problemas de enunciaÇÃo em duas diferentes abordagens sintÁticas

7/18/2019 PROBLEMAS DE ENUNCIAÇÃO EM DUAS DIFERENTES ABORDAGENS SINTÁTICAS

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PROBLEMAS DE ENUNCIAÇÃO EM DUAS DIFERENTES ABORDAGENS

SINTÁTICAS

Daniel Perico GracianoJúlio Ribeiro

Livia Beatriz Damaceno1. Introdução

Sistematizar a operação do uso da língua atravs de gram!tica uma tare"a #ue

vem sido realizada em nível mundial $!% mais ou menos% sete mil anos% com as

primeiras descriç&es dos s'nscritos( )o Brasil% temos obras representativas de seus

tempos #ue% alm de revelarem como se pensava na língua em determinava poca%

denuncia * em alguma medida * o pr+prio pensamento da poca( ,omo- .! gram!ticas

#ue consideram a língua como um elemento cristalizado% $! gram!ticas #ue consideram

o "alante e o seu desempen$o de "ala/ $! gram!ticas #ue se prendem ao portugu0s

europeu( 1ssim% podemos sugerir #ue optar por uma descrição e não por outra vai alm

do con$ecimento epistemol+gico da poca% envolvendo #uest&es políticas e sociais(

2esmo assim% não $! coisas #ue a gram!tica tradicional não d! conta de e3plicar(

De acordo com o Dias 456678% atravs da gram!tica #ue o "alante compreende

a articulação da língua em uso( 9m Linguística% o conceito de articulação pode ser

empregado na "ontica e na sinta3e( )a "ontica% possível observar como se articulam

* ou se:a% como se distribuem * os "onemas para a produção dos sons(

Para o uso de articulação em sinta3e% o termo articulação abarca um grande

le#ue de possibilidades de estudar a língua( ;1 língua comporta uma dimensão org'nica

#ue se articulam "ormando núcleos% #ue% por sua vez% constroem relaç&es por outros

núcleos< 4Dias% 5667% p(=>8 e no sentido de preservar a organicidade da língua% ou

se:a% a compet0ncia do "alante% #ue os estudos de gram!tica se dirigem nesta

perspectiva(

Deste modo% buscaremos pensar sobre como a dimensão org'nica da linguagem%ou se:a% a disposição de elementos em uma estrutura sint!tica interage com a dimensão

enunciativa da linguagem( ;Dessa "orma% podemos razoavelmente "ormular os

contornos da !rea de estudo da linguagem #ue denominamos de ?gram!tica<% 4Dias%

5667% p(=@8(

A autor prev0% então% tr0s maneiras para se articular% ou se:a% para

empregar as unidades nas sentenças na língua portuguesa atravs de um elemento

articulador% #uando um elemento se articula entre dois substantivos/ atravs da alteraçãoentre unidades * desin0ncias verbais( 9stas duas "ormas são bem delineadas no plano de



organicidade da língua% uma vez #ue seus elementos normalmente encontramCse na

super"ície te3tual * a presença dos pronomes no primeiro caso e a presença das

desin0ncias no segundo caso(

Dias 456678 descreve outra "orma de articulação% em #ue o elemento articulador

não se encontra na super"ície da oração% ou se:a% ;não se encontra no ?corpo? da

sentença< 45667% p(68( Deste modo% o interlocutor deve "azer outro camin$o para

interpretar a sentença ;alm de não termos um elemento articulador para marcar as

relaç&es entre as unidades% somente uma das unidades articuladas est! presente no corpo

da sentença< 45667% p(68( )ão obstante% possível encontrarmos um caso apartado% em

#ue o ob:eto se torna irrecuper!vel na sentença o caso dos provrbios e das "rases

cristalizadas E "rases "eitas(

Deste modo% estudar a língua a partir dos elementos #ue estão dispostos em sua

super"ície% ou se:a% em sua organicidade% conduzir! a uma srie de impasses( Para

resolv0Clos% o autor prop&e o estudo da língua a partir da dimensão enunciativa(

. An!"#$% $#nt!t#&'( u)' '*ord'+%) $o* ' ,%r$,%&t#-' d' Gr')!t#&' Tr'd#&#on'"

GT/

Famos começar com um caso em #ue não se observa o Ab:eto Direto 4AD8

como complemento do verbo(

9nunciado 0O ',r%$$'do &o)% &ru diante da perspectiva da an!lise sint!tica

tradicional



An%2o I(

;Substantivos são usados para re"erirCse s di"erentes entidades denominandoC

as 4(((8< 4)9F9S% 56H6% p(I8( )este caso de acordo com a proposta de )eves 456H68% o

substantivo apressado pode ser concebido como um substantivo comum% pois tem ;um

signi"icado le3ical decorrente de seu pr+prio estatuto categorial% estatuto de"inido

basicamente pelas "unç&es de denominação e de descrição da classe de re"erentes<

456H6% p(I8(

Segundo )9F9S 456H68% os verbos constituirão os predicados das oraç&es%

designando as propriedades ou relaç&es #ue estão na base das predicaç&es #ue se

"ormam #uando se constroem com seus argumentos( )este caso% temos o verbo

,A29R% classi"icado pela autora como din'mico% em #ue o su:eito tem controle de suas

aç&es( Diante da classi"icação entre tlico 4acabado8 e nãoCtlico 4inacabado8% temos% a

partir da con:ugação 4come ele 7K pessoa do singular8% o verbo de ação inacabada%

pois não temos condiç&es de saber se ele :! comeu% est! comendo ou vir! a comer(

uanto "unção do predicado% podemos observar o predicado verbal% :! #ue temos o

verbo como núcleo do predicado(

Do ponto de vista da gram!tica tradicional% a sentença ;A apressado come cru<

não seria considerado como uma oração% uma vez #ue o lugar do ob:eto o #ual se ligaria

ao verbo comer est! vazio(



Autro problema #ue recai sobre a sentença a presença do artigo de"inido

anteposto ao nome apressado( Para )9F9S 456H6% p(7@78% ;podeCse apontar #ue o

artigo de"inido singular determina um substantivo comum% particularizando um

indivíduo entre os demais da espcie<( Deste modo% temos uma particularização da

sentença( Au se:a% não se trata de #ual#uer apressado o apressado determinado%

especi"icado% pelo artigo de"inido o(

1o elaborar um te3to tornaCse necess!rio prezar o interlocutor como um su:eito

#ue agir! ativamente diante do enunciado% sobretudo em se tratando de te3tos

distribuídos de maneira comple3a 4territ+rio nacional% impresso e digital8( FalerCse de

uma "rase cristalizada uma maneira de c$amar a atenção do interlocutor% evocando sua

mem+ria discursiva(

Por se tratar inicialmente de uma construção meta"+rica% utilizada socialmente

como uma alternativa para ;não ten$a pressa<% podemos imaginar a o conceito

carnavalização 4B1M.NO)% H@5@8% no momento em #ue se apela para o sentido literal%

ou se:a% no momento em #ue o verbo comer est! relacionado diretamente ingestão de

alimentos% ou se:a% $! o deslocamento de um lugar meta"+rico para um lugar não

meta"+rico(



An%2o II.

4igura 5 AR9SN9O)% 56H=8

9ssa associação pode ser estabelecida pela imagem de dois #uei:os em condiç&es

di"erentes de consumo 4um signo8% bem como pelo caderno de :ornal onde circulou

4;Paladar<8% elementos #ue nos dão condição de in"erir #ue ;1pressado come cru< "oi

uma maneira de tornar a notícia atraente para o leitor% bem como ironizar uma notícia

sria a partir de um enunciado cristalizado como construção meta"+rica sendo utilizado

em sentido literal(

1 pista se veri"icar! ao e3plorarmos o te3to

1s c$ances de voc0 encontrar num supermercado um #uei:o no pontoideal para o consumo são mínimas( Q #ue% pressionados peloscomerciantes !vidos por maior tempo de e3posição do produto% os#uei:eiros brasileiros t0m por $!bito lançar nas prateleiras peças #ueainda não estão maduras( A problema #ue os #uei:os% assim como osvin$os% precisam de tempo para alcançar a maturidade% o ponto +timo para consumo( )ão por acaso #ue os "ranceses% os maioresespecialistas no assunto% costumam escol$er um #uei:o con"orme o dia

em #ue pretendem com0Clo 4(((8 4AR9SN9O)% H6 de abril de 56H78



Deste modo% tornaCse clara a relação de complementaridade entre imagem%

"rase "eita e te3to como estratgia narrativa inerente ao g0nero :ornalístico% de modo a

preenc$er os espaços sint!ticos não ocupados at então(

)este caso% o ob:eto retomado a partir da mem+ria enunciativa do

interlocutor% #ue% para Ba$tin% concebido como su:eito ativo% agindo ativamente

diante do enunciado( A ob:eto #ue se liga ao verbo comer pode simplesmente não e3istir

e3plicitamente 4gramaticalmente8% por se tratar de uma frase feita a partir de uma

met!"ora( Desconstruindo a met!"ora% temos #ue #uem age como um apressado ao

comer% comer! o alimentoT cru% estando inserida no conte3to social do su:eito( 1

cristalização do enunciado "az com #ue ele se apli#ue como advert0ncias a situaç&es

outras em #ue a ad:etivação relacionada pressa possa ser atribuída(

;1 orientação voltada para o destinat!rio tem na interlocução um "ator especí"ico

para a dialogização do discurso% pois% ;toda enunciação depende UbivocalmenteV do

locutor e do alocut!rio< 4BR1)DWA% 566X% p(I>8( 1o enunciar% o locutor instaura um

di!logo com o discurso do receptor na medida em #ue o concebe não como um mero

decodi"icador% mas como um elemento ativo 4(((8 constituindo a atmos"era do U:! ditoV%

o discurso determinado ao mesmo tempo pela rplica ainda não dita% mas solicitada%

prevista 4(((8< 4B1M.NO)% H@I>H67 apud BR1)DWA% 566X8( A ;:! previsto< neste

caso retomado na mem+ria discursiva do interlocutor(

Deste modo% ao retomar o enunciado na mem+ria discursiva e in"erir a met!"ora%

o interlocutor in"ere #ue a aus0ncia do ob:eto relacionado ao verbo se "az necess!ria e

interpretar! de acordo com uma situação conte3tual(

3. An!"#$% $#nt!t#&'( $o* ' ,%r$,%&t#-' d' +r')!t#&' +%r't#-#$t' GG/.

A pr+3imo enunciado analisado apresenta outro tipo de problema

O assassino

era o escriba

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.

Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular como um paradigma da 1ª

conjugação.

ntre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tin!a d"vidas# sempre

ac!ava um jeito assind$tico de nos torturar com um aposto.



%asou com uma reg&ncia.

'oi infeli(.

ra possessivo como um pronome.

ela era bitransitiva.

)entou ir para os U*.

+ão deu.

*c!aram um artigo indefinido em sua bagagem.

* interjeição do bigode declinava partculas expletivas, conectivos e agentes da passiva,

o tempo todo.

Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

4L92O)SMY% H@>=% p(H7I8

9nunciado 0A&4'r') u) 'rt#+o #nd%5#n#do %) $u' *'+'+%).

Perini em sua ramática /escritiva do 0ortugu&s 4566I8% esse tipo de su:eito

não e3iste% pois sua concepção gerativista% não a nada #ue e3plicite a concord'ncia entre

verbo e su:eito% o verbo ;ac$aram< pede um argumento interno e um e3terno 4algum

ac$a algo8% a !rvore abai3o nos mostra a aus0ncia do su:eito #ue seria colocado na

posição de argumento e3terno

An%2o III.

9sse enunciado apresenta o uso do su:eito indeterminado 4;ac$aram<8( A

problema #ue #ueremos apontar acerca desse "enZmeno #ue o su:eito pode ser



identi"icado% pelo conte3to% se considerarmos #ue ele est! implícito no 'mbito da

totalidade do te3to% em especial nos dois versos antecedentes ;Nentou ir para os

9[1(E)ão deu(<( A ob:eto direto ;artigo inde"inido< assume a#ui um car!ter ilícito%

remetendo a "ormação discursiva policial #ue causa um e"eito c$istoso devido o uso da

metonímia( A su:eito ;pro"essor de an!lise sint!tica< aparece como um personagem

cZmico% esse e"eito resulta do "ato de #ue o pro"essor est! tão intimamente ligado

teoria sint!tica #ue todo o seu cotidiano se resume a isso( Recon$ecemos a#ui a inserção

de uma "orma discursiva da alienação(

1presentamos ainda um terceiro enunciado

6#-%ndo d% "u7São 5H dias sem comer nada( 1 primeira semana \a seco\% ou se:a%sem #ual#uer tipo de ingestão C inclusive de !gua( Depois% alimentoss+lidos continuam restritos% mas !gua e suco são liberados( Amineiro Aberom% escritor% pro"essor de ioga% ativista dos direitos dosanimais e adepto da pr!tica do \Processo dos 5H Dias\% e3plica #ue aalimentação pr'nica% tambm con$ecida como \viver de luz\% pareceloucura% mas serve para trabal$ar o ego( 4LAP9S% H> de maio de 56H=8

1o analisarmos o enunciado ;Fivendo de luz<% nos deparamos com o seguinte

problema como determinar o su:eito #ue não est! na iman0ncia do enunciado e sim no

te3to- 1o analisarmos sintaticamente por meio da teoria gerativa% dois constituintes parecem estar omitidos algu$m está vivendo de luz% portanto o argumento e3terno 4o

mais pr+3imo da#uilo #ue concebemos como sendo o su:eito da oração8% não e3iste(

2as conseguimos recuperar o su:eito enunciado na enunciação viver de luz remete a

uma pratica religiosa de privação de comida para uma desconstrução do ego% o su:eito

em #uestão Aberom% guru da religião com essa pr!tica con$ecida como alimentação

pr'nica(

,onsideraremos este enunciado como um "ato discursivo% segundo DO1S

4H@@>% p(=8 ;o #ue est! em causa a pr+pria natureza do #ue se diz<% ao contr!rio% a

teoria gerativista comporta somente aspectos "ormais #uanto de"inição de su:eito

en#uanto aspectos sem'nticos "icam em segundo plano% portanto consideraCse o su:eito

como ine3istente( ,omo "alantes da língua possuidores de uma gram!tica interna%

recon$ecemos o enunciado como sendo gramatical% no entanto% no 'mbito enunciativo

podemos recon$ecer o su:eito #ue age% "erindo esse critrio "ormal e3plicitado

anteriormente #ue não recon$ece o su:eito da oração( Para recon$ecer o su:eito do

http://www.conscienciapranica.com/p/oberom.html






enunciado dispomos de outros signos contidos no te3to Aberom% guru adepto da pr!tica

denominada ;Processo dos 5H dias<(



An%2o I6.

Por "im% trataremos do #uarto enunciado #ue um problema relacionado

signi"icação visual

An%2o 6.

4"oto ]a$oo(com(br8

)esse caso% o su:eito oculto no enunciado est! e3plícito na imagem% se

consideramos somente a legenda da "oto% o su:eito ;atual< est! no núcleo de )P% assim

como o su:eito ;e3C:ogador<%ou se:a% todos os argumentos do verbo estão preenc$idos(

An%2o 6I.



A problema est! no "ato de #ue s+ ao ol$ar a imagem #ue o su:eito se

materializa evocando uma mem+ria no enunciat!rio( SabeCse #ue o su:eito ;e3C:ogador<

se insere na "ormação discursiva da mídia% em #ue a especulação acerca de sua vida

pessoal uma grande geratriz de lucro para a imprensa(

8. Con&"u$9%$

,oncluímos com esta pes#uisa #ue uma an!lise sint!tica sob os par'metros

estritamente tradicionais e "ormais não d! conta de descrever completamente todos os

"enZmenos da língua( 1lm disso% observamos #ue nem todo enunciado apresenta todos

os sintagmas #ue comp&e a signi"icação% dentro de sua pr+pria iman0ncia( ,ada teoria

apresenta limitaç&es e mel$or desenvoltura dependendo do "enZmeno a ser estudado(

)o caso dos enunciados vistos a#ui% temos ocorr0ncias de sintagmas ocultos ou

indeterminados #ue se apresentam como elementos e3ternos estrutura% o #ue nos "ez

recorrer as analises discursivas #ue apresentam os conte3tos em #ue cada uma dessas

estruturas t0m seu percurso de signi"icação e3posto de maneira a esclarecer os

"enZmenos vistos acima(

1 enunciação "oi usada como um au3ílio #ue complementa de "orma mais

satis"at+ria nossas investigaç&es acerca das sentenças estudadas( Dessa "orma% nos "oi

possibilitado compreender não somente os aspectos sint!ticos presentes nos te3tos%

como tambm as estratgias de enunciação usadas pelo emissor das mensagens(

Q necess!rio #ue se compreenda #ue uma palavra * c$amada de ob:eto * ocupa

um lugar na sentença( 9m uma analogia% como se ela "osse convidada para um :antar e

sua cadeira permanecesse posta mesa durante todo o evento% independente se a

convidada palavra aparecesse para o :antar ou não( ;1s condiç&es de ocupação do lugar

sint!tico estão no nível da enunciação< 4DO1S% 5667% p(68(NornaCse necess!rio #uestionar o motivo de% em certas construç&es linguísticas%

elementos :! terem o seu lugar marcado * como se "osse uma cadeira cativa% #ue

estivesse sempre esperando por ele( Para Dias 456678% ;esse lugar seria algo como uma

tril$a construída na $ist+ria das enunciaç&es do verbo<% sendo o "alante conivente ao

evento% uma vez #ue em cada enunciação e3iste uma coerção $ist+rica% ;pro:etando o

lugar do ob:eto< 4DO1S% 56678% sendo a oração proverbial ;uma "orte condição para

generalização destes lugares% contrastandoCse com os casos em #ue o processo dete3tualização sub:acente a sentença pro:eta pistas de recuperação do ob:eto no te3to(



De acordo com o autor% compreender os lugares sint!ticos a partir de an!lises

considerando a dimensão enunciativa uma nova maneira de se pensar sobre a

articulação de elementos na língua( Podemos sugerir% segundo a analogia do :antar

proposta anteriormente% #ue a aus0ncia de um convidado não atravancar! o evento * ou

se:a% se algum elemento previsto pela gram!tica tradicional não estiver presente%

normalmente o :antar ocorrer! do mesmo :eito% :! #ue este elemento% de acordo com a

proposta de an!lise a partir da dimensão enunciativa proposta por Dias 4H@@>8% poder!

ser recuperado(

9m se tratando do lugar de su:eito% Dias 456678 entende #ue esse eu pode

e#uipararCse com algum% sendo necess!rio atentarmos para as desin0ncias do verbo * o

#ue a gram!tica tradicional c$amaria de su:eito desinencial ou su:eito elíptico% com

potencial para ser recuperado% uma vez #ue ;o su:eito aciona o verbo% determinando a

sua con:ugação< 45667% p(=8(

NornaCse interessante% por este princípio% considerarmos o grau de generalização

#ue o pronome aciona no verbo( uanto mais pr+3imo da primeira pessoa% menor ser! o

grau de generalização( Podemos% neste sentido% sugerir o motivo pelo #ual provrbios

apresentamCse normalmente com o verbo con:ugado em terceira pessoa * pelo "ato de

gerar generalização( ;#ue elesT "alem bem% #ue elesT "alem mal% mas #ue elesT "alem

de mim< * notemos a terceira pessoa do plural 4eles8/ ;pimenta elaT no ol$o dos outros

re"resco< * terceira pessoa do singular acionando o verbo *% etc(

Deste modo% podemos conceber a generalização do sentido da "rase #ue

#ual#uer pessoa "ale bem ou "ale mal% mas "ale de mim * este mim pode não ser

necessariamente eu% mas #ual#uer pessoa #ue se valer da "rase/ do mesmo :eito%

concebemos #ue a pimenta nos ol$os de #ual#uer pessoa ser! re"resco(

Dentro desta perspectiva% podemos sugerir #ue o uso destes elementos

cristalizados da língua% bem como o uso dos provrbios% envolve a mem+ria discursivado interlocutor% #ue% ao acion!Cla% possivelmente saber! como empreg!Cla no conte3to

enunciativo( 9sse aprendizado não se d! espontaneamente% ou se:a% não se nasce

sabendo% entretanto o usu!rio da língua% a partir de sua e3peri0ncia de uso com a língua%

ad#uirir! este con$ecimento de "uncionamento de língua(

Q importante% dentro do conte3to da enunciação% propormos #ue outros signos

contribuam para o entendimento do enunciado neste conte3to ao estabelecer relação

entre a imagem e te3to% a articulação dada e% assim% d!Cse a e3plicação para os eventosenunciativos(



,onsiderando a perspectiva te+rica de Dias% tentamos e3plicar% atravs de

e3emplos% como sistematizada a an!lise considerando os aspectos da enunciação * o

#ue nem sempre ;concordar!< com o recuper!vel a partir da an!lise sint!tica

tradicional(



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1)9AS



An%2o I.

An%2o II.



An%2o III.

An%2o I6.



An%2o 6.

An%2o 6I.

problemas de enunciaÇÃo em duas diferentes abordagens sintÁticas

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