previc - língua portuguesa - aula 05
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Hoje, nossa aula é sobre sintaxe de concordância. Existem
muitas regras específicas, detalhes e exceções envolvendo esse assunto.
Como o nosso curso é de exercícios, tentarei abordar os principais casos do
ponto de vista do Cespe por meio das questões extraídas de provas
anteriores. Começarei pelos casos de concordância verbal e terminarei com
exercícios sobre concordância nominal.
1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os
primeiros homens em contato com a natureza. A imensa
4 variedade de corpos e acontecimentos que nos envolvem
gerou as noções de matéria, de espaço e de tempo,
fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas. (...)
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
1. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Preservam-se a
coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se
substituir “A imensa variedade de” (L.3-4) por Os inúmeros.
Comentário – Proceda à substituição: Os inúmeros corpos e
acontecimentos que nos envolvem gerou... Notou a incorreção gramatical? É
isso mesmo! Agora, o termo que funciona como sujeito do verbo “gerou”
tem como núcleo o substantivo plural “inúmeros”. Antes, o núcleo do sujeito
era o substantivo singular “variedade”. Tal transformação deve levar o verbo
a flexionar-se em terceira pessoa do plural: geraram, o que não ocorreu.
Resposta – Item errado.
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2. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Considerando que o fragmento
apresentado constitui parte de um texto de Jamil Chade (O Estado de
S. Paulo, 18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical.
O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung divulgou as novas
previsões do Ministério da Economia da Alemanha que indicam que o
maior mercado da Europa sofrerão uma queda de pelo menos 3% em
2009. O encolhimento da economia poderá ser ainda maior se a
recessão atingir outros países.
Comentário – O trecho apresenta erro de concordância verbal. Não há
concordância entre o sujeito simples “o maior mercado da Europa” e a
forma verbal “sofrerão”, flexionada na terceira pessoa do plural. Eis a forma
correta: “o maior mercado da Europa sofrerá”.
Resposta – Item errado.
(...) Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional mostram que a entrada do país resultará em um
bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de
13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão
(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e
comércio global superior a US$ 300 bilhões.
(...)
Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo,18/12/2008.
3. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “mostram” (l.11)
está no plural porque concorda com “Relações Exteriores” (l.10).
Comentário – O verdadeiro núcleo do sujeito simples “Dados da Comissão
de Relações Exteriores e Defesa Nacional” é o termo “Dados”, que pode ser
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representado pelo pronome “eles”, terceira pessoa do plural. Por isso a
forma verbal “mostram” está no plural.
Resposta – Item errado.
4. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte
é adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010.
Julgue-o quanto à correção gramatical.
A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente
pelo uso das facilidades de comunicação que a Internet põem à
disposição de partidos, candidatos e eleitores. Haverá a difícil e
desafiadora obrigação de manter todo o processo dentro de padrões
civilizados, impedindo que os radicais e irresponsáveis contaminem a
disputa.
Comentário – Conseguiu encontrar o erro? É a forma verbal “põem”,
flexionada incorretamente na terceira pessoa do plural. O sujeito “Internet”
(simples e no singular) obriga o verbo pôr (note a manutenção do acento
circunflexo para diferenciá-lo da preposição por) a se flexionar na terceira
pessoa do singular: “a Internet põe”. O examinador tentou tirar proveito da
semelhança existente nas pronúncias de põe e põem.
Resposta – Item errado.
5. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “‘Buscamos levar mais
informação às pessoas e aos profissionais de saúde para mudar a
cultura que existe sobre transplantes. O aumento é um reflexo dessa
mudança; dos investimentos feitos pela SES, que tem priorizado a
CTPE; e do trabalho feito nos hospitais’, afirma.”
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Se a expressão das operações de transplante fosse incluída logo
após ‘aumento’, a forma verbal ‘é’ deveria, necessariamente, ser
flexionado no plural.
Comentário – Vejamos como ficaria: O aumento das operações de
transplante... Então, qual é o núcleo desse termo? O substantivo singular
aumento, certo? Sendo assim, o verbo ser deve continuar flexionada na
terceira pessoa do singular.
Resposta – Item errado.
(...)
7 A participação popular e o controle popular do poder
guardam a ideia de que o exercício da política é coletivo e
racional, com vistas à conquista de algum bem. A política
10 é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto.
A política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de
expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder
13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas
e executadas de modo legítimo. (...)
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência
& Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).
6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na argumentação do texto, a opção pela
estrutura verbal “guardam a ideia” (l.8) cria o pressuposto de ser falsa
a afirmação de que “o exercício da política é coletivo e racional” (l.8-9).
Comentário – A estrutura verbal foi empregada na terceira pessoa do plural
(“guardam”) porque concorda com o sujeito composto “A participação
popular e o controle popular do poder”, que a antecede. É descabido o que
afirma o examinador. Pelo pequeno fragmento, já dá para você entender
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que é verdadeiro o pressuposto de que “o exercício da política é coletivo e
racional”.
Resposta – Item errado.
7. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir
é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o
quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.
Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são
fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de
responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos,
tanto os governos estaduais como a União não poupou recursos
financeiros e técnicos para apoiar às prefeituras no combate da dengue.
Comentário – Do último período, vamos destacar a oração “...tanto os
governos estaduais como a União não poupou recursos...”. Estamos diante
de sujeito composto cujos núcleos (“governos” e “União”) estão ligados pela
expressão correlativa “tanto... como”. A norma gramatical estabelece que o
verbo vá para o plural quando os núcleos do sujeito composto estiverem
ligados por essa ou por outras expressões afins. Exemplos:
a) “Não só a nação mas também o príncipe estariam
pobres.” (Alexandre Herculano”
b) “Tanto a Igreja como o Estado eram até certo ponto
inocentes.” (Alexandre Herculano)
c) Tanto ele quanto ela parecem guardar segredo.
Resposta – Item errado.
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8. (CESPE/TCU/AFCE-TI/2010) “Nas sociedades modernas, somos
diariamente confrontados com uma grande massa de informações. As
novas questões e os eventos que surgem no horizonte social
frequentemente exigem, por nos afetarem de alguma maneira, que
busquemos compreendê-los, aproximando-os daquilo que já
conhecemos.”
O uso da flexão de terceira pessoa do plural em “afetarem” estabelece a
relação desse verbo com “novas questões e os eventos”.
Comentário – O sujeito composto “novas questões e os eventos” foi
explicitado na oração principal do período (“As novas questões e os
eventos... frequentemente exigem”). Na oração subordinada “por nos
afetarem de alguma maneira”, a concordância do verbo leva em
consideração esse termo.
Resposta – Item certo.
(...) Como tentativas de acompanhar essa velocidade
vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade
13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a
fluidez das relações interpessoais. (...)
Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial.
In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações).
9. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “surge”
(l.13) está flexionada no singular porque estabelece relação de
concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração
anterior.
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sujeito
Comentário – Esse verbo concorda atrativamente com o núcleo (em
negrito) mais próximo do sujeito composto “a flexibilidade do mundo do
trabalho e a fluidez das relações interpessoais”.
Resposta – Item errado.
1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no
mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava
quatrocentas e noventa. (...)
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra
completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.
10. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha
1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se
no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas”
(L.1).
Comentário – Tentou-se induzir os candidatos a admitirem também o verbo
ter como impessoal, a exemplo do verbo haver quando empregado no
sentido de existir. Vamos esclarecer o comportamento de cada um desses
verbos no que diz respeito à concordância verbal.
Em primeiro lugar, o verbo existir é naturalmente pessoal, o
que significa dizer que possui sujeito e com ele concordara em número e
pessoa.
Existem bons alunos neste curso.
Em segundo lugar, o verbo haver – conforme já foi dito
anteriormente – não possui sujeito quando é impessoal, ou seja, quando é
empregado com o sentido de existir.
Há bons alunos neste curso.
obj. direto
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Finalmente, o verbo ter, de acordo com a norma culta, só
pode ser empregado na oração quando possuir sujeito. Se, no entanto, não
possuir, deverá ser substituído pelo verbo haver no sentido de existir.
O aluno não teve aula. – conforme a norma culta
Não tem aula. – desvio da norma culta
Não há aula. – conforme a norma culta.
Tornando a analisar a questão, percebe-se que o verbo ter foi
empregado corretamente com o sentido de possuir e como verbo pessoal,
cujo sujeito é o pronome pessoal eu, oculto no período. Além disso, o termo
“vinte aranhas” funciona como complemento direto desse verbo.
Resposta – Item errado.
11. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir
é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o
quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.
O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70%
no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de
2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviam 50
mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior
número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes
chegou a 31.510 pessoas.
Comentário – Observe atentamente a oração “onde haviam 50 mil casos
registrados”. Notou a flexão do verbo haver? Como ele foi usado com a
sentido de existir, é impessoal, não tem sujeito e deve se manter na
terceira pessoa do singular (“havia”).
sujeito
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Resposta – Item errado.
12. (Cespe/Sefaz-ES/Consultor do Executivo – Ciências Econômica/2010)
“Faz tempo que estava amadurecendo a polêmica sobre esses
indicadores — crescimento econômico e emprego.”
Se a palavra “tempo” fosse substituída pela expressão dois anos, a
forma verbal “faz” deveria ser substituída por fazem.
Comentário – Nas indicações de tempo, fazer é outro verbo impessoal, sem
sujeito, devendo ser mantido invariavelmente na terceira pessoa do
singular. Então, mesmo que a palavra “tempo” fosse substituída pela
expressão dois anos, a forma verbal “faz” não sofreria variação.
Resposta – Item errado.
1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao
mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande
observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se,
7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem
eliminar. (...)
Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
13. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Caso a expressão “aqui se fez”
(L.4) seja substituída por aqui foi feita, prejudica-se a correção
gramatical do período.
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Comentário – Não gera prejuízo a troca sugerida pela banca examinadora.
Originalmente, tem-se voz passiva sintética; posteriormente, voz passiva
analítica. Mas o que deve chamar nossa atenção aqui é a concordância
estabelecida entre o verbo e o seu sujeito. Nas duas estruturas, o verbo
fazer mantém-se em terceira pessoa do singular para concordar com
“eleição”, antecedente do pronome relativo “que” e pelo qual se faz
representar na função de sujeito. Caso o termo estivesse pluralizado
(eleições), o verbo deveria ser empregado também no plural.
Resposta – Item errado.
1 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois
níveis polares: classe privilegiada e classe não privilegiada.
Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de
4 um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que
classificar por extremos não reflete a complexidade de classes
da sociedade brasileira, apesar de indicar os picos. (...)
Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São
Paulo: Fapesp & Annablume, p. 62 (com adaptações).
14. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O uso da forma verbal “se
trata” (l.3), no singular, atende às regras de concordância com o termo
“um corte epistemológico” (l.4) e seriam mantidas a coerência entre os
argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no
plural, cortes epistemológicos, desde que o verbo fosse flexionado no
plural: se tratam.
Comentário – O verbo tratar-se é, quanto à regência, transitivo indireto e
possui sujeito indeterminado. Portanto o termo “de um corte epistemológico”
é o objeto dele e nenhuma concordância entre eles deve ser mantida.
Resposta – Item errado.
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(...) Os meus pupilos não são os
31 solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um
povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das
nações seculares. (...)
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra
completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.
15. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) A forma verbal
“formam” (L.31) está flexionada na 3ª pessoa do plural para concordar
com a idéia de coletividade que a palavra “povo” (L.32) expressa.
Comentário – Embora haja a possibilidade de o verbo concordar com a
ideia de coletividade que o substantivo traz consigo, conforme expliquei
acima, esse não é o caso aqui. O verbo “formam” foi empregado na terceira
pessoa do plural por concordar com a expressão “Os meus pupilos”, que
funciona sintaticamente como seu sujeito.
A questão é interessante por comprovar que o Cespe, assim
como nós, também está atento a mais este caso particular de concordância
verbal.
Resposta – Item errado.
(...) A reação dos
indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram
4 robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à
paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa
superior a 3% em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta
7 que a economia americana perderá força no segundo semestre.
(...)
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).
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16. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Se o verbo da oração “mas a
maioria dos analistas aposta” (L.6) estivesse flexionado no plural —
apostam —, o período estaria incorreto, visto que, de acordo com a
prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa
natureza, deve ser feita com o termo “maioria”.
Comentário – Quando o sujeito é representado por expressões partitivas (a
maioria de, um grande número de, por exemplo) seguido de substantivo
no plural, o verbo pode flexionar-se no singular ou no plural.
Resposta – Item errado.
7 (...) Hoje, uma dezena de sítios na Internet usa
o mesmo princípio em benefício da inovação no mundo dos
negócios. (...)
Veja, 20/8/2008 (com adaptações).
17. (Cespe/Serpro/Analista/2008) O desenvolvimento das idéias do texto
permite que se substitua “uma dezena de” (L.7) pela expressão cerca
de dez, sem prejuízo para a correção gramatical e a coerência entre os
argumentos.
Comentário – Que tal reescrevermos a passagem já com a substituição que
a banca examinadora propôs? Veja como fica: Hoje, cerca de dez sítios
na Internet usa o mesmo princípio em benefício da inovação no
mundo dos negócios. Já deu para perceber o prejuízo gramatical? Sem
fazer outras modificações, o período torna-se incorreto. O verbo usa deveria
ser, agora, flexionado no plural (usam) para concordar com o substantivo
sítios.
Resposta – Item errado.
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(...) Não precisamos usar a
22 superfície para explicar o mundo, porque ela mesma é
parte do mundo que exige explicação. Ela é um dado da
realidade ao qual nos relacionamos. A superfície pode
25 ter uma aparência ou ser mais, a própria verdade.
Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.
In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
18. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A forma verbal
“exige” (L.23) apresenta flexão de singular para concordar com o
pronome “ela” (L.22), que, por sua vez, retoma, por coesão,
“superfície” (L.22).
Comentário – De fato, o pronome pessoal “ela” faz referência ao
substantivo “superfície”. Entretanto, o sujeito da forma verbal “exige” é o
pronome relativo “que”, representante semântico da expressão “parte do
mundo”, que – por encontrar-se no singular – obriga o verbo a se mantaer
também no singular.
Resposta – Item errado.
(...)
Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que
13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais
primitivo, e que evoluíram por meio das especulações
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as
16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma
unificação que levou milênios para ser atingida.
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
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19. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Na organização das
ideias no texto, o pronome “que” (L.14) retoma “nosso conhecimento
das coisas” (L.13).
Comentário – É importante perceber que, ao se admitir como verdade a
assertiva da banca examinadora, surge instantaneamente um erro de
concordância entre o sujeito e o verbo: nosso conhecimento das coisas
evoluíram... Note que o núcleo do sujeito faz-se representar pela terceira
pessoa do singular (ELE) e que isso obriga o verbo a flexionar-se igualmente
em número e pessoa (EVOLUI), o que não acontece. Então, qual é o
verdadeiro antecedente do pronome relativo? Acertou se você disse “ideias”,
de acordo com a linha argumentativa do texto e em observância às normas
gramaticais.
Resposta – Item errado.
(...) O que há são relações de
10 poder heterogêneas e em constante transformação. O poder
é, portanto, uma prática social constituída historicamente.
(...)
Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações
humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).
20. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Respeitam-se as relações de coerência e
coesão gramatical do texto se a forma verbal “há” (R.9) for substituída
por existe.
Comentário – Você já sabe que o verbo haver pode substituir o verbo
existir, e vice-versa. O detalhe é que o primeiro é impessoal (não tem
sujeito) e o segundo, pessoal (possui sujeito, com o qual deve concordar em
numero e pessoa). Para saber se a forma existe pode mesmo substituir a
forma “há”, você precisa identificar que termo funcionará como sujeito
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daquele verbo. Sintaticamente, o pronome relativo “que” é o sujeito. Diz a
regra gramatical que, nesse caso, a concordância deve ser feita com o
antecedente do relativo: o pronome demonstrativo “O” (= Aquilo), terceira
pessoa do singular.
Resposta – Item certo.
21. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir
é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o
quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.
Chuvas e calor acima da média, além da volta da circulação da dengue
do tipo 1, são fatores que determina o aumento do número de casos.
Mas é inegável que, diante de bons resultados dos programas realizados
anteriormente, houve certa acomodação por parte dos segmentos
encarregados do combate a dengue.
Comentário – Antecipo a você que meu comentário, aqui, se restringirá ao
que diz respeito à concordância, em virtude do propósito desta aula.
Observe o segmento “são fatores que determina o
aumento”. Agora atente para a oração (subordinada adjetiva restritiva)
iniciada pelo pronome relativo “que”: “que determina o aumento”.
Responda-me qual é o sujeito da forma verbal “determina”. Sua resposta
deve ter sido o pronome relativo “que”, certo? O que diz mesmo a regra de
concordância quando o sujeito for o pronome relativo que? Ela diz que,
nesse caso, a concordância deve ser feita com o antecedente do relativo: o
substantivo plural “fatores”. Portanto o verbo determinar deve ser
flexionado na terceira pessoa do plural: “são fatores que determinam o
aumento”
Resposta – Item errado.
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(...)
13 Os EUA tornaram-se o saco de pancadas nessa
cúpula. Raúl Castro não foi o único a responsabilizar os
EUA e o que chamou de seu modelo neoliberal pela crise do
16 crédito, que está comprometendo muitas outras economias.
(...)
Alexei Barrionuevo. The New York Times. In: O
Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).
22. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “está” (l.16)
vem no singular porque concorda com “modelo neoliberal” (l.15).
Comentário – A concordância é feita com a expressão “crise do crédito”,
semanticamente substituída pelo pronome relativo “que”.
Resposta – Item errado.
1 Vale a apena rever certas crenças que se têm
multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas. (...)
Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações).
23. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A substituição de “se têm”
(l.1) por tem altera as relações entre os argumentos do texto, mas
preserva sua coerência e correção gramatical.
Comentário – Primeiramente, vamos entender o porquê do acento na
forma original. Pergunte-se o que tem sido multiplicado: “certas crenças”.
Esse termo é substituído pelo pronome relativo “que”, o qual exerce a
função sintática de sujeito do verbo ter. Já disse anteriormente que, nos
casos semelhantes, a concordância deve ser feita com o antecedente do
relativo. Como o antecedente está no plural, o verbo ter também vai para o
plural. O plural desse verbo é indicado pelo acento circunflexo (que foi
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mantido pelo novo Acordo) para diferenciar da forma singular: (ele) tem.
Portanto a troca sugerida pela banca (“certas crenças que se tem
multiplicado”) traz prejuízos ao texto.
Resposta – Item errado.
(...) Além
16 disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas
teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos
fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma
19 descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou
espiritual do humano.
Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a
ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo
Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).
24. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Na linha 16, na concordância
com “cada uma das ideologias”, a flexão de plural em “fundamentam”
reforça a ideia de pluralidade de “ideologias”; mas estaria
gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar “cada uma”,
empregando-se o referido verbo no singular.
Comentário – A flexão de plural em “fundamentam” decorre da
concordância com “essas teorias políticas e individuais”, sujeito da forma
verbal. A expressão “cada uma das ideologias” concorda com o verbo
“constitui”.
Resposta – Item errado.
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25. (Cespe/TCU/AFCE-TI/2010) “A cada um deles correspondem maneiras
pessoais de agir e sentir, um habitus social que o indivíduo compartilha
com outros e que se integra na estrutura de sua personalidade.”
A flexão de plural em “correspondem” mostra que, pela concordância,
se estabelece a coesão com “maneiras”; mas seria igualmente correto e
coerente estabelecer a coesão com “cada um”, enfatizando este termo
pelo uso do verbo no singular: corresponde.
Comentário – Novamente entrou em cena a expressão cada um. Como ela
não integra o sujeito da oração e constitui o objeto indireto do verbo
“correspondem”, é impossível a concordância com ela. Se você reescrever o
período na ordem direta (sujeito, verbo e objeto), notará melhor as relações
entre os termos da oração: Maneiras pessoais de agir e sentir, um habitus
social que o indivíduo compartilha com outros e que se integra na estrutura
de sua personalidade, correspondem a cada um deles. Parece que em 2010
a banca “brincou” com essa expressão (repare a questão anterior).
Resposta – Item errado.
O que é o que é?
1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa
de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da
4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? (...)
Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
26. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) É gramaticalmente correto flexionar no
plural a forma verbal em “como se chama essa mágoa e esse rancor?”
(L.4), tendo como resultado como se chamam (...).
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Comentário – Notou que temos uma construção característica de voz
passiva sintética em “como se chama essa mágoa e esse rancor?” Essa
passagem equivale-se a seguinte estrutura de voz passiva analítica: “como é
chamada essa mágoa e esse rancor?”. Pois bem, você sabe que toda voz
passiva possui sujeito, certo? Analise o trecho com mais calma e perceba
que a expressão “essa mágoa e esse rancor” constitui o sujeito composto da
forma verbal “chama”. Perceba ainda que os núcleos “mágoa” e “rancor” são
substantivos sinônimos, o que permite ao verbo manter-se no singular em
concordância atrativa com o núcleo mais próximo, ou se flexionar para
concordar com todos os núcleos: “como se chamam essa mágoa e esse
rancor?” ou “como são chamados essa mágoa e esse rancor?”.
Resposta – Item certo.
27. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “O maior destaque foram os
transplantes renais, que passaram de 150 para 162 cirurgias feitas.”
Uma vez que a regra geral de concordância com o verbo ser estabelece
que ele deve concordar com o sujeito, a forma verbal “foram” poderia
ser alterada para foi, em concordância com “O maior destaque”.
Comentário – Para explicar o que o examinador disse e o que ele esperava
como resposta, vou estender-me um pouco no comentário. Preste muita
atenção na letra “d”, pois ela representa o fundamento para a resposta
certa.
Em muitas situações, o verbo ser deixa de concordar com o
sujeito para concordar com o predicativo; em outras, pode concordar com
um ou com outro, de acordo com o termo que se quer enfatizar.
a) O termo que indica pessoa tem precedência sobre coisa/objeto.
Maria era as esperanças de todos.
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O mundo são os homens.
b) O pronome pessoal tem precedência sobre o nome.
Os culpados éramos nós.
“O Estado sou eu”.
c) O pronome pessoal ou nome têm precedência sobre qualquer outro
pronome.
Quem és tu?
Tudo são flores.
ATENÇÃO! No segundo caso, quando o sujeito é representado pelos
pronomes tudo, nada, isto, isso, aquilo, considera-se possível também a
concordância com o pronome.
Tudo é flores.
d) O plural tem precedência sobre o singular.
A casa eram umas folhas.
A sua paixão eram filmes de terror.
e) O verbo ser mantém-se na terceira pessoa do singular nas expressões
que indicam preço, valor, medida, peso.
Dois quilos é pouco.
Vinte mil cruzeiros é demais.
Três metros é mais do que preciso.
f) Nas indicações de distância, horas e datas, o verbo ser concorda com
estas.
Da Tijuca à Barra são oito quilômetros.
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Era uma hora e cinquenta e nove segundos.
Hoje são 21 de maio.
Resposta – Item errado.
(...)
16 Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala
mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de
biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do
19 petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o
aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil;
a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise
22 norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento
dos preços de alimentos em fundos de hedge.
(...)
O mundo em guerra pelo pão. In: Istoé Dinheiro.
23/4/2008, p. 30-2 (com adaptações).
28. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2008) No trecho “que
levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em
fundos de hedge” (L.22-23), a substituição de “apostar” por apostarem
manteria a correção gramatical do texto.
Comentário – A flexão do infinitivo para concordar com o sujeito da oração
é assunto que gera muitas discussões entre estudantes, sejam eles
professores ou alunos. Em geral podemos seguir as orientações abaixo.
I. Flexiona-se o infinitivo quando há sujeito claro, explícito na
mesma oração em que surge o verbo no infinitivo.
Não é necessário [vocês chegarem cedo].
sujeito
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II. Mesmo não estando explícito o sujeito, pode-se flexionar o
infinitivo para evitar ambiguidade.
Está na hora [de começar o trabalho]. (Quem: eu, você?)
Está na hora [de (nós) começarmos o trabalho].
III. Quando o sujeito do infinitivo for diferente do sujeito da
oração anterior, também ocorrerá a flexão.
[Vejo] [(vocês) estarem atrasados novamente].
IV. Sendo os sujeitos iguais, a flexão é facultativa.
[Reunir-nos-emos com eles] [para apresentar/apresentarmos os
problemas da empresa]. – o sujeito comum das orações é nós.
V. Atente agora para a estrutura formada por PREPOSIÇÃO A
+ INFINITIVO, pois o Cespe aceita tanto a flexão como a não flexão.
O rapaz ajudava as garotas a se superar/superarem
VI. Com a voz passiva, a flexão é obrigatória.
As tarefas a serem feitas são essas.
Resposta – Pelo que foi explicado anteriormente, em especial no item V, o
item está certo. A forma verbal “apostar” pode flexionar-se em terceira
pessoa do plural para concordar com o seu sujeito: “investidores”, mesmo
diante da preposição “a”.
1 A ideia de democracia tem seu nascedouro nas
cidades-Estados gregas e consubstancia-se na tomada de
sujeito
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decisões mediante a participação direta dos cidadãos. Como se
4 pode depreender, o conceito era restrito, pois excluía, por
exemplo, as mulheres e os escravos. Na trajetória da Grécia,
com sua experiência de democracia primária ou de assembleia,
7 ao mundo moderno, alguns fatores se apresentaram como
inviabilizadores da participação política direta: número de
cidadãos, extensão territorial e tempo (noção cada vez mais
10 modificada diante dos avanços tecnológicos).
Diante da impossibilidade de reunião de todos os
envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os
13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais
urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se
a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a
16 democracia representativa, com seus prós e contras.
A rigor, em uma sociedade composta de milhares de
pessoas, apenas mediante a representação por um grupo
19 escolhido é possível que os diferentes interesses se façam
presentes no momento de decidir; porém, é certo que nem
sempre esse grupo representa os interesses do todo e nem
22 sempre todos os interesses de uma sociedade plural chegam a
ter representantes, ficando alguns alijados do processo
decisório. Um governo que se propõe como democrático busca
25 estabelecer mecanismos para que sejam garantidas ao máximo
as possibilidades de os cidadãos participarem das decisões
políticas, mas há um “lado sombrio”, identificado por Robert
28 Dahl nos seguintes termos: “sob um governo representativo,
muitas vezes os cidadãos delegam imensa autoridade arbitrária
para decisões de importância extraordinária.”. Segundo o autor,
31 as eleições periódicas garantem certo compromisso dos
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representantes com os representados, obrigam as elites a
“manter um olho na opinião do povo”. Apesar do “lado
34 sombrio”, a democracia alicerçada sobre o pilar da eleição
periódica de representantes é a única viável nos Estados
contemporâneos. Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para
a inclusão social rumo à concretização do estado democrático
e direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).
29. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) Considerando as
estruturas do texto, assinale a opção correta no que diz respeito à
concordância.
A) A inserção da forma verbal manterem no lugar de “manter”, em
“manter um olho na opinião do povo” (l.33), acarretaria prejuízo
sintático ao texto.
B) A oração existia alguns fatores inviabilizadores parafraseia de
modo gramaticalmente correto o trecho “alguns fatores se
apresentaram como inviabilizadores” (l.7-8).
C) Ainda que o vocábulo “necessidade” (l.15) estivesse flexionado no
plural, a forma verbal “identificou” (l.14) deveria permanecer no
singular.
D) A alteração de “sejam garantidas” (l.25) para seja garantido não
interfere na correção gramatical do período.
E) As formas verbais “garantem” (l.31) e “obrigam” (l.32) concordam com
“eleições periódicas” (l.31).
Comentário – Alternativa A: a forma verbal em negrito agora foi usada no
infinitivo pessoal, por isso ela se flexionou para concordar em número e
pessoa com o sujeito “as elites” (l. 32). Sobre a flexão do infinitivo, leia o
que eu disse no item V do comentário da questão anterior. Conclui-se,
então, que não há prejuízo sintático para o texto.
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Alternativa B: O verbo existir é pessoal (diferentemente do
verbo haver usado no mesmo sentido). Sendo assim, ele tem sujeito, com o
qual deve concordar em número e pessoa. Conforme a proposta da banca
examinadora, esse sujeito é o termo “alguns fatores inviabilizadores”
(terceiras pessoa do plural = eles). Isso leva o verbo existir a flexionar-se
da seguinte maneira: “existiam” (terceira pessoa do singular). Portanto a
opção está errada.
Alternativa C: o verbo identificar está na voz passiva
sintética, auxiliado pelo pronome apassivador “se”. Toda voz passiva possui
sujeito (mas pode não possuir agente da passiva). No texto, o substantivo
“necessidade” é o núcleo desse termo sintático. A pluralização dele deve
levar, também, o verbo para o plural: “identificaram-se as necessidades”.
Com a voz passiva analítica, é mais fácil perceber a necessidade de
concordância entre sujeito e verbo: “as necessidades foram identificadas”.
Logo o item está errado.
Alternativa D: estamos às voltas com a voz passiva, mas
agora é a analítica (verbo auxiliar flexionado + verbo principal no particípio):
“sejam garantidas”. O verbo auxiliar flexiona-se em número é pessoa para
concordar com o sujeito; o verbo principal flexiona-se em gênero e número
pelo mesmo motivo. Repare bem: “...sejam garantidas... as
possibilidades...”. Talvez, a posposição do sujeito ao verbo tenha dificultado
sua análise. É bom ficar atento! A alteração indicada pelo Cespe causa
incorreção gramatical.
Alternativa E: sim, nada mais natural do que a concordância
de número e pessoa entre sujeito e verbo.
Resposta – E
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1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso
da técnica, com transformações profundas das noções de espaço
e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse
4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no
homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento
de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. (...)
Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto
Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia
das Letras, p. 14-5 (com adaptações).
30. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) O deslocamento de “dominar no
homem” (l.4-5) para o final do período sintático em que ocorre, depois
de “humanismo” (l.6), preserva as relações de significação entre os
termos e a correção gramatical do texto, desde que seja usada uma
vírgula depois de “humanismo”.
Comentário – Eis o que o examinador propôs: “...vemos o encolhimento
das fronteiras éticas e o esquecimento de algumas ideias essenciais que
fundam o humanismo, dominar no homem”.
Estariam preservadas as relações de significação e a
correção gramatical se a vírgula não fosse inserida. Se você está se
perguntando se o verbo “dominar” deveria ir para o plural, esclareço-lhe
que:
a) é facultativa a flexão do infinitivo (“dominar”) se o
sujeito não for representado por pronome átono (“o encolhimento das
fronteiras éticas e o esquecimento de algumas ideias essenciais”) e se o
verbo da oração determinada pelo infinitivo (“vemos”) for causativo
(mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir). Veja um exemplo:
Mandei sair os alunos./Mandei saírem os alunos.
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b) flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for
diferente de pronome átono e determinante de verbo não causativo nem
sensitivo. Veja um exemplo: Esperei saírem todos.
Mas a tal vírgula causou separação indevida entre o sujeito e o
verbo. Por isso a proposição está errada.
Resposta – Item errado.
(...) Em comunicado, o grupo
considerou a medida como parte complementar do corte
anterior de dois milhões de barris diários, anunciado em
7 setembro, como uma tentativa de estabilizar a cotação do
petróleo, que, desde julho, já caiu mais de US$ 100. (...)
O Globo, 18/12/2008.
31. (Cespe/IRBr/Bolsa-Prêmio/2009) A forma verbal “anunciado” (L.6)
concorda com “corte anterior” (L.5-6), por isso está no masculino
singular.
Comentário – Por ser uma das formas nominais do verbo e poder se
comportar como um adjetivo, os verbos no particípio flexionam-se em
gênero e número para concordar com o substantivo a que se referem. É
possível os verbos no particípio surgirem acompanhados de outros verbos
(auxiliares), formando com eles uma locução verbal. Nesses casos, os
verbos auxiliares (ser, estar, haver, ter, fica) flexionam-se em pessoa,
número, tempo e modo. Exemplos:
Fica autorizado as visitas diurnas às praias desta região. (inadequado)
Ficam autorizadas as visitas diurnas às praias desta região. (adequado)
...[sujeito: as visitas diurnas]
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...[núcleo do sujeito: visitas]
...[visitas: substantivo feminina plural]
Foram corrigidos o valor das moedas locais. (inadequado)
Foi corrigido o valor das moedas locais (adequado)
...[sujeito: o valor das moedas locais]
...[núcleo do sujeito: valor]
...[valor: substantivo masculino singular
Resposta – Item certo.
1 Toda a questão do conhecimento, como desejo
de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica,
organização e seu funcionamento, pode ser pensada a
4 partir do que se deve denominar uma filosofia de
superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e
analiticamente o mundo das superfícies. (...)
Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.
In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
32. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A flexão de
feminino em “pensada” (L. 3) deve-se à concordância com “lógica”
(L. 2).
Comentário – O vocábulo “pensada”, que surge em forma de adjetivo-
-particípio, concorda com o substantivo feminino singular “questão”, núcleo
do sujeito “Toda a questão do conhecimento”.
Resposta – Item errado.
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33. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Quanto à correção gramatical e às
exigências da redação oficial, julgue o fragmento de texto apresentado
a seguir, transcrito e adaptado de www.stf.gov.br.
A consolidação de precedentes ou de entendimento uniforme
adotados pelo STF, em certos casos, evita o surgimento de
ações semelhantes e a multiplicação de processos para
apreciação em todos os níveis de jurisdição.
Comentário – Todo texto escrito em linguagem formal deve ser pautado
nas regras gramaticais vigentes. Isso também se aplica à redação oficial.
Portanto, o adjetivo “adotados” deveria flexionar-se no feminino singular
para concordar com o substantivo “consolidação”, núcleo da expressão “A
consolidação de precedentes ou de entendimento uniforme”.
Resposta – Item errado.
(...) Como nada ainda deu certo no planeta, a
7 internacionalização só será aceitável quando se cumprirem
duas premissas. (...)
Roberto Pompeu de Toledo. Amazônia: premissas
para sua entrega. In: Veja, 28/5/2008 (com adaptações).
34. (Cespe/STJ/Analista judiciário/2008) Preservam-se a correção
gramatical e a coerência da argumentação do texto ao se substituir a
expressão “se cumprirem” (L.7) por forem cumpridas.
Comentário – A passagem original constitui voz passiva sintética. Nela, o
verbo “cumprem” concorda em número e pessoa com o sujeito “duas
premissas”. A substituição proposta faz surgir voz passiva analítica ou verbal
(verbo auxiliar + verbo principal), em que o verbo principal (“cumpridas”)
assume a forma nominal de particípio. Como já disse, o particípio concorda
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em gênero e número com o substantivo a que se refere: “premissas”,
feminino plural.
Resposta – Item certo.
1 A criação da ABIN, em 1995, proporcionou ao
Estado brasileiro institucionalizar a atividade de inteligência,
mediante ações de coordenação do fluxo de informações
4 necessárias às decisões de governo, no que diz respeito ao
aproveitamento de oportunidades, aos antagonismos e às
ameaças, reais ou potenciais, para os mais altos interesses da
7 sociedade e do país. (...)
Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações).
35. (Cespe/ABIN/Agente de Inteligência/2008) A substituição do termo
“necessárias” (L.4) por necessário mantém a correção gramatical do
texto.
Comentário – Observe que, originalmente, o adjetivo “necessárias”
qualifica o substantivo “informações”. Note que ambos concordam em
gênero (feminino) e número (plural). A substituição sugerida pela banca
examinadora muda a referência para o substantivo “fluxo” (“fluxo de
informações necessário”). Apesar de causar leve desvio na linha
argumentativa do texto, a alteração não traz prejuízo à correção gramatical
do texto.
Resposta – Item certo.
36. (Cespe/TCU/AFCE-TI/2010) “Faz-se necessário frisar que o imaginário
social acompanha lentamente essa evolução, nem sempre aceitando o
rompimento dos costumes fortemente arraigados.”
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A flexão de masculino em “necessário” estabelece concordância desse
termo com “imaginário social”; no desenvolvimento da argumentação,
essa relação sintática enfatiza “imaginário social” como o primeiro
termo na comparação com “evolução”.
Comentário – Aqui, a situação é um pouquinho diferente: o adjetivo
“necessário” faz parte de uma expressão formada por VERBO + ADJETIVO
(“Faz-se necessário”). Nesse caso, ele se mantém no masculino singular se o
substantivo com o qual concorda possui sentido genérico (não é precedido
de artigo). A referência dele é a oração subordinada substantiva subjetiva
reduzida de infinitivo “frisar”; é com ela que a concordância é estabelecida.
Veja outro exemplo: É necessário atentar para algumas exceções à regra.
Resposta – Item errado.
(...)
Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que
13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais
primitivo, e que evoluíram por meio das especulações
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as
16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma
unificação que levou milênios para ser atingida.
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
37. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Por se referir a “um
nível mais profundo de síntese” (l.16), a expressão “uma unificação
que” (l.16-17) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a
argumentação ou a correção gramatical do texto.
Comentário – A primeira coisa a fazer é identificar, no texto original, o
referente do adjetivo “atingida”: “uma unificação” (expressão representada
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semanticamente pelo pronome relativo “que”). O núcleo “unificação” –
feminino singular – levou o adjetivo “atingida” a concordar em mesmo
gênero e número.
Agora, vamos reescrever a passagem como foi sugerido pela
banca examinadora: “...um nível mais profundo de síntese, o que levou
milênios para ser atingida”. Percebeu que o adjetivo “atingida” tem como
referência o pronome demonstrativo “o”? Semanticamente, ele é
representado pelo relativo “que”; como elemento de coesão, retoma a
expressão “um nível mais profundo de síntese”, cujo núcleo é o substantivo
masculino singular “nível”. Observe que tudo contribui para que o adjetivo
“atingida” seja empregado no masculino singular. Como isso não ocorreu,
houve prejuízo.
Resposta – Item errado.
(...) Com ele [o hipertexto], ler o mundo tornou-se virtualmente
10 possível, haja vista que sua natureza imaterial o faz ubíquo
por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta,
a qualquer hora do dia e por mais de um leitor
13 simultaneamente.
Antonio Carlos Xavier. Leitura, texto e hipertexto. In:
L. A. Marcuschi e A. C. Xavier (Orgs.). Hipertexto e
gêneros digitais, p. 171-2 (com adaptações).
38. (Cespe/Serpro/Analista/2008) Na linha 10, a flexão de feminino em
“haja vista” deve-se à concordância com a palavra feminina “natureza”.
Comentário – A expressão “haja vista” sempre está correta empregada no
singular, independentemente de o termo a que se refere estar no singular ou
no plural. No texto, a referência é toda a oração “que sua natureza imaterial
o faz ubíquo”.
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É importante ressaltar que, mesmo nos casos em que a
flexão é permitida – como foi explicado quando tratamos da concordância
verbal, o segundo elemento da expressão (“vista”) mantém-se invariável.
Parece-me que a banca examinadora tentou confundir os candidatos
induzindo-os a raciocinar em função da concordância nominal que envolve o
emprego da expressão “a olhos vistos”.
Em “haja vista”, o substantivo “vista” é invariável:
Haja vista o silêncio.
Haja(m) vista os barulhentos.
Em “a olhos vistos”, a expressão fica invariável ou a palavra
“vistos” concorda com o substantivo a que se refere:
Ela cresce a olhos vistos.
Ela cresce a olhos vista.
Resposta – Item errado.
Por hoje é só. Bons estudos e que Deus o(a) abençoe! Até a
próxima aula, em que falaremos sobre texto: tipologia, compreensão e
interpretação, processos de coesão, reescritura.
Professor Albert Iglésia
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS
1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente
difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os
primeiros homens em contato com a natureza. A imensa
4 variedade de corpos e acontecimentos que nos envolvem
gerou as noções de matéria, de espaço e de tempo,
fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas. (...)
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
1. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Preservam-se a
coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se
substituir “A imensa variedade de” (L.3-4) por Os inúmeros.
2. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Considerando que o fragmento
apresentado constitui parte de um texto de Jamil Chade (O Estado de
S. Paulo, 18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical.
O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung divulgou as novas
previsões do Ministério da Economia da Alemanha que indicam que o
maior mercado da Europa sofrerão uma queda de pelo menos 3% em
2009. O encolhimento da economia poderá ser ainda maior se a
recessão atingir outros países.
(...) Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional mostram que a entrada do país resultará em um
bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de
13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão
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(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e
comércio global superior a US$ 300 bilhões.
(...)
Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo,18/12/2008.
3. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “mostram” (l.11)
está no plural porque concorda com “Relações Exteriores” (l.10).
4. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte
é adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010.
Julgue-o quanto à correção gramatical.
A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente
pelo uso das facilidades de comunicação que a Internet põem à
disposição de partidos, candidatos e eleitores. Haverá a difícil e
desafiadora obrigação de manter todo o processo dentro de padrões
civilizados, impedindo que os radicais e irresponsáveis contaminem a
disputa.
5. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “‘Buscamos levar mais
informação às pessoas e aos profissionais de saúde para mudar a
cultura que existe sobre transplantes. O aumento é um reflexo dessa
mudança; dos investimentos feitos pela SES, que tem priorizado a
CTPE; e do trabalho feito nos hospitais’, afirma.”
Se a expressão das operações de transplante fosse incluída logo
após ‘aumento’, a forma verbal ‘é’ deveria, necessariamente, ser
flexionado no plural.
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(...)
7 A participação popular e o controle popular do poder
guardam a ideia de que o exercício da política é coletivo e
racional, com vistas à conquista de algum bem. A política
10 é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto.
A política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de
expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder
13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas
e executadas de modo legítimo. (...)
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência
& Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).
6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na argumentação do texto, a opção pela
estrutura verbal “guardam a ideia” (l.8) cria o pressuposto de ser falsa
a afirmação de que “o exercício da política é coletivo e racional” (l.8-9).
7. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir
é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o
quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.
Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são
fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de
responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos,
tanto os governos estaduais como a União não poupou recursos
financeiros e técnicos para apoiar às prefeituras no combate da dengue.
8. (CESPE/TCU/AFCE-TI/2010) “Nas sociedades modernas, somos
diariamente confrontados com uma grande massa de informações. As
novas questões e os eventos que surgem no horizonte social
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frequentemente exigem, por nos afetarem de alguma maneira, que
busquemos compreendê-los, aproximando-os daquilo que já
conhecemos.”
O uso da flexão de terceira pessoa do plural em “afetarem” estabelece a
relação desse verbo com “novas questões e os eventos”.
(...) Como tentativas de acompanhar essa velocidade
vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade
13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a
fluidez das relações interpessoais. (...)
Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial.
In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações).
9. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “surge”
(l.13) está flexionada no singular porque estabelece relação de
concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração
anterior.
1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no
mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava
quatrocentas e noventa. (...)
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra
completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.
10. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha
1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se
no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas”
(L.1).
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11. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir
é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o
quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.
O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70%
no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de
2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviam 50
mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior
número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes
chegou a 31.510 pessoas.
12. (Cespe/Sefaz-ES/Consultor do Executivo – Ciências Econômica/2010)
“Faz tempo que estava amadurecendo a polêmica sobre esses
indicadores — crescimento econômico e emprego.”
Se a palavra “tempo” fosse substituída pela expressão dois anos, a
forma verbal “faz” deveria ser substituída por fazem.
1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao
mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande
observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de
novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca
da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se,
7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem
eliminar. (...)
Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.
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13. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Caso a expressão “aqui se fez”
(L.4) seja substituída por aqui foi feita, prejudica-se a correção
gramatical do período.
1 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois
níveis polares: classe privilegiada e classe não privilegiada.
Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de
4 um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que
classificar por extremos não reflete a complexidade de classes
da sociedade brasileira, apesar de indicar os picos. (...)
Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São
Paulo: Fapesp & Annablume, p. 62 (com adaptações).
14. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O uso da forma verbal “se
trata” (l.3), no singular, atende às regras de concordância com o termo
“um corte epistemológico” (l.4) e seriam mantidas a coerência entre os
argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no
plural, cortes epistemológicos, desde que o verbo fosse flexionado no
plural: se tratam.
(...) Os meus pupilos não são os
31 solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um
povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das
nações seculares. (...)
Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra
completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.
15. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) A forma verbal
“formam” (L.31) está flexionada na 3ª pessoa do plural para concordar
com a idéia de coletividade que a palavra “povo” (L.32) expressa.
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(...) A reação dos
indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram
4 robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à
paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa
superior a 3% em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta
7 que a economia americana perderá força no segundo semestre.
(...)
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).
16. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Se o verbo da oração “mas a
maioria dos analistas aposta” (L.6) estivesse flexionado no plural —
apostam —, o período estaria incorreto, visto que, de acordo com a
prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa
natureza, deve ser feita com o termo “maioria”.
7 (...) Hoje, uma dezena de sítios na Internet usa
o mesmo princípio em benefício da inovação no mundo dos
negócios. (...)
Veja, 20/8/2008 (com adaptações).
17. (Cespe/Serpro/Analista/2008) O desenvolvimento das idéias do texto
permite que se substitua “uma dezena de” (L.7) pela expressão cerca
de dez, sem prejuízo para a correção gramatical e a coerência entre os
argumentos.
(...) Não precisamos usar a
22 superfície para explicar o mundo, porque ela mesma é
parte do mundo que exige explicação. Ela é um dado da
realidade ao qual nos relacionamos. A superfície pode
25 ter uma aparência ou ser mais, a própria verdade.
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Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.
In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
18. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A forma verbal
“exige” (L.23) apresenta flexão de singular para concordar com o
pronome “ela” (L.22), que, por sua vez, retoma, por coesão,
“superfície” (L.22).
(...)
Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que
13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais
primitivo, e que evoluíram por meio das especulações
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as
16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma
unificação que levou milênios para ser atingida.
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
19. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Na organização das
ideias no texto, o pronome “que” (L.14) retoma “nosso conhecimento
das coisas” (L.13).
(...) O que há são relações de
10 poder heterogêneas e em constante transformação. O poder
é, portanto, uma prática social constituída historicamente.
(...)
Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações
humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).
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20. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Respeitam-se as relações de coerência e
coesão gramatical do texto se a forma verbal “há” (l.9) for substituída
por existe.
21. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir
é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o
quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.
Chuvas e calor acima da média, além da volta da circulação da dengue
do tipo 1, são fatores que determina o aumento do número de casos.
Mas é inegável que, diante de bons resultados dos programas realizados
anteriormente, houve certa acomodação por parte dos segmentos
encarregados do combate a dengue.
(...)
13 Os EUA tornaram-se o saco de pancadas nessa
cúpula. Raúl Castro não foi o único a responsabilizar os
EUA e o que chamou de seu modelo neoliberal pela crise do
16 crédito, que está comprometendo muitas outras economias.
(...)
Alexei Barrionuevo. The New York Times. In: O
Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).
22. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “está” (l.16)
vem no singular porque concorda com “modelo neoliberal” (l.15).
1 Vale a apena rever certas crenças que se têm
multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas. (...)
Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações).
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23. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A substituição de “se têm”
(l.1) por tem altera as relações entre os argumentos do texto, mas
preserva sua coerência e correção gramatical.
(...) Além
16 disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas
teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos
fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma
19 descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou
espiritual do humano.
Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a
ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo
Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).
24. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Na linha 16, na concordância
com “cada uma das ideologias”, a flexão de plural em “fundamentam”
reforça a ideia de pluralidade de “ideologias”; mas estaria
gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar “cada uma”,
empregando-se o referido verbo no singular.
25. (Cespe/TCU/AFCE-TI/2010) “A cada um deles correspondem maneiras
pessoais de agir e sentir, um habitus social que o indivíduo compartilha
com outros e que se integra na estrutura de sua personalidade.”
A flexão de plural em “correspondem” mostra que, pela concordância,
se estabelece a coesão com “maneiras”; mas seria igualmente correto e
coerente estabelecer a coesão com “cada um”, enfatizando este termo
pelo uso do verbo no singular: corresponde.
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O que é o que é?
1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa
de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma
pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da
4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? (...)
Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.
26. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) É gramaticalmente correto flexionar no
plural a forma verbal em “como se chama essa mágoa e esse rancor?”
(L.4), tendo como resultado como se chamam (...).
27. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “O maior destaque foram os
transplantes renais, que passaram de 150 para 162 cirurgias feitas.”
Uma vez que a regra geral de concordância com o verbo ser estabelece
que ele deve concordar com o sujeito, a forma verbal “foram” poderia
ser alterada para foi, em concordância com “O maior destaque”.
(...)
16 Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala
mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de
biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do
19 petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o
aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil;
a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise
22 norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento
dos preços de alimentos em fundos de hedge.
(...)
O mundo em guerra pelo pão. In: Istoé Dinheiro.
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23/4/2008, p. 30-2 (com adaptações).
28. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2008) No trecho “que
levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em
fundos de hedge” (L.22-23), a substituição de “apostar” por apostarem
manteria a correção gramatical do texto.
1 A ideia de democracia tem seu nascedouro nas
cidades-Estados gregas e consubstancia-se na tomada de
decisões mediante a participação direta dos cidadãos. Como se
4 pode depreender, o conceito era restrito, pois excluía, por
exemplo, as mulheres e os escravos. Na trajetória da Grécia,
com sua experiência de democracia primária ou de assembleia,
7 ao mundo moderno, alguns fatores se apresentaram como
inviabilizadores da participação política direta: número de
cidadãos, extensão territorial e tempo (noção cada vez mais
10 modificada diante dos avanços tecnológicos).
Diante da impossibilidade de reunião de todos os
envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os
13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais
urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se
a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a
16 democracia representativa, com seus prós e contras.
A rigor, em uma sociedade composta de milhares de
pessoas, apenas mediante a representação por um grupo
19 escolhido é possível que os diferentes interesses se façam
presentes no momento de decidir; porém, é certo que nem
sempre esse grupo representa os interesses do todo e nem
22 sempre todos os interesses de uma sociedade plural chegam a
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ter representantes, ficando alguns alijados do processo
decisório. Um governo que se propõe como democrático busca
25 estabelecer mecanismos para que sejam garantidas ao máximo
as possibilidades de os cidadãos participarem das decisões
políticas, mas há um “lado sombrio”, identificado por Robert
28 Dahl nos seguintes termos: “sob um governo representativo,
muitas vezes os cidadãos delegam imensa autoridade arbitrária
para decisões de importância extraordinária.”. Segundo o autor,
31 as eleições periódicas garantem certo compromisso dos
representantes com os representados, obrigam as elites a
“manter um olho na opinião do povo”. Apesar do “lado
34 sombrio”, a democracia alicerçada sobre o pilar da eleição
periódica de representantes é a única viável nos Estados
contemporâneos. Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para
a inclusão social rumo à concretização do estado democrático
e direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).
29. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) Considerando as
estruturas do texto, assinale a opção correta no que diz respeito à
concordância.
A) A inserção da forma verbal manterem no lugar de “manter”, em
“manter um olho na opinião do povo” (l.33), acarretaria prejuízo
sintático ao texto.
B) A oração existia alguns fatores inviabilizadores parafraseia de
modo gramaticalmente correto o trecho “alguns fatores se
apresentaram como inviabilizadores” (l.7-8).
C) Ainda que o vocábulo “necessidade” (l.15) estivesse flexionado no
plural, a forma verbal “identificou” (l.14) deveria permanecer no
singular.
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D) A alteração de “sejam garantidas” (l.25) para seja garantido não
interfere na correção gramatical do período.
E) As formas verbais “garantem” (l.31) e “obrigam” (l.32) concordam com
“eleições periódicas” (l.31).
1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso
da técnica, com transformações profundas das noções de espaço
e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse
4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no
homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento
de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. (...)
Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto
Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia
das Letras, p. 14-5 (com adaptações).
30. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) O deslocamento de “dominar no
homem” (l.4-5) para o final do período sintático em que ocorre, depois
de “humanismo” (l.6), preserva as relações de significação entre os
termos e a correção gramatical do texto, desde que seja usada uma
vírgula depois de “humanismo”.
(...) Em comunicado, o grupo
considerou a medida como parte complementar do corte
anterior de dois milhões de barris diários, anunciado em
7 setembro, como uma tentativa de estabilizar a cotação do
petróleo, que, desde julho, já caiu mais de US$ 100. (...)
O Globo, 18/12/2008.
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31. (Cespe/IRBr/Bolsa-Prêmio/2009) A forma verbal “anunciado” (L.6)
concorda com “corte anterior” (L.5-6), por isso está no masculino
singular.
1 Toda a questão do conhecimento, como desejo
de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica,
organização e seu funcionamento, pode ser pensada a
4 partir do que se deve denominar uma filosofia de
superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e
analiticamente o mundo das superfícies. (...)
Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.
In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).
32. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A flexão de
feminino em “pensada” (L. 3) deve-se à concordância com “lógica”
(L. 2).
33. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Quanto à correção gramatical e às
exigências da redação oficial, julgue o fragmento de texto apresentado
a seguir, transcrito e adaptado de www.stf.gov.br.
A consolidação de precedentes ou de entendimento uniforme
adotados pelo STF, em certos casos, evita o surgimento de
ações semelhantes e a multiplicação de processos para
apreciação em todos os níveis de jurisdição.
(...) Como nada ainda deu certo no planeta, a
7 internacionalização só será aceitável quando se cumprirem
duas premissas. (...)
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Roberto Pompeu de Toledo. Amazônia: premissas
para sua entrega. In: Veja, 28/5/2008 (com adaptações).
34. (Cespe/STJ/Analista judiciário/2008) Preservam-se a correção
gramatical e a coerência da argumentação do texto ao se substituir a
expressão “se cumprirem” (L.7) por forem cumpridas.
1 A criação da ABIN, em 1995, proporcionou ao
Estado brasileiro institucionalizar a atividade de inteligência,
mediante ações de coordenação do fluxo de informações
4 necessárias às decisões de governo, no que diz respeito ao
aproveitamento de oportunidades, aos antagonismos e às
ameaças, reais ou potenciais, para os mais altos interesses da
7 sociedade e do país. (...)
Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações).
35. (Cespe/ABIN/Agente de Inteligência/2008) A substituição do termo
“necessárias” (L.4) por necessário mantém a correção gramatical do
texto.
36. (Cespe/TCU/AFCE-TI/2010) “Faz-se necessário frisar que o imaginário
social acompanha lentamente essa evolução, nem sempre aceitando o
rompimento dos costumes fortemente arraigados.”
A flexão de masculino em “necessário” estabelece concordância desse
termo com “imaginário social”; no desenvolvimento da argumentação,
essa relação sintática enfatiza “imaginário social” como o primeiro
termo na comparação com “evolução”.
(...)
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Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que
13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais
primitivo, e que evoluíram por meio das especulações
filosóficas até as modernas investigações científicas, que as
16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma
unificação que levou milênios para ser atingida.
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).
37. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Por se referir a “um
nível mais profundo de síntese” (R.16), a expressão “uma unificação
que” (l.16-17) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a
argumentação ou a correção gramatical do texto.
(...) Com ele [o hipertexto], ler o mundo tornou-se virtualmente
10 possível, haja vista que sua natureza imaterial o faz ubíquo
por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta,
a qualquer hora do dia e por mais de um leitor
13 simultaneamente.
Antonio Carlos Xavier. Leitura, texto e hipertexto. In:
L. A. Marcuschi e A. C. Xavier (Orgs.). Hipertexto e
gêneros digitais, p. 171-2 (com adaptações).
38. (Cespe/Serpro/Analista/2008) Na linha 10, a flexão de feminino em
“haja vista” deve-se à concordância com a palavra feminina “natureza”.
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GABARITO
1. Item errado
2. Item errado
3. Item errado
4. Item errado
5. Item errado
6. Item errado
7. Item errado
8. Item certo
9. Item errado
10. Item errado
11. Item errado
12. Item errado
13. Item errado
14. Item errado
15. Item errado
16. Item errado
17. Item errado
18. Item errado
19. Item errado
20. Item certo
21. Item errado
22. Item errado
23. Item errado
24. Item errado
25. Item errado
26. Item certo
27. Item errado
28. Item certo
29. E
30. Item errado
31. Item certo
32. Item errado
33. Item errado
34. Item certo
35. Item certo
36. Item errado
37. Item errado
38. Item errado