primeiros socorros - conhecimentos bÁsicos- biomedicina prof. luis carlos arão
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PRIMEIROS SOCORROS-CONHECIMENTOS BÁSICOS-
BiomedicinaProf. Luis Carlos Arão
PRIMEIROS SOCORROS• Conceitos:
– Atendimento imediato prestado prestado a uma pessoa vítima de um acidente ou um mal súbito.
– Auxílios imediatos e provisórios prestados enquanto se aguarda o atendimento médico.
PRIMEIROS SOCORROS• Quando aplicados com eficiência
significa a diferença entre:
– Vida e morte.
– Recuperação rápida e hospitalização longa.
– Invalidez temporária e invalidez permanente.
PRIMEIROS SOCORROS
• Principais acidentes no laboratório:– Vertigem e desmaio.– Corpos estranhos e substâncias químicas no
olhos.– Queimaduras.– Ferimentos cortes.– Hemorragias.– Envenenamentos e intoxicações.– Contaminação com material biológico.– Parada cardiorrespiratória.– Choque.
VERTIGEM• Vertigem: sensação de mal estar com
sensação de que tudo gira em volta.– Comum antes, durante ou após a coleta de
sangue.
VERTIGEM• Causas de vertigem:
– Alturas elevadas.
– Mudanças bruscas de pressão atmosférica.
– Ambientes abafados.
– Movimentos giratórios rápidos.
– Mudanças bruscas de posição.
– Nervosismo.
VERTIGEM• Sinais de uma vertigem:
– Mal estar geral.
– Tontura.
– Zumbidos.
– Surdez momentânea.
– Náuseas.
– Não há perda de sentidos ou de consciência.
VERTIGEM• Procedimento:
– Evitar aglomerações em torno da vítima e manter o local arejado.
– Colocar a vítima deitada em decúbito dorsal (de barriga para cima), mantendo a cabeça sem travesseiro ou qualquer outro apoio e os pés ligeiramente elevados.
– Impedir que a vítima faça qualquer movimento brusco, sobretudo com a cabeça.
– Afrouxar toda a roupa da vítima sobretudo ao redor do pescoço.
– Animar a vítima com palavras confortadoras.– Não se deve ministrar nada por via oral.
DESMAIO• Desmaio: perda temporária e
repentina de consciência devido à interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro.
DESMAIO• Causas de desmaio:
– Falta de alimentação.– Fadiga.– Emoção forte.– Perda de sangue.– Permanência em ambientes muito abafados.
• Em casos mais graves:– Grandes hemorragias.– Ferimentos e traumatismos na cabeça
DESMAIO• Sinais que precedem o desmaio:
– Vertigem, tontura.– Fraqueza.– Escurecimento da vista.– Náuseas.– Palidez.– Suor frio.– Falta de controle muscular.
DESMAIO• Procedimento quando a vítima
estiver consciente:– Evitar aglomerações em torno da vítima e
manter o local arejado.– Colocar a vítima deitada em decúbito
dorsal, com os pés ligeiramente elevados.
DESMAIO
– Conversar com a vítima, orientando-a para que respire profunda e lentamente.
– Afrouxar toda a roupa da vítima sobretudo ao redor do pescoço para facilitar o restabelecimento da circulação sanguínea.
– Não se deve ministrar nada por via oral.
DESMAIO• Procedimento quando a vítima
estiver inconsciente:– Fazer uma avaliação das vias aéreas, da
respiração e da circulação (vide parada cardiorrespiratória), e procurar socorro médico.
– Enquanto a vítima estiver inconsciente e respirando normalmente, deve-se mudá-la para uma posição mais segura.
– Não se deve ministrar nada por via oral.
DESMAIO• Como colocar a vítima em posição
lateral:– Coloque-se de um lado da vítima e ajoelhe-se
de frente para ela.– Flexione a perna da vítima que está mais
próxima de você.– Pegue a mão da vítima que está desse mesmo
lado e coloque-a sob a nádega, com a palma da mão virada para baixo.
– Com cuidado e vagarosamente, vire a vítima para o seu lado.
– Posicione a cabeça de lado, de modo que, se ela vomitar, a secreção saia facilmente da boca.
DESMAIO
– Feche a mão livre da vítima e coloque-a sob o queixo ou a bochecha para evitar que a face vire para baixo.
CORPOS ESTRANHOS E SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NO
OLHO• Olhos órgão delicados passíveis de
irritações, inflamações e ferimentos graves.
• Maior risco perda da visão.
• Principais corpos estranhos nos olhos:– Cisco.– Farpa no dedo.– Inseto.
CORPOS ESTRANHOS E SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NO
OLHO• Corpos estranhos nos olhos:
– Nunca tente remover um corpo estranho no olho.
– Lavar o olho atingido abundantemente com água limpa.
– Manter a pálpebra fechada.– Protegê-lo com gaze ou um pano limpo.– Cobrir também o olho não atingido para
evitar qualquer movimento do olho afetado.– Encaminhar ao serviço médico.
CORPOS ESTRANHOS E SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NO
OLHO• Substâncias Químicas nos olhos:
– Lavar os olhos abundantemente com água limpa.
– Evitar a utilização de substâncias neutralizantes de acidez ou basicidade e de colírios anestésicos
– Encaminhar ao serviço médico.
QUEIMADURAS• Conceito:
– Toda e qualquer lesão ocasionada no corpo humano pela ação, curta ou prolongada, de temperaturas extremas.
• Podem ser:– Superficiais ou profundas.
QUEIMADURASNas queimaduras as células da
pele são aquecidas e a sua taxa metabólica aumenta. Por isso, elas precisam de mais oxigênio. No entanto, o fornecimento de sangue é reduzido devido a vasos sanguíneos danificados. As células entram em estado crítico e deterioram-se.
Arrefecendo com água, constrige-se este processo nefasto até um certo ponto e alivia-se a dor. (MICHEL, 2002)
QUEIMADURAS• Objetivo do socorrista:
– Abrandar a dor.– Prevenir e tratar o choque.– Prevenir infecções.
QUEIMADURAS• Classificação das queimaduras:
– De acordo com a gravidade, medida pela relação entre a extensão da área atingida e o grau de lesão.
– Queimadura grande: atinge mais de 15% da superfície corporal em adultos. atinge mais de 10% da superfície corporal em crianças até 10 anos.
QUEIMADURAS• Para avaliar a gravidade das
queimadura é necessário ter em conta:– A causa da queimadura;
– A extensão da superfície corporal queimada;
– A profundidade da queimadura;
– O local da queimadura;
– A idade da vítima.
QUEIMADURAS
• Quanto ao grau da lesão:– Primeiro grau: mais comum.
– Segundo grau: mais grave que a de primeiro grau.
– Terceiro grau: mais grave de todas as queimaduras.
QUEIMADURAS
• Tipos de queimaduras:
QUEIMADURAS• Queimadura de Primeiro Grau:
– Mais comum.
– Sinais: pele avermelhada, sensível e quente, ardor e ressecamento.
– Causas: • Exposição prolongada ao sol.• Contato breve com líquidos ferventes.
QUEIMADURAS• Queimadura de Primeiro Grau:
– Envolve apenas a epiderme.
QUEIMADURAS
• Queimadura de Segundo Grau:– Mais grave que a de primeiro grau.
– Sinais: • Presença de bolhas.• Desprendimento de camadas superficiais da
pele.• Formação de feridas avermelhadas e muito
dolorosas.
QUEIMADURAS• Queimadura de Segundo Grau:
– Causas: • Contato com líquidos ferventes ou objetos muito
quentes.• Chamuscamento por explosão (álcool, gasolina, gás).• Contato com substâncias cáusticas (ácidos, tintas,
etc).
QUEIMADURAS• Queimadura de Segundo Grau:
– Atinge as camadas um pouco mais profundas da pele, a epiderme e a derme.
QUEIMADURAS• Queimadura de Terceiro Grau:
– Mais grave de todas.
– Sinais: • Aspecto seco, esbranquiçado ou carbonizado.• Pele acastanhada ou negra com “aparência
de couro”.• Não produz dor intensa, pois provoca a
destruição de terminações nervosas.• Representa sérios riscos para a vítima
choque e morte.
QUEIMADURAS• Queimadura de Terceiro Grau:
– Causas:• Contato direto com chamas.• Contato com líquidos inflamáveis.• Choque elétrico.
QUEIMADURAS• Queimadura de Terceiro Grau:
– Atinge todas as camadas da pele, podendo alcançar tecidos adjacentes (músculos e ossos).
QUEIMADURAS
• Procedimento:– Em todos os tipos de queimadura, o
primeiro socorro consiste em arrefecer a totalidade da queimadura com água.
– Resfriar o local com bastante água e protegê-lo com pano limpo.
– A queimadura deve ser molhada por, pelo menos, uma hora.
– Não se deve aplicar qualquer tipo de gorduras, mas apenas compressas frias e úmidas para aliviar a dor.
QUEIMADURAS– Queimaduras nos dedos, axilas ou dobras do
corpo compressas para impedir a adesão.
– Roupa aderida à queimadura não retirar.• Pode agravar a lesão, passando, por exemplo, de
2º grau para 3º grau, com ferida.
– Queimaduras nas extremidades mergulhar em água fria ou envolvê-lo em compressas embebidas em água fria para aliviar a dor.
– Queimadura com mais de 15% de acometimento dar muito líquido ao paciente para prevenir o choque.
QUEIMADURAS• Queimaduras provocadas por
substâncias químicas:– Lavar o local afetado com bastante água para
retirar todo e qualquer resíduo do produto
– Se a substância for sólida (em pó), antes de lavar o local, é preciso retirar, com pano limpo, todo e qualquer resíduo do produto, a fim de evitar que a sua diluição, durante a lavagem, seja motivo de agravamento.
– Proteger as feridas com gaze ou pano limpo.
FERIMENTOS• Ferimento:
– Traumatismo com rompimento de pele provocado pela ação de agentes físicos, químicos ou biológicos.
• A cicatrização de um ferimento depende:– Da sua extensão e profundidade.
– Do estado e saúde do paciente.
– Da prevenção de infecção.
FERIMENTOS
• Um ferimento limpo e bem fechado geralmente cicatriza em poucas semanas e quase não deixa marcas.
• Um ferimento aberto com bordas recortadas leva mais tempo para cicatrizar e pode deixar uma cicatriz com marcas maiores.
• O processo de cicatrização pode ser auxiliado por fechamento com sutura ou adesivo.
FERIMENTOS
• Tipos de lesão:– Perfurante: têm pequenas áreas, mas
penetram profundamente. A cicatrização é geralmente rápida, mas há risco de infecção (Ex: tétano).
– Corte: podem ter as bordas lisas que se fecham com um mínimo de formação de cicatriz, se adequadamente limpos e fechados. Podem ser mais profundos, podendo necessitar de sutura.
– Abrasão: podem arrancar uma grande área de pele, lesando muitas terminações nervosas.
FERIMENTOS• Procedimento:
– Lavar as mãos com água e sabão para não contaminar o ferimento.
– Lavar o ferimento abundantemente com água e sabão.
– Secar a região ferida com um pano limpo.– Não retirar fragmentos fixados no local do
corte.– Interromper o sangramento, caso haja, por
compressão próxima do ferimento.– Proteger o ferimento com gaze ou curativo para
prevenir infecções e controlar o sangramento.– Manter o curativo limpo e seco.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
• Infectantes pérfuro-cortantes:– Segundo o CONAMA: seringas, agulhas,
escalpes, ampolas, vidros ou qualquer material pontiagudo ou que contenham fios de corte capazes de causar perfurações ou cortes.
• Acidentes com pérfuro-cortantes:– A prevenção da exposição ao sangue ou a
outros materiais biológicos é a principal medida para que não ocorra contaminação por patógeno de transmissão sanguínea nos serviços de saúde.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
• O que fazer em caso de exposição?– 1º passo: cuidados locais.– 2º passo: registro.– 3º passo: avaliação da exposição.– 4º passo: avaliação da fonte.– 5º passo: manejo específico HIV, hepatite B
e C.– 6º passo: acompanhamento clínico-
sorológico.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
• Cuidados locais com a área exposta após o acidente:– Mantenha a calma o prazo para agir é de 2
horas.– Lavar exaustivamente o local com água e sabão.– Não há evidencias reais da vantagem em se usar
soluções anti-sépticas (PVP – Iodo ou Clorexidina) em substituição ao sabão.
– Em casos de exposições de mucosas, a lavagem deve ser feita com água ou solução fisiológica.
– Não utilizar éter, hipoclorito ou glutaraldeido, pois podem causar irritação local e aumentar ou mascarar a área exposta.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
• Encaminhamento ao serviço de medicina do trabalho:– Preenchimento pela empresa do CAT
(Comunicação de Acidente de Trabalho).
– Prazo para a comunicação do acidente:• Empresas privadas: no máximo 24 horas após o acidente. • Serviços públicos: até 10 dias. • Profissionais autônomos: procurar um médico do
trabalho.• O tempo decorrido entre o acidente e o encaminhamento deve
ser o menor possível, para que a avaliação médica e a profilaxia sejam iniciadas imediatamente.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
• Testes sorológicos do paciente e do acidentado: – Testes rápidos são os mais recomendados, dados a
necessidade de se estabelecer o status da sorologia de ambos para o HIV e as Hepatites B e C, o qual determinará as medidas profiláticas necessárias.
– Testes mais detalhados devem ser realizados concomitantemente para se determinar com maior fidelidade à situação sorológica, mesmo para outras patologias.
– Ideal realização dos testes até duas horas após o acidente.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
• Exames solicitados:– Paciente-fonte e profissional envolvido.– Anti-HIV (Elisa convencional e teste rápido).– Anti-HCV.– HbsAg (quando o profissional não foi imunizado
para hepatite B).– Repetir as sorologias seis semanas, três meses,
seis meses e um ano após o acidente ou a critério do médico.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
• Avaliação da soroconversão para HIV:– Pérfuro-cortantes: 0,3%.– Mucosas: 0,09%.
• Risco aumentado de transmissão:– Dispositivo com sangue visível.– Dispositivo usado intra veia ou artéria.– Lesão profunda.– Óbito do paciente-fonte em até 2 meses.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
• Avaliação da soroconversão para Hepatites:– Para Hepatite B: depende da situação do
paciente-fonte varia de 40 a 60%.
– Para Hepatite C: varia de 1 a 10%.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
Nos casos em que ocorrer a soroconversão para HIV ou hepatite, o
funcionário será encaminhado ao médico do trabalho para as orientações legais e a um centro de referência para
o acompanhamento e tratamento necessário.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
• Cuidados com materiais pérfuro-cortantes:– Máxima atenção durante a realização dos
procedimentos.
– Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais perfurocortantes.
– As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com as mãos.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
– Todo material pérfuro-cortante deve ser desprezado em recipientes resistentes à perfuração e com tampa
– Os recipientes específicos para descarte de materiais não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento.
– Uso de EPI.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
• Informações importantes no local de trabalho para o profissional de saúde:– Alta prevalência das doenças transmissíveis.– Conscientização sobre precauções padrão.– Conhecimento das limitações da profilaxia pós-
exposição.– Condições de segurança no trabalho.– Normatizações: medidas profiláticas pré-
exposição.– Uso de equipamentos de proteção individual e
vacinas.
ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES
• Caso o socorrista tenha sido exposto ao sangue e fluídos deve:– Lavar imediatamente o local com água corrente
e sabão, enxaguando vigorosamente a região;
– Comunicar o incidente imediatamente ao órgão responsável
– Procurar atendimento médico especializado.
HEMORRAGIAS• Hemorragia:
– É á perda de sangue que ocorre quando há o rompimento de veias ou artérias, provocado por cortes, amputações, esmagamentos, fraturas, úlceras, tumores, etc.
• Riscos de uma hemorragia: choque. Possibilidade de infecção.
HEMORRAGIAS
• Características do sangue numa hemorragia:– O sangue que sai das artérias é vermelho vivo
e esguicha.
– O sangue que sai das veias flui uniformemente possui coloração escura.
– Quando sai dos capilares o sangue flui bem devagar.
HEMORRAGIAS
• Procedimento básico em casos de hemorragias:– Identificar o tipo de hemorragia:
• Venosa, arterial ou capilar.• Externa ou interna.
– Fazer compressão direta sobre a lesão com pano limpo ou gaze.
– Se necessário, fazer compressão indireta na artéria, acima da lesão.
– Não retirar as compressas ensopadas. Apenas colocar mais compressas limpas sobre elas.
HEMORRAGIAS
• Compressão:– No braço ou perna levantar o local do
ferimento o mais alto possível acima do coração e fazer a compressão:
• Se hemorragia venosa por cerca de 5 min.• Se hemorragia arterial por 10 min.
HEMORRAGIAS• Epistaxe mais comum das
hemorragias.– Sentar o paciente com o rosto um pouco
inclinado para a frente e deixá-lo apertar a parte frontal maleável do nariz.
– Colocar o braço esquerdo do paciente em repouso sobre a mesa, com a palma da mão virada para o rosto e com o nariz apertado entre os seus dedos indicador e médio.
– Verificar se toda a parte maleável do nariz se encontra apertada.
HEMORRAGIAS
– Com os dedos da sua mão direita, apertar os seus dedos da mão esquerda para aumentar a pressão sobre o nariz.
– Manter a pressão por cerca de 10 minutos.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Conceito:
– É a interrupção da circulação sanguínea que ocorre em consequência da interrupção súbita e inesperada dos batimentos cardíacos ou da presença de batimentos cardíacos ineficazes.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
• Consequências:– 10 a 15 segundos: perda de consciência
devido à parada de circulação sanguínea cerebral.
– 3 minutos: começa a ocorrer lesão cerebral.
– Após 10 minutos: as chances de ressuscitação são próximas a zero.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Causas de Parada Respiratória:
– Afogamento.– Estrangulamento ou sufocação.– Aspiração excessiva de gases venenosos.– Soterramento.– Presença de corpos estranhos na garganta.– Choque elétrico.– Parada cardíaca.– Choque.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Causas de Parada Cardíaca:
– Parada respiratória.– Doença coronariana.– Doença de Chagas.– Fibrilação ventricular.– Embolia pulmonar.– Choque.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Sinais da Parada Respiratória:
– Inconsciência.– Tórax imóvel.– Ausência de saída de ar pelas vias aéreas.
• Sinais da Parada Cardíaca:– Inconsciência.– Ausência de pulsação.– Ausência de som de batimentos cardíacos.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Abordagem Inicial:
– Conversar com a vítima para verificar o estado de consciência.
– Ver, ouvir e sentir:• Ver se o tórax se expande.• Ouvir se há algum ruído de respiração.• Sentir na sua própria face se há saída de ar.• Sentir a pulsação através das artérias carótidas.
– Ausência destes sinais APNÉIA.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
• Ressuscitação cardiorrespiratória básica:– A ressucitação cardiopulmonar é um conjunto
de manobras utilizadas para restabelecimento das funções circulatória e respiratória para preservar a vida.
– Procedimentos de emergência:• Reconhecimento de obstrução das vias aéreas,
de parada respiratória e de parada cardíaca.• Aplicação da RCP através da circulação artificial
(compressão torácica externa).
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Cuidados na RCP:
– Colocar a vítima em posição de decúbito dorsal sobre uma superfície dura, firme e plana.
– Se a vítima estiver em decúbito lateral ou ventral, virá-la em bloco, de modo que a cabeça, pescoço e ombros movam-se simultaneamente, sem provocar torções.
– Colocar-se ao nível dos ombros da vítima e se ajoelhar quando ela estiver no solo.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Abertura das vias aéreas:
– Na ausência do tônus muscular, a língua e/ou a epiglote poderão obstruir as vias aéreas, uma causa comum de obstrução em pessoas inconscientes.
– A dorsoflexão da cabeça determina a progressão do maxilar inferior para frente, promovendo o afastamento da língua da parede dorsal da faringe, com a consequente abertura das vias aéreas superiores.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
– Deve-se colocar a palma de uma das mãos na fronte da vítima e as pontas dos dedos, indicador e médio, da outra mão sob a parte óssea do queixo, tracionando-o para frente e para cima.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Alterações na circulação sanguínea:
– Frequência cardíaca e Pulsação.
– Resposta capilar.
– Cor da pele.
– Pressão arterial.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Medição da pulsação:
– Ritmo cardíaco em repouso 60 a 80 bpm.
– Variações: idade, sexo, condições patológicas, atividade física, estado emocional.
– Locais para medir: pulso (base do polegar) ou pescoço.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Resposta capilar:
– Pressionar e libertar a pele, a unha ou o lábio.
– Se a circulação estiver normal, a área pressionada ficará branca durante a pressão e normal (cor-de-rosa) quando libertada.
– Se a área ficar branca, vermelha ou violeta é sinal que a circulação é pobre ou parou.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
• Cor da pele:– Normal: cor-de-rosa.– Branca/pálida: o sangue não chega à pele.– Violeta: o sangue encontra-se parado nos
capilares.– Pele fria: o sangue está saindo da pele e
entrando em órgãos essenciais.– Pele quente: a pele está recebendo grandes
quantidades de sangue.Na PCR pele pálida ou violeta
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Aferição da Pressão Arterial:
– Definição de PA.
– Pressão máxima ou sistólica 100 + idade (em mmHg).
– Pressão mínima ou diastólica 60 a 80mmHg.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA• Técnica de aferição de PA:
– Verificar se a braçadeira está sem ar e a válvula de borracha completamente fechada.
– Virar o braço esquerdo do paciente para cima.– Colocar a braçadeira cerca de 2 a 4cm acima da
dobra do cotovelo.– Encher a braçadeira até deixar de sentir a pulsação.– Colocar o estetoscópio na artéria no ponto em que
sentiu a pulsação.– Manter o braço esticado.– Lentamente, liberar o ar da braçadeira e ouvir
cuidadosamente.– Quando ouvir a pulsação forte pressão sistólica.– Quando a pulsação parar pressão diastólica.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Tabela - Classificação da pressão arterial (>18 anos) segundo a Sociedade Brasileira de
Cardiologia.
Obs: Quando a sistólica e diastólica estão em categorias diferentes, classifica-se pela maior delas.
CLASSIFICAÇÃO SISTÓLICA DIASTÓLICA
Ótima < 120 < 80Normal < 130 < 85Limítrofe 130-139 85-89HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÓLICA DIASTÓLIC
AEstágio 1 (leve) 140-159 90-99Estágio 2 (moderada) 160-179 100-109 Estágio 3 (grave) > 180 > 110 Sistólica isolada > 140 < 90
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
• Técnica de RCP:– Manter os braços estendidos com as articulações
dos cotovelos fixas, transmitindo ao esterno da vítima a pressão exercida pelo peso dos seus ombros e tronco.
– A pressão aplicada deve ser suficiente para deprimir o esterno de 3,5 a 5cm no adulto.
– A compressão deve ser regular e rítmica, seguindo-se imediatamente o relaxamento de igual duração, aliviando totalmente a pressão, permitindo ao tórax retornar a sua posição normal, sem entretanto, retirar as mãos.
– A seqüência destas manobras deve ser ininterrupta. – A freqüência das compressões deve ser de 80 a
100/min no adulto.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
• As compressões torácicas devem ser feitas da seguinte forma:– Na presença de um socorrista, realiza-se 5
repetições de 30 compressões.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA– Caso haja um segundo socorrista, um encarrega-
se das ventilações e o outro das compressões, e a alternância compressões/ventilações passará a ser de 30 compressões para cada duas ventilações feitas com ambu.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA– Após 4 a 5 ciclos de compressão e ventilação
(aproximadamente 1min), aconselha-se a reavaliação de presença de pulso e de respiração espontânea, repetindo-se as reavaliações a cada 3min.
SITUAÇÕES RELACIONADAS À COLETA
DE SANGUE• Reações durante ou após a coleta:
– Ansiedade e nervosismo:• Converse com o paciente tentando distraí-lo
e redobre sua atenção.
– Náusea e vômito:• Interrompa o procedimento.• Ofereça recipiente e papel toalha.• Chame o médico.
SITUAÇÕES RELACIONADAS À COLETA
DE SANGUE– Palidez, sudorese e calor intenso:
• Interrompa o procedimento.• Afrouxe a roupa do paciente para que ele se
sinta confortável.• Coloque-o em posição trendelemburg.
• Verifique a PA, o pulso e a respiração.
SITUAÇÕES RELACIONADAS À COLETA
DE SANGUE– Tontura e perda de consciência:
• Interrompa o procedimento.• Coloque-o em posição trendelemburg.• Chame o médico.• Verifique a PA, o pulso e a respiração.
SITUAÇÕES RELACIONADAS À COLETA
DE SANGUE– Frequência respiratória aumentada:
• Interrompa o procedimento.• Ofereça um saco de papel para que o
paciente respire dentro dele.
SITUAÇÕES RELACIONADAS À COLETA
DE SANGUE– Parada Cardiorrespiratória:
• Chame o médico.• Inicie os procedimentos de RCP.• Encaminhe-o ao serviço de emergência.
SITUAÇÕES RELACIONADAS À COLETA
DE SANGUE– Convulsões e contraturas musculares:
• Chame o médico e interrompa o procedimento.
• Coloque o paciente em decúbito dorsal, de preferência no chão.
• Proteja a língua do paciente com cânula de guedel.
• Mantenha a cabeça do paciente em hiperextensão.
• Transfira o paciente para uma sala arejada.
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
• Mudança no processo de trabalho.
• Educação continuada
• Incorporação de tecnologias alternativas:
• Substituição de materiais de vidro por plástico;
• Utilização de agulhas com dispositivos de segurança;
• Disponibilidade e adequação de EPIs.
EPC EPI
AMBIENTE HOMEM
O RISCO A LESÃO
elimina/neutraliza/sinaliza evita ou diminui
MEDIDAS TÉCNICASMEDIDAS TÉCNICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• MICHEL, Oswaldo. Guia de primeiros socorros: para cipeiros e serviços especializados em medicina, engenharia e segurança do trabalho. São Paulo: LTr, 2002. 272p.
• SILVEIRA, José Maria da S.; BARTMANN, Mercilda; BRUNO, Paulo. Primeiros Socorros: como agir em situações de emergência. 2. ed. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2007. 144p.
• www.biossegurançahospitalar.com.br. Disponível em 21 de maio de 2010.
• http://www.coladaweb.com/medicina-e-enfermagem/objetos-perfurocortantes. Disponível em 21 de maio de 2010.