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Programa completo do 30º Festival Música em Leiria, que se realiza entre 26 de maio e 30 de junho, organizado pelo Orfeão de Leiria.

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30.º Festival Música em Leiria

26 de maio a 30 de junho 2012

O reencontro com o prazer.

É comum haver momentos em que paramos para olhar para trás e escolhemos o sentido dos nossos próximos passos: avaliamos o passado, refletimos o presente e perspetivamos o futuro.

Seria estranho não o fazer no presente momento, em que se assinala a 30.ª edição consecutiva do Festival Música em Leiria (FML), em que a atividade cultural do País se encontra particularmente debilitada em face das presentes prioridades traçadas no atual cenário político-económico, em que se adivinha um reequacionamento profundo do relacionamento entre o indivíduo e a sociedade nas mais diversas vertentes.

A proximidade, seja geográfica seja temporal, é quase sempre um entrave a uma análise lúcida de qualquer situação. É por isso que me é de algum modo difícil traçar um retrato do que tem sido o Festival sem que o envolvimento pessoal de cerca de dez anos com este projeto possa trazer alguma parcialidade nesta análise.

Mas mais do que falar da orientação que, ano após ano, os sucessivos diretores artísticos do Festival escolheram dar a cada uma das orientações programáticas, será interessante um olhar retrospetivo para o que verdadeiramente está na origem do Música em Leiria.

Será escusado repetir a importância do FML quer para a região quer enquanto agente cultural a uma escala nacional. O Festival é, sem dúvida, um momento único na vida cultural da região, e o seu mais significativo momento no que respeita ao domínio da música. Foi com esse espírito que ele foi criado e é com esse mesmo espírito que permanece hoje.

Mas o que está na origem da criação do Festival tem um alcance maior do que a mera oferta de concertos públicos de qualidade. O Festival nasce de uma força endémica, de uma vontade local de qualificar a oferta cultural/musical. Mas antes disso, já se encontrava estabelecida uma tradição musical bem enraizada que se consolidara com a instituição do Orfeão de Leiria enquanto agrupamento coral. O gosto pela música e, mais do que isso, o gosto de fazer música de uma forma espontânea e sincera, porque comportava em si uma componente amadora, foi o que, afinal, esteve na origem do que é hoje o Festival Música em Leiria.

É deste reencontro com as origens, num gesto que pretende ser também um tributo ao prazer de fazer e de ouvir música que até aqui nos conduziu, que surge a orientação programática da presente edição do Festival, de imediato visível nos vários formatos em que a música coral é referenciada nos diversos concertos.

Paralelamente, reforça-se neste programa a ideia da música enquanto elemento unificador de culturas, que, não olhando a leis ou credos, quebra fronteiras mais eficazmente do que a tinta de mil tratados. O norte e o sul, o oriente e o ocidente, as nossas raízes mediterrânicas de que tanto nos devemos orgulhar pela riqueza da diversidade que nelas soubemos reter, tudo isso encontramos refletido na presente programação, desde os cantos de amor e mistério que nos traz a voz de Arianna Savall logo no concerto inaugural, à sensualidade das melodias árabes contaminadas pelo Jazz e por outras múltiplas tendências com que o cantor e alaudista tunisino Dhafer Youssef encerrará o Festival.

Miguel Sobral Cid

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30.º Festival Música em Leiria

26 de maio a 30 de junho

Diretor Artístico

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Sábado, 26 Maio – 21h30m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento (Leiria)

HIRUNDO MARISArianna Savall, canto e harpaPetter Udland Johansen, canto, rabeca* e bandolimMiquel Angel Cordero, contrabaixo

David Escamilla / Arianna SavallEl llenguatge dels ocellsTradicional (Irlanda) / Arianna SavallSuite celtaAnónimo / Arianna SavallAnima nostraTradicional escocesa/ Petter Johansen The water is wideCanto espiritual negro / Petter JohansenThe wayfaring strangerAurelino Costa / Arianna SavallHarpa e delírio d’águaLucas Ruiz de Ribayaz Tarantela San Juan de la Cruz / Arianna SavallLa musica calladaSantiago de Murcia / Arianna SavallJotasSão Francisco de Assis / Arianna SavallPreghieraRolf E. Moe/ Petter JohansenPenselströkTradicional (Noruega) / Petter JohansenOrmen lange (O barco viking)Tradicional (Catalunha) / Arianna SavallEl mariner

* instrumento popular em tudo semelhante ao violino

Arianna Savall Figueras

Nascida em Basileia (Suíça) em 1972 no seio de uma família de músicos catalães, Arianna Savall Figueras inicia os seus estudos de piano com Susanne Hockenios e os de harpa clássica com Magdalena Barrera. Mais tarde inicia os seus estudos de canto com Maria Dolors Aldea, no Conservatório de Terrassa, onde termina a sua formação de canto e harpa. Em 1992 começa a estudar interpretação histórica com Rolf Lislevand no Conservatório de Toulouse (França) e assiste a diversos cursos com Andrew Lawrence-King, Hopkinson Smith e com os seus pais, Montserrat Figueras e Jordi Savall. Regressa à Suíça entre 1996 e 2001 para se aperfeiçoar em canto com Kurt Widmer na Schola Cantorum Basiliensis e ao mesmo tempo vai-se especializando em harpas históricas com Heidrun Rosenzweig.

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30.º Festival Música em Leiria

26 de maio a 30 de junho

Em 2002 estreia-se no Gran Teatre del Liceu de Barcelona com o Orfeo de Claudio Monteverdi (Euridice), sob a direção do seu pai, e intervém com esta ópera nos festivais e nas óperas mais proeminentes, como é o caso de Edimburgo, Bordéus, Bremen, Viena, Milão, Madrid e Bruxelas. De 1997 a 2008 colabora em numerosos concertos e gravações com Hespèrion XXI e, sob a chancela de Alia Vox, grava o seu primeiro disco Tonos Humanos de José Marin onde acompanha a sua mãe na harpa, distinguido com um Diapason d’Or. Em paralelo, colabora e grava com outros artistas e ensembles como Mala Punica, em Helas Avril (Erato), Ricercar Consort, em Sopra la Rosa (Mirare), com Rolf Lislevand, em Alfabeto (Naïve), com Pedro Estevan, em El aroma del tiempo (Glossa), Il Desiderio, em Jouissance vous donneray e Vergine Bella (Aelus), assim como com a Capella Antiqua Bambergensis, em Klang der Staufer (CAB Records). Os percursos enquanto cantora e harpista fundem-se no seu primeiro disco a solo, Bella Terra (Alia Vox, 2003), em que interpreta as suas próprias composições. Com o seu conjunto, intervém em numerosos festivais, entre os quais se destacam o Festival de Música Viva em Vic, o festival de World Music “Sfinks” (Bélgica), os Stimmenfestspiele (Suíça) e The International Brosella Folk & Jazz Festival, para além de um périplo com as Joventuts Musicals de Catalunya.Arianna Savall Figueras tem atuado na Europa, nos Estados Unidos, na América do Sul, na Austrália, no Japão, na Nova Zelândia, na Coreia do Sul, em Singapura, na Turquia, na Rússia, no Canadá e em Israel.

Petter Udland Johansen

Petter Udland Johansen nasceu em Oslo, onde realizou as suas primeiras experiências como cantor. Em 1996 obteve o seu diploma na Norges Musikkhøyskole com os professores Ingrid Bjoner e Svein Bjorkoy. No ano de 2000 finalizou a sua pós-graduação na Schola Cantorum Basiliensis com Richard Levitt. Atualmente tem aulas com o tenor alemão Hans Peter Blochwitz para ampliar as suas competências musicais. Petter Udland Johansen tanto tem sido solicitado para interpretar Música Antiga como se dedica a repertório operático e de Musical. Participou na produção do Orfeo de Claudio Monteverdi, dirigido por Jordi Savall, no Teatro Real de Madrid e no Liceu de Barcelona. Também interpretou o rei Minos (Arianna, de Händel, no Teatro alla Scala), e Bellmonte (Die Entführung, de Mozart, no Teatro de Eggenfelden). Tem participado igualmente em concertos de música sacra: interpretou o papel do Evangelista no Oratório de Natal e na Paixão segundo São João de J. S. Bach em Paris e Berna, respetivamente, na Paixão segundo São Mateus de Bastianis e na Paixão segundo São João de Schütz. Interpretou o tenor solista nos Carmina Burana sob a batuta de Pep Prats, em Barcelona, e o Requiem de Mozart em Basileia. Tem gravado com diferentes agrupamentos, tais como Ferrara, Lucidarium, Dominique Vellard, Sagene Ring e Pratum Musicum. Com este último, realizou em 2005 a sua primeira gravação a solo, com as obras de Carl Michael Bellman. Também interpretou o papel de Jesus em Jesus Christ Superstar, no Volkstheater de Rostock, Marius em Les Miserables no Staatstheater de Saarbrücken e Tony em West Side Story no Teatro Musical de Aargau. É detentor de um extenso repertório de música de câmara, trabalhando regularmente com Arianna Savall, Jan Fredrik Heyerdal, Jakob Ruppel e Christer Lovold.

Miquel Àngel Cordero Charles

Licenciado em Música Clássica (contrabaixo) pelo Conservatori Superior del Liceu de Barcelona e em Jazz e Música Moderna (contrabaixo e baixo elétrico), pela Escola Superior de Música da Catalunha, fez os seus estudos clássicos com Ferran Sala, participando em master classes com Wolfgang Güttler, Thomas Martin e Cristian McBride. Colaborou em várias formações orquestrais de música clássica e contemporânea como a Jove Orquestra de Catalunya, Orquestra Acadèmia del Liceu, Orquestra de St. Cugat, Orquestra Simfònica

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30.º Festival Música em Leiria

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del Vallès, Orquestra J. Carbonell Terres de Lleida, Orquestra de Câmara Gonçal Comelles, Banda Municipal de Barcelona e Grup instrumental Barcelona 216. Participou em produções músico-teatrais como West Side Story (Reguant), Sweeney Tood (Gas), T'estimo ets perfecte... (Ferrer), La generala (Mir), Amants (Mir), Tot Lloll (Vidal), El perseguidor (Nel.lo), L'auca del senyor Esteve (Portacelli), Quan la Nora... (Portacelli), Prometeu Grec2010 (Portacelli). Acompanhou cantores e artistas como Lídia Pujol, Marina Rossell, Alfonso Vilallonga, J. M. Serrat, Laura Simó, Carme Canela, Noah, Miguel Poveda, Joan Isaac, Luis Eduardo Aute, Eduard Iniesta, Sílvia Pérez Cruz e Arianna Savall. Realizou gravações para filmes como Mi vida sin mi, Transiberian, La vida abismal, Tramuntada, e El perquè de tot plegat. Atualmente leciona na escola Taller de Músics em Barcelona.

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Sexta, 1 Junho – 11h00Teatro José Lúcio da Silva (Leiria)

Drumming – Grupo de PercussãoMiquel Bernat, direçãoJorge Castro Ribeiro, comentários

John Cage (1912-1992)Second ConstructionTom Jonhson (1939)Maximum EfficiencyJohn CageTrioChild of treeLiving room musicThierry de Mey (1956)Musique de tablesTom JonhsonBedtime Stories

Drumming - Grupo de Percussão

Vocacionado para a música contemporânea e de portas abertas a todos os mundos sonoros, o Drumming – Grupo de percussão (DGP) afirma-se como um dos mais importantes coletivos do género a nível internacional. Fundado e dirigido por Miquel Bernat, o grupo institui-se em 1999, aliando a necessidade de tocar ao vivo com a vontade de mostrar o trabalho de formação desenvolvido na epMe (1° curso profissional na área de percussão) e na ESMAE (1° curso superior de percussão em Portugal).Drumming (inspirado na peça homónima de Steve Reich) sintetiza a evolução da percussão na Europa e contribui, através da divulgação de obras de referência da música contemporânea, para a incessante criação de novos programas e para o constante desafio à inovação sonora.Tem conquistado progressivamente o público, ao qual propõe espetáculos de carácter diverso mas sempre sustentados pela sua coerência estética e unidade poética que unem a música à vertente cénica.A singularidade do papel do DGP na cena musical portuguesa revela-se pelos trabalhos que tem realizado e no variado repertório que apresenta. Os seus espetáculos viajam da percussão erudita ao

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jazz, passando pela eletrónica e o rock. O DGP desenvolve igualmente música de cena para teatro, ópera e bailado.A sua constante atividade criativa não descuida as vertentes didático-pedagógica e social, bem como a itinerância, apresentando no seu cardápio programas concebidos para estes fins, desenvolvidos com não profissionais, crianças e idosos, em zonas desfavorecidas culturalmente.A esta área está ligada também a investigação. O Drumming é pioneiro na criação de uma orquestra de timbilas, que tanto interpreta as músicas de tradição oral (de origem Moçambicana), como músicas concebidas por compositores contemporâneos que escrevem especialmente para o grupo. Criou também a primeira banda de steel drums da Península Ibérica baseada não apenas na sua original vertente tradicional como também na experimental.Colabora ainda na invenção e configuração de instrumentos e baquetas únicas, com construtores e criadores internacionalmente reconhecidos. O DGP organiza seminários, conferências e desenvolve trabalhos de atelier experimental: obras coreográficas e teatrais, com marionetas, vídeo, música eletrónica e de fusão.Teve o privilégio de ser grupo residente da Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura e atua com regularidade nas mais conceituadas salas nacionais, entre elas a Fundação Calouste Gulbenkian, o Teatro Nacional São João, a Culturgest, o Teatro Camões, o Centro Cultural de Belém, o Teatro Rivoli, e a Casa da Música. No estrangeiro, apresentou-se inúmeras vezes em Espanha (em Madrid: Auditorio Nacional de Música, Teatro Canal, Círculo de Bellas Artes, Teatro Albéniz, Universidad Complutense, La Casa Encendida; em Barcelona no L'Auditori e em La Pedrera; no Festival Ensems em Valencia; na Quinzena Musical/Kursal em San Sebastian; no Auditorio de Murcia; no Festival Avui: Música em Tarragona; no Centro Galego de Arte Contemporânea de Santiago de Compostela; Teatro Central de Sevilla; etc.), na Bélgica (Transit New Music Festival em Leuven), em França (em Paris: Théâtre Bouffes du Nord, Abbaye de Royaumont; em Orleães no Théâtre Nationale d’Orléans), na Alemanha (Theater Heilbronn, Theater Leverkusen, Deutscher Musikral/Karlsruhe, etc.), na África do Sul (em Joanesburgo: Institut Français d'Afrique du Sud, Nirox Foundation, Arts on Main Center, Main Street Life, etc.) e no Brasil (Festival de Ouro Preto, Festival de Percussão de Belo Horizonte, Festival Ritmos da Terra em Campinas), entre tantos outros locais.O Drumming GP tem um protocolo de residência artística com o Auditório de Espinho e é apoiado pela Direcção-Geral das Artes e pelo Governo de Portugal/ Secretaria de Estado da Cultura.

Miquel Bernat

Miquel Bernat é um dos mais dinâmicos percussionistas e pedagogos da atualidade. Entrou no mundo da música com apenas seis anos, por herança familiar, ainda na localidade onde nasceu: Benisanó (perto de Valência). Tal como noutras pequenas localidades, existiam, e existem ainda, exímios músicos (tocadores de caixa de rufos) de bandas filarmónicas. Desde essa altura que nunca pensou fazer outra coisa da vida senão tocar instrumentos de percussão.Decidido a seguir uma carreira musical, estudou no Conservatório de Valência, onde fez a sua formação elementar. Rumou depois até Madrid para se formar a nível superior. Aos 19 anos concorreu para a vaga de percussionista da Orquestra de Barcelona. Conseguiu entrar, mas logo percebeu que precisava de seguir novos rumos. Foi então, estudar para os conservatórios de Bruxelas e Roterdão com o conceituado músico norte-americano Robert Van Sice, com quem começou a interessar-se por sonoridades contemporâneas.Passou ainda pelo Aspen Summer Music Course nos Estados Unidos. Ainda não tinha terminado o curso quando o professor o convidou para ser seu assistente em ambos os conservatórios, com apenas 21 anos. Começou a carreira como pedagogo, o que o trouxe, mais tarde, a Portugal.Em 1994 surge a oportunidade de abrir uma nova página, tanto na sua vida profissional como na vida da música portuguesa: é convidado para dirigir o primeiro curso superior de percussão em Portugal, na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (Porto). Com muito empenho implantou um curso único, virado para a contemporaneidade. Foi da necessidade de tocar ao vivo, juntamente com os seus alunos e outros músicos, que surgiu em 1999, a ideia de criar um grupo inteiramente virado para a percussão. Nasceu o Drumming – Grupo de Percussão (DGP), coletivo com um conceito inovador que cruza diversas sonoridades. Além de se

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destacar pelas suas propostas musicais irreverentes, o DGP destaca-se também pela presença em palco. Em 2001, foi o grupo residente da Porto – Capital Europeia da Cultura.Seguindo a ideia de “espetáculo total” como forma de expressão artística, Miquel Bernat gosta de quebrar fronteiras. Já trabalhou assim, com a conceituada coreógrafa Anne Teresa de Keersmaeker e com o artista plástico William Kentridge.Especialista em música contemporânea, Bernat tem contribuído para expandir as suas possibilidades, propondo abordagens inovadoras e mesmo a invenção de novos meios.Já incentivou a criação de inúmeras obras e difundiu peças que a ele foram dedicadas. Recentemente, formou com um grupo de compositores e intérpretes o coletivo Musica Presente, que é já uma referência relevante na criação musical contemporânea na Europa.Bernat já tocou como solista em inúmeras orquestras e grupos, como a Orquestra da Radio TV espanhola (ORTVE), o Remix Ensemble ou a Musik Fabrik.

Jorge Castro Ribeiro

Jorge Castro Ribeiro, musicólogo, nasceu em Valadares, em 1966.É doutorado em Música pela Universidade de Aveiro, onde leciona desde 1999.Para além de um intenso envolvimento académico universitário de ensino e investigação em música, especialmente em etnomusicologia, desenvolve desde há duas décadas uma assinalável atividade pública de divulgação musical.Desde 2005, concebe e apresenta mensalmente os Concertos Promenade do Coliseu do Porto, dedicados à execução de música sinfónica e dirigidos a famílias. É diretor artístico desta instituição.No domínio da Música e Educação tem concebido e apresentado anualmente desde 2002 os programas “Música nas Escolas”, séries de dezenas de concertos didáticos organizados pela Orquestra Filarmonia das Beiras dirigidos à população escolar do 1º ciclo de diversos concelhos dos distritos de Aveiro e Leiria, com uma fortíssima repercussão no interesse das crianças e suas famílias pela atividade da orquestra.Colaborou com a Orquestra do Algarve e colabora com a Orquestra do Norte, a Orquestra Filarmonia das Beiras, Drumming – GP, a Fundação Átrio da Música de Viana do Castelo, a Orquestra Fundação Estúdio de Guimarães – Capital Europeia da Cultura 2012 na apresentação e dinamização de concertos comentados. Criou e desenvolveu projetos de sensibilização para grandes causas através da música rap junto de crianças do ensino pré-escolar e do 1º ciclo, nomeadamente os projeto Rap-ciclar de sensibilização ambiental (2002) e o projeto Protesta! A tua voz é uma festa de sensibilização para os direitos humanos (2007), em colaboração com a CIVITAS - Aveiro.

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Sábado, 2 Junho – 21h30Teatro José Lúcio da Silva (Leiria)

Drumming – Grupo de PercussãoMiquel Bernat, direçãoMatchume Zango, timbilas

Tambores & Timbilas

José Manuél López López (1956)Estudio para la modulación métricaMatchume Zangon (1980)Sicosana

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Jean-Luc Fafchamps (1960)Wooden mind (estreia mundial)

Riccardo Nova (1960)Thirteen faces formulaMúsica tradicional Chope de MoçambiqueIannis Xenakis (1922-2001)Peaux (de Pléïades)

Notas:Ver biografia de Drumming – Grupo de Percussão em concerto de 1 de Junho;Ver biografia de Miquel Bernat em concerto de 1 de Junho.

Matchume Zango

Cândido Salomao Zango nasceu em Moçambique em 1980.Foi a partir da sua paixão pelos tambores usados nas canções tradicionais da sua terra que começou a estudar e a construir instrumentos como timbila, xitende, mtxiga, xogovila, entre outros. Matchume Zango fundou o grupo de música e dança tradicional moçambicano “Novos Raios” e a Orquestra de música tradicional e urbana “Timbila Muzimba” que se tem apresentado na África, na Europa e na Ásia. Na Áustria participou como intérprete no espetáculo “Romeu e Julieta” no Festival Donau em Krems, no evento de música eletrónica MoSomeBigNoise do Festival Sunset Tanzlust Freisdat em Linz e no Festival Culture Movement em Viena.Como percussionista e vocalista, participou também em espetáculos de dança contemporânea apresentados na França e na Bélgica. É um colaborador frequente da companhia de dança contemporânea Kubilai Khan em França e do Drumming Grupo de Percussão em Portugal.Com o Drumming GP tem sido convidado a apresentar masterclasses na Universidade de Aveiro, no Conservatório Gulbenkian em Braga, na ESMAE, na Academia de Música de Viana do Castelo, entre tantos outros locais.

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Sexta, 8 Junho – 21h30Teatro José Lúcio da Silva (Leiria)

Orquestra GulbenkianPedro Neves, direçãoTamila Kharambura, violino

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)Abertura de As Bodas de FígaroFélix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847)Concerto nº 2 em mi menor, op. 64Wolfgang Amadeus MozartSinfonia nº 40, em sol menor, K.550

Orquestra Gulbenkian

Foi em 1962 que a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente, no início constituído apenas por doze elementos, originalmente designada por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Esta formação foi sendo progressivamente alargada, contando hoje a Orquestra Gulbenkian com um efetivo de sessenta e seis instrumentistas, que pode ser pontualmente expandido de acordo com as exigências dos programas executados.

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Em cada temporada, a Orquestra realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório Gulbenkian, em Lisboa, em cujo âmbito tem tido ocasião de colaborar com alguns dos maiores nomes do mundo da música (maestros e solistas), atuando igualmente em diversas localidades do País, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora.No plano internacional, por sua vez, a Orquestra tem vindo a ampliar gradualmente a sua atividade, tendo até agora efetuado digressões na Europa, Ásia, África e Américas.No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida desde muito cedo com diversos prémios internacionais de grande prestígio.Desde a temporada de 2002-2003, Lawrence Foster é o responsável pela direção artística do agrupamento, acumulando as funções de Maestro Titular. Claudio Scimone, que ocupou este último cargo entre 1979 e 1986, foi nomeado em 1987 Maestro Honorário, enquanto Simone Young e Joana Carneiro detêm os títulos de Maestrina Convidada Principal e Maestrina Convidada desde as temporadas de 2007-2008 e 2006-2007, respetivamente.

Pedro Neves

A personalidade artística de Pedro Neves é marcada pela profundidade, coerência e seriedade da sua interpretação musical, destacando-se assim como promissor maestro português.Nasceu em 1975 em Águeda e o seu percurso musical inicia-se no conservatório da cidade de Aveiro, onde estudou violoncelo com a Isabel Boiça. Mais tarde ingressa na Academia Nacional Superior de Orquestra, em Lisboa, na classe de Paulo Gaio Lima, onde conclui o grau de bacharelato em 1996. No mesmo ano obtém uma bolsa de estudos da Fundação Calouste Gulbenkian para continuar o seu aperfeiçoamento artístico com o Marçal Cervera, na Escola de Música Juan Pedro Carrero, em Barcelona, onde se mantém até 1999. Paralelamente frequenta masterclasses com Maria de Macedo, Paulo Gaio Lima, Daniel Grosgurin, Marçal Cervera e Anner Bylsma.Como violoncelista participou em diversas formações das quais se destacam a Orquestra Portuguesa da Juventude, Orquestra de Jovens do Mediterrâneo, Orquestra de Jovens de Baden-Wuttenburg. Entre 1999 e 2005 integrou a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Apresentou-se em várias digressões em Espanha, França, Alemanha, Brasil, EUA, Japão, Macau e Tailândia, entre outras. Foi premiado nos concursos da Juventude Musical Portuguesa e Prémio «Jovens Músicos».Pedro Neves interessa-se muito cedo pela direção e começa o seu percurso como maestro em 1988 na Sociedade Recreativa e Musical 12 de Abril, sediada na sua terra natal, da qual é diretor artístico desde 1992.Paralelamente à sua atividade como violoncelista, estudou direção de orquestra com o reconhecido pedagogo e maestro Jean Marc Burfin na Academia Nacional Superior de Orquestra, onde obtém o grau de licenciatura com elevada classificação. Em virtude do seu crescente desejo de se aperfeiçoar como maestro, Pedro Neves aprofundou os seus conhecimentos com Emílio Pomarico, em Milão, frequentou masterclasses com Alexander Polishcuk e foi assistente de Michael Zilm.Pedro Neves foi convidado para dirigir a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Nacional do Tejo, a Filarmonia das Beiras, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Orquestra do Algarve, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, o Sond’Arte Electric Ensemble, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Gulbenkian e a Orquestra Esproarte, da qual foi maestro titular de 2004 a 2008.Pedro Neves é professor na Academia Nacional Superior de Orquestra e maestro titular da Orquestra Clássica de Espinho, onde desenvolve um projeto com jovens músicos em início de carreira profissional. Atualmente é doutorando na Universidade de Évora, tendo como objeto de investigação as seis sinfonias de Joly Braga Santos.Desde Abril de 2011 assumiu as funções de maestro titular da Orquestra do Algarve.É fundador da Camerata Alma Mater.

Tamila Kharambura

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30.º Festival Música em Leiria

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Tamila Kharambura nasceu em Lviv, na Ucrânia, em 1990, numa família de músicos. Aos quatro anos iniciou a aprendizagem de violino com a mãe, Elena Kharambura.Em 2007 concluiu o Conservatório Regional de Angra do Heroísmo na classe de Elena Kharambura e entrou para a Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou com o Gareguin Aroutiounian. Paralelamente aos seus estudos em Lisboa, estuda desde 2009 na Scuola di Musica di Fiesole, em Itália, com Pavel Vernikov.Frequentou masterclasses com Gareguin Aroutiounian, Zahar Bron, G. Pavliy, S. Kravchenko, A. Mihlin, D. Garlitsky, I. Volochine, S. Makarova, L. Issakadze e V. Stankovic.Apresentou-se a solo com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Artquest e Orquestra da Escola Superior de Música de Lisboa e com os maestros Osvaldo Ferreira, Pedro Neves, Miguel Henriques e Vasco Azevedo.Foi vencedora de vários concursos musicais, entre os quais o concurso Tomás de Borba (Lisboa, 2000 e 2006), o Festival Internacional de Interpretação Musical e Pedagogia (Madeira, 2005) e o Prémio «Jovens Músicos» (Nível Médio, 2007; Nível Superior (2011), Prémio Maestro Silva Pereira/Jovem Músico do Ano, 2010).Atualmente frequenta o Curso de Mestrado na Kunstuniversität de Graz (Áustria), sob a orientação de Vesna Stankovic.É bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian.

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Domingo, 10 Junho – 21h30Igreja do Convento da Portela (Leiria)

Coro do Orfeão de LeiriaCoro de Câmara do Orfeão de LeiriaSpatium VocaleOrquestra Sinfónica de LeiriaRodrigo Queirós, direção (Beethoven, Rodrigo)João Baptista Branco, direção (Rutter)

Ludwig van Beethoven (1770-1827)Abertura Coriolano, op. 62, em dó menorJoaquín Rodrigo (1901-1999)Fantasía para un gentilhombre

Solistas, André Almeida Ferreira, Ricardo Pereira, André TemperaJohn Rutter (1945)Magnificat

Solistas, Ana Maria Lopes, Claire Santos, Sara Silva

Coro do Orfeão de Leiria

A tradição coral em Leiria é centenária. Remonta ao dia do casamento do Rei D. Carlos.No rescaldo da II Guerra Mundial, frustrada já a esperança gerada na euforia do renovar Portugal politicamente, na onda da Europa além Pirenéus em reconstrução, o desemprego deixava inativos os jovens buliçosos, frementes de vontade em distinguirem as suas terras, em darem o seu contributo social, em construírem o sublime valorizando a sua auto estima.É assim que um grupo de jovens reunido no Jardim Luís de Camões em Leiria resolve dar corpo a um novo coral.

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Muitos foram os grupos corais existentes desde 1886, e, pelo menos, entre 1936 e 1946. Acabavam uns e nasciam outros. Herdavam muitas vezes do anterior boa parte dos cantores, algumas vezes o maestro e muitas vezes as próprias partituras.O Orfeão de Leiria erguido em maio de 1946 e agora a comemorar o seu 66º aniversário, primeiro sob a direção de Rui Barral, depois de José Pais de Almeida e Silva, Duarte Gravato, Frei Norberto Gomes, Francisco Bernardino dos Santos Carvalho, Júlio Fernandes, Joel Canhão, Guy Stoffel Fernandes, Agostinho Rodrigues, Rui de Matos, Jorge Matta, Paulo Lourenço, Mário Nascimento, Augusto Mesquita e Pedro Miguel tornou-se o embaixador cultural da cidade e da região de Leiria no mundo, como conjunto coral e como instituição referencial de cultura. Instituição a que legou o seu nome e que hoje se designa como Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA), tal a sua abrangência.Nascido na tradição dos coros de vozes masculinas – tão perto de Coimbra, Pombal segue-lhe o exemplo na mesma ocasião –, o Coro Orfeão de Leiria atingiu nos anos cinquenta uma tal plenitude artística que o individualizou no contexto nacional e teve repercussões internacionais, nomeadamente através da BBC de Londres.Muitos são os portugueses melómanos em qualquer parte que, ao referir-se-lhes o Orfeão de Leiria, recordam a Canção do porvir, os lindos versos de Horácio Eliseu: "(...) Leiria, teu nome doce e singelo, é belo, lembra os murmúrios do Lis (...)", a música pungente de Ernesto Henriques e a voz límpida de Joaquim Assunção, coro em fundo, que constitui ainda hoje o hino da instituição. Em 1986, como resposta à necessidade de introduzir vozes novas que se fixassem na casa, foi criado um Coro Misto (que incluía elementos comuns ao coro masculino), um vetor de mudança que veio a permitir não apenas a esperada renovação (pessoas, repertório e expectativas), mas ainda o manter da tradição institucional e a continuidade de um coro de vozes masculinas refrescado pelo elo intra-institucional.A profissionalização por inteiro da direção coral em 1988 possibilitou não apenas prosseguir a renovação mas alcançar também outros objetivos: a generalização da técnica vocal; os conhecimentos em música; um repertório sistematicamente mais erudito; a qualidade interpretativa. O que possibilitou chegar-se a 2011 como um dos melhores agrupamentos corais nacionais e um invejável curriculum europeu e mundial.Apresenta-se hoje com conjuntos diferentes – misto, vozes masculinas, vozes femininas, em conjunto ou separadamente –, e acompanhamento orquestral ou instrumental ou a cappella. Depois de algumas atuações em Espanha nos anos 60 e 80, o Coro do Orfeão de Leiria iniciou nos anos 90 um novo ciclo de digressões pelo estrangeiro. Em 1991 participou no festival Europalia na Bélgica. Nos últimos anos atuou por várias vezes em Espanha, França, Alemanha, Dinamarca e Holanda, Suíça e Itália (participando no festival Mare Music, na ilha de Ischia e em muitos outros concertos neste país), e na República Checa (Festival Internacional de Música de Câmara e Festival Internacional de Coros com Música de Natal, aqui com um invejável 3º lugar), para além da Áustria, Luxemburgo, Hungria, Eslovénia, Eslováquia e Polónia. Em outubro do ano 2000 participou em festivais em vários Estados do Brasil.Com atuações por todo o país esteve por isso também nos Açores, nas ilhas Graciosa, Terceira e de S. Miguel.A participação regular no Festival «Música em Leiria» desde 1996 como os muitos concertos para coro e orquestra, são momentos em que o Coro do Orfeão de Leiria atingiu momentos altíssimos na sua prática artística, eminentemente virada para a comunidade.

Coro de Câmara do Orfeão de Leiria

O Coro de Câmara do Orfeão de Leiria foi fundado em 1992 pelo Professor Eli Camargo, Maestro titular até 1996. Foi posteriormente dirigido pelos Professores Tiago Marques (1996-1998), Pedro Figueiredo (1998-2006), Rui Carreira (2006-2007) e Ana Margarida Simas (2007-2008). É dirigido atualmente pelo Professor João Baptista Branco.Em fevereiro de 1999, participou, em Lisboa e em Leiria, nas homenagens à família Freitas Branco promovidas pela Academia de Música de Santa Cecília, pela Casa Museu João Soares e pelo Orfeão de Leiria Conservatório de Artes, interpretando “Madrigais” de Luís de Freitas Branco.

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30.º Festival Música em Leiria

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Tem realizado, anualmente, concertos de Música de Câmara um pouco por todo o país e participado ativamente nas iniciativas da Escola de Música do Orfeão de Leiria, nomeadamente nas temporadas de concertos “Flores de Música”, “Concertos com História” e nos concertos de Natal e Páscoa.O Coro de Câmara do Orfeão de Leiria tem sido acompanhado por diversos instrumentistas, nomeadamente, António Esteireiro e Rute Martins (órgão), Inês Caldas e Carla Abreu (flauta), Bernardo Leon (violoncelo), Mónica Saraiva (viola) e Margarida Manso, Maria Gomes e Emanuel Nevado (violino), entre outros.Em 2011, o Coro de Câmara interpretou “Glória em Ré Maior RV 589” de Vivaldi, “Stabat Mater” de Pergolesi e “Messe Basse” de Fauré, entre outras.Tem participado regularmente no Festival “Música em Leiria”, apresentando-se, também, acompanhado por vários Ensembles Instrumentais e Orquestra de Cordas, nomeadamente pela Orquestra Freitas Branco do Orfeão de Leiria Conservatório de Artes.Realizou já uma digressão por Itália.

Spatium Vocale

Nascido na Associação Coro Polifónico de Almada, este coro é um espaço onde, através de fins de semana de ensaios intensivos, é permitida a convivência de cantores de diversas proveniências a nível nacional, tais como Almada, Abrantes, Cascais, Évora, Guarda, Leiria, Lisboa, Oeiras, Porto, Seixal e Torres Novas, reunidos com um só objetivo: fazer e desfrutar Música.Com cerca de 80 elementos, pode apresentar-se em várias formações, não tendo um período musical pré-eleito, podendo abranger a maior parte das épocas e estilos.Neste último ano, colaborou com a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras na apresentação do Magnificat de John Rutter, para além de um programa a capella dedicado a poetas com música de E. Whitacre, M. Lauridsen, L. Freitas Branco, entre outros.

Orquestra Sinfónica de Leiria

Desde Dezembro de 2005 que no Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA) se vinha planeando a criação de uma orquestra sinfónica. Um projecto de semelhante envergadura era uma necessidade de há muito sentida na região de Leiria porquanto, nesta área, apenas avulta a Orquestra Filarmonia das Beiras, da qual o OL CA é também membro fundador. Contudo, só em Abril de 2008 é que nasce a Orquestra Sinfónica de Leiria, cuja direcção artística é partilhada (na fase de lançamento) pela professora Sandra Martins (também directora pedagógica da Escola de Música do OL CA, EMOL) e pelo maestro Alberto Roque, seu maestro principal. Ostenta o nome da sua cidade, Leiria, a exemplo de congéneres de escolas e universidades inglesas e americanas. Este grupo é constituído pelos alunos mais qualificados, por professores instrumentistas da EMOL e ainda por outros profissionais convidados.A sua estreia absoluta foi a 4 de Abril de 2008 na Igreja do Convento da Portela em Leiria, dirigida pelo maestro Alberto Roque. Seguiu-se uma série de concertos em Óbidos, Pombal e Figueira da Foz, regida nestes outros pelos maestros Nikolay Lalov e Luís Casalinho e, tocando obras de John Williams e George Gershwin. Neste ano integra o programa do Festival Música em Leiria num concerto coral sinfónico com o Coro do Orfeão de Leiria, dirigida pelo maestro Jorge Matta. Seguem-se várias apresentações na região centro sob a orientação do maestro Jean Sébastien Béreau.Já em 2011 realizou um estágio na Páscoa, com concerto final em Montemor-o-Velho, e interpretou «Glória em Ré Maior RV 589», de António Vivaldi, em Leiria, com o Coro de Câmara do Orfeão de Leiria. Em 2012 volta a participar no Festival Música em Leiria, com direcção de Rodrigo Queirós, maestro titular, e João Baptista Branco, num concerto coral sinfónico.Com a criação da Orquestra Sinfónica de Leiria, o OL CA, entidade promotora do Festival Música em Leiria, passa a poder contar com um agrupamento da própria instituição que cumpra os requisitos de programas sinfónicos e coral sinfónicos.

Rodrigo Queirós

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Nascido em Coimbra, iniciou os estudos musicais aos quatro anos de idade, em violino e piano. Aos seis foi vencedor a nível nacional de uma bolsa para frequentar um curso de aperfeiçoamento com Tybor Varga. Foi premiado aos doze anos de idade, no Concurso de violino da Juventude Musical Portuguesa. Estudou na Universidade de Aveiro, nas classes de violino de David Lloyd e de música de câmara de Vitali Dotsenko e José Pereira de Sousa, e na Escola Superior de Música de Lisboa, nas classes de violino de Aníbal Lima e de Música de Câmara de Olga Prats e Irene Lima. É Mestrado em Música, Performance de Violino, pela Universidade de Aveiro, tendo obtido a classificação de dezanove valores no exame final de violino, na classe do professor Aníbal Lima.Tem uma actividade regular em várias formações de câmara com músicos como Aníbal Lima, Irene Lima, Ciciliu Isfan, Jorge Trindade, Paulo Gaio Lima, Paul Wakabayashi, David Lloyd, João Paulo Santos, António Salgado e Pedro Meireles, participando regularmente em festivais internacionais, destacando-se a participação na Folle Journée em 2004, Festa da Música 2004 no CCB, Dias da Música 2007 e 2008 no CCB, festivais internacionais de Aveiro, Coimbra, Sesimbra, Óbidos, Florença, Montecatini, Peruggia, Nápoles, Ischia, F.I.M.U. (Belfort), entre outros. É director artístico e fundador do “Projecto Ars Camerae”. Apresenta-se regularmente a solo com a orquestra Clássica do Centro, Orquestra Sinfónica de Leiria, Camerata Josefa de Óbidos, Camerata Vianna da Mota e com a Orquestra das Raizes Ibéricas, acompanhado por maestros como Jean-Sebastien Béreau, Piero Bellugi, Massimo Mazza, entre outros.Colabora como professor de naipe dos primeiros violinos e coordenador de naipes da orquestra Momentum Perpetuum, como assistente do maestro Martin Andre.Na área da direcção de orquestra foi discípulo do Maestro Jean Sebastien Béreau, tendo feito a especialização em direcção de orquestra no Conservatoire de Lille, França, a qual concluiu com a classificação máxima, tendo obtido o primeiro prémio no Prix de Concours, por unanimidade do júri.É professor de violino e música de câmara no Conservatório de Artes e na Escola Profissional do Orfeão de Leiria e é actualmente maestro titular da Orquestra Sinfónica de Leiria, sucedendo a Jean-Sebastien Béreau, e das orquestras de cordas Luís de Freitas Branco e Paganini.

João Baptista Branco

O canto coral sempre foi a grande paixão de João Baptista Branco. Estando neste momento a finalizar o mestrado em Direção Coral, colabora numa base regular (como maestro, cantor, director artístico ou júri) com instituições como o Orfeão de Leiria, Chorall Phydellius, Spatium Vocale, Coro Stella Vitae, Voces Caelestes, Fundação Calouste Gulbenkian, Officium, Coro de Santo Amaro de Oeiras, World Youth Choir e os festivais “Cantar Liberdade” e “Outonalidades”. Baseando sempre o seu trabalho na procura exaustiva da cultura do som, realizou mais de 1000 concertos em Portugal e no estrangeiro, contando várias gravações de CD e transmissões em direto ou diferido para a rádio e televisão.

André Almeida Ferreira

André Almeida Ferreira, natural da Marinha Grande, iniciou os seus estudos de Guitarra Clássica em 2005, na Escola de Música do Orfeão de Leiria Conservatório de Artes com a professora Ilda Coelho, com quem concluiu o 8º grau com a classificação máxima.Participou em diversas Master classes com professores como: Dejan Ivanovic, Pedro Rodrigues, José Mesquita Lopes, Ignácio Rodes, Tomás Camacho, Margarita Escarpa, Álvaro Pierri, Cláudio Marcotulli, Fernando Espí, Carlo Marchione, Roberto Aussel, Thomas Offermann, entre outros.Participou e foi laureado em diversos concursos nacionais e internacionais dos quais de destacam o prémio honorífico e prémio especial “José Tomás” (prémios honoríficos “David Russell” - 5ª edição (2010), 1º prémio (concurso juvenil de guitarra Cidade de Almada – escalão V - 2011), 1º prémio ex-aequo (concurso Internacional de Leiria - 2011), prémio de melhor interpretação de peça portuguesa, concurso internacional de Leiria (2009 e 2010); 1º prémio com mérito e prémio “Rui Barral”, concurso “Jovens talentos” do Orfeão de Leiria – escalão A (2011) e 2º prémio (concurso internacional “Ciudad de Coria – Júnior” - 2011). André Ferreira apresentou-se em concerto no Teatro Miguel Franco em Leiria, cujo concerto foi gravado e transmitido pela Antena 2. Participou em eventos culturais como o

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“Café das Quintas”, “Encontro de Gerações”, “A Guitarra no Outono”, “Dias da música no CCB”, entre outros. Recebeu um voto de louvor pela Escola Secundária Domingos Sequeira e as felicitações da Ministra da Cultura Gabriela Canavilhas. Na sequência do Prémio Honorífico “David Russell”, participou na gravação de um DVD juntamente com os restantes premiados. Recentemente ingressou no Conservatório Superior de Música de Vigo e estuda actualmente com a professora Margarita Escarpa.

Ricardo Pereira

Ricardo Pereira nasceu em Leiria em 1990. Aos 14 anos entra para o Orfeão de Leiria - Conservatório de Artes (OLCA), em Guitarra com a professora Ilda Coelho, concluindo o 8ºgrau em 2010 com a classificação de 19 valores. Frequentou diversas Masterclasses orientadas por Alvaro Pierri, Carlo Marchione, Margarita Escarpa, Claudio Marcotulli, Marco Socías, Lex Eisenhardt, Dejan Ivanovic, entre outros. Participou em vários concursos, tendo sido premiado nos seguintes: 1ºPrémio Ex-Aequo e Prémio de Melhor Interpretação de Música Portuguesa no “VIII Concurso Internacional de Guitarra” do IV Festival Internacional de Guitarra de Leiria 2011, 1ºPrémio no “Concurso Nacional de Guitarra de Ourém e Fátima 2009”, 1ºPrémio do Escalão E no “II Concurso Nacional de Guitarra” do II Festival Internacional de Guitarra de Leiria 2009, 1ºPrémio do Escalão A e Prémio “Rui Barral” no Concurso “Jovens Talentos 2009” no Orfeão de Leiria Conservatório de Artes, entre outras qualificações. Em Dezembro de 2010 formou com Eva Mendonça o Duo Liz, grupo de música de câmara de Flauta Transversal e Guitarra Clássica. Neste grupo actua com regularidade por várias salas de concerto do país e a nível internacional. Em Abril de 2011 vencem no escalão júnior o “II Concurso Internacional Música de Câmara Cidade de Alcobaça”. No presente ano lectivo frequenta o 3º ano do Curso Superior de Música no Conservatório Superior de Música de Vigo sob a orientação de Margarita Escarpa.

André Tempera

André Tempera nasceu em 1982, em Lagos. Com 10 anos de idade, interessou-se pela música e pela guitarra clássica, tendo em 1999 iniciado o seu estudo de uma forma oficial. Estudou durante 6 anos com o Prof. José Mesquita Lopes no Conservatório de Música D. Dinis, onde concluiu o curso em 2005, tendo ingressado de imediato na Escola Superior de Música de Lisboa. Licenciou-se em Música, Ramo de Guitarra Clássica em 2008, tendo estudado com o Prof. António Jorge Gonçalves. Prosseguiu os seus estudos académicos na Universidade de Évora, tendo concluído o seu Mestrado em Música, Vertente de Guitarra Clássica, sob a orientação do Prof. Dejan Ivanovic, em 2011. Participou em inúmeras Masterclasses tendo tido a oportunidade de estudar com professores e guitarristas de reputação internacional tais como Carlo Marchione, Joaquin Clerch, Costas Kotsiolis, Michalis Kontaxakis, Hubert Kappel, Alvaro Pierri, Ignacio Rodes, entre outros. Obteve lugares de destaque no II Concurso Juvenil de Guitara Clássica de Ourém em 2005 (2º Prémio), no I Concurso Internacional de Guitarra de Leiria em 2008 (Menção Honrosa) e no IV Concurso Internacional de Guitarra de Leiria em 2011 (1º Prémio Ex-aequo). Com interesses diversificados no âmbito da música, participou na Orquestra de Guitarras no âmbito do Festival Guitarmania, com concertos em 2004 (evento inédito em Portugal) e 2006, em Workshops de Jazz em 2004 e 2006 (Guitarra Eléctrica) e em Ateliês de Música Antiga em 2007 (Guitarra Barroca). Actualmente é professor de Guitarra Clássica no Conservatório Regional Silva Marques e doutorando na Universidade de Évora.

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Sexta, 15 Junho – 21h30Igreja do Convento da Portela (Leiria)

Coro de Câmara da Escola Superior de Música de Lisboa

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One Chamber Choir (Singapura)Orquestra Filarmonia das BeirasPaulo Lourenço, direçãoXiang Ting Teng, sopranoJoana Nascimento, contraltoJoão Rodrigues, tenorManuel Rebelo, barítono

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)Requiem em ré menor, K.626 (edição de Robert D. Levin)

Coro de Câmara da ESML

É um agrupamento que visa proporcionar uma prática coral de excelência aos seus alunos expondo-os, durante o seu ciclo lectivo, ao mais variado tipo de repertório. O Coro é formado por alunos oriundos das áreas de Direcção Coral/Formação Musical, Canto, Composição, Guitarra, Harpa e Instrumentos de Tecla. Ao longo dos últimos anos, e graças ao facto de esta disciplina estar disponível aos alunos de outras áreas, o coro tem sido enriquecido por elementos vindos da área de Orquestra e de Jazz. O Coro de Câmara da ESML tem-se apresentado em concerto com um repertório variado que abrange períodos que vão desde o Renascimento até á música contemporânea incluindo obras em estreia absoluta de alunos da própria escola.O Coro de Câmara da ESML tem realizado concertos um pouco por todo o território nacional tendo colaborado com a Orquestra Filarmonia da Beiras. Entre o variado repertório que tem apresentado destacam-se Weihnachts-Oratorium BWV 248 (Cantata I) e Magnificat de J.S.Bach, Cantata Verbum Caro de Nuno Côrte-Real, Requiem de Charpentier, Rejoice in the Lamb de B.Britten, Coronation Anthems de G.F.Haendel, Chichester Psalms de Leonard Bernstein, e diversas obras de pequena dimensão que incluem compositores como J.Brahms, Dupuy, Lalande, Arvo Pärt, Morten Lauridsen, Purcell , Palestrina, Badings, Rachmaninov e Whitacre entre outros.Das suas últimas apresentações públicas destacam-se a Lauda per la Nativitá del Signore de Otorino Respighi (Festival de Música de São Roque, 2009), Come Holy Ghost de Jonathan Harvey e Painting Word Painting de Carlos Caires em conjunto com a Orchestrutopica (CCB, 2009), Psalm 42 de Felix Mendelssohn (Lisboa e Évora, 2009), Concerto VOCALIZZE (CCB, 2010), Magnificat&Nunc Dimitis de Tarik O’Regan (Grande Auditório da ESML, 2010) e Concertos e Gravação do CD Ave Mundi com Rodrigo Leão (Coliseus de Lisboa e Porto, 2010).Para além da apresentação de Roi David de Honegger (Lisboa e Évora, Dezembro 2010), em conjunto com a Orquestra Sinfónica da ESML, o Coro Sinfónico da ESML tem agendado para 6 de Fevereiro de 2011 no CCB um programa intitulado “A Noite” com o pianista Miguel Henriques e, para Junho de 2011 a primeira audição Portuguesa da obra Celebrations de Vincent Persichetti em parceria com a Orquestra de Sopros da ESML sob direcção do maestro Alberto Roque.

One Chamber Choir

ONE Chamber Choir é dirigido por Lim Ai Hooi, proeminente maestrina entre o meio coral de Singapura. Composto por 30 coralistas experientes, ONE propõe desafiar a convenção coral local conferindo uma nova dimensão à prática coral. One foi fundado em junho de 2009 e é constituído por jovens cantores entusiastas e com uma experiência coral consistente. Em setembro de 2010, ONE firmou uma parceria com Song Lovers Choral Society, anteriormente conhecido como Lee Howe Choral Society, constituindo-se uma ala mais jovem daquele agrupamento. Com o seu desejo de inovar, ONE espera sensibilizar, envolver e entreter o seu público em cada apresentação.

Orquestra Filarmonia das Beiras

A Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) deu o seu primeiro concerto no dia 15 de dezembro de 1997, sob a direção de Fernando Eldoro, seu primeiro diretor artístico. Criada no âmbito de um programa governamental para a constituição de uma rede de orquestras regionais, tem como

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fundadores diversas instituições e municípios da região das beiras, associados da Associação Musical das Beiras, que tutela a orquestra.A OFB é composta por 23 músicos de cordas de diversas nacionalidades, com uma média etária jovem e é, desde 1999, dirigida artisticamente pelo Maestro António Vassalo Lourenço. Norteada por princípios de promoção e desenvolvimento da cultura musical, através de ações de captação, formação e fidelização de públicos e de apoio na formação profissionalizante de jovens músicos, democratizando e descentralizando a oferta cultural, a OFB tem dado inúmeros concertos, além de desenvolver frequentes e constantes atividades pedagógicas (programas pedagógicos infantojuvenis, cursos internacionais vocais, instrumentais e de direção de orquestra, etc.). Também sob estes princípios, apresenta, desde 2006, produções de ópera diversas (infantil, de repertório ou portuguesa).A OFB tem participado nos principais festivais de música do país e do estrangeiro, ou em importantes cooperações e coproduções com outros organismos artísticos, sendo regularmente dirigida por alguns maestros estrangeiros e pelos mais conceituados maestros em atividade em Portugal e tem colaborado com músicos de grande prestígio nacional e internacional. Simultaneamente, tem procurado dar oportunidade à nova geração de músicos portugueses, sejam eles maestros, instrumentistas ou cantores.Do repertório da OFB constam obras que vão desde o Século XVII ao Século XXI, tendo a Direção Artística dado particular importância à interpretação de música portuguesa, quer ao nível da recuperação do património musical, quer à execução de obras dos principais compositores do século XX e XXI. A Orquestra Filarmonia das Beiras é uma estrutura financiada pelo Secretario de Estado da Cultura/Direção-Geral das Artes

Paulo Vassalo Lourenço

Nascido em Lisboa, é licenciado em composição e direcção Coral pela ESML. Foi bolseiro do Ministério da Cultura e da Universidade de Cincinnati/College-Conservatory of Music onde concluiu o Mestrado em Direcção. Encontra-se actualmente terminar o Doutoramento na mesma universidade onde também acumulou funções de professor assistente. Paralelamente a estas funções exerceu o cargo de maestro assistente no UC Chamber Choir sob orientação de Earl Rivers e Stephen Coker. Nesta função preparou os coros da Universidade de Cincinnati para o May Festival Chorus para serem dirigidos por James Levine e James Conlon. Paralelamente à direcção coral estudou direcção de orquestra com Mark Gibson e Chang Zhang. Actualmente exerce funções de Prof. Adjunto na ESML onde é coordenador do Mestrado em Direcção Coral.Tem desenvolvido uma actividade sistemática na divulgação de compositores portugueses nomeadamente da nova geração, tendo feito mais de uma centena de obras em primeira audição absoluta. Entre os compositores que mais tem divulgado destacam-se Nuno Côrte-Real, Eurico Carrapatoso, Sérgio Azevedo, Carlos Marecos, Carlos Caires, Fernando C. Lapa, Vasco Azevedo e Thorkell Atlasson. Participou na estreia portuguesa de Passio, de Arvo Pärt, com o Hilliard Ensemble dirigindo o Coro Ricercare (CCB, 1999). Dos agrupamentos musicais que dirigiu destacam-se Cincinnati Philarmonia Orchestra, Sinfonietta de Lisboa, Filarmonia das Beiras, Orquestra Sinfónica da ESML, Orquestra de Câmara do Conservatório de Utrecht, Orquestra Académica Metropolitana, Orquestra da JMP, Orquestra Opus XXI, North Kentucky Simphony Chorus, Atheneum Choir of Cincinnati, Kopavogür Kamerkor entre outros.Manteve uma intensa actividade como cantor quer em coros quer como solista dos quais se destacam o Coro Gulbenkian (1989-1995) e o quarteto masculino TETVOCAL do qual é membro fundador. Em 2002 trabalhou como maestro assistente de João Paulo Santos no Teatro Aberto, na primeira apresentação Portuguesa da peça Peer Gynt com música original de Eurico Carrapatoso e encenação de João Lourenço. Foi galardoado, dirigindo o Coro RICERCARE, com o 1º e 2º prémios em Madrid 1999 e Sevilha 1998 respectivamente. Da actividade que realizou recentemente destacam-se a versão sinfónica de “Roi David” de Arthur Honegger, e ainda participações como maestro convidado nas XIII Jornadas Internacionais da Escola

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de Música da Sé de Évora, de júri internacional do Winter Choral Festival em Hong Kong e maestro convidado em Singapura dirigindo o coro profissional ONE onde apresentou repertório Português. Foi convidado pela FCG para preparar o Coro Gulbenkian na obra “Jeanne d’Arc au bucher” de Arthur Honneger sob direcção da maestrina Simone Young em Março de 2012. Para a temporada 2011-2012 destacam-se apresentações em Hong Kong (Dezembro 2011) e Israel no Festival Mediterramnean Zimriya (Abril 2012). É director artístico do 1º Festival Coral de Verão que decorrerá entre 16 e 19 de Junho no CCB e integrado nas Festas de Lisboa’12.

Teng Xiang Ting

Teng Xiang Ting, nascida em Singapura, começou a cantar aos nove anos de idade no CHIJ St. Nicholas Girls’ School Choir. Mais tarde passou a actuar com o National Junior College Choir e, após a conclusão dos estudos, no National Junior College Alumni Choir. Em 2009, juntou-se ao coro ONE para actuar como corista sob a orientação da senhora Lim Ai Hooi, e desde essa altura interveio como solista em vários concertos do ONE. A sua paixão pelo canto levou-a até ao estrangeiro em 2011, quando participou no Asia Pacific Youth Choir. Xiang Ting começou a ter aulas de canto com a meio-soprano Anna Koor em 2003-2004. Desde 2008 encontra-se sob a tutela da soprano coreana Jeong Ae-Ree, e entretanto obteve o diploma em canto Trinity Guildhall de nível Associate (ATCL). Desde essa altura actuou em vários recitais a solo e produções operáticas, tais como Belle Epoque: A Night with Tosti & Friends, Wolf Lieder Concert: Spanisches & Italienisches Liederbuch e Opéra Comique (na Universidade). Em 2004, também foi convidada a cantar no concerto para alunos com elevado aproveitamento da Associate Board of the Royal Schools of Music (ABRSM). Finalista em Direito na Universidade Nacional de Singapura, Xiang Ting também tem tido um envolvimento activo no campo do coaching vocal dentro e fora da escola. Na escola, preenche actualmente a função de coach vocal na sua Law IV Musical Production. Fora da escola, desde 2009 tem dado coaching vocal a vários coros escolares e presentemente é maestrina assistente da sua alma mater, do CHIJ St. Nicholas Girls’ Secondary School Choir.

Joana Nascimento

Estudou canto na Escola de Música do Conservatório Nacional com Manuela de Sá. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, concluiu o Curso de Pós-graduação em Canto no Trinity College of Music, em Londres, sob a orientação de Hazel Wood. Participou em cursos de aperfeiçoamento com Jill Feldman, Peter Harvey, Peter Harrison, Marius van Altena, Max van Egmond, Martyn Hill, Iris dell'Acqua, Omar Ebrahim, Robert Tear e Ron Murdock, entre outros. Como solista, cantou obras de Monteverdi, Vivaldi, J. S. Bach, Händel, Pergolesi, Mozart, Haydn, Mendelssohn, Beethoven, Saint-Saëns, Vaughan Williams e Louis Andriessen (26os Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea). Desempenhou os papéis de Joaz, na ópera homónima de Benedetto Marcello, Fatima, na estreia moderna da ópera Zaira de Marcos Portugal, Strawberry Woman, em Porgy and Bess de Gershwin e Mrs. Noye, em Noye’s Fludde de Britten. Em recital, apresentou-se com os pianistas Helena Rodrigues, João Crisóstomo e Nicholas McNair, com a violoncelista Sofia Diniz e com a cravista Susana Mendes.

João Rodrigues

Nasceu em Lisboa. Integrou os elencos de Porgy and Bess (Crabman) de Gershwin, Die Meistersinger von Nürnberg (Aprendiz) e Parsifal (3ºEscudeiro) de Wagner no T.N.S.Carlos, Le Vin Herbè de F. Martin no T.Aberto, Il Matrimonio Segreto (Paolino) de Cimarosa, Cosi fan Tutte (Ferrando) de Mozart, Die Zauberflöte (Tamino) de Mozart na F.C.Gulbenkian, Susana (Carlos) de A.Keil, A Floresta (Professor de música) de E.Carrapatoso no T.S.Luiz , A Vingança da Cigana (Pierre) de Leal Moreira, Raphael, reviens! (Raphael) de B.Cavanna na F.C.Gulbenkian, Francesca da Rimini (Dante) de Rachmaninov, Salome (4ºJudeu) de Strauss no T.N.S.Carlos, Bataclan (Kekikako) de Offenbach, Jerusalém (Hinnerck) de V.Mendonça e Paint Me (Lee) de L.Tinoco na Culturgest,

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Cantou com as orquestras da Juventude Musical Portuguesa, Conservatório da Covilhã, Gulbenkian, de Câmara de Cascais e Oeiras, Sinfonietta de Lisboa, Filarmonia das Beiras, Sinfónica Portuguesa, Metropolitana de Lisboa e do Algarve. Cantou em estreia absoluta O meu Poemário Infantil de E. Carrapatoso, concerto com transmissão directa para a União Europeia de Rádios, Oratória Popular de N. Côrte-Real.Efectuou no T.S.Luiz, um recital integrado no Ciclo Novos Cantores com o pianista Nuno Vieira de Almeida. Participou no concerto final da temporada 2007/08 do T.N.S.Carlos, 1ª edição do Festival ao Largo, sob a direcção do maestro David Levi. Estudou canto na EMCN com Filomena Amaro e na ESML com Luís Madureira, Helena Pina Manique e Elsa Saque. Actualmente trabalha com João Lourenço.

Manuel Rebelo

Iniciou os seus estudos musicais aos seis anos de idade e aos sete estreou-se em palco, inserido no coro infantil da Paixão segundo São Mateus de J. S. Bach, com o Coro e a Orquestra Gulbenkian, sob a direcção de Michel Corboz. É membro de vários grupos vocais de renome, como o Coro Gulbenkian ou o grupo Chapella Patriarcal, entre muitos outros. Concluiu o Curso de Canto do Conservatório Nacional, sob a orientação de Rute Dutra, com a classificação máxima, e é diplomado em Formação Musical pela Escola Superior de Música de Lisboa.Estreou-se no domínio da ópera em 2006, tendo integrado o elenco de uma produção da Saloméde Richard Strauss, na Fundação Calouste Gulbenkian, sob a direcção de Lawrence Foster. Mais tarde, interpretou o papel para barítono Prof. Barroso na ópera Orquídea Branca, de Jorge Salgueiro, em estreia absoluta. Mais recentemente, interpretou e gravou, com o quarteto Tetvocal, a orquestra Sinfonietta de Lisboa e o coro Ricercare a obra In Paradisum de Eurico Carrapatoso. Em 2008 apresentou-se a solo no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém (CCB) com a Orquestra Sinfónica Nacional, numa produção do Teatro Nacional de São Carlos, tendo interpretado A Sea Symphony de Vaughan Williams. Já em 2009, integrou o elenco do musical Deus. Pátria. Revolução., no CCB, com encenação de António Pires e direcção musical de Luis Bragança Gil.Frequenta actualmente o Mestrado em Direcção Coral do Instituto Piaget, sob a orientação de Paulo Lourenço. Em 2007 dirigiu um concerto de solidariedade preenchido com obras de Eurico Carrapatoso, A. Scarlatti e J. S. Bach, para coro de câmara e contínuo. Em Junho de 2009, dirigiu a orquestra de alunos da Escola Superior de Música de Lisboa em repertório para orquestra sinfónica e solistas. Em Julho do mesmo ano, dirigiu o concerto de encerramento do Festival de Música da Cartuxa, com repertório polifónico para coro a cappella.

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Sábado, 16 Junho – 21h30Teatro Cine de Pombal

Lilia Donkova, violinoJoana Gama, piano

Serge Prokofiev (1891-1953)Cinco melodias op.35Georgi Zlatev–Tcherkin (1905-1977)SevdanaErnest Chausson (1855-1899)Poème op. 25Arvo Pärt (1935)Fratres

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30.º Festival Música em Leiria

26 de maio a 30 de junho

Maurice Ravel (1875-1937)Sonata nº 2, em sol maiorGeorge Gershwin (1898-1937)Três peças

Lilia Donkova

Neta de um dos mais famosos compositores e pedagogos búlgaros, Bentzion Eliezer, Lilia Donkova nasceu em Sófia e iniciou os estudos de violino aos seis anos com o seu pai na Escola Nacional de Música da sua cidade natal. Em 2004, terminou o curso superior de violino como bolseira na Royal Academy of Music de Londres, na classe de Lydia Mordkovich.Durante o seu percurso como estudante, Lilia foi agraciada com vários prémios em concursos internacionais.Como solista Lilia tem vindo a desenvolver uma intensa actividade de concertista. Participou em vários festivais internacionais e apresentou-se em grandes salas como Grande Auditório Stern e Weill Recital Hall em Carnegie Hall – Nova York, Queen Elizabeth Hall – Londres, Sala Verdi em Milão, Teatro Filarmónico em Verona, Smetana Hall em Praga recebendo excelentes críticas pelas suas actuações.Em 2009 Lilia gravou o seu primeiro CD intitulado Cantabile que inclui algumas das mais famosas peças escritas para violino e piano.Deu o seu primeiro curso de violino em Miami University – Estados Unidos em 2008.Lilia Donkova é solista da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras e professora de violino no Conservatório de Música de Cascais. Lecciona, também, no “St. Julian´s School”.Toca num violino Italiano E. Marchetti – 1901 e arco Italiano – E. Slaviero.

Joana Gama

Joana Gama nasceu em Braga, onde iniciou os estudos musicais no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian. Estudou na Royal Academy of Music em Londres e licenciou-se em 2005 na Escola Superior de Música de Lisboa. Concluiu em 2010 o Mestrado em Interpretação sob a orientação de António Rosado e Benoît Gibson na Universidade de Évora, onde prossegue estudos de doutoramento sobre música contemporânea portuguesa para piano. Foi galardoada no Prémio Jovens Músicos/Antena 2 nas categorias de piano, acompanhamento ao piano e música de câmara. Tem colaborado com agrupamentos portugueses como a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Lisbon Ensemble 20/21, Orchestrutopica e Sond'Ar te Electric Ensemble. Apresentou-se em concertos em Espanha, França, Inglaterra, Escócia, Bulgária, Noruega, Japão e em salas portuguesas como o Teatro São Luiz, Museu do Oriente, Casa da Música ou Theatro Circo. Tocou a solo no festival Música Portuguesa, Hoje (2008) e nos Dias da Música em Belém (2010 e 2011) no CCB. O seu gosto por projectos multidisciplinares levou-a a participar em Antropia, documentário de Eduardo Brito, Benny Hall, peça de teatro de Esticalimógama e Danza Ricercata, projecto com a coreógrafa Tânia Carvalho, com quem voltou a trabalhar em 2012 na peça "27 ossos".

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Domingo, 24 Junho – 21h30Mosteiro de Santa Maria da Vitória (Batalha)

Capella DuriensisJonathan Ayerst, direção

A.V. Nikolsky (início do séc. XX)

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30.º Festival Música em Leiria

26 de maio a 30 de junho

O Gladsome Light - from the All-Night VigilCanto Ambrosiano (800-1200)Lux fulgebit hodieCanto Gregoriano (800-1200)Aurea LuceCodex Calixtinus (séc. XII)Congaudeant Catholici.. divina luce nobilisJosquin des Prez (1450-1521)Illibata dei VirgoRito Sarum (séc. XI)Kyrie- Orbis factorArvo Part (1935)Nunc DimittisCanto Gregoriano (800-1200)Te Lucis ante terminumDuarte Lobo (1564-1646)Audivi VocemGyörgy Ligeti (1923-2006)Lux Aeterna

Capella Duriensis

A Capella Duriensis é um ensemble vocal sedeado no Porto especializado em música a cappella.Na sequência do sucesso granjeado com quatro Programas de Música Medieval para o Advento gravados pela RDP Antena 2, a Capella Duriensis foi honrada com um convite para a gravação de um programa de música de Natal agendado para transmissão pela European Broadcasting Union em 2011.Capella Duriensis apresentou mais de 40 novas composições, entre Dezembro 2010 e Agosto de 2011, numa série de concertos ao público em igrejas, escolas de música, e salas de concerto, nas cidades do Porto, de Braga e de Vila Real.Capella Duriensis sempre proporcionou um interesse contextual nos seus programas, através de uma mistura de vozes solistas e pequenos ensembles, contrastando elementos da renascença com peças mediavais e modernas. O seu repertório inclui música Ortodoxa Russa do Séc. XIX, Canto Litúrgico Antigo da Europa Ocidental; polifonia do período Renascentista Português, música folk da Europa de Leste e música litúrgica do Séc. XX.Em 2012, a Capella Duriensis será um 'coro visitante convidado' nas Catedrais de Bristol e de Wells, no Reino Unido, com um repertório de cânticos anglicanos e polifonia portuguesa. Esta é uma oportunidade única que irá proporcionar actuações diárias em alguns dos mais célebres espaços arquitectónicos do Reino Unido. O Capella Duriensis gostaria de agradecer ao Instituto Camões pelo generoso patrocínio que tornará possível a realização desta digressão.

Jonathan Ayerst

Após os estudos na Escola da Catedral de Wells e na Royal Academy of Music, Jonathan Ayerst ganhou vários prémios que lhe permitiram ter aulas particulares com a prestigiada pianista arménia Nellie Akopian.Em 2000 foi nomeado pianista do Remix Ensemble. Paralelamente, deu vários recitais em salas como a Wigmore Hall, a Purcell Room em Londres e o Museu Gulbenkian. Gravou o repertório integral para violino e piano de Franz Liszt na Hyperion. Foi organista principal na Igreja de St. Benet Fink em Londres e deu concertos de órgão na Alemanha, Reino Unido e Porto. Inclui nos seus recitais composições suas, editadas pela Warwick Music. Em 2011 foi premiado com a ‘Fellowship of the Royal College of Organists’. Desde Setembro de 2009, é assistente do maestro Paul Hillier no novo agrupamento Coro Casa da Música, o qual dirigiu em concertos nos Açores e na Casa da Música. Em 2010 co-fundou o ensemble vocal Capella Duriensis, do qual é director musical.

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30.º Festival Música em Leiria

26 de maio a 30 de junho

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Sexta, 29 Junho – 21h30m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento (Leiria)

VIVALDIANAS

Antonio Vivaldi (1678-1741)Concerto para Cordas em Sol Maior, Rv. 151 “Alla Rustica”Concerto em Ré Maior, Rv 549 “L’Estro Armonico”, op. 3, concerto nº 1Concerto em Si bemol Maior para Violino e Violoncelo, Rv 547Concerto em Lá Maior para Cordas e Cravo F. XI nº 4, Rv 158Concerto em Ré Menor, Rv 565 “L’Estro Armonico”, op. 3, concerto nº 11Carlos Paredes (1925-2004)Suite para cordas e cravo (arr. Jorge Teixeira)

Vivaldianas

Nascido em Veneza em 1678, António Vivaldi foi ordenado padre em 1703 e, nesse mesmo ano, tornou-se professor de Violino no “Ospedale della Pietá”, uma das escolas venezianas para raparigas pobres, órfãs e abandonadas. Foi, durante cerca de dezoito anos, professor e educador nessa escola. Durante esse período compôs, ensaiou e dirigiu imensas obras suas nessa instituição, tendo como matéria-prima na execução musical, as suas jovens alunas. Da sua obra fazem parte imensas obras instrumentais, vocais e concertos para solistas. Porém um número considerável das suas obras instrumentais foi composto com fins didácticos.Neste enquadramento nasce as “Vivaldianas”, Orquestra de Câmara formada com base em elementos femininos que actuam na Orquestra Gulbenkian. Foram convidadas a integrar este agrupamento algumas jovens que se salientaram nas escolas de música e que, entretanto, iniciaram a sua vida profissional. Isto deve-se ao reconhecimento da existência de poucas saídas profissionais, criando-lhes, assim, algumas oportunidades em projectos sustentados e com credibilidade.A sua estreia data de 2004 com um concerto realizado no âmbito do Festival de Música de Leiria, o qual constituiu o início de um percurso que conta já, para além de vários concertos, com a gravação de um CD.

Jorge Teixeira

Jorge Teixeira concluiu o Curso Superior de Violino no Conservatório Nacional em 1987, na classe da Professora Leonor Prado, licenciando-se em Violino pela Escola Superior de Música de Lisboa, em Julho de 2000. Lecciona violino na Escola de Música Nossa Senhora do Cabo em Linda-a-Velha, escola onde iniciou estudos musicais. Estudou com Tibor Varga na Academia de Arcos de Sion (Suíça) como bolseiro da Secretaria de Estado da Cultura, e em Abril de 1991 ingressa na Orquestra Gulbenkian. Para além do trabalho em orquestra, desenvolve actividade regular na área da música de câmara, tendo sido elemento do Quarteto Capela. Tem realizado um trabalho intenso como arranjador para agrupamentos vocais (Coral de Linda-a-Velha, Tuna Académica de Lisboa), agrupamentos instrumentais de câmara (Violonseis, Vivaldianas) e em álbuns discográficos de artistas tais como Susana Félix, Beto e Sérgio Godinho.

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30.º Festival Música em Leiria

26 de maio a 30 de junho

Sábado, 30 Junho – 21h30Teatro José Lúcio da Silva (Leiria)

DHAFER YOUSSEF QUARTETDhafer Youssef, oudKristjan Randalu, pianoChris Jennings, baixoChander Sardjoe, bateria

Dhafer Youssef

Nascido na cidade de Teboulba (Tunísia), Dhafer Youssef iniciou a sua carreira musical na escola corânica, absorvendo as influências musicais que encontrou em seu redor. Foi muezim (responsável pelo chamamento para as orações dos crentes islâmicos) antes de conseguir juntar o dinheiro para comprar o seu primeiro oud. Aos 19 decidiu mudar-se para Viena. Aí conheceu o percussionista austríaco Gerhard Reiter que o apresentou a Toni Burger e outros membros da cena jazzística de Viena. O Clube de Jazz Porgy and Bess deu a Dhafer “carta branca“. Durante um ano inteiro, uma vez por mês pôde fazer o que bem lhe apetecia. Nessas ocasiões convidou membros da comunidade jazzística europeia como Iva Bittova, Linda Sherock, Tom Cora e Wolfgang Puschnig. Gravou o seu primeiro CD Malak (enja) durante essa residência, com a participação de Nguyên Lé, Markus Stockhausen e Renaud Garcia-Fons, entre outros, que lhe trouxe o estatuto de um artista de renome internacional. Depois de viver em várias capitais europeias e em Dakar, no Senegal, em 2001 Dhafer transferiu-se para Nova Iorque, onde gravou o seu segundo CD, Electric Sufi (enja) com a participação de Dieter Ilg, Wolfgang Muthspiel, Doug Wimbish, Will Calhoun e Mino Cinelu. Ao voltar para Paris nesse mesmo ano, Dhafer começou a explorar a cena norueguesa do Nu-Jazz em torno de Nils-Paetter Molvaer e Eivind Aarset. A publicação do seu terceiro álbum Digital Prophecy (enja) em 2003 revela o canto e o desempenho instrumental profundamente espiritual de Dhafer enquadrado no mundo existencialista da música norueguesa – com Eivind Aarset (viola), Rune Arnesen (bateria), Bugge Wesseltoft (teclados), Dieter Ilg (baixo), Jan Bang (sampling) e o virtuoso de flauta bansuri Ronu Majumdar. A colaboração com artistas noruegueses prosseguiu no quarto album de Dhafer, Divine Shadows (Jazzland/Universal), em 2006, produzido por Eivind Aarset, contando com a participação de Arve Henriksen, Audun Erlien e Rune Arnesen. Contrariamente aos álbuns anteriores, a voz e o oud de Dhafer estão em primeiro plano, desde o seu canto avassalador e glorioso da faixa de abertura, Cantus Lamentus, até à pureza do oud em Miel et Cendres. O álbum dá provas de uma complexidade e subtileza acrescida, para o que contribui a participação da Oslo Session String Quartet, que enfatiza as melodias, complementando as texturas e as cores evocadas pelo conjunto principal. Foi em 2008 que Dhafer focou a sua atenção mais na vertente acústica do Jazz e decidiu formar um conjunto composto pelos elementos clássicos: piano, contrabaixo e bateria. O seu novo álbum Abu Nawas Rhapsody (Jazzland/ Universal), lançado em 2010, conta com a participação de três músicos arrebatadores: Tigran Hamasyan, o jovem pianista arménio que tem tido uma carreira fulgurante, Chris Jennings, um contrabaixista canadiano que vive em Paris, e o baterista nova-iorquino Mark Guiliana. No novo álbum podemos ouvir a combinação tão típica de Mark de energéticas camadas rítmicas múltiplas perpassadas de um sentido de calma e serenidade e a voz de Dhafer a fazer-se eco da imensidão da beatitude divina. Esta mistura muito especial de elementos musicais e talento criativo produz uma paisagem sonora que é nova e original. Com o empenho dos músicos na exploração e na experimentação associado à sua subtileza e coragem para o silêncio, vai certamente prender a atenção do ouvido de qualquer pessoa que a oiça.

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30.º Festival Música em Leiria

26 de maio a 30 de junho

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OrganizaçãoOrfeão de Leiria Conservatório de ArtesAvenida 25 de Abril2400-265 LeiriaTel: 244 829 550Telm: 938 238 700Fax: 244 829 [email protected]

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