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PROF. 1 o ANO GEOGRAFIA PADRÃO VOL. IV

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Page 1: PROF. 1o ANO GEOGRAFIA PADRÃO VOL. IV - Bem-vindo ao ... · • Entender a Primeira Revolução Industrial; ... • Analisar o impacto da Doutrina Bush na ... e o terceiro ano funciona

PROF. 1o ANOGEOGRAFIA PADRÃO VOL. IV

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Direção Executiva:Fabio Benites

Gestão Editorial:Maria Izadora Zarro

Diagramação, Ilustração de capa e Projeto Gráfico:Alan Gilles MendesAlex FrançaDominique CoutinhoErlon Pedro PereiraEstevão CavalcantePaulo Henrique de Leão

Estagiários:Amanda SilvaFabio Rodrigues Gustavo MacedoLucas Araújo

Irium Editora LtdaRua Desembargador Izidro, no114 - Tijuca - RJCEP: 20521-160Fone: (21) 2560-1349www.irium.com.br

É proibida a reprodução total ou parcial, por qual-quer meio ou processo, inclusive quanto às caracte-rísticas gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime (Código Penal, art. 184 e §§, e Lei nº 6.895, de 17/12/1980), sujeitando-se a busca e apreensão e indenizações diversas (Lei nº 9.610/98).

Biologia: Filosofia:Física:Geografia: História: Leitura e Produção:Língua Espanhola: Língua Inglesa: Língua Portuguesa: Literatura:Matemática: Química:Sociologia:

Língua Espanhola: Língua Inglesa: Matemática:Química:

Autores:

Atualizações:

Alexandre BandeiraGustavo BertocheWilmington CollyerGonzalo Lopez Roberto José AlvesVinícius CarvalhoMizael Souza Caroline CarvalhoVinícius CarvalhoVinícius CarvalhoRicardo Viz André VenturaAnne Nunes

Karina PaimMaria Izadora ZarroGabriella MoreiraBeattriz Guedes

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Apresentação:Olá, querido aluno.O material da Irium Educação foi elaborado por professores competentes e comprometidos com

uma proposta de educação exigente e plural.Neste livro, você encontrará uma teoria na medida certa, focada nas informações mais importantes

hoje em dia, e muitos exercícios para fortalecer sua aprendizagem e preparação para os desafios futuros.Vamos conhecer um pouco mais sobre este livro?Todo capítulo inicia com uma capa, onde você encontrará uma imagem ilustrativa e os objetivos

de aprendizagem. Estes resumem o que queremos que você aprenda. Quando chegar no final do capítulo, se você quiser saber se aprendeu o que é realmente importante, volte na capa e verifique se alcançou cada um dos objetivos propostos.

Antes de entrarmos na teoria, em cada capítulo, você encontrará uma contextualização. Ela funcio-na para mostrar para você porque o assunto é importante e como você poderá usar esse conhecimento no seu dia a dia.

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No meio do caderno, quando estiver estudando, você encontrará inserções com informações rele-vantes e que “conversam” com portais da Irium Educação. É o caso do box Como pode cair no ENEM?, que trazem temas conectados ao assunto do capítulo e propõem questões do ENEM ou com o estilo da prova. Você poderá resolver os exercícios no seu caderno ou acessar o portal comopodecairnoenem.com.br. Lá você também encontrará todas essas questões resolvidas em vídeo.

Outra inserção interessante, que visa oferecer mais conhecimento relevante, é o 4News. Nessa se-ção, será possível acessar notícias recentes que conectam o tema do capítulo com uma informação importante para a sua formação e para os diversos vestibulares. Na apostila, essas informações estão resumidas, mas poderá acessar esse conteúdo, produzido pela nossa equipe de professores, na ínte-gra, através do portal 4newsmagazine.com.br ou utilizando o QR code inserido no box.

Uma das principais marcas dos livros da Irium Educação são os exercícios, que primam pela quan-tidade e qualidade. Para ajudar os alunos a tirarem suas dúvidas, existem inúmeras questões com soluções gravadas em vídeo. Elas aparecem com uma câmera e um código. Para acessar a solução, utilize o código no campo de busca no espaço destinado (videoteca) no nosso site irium.com.br/videoteca ou até mesmo no Youtube.

Além dos exercícios tradicionais, de concursos, propomos uma atividade mais experimental no final de cada capítulo. Na seção Pesquisando, você encontrará uma proposta de reflexão e/ou pesquisa com o intuito de tornar o aprendizado teórico mais prático e concreto. Essa atividade poderá ser usada para seminários e apresentações, de acordo com a agenda pedagógica da escola.

Para finalizar, que tal encontrar um conteúdo ideal para aquelas revisões na véspera de provas e concursos? Essa é a proposta da seção Resumindo, na última página de cada capítulo. Aqui, você en-contrará uma síntese com as principais informações do capítulo, como as fórmulas mais importantes, que você não pode esquecer.

A equipe da Irium Educação acredita em uma formação exigente, completa e divertida. Esperamos que este livro possa proporcionar isso a você.

#vamboraaprender“A Educação é a arma mais poderosa

que você pode usar para mudar o mundo.”(Nelson Mandela)

Fabio BenitesDiretor-geral

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1º ANO – 2016 / 2017

GEOGRAFIA

1o BIMESTRE

EM1GEO01: Indústria: o que precisamos saber sobre as revoluções industriais e fordismo?

• Entender a Primeira Revolução Industrial;• Contextualizar o pioneirismo Britânico;• Segunda Revolução Industrial; • Contextualizar o protagonismo Estadunidense;• Analisar o modelo produtivo Fordista de produção e correlacionar Fordismo e sociedade.

EM1GEO02: Indústria: o que precisamos saber sobre a revolução tecnológica e modelo flexível?

• Analisar o modelo produtivo Flexível pós-fordista; • Compreender a Revolução Tecnológica, Científica e Informacional, assim como o papel da tecnologia

no desenvolvimento globalizado;• Entender o contexto da Guerra Fria e analisar a geoeconomia capitalista no pós-2a Guerra Mundial.

EM1GEO03: A industrialização brasileira: das bases até João Goulart• Analisar “surtos industriais” do território brasileiro; • Estudar o modelo Varguista de industrialização;• Entender o modelo desenvolvimentista de J.K. para indústria no Brasil e analisar o período de João

Goulart e a proposta de Reformas de Base.

EM1GEO04: A industrialização brasileira: da ditadura militar até o século XXI• Estudar a industrialização do período militar no país e compreender as políticas econômicas dos

governos militares no Brasil e o “Milagre Econômico” brasileiro, assim como entender a “Marcha Forçada” no desenvolvimento brasileiro;

• Analisar a “Década Perdida” com a crise da dívida nos anos 80 e a abertura econômica dos anos 90; • Compreender o Neoliberalismo, o período de industrialização brasileira no contexto de abertura

econômica da década de 90;• Entender o período da industrialização brasileira no contexto da década de 2000.

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2o BIMESTRE

EM1GEO05: Globalização: como compreender a globalização e políticas econômicas?

• Analisar o contexto econômico capitalista global desde o pós-Segunda Guerra;• Estudar o processo de multinacionalização/internacionalização e a formação de grandes corporações

empresariais;• Compreender a emergência do modelo Neoliberal de Estado;• Analisar o impacto da Doutrina Bush na geopolítica mundial;• Compreender crises internacionais e os principais grupos globais de poder.

EM1GEO06: Transportes: como identificar as características e diferenças entre os tipos de mobilidade e transportes?

• Analisar o modal rodoviário de transportes;• Analisar o modal ferroviário de transportes;• Analisar o modal hidroviário de transportes;• Analisar o modal aeroviário de transportes;• Compreender a ideia de mobilidade urbana.

EM1GEO07: População: conceitos básicos• Estudar conceitos demográficos;• Analisar o quadro geral de transição demográfica;• Compreender as pirâmides etário-sexuais;• Estudar as teorias demográficas;• Compreender os fluxos migratórios internacionais.

EM1GEO08: População: estudando a população brasileira• Estudar a transição demográfica brasileira;• Analisar a pirâmide etário-sexual brasileira;• Compreender o papel do Brasil nos fluxos migratórios internacionais;• Identificar os fluxos migratórios internos no Brasil;• Analisar a composição da população brasileira.

3o BIMESTRE

EM1GEO09: Urbanização: conceitos e espaço urbano mundial• Estudar conceitos da Geografia Urbana;• Compreender o processo de urbanização;• Contextualizar a metrópole na rede urbana;• Analisar processos urbanos mundiais;• Analisar novos arranjos conceituais urbanos mundiais.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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EM1GEO10: Urbanização: o espaço urbano brasileiro• Compreender o processo de urbanização no Brasil;• Entender o processo de metropolização no Brasil;• Entender o processo de desmetropolização no Brasil;• Analisar os desafios atuais nas áreas metropolitanas e periféricas;• Estudar soluções urbanísticas.

EM1GEO11: Urbanização: o espaço urbano e o meio ambiente• Compreender o processo de ocupação urbana;• Contextualizar ocupação urbana e desafios ambientais; • Analisar os desafios ambientais e os fenômenos contemporâneos;• Analisar os problemas ambientais urbanos contemporâneos;• Estudar soluções urbanístico-ambientais.

4o BIMESTRE

EM1GEO12: Agricultura: a agropecuária mundial• Analisar os sistemas agrícolas;• Compreender o “agrobusiness”;• Contextualizar a “revolução verde” e a “revolução biotecnológica”;• Compreender aspectos de uma “modernização conservadora”;• Estudar a Pecuária;• Contextualizar agropecuária e desafios ambientais.

EM1GEO13: Agricultura: a agropecuária no Brasil• Compreender a agropecuária no Brasil;• Estruturar um painel histórico do campo brasileiro;• Contextualizar a modernização do campo brasileiro;• Analisar os cinturões agrícolas brasileiros;• Analisar a desigualdade no campo brasileiro.

EM1GEO22: Recursos energéticos• Entender o que é Energia Renovável e não Renovável;• Compreende a disponibilidade energética em proporção global, regional e local;• Entender a distintas possibilidades energética;• Entender que há vantagens e desvantagens em cada fonte energética;• A relação de alguns países com algumas fontes energéticas.

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4o BIMESTRE

EM1GEO12: Agricultura: a agropecuária mundial• Analisar os sistemas agrícolas;• Compreender o “agrobusiness”;• Contextualizar a “revolução verde” e a “revolução biotecnológica”;• Compreender aspectos de uma “modernização conservadora”;• Estudar a Pecuária;• Contextualizar agropecuária e desafios ambientais.

EM1GEO13: Agricultura: a agropecuária no Brasil• Compreender a agropecuária no Brasil;• Estruturar um painel histórico do campo brasileiro;• Contextualizar a modernização do campo brasileiro;• Analisar os cinturões agrícolas brasileiros;• Analisar a desigualdade no campo brasileiro.

EM1GEO22: Recursos energéticos• Entender o que é Energia Renovável e não Renovável;• Compreende a disponibilidade energética em proporção global, regional e local;• Entender a distintas possibilidades energética;• Entender que há vantagens e desvantagens em cada fonte energética;• A relação de alguns países com algumas fontes energéticas.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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ORIENTADOR METODOLÓGICO PADRÃO

ENSINO MÉDIO 2017/2018

O material didático da Irium Educação foi reformulado para o biênio 2017/2018 com o intuito de estar atualizado com as demandas educacionais dos principais concursos do país e alinhado com os pilares educacionais elementares defendidos pela editora.

Além de conter um projeto pedagógico de vanguarda, o projeto gráfi co é totalmente inovador. O design de cada página foi projetado para ser agradável para a leitura e atrativo visualmente, favorecendo a aprendizagem. Há uma identidade visual para cada disciplina e as seções são marcadas com foco artístico e acadêmico.

Veja algumas páginas:

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Didaticamente, há um projeto traçado que envolve fundamentos pedagógicos de vanguarda. Além disso, o material impresso dialoga com sites e aplicativos, e vídeos dispostos na videoteca do irium.com.br.

Confi ra os fundamentos pedagógicos do material e suas justifi cativas:

Fundamento 01:Apresentar um conteúdo com ementa e nível de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), refl etidos pelos principais concursos do país do referido segmento.

Descrição: O conteúdo de cada série segue as orientações dos PCNs e conteúdo programático do exame nacional do Ensino Médio (ENEM). Existem duas linhas de material. O pacote Otimizado aborda todo o conteúdo dividido em três anos, enquanto o Padrão encerra todo o conteúdo nos dois primeiros anos, e o terceiro ano funciona como um pré-vestibular abordando toda a ementa do ENEM e dos principais vestibulares do Brasil.

Fundamento 02:Alinhar desde o princípio os objetivos pedagógicos de cada caderno (capítulo).

Descrição: Ainda na capa de cada caderno (capítulo), professores e alunos encontrarão os objetivos a serem alcançados naquela unidade. Dessa forma, pretende-se que docentes e discentes comecem “com o objetivo em mente”, ou seja, que tenham clareza desde o início dos objetivos.

Como funciona na prática? Logo na capa do caderno, sugerimos que o professor apresente os objetivos pedagógicos do caderno, ou seja, o que o aluno deve assimilar e quais competências ele deve desenvolver, quando o caderno estiver com a teoria lecionada e os exercícios realizados.

Na capa do caderno de Hidrostática, ao lado, ao ler os objetivos da unidade, junto com os alunos, o professor deixa claro que visa ensinar, para compreensão dos alunos, compreender os conceitos de pressão, massa específi ca e densidade de um corpo, assim como o teorema de Stevin, de Arquimedes e o princípio de Pascal.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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Fundamento 03:Transcender o conteúdo tradicional, a partir do diálogo entre este e outros saberes, não previstos na Base Nacional Comum, mas considerados relevantes para a formação do jovem, segundo a visão da Irium Educação.

Descrição: Além do conteúdo tradicional, o material do Ensino Médio é focado em novos saberes essenciais para a formação dos jovens hoje em dia. Saberes como Economia, Noções de Nutrição, Geopolítica e Meio Ambiente são apresentados de forma dialógica com os conteúdos tradicionais. De forma prática, em cada caderno há pelo menos uma inserção transdisciplinar em formato de observação. Essas inserções surgem no material impresso em uma versão reduzida e o artigo na íntegra pode ser acessado no site do projeto 4newsmagazine.com.br.

Como funciona na prática? As inserções são apresentadas em um quadro específi co e o conteúdo é exposto pela bandeira interdisciplinar 4NEWS MAGAZINE. Esta é uma revista de atualidades que possui uma linguagem própria da adolescência, o que gera identifi cação com os alunos. Com isso, terão a oportunidade de ler, entender e debater temas importantes do Brasil e do mundo de uma forma mais interessante para a faixa etária que se encontram. Para os professores, fi ca a sugestão de utilizar esses artigos transdisciplinares para apresentar como o conteúdo presente “dialoga” com outros, estendendo a aprendizagem e mostrando outras áreas do conhecimento com as quais alguns alunos, com certeza, irão se identifi car. Esse fundamento do material didático é uma grande oportunidade para fazer conexões entre os saberes, valorizando cada um e ainda mais a sinergia entre eles. Além do artigo presente na apostila, os educadores podem incentivar os discentes a acessar o conteúdo completo, no site, possibilitando a navegação por outros artigos e, consequentemente, o acesso a mais informações de qualidade. Veja no recorte abaixo, como a notícia sobre a infl uência da igreja católica na geopolítica mundial foi utilizada para dialogar com o caderno de História do 3º ano “Formação do Brasil colonial”, enriquecendo ainda mais o conhecimento cultural do aluno.

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Fundamento 04:Sugerir contextos para apresentação dos conteúdos a fi m de tornar o aprendizado mais prático e concreto para o aluno.

Descrição: Um desafi o para os educadores é não cair no “conteudismo” puro, distante da aplicabilidade desses e da realidade dos alunos. Para isso não acontecer, o material traz sugestões de contextualizações para o início do conteúdo, além de outras exemplifi cações práticas ao longo da apresentação da teoria.

Como funciona na prática? Na segunda página de cada caderno, há uma charge, uma tirinha, uma citação, um meme ou outra representação que o professor pode usar como “gancho” para iniciar a sua aula de forma contextualizada, trazendo mais signifi cado para o aprendizado desde o início da aula. Repare que o texto abaixo (à esquerda) propõe uma refl exão sobre o porquê alguns corpos fl utuam e outros não. Essa provocação cabe perfeitamente para o início da exposição, considerando que se pretende explicar o conceito de hidrostática, ou seja, ciência que estuda os líquidos em equilíbrio estático. No outro exemplo (à direita), o autor inseriu uma imagem para criticar a concentração fundiária no Brasil.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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Fundamento 05:Promover uma linguagem mais dialógica e sedutora para o aluno, a fi m de sensibilizá-lo para a importância do conteúdo, facilitando o processo de aprendizagem.

Descrição: A forma como as informações são apresentadas é essencial para criar simpatia ou rejeição por parte dos alunos. Pensando nisso, reformulamos a linguagem do material, especialmente no início de cada caderno, na primeira impressão, para que ela fosse mais atrativa para os jovens. Assim, o texto “conversa” com o leitor, favorecendo a apresentação do conteúdo e evitando rejeições devido a forma como ele é apresentado.

Como funciona na prática? Os textos do material não possuem linguagem coloquial, eles são técnicos. Porém, não são puramente técnicos no sentido tradicional. Eles buscam uma aproximação do educando, como se o autor estivesse “conversando” com o leitor. Esse tipo de construção favorece a compreensão, e os professores podem usar isso em exercícios como: reescreva determinado texto com suas palavras, deixando claro o que você entendeu. Nos textos tradicionais, normalmente, os alunos têm difi culdade de entenderem sozinhos. Veja os textos abaixo como são convidativos.

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Fundamento 06:Articular conteúdo e exercícios de forma planejada, a fi m de tirar o melhor proveito desses últimos, funcionando como validação dos conceitos básicos trabalhados ou espelhando a realidade dos mais diversos concursos.

Descrição: Há três seções de exercícios “tradicionais”. Os Praticando possuem o aspecto de validação da aprendizagem, os Aprofundando refl etem a clássica abordagem dos concursos e os Desafi ando (somente na versão Padrão) são os mais difíceis, até mesmo para os principais concursos do país. Existem também, em todas as seções, questões resolvidas em vídeo. Elas estão sinalizadas com um ícone de uma câmera, que indica que há solução gravada, e podem ser localizadas pelo código justaposto. Através desse código, o aluno-usuário deverá acessar a área da Videoteca, localizada em irium.com.br.

Como funciona na prática? Os exercícios Praticando, por serem validações da aprendizagem, permeiam a teoria, ou seja, teoria 1 → praticando 1 → teoria 2 → praticando 2 → ... Os Aprofundando servem como mini simulados de concursos e são recomendados “para casa” para serem corrigidos na aula seguinte. Os Desafi ando, por serem os mais difíceis, podem valer pontos extras em atividades a parte.

Fundamento 07:Incentivar o aluno a estender sua aprendizagem além da sala de aula, seja com links para sites e aplicativos ou através de atividades complementares de pesquisa e refl exão.

Descrição: O material possui também atividades não ortodoxas. As questões “tradicionais” são testes para verifi car se o aluno consegue reproduzir aquilo que deveria ser aprendido. Na seção Pesquisando, o material propõe exercícios novos, que incentivam a pesquisa on-line e off-line, refl exões sobre escolhas e comportamentos e servem também, para possibilitar a atuação dos responsáveis na educação formal do fi lho, pois podem ajudá-los nas pesquisas e refl exões sugeridas pela atividade. Para o terceiro ano, não há a sugestão da atividade Pesquisando, mas uma seção denominada Competências e Habilidades onde são informadas e trabalhadas as cento e vinte habilidades da matriz de referência do ENEM.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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Como funciona na prática? A seção Pesquisando é constituída de exercícios “fora da caixinha”, isto é, aqueles que exigem pesquisas e/ou refl exões. Há algumas utilizações pedagógicas interessantes para essa seção. Exemplos: 1) O professor poderia pedir um caderno separado para registro desses exercícios. Ao fi nal ele teria um verdadeiro portfólio da produção dos alunos ao longo de determinado tempo; 2) Os pais poderiam ser convidados a participar da educação formal do fi lho, ajudando-o ou simplesmente perguntando sobre os temas abordados nesses exercícios, pois são mais fáceis para esse intuito do que os exercícios tradicionais; 3) O aluno poderia exercitar sua oratória apresentando atividades propostas nessa seção; 4) Alguns Pesquisando podem ser usados como temas para debates em sala, desenvolvendo as habilidades de ouvir e compreender o outro, além, obviamente, da capacidade de argumentação.

A seção Competências e Habilidades, presente no material do terceiro ano, informa qual(is) habilidade(s) está(ão) relacionada(s) àquele conteúdo, qualifi cando o educando nesse conteúdo.

Fundamento 08:Oferecer informações sintetizadas, a fi m de atender momentos de revisão do conteúdo.

Descrição: No fi nal de todo caderno, apresentamos uma seção denominada Resumindo, onde é apresentada uma síntese do conteúdo do caderno. O intuito é possibilitar que o aluno tenha um resumo bem construído para uma revisão rápida, quando necessária.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 2017

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICOENSINO MÉDIO 2017

1º anoGEOGRAFIA

4o bimestre:

Aula: 29Tópico: Agricultura: a agropecuária mundialObjetivos Analisar os sistemas agrícolas; Compreender o “agrobusiness”;Contextualizar a “revolução verde” e a “revolução biotecnológica”; Compreender aspectos de uma “modernização conservadora”; Estudar a Pecuária; Contextualizar agropecuária e desafi os ambientais.Subtópicos: Origem e Evolução; Sistemas de produção; Sistemas agrícolas; O agribusiness; O grande capital e a agricultura; Modernização conservadora periférica; A agricultura socialistaExercícios: xPara casa: Praticando 1

Aula: 30Tópico: Agricultura: a agropecuária mundialObjetivos Analisar os sistemas agrícolas; Compreender o “agrobusiness”;Contextualizar a “revolução verde” e a “revolução biotecnológica”; Compreender aspectos de uma “modernização conservadora”; Estudar a Pecuária; Contextualizar agropecuária e desafi os ambientais.Subtópicos: Reforma agrária; Pecuária; Agropecuária e meio ambienteExercícios: Praticando 2 ao 13Para casa: Aprofundando

Aula: 31Tópico: Agricultura: a agropecuária mundialObjetivos: x Subtópicos: x Exercícios: AprofundandoPara casa: Desafi ando e Pesquisando

Aula: 32Tópico: Agricultura: a agropecuária no brasilObjetivos: Compreender a agropecuária no Brasil; Estruturar um painel histórico do campo brasileiro; Contextualizar a modernização do campo brasileiro; Analisar os cinturões agrícolas brasileiros; Analisar a desigualdade no campo brasileiro

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Subtópicos: Painel do campo brasileiro; Relações de trabalho no campo; O movimento de reação à modernização conservadoraPara casa: xPara casa: Praticando 1 e 2

Aula: 33Tópico: Como reconhecer o regionalismo brasileiro: Sudeste, Sul e novas regionalizações?Objetivos: Situar o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste Regional do Brasil; Dimensionar os aspectos regionais brasileiros; Compreender novas propostas de regionalização em áreas econômicas brasileiras; Estudar a evolução político-administrativa do território brasileiro; Compreender a importância das ilhas brasileiras.Subtópicos: O agrobusiness no BrasilPara casa: Praticando 3 ao 17Para casa: Aprofundando, Desafi ando e Pesquisando

Aula: 34Tópico: Recursos energéticosObjetivos: Entender o que é Energia Renovável e não Renovável; Compreender a disponibilidade energética em proporção global, regional e local; Entender a distintas possibilidades energética; Entender que há vantagens e desvantagens em cada fonte energética; A relação de alguns países com algumas fontes energéticas..Subtópicos: Recursos renováveis e não renováveis; Tipos de fontes energéticas; MDLs; O petróleo; Xisto pirubitominoso; Carvão mineral. Gás natural; Termoelétrica; Hidroeletricidade; energia nuclear; Álcool; Energia geomtérmica; Maremotriz; Eólica; SolarExercícios: xPara casa: Praticando 1 ao 11

Aula: 35Tópico: Recursos energéticosObjetivos: Entender o que é Energia Renovável e não Renovável; Compreender a disponibilidade energética em proporção global, regional e local; Entender a distintas possibilidades energética; Entender que há vantagens e desvantagens em cada fonte energética; A relação de alguns países com algumas fontes energéticas..Subtópicos: xExercícios: AprofundandoPara casa: Desafi ando e Pesquisando

Aula: 36Tópico: RevisãoObjetivos:Subtópicos: RevisãoExercícios: Revisão bimestralPara casa: Revisão bimestral

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EM1G

EO12

A AGROPECUÁRIA MUNDIAL

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ORIENTADOR METODOLÓGICO

A agropecuária mundial

Conteúdo: • Sistemas de produção;• Subsistencia;• Jardinagem;• Plantation;• Empresas agricolas;• Hidroponia;• Organica;• Agrobusiness;• Agroindustria;• Grande capital agrícola;• Subsídios agrícolas;• Modernização conservadora;• Agricultura camponesa;• Reforma agrária;• Pecuária;• Agropecuária e meio ambiente.

Sugestões Didáticas: • Com base no documento “A farra do boi na Amazônia”, propor trabalhos reflexivos sobre a expansão econômica sobre território amazônico.• Faça o download do relatório com dados sobre o tema. O relatório se encontra no seguinte link: http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/report/2009/6/FARRAweb-alterada.pdf

Objetivos de aprendizagem:• Analisar os sistemas agrícolas;• Compreender o “agrobusiness”;• Contextualizar a “revolução verde” e a “revolução biotecnológica”;• Compreender aspectos de uma “modernização conservadora”;• Estudar a Pecuária;• Contextualizar agropecuária e desafios ambientais.

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EM1G

EO12

A AGROPECUÁRIA MUNDIAL

2

Praticando: 1) A

Comentário: O Brasil apresenta uma grande contradição no seu espaço agrário. Enquanto ano após ano as safras batem recordes de produção, ainda há uma gran-de parcela da população com subnutrição. Os avanços na biotecnologia ajudaram na expansão das terras agricultáveis, mas não apagaram os problemas de desigualdade social no campo.

2) C

Comentário: Os avanços da fronteira agrícola do sul em direção ao centro-oeste dinamizaram a economia da região a partir do agronegócio, baseado principalmente na produção de soja. O uso de máquinas nas lavouras e o crescimento de agroindústrias contribuíram para o êxodo rural e, assim, o crescimento das áreas urbanas na região, degradando ainda mais a vegetação do Cer-rado.

3) E

Comentário: A questão do desmatamen-to da Amazônia não está limitada somente à extração de madeira, já que existem ou-tras atividades extremamente degradantes como a pecuária, agricultura, mineração e outras. A alternativa [b] está incorreta, pois o pecuarista não desenvolve plantio de soja.

Quanto à [c] o texto deixa claro que o cus-to da formação de pastagem é superior ao de desmatamento, o que estimula a prática da segunda. E por fim, a alternativa [d] está

errada também, uma vez que, os índices de produtividade da pecuária desenvolvida na Amazônia não compensam devido aos altos prejuízos ambientais para produzir somente 35% do rebanho nacional.

4) E

Comentário: O texto aponta a contínua concentração de terra na mão de poucos produtores, mesmo após a descolonização, onde voltam sua produção para o mercado externo. Enquanto isso, pessoas com baixas condições de renda, adquirem minifúndios para sua subsistência em áreas periféricas.

5) A

Comentário: Com a Revolução Verde na década de 60, a modernização agrícola acar-retou no fenômeno do êxodo rural, origina-do pela entrada das máquinas no processo produtivo agrário levou a liberação da mão de obra das lavouras. Essas pessoas foram buscar melhores condições de vida nas áre-as urbanas e empregos nos setores indus-triais e de serviços.

6) A

Comentário: A única alternativa que mos-tra a observação correta do gráfico é a gran-de quantidade de terras improdutivas no Brasil e em todas as regiões, o que define o Brasil no seu meio rural um país extrema-mente desigual, já que este se manteve com a mesma estrutura fundiária do período co-lonial, necessitando de uma profunda distri-buição de terras (Reforma Agrária).

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7) C

Comentário: A estrutura fundiária da América do Sul é marcada pela sua desigual distribuição, nascida desde o período colo-nial, a terra era somente obtida por aque-les que tinham renda ou posses, excluindo grande parte dos trabalhadores de origem indígena ou negra (escrava até o final do sé-culo XIX no Brasil). Desta forma, a perpetu-ação de latifúndios improdutivos, somente para especulação imobiliária, eleva a tensão no meio rural e origina conflitos pela posse da terra e pela segurança alimentar.

8) E

Comentário: Tanto o texto como a charge mostram as contradições da recente expan-são na cultura de cana-de-açúcar, voltada para a produção de bio-energia. Além do desemprego provocado pela mecanização, a disparidade mais evidente está no siste-ma de colheita mecanizado, envolvendo alta tecnologia, que convive com precários pro-cessos de colheita manual.

9) A

Comentário: A respeito da agricultura estadunidense no período de 1948 a 2004, observa-se no gráfico uma redução de apro-ximadamente 75% nos custos da mão-de--obra. O gráfico também revela que o valor mínimo dos custos de material ocorreu em 1948. A produtividade total da agricultura cresceu em torno de 175%, no período ana-lisado. Na década de 1970, a taxa de cresci-mento das despesas de capital apresentou oscilação e não houve proporcionalidade

entre a redução das despesas de capital e o aumento da produtividade.

10) E

Comentário: Com base nas informações do gráfico, pode-se observar que na medi-da em que há queda dos gastos referentes à mão de obra deste setor, há crescimento bastante contínuo de gastos com material para produção, isto porque há um forte aparato tecnológico com o aprimoramento de técnicas e uso de insumos para elevar a produtividade agrícola.

11) A

Comentários: A produção crescente da soja, apontada no gráfico, no período consi-derado, teve como destino o abastecimento nacional (agroindústria), mas, sobretudo, o mercado externo. Quanto ao segundo maior volume produzido, o milho, sua produção, no período considerado, visou atender, pre-dominantemente, o mercado interno com alimentos, juntamente com a soja, para à produção de ração para consumo animal. A produção de alimentos básicos para o mer-cado consumidor brasileiro foi, efetivamen-te, a que menos evoluiu como pode ser ob-servado com as culturas do arroz e do feijão, respectivamente, as menores.

12) A

Comentário: O setor primário é depen-dente das condições climáticas, sendo as-sim, podemos relacionar a vulnerabilidade social à falta de alimentos gerados por pro-

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blemas de seca ou chuvas intensas, pois di-minuiria drasticamente a oferta de alimen-tos, acarretando numa crise alimentícia que iria atingir diretamente tanto a população rural como também a urbana.

13) C

Comentário: Com o advento industrial, a necessidade de recursos naturais para a manufatura teve um crescimento exponen-cial. A partir disso, algumas consequências econômicas, sociais e ambientais estão rela-cionadas, já que o aumento da extração de recursos naturais e energéticos afeta a vida no meio rural, destruindo matas e nascen-tes de rios, aprofundando desigualdades sociais, além de fortalecer uma burguesia industrial.

Aprofundando:14) A partir da análise do mapa, é possível identificar a contradição existente em mui-tos países africanos, nos quais se observam, simultaneamente, um elevado percentual da População Economicamente Ativa - PEA ocu-pada na agricultura e altos índices de subnu-tridos entre os habitantes do continente.

Dentre os principais legados desse pro-cesso, que ajudam a explicar a contradição verificada a partir do mapa estão a concen-tração fundiária, a produção agrícola priori-tariamente voltada para a exportação e de caráter não alimentar - incluindo os chama-dos “produtos de sobremesa”, como o café e a cana-de-açúcar -, a agricultura tecnologica-mente atrasada e com baixa produtividade, além dos baixos salários, que inviabilizam a reprodução da força de trabalho no campo, ou seja, sua subsistência.

Comentário: Esse fato vincula-se ao pro-cesso histórico de colonização e de orga-nização do espaço africano, com destaque para o sistema agrícola de plantation, intro-duzido pelas metrópoles europeias, que de-sarticulou os sistemas produtivos originais de subsistência.

15) Dentre os motivos para o interesse de capitais chineses e árabes na compra de ter-ras no Brasil e no mundo estão: garantia de segurança alimentar para suas populações e pouca terra agricultável nos países de ori-gem.

Comentário: Outros fatores como: au-mento da demanda por alimentos devido à elevação do poder aquisitivo; disponibilida-de de capitais nestes países; interesses es-peculativos com bens imóveis; e aumentos do preço dos alimentos no mercado interna-cional poderiam ser mencionados.

16) B

Comentário: O Brasil possui uma elevada concentração fundiária, fruto das relações históricas de poder e de uso da terra que marcaram o período colonial, a monarquia e a república brasileira. Este fator desenca-deia diversos conflitos no campo entre co-munidades tradicionais, latifundiários, qui-lombolas, o grupo dos sem terra, posseiros, entre outros.

17) B

Comentário: A reforma agrária é o con-junto de medidas para promover a melhor

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distribuição da terra mediante modificações no regime de posse e uso, a fim de aten-der aos princípios de justiça social, desen-volvimento rural sustentável e aumento de produção(Estatuto da Terra - Lei nº 4504/64).

18) C

Comentário: As ações descritas em con-junto podem promover aumento da produ-tividade, manejo adequado do solo e uma produção mais sustentável e benéfica ao meio ambiente, reduzindo as perdas e im-pactos no solo.

19) A

Comentário: É necessária a análise aten-ta ao mapa, feito isso, a conclusão será sim-ples, pois a ideia é apontar os territórios que possuem maior criação de bovinos, possível perceber pelos tons mais escuros, sendo efetivamente presentes no Pará, Mato gros-so e Rondônia. Há distribuição de produção em outras regiões também, mas a alternati-va [a] expressa uma assertiva.

20) (FUVEST – 2013) São Paulo gigante, torrão adorado:...

Gabarito: E

Comentário: No trecho destacado pode ser verificada a inclusão da característica mencionada na composição do ambiente rural, seria uma generalização das espécies de vegetação típica da Caatinga encontrada no semiárido, sertão brasileiro.

21) D

Comentário: O mapa temático apresenta a proporção de migrantes em relação à po-pulação total em cada microrregião brasilei-ra. As localidades em que essa proporção é maior registram a presença de 9 a 40% de migrantes. Com base no mapa, a macrorre-gião Centro-Oeste é aquela na qual se en-contram os percentuais mais elevados de população migrante, especialmente a por-ção norte desse espaço do país. Tal situa-ção demográfica é resultado do avanço da fronteira agrícola: no Centro-Oeste, nos úl-timos quarenta anos, sobretudo em virtude da expansão da cultura da soja, a atividade pecuária foi gradualmente deslocada para o norte. A expansão das atividades agropecu-árias gerou demandas de mão de obra que atraíram muitos trabalhadores de outras re-giões do país.

22) a) No período colonial, a pecuária de-sempenhou vários papéis como: facilitar o surgimento de núcleos urbanos; favorecer a interiorização da população desdobrando--se na ocupação do território.

b) I) crescimento urbano-industrial com au-mento da demanda por carne no mercado interno; II) a expansão capitalista do campo com investimentos em zootecnia que levou a uma maior rentabilidade da atividade pe-cuária (inseminação artificial, plantel melho-rado, rações balanceadas pastagens artifi-ciais, melhoria do plantel etc.); III) aumento das exportações pela origem predominan-temente verde de nosso rebanho bovino; IV) a ausência de regularização e fiscalização insuficiente nas novas áreas de ocupação.

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Comentário: A economia colonial brasilei-ra é fundamentada no ciclo canavieiro e na pecuária, que lhe dava suporte, em grandes latifúndios. As lavouras de cana localizavam--se no litoral e a internação socioeconômica era controlada pela coroa portuguesa.

Ao longo do século XX, o território brasilei-ro passou a ser explorado intensivamente a partir de movimentos migratórios atraídos pelo baixo preço da terra e programas go-vernamentais de investimentos à agropecu-ária modernizada. No início dos anos 1970, as áreas florestadas constituíam-se na últi-ma fronteira pioneira do país, que passou a ser conquistada por atividades primárias como garimpo e agricultura, aspectos que permitiram que a pecuária ocupasse essas áreas florestais a partir do século XX.

23) a) A pecuária intensiva utiliza técnicas modernas, vacinação periódica, ração, sila-gem, sal mineral, aprimoramento genético, adubação na pastagem, confinamento, etc., enquanto na pecuária extensiva o gado é criado solto em pastos naturais, com pou-cos cuidados, baixo investimento e baixa produtividade, sendo geralmente para corte (produção de carne).

b) Pastos Naturais: (Gramíneas) Vegetação de Campos; água abundante (Planície Alagá-vel – Rio Paraguai).

Comentário: Considerada a maior planí-cie inundável do mundo, o Pantanal possui abundante riqueza natural, uma série de es-pécies endêmicas e uma paisagem que atrai milhares de visitantes. Um domínio que já é considerado pela ONU Patrimônio Ecológico da Humanidade, mostrando sua importân-cia não só para o Brasil.

24) a) O gado avançou pelo agreste, em duas direções, uma pelo Sertão do Nordeste ocu-pando todo o Vale do São Francisco, que re-cebeu o apelido de Rio dos Currais, e, outra que a partir do Médio São Francisco, ocupa o Sertão Nordestino para o Norte, em direção ao Vale do Rio Parnaíba, formando o Esta-do do Piauí, parte do Maranhão e do Ceará, atingindo o litoral setentrional do Nordeste.

b) O gado avançou pelo Centro-Oeste, em direção à região norte, no que convencio-nou chamar de “Arco Sul do Desmatamen-to”. Isto ocorreu em função de vários fato-res como a facilidade de acesso permitida pelas melhorias nas estradas que penetram na borda sul da floresta (vindas do Centro--Oeste), a mudança de atividades no Centro--Oeste, como o avanço das lavouras comer-ciais, como a soja e o algodão, que valorizam as terras e empurram o gado em direção ao norte, além do aumento do contingente de cabeças em função do crescimento das ex-portações de carne.

Comentário: O gado cumpre a função de desbravador, ocupando o território após o desmatamento por meio das queimadas, ajudando a “assentar” o solo. Ele é substituí-do, logo após, pela lavoura comercial, avança em direção ao norte, colaborando com novos desmatamentos. Vale ressaltar que essa prá-tica (queimadas) é prejudicial ao meio am-biente e ao solo a médio e longo prazo.

25) a) A pecuária extensiva que ocupou vas-tas áreas dos Campos Meridionais, por suas características de aproveitamento da vege-tação natural e coexistência com a fauna na-tiva, bem como com as aves migratórias que utilizam o bioma em seus deslocamentos

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continentais, foi capaz de manter o bioma relativamente íntegro.

b) As áreas plantadas, principalmente com eucaliptus e pinus, alteram radicalmente as condições originais do bioma, contribuindo para a perda de biodiversidade e alteração do regime hidrológico.

Comentário: Os campos podem ser mui-to aproveitados para a pecuária extensiva, que aliada a um manejo adequado do solo e planejamento ambiental permitem que esse domínio seja preservado.

26) a) A região 1 no mapa corresponde ao oeste de São Paulo, noroeste do Paraná, Tri-ângulo Mineiro e sul do Mato Grosso do Sul. São áreas de expansão da criação pecuária a partir da colonização no século XIX e do desenvolvimento do agropecuário ao longo da década de 1970 em diante, a partir da es-trutura latifundiária.

b) A região 2 corresponde a Campanha Gaú-cha. São áreas naturais de campos ou pra-darias (coxilhas: superfícies em forma de colinas suavemente onduladas), favoráveis à pecuária extensiva. Os terrenos favoráveis atraíram colonos a partir do século XVIII. A princípio jesuítas e posteriormente criadores de gado de São Paulo, que, recebendo ses-marias, estabeleceram grandes estâncias.

Comentário: A região 1 possui apresenta destaque geográfico. É uma área que apre-senta infraestrutura de transportes e co-mercial e se encontra próxima dos grandes mercados consumidores do Centro-Sul e mesmo dos mercados externos.

27) C

Comentário: As áreas assinaladas no mapa coincidem com relevo de topografia plana ou pouco acidentado (áreas de cha-padões e colinas). Algumas produções, tais como a pecuária e a rizicultura, não depen-dem tanto das características geomorfológi-cas. Entretanto, na cultura da soja em larga escala é essencial o processo de mecaniza-ção, com vasta utilização de implementos agrícolas, favorecido pelas características fisionômicas explicitadas.

28) A

Comentário: Pela observação do gráfico, pode-se averiguar que na medida em que o número de produtores cai, a produtividade aumenta o que evidencia a intensificação do uso de máquinas e técnicas modernas para essa produção.

29) Nos Estados Unidos, o sistema de culti-vo dominante caracteriza-se pela alta me-canização, com elevados rendimentos por unidade de área, ao passo que no sudeste asiático predomina o emprego de muita mão de obra e pouca mecanização, apre-sentando também elevados rendimentos. O uso intensivo de maquinário agrícola nos Estados Unidos leva à compactação e à de-sagregação do solo, facilitando sua remoção pela erosão. No sudeste asiático, apesar das técnicas milenares de cultivo, a superexplo-ração dos solos e a eliminação da cobertura vegetal primitiva nas proximidades de áreas montanhosas e/ou sobre solos sedimenta-res são fatores que contribuem para perda de solos.

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Comentário: Em ambos os espaços ge-ográficos são utilizadas técnicas eficientes para a produção, uma mais moderna, outra mais tradicional. No entanto, essas práticas levam frequentemente a essa situação de perda de solo, dado que a atividade huma-na exerce um impacto muito grande a qual-quer superfície.

30) B

Comentário: A agricultura de jardinagem constitui-se, assim, como uma expressão da ação humana sobre o espaço geográ-fico, utilizando os conhecimentos sobre o ambiente natural (relevo e clima) para o desenvolvimento das práticas econômicas. É, desse modo, uma das mais interessantes formas de desenvolvimento das civilizações, uma vez que esse método de cultivo é reali-zado há milhares de anos.

31) A

Comentário: Para esse tipo de cultivo du-rante a época chuvosa, quando os índices pluviométricos são muito acentuados e ca-racterizados por longas tempestades, trans-forma-se o relevo acidentado da região em terraços ou realiza-se o plantio em curvas de nível, de modo a evitar a erosão causada pelo escoamento e reter, em maior grau, a água para infiltração.

32) A constituição do Complexo Agroindus-trial em nosso país envolveu a internalização da indústria de máquinas, equipamentos e insumos e a modernização e expansão do sistema agroindustrial que foi regulamenta-da através das políticas estatais (políticas de fomento agrícola).

Comentário: Parte-se da concepção de que o Complexo Agroindustrial insere-se em um espaço econômico determinado. A partir desse espaço, se poderia isolar um conjunto de atividades fortemente interde-pendentes, onde cada complexo formaria um conjunto de sistemas e/ou cadeias pro-dutivas relativamente independentes dos demais complexos.

Desafiando: 33) a) A queimada praticada pelas socieda-des indígenas (coivara) e aquela realizada pelos colonizadores do Brasil retratam di-ferentes modos de relação do homem com o processo de ocupação do espaço. Na so-ciedade indígena, o processo da coivara, de-senvolvido historicamente, em geral ocorria em pequenas áreas e de maneira não siste-mática, permitindo a regeneração do ecos-sistema depois que os índios transferiam sua atividade agrícola para outro local. Já as queimadas realizadas pelos colonizadores ocorriam em grandes áreas e muitas vezes repetidamente, comprometendo o ambien-te local e sua recuperação.

b) Dentre os impactos decorrentes das queimadas sistemáticas em determinadas regiões, podem-se destacar o comprometi-mento da biodiversidade dos ecossistemas afetados, o aumento do processo de lixivia-ção e erosão, bem como a diminuição do material orgânico do solo, provocando seu empobrecimento. Já o impacto em relação ao homem se faz sentir no aumento da po-luição atmosférica, comprometendo a saú-de pública local, e na redução da capacidade de produção agrícola, levando a implicações socioeconômicas negativas.

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Comentário: A diferença consiste entre o impacto das formas culturais que eram/são estabelecidas com a terra. Antes de subsis-tência e atualmente, de expansão e desen-volvimento econômico.

34) Os complexos agroindustriais podem ser definidos como grandes cadeias produti-vas que articulam a produção agrícola com a produção industrial e com os setores de co-mércio e serviço, formando o que tem sido denominado como agronegócio ou agrobu-siness. Nessa forma de produção integrada, os setores comerciais e industriais estão si-tuados tanto a montante quanto a jusante da produção agropecuária na cadeia produ-tiva. Dentre as consequências socioeconô-micas negativas decorrentes da situação de monopólio ou de oligopólio, comuns a esses complexos estão: aumento do êxodo rural e imposição de regras comerciais.

Comentários: Outras consequências socioe-conômicas que poderiam ser mencionadas são: controle dos preços das mercadorias, aumento do desemprego/pobreza no cam-po, imposição de padrões de produção noci-vos ao meio ambiente, imposição por parte das empresas de padrões técnicos de pro-dução, eliminação das pequenas empresas e dos pequenos produtores rurais.

35) a) No Estado do Rio Grande do Sul a pre-dominância absoluta da mão de obra fami-liar é decorrente do processo de ocupação da região. Predominam populações de ori-gem europeia, em pequenas propriedades, cuja produção agropecuária, visa atender às necessidades da comunidade local, pro-duzindo portanto produtos como algodão (tecidos), couro (calçados), carne, milho, tri-go (alimentos). No Estado de São Paulo, a

ocupação mais significativa do espaço rural se deu a partir da expansão da lavoura ca-feeira, caracterizada pela grande proprieda-de monocultora voltada para a exportação, limitando, dessa forma, o trabalho familiar. Vale destacar também que o Estado de São Paulo possui o maior índice de mecanização agrícola do país, o que justifica o menor nú-mero total de pessoal ocupado nos estabe-lecimentos agropecuários.

b) De acordo com a tabela, é possível perce-ber que no Estado de São Paulo a presença de mão de obra familiar, embora seja ma-joritária (50,2%), está bem abaixo da média nacional (78,3%). Essa situação pode ser explicada em função das transformações agrárias ocorridas nesse Estado a partir dos anos 1950. É nessa década que se inicia um intenso processo de modernização da agri-cultura paulista, com grandes investimentos de capital privado na mecanização da lavou-ra, visando garantir não só o abastecimento da crescente população urbana, mas tam-bém da cada vez mais significativa ativida-de industrial do Estado. Com base nessas transformações pode-se deduzir que por um lado a mão de obra familiar perde espa-ço, em função de sua menor capacidade de investimento e, consequentemente, de sua maior dificuldade em atender a demanda urbano-industrial. Por outro lado, a utiliza-ção de tecnologia no campo exige mão de obra mais qualificada, preparada na cidade e habituada a trabalhar como empregado contratado.

Comentário: A partir dos anos 1950, a intensificação da industrialização no Brasil, concentrada na região Sudeste, passa a re-fletir também na produção agropecuária,

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com a modernização do setor agrário, que se expressa pela intensa mecanização da lavoura, pela expansão e desenvolvimento do agronegócio e pelo aumento do trabalho assalariado no meio rural.

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ORIENTADOR METODOLÓGICO

A agropecuária no brasil

Conteúdo: • Painel do campo brasileiro (histórico);• Relações de trabalho no campo;• Assalariada;• Parceria;• Arrendamento;• Boia–fria;• Escravidão por dívida;• Movimento camponês;• Agrobusiness no brasil;• Corredores principais.

Sugestões Didáticas: • Com base no documento “A farra do boi na Amazônia”, propor trabalhos reflexivos sobre a a relação entre pecuária e efeito estufa;• Faça o download do relatório com dados sobre o tema. O relatório se encontra no seguinte link: http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/report/2009/6/FARRAweb-alterada.pdf.

Objetivos de aprendizagem:• Compreender a agropecuária no Brasil;• Estruturar um painel histórico do campo brasileiro;• Contextualizar a modernização do campo brasileiro;• Analisar os cinturões agrícolas brasileiros;• Analisar a desigualdade no campo brasileiro.

Praticando: 1) D

Comentário: As organizações que conscien-tizam os trabalhadores rurais tem um papel fundamental em comunicar as autoridades, como Ministério Público, sobre o trabalho escravo ainda presente no Brasil. Esse tra-balho escravo se dá à partir da chamada ser-vidão por dívida, onde muitos trabalhadores contraem dívidas em seu deslocamento

para as fazendas, sendo obrigados a traba-lhar em condições precárias para pagá-las.

2) A

Comentário: A história da questão fundiá-ria no Brasil é marcada pela violência e por estratégias ilícitas de apropriação de áreas rurais, que resultam nos índices elevados de concentração de terras no país. Um dos agentes sociais marcantes nesse cenário é

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o grileiro, personagem envolvido nessas ações ilegais tanto em áreas rurais quanto urbanas, frequentemente com o uso de tí-tulos fraudulentos de propriedade e com o emprego da violência contra os ocupantes previamente estabelecidos nesses espaços.

3) C

Comentário: A humanização e a mecaniza-ção do espaço geográfico provocaram novas interações socioespaciais entre o campo e a cidade, como o surgimento do agronegó-cio e da agroindústria. De um modo geral, a modernização da agricultura ocasionou uma definitiva dependência do campo em relação aos centros urbanos, que, através de financiamento e de inovações tecnológi-cas, passou a determinar o que e quando o campo deveria produzir.

4) B

Comentada: Com a construção da ferrovia li-gando o interior paulista até o litoral, conec-tando as zonas cafeeiras com o principal porto para exportação, houve um maior dinamismo da mão de obra na região, já que os imigran-tes que chegavam ao porto de Santos já se encaminhavam para as áreas de produção, concentradas nas cidades do oeste paulista.

5) D

Comentário: Ao longo das décadas apre-sentadas no gráfico, o Brasil passou por um processo de modernização e automação da economia, fruto do desenvolvimento indus-trial (a partir da década de 1940), refletindo no setor agropecuário que se modernizou, liberando mão de obra para a cidade, ofer-tando mais trabalhadores para as atividades dos setores secundário e terciário.

6) A

Comentário: As correntes migratórias inter--regionais no país se intensificaram a par-tir da modernização brasileira, iniciada na década de 50. A necessidade de mão de obra barata para a construção de São Paulo atraiu imigrantes nordestinos, que se torna-ram operários do setor industrial ou foram trabalhar na construção civil, como aponta o expresso em [A].

7) A

Comentário: O esgotamento da cultura ca-feeira no Vale do Paraíba deveu-se às im-plicações decorrentes do desmatamento, especialmente porque as áreas de cultivo estavam situadas em áreas de média e alta declividade, o que provoca a redução da produtividade dos solos. Essa redução ocor-re porque, com o desmatamento, verifica--se: redução da infiltração de águas nos so-los; elevação do nível de erosão; e alteração no regime pluviométrico local.

8) C

Comentário: Um dos graves problemas so-cioeconômicos do Brasil está relacionado à concentração fundiária, herança do pe-ríodo colonial e perdurando até os nossos dias. Podemos notar nos gráficos que 1,6% dos estabelecimentos rurais com 1000 há ou mais, ocupam 43,8% do país, um indica-dor notável dessa concentração. Muita terra para pouca gente e muita gente para pouca terra, numa distribuição desigual de terra.A alternativa [A] é falsa. As propriedades com até 100 ha ocupam pequena parcela de área. Na alternativa [B] são poucas as pro-priedades com mais de 1000 há. Em [D] não

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há distribuição equitativa de terras nessa faixa. Em [E] é a grande quantidade de pe-quenas propriedades que ajuda a explicar a desigual distribuição de terra.

9) a) Grilagem é a posse, ocupação indire-ta, fundada em documento fraudulento. O grileiro se apossa de terra de terceiro ou devoluta a partir de título falso, ou de título legitimo que lhe confere dimensão menor. O termo grilagem designa a prática de falsi-ficação de documentos na qual são empre-gados grilos para alterar o aspecto do papel, dando-lhe uma aparência antiga.

b) Se a terra é mal distribuída, se poucos têm acesso a terra, um grande número de traba-lhadores fica impossibilitado de trabalhar e assegurar sua subsistência, deslocando-se em busca de trabalho e/ou oportunidades para outras regiões. As grandes proprieda-des podem, ainda, ser improdutivas, o que não contribui efetivamente para a geração de empregos e para a fixação da população em algumas áreas rurais.

Comentário: Diante desse cenário de con-centração fundiária, vários movimentos so-ciais foram criados com o intuito de reverter esse quadro. O Movimento dos Trabalhado-res Rurais Sem Terra (MST), por exemplo, reivindica a realização da reforma agrária, ocupando latifúndios como forma de pres-sionar o governo. No entanto, essas ocu-pações nem sempre são solucionadas de forma pacífica, desencadeando conflitos no campo.

10) Concentração fundiária ou concentração de terras. Uma das causas: modernização da agricultura.Uma das consequências: êxodo rural.

Comentário: Poderiam ser citados como cau-sas: modernização da agricultura, o sistema de sesmarias adotado na época colonial, legis-lação fundiária que restringe o acesso à terra ao pequeno agricultor. E consequências: êxo-do rural, redução dos cultivos de subsistência, empobrecimento do morador do campo.

11) A

Comentário: Dentro da confrontação apre-sentada pelo do enunciado, procede a afir-mação proposta na alternativa [A], lembran-do que o menor número de representantes do Sudeste é mais acentuado no Senado. Na câmara, a representação do Sudeste é proporcional às populações. A questão po-deria ser mais clara nesse aspecto, já que não foram colocados em discussão aspectos econômicos, também relevantes na análise das disparidades inter-regionais.

12) A

Comentário: O avanço da fronteira agrícola na região Sul em direção ao Centro-Oeste e atualmente à região Norte criaram conflitos entre os chamados posseiros e os povos in-dígenas. Esse conflito se dá pelo avanço das áreas agricultáveis sob as terras indígenas. Vale lembrar que a terra para diversos po-vos indígenas está intrinsecamente ligado as questões culturais/religiosas, fazendo com que o governo crie áreas de proteção indígena e ambiental para manutenção de sua cultura.

13) D

Comentário: É necessária atenção aos dis-cursos. Fazendeiro: “A minha propriedade foi conseguida com muito sacrifício pelos

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meus antepassados”. Ou seja, ele ganhou a terra por herança familiar, dos seus ante-passados. Sabe-se que no passado grandes partes das terras eram conseguidas por ocu-pação. Discurso do integrante do MST: “O que é duro é ver que aqueles que possuem muita terra e não dependem dela para so-breviver, pouco se preocupam em produzir nela.” Fica evidente que o MST está ocupan-do essa terra porque o proprietário não está produzindo alimentos. Portanto, não está se extraindo o valor social da terra, o que leva a entender que as famílias que a possuem não estão trabalhando.

14) B

Comentário: Apenas o que vem exposto na proposição I pode ser interpretado como um argumento para defender a posição de um trabalhador sem-terra. Embora seu conteúdo não esteja literalmente expresso no texto, pode ser depreendido da seguinte passagem: “O que é duro é ver que aqueles que possuem terra e não dependem dela para sobreviver, pouco se preocupam em produzir nela”.

15) A

Comentário: Maranhão e Piauí apresen-tam uma relação inversa. O primeiro mapa aponta estes dois estados como grandes concentradores de terra e o segundo, mos-tra que são estados com baixa moderniza-ção da agricultura, perfazendo na lógica da agricultura moderna, uma contradição.

16) B

Comentário: Como causa imediata da cria-ção da SUDENE, pode-se citar uma nova

seca, a de 1958, que aumentou o desem-prego rural e o êxodo da população. Igual-mente relevante foi uma série de denúncias que revelaram os escândalos da “indústria das secas”: corrupção na administração da ajuda dada pelo governo federal através das frentes de trabalho, existência de trabalha-dores fantasmas, construção de açudes nas fazendas dos “coronéis” etc.

17) Processo de concentração fundiária. Causa: O alto nível tecnológico da agricultu-ra norte americana exige elevados investi-mentos de capital, cada vez mais acessíveis apenas a produtores de maior porte. Uma dentre as consequências: expansão das em-presas rurais.

Comentários: Outras consequências seriam: - elevação da produtividade agrícola - esva-ziamento demográfico das áreas rurais - di-minuição do número de unidades familiares - consolidação do processo de industrializa-ção da agricultura.

Aprofundando:18) C

Comentário: A modernização acentuou as desigualdades entre grandes e pequenos produtores rurais, visto que o aparato tec-nológico permite uma produção muito su-perior a de grupos de subsistência e produ-ção familiar.

19) a) A precarização do trabalho no campo na agricultura brasileira, especificamente nas áreas da lavoura canavieira, teve como consequências a extinção de funções; o de-semprego; as migrações sazonais (transu-mância) e permanentes (êxodo rural); a am-

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pliação da tensão social; a queda na renda do trabalhador rural; a marginalização da mão de obra não qualificada; a ampliação das desigualdades sociais e regionais, prin-cipalmente no contraste campo-cidade.

b) A incorporação à produção agropecuária de uma maior quantidade de insumos urba-nos e industriais: mecanização, fertilizantes, sementes selecionadas, etc.; capitalização da produção agropecuária; proletarização do trabalhador rural; homogeneização da produção e da paisagem agrícola; amplia-ção da exigência por mão de obra técnica; aumento da produtividade.Comentário: A Revolução Verde modificou, principalmente, a forma de produção agrí-cola, através do pacote modernizador da agricultura, que em consequência levou os pequenos produtores que não se adequa-ram a nova realidade do campo a falência.

20) a) O Brasil é um dos maiores países con-centradores de terras no mundo.

b) Nas áreas de maior dimensão há um me-nor número de pessoas ocupadas, devido, principalmente, a mecanização das proprie-dades produtivas e à especulação das pro-priedades improdutivas, além do fato de uma grande parte das propriedades serem destinadas a pecuária extensiva.

Comentário: Essa situação desencadeia os conflitos no campo, alvo das ações políticas para reforma agrária no Brasil.

21) B

Comentários: Uma vez que o aumento des-sa produtividade está associado ao empre-go de maquinário e insumos agrícolas.

22) A

Comentário: Com o melhoramento genético das sementes de pinhão, as condições do clima tornam-se secundárias para o aumen-to da produção, já que essas sementes esta-rão adequadas a diferentes tipos de climas e solos, ampliando as regiões produtoras para fora dos estados do sul do Brasil.

23) B

Comentário: A mecanização proporciona maior eficiência na produção, diminuindo as queimadas que geram problemas ambien-tais e as condições precárias dos boias-frias que trabalham nos canaviais.

24) D

Comentário: A agricultura, especialmente nos países desenvolvidos, passou por um processo de modernização nas tecnologias e técnicas agrícolas. Assim sendo, os agri-cultores implementaram o uso de máquinas e ciência para elevação da produtividade e, por consequência, dinamizaram o setor. A partir desse processo, surgiram, por exem-plo, os Complexos Agroindustriais.

25) A

Comentário: A pesquisa sobre novas maté-rias-primas a serem utilizadas na produção de biocombustíveis, com destaque para o etanol, poderá aumentar a produtividade dessas fontes de energia alternativas nas próximas décadas do século que se segue, além da ampliação da variedade de mate-riais utilizados para a sua produção.

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26) B

Comentário: As transformações ditas no texto passam pelo avanço tecnológico, origi-nado no pós Segunda Guerra Mundial e que foi implementado em diversos países do chamado “Terceiro Mundo”. A década de 60 foi marcada pela Revolução Verde, que inse-riu novas tecnologias no campo como: ferti-lizantes, agrotóxicos, maquinários e técnicas como a de calagem – correção de solos áci-dos típicos do Centro-Oeste brasileiro com o uso de calcário - levando a incorporação de terras, antes pouco férteis e que agora há alta produtividade.

27) E

Comentário: As plantas leguminosas são im-portantes para a renovação dos nutrientes no solo, pois possuem em suas raízes asso-ciações com bactérias nitrificantes que ab-sorvem o nitrogênio atmosférico e o trans-forma em substâncias úteis e disponíveis para o desenvolvimento desses vegetais. Com isso no replantio da cana de açúcar, esses nutrientes beneficiam a produção. A vantagem econômica se deve pelo fato de que a soja, amendoim e feijão são grãos de alto valor econômico.

28) A

Comentário: Essa evolução em direção ao bioma característico de cerrado é possí-vel graças às técnicas desenvolvidas nessa região para fertilização deste solo. Neste período, nota-se também uma grande de-vastação deste domínio em função dessas atividades agroexportadoras.

29) D

Comentário: A aração do topo da encosta ao vale pode originar pequenas fraturas no solo, que com uma chuva intensa e forte, le-vará grandes partes dos sedimentos arados para as partes mais baixas do relevo. A partir dessas fraturas, voçorocas e ravinas (gran-des buracos realizados pela erosão pluvial) são originados, já que parte da vegetação que deveria absorver e infiltrar as águas plu-viais foram retiradas para o plantio.

30) C

Comentário: A produtividade é basicamen-te definida como a relação entre a produ-ção e os fatores de produção utilizados. A produção é definida como os bens produzi-dos. Os fatores de produção são definidos como as pessoas, as máquinas, os mate-riais etc. Quanto maior for a relação entre a quantidade produzida por fatores utiliza-dos, maior é a produtividade. No ambien-te agrícola, produtividade é definida como a quantidade de produção por unidade de área utilizada.

31) C

Comentário: Com o desenvolvimento do se-tor agrícola brasileiro, o país se tornou um dos maiores produtores de grãos do mun-do. Isso se deve à introdução de novas téc-nicas e insumo agrícolas, como fertilizantes, sementes geneticamente modificadas e nos, dias atuais, a chamada agricultura de preci-são. Esse aspecto é claramente mostrado pelo gráfico, onde se verifica um pequeno aumento da área plantada, porém um cres-cimento elevado na produção.

32) D

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Comentário: Observando os gráficos que re-presentam as duas grandezas citadas é per-ceptível que quando aumentamos a produ-ção aumentamos o rendimento do plantio e quando diminuímos a produção diminuímos o rendimento do plantio e assim por diante, ou seja, as duas grandezas estão oscilando proporcionalmente.

33) C

Comentário: As alterações do clima na re-gião, percebidas pelo aumento do nível do mar, ocasionou a reestruturação comercial a partir de um novo setor, mas não neces-sariamente gerou emprego e renda para os trabalhadores que ficaram sem atividades no campo.

34) A

Comentário: O gráfico mostra que a área agrí-cola, no período considerado, praticamente não sofreu alteração, enquanto a produção agrícola de grãos quase dobrou. Conclui-se que houve um aumento da produtividade com a adoção de mecanização, a exemplo da soja, cultivada pelo sistema do agronegócio.

35) D

Comentário: Uma das características dos avanços tecnológicos empregados na pro-dução agrícola nas últimas décadas é o au-mento da produtividade. Entretanto, não podemos confundir aumento de produtivi-dade com aumento de produção. Enquanto o aumento de produção está relacionado, muitas vezes, à ampliação das áreas culti-vadas, o aumento da produtividade está re-lacionado a uma maior produção em uma mesma área.

Ao analisar o gráfico, você percebe que a área cultivada no Brasil se manteve rela-tivamente estável entre os anos de 1980 e 1988. Já a produtividade vem aumentando. Isso ocorreu em função dos avanços tecno-lógicos introduzidos na agricultura brasileira nos últimos anos, como apresenta a alterna-tiva D.

36) A

Comentário: A principal função dos biocom-bustíveis é reduzir os impactos ambientais, a poluição.

37) A

Comentário: A alternativa [B] está incorre-ta, pois, ao contrário do que está diz a al-ternativa, o quadro mostra que se gasta 1 caloria de combustível fóssil para se produ-zir 3,24 calorias de etanol de cana, ao passo que, com o milho, é preciso a mesma caloria original para apenas 0,77 caloria de etanol; [C ] está errada, pois a eficiência é medida pelo preço de produção, e o da cana é muito menor; [D] também é falsa, pois o balanço energético a partir da cana é maior (positivo) do que o do milho (negativo), ao contrário do que diz a questão; a opção [E] é incorreta, pois a produção de etanol menos eficiente é a partir do milho, já que o custo de produ-ção é bem maior do que o da cana.

38) Um dos aspectos mais significativos da economia brasileira atual está relacionado à expansão do agronegócio. Essa forma de ex-pansão do capitalismo financeiro está orde-nando a produção agrícola com investimen-tos de capital e tecnologia, gerando um ciclo virtuoso para a economia, com sucessivos recordes de produção. O agronegócio cons-

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titui-se como importante instrumento de crescimento nas exportações, como forma de promover superávit comercial. Por outro lado, a questão da expansão das áreas agrí-colas tem pressionado os ecossistemas do interior do Brasil, ao longo da fronteira pio-neira, notadamente nas áreas de Cerrado e Floresta Amazônica, com fortes impactos ambientais (desmatamento e queimadas, que provocam a redução da biodiversidade, o aumento da erosão, a contaminação das águas e dos solos pelo uso de agrotóxicos).

Desafiando: 39) a) São destacadas áreas de criação pe-cuária, a Campanha Gaúcha, nos Pampas, Triângulo Mineiro em área de Cerrado, Mato Grosso, Ilha de Marajó e em áreas alagáveis e Sertão Nordestino.b) A demanda por animais de tração e para a alimentação associada ao vazio populacio-nal do Brasil foram aspectos que facilitaram a criação nessas inúmeras áreas. Na época, os deslocamentos das áreas de criação para as áreas de emprego ou consumo eram fei-tos a toque com boiadeiros e tropeiros que rasgavam o território tocando os animais.

Comentário: O tropeirismo surgia como uma nova atividade que promovia a interligação dos polos econômicos antes inexistentes. As mercadorias importadas e alimentos eram trazidos no lombo de mulas que cortavam várias trilhas capazes de integrar diferentes pontos do território. Quando não aprovei-tavam as estradas há muito tempo abertas pelos índios, os tropeiros tinham o trabalho de desbravar a mata virgem para a criação de novas rotas.

40) a) A maior disponibilidade de alimentos nas últimas décadas se deve a diversos fa-

tores, dentre os quais se destacam: desen-volvimento de novas tecnologias agrícolas, como maquinários e equipamentos; apri-moramento de técnicas de irrigação; de-senvolvimento de sementes geneticamente modificadas; melhorias de sementes natu-rais; maior utilização de insumos agrícolas; técnicas de correção e melhorias do solo.

b) A sustentabilidade ambiental implica o uso do solo de forma não predatória, vi-sando a preservá-lo para gerações futuras. Esse cuidado envolve a valorização de téc-nicas agrícolas que gerem menor impacto ambiental como: plantio em curvas de nível; terraceamento em áreas de elevada declivi-dade; rotação de culturas; redução do uso de agrotóxicos; incentivo à agricultura or-gânica e aos sistemas agroflorestais — di-ferentemente, portanto, do que ocorre no modelo dominante nos dias atuais.

Comentário: Se considerarmos a sustentabi-lidade ambiental, os desafios estão relacio-nados ao desenvolvimento tecnológico que amplie a produtividade de alimentos em áreas pobres do continente Asiático e Afri-cano (regiões tradicionalmente carentes em tecnologia e, por conseguinte, com maiores dificuldades para garantir o desenvolvimen-to sustentável, com a preservação de bio-mas naturais).

41) a) Partindo das ideias evocadas no princípio do desenvolvimento sustentável, a primeira atitude de preservação do solo é seu uso correto. Por isso, a preservação da vegetação original em pontos críticos como declives acentuados, para evitar a erosão, envolve as seguintes medidas: a adoção de técnicas próprias de cultivo – no caso, o em-prego de curvas de nível ou terraceamento; a recuperação do solo com a utilização de

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corretivos (como a calagem), adubos e fer-tilizantes; a rotação de culturas, na qual se inclui o pousio (o “descanso” do solo por determinado espaço de tempo para a recu-peração natural de suas características). A irrigação deve ser usada com critério para evitar problemas futuros como a salinização do solo.

b) O principal objetivo é a substituição da mata para cultivo e pastagens e também para exploração madeireira. As principais consequências são: redução da biodiversidade, degradação do solo, ero-são, asso - reamento dos rios, alteração de microclima, alteração do ciclo hidrológico, aquecimento global, emissão de gás carbô-nico.

Comentário: A destruição contínua da flores-ta amazônica, que já vinha se processando em anos anteriores, tem como motivo prin-cipal a expansão de atividades econômicas nas quais se incluem, primeiramente, a ex-ploração da madeira de lei (feita de maneira ilegal ou não, predatória ou não) e, depois, a expansão da agropecuária. Num primeiro momento, há o desmatamento para a retira-da de madeira, ou simplesmente a queima-da, para eliminar o obstáculo representado pela vegetação remanescente. Posterior-mente, processa-se a criação de gado, após algum tempo em que nasce uma peque na vegetação rasteira, que funciona como pas-to. A seguir, retira-se o gado e procede-se a práticas agrícolas, nas quais um dos cultivos preferidos é a soja, cultivada com o uso in-tenso de máquinas e adubos para descontar as perdas de nutrientes ocasionadas pela in-tensa pluviosidade. Esse processo causa in-tenso desgaste do solo.

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RECURSOS ENERGÉTICOS

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ORIENTADOR METODOLÓGICO

Recursos energéticos

Objetivos de aprendizagem:• Entender o que é energia renovável e não

renovável; • Compreender a disponibilidade energética

em pro¬porção global, regional e local; • Entender as distintas possibilidades energé-

ticas; • Entender que há vantagens e desvantagens

em cada fonte energética; • A relação de alguns países com algumas fon-

tes energéticas.

Praticando: 1) A

2) A

3) B

4) B

5) C

6) B

7) C

8) A

9) C

10) D

11) D

Aprofundando:12) C

13) C

14) B

15) B

16) D

17) B

18) C

19) A

20) C

21) A

22) D

23) B

24) C

25) D

26) E

27) C

28) A

29) A

Desafiando:30) [Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia]

A hidrelétrica binacional em operação é a Usi-na de Itaipu, construída no rio Paraná, na frontei-ra do estado do Paraná com o Paraguai.

A hidrelétrica de grande porte em construção é a Usina de Belo Monte, situada no Rio Xingu, no estado do Pará. Com produção estimada em cerca de 10% do consumo nacional, será a ter-ceira maior hidrelétrica do mundo e a maior in-teiramente brasileira. Seu funcionamento está previsto para 2015.

A usina nuclear em operação encontra-se na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, no es-tado do Rio de Janeiro, formado pelo conjunto das usinas Angra 1, Angra 2 e Angra 3 que atual-mente encontra-se em construção.

O Brasil apresenta atualmente (2013) 46 usi-nas eólicas em operação, estando a maior par-te delas localizadas na região nordeste, como o Parque eólico Alegria e Rio de Fogo, no estado do Rio Grande do Norte.

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RECURSOS ENERGÉTICOS

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b) A entalpia de combustão do metano gaso-so, principal componente do gás natural, corrigi-da para 25°C, é –213 kcal/mol, então:

A entalpia de combustão do etanol líquido, à mesma temperatura, é de –327 kcal/mol, então:

Conclusão: O combustível mais vantajoso sob o ponto de vista energético é o metano, pois seu poder calorífico é maior do que o do etanol lí-quido.

31) a) O petróleo em áreas terrestres (on-shore) no Brasil está associado principalmente a regi-ões costeiras e as maiores reservas estão na Ba-cia Potiguar no Rio Grande do Norte, próximo a Mossoró e no Recôncavo Baiano, próximo a Sal-vador, Bahia, a primeira área de produção petro-lífera no Brasil. Ao longo da costa existem inúme-ras outras áreas como Carmópolis em Sergipe e Coqueiro Seco e Atalaia em Alagoas. Existe uma pequena produção de petróleo e gás natural na Bacia do Urucu no vale médio do Amazonas. São áreas caracterizadas como bacias sedimentares, antigos leitos marinhos onde no período Cretá-ceo da Era Mesozoica, grande volume de matéria orgânica (plâncton marinho), por decomposição anaeróbica, resultou na formação de petróleo.

b) Como o Brasil privilegiou a matriz de trans-porte rodoviário, a demanda por óleo diesel e gasolina fez o país importar o produto e mais adiante construir refinarias mais voltadas ao cra-queamento de petróleo “leve”, com mais hidro-carbonetos e de melhor qualidade na produção de combustíveis como a gasolina, o querosene e o óleo diesel e com maior valor de mercado. A descoberta de petróleo na Bacia de Campos, Rio de Janeiro, na plataforma continental, promoveu mudanças no planejamento estratégico do país para o setor energético. A maioria do petróleo de Campos era do tipo “pesado” com muito betume e elementos graxos e menor valor de mercado. A

Petrobras estabeleceu uma política de exportar o petróleo pesado, com menor valor, e importar o petróleo leve, de maior valor, gerando deficit, pelo valor do petróleo leve e seu alto consumo. As atuais descobertas na camada do pré-sal são caracterizadas por grande quantidade de petró-leo leve, o que pode inverter a tendência defici-tária ao longo do tempo.