professora: enfª. larissa ribeiro cirurgias cardÍacas 1
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CIRURGIA CARDÍACA As cirurgias cardíacas são acontecimentos
recentes;
Na Europa e Brasil, até fins do século XIX não eram realizados procedimentos cirúrgicos na cardiologia;
Com o avanço tecnológico na área médica, a recuperação do cliente se dá de forma cada vez mais rápida, seqüelas aparecem com menor freqüência e o cliente enfrenta melhor os procedimentos cirúrgicos. 2
Com esse avanço , métodos foram criados para facilitar e explorar melhor o coração e facilitar manuseio e tratamento desse órgão.
A circulação extracorpórea consiste num sistema de tubos de plástico, oxigenador artificial e bombas, que permite que o sangue circule e seja oxigenado sem passar pelo coração e pulmões.
Dessa forma o coração poderá ser opera-do , ficando sem atividade contrátil.
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CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO
MIOCÁRDIO
O que é ???
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É um procedimento cirúrgico no coração que visa restabelecer a oferta de sangue ao coração que apresenta uma ou mais artérias obstruídas.
Atualmente, mais de 800 mil cirurgias de revascularização do miocárdio são realizadas em todo o mundo.
São utilizados enxertos provenientes do nosso próprio corpo (veia safena, artéria mamária interna, artéria radial etc.) que funcionarão como uma ponte, levando o sangue à parte da artéria coronária depois da obstrução.
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Qual o melhor enxerto (ponte) para se utilizar?
Existem vários tipos de enxerto que o cirurgião pode optar.
O enxerto pode ser de veia ou de uma artéria.
No caso do enxerto de veia, utiliza-se uma veia da perna, chamada de safena magna.
Dos enxertos arteriais, dispomos das seguintes artérias: 6
1 - Artéria torácica interna ou artéria mamária interna:
Esta artéria irriga a parede do tórax e é uma ótima opção para a cirurgia, pois além de ter uma durabilidade maior que a safena, por estar perto do coração, não precisa ser retirada por completo, apenas a sua parte final, que será implantada na artéria coronária
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2- Artéria radial: Esta artéria irriga o antebraço e é
uma ótima opção para ser utilizada como enxerto.
A outra artéria que se localiza no antebraço é a artéria ulnar que, na ausência da artéria radial, fica responsável por toda a irrigação da mão.
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3- Artéria gastroepiplóica: Artéria responsável por irrigar
parte do estômago e que, por estar abaixo do coração, pode ser utilizada como enxerto.
Seu uso é pouco frequente.
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4-Artéria epigástrica inferior:
Artéria responsável por irrigar a parede abdominal.
Raramente é utilizada como enxerto.
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CORAÇÃO RECEBEU TRÊS ENXERTOS
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COMO É A PREPARAÇÃO PARA UMA CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO?
Depende da urgência do procedimento.
Se o procedimento for eletivo, o paciente poderá fazer os exames pré-operatórios sem estar internado e internar na véspera ou no dia da cirurgia.
Normalmente, suspendem-se as drogas que possam influenciar a coagulação, como aspirina, clopidogrel e anticoagulantes.
Quando se trata de um procedimento de urgência, o paciente é preparado durante a própria internação.
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PROCEDIMENTOS PRÉ-OPERATÓRIOS O paciente deve estar em jejum de pelo
menos 12 horas.
Neste período, não se deve ingerir nem água.
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Antes da cirurgia, recebe a visita do anestesista que, além de um questionário, prescreve uma medicação pré-anestésica momentos antes de ser encaminhado ao centro cirúrgico, visando diminuir um pouco o estresse que antecede o procedimento.
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O paciente também é submetido a uma ampla tricotomia (raspagem dos pelos do corpo) momentos antes da cirurgia e medicado com antibiótico, visando facilitar o ato cirúrgico e evitar infecções.
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COMO É O PROCEDIMENTO CIRÚRGICO?
A cirurgia de revascularização do miocárdio dura entre 4 a 6 horas, dependendo do número de pontes a realizar.
Após a chegada do paciente no Centro Cirúrgico, seguem-se os seguintes passos:
Anestesia geral;
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Colocação do tubo para o respirador, sonda para controle da diurese, acesso venoso para a infusão de drogas e fluidos durante a cirurgia;
Assepsia (limpeza) de todo o campo cirúrgico;
Abertura do tórax e preparação dos enxertos;
Início da circulação extracorpórea quando necessária;
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Realização das pontes (tempo principal);
Saída da circulação extracorpórea;
Fechamento do tórax e pele;
Fim da cirurgia.
Encaminhamento para a UTI.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO C.C.
o A equipe de enfermagem do C.C. é composta pelo enfermeiro responsável pelo serviço, pelo enfermeiro assistencial e pelos técnicos e auxiliares de enfermagem;
o Também pode fazer parte da equipe o instrumentador cirúrgico (técnico de enfermagem com formação em instrumentação).
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A equipe de enfermagem deve estar devidamente preparada e capacitada para atuar numa cirurgia cardíaca.
o A equipe cirúrgica é composta de: anestesista, cirurgião, auxiliares do cirurgião, instrumentador e perfusionista (profissional responsável pela circulação extracorpórea).
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COMO É O PÓS-OPERATÓRIO?
Na grande parte dos casos, o paciente chega à UTI sedado com o uso do respirador, devendo acordar em torno de duas horas de UTI.
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Em alguns serviços de cirurgia, o paciente já chega à UTI acordado sem o uso do respirador.
Até a retirada do tubo para respirar, não é possível falar, devendo se comunicar apenas por gestos.
Ao acordar, o paciente se depara com uma série de tubos, cateteres e sondas:
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Admissão do paciente na UTI Seminarcose (alteração do estado de
consciência) Respiração assistida /aspiração Abaixar o frasco de drenagens torácica e
fazer ordenha após retirar as pinças . Montar o PIA (plano individual de
atendimento) e PVC (pressão venosa central), além de colocar soros e sangue no suporte
SNG em sifonagem Sonda vesical aberta Monitoramento cardíaco
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Sinais vitais a cada 15 ‘ na primeira hora. Pesquisar sangramentos ( curativos e
punções veias profundas) Observação rigorosa de sinais e sintomas de
anormalidades ( nível de consciência, cianose, palidez, hipotensão arritmias,sangramentos, conforto do doente)
Dieta zero ate acordar e liberar pelo médico Coletar sangue para dosagem de K , Na+ ,
hemogramas etc. Fazer ECG Balanço hídrico RX Contenção dos MMSS se necessário 26
o Dreno mediastinal e torácico: tubos colocados no tórax para retirar o sangue coletado depois da cirurgia.
o Geralmente é retirado entre o primeiro e segundo dia de pós-operatório;
Cateter venoso central: acesso venoso instalado no ato da cirurgia, geralmente na região do pescoço, utilizado para a infusão de drogas, soros e registrar a pressão dentro do sistema venoso.
Retirado normalmente quando não se tem mais necessidade de medicações endovenosas;
Sonda vesical: sonda para controle da diurese que geralmente fica até o segundo dia de pós-operatório;
Monitorização cardiológica: fios conectados à pele do tórax por adesivos e que registram os batimentos cardíacos;
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oximetria digital: adesivo colocado nos dedos, com a finalidade de registrar a quantidade de oxigênio no sangue;
pressão arterial média: cateter instalado numa artéria do braço para registrar continuamente a pressão arterial;
fios de marcapasso: fios implantados provisoriamente no coração e exteriorizados para o tórax. Servem caso ocorra uma eventual queda de frequência cardíaca (bradicardia) transitória no pós-operatório
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Intercorrências Potenciais:
O estresse da cirurgia cardíaca iminente pode precipitar complicações que precisam do tratamento em colaboração com o médico.
As complicações que podem se desenvolver
incluem:
Angina ou equivalente à dor da angina; Ansiedade grave que requer um medicamento
ansiolítico; Parada cardíaca; Hipertensão. 29
O paciente recebe alta para unidade cardiológica semi-intensiva no primeiro dia de pós-operatório e em
torno do segundo dia é transferido para apartamento comum.
Caso não ocorra nenhuma intercorrência maior, o paciente recebe alta hospitalar entre o quinto e sexto dias de pós-operatório.
A dieta pode ser liberada logo nas primeiras horas, após a retirada do tubo para respirar (geralmente à base de líquidos), progredindo-se em sua consistência até a alta hospitalar.
Desde a chegada à UTI até à alta hospitalar, são realizadas sessões de fisioterapia respiratória, visando expandir os pulmões que tendem a se colabar após a cirurgia.
Alta da UTI
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Cuidados com drenos torácicos:
Finalidade : Tirar o liquido , ar e sangue acumulado durante a cirurgia pois ele prejudica a expansão pulmonar adequada.
Montagem do sistema Selo d’água .A ponta do dreno devera ficar
submerso no soro fisiológico em torno de 3 dedos)
Não deixar entrar ar , nem deixar o dreno acima do nível da cama, ou acima do tórax.
Deixar pinças próximo para q a medição seja segura.
Devera ter no local um medidor de quantidades ( cálices )
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Dreno de Hickman, Groshong32
Assistência de enfermagem no Pós Operatório
Cuidados de biosegurança e infecção do paciente
Mudança de decúbito Exercício respiratório /Tosse Alimentação Sinais vitais Monitoramento cardíaco Balanço hídrico Sentar paciente assim que possível
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o Infusão de líquido o Densidade urinaria _ urodensímetroo Oxigênioterapiao Higieneo Drenoso Sondaso Curativoso TOT (tubo orotraqueal) e SNGo Terapêutica medicamentosao Atenta a qualquer mudança de comportamento e sintoma de dor
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PREPARANDO PARA ALTA HOSPITALAR
Orientações para atender as necessidades individuais, incentivando ao auto-cuidado.
Orientar o cliente e seus familiares a respeito da higiene corporal; dos curativos, da importância da continuidade do uso de medicamentos após alta;
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Fazer aprazamento da medicação prescrita pelo médico;
Orientar o cliente para retorno para consulta médica/revisão;
Ensinar e mostrar a importância do controle da temperatura corporal;
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Prestar orientações sobre a dieta;
Orientar o cliente a respeito de atividade física (evitar fazer esforços físicos e carregar peso e exercícios que movimentem os braços em excesso);
Recomendar repouso e tranqüilidade;
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Recomendar que evite aborrecimentos e situações de estresse, locais de aglomeração e sono no mínimo 8 h por noite;
Explicar que é proibido fumar, pois o cigarro danifica irreversivelmente o tecido pulmonar, causando aumento da PA, além de constrição vascular das artérias;
Orientar a evitar auto-medicação.
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