

em pau de louro extraído da Laurissilva, é parte inte-

grante de qualquer itinerário que não descura o afa-

mado bolo-do-caco. A oferta gastronómica regional é

vasta e abrangente. A relação ancestral entre os ma-

deirenses e o mar vai pescar nas profundezas atlân-

ticas uma das mais apreciadas iguarias regionais. O

filete de peixe-espada preto faz-se acompanhar pela

banana frita, fruto cuja presença garante um diálogo

etnográfico, no prato, entre a terra e o mar. Igualmen-

te impreterível na mesa madeirense, a versatilidade

do milho frito adapta-se aos pratos que compõem o

cardápio, entre os quais também se destaca o bife de

atum.

Durante as horas que medeiam os repastos, as lapas

grelhadas ou a carne de vinho e alhos seduzem o pa-

lato de quem considera que a gula, na Madeira, é um

pecado capital que merece perdão. E podemos, até,

tentar afastar um cálice de Vinho Madeira, mas brin-

demos à nossa vontade. Ou degustar uma poncha tra-

dicional - feita com aguardente de cana, mel e limão

-, a bebida que nasceu entre a comunidade piscatória

de Câmara de Lobos e rapidamente se transformou

numa bandeira da Madeira, a exemplo do que acon-

tece com os bolos e as broas de mel, responsáveis

pela persistência da cultura sacarina nos dias da ilha.

© p

apar

azis

| 36 | MADEIRA // FLM 2013

Page 39: Press Kit FLM 2013

A Madeira nos principais roteiros turísticos

A dimensão global do Vinho Madeira seria uma força-

-motriz para a afirmação da Madeira no panorama

turístico internacional. O espectro da guerra, sob a

voracidade conquistadora de Napoleão, também con-

tribuiu para a elevação da Madeira a destino turístico

por excelência, beneficiando das convulsões que fa-

ziam periclitar a paz que os viajantes procuravam nos

destinos habituais. À ilha foi atribuída uma aura re-

dentora, devido ao seu clima ameno e águas tépidas,

pelo que ganhou ímpeto o turismo terapêutico. No

século XIX, a Madeira já havia consolidado a sua posi-

ção de destino magnético. A aristocracia europeia foi

cliente assídua dos ares taumatúrgicos da Madeira,

um “cantinho de céu” para algumas cabeças coroa-

das da Europa. A Imperatriz austro-húngara Sissi es-

colheu a Madeira para passar o inverno de 1860. Em

abril de 1861, partiu e deixou um rasto de saudade

entre os locais, seduzidos pela beleza e magnanimi-

dade da Imperatriz. Sissi haveria de voltar à Madeira

na última década do século para uma estadia curta.

A relação entre Sissi e o seu destino balsâmico predi-

leto foi imortalizada com uma estátua no relvado ad-

jacente ao atual Casino Park Hotel. Depois de Sissi, o

destino do Império Austro-Húngaro também passou

pela Madeira, com contornos fatídicos. Após a I Guer-

ra Mundial, o Império ruiu e o seu Imperador foi for-

çado ao exílio. Depois de algumas peripécias, Carlos

instala-se na Madeira em condições de saúde precá-

rias. A Madeira já não o podia salvar. Faleceu depois

de um lento definhamento, para dor dos locais que

se acumulavam na Igreja do Monte e rezavam pela

saúde de um monarca no seu labirinto. Mais tarde,

João Paulo II beatificou Carlos I, cujos restos mortais

repousam na terra que lhe deu guarida quando a Eu-

ropa o desprezava.

© F

erna

ndo

Gom

es

FLM 2013 // MADEIRA | 37 |

Page 40: Press Kit FLM 2013

Património natural

A beleza natural da Madeira é o seu grande e inesti-

mável trunfo. Com cenários extasiantes, entre a im-

ponência da montanha, a vegetação exuberante e os

horizontes quinhentistas do Atlântico, o poder de se-

dução da ilha reforçou-se em 1999. A Floresta Lauris-

silva encontra, na Madeira, as suas maiores reservas

entre as ilhas que compõem a região da Macaronésia.

Alcandorada a Património Natural da Humanidade,

pela UNESCO, a preservação da Laurissilva represen-

ta, toda ela, um postulado que orienta a relação entre

a Natureza e a intervenção humana. As levadas, cons-

trução hercúlea que remonta aos primeiros tempos

do povoamento, são veículos excecionais para uma

viagem às origens. Congeminadas por visionários e

construídas por heróis anónimos a cujo estoicismo a

Madeira muito deve, as levadas serviram para abas-

tecer o sul com os recursos hídricos que abundavam

a norte. A evolução trouxe outros canais de irrigação,

embora as levadas continuem a cumprir a sua fun-

ção. Hoje, contudo, estes cursos de água distinguem-

-se como itinerários pedestres.

Se a romântica Veneza foi construída sobre um pân-

tano, com os seus canais a nutrirem devaneios líricos

intemporais, a viabilidade da Madeira como ilha ha-

bitável dependeu, também, dos cursos de água que

desafiam e desbravam a sua orografia hostil. O tépido

Atlântico, naturalmente, acentua o efeito de encanta-

mento que a Madeira exerce sobre os forasteiros. Ni-

cho de mercado que tem vindo a registar um grande

desenvolvimento, as atividades náuticas proporcio-

nam momentos inolvidáveis. Percorrer a costa sul da

Madeira, por exemplo, com o intento de observar ce-

táceos conquistou lugar entre a miríade de atrações

que a primeira ilha das Descobertas assegura. Com

a silhueta quase mística das Desertas, ao fundo, as

águas que foram ventre de Novos Mundos poderão

conduzi-lo, como por hipnose, ao areal do Porto San-

to, uma das praias elevadas ao estatuto de Maravilha

de Portugal.

© F

erna

ndo

Gom

es

| 38 | MADEIRA // FLM 2013

Page 41: Press Kit FLM 2013

Património cultural

O Funchal foi a primeira cidade fundada por euro-

peus fora do Velho Continente. Por graça do Rei D.

Manuel, o Funchal justificou um estatuto que lhe foi

outorgado em 1508. No ano da elevação do Funchal a

cidade, a Sé já acolhia celebrações religiosas. Conclu-

ída em 1514, a Sé corporiza uma das principais atra-

ções arquitetónicas da Região Autónoma da Madeira,

legatária do Estilo Manuelino. No adro, um busto de

João Paulo II imortaliza a sua passagem pela Madeira,

em 1993.

A herança patrimonial da Madeira é vasta e alguns

dos edifícios exigem, no âmbito dos roteiros cultu-

rais, visita obrigatória. O Forte de São Tiago e a For-

taleza do Pico, construídos durante o período Filipino

com o propósito de proteger a cidade dos ataques de

corsários, prosseguem a sua missão defensiva, agora

contra o assalto do esquecimento. A Igreja do Colégio

- vestígio do fulgor Jesuíta - e o Convento de Santa

Clara testemunham a influência da Igreja Católica nas

várias dimensões da História madeirense.

Substrato fundador daquela que viria a ser a cidade

do Funchal, a Zona Velha, onde se situa o Forte de São

Tiago, é depositária das mais genuínas raízes. A Rua

de Santa Maria, a mais antiga da ilha e precursora da

malha urbana, expõe a relação íntima entre a cidade

e o mar. Longa e exígua, ladeada por casas pequenas

com traços distintivos da arquitetura madeirense, a

Rua de Santa Maria e toda a Zona Velha da cidade

recuperaram a exuberância dos tempos áureos. As

intervenções artísticas, conjugadas com a recupera-

ção do património arquitetónico, contribuíram para

devolver grandes fluxos turísticos ao berço da cidade.

© F

erna

ndo

Gom

es

FLM 2013 // MADEIRA | 39 |

Page 42: Press Kit FLM 2013

| 40 | ESPAÇOS // FLM 2013

EspaçosMANIFESTO em 3 atos

Palcos | Instituições | Hotel

Hotel Meliã Madeira Mare

Um dos mais recentes hotéis de 5 estrelas da Madeira,

o Meliã Madeira Mare situa-se na cosmopolita zona do

Lido e desfruta de uma sublime vista sobre o Atlântico.

O requinte, condimentado com a sobriedade decora-

tiva que distingue o Grupo Meliã, divide-se pelos 220

quartos, incluindo 16 suites premium, 8 master suites e

2 suites executivas.

Três piscinas aquecidas, um SPA e fitness center, dois

restaurantes e três esplanadas integram, entre outras

valências, a oferta do Meliã Madeira Mare, parceiro do

Festival Literário da Madeira desde a primeira hora.

Teatro Municipal Baltazar Dias

A construção do Teatro Municipal Baltazar Dias, no

ocaso do século XIX, continua a reivindicar o estatuto

de grande acontecimento cultural. A homenagem a

Baltazar Dias, dramaturgo cego madeirense, conso-

lidou-se como termo identitário do Teatro, depois de

uma sucessão de nomes sujeitos à erosão dos tempos

políticos.

Situado no âmago cosmopolita da cidade, o faustoso

Baltazar Dias continua a acolher os mais relevantes

momentos culturais da Região Autónoma da Madei-

ra. Cortesia da Câmara Municipal do Funchal, o Teatro

Municipal Baltazar Dias será o epicentro do Festival Li-

terário da Madeira.

Page 43: Press Kit FLM 2013

Feira do Livro

Já que falamos de livros, eles não podiam faltar. O FLM

conquistou o seu espaço e, hoje, podemos afirmar

com segurança que o evento garante um número con-

siderável de leitores que procuram os livros dos seus

autores preferidos. Este ano, a FNAC é a responsável

pelo espaço.

Universidade

Instituição pública de ensino superior criada em 1988,

a Universidade da Madeira é das mais novas acade-

mias em Portugal. A caminho dos seus 30 anos, a

UMa já conquistou o seu espaço na dimensão acadé-

mica portuguesa.

Com uma vasta panóplia de cursos cuja qualidade

justificou parcerias com os prestigiados MIT e Carne-

gie Mellon, a Universidade da Madeira é parceira na-

tural do Festival Literário da Madeira.

MORADA

Caminho da Penteada

9020-105 Funchal

FLM 2013 // ESPAÇOS | 41 |

Page 44: Press Kit FLM 2013

Orfanato, ATL, Bibliotecas e Escolas

Com a intenção de promover o contacto entre alunos

e autores, alguns dos escritores e ilustradores visitam

um Orfanato, um ATL, Bibliotecas e Escolas.

MORADAS

Orfanato

Anexo ao Externato Princesa Dona Maria Amélia

Avenida Infante 12

9000-015 Funchal

ATL - Gymboree

Av. do Amparo nº 20 - Edf. Concórdia

9000-783 Funchal

Externato Princesa Dona Maria Amélia

Avenida Infante 12

9000-015 Funchal

Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Professor Francisco

Barreto (Fajã da Ovelha)

Rua Escola, Fajã da Ovelha

9370-333 Calheta

Colégio de Santa Teresinha

Rua Pedro José de Ornelas, 19

9050-069 Funchal

Biblioteca do Curral das Freiras

(junto à igreja do Curral das Freiras)

Câmara de Lobos

Biblioteca de Câmara de Lobos

Avenida da Autonomia, 5

9300-146 Câmara de Lobos

Escola Basica e Pré escolar do Boliqueime

Caminho da Barreira, 57, Santo António

9020-068 Funchal

Escola B+S Calheta

Estrada Simão Gonçalves da Câmara, 39

9370-139 Calheta

Escola B+S Dr. Luís Maurílio Da Silva Dantas

Estrada de Santa Clara

9300-145 Câmara de Lobos

Escola Secundária Francisco Franco

Rua João Deus, 93

9054-527 Funchal

Escola B+S Prof. Dr. Freitas Branco (Porto Santo)

Sítio das Matas

9400-035 Porto Santo

Escola B+S Padre Manuel Álvares

Rua São Francisco, Vila

9350-211 Ribeira Brava

Escola B+S Ângelo Augusto da Silva (Levada)

Caminho Comboio, 61C

9050-053 Funchal

| 42 | ESPAÇOS // FLM 2013

Page 45: Press Kit FLM 2013

SCAT - Music Club and Restaurant

Situado numa das zonas mais cosmopolitas do Fun-

chal, o Scat Funchal Jazz Clube sublima os sentidos.

A boa gastronomia junta-se à arte da grande música,

com os acordes do Jazz a apadrinhar serões que fun-

cionam como bálsamos na voragem dos dias.

MORADA

Promenade do Lido

9000-758 Funchal

Estalagem da Ponta do Sol

Antiga quinta madeirense, a Estalagem da Ponta do

Sol, parceira do Festival Literário da Madeira desde a

segunda edição, rapidamente ascendeu a espaço icó-

nico no âmbito do turismo de excelência. Sobranceira

à Vila do Ponta do Sol e com a imensidão do Atlân-

tico como horizonte onírico, a Estalagem plasma-se

na escarpa e corporiza o ideal da comunhão entre a

paisagem natural e o engenho humano.

A escassos minutos do Funchal, a unidade hoteleira

proporciona momentos catárticos, sob os auspícios

de uma conspiração poética entre o mar e a força vul-

cânica da ilha.

MORADA

Quinta da Rochinha

Caminho do Passo, 6

9360-529 Ponta do Sol

FLM 2013 // ESPAÇOS | 43 |

Page 46: Press Kit FLM 2013

| 44 | CONTACTOS // FLM 2013

ContactosMANIFESTO em 3 atos

Organização | Gabinete de imprensa | Úteis

Organização

NOVA DELPHIRua da Carreira, 115/117

9000-042 Funchal

291 241 607

[email protected] | www.novadelphi.com

ORGANIZAÇÃOMicaela Camacho

918 21 5916 | [email protected]

GABINETE DE IMPRENSAAndreia Criner

932 555 700 | [email protected]

Sara Oliveira

910 171 949 | [email protected]

Célia Pessegueiro

910 022 530 | [email protected]

IMPRENSA INTERNACIONALArcangela Savino

+351 918 215 918 | [email protected]

Contactos úteis

MELIÃ MADEIRA MARERua Leichlingen, 2-4

9000-003 Funchal

291 724 140

[email protected]

www.meliamadeira.com

TEATRO MUNICIPAL BALTAZAR DIASAvenida Arriaga

9000-060 Funchal

291 215 130

[email protected]

TÁXISHotel

291 771 610

Largo do Município

291 222 000

Praça do Mercado

291 226 400

PSP291 208 400

Page 47: Press Kit FLM 2013

ParceirosMANIFESTO em 3 atos

Parcerias | Apoios | Media Partners

FLM 2013 // PARCEIROS | 45 |

Page 48: Press Kit FLM 2013

Nota PréviaContextoPromotorObjetivosProgramaçãoNovos LeitoresNovos PúblicosParticipantesMadeiraEspaçosContactosParceiros

ÍNDICE

124568

111234404445

WWW.FESTIVALLITERARIODAMADEIRA.PT