prevalÊncia de lombalgia e avaliaÇÃo da ... - puc goiás

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estudos, Goiânia, . v. 41, n. 2, p. 247-258, 1br./jun. 2014. 247 GABRIEL DORNELES DE OLIVEIRA, ADROALDO JOSÉ CASA JUNIOR PREVALÊNCIA DE LOMBALGIA E AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL LOMBAR EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO* A lombalgia é definida como uma dor regional anatomicamente distribuída en- tre o último arco costal e a prega glútea, frequentemente acompanhada por quadros de exacerbação da dor e limitação de movimento. É uma disfunção de etiologia variada, complexa e altamente discutida, podendo ser desencadeada por fatores de risco biológicos, mecânicos e cognitivos (VILELA, 2006). As dores lombares se manifestam devido a vários fatores, como a obesidade, se- dentarismo, postura corporal incorreta, levantamento de peso excessivo, traumatismo na região lombar, doenças virais, articulares degenerativas, tumorais, dentre outras. Indivíduos na terceira idade possuem lombalgia com maior frequência, pois os discos intervertebrais tendem a desidratar, devido ao envelhecimento, causando a redução dos espaços intervertebrais (MACKENZIE, 1997). De acordo com Lemos, Souza e Luz (2003, p. 67) e Chaitow (1982) a lombalgia está comumente associada a distúrbios mecânicos crônicos da coluna vertebral, principalmente, a alterações na função articular ou dos discos intervertebrais. Apesar dos numerosos fatores de risco relacionados com a lombalgia, vários pesqui- sadores caracterizam-na como uma doença de pessoas com vida sedentária, estando a ina- tividade física intrinsecamente relacionada com dores na coluna. A maior parte da atenção dirige-se a considerá-la um subproduto da combinação da aptidão músculo-esquelética Resumo: o presente projeto visa descrever a prevalência de lombalgia em praticantes de musculação de academias da cidade de Goiânia, bem como, avaliar a capacidade funcional lombar destes. Trata-se de um estudo obser- vacional, transversal, descritivo e quantitativo, com a finalidade de avaliar a presença de incapacidade em indivíduos com dor lombar. Palavras-chave: Dor lombar. Treinamento de resistência. Prevalência. Estudos transversais.

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GABRIEL DORNELES DE OLIVEIRA, ADROALDO JOSÉ CASA JUNIOR

PREVALÊNCIA DE LOMBALGIA E AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL LOMBAR EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO*

A lombalgia é definida como uma dor regional anatomicamente distribuída en-tre o último arco costal e a prega glútea, frequentemente acompanhada por quadros de exacerbação da dor e limitação de movimento. É uma disfunção

de etiologia variada, complexa e altamente discutida, podendo ser desencadeada por fatores de risco biológicos, mecânicos e cognitivos (VILELA, 2006).

As dores lombares se manifestam devido a vários fatores, como a obesidade, se-dentarismo, postura corporal incorreta, levantamento de peso excessivo, traumatismo na região lombar, doenças virais, articulares degenerativas, tumorais, dentre outras. Indivíduos na terceira idade possuem lombalgia com maior frequência, pois os discos intervertebrais tendem a desidratar, devido ao envelhecimento, causando a redução dos espaços intervertebrais (MACKENZIE, 1997). De acordo com Lemos, Souza e Luz (2003, p. 67) e Chaitow (1982) a lombalgia está comumente associada a distúrbios mecânicos crônicos da coluna vertebral, principalmente, a alterações na função articular ou dos discos intervertebrais.

Apesar dos numerosos fatores de risco relacionados com a lombalgia, vários pesqui-sadores caracterizam-na como uma doença de pessoas com vida sedentária, estando a ina-tividade física intrinsecamente relacionada com dores na coluna. A maior parte da atenção dirige-se a considerá-la um subproduto da combinação da aptidão músculo-esquelética

Resumo: o presente projeto visa descrever a prevalência de lombalgia em praticantes de musculação de academias da cidade de Goiânia, bem como, avaliar a capacidade funcional lombar destes. Trata-se de um estudo obser-vacional, transversal, descritivo e quantitativo, com a finalidade de avaliar a presença de incapacidade em indivíduos com dor lombar.

Palavras-chave: Dor lombar. Treinamento de resistência. Prevalência. Estudos transversais.

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deficiente e atividade laboral que exija demasiadamente deste segmento (NIEMAN, 1999) e (SANTOS, 1996).

O exercício físico, como recurso terapêutico para a prevenção e tratamento da dor lombar, tem recebido grande atenção nos últimos anos, o que pode ser explicado pelos consistentes relatos de que a fraqueza e a baixa resistência isométrica dos músculos eretores lombares da coluna estão associadas à etiologia da dor lombar (GONÇALVES, 2005, p. 109).

Segundo Socorro et al.(2008) o exercício físico está intimamente relacionado com a qualidade de vida da população e a musculação vem crescendo em todas as faixas etárias como um meio de prevenção de diversas doenças.

Apesar de a musculação estar se firmando como uma modalidade popular entre os praticantes de atividades em academia e de ser uma atividade que pode apresentar efeitos colaterais severos, pouco se relata sobre a instalação de quadros de agravo à saúde em virtude de sua prática, ou mesmo sobre a manifestação de sintomas deles resultantes, como a lombalgia (PINTO et al., 2008, p. 189).

Em contrapartida, a repetição de determinadas posições, movimentos, o período e a sobrecarga de treinamento podem provocar um processo de adaptação orgânica que resultará em efeitos deletérios para a postura, com alto potencial de desequilíbrio mus-cular. Os erros na técnica de execução dos movimentos podem aumentar a prevalência de lesões (COSTA; PALMA, 2005, p. 224).

São escassos os estudos nacionais acerca da prevalência de lombalgia nas diferentes populações e, em especial, entre indivíduos que praticam atividade física. Há neces-sidade de um olhar mais atencioso para os casos em questão e realização de estudos epidemiológicos e com intervenção para os déficits físicos e funcionais ocasionados por tal ocorrência.

Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi descrever a prevalência de lombalgia em praticantes de musculação de academias da cidade de Goiânia, bem como avaliar a capacidade funcional lombar destes.

CASUÍSTICA E MÉTODOS

Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo e quantitativo, reali-zado conforme as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos (Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde).

Fizeram parte deste estudo 100 sujeitos, sendo a amostra estipulada estatisticamente a partir das características metodológicas da pesquisa e tamanho da população (número de alunos matriculados nas academias participantes da pesquisa).

A seleção destes foi realizada por meio da utilização dos seguintes critérios de in-clusão: assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), homens e mulheres com idade superior a 18 anos, devidamente matriculados nas academias Brava Sport Center e Muscle Training (localizadas na cidade de Goiânia, Goiás) e praticantes de musculação há, pelo menos, 6 meses. Não foram selecionados os indivíduos que não apresentavam disponibilidade para o estudo.

Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram: 1. Ficha de Identificação e Avaliação, confeccionada pelos pesquisadores e composta por dados pessoais e questões

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objetivas para classificar os indivíduos; 2. Índice de Incapacidade de Oswestry, criado e validado por Vigatto et al. (2007, p. 481), cujo objetivo é identificar a dor lombar e as influências que esta exerce sobre as atividades de vida diária; 3. Questionário de Incapacidade de Roland Morris, desenvolvido em 1983 por Roland e Morris (1983, p. 145) e traduzido, adaptado e validado no Brasil por Nusbaum (1996), com a finalidade de avaliar a presença de incapacidade em indivíduos com dor lombar. Inicialmente, buscou-se a autorização nas Academias listadas, para que a coleta de dados pudesse ser realizada. Foi agendado - com os coordenadores das Academias - um encontro para a explanação sobre o projeto e assinatura da Declaração da Instituição Coparticipante.

Os participantes do estudo foram recrutados (convidados) antes ou após o treina-mento de musculação, na própria academia e em ambiente adequado. Os pesquisadores os informaram sobre a pesquisa e os interessados fizeram leitura minuciosa do TCLE e ao concordarem em participar do estudo, o assinaram e foram submetidos à ficha de avaliação elaborada pelos pesquisadores. Posteriormente, os alunos enquadrados nos critérios foram conduzidos a uma sala oferecida pela academia e, individualmente, responderam aos 2 questionários da pesquisa.

A tabulação e a análise estatística foram realizadas no programa estatístico denomi-nado Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 17.0. Primeiramente, foi realizada uma descrição geral da amostra em número, percentual, média, desvio padrão, mínimo e máximo, e então, foram estabelecidas as correlações. O teste de Correlação de Pearson ou Sperman foi utilizado para correlacionar variáveis. Para determinação de significância estatística serão considerados valores menores que 5% (p<0,05).

RESULTADOS A tabela 1 apresenta as informações descritivas referentes à idade, peso, altura e

IMC dos voluntários.

Tabela 1: Características físicas da amostra do estudo (n=100). Goiânia (Goiás), 2013.

Média DP Mínima Máxima

Idade 28,69 8,70 18 61

Peso 72,71 15,03 42 110

Altura 1,73 0,09 1,54 1,95

IMC 24,21 3,49 17,69 35,50

DP – Desvio Padrão; IMC – Índice de Massa Corporal.

A prevalência de lombalgia de origem inespecífica nos indivíduos pesquisados foi

de 79%, haja visto que 79 dos 100 voluntários referiram dor lombar nos últimos 30 dias. Diante dos questionamentos acerca da dor lombar e fatores associados realizados

junto aos portadores de lombalgia, 46 entrevistados (59%) não a relacionam com o posto de trabalho e não consideram existir fatores que possam agravar sintomas relacionados à dor. Setenta entrevistados (89%) não fazem uso de medicamento para a lombalgia e não se ausentaram do trabalho em virtude da dor. Quanto ao tratamento realizado para minimizar a dor lombar, 63 entrevistados (83%) não o realizaram, enquanto que 2 (3%)

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fizeram uso de tratamento baseado em acupuntura, 6 (8%) passaram por tratamento médico e 5 (6%) deles fizeram fisioterapia.

Para 27 entrevistados (34%) a dor na coluna lombar se manifestou apenas uma vez, enquanto que 16 (20%) indicaram que a dor se manifestou uma ou mais vezes ao ano ou uma ou mais vezes no mês, 14 (18%) deles indicaram que a dor ocorreu uma ou mais vezes na semana e 6 (8%) tiveram a manifestação da dor diariamente. Vinte e oito entrevistados (35%) responderam que a posição sentada aumenta a dor e 57 (72%) alegaram que o que faz com que sua dor diminua é estar na posição deitada. Quanto à auto-aplicação de recursos de alívio, 43 entrevistados (53%) responderam que não fazem uso, enquanto que 37 (47%) o fazem, em especial, exercícios de alongamento muscular.

Tabela 2: Nível de comprometimento pela lombalgia do Questionário de Roland Morris (n=79). Goiânia (Goiás), 2013.

N %Muda de posição frequentemente 60 75,9

Evita trabalhos pesados em casa 25 31,6

Mal humor e irritabilidade por causa das dores 13 16,5

Evita abaixar-se e ajoelhar-se 12 15,2

Deita-se para descansar com frequência 11 13,9

Fica em pé por períodos curtos de tempo 10 12,7

Dificuldade para vestir-se e calçar-se 10 12,7

n – total de pessoas com lombalgia que responderam ao referido questionário% - valores percentuais

Em relação à classificação de incapacidade apresentada pelos voluntários que refe-riram lombalgia nos últimos 30 dias, observou-se que a limitação funcional era mínima ou moderada, sem casos de incapacidade severa, muito severa ou total (Tabela 3).

Tabela 3: Classificação de incapacidade do Questionário Oswestry dos voluntários do estudo (n=79). Goiânia (Goiás), 2013.

n %

Incapacidade Mínima(0% - 20%) 70 89

Incapacidade Moderada(20% - 40%)

9 11

Incapacidade Severa(40% - 60%)

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Incapacidade Muito Severa(60% - 80%)

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Incapacidade Total(80% - 100%)

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n – total de pessoas com lombalgia que responderam ao referido questionário% - valores percentuai

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DISCUSSÃO

Conforme o presente estudo, a prevalência de lombalgia de origem inespecífica foi muito elevada, haja vista que 79% dos voluntários referiram dor lombar nos últimos 30 dias.

De acordo com Deyo (1998, p.48) as dores lombares atingem níveis epidêmicos no mundo. Conforme Andersson (1981, p.53) estima-se que cerca de 70% a 85% de toda a população mundial irá sentir dor lombar em alguma época de sua vida, sendo que as lombalgias são comuns na população, especialmente em países industrializados, como o Brasil.

Estudos epidemiológicos envolvendo países como os Estados Unidos, Reino Unido, Escandinávia, Canadá e Brasil atestam que as dores na coluna, acometem cerca de 75% da população na maioria das nações industrializadas (SANTOS, 1996).

Um estudo feito por Polito et al.(2003, p. 35) verificaram a influência da prática regular de atividades físicas de lazer e da aptidão física sobre a prevalência de lom-balgia em 200 mulheres (34±11 anos) e 128 homens (33±11 anos) que procuravam a prática supervisionada de atividades físicas. Destes, 24% apresentaram relato positivo de lombalgia, sendo mais prevalente nos homens (35%) do que nas mulheres (29%).

Em pesquisa de Souza e Pereira Júnior (2010), cujo objetivo foi verificar a prevalência de dor lombar em uma amostra composta por 40 indivíduos de ambos os sexos praticantes de musculação, com idade entre 16 e 50 anos, observou-se que 29,6% dos entrevistados reportaram dor lombar, sendo que 26% precisaram ir ao médico. Contudo, 11% da mostra relata-ram a necessidade de afastamento do trabalho devido à dor lombar, uma prevalência superior à obtida no presente estudo. A discrepância nos valores de prevalência pode ser explicada pelos diferentes tamanhos amostrais e metodologias impostas.

Pode-se perceber que todos os lumbagos – portadores de dor lombar - apresentaram algum grau de incapacidade decorrente deste quadro, sendo que 70 (88,6%) possuem incapacidade mínima/leve e, por sua vez, 9 (11,4%) incapacidade moderada.

Uma vez que os músculos do tronco e da cintura pélvica desempenham importante papel protetor das estruturas passivas da coluna vertebral, a hipotonicidade proveniente do desuso predispõe a uma transferência excessiva de carga a essas estruturas a partir da permanência prolongada em determinadas posições, ou ainda, perante a fadiga pelo gesto repetitivo. O excesso de carga pode então constituir uma fonte de dor (COSTA, 2005, p. 224).

Num outro aspecto, muitos casos de dor lombar estão relacionados com postura defeituosa e são corrigidos ou aliviados restaurando-se um bom alinhamento corporal através de exercícios físicos, onde uma distensão mecânica ou funcional que causem um desequilíbrio de uma parte do corpo pode resultar em alterações compensatórias em outro local (KENDALL; MACCREARY; PROVANCE, 2007).

O estudo em questão apontou maior frequência da incapacidade leve (88,6%), o que pode ser explicado pelo fato dos entrevistados possuírem uma vida ativa, com atividade física regular. Em contrapartida, os estudos de Verbunt (2001, p. 726) e Hartigan et al. (2000, p. 551) apontam que o exercício físico pode ser realizado por pessoas com lom-balgia crônica sem comprometer suas funções ou desencadear mais manifestações de dor.

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Ikedo e Trevisan (1998, p. 321) verificaram que na lombalgia a dor resultante ini-be a atividade muscular, diminuindo a força muscular disponível. Em amostra de 100 pessoas, sendo 52% com episódios de lombalgia e 48% sem a ocorrência, foi pesquisada a associação entre a diminuição da força (deficiência) em alguns músculos posturais-chaves e a presença de dor lombar. Houve associação significativa entre a presença de dor lombar e a palpação dolorosa do músculo quadrado lombar, um dos músculos menos diagnostica-dos como sede de dor miofascial, sugerindo a possibilidade da utilização de testes clínicos simples para a avaliação da deficiência muscular em determinados grupos musculares e que poderiam ser úteis na avaliação inicial e, possivelmente, no seguimento de uma pessoa com lombalgia.

Braccialli e Vilarta (2000, p. 159) afirmam que a repetição de movimentos por um longo tempo pode determinar padrões corporais, resultando em alterações posturais que associadas à deficiência do gesto motor, podem evoluir para processos mórbidos que limitam a prática do exercício físico regular. Desse modo, a repetição de determinados tipos de atividades com posições e movimentos habituais e o período e a sobrecarga de treinamento (overtraining/overuse) provocam um processo de adaptação orgânica que resulta em efeitos deletérios para a postura, com alto potencial de desequilíbrio muscular.

Referindo-se a importância dos exercícios físicos, Cecin et al. (2001) e Rash (1991) afirmam que os exercícios aeróbios e os de fortalecimento da musculatura abdominal e paravertebral são comprovadamente eficazes na prevenção da lombalgia, sendo que músculos abdominais fortes protegem a região lombar de diversas atividades perigosas.

Os exercícios isométricos são de grande valor para a coluna cervical, região abdo-minal, região glútea e paravertebral na osteoartrose da coluna, sendo que a sobrecarga mecânica é pequena quando realizada corretamente, isso implica em não utilizar con-trações máximas inicialmente. Na coluna lombar o trabalho muscular isométrico deve sempre ser complementado com um programa de fortalecimento isotônico, enfatizando paravertebrais e abdominais (BARROS; BASILI, 1995).

De acordo com o nosso estudo, para 46 entrevistados (59%) não há relação entre a dor e o posto de trabalho. Há que se ver que a literatura confirma o contrário do resul-tado obtido e a ausência de dados acerca da natureza das profissões dos entrevistados, não garantindo o fato deles passarem a maior parte do tempo sentado, pode explicar essa diferença.

As lombalgias não ocorrem por uma só causa, mas a uma combinação de várias delas. No histórico das lombalgias deve-se levar em consideração a estatura, fatores psicológicos, resistência isométrica, trabalho físico pesado, levantamento de peso ou inclinação, efeito inflamatório do núcleo pulposo e prolongadas posturas no trabalho. Nos usuários do microcomputador o levantamento de peso ou a inclinação são causas indiretas. A análise mais específica é relacionada com a inadequação da cadeira, mesa, posição do computador, que normalmente tem associação com o ambiente de trabalho (monotonia e pouca satisfação), estresse (cobrança de produtividade) e falta de treina-mento (COUTO, 2000, p. 40) e (CHIARADIA, 2001, p. 76).

A lombalgia ocupacional, a maior causa isolada de transtorno de saúde relacionado com o trabalho e de absenteísmo, a causa mais comum de incapacidade em trabalhado-res com menos de 45 anos de idade, tem predileção por adultos jovens e é responsável

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por aproximadamente 1/4 dos casos de invalidez prematura (MARRAS, 2000, p. 880), (IGUTI, 2003, p. 78) e (MORAES; SILVA, 2003, p.11).

Por acometer a população economicamente ativa, estar relacionada a quadros de incapacidade laborativa, trazer sofrimento a pacientes e familiares, acarretar custos decorrentes da perda de produtividade, dos dias não trabalhados, de encargos médicos e legais, do pagamento de seguros e de indenizações por invalidez, a lombalgia ocupacio-nal não deve ser analisada somente como uma questão médica, mas também como uma questão socioeconômica (WEINER et al., 2006, p. 11) e (GOUMEOENS, 2006, p. 68).

Através do estudo em questão pode-se perceber que 70 dos entrevistados (89%) não se ausentaram do trabalho em virtude de dor lombar, o que pode ser explicado pelo fato de o resultado do Questionário de Oswestry ter indicado maior prevalência de incapacidade leve. Esta situação, muito provavelmente, dificulta a execução, mas não incapacita o sujeito para a realização de tal.

Grande parte da população economicamente ativa acometida por essa manifestação acaba ausentando-se do trabalho por longos períodos, o que implica em importantes gastos e queda de produtividade para o país (CECIN; BICHUETTI, 1999, p. 113) e (DEYO; TSUI-WU, 1987, p. 247). Sobre as doenças relacionadas ao trabalho existem dois grupos, conforme a classificação de Schilling (1984, p. 71): categoria II, as doenças em que o trabalho é fator contribuitivo e a categoria III, em que o trabalho é fator provocador ou agravador de distúrbios ou doenças pré-existentes. Elas são representadas pela hipertensão arterial, doenças respiratórias crônicas, distúrbios mentais e doenças do aparelho locomotor.

Embora haja cinismo em torno dessa questão, o trabalhador é o mais prejudi-cado, pois suas perdas vão além do aspecto financeiro. O salário pode ser menor no final do mês, conforme o regime trabalhista, e os gastos são maiores, afinal existe o custo com medicamentos e tratamentos. Além disso, pode também existir sofrimento moral e psíquico por medo de perder o emprego ou de retaliações de chefia e colegas, além de desestruturação de relações familiares por questões diversas inclusive culturais (MUNCH-HUNSEN, WIECLAW; AGERBO, 2009, p. 153), (COFFEY, DUGDILL; TATTERSALL, 2004, p. 735) e (STANSFELD; RAEL).

Para Alves (1996), devido a algumas situações desfavoráveis que existem no trabalho, os trabalhadores acabam por buscar meios de compensar o sofrimento, tornando-se funcionários resistentes e adotando posturas defensivas.

O presente estudo apresentou que para 28 entrevistados (35%) a posição sentada acarreta o aumento da dor lombar. Segundo Andrusaitis et al (2006, p. 503), ocupações em que o trabalhador passa muito tempo sentado seriam um fator positivamente associado à lombalgia. Silva et al. (2004, p. 377) revelam que ocupações em que os indivíduos permaneçam muito tempo deitados, carregando peso ou realizando movimentos repe-titivos, aumentariam a probabilidade de desenvolvimento da dor lombar.

Trabalhar na posição sentada parece exigir pouco das condições de trabalho sobre o organismo. Para Nachenson (1971, p. 18) na posição sentada a pressão nos discos intervertebrais é bem maior do que na posição de pé, confirmando aquilo que já era conhecido pelos ortopedistas e reumatologistas: trabalhar sentado pode originar uma série de complicações. Então, a posição ideal do ponto de vista de dispêndio energético é a causadora de distúrbios músculo-ligamentares e também do sedentarismo.

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Segundo Marras (1997), cargas na coluna são sempre maiores na posição sentada do que na postura em pé, devido aos elementos posteriores da coluna vertebral que for-mam uma carga ativa quando em pé. No entanto, na posição sentada não há participação destes elementos de força antigravitacional, permitindo assim que os discos intervertebrais recebam uma carga maior.

De acordo com a Tabela 2, os itens mais citados pelos voluntários com lombalgia para reduzir a dor foram “mudar de posição frequentemente” (75,9%) e “evitar trabalhos pesados em casa” (31,6%). De acordo com o estudo realizado por Teloken e Zylberstejn (1994, p.1191) o surgimento repentino da dor promoverá a imobilização antálgica da coluna vertebral lombar. Esta posição deve-se a contração reflexa da musculatura na tentativa de colocá-la numa posição mais confortável.

O sinal mais evidente no exame clínico é a imobilidade e a deformidade antálgi-ca. Qualquer tentativa, ativa ou passiva, de movimento, irá produzir a dor. Esta, sendo desencadeada por longos períodos numa mesma posição, seja sentada, deitada ou em ortostatismo. Geralmente, tem uma resolução espontânea, porém pode representar o início de um processo degenerativo do disco intervertebral, que mais tarde se traduzirá na dor lombar crônica. Esta, persiste após 3 meses, no caso, do segmento lombossacral e ocorre devido à perda da elasticidade e do volume do disco intervertebral, como con-sequência do envolvimento das articulações intervertebrais e dos músculos.

Durante a realização de atividades diárias, a coluna vertebral está constantemente submetida a forças de compressão, cisalhamento, tensão e torção (MOREIRA, 2007), estas forças são distribuídas ao longo da coluna por meio do eficiente sistema biomecâ-nico formado pelas vértebras, ligamentos, músculos e discos intervertebrais (WATKINS, 1999), contudo, se estas cargas forem constantes e excessivas podem levar ao surgimento de lombalgias (MOREIRA, 2007).

Segundo Mendelek et al. (2011, p. 619) a associação da manutenção de posturas ruins mantidas por longos períodos, durante a realização de atividades domésticas aco-pladas com uma atividade profissional, poderá aumentar a probabilidade do indivíduo para a lombalgia.

Segundo Strazdins e Bammer (2004, p. 997) o acúmulo de trabalho profissional e doméstico foi identificado em 43 (89,6%) da amostra estudada, cabe destacar que 28 (65,1%) trabalhadoras que informaram executar atividades domésticas recebem auxílio de outras pessoas, fato que pode amenizar a carga de trabalho, porém, ainda representa vulnerabilidade para o aparecimento de distúrbios osteomusculares.

Déficits de força muscular associada às lombalgias crônicas ocorrem em função de que a atrofia muscular resultante leva a sobrecarga de outras estruturas lombares, bem como a diminuição da coordenação do correto movimento a ser realizado pelas estruturas osteomioarticulares, nos esforços de levantamento de peso nas atividades diárias (CHEREN, 1992, p. 139).

A aplicação de exercícios resistidos para o desenvolvimento das valências físicas, força e resistência muscular, tem na sala de musculação seu principal meio de desen-volvimento. À medida que o músculo é progressivamente sobrecarregado, através de exercícios com pesos devidamente orientados e controlados, a força, resistência à fa-diga, ou ambas, irão aumentar, sendo o risco de lesões diminuído. Estudo comparando

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levantadores de peso e trabalhadores industriais demonstraram que aqueles, avaliados por radiografia, tiveram menor incidência de degeneração nos discos vertebrais (LO-CKE, 1983, p. 8).

Há que se ver que o estudo realizado não revela a frequência de lombalgia severa, isso pelo fato de que os lumbagos que são acometidos por esse grau de dor lombar, pos-sivelmente, não frequentam os locais utilizados para a coleta (academias), por motivos de repouso e orientação médica.

CONCLUSÃO

Neste estudo constatou-se que a prevalência de lombalgia de origem inespecífica foi elevada, afetando 79% dos indivíduos praticantes de musculação em academia. Destes, 88,6% apresentaram incapacidade mínima para a realização das atividades cotidianas.

De modo geral, os estudos acerca da prevalência de lombalgia em praticantes de atividades físicas merecem mais atenção dos pesquisadores, posto que há uma escassez de conteúdos e artigos científicos que auxiliem acadêmicos e profissionais.

Sugere-se, portanto, que mais estudos a respeito desse assunto sejam realizados, em prol da fisioterapia, da educação física e, sobretudo, da sociedade.

PREVALENCE OF LOW BACK PAIN AND ASSESSMENT OF LUMBAR FUNCTIONAL CAPACITY IN BODYBUILDERS

Abstract: this project aims to describe the prevalence of low back pain among body-builders gyms in Goiânia, as well as to assess the functional capacity of these lumbar. This is an observational, cross-sectional, descriptive and quantitative study in order to assess the presence of disability in individuals with low back pain.

Keywords: Lower back pain. Resistance training. Prevalence. Cross-sectional studies.

Referências

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* Recebido em: 20.02.2014 Aprovado em: 27.02.2014.

GABRIEL DORNELES DE OLIVEIRAAcadêmico do Curso de Fisioterapia, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás – Brasil. E-mail: [email protected].

ADROALDO JOSÉ CASA JUNIORFisioterapeuta, Mestre e Doutorando em Ciências da Saúde, Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Desportiva e Docente da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás – Brasil. E-mail: [email protected].