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Programa BIOTA/FAPESP
Histórico, conquistas e novos desafios do Instituto Virtual da
Biodiversidade.
CARLOS ALFREDO JOLY
Instituto de Biologia - UNICAMP
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1996
Lideranças da Comunidade Científica
Coordenação de Ciências Biológicas - FAPESP
Diretoria Científica da FAPESP
GRUPO DE COORDENAÇÃO - BIOTASP
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1997
Homepage
Lista de Discussão
Diagnósticos PUBLICAÇÕES
WORKSHOP DE SERRA NEGRA
ARTICULAÇÃO DOS PROJETOS
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Prêmio Henry Ford de
Conservação Ambiental Edição
1999
Categoria INICIATIVA DO ANO
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O objetivo comum dos projetos vinculados ao BIOTA-FAPESP é estudar a biodiversidade do Estado de São Paulo visando:
a) compreender os processos geradores e mantenedores da biodiversidade, incluindo também aqueles que possam resultar em sua redução deletéria;
b) sistematizar a coleta de informações relevantes para a tomada de decisões sobre as prioridades de conservação e o uso sustentável da biodiversidade;
OBJETIVOS
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c) divulgar toda a informação gerada de maneira ampla, rápida e livre;
d) melhorar a qualidade do ensino, em todos os níveis e formas, sobre a natureza e os princípios fundamentais da conservação e do uso sustentável da diversidade biológica.
OBJETIVOS
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PADRONIZAÇÃO E GEOREFERENCIAMENTO
DAS COLETAS
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FORMATAÇÃO DAS LISTAS DE ESPÉCIES
ASSOCIADAS ÀS FICHAS DE COLETA
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Estruturação do Banco de
Dados
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BASE CARTOGRÁFICA DIGITAL ATUALIZADA
ESCALA 1:50.000
TEMAS:
Manchas Urbanas, Malha Viária, Limites Municipais
Hidrografia, Curvas de Nível, Dados climatológicos
Dados pedológicos
Reflorestamento (Pinus spp & Eucalyptus spp)
Remanescentes de Vegetação Nativa
Limites das Unidades de Conservação
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Integração entre os dados biológicos do SinBiota e o dados
geo-espaciais do Atlas
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Equacionada a questão da padronização e integração dos dados resultantes do esforço amostral atual, restava a questão do resgate do gigantesco acervo de informações pretéritas depositado nas coleções biológicas (Museus, herbários, Coleções de Cultura, etc…)
Novamente com o intuito de desenvolver e testar modelos, que possam posteriormente balizar iniciativas nacionais, em dezembro de 2001 a FAPESP aprova, no âmbito do o BIOTA/FAPESP, o projeto Sistema de Informação Distribuído para Coleções Biológicas
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http://splink.cria.org.br/
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>35 coleções >35 coleções conectadasconectadas
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www.biotaneotropica.org.br
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INDEXADA PELO ZOOLOGICAL RECORD
INDEXADA PELO CAB International
INDEXADA NO QUALIS DA CAPES
INTEGRA O PORTAL CAPES
INTEGRA O SISTEMA SCIELO
Integra o acervo eletrônico de Bibliotecas Nacionais - como a UNICAMP, EMBRAPA e o MUSEU GOELDI - e Internacionais - como o SMITHSONIAN, HARWARD e o BIOLINE.
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http://www.biotaneotropica.org.br/usage/
Média de 30.000 visitas/mês
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BIOprospecTA
Finalmente, em 2002 o Programa BIOTA/FAPESP
criou o Subprograma BIOprospecTA visando
identificar biomoléculas com efetivo potencial de uso
econômico.
http://www.bioprospecta.org.br
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Produtos
Em seis anos, com um orçamento annual da ordem
de US$ 2.500.000,00 o Biota/Fapesp financiou 75 projetos,
que formaram 150 mestres e 90 doutores. Em termos de
produção científica o Programa publicou 474 artigos em 161
periódicos, 81 dos quais indexados pelo ISI, com um índice
médio de impacto (1, 191) significativamente acima da
média para a área. Dentre os periódicos destacam-se, pelo
impacto, Nature e Science.
Além disso o Programa publicou 16 livros e 2 Atlas,
produziu 4 vídeos apresentados pela TV Cultura e 1
Exposição Fotográfica.
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http://www.biotaneotropica.org.br/usage/http://www.biota.org.br/info/index
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O propósito desse Workshop é a utilização das ferramentas e dos dados gerados pelo Programa BIOTA/FAPESP para, em parceria com a comunidade científica e com algumas Instituições parceiras (Fundação Florestal, Instituto Florestal, Conservação Internacional e CRIA), gerar um mapa de áreas prioritárias para conservação e restauração da biodiversidade nativa do Estado de São Paulo.
O esforço coletivo de construção desse mapa é a expressão efetiva do uso de dados científicos, coletados de forma ordenada e sistematizada, na elaboração e aperfeiçoamento de políticas públicas de conservação da biodiversidade no estado. É a demonstração da viabilidade do uso das ferramentas desenvolvidas e alimentadas pela comunidade científica (o SinBiota/Sistema de Informações do Ambientais, o Atlas, o SpeciesLink e as ferramentas de modelagem) na definição das políticas de uma área estratégica para o desenvolvimento do Estado.
Ou seja, da possibilidade do Programa BIOTA servir não só para a própria comunidade científica, no avanço do conhecimento acadêmico, mas também como um poderoso instrumento de sustentação científica na elaboração e no aperfeiçoamento de políticas públicas consistentes na área ambiental. Incrementando, desta forma, uma otimização do uso de recursos e a viabilidade de conservação da biodiversidade remanescente, e sua restauração em áreas criteriosamente selecionadas.
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Com a realização deste Workshop, e os desdobramentos posteriores em relação a finalização do mapa e sua utilização no aperfeiçoamento da política de conservação e recuperação da biodiversidade do Estado de São Paulo, o Programa BIOTA/FAPESP cumpre um dos grandes objetivos que fundamentou sua criação:
b) sistematizar a coleta de informações relevantes para a tomada de decisões sobre as prioridades de conservação e o uso sustentável da biodiversidade.
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Por isso, creio que chegamos ao momento de ousar novamente e pensarmos em uma SEGUNDA FASE do Instituto Virtual da Biodiversidade. E os novos desafios para esta SEGUNDA FASE passam por uma Coordenação ativa e presente para mobilizar a comunidade científica do Estado. Será necessário visitar centros de pesquisa e ouvir as demandas da comunidade, bem como organizar um evento de formatação desta nova etapa, nos moldes do Workshop de Serra Negra de 1997. Minha proposta inicial é que em julho de 2007 a Coordenação BIOTA organize não um Simpósio do Programa, ou uma Reunião de Avaliação, mas sim o evento REPENSANDO O PROGRAMA BIOTA/FAPESP, envolvendo pesquisadores e grupos de pesquisa que já participam(ram) do Programa bem como aqueles que não participam (ram), para uma avaliação crítica das etapas cumpridas. Discutir amplamente os prós e os contras do Programa, ouvindo não só a opinião dos que participaram mas, principalmente, as razões que levaram alguns grupos a não participar. É preciso definir que áreas do conhecimento devem ser estimuladas nesta nova fase, bem como mecanismos e ferramentas que aglutinem o maior número possível de grupos de pesquisa e pesquisadores.
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Discutindo estas idéias no âmbito da Coordenação BIOTA, bem como com alguns membros da Coordenação de Ciências Biológicas da FAPESP, na SEGUNDA FASE do Instituto Virtual da Biodiversidade deveríamos pensar em priorizar:
1 – INVENTÁRIOS – continuam sendo uma grande prioridade, principalmente para grupos taxonômicos e/ou regiões do Estado de São Paulo pouco estudadas.
Idealmente, se possível, estes devem ser feitos visando a produção de índices de integração, como por exemplo o Projeto Biota Jovem Pesquisador da Dra. Lilian Casatti - Avaliação da integridade biótica dos riachos da região noroeste do Estado de São Paulo, bacia do Alto Paraná, utilizando comunidades de peixes ou inseridos em uma análise integrada de diversos componentes grupos taxonômicos, como o Projeto Temático Biota do Dr. Orlando Necchi Jr - Fauna e flora de fragmentos florestais remanescentes no noroeste paulista: base para estudos de conservação da biodiversidade
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2 – ESTUDOS FILOGEOGRÁFICOS – pois o entendimento da evolução de espécies e populações e sua relação com eventos históricos determinantes na sua diversificação, são de fundamental importância para o aperfeiçoamento de estratégias de conservação. Para estes estudos é fundamental uma base taxonômica bem estabelecida, por isso a sistemática e revisões taxonômicas são áreas que devem continuar a receber todo apoio do BIOTA. Mas é imprescindível um ampliação da inteface com a genômica e as novas ferramentas de biologia molecular.
Dentro do BIOTA hoje, bons exemplos de projetos nesta linha são: o Projeto Temático Biota do Dr. Dalton de Souza Amorim – Limites geográficos e fatores causais de endemismo na Mata Atlântica em Diptera;e o Projeto Temático Biota do Dr. Hussam E.D. Zaher – Evolução da fauna de reptéis no sudeste brasileiro do Cretáceo superior ao recente: paleontologia, filogenia e biogeografia.
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3 – GENÔMICA & METAGENÔMICA – é imprescindível estabelecermos uma forte integração com esta área, procurando colocar em pauta a necessidade de estudos de espécies nativas e/ou exóticas invasoras relevantes para a conservação. Além disso a metagenômica parecer ser a única ferramenta eficiente para o “inventário” de microrganismos, uma área pouco explorada na primeira fase do Programa BIOTA. Como já foi discutido na Seção Ponto de Vista da Biota Neotropica – Buckeridge, M.S. & Aidar, M.P.M. 2002 - Seqüestro de Carbono na Floresta Tropical: alternativas usando biotecnologia ambientalmente saudável e Scarano, F.R. & de Mattos, E.A. 2002 - Seqüestro de Carbono: o que realmente importa? - Uma réplica a Buckeridge & Aidar esta é uma área polêmica, mas que merece uma discussão mais aprofundada.
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4 – BIOTA FUNCIONAL com uma abordagem em diversos níveis de organização. Tanto precisamos compreender melhor as relações entre biodiversidade e funcionamento dos ecossistemas como precisamos compreender a funcionalidade de diferentes genótipos. A nível de ecossistema um exemplo é o Projeto Temático Biota que eu coordeno em parceria com o Dr. Luiz A. Martinelli – Composição florística, estrutura e funcionamento da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo, Brasil.mas é preciso ampliar trabalhos deste tipo para outros ecossistemas e/ou fitofisionomias do Estado de São Paulo.
A nível de espécies um bom exemplo é o Projeto Temático Biota coordenado pela Dra. Eny I. S. Floh – Estudos de embriogenese como subsidios para estratégias de reprodução e conservação de espécies arbóreas.
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5 – MUDANÇAS CLIMÁTICAS é imprescindível que o BIOTA amplie as interações com esta grande área do conhecimento. Aliando estudo atuais e dados que podem ser obtidos de coleções, poderemos identificar alterações que já ocorreram, quer em termo de distribuição de espécies, quer em termos de padrões fenológicos. Precisamos ampliar o estudo de alterações no funcionamento de ecossistemas decorrentes, por exemplo da sinergia entre eutroficação e aquecimento. Um projeto que já promove esta interação é o Projeto Biota Jovem Pesquisador da Dra. Maria Célia Villac - Florações de microalgas potencialmente nocivas no Litoral do Estado de São Paulo.
A parceria com projetos que atuam na interface com as ciências atmosféricas e de modelagem climática, também precisa ser fortalecida. Já temos um excelente embrião desta integração no Projeto Temático Biota coordenado pelo Dr. Humberto R. da Rocha – Interação Biosfera-Atmosfera Fase 2: cerrados e mudanças de uso da terra mas é preciso ampliar e consolidar esta área.
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6 – BIOLOGIA MARINHA E MANGUEZAIS
7 – INTERFACE SÓCIO-AMBIENTAL é preciso retomar o esforço feito em 2001/2002 para mobilizar os pesquisadores desta área.
8 – BIOPROSPECÇÃO – esta é uma área na qual o BIOTA está em franca expansão, através do BIOprospecTA, que já conta com 10 projetos em andamento. É uma demonstração clara de como a Coordenação do Programa em parceria com a comunidade científica, podem organizar e estruturar a demanda de uma área de pesquisa no sentido de conseguir o apoio da FAPESP.
O principal esforço que precisamos fazer nesta área diz respeito às restrições burocráticas impostas pela legislação. É preciso as gestões junto ao IBAMA e ao CGEN no sentido de encontrarmos mecanismos que facilitem e estimulem a pesquisa nesta área.