progetto bicocca - revistamdc.files.wordpress.com · aproveitamento era muito baixo, 0,4. seu...
TRANSCRIPT
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura �
Progetto Bicoccajoaquim guedeslina bardi roberto sambonet
Concursointernacionaldeprojetourbano
earquitetônicoparaumCentroTecnológico
Integrado,realizadoem1987pelaRegiãoda
LombardiaeIndústriaPirelliemMilão.
ABicoccaeraumaimensaáreaindustriale
históricaa5kmdocentrodeMilãopertencente
àPirelli,murada,abandonadaedegradada.O
aproveitamentoeramuitobaixo,0,4.Seu
desenvolvimentoparapadrõesdeutilização
maisaltoecompatíveiscomaspossibilidades,
mercadoseatividadesatuaiserapoliticamente
difícil.APrefeituraearegiãodaLombardianão
permitiriammodificarosantigospactosurbanos
deumbairrohistórico.Eraprecisopartirdozero,
refuncionalizarerequalificarimplantandonovos
usos,ocupaçõeseaproveitamentosadequados.
Nãoapenaseraprecisoinventarnovossistemas
deespaçosparanovasfunçõesurbanas,mas
pensaraoperaçãourbanaeamaneiradeatuar
dosdiversosagentes.Eraprecisonegociarcomoo
poderpúblicoerepactuardireitoscomasocie-
dademilanesaoferecendoemcontrapartidas
aceitáveis,comoumgrandeparquequefaltava
aMilão,limitaçãodaocupaçãoa20%masde
acessoecirculaçãoeficientes,aproveitamentodas
potencialidadesedesenho.Pediam-nosprojeto
paraumnúcleoespecializadoemtudooquese
referisseàpesquisa,produçãoecomercialização
detecnologiadeponta,ambiciosoesofisticado.
Pesquisamosnovospadrõesdeáreaverde,de
rua;diversificadosedifíciosteriamaalturadevinte
oumaisandares.Amaioriadosarquitetosque
participaramdoconcursodetalhouprogramase
projetosdeedifíciosfixoscomosefossempedidos
deumempresárioatual.Atéhojecontinuo
pensandoqueanossacolocaçãofoimuitoavan-
çada.Nãosepodefazerprojetosdeedificações
detalhadas,quandosesabetãopoucosobreas
futurasatividades,inter-relaçõesedependências,
característicasorganizacionais,naturezadosfluxos
ounaturezaetrânsitodeinformações.Épreciso
desenhoabertoàcontribuiçãodetodososagentes,
àmedidaqueseimplanta.
Foientãoquemepareceuimportanteiden-
tificarospontosfixosdoprojeto:oslimitesda
gleba,osinvestimentoseminfra-estrutura,coma
granderodoviatranseuropéiaaosul,futurometrô
eestradadeferroaleste,alimitaçãoaéreapelo
aeroportomilitarvizinho,adezessetepavimentos,
osedifícioseambientesdepreservaçãoob-
rigatória,muitosorigináriosdaproto-implantação
industrialdeMilão,verdadeirasrelíquias,eapartir fotografia aérea com local de intervenção
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura �
daí,fazerumprojetoisonômicodemáximaliberdade.Porcausa
dalimitaçãodealtura–sabíamosqueaPrefeituradeMilãonão
veriacombonsolhospropostasdedensidadeeedifícioselevados.
Estudamoseadotamosumaproveitamentode2.400m²/80ha
brutoseumadensidadedeocupaçãoentre240.000à300.000
pessoas.Erajáumarevolução,bemacimadoqueesperavam.
Estabelecemosumaalturamédiaemtornodedozepavimentos.
Dentrodessevolumeedificadoeramequacionadaseliberadas
todasaspermutas,paraotimizaroempreendimentoelevá-lo
aosucesso,inclusiveparaalocalizaçãopontualdosusosdosolo
finais,característicasarquitetônicasedensidades,comdecisiva
participaçãodosempresáriosimobiliárioseseusarquitetos,
querepresentamerespondemaoimensomercadodeusuários
potenciais.
ParaacomunicaçãodoProjetoestabelecemos:
1.Notaparaumateoriadaoperaçãourbana.Paraencontraras
conseqüências,diretrizesemedidasoperacionaisparatransfer-
ênciadaáreade80ha.amilharesdenovosusuárioespeciaisou
especializadoseseuséqüitodeapoio,indefinívelnomomento
doprojeto,aserconstruídosem20anosoumaisporetapas,em
suasrelaçõesdinâmicascomacidade.
2.Notaparaumateoriadoplanejamentodaárea.Delimitandoos
diversosproblemasrelacionadoscomosistemaviáriointra-área
eextra-área,acessibilidade,transportes,pedestres,estacio-
namentos,áreasverdes,índicedeocupaçãoeaproveitamento
negaceáveis,zoneamentotransformável,conceitosrelaciona-
ndooprojetoaMilãoesuahistoria.
3.NotaparaumateoriadoProjeto.Parapermitirodesenvolvi-
mentoaomesmotempoorganizado,ordenadoelivredas
arquiteturascomamáximapossívelparticipaçãodosusuários.
Nãodesenhamosmassas,volumesedificados,masumatrama
quadridimensionaldinâmicatraduzidaemimagensporum
computadorMatra1986raronaocasiãoemSãoPaulo,fizemos
diversassimulaçõesparaprovarquenãoestavaaonosso
alcancenemeradenossointeressediscutir,definiroudesenhar
osperfisdasuperestruturadoProjetoqueseriaprivilégioe
responsabilidadeúnicadospromotores,arquitetoseuniversos
declientesdotadosdedesejos,projetosecapacidadespróprias
parafazê-los.
Digosempre,commuitaênfase,queacidadesãoarquiteturas;
tambémcostumodizer,evenhoinsistindonissoporrazões
pedagógicas,quearquiteturasãoconjuntosdeobjetosurbanos
habitáveise,portanto,cidade.Nãohácidadeousociedade
urbanasemarquitetura.Nãoháconceitosurbanosseelesnãosão
tornadoscorpopelaedificação.Tudoéarquiteturaematéria.
Nãopensoquesepossainterpretaroqueestoudizendocomo
algodesinteressadodoproblemaglobaldacidade;paramimé
evidentequepensararquiteturaépensarconstruçõeseedifica-
çõesquesedestinamaatendernecessidadesurbanas,dohomem
urbano,dapessoa,eissoimpõeadiscussãoimediatadetodas
asimplicações,exigênciaseconseqüênciasdasuaefetivação.É
pensarotodo.
Nãoachoquesepossafazerdeformaalgumaumadiscussão
dourbanoglobalatravésdeíndicesegabaritos,comosechegoua
mencionar.Quaisquerquefossemosíndices,elessempreteriam
queemergirdadiscussãodasatividades,eportantodedentrode
cadaedificação.Expressandomelhor,diriaqueacidadecomeça
quandopessoasdecidemmorarnomesmolugar,daísurgem
necessidadespráticasenecessidadesdeedificaçãoproduzindo
espaçosesignificadosnovosdenaturezasocialepolítica.Épor
issoqueconstruirépreciso–paraabrigar;masconstruircomo,
onde,porquê?Aconstruçãotrazconsigoessasperguntasenão
existe,dissociadodelas,umconceitoanterior,abstratodecidade.
ForampremiadosGregotti,GabettieIsola,eGinoValle.
Quandovisitamosoterreno,trêsmesesantesdaentrega,vimoso
projetodeGregotticom48pranchas,estavaembalado.Aliasdesde
oiníciooConcursopareciaumatomadadeopiniãointernacional
paradar-lherespaldo.Nenhumdosestrangeirosfoipremiado.
ForamconvidadosGaeAulenti,CarloAymonimo,MarioBotta,
HenriCiriani,GiancarloDeCarlo,GabettieIsola,FrankO.Gehry,
GregottiAssociati,JoaquimGuedes,HermanHertzberger,Richard
Meier,RafaelMoneo,GustavPeichl,RenzoPiano,AldoRossi,
JustoSolsona,O.MathiasUngerseGinoValletendoabandonado
oconcursoosarquitetosJamesStirlingeTadaoAndo.
Soubemospoucacoisanaocasião.Haviainformaçãodeque
ManfredoTafurimembrodojúriteriaperguntado:...“Mas,por
queconvidaramJoaquimGuedes?”Oquenosdeixoupensativos
echateados.Oquesignificaisso?Recentemente,quandoda
visitadoProfessorBernardoSecchiaSãoPaulo,organizadordo
concursoepresidentedojúri,soubemosqueseurelatórioreco-
mendavaqueoPóloTecnológicoBicoccadeveriaserconstruído
comosprojetosdoGregottieonosso,masqueoGregottinão
permitiuqueissofossedeclarado.Essaestóriaouvidopróprio
Secchi,apóssuaconferenciana6aBia,eacontoapós18anos,
comofatodeconcurso.AperguntadeTafuriteria,aocontráriodo
quepensávamos,umsentidosimpáticodeindignação.”n
Colaboradores:M.Ré,M.Tanaka,B.Padovano,H.ViglieccaeequipeDatadoprojeto:1987
Contato:[email protected]
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura �
o que fazer?
o conceito
malha viária local
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura �
critérios do traçado da implantação do projeto
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura �
implantação geral
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura �
isométrica
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura �
desenhos de lina bardi
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura �
desenhos de lina bardi - detalhes
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura �
uma interpretação de roberto Sambonet
maquete
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura �0
inserção do projeto no contexto urbano de milão
contexto urbano local
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura ��
parque bicocca
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura ��
hipótese de crescimento das edificações segundo quatro maneiras diferentes
mínimo denominador comum 3 monumentalidade x cotidiano: a função pública da arquitetura ��
área central do centro tecnológico
tipologias variantes dos edifícios